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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

PONTO 1: Salário Benefício PONTO 2: Atividade Concomitante PONTO 3: Aposentadoria por Tempo de Serviço PONTO 4: Aposentadoria Especial

1. Salário de Benefício:

Artigo 29, II, Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei 9.876/99:

“O salário-de-benefício consiste:

II - para os benefícios de que tratam as alíneas

a (aposentadoria por invalidez),

d (aposentadoria especial),

e (auxílio-doença) e

h (auxílio-acidente) do inciso I do art. 18, na média aritmética simples dos maiores salários-

de-contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.”

Cálculo:

RMI = x% S.B.

S.B.:

Art 29, L. 8213:

I – aposentadoria por tempo de contribuição e idade – FP OPCIONAL.

- Média maiores S.C. considerado 80% do período contributivo x Fator Previdenciário

(FP).

II – demais benefícios (apos. invalidez e especial; auxílio doença e acidente):

- Média aritmética simples dos maiores do S.C. considerados 80% do período

contributivo.

Lei 9.876, Art. 7º:

Art. 7o É garantido ao segurado com direito a aposentadoria por idade a opção pela não

aplicação do fator previdenciário a que se refere o art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a

redação dada por esta Lei.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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Na interpretação da lei previdenciária, quando há duas hipóteses de escolha, deve-se

escolher a mais favorável ao segurado –Princípio “in dubio pro misero”.

FP = Tc x a X [1 + (Id + Tc x a)]

______ ________________

E.S. 100

Obs:

E.S. - Expectativa sobrevida.

Alíquota = 0,31

F.P = 0,60 a 1,4 ou mais.

Tc = tempo contribuição – lei determina que para mulher e professor se acrescenta 5 anos, no

caso de professora acrescenta-se 10 anos.

Artigo 3º, Lei 9.876/99:

Art. 3o Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação

desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime

Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média

aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta

por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994,

observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a

redação dada por esta Lei.

Art. 29, § 2º No caso das aposentadorias de que tratam as alíneas

b (aposentadoria por idade),

c (aposentadoria por tempo de contribuição) e

d (aposentadoria especial)

do inciso I do art. 18, o divisor considerado no cálculo da média a que se refere o caput e o §

1º não poderá ser inferior a sessenta por cento do período decorrido da competência julho de

1994 até a data de início do benefício, limitado a cem por cento de todo o período

contributivo.

Art. 29, § 8o Para efeito do disposto no § 7o, a expectativa de sobrevida do segurado na idade

da aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de mortalidade construída pela

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, considerando-se a média

nacional única para ambos os sexos.

Art. 29, § 9o Para efeito da aplicação do fator previdenciário, ao tempo de contribuição do

segurado serão adicionados:

I - cinco anos, quando se tratar de mulher;

II - cinco anos, quando se tratar de professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo

exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio;

III - dez anos, quando se tratar de professora que comprove exclusivamente tempo de efetivo

exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

Conceito de salário contribuição:

Lei 8212/91, art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:

I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas,

assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título,

durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as

gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de

reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do

empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção

ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;

II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e

Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para

comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração;

III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo

exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que

se refere o § 5o;

IV - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se

refere o § 5o.

Contribuição – alíquota sobre o salário de contribuição.

Salário contribuição – é a remuneração do segurado sobre a qual vai incidir a

contribuição.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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A maior parte das parcelas que incide contribuição valerá para benefícios, com exceção

do 13º salário.

S.C. – é a remuneração do segurado dentro do limite mínimo e máximo (R$ 3.691,74).

Cálculo = a% S.C.

Salário de beneficio não poderá ser inferior a um salário mínimo. Porém, o salário de

contribuição pode ser inferior a um salário mínimo.

Regra de transição – art. 3º:

Art. 3o Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação desta

Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral

de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a média aritmética

simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo, oitenta por cento

de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, observado o

disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redação dada por

esta Lei.

- Considera-se somente os salários-de-contribuição a partir de julho de 1994.

Dois períodos:

- Período contributivo – período em que o segurado recolheu contribuição.

- Período decorrido – da data de julho de 1994 até a data de inicio do beneficio.

Exemplo:

Cálculo -

Aposentadoria idade –

Requisitos: - ser segurado;

- ter carência – 180 meses.

- idade (h- 65 anos/ m – 60 anos)

Art. 3º, Lei 10.666/03 –

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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1985_____________________1990____________________2011. 180 meses 65 anos. 7/1994

Tem direito a aposentadoria. Os requisitos foram preenchidos.

