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Princípios Da Musicoterapia

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música e pedagogia

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PRINCÍPIOS DA MUSICOTERAPIA

• A musicoterapia é o uso da música e seus elementos (som, ritmo, melodia,

etc.) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo.

• Atua em um processo para facilitar e promover comunicação, relacionamento,

aprendizado, mobilização, expressão e outros objetivos terapêuticos para

atender necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.

• Também tem como objetivo desenvolver potenciais e restabelecer funções do

indivíduo para que ele alcance uma melhor qualidade de vida através da

prevenção, reabilitação ou tratamento.

• A musicoterapia é regida por alguns princípios que foram expostos no

Simpósio Internacional de Musicoterapia, em 1979.

Veja quais são:

• Princípio do “Ethos”;

• Princípio do organismo como um todo ou da totalidade;

• Princípio Homeostático de Altshuler;

• Princípio de Iso (Altshuler);

• Princípio de Liberação de Cid;

• Princípio de Compensação;

• Princípio de Prazer;

Princípio de “Ethos”

• Os gregos, os primeiros a falar do assunto, afirmaram que a música possui um

“ethos”, isto é, pode criar nas pessoas um determinado estado de ânimo.

• Se refere à capacidade da música em provocar estados de ânimo.

• Isso acontece porque entre os movimentos da música e os movimentos físicos

e psíquicos do ser humano existe uma forte relação, que origina mudanças

fisiológicas e psicológicas.

• Para Platão, o que faz com que a pessoa perceba um som como harmônico é a

semelhança ou compatibilidade dos sons musicais e os movimentos musicais

na pessoa.

Princípio do Organismo como um Todo ou da Totalidade

• Segundo este princípio, a música move todo o organismo, nas dimensões

fisiológicas, psicológicas, intelectual e espiritual, e ocorre em um tempo e

maneira instantânea.

• A ideia deste princípio é que o organismo humano forma uma entidade

compacta, considera-se a mente e o corpo inseparáveis entre si, e ambos se

influenciam reciprocamente.

• As artes, em especial a música, movem o organismo como um todo, desde a

parte fisiológica até a parte emocional.

Princípio Homeostático

• Homeostase é o controle do organismo para manter em equilíbrio a saúde

corporal.

• Isso é feito de forma automática.

• De acordo com este princípio, a música contribui para essa homeostase, seja

ela social, intelectual, estética e espiritual.

• Dr. Altshuler também foi o precursor do princípio homeostático.

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Princípio de Prazer

• De acordo com este princípio, a melodia e o ritmo da música, quando

colocados em uma certa ordem, produzem prazer.

• Altshuler acreditava que o aspecto prazeroso da música ajuda a aliviar as

tensões emocionais e instintivas.

Princípio de Iso

• Mais um princípio elaborado por Dr. Altshuler.

• Ele se preocupava em defender as propriedades inerentes à música que

haviam sido observadas e usadas pelos gregos antigos como base para a

construção da ação terapêutica da música.

• Esta terapêutica teve maior repercussão nos casos em que a comunicação

verbal era debilitada e a música era a forma de iniciar o contato interpessoal.

• Por este princípio, Altshuler comprovou utilizar música idêntica ao estado de

ânimo do paciente e seu tempo mental, facilitava a resposta mental e

emocional do paciente.

• Ou seja, pacientes depressivos, por exemplo, estabeleciam um contato melhor

com a música de andamento mais lento.

• Os gregos antigos acreditavam em um princípio harmonizador, de equilíbrio

entre mente e corpo, pensamento e sentimento, música audível e não audível.

• O equilíbrio entre o tempo mental e o musical está associado com ritmo,

velocidade e dinâmica de intensidades. Obs: “Iso” tem origem no grego e significa “igual”, “igualdade”.

Princípio da Liberação

• Este princípio foi criado pelo Dr. Cid em 1787.

• Segundo ele, a música tem o poder de levar a pessoa para uma viagem mental,

sair da realidade e revelar pensamentos fantasiosos, distraindo sua atenção.

• E o uso da música não se limita aos doentes, a música é o melhor remédio

perante a fadiga originada pelo trabalho e rotina.

Princípio da Compensação

• Através da música seria possível suprir carências, pois ela tem a

característica de chamar a atenção e apelar ao princípio do prazer.

