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Perfil Socio Economico de Sao Paulo - Luis Estenssoro

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O objetivo deste levantamento de dados de São Paulo é identificar o perfil sócio-econômico atual e a evolução recente das atividades econômicas e das formas de ocupação da população em empreendimentos formais e informais.

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PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO DE SÃO PAULO

O objetivo deste levantamento de dados secundários de São Paulo (município ou RegiãoMetropolitana) é identificar o perfil sócio-econômico atual e a evolução recente dasatividades econômicas e das formas de ocupação da população em empreendimentos formaise informais, particularmente para os bairros do Bom Retiro, Brás, e Pari.Neste sentido, tendo em vista o objetivo geral da PESQUISA SOBRE O SETOR DECONFECÇÕES DA ZONA LESTE E NORTE, estaremos voltando a nossa atenção paraos indicadores sociais da população paulistana (renda, educação, vulnerabilidade, acesso aoconsumo, desenvolvimento humano, pobreza e desigualdade); indicadores das atividadeseconômicas em São Paulo (população economicamente ativa, população ocupada por ramosde atividade, taxas de emprego e desemprego, grau de formalização por meio da carteiraassinada, etc.); tendências e realidades da economia informal no município de São Paulo(tanto das empresas quanto da população ocupada no setor informal); bem como àsestatísticas que nos darão um panorama indústria têxtil e de confecções, em especial osbairros Bom Retiro, Brás e Pari (número de estabelecimentos em cada ramo de atividade eparticipação destes no setor). Os dados apresentados não pretendem ser exaustivos e sãoapenas um primeiro levantamento sobre o assunto.Os dados têm origem em várias fontes: as publicações “Síntese dos Indicadores Sociais” epesquisa sobre a “Economia Informal Urbana” (Ecinf), ambas do IBGE; “Atlas doDesenvolvimento Humano” do PNUD-IPEA; “Panorama Social de América Latina” daCEPAL; “Labour Market Indicators” do IPES (BID); bases de dados do Ministério doTrabalho e Emprego (MTE); dados disponíveis no SEADE; além de dados obtidos junto àFIESP e ao SEBRAE. A seleção dos dados, muito abundantes, obedeceu a critérios derelevância para os temas acima citados.

Análise Dos Dados

Dividiremos esta análise dos dados segundo os temas acima citados, isto é: indicadoressociais do município de São Paulo; indicadores econômicos do Brasil e de São Paulo; dadosrelativos à economia informal urbana na América Latina, no Brasil e na RegiãoMetropolitana de São Paulo (RMSP); e, finalmente, atividades econômicas de São Paulo(Estado e município) e dos bairros do Brás, Pari e Bom Retiro, além de gráficos sobre ocomportamento recente da indústria têxtil no Estado de São Paulo. Os números a seguir estãonas tabelas e gráficos apresentados, a não ser quando citada outra fonte.

Indicadores sociais da população paulistana

Segundo os dados apresentados em anexo, dos 10 milhões de habitantes do município de SãoPaulo, em 2005, 92% viviam em áreas urbanas. Mais de 90% dos domicílios tinham esgotosanitário, e mais de 99% acesso a água potável e coleta de lixo. Dos habitantes, 24% tinhammenos de 14 anos e 20% mais de 50 anos.A taxa de analfabetismo estava abaixo dos padrões de outras regiões do Brasil: 4,9% do totalda população não sabiam ler. Entretanto, o número médio de anos de estudo era baixocomparado com outros países, inclusive alguns da América Latina: 6,5 anos de estudo, em

