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PROJETO DE INTERVENÇÃO NO
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO
FUNDÃO TRANSPARÊNCIA COMPETÊNCIA
ACCOUNTABILITY
IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS, MISSÃO, METAS E LINHAS ORIENTADORAS DA AÇÃO
PLANO ESTRATÉGICO PARA O MANDATO 2018 - 2022
PROJETO DE
INTERVENÇÃO NO
AGRUPAMENTO DE
ESCOLAS DO FUNDÃO
TRANSPARÊNCIA
COMPETÊNCIA
ACCOUNTABILITY
IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS
MISSÃO
METAS
LINHAS ORIENTADORAS DA AÇÃO
PLANO ESTRATÉGICO PARA O MANDATO
2018 - 2022
Estêvão Gouveia Lopes
(Candidato ao cargo de Diretor)
MARÇO/2018
ÍNDICE
1 introdução ........................................................................................................................................................................................................................ 1
2 breve caracterização do
agrupamento .................................................................................................................................................................................................................... 1
3 identificação de problemas .............................................................................................................................................................................................. 7
4 a missão do agrupamento ................................................................................................................................................................................................ 8
5 visão ................................................................................................................................................................................................................................. 9
6 metas ............................................................................................................................................................................................................................. 10
7 linhas orientadoras da ação ........................................................................................................................................................................................... 11
8 plano estratégico para o
mandato 2018 – 2022 .................................................................................................................................................................................................... 12
8.1 atividade letiva ........................................................................................................................................................................................................ 13
8.2 diversificação de ofertas
educativas ............................................................................................................................................................................................................... 15
8.3 envolvimento das famílias ....................................................................................................................................................................................... 16
8.4 abertura ao exterior ................................................................................................................................................................................................ 17
8.5 comunicação e imagem ........................................................................................................................................................................................... 19
8.6 autonomia .................................................................................................................................................................... Erro! Marcador não definido.
8.7 serviços apoio à atividade
letiva........................................................................................................................................................................................................................ 20
8.8 avaliação interna ..................................................................................................................................................................................................... 21
8.9 clima de agrupamento ............................................................................................................................................................................................ 22
ÍNDICE
Índice .................................................................................................................................................................... 1
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 1
1 INTRODUÇÃO
O Projeto que se vai apresentar visa estabelecer as linhas gerais que se pretendem
desenvolver no Agrupamento de Escolas do Fundão nos próximos quatro anos letivos. Ao
identificarmos os problemas, a missão, as metas, as linhas orientadoras e o projeto de
intervenção, pretendemos dar a conhecer aos elementos do Conselho Geral, e a toda a
comunidade escolar, a nossa visão para o agrupamento e como nos propomos concretizá-
la.
O conhecimento que temos do agrupamento, assim como a experiência de gestão de
catorze anos, permitem-nos apresentar ao Conselho Geral um projeto alicerçado no
conhecimento dos problemas e potencialidades do agrupamento, adaptado ao contexto em
que nos inserimos.
O presente projeto de intervenção, contemplado no processo de candidatura ao lugar
de Diretor, assenta numa análise realista da conjuntura atual, que visa simultaneamente
compreender a conjuntura externa e ter uma intervenção ativa que permita influenciar o
desenvolvimento das condições externas, de forma a permitir a afirmação do agrupamento
como uma unidade de ensino de referência regional nas suas várias modalidades de ensino
e formação.
É igualmente um projeto que vai tentar ser conciso, claro e realista, sem grandes
considerações teóricas ou previsões de cenários que contemplem uma melhoria
significativa das condições externas. Os desafios futuros são precisamente o contrário, ou
seja, melhorar a qualidade do ensino ministrado no agrupamento com recursos cada vez
mais escassos, o que só é possível com uma prática baseada na experiência, alicerçada
numa forte formação teórica, e um conhecimento da realidade envolvente.
Consequentemente o presente projeto não terá referências a qualquer autor, uma vez que
o único autor é o atual candidato.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 2
2 BREVE CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO
O Agrupamento de Escolas do Fundão foi constituído em junho de 2012, agregando
a Escola Secundária com 3º CEB do Fundão com o Agrupamento de Escolas João Franco.