• As pessoas se identificam com a música pelos sentimentos que surgem a partir

delas e encontram conforto.

• Segundo este princípio, todos procuram na música algo de que carece em um

determinado momento.

• De um modo geral, as pessoas procuram na música inspiração, energia,

serenidade, alegria, etc.

Princípios de Gaston A partir da segunda metade do século XX o termo “terapêutica musical” passa

a ser “musicoterapia”.

Gaston descreveu os primeiros princípios na construção da teoria da

Musicoterapia: 1. Estabelecimento ou restabelecimento das relações interpessoais: este

princípio se baseia na qualidade da música como instrumento para a inserção

social. O trabalho da musicoterapia enfatiza a característica da música como

integradora em atividades sociais.

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2. Obtenção da autoestima mediante autorrealização: este princípio está

relacionado com o primeiro. Uma interação social se faz a partir da autoestima,

isto é, a confiança e satisfação consigo mesmo. A musicoterapia vem ao

encontro disso, por ser uma ação compartilhada entre o terapeuta e os

integrantes de um grupo.

3. Emprego do poder singular do ritmo para dotar de energia e organizar: o

ritmo possibilita colocar energia em movimento ao mesmo tempo em que

organiza. É o elemento mais potente e dinâmico da música, e na musicoterapia é

possível mudar a conduta de modo suave, insistente e dinâmico.

Obs: Gaston tinha uma formação musical e após um doutorado em psicologia

educacional, ele viu uma possibilidade para usar música em sessões terapêuticas. Ele

fundamentou a criação da musicoterapia.

MÚSICA COMO TRATAMENTO

• A música estimula e desperta sensações, emoções, sentimentos e reações.

• Qualquer pessoa pode ser tratada com musicoterapia.

• E não há restrição de idade, desde bebês até pessoas mais idosas podem ser

beneficiados.

• Qualquer pessoa, de qualquer idade pode se beneficiar da musicoterapia.

• Ela pode ser indicada para auxiliar o tratamento em vários casos: paralisia e

deficiência cerebral, pessoas com problemas motores, depressão, pessoas

estressadas ou tensas, etc.

• Nos casos de autismo e esquizofrenia a musicoterapia pode ser a primeira

técnica de aproximação.

• Pode ser aplicada também em outros casos clínicos, já que é uma técnica

psicológica que objetiva modificar problemas

emocionais, atitudes e patologias físicas ou

psíquicas.

• Atua também como coadjuvante de outras técnicas

terapêuticas, abrindo canais de comunicação.

• Esta técnica pode ser aplicada individualmente ou

em grupo.

• Comprovado por vários estudos, é possível sentir

no corpo as alterações que a música causa,

dependendo do ritmo: a respiração se torna mais

ofegante ou mais calma, a pressão sanguínea

diminui ou aumenta, os batimentos cardíacos se

tornam mais fortes ou mais leves, etc.

• A música se comunica com o sistema límbico do

cérebro e contribui para a socialização e pelo

aumento da produção de endorfina.

• Ou seja, a música pode ser usada no combate à depressão, à ansiedade, estresse,

no tratamento de pacientes com dores crônicas, etc.

• Já se sabe que a música é processada em áreas do cérebro que potencializam a

reabilitação de portadores de doenças orgânicas do cérebro, como o mal de

Parkinson e doenças de natureza psiquiátrica, como ansiedade.

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Obs: O sistema límbico é a região do cérebro responsável pelas emoções, motivação e

afetividade.

• O tratamento com a música não é uma receita predefinida, ele é estabelecido

de acordo com as necessidades e objetivos do paciente.

• O repertório pode ser variado, independe do ritmo, já que as músicas são

escolhidas pelo paciente e dependem de seu gosto.

• O tratamento é feito em uma sala especial, com uma acústica adequada.

• As sessões incluem músicas e outros recursos sonoros, como instrumentos,

vozes e ruídos.

• De acordo com profissionais, os resultados podem ser sentidos após dez dias,

em média.

• O terapeuta pode usar apenas um som, um ritmo ou ainda, escolher uma

música conhecida ou fazer o paciente criar sua própria música.

• Atenção, não é possível fazer musicoterapia sozinho, em casa.

• Sem o trabalho de um profissional, ouvir música é apenas um momento

relaxante e prazeroso, uma recreação.

• Cada ritmo musical produz um resultado diferente no corpo.