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2000. Também nesse ano, a mortalidade infantil (21,7 de mortalidade até 1 ano de idade, por1000 nascidos vivos) igualmente era melhor que outras regiões no Brasil, mas pior que emoutros países desenvolvidos. A esperança de vida ao nascer era de 70 anos. O Índice deDesenvolvimento Humano (IDH) do município (0,841 em 2000) o colocava entre osmunicípios de alto desenvolvimento humano (IDH maior que 0,8), ou seja, em 17º lugar noEstado e em 63º lugar no Brasil, acima de 98,9% dos municípios brasileiros.Em 2000, a renda per capita média no município de São Paulo era de R$ 610,00, sendo que71,53% desta renda provinha do trabalho, indicando uma queda em relação a 1991 (quando83,71% da renda provinha do trabalho). Isto revela, mais do que um aumento de outrasrendas, um processo de desassalariamento que ocorreu neste período, decorrente dareestruturação produtiva das empresas, que tentavam se adaptar à abertura econômica, e daflexibilização da legislação trabalhista, acontecimentos que resultaram em desemprego eempobrecimento da população, realidades que os dados a seguir provam.A proporção de pobres, medida pela linha de pobreza de renda domiciliar per capita inferiora R$ 75,5 (metade do salário mínimo vigente), era de 12,1% do total da população em 2000,mostrando um grau de miséria elevado para um centro dinâmico da economia nacional. OÍndice de Gini, que mede a desigualdade entre os estratos de renda, e que tem um máximohipotético de 1, era de 0,620 no município de São Paulo, em 2000, (0,511 na RMSP, em1999) indicando uma altíssima desigualdade entre ricos e pobres. Mais ainda, os dadosrevelam um aumento significativo em relação ao Índice de Gini medido em 1991 (0,560 nomunicípio). Esta desigualdade, muito alta e crescente, também é revelada pela proporção dos10% mais ricos sobre os 40% mais pobres: houve um aumento de 18,47 para 26,67, entre1991 e 2000, confirmando que o crescimento econômico deste período piorou a situação dosmais pobres, aumentando ainda mais desigualdade social.Em 2000, a distribuição de renda era a seguinte, cumulativamente: os 20% mais pobres seapropriavam de apenas 2% da renda, os 40% mais pobres 7,4%, os 60% mais pobres 16,7%,e os 80% mais pobres 34,1%; enquanto que, pelo outro lado, os 20% mais ricos seapropriavam de 65,9% de toda a renda da população. Uma distribuição de renda muito ruim.Na RMSP, a desigualdade era um pouco menor que no Brasil: os 50% dos mais pobresrecebiam 16,2% da renda total (14% no Brasil), enquanto que o 1% (um por cento) mais ricorecebia 10,3% (13,1% no Brasil). Esta desigualdade se reverte em exclusão social: os 40%mais pobres têm menos saneamento básico nos domicílios, menos acesso à educaçãosuperior, menos empregos com carteira assinada, e tendem mais a desempenhar atividadeseconômicas por conta própria ou na agricultura, e menos na indústria.Os indicadores de vulnerabilidade familiar em São Paulo acrescentam a particularidade degrupos específicos mais sujeitos a serem afetados negativamente por essa realidade. Assim,por exemplo, enquanto que a proporção de pobres aumentava de 8% para 12,1%, no períodode 1991 a 2000; a proporção de crianças pobres aumentava de 12,3% para 19,9% no mesmoperíodo. Os indicadores de acesso a bens de consumo mostram que a porcentagem de pessoasque moravam em domicílios com pelo mesmo um carro ou um telefone ou uma TV ou umageladeira aumentou de 47,5%, em 1991, para 72,1%, em 2000, mostrando o potencial que oconsumo popular tem para sustentar o crescimento econômico. A exclusão digital, porém,ainda é uma realidade: apenas 25,7% dos lares têm um computador. A escolaridade geral dapopulação em idade escolar fez progressos, embora a taxa bruta de freqüência ao nívelsuperior ainda seja baixa: 30,9% em 2000.

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Indicadores das atividades econômicas em São Paulo

O município de São Paulo contava com 10 milhões habitantes, em 2005, e tinha um PIB percapita de R$ 13.139,00 , em 2002. Com mais de 140 bilhões de PIB total (438 bilhões noEstado de São Paulo), o município arrecadou de ICMS, em 2002, uma soma em torno de 18bilhões de reais (35 bilhões no Estado).Do total das pessoas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), 32% eram empregados,8% conta própria, 2% empregadores, 9% desempregados (sendo que a taxa de desempregoera de 18%), a população não economicamente ativa era de 32%, e 16% do total tinhammenos de 10 anos. Em 1999, 49,2% dos ocupados trabalhavam no ramo de atividade deserviços (contra 41,0% em 1992), no comércio trabalhavam 16,6% dos ocupados (14,7% em1992). Na indústria, houve uma queda grande da ocupação, entre 1992 e 1999: 26,1% para18,7%. Este último fenômeno não aconteceu nacionalmente, pois os dados mostram umavariação de 12,8% para 11,6% no mesmo período. Por outro lado, a agricultura ocupa 24,2%da população brasileira, e apenas 1% em São Paulo, obviamente.A população economicamente ativa (PEA), da RMSP, estava em torno de 8 milhões e 453mil pessoas, em 1999. De 1995 a 2002