Integra alunos desde o pré-escolar ao 12º ano, tendo várias modalidades de formação que
passam maioritariamente pelo ensino regular, mas que diversifica as suas ofertas pelo
Ensino Articulado da Música, por Cursos de Educação e Formação e por Cursos
Profissionais. Além destas modalidades de formação, o agrupamento desenvolve ainda a
formação de adultos através do seu Centro Qualifica. Os alunos no final do ano letivo 2016
/ 2017 estavam distribuídos da seguinte forma:
Número de Alunos no ensino diurno no ano 2016/2017 (valores MISI)
Níveis
de
ensino
Pré-
escolar
1º Ciclo 2º Ciclo
3º Ciclo
Regular
CEF
Tipo 3
Secundário
Regular
Profissi
onais
Total
Alunos 35 257 240 351 15 398 212 1508
O número de alunos tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos, embora de
forma muito ligeira, havendo alguma estabilidade à volta dos 1.500 alunos, tendo em
conta o conjunto de alunos do pré-escolar, 1º, 2º e 3º Ciclos do ensino básico e
secundário. A estes alunos é necessário acrescentar a formação realizada no Centro
Qualifica.
Já os recursos humanos têm sofrido alguma oscilação, motivada principalmente pela
contratação de novos professores para projetos e substituições de professores que se
encontram doentes. Esta situação, com reflexos na assiduidade, levou mesmo a uma
discussão sobre o que fazer com as horas de substituição de docentes.
Número de colaboradores no ano 2016/2017 (valores MISI)
Colaboradores Professores Psicólogos Assistentes
Técnicos
Assistentes
Operacionais
Total
Número 196 2 13 49 260
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 3
Analisando o rácio professor aluno, encontramos um rácio global de 7,7 alunos para
cada professor, o que está abaixo do nível nacional. Podemos assim concluir que cada
Professor tem menos alunos do que a média nacional, embora essa situação varie bastante
com o grupo disciplinar, nível de ensino ou mesmo localização geográfica das turmas.
Também relativamente ao rácio pessoal não docente aluno encontramos um rácio de 23,6
alunos por colaborador não docente o que é também inferior à média nacional.
O trabalho desenvolvido por todos os colaboradores, com os alunos, tem permitido
alcançar taxas de sucesso superiores à média nacional e taxas de abandono escolar
inferiores à média nacional.
Taxas de sucesso no ano 2016/2017 (valores MISI)
Ensino Básico Ensino Secundário
Nacional 93,7% 83,9%
Agrupamento 94,2% 91,2%
Apesar de continuarmos com valores superiores à média, não devemos deixar de refletir
sobre o facto de a média a nível nacional ter aumentado e a nível da escola ter diminuído
(caso do básico) ou evoluído lentamente. Quando comparamos com os valores de
2012/2013, fica mais evidente esta tendência.
Taxas de sucesso no ano 2012/2013 (valores MISI)
Ensino Básico Ensino Secundário
Nacional 89,5% 81,6%
Agrupamento 95,8% 89,9%
Os valores de sucesso e diminuição do abandono tiveram uma melhoria significativa
até 2012 e uma estabilização a partir daí.
A evolução positiva verificada alinha com a tendência nacional, embora seja de
salientar que um agrupamento escolar duma região do interior, com um índice de
desenvolvimento bastante inferior à média nacional, obtém resultados significativamente
superiores à média nacional.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 4
Queremos igualmente salientar que estes resultados internos têm sido confirmados
quando sujeitos a avaliação externa, nomeadamente os exames nacionais. Nestes exames
as escolas do agrupamento têm obtido sucessivamente dos melhores resultados da região,
ficando igualmente colocadas nas primeiras 25% de escolas a nível nacional, no que diz
respeito ao ensino secundário.
Interessa referir que a intervenção futura tem de ter em conta o ensino básico, onde
existe alguma margem para melhorar os resultados existentes. Deverá existir igualmente
uma especial atenção e sensibilidade à integração das duas culturas de escola ainda
existentes. Essa atenção deverá considerar a ordenação de espaços e recursos dos
estabelecimentos de ensino do complexo e suas especificidades.