• Por exemplo, há músicas que provocam alegria, tristeza, nostalgia, etc.

EFEITOS DA MÚSICA NO ORGANISMO A música causa alguns efeitos no organismo humano:

1 Efeitos bioquímicos:

• Por exemplo, estimular a liberação de endorfinas (causam sensação de bem

estar).

• A música sedativa pode, por exemplo, estimular a liberação de alguns

hormônios, que atuam sobre receptores específicos do cérebro e sobre

neurotransmissores, podendo levar ao alívio da dor.

2 Efeitos fisiológicos:

• A música afeta a pressão sanguínea, por exemplo,

dependendo do interesse do ouvinte pela música.

• A música pode afetar a pressão sanguínea, a

velocidade do sangue e o fenômeno elétrico do

músculo cardíaco.

• O que importa é o interesse do ouvinte pela música que

escuta ou o grau de apreciação.

• A música estimulante tende a aumentar o ritmo

cardíaco e o pulso, enquanto que a música sedativa

tende a diminuí-lo.

3 Respostas musculares e motoras:

• A música relaxante possui efeito que relaxa as musculaturas.

• Já a música estimulante aumenta a atividade muscular, e pode produzir

espasmos gástricos, causando indigestão.

• Uma música sedativa pode levar crianças autistas à ação física e até a

abandonar o seu isolamento.

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4 Respostas cerebrais:

• A música pode atuar ativando os neurônios que atuam no relaxamento da

tensão muscular, da pulsação e na evocação de recordações antigas.

5 Efeitos psicológicos:

• Atuando no sistema nervoso central, a música pode produzir efeitos sedativos,

relaxantes, estimulantes, deprimentes, etc.

• Pode ajudar ainda a desenvolver a capacidade de atenção sustentada, estimular

a imaginação, ajudar a desenvolver a memória, a criatividade e o sentido de

ordem e de análise.

• A música facilita o processo de aprendizagem porque ativa um grande número

de neurônios.

6 Efeitos sociais:

• A música é um agente de socialização.

• Ajuda a provocar a expressão e coesão do grupo social.

• É a arte que melhor ajuda a provocar e expressar estados emocionais

independente de todo individualismo.

7 Efeitos espirituais:

• A música já foi e ainda é usada em muitas religiões, sugerindo uma realidade

espiritual aos homens que os ajudam a se sobrepor ao vazio, à solidão, ao

medo.

• Ajuda o ser humano a encontrar sentido à sua vida.

MÉTODOS DE MUSICOTERAPIA

Métodos

Os métodos serão usados de acordo com a necessidade do grupo, suas

emoções, comportamento e habilidades perceptivas e cognitivas, e cada metodologia

possui características específicas de interação musical.

A musicoterapia apresenta quatro métodos: improvisar, recriar, compor e

escutar.

Improvisação

• A improvisação, por exemplo, pode ser feita com a voz, sons corporais ou

instrumentos musicais.

• A música é feita através dos recursos disponíveis.

• A improvisação pode ser de melodias, ritmos, harmonias e até de letras.

• Pode ser individual ou em grupo.

Recriação

• A recriação inclui atividades de execução, reprodução, transformação e

interpretação do conteúdo musical existente.

• Conta com a execução de músicas vocais, incluindo ensaios de grupos de coral,

aulas de canto, imitação vocal de músicas gravadas, etc.

• Alguns dos seus objetivos são o desenvolvimento da memória, da atenção e da

orientação, promover a empatia e identificação com os outros, etc.

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Composição

• A composição leva o paciente a criar uma melodia ou letra, o que auxilia o

desenvolvimento de sua capacidade de organizar, solucionar problemas,

planejar, entre outros.

• Escrever canções pode evocar fatos passados da vida da pessoa, e pode ser

indicado para quem necessita desenvolver habilidades de atenção, memória e

habilidades audiomotoras.

Audição

• Já a audição musical pode ser de músicas gravadas ou ao vivo, improvisadas,

ou que foram compostas no processo de terapia.

• O foco é na escuta e não no fazer.

• Busca, entre outros objetivos, o relaxamento, a estimulação dos sentidos, a

organização rítmica e a monitoração dos comportamentos motores da pessoa,

juntamente com as habilidades de atenção, percepção auditiva.

MUSICOTERAPIA PARA BEBÊS E CRIANÇAS Seja como terapia ou como uso lúdico, sempre há benefícios ao expor uma

criança à música.

• De acordo com estudiosos, a musicoterapia pode enriquecer o

desenvolvimento físico, emocional e intelectual do bebê.

• Pode ser usada também em crianças hiperativas, depressivas ou agressivas.

• Em crianças autistas, a musicoterapia pode ajuda-las a vencer o isolamento e

até modificar comportamentos.

• Desde a gravidez, tanto a mãe quanto o bebê podem se beneficiar dos efeitos

positivos da musicoterapia, como por exemplo, estimular uma conexão mais

profunda entre os dois, dotando-os de mais tranquilidade e autocontrole.

• Ao escutar música de forma ordenada e sequencial durante a gestação, o bebê

recebe melhor o leite materno, dorme mais e chora menos.

• Isso porque criou vínculos afetivos

positivos com a mãe através da

música.

• A partir do quarto mês de gestação o

bebê já tem seu aparelho auditivo

desenvolvido, e é o melhor momento

para começar a musicoterapia.

• A mãe também se beneficia com a

musicoterapia.

• Ela consegue um maior relaxamento

durante o trabalho de parto,

reduzindo a ansiedade, e permitindo

um maior autocontrole sobre a dor.

• Isso permite um parto com menos

estresse.

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• A musicoterapia para bebês é usada como um estímulo adicional no processo

de estruturação e funcionamento cerebral, envolvendo funções motoras, de

memória, linguagem, etc.

Crianças

• Já em crianças, a musicoterapia pode ajudá-las na sua aprendizagem, controle

de ansiedade, coordenação, melhora do estado de ânimo, pode ensinar

habilidades sociais e motoras, etc.

• A musicoterapia auxilia o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.

• Isso possibilita uma maior facilidade para aprendizado da escrita e leitura, por

exemplo.

Os efeitos da musicoterapia nas crianças podem ser vistos em várias áreas:

• Fisiologia: mudanças no ritmo cardíaco e respiratório e na tensão muscular.

• Comunicação: estimula a expressão das inquietudes, dos problemas.

• Afetividade: beneficia o desenvolvimento afetivo e emocional.

• Sensibilidade: aguça a percepção tátil e auditiva.

• Sociabilidade: estimula a inter-relação social.

• Movimento: estimula a atividade e a coordenação motora.

• Educativa: auxilia a formação, desenvolvimento pessoal e superação de

dificuldades de aprendizagem.

• Psicoterapêuticas: auxilia a resolver problemas psicológicos e mudar condutas

estabelecidas.

• Médica: oferece apoio físico e psicológico a pacientes.

• Psiquiátrica: melhora a autoestima e a capacidade de comunicação.

INDICAÇÕES CLÍNICAS DE MUSICOTERAPIA

• A música é capaz de despertar emoções, reações, sensações e sentimentos.

• É indicada para uma variedade de patologias, distúrbios de comportamento

e outros tratamentos terapêuticos.

• Dependendo de sua indicação pode ser aplicada como tratamento único ou

dentro de uma equipe multidisciplinar.

• Qualquer pessoa, de qualquer idade pode ser tratada com musicoterapia.

• Pode ajudar, por exemplo, crianças com deficiência mental, pessoas com

depressão, ou ainda pacientes com problemas motores.

• A musicoterapia é uma forma de tratamento como qualquer outro, e possui

seus próprios limites e contraindicações.

• Pode ainda ser coadjuvante de outras técnicas terapêuticas.

• Apesar de ser benéfica para todas as pessoas, independente da idade, a

musicoterapia pode ser particularmente positiva para pessoas com algumas

condições específicas.

• Por exemplo, no autismo e esquizofrenia a musicoterapia pode ser a primeira

técnica de aproximação.

Veja outros exemplos em que é especialmente indicada:

• Paralisia cerebral

• Deficiência mental

• Esquizofrenia

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• Pacientes psiquiátricos

• Pacientes com dificuldades emocionais

• Autismo

• Gestantes

• Idosos

• Deficiências de desenvolvimento, física ou de aprendizagem;

• Doença de Alzheimer e outras condições relacionadas ao envelhecimento;

• Lesões cerebrais;

• Dor aguda e crônica.

Obs: Atenção: É importante que somente terapeutas com formação na área de

musicoterapia apliquem esta técnica. Há circunstâncias em que a terapia musical

pode ter efeitos negativos, principalmente se não for praticada corretamente.

MUSICOTERAPIA NO ESPECTRO AUTISTA E

ALZHEIMER

• A música pode ser usada como instrumento terapêutico e preventivo em

medicina.

• Ela é considerada um meio de expressão não verbal, sendo um tipo de

linguagem que facilita a comunicação e exteriorização de sentimentos.

• As crianças com perturbação do espectro autista se mostram

“desconectadas” e ausentes.

• Existem pesquisas que demonstram que a musicoterapia, como recurso

terapêutico complementar, pode afetar positivamente o comportamento dos

indivíduos com perturbação do espectro do autismo.

• A musicoterapia é a primeira técnica de aproximação com estas crianças.

• Nas primeiras etapas, a criança com esta condição pode ignorar ou recusar

qualquer tipo de contato com outra pessoa, inclusive com o terapeuta.

• O instrumento musical pode servir de intermediário entre o paciente e o

terapeuta, sendo um contato inicial.

• A musicoterapia pode ser efetiva em mudar e reforçar o comportamento

social dessa criança.

• Em relação à comunicação, pode facilitar o processo de fala e vocalização.

• Regula também o comportamento sensitivo e motor.

• As atividades musicais servem como estímulo à realização e ao controle de

movimentos específicos.

• Além disso, essas atividades favorecem a inclusão dessas crianças, pelo seu

caráter lúdico e de livre expressão, não apresentando pressões nem cobranças

de resultados.

• Isso alivia e relaxa a criança, contribuindo para seu envolvimento social e

abrindo espaço para outras aprendizagens.

• Não há regras universais sobre a aplicação da musicoterapia.

• As técnicas de terapia musical podem ajudar as crianças a serem mais

espontâneas na comunicação, a romperem seu padrão de isolamento, a

reduzirem sua ecolalia e a socializarem.

Obs: Ecolalia: é repetição (eco) de palavras ou do mesmo som, repetitivamente.

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• Enquanto algumas crianças podem reagir positivamente a uma determinada

técnica, outras podem reagir negativamente.

• Alguns pesquisadores mencionam que a musicoterapia em crianças com

perturbação do espectro autista pode:

• Romper com os padrões de isolamento e abandono social e contribuir

para o desenvolvimento socioemocional (o isolamento social é uma das

principais características do espectro autista);

• Reduzir os comportamentos consequentes de problemas de percepção

e de funcionamento motor, e melhorar o desenvolvimento nestas áreas;

• Facilitar a comunicação verbal e não verbal;

• Facilitar a autoexpressão e promover a satisfação emocional.

Mal de Alzheimer

• O Mal de Alzheimer é mais uma condição em que a musicoterapia pode atuar

positivamente.

• O Alzheimer é uma doença degenerativa

incurável, mas que possui tratamento.

• É a principal causa de demência em pessoas

com mais de 60 anos no Brasil.

• O tratamento permite retardar o declínio

cognitivo, melhorar a saúde, tratar os sintomas,

controlar as alterações de comportamento e

proporcionar conforto e qualidade de vida.

• Cada um sofre de forma única a doença, mas

algumas características da doença são comuns,

como a perda da memória.

• Os primeiros sintomas podem ser confundidos com problemas de idade ou

de estresse.

• Conforme a doença vai avançando, novos sintomas vão aparecendo, como:

confusão mental, irritabilidade, agressividade, alterações de humor, falhas na

linguagem, perda de memória a longo prazo, e a pessoa começa a se desligar da

realidade.

• Alguns estudos indicam que a musicoterapia pode retardar o avanço da

doença.

• A música pode ser um meio de resgatar as memórias da pessoa que sofre de

Alzheimer.

• Isso porque a música está impregnada na história de vida de cada um,

marcando fatos importantes que podem ser resgatados ou trabalhado com a

musicoterapia.

• A terapia através da música ajuda a aumentar a motivação, aflorar memórias

e sentimentos, podendo retardar a evolução da doença e suas complicações.

• A pessoa tem um espaço para se expressar, se comunicar através das canções

e do movimento.

• Ela pode entrar em contato com suas lembranças e emoções.

• Quanto antes o tratamento com a música se iniciar, mais chances haverá de

impedir o avanço da doença.