1, o crescimento da PEA foi de 14,5 pontos, para uma

base 100 em 1995; porém, o crescimento da população ocupada foi de apenas 6,9 pontos.Este fenômeno de encolhimento das oportunidades de trabalho para o total dos trabalhadoresafetou muito mais o grupo de jovens de 10 a 17 anos (queda de 42% na ocupação) e os quetêm baixa escolaridade (queda de 25%). Da população ocupada na RMSP (7.203.749 pessoas,em 1999), 60,3% eram empregados (44,8% no Brasil, menos emprego do que na RMSP),5,5% funcionários públicos, 7,7% domésticos, 19,5% conta própria e 4,4% empregadores, eos não-remunerados somavam 2,2% (9,3% no Brasil).A proporção dos empregados com carteira assinada diminuiu de 82,7%, em 1992, para73,6%, em 1999, evidenciando a demissão de 9,1% da mão-de-obra, apenas neste período. Ataxa de desemprego aberto, conseqüentemente, aumentou bastante: em 1992 estava em 5,8%,ao passo que, em 2000, a taxa já era de 18%. Por outro lado, o tempo médio de procura portrabalho na RMSP também aumentou: de 22 semanas, em 1995, passou para 51 semanas, em2002. Nesse período, as demissões ocorreram principalmente no setor industrial, por causadas pressões que este sofria pela abertura da economia, e nas empresas com mais de 500empregados (cuja participação no total dos assalariados decresceu: 27,5% para 23,2%). Nasempresas de outros tamanhos o emprego cresceu.Esse processo de demissão em massa, somado àquele de desassalariamento acimamencionado, levou a um crescimento muito grande do setor informal: a proporção deautônomos cresceu de uma base 100, em 1995, para 129,6 , em 2002; e os empregados semcarteira assinada cresceram 34,8 pontos na mesma base; enquanto que os trabalhadores comcarteira assinada permaneceram no mesmo nível (de 100 para 99,9). Por sua vez, asubcontratação de ocupados no setor privado chegou a 145,5 pontos, em 2002, a partir deuma base 100, em 1995. Ou seja, houve demissão dos funcionários e recontratação informaldos mesmos. Esse processo foi concomitante com o decréscimo do rendimento real médiodos ocupados, em todas as categorias e setores, inclusive entre os informais. Finalmente, dosempregados, somente 74,4% contribuíam para a previdência social.

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Economia informal urbana no município de São Paulo

Há vários tipos de atividades econômicas que podem ser classificadas sob o rótulo de“economia informal”. Segundo Noronha

2, existem basicamente três tipos de realidades

designadas como “trabalho informal”:1. A “velha” informalidade, isto é, o subemprego (trabalho precário e mal

remunerado), que denota, no Brasil, uma situação de subdesenvolvimento crônicoonde há uma deterioração das relações de trabalho, tema clássico dos estudoseconômicos desde os tempos dos desenvolvimentistas;

2. A informalidade jurídica, ou “trabalho informal” (sem carteira de trabalho assinada),que responde a uma exigência das empresas aos funcionários, tendo em vista amaximização de lucros e diminuição do peso da folha salarial, em alguns casos atépara poder sobreviver como atividade econômica minimamente rentável. Trata-se,antes de tudo, de uma falência da lei enquanto forma de regulamentação das relaçõesde trabalho, tema propício a uma análise jurídica; e

3. A informalidade pós-fordista, decorrente da globalização da economia mundial e dautilização de novas tecnologias, que provoca mudanças no processo de produção,novas concepções gerenciais e de organização do trabalho, e novos tipos de trabalhoque não exigem tempo e local fixo. Os problemas sócio-econômicos do “fim dotrabalho”, questões tais como desemprego estrutural, desemprego tecnológico,trabalho precário, trabalho inseguro, etc., são o objeto da literatura sobre o tema,principalmente da sociologia do trabalho.

Contudo, o IBGE, nas duas pesquisas nacionais sobre a “Economia Informal Urbana” (1997 e2003), considerou que a informalidade referia-se a uma realidade da:1) unidade econômica;2) não-agrícola;3) cuja produção não é para o autoconsumo;4) que produz em pequena escala;5) com baixo nível de organização; e6) com quase inexistência de separação entre capital e trabalho.Ou seja, a definição de “economia informal” do IBGE considera o modo de organização efuncionamento da unidade econômica, e não o seu status legal ou suas relações com asautoridades públicas. Também o “trabalho informal”, segundo os tipos listados acima, não écontemplado enquanto tal pela classificação do IBGE. Na operacionalização estatística, oIBGE decidiu que pertencem à economia informal urbana todas as unidades econômicasurbanas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empregadores com atécinco empregados, sejam estas atividades principais de seus proprietários ou secundárias. Ostrabalhadores domésticos e a “população de rua” foram excluídos da pesquisa, apesar deambas categorias serem admitidas também como “informais” pelo próprio IBGE.Dito isto, podemos acrescentar que existe uma grande heterogeneidade e diversidade setoriale espacial nestas unidades econômicas informais, sejam elas por conta própria ou micro epequenas empresas (MPEs). A dimensão da economia das MPEs revela essa realidade. Senãovejamos, Cacciamali et al.