O agrupamento possui um conjunto diversificado de instalações, a necessitarem
uma intervenção já em fase de concurso, que se adequam às diferentes atividades
curriculares e extracurriculares a desenvolver com os alunos. Relativamente às instalações
existentes, poderemos, sinteticamente, caracterizá-las da seguinte forma:
No complexo sede:
Serviços:
Serviços Administrativos, Serviços de Ação Social Escolar, Bufetes, Bar Professores,
Papelarias, Bibliotecas, Sala de Apoio Educativo, Refeitório, Gabinete de Psicologia e
Orientação, Gabinete de Apoio Educativo, Gabinete de Promoção do Sucesso e Gestão
Conflitos, Anfiteatro, Direção de Turma.
Salas aula no complexo escolar:
57 salas equipadas com computador e projetor de vídeo, 20 das quais com quadro
interativo.
Laboratórios:
Biologia, Ciências da Natureza, Física, Química, Ciências Físico-Químicas,
Eletricidade e Eletrónica.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 5
Salas Especificas:
Campos de Jogos, Pavilhão Gimnodesportivo, Contabilidade, Artes Visuais,
Informática, Oficina de Eletricidade e Eletrónica, Expressões, Oficinas de Artes e Mecânica,
Música, Educação Visual, Educação Tecnológica, Matemática, Multimédia.
Escolas do 1º Ciclo:
7 Escolas (Alcaria, Fatela, Pêro Viseu (sala de apoio da Capinha), Salgueiro, Santa
Teresinha, Valverde e João Franco).
Pré-escolar:
4 Jardins de Infância (Capinha, Enxames, Fatela, Pêro Viseu)
A última avaliação externa, realizada no final do ano de 2011, salientou um
conjunto alargado de pontos fortes nos três domínios analisados - RESULTADOS,
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO e LIDERANÇA E GESTÃO - de que resultou uma
classificação final de MUITO BOM em todos eles.
Relativamente ao primeiro, realçaram-se positivamente: i) as taxas de transição; ii) o
desempenho nos exames nacionais; iii) a diminuição das taxas de abandono; iv) os
resultados sociais, com destaque para as ações de empreendedorismo, os projetos
desenvolvidos, o bom ambiente em sala de aula e o acompanhamento do percurso dos
alunos; v) o reconhecimento da instituição pela comunidade - alunos, colaboradores e
encarregados de educação.
No que respeita ao segundo, destacaram-se: i) o planeamento efetuado; ii) a
articulação curricular; iii) as práticas de ensino; iv) a monitorização e a avaliação do ensino
e da aprendizagem.
Finalmente, a clareza de princípios e orientações, a capacidade de mobilização da
comunidade educativa, a disponibilidade da direção e a capacidade de gestão de conflitos
e de mobilização de meios materiais, humanos e financeiros, constituíram evidências
inequívocas da qualidade da liderança. Salientou-se, ainda, neste terceiro domínio, a
capacidade de gestão evidenciada: i) na organização dos horários; ii) na distribuição do
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 6
serviço docente e não docente; iii) no estabelecimento de circuitos formais de circulação da
informação; iv) no trabalho de autoavaliação efetuado.
São pontos fortes, salientados por uma entidade externa, relativos à gestão do atual
candidato a diretor, que garantiram um ensino de qualidade para os alunos e respetivas
famílias e valorizaram o trabalho desenvolvido pelo então diretor, evidenciando a
capacidade de gestão dos recursos humanos disponíveis, apesar da sua constante
diminuição e dos problemas que as estruturas físicas colocavam.
Não podemos, ainda, deixar de referir a boa gestão dos recursos financeiros que
registaram, em 2012, um saldo positivo superior a 450.000 euros, permitindo assim
realizar os investimentos necessários à afirmação dos cursos de dupla certificação. Não é
possível fazermos uma análise atual sobre este assunto, uma vez que o relatório de contas,
que antes era divulgado a toda a escola, deixou de o ser desde 2013.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 7
3 IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS
A partir da caracterização efetuada e do conhecimento da realidade envolvente,
poderemos enunciar um conjunto de problemas que consideramos fundamentais, que já
existiam anteriormente, se mantiveram, e que passamos a enunciar:
a) Existência de diferentes culturas organizacionais e educacionais no Agrupamento
João Franco e na Escola Secundária do Fundão, que necessitam de ser integradas.