Art. 50, Lei 8213/91: 70% + 1% por cada grupo 12 contribuições x S.B.

85% SB

1 salário mínimo.

Não se faz média por que não há salário contribuição no período do cálculo.

Caso o segurado tenha recolhido uma contribuição em 2011, no valor de R$ 3.651,74

(teto). Período contributivo de 1 mês. Tem um divisor mínimo – art. 29, §2º.

Período decorrido (julho/94 – dez/11) – 210 meses – 60% = 126

S.B. = 3.691,74 / 126 = 29, 29.

O beneficio não pode ser inferior a um salário mínimo, portanto, será um Salário

Mínimo.

Art. 32, § 20, Decreto 3.048/99:

§ 20. Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, contando o segurado com

menos de cento e quarenta e quatro contribuições mensais no período contributivo, o salário-

de-benefício corresponderá à soma dos salários-de-contribuição dividido pelo número de

contribuições apurado. (Parágrafo acrescentado pelo Decreto nº 5.545, de 22/9/ 2005 - DOU

DE 23/9/2005)

Art. 188-A, § 4º, Decreto 3.048/99:

§ 4o Nos casos de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez, contando o segurado com

salários-de-contribuição em número inferior a sessenta por cento do número de meses

decorridos desde a competência julho de 1994 até a data do início do benefício, o salário-de-

benefício corresponderá à soma dos salários-de-contribuição dividido pelo número de

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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contribuições mensais apurado. (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de 22/9/ 2005 - DOU DE

23/9/2005)

O Decreto foi reconhecido como ilegal pela jurisprudência e afastado. No final de

2009, o STF admitiu a ilegalidade praticada por 10 anos. Atualmente, admite-se fazer revisão

dos benefícios calculados no período de vigência desse decreto até sua ilegalidade.

A revisão se calcula da seguinte forma:

O segurado que tem 32 salários de contribuição, nesse caso especifico, não tem salário

contribuição anterior a 1999 (jan/01 a set/03). Aplica-se art. 29.

Somatório dos salários corrigidos = 20.865,54

Salário de Benefício = 20.865,54 32 = 652,04

RMI = 652,04 X 0,91 = 593,35

Revisado o benefício, o segurado tem direito de retirar 20% do período contributivo –

ou seja, retiro 7 meses do Salário Contribuição (mais baixos) - ficando 25 S.C (os salários mais

altos).

Somatório dos salários corrigidos = 19.220,98

Salário de Benefício = 19.220,98 25 = 768,84

RMI = 768,84 X 0,91 = 699,64

Transformação do auxílio doença em auxilio invalidez:

Art. 29, § 5º, LEI 8.213/91

§ 5º Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefícios por

incapacidade, sua duração será contada, considerando-se como salário-de-contribuição, no

período, o salário-de-benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado

nas mesmas épocas e bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao valor de 1

(um) salário mínimo.

Art. 36, § 7º, Decreto 3.048/99:

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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§ 7º A renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez concedida por transformação de

auxílio-doença será de cem por cento do salário-de-benefício que serviu de base para o

cálculo da renda mensal inicial do auxílio doença, reajustado pelos mesmos índices de

correção dos benefícios em geral.

Ação pelo art. 29, §5º incidia nos casos de transformação do auxilio doença em

aposentadoria por invalidez, fosse feita uma nova média salarial exclusivamente para

aposentadoria por invalidez, considerando que o período que o segurado recebeu auxilio

doença – SB que recebeu como auxílio doença – fazendo nova média.

Porém, o STF decidiu que não há transformação no caso de auxilio doença em

invalidez, quando não há retorno a atividade não se aplica o art. 29, §5º. Este artigo só se aplica

quando o segurado retorna a atividade.

Art. 29, §2º:

§ 2º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior

ao do limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício.

RMI = X% S.B.

S.B não pode ser inferior a 1 SMN.

Auxilio acidente:

RMI = 50% do S.B. – R$ 262,50.

Pode conceder auxílio acidente inferior que 1 SMN, pois não tem objetivo de substituir

a renda do trabalhador. Concede-se auxílio acidente para trabalhador quando ele tem redução

da sua capacidade laborativa para atividade que habitualmente exercia na data do acidente

(empregado, trabalhador avulso e segurado especial).

Não substitui renda do trabalhador, mas complementa em razão da redução da sua

capacidade laborativa.

2. Atividade Concomitante – Art. 32, Lei 8213/91:

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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Quando num mesmo mês o trabalhador exerceu mais de uma atividade em empresas

diversas ou em categorias diversas na mesma empresa. Se essa empresa não pertencer ao

mesmo grupo empresarial gera atividade concomitante. Porém, se não for será apenas

considerado a soma do seu salário como se fosse uma única atividade.