3estimavam que, em 1985, as micro e pequenas empresas

correspondiam a aproximadamente 77% do total de estabelecimentos produtivos no Brasil,empregando cerca de 20% do total de ocupados, e gerando 3% do total da receita bruta. Acaracterística principal destes empreendimentos é serem grandes geradores de emprego, emvirtude dos menores requerimentos de capital investido para criar uma oportunidade deemprego (valor aproximado de U$ 4.000, contra U$ 30.000 nas grandes empresas). Por esta

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vantagem comparativa, as MPEs se caracterizam também por serem intensivas em mão-de-obra: estima-se que cada MPE gere sete empregos diretos e 14 indiretos, sendo que a médiados ocupados seria de 2,6 indivíduos por estabelecimento.A mão-de-obra nestas unidades produtivas seria constituída principalmente pelosproprietários e sócios (47%), seguidos pelos empregados contratados (42%) e pela mão-de-obra familiar (11%). A receita média anual seria de U$ 12.000, sendo que a receita para osempregados era calculada em U$ 767. Cacciamali et al. também reconheciam que osempregos gerados pelas MPEs não primavam pela qualidade, pois tinham baixos salários ebaixa produtividade. Além disso, eram empregos sem carteira de trabalho assinada (em 57%dos casos), nos quais os funcionários não recebiam treinamento, e onde não existiamobilidade vertical dos trabalhadores. Estes últimos seriam em grande parte jovens (47%) ede baixa escolaridade (apenas 9% teriam segundo grau completo).Esta realidade é confirmada pelo IPES (BID): na tabela 2A podemos ver que o nível dedesemprego é maior na população mais jovem em toda a América Latina, o que pressionaesses trabalhadores jovens a sustentar-se de maneira informal. Na tabela 3A podemosacompanhar a proporção dos conta própria (self-employment) por nível de escolaridade, nelapodemos verificar que as camadas menos escolarizadas tendem a trabalhar mais por contaprópria. Esse fenômeno acontece em toda a América Latina.Na verdade, essa tendência à informalidade ultrapassa a dimensão dessas camadas sociais,constituindo-se numa realidade da sociedade como um todo. Heizer

4estima que de 50% a

80% do trabalho urbano dos países em desenvolvimento seja “informal”; sendo que nospaíses desenvolvidos essa proporção varia de 20% a 30%. No Brasil, pelos dados de 1997

5, o

“trabalho informal” comportava 30% da PEA, empregando 12 milhões de trabalhadores. A“economia informal” movimentava 12,87 bilhões de reais, sendo constituída por 9,47 milhõesde empresas que geravam 5,2 bilhões em lucros.As atividades informais preponderantes em nível nacional eram: comércio (26%) e serviçosde reparação os mais diversos (20%). O trabalho dos informais era exercido fora do domicílioem 67% dos casos, resultado influenciado pelo peso do comércio. Cerca de 91% dasempresas informais brasileiras funcionavam o ano todo, e a maioria (87%) não possuíaconstituição jurídica, sendo que 46% não possuíam nenhum registro. Os indicadores deformalização mostram que 66% das empresas não possuíam licença estadual ou municipal, emaioria (87%) delas não era filiada a nenhum órgão de classe ou sindicato. A falta dearticulação também é evidenciada pelo fato de 95% das empresas informais não utilizaremnenhum tipo de crédito e 97% delas não receberem nenhuma assistência técnica, jurídica oufinanceira.A distribuição dos brasileiros ocupados no setor informal era a seguinte: 67% eramtrabalhadores por conta própria, 12% empregadores, 10% empregados sem carteira assinada,7% trabalhadores com carteira assinada, e 4% não-remunerados. As pessoas ocupadas,excluindo os proprietários, estavam concentradas em dois grupos de idade: 34% tinham entre18 e 24 anos, e 33% estavam no grupo de 25 a 39 anos. Do total, 72% tinham vínculo detrabalho por tempo indeterminado e 41% tinham alguma relação de parentesco com oproprietário da empresa. A maioria (85%) foi trabalhar no empreendimento devido a relaçõespessoais que tinham com o proprietário ou com os outros trabalhadores, estando há poucotempo na empresa (43% estavam a menos de um ano trabalhando na empresa). Os contaprópria eram 4/5 (86%) das empresas informais e os pequenos empregadores correspondiama 14% do total. Os conta própria, por serem ocupados nas atividades menos dinâmicas,trabalhavam mais que 44 horas semanais, em 46% dos casos, e mais que 49 horas, em 31%

