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música e pedagogia
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© Copyright - Ensino Nacional - http://www.EnsinoNacional.com.br
- MÓDULO: PRINCÍPIOS DA MUSICOTERAPIA -
© Copyright-Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada destes materiais, no todo ou em parte, constitui violação do direitos autorais. (Lei nº 9.610).
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PRINCÍPIOS DA MUSICOTERAPIA
• A musicoterapia é o uso da música e seus elementos (som, ritmo, melodia,
etc.) por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo.
• Atua em um processo para facilitar e promover comunicação, relacionamento,
aprendizado, mobilização, expressão e outros objetivos terapêuticos para
atender necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.
• Também tem como objetivo desenvolver potenciais e restabelecer funções do
indivíduo para que ele alcance uma melhor qualidade de vida através da
prevenção, reabilitação ou tratamento.
• A musicoterapia é regida por alguns princípios que foram expostos no
Simpósio Internacional de Musicoterapia, em 1979.
Veja quais são:
• Princípio do “Ethos”;
• Princípio do organismo como um todo ou da totalidade;
• Princípio Homeostático de Altshuler;
• Princípio de Iso (Altshuler);
• Princípio de Liberação de Cid;
• Princípio de Compensação;
• Princípio de Prazer;
Princípio de “Ethos”
• Os gregos, os primeiros a falar do assunto, afirmaram que a música possui um
“ethos”, isto é, pode criar nas pessoas um determinado estado de ânimo.
• Se refere à capacidade da música em provocar estados de ânimo.
• Isso acontece porque entre os movimentos da música e os movimentos físicos
e psíquicos do ser humano existe uma forte relação, que origina mudanças
fisiológicas e psicológicas.
• Para Platão, o que faz com que a pessoa perceba um som como harmônico é a
semelhança ou compatibilidade dos sons musicais e os movimentos musicais
na pessoa.
Princípio do Organismo como um Todo ou da Totalidade
• Segundo este princípio, a música move todo o organismo, nas dimensões
fisiológicas, psicológicas, intelectual e espiritual, e ocorre em um tempo e
maneira instantânea.
• A ideia deste princípio é que o organismo humano forma uma entidade
compacta, considera-se a mente e o corpo inseparáveis entre si, e ambos se
influenciam reciprocamente.
• As artes, em especial a música, movem o organismo como um todo, desde a
parte fisiológica até a parte emocional.
Princípio Homeostático
• Homeostase é o controle do organismo para manter em equilíbrio a saúde
corporal.
• Isso é feito de forma automática.
• De acordo com este princípio, a música contribui para essa homeostase, seja
ela social, intelectual, estética e espiritual.
• Dr. Altshuler também foi o precursor do princípio homeostático.
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Princípio de Prazer
• De acordo com este princípio, a melodia e o ritmo da música, quando
colocados em uma certa ordem, produzem prazer.
• Altshuler acreditava que o aspecto prazeroso da música ajuda a aliviar as
tensões emocionais e instintivas.
Princípio de Iso
• Mais um princípio elaborado por Dr. Altshuler.
• Ele se preocupava em defender as propriedades inerentes à música que
haviam sido observadas e usadas pelos gregos antigos como base para a
construção da ação terapêutica da música.
• Esta terapêutica teve maior repercussão nos casos em que a comunicação
verbal era debilitada e a música era a forma de iniciar o contato interpessoal.
• Por este princípio, Altshuler comprovou utilizar música idêntica ao estado de
ânimo do paciente e seu tempo mental, facilitava a resposta mental e
emocional do paciente.
• Ou seja, pacientes depressivos, por exemplo, estabeleciam um contato melhor
com a música de andamento mais lento.
• Os gregos antigos acreditavam em um princípio harmonizador, de equilíbrio
entre mente e corpo, pensamento e sentimento, música audível e não audível.
• O equilíbrio entre o tempo mental e o musical está associado com ritmo,
velocidade e dinâmica de intensidades. Obs: “Iso” tem origem no grego e significa “igual”, “igualdade”.
Princípio da Liberação
• Este princípio foi criado pelo Dr. Cid em 1787.
• Segundo ele, a música tem o poder de levar a pessoa para uma viagem mental,
sair da realidade e revelar pensamentos fantasiosos, distraindo sua atenção.
• E o uso da música não se limita aos doentes, a música é o melhor remédio
perante a fadiga originada pelo trabalho e rotina.