Não é atividade concomitante quando o servidor público de um Município (sem

regime próprio) que além da sua função eletiva exerce uma FC.

Art. 32. O salário-de-benefício do segurado que contribuir em razão de atividades

concomitantes será calculado com base na soma dos salários-de-contribuição das atividades

exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no período básico de cálculo, observado o

disposto no art. 29 e as normas seguintes:

I - quando o segurado satisfizer, em relação a cada atividade, as condições do benefício

requerido, o salário-de-beneficio será calculado com base na soma dos respectivos salários-de-

contribuição;

SB = média SCp + SCs

II - quando não se verificar a hipótese do inciso anterior, o salário-de-benefício corresponde à

soma das seguintes parcelas:

a) o “salário-de-benefício” calculado com base nos salários-de-contribuição das atividades

em relação às quais são atendidas as condições do benefício requerido;

b) um percentual da “média do salário-de-contribuição” de cada uma das demais atividades,

equivalente à relação entre o número de meses completo de contribuição e os do período de

carência do benefício requerido;

SB = SBp + nº meses $ média SCs

carência

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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III - quando se tratar de benefício por tempo de serviço, o percentual da alínea "b" do inciso

II será o resultante da relação entre os anos completos de atividade e o número de anos de

serviço considerado para a concessão do benefício.

SB = SBp + Tempo serviço (anos) atividade SEC média SCs

Tempo serviço (anos) considerado

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que, em obediência ao limite máximo do

salário-de-contribuição, contribuiu apenas por uma das atividades concomitantes.

§ 2º Não se aplica o disposto neste artigo ao segurado que tenha sofrido redução do salário-de-

contribuição das atividades concomitantes em respeito ao limite máximo desse salário.

À época da edição da Lei 8.213/91, o art. 29 previa que o salário-de-benefício

consiste na média aritmética simples de todos os últimos salários-de-contribuição dos

meses imediatamente anteriores ao do afastamento da atividade ou da data da entrada do

requerimento, até o máximo de 36 (trinta e seis), apurados em período não superior a 48

(quarenta e oito) meses. Portanto,

SB = média do SC

3. Aposentadoria por Tempo de Serviço:

► Regras vigentes antes da EC 20/98:

Requisitos:

- Qualidade de Segurado e Carência.

- 30 anos de tempo de serviço, se homem, e 25, se mulher.

Cálculo do benefício:

70% do salário-de-benefício +

6% para cada novo ano completo de atividade, até o limite de 100%

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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SB = média dos últimos 36 salários-de-contribuição, considerados em um período não

superior a 48 meses, cujo divisor não pode ser inferior a 24.

Homens

30 anos - 70% SB

31 anos - 76% SB

32 anos - 82% SB

33 anos - 88% SB

34 anos - 94% SB

35 anos - 100% SB

Mulheres

25 anos - 70% SB

26 anos - 76% SB

27 anos - 82% SB

28 anos - 88% SB

29 anos - 94% SB

30 anos - 100% SB

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

► Regras vigentes após a EC 20/98, antes da Lei 9.876/99:

Requisitos (art. 201, § 7º, inciso I, CF):

- Qualidade de Segurado e Carência.

- 35 anos de tempo de contribuição, se homem, e 30, se mulher.

Cálculo do benefício:

100% do salário-de-benefício

SB = média dos últimos 36 salários-de-contribuição, considerados em um período não

superior a 48 meses, cujo divisor não pode ser inferior a 24.

► Regras Transitórias do artigo 9º da EC 20/98:

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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Requisitos (artigo 9º, caput, da EC):

- Qualidade de Segurado e Carência.

- Idade: 53 anos para homem, 48 anos para mulher.

- Tempo de Contribuição: 35 anos, se homem, e 30, se mulher

+ “pedágio” 20%.

Cálculo do benefício:

100 % do salário-de-benefício

SB = média dos últimos 36 salários-de-contribuição, considerados em um período não

superior a 48 meses, cujo divisor não pode ser inferior a 24.

(até a Lei 9.876/99)

Requisitos (artigo 9º, § 1º, da EC):

- Qualidade de Segurado e Carência.

- Idade: 53 anos para homem, 48 anos para mulher.

- Tempo de Contribuição: 30 anos, se homem, e 25, se mulher

+ “pedágio” 40%.