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dos casos. Sua remuneração era baixa: 32% dos conta própria recebiam menos de um saláriomínimo.Esta outra realidade também é confirmada pelos dados da CEPAL: no Quadro 5 podemosobservar que a renda média da população urbana ocupada em setores de baixa produtividadedo mercado de trabalho (micro-empresas, conta própria e domésticos) era de apenas 2,8 vezesa linha de pobreza per capita, em 2001, o que indica uma proximidade grande dessas pessoascom a pobreza. Mais ainda, estes dados evidenciam que a renda estava sendo comprimidapelo modelo de desenvolvimento econômico, pois em 1990 esta mesma renda era de 4,1vezes a linha de pobreza, ou seja, houve uma queda de 31,7% no rendimento dostrabalhadores informais. Verificamos também que, embora os mais afetados pela crisetenham sido os profissionais e técnicos (queda de 52,6%), são os domésticos e os nãoprofissionais ou técnicos que recebem menor renda nos dois momentos. Conseqüentemente,além dos domésticos, são os trabalhadores por conta própria e os trabalhadores em empresasde menos de 5 funcionários os mais afetados pela pobreza: viviam abaixo da linha de pobrezaentre 30% e 40% destes trabalhadores, como podemos comprovar no Quadro 6.Ainda em 1997, os proprietários das empresas do setor informal, no Brasil, eram em suamaioria (66%) do sexo masculino, sendo que 88% não tinham sócios e grande parcela (28%)já era proprietário há mais de dez anos. Os resultados indicam que 33% dos proprietários dasempresas do setor informal não precisaram de capital para começar o empreendimento. Agrande maioria (84%) iniciou o negócio sozinho. O nível de instrução preponderante dosproprietários foi o primeiro grau incompleto, sendo que apenas 26% tinham nível superior ousegundo grau completo. Confirmou-se o diferencial de rendimentos entre homens e mulheres,característico do mercado de trabalho brasileiro, ou seja, também entre os proprietários denegócios do setor informal os homens ganhavam mais do que as mulheres.Em 2003, em outra pesquisa do IBGE

6, existiam 10.335.962 empresas informais que

ocupavam 13.860.868 pessoas, incluindo trabalhadores por conta própria, pequenosempregadores, empregados com e sem carteira de trabalho assinada, além dos trabalhadoresnão-remunerados. Verificou-se um crescimento de 9% no número de empresas informais,enquanto os postos de trabalho nelas existentes cresceram 8%. Houve uma diminuição dorendimento dos informais: as unidades produtivas, medidas pelo valor de sua receita mensal,faturavam mais em 1997 que em 2003. Parcela significativa das empresas por conta própria(22%) recebeu entre R$ 501,00 e R$ 1.000,00. As empresas de empregadores, por sua vez,alcançaram maior faturamento, sendo 63% delas com receita mensal superior a R$ 2.000,00.A receita média obtida pelas empresas de empregadores (R$ 6.033,00) era cerca de cincovezes aquela obtida pelos conta própria.Os resultados da pesquisa mostram também que as empresas tiveram um gasto menor em2003 do que em 1997. Isto porque houve uma queda na quantidade de pequenosempreendimentos com despesa de encargos sociais e impostos e taxas. Em 1997, 93% dasempresas do setor informal eram lucrativas, proporção que caiu para 73% em 2003. Osresultados mostram que houve uma redução, não só na quantidade de empresas do setorinformal que eram lucrativas, como também no lucro médio real obtido por elas. Aumentou,entretanto, a proporção dessas empresas que fizeram investimentos utilizando lucros deexercícios anteriores, apesar do valor real destes investimentos ter-se reduzido em relação a1997, tanto no caso de empresas de conta própria, quanto de empregadores.Em 2003, dentre as empresas do setor informal, 88% não possuíam constituição jurídica, oque correspondia a 93% das empresas de conta própria e 56% das empresas de empregadores.Entre aquelas que possuíam constituição jurídica, 93% tinham uma receita mensal superior aR$ 2.000,00, enquanto 72% das que não possuíam este registro tinham receita média até R$

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1.000,00. Poucas empresas tinham aderido ao sistema de tributação SIMPLES até o final de2003, apenas 2% do total. A participação neste sistema de arrecadação era muito pequena,embora seja fato que nem todas as empresas poderiam ter optado por este sistema detributação, haja vista as limitações quanto a receita anual, a atividade desenvolvida e o fato daempresa ter registro.Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) os dados confirmam as tendências nacionaisdelineadas acima. Em 1997

7, existiam 992.549 empresas do setor informal (861.549 eram por

conta própria e 131.000 eram de empregadores, 86,8% e 13,2%, respectivamente), sendo que863.424 (86,1%) não possuíam constituição jurídica. O IBGE concluiu também que 548.750(55,21%) exerciam seu trabalho fora do domicílio. Apresentaram lucro 775.799 (90,0%)empresas por conta própria e 115.374 (88,0%) empresas de empregadores. O lucro médio erade R$ 764 para os conta própria e R$ 1.937 para os empregadores.A forma de contabilidade era feita por contador em 142.313 (14,3%) das empresas, sendo que453.274 (45,6%) o registro era feito pelo proprietário sozinho, e 374.723 (37,7%) nãoregistrava nada. O grau de formalização em termos de licença municipal ou estadual indicavaque 621.204 (62,5%) empresas não possuíam nenhum registro, assim também 863.424(86,9%) não tinham constituição jurídica, além de 795.395 (80,1%) não serem filiadas anenhum sindicato ou órgão de classe. Não receberam nenhum tipo de assistência de órgão dogoverno ou de outras instituições 848.652 (98,5%) conta própria e 124.533 (95,0%)empregadores.Queriam aumentar o negócio 37,6% dos trabalhadores por conta própria e 42,8% dosempregadores; e queriam continuar no mesmo nível 32,7% dos trabalhadores por contaprópria e 25,5% dos empregadores. Somente 95.003 (11,0%) trabalhadores por conta própriae 9.299 (7,1%) empregadores queriam abandonar o negócio. A principal dificuldade apontadaera a falta de clientes, em segundo lugar vinha a concorrência muito grande, em terceiro afalta de capital próprio, e o baixo lucro em quarto.Das 1.354.746 pessoas ocupadas no setor informal da RMSP, 1.174.766 (86,7%) tinhasomente instrução até o segundo grau completo. Das 273.002 pessoas ocupadas exclusiveproprietários, 39,2% tinham algum grau de parentesco com o proprietário, 54,2% eram jovensde até 24 anos, e 81,7% entraram no negócio por meio de suas relações pessoais. Das pessoasocupadas exclusive proprietários, 112.645 (41,2%) trabalhavam mais que 40 horas semanais.O diferencial de gênero foi confirmado: o rendimento médio dos homens era R$ 343,00 e dasmulheres R$ 308,00.Segundo o SEBRAE-SP