Princípio da Compensação
• Através da música seria possível suprir carências, pois ela tem a
característica de chamar a atenção e apelar ao princípio do prazer.
• As pessoas se identificam com a música pelos sentimentos que surgem a partir
delas e encontram conforto.
• Segundo este princípio, todos procuram na música algo de que carece em um
determinado momento.
• De um modo geral, as pessoas procuram na música inspiração, energia,
serenidade, alegria, etc.
Princípios de Gaston A partir da segunda metade do século XX o termo “terapêutica musical” passa
a ser “musicoterapia”.
Gaston descreveu os primeiros princípios na construção da teoria da
Musicoterapia: 1. Estabelecimento ou restabelecimento das relações interpessoais: este
princípio se baseia na qualidade da música como instrumento para a inserção
social. O trabalho da musicoterapia enfatiza a característica da música como
integradora em atividades sociais.
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2. Obtenção da autoestima mediante autorrealização: este princípio está
relacionado com o primeiro. Uma interação social se faz a partir da autoestima,
isto é, a confiança e satisfação consigo mesmo. A musicoterapia vem ao
encontro disso, por ser uma ação compartilhada entre o terapeuta e os
integrantes de um grupo.
3. Emprego do poder singular do ritmo para dotar de energia e organizar: o
ritmo possibilita colocar energia em movimento ao mesmo tempo em que
organiza. É o elemento mais potente e dinâmico da música, e na musicoterapia é
possível mudar a conduta de modo suave, insistente e dinâmico.
Obs: Gaston tinha uma formação musical e após um doutorado em psicologia
educacional, ele viu uma possibilidade para usar música em sessões terapêuticas. Ele
fundamentou a criação da musicoterapia.
MÚSICA COMO TRATAMENTO
• A música estimula e desperta sensações, emoções, sentimentos e reações.
• Qualquer pessoa pode ser tratada com musicoterapia.
• E não há restrição de idade, desde bebês até pessoas mais idosas podem ser
beneficiados.
• Qualquer pessoa, de qualquer idade pode se beneficiar da musicoterapia.
• Ela pode ser indicada para auxiliar o tratamento em vários casos: paralisia e
deficiência cerebral, pessoas com problemas motores, depressão, pessoas
estressadas ou tensas, etc.
• Nos casos de autismo e esquizofrenia a musicoterapia pode ser a primeira
técnica de aproximação.
• Pode ser aplicada também em outros casos clínicos, já que é uma técnica
psicológica que objetiva modificar problemas
emocionais, atitudes e patologias físicas ou
psíquicas.
• Atua também como coadjuvante de outras técnicas
terapêuticas, abrindo canais de comunicação.
• Esta técnica pode ser aplicada individualmente ou
em grupo.
• Comprovado por vários estudos, é possível sentir
no corpo as alterações que a música causa,
dependendo do ritmo: a respiração se torna mais
ofegante ou mais calma, a pressão sanguínea
diminui ou aumenta, os batimentos cardíacos se
tornam mais fortes ou mais leves, etc.
• A música se comunica com o sistema límbico do
cérebro e contribui para a socialização e pelo
aumento da produção de endorfina.
• Ou seja, a música pode ser usada no combate à depressão, à ansiedade, estresse,
no tratamento de pacientes com dores crônicas, etc.
• Já se sabe que a música é processada em áreas do cérebro que potencializam a
reabilitação de portadores de doenças orgânicas do cérebro, como o mal de
Parkinson e doenças de natureza psiquiátrica, como ansiedade.
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Obs: O sistema límbico é a região do cérebro responsável pelas emoções, motivação e
afetividade.
• O tratamento com a música não é uma receita predefinida, ele é estabelecido
de acordo com as necessidades e objetivos do paciente.
• O repertório pode ser variado, independe do ritmo, já que as músicas são
escolhidas pelo paciente e dependem de seu gosto.
• O tratamento é feito em uma sala especial, com uma acústica adequada.
• As sessões incluem músicas e outros recursos sonoros, como instrumentos,
vozes e ruídos.
• De acordo com profissionais, os resultados podem ser sentidos após dez dias,
em média.
• O terapeuta pode usar apenas um som, um ritmo ou ainda, escolher uma
música conhecida ou fazer o paciente criar sua própria música.
• Atenção, não é possível fazer musicoterapia sozinho, em casa.