Cálculo do benefício:

70 % do salário-de-benefício +

5% para cada ano que supere o tempo mínimo, até o limite de 100%

SB = média dos últimos 36 salários-de-contribuição, considerados em um período não

superior a 48 meses, cujo divisor não pode ser inferior a 24.

(até a Lei 9.876/99)

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

► Regras vigentes após a Lei 9.876/99:

Alteração no Cálculo do benefício:

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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SB = média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a,

no mínimo, oitenta por cento de todo o período contributivo decorrido desde a competência

julho de 1994, devidamente atualizados, multiplicada pelo fator previdenciário.

O divisor considerado na média não poderá ser inferior a 60% do período decorrido

desde julho/94 até a data de início do benefício.

Exemplo:

Mulher com 48 anos de idade, que tinha 20 anos de tempo de contribuição em

16/12/1998. Poderá aposentar-se antecipadamente apenas aos 27 anos de tempo de

contribuição, pois neste caso o pedágio será de 2 anos:

25 + 40% (25-20) = 25 + 40% 5 = 25 + 2 = 27 anos de tempo de contribuição

Cálculo do benefício:

27 anos de contribuição - 70% SB

28 anos - 75% SB

29 anos - 80% SB

30 anos - 100% SB (optando pela regra do artigo 201, § 7º, I, CF)

Exemplo:

Mulher com 48 anos de idade, que tinha 25 anos de tempo de contribuição em

16/12/1998. Poderá aposentar-se proporcionalmente após a EC 20/98, pelas novas regras,

sem necessidade de comprovação de pedágio:

25 + 40% (25-25) = 25 + 40% 0 = 25 + 0 = 25 anos de tempo de contribuição

Cálculo do benefício:

25 anos de contribuição - 70% SB

26 anos - 75% SB

27 anos - 80% SB

28 anos - 85% SB

29 anos - 90% SB

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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30 anos - 100% SB (optando pela regra do artigo 201, § 7º, I, CF)

Art. 3º, EC 20/98:

“É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, aos servidores

públicos e aos segurados do regime geral de previdência social, bem como aos seus

dependentes, que, até a data da publicação desta Emenda, tenham cumprido os requisitos para

a obtenção destes benefícios, com base nos critérios da legislação então vigente.”

Exemplo:

Homem ou Mulher que tivessem 30 ou 25 anos de tempo de serviço em 16/12/1998

poderão aposentar-se pelas regras anteriores, a qualquer tempo, sem exigência de idade

mínima, sem necessidade de comprovação de pedágio, desde que não computem tempo de

serviço posterior:

Cálculo do benefício:

30/25 anos de contribuição - 70% SB

31/26 anos - 76% SB

32/27 anos - 82% SB

33/28 anos - 88% SB

34/29 anos - 94% SB

35/30 anos - 100% SB

►RE 575089/RS, Rel Min. Ricardo Lewandowski, 10/09/2008:

“EMENTA: INSS. APOSENTADORIA. CONTAGEM DE TEMPO. DIREITO

ADQUIRIDO. ART. 3º DA EC 20/98. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO

POSTERIOR A 16.12.1998. POSSIBILIDADE. BENEFÍCIO CALCULADO EM

CONFORMIDADE COM NORMAS VIGENTES ANTES DO ADVENTO DA

REFERIDA EMENDA. INADMISSIBILIDADE. RE IMPROVIDO.

I - Embora tenha o recorrente direito adquirido à aposentadoria, nos termos do art. 3º da EC

20/98, não pode computar tempo de serviço posterior a ela, valendo-se das regras vigentes

antes de sua edição.

II – Inexiste direito adquirido a determinado regime jurídico, razão pela qual não é lícito ao

segurado conjugar as vantagens do novo sistema com aquelas aplicáveis ao anterior.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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III – A superposição de vantagens caracteriza sistema híbrido, incompatível com a sistemática

de cálculo dos benefícios previdenciários.

IV – Recurso extraordinário improvido.

► EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41/03:

AS ALTERAÇÕES NA MAIORIA NÃO SE APLICAM AOS BENEFÍCIOS DO RGPS;

APENAS AOS SERVIDORES PÚBLICOS QUE TENHAM REGIME PRÓPRIO DE

PREVIDÊNCIA.

► Efeitos Geradores pela Emenda 41/03 no RGPS:

- Art. 5º O limite máximo dos benefícios do RGPS passa a ser de R$ 2.400,00.