8, o empreendedorismo no Estado de São Paulo é constituído de

600.000 candidatos a empreendedor, 1,3 milhões empresários formais, e 2,6 milhõesempresários informais, classificados nesta categoria segundo o critério de ter ou não registrona prefeitura ou CNPJ. Entre os primeiros, apenas 150.000 persistem no seu negócio por maistempo. O fato de um em cada cinco paulistas (20%) com mais de 18 anos estar iniciando outer iniciado um negócio mostra um grau de empreededorismo grande por parte dos contaprópria, que são 91% dos empreendedores informais e 64% dos formais no Estado de SãoPaulo. Pelas estimativas do SEBRAE-SP

9, para cada empreendedor formal existem dois

informais, além do que a maioria dos empreendimentos começa como informal. Os principaisobstáculos à formalização dos empreendimentos apontados são a burocracia(especificamente para a indústria de confecções do município de São Paulo os prazos legaispara abertura de uma empresa podem chegar a 77 dias)

10e a elevada carga tributária (por

volta de 35% no Brasil).Entre 1990 a 2004, foram registradas na Junta Comercial (JUCESP) nada menos do que133.710 novas empresas por ano, em média. Contudo, cerca de 29% não ultrapassam o

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primeiro ano e aproximadamente 56% não sobrevivem ao quinto ano. A estimativa defechamento de empresas é de 91.310 por ano, em média. As principais causas da mortalidadeelevada das empresas dizem respeito à falta de conhecimento dos empreendedores, ou àsdificuldades de gestão e/ou planejamento, mais do que à falta de políticas de apoio ou àscondições da conjuntura econômica, embora esta tenha penalizado os empreendedores atérecentemente.Mais ainda, dentre as empresas paulistas com até 5 anos de registro, cerca de 73 mil fechamtodo ano, levando à eliminação de mais de 280 mil empregos por ano, bem como aodesperdício de cerca de R$ 14,8 bilhões em recursos pessoais e faturamento, o equivalente a1,2% do PIB brasileiro. De 1990 a 2004, a estimativa do custo total de fechamento dasempresas é da ordem de R$ 270 bilhões.Com dados de 2003, o SEBRAE-SP afirma que 43% dos pequenos negócios no Estado deSão Paulo eram no comércio, 36% nos serviços, 14% na agropecuária, e 7% na indústria. Osempreendedores, na sua maioria (58%) homens, não tinham sócios no seu negócio, em 68%dos casos para os formais, e em 87% dos casos para os informais. Os empreendedoresinformais utilizavam revistas ou jornais como fonte de informação numa proporçãoaproximada de 15%, enquanto que cerca de 25% dos empreendedores formais utilizavam-sedesses meios para se informar. A escolaridade dos empreendedores informais era menor: osinformais tinham instrução apenas até o ginasial completo em 74% dos casos, enquanto queos formais em 58% dos casos; por outro lado, os empreendedores formais tinham cursosuperior numa proporção maior (16%) do que os informais (5%). Este indicador deescolaridade revela que, no caso da maioria pouco instruída, a sua inserção no mercado detrabalho seria muito desvantajosa, pois eles somente conseguiriam auferir até dois saláriosmínimos como empregados, segundo as estatísticas da PNAD. Melhorar o preparo dosempreendedores e construir políticas públicas de apoio à micro e pequena empresa são asconclusões a que se chega diante desse quadro.

Panorama da indústria têxtil e de confecções – Bom Retiro, Brás e Pari

A cadeia produtiva têxtil-confecção é constituída pela indústria têxtil (fios, tecidos planos emalhas) e pela indústria de confecções (vestuário e artigos confeccionados). SegundoSEBRAE-SP e IPT

11, a indústria têxtil é a mais antiga do Brasil e correspondia, em 1949, a

20% do PIB, enquanto que a indústria de confecções respondia por 4,3% do total. Em 1966,esses números eram de 11% e 3,2% respectivamente. Em 1990, a indústria têxtil respondiapor 2,9% do PIB e, em 1996, por apenas 1,4% das riquezas produzidas no país. Aparticipação no PIB da indústria têxtil brasileira decresceu significativamente.Das quase 5.000 indústrias têxteis existentes em 1980, sobraram apenas 3.638 em 1996, fatoque pensamos que se ocasiona no processo de desindustrialização que a crise econômicaprovocou. Da mesma forma, os 900.000 empregados desse setor, em 1990, foram reduzidos a418.000, em 1996. No setor de confecções, onde as MPEs são maioria, e ao contrário do setortêxtil, o número de estabelecimentos aumentou, passando de 15.369 para 18.036 no mesmoperíodo, sendo que a produção aumentou 50%, chegando a 6,5 milhões de peças; embora onível de emprego permanecesse constante em 1,3 milhões de trabalhadores. Seria precisoexplorar melhor as causas desse dinamismo do setor de confecções para se chegar a umaconclusão, o que extrapola os limites deste trabalho.Ainda segundo esse relatório de pesquisa, a indústria têxtil brasileira estava constituída, em1996, da seguinte forma: 617 indústrias de fiação; 834 de tecelagem; 2.891 de malharia; e472 de beneficiamento. Como os requisitos técnicos e financeiros para operar plantas de

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malhas são relativamente baixos, a presença de MPEs era expressiva no setor. No segmentode tecelagem plana também era possível encontrar micro e pequenas empresas, o que nãoacontecia no segmento de fiação, onde os requisitos técnicos e financeiros para a operação deplantas são impeditivos para as MPEs. Por essa razão, a indústria de fibras sintéticas era numoligopólio de 10 empresas.Já no setor de confecções, as MPEs representavam 66% da indústria de vestuário e 78% daindústria de artigos confeccionados, embora respondessem por apenas 7,5% e 11,8% daprodução, respectivamente. Segundo o IEMI

12, 70% das indústrias de confecção eram de

pequeno porte, 27% de médio porte e apenas 3% das confecções eram consideradas grandes.O SEBRAE-SP

13estimava, em 2000, que as micro e pequenas empresas representassem, no

Brasil, 99% das empresas e 28% do faturamento total das empresas, o que lhes conferiria amarca de 20% do PIB gerado pelas suas atividades. Representavam também 2% dasexportações brasileiras. Ademais, as MPEs geravam 67% dos postos de trabalho no setorprivado do país,.No Estado de São Paulo, que tem 32% do PIB brasileiro e 29% das empresas do Brasil,apesar de ter somente 22% da população, as MPEs representavam 98% das unidades fabrisdo setor têxtil, 98% do setor de confecções e 99% do comércio de têxteis e confeccionados.Em 1997, existiam 5.740 indústrias do setor têxtil no Estado, 20.962 indústrias deconfecções, e ainda 19.907 comércios de têxteis e artigos confeccionados. Nos gráficos daindústria têxtil, baseados em dados da FIESP, e apresentados a seguir, podemos observar que,no período de janeiro de 2001 a janeiro de 2006, o nível de utilização da capacidade instaladadas indústrias têxteis do Estado de São Paulo teve pouca variação (diminuiu muito pouco noperíodo), permanecendo algo acima de 85%. Porém, as horas trabalhadas na produçãoaumentaram mais de 20%, enquanto que os salários tiveram um aumento real de cerca de 40pontos nestes últimos cinco anos, permanecendo em 130 pontos (índice de janeiro de2003=100 em todos os gráficos). Em decorrência, a folha de pagamentos teve um aumentoacentuado, mais que dobrando no período (de 80 pontos para mais de 160 pontos). As vendas,entretanto, apenas acompanharam esse crescimento, e de maneira sazonal. A linha detendência indica um crescimento das vendas reais de cerca de 30 pontos.Pelos dados fornecidos pelo SEBRAE-SP, hoje em dia, no Estado de São Paulo existem170.803 indústrias, das quais 5.476 (3,2%) são fábricas de produtos têxteis e 20.245 (11,9%)são indústrias de confecção de artigos de vestuário e acessórios. Os municípios com maisindústrias têxteis são: São Paulo (1.959 indústrias – 36% do total), Americana (466), Ibitinga(358), Santa Bárbara d’Oeste (179) e Guarulhos (123). Os municípios com mais de 200indústrias de confecções são: São Paulo (10.969 – 54% do total), Guarulhos (345), São Josédo Rio Preto (330), Campinas (303), Americana (271), e Santo André (239).Por sua vez, o município de São Paulo abriga (2003) 572.147 empreendimentos formais (comCNPJ), ou seja, pouco mais de 31% das empresas do Estado de São Paulo. Destesempreendimentos paulistanos, 47,1% estavam nos serviços, 40,5% no comércio e 11,7% naindústria. O município também abrigava 38% dos empregos formais: 1.298.965 nos serviços,537.303 no comércio, e 607.605 na indústria. Dentre as empresas formais, o município deSão Paulo tem 59.237 indústrias (34,7% das indústrias do Estado), onde 3,3% desse total sãoindústrias têxteis, sendo que as indústrias de confecções representam 18,5% das indústrias domunicípio.No Estado de São Paulo existem também 1.753 intermediários de comércio de têxteis,vestuário, calçados e outros artigos, sendo 826 no município de São Paulo. Existem ainda1.503 atacadistas de fios e tecidos (991 no município), 2.490 atacadistas de vestuário no