• Sem o trabalho de um profissional, ouvir música é apenas um momento
relaxante e prazeroso, uma recreação.
• Cada ritmo musical produz um resultado diferente no corpo.
• Por exemplo, há músicas que provocam alegria, tristeza, nostalgia, etc.
EFEITOS DA MÚSICA NO ORGANISMO A música causa alguns efeitos no organismo humano:
1 Efeitos bioquímicos:
• Por exemplo, estimular a liberação de endorfinas (causam sensação de bem
estar).
• A música sedativa pode, por exemplo, estimular a liberação de alguns
hormônios, que atuam sobre receptores específicos do cérebro e sobre
neurotransmissores, podendo levar ao alívio da dor.
2 Efeitos fisiológicos:
• A música afeta a pressão sanguínea, por exemplo,
dependendo do interesse do ouvinte pela música.
• A música pode afetar a pressão sanguínea, a
velocidade do sangue e o fenômeno elétrico do
músculo cardíaco.
• O que importa é o interesse do ouvinte pela música que
escuta ou o grau de apreciação.
• A música estimulante tende a aumentar o ritmo
cardíaco e o pulso, enquanto que a música sedativa
tende a diminuí-lo.
3 Respostas musculares e motoras:
• A música relaxante possui efeito que relaxa as musculaturas.
• Já a música estimulante aumenta a atividade muscular, e pode produzir
espasmos gástricos, causando indigestão.
• Uma música sedativa pode levar crianças autistas à ação física e até a
abandonar o seu isolamento.
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4 Respostas cerebrais:
• A música pode atuar ativando os neurônios que atuam no relaxamento da
tensão muscular, da pulsação e na evocação de recordações antigas.
5 Efeitos psicológicos:
• Atuando no sistema nervoso central, a música pode produzir efeitos sedativos,
relaxantes, estimulantes, deprimentes, etc.
• Pode ajudar ainda a desenvolver a capacidade de atenção sustentada, estimular
a imaginação, ajudar a desenvolver a memória, a criatividade e o sentido de
ordem e de análise.
• A música facilita o processo de aprendizagem porque ativa um grande número
de neurônios.
6 Efeitos sociais:
• A música é um agente de socialização.
• Ajuda a provocar a expressão e coesão do grupo social.
• É a arte que melhor ajuda a provocar e expressar estados emocionais
independente de todo individualismo.
7 Efeitos espirituais:
• A música já foi e ainda é usada em muitas religiões, sugerindo uma realidade
espiritual aos homens que os ajudam a se sobrepor ao vazio, à solidão, ao
medo.
• Ajuda o ser humano a encontrar sentido à sua vida.
MÉTODOS DE MUSICOTERAPIA
Métodos
Os métodos serão usados de acordo com a necessidade do grupo, suas
emoções, comportamento e habilidades perceptivas e cognitivas, e cada metodologia
possui características específicas de interação musical.
A musicoterapia apresenta quatro métodos: improvisar, recriar, compor e
escutar.
Improvisação
• A improvisação, por exemplo, pode ser feita com a voz, sons corporais ou
instrumentos musicais.
• A música é feita através dos recursos disponíveis.
• A improvisação pode ser de melodias, ritmos, harmonias e até de letras.
• Pode ser individual ou em grupo.
Recriação
• A recriação inclui atividades de execução, reprodução, transformação e
interpretação do conteúdo musical existente.
• Conta com a execução de músicas vocais, incluindo ensaios de grupos de coral,
aulas de canto, imitação vocal de músicas gravadas, etc.
• Alguns dos seus objetivos são o desenvolvimento da memória, da atenção e da
orientação, promover a empatia e identificação com os outros, etc.
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Composição
• A composição leva o paciente a criar uma melodia ou letra, o que auxilia o
desenvolvimento de sua capacidade de organizar, solucionar problemas,
planejar, entre outros.
• Escrever canções pode evocar fatos passados da vida da pessoa, e pode ser
indicado para quem necessita desenvolver habilidades de atenção, memória e
habilidades audiomotoras.
Audição
• Já a audição musical pode ser de músicas gravadas ou ao vivo, improvisadas,
ou que foram compostas no processo de terapia.
• O foco é na escuta e não no fazer.
• Busca, entre outros objetivos, o relaxamento, a estimulação dos sentidos, a
organização rítmica e a monitoração dos comportamentos motores da pessoa,
juntamente com as habilidades de atenção, percepção auditiva.