- Art. 201, § 12, CF: criação de um sistema especial de inclusão previdenciária para

trabalhadores de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-

mínimo, exceto de aposentadoria por tempo de contribuição. (parcialmente alterado pela EC

47/05 e regulamentado pela LC 123/06)

- Não foi instituída contribuição previdenciária para aposentadorias e pensões do RGPS, como

mostra o art. 195, II, CF.

► EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 47/05:

NOVAS MODIFICAÇÕES NA APOSENATDORIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS

QUE TENHAM REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA. INCLUSÃO DAS DONAS-

DE-CASA DE BAIXA RENDA.

Efeitos Geradores pela Emenda 47/05 no RGPS:

- Art. 201, § 1º, CF: É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão

de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos

de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física

e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei

complementar.

- Art. 201, § 12, CF: Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender

a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa

renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo.

- § 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá

alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de

previdência social.

- Emenda regulamentada pela LC 123, de 14/12/2006: alíquota de 11% sobre o salário-

mínimo; exclui o direito à aposentadoria por tempo de contribuição.

4. Aposentadoria Especial:

- Enquadramento tempo de serviço.

L. 9032 MP 1523/96

28/04/95 (Dec. 2172, 05/03/97) 01/01/04

________________________│____________________│_________________│_______

▪ ATIVIDADE ▪ Agente nocivo ▪ Agente nocivo PPP

(penosa, perigosa, insalubre) + +

Formulário SB-40. laudo(ruído) laudo (sempre)

▪ AGENTE NOCIVO

(Formulário SB-40)

+

Laudo (ruído).

________________________│____________________│_________________│_______

Demais agentes: Decreto 2172/96 Decreto 3048/99

- Decreto 53.831/64 (Atual)

- Decreto 83.060/79

- Lei 7850/80 (telefonistas)

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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► Súmula 04 da TRSC:

“O enquadramento do tempo de atividade especial por categoria profissional prevalece

somente até 28-04-95 (Lei 9.032/95).”

► Súmula 05 da TRSC:

“Exige-se laudo técnico para comprovação da efetiva sujeição do segurado a agentes nocivos

somente em relação à atividade prestada a partir de 06/03/1997 (Decreto 2172/97), exceto

quanto ao ruído, para o qual imprescindível aquela prova também no período anterior.”

► Súmula 198 do extinto TFR:

“Atendidos os demais requisitos, é devida a aposentadoria especial se perícia judicial constata

que a atividade exercida pelo segurado é perigosa, insalubre ou penosa, mesmo não inscrita em

Regulamento.”

►Art. 201, § 1° da CF88 (redação dada pela EC 20/98 – redação um pouco alterada

pela EC 47/05):

“É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria

aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades

exercidas sob condições especiais que PREJUDIQUEM A SAÚDE OU A INTEGRIDADE

FÍSICA, definidos em lei complementar.”

► Equipamento de Proteção Individual/Coletiva:

Se o perito constatar a real utilização do EPI/EPC pelo trabalhador e atestar que o seu uso

afasta toda e qualquer POSSIBILIDADE de prejuízo à saúde do segurado, em tese, não há

porque enquadrar o tempo de serviço como especial.

►Súmula 289 do TST:

“O simples fornecimento de aparelho de proteção pelo empregador não o exime do

pagametno do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à

diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do

equipamento pelo empregado.”

“O uso de EPI’s” ou EPC’s só descaracteriza a especialidade da atividade quando efetivamente

comprovado que o uso atenua, reduz ou neutraliza a nocividade do agente a limites legais de

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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tolerância, e desde que se trate de atividade exercida após 02 de junho de 1998, pois até tal data

vigia a Ordem de Serviço INSS/DSS nº 564, de 9 de maio de 1997, a qual estatuía em seu item

12.2.5 que ‘o uso de Equipamento de Proteção Individual – EPI não descaracteriza o

enquadramento da atividade sujeita a agentes agressivos à saúde ou à integridade física’” (AC

1999.71.12.006549-6/RS, 5ª Turma, Relator Juiz Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira,

decisão unânime em 16/12/2003).

A IN INSS/PRES 20/07 previa no art. 180, parágrafo único:

“A utilização de EPI será apenas considerada para os períodos laborados a partir de 11 de

dezembro de 1998, não descaracterizando a especialidade nos períodos anteriores a tal data”.

Tal determinação deve-se ao fato de que o § 2º do artigo 58 da Lei 8.213/91 somente

passou a determinar que o laudo técnico contivesse informação sobre a existência de

tecnologia de proteção individual que diminua a intensidade do agente agressivo a limites de

tolerância e recomendação sobre a sua adoção pelo estabelecimento respectivo a partir da Lei

9.732, de 11/12/1998.