b) A rede escolar, nomeadamente no pré-escolar e 1º Ciclo.
c) Os resultados nos exames do ensino básico.
d) As taxas de sucesso pouco elevadas nalgumas disciplinas como a matemática e o
inglês.
e) O número de módulos em atraso dos alunos dos cursos profissionais.
f) A necessidade de remodelação e manutenção das instalações.
g) A necessidade de continuar a melhorar a imagem dos cursos profissionais junto de
toda a comunidade escolar.
h) A necessidade de aprofundar a articulação curricular entre Ciclos.
i) Número crescente de alunos com Necessidades Educativas Especiais de caráter
permanente e profundo, com idades cada vez mais elevadas em virtude das regras
sobre a escolaridade obrigatória.
j) A necessidade de maior envolvimento das famílias nas atividades do agrupamento.
k) A necessidade de maior divulgação externa das atividades realizadas e da imagem
do agrupamento.
l) As acessibilidades a alunos portadores de deficiência.
m) A reduzida autonomia do agrupamento na sua atividade pedagógica, de gestão dos
recursos humanos, materiais e financeiros.
n) A reduzida democraticidade na tomada de decisões.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 8
o) A insuficiente divulgação dos resultados e relatórios que são apenas do
conhecimento de algumas estruturas.
p) A reduzida partilha entre pares, em cada nível de ensino e em cada grupo
disciplinar.
q) A necessidade de melhorar a segurança no espaço do complexo escolar,
nomeadamente o controlo das entradas e saídas.
r) A gestão dos espaços no complexo escolar durante o longo período de obras
previsto para o ano letivo 2018/2019.
s) O relativo isolamento das escolas do 1º Ciclo e Pré Escolar localizadas fora da
cidade do Fundão.
4 A MISSÃO DO AGRUPAMENTO
Entendemos que a missão deste agrupamento deve ser a seguinte:
“Dotar os cidadãos do concelho do Fundão de competências e conhecimentos
necessários à sua integração plena numa sociedade em constante mudança.”
Apesar de termos alunos de outros concelhos, entendemos que a nossa missão se
deve focar no concelho do Fundão, tendo em conta a dimensão do agrupamento e a
imagem positiva que interessa consolidar.
Ao definirmos cidadãos estamos a falar de pessoas jovens e adultas, embora a ação
se dirija fundamentalmente às crianças e jovens.
Temos igualmente em consideração a necessidade de dotar os nossos jovens de
conhecimentos e competências que lhes permitam construir o seu próprio conhecimento,
ou seja “aprender a aprender” e dessa forma adaptar-se às exigências de um mundo em
profunda mudança. Consequentemente, consideramos fundamental a oferta de
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 9
experiências de aprendizagem diversificadas, em contexto formal e não formal, através da
participação e desenvolvimento de projetos que permitam a aquisição de competências nas
suas vertentes: empreendedora, ética, cultural/ artística, social, científica/ tecnológica,
ambiental, saúde/ desportiva (…), valorizando-se o envolvimento da comunidade
educativa. Desta forma, promover-se-á não só a valorização dos alunos mas também a dos
agentes educativos, contribuindo para o desenvolvimento do coletivo, abrangendo a
organização como um todo.
5 VISÃO
Afirmaremos a nossa visão, que consiste em ser o agrupamento com melhores
resultados no concelho do Fundão e um dos três agrupamentos/escolas com melhores
resultados a nível distrital. Dessa forma iremos sedimentar a afirmação do agrupamento
como uma unidade educativa de sucesso no Concelho do Fundão e a nível Regional, quer
no ensino regular, quer nas modalidades de dupla certificação. Esta visão será concretizada
através duma gestão eficiente e de uma cultura baseada na qualidade do
ensino/aprendizagem, na exigência e na qualidade do processo, monitorizado
continuamente através da autoavaliação.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 10
6 METAS
Na continuidade do que tem vindo a ser feito, mas tendo atenção ao contexto externo
definimos as seguintes metas:
1) Manter o sucesso global em valores médios próximos dos 90%.
2) Manter as taxas de abandono em valores médios próximos de 1%.
3) Reduzir em 5% as taxas de insucesso das disciplinas com maior insucesso.
4) Manter as classificações em exame superiores à média nacional no ensino
secundário.
5) Colocar as classificações em exame acima da média nacional no 1º, 2º e 3º Ciclo.
6) Reduzir em 5% o número de módulos em atraso nos cursos profissionais.
7) Reduzir em 5% as taxas de absentismo dos professores.
8) Manter a diversificação das ofertas formativas, situando o número de alunos dos
cursos de dupla certificação entre os 30% e 40% do total de alunos do ensino
diurno.
9) Motivar os Pais/ Encarregados de Educação, através dos Diretores de Turma, para
que todas as turmas tenham pelo menos uma atividade dinamizada pelos, ou
com, os encarregados de educação.
10) Criar um museu da escola onde se sistematize a apresentação do trabalho
desenvolvido na organização desde a sua criação em 1965.
11) Integrar, com a participação de todos, o Agrupamento na dinâmica do disposto
no Despacho n.º 6478/2017, ao nível dos princípios, visão, valores e
competências-chave na Educação para o século XXI.
12) Consolidar a internacionalização do Agrupamento no âmbito da União Europeia,
integrando anualmente os alunos dos cursos de prosseguimento de estudos e
dos cursos profissionais em projetos Europeus, a saber, Erasmus+ e E-Twinning.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 11
7 LINHAS ORIENTADORAS DA AÇÃO
Pela análise efetuada anteriormente, mantemos como linhas de ação a orientação das
atividades para a comunidade educativa, centrando-nos nos alunos e nas suas famílias
como agentes fundamentais do processo de ensino/aprendizagem.
Norteados por esta orientação pretendemos igualmente que o agrupamento seja uma
organização de ensino/aprendizagem diversificada (respondendo às necessidades dos
vários públicos que a procuram) e participada (onde todos os agentes educativos e
parceiros participem ativamente na construção do projeto educativo e do agrupamento).
Com esta ação, pretende-se sedimentar a afirmação do agrupamento como uma
organização de sucesso quer ao nível do Concelho do Fundão quer ao nível Regional.
Sendo esta afirmação um facto no ensino regular, em especial no ensino secundário,
pretendemos igualmente concretizá-la nas modalidades de dupla certificação.
Consideramos igualmente fundamental que a grande maioria dos colaboradores do
agrupamento partilhem uma Cultura de Mudança que fomente a capacidade de antecipar
as alterações de ordem social, educativa e económica; uma Cultura de Responsabilidade
por Objetivos, que permita descentralizar os níveis de decisão, otimizando as formas de
organização e o funcionamento das estruturas organizativas; uma cultura de partilha e de
discussão aberta de ideias, num ambiente informal que permita a participação de todos; e
uma Cultura Orientada para os Resultados, que se traduza num aumento das taxas de
transição dos Alunos, numa diminuição das taxas de abandono e numa melhoria das taxas
de sucesso nas várias disciplinas que compõem o currículo atual.
É nossa intenção promover um maior envolvimento da comunidade educativa,
principalmente das famílias, reforçando e sistematizando a divulgação de atividades,
apelando igualmente a uma maior participação das mesmas nas atividades e no processo
ensino/aprendizagem.
Além do maior envolvimento das famílias é igualmente nossa intenção manter e
aprofundar as parcerias com os nossos parceiros institucionais, empresas com as quais
temos protocolos de desenvolvimento de estágios e de projetos, instituições sociais e
universidades e institutos politécnicos com os quais temos uma relação de
desenvolvimento de projetos.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 12
A ação do agrupamento deve estar orientada para o aluno, de forma a sedimentar uma
cultura que o considere o centro de toda a atividade desenvolvida pela organização. A
valorização da eficiência, otimizando a relação custo/resultados e a maior abertura ao
exterior, prestando maior atenção aos públicos externos e às mudanças do ambiente,
devem ter em conta sempre o interesse dos alunos. Desse modo, a participação dos alunos
em atividades deve ponderar sempre o valor acrescentado que pode trazer ao processo
ensino/aprendizagem.
8 PLANO ESTRATÉGICO PARA O MANDATO 2018 – 2022
O plano estratégico a desenvolver nos próximos quatro anos tem como principal
objetivo a afirmação do agrupamento como uma referência de ensino ao nível local e
regional, quer no ensino regular, quer nos cursos de dupla certificação. Para concretizar
estes objetivos temos que afirmar, com clareza, que todas as atividades são orientadas
para os nossos alunos, que utilizamos com eficiência os recursos existentes, que
conseguimos aumentar o envolvimento das famílias e que reforçamos a abertura ao
exterior.
Quando afirmamos que todas as atividades devem ser orientadas para os nossos
alunos, queremos deixar claro que consideramos importantes não só as que promovem as
aprendizagens curriculares (desenvolvidas em ambientes formais), mas também as que
contribuem para a formação integral dos cidadãos. Consequentemente, nos conselhos de
turma e/ou conselho de escola deverão articular-se as intervenções e ter em consideração
as vantagens que o aluno pode ter, pelo facto de participar nas inúmeras solicitações que
são feitas ao agrupamento. Assim, devem ser priorizadas e selecionadas as atividades a
desenvolver, privilegiando-se aquelas que forem propostas pelos nossos parceiros e as que
tenham uma relação direta com os conteúdos curriculares do currículo formal. Dessa
forma, conseguimos centrar a nossa ação na função primordial da nossa missão, antes
identificada, não dispersando esforços, e meios.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 13
Iremos apresentar o nosso plano estratégico em 9 áreas de intervenção que
consideramos fundamentais, que englobam a nossa missão, mas também as atividades de
apoio à concretização da mesma. Como não poderia deixar de ser, as áreas de intervenção
incidem sobre os problemas identificados anteriormente, mas também sobre os pontos
fortes evidenciados pela avaliação externa.
8.1 ATIVIDADE LETIVA
Neste aspeto, o nosso objetivo é ministrar um ensino de excelência que conjugue a
qualidade do processo ensino aprendizagem com uma elevada taxa de transição, uma
baixa taxa de abandono e resultados em exame acima da média nacional. Desse modo,
para atingir estes objetivos iremos focar-nos nos seguintes aspetos:
Especial atenção ao 2º Ciclo e à articulação necessária que tem de ser feita com os
restantes Ciclos, nomeadamente o 1º Ciclo e o 3º Ciclo. Em nosso entender, a melhoria de
resultados no 2º Ciclo é possível desde que exista articulação e se construa um documento
orientador que dê ênfase aos aspetos essenciais do currículo a desenvolver neste Ciclo de
ensino. Para a construção deste documento deve ter-se em consideração as metas
curriculares existentes e igualmente os problemas/lacunas que os Professores do 2ºe 3º
Ciclo detetam nos alunos. Com este esforço de articulação, aliado à formação de
professores e aos apoios aos alunos nas áreas fundamentais, conseguiremos melhorar os
resultados na generalidade das disciplinas.
A necessidade de articulação vertical é transversal entre Ciclos, devendo portanto ser
realizada nos diferentes níveis de ensino. Além das metas curriculares, os Professores do
1º Ciclo devem ter um documento elaborado em conjunto com os Professores do 2º e 3º
Ciclos que dê conta das principais dificuldades dos alunos e da necessidade de focar
determinados aspetos considerados fundamentais para o percurso escolar futuro dos
alunos a partir do pré-escolar. Ligada a esta articulação, a formação entre pares é
fundamental.
Além da articulação vertical pretendemos aprofundar a articulação horizontal entre
agrupamentos e no interior dos Conselhos de Turma ou Conselho de Escola, pois são os
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 14
elementos vitais da articulação pedagógica. As atividades letivas e não letivas devem ser
planeadas e articuladas no Conselho de turma / Escola, assumindo o Diretor de Turma/
Prof Titular de Turma/ Educador Titular de Grupo o papel de coordenação e liderança
fundamental.
Esta estratégia de articulação tem de estar ligada a um plano de apoios aos alunos,
baseado fundamentalmente na intervenção das Bibliotecas Escolares/Centros de Recursos.
Sendo estes os serviços que concentram os recursos materiais, e tendo à sua disposição
um vasto conjunto de recursos humanos (Coordenadores, equipa de Professores afeta à
dinamização, Assistentes Operacionais, Professores), deverão desenvolver, programar e
monitorizar a eficácia do apoio aos alunos, assim como as atividades de substituição, caso
a discussão actual no agrupamento conclua pela sua continuidade. Este é um dos aspetos
onde deverá existir uma efetiva descentralização de competências do Diretor.
Consideramos igualmente que deve ser realizada uma avaliação sobre a implementação do
Plano de Ação Estratégica (PAE), com o objetivo de identificar elementos que permitam
uma maior eficiência no apoio aos alunos.
Nesta intervenção, é necessário não esquecer o isolamento relativo dos
estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo e Pré-Escolar localizados fora da cidade do Fundão.
Para diminuir esse isolamento relativo, deveremos efetuar visitas presenciais aos locais
para falar com os Professores e ter a noção das dificuldades existentes e dos meios
necessários para garantir uma melhoria das condições de ensino.
Sendo esta uma estratégia a desenvolver no ensino regular, interessa igualmente ter
uma intervenção focalizada no ensino profissional que possa permitir diminuir o número
de módulos em atraso dos alunos. A formação em metodologias em que os alunos
assumem um papel ativo no processo ensino-aprendizagem poderá aumentar os níveis de
motivação, levando ao desenvolvimento nos alunos de competências de oralidade e escrita,
ligadas às competências profissionais promovendo as aprendizagens signific(ativas)
pretendidas.
Também a assiduidade, nos cursos profissionais, é outro dos problemas
identificados. Assim, iremos implementar o concurso da melhor turma do ensino
profissional, valorizando não só os resultados académicos mas também a assiduidade na
ponderação global. Com esta iniciativa pretendemos que o grupo turma aja sobre o
indivíduo, no sentido de apelar à sua responsabilidade.
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 15
Outra medida a consolidar será a valorização individual dos alunos com melhores
resultados. Pretende-se com esta medida aprofundar a cultura da qualidade e a
recompensa do mérito. Serão premiados os três melhores alunos de cada Ciclo de ensino e
de cada modalidade de formação.
Outro dos problemas a resolver, com consequências assinaláveis na actividade
lectiva, é a gestão dos espaços letivos e salas de aula enquanto decorrerem as obras de
intervenção no complexo escolar. Terá de haver uma especial atenção à estabilidade dos
alunos, pelo que a organização dos horários deverá tentar manter o máximo de turmas
num dos edifícios do complexo escolar. A deslocação para fora do complexo deverá ser
ponderada como uma medida muito excepcional, considerando os problemas de
instabilidade, transportes, alimentação, apoio educativo, entre outros.
8.2 DIVERSIFICAÇÃO DE OFERTAS EDUCATIVAS
Tendo consciência da realidade existente, em que a escola é uma “escola de massas”
que recebe alunos com origens muito diversas. Tendo igualmente consciência que o
agrupamento é o único estabelecimento público com ensino secundário, é nossa intenção
diversificar as ofertas educativas, com o objetivo de dar resposta às diferentes solicitações
e necessidades dos cidadãos do concelho do Fundão e por acréscimo da região. Dessa
forma iremos propor em reunião de rede escolar a lecionação do pré-escolar, do 1º Ciclo,
do 2º Ciclo regular, do 3º Ciclo regular, de cursos de educação e formação de nível 2,
todas as áreas do ensino regular do ensino secundário e cursos profissionais, todos do
ensino diurno destinados a crianças e jovens. Sendo também nossa preocupação os
adultos, iremos manter o Centro Qualifica, que candidatámos em 2013.
Ao nível dos cursos profissionais, consideramos que deveremos desenvolver
formação nas áreas em que temos tradição, qualidade e recursos, nomeadamente nas
áreas tecnológicas (eletrónica, informática, tecnologia química, indústria alimentar) e na
área social/artística (gestão, saúde, trabalho social, serviços jurídicos, artes). Entendemos
PROJETO DE INTERVENÇÃO NO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO FUNDÃO
Estêvão Gouveia Lopes 16
igualmente que a lecionação de todas as componentes de formação (sociocultural,
científica e técnica) deve ser realizada com os recursos do agrupamento, embora nalgumas
áreas específicas possamos partilhar equipamentos e instalações com entidades parceiras.
Os laboratórios e salas específicas existentes, assim como o corpo de docentