28
PORTUGAL POST Director: Mário G. M. dos Santos ANO XVI • Nº 188 • Março 2010 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351• E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718 Leia nesta edição Página 11 Página 17 Página 9 Publicidade Portugal Post - Burgholzstr 43 - 44145 Do PVST Deutsche Post AG - Entgelt bezahlt K25853 Os eleitos. Em cima, da esq.:Anabela Barata, Hilden,Armindo Fragata, Leverkusen,António Horta, Gelsenkirchen,António Machado, Burscheid, Elisabete Pinrto Araújo, Euskirchen, Carlos da Mota, Eschweiler. Em baixo, da esq.: Dania Cancela Morewira, Eitorf, Melanie Ferreira Martins, Euskirchen, Manuel Botelho, Solingen, Manuel Machado, Münster, Paulo de Jesus Pinto, Euskirchen e Sara Neto Alves, Rheine. Pág. 5 Doze portugueses eleitos para os Conselhos de Estrangeiros na Renânia do Norte e Vestfália Eleições NRW 2010 Tributação de rendimentos obtidos na Alemanha Quando um português é tributado em Portugal pelos rendimentos auferidos na Alemanha, apenas porque mantém em Portugal o agregado familiar, deve tal tributação ser anulada. Leia mais na pág.3 Deputado Carlos Gonçalves denuncia escassez de recursos humanos nos consulados de Estugarda e Frankfurt O deputado social democrata pelo círculo da Europa Carlos Gonçalves criticou a escassez de recursos humanos nos consulados de Estugarda e Frankfurt, na Alemanha, que „não tem mãos a medir“ para atender a comunidade portuguesa ali residente. Pág. 7 PORTUGAL POST falou com Cônsul-Geral de Portugal em Hamburgo Alemanha Tribunal declara inconstitucio- nal a lei alemã de ajuda social Hartz IV Aviação Frank Zehle é o novo delegado da TAP Portugal na Alemanha

Portugal Post Março 2011

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Portugal Post Março 2011

Citation preview

PORTUGAL POSTDirector: Mário G. M. dos Santos

ANO XVI • Nº 188 • Março 2010 • Publicação mensal • 2.00 €

Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351• E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718

Leia nesta edição

Página 11

Página 17

Página 9

Publicidade

Portugal Post - Burgholzstr 43 - 44145 DoPVST Deutsche Post AG - Entgelt bezahlt K25853

Os eleitos. Em cima, da esq.: Anabela Barata, Hilden, Armindo Fragata, Leverkusen, António Horta, Gelsenkirchen, António

Machado, Burscheid, Elisabete Pinrto Araújo, Euskirchen, Carlos da Mota, Eschweiler. Em baixo, da esq.: Dania Cancela

Morewira, Eitorf, Melanie Ferreira Martins, Euskirchen, Manuel Botelho, Solingen, Manuel Machado, Münster, Paulo de

Jesus Pinto, Euskirchen e Sara Neto Alves, Rheine. Pág. 5

Doze portugueses eleitos para os Conselhos deEstrangeiros na Renânia do Norte e Vestfália

Elei

ções

NRW

201

0

Tributação de rendimentos obtidos na AlemanhaQuando um português é tributado em Portugal pelos rendimentos auferidos na Alemanha, apenas porque mantém em Portugal o agregado familiar, deve tal tributação ser anulada. Leia mais na pág.3

Deputado Carlos Gonçalves denuncia escassez de recursos humanos nos consulados de Estugarda e Frankfurt O deputado social democrata pelo círculo da Europa Carlos Gonçalves criticou a escassez derecursos humanos nos consulados de Estugarda e Frankfurt, na Alemanha, que „não temmãos a medir“ para atender a comunidade portuguesa ali residente. Pág. 7

PORTUGAL POST

falou com Cônsul-Geral de Portugal em Hamburgo

AlemanhaTribunal declara inconstitucio-nal a lei alemã de ajuda socialHartz IV

AviaçãoFrank Zehle é o novo delegadoda TAP Portugal na Alemanha

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010

EditorialMário dos Santos

2

DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS

REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAHELENA GOUVEIA: BONAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE

CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAJOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORFKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMARIA DOS ANJOS SANTOS - HAMBURGOMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONAZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT

COLUNISTASANTÓNIO JUSTO: KASSELCARLOS GONÇALVES: LISBOADORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI MENDES: AUGSBURGRUI PAZ: DÜSSELDORFTERESA COLAÇO: COLÓNIA

ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO

FOTÓGRAFOS:PAULO FERREIRA E FERNANDO SOARESAGÊNCIAS: LUSA. DPAIMPRESSÃO: PORTUGAL POST VERLAG

REDACÇÃO, ASSINATURAS E PUBLICIDADEBURGHOLZSTR.43 - D - 44145 DORTMUNDTEL.: (0231) 83 90 289FAX: (0231) 83 90 351WWW.PORTUGALPOST.DEE MAIL: CORREIO @ FREE.DE

REGISTO LEGAL: PORTUGAL POSTJORNAL DA COMUNIDADE PORTUGUESA NA ALEMANHAISSN 0340-3718 • K 25853PROPRIEDADEPORTUGAL POST VERLAG REGISTO COMMERCIAL HRA 13654

PORTUGAL POSTAgraciado com a medalha da Liberdade e Democracia da

Assembleia da RepúblicaFundado em 1993

OS TEXTOS PUBLICADOS NA RÚBRICA OPINIÃO SÃO DA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS ASSINA E NÃO VEICU-LAM QUALQUER POSIÇÃO DO JORNAL PORTUGAL POST

Assine e receba o seu jornal por apenas 20,45€ / AnoPreencha de forma legível, recorte e envie este cupão para:PORTUGAL POST- AssinaturasBurgholzstr. 43 - 44145 Dortmund

Sim, quero assinar o PORTUGAL POST

Nome

Morada

Cód. Postal Cidade

Telef. Data/ Assinatura

Data Nasc.:

Meios de pagamento disponíveisAtravés de cheque à ordem de PORTUGALPOST VERLAG, transferência bancária ou, sepreferir, pode pagar por débito na sua contabancária

ICH ERMÄCHTIGE DIE FÄLLIGEN BETRÄGE VON DEM U.G. KONTO ABZUBUCHEN.BankverbindungKontonummer:Bankleitzahl:Datum: Unterschrift

WiderrufMir ist bekannt, dass ich diese Bestellung ohne Begrundunginnerhalb von 14 Tagen schriftlich bei der Portugal Post - Aboabtei-lung, Burgholzstr. 43 - 44145 Dortmund widerrufen kann. Zur Frist-wahrung genugt die rechtzeitige

Absendung.Das Abo verlängert sich um den angegebenen Zahlungzeitraumzum gultigen Bezugspreis, wenn es nicht drei Wochen vor Ablaufschriftlich gekundigt wird.

Se é assinante, avise-nosse mudou ou vai mudar

de endereço

Fax: 0231 - 83 90 351Tel.: 0231 - 83 90 289

[email protected]#

Depois de Estugarda, Dusseldorf e Osna-

brück, o consulado em Hamburgo anunciou

a constituição dos membros do Conselho

Consultivo nomeados pelo Cônsul-Geral da-

quela área consular.

Com a nomeação dos Conselhos Consulti-

vos, a comunidade tem agora instrumentos

que lhe permitem fazer-se ouvir junto das au-

toridades consulares que, por sua vez, devem

fazer chegar às entidades governamentais as

preocupações transmitidas pelos Conselhos.

Para além destes órgãos, que podem contri-

buir para a participação da comunidade na re-

solução dos problemas a nível regional, a

comunidade tem ainda os membros eleitos

do Conselho das Comunidades (CCP) que

têm a missão de saber dos problemas com

que os portugueses residentes neste país se

debatem e de os transmitir ao Governo.

É cedo ainda para avaliar da eficácia dos cha-

mados Conselhos Consultivos.

Seja como for, nunca a comunidade teve tão

representada junto das entidades oficiais

como agora está. Mas não basta ser apenas

membro dos Conselhos Consultivos só para

assistir às reuniões e ficar em bicos de pés. É

preciso que os seus membros fiquem atentos

ao que se passa e sejam o eco das preocupa-

ções da comunidade.

Pelo que nos foi dado a conhecer, todos os

membros dos Conselhos Consultivos já em-

possados são elementos empenhados nas

áreas que representam e podem prestar uma

contribuição positiva para a coesão e bem

estar da comunidade.

Nos conselhos já empossados, a preocupação

dos cônsules e vice-cônsules foi escolher e

nomear pessoas ligadas a actividades como o

ensino, o movimento associativo, a acção so-

cial, as missões católicas, etc. Pareceu-nos,

porém, que sectores como os empresariado

e negociantes deveriam figurar nos ditos con-

selhos. E isto por razões que tem a ver com

o potencial que o sector representa e que, de

alguma maneira, é importante para a econo-

mia portuguesa.

Lembramos, por exemplo, do apelo que o

Presidente da República fez aquando da sua

visita à Alemanha há um ano: “Portugal neces-sita, hoje mais do que nunca, da ajuda da suadiáspora. Contamos com o vosso apoio para pro-jectar o nosso país, com a colaboração de todospara que possamos aumentar as exportações deprodutos e serviços portugueses, para promovera nossa terra como destino turístico de excelên-cia”.Estas palavras do Presidente fazem hoje, mais

do que nunca, sentido por mor da situação

económica e financeira em que Portugal se

encontra. Assim, corresponder ao apelo do

Presidente é também uma prioridade e uma

missão de todos quantos fazem parte dos

Conselhos Consultivos.

A missão dos Conselhos Consultivos

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 3DDESTAQUEESTAQUE

Publicidade

A sujeição fiscal a tributação

em IRS sobre rendimentos em

Portugal, como é sabido não se

cinge aos rendimentos auferidos

por portugueses em Portugal.

Como prática recorrente, à ima-

gem do que se prevê em diversos

Estados, designadamente na Ale-

manha, o Estado Português pode

arrogar-se de uma pretensão tri-

butária sobre os rendimentos de

estrangeiros obtidos em Portugal

ou ainda dos rendimentos obti-

dos por portugueses no estran-

geiro, desde que preenchidos

determinados critérios legal-

mente estipulados.

Destacamos aqui os casos dos

cidadãos portugueses que resi-

dem na Alemanha e aí obtiveram

os seus rendimentos derivados de

trabalho dependente e por conta

de outrem, situação essa que tem

vindo a gerar pretensões e liqui-

dações ilegais pelos Serviços de

Finanças portugueses, especial-

mente, quando um dos cônjuges

no ano fiscal em causa fosse con-

siderado residente em Portugal.

Para isso, acrescentamos, bastaria

que o respectivo cônjuge ao ano

fiscal em causa permanecesse-se

em Portugal por mais de 183 dias,

ou seja, 183 dias e uma manhã a

título de exemplo.

Nestes casos, a Administração

Tributária portuguesa entende

preenchidos os pressupostos

para que o cônjuge não residente

em Portugal, seja por “arrasta-

mento” legal considerado resi-

dente em Portugal, ficando sujeito

às regras de IRS.

Sabendo que nas situações

que envolvem situações jurídicas

de cariz Fiscal em mais de um Es-

tado, o que sucederia no nosso

caso de cidadão português resi-

dente na Alemanha, as Conven-

ções Internacionais celebradas

entre Estados procuram evitar

que o cidadão fique sujeito a uma

dupla tributação, isto é, que sobre

os rendimentos auferidos num

país (por exemplo a Alemanha),

além do imposto aí pago, paguem

novo imposto sobre esses mes-

mos rendimentos em Portugal.

No nosso caso, que aqui reto-

mamos, os cidadãos portugueses

que são na Alemanha sujeitos a

impostos, porque aí é o seu Es-

tado de residência e onde obtêm

os seus rendimentos, tem sido

alvo de liquidações de IRS, para

pagamento do imposto adicional

sujeito a taxas superiores em

Portugal.

Nesses casos, por via de apli-

cação das referidas convenções

internacionais, ao imposto a pagar

em Portugal pela totalidade dos

rendimentos auferidos, em ter-

mos globais, cabe deduzir o even-

tual montante já pago na

Alemanha, sobrando para paga-

mento aquele que resulta da apli-

cação da taxa portuguesa menos

a parte de imposto já pago na Ale-

manha.

Este mecanismo convencional

não deve no entanto ser aplicável

quando a aplicação das normas

Fiscais portuguesas, ainda que

como se viu em concorrência

com as normas Fiscais alemãs, se

deve exclusivamente ao facto de

o cidadão português ser tido por

residente, não por aplicação de

nenhum critério legal que fixe

sobre si a residência fiscal em

Portugal, mas sim sobre o seu

cônjuge. Estaremos perante um

exclusivo critério de dependência

formal, sem correspondência na

realidade, e susceptível de gerar

situações de extrema injustiça.

Segundo a interpretação legal

mais correcta, como o têm reco-

nhecido os tribunais superiores

em Portugal, é de afastar a aplica-

ção de legislação fiscal portuguesa

sobre os casos destes cidadãos

nacionais, nomeadamente os resi-

dentes na Alemanha, ou seja,

quando um português seja tribu-

tado em Portugal pelos rendi-

mentos auferidos na Alemanha,

apenas porque mantém em Por-

tugal o agregado familiar, deve tal

tributação ser anulada.

Ora à luz dos princípio e re-

gras das Convenções Internacio-

nais celebradas entre os Estados

em matéria Fiscal, deve a sujeição

a imposto em Portugal ainda que

a pretensão seja pela Administra-

ção Fiscal formulada junto desses

contribuintes, somente ser aten-

dida, quando permaneçam no ter-

ritório nacional interesses

patrimoniais ou pessoais directos.

Assim, devem os cidadãos

portugueses que residam habi-

tualmente na Alemanha e aí de-

sempenhem sua actividade

profissional, impugnar judicial-

mente as liquidações de impostos

a pagar em Portugal, sobre os

rendimentos na Alemanha, caso

não possuam em Portugal outra

ligação que não seja o agregado

familiar.

Se tiver dúvidas escreva para

[email protected]

Tributação de rendimentos obtidos na AlemanhaDestacamos aqui os casosdos cidadãos portuguesesque residem na Alemanha e aí obtiveramos seus rendimentos derivados de trabalho dependente e por contade outrem

Catarina Tavares

Publicidade

Quando um portu-guês é tributado emPortugal pelos rendi-mentos auferidos naAlemanha, apenasporque mantém emPortugal o agregadofamiliar, deve tal tri-butação ser anulada.

PORTUGAL POST nº 188 • Março 20104

Opinião por Fernanda Leitão

Continuam a chegar muitos emi-

grantes portugueses aos países eu-

ropeus, a maioria dos quais jovens

qualificados mas sem oportunida-

des profissionais em Portugal, aler-

tou o director da Obra Católica

Portuguesa de Migrações, Frei Fran-

cisco Sales Diniz.

Este foi o diagnóstico feito no

encontro dos sacerdotes que exer-

cem junto das comunidades portu-

gueses em França, Suíça, Bélgica,

Holanda, Luxemburgo, Alemanha, e

Reino Unido, que se reuniram em

Londres desde.

“Os problemas com a nossa

emigração são quase sempre os

mesmos, apesar de estarem mais

acentuados com a nova vaga de

emigração”, afirmou Frei Francisco

Sales Diniz

O grosso dos emigrantes está,

segundo a observação do clero, a

chegar à Suíça, Luxemburgo, Reino

Unido e França, mas é difícil quan-

tificar em números devido à falta de

inscrição nos consulados ou junto

das autoridades nacionais.

Esta “nova vaga”, descreveu

Sales Diniz, é composta por “pes-

soas com formação, muitas vezes

com cursos superiores, cursos pro-

fissionais ou cursos técnicos, que

não têm saída profissional em Por-

tugal” e que precisam de procurar

emprego fora para pagar as presta-

ções da hipoteca da casa em Portu-

gal. O director da OCPM advertiu

em particular para a construção do

túnel ferroviário nos Alpes, para

onde espera que se desloquem “al-

guns milhares de portugueses”.

Um dos empreiteiros, adiantou,

“é uma empresa ligada a trabalha-

dores portugueses” e a própria

“igreja francesa já nomeou um diá-

cono para acompanhar essa situa-

ção”.

Mas não são apenas as comuni-

dades portuguesas no estrangeiro a

enfrentar problemas, a própria

Igreja sofre da falta crescente de sa-

cerdotes, pelo que é frequente o

recurso a padres brasileiros, dos

países africanos de língua portu-

guesa e até outras de nacionalida-

des. Diniz Sales referiu que o

trabalho das missões no estran-

geiro é “acompanhar comunidades

sem criar guetos” e ajudar na inte-

gração no país de acolhimento e na

igreja local.

“Muitas vezes as igrejas locais

gostariam que a integração fosse

mais rápida, mas é um processo que

precisa de passar por uma primeira,

segunda, terceira geração que nós

temos obrigação de acompanhar”,

vincou.

Segundo director Obra Católica Migrações

Chegam muitos portugueses qualificadosaos países europeus

O secretário de Estado das Co-munidades Portuguesas, Antó-nio Braga, destacou as„potencialidades de enriqueci-mento mútuo“ propiciadaspelos gabinetes de apoio aoemigrante, durante a assina-tura do protocolo que criou naMealhada mais uma destas es-truturas.

„Há um universo de oportuni-

dades extraordinário para desen-

volver e explorar“, defendeu o

governante na cerimónia nos Paços

do Concelho, ao sublinhar que se

devem „explorar estas potenciali-

dades de enriquecimento mútuo“.

Apoiar os emigrantes que pre-

tendem regressar à terra natal e au-

xiliar os que querem emigrar são as

principais valências do gabinete,

criado ao abrigo de um protocolo

celebrado entre a Direcção-Geral

dos Assuntos Consulares e Comu-

nidades Portuguesas e o Município

da Mealhada (Aveiro).

„Os emigrantes insistem em

manter-se ligados a casa, cabe ao

Estado criar condições para isso

através da língua, da cultura e tam-

bém no domínio da economia e do

tecido empresarial“, referiu António

Braga, ao salientar o papel do re-

centemente criado programa Ne-

tinvest no „estímulo às parcerias“

entre empresários locais e empre-

sários da diáspora.

Para o presidente da Câmara da

Mealhada, Carlos Cabral, „a inter-

venção das autarquias no domínio

social é cada vez mais importante“.

„Temos intervenções em diver-

sas áreas, faltava-nos sem dúvida o

desenvolvimento deste trabalho.

Somos um concelho muito especial:

numa primeira fase, preocupámo-

nos imenso com a imigração, pro-

curámos acolhê-los e integrá-los.

Somos também um país de emi-

grantes. Faltava algo neste municí-

pio que pudesse estar ao serviço

dos que regressam ao país ou dos

que, estando no estrangeiro, preci-

sam de contactar com o país de

origem“, afirmou Carlos Cabral.

De acordo com o secretário de

Estado das Comunidades Portugue-

sas, existem já cerca de 90 gabine-

tes de apoio ao emigrante e mais

sete dezenas encontram-se „apala-

vrados“.

„É um serviço de extraordiná-

ria oportunidade social, para se in-

tegrarem no regresso a Portugal, ou

para se informarem quando preten-

dem sair“, sintetizou.

No protocolo lê-se que cerca

de 90 por cento dos portugueses

que regressam o fazem para a fre-

guesia de onde partiram e que no

concelho da Mealhada „sempre se

verificou um elevado índice de

Secretário de Estado das Comunidades destaca potencialidades dos gabinetes de apoio ao emigrante

Numa descuidada passeata pela inter-

net, caíu debaixo dos meus olhos esta

saraivada dada à estampa no SOL:

“O Processo chamado “Face Oculta”tem as suas raízes longínquas num fe-nómeno que podemos designar por “des-lumbramento”. Muitos dos envolvidos nocaso, a começar por Armando Vara, sãopessoas nascidas na Província que vie-ram para Lisboa, ascenderam a cargospolíticos de relevo e se deslumbraram.Deslumbraram-se, para começar, com opoder em si próprio. Com o facto demandarem, com os cargos a distribuírpelos amigos, com a subserviência demuitos subordinados, com as mordo-mias, com os carros de luxo, com oschauffeurs, com os salões, com os novosconhecimentos. Deslumbraram-se, de-pois, com a cidade. Com a dimensão dacidade, com o luxo da cidade, com asluzes da cidade, com os divertimentos dacidade, com as mulheres da cidade. Ora,para homens que até aí tinham vividosempre na Província, que até aí tinhamuma existência obscura, limitada, ligadosàs estruturas partidárias locais, este saltosimultâneo para o poder político e paraa cidade representou um cocktail explo-sivo”.

Interrompo a transcrição para

fazer alguns comentários a esta

prosa de prego-e-racha, sem es-

tilo nem graça, quase a lembrar

as da agit-prop usadas pelo”sol

da terra” de má memória. Para

o autor, nascer na Província é

ser inferior, atrasado, genetica-

mente esquisito e, portanto,

vulnerável à cidade que fascina e cor-

rompe. Na província, segundo ele,

todos estão mortinhos por se cor-

romperem na cidade, o que não é

caso dos alfacinhas de gema, todos

sem excepção, incorruptíveis. A honra

e a força de carácter é, de acordo

com esta saraivada, apanágio dos nas-

cidos à beira Tejo. Deve ser por isso

que falam de cátedra e se comportam

como donos de tudo, incluindo dessa

Província donde vêm os maraus e a

paparoca. Porque o lado maçador é

esse, a paparoca e a água vêm da Pro-

víncia, mais os braços para trabalha-

rem. Uma fatalidade que já deu o que

deu, em 1975, quando o PC mais o

Movimento das Forças Armadas de-

cidiram, também, insultar a inteligên-

cia e o patriotismo da Província: os da

dita cortaram as estradas, em Rio

Maior e como já estavam com a mão

na massa, incendiaram as carrinhas

que transportavam os jornais pejados

de insultos, ao mesmo tempo que o

Tio Abílio fazia mocas ao torno, para

o que desse e viesse. Foi o princípio

do fim dos autoproclamados donos

do país.

Não sei se o autor da prosa co-

nhece bem a Província ou que espé-

cie de gente conhece ele no interior

do país. Posso adiantar-lhe que, na

Província, há um grande número de

gente culta, a meter num chinelo os

sapateiros que teimam em tocar o ra-

becão do jornalismo, há muita gente

fina, civilizada e de bom carácter. Há

milhões de pessoas da Província que

vivem em cidades maiores, mais lu-

xuosas do que Lisboa, embora não

necessariamente mais bonitas, e não

vivem de expedientes nrm de boca

aberta. Entre esses milhões de expa-

triados, há centenas ocupando altos

cargos na banca, nas empresas, no

poder municipal, na política, e não

consta que sejam corruptos. O autor

da saraivada parece, ele sim, um “des-

lumbrado” com aquilo que considera

uma fortaleza inexpugnável: um jornal

teúdo e manteúdo por um sócio de

uma angolana que compra tudo

quanto vê em Portugal, mais dois an-

golanos ensopados em milhões. O

que foi trombeteado como um acto

de “libertação” por Felícia Cabrita, a

babada biógrafa de Pinto da Costa,

quando chamada a depor numa co-

missão parlamentar que mais parece,

nesta quaresma, o baile dos trapa-

lhões. Resta-nos aguardar que o jor-

nal passe a publicar saraivadas

contando a verdade do que se passa

em Angola. Porque, enfim, ninguém

pode acreditar que por lá haja cen-

sura e asfixia democrática.

A mim mais me parece cisma

contra quem é da Província. Já um fa-

miliar do autor da saraivada, num

tempo em que ainda andava muito li-

gado ao PC, cismou contra um pro-

fessor de português na Universidade

de Amesterdão, transmontano hon-

rado, escritor de mérito e respei-

tado, cidadão que nunca comeu da

gamela partidária, pondo a correr a

difamação de que ele seria da pide. E

não há muitos meses, um outro fami-

liar do autor da saraivada, através da

RTP, visto e ouvido por milhões de

pessoas em Portugal e no estran-

geiro, pôs nas ruas da amargura o

cônsul Aristides Sousa Mendes, um

beirão, deixando claro que o tinha

por pessoa desonesta, enquanto en-

deusava a perseguição movida por Sa-

lazar ao diplomata que salvou da

morte largos milhares de judeus.

Estas cismas,às vezes, passam de ge-

ração em geração.

Para finalizar, recomendo ao

autor da saraivada que não repita ge-

neralizações que insultam. Que saia

de Lisboa e verifique que toda esta

balbúrdia apenas interessa a políticos

carreiristas e jornalistas que vivem

dos políticos. Quem, na Província,

pega na enxada, se desdobra nas fá-

bricas, quem tem de labutar para pôr

na mesa o pão da família, reage mal a

estas confusões. Deixe a Justiça tra-

balhar.

Cuidado, gentes da província!

O que foi trombeteado como um actode “libertação” por Felícia Cabrita, ababada biógrafa de Pinto da Costa,quando chamada a depor numa comis-são parlamentar que mais parece, nestaquaresma, o baile dos trapalhões

Os trabalhadores dos serviços ex-

ternos do Ministério dos Negócios

Estrangeiros vão aderir à greve da

função pública de 04 de Março, em

protesto contra o congelamento

dos salários e das carreiras, anun-

ciou o sindicato do sector.

„Farto de congelamentos, o

pessoal dos Serviços Externos do

MNE (consulados, embaixadas, mis-

sões e centros culturais) vai aderir

à greve já marcada pela Frente

Comum de Sindicatos para o dia 04

de Março“, afirma o Sindicato dos

Trabalhadores Consulares e das

Missões Diplomáticas (STCDE).

Afirmando que esta foi uma

„decisão unânime“ dos corpos ge-

rentes, o STCDE relembra em co-

municado que „as carreiras estão

congeladas desde o século passado,

a progressão está congelada desde

2004, agora viria o terceiro conge-

lamento dos salários desde 2003“.

„O Governo prefere poupar

nos salários em vez de actuar con-

tra a fuga aos impostos e poupar na

propaganda e nas acções de fa-

chada“, lê-se na mensagem.

O STCDE diz ainda que já con-

frontou o Governo com o facto de

não haver recuperação do poder de

compra perdido nos últimos cinco

anos pelos trabalhadores dos servi-

ços externos e com o facto de

haver mais de duas centenas de tra-

balhadores que nem sequer aufe-

rem o valor do salário mínimo

nacional.

Funcionários dos consulados juntam-se à greve da Função Pública contra congelamento dos salários

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 Nacional & Comunidades 5

A cidade de Leichlingen (NRW),

que tem um acordo de geminação

com Funchal, Na ilha da Madeira,

prontificou-se a corresponder a um

apelo de ajuda vindo do presidente

da Câmara do Funchal, Miguel Albu-

querque, enviando Uma equipa de

três bombeiros ao Funchal com di-

verso material de socorro para

apoiar as operações em curso na

capital madeirense, na sequência do

temporal que atingiu a ilha.

Logo após a chegada ao aero-

porto do Funchal, os três bombei-

ros alemães iniciaram a preparação

do transporte de equipamentos e

materiais até à cidade do Funchal.

Os bombeiros alemães trans-

portaram mangueiras, bombas de

água e equipamento de remoção de

escombros, entre outros materiais

de socorro.

Recorde-se que a geminação

entre Leichlingen e Funchal data de

desde 1996, sendo que desde essa

data tem existido várias iniciativas

e visitas promovidas pelas duas ci-

dades

Geminação Leichlingen - Funchal

Três bombeiros alemães no Funchalpara ajudar nas operações de socorro

Sábado de manhã. O telefone per-

turba o aconchego da leitura do

jornal. Levanto-me do sofá. Do

outro lado dizem-me:“liga a televi-

são”. Obedeço. Imagens terríveis,

daquelas que dispensam todas as

palavras. Num arrebatamento da

natureza a montanha desce até ao

mar. Fernão de Ornelas, Visconde

de Anadia, Avenida Arriaga. As ruas

da cidade a que aprendi a chamar

minha são cursos de água ferozes,

arrastando carros, arrastando des-

troços, destroçando existências. A

lama invadiu a baixa do Funchal, tú-

neis transformaram-se em Amazo-

nas, parques de estacionamento são

lagos profundos. Casas incrustadas

na encosta desabaram, estradas tor-

naram-se vias sem rumo. Os que se

esquivaram ao fio do acaso olham

sonâmbulos, incrédulos. A Madeira

encheu-se de refugiados do tempo-

ral, de desabrigados, de mortos. De-

masiados.

A culpa depressa é atribuída: a

natureza, o aluvião inusitado, as al-

terações climáticas.  Não dá muito

jeito admitir que esta tragédia po-

deria ter sido prevenida, minorada.

A incúria cobrou o seu pesado tri-

buto.

Impermeabilização de solos,

construção em leito de cheias, de-

sordenamento territorial, má ges-

tão das florestas são algumas  das

causas da tragédia madeirense. Cau-

sas humanas. Causas políticas. Uma

brandura de enganos.

E no meio da tentação da nor-

malidade, na Quinta da Vigia a preo-

cupação é“desdramatizar”.

Demonstrando um desprezo ver-

gonhoso pelos que morreram – já

se sabe, os mortos não votam – Al-

berto João Jardim exclama que “não

vale a pena dramatizar a situação lá

para fora”, até porque “não houve

nenhum caso grave com o sector

do turismo”. AJJ acreditava candida-

mente que bastava ele abrir a boca

para que os media internacionais se

calassem – como fazem alguns

media madeirenses – para não afec-

tar a “Madeira que fica bem nas fo-

tografias”, a “Madeira” acarinhada

pelo Governo Regional.

A tentativa de amordaçamento

não lhe saiu bem, a Madeira saltou

para as páginas da imprensa de

todo o mundo. E também os erros.

A pobreza mais grossa e mais crua

da Madeira, a outra, a invisível,   a

que não se senta no Golden Gate a

bebericar refrescos e conspirar bai-

xinho, está aí, exposta pela violência

das águas, à mercê da caridade.

A propósito de outra tragédia

Clara Ferreira Alves escreveu o se-

guinte “ aquela morte enterrada em

tristeza e terra molhada, aquela

morte que é morte de pobre. Só os

pobres morrem assim, devolvidos à

terra antes de baixarem ao tú-

mulo”. Podia ter sido escrito para a

Madeira

Não se aprendeu nada com a

catástrofe de 1993 ? E agora? Que

lições se vão tirar desta catástrofe?

Qual é o plano de desenvolvimento

para as zonas afectadas?

Os madeirenses que morreram

e os que foram afectados merecem

um pouco de respeito. Merecem

qualquer coisa chamada dignidade.

Helena Ferro de Gouveia

Um pouco de respeitoOpinião

O secretário de Estado das

Comunidades, António Braga, ga-

rantiu que o Ensino do Português

no Estrangeiro (EPE) enquanto

língua materna vai continuar e

que a rede vai ser aumentada.

„Não há modalidade do EPE

que acabe. Todas têm o seu lugar“,

assegurou.

António Braga reafirmou

ainda que é objectivo do Governo

alargar a rede do ensino no es-

trangeiro ao Canadá e Estados

Unidos e, por essa via, „chegar

melhor“ aos emigrantes portu-

gueses.

O secretário de Estado falava

na sequência da ida, na terça feira,

da presidente do Instituto Ca-

mões (IC), Ana Paula Laborinho, à

Comissão de Negócios Estrangei-

ros e Comunidades Portuguesas

para esclarecer o alegado fim do

ensino do português no estran-

geiro enquanto língua materna

em alguns países.

Na Assembleia da República,

Ana Paula Laborinho assegurou

que a estratégia do ensino do

português no estrangeiro passa

pela expansão e qualificação dos

cursos existentes e não pela sua

descontinuidade.

„Não haverá encerramento

de nenhum curso existente. Rei-

tero que não vai haver desconti-

nuidade de nada“, afirmou.

Secretário de Estado diz que o ensino do portuguêsenquanto língua materna vai continuar

No passado dia 7 de Fevereirorealizaram-se eleições em 103cidades da Renânia do Norte eVestfália (NRW) para eleiçãodo Conselho de Estrangeiros(“Integrationsrat” ou “Inte-grationsausschuss”).

Nestas eleições, a cidade de

Dusseldorf, que é a capital da NRW

bateu o recorde da abstenção com

uma participação eleitoral a rondar

os 4,67%, ou seja, de 94 510 elei-

tores apenas 4.413 fizeram o uso

de voto.

Nas 103 cidades deste Estado

em que se registaram eleições, há,

de acordo com os dados disponí-

veis, a constatar a eleição de 12

portugueses/as, que, concorrendo,

conseguiram a eleição para os res-

pectivos Conselhos de Estrangei-

ros.

De entre os portugueses con-

correntes a estas eleições, há a su-

blinhar a lista “Camões”, em

Euskirchen, que conseguiu eleger

dois elementos. Nesta mesma ci-

dade, há um outro português que

consegue ser eleito numa lista indi-

vidual.

A participação dos portugueses

neste processo eleitoral não é coisa

de monta. Muitos não percebem

que no “Integrationsrat” existe a

possibilidade, não apenas de deba-

ter e ajudar a resolver problemas li-

gados aos estrangeiros, como ainda

conseguir ter acesso a verbas esti-

puladas para distribuir por associa-

ções que realizem eventos que

contribuem para a integração dos

cidadãos.

Como tem sido habitual, a co-

munidade turca obtém o maior nú-

mero de lugares. Há cidades em

que foram unicamente eleitos cida-

dãos turcos para este grémio.

A informação sobre estas elei-

ções também deixa muito a desejar

por parte das autoridades alemães.

Muitos dos estrangeiros que rece-

beram o boletim de voto nem sa-

NRW 103 cidadeselegeram Conselhode Estrangeiros (Integrationsrat)

Doze portugueseseleitos

Os doze membros eleitos nestas eleições foram: Anabela Barata, Hil-den, Armindo Fragata, Leverkusen, António Horta, Gelsenkirchen, An-tónio Machado, Burscheid, Elisabete Pinrto Araújo, Euskirchen, Carlosda Mota, Eschweiler, Dania Cancela Morewira, Eitorf, Melanie FerreiraMartins, Euskirchen, Manuel Botelho, Solingen, Manuel Machado,Münster, Paulo de Jesus Pinto, Euskirchen e Sara Neto Alves, Rheine.

Os eleitos (da esq.): Elisabete Barata, Hilden, Sara Alves, Rheine, Dania Cancela Moreira, Eitorf, Armindo Barata, Leverkusen

(da esq.) Carlos da Mota,Eschweiler, António Horta, Gelsenkirchen, ManuelBotelho, Solingen, Antonio Machado, Burscheid.

(da esq.)Manuel Machado, Münster, Paulo de Jesus Pinto, Melanie FerreiraMartins e Elisabete Pinto Araújo, Euskirchen,

biam para que fim este era, e outros

ainda nem sabiam que havia elei-

ções, havendo também quem vo-

tasse o boletim no lixo pensando

que se tratava de alguma publici-

dade.

António Horta

Opinião PORTUGAL POST nº 188 • Março 20106

Portas

Janelas

Estores

de experiência nos merca-dos alemão e português

na área de montagem, reparação dejanelas, estores ou portas princi-pais.Com qualidade, rigor e pontualidadealemã e a criatividade portuguesa

18 anos

RMF- Rodrigues GmbH

Estamos ao seu dispor

para qualquer parte do país

Hindenburgstraße 22/1

71394 Kernen

Telefon (0049) (0)7151 / 4 72 06

Telefon (0049) (0)7151 / 4 30 04

Telefax (0049) (0)7151 / 4 73 08

Mobil 0173 / 9 59 52 15

www.rmf-rodrigues.com

E-Mail: [email protected]

Está a pensar

construir ou renovar

a sua casa em

Portugal

ou na Alemanha?

Contacte-nos!

Publicidade Publicidade

Precisa de trabalhos de carpintaria?Comércio e Particulares

Portas, Janelas, lamminat, restauração, pinturas de movéis,

Montagem para Exposições, Lojas, mercados, restaurantes, etc

CONTACTEMEÁrea NRW

0172 - 29 88 608

OpiniãoPaulo Pisco*

o âmbito do debate sobre

a identidade nacional que

decorre em França, o Go-

verno de Nicolas Sarkozy

apresentou iniciativas

para cultivar “o orgulho

de ser francês”. Embora aquele de-

bate comporte perigos pela facili-

dade com que resvala para o

racismo e a xenofobia, a necessi-

dade de cultivar o orgulho nacional

não é nada de negativo, bem pelo

contrário, desde que nunca ponha

em causa o respeito pelas outras

nacionalidades. Em Portugal e entre

as nossas comunidades seria bom

também se aprendêssemos a valo-

rizar aquilo que de melhor a nossa

história, a cultura e o país têm, as-

sumindo sem complexos o orgulho

de sermos portugueses e aquilo

que somos na actualidade, isto é,

uma nação moderna que procura a

todo o custo e da melhor maneira

possível o desenvolvimento.

E temos razões para nos orgu-

lharmos da nossa história, que é ri-

quíssima e possui um legado

cultural de grande valor disperso

pelos cinco continentes. Segundo o

propósito do Governo através do

Ministério dos Negócios Estrangei-

ros, este ano de 2010 será caracte-

rizado pela aproximação ao nosso

legado cultural espalhado pelo

mundo e pela nossa afirmação atra-

vés da Língua e da cultura portu-

guesa. Com efeito, as solicitações

para que Portugal esteja represen-

tado em iniciativas que ocorrem

um pouco por todo o mundo são,

porventura, muito superiores à

nossa capacidade para nos fazer-

mos representar. Mas isso é a prova

mais evidente do legado importante

que deixámos no mundo e da con-

sideração que esses países mantêm

em relação a Portugal, seja em

África ou na Ásia com países como

o Japão, a Coreia ou a China, com

os quais neste e no próximo ano

teremos importantes iniciativas

conjuntas.

Para que este desígnio estraté-

gico seja atingido, no final da ante-

rior legislatura foram aprovados

pelo Governo um conjunto de di-

plomas legislativos da maior impor-

tância para que o país pudesse este

ano fazer da Língua e da cultura o

seu principal vector de afirmação,

desde a reforma do Instituto Ca-

mões à aprovação do Quadro de

Referência do Ensino do Português

no Estrangeiro ou a criação de um

Fundo para a Língua.

Com efeito, à força de passar-

mos o tempo a criticar e a exigir

mais, acabamos por não valorizar

aquilo que temos e que, neste caso

concreto, é algo extraordinário.

Desde logo, devemos sublinhar que

a expansão e qualificação do ensino

do português no estrangeiro é um

instrumento fundamental para a

realização daquela estratégia e en-

volve directamente as nossas co-

munidades. Pela primeira vez, o

Estado vai tutelar também o ensino

do português em países como os

Estados Unidos, Canadá e Vene-

zuela, depois de recentemente o

ter alargado a países como a África

do Sul, Namíbia e Suazilândia.

Neste esforço de afirmação, a

Secretaria de Estado das Comuni-

dades terá um papel fundamental na

sua orientação estratégica através

do Instituto Camões, que passou a

ter a responsabilidade pela gestão e

orientação de todos os graus de

ensino, do básico às universidades,

para dar maior coerência à nossa

afirmação no mundo. Ou seja, o Ins-

tituto Camões tem, agora, necessa-

riamente, de estar mais receptivo

ao envolvimento das nossas comu-

nidades nas suas actividades de pro-

moção da Língua e da Cultura por-

tuguesa, e isto é uma novidade ab-

soluta em relação ao passado.

E é importante sublinhar tam-

bém outro aspecto, sobretudo para

aqueles que são pessimistas militan-

tes e acham que nunca se faz nada.

Os números da actividade do Insti-

tuto Camões relativamente aos úl-

timos anos reflectem uma presença

no mundo que merece louvor.

Entre 2004 e 2008, o Instituto Ca-

mões passou de 41 para 69 o nú-

mero de países em que está

presente. Por outro lado, nesse pe-

ríodo, passou de 121 instituições

com as quais tinha projectos de

cooperação para 294. Quanto ao

número de professores, incluindo

leitores, formadores e docentes ao

abrigo de protocolos de coopera-

ção, passou de 135 em 2004 para

621 em 2008. Tudo isto durante os

quatro anos de anterior legislatura

do Governo liderado por José Só-

crates.

*Paulo Pisco,Deputado do PS eleitopelas Comunidades

Orgulho sem preconceitos

N

O Instituto Camõestem, agora, necessaria-mente, de estar mais re-ceptivo ao envolvimentodas nossas comunidadesnas suas actividades depromoção da Língua eda Cultura portuguesa,e isto é uma novidadeabsoluta em relação aopassado.

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 7Comunidade - Alemanha

Seja um

PP RepórterEnvie-nos a sua histó[email protected]

BREVES

„A Alemanha é um país que está a

pagar a clara ausência de uma polí-

tica de recursos humanos do Minis-

tério dos Negócios Estrangeiros no

que diz respeito aos seus consula-

dos na vertente administrativa de

apoio a comunidade“, criticou o de-

putado no final de uma visita a este

país em meados do Fevereiro.

Durante a sua vista, o deputado

manteve contactos com represen-

tantes da comunidade portuguesa e

elementos do movimento associa-

tivo das áreas consulares de Frank-

furt e Dusseldorf, que lhe

transmitiram „uma situação muito

difícil“.

„Os consulados na Alemanha

estão em rotura [de] pessoal. O

consulado de Estugarda está numa

situação extremamente difícil de

atendimento depois do início do

serviço de emissão do cartão de ci-

dadão“, frisou Carlos Gonçalves,

explicando que o „vice-consulado

em Frankfurt passa por uma situa-

ção praticamente idêntica“.

Independentemente de o car-

tão de cidadão ser „um benefício“,

o pessoal „não chega para dar

conta do recado e há grandes difi-

culdades“, acrescentou.

O deputado social democrata

pelo círculo da Europa lembrou que

„já avisou várias vezes para a situa-

ção da escassez de recursos huma-

nos nos consulados de Portugal“,

situação que tem vindo a ser „es-

quecida pelo Governo“.

„Não posso deixar de estar

preocupado. Ainda há pouco tempo

levantámos essa questão. Já avisá-

mos várias vezes e apresentamos

propostas [para resolver a situa-

ção], mas aparentemente não

fomos ouvidos e a comunidade

portuguesa é que está a ser preju-

dicada“, lamentou.

„Esperamos o mais breve pos-

sível, através de iniciativa parlamen-

tar, chamar a atenção do governo

para esta questão“, afirmou.

Outra das prioridades durante

a sua visita a Alemanha, adiantou

Carlos Gonçalves, foi „verificar

como está a correr a modificação

da tutela do ensino português no

estrangeiro relativamente a aplica-

ção local“.

Apesar de o processo „ainda

estar num período inicial“ o depu-

tado disse ter verificado „desde já

alguns problemas“ que irão ser ana-

lisados „mais profundamente“, es-

cusando-se, no entanto, a adiantar

mais pormenores sobre o assunto.

Deputado Carlos Gonçalves denuncia escassez de recursoshumanos nos consulados de Estugarda e Frankfurt

O deputado social democrata pelo círculo

da Europa Carlos Gonçalves criticou a

escassez de recursos hu-manos nos consulados deEstugarda e Frankfurt, na Alemanha, que „não tem

mãos a medir“ para atender a comunidade

portuguesa ali residente.

O secretário de Estado das Co-

munidades, António Braga, garantiu

que eventuais faltas de funcionários

nos consulados poderão ser colma-

tadas ao longo do ano, com a aber-

tura de vagas para pessoal

administrativo.

„Há um balanço a fazer porque

programas como o SIRIC (Sistema

Integrado de Registo e Identificação

Civil) vieram libertar muitas tarefas,

mas ao longo do ano haverá aber-

tura de vagas para o pessoal admi-

nistrativo“, disse o governante.

Defendendo uma „racionaliza-

ção dos recursos“, o secretário de

Estado sublinhou ainda que a „ges-

tão dos recursos humanos por

parte do Ministério dos Negócios

Estrangeiros tem de corresponder

ao esquema financeiro de conten-

ção de meios“.

António Braga falava na sequên-

cia de um requerimento apresen-

tado pelo deputado do PSD pela

Emigração Carlos Gonçalves, que

visitou os consulados de Estugarda

e Frankfurt, na Alemanha e veio cri-

ticar a falta de funcionários consu-

lares naqueles postos.

Governo vai abrir vagas para funcionários consulares ao longo do ano

O grupo de fados Gerações volta

aos palcos para continuar a valori-

zar e a divulgar a canção nacional.

Agora com a voz de Elisabete Fer-

reira, acompanhada por Ivo Guedes

na guitarra portuguesa, João Ino-

cêncio à viola e, no baixo, Victor

Fonseca.

O grupo, que está pronto a ac-

tuar em qualquer parte da Alema-

nha , consagra o seu reportório ao

fado tradicional, dando-lhe voz com

a única finalidade de o mostrar ao

público, quer seja alemão ou portu-

guês.

Com músicos experientes e

apaixonados pelo fado, o “Gera-

ções” tem conquistado aplausos

nas suas muitas actuações que vêm

fazendo desde 1998, data da sua

fundação.

As informações sobre condi-

ções e marcação de datas para ac-

tuações podem ser obtidas através

do TLM 0173 – 29 38 194 E-Mail:

[email protected].

Grupo “Gerações” Mais de 10 anos

ao serviço dofado

Carlos Gonçalves, o terceiro a partir da direita, na companhia de elementos locais, militantes do PSD e membrosda Comunidade aquando da sua passagem pelo Centro Cultural Desportivo em Arnsberg .

O banco Santander Totta, representado por Rogério Pires,

entregou um donativo aos Serviços de Apoio Regional ao En-

sino em Estugarda (SARE).

O donativo servirá para aquisição de leitores de CDs para

os trinta professores portugueses que leccionam naquela

área.

Rogério Pires disse ao PP que os leitores de CDs vão ser

utilizados nas aulas de Português da forma que os professo-

res acharem mais úteis.

Rogério Pires e o responsável pelo SARE em Estugarda, João

Mendes, combinaram que no final do ano escolar será entre-

gue um prémio ao melhor aluno de Português do 12º.

Santander Totta apoia ensino do Português

Foto Legenda: (da esq.) João Mendes, responsável pelo SARE, Ro-gério Pires, responsável pela Santander Totta na Alemanha, e Fran-cisco Costa, promotor externo local do Santander Totta

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010Comunidade - Alemanha8

Tem servido como plataforma e

passagem de muitos povos. Hoje

continua a ser paradeiro de muitos

povos. Cerca de 30 % dos seus ha-

bitantes tem passaporte estran-

geiro. Segundo consta, é a cidade

alemã que possui uma maior con-

centração de estrangeiros ultrapas-

sando de longe Frankfurt e

Estugarda. Os Turcos representam

a grande maioria ultrapassando em

muito os italianos que ocupam o

segundo lugar, seguindo então os

gregos, os oriundos da antiga Jugos-

lávia, polacos, marroquinos, entre

muitos outros. A comunidade por-

tuguesa conta-se entre esses mui-

tos outros. Esta poderá ultrapassar

os mil habitantes.

As indústrias mais marcantes

O calçado e a indústria de peles e

couro ocupou, no seu passado re-

cente, a maior parte dos seus habi-

tantes. Offenbach ainda hoje é

conhecia nos palcos do mundo in-

dustrial como a capital do calçado

e das peles. A Gold Pfeil ainda tem

aqui a sede. Offenbach é anfitriã da

maior feira internacional das peles.

Hoje ainda existem algumas fábricas

na periferia da cidade. O sabão de

Offenbach, da Firma Kapus foi e

continua a ser um emblema de or-

gulho e de luxo. Em Portugal, es-

tando atento, e nas lojas da

especialidade, ainda o pode encon-

trar e usar claro. A Höchst – Naftol

- foi a fábrica que mais atraiu os

compatriotas. Que o diga o Sr. José

Correia. Não queremos esquecer a

Lavis, uma empresa metalúrgica vo-

cacionada para grandes estruturas

metálicas, sobretudo pontes. O Ro-

wenta, que entretanto fechou as

suas portes, deu a muitos lares por-

tugueses o seu pão.

O nosso interlocutor: rasgos duma vida

Fomos conhecer o Sr. José Correia

no seu mercado português “o que

melhor serve”, como o intitula uma

placa colocada por altura de um

dos seus aniversários de existência.

Já lá vão mais de 30 anos. É um es-

paço acolhedor onde os seus clien-

tes são bem recebidos sempre

com um sorriso nos lábios. Não

fosse o Sr. Correia uma pessoa que

continua a merecer pelos seus anos

de dedicação à comunidade portu-

guesa um espaço especial para mui-

tos. Uma grande parte da clientela

são alemães, que já se acostumaram

aos ricos sabores portugueses. Es-

pecialmente no Verão eles não es-

quecem de comprar ali a sua sardi-

nha e grelhá-la, regando-a com o

fresco e apetitoso vinho verde. De

perto ele seguiu o incrementar da

comunidade portuguesa desde os

seus primórdios. Ele já vive em Of-

fenbach há 45 anos. Veio de Lisboa

mas a suas raízes estão no norte de

Portugal onde nasceu. Apesar de

ter trabalhado meio século numa

grande empresa de Frankfurt o

bicho do comércio nunca o deixou.

Já em Lisboa e enquanto trabalhava

em vendas, estudava nos seus par-

cos tempos livres e de noite. Enfim

muito cedo ele soube conquistar

com suor o seu espaço na socie-

dade.

Não queremos aqui deixar de-

sapercebidos outras casas de por-

tugueses que continuam a

emprestar as nossas cores e tão

bem nesta região. A Casa Portu-

guesa na Waldstr. O restaurante

Tasquinha da Jacinta. A Casa Avei-

rense que se tem expandido com

medida e com segurança. Se alguma

faltar que nos perdoem, pois o

nosso objectivo é, além de outros,

elevar o portuguesismo nestas pa-

ragens que apesar da distancia geo-

gráfica esta cada vez mais presente.

Clube Operário Português: o desporto e a cultura

O senhor Correia viu nascer o

COP (Clube Operário Português

de Offenbach) provocando também

o seu crescimento, embalando-o

com muito carinho e dedicação.

Foram tantos os anos, que quase

lhe perdeu a conta. Desde secretá-

rio a presidente e enquanto as for-

ças o permitiram, esteve sempre ao

seu lado. Recorda-se com saudade

dos tempos passados, das festas e

eventos que levaram a cabo. A res-

sonância do Clube ultrapassava as

fronteiras estaduais. Os torneios de

futebol também sob a sua co-res-

ponsabilidade provocavam o conví-

vio sereno de tantos compatriotas

e famílias. As cores e os ritmos do

folclore ecoavam com êxito nas pa-

redes do Clube transbordando-as

para actuações múltiplas. A crise

das associações é geral e bateu

também à porta COP obrigando-os

a recorrer a um espaço mais exímio

e a limitar o mais possível as suas

actividades. São as rajadas são ra-

jadas de vento árido. Esperamos

que as organizações tenham a capa-

cidade de deixar-se limpar e cris-

talizar, colocando prioridades e

deixando-se adequar a novas exi-

gências em que a nossa cultura mi-

lenária ecoe mais alto e que o

voluntariado e o serviço ganhe um

maior impulso.

Comunidade Católica: uma comunidade viva e aberta

Passamos pela Missão Católica.

Lembra-se dos primeiros anos, do

P. José Cabral, que se ufana de ter

sido seu amigo, da mesma idade,

tendo-o conhecido quando ainda

era aluno do seminário de Mainz.

Saudades lhe deixou o seu irmão e

seu sucessor no cargo, o P. Fran-

cisco que, pouco antes de lhe ter

sido detectado a doença que o cei-

fou, lhe confidenciou o seu mal

estar de saúde convidando-o a

beber um copo. Mesmo que não

seja directamente um praticante, a

vida dá as suas voltas... admira enor-

memente o trabalho da Missão Ca-

tólica no seu actual Assistente

Pastoral, o Sr. Joaquim Nunes, uma

pessoa muito bem preparada e

muito aberta aos problemas da

emigração e da pessoa humana. Ele

sabe adequar a vida à fé e vice-

versa. Não há dúvida que as ofertas

que tem sido dadas e dirigidas a

todas as idades tem formado a

todos alicerçando-os nos perenes

valores que levam a uma atitude

mais solidária. O Sr. Correia recebe

a revista editada por ele e pelos

seus colaboradores. Nessa opús-

culo com o titulo “Comunidade

Cristã” não se limitam simples-

mente a dar realce às actividades da

Comunidade Católica Portuguesa,

mas procuram dar uma visão actual

e bem fundamentadas do mundo de

hoje.

Os serviços sociais tambémmereceram uma visita

Existem também os serviços sociais

da Caritas, que foram ainda obra do

P. José Cabral. Assistiu ao seu nasci-

mento, apadrinhado pelo Sr. Apoli-

nário Madeira, seu responsável. Ele

foi incansável ajudando uns e ou-

tros. Hoje tem uma outra desen-

voltura e aceitação, a sua eficiência

é e estrutura é mais global. Procu-

ram uma maior integração das pes-

soas na sociedade acolhedora,

libertando-as das amarras da de-

pendência.

Escola e integração

Offenbach pode-se orgulhar ter

uma professora de português que

vai acompanhando os nossos filhos,

no meu caso os meus netos e a

manterem ainda as suas raízes lusi-

tanos bem vivas. Tudo positivo, pois

a nossa integração só se pode ma-

terializar com a riqueza cultural e

linguística dos nossos antepassados.

Desde os anos setenta que os filhos

dos portugueses em Offenbach tem

e continuam a ter esta oportuni-

dade.

Vale a pena viver o presente nasituação concreta

Muito ficou por dizer sobre esta

simpática e milenária cidade. Não

queremos de forma alguma, através

deste trabalho, ferir susceptibilida-

des, elevando ou deixando de lado

alguma que outra instituição ou

pessoa. A nossa pretensão é per-

correr os muitos e belos recantos

desta Alemanha onde vivem e labu-

tam os nossos muitos compatrio-

tas. A história, tantas vezes

milenária e a situação geográfica

desses lindos recantos, poderão ser

um pequeno véu mostrando-nos

que vale a pena viver o presente na

situação concreta de cada um e em

cada lugar.

Apelamos aos leitores, que se-

guiram o desenvolvimento da co-

munidade onde vivem de

colaborem nesta rubrica.

José Correia e José de Vila Nova

Offenbach também foi destino de portugueses Ronda pelas comunidades

Offenbach tem uma histó-ria milenária e muito rica.Como cidade indepen-dente remonta ao ano561.

José Correia, 45 anos em Offenbach

Em Singen, todos se lembram que o

futebol masculino dominava os ani-

versários do Centro. Os tempos

são outros e as mulheres, ao longo

dos anos, desejam e adquiriram

mais integração e emancipação.

Hoje dão uma vida nova no des-

porto da colectividade. Solidários

ou não os homens em minoria en-

tregaram as chuteiras ao futebol

juvenil feminino.

Chuteiras em pés leves e ele-

gantes, deram o pontapé de aber-

tura do programa do 40°

aniversário do Centro Português

de Singen.

Nos dias 6 e 7 de Fevereiro, Sin-

gen foi palco de um evento de se

lhe tirar o chapéu. Isto dito por fo-

rasteiros. O Centro promoveu dois

torneios de futebol juvenil femi-

nino, trazendo a esta cidade 67 clu-

bes vindos dos vários quadrantes

da Região do sul do Bad Vürttem-

berg. Mais de 670 atletas participa-

ram no evento. O CPS fez-se

representar com 55 atletas que in-

tegravam 6 equipas - um mar de

lindas garotas acompanhadas por

135 treinadores/as e outros tantos

adjuntos/as e um número elevadís-

simo de apoiantes.

Tudo foi em grande. Pena foi

constatar a pouca presença de só-

cios e membros da comunidade,

como de resto lembrou o presi-

dente do CPS, dizendo que não está

nos seus planos “manter o Centro

aberto unicamente para beber uns

copos”.

Quem assistiu a esta iniciativa,

não esquecerá as alegrias vividas

entre atletas, espectadores e orga-

nização. Entidades públicas, políticas

e sociais que acompanharam o

evento tomaram notas, e louvaram

a organização, em especial o traba-

lho do Director - Desportivo Juve-

nil, o sr. Paulo Reis,

João FerreiraCorrespondente em Singen

Comemorações dos 40anos do Centro Portu-guês de Singencomeçaram com chutosfemininos

Da esq., Presidente do Centro, Sr.António Frade e o Director JuvenilPaulo Reis

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 Comunidade - Alemanha 9

GENTE

Publicidade

Cave PortuguesaMercearia Fina Feinkost

Azeites

Bacalhau

Enchidos

Vinhos

Vinagres

Flor de Sal

Cafés

Chás

Queijos

Gambas

Sardinha

Mariscos

Moluscos

Mel português

Etc.

Um supermercado de Saudades

Erkrather Strasse 206

40233 Düsseldorf

Fon: 0211 - 984 77 37

Fax: 0211 - 984 77 38

www.cave-portuguesa.de

[email protected]

ADRIANA MOLDER, BERLIM Esta artista plástica pre-

miada, conhecida pelo seu característico desenho de retrato,

tem vindo a expor na Alemanha, Portugal e em Espanha, em

mostras individuais e colectivas.Desenvolve, desde 2001, o de-

senho de retrato baseado na imagem fotográfica, com recurso

à técnica da tinta-da-china sobre papel esquisso. Recente-

mente, passou a utilizar o vídeo e a fotografia como meio,

usando a cor e a imagem em movimento, projectando ou im-

primindo imagens sobre aquele mesmo tipo de papel.Nascida

em Lisboa, frequentou sucessivamente os cursos de Realiza-

ção Plástica do Espectáculo (Escola Superior de Teatro e Ci-

nema), Desenho e Avançado de Artes Plásticas (Arco), tendo

sido bolseira em Lisboa, Budapeste e Berlim.As obras da ar-

tista fazem parte do espólio artístico de diversas instituições,

bem como de colecções privadas em Portugal, Alemanha, Bra-

sil, Reino Unido e Estados Unidos. Vive e trabalha em Berlim

No âmbito do 35º aniversário,

o Clube Filatélico de Estugarda vai

organizar mais uma grande exposi-

ção filatélica que será o principal

evento do ano de 2010 em que

serão levadas a cabo uma série de

iniciativas integradas nas festas do

seu aniversário.

Tido como o único clube de fi-

latelia além fronteiras, o Clube Fila-

télico de Estugarda já granjeou

reconhecimento internacional, con-

cretamente na Alemanha.

Para termos em conta a repu-

tação do Clube Filatélico também

em Portugal, os Correios de Portu-

gal anunciaram a criação de um ca-

rimbo para evocar os 35 anos de

actividade daquele que é a mais ori-

ginal colectividade portuguesa na

Alemanha.

Para além de ser um local de

encontro dos amantes da filatelia,

O Clube conta nas fileiras dos seus

associados gente que não sendo

coleccionadores aderiu ao Clube.

No entanto, e como nos referiu um

dos sócios das colectividade, o pre-

sidente do Clube, Serafim Rodri-

gues, está atento ao evoluir dos

tempos e apela aos jovens, que o

Clube quer e atrair para as suas fi-

leiras, para continuarem a obra que

se iniciou há 35 anos.

Clube Filatélico de Estugarda celebra35 anos de existência

Evento do Clube Filatélico de Estugarda35º Aniversário

Dias 27 e 28 de Março Exposição Filatélica subordinado ao tema „ 100

anos da Implantação da República de Portugal“ com a abertura prevista

para as 12h30 h sábado, 27. Prevê-se a presença do presidente da Fede-

ração portuguesa de Filatelia, Pedro Vaz Pereira, do Cônsul-Geral de Es-

tugarda, Manuel Gomes Samuel, e ainda de um representante da autarquia

local.

O local do festejos será na conhecida „ Sängerhalle „ em Stuttgart Un-

tertürkheim.

Grande exposição de filatelia

O PORTUGAL POST está à venda em cerca de 300 postos devenda em mais 200 localidades alemãs.

O porta-voz da comunidade portuguesa naAlemanha

Serafim Rodrigues, Presidente doClube Filatélico

O Cônsul-Geral de Portugal em

Hamburgo, António Alves de Car-

valho, nomeou e empossou o Con-

selho Consultivo junto do

respectivo consulado. A reunião,

que teve lugar nas instalações do

Consulado-Geral, no dia 30 de Ja-

neiro passado, serviu para nomear

elementos representativos da co-

munidade ligados à missão católica,

grupos de folclore, associações, clu-

bes desportivos, bem como alguns

membros nomeados por inerência,

como sejam o próprio Cônsul-

Geral, que preside ao Conselho

Consultivo, a Técnica dos Serviços

Sociais e o responsável pelos Servi-

ços de Apoio Regional ao Ensino.

No dizer do Cônsul-Geral, o

Conselho Consultivo (CC) será voz

da comunidade através dos seus re-

presentantes neste órgão.

O Cônsul disse também ao

PORTUGAL POST que logo a to-

mada de posse do CC se iria reunir

com os seus elementos, de acordo

com o que está previsto na lei de

regulamento consular. Para além da

primeira da reunião, o CC reunir-

se-á ordinariamente três vezes por

ano, mas caso se entenda, pode

reunir extraordinariamente um

terço dos seus membros sob con-

vocação do seu presidente.

Interrogado sobre o balanço

dos problemas e preocupações que

encontrou na comunidade, o Côn-

sul-Geral António Carvalho disse

ao PP que já tomou “conhecimento

da dimensão, estrutura e perfil da

comunidade portuguesa nesta área

de jurisdição Consular”.

“Com tranquilidade, consciên-

cia e responsabilidade, tenho estado

a avaliar as principais preocupações

e ansiedades da Comunidade. Seria

pretensão da minha parte dizer que

detectei todas, mas já detectei algu-

mas prioridades nas áreas de assis-

tência social às pessoas mais idosas

e que fazem parte da primeira ge-

ração de emigrantes. Ansiedades e

preocupações sobre a continuidade

do ensino da língua portuguesa, as-

sociativismo e integração“ São

questões sobre as quais o Cônsul-

Geral vai estar atento.

“Vamos procurar trabalhar jun-

tos e com a comunidade portu-

guesa no sentido de compreender

e absolver melhor as causas ou a

origem de alguma apatia no movi-

mento associativo local”, incremen-

tando e incentivando “as gerações

mais novas, com estímulos e pro-

postas alucinantes“, concluiu.

Maria dos Anjos Santos,Correspondente em Hamburgo

Cônsul-Geral de Portugal em Hamburgo empossou Conselho Consultivo

A COMPOSIÇÃO DO CONSELHO da esquerda: Adelino Pina, Carlos Marques, Isabel Arnedo,Maria José Amado Kock, Cônsul-Geral,António Alves de Carvalho, Salomé Andrade Pohl, JorgeFigueiredo (SARE), Fernando Bulhão e Manuel Loureiro) Foto: Fernando Soares

à

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010Comunidade - Alemanha10

Tarcisio da Rocha Feltraus é um

padre brasileiro que está a passar

uns anos na Alemanha para estudar

alemão. “A pedido do Padre Cabral,

que é o responsável pela Comuni-

dade, eu tenho celebrado missas

aqui, quando ele não pode” expli-

cou ao Portugal Post. “Para mim é

um momento de grande alegria

estar aqui com a Comunidade por-

tuguesa, a celebrar a fé” diz o padre

brasileiro.

No fundo, a missa é um pre-

texto de encontro para a Comuni-

dade. “Esta é uma forma de

encontrar quase toda a Comuni-

dade que mora na cidade” diz Ar-

mindo Silva. “Este é um ponto de

encontro para todos nós. A gente

vê-se, comunicamos uns com os

outros” confirma por seu lado Joa-

quina Rosa Silvério.

No final da missa, na praça em

frente da igreja, trocam-se cumpri-

mentos, marcam-se encontros, pro-

metem-se telefonemas. “Como aqui

não há nenhum Centro português,

como há tão poucos eventos por-

tugueses, é sempre bom vir aqui,

para encontrar os amigos, e tam-

bém rezar, claro” afirma Armindo

Silva.

Quando se vive a cerca de três

mil quilómetros do país, todos os

meios são bons para guardar um

contacto com as raízes. “Sempre

fomos educados assim, já em garo-

tos íamos à igreja em Portugal” jus-

tifica Joaquina Rosa Silvério. “Para

mim, um domingo sem missa, nem

me sinto bem” acrescenta Maria

dos Santos, outra das muitas fiéis

que frequenta a igreja. “Já era assim

em Portugal e aqui, ainda bem que

temos esta missa em português,

para podermos continuar a praticar

a nossa devoção” acrescenta.

“Se nós somos católicos, se

temos fé em Deus, é natural que

vamos à missa, não acha?” pergunta

Maria Ferreira, membro do Grupo

coral da igreja. “E esta é também

uma forma de transmitir a nossa re-

ligião aos nossos filhos, que cá vão

continuar”.

Muitos dos Portugueses que

encontrámos, diz-nos que “o ale-

mão é uma língua difícil de se com-

preender e de falar”. Por isso, a

missa na língua de Camões é funda-

mental. “Acredite que há aqui pes-

soas há mais de 20 anos e que

continua a não saber falar alemão”

dizem.

Mas também há quem argu-

mente de outra forma: “Rezar em

Português tem muito mais sabor”

remata o padre no fim da eucaristia

dominical. “Eu sou Brasileiro, estou

aqui há 11 meses, e rezar em por-

tuguês tem outro significado, acre-

dite” diz ao Portugal Post. “E

compreendo que para a Comuni-

dade portuguesa se passe a mesma

coisa que se passa comigo: rezar é

na língua materna, na língua do co-

ração”.

“O alemão já nós o suportamos

durante a semama” diz com alívio

Armindo Silva. “Se nos pudermos

ver livres dele ao fim-de-semana,

tanto melhor” e ri. O próprio Padre

motiva os paroquianos a rezar com

a “língua dos sentimentos” e explica

que “também eu quando rezo em

alemão, parece não ter o mesmo

significado”.

Quanto à segunda geração, mais

integrada na sociedade alemã, pre-

fere, evidentemente, frequentar as

igrejas alemãs. “Durante muito

tempo tive de ir com os meus filhos

à missa alemã, porque eles prefe-

riam” explica Maria dos Santos.

“Agora, eles acabaram por ir para

Portugal e eu vim logo para esta

missa por ser em língua portu-

guesa”. Mas é Maria Ferreira quem

confessa que “quando vou a uma

missa em alemão, rezo o que sei em

alemão, muito pouco, e o que não

sei, rezo em português”.

Joaquina Rosa Silvério mora nos

arredores de Freiburg. “Lá onde

moro, vou mais à missa alemã do

que à portuguesa” explica. “Antiga-

mente tínhamos lá missa em portu-

guês todos os meses. Aquilo era

como se fosse uma festa para todos

nós, convivíamos todos com os Pa-

dres, que já cá não estão” relembra

com emoção. Agora desloca-se re-

gularmente a Freiburg para rezar na

língua que a viu nascer. “É mais fácil

e faz-me muito melhor” argumenta.

Mas cada vez há menos fiéis na

igreja. A sociedade em que vivemos

é cada vez mais individualista e as

igrejas são, em geral, demasiado

grandes para os paroquianos que

têm. Freiburg não é excepção. “Du-

rante o ano há menos gente, mas

por altura das festas de Natal e da

Páscoa, por exemplo, a igreja está

A “igreja dos portugueses” de Freiburg Igreja é também ponto de encontro da Comunidade

Todos os quinze dias, osPortugueses de Freiburgassistem à missa naigreja da Paróquia de St.Konrad. Mas já muitagente a conhece como a“Igreja dos Portugue-ses”.

cheia” diz confiante Joaquina Rosa

Silvério. “Claro que nem toda a

gente terá disponibilidade para vir

à missa, muitos têm outros com-

promissos. Depois, haverá uns que

vêm numa semana e outros que

vêm na outra”.

Tarcisio da Rocha Feltraus com-

preende as dificuldades da socie-

dade de hoje em encontrar um

sentido para a vida. “No momento

actual, com tanta oferta de coisas

para fazer e também com a televi-

são, as pessoas ficam um pouco

perdidas”. Mas o Padre acredita que

“as pessoas buscam acertar e oxalá

encontrem o caminho”.

A Comunidade Católica Portu-

guesa de Freiburg faz duas festas

por ano, uma em Maio e outra em

Dezembro, e o Grupo coral da

missa portuguesa está devidamente

organizado.

Como há missa aos domingos,

todos os quinze dias, o Grupo en-

saia aos sábados, antes da missa,

canções religiosas portuguesas e

brasileiras. “Porque o nosso Mestre

é Brasileiro...” diz a sorrir Maria

Ferreira, apontando para o caderno

onde guarda meticulosamente as

canções do reportório.

Lá dentro da igreja está a ima-

gem de Nossa Senhora de Fátima,

com um escudo português gravado

na base. Ficam algumas flores e mui-

tas velas acesas. Quem sabe se

algum pedido particular, na espe-

rança que possa ser atendido até à

próxima missa, dali por quinze dias.

Texto e foto:Carlos Pereira / LusoJornal

Caro/a Leitor/a:

Se é assinante,avise-nos se mudouou vai mudar de residência

“Rezar em Português tem muito mais sabor”

O Consulado-Geral de Portu-

gal em Estugarda acaba de confe-

rir uma verba de apoio a

investimentos ao Centro Portu-

guês de Fellbach, colectividade si-

tuada na grande coroa da capital

da Mercedes-Benz.

Trata-se de uma distinção me-

recida  atribuída ao mais bem ge-

rido, equipado e dinâmico dos

pólos associativos lusos do

Baden-Württenberg.: O Centro

mobiliza cerca de 150 sócios ac-

tivos, paga escrupulosamente os

seus impostos e activa meia-dúzia

de pólos musicais, o que é real-

mente de assinalar.

Em declarações ao nosso jor-

nal, José Loureiro, o presidente da

Colectividade, revelou-nos ainda

que participa actualmente num

estágio sobre Gestão e Adminis-

tração de Centros, iniciativa da

autarquia onde se implanta o pólo

sociocultural português, fundado

há 14 anos.

José Loureiro e a sua equipa

estão confiantes no futuro. Des-

taca a alta perfomance atingida

pelos diversos grupos musicais do

Centro. E o trabalho em profun-

didade levado a cabo no Rancho

Folcórico“ Estrelas de Fellbach“,

com uma secção Juvenil incorpo-

rada. É de realçar a série de gru-

pos temáticos ligados à Dança

Moderna e Hip-Hop, para Juvenis

e Adolescentes. Um Duo Musical

de envergadura, o J/F e a Banda

Expression completam a oferta

de qualidade musical movida em

torno do Centro.

O líder do Centro tenciona

organizar este ano uma Excursão

para os associados. E cumprir o

plano anual com a Caminhada da

Primavera, por altura da Páscoa, e

o Passeio-Convívio em Bicicleta

em Maio. José Loureiro indica o

único caminho para o reforço da

vida associativa: o estreitar dos

laços de cooperação com as au-

toridades alemãs do sector e a

prestação escrupulosa de todos

os passos do controlo fiscal indis-

pensável na economia e gestão da

Colectividade.

F. Almeida Ribeiro

Centro Português de Fellbach

Consulado-Geral de Estugardadistingue rigor e honestidade daColectividade

Publicidade

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 11Alemanha

Numa sessão realizada no pas-sado dia 9 de Fevereiro, o Tri-bunal Constitucional Federaldeclarou a lei de ajuda social oscidadãos mais carenciados(Hartz IV) do país inconstitu-cional.

A lei, que combina ajuda social

de longo prazo e subsidio de de-

semprego, é, de acordo com o tri-

bunal, „incompatível com a

Constituição“, que prevê para

todos os cidadãos o direito a uma

„existência digna“. „As regras, da

forma como estão, não são suficien-

tes“, afirmou o presidente do tribu-

nal, Hans-Jürgen Papier. „Essas

regras são inconstitucionais“, disse.

Papier afirmou que as quantias

garantidas a adultos e crianças não

são suficientes para „garantir um

mínimo de existência humana-

mente digna“. O tribunal classificou

como carente de transparência a

maneira como a ajuda é calculada.

O cálculo é feito levando em

conta gastos estatísticos dos que

têm menores rendimentos. Essas ci-

fras, entretanto, contêm descontos

percentuais para gastos como casa-

cos de pele e viagens de avião, des-

pesas que, na opinião dos juízes do

Supremo alemão, dificilmente são

feitas pelas classes carenciadas. En-

quanto outras necessidades, como

gastos com educação, não são con-

siderados no cálculo,  criticam os

magistrados.

O tribunal deu ao governo um

prazo até o final do ano para mudar

o modo como a ajuda é calculada.

Os economistas acreditam que a

reforma exigida pelo tribunal pro-

vavelmente aumentará sensivel-

mente os gastos do governo, que,

no ano passado, gastou 45 biliões

de euros no plano de ajuda social

Hartz IV .

Cerca de dois milhões de crian-

ças que vivem em famílias beneficiá-

rias de ajuda social do Governo

podem ter agora esperança de re-

ceber um melhor apoio do Estado,

sobretudo depois que a Justiça

alemã determinou que os gastos

com educação infantil devem ser le-

vados em consideração.

Sobretudo o sistema de cálculo

usado no caso de beneficiários me-

nores de idade, em que a dedução

da quantia para crianças é feita a

partir de uma parcela do valor que

cobriria as necessidades básicas de

um adulto foi um ponto criticado

pelos juízes. „Crianças não são pe-

quenos adultos“, afirmou a corte.

O veredicto do tribunal sediado

em Karlsruhe foi elogiado por re-

presentantes de oposição, governo,

além de entidades assistenciais. A

ministra alemã do Trabalho, Ursula

von der Leyen, classificou a decisão

como uma vitória para a educação

das crianças.

A decisão foi consequência de

um processo movido por três famí-

lias em 2005. Elas argumentaram

que a quantia de 207 euros a que

crianças com menos de 14 anos ti-

nham direito na época era determi-

nada arbitrariamente e que não

cobria um mínimo para garantir a

existência delas.

Segundo dados mais recentes,

aproximadamente 6,7 milhões de

alemães (dos quais 1,7 milhão com

menos de 14 anos) são beneficiá-

rios de ajuda social, sendo que 4,9

milhões são considerados capazes

de trabalhar.   

O plano  de benefícios sociais

Hartz IV foi uma reforma levada a

cabo pelo governo de centro-es-

querda de Gerhard Schröder em

2003 e 2004.

Schröder pagou um alto preço

político pela impopularidade das

medidas, sofrendo uma derrota

eleitoral em 2005 para a actual

chanceler alemã Angela Merkel,

após uma série de derrotas em elei-

ções estaduais.

Muitos economistas acreditam

que o plano Hartz ajudou a amor-

tecer o mercado de trabalho ale-

mão durante a crise financeira,

quando houve queda de produtivi-

dade de cerca de 5%, enquanto a

taxa de desemprego aumentou

menos que o esperado.

No entanto, o programa conti-

nua sendo um tema controverso na

Alemanha, tanto sob o aspecto po-

lítico como social, com os que re-

cebem Hartz IV sendo

frequentemente estigmatizados.

Críticos também argumentam que

aqueles que recebem os benefícios

têm dificuldade para voltar ao mer-

cado de trabalho.

Portugal Post com agencias

Tribunal declara inconstitucional a lei alemã de ajuda social Hartz IV

Publicidade

Uma idosa de 85 anos está a ser

julgada em um tribunal da cidade

de Wuppertal. Ela é acusada de

traficar quilos e quilos de heroína

e cocaína. A aposentada, da cidade

de Solingen, confessou o crime e

é tida como a traficante de drogas

mais velha da Alemanha.

Hannelore M. está a ser jul-

gada juntamente com quatro ou-

tros réus, entre eles, seu filho, de

50 anos, e seu neto, de 28 anos.

„A minha mandante reconhece

sua culpa“, disse a advogada da

idosa

A octogenária foi presa em

Agosto passado, depois de ter es-

tado por diversos meses sob ob-

servação policial realizada por um

grupo especial de investigação. Os

policias encontraram no aparta-

mento da idosa, entre outras pro-

vas, quase três quilos de heroína,

no valor de 70 mil euros, cocaína

e duas armas de fogo. 

A procuradoria acusa a idosa

de traficar heroína da Holanda

desde Março de 2008, em compa-

nhia de seu filho, viciado em dro-

gas. Ela transportava a mercado-

ria, de carro, embalada em paco-

tes de café, até Solingen, onde

comercializava a droga.

Segundo a acusação, a idosa

optava também por aceitar a

prestação de serviços domésticos

ou de jardinagem como paga-

mento, ao invés de receber di-

nheiro. Mais tarde, quando as

viagens à Holanda foram assumi-

das por seu neto, a aposentada

passou a guardar heroína em casa,

onde também escondeu o di-

nheiro do tráfico.

Ao todo, ela é acusada de ter

transportado, juntamente com

seus cúmplices, entre 200 e 500

gramas de drogas em cada viagem

à Holanda, somando mais de 11

quilos de droga traficada.

A acusada esperou o julga-

mento em liberdade, pois confes-

sou o crime logo após sua prisão.

Caso sejam condenados, os réus

podem ter de cumprir entre

cinco a 15 anos de prisão. O sen-

tença está prevista para o final

deste mês.

Alemã de 85 anos é julgada por tráfico de drogas

Mais de 3 mil sonega-

dores de impostos

entregaram-se volun-

tariamente às autori-

dades alemãs nas

últimas semanas. A

enxurrada de confis-

sões é atribuída à no-

tícia de que o governo da

Alemanha está prestes a comprar

um CD com dados de mais de 1,5

mil sonegadores que têm dinheiro

não declarado em contas na

Suíça.

De acordo com reportagem

publicada jornal Die Welt, 3.220

cidadãos recorreram às autorida-

des fiscais para fazer queixa con-

tra si próprios. Cada um deles

deve pagar entre 100 mil e 150

mil euros, em média, de impostos

atrasados. Segundo o jornal, o di-

nheiro arrecadado desta forma

pelo fisco alemão deve superar os

480 milhões de euros.

Segundo a lei alemã, sonega-

dores arrependidos que se entre-

gam às autoridades fiscais antes

de serem alvos de investigações

não sofrem punições, escapando,

deste modo, a serem alvo de pro-

cesso. Para isso, basta que paguem

os impostos atrasados dentro de

um prazo definido, acrescidos de

juros, naturalmente.

O governo alemão anunciou

no começo do mês estar disposto

a comprar um CD com dados de

transacções bancárias não decla-

radas ao fisco de 1,5 mil clientes

alemães de bancos suíços. Um in-

formador anónimo estaria pe-

dindo 2,5 milhões de euros pelas

informações, que teriam sido ob-

tidas ilegalmente.

Em 2008, o governo alemão

havia comprado dados roubados

sobre clientes do banco LGT, em

Liechtenstein, por cinco milhões

de euros.

CD com dados bancários faz com milhares se entregem ao fisco alemão

PORTUGAL POST nº 188 • Março 201012

Os rapazes abandonam cada

vez mais o ensino quando acabam a

escolaridade obrigatória. E muitas

vezes não é por falta de capacida-

des, mas pelo facto das escolas pri-

vilegiarem as raparigas. Nos 27

países da União Europeia, só a Ale-

manha mantém, no ensino superior,

valores equilibrados de participação

dos dois sexos. Será que o “velho”

modelo de turmas só masculinas ou

só femininas afinal é o mais ade-

quado para evitar uma geração de

excluídos? Ou será que uma gera-

ção de papás e mamãs tem de abrir

os olhos e educar os “monstrinhos”

para não lhes comprometer o fu-

turo?

Na hora de

escolher o liceu

para a minha filha

mais velha não

hesitei: uma es-

cola exclusiva-

mente feminina.

Adoptada às ne-

cessidades espe-

ciais das raparigas

e ao seu ritmo de

aprendizagem. Os

resultados são

mais, muito mais

que satisfatórios.

Para poder dar

resposta a alguns comentários tro-

cistas comecei a ler tudo o que me

aparece em mãos sobre ensino de

género. Recentemente o jornal por-

tuguês “Público” publicou um ex-

tenso artigo sobre uma “futura

classe de excluídos” no ensino

misto : os rapazes. De acordo com

o diário estudos feitos em vários

países europeus têm vindo a reco-

nhecer que as mudanças introduzi-

das nas últimas décadas no sistema

de ensino e de avaliação dos alunos

estão a contribuir a para afastar da

escola um número cada vez maior

de rapazes. O fenómeno, que é

comum à maioria dos países oci-

dentais, Portugal incluído, está a

alargar o fosso entre rapazes e ra-

parigas no sistema educativo. As ra-

parigas têm hoje melhores notas e

vão mais longe nos estudos, os ra-

pazes desistem, muitos deles no

final da escolaridade obrigatória.

Dos 27 países da União Europeia,

só a Alemanha mantém, no ensino

superior, valores equilibrados de

participação dos dois sexos. A Ale-

manha é um dos poucos países dos

27 apostar quer em escolas exclu-

sivamente femininas ou masculinas

ou em turmas separadas.

Uma corrida a contra-relógio

Os números do abandono es-

colar fizeram soar campainhas de

alarme. Segundo o director do ins-

tituto britânico de políticas para o

ensino superior, Bahram Bekhrad-

nia, citado pelo “Público”, a Europa

encontra-se numa corrida contra-

relógio. “Penso que corremos o pe-

rigo de estar a criar uma nova

classe baixa”, constituída só por ra-

pazes, diz, depois de um estudo re-

cente daquele organismo ter

confirmado a dimensão crescente

do fosso entre raparigas e rapazes,

e lançado algumas pistas inquietan-

tes sobre os motivos que explicam

o fenómeno.

O problema não são os bons

resultados obtidos pelas raparigas,

mas as fracas

classificações

dos rapazes e

aquilo que isso

implica: a res-

ponsabilidade

da escola nesta

situação, o que

isto está a pro-

vocar neles e

nelas, e as con-

sequências so-

ciais do

insucesso esco-

lar masculino.

Isto está a

acontecer não

por os rapazes se terem tornado,

de repente, mais estúpidos, mas em

grande medida, avisam os investiga-

dores, por eles estarem a ser ensi-

nados e avaliados num sistema que

valoriza as características próprias

das raparigas e penaliza as dos ra-

pazes. Para os professores, na sua

esmagadora maioria mulheres, o

modo como as raparigas se com-

portam e trabalham é „mais con-

forme com as suas representações

do bom aluno ou aluno ideal“ - o

que poderá conduzir a uma „sobre-

avaliação“ das alunas e a uma „dis-

criminação“ dos alunos.

O que o estudo diz ainda, é um

dado que me parece fundamental, é

que a “atitude”, o comportamento

dos rapazes, estará a comprometer

irreversivelmente os resultados da

sua avaliação. O sociólogo francês

Christian Baudelot defende que,

antes de mais, aquilo que é pedido

pela escola é a interiorização das

suas regras, mas que estereótipos

sociais ainda dominantes valorizam

nos rapazes o desafio, a violência e

o uso da força - um verdadeiro „ar-

senal antiescolar“. Apetece pergun-

tar onde andam os papás e as

mamãs dos meninos?

As raparigas, pelo contrário, são

socializadas na família em moldes

que facilitam a adaptação às exigên-

cias escolares: mais responsabili-

dade, mais autonomia, mais

trabalho.

Este poema da Ana Luísa Ama-

ral, nascida em Lisboa em 1956 e a

viver no Porto, docente universitá-

ria e conceituada investigadora, na

área dos estudos ditos femininos

ou feministas, está inserido numa

colectânea de mais de cinquenta

poemas, por sua vez integrando o

capítulo “Revisitações”. Revisitar

significa visitar de novo, alguém, al-

guma coisa de nós ausente já há

muito tempo. Alguma coisa de que

temos saudade. De facto, muitos

poemas de Ana Luísa revisitam as

nossas memórias, recordações da

infância, dum tempo desaparecido,

remexem na memória colectiva da

nossa cultura  greco-romana e ju-

daico-cristã, contêm imagens ou

iconografias que quase desaparece-

ram do nosso presente, mas que a

lírica tem a capacidade de buscar

para de novo as representar, as

reescrever.

Mas aqui não temos uma revisi-

tação, o título indica-o: temos uma

visitação. A poeta, porventura con-

centrada nessa sua temática do re-

visitar, à procura de „coisas de luz

antiga“, tentando atravessar os „tra-

jectos da memória“ (dois títulos de

poemas), é interrompida pelo muito

real. O real que ocupa o espaço,

que toma o seu espaço sem olhar a

nada, esse real que irrompe na lírica

de Amaral e que alguns críticos

(masculinos) não realizam, pois que-

rem-na, a ela, à poeta e a ela, à lírica,

sempre em esferas transcendentes,

em compartimentos estanques.

Censuram o contexto familiar, par-

ticular dos textos. Que Ana Luísa se

serviria de palavras macias e que fi-

caria pelo quotidiano e pelo do-

méstico. Será?

Temos aqui uma cena, daquelas

que quase se contam em estilo de

anedota, imagina tu bem, eu sem

conseguir dormir, levantei-me ce-

díssimo, a emendar uns textos, a

consultar catrapázios e, de repente,

aquela marota, descalça na soleira

da porta, pé ante pé, chega-se ao

meu colo, sobe por mim acima, ani-

nha-se muito caladinha, um sorrizi-

nho matreiro e adormece. E o que

faz a poeta? Descreve nesse código

fulgurante da poesia - versos em ca-

dência rítmica, recorrências -

vejam-se as variações à volta de

„manso“ -, aliterações, oposições

semânticas.

A cena, de facto tão caseira, tão

banal, tão comum, é modelada ou

melhor, remodelada poeticamente

e ganha através dessa feitura uma

qualidade, um poder que a simples

narração do facto não teria nunca.

Pois o poema relaciona a presença

da menina com o trabalho intelec-

tual da mãe: ela entra com a madru-

gada, aparece ainda mais

devagarinho que a própria alvorada

(e nós sabemos como a luz do

novo dia é lenta a aparecer), o ruído

do seu andar é mais suave que o

instrumento de escrita, o lápis, em

contrapartida o riso é maior que os

versos. O riso da criança não co-

nhece entraves, expande-se como a

água da nascente, o que não acon-

tecerá sempre aos versos. Ela in-

vade o espaço da lírica, parece

naquele momento exigir mais aten-

ção do que qualquer palavra que

porventura será inscrita no papel,

ela inscreve-se no próprio espaço

da lírica, numa invasão mansa, suave,

delicada mas que não deixa de ser

exigente. O corpo da criança ir-

rompe no corpo do texto. E assim

rouba a inspiração à poeta. Que

deixa de ser poeta para ser só colo,

esse espaço-continuação do útero,

nunca negável à própria cria.

Este poema dá-nos parte do

próprio processo de criação. Os

atributos desse devir criativo que é

a escrita - o lápis, os versos (2x), o

poema, a inspiração - tudo ali se

conjuga para que esta possa fluir,

para que tome forma, para que as

palavras se juntem, se dêem novos

contornos, significados surpreen-

dentes e para que tudo vá desaguar

num discurso eminentemente lí-

rico, isto é, que, segundo o estu-

dioso Carlos Reis,  concretiza um

processo de interiorização, que re-

presenta uma atitude marcada-

mente subjectiva e cujo material

linguístico se rege pelo princípio da

motivação, não sendo pois aleatório

nem arbitrário. Voltando à pequena

historieta da menininha que corre

para a mãe, se acolhe ao seu colo e

interrompe assim a actividade inte-

lectual da mulher, é o próprio dis-

curso lírico que vai enformar este

momento do quotidiano, que vai

pois modelizar liricamente (o tal

contar e cantar de que falava o

poeta espanhol Antonio Machado )

essa ínfima parcela do real, que

através dos versos se vai desligar

do concreto e que em letra de

forma chega até nós para nos tocar,

nos fazer sorrir, nos fazer lembrar

alguma cena semelhante das nossas

próprias vidas. É à lírica que cabe

esse papel transformador e encan-

tatório de pegar no real e trans-

cendê-lo, de focar uma cena quiçá

banal e elevá-la a um tom de magia.

Ao descrever o „crime“ da filha, o

roubo da imaginação, o eu enuncia

um poema novo, o poema do não-

poema, aquele que descreve na sua

concisão o contexto sócio-cultural

da mulher, a  situação de trabalho

da mulher-poeta, obrigada a pousar

o lápis para dar o colo. Respon-

dendo ao mansinho da filha com a

secular mansidão das mulheres. E

com um poema encantador.

De mansinho ela entrou, a minha filha.

A madrugada entrava como ela, mas nãotão de mansinho. Os pés descalços,de ruído menor que o do meu lápise um riso bem maior que o dos meus versos.

Sentou-se no meu colo, de mansinho.O poema invadia como ela, mas nãotão mansamente, não com esta exigênciatão mansinha. Como um ladrão furtivo,a minha filha roubou-me inspiração,versos quase chegados, quase meus.

E mansamente aqui adormeceu,feliz pelo seu crime.

Aulas de PortuguêsAna Luísa Amaral, Às vezes o paraíso, Lisboa 1998

Visitações ou o poema que se diz de mansinho

Luísa Costa Hölzl

Menino não entra para a Universidade

Rapazes e Raparigas

Restaurante AlgarveHagenBem servir

Bem comer - Gastronomia portuguesa a um passo de si!

Aos domingos e terças: dia das gambas grelhadas com molho de alho à discrição

Vogelsanger Str. 3358135 HagenTel.: 02331-9346645 9346644Fax: 02331 - 9346643

BUFETT aos domingos das 12h00 por apenas €9,00

Leitão assado

por encomenda

Desejamos aos nossos clientes uma Páscoa feliz

Publicidade

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 13CulturaNÚMERO DE EMISSORAS: 145 /// CONSUMO DIÁRIO DE TV: 207 MINUTOS

A Alemanha é campeã de exportação

– também no sector da televisão. As

suas produções de TV são apreciadas

internacionalmente e deram à televi-

são alemã a fama de produzir progra-

mas de qualidade. Ao mesmo tempo,

o mercado alemão de TV está entre

os de maior concorrência no mundo.

Característica especial: o sistema

dual, dividido entre emissoras de di-

reito público e emissoras privadas.

Em comparação internacional, a Ale-

manha possui algumas das maiores

emissoras de TV: as duas redes de di-

reito público (ARD e ZDF), bem

como dois grupos privados de TV

(RTL e ProSiebenSat.1). A ARD é uma

rede de nove canais regionais de TV

que operam com o canal nacional

Das Erste, cobrindo cerca de 35 mi-

lhões de domicílios na Alemanha. A

emissora Zweites Deutsches Fernse-

hen (ZDF) transmite a sua programa-

ção para todo o país.

As emissoras de direito público e

privadas oferecem uma programação

completa – de noticiário actual e do-

cumentações, séries, filmes de TV e

longas-metragens, bem como progra-

mas de entretenimento. A oferta da

ARD e da ZDF é complementada

com canais especiais e tematicos,

como, por exemplo, o canal de docu-

mentação e informação Phoenix e o

canal infantil KIKA, bem como com

ofertas internacional, como o canal

alemão-francês Arte e o canal cultural

3sat – uma cooperação com as tele-

visões austríaca e suíça.

O grupo privado de mídia RTL

Deutschland faz parte do Grupo RTL

europeu e pertence ao grupo Ber-

telsmann. Ao lado de outros, opera os

canais RTL, RTL II e VOX. ProSieben-

Sat.1 pertence aos investidores finan-

ceiros KKR e Permira. O grupo, que

opera entre outros os canais SAT.1,

ProSieben e Kabel Eins, fundiu-se em

2007 com o grupo europeu SBS. No

sector de pay TV, há ainda o grupo

Sky Deutschland, que é controlado

pela Rupert Murdoch News Corpo-

ration. ARD e ZDF são financiadas a

partir das taxas de radiodifusão, que

todo cidadão é obrigado a pagar,

quando dispõe de um aparelho recep-

tor de rádio ou televisão. Além disto,

elas detêm receitas de publicidade.

Mas a publicidade comercial só é per-

mitida aos dois canais públicos de se-

gunda a sábado, no horário que vai

das 17h00 às 20h00. Em 2008, a ARD

recebeu 5,35 bilhões de euros das

taxas de radiodifusão, com os quais

também financia as suas emissoras re-

gionais de rádio. A ZDF, que não pos-

sui emissoras de rádio, recebeu 1,73

bilhão de euros. A receita publicitária

total das emissoras de direito público

(inclusive rádio) rondava os 500 mi-

lhões de euros por ano, antes da crise

económica. Os canais privados de sin-

tonização gratuita ainda tiveram re-

ceitas de publicidade em 2006 de 4,9

bilhões de euros .

Não existem na Alemanha deba-

tes abertos, como na Grã-Bretanha,

sobre a possibilidade de as emissoras

privadas receberem uma parte da

taxa de radiodifusão. As emissoras

privadas têm pouco interesse nisto,

pois tal possibilidade imporia condi-

ções relativas à programação: as emis-

soras de direito público na Alemanha

têm de garantir uma chamada oferta

básica de informação. Por outro lado,

às emissoras privadas será possível a

partir de 2010 uma receita adicional

através de product placement em sé-

ries, shows e transmissões desporti-

vas. Isto é uma consequência das

novas directrizes da UE para os ser-

viços de mídia. Para ARD e ZDF con-

tinuará existindo a proibição de

product placement.

Na aceitação do público, a rede

nacional da ARD continuava recente-

mente na liderança. No ano de 2008,

Das Erste teve audiências na ordem

dos 13,4%, seguido pela ZDF com

13,1%, RTL com 11,8% e SAT.1 com

10,3%. Na importante faixa etária de

público entre 14 e 49 anos de idade,

a vitoriosa foi geralmente a RTL que

teve, em 2008, audiências de 15,7%

do mercado. Ela enfrenta agora a con-

corrência da ZDF. A emissora de

Mainz inaugurou, em Novembro de

2009, o seu novo canal digital

ZDFneo. A meta é atrair mais teles-

pectadores jovens, com programas

humorísticos próprios e séries ame-

ricanas, e aumentar assim a participa-

ção nesta faixa relevante do mercado,

até agora de apenas cerca de 5%.

Michael RidderCortesia DW

As emissoras de TV na Alemanha

Publicidade

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010Cultura14

Especialistaem enchidos,

fumeiroe queijaria artesanal

Hohenheimerstr.42

70184 Suttgartt

M&M Wein ImportVinhos de Qualidade e Mercearia

Tel.: 0711 - 470 4495 — Fax: 0711 - 470 4495

Transportes de e para Portugal. Telefone e diga-nos o que quertransportar Tel.: 0711 - 470 4495

Madeira Tapas BarServiço de Almoços,Jantares & Snacks

Forstr. 88Stuttgart West

Venda ao Domicilio e fornecimentode toda a pastelaria portuguesapara restaurantes, pastelarias,cafés, eventos, público, etc.

Pastelaria PortugáliaTel.: 02331 – 484804

Mobil 0171 – 645 80 93Karlstr.32 - 58136 Hagen

Inh. Adélio Oliveira

Pense nas coisas boas e doces da vida. Pense em nós!

Werbung kostet Geld, keine werbung kostet Kunden!

Publicidade

Adesões Tv Cabo ZON e Meo Mais informações: 0171 2123985 + 02931 4358 Fax: 02391-4359Emai: [email protected]

www. EMS-SAT. com

Venda e instalação de TV Cabo ZON e MEO - antenas colectivas e individuais e contratos oficiaisVenda de receptores digitais

AssistênciaTécnica

ao domicilio

Agente TV Cabo e MEO

Eis Cafè

Gamba

Seit

1959

in D

ortm

und

Schü

tzen

str 7

3- 4

4147

Dor

tmun

d02

31 -

8237

68

Horário de AberturaInverno: 10h00 - 20h00 - Verão: 10h00 - 22h00

Todos os dias

Inh.

Man

uel F

erna

ndes

Hummm...

Que Bom!!!

Cerca de mil espectadores

acorreram à Filarmónica de

Berlim para assistir ao concerto

de Katia Guerreiro, que “agar-

rou” o público com vários clás-

sicos do Fado, arrancando

aplausos a fazer esquecer a

noite gélida.

A fadista partilhou o palco

da Sala de Música de Câmara da

Filarmónica de Berlim com o

cantor turco Ahmet Aslan, que

abriu o concerto e voltou a

subir ao palco no final para can-

tar com Katia Guerreiro.

O espectáculo intitulado

“Alla Turca - Huzun e Melanco-

lia - Canções de Portugal e da

Anatolia” foi uma iniciativa da

Orquestra Filarmónica de Ber-

lim e do seu maestro residente,

Simon Rattle, para promover o in-

tercâmbio de culturas musicais.

O entendimento entre a fadista

portuguesa, os seus guitarristas, o

cantor turco e respectivos músicos

foi quase instintivo, apesar de nunca

se terem visto antes.

“Conhecemo-nos hoje, na al-

tura dos ensaios, durante a tarde, e

em cinco minutos ficou definido o

que queríamos tocar à noite”, disse

Katia Guerreiro em Berlim.

O público aderiu inteira-

mente, chamando os artistas

ao palco no final com “bravos”

e fortes aplausos, para bisar

duas vezes, e a fadista não es-

condeu a sua satisfação por

cantar em local tão prestigiado.

“Esta é uma sala mítica, um

sítio quase religioso para os

músicos, pisar o palco da Filar-

mónica de Berlim é atingir o

pico da montanha”, observou

Katia Guerreiro.

A fadista confessou tam-

bém que antes do concerto

sentiu “alguma ansiedade, por

não saber que reaccção iria ter

de um público tão elitista, tão

musicalmente educado”.

O resultado da cooperação

musical luso-turca, porém, foi

um sucesso, e Katia Guerreiro disse

que esperava ter “conseguido der-

reter algum gelo em torno da Filar-

mónica”, na noite gélida de Berlim,

com a temperatura nos 10 graus

centígrados negativos. FA

Música: Katia Guerreiro aqueceu Filarmónicade Berlim em noite gélida

PORTUGAL POST NA ESCOLA

No passado dia 20 de Dezem-bro de 2009 realizou-se noSalão de St. Anna em Singen,a Festa de Natal do Curso dePortuguês do 1ºciclo.

Já há muito tempo que aescola portuguesa não reali-zava uma actividade como adeste ano que envolveu alu-nos, pais, familiares, amigos emuitos interessados na novi-dade.

Num curto espaço detempo, mais precisamenteum mês, os alunos apresenta-ram um bom espectáculoque agradou a todos.

Do programa fizeramparte um “Auto de Natal”,declamação de poemas, can-ções de Natal, participaçõesde alunos tocando instru-mentos como guitarrra,flauta transversal e trom-pete, Karaoke em português,entrega de prendas, e a “Or-questra de Garrafas”, pro-jecto musical do nossoprofessor Luís Lopes.

Esta iniciativa contou coma colaboração do Centro Por-tuguês de Singen, F.C. Magri-ços, Bar do Centro Portuguêsde Singen, Magrest gmbh,Karstadt, Fonseca gmbh, “OsConquistadores”, encarrega-dos de educação e algumaspersonalidades locais que fi-zeram questão em ajudar naconcretização deste sonho.

Graças à colaboração detodos podemos ter refeições,bebidas e animação suficien-tes para servir os que nos vie-ram visitar.

Foi um momento bonitode encontro familiar faladoem português que queremosver repetido e melhorado nopróximo ano lectivo.

Texto dos Alunos do 4º ano do Curso deLíngua e Cultura PortuguesasSingenRevisão: Prof. Luís Alberto Gomes Lopes

que aqui publica-

mos é uma contribuição de alunos

do 4º ano do curso de Língua e

Cultura Portuguesas em Singen (na

foto) escrito sob a orientação do

professor Luís Alberto Gomes

Lopes.

O texto dos alunos é uma par-

ticipação a que eles chamam "Notí-

cias dos pequenos jornalistas de

Singen".

Fica o nosso obrigado e incita-

mento a mais contribuições de ou-

tros pequenos “jornalistas“.

O TEXTO

PORTUGAL POST nº 188 • Março 201016

Orações aos Anjos da GuardaFormato: 14 X 21 cm.Páginas: 144Preço: 20,99 €Na primeira parte desta obra encontrará umvasto número de orações aos anjos da guarda,que certamente serão do seu inteiro agrado.Na segunda parte deliciar-se-á com a listagemcompleta dos 72 anjos protectores. Cada um des-tes anjos confere características particulares maomodo de ser e de amar dos seus protegidos. Con-

heça o seu anjo e as características que ele lhe imprime na sua vida. Estesseres celestiais estão constantemente ao nosso lado, para nos proteger oupara nos afastar dos perigos.

Aprenda a Viver Sem StressFormato: 15,5 X 23 cm.Páginas: 100Preço: 20,99Quanto mais tempo da sua vida é que está dis-posto a desperdiçar? Quanto mais tempo da suavida está disposto a continuar a sofrer? Quantoda sua vida está disposto a finalmente reivindi-car hoje? Quanto mais tempo vai deixar que osoutros mandem nas suas escolhas? E, se reivindicar a sua vida, acha quefica a dever alguma coisa aos outros?Quando você cede ao stress, você não está ser você mesmo. Quando vocêcede ao stress, você passa ao lado da vida, da sua vida. Você vive em per-manente sobrevivência. E quem sobrevive, sofre. E quem sofre, vive emstress

Formato: 14x21cmPáginas: 340Preço: 25.99É uma extensa antologia com centenas de oraçõesa saantos, anjos, arcanjos e toda a corte celestial.Nestas páginas encontra uma mensagem de espe-rança, um motivo para acreditar que a fé existe eque nos rodeia em todos os momentos da nossavida. É o companheiro ideal, pois as suas orações

têm o poder de transmitir ao espírito a energia que restaura a alegria deviver e a confiança no amor, na paz e na esperanaa para o futuro.

Grande Livro de Orações

Santo António - Orações e SimpatiasFormato: 14x21cmPáginas: 104Preço: € 18,99Santo António nasceu como Fernando Bulhão Martins,em Lisboa a 15 de Agosto de 1195 e faleceu em Páduaa 13 de Junho de 1231. Existem milhões de pessoas, em Portugal e pelomundo fora, que vêem em Santo António o seu Santo milagreiro. Esta obraé dirigida a estas pessoas. Compilámos orações, simpatias e adivinhaçõesdirigidas a Santo António, com vista a melhorar as mais diversas áreas devida.

Os Anjos são criaturas celestiais enviadas por Deuspara nos ajudar na nossa evolução terrena e espiritualEstão sempre por perto para nos auxiliar e, através da oração, podemosestabelecer contacto com eles. Os salmos bíblicos são invocações mágicas,orações poderosas, escritas há cerca de 5 mil anos. Salmo quer dizer oraçãocantada e acompanhada com instrumentos musicais. São utilizados parapedir a bênção e a ajuda de Deus para os problemas do dia-a-dia. Comomantras sagrados, podem ser utilizados por cada um de nós, independen-temente da religião ou crença de cada um. A leitura dos salmos é outra ma-neira de nos aproximar do nosso Anjo da Guarda e de trazer a sua influênciapara as nossas vidas. Cada Anjo é atraído por um salmo específico. Quandooramos, os Anjos oram connosco, nessa altura a cor da nossa aura muda eisso facilita aos Anjos entenderem a nossa intenção, levando mais pronta-mente as nossas petições ao plano astral, podendo assim prestar-nos deforma mais rápida a ajuda de que necessitamos.

Salmos e Orações aos AnjosAutor: Gabriela BarrosFormato: 14 X 21 cm.Páginas: 96Preço: € 20,99

A “Santíssima e Vera Cruz de Caravaca” é umadas mais importantes relíquias cristãs. Consistenum fragmento da madeirada cruz em que Cristo

morreu. Esse fragmento encontra-se desde o século XIII na cidade de Ca-ravaca, perto de Múrcia, em Espanha. O fragmento é conservado dentrode um relicário.O importante na relíquia não é o formato externo da Cruz,que constitui apenas o recipiente, mas o seu conteúdo, o Santo Lenho, queencerra em si todo o significado da mensagem e da acção terrena de JesusCristo. Desejamos advertir que qualquer reprodução dessa Cruz terá so-mente o valor de trazer à lembrança a original “Vera Cruz”, e as oraçõesa ela dirigida deverão ter a intenção de venerar o fragmento de madeiracomo símbolo do sacrifício de Cristo.

Sagrada Cruz de CaravacaFormato: 14 X 21cmPáginas: 140Preço: € 25.00

Cupão e condições de encomendana pág. 23

Publicidade

O mesmo isolamento que ob-

riga a viajar por estradas espanholas

para chegar a Miranda do Douro

preservou a originalidade de ícones

culturais como a gaita-de-foles mi-

randesa, que viu reconhecidas as

suas singularidades.

A delegada regional da Cultura

do Norte, Helena Gil, proclamou,

no encerramento do I Congresso

Internacional da Gaita-de-Foles, em

Miranda do Douro, o reconheci-

mento e padronização da gaita mi-

randesa.

Este reconhecimento simbólico

significa que a partir de agora passa

a haver normas para a construção

e timbre deste instrumento tradi-

cional transmontano.

O padrão foi encontrado no

âmbito de um projecto de investi-

gação, apoiado pelo Ministério da

Cultura, que no último ano reco-

lheu 25 exemplares, alguns com 200

anos, das mais tradicionais gaitas

mirandesas.

Com este trabalho, o coordena-

dor do projecto Jorge Lira, espera

contribuir para revitalizar e preser-

var a tradicional gaita mirandesa

que estava a desaparecer e a ser

substituída por congéneres de ou-

tros países, nomeadamente pela

gaita galega da vizinha Espanha.

Há quase trinta anos, Zé Preto,

como é conhecido na sua aldeia da

Freixiosa, deu um contributo im-

portante para recuperar a gaita mi-

randesa.

Construiu a primeira aos 15

anos e contabilizou entre „70 a 80“

para diversas zonas do país, Espanha

e até Itália.

O timbre deste instrumento

ficou-lhe no ouvido desde criança,

numa época em que era o som da

gaita-de-foles que animava festas,

romarias e convívios populares.

Dividiu a sua vida entre a do-

cência de História e a construção

das gaitas até que foi colocado

longe de casa e ficou com menos

tempo para o tradicional instru-

mento.

Continua a trabalhar nos tem-

pos livres e férias na arte que apren-

deu também com a ajuda de velhos

gaiteiros e construtores.

Pretende agora contribuir para

o trabalho de padronização com

mais um exemplar, o mais tradicio-

nal que viu até hoje, construído com

o típico odre de pele de cabrito,

madeira e chifres.

Eram assim as primeiras gaita

que fez.

Os chifres ia buscá-los ao mata-

douro do Cachão para fazer os

anéis que colocava dentro da cana

de madeira da gaita.

As peles eram-lhe fornecidas

por um cabreiro da aldeia.

Hoje em dia, as regras de sani-

dade animal obrigam a que os ani-

mais sejam abatidos nos

matadouros e fazem com que a tra-

dição já não seja o que era.

As peles dos matadouro são

aproveitadas para outros fins e já

não servem para o „saco“ que o fô-

lego do gaiteiro enche de ar e que

vai sendo libertado, produzindo a

sonoridade da gaita com a ajuda do

acessório principal que é a pon-

teira, a responsável pela parte me-

lódica do instrumento.

A pele de cabrito, outrora cur-

tida com sal e cinza de forma arte-

sanal, tem sido substituída por

materiais sintéticos, que garantem

os entendidos não prejudicam a so-

noridade.

O projecto de investigação que

levou à padronização recolheu 25

ponteiras, que vão ser a partir de

agora replicadas, e que os promo-

tores acreditam guardarem os sons

mais originais da gaita mirandesa.

„O isolamento destas terras as-

segurou que a originalidade da gaita

prevalecesse até aos dias de hoje

sem influências exteriores“, assegu-

rou Jorge Lira.

Banhado pelo Douro Interna-

cional e encostado à fronteira com

a região espanhola de Castela e

Leão, o Planalto Mirandês é consi-

derado ainda hoje dos mais isola-

dos do Nordeste Transmontano.

Faltam estradas que obrigam a

que os automobilistas viajem entre

Bragança e Miranda do Douro,

pelas „carreteras“ espanholas, por

serem mais confortáveis do que as

nacionais portuguesas.

O mesmo isolamento preser-

vou, no entanto em terras de Mi-

randa particularidades culturais que

levaram à distinção da gaita-de-foles

e que, há nove anos, reconhecerem

o falar destas gentes como a se-

gunda língua oficial de Portugal- o

mirandês.

„Precipitado“ é como o presi-

dente da Associação para o Estudo

e Divulgação da Gaita-de-Foles,

Francisco Pimenta, considerou o re-

conhecimento e padronização

deste instrumento.

O representante desta associa-

ção nacional, com sede em Lisboa,

entende ser necessária „prudência“

e mais estudos, embora considere

o trabalho feito „meritório“.

O trabalho foi liderado pelo

grupo de música tradicional miran-

desa Galandum Galundaina, que

tem na gaita a sua principal sonori-

dade.

Da comissão científica fizeram

parte várias entidades, entre elas a

associação sedeada em Lisboa.

O coordenador do projecto,

Jorge Lira não reconhece „repre-

sentatividade“ à associação e acusa

o presidente de „não ter feito o

trabalho que lhe foi destinado neste

processo“.

„Este é um património genético

que seria lamentável deixá-lo per-

der pela incapacidade de o norma-

lizar e sermos substituídos na nossa

originalidade por instrumentos pro-

venientes de outros locais da Eu-

ropa, que são respeitáveis, mas que

não são nossos“, declarou.

Gaita-de-foles mirandesa reconhecida oficialmente como ícone cultural

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 17Kultur

Erst mit Beginn der 1980er

Jahre traten die sogenannten

„neuen Christen“, jene vor Jahr-

hunderten konvertierten Juden,

an die Öffentlichkeit und bekann-

ten sich zu ihren traditionellen

Wurzeln. 1996 schließlich stifte-

ten reiche marokkanische und

nordamerikanische Juden dem

Ort Belmonte eine Synagoge.

Heute gibt es nur noch we-

nige portugiesische Juden und

ihre geheimen Riten gehen lang-

sam verloren. Doch einige Mitglie-

der halten noch an ihnen fest.

„Früher gab es das Krypto-Juden-

tum, also die versteckte jüdische

Religion, innerhalb der christli-

chen, katholischen Welt“, sagt der

Geschichtsprofessor David Ca-

nelo. „Heute finden wir noch

immer Spuren dieses Krypto-Ju-

dentums, aber diesmal innerhalb

des Judentums. Beide Male ist es

vor den Augen der beiden großen

Religionen versteckt - einmal vor

dem Christentum, einmal vor

dem Judentum. Immer gaben die

Eltern ihren Kindern die Bots-

chaft weiter, wie wichtig es sei,

eine solche Religion mit all ihren

Bräuchen geheim zu praktizieren:

das Passahfest, die Gebete und so

weiter ...“

José Henrique liest heute

noch auf Ladino, einer Mischung

aus Hebräisch, Spanisch, Portugie-

sisch und ein wenig Französisch.

Wenn er ein wenig Zutrauen ge-

fasst hat, erzählt der freundliche

Herr von den heimlichen Zusam-

menkünften aus seiner Kindheit

und von den Fleischgerichten, die

sie heimlich gegessen haben, als

gerade kein Rabbi da war, um

nicht vor Hunger zu sterben.

In Belmonte lobt man gerne

die guten Beziehungen zwischen

den Christen und den Marranen.

José Henrique spricht dagegen

von Angst: „Natürlich ist die Zeit

der Inquisition vorbei, aber die

Angst ist geblieben. Selbst in der

Zeit danach haben sich noch viele

grausame Dinge ereignet. Es gab

den Krieg. Hier in Belmonte wur-

den wir zwar nicht unterdrückt.

Aber es gab dieses Misstrauen ...

Ja, die Angst rührt von weit, weit

her.“

Ein gutes Drittel der portugie-

sischen Bevölkerung würde heute

zu den ursprünglich spanischen

Juden zählen. Obwohl sie die Ver-

bindung zu ihrem Ursprung längst

verloren haben, pflegen viele Por-

tugiesen - egal, ob konvertiert

oder nicht - die kulinarischen

Bräuche ihrer Vorfahren. Hier

zeigt sich, mit welcher Kunst die

Krypto-Juden ihre Religion im

Geheimen praktizierten.