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Estado (1.651), e 16.872 empresas comerciais de varejo de tecido e armarinhos (4.232 nomunicípio), além de 49.352 varejistas de vestuário (12.714 em São Paulo).Pelos dados de 2001, podemos afirmar que, no distrito do Bom Retiro, as atividadeseconômicas das suas 5.598 empresas estão assim distribuídas: 2.218 estabelecimentos sãocomerciais, 1.422 de serviços e 1.958 industriais. Entre estes últimos incluem-se 1.291indústrias de confecções, representando uma maioria de 65,9% dos estabelecimentos dodistrito. Existem ainda 143 indústrias têxteis (7,3% dos estabelecimentos no distrito). OQuociente de Localização (QL), calculado pela FIESP, indica a participação dosestabelecimentos do setor no distrito sobre a participação dos estabelecimentos do setor noEstado de São Paulo. O QL do Bom Retiro é de 5,6.No distrito do Brás há maior concentração de empresas ainda, pois existem 4.255 empresascomerciais, 1.927 de serviços e 2.803 indústrias, num total de 8.985. Destas, 1.961 sãoindústrias de confecções e 137 indústrias têxteis. As primeiras representam 70% dosestabelecimentos do distrito. Já as indústrias têxteis do Brás são 4,9% das empresas dodistrito. O QL do Brás é de 5,9No distrito do Pari existem 1.797 empresas, indicando uma menor concentração deatividades econômicas em relação aos outros dois bairros. Destas empresas, 865 sãocomerciais, 514 de serviços e 418 indústrias. No Pari estão localizadas 262 indústrias deconfecções e nenhuma têxtil. As indústrias de confecções representam 62,7% das empresasdo distrito. O QL calculado para o Pari é de 5,3.. Estas informações apresentadas são um primeiro levantamento do setor baseado na literaturae em dados secundários. Com a pesquisa qualitativa e a quantitativa teremos condições deconfirmar ou não estes dados para setor de confecções da Zona Leste e Norte,nomeadamente, nos bairros de Bom Retiro, Brás, e Pari.

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1 Todos os dados relativos à comparação entre os anos de 1995 e 2002 foram extraídos deCHAHAD, J.P.Z. “Tendências Recentes do Mercado de Trabalho”. São Paulo emPerspectiva, 17 (3-4), 2003, pp. 205-217.2 Noronha, Eduardo. “Ilegal, Informal, Injusto. Percepções do Mercado de Trabalho noBrasil”. RBCS, vol. 18, nº 53, pp. 111-179.3 Cacciamali, M. C., Pires, J., Lacerda, G., Pires, E., Portela, A., “Crescimento Econômico eGeração de Empregos. Considerações sobre Políticas Públicas”. Planejamento e PolíticasPúblicas, nº 12, jun-dez, 1995.4 Heizer, Noeleen. “Trabalho Informal Aprisiona Pessoas na Pobreza”. International HeraldTribune, 02 de setembro de 2005.5 IBGE. Economia Informal Urbana 1997 (Ecinf). Rio de Janeiro, IBGE, 1997.6 IBGE. Economia Informal Urbana 2003 (Ecinf). Rio de Janeiro, IBGE, 2005.7 Não tivemos acesso ainda aos dados de 2003 para a Região Metropolitana de São Paulo8 SEBRAE-SP. Guia Básico sobre os Pequenos Negócios no Estado de São Paulo. SãoPaulo, SEBRAE-SP, dezembro de 2005, 2ª ed.9 SEBRAE-SP. Características dos Empreendimentos Formais e Informais do Estado de SãoPaulo. São Paulo, SEBRAE-SP, pesquisa de novembro de 2003.10 SEBRAE-SP. “A Burocracia e as MPEs”. Informe SEBRAE, nº 10, 2005, Disponível em:http://www.sebraesp.com.br .11 SEBRAE-SP e IPT. O Desempenho das MPEs no Setor Têxtil-Confecção. SEBRAE-SP –IPT, Relatório de Pesquisa, julho de 2001.12 Apud SEBRAE-SP e IPT (2001), Op. Cit.13 SEBRAE-SP (2005), Op. Cit.1