MUSICOTERAPIA PARA BEBÊS E CRIANÇAS Seja como terapia ou como uso lúdico, sempre há benefícios ao expor uma
criança à música.
• De acordo com estudiosos, a musicoterapia pode enriquecer o
desenvolvimento físico, emocional e intelectual do bebê.
• Pode ser usada também em crianças hiperativas, depressivas ou agressivas.
• Em crianças autistas, a musicoterapia pode ajuda-las a vencer o isolamento e
até modificar comportamentos.
• Desde a gravidez, tanto a mãe quanto o bebê podem se beneficiar dos efeitos
positivos da musicoterapia, como por exemplo, estimular uma conexão mais
profunda entre os dois, dotando-os de mais tranquilidade e autocontrole.
• Ao escutar música de forma ordenada e sequencial durante a gestação, o bebê
recebe melhor o leite materno, dorme mais e chora menos.
• Isso porque criou vínculos afetivos
positivos com a mãe através da
música.
• A partir do quarto mês de gestação o
bebê já tem seu aparelho auditivo
desenvolvido, e é o melhor momento
para começar a musicoterapia.
• A mãe também se beneficia com a
musicoterapia.
• Ela consegue um maior relaxamento
durante o trabalho de parto,
reduzindo a ansiedade, e permitindo
um maior autocontrole sobre a dor.
• Isso permite um parto com menos
estresse.
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• A musicoterapia para bebês é usada como um estímulo adicional no processo
de estruturação e funcionamento cerebral, envolvendo funções motoras, de
memória, linguagem, etc.
Crianças
• Já em crianças, a musicoterapia pode ajudá-las na sua aprendizagem, controle
de ansiedade, coordenação, melhora do estado de ânimo, pode ensinar
habilidades sociais e motoras, etc.
• A musicoterapia auxilia o desenvolvimento neuropsicomotor da criança.
• Isso possibilita uma maior facilidade para aprendizado da escrita e leitura, por
exemplo.
Os efeitos da musicoterapia nas crianças podem ser vistos em várias áreas:
• Fisiologia: mudanças no ritmo cardíaco e respiratório e na tensão muscular.
• Comunicação: estimula a expressão das inquietudes, dos problemas.
• Afetividade: beneficia o desenvolvimento afetivo e emocional.
• Sensibilidade: aguça a percepção tátil e auditiva.
• Sociabilidade: estimula a inter-relação social.
• Movimento: estimula a atividade e a coordenação motora.
• Educativa: auxilia a formação, desenvolvimento pessoal e superação de
dificuldades de aprendizagem.
• Psicoterapêuticas: auxilia a resolver problemas psicológicos e mudar condutas
estabelecidas.
• Médica: oferece apoio físico e psicológico a pacientes.
• Psiquiátrica: melhora a autoestima e a capacidade de comunicação.
INDICAÇÕES CLÍNICAS DE MUSICOTERAPIA
• A música é capaz de despertar emoções, reações, sensações e sentimentos.
• É indicada para uma variedade de patologias, distúrbios de comportamento
e outros tratamentos terapêuticos.
• Dependendo de sua indicação pode ser aplicada como tratamento único ou
dentro de uma equipe multidisciplinar.
• Qualquer pessoa, de qualquer idade pode ser tratada com musicoterapia.
• Pode ajudar, por exemplo, crianças com deficiência mental, pessoas com
depressão, ou ainda pacientes com problemas motores.
• A musicoterapia é uma forma de tratamento como qualquer outro, e possui
seus próprios limites e contraindicações.
• Pode ainda ser coadjuvante de outras técnicas terapêuticas.
• Apesar de ser benéfica para todas as pessoas, independente da idade, a
musicoterapia pode ser particularmente positiva para pessoas com algumas
condições específicas.
• Por exemplo, no autismo e esquizofrenia a musicoterapia pode ser a primeira
técnica de aproximação.
Veja outros exemplos em que é especialmente indicada:
• Paralisia cerebral
• Deficiência mental
• Esquizofrenia
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• Pacientes psiquiátricos
• Pacientes com dificuldades emocionais
• Autismo
• Gestantes
• Idosos
• Deficiências de desenvolvimento, física ou de aprendizagem;
• Doença de Alzheimer e outras condições relacionadas ao envelhecimento;
• Lesões cerebrais;
• Dor aguda e crônica.
Obs: Atenção: É importante que somente terapeutas com formação na área de
musicoterapia apliquem esta técnica. Há circunstâncias em que a terapia musical
pode ter efeitos negativos, principalmente se não for praticada corretamente.
MUSICOTERAPIA NO ESPECTRO AUTISTA E
ALZHEIMER
• A música pode ser usada como instrumento terapêutico e preventivo em
medicina.
• Ela é considerada um meio de expressão não verbal, sendo um tipo de
linguagem que facilita a comunicação e exteriorização de sentimentos.
• As crianças com perturbação do espectro autista se mostram
“desconectadas” e ausentes.
• Existem pesquisas que demonstram que a musicoterapia, como recurso
terapêutico complementar, pode afetar positivamente o comportamento dos
indivíduos com perturbação do espectro do autismo.
• A musicoterapia é a primeira técnica de aproximação com estas crianças.
• Nas primeiras etapas, a criança com esta condição pode ignorar ou recusar
qualquer tipo de contato com outra pessoa, inclusive com o terapeuta.
• O instrumento musical pode servir de intermediário entre o paciente e o
terapeuta, sendo um contato inicial.
• A musicoterapia pode ser efetiva em mudar e reforçar o comportamento
social dessa criança.
• Em relação à comunicação, pode facilitar o processo de fala e vocalização.
• Regula também o comportamento sensitivo e motor.
• As atividades musicais servem como estímulo à realização e ao controle de
movimentos específicos.
• Além disso, essas atividades favorecem a inclusão dessas crianças, pelo seu
caráter lúdico e de livre expressão, não apresentando pressões nem cobranças
de resultados.
• Isso alivia e relaxa a criança, contribuindo para seu envolvimento social e
abrindo espaço para outras aprendizagens.
• Não há regras universais sobre a aplicação da musicoterapia.
• As técnicas de terapia musical podem ajudar as crianças a serem mais
espontâneas na comunicação, a romperem seu padrão de isolamento, a
reduzirem sua ecolalia e a socializarem.
Obs: Ecolalia: é repetição (eco) de palavras ou do mesmo som, repetitivamente.
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• Enquanto algumas crianças podem reagir positivamente a uma determinada
técnica, outras podem reagir negativamente.
• Alguns pesquisadores mencionam que a musicoterapia em crianças com
perturbação do espectro autista pode:
• Romper com os padrões de isolamento e abandono social e contribuir
para o desenvolvimento socioemocional (o isolamento social é uma das
principais características do espectro autista);
• Reduzir os comportamentos consequentes de problemas de percepção
e de funcionamento motor, e melhorar o desenvolvimento nestas áreas;
• Facilitar a comunicação verbal e não verbal;
• Facilitar a autoexpressão e promover a satisfação emocional.
Mal de Alzheimer
• O Mal de Alzheimer é mais uma condição em que a musicoterapia pode atuar
positivamente.
• O Alzheimer é uma doença degenerativa
incurável, mas que possui tratamento.
• É a principal causa de demência em pessoas
com mais de 60 anos no Brasil.
• O tratamento permite retardar o declínio
cognitivo, melhorar a saúde, tratar os sintomas,
controlar as alterações de comportamento e
proporcionar conforto e qualidade de vida.
• Cada um sofre de forma única a doença, mas
algumas características da doença são comuns,
como a perda da memória.
• Os primeiros sintomas podem ser confundidos com problemas de idade ou
de estresse.
• Conforme a doença vai avançando, novos sintomas vão aparecendo, como:
confusão mental, irritabilidade, agressividade, alterações de humor, falhas na
linguagem, perda de memória a longo prazo, e a pessoa começa a se desligar da
realidade.
• Alguns estudos indicam que a musicoterapia pode retardar o avanço da
doença.
• A música pode ser um meio de resgatar as memórias da pessoa que sofre de
Alzheimer.
• Isso porque a música está impregnada na história de vida de cada um,
marcando fatos importantes que podem ser resgatados ou trabalhado com a
musicoterapia.
• A terapia através da música ajuda a aumentar a motivação, aflorar memórias
e sentimentos, podendo retardar a evolução da doença e suas complicações.
• A pessoa tem um espaço para se expressar, se comunicar através das canções
e do movimento.
• Ela pode entrar em contato com suas lembranças e emoções.
• Quanto antes o tratamento com a música se iniciar, mais chances haverá de
impedir o avanço da doença.