Etwa am Beispiel der

„Alheira“, einer ganz speziellen

Wurstsorte: Frau Antonia kennt

das Rezept genau: „Wir nehmen

ein Kaninchen und ein Hähnchen,

schneiden beides in kleine Stücke,

nehmen ein wenig Fett und frittie-

ren beides zur gleichen Zeit. Da-

nach geben wir Salz hinzu, so wie

es zu unserer Tradition gehört,

aber auch Gewürze und Pfeffer.

Man vermischt alles. Genau so, als

ob es Schweinefleisch wäre.“ Die

„Alheira“ ist nichts anderes als

eine koschere Wurst, die man im

Norden Portugals überall be-

kommt.

Die jüdischen Gemeinschaften

in Portugal leben heute im Licht

der Öffentlichkeit. Seit etwa

zwanzig Jahren kehren unter dem

Einfluss der Rabbiner immer

mehr portugiesische Juden nach

Israel zurück. Der Filmemacher

Jorge Neves, Gründer der Ladino-

Vereinigung in Porto, zeichnet ein

differenziertes Bild: „Aus Sicht der

Christen waren wir Juden, aber

für die Juden waren wir das lange

nicht. Heute haben wir diese Bar-

rieren glücklicherweise überwun-

den.“

In weniger als einer Genera-

tion wird die Kultur der marranis-

chen Portugiesen vermutlich

ausgestorben sein. Doch es gibt

bereits Versuche, sie wieder aufle-

ben zu lassen. Die Arbeit der His-

toriker hat gerade erst begonnen.

Die Ladino-Sprache ist wieder im

Kommen. Die portugiesische Mu-

sikgruppe „Rosa negra“ jedenfalls

singt voller Nostalgie vom „fado

ladino“.

Jüdische Traditionen in Belmonte

In der Beira, einerGrenzregion im

Norden Portugals,fanden jene Juden

Zuflucht, die aus Spanien geflüchtetwaren, bis auch siesich nach nur fünf

Jahren zwischen Exiloder Konvertierung

entscheiden mussten.Doch das hat viele

portugiesische Juden,die sogenannten

„Marannen“, nichtdaran hindern kön-

nen, ihre Religionweiterhin auszuüben

- jetzt im Verborgenen.

PORTUGAL POST17 anos ao Serviço da Comunidade Luso­Alemã

“Seit 17 Jahren ist die Portugal Post für die über 100 000 in Deutschland le-

benden Portugiesen ein unverzichtbares Medium, das aktiv das Gemeinschafts-

gefühl fördert und als einzige Zeitschrift einen Überblick gibt über ihre

Aktivitäten in den deutschen Städten. Dass die Portugal Post dabei der Han-

sestadt Hamburg mit ihren speziellen jahrhundertelang gewachsenen Bezie-

hungen zu Portugal besonderes Augenmerk widmet, freut mich natürlich

besonders. Die Portugal Post ist aber auch für all jene, die sich, wie zum Beispiel

die Portugiesisch-Hanseatische Gesellschaft, für die Vertiefung der Beziehungen

beider Länder einsetzen, eine gute Informationsquelle.

Uly Foerster, Chefredakteur Lufthansa Magazin, Hamburg”

Ein unverzichtbares Medium

Ao longo destes 17 anos, o Portugal Post tem desempenhado no

seio da comunidade portuguesa um papel importante. Apesar de

todas as limitações e deficiências, a existência de um órgão de in-

formação em língua portuguesa com notícias de uma comunidade

tão dispersa, como é o caso da comunidade portuguesa na Ale-

manha, é em princípio um bem para a comunidade. Mas esta si-

tuação também lhe confere uma grande responsabilidade. O

Portugal Post poderá valorizar ainda mais a sua função junto da comunidade se apoiar

de uma forma construtiva a componente mais dinâmica do movimento associativo

português na Alemanha, a FAPA e se abrir mais as suas páginas aos sectores de es-

querda que lutam por soluções mais justas e democráticas para a comunidade por-

tuguesa na Alemanha.

Rui Paz, Professor de música eMembro do Conselho das Comunidades Portuguesas

Nunca percebi porque é que o meu pai sempre tinha uma assinatura do

jornal da sua terra em Portugal quando, afinal, vivemos na Alemanha e

sobre aqui que devemos estar informados.

Descobri o Portugal Post há uns meses e cheguei à conclusão que este é

um meio importante informação sobre o que se passa com a comunidade

portuguesa no país em que passamos a maior parte vida. E sem o PP talvez

não saberia que até existe um "Bairro Portugues"/"Portugiesenviertel"

em Hamburgo ou que vai haver eventos como o festival da juventude, com muitas bandas por-

tuguesas..

Nélia Brito, Gestora de projectos eAdministradora do www.lusindex.de, forum virtual da comunidade luso-alemã

Devemos estar informados

Portugal hat unzählige Freunde in Deutschland: Viele haben

schon Urlaub gemacht zwischen Minho und Algarve, dort

gearbeitet oder studiert. Andere schätzen Pessoa oder Sara-

mago, sind Fans von Mariza oder Madredeus, Figo oder Cris-

tiano Ronaldo, lieben Pastéis de Nata oder Bacalhau. Noch

wichtiger: viele Deutsche mögen Portugal, weil sie portugie-

sische Kollegen, Nachbarn oder Freunde haben, weil die Kin-

der mit Portugiesen zur Schule gehen oder weil der Espresso

im nettesten Café oder Restaurant in der Nähe Bica heißt.

All diese Menschen sollten eigentlich die "Portugal Post"

lesen, um auf dem Laufenden zu bleiben und um die Portu-

giesen in Deutschland noch besser zu verstehen. Am schönsten wäre es aber, wenn

die deutschen Freunde Portugals sich mehr mit eigenen Texten und Ideen an der Zei-

tung beteiligen würden. Dann könnten die nächsten siebzehn Jahre "Portugal Post"

noch stärker im Zeichen von Dialog und Miteinander stehen.

Marco Bertoloso Leiter der Abteilung Zentrale Nachrichten beim Deutschlandfunk

O Portugal Post, para quem que como eu se quer manter ao cor-

rente de tudo o que à emigração portuguesa na Alemanha diz

respeito, tornou-se leitura obrigatória. Tive o prazer de acompa-

nhar a evolução do jornal desde que há 17 anos apareceu e com

ele aprendi muitos dos conhecimentos que hoje tenho sobre a

emigração portuguesa neste País. A isenção com que o jornal tem

vindo a tratar de todos os assuntos da actualidade, sem nunca

perder de vista a defesa dos interesses dos seus leitores bem

como de todos os emigrantes em geral, merecem o nosso apreço

e respeito. É por isso que não tenho dúvidas em recomendar a leitura do Portugal

Post a todos aqueles que querem estar bem informados quer sobre os nossos pro-

blemas quer ainda sobre o que se passa no nosso País. Está de parabéns o Portugal

Post pelo bom serviço prestado à comunidade. De parabéns estão também os leito-

res em geral e os assinantes em particular, por terem escolhido e assinado este jornal.

José EduardoMembro do Conselho das Comunidades Portuguesas

Parabéns ao Portugal Post pelo bom serviçoprestado à comunidade

O Portugal Post cumpre 17 anos de publicação. Foi um tempo de sucesso,

construído na base dum trabalho sério e rigoroso que lhe foi granjeando cre-

dibilidade e prestígio. A isenção e pluralismo na abordagem dos temas políticos,

como instrumento de intervenção democrática, a apologia dos valores cívicos

e a motivação e empenho em prol das aspirações e anseios das comunidades

portuguesas, fizeram do Portugal Post um título de referência para a genera-

lidade dos seus leitores, os portugueses residentes na Alemanha. Aí, sempre

eles encontraram um amparo, uma palavra, o respaldo amigo e o conselho avi-

sado para que ultrapassassem as dificuldades e constrangimentos que sempre

afectam quem vive longe da sua terra. Ao jornal, aos seus leitores e, em especial,

ao seu director, Mário dos Santos, os meus melhores votos de sucesso e longa vida.

José Lello, deputado do PS e ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

Trabalho sério e rigoroso

Desde há anos que acompanho a publicação do Portugal Post,

que tem sido para mim uma importante fonte de informação.

Considero muito importante haver um jornal como o Portugal

Post na Alemanha principalmente por duas razoes: 1. Como

somos uma comunidade bastante pequena e dispersa por várias

partes da país em que vivemos o Portugal Post é um elo de co-

municação e de troca de informação entre as várias comunida-

des; 2. uma vez que os hábitos de leitura dentro da comunidade

variam muito, também entre as gerações, o Portugal Post é um

contributo importante para manter o contacto com a língua portuguesa escrita, par-

ticularmente para os lusos-descendentes. Para concluir, o Portugal Post constitui uma

plataforma e é o porta-voz da comunidade portuguesa na Alemanha.

Dora Mourinho, Socióloga

A universalidade dessa relevante contribuição é reflectida em cada edição,

que tem artigos escritos por autores representativos vindos de todas as par-

tes da Alemanha. As opiniões divergentes sobre temas actuais e do interesse

da comunidade, com certeza contribuem para o debate de ideias, divulgando

e despertando ao mesmo tempo o espírito crítico dos leitores.

Parabéns.

Michaela Azevedo Ferreira Advogada, Bonn

O Portugal Post presta um inestimável serviço à comunidade portuguesa na Alemanha

Uma grande responsabilidade

Glückwunsch

O porta-voz da comunidade portuguesa naAlemanha

Ao passar mais um ano, o 17º, de existen-cia e publicação ininterrupta, o jornalPORTUGAL POST já há muito se afir-mou como o porta-voz da Comunidadeportuguesa na Alemanha. Como umórgão de informação, que já conquistouum lugar no panorama da imprensa por-tuguesa da emigração, o PP é hoje umjornal que constitui um verdadeiro patri-mónio da Comunidade lusa residente

neste país. Plural, sério, crítico e atento, o PP já há muito queganhou a confiança de todos e quer continuar com todos vós.

Junte-se a nós

Receba mensamente em casa o seu

PORTUGAL POST

Angola • Brasil • Guiné-Bissau • Cabo-Verde • Moçambique • Portugal • São Tomé e Principe • Timor Leste

Lusofonia

Diogo Costa Cabral (C) acompanhado por Vanda Medeiros e Marta Ceitilsão três jovens portugueses que optaram por viver na Guiné-Bissau, ondepodem ter uma "vida boa e saudável" e é "mais fácil trabalhar com gosto",apesar do emprego ser precário, em Bissau. Foto : Marisa Serafim, Lusa

Vanda Medeiros, Marta Ceitil e

Diogo Costa Cabral são três jovens

portugueses que optaram por viver

na Guiné-Bissau, onde podem ter

uma “vida boa e saudável” e é “mais

fácil trabalhar com gosto”, apesar

do emprego ser precário.

Os três, com idades compreen-

didas entre os 29 e os 33 anos, não

conseguem explicar exactamente

porque escolheram a Guiné-Bissau,

mas garantem que a opção não foi

feita com base na tentativa de “sal-

var o mundo”.

“A opção era trabalhar em Por-

tugal, mas a Guiné apareceu na

minha vida”, afirma Vanda Medeiros,

33 anos, licenciada em Filosofia.

Em Bissau desde 2002, Vanda já

fez de tudo um pouco, desde ob-

servação eleitoral, até à formação

de professores.

Actualmente trabalha com uma

organização governamental espa-

nhola, mas já esteve um ano e meio

numa ilha do arquipélago dos Bija-

gós a trabalhar com um padre num

projecto de alfabetização e a ganhar

300 euros por mês.

Para Diogo Costa Cabral, 32

anos, licenciado em gestão e com

um mestrado em desenvolvimento

e ajuda humanitária, as coisas não

foram muito diferentes.

Um projecto de verão levou-o

à Guiné em 2002 e acabou por

ficar, deixando para trás uma car-

reira numa corretora.

“Acabo sempre por voltar para

a Guiné por razões que não sei ex-

plicar”, diz.

“Eu levo uma boa vida em Bis-

sau. Não digo que em Portugal não

levasse, mas era mais difícil. É claro

que é difícil estar longe da família e

dos amigos, mas temos uma coisa

que em Portugal não temos que é

tempo”, explica Diogo Costa Ca-

bral.

“Mesmo sem ganhar muito di-

nheiro, conseguimos uma vida boa,

saudável e divertida”, diz, subli-

nhando, no entanto, que hoje em

dia já se começa a preocupar em

ter casa e a pensar na reforma.

Para Marta Ceitil, a relação com

a Guiné-Bissau começou com as fé-

rias. Veio três vezes de férias para o

país e começou a ficar “interessada

e deu-se o verdadeiro clique”.

“Estava a trabalhar na Roff e es-

tava cansada. O trabalho não me

fazia muito sentido”, explica.

“Não é mais fácil arranjar traba-

lho, mas a verdade é que é mais fácil

trabalhar com gosto na Guiné. Em

Lisboa não faço a diferença e na

Guiné acho que o nosso trabalho

faz a diferença e temos liberdade

para dar asas à criação. Não há li-

mites à criatividade”, diz Vanda Me-

deiros.Para as famílias daqueles

jovens, a decisão passou de estra-

nha a aceite na totalidade e todos

afirmam ter o “apoio” necessário.

“Eu tinha um futuro promissor

e foi um bocadinho complicado lar-

gar o trabalho em Lisboa. Ao prin-

cípio estava com medo de contar e

dizer ‘mãe, pai, vou para a Guiné e

vou despedir-me’ e surpreendente-

mente apoiaram-me e estão super

orgulhosos”, acrescenta Marta Cei-

til.

Os três jovens portugueses

aconselham a quem pretende ir

para o país, que não hesite em ex-

perimentar.

“É preciso vir sem ser com o

espírito de vir ajudar todos. Perce-

ber que nós não estamos cá para

ajudar ninguém. Assim como ajuda-

mos, somos ajudados”, explica

Vanda Medeiros.

Jovens portugueses escolhem Guiné-Bissau para viver,porque é mais fácil trabalhar com gosto

A Associação Cabo-verdiana de

Hamburgo entregou no princí-

pio do mês de Fevereiro mais

uma ajuda no valor de € 600

para as crianças da escola de

Rincão no Concelho de Santa

Catarina, Ilha de S. Tiago, Cabo

Verde.

A cerimónia de entrega do di-

nheiro foi organizada em coo-

peração com a Delegacia do

Ministério de Educação e a Di-

recção de Associação dos Pro-

fessores de S. Catarina e Picos,

tendo contado com a presença

do presidente da Associação de

Hamburgo, Estanislau Furtado,

bem como da Delegada do Mi-

nistério de Educação, do Ges-

tor  da escola de Rincão, dos

C o o r d e n a d o r e s ,

professores,  encarregados de

educação e alunos.

Para alegria das crianças, foram

oferecidas ainda duas bolas de

futebol. 

Recorde-se que primeiro pa-

cote de ajuda em materiais es-

colares valor de €. 1000, foi

entregue em Janeiro passado a

uma escola da Ilha do Sal e

outra na ilha de S. Nicolau.

A Associação Cabo-Verdiana de Hamburgo ajuda crianças em Cabo-Verde

PORTUGAL POST nº 188 • Março 201020 Consultório

Rechtsanwalt/Advogado

Victor Leitão Nunes

Consultas em português40210 DusseldorfImmermannstr. 27

[email protected].: 0211 / 38 83 68 6Fax: 0211 / 38 83 68 7

Paulo Saraiva Coelho, LL.M.Rechtsanwalt / Advogado

Hohnenstr.25 • 70469 StuttgartTel.: 0711-933 765 18 • Fax: 0711-933 765 19

Mobil 0173 300 24 [email protected]

Michaela Azevedo Ferreira,Advogada

Theodor-Heuss-Ring 2350668 Köln

0221 - 95 14 73 0

Catarina Tavares,Advogada em PortugalRua Castilho, n.º 44, 7º

1250-071 LisboaE-Mail- [email protected].: 00 351 21 370 00 00

• Contabilidade• Consultadoria fiscal,empresarial e financeira

JTM ConsultingGmbH

Sede:Fuchstanzstr 5860489 Frankfurt /MainTM: 0172- 6904623Tel.069- 7895832Fax: 069-78801943

[email protected] Schulerdobel 2479117 Freiburg i.BrTel.: 0761 / 64 03 72Fax:0 761 /64 03 77

E-Mail:[email protected]

TRADUÇÕESPORTUGUÊS ALEMÃO

ALEMÃO PORTUGUÊS

Tradutor ajuramentado junto dosConsulados-Gerais de Portugal

em Frankfurt/M. e Stuttgart

Claus Stefan Becker

Publi

cidade

Advo

gados

++

Tra

duto

res

++

Serv

iços

AdvogadoCarlos A. Campos MartinsDireito alemãoConsultas em português por marcação

Feltenstr. 111 b50827 Köln

Tel.: 0221 – 356 73 82

O Consultório jurídico tem a colaboraçãopermanente dos advogados

Michaela Azevedo Ferreira e Miguel Krag

Miguel Krag, AdvogadoPortugal HausBüschstr.7 - 20354 HamburgoLeopoldstr. 1044147 DortmundTelf.: 040 - 20 90 52 74

Michaela Azevedo Ferreira,Advogada

Theodor-Heuss-Ring 23,50668 Köln

0221 - 95 14 73 0

De alguns meses

para cá, têm mere-

cido especial atenção

dos meios de comu-

nicação, processos

em tribunais de trabalho, cujo

objecto são despedimentos

efectuados por motivos irri-

sórios. São pano de fundo

destes processos, despedi-

mentos levados a cabo pela

entidade patronal devido a

prevaricações relativamente

insignificantes do trabalhador

que, na sua maioria, atentam

contra os bens do emprega-

dor.

Para que os leitores do Portu-

gal Post fiquem esclarecidos

sobre a situação jurídica ac-

tual, descreveremos neste e

no próximo artigo quais as

prevaricações supostamente

insignificantes que poderão

levar a uma advertência de

iminente despedimento ou a

uma rescisão do contrato de

trabalho.

Se, no caso de um acto ilícito

que atente contra a proprie-

dade/os bens da entidade pa-

tronal, a advertência de

iminente despedimento ou a

rescisão do contrato de traba-

lho é, na maioria dos casos, in-

discutível, já a nível político e

nos media se discute actual-

mente se não se poderão

fazer excepções a este princí-

pio, caso o objecto subtraído

ser de valor material insignifi-

cante (despedimentos por ra-

zões mínimas).

De acordo com a jurisprudên-

cia consolidada, será decisiva

para a legalidade de um des-

pedimento devido a um acto

não permitido, a resposta à

questão de o comportamento

do trabalhador ter abalado ou

não a confiança indispensável

à continuação do vínculo labo-

ral. A decisão será tomada de

acordo com a totalidade das

circunstâncias de cada caso

em si, não dependendo apenas

do valor do objecto em causa.

Terá igualmente importância

decisiva, o tempo de serviço

na empresa e a forma de com-

portamento no passado.

No caso “Emmely”, o despedi-

mento foi considerado legal. A

empregada da caixa de um su-

permercado havia alegada-

mente subtraído dois talões

de depósito no valor de 1,30

€. Pelo contrário, o Tribunal de

Trabalho de Mannheim decla-

rou ilegal um despedimento

devido a um empregado do

lixo ter levado para casa uma

cama de criança que tinha

sido deitada fora.

Não é só através destes

exemplos que poderemos

concluir que não é possível

proceder-se a uma apreciação

generalizada do despedimento

por razões mínimas. A ques-

tão primordial consiste em

saber-se se, devido à prevari-

cação do trabalhador, a con-

fiança da entidade patronal na

honestidade do mesmo sofreu

um abalo e um agravo que se

manifestará de forma conti-

nuada.

Os tribunais decidem esta

questão de forma diversa.

Assim, um acto ilícito que

atente contra os bens da en-

tidade patronal poderá ser

sempre uma razão para um

despedimento. Por isso, antes

de se provar uns petiscos do

“büffet” do chefe, seria me-

lhor perguntar primeiro se ele

dá ordem.

Miguel Krag, Advogado

Direito do TrabalhoDespedimento por razões mínimas

D

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 21

3José Gomes Rodrigues

Assistente SocialCaritas Neuss

PEDIMOS AOS NOSSOS LEITORESpara nos colocar as suas perguntas e su-gestões por escrito usando o correioou, melhor ainda, o correio electrónico.

Pedimos também para mencionarem o vosso nú-mero de telefone fixo para, sendo necessário, en-trarmos em contacto convosco. As questões esugestões dos leitores podem ser enviadas paraas seguintes direcções:[email protected].: 02131 269320 - fax 02131 269 336. [email protected]: Tel. : 0231 8390289 - fax 0231 8390351Obrigado.

i

SILVIA NEVES DE OLIVEIRAAdvogada

RechtsanwältinWilli-Bleicher-Str. 3 - 73033 Göppingen

Tel.: 07161 - 658 63 0 - Fax: 07161 - 658 63 18www.kanzlei-oliveira.de

[email protected]

Publicidade

Agência EugénioSeguros & Finanças

Kieferstr, 16 - 44225 DortmundTel.0231 - 2264054 - Fax 0231 - 2264053

Telm: 0172 - 5361314E-mail: [email protected]

Poupança Reforma Particular: Para que nada lhe falte depois da sua vida

Quanto mais cedo começar com a sua Poupança Reforma Particular,maior o seu lucro, ainda que apenas possa dispor de montantes re-duzidos. A partir de 25 € por mês pode iniciar um futuro maistranquilo com a sua Poupança Reforma Particular.

Informe-se. Teremos todo o gosto em o/a esclarecer.

Ex.mos senhores Admiro muito o vosso jornal em espe-cial as informações do nosso jornalsobre direito em geral. Não só as vos-sas informações na página social mastambém as informações jurídicas dosadvogados que duma forma sucinta eútil tem escrito. Sou assinante e possodizer com certo orgulho, quase desdeo inicio do jornal. Ainda ele tinha umoutro nome. Recorto e guardo todasas informações. Já possuo alguns dos-siers cheios das vossas informaçõesque ao longo dos anos tendes editado.Já os meus filhos, já homens e cadaum com o seu trabalho e a sua famíliafeita quando tem dúvidas lá vão vas-culhar esse fonte tão rica de informa-ção. Estou prestes a abandonar omeu tempo de trabalho. Existem con-tudo burburinhos na empresa que irãoser despedidos vários trabalhadorespor falta de encomendas. Fala-se emindemnizações que os companheiros,a serem despedidos, irão receber. Nemos sindicatos ou o conselho da em-presa não são unânimes nas declara-ções que lançam para a rua. Poderãoinformar-me sobre este capitulo. Infe-lizmente está a ser o “pai nosso decada dia” um pouco por toda a Alema-nha. Desde já o meu agradecimento.

Leitor devidamente identificado

Caríssimo compatriota, obri-

gado pelo apreço e por termos

comparticipado na compilação da

sua biblioteca informativa, que deve

estar muito recheada de informa-

ções úteis. Espero que ela possa

constituir uma fonte informativa

para muitos outros compatriotas e

não só. É um prazer para nós. Co-

locamos este tema em forma de

perguntas e respostas, procurando

transcrever as perguntas que são

mais comuns.

Consideração inicialAs interrogações em volta das

indemnizações a pagar pelo patrão

ou empresa ao trabalhador candi-

dato ao desemprego, são geral-

mente consideradas como um

bónus pela perda do lugar de traba-

lho. Estas indemnizações estão su-

jeitas a algumas condições que

gostaríamos de esclarecer conve-

nientemente de forma a evitar fal-

sas interpretações ou decisões

inconvenientes em detrimento dos

sujeitos em questão. A legislação

que procura regulamentar este ca-

pitulo do direito laboral tem so-

frido algumas alterações colocando

em dúvida muita gente. Vamos

então à questão:

Há um direito a uma indem-nização pela perda do lugar

de trabalho?Poderá haver desde que o patrão

tenha contemplado no despedi-

mento e o trabalhador candidato

ao desemprego não tenha inter-

posto uma acção contra esse des-

pedimento, deixando caducar o

prazo para interpor essa acção. Este

prazo é de 21 dias úteis de trabalho

ou sejam quatro semanas, desde a

altura em que recebeu por escrito

o despedimento.

Poderá recorrer do despedi-mento apesar de lhe ter sido

feita uma oferta deindemnização?

Antes de aceitar o despedimento e

a oferta deste bónus, será mesmo

conveniente recorrer a um advo-

gado, perito em direito de trabalho.

Este terá de em primeiro lugar ave-

riguar a conformidade com o des-

pedimento e se o montante da

indemnização estaria de acordo

com as circunstancias e as interpre-

tações das leis laborais vigentes. Se

decidir pelo caminho da justiça,

então a oferta de indemnização fi-

cará congelada. Esta poderá ser em

tribunal reajustada ou mesmo ne-

gada. Negada se a empresa decidir

readmitir o empregado.

Qual é o ordenado que servede base para o cálculo

da indemnização?Será o último ordenado auferido

ou então a media mensal do ano

civil transacto.

A quantia da recompensaestá estabelecida por

alguma lei?A lei prevê que a indemnização seja

igual a meio mês de ordenado, mul-

tiplicado pelos anos que trabalhou

na empresa. Se num ano terá traba-

lhado o máximo de seis meses

estes contarão como que fosse um

ano. Exemplificando, se um operário

tivesse trabalho numa empresa qua-

tro anos e seis meses completos e

tivesse um ordenado médio no úl-

timo ano de 3000 € mensais, teria

a receber a quantia de 7500 € de

indemnização.

Qual é o máximo que se po-derá obter duma

indemnização?A lei não descreve o montante má-

ximo a receber. O total depende da

maneira como é conduzida a con-

trovérsia. Se se processa contra o

despedimento para defender o seu

lugar de trabalho, a quantidade de

compensação deverá ser em prin-

cipio, decidida em tribunal. Neste

caso, o pagamento pode efectuar-se

desde que a empresa não veja qual-

quer possibilidade de o incorporar

novamente ou mesmo o despedido

não veja também condições para

essa possibilidade. Convém repetir

e matizar que, num processo de tri-

bunal de trabalho, o único que se

procura defender é o seu próprio

lugar de trabalho. A indemnização é

uma sucedânea da questão global.

Tenham cuidado na apresentação

do problema.

Sendo este o caso, os tribunais

têm usada a seguinte medida na

atribuição da recompensa. Para os

trabalhadores em geral é conside-

rado o pagamento da indemniza-

ção até ao máximo de 12 até 18

meses de ordenado, desde que te-

nham mais de cinquenta anos de

trabalho. Convém também acres-

centar que este quantia é paga

isenta de descontos sociais.

Será possível que, com a indemnização sejam assumi-

dos os descontos para a segurança social?

Também é possível. Este caso dá-se

quando a indemnização é derivada

da redução do tempo de trabalho.

Esta recompensa não esta ligada à

perda do lugar de trabalho mas sim

a uma recompensa pela perda do

poder de compra do trabalhador

em virtude da vir a sofrer uma

baixa de ordenado. Geralmente

esta compensação é paga durante o

período de trabalho e não numa só

vez.

Os trabalhadores mais idososreceberão o mesmo que os

mais jovens?Seguindo as determinações de tri-

bunais ulteriores, esta sua afirma-

ção condiz não só com a realidade.

Os mais idosos poderão até rece-

ber uma indemnização menor. É o

caso do encerramento duma em-

presa em que os trabalhadores com

58 anos ou mais são contemplados

no plano social com indemnizações

inferiores aos colegas mais jovens.

A razão é simples e, em diversos as-

pectos lógica igualmente. Como

esses estão mais perto do tempo

de reforma, o prejuízo financeiro é

inferior do que a de um trabalhador

mais jovem. O tempo de espera

para a reforma é neste caso mí-

nimo.

Uma vez determinada eaceite a indemnização, estanão poderá ser rejeitada

mais tarde?De forma alguma, desde que tenha

aceite o despedimento e a oferta da

recompensa, nada há a fazer a não

ser aceitar. Tenham cuidado nas

condições de aceitação dessa re-

compensa. O Instituto de Emprego

poderá ver no acto a aceitação do

despedimento o que poderá vir a

ser penalizado com o corte de

tempo no seguro de desemprego.

Por isso, ao ser-lhe apresentado tal

oferta pense bem nas possíveis

consequências não se deixando in-

candescer por essa oferta para que

não possa a vir a ser prejudicial.

Indemnizações pelo lugar de trabalho perdido

PORTUGAL POST nº 188 • Março 201022

Todo o tipo deinstrumentos paragrupos musicais,

ranchos folclóricos,músicos profissionais

e amadores, etc.Fale Connosco.

Gerente: Anibal Gonçalves

Nós nascemos para a música

Eschersheimer Landstrasse 27860320 Frankfurt

Tel: (069) 56 56 56 • Fax: (069) 5603671www.musikhausamdornbusch.de

AgendaTome Nota

Informe-seTelefon: 040 / 21040235Handy: 0172 / 9101472

[email protected] 122089 Hamburg

O seu Promotor de Seguros em Hamburgo

Seguros de Doença, de Acidente, Vida, deResponsabilidade Civil,de Reforma, Conta Poupança, Wohnriester, Automóvel, Recheio,de viagens, etc..

Segure-se hoje para garantir o futuro

Março 2010

Citações do mêsA educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces

Aristóteles

Não posso dar-me a quem me não sabe prender

Natalie Barney ,

INVEST + FINANZCENTER F. PEDACECréditos a particulares de € 2.000 até € 50.000

Alemanha ou estrangeiro

Finanças, compra e venda de imovéis e Seguros de Responsabilidade Civil. Seguro de Protecção Juridica. Seguro de Saúde. Seguro de Acidente e de Incapacidade Profissional: Seguro de Vida e deReforma. Seguro de Recheio. De Autmóvel. Seguros de Poupança e de Poupança Habitação. Etc.

Bahnstraße 5040210 DüsseldorfTel. 0211 / 32 46 630171 / 3 30 36 37

Fale connosco. Encontramos a solução para cada situação concreta

AgenciaFrancesco Pedace

Grupo de FadosGerações

Actuações em qualquerparte da Alemanha e em

todos os tipos de eventos

Contacto: 0173-2938194

1-12. 03.2010 – SASSNITZ -

Terra Nova – Terra do Bacalhau .

Exposição de fotografia sobre a

pesca do bacalhau. Local: Spar-

kasse Rügen Filiale Sassnitz ,

Hauptstr. 27 , 18546 Sassnitz

6.03.2010 – NEUÖTTING -

Trio Fado Concerto. Local:

Stadtsaal Neuötting , Lud-

wigstr.62 , 84524 Neuötting

6.03.2010 – ESSEN – Jantar

Festa de Aniversário do PCP.

Local: Centro Português de

Essen. Início: 18h00 (aberto à

Comunidade). Giradetstr. 21

45131 Essen Tel: 0201-780488

6.03.2010 – BREMERHAVEN– Festa com o artista Ricardo

Saul. Actuação do conj. Banda

Lusitana. Org.: CTP de Bremer-

haven. Info: 0471/415637

7.03.2010 –MUNIQUE – Ma-

riza Concerto. Local, Philharmo-

nie im Gasteig, Rosenheimer Str.

5 , 81667 München. Início: 20h00

9.03.2010 – BOCHUM – Ma-

riza Concerto. Local: Jahrhun-

derthalle Bochum, An der

Jahrhunderthalle 1, 44793 Bo-

chum. Início: 20h00

12.03.2010 – LUDWIGSHA-FEN - Mariza Concerto

Local:Theater im Pfalzbau, Berli-

ner Str. 30, 67059 Ludwigshafen.

Início: 20h00

11.03.2010 – BERLIM - Leitura

do romance “Equador” com a

presença do escritor Miguel

Sousa Tavares. Local: Europäis-

ches Haus Unter de, Linden 78

, 10117 Berlin

16.03.2010 – COLÓNIA - An-

tónio Lobo Antunes.Leitura do

romance Mein Name ist Legion

(Meu Nome é Legião), no âm-

bito do Festival Internacional de

Literatura lit.Cologne . Modera-

ção: Kersten Knipp Leitura em

alemão: Michael Wittenborn .

Local: Kulturkirche Köln Sie-

bachstr. 85 , 50733 Köln

26.03.2010 – HAMBURGO -

Onde o Mar encontra a Terra .

Inauguração da exposição de fo-

tografia de Hans-Jürgen

Odrowski . Local: Consulado-

Geral de Portugal , Büschstr. 7 ,

20354 Hamburg

27.03.2010 – BRAUNS-CHWEIG – Sinal Concerto

com Talmo Pires (canto) e Maria

Baptist (piano). Local: Residenzs-

chloss , Roter Saal , Schlossplatz

1 , 38100 Braunschweig.

27 -28. 03.2010 – ESTU-GARDA – Exposição filatélica

“100 Anos República Portu-

guesa” no âmbito do 35º aniver-

sário do Clube Filatélico

Estugarda

Concertos de Ana Moura

11.03.2010 – REUTLINGEN –

Local: Kulturzentrum Franz.K,

Unter den Linden 23, 72762 Reu-

tlingen. Início: 20h00

13.03.2010 – BONA – Local:

Brückenforum, Friedrich-Breuer-

Str. 17, 53225 Bonn. Início: 20h00

14.03.2010 –DORTMUND-

Local: Domicil, Hansastr. 7-11,

44137 Dortmund. Início: 20h00

17.03.2010 –BERLIM- Local: Ad-

miralspalast, Friedrichstr. 101,

10117 Berlin.Início: 20h00

18.03.2010 –HAMBURGO –

Local: Kultur- und Kommunika-

tionszentrum Fabrik, Barnerstr. 36,

22765 Hamburg. Início: 20h00

19.03.2010 –HANNOVER – Local: Kultur- und Kommunikationszentrum

Pavillon, Lister Meile 4, 30161 Hannover.Início: 20h00

21.03.2010 – BREMEN – Local: Kulturzentrum Schlachthof, Findorffstr.

51, 28215 Bremen. Início: 20h00

23.03.2010 –MAINZ – Local: Frankfurter Hof, Augustinerstr. 55, 55116

Mainz . Início: 20h00

24.03.2010 MUNIQUE – Local: Muffatwerk – Club Ampere, Zellstr. 4,

81667 München. Início: 20h00

25.03.2010 –KARLSRUHE – Local: Kulturzentrum Tollhaus, Schlacht-

hausstr. 1, 76131 Karlsruhe. Início:20h00

Miguel Sousa Tavares em Berlim para lerexcertos do seu livro Equador

ComunidadePORTUGAL POST SHOP - LivrosLer português

Name /Nome

Straße Nr / Rua

PLZ /Cód. Postal Ort / Cidade

Telefone

Ort. Datum. Unterschrift / Data e assinatura

NOTA DE ENCOMENDASim, desejo encomendar os seguintes livros

Título Preço

Soma

Preencha de forma legível, recorte e envie para:PORTUGAL POST SHOPBurgholzstr. 43 - 44145 Dortmund

Queiram enviar a minha encomenda à cobrançaQueiram debitar na minha conta o valor da encomenda

Junte a este cupão um cheque à ordem dePORTUGAL POSTVERLAG e envie-o para a mo-rada do jornal ou, se preferir, podepagar pordébito na sua conta bancária.Se o desejar, pode ainda receber a sua enco-menda à cobrança contra uma taxa quevaria entre os 4 e os 7 € que é acrescida àsua factura.Não se aceitam devoluções.

NOTANos preços já estão incluídos

os custos de portes correio e IVA

PORTUGAL POST SHOPTel.: 0231 - 83 90 289

Ich ermächtige die fälligen Beträge von dem u.g. Konto abzubuchen.

Bankverbindung

Kontonummer:

Bankleitzahl:

Datum: Unterschrift

FAX ( 0231 ) [email protected]

Formas de pagamentoCupão de Encomenda

+

Anónio Lobo AntumesOs Cus de JudasPreço: € 11.50António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942.Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e espe-cializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante váriosanos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foimobilizado para o serviço militar. Embarcou para An-gola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em1979 publicou os seus primeiros livros, Memória deElefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980,Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são

marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; ime-diatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos,no âmbito nacional e internacional.

Miguel TorgaBichosPreço: € 11.50«Querido leitor:São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca deNoé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura avisitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecerufano da obra, e venha delicadamente cumprimentar-me umavez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, eeu sou instintivamente grato e correcto (…)»

Manuel AlegrePreço: € 11,50As memórias de infância. Os cheiros,as vozes, as emoções de um tempoem que o tempo não tem fim e o sig-nificado está presente nas mais pe-quenas coisas. Todas elas ficamsempre, como marcas na alma, princí-pios que norteiam a vida. A nostalgiados lugares mágicos da infância. DeAlma, vila encantada onde convive

tradição e subversão, melancolia e audácia, crendices, ideolo-gia e futebol... Pela voz audaciosa de quem não receia dar-sea conhecer, chegam-nos ecos de um Portugal dividido entre aRepública e a Monarquia, um país que era, á época, o mundode uma criança expectante e atenta. De Alma, partiu toda asua vida.

Ler + português

Eça de QueirósA CIDADE E AS SERRASPreço: 11.50

A Cidade e as SerrasEça de QueirosO romance foi publicado em 1899 (um anoantes da morte de Eça) na Revista Moderna, esaiu em livro em 1901. Pertence à última fasedo escritor, quando Eça se afasta do realismo edeixa a crítica dura que fazia à sociedade por-tuguesa da época.

CONTOS POPULARES PORTUGUESESPreço: 11.50Contos Populares Portugueses sãocontos de todos os tempos e de todasas idades. Uma obra que nos devolveo imaginário e o maravilhoso danossa cultura popular, e de que fazparte, entre outras, «História da Caro-chinha», «A Formiga e a Neve», «O Co-

elhinho Branco», «A Raposa e o Lobo», «O Compadre Loboe a Comadre Raposa» e «Os Dois Irmãos».

A CASA DA RÚSSIAJohn le CarréPreço: 13,50 Publicado em 1989, apresenta os meandos de espionagem e con-tra-espionagem entre o Ocidente e a antiga União Soviética.John le Carré arrasta-nos, uma vez mais, para o seu mundo secretoe faz dele o nosso.Em Moscovo, Leninegrado, Londres e Lisboa, numa ilha da costa doMaine que pertence à CIA, e no coração do próprio Barley Blair, Carré

desenvolve não apenas uma história de espionagem, mas uma alegoria do amor individualconfrontado com atitudes colectivas de beligerância.

TRAVESSIA DE VERÃOTruman CapotePREÇO: 11.50Obra póstuma e inédita, Travessia de Verão é um primeiro romance precocee seguro que mostra o sentido implacável da narração de um dos maioresescritores do século XX. Os seus fraseados imaculados, a sua crua ironia ea sua visão das subtilezas das diferenças de classe anunciam os futurostriunfos de Capote. Digno de um lugar em qualquer estante de um leitor

de Capote, este é, em todos os sentidos, um tesouro perdido e reencontrado.

AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMESPreço: 11.50Aventuras de Sherlock Holmes é uma colectânea de 12 con-tos de aventuras publicada em 1892. Os contos foram origi-nalmente publicados na revista Strand Magazine, nos anosde 1891 e 1892.

Orações para Todos os MalesFormato: 14x21cmPáginas: 90Preço: 22,00 €Por razões de saúde, familiares,afectivas, materiais ou espirituais,todos mpassamos em algum mo-mento por situações difíceis. Nestaobra encontrará uma centena de ora-ções adequadas a cada caso. Oraçõespara encontrar mcompanheiro/a,para conseguir casar-se com o seu na-

morado, pela paz da família, contra doenças, etc.

Aprenda aProteger-seContra a Inveja e Mau-OlhadoFormato: 15,5 X 23 cmPaginas: 156Preço: 19,90 €

Nas alturas de maior fragilidade, há quemcriar uma protecção efectiva contra ospossíveis efeitos das energias negativas.Neste livro damos-lhe conhecimento demantigos amuletos, fórmulas, rituais práti-

cos, orações e rezas especiais mpara que possa repelir esse encantamentomaligno.

Como Cortar Trabalhos de BruxariaFormato: 14x21cmPáginas: 152Preço: 25,00 €Um ritual de magia negra posto em acção contra al-guém pode prejudicar avítima e destruir a sua vida deforma brusca e surpreendente. Todas as áreasestão su-jeitas a ficar afectadas. Tudo à sua volta parece ruir.

E, mais graveainda, a vítima de magia negra não consegue encontrar forçaspara reagir. Neste livro de carácter prático, a autora apresenta rituais fáceisde executar quepermitem criar uma aura de protecção.

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010Vidas24

Memória futura

Sabemos que há mulheres e homens que desejam comunicar as suas aventuras ouaté mesmo histórias sobre a sua vida ou que querem relatar experiências e contarcasos de que foram testemunhas ou os principais protagonistas. Todos, uns mais que outros, temos uma história para contar, como por exemplo,como cá chegamos; a nossa dificuldade em compreender a língua; os sonhos queacalentamos para aguentar estar num país tão diferente; o choque cultural, o pri-meiro dia de trabalho e, porque não, as dificuldades por que passamos.Nós queremos contar a sua vida, o bom e o mau. Escreva-nos como sabe e pode e a sua história poderá ser um valioso testemunho danossa presença neste país.Não se esqueça de nos enviar as fotografias que deseja ver publicadas.Morada:PORTUGALPOSTBurgholzstr.4344145 DortmundFax: (0231) 83 90 351E mail: [email protected]

ESCREVA-NOS e conte-nos a história da sua vida

Pedimos aos leitores que nos en-viam correspondência para estarubrica para não se alongaremmuito nos textos que escrevem.A redacção reserva o direito decondensar os textos.Obrigado.

Entre o Douro e o Minho há

muitas famílias de lavradores

que, com os seus solares e as

suas quintas, fizeram desta re-

gião uma das mais típicas de

Portugal. É também nesta re-

gião onde se encontram as

origens muito antigas da emi-

gração portuguesa, mais con-

cretamente para o Brasil que

foi um dos destinos de muitos

minhotos e durienses.

Na minha família, oriunda do

Minho, é, desde há muitos

anos uma família de emigran-

tes. Primeiro para o Brasil, de-

pois, passados longos anos

para a França e alguns para a

Alemanha, onde eu me encon-

tro hoje depois de chegar aqui

em 1962.

Quando cheguei aqui havia

trabalho a rodos. A Alemanha

estava em plena reconstrução

depois de ter sido abalada pela

guerra. Os emigrantes na al-

tura eram maioritariamente

italianos e por isso a minha

primeira mulher foi italiana,

irmã de colegas com quem na

altura trabalhava num gigante

da indústria do aço.

O meu trabalho aqui era e foi

sempre na ferrugem e na fer-

rugem passei a minha vida e

ganhei a minha reforma.

Saí de Portugal com um passa-

porte de turista, válido para

três meses e desses três

meses se fizeram 48 anos de

permanência aqui na Alema-

nha que é hoje o meu país. Tal

como alguns dos meus ante-

passados que emigraram para

o Brasil e por lá ficaram tor-

nando-se brasileiros, eu posso

dizer que me tornei num ale-

mão, pois, ao fim de tanto

tempo considero a Alemanha

como a minha terra.

A minha ligação a Portugal não

é como a maioria dos emi-

grantes. O tempo cavou uma

distancia entre mim e Portu-

gal. Construi uma família e

uma descendência que nada os

liga à minha terra de nasci-

mento. Posso dizer que a

minha relação com Portugal é

uma espécie de amor que já

passou e é apenas uma vaga

recordação.

Fiquei quase 25 anos sem pôr

o pé em Portugal. Depois de

chegar aqui, só em 1987 visitei

Portugal e com muitas curiosi-

dades de ver a terra e alguns

parentes. Depois desse ano lá

voltei por três vezes, três

vezes que levei a família para

passar férias e visitar alguns

parentes distantes que ainda lá

terei.

Quando penso no tempo que

vivi em Portugal vem-me à

memória coisas que não são

agradáveis. A vida naquele

tempo era muito dura e muito

raramente víamos a cor do di-

nheiro. Arrastávamos os ta-

mancos pelas ruas cheias de

lama e de pedras por onde

passavam carros de bois aos

salavancos.

Enfim, coisas de outros tem-

pos.

Contacto com portugueses

aqui não tenho. Verdade tam-

bém seja dita que aqui onde

eu moro não há portugueses e

o meu contacto com Portugal

e os portugueses é através do

jornal Portugal Post .

Tinha 20 anos quando aqui

cheguei. Hoje não posso viver

muito tempo fora daqui. Das

vezes que fui a Portugal ia com

grande ansiedade e com dese-

jos de estar por lá a gozar o

Sol e aquelas coisas bonitas da

natureza que ainda há por lá.

Mas ao fim de duas semanas já

sentia que tinha que vir em-

bora e as saudades afinal não

eram de Portugal mas da Ale-

manha.

Não sei se se passa o mesmo

com portugueses que lá vão.

Mas facto é que me senti des-

locado e estranho, ou talvez

estrangeiro. Afinal, uma se-

mana ou duas chegava para eu

reviver um pouco da minha ju-

ventude e ter contacto com o

país.

Por isso digo sinceramente

que não sinto muitas sauda-

des. Hoje, as férias passo por

aqui. Os meus filhos e netos

vão para outros lugares e,

muito raramente, consigo con-

vence-los a ir a Portugal.

Acontece que quando eles lá

vão tenho de ouvir as queixas:

que os portugueses são uns

desastrados a conduzir, que

não respeitam a natureza, que

não limpam as ruas e não per-

cebem porque passam os dias

de festa metidos nos centros

comerciais quando há muitos

lugares ao ar livre para passear

ou andar, etc., etc..

Não devo ser o único portu-

guês que perdeu a sua terra e

por cá fica, para sempre.

Quando eu saí de Portugal era

a pensar que um dia deveria

voltar com um bom pé-de-

meia, tal como nos sonhos dos

meus antepassados “brasilei-

ros”. Mas o destino pregou-

nos uma partida e, afinal, o que

queríamos não era o pé-de-

meia mas sim a estabilidade de

uma vida que viemos a conhe-

cer aqui.

Nunca comprei nem construi

casa em Portugal. Se o tivesse

feito perguntaria hoje para

que é que me servia. Penso

que muitos emigrantes pen-

sam o mesmo. Afinal o sonho

da casa é aqui, porque é aqui

que está o nosso destino e foi

aqui que encontramos a sere-

nidade que Portugal não dava

há 48 anos e parece que ainda

hoje não dá.

A casa que comprei foi aqui e

foi aqui que construi a minha

família e criei raízes para o fu-

turo. Os meus descendentes

por aqui continuarão e não

me sinto decepcionado por

isso.

Portugal não nos soube, a mim

e aos meus, conquistar. Per-

deu-nos como perdeu tantos

e tantos e hoje quando leio no

jornal Portugal Post que mui-

tos se queixam por as crianças

não terem escola portuguesa

e, por causa disso, também re-

ceiam que seja por falta de es-

cola que Portugal venha a

perder as novas gerações.

A. Marques.

Revisão: redacção do PORTUGAL POST

Ficar por cá, para sempre

O tempo cavou uma distância entre mim e Portugal.

Nós queremos publicar aqui as fotografias que fazemviver as suas recordações das férias, na associação, no tra-balho, com os amigos, no restaurante, nas festas, etc. Oenvio das fotos pode ser feito por e-mail ou por carta (coma garantia de restituirmos todas as fotos que recebermos)

Recordar é viverSandra, Dortmund,

(à direita) com irmã

e amigos

algures na Alemanha no

ano de

2003

Nova

Rubrica

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 25Passar o Tempo

CONSULTÓRIO ASTROLÓGICOE-mail: [email protected]: 00 351 21 318 25 91

Previsões para Março de 2010Por Maria Helena Martins

PROFESSOR CALLI BERLIN

Grande cientista, MÉDIUM, VIDENTE, ESPIRITUALISTA, descendente de uma família rica em poderes ab-solutos de magias negra e branca, feitiços dos impérios de Mali, Senegal, Gabu. Resolve casos desesperadoscom rapidez, como por exemplo: Amor, doenças fisícas e espirituais, ajuda na cura de doencas graves, pro-tege pessoas, familias, negócios e seu desenvolvimento, impotências sexuais, justica, invejas, maus-olhados,vicios de droga, tabaco e álcool, juntar homens e mulheres separados dos seus pares por outras pessoas edo mesmo sexo desde que haja amor, aproximar pessoas amadas, lê a sorte, dá a previsão de vida e futuro,faz trabalhos á distancia, pelo bom espírito talisma, prenda a pessoa amada com êxito absoluto, ponhafim a tudo o que o preocupa; angustia, depressão, ansiedade, vença os seus inimigos, contacte o Prof. Callipessoa dotada de grandes e absolutos poderes espirituais de DEUS. ( FACILIDADES DE PAGAMENTOS ).consultas pessoalmente, por carta ou por telef: 03049997523 Fax: 03053016653 Handy: 015224006814 in-dicativo para residentes fora da Alemanha telef: (00493049997523-Fáx:00493053016653 e Telemóvel004915224006814) endereco para correspondencia: Nome : Prof. Calli Postfach: 290241 - 13096 - Berlin Deutschland.pode visitar a minha página em: www.prof-calli.com e pode enviar imal para [email protected] ,desloco-me a casa do cliente na Alemanha e ao Estrangeiro.

Embaixada de PortugalZimmerstr.56 10117 BerlinTelefone 030 - 590063500Telefax 030 - 590063600

Consulado -Geralde Portugal em Hamburgo

Buschstr 7 - 20354 - HamburgoTel: 040/3553484

Vice-Consulado de Portugal emOsnabruck

Schloßwall 2 - 49080 OsnabruckTel:0541/40 80 80

Consulado-Geralde Portugal em Dusseldorf

Friedrichstr, 20 - 40217 -DusseldorfTel: 0211/13878-11;12;13

Vice-Consuladode Portugal em Frankfurt

Zeppelinalle 15 - 60325- FrankfurtTel: 069/979880-44;45

Consulado-Geralde Portugal em Stuttgart

Königstr.20 - 70173 StuttgartTel. 0711/2273974

Consulado Honorário dePortugal em Munique

Maximiliansplatz 15 - 80333 MunchenTel. 089-29163131

Conselho das ComunidadesPortuguesas:

Alfredo Cardoso,Telelefone: 0172- 53 520 47

[email protected]

Alfredo StoffelTelefone: 0170 24 60 [email protected]

José Eduardo,Telefone: 06196 - 82049

[email protected]

Maria da Piedade FriasTelefone: 0711/[email protected]

Rui Clemente PazTelefone: 0173 - 5351651

[email protected]

AICEP PortugalZimmerstr.56 - 10117 Berlim

Tel.: 030 254106-0

Federação de EmpresáriosPortugueses (VPU)

Hanauer Landstraße 114-11660314 Frankfurt

Tel.: +49 (0)69 90 501 933Fax: +49 (0)69 597 99 529

Endereços Úteis

Cupão de Encomenda a: PORTUGAL POST SHOP na Pág.23

Astrologia, Karma e FelicidadePreço, 20,99 €Autor: Cristina CandeiasFormato: 14x21cmPáginas: 112A astróloga residente do programa "Praça da Ale-gria", de Jorge Gabriel, tornouse um fenómeno na-cional, com as suas previsões em directo. Este é oseu primeiro livro. O livro que nos ensina a atraves-sar o deserto para encontrar o oásis e a felicidadeplena. É necessário reflectir sobre quem fomos, oque somos e o que temos de vir a ser. Só depois deaceitarmos os nossos processos demudança a vida se nos revelará.

Embaixada de Portugal em BerlimTelefone de emergência (fora do horário normal de

expediente): 0171 - 9952844

CARNEIROAmor: Procure dar mais atenção

aos seus verdadeiros amigos.

Saúde: Tenha confiança em si

mesmo, valorize-se mais e cuide do

seu corpo.

Dinheiro: Cuidado, não alimente

intrigas no local de trabalho.

TOUROAmor: Partilhe essa boa disposição

que o invade com quem o rodeia.

Saúde: dê maior atenção aos seus

rins, beba mais água diariamente.

Dinheiro: É possível que venha a

obter aquela promoção que tanto

esperava.

GÉMEOSAmor: Os momentos de roman-

tismo estão favorecidos. Invista

mais no seu relacionamento.

Saúde: Estará em plena forma.

Aproveite para se dedicar a um

novo hobby.

Dinheiro: Cuidado com as dívidas.

Esteja mais atento às suas contas.

CARANGUEJOAmor: Encontra-se num período

menos favorável, mas não deses-

pere que é passageiro.

Saúde: A sua auto-estima anda um

pouco em baixo, anime-se e cultive

os pensamentos positivos.

Dinheiro: Boa altura para investir

naquilo de que mais gosta, mas com

cuidado que a vida está difícil.

LEÃOAmor: A sua relação poderá passar

por um período menos positivo em

que deve manter a calma, pois tudo

se resolverá pelo melhor.

Saúde: Deve tentar libertar-se dos

hábitos que só prejudicam a sua

saúde.

Dinheiro: O equilíbrio financeiro

estará presente na sua vida neste

momento.

VIRGEMAmor: Não desiluda um amigo que

gosta muito de si.

Saúde: Tendência para dores mus-

culares. Faça uma sessão de massa-

gens.

Dinheiro: Boa altura para comprar

casa ou para mudar de ocupação.

BALANÇAAmor: A sua sensualidade natural

irá apimentar a sua relação de uma

forma surpreendente.

Saúde: Descanse as horas necessá-

rias para se poder sentir bem física

e psicologicamente.

Dinheiro: Cuidado com os gastos

supérfluos que faz ao agir por im-

pulso, sem parar para pensar.

ESCORPIÃOAmor: Aproveite bem todos os

momentos que tem para estar com

a sua cara-metade.

Saúde: Poderá sentir alguma fadiga

física.

Dinheiro: Conserve bem todos os

seus bens materiais. Zele pelo que

é seu.

SAGITÁRIOAmor: estará cheio de confiança

em si próprio e ela ajudá-lo-á a alar-

gar a sua rede social. No entanto,

não se deixe influenciar por tercei-

ros, poderá sair prejudicado.

Saúde: Tenha um maior cuidado

com os seus ouvidos. Estará mais

sensível a infecções.

Dinheiro: evite precipitar-se, pense

bem antes de investir as suas eco-

nomias.

CAPRICÓRNIOAmor: Alguém para quem você é

muito importante dar-lhe-á um

bom conselho.

Saúde: Cuidado com o aumento

de peso, faça exercício físico com

regularidade.

Dinheiro: Efectuará bons negócios,

mas não assine nada sem pensar

duas vezes.

AQUÁRIOAmor: evite ser possessivo ou ciu-

mento. Respeite o espaço do seu

par.

Saúde: melhore o seu descanso

diário dormindo mais horas, para

poder ter um maior rendimento

sem cansar tanto o seu corpo.

Dinheiro: tenha mais cuidado, não

gaste o seu dinheiro em coisas de

que afinal nem precisa.

PEIXESAmor: Não dê tanta atenção a

quem não merece. Rodeie-se ape-

nas das pessoas que o compreen-

dem e que gostam realmente de si.

Saúde: Cuide da sua imagem. Inicie

uma dieta.

Dinheiro: embora deva empenhar-

se, evite o desgaste excessivo na

sua actividade laboral, pois será re-

compensado na devida altura. Acre-

dite mais em si.

Um canibal apanha um avião. Durante o voo vem a hospedeira e pergunta-lhe:

— O senhor deseja a ementa?

— Não, traga-me a lista dos passageiros!

Um tipo diz a um amigo:

— Há três anos, fui de férias para a Grécia e a minha mulher ficou grávida. Há dois anos, fui para a Tur-

quia, e a minha mulher ficou grávida. No ano passado, fui para as Baleares e ela voltou a ficar grávida.

Agora, acabou! Este ano, ainda não sei para onde vou, mas desta vez ela vai comigo!

Quatro turistas portugueses vem para o Brasil, alugam um carro e começam a correr pela Via Dutra.

Logo são parados por um guarda que se aproxima da janela e pergunta:

- Muito bonito! Por acaso posso saber o nome dos quatro elementos?

O Manuel responde rápido:

- Ora, essa é fácil: terra, fogo, água e ar!

Estão três miúdos (um francês, um inglês e um português) a discutir, quando diz o francês:

— O meu pai é o mais rápido de todos: é piloto do Concorde e vai de Paris a Nova Iorque em três

horas!

O inglês discorda:

— Nada disso! O meu pai é que é o mais rápido: é piloto de Fórmula Um e atinge trezentos à hora em

dez segundos!

Chega, finalmente, a vez do português:

— Ora, os vossos pais são umas lesmas, comparados com o meu: é funcionário público, sai do trabalho

às cinco da tarde e às quatro já está em casa.

PORTUGAL POST nº 188 • Março 201026

Publicidade

Preços especiais para pequenas empresas

e negócios

Fale connosco!Fon: 0231-83 90 289

Classificados

Deseja comprar casa na

Alemanha ou em Portugal

e não tem capital próprio?

Financiamentos para

habitação a 100% (taxa Euribor)

ou para outros assuntos privados

até 25.000 € (sem hipoteca).

Juros: cerca de 4%,

Contactos:

0173 –5182 331

ou 00351 – 91 656 5926

Invista no Imobiliárioou alugue apartamento para férias

Norte, Centro e Algarve

Obtenha óptima rentabilidade!

Contacto +351 – 916565926

0173 - 5182331

0173 – 51 82 331

Transportes Martins Sempre ao vossodispor para transporte

de mercadorias emudançasAlemanha - Portugal - AlemanhaContacto: Sr. Martins:Tel. e Fax: 06078-71444 • Mobil 0173 8694195

Kontakte: Rosario Gagliano02331 – 46 26610170 - 23 35 421

Em WittenO NOSSO CAFÉ

Traga a família passarum bom momento e

prove a nossa especialidade

Francesinhas à moda do

Porto e as nossa bifanas

Reserva de mesas02302 – 971 72 88Hauptstr. 6558452 Witten

Rui LuísTransportes • Mudanças para dentro e fora da Alemanha

Transportes de carros e motosTransportes de produtos alimentares por encomenda

PORTUGAL ALEMANHA PORTUGAL

Contactos: 0231 -7261715 + 0151-25264647 + 0035 918544137

Rui LuisTransportes

www.lusobrasil-shop.com

Produtos alimentaresde Portugal e Brasil

Venda Online Despacho (Versand) de encomendaaté 25 quilos - 5,90 €VinhosCervejaSumos e águasFeijão Café PilãoCafé DeltaCachaçaBacalhauPeEtc

Breslauer Str. 1658675 HemerTelefon: 02372/ 503859Gerente:Josilene Da Silva RodriguesE-Mail [email protected]

Venda directa ao público

Seja bem-vindo

Münsterstr. 10944145 Dortmund

0231- 39 59 796Horário Abertura: 11h30-23h00. Terça: descanso

Bitoque à Casa, Frango Churrasco, Febras,Espetada de Peru, Espetada de Borrego,

Espetada de Porco Entrecosto BarriguinhasGrelhados de Peixe e Carne

Reservas de Mesa

Publicidade é um investimento e não uma despesa

Restaurante Portugal

Bornstr.8844145 Dortmund

0231-833140

Gerência:Lucas & Alice

Domingos ao almoço:

Pratos regionais Assados,

Cozido à Portuguesa, .Feijoada, etc.

Reserve a sua mesa!

Queremos merecer a sua visita!

Receba em casa o PORTUGAL POST

apenas por

20,45 €/ano

Bargeld – bis

50.000 €-schnell + günstig-ideal als gesamtenfassung-laufzeiten bis 120 Monate-auch bei Negativ-Schufa-eintragung-möglich

ALUGA-SEApartamento para férias em

Nord Schwarzwald, Klosterreichenbach,Kreis Freudenstadt com capacidade

até 4 pessoas 210€ por semanaMais informações por telefon: 07442/50392

e-mail: [email protected]

FÉRIAS-URLAUB-FÉRIAS-URLAUBAlgarve-Albufeira-Praia da Galé

Aluga-se apartamento 60 m2 para férias.Contacto: Cristina Modesto

Tel.: 0821-247 33 83TM 0176 - 21999802

www.galewohnung-aktiv.de

ALGARVE PORTUGAL

FIGUEIRA DA FOZ

VIVENDAS COM 2 OU 3 QUARTOS

EM ALBUFEIRA,CONDOMINIO

FECHADO COM JARDIM E PISCINA.

VISITE EM www.luxbuild.pt

Contacto [email protected]

Agência funeráriaW. Fernandes

Serviço 24hTel. 0231 / 2253926 Fax: 0231 / 2253927

Funerais para Portugal e outros países,tratamos de toda a documentação.

PORTUGAL POST nº 188 • Março 2010 27Economia e Negócios

A Editora Portugal Post está a

preparar a segunda edição de

um Directório Empresarial

Luso-Alemão, isto é, uma espé-

cie de páginas amarelas em se

divulga o maior número possí-

vel de empresas portuguesas

ou luso-alemãs.

O objectivo desta publicação é

a criação de uma rede de con-

tactos empresariais. Um outro

não menos importante objec-

tivos é a divulgação do poten-

cial das empresas de

portugueses ou luso-alemães.

Como o PORTUGAL POST

não pode ter um conheci-

mento total das empresas por-

tuguesas neste pais, pedimos

aos nossos leitores que saibam

de portugueses que tenham

uma actividade empresarial

(restaurantes, firmas de impor-

tação, negocios ou outro ramo

qualqier) ou que exerçam uma

profissão liberal que nos infor-

mem através de telefone, fax

ou de e-mail. Ficaremos, como

é óbvio, muito agradecidos.

Os nossos contactactos:Tel.: 0231 -83 90 289Fax: 0231-83 90 351

Apelo a todos osnossos leitores

O presidente executivo da Sonae

Sierra, Álvaro Portela, anunciou

que a empresa ganhou o con-

curso para um novo centro co-

mercial em Garbson, que será o

quarto centro comercial da em-

presa na Alemanha.

„A Sonae Sierra ganhou o

concurso internacional e, neste

momento, está-se a desenvolver o

processo de licenciamento que é

longo e complexo“, afirmou Ál-

varo Portela, em conferência de

imprensa para apresentação do

terceiro centro comercial da

Sonae na Alemanha, que abre

sexta-feira ao público.

Em declarações aos jornalis-

tas, o presidente da Sonae Sierra

disse que, no decorrer do pró-

ximo ano, o projecto do novo

centro comercial „no centro de

uma nova cidade, nos arredores

de Hannover, deve ter licencia-

mento e financiamento assegu-

rado no próximo ano para

avançar“.

Sonae Sierra ganhaconcurso para quartocentro comercial naAlemanha

A delegação da TAP Portugal

em Frankfurt anunciou Frank Zehle

como o novo Delegado da compa-

nhia nacional para a Alemanha.

Frank Zehle, 44 anos, começou

sua carreira na Lufthansa em 1984,

tendo ainda desempenhado alguns

cargos de direcção em várias ca-

deias de hotéis internacionais. Foi

ainda chefe de Marketing da Varig,

no Brasil.

Falando fluentemente portu-

guês, Frank Zehle diz estar “feliz”

por, depois de 10 anos, voltar à avia-

ção comercial. Numa nota enviada

ao PORTUGAL POST, o novo de-

legado da TAP Portugal diz que

quer colocar ao serviço da compa-

nhia portuguesa o seu conheci-

mento do mercado europeu da

aviação e a sua experiência que ad-

quiriu na América Latina.

Frank Zehle refere-se também

à oferta de qualidade da TAP Por-

tugal que tem vindo a crescer nos

últimos anos, acrescentando que

companhia nacional tem potencial

para crescer na Alemanha e no

leste europeu.

No que se refere ao mercado

dos portugueses e luso-alemães,

Frank Zehle lembrou ao PP os dois

voos diários a partir de Hamburgo

“cidade que tem uma grande comu-

nidade portuguesa”, bem como os

voos a partir de Frankfurt e Muni-

que.

Para alem destes voos “a TAP

Portugal oferece ligações de com-

boios a partir de várias cidades da

Alemanha para passageiros que re-

sidem longe dos aeroportos de

Hamburgo, Frankfurt e Munique”,

produto denominado Rail & Fly em

parceria com a Deutsche Bahn.

Com este produto, o passageiro

pode viajar gratuitamente à partida

de todas as estações com a Deuts-

che Bahn AG para Frankfurt, Ham-

burgo e Munique onde poderá

obter ligações com os voos da TAP

Portugal.

Esta oferta está disponível ape-

nas em conjunto com voos opera-

dos pela TAP à partida destes três

aeroportos alemães. O Rail & Fly In-klusive tem que ser reservado e

emitido junto com os voos da TAP

Portugal.

O Rail & Fly Inklusive é valido

para todos os comboios regulares

da Deutsche Bahn, incluindo Inter-

CityExpress (ICE), InterCity (IC) e

EuroCity (EC), bem como para

transportes públicos entre estações

e aeroportos, excepto para com-

boios especiais como o Thalys e

„car-sleeper trains“.

Ainda numa curta declaração

ao PORTUGAL POST, Frank Zehle

inclui o mercado de passageiros da

comunidade portuguesa “muito im-

portante”, a quem vai dar atenção,

apesar da companhia nacional de

aviação não ter produto específico

para o mercado étnico, mas que é

considerado um mercado especial

pelas ligações afectivas, já que tam-

bém é necessário conquistar as

pessoas pelo coração.

Frank Zehle é o novo delegado da TAP Portugal na Alemanha

Frank Zehle

O maior banco

alemão, o Deutsche

Bank, veio a público

garantir que não aju-

dou Portugal a redu-

zir os níveis de défice

orçamental através

de swaps cambiais ou

outras transacções

com derivados.

„O banco nunca

procedeu em quais-

quer actividades com

derivados que tives-

sem como objetivo a

optimização da dívida

e do défice de Portu-

gal, à luz dos princípios do Euros-

tat“, afirmou o porta-voz do

banco, Ronal Weichert, citado pela

Bloomberg. A resposta do banco

alemão surge após o jornal eco-

nómico norte-americano The

Wall Street Journal ter indicado

que haveriam transacções entre o

Deutsche Bank e Portugal, que in-

cluíam, citando o banco, „swaps

cambiais completamente nor-

mais“ e que estariam dentro do

„quadro de gestão de dívida dos

países“.

Deutsche Bank garanteque não ajudou Portu-gal a esconder níveis dedéfice

Reserva de publicidadePedido de informações

Contacte-nosTel.: 0231 - 83 90 [email protected]

Senhor Empresário,Não fique de fora.

Promova a sua empresa ou o seu negócio no

Directório de Empresas Luso-Alemãs

Páginas Amarelas

Segunda edição revista e actualizada

Enquanto meio de consulta muito utilizado é, certamente, um das melhores meios para promoção da sua empresa, dos seus produtos ou serviços na Alemanha.

Centenas e centenas de empresas luso-alemãs,Instituições, associações, Administração, ServiçosPúblicos. Associações profissionais, socioeconómi-cas, culturais e religiosas. Instituições monetárias enão monetárias, Seguros e profissões liberais, etc..

Indispensável!As Páginas Amarelas que faltam à Comunidade Luso-Alemã

Directório de empresas luso-alemãs

Uma edição da Portugal Post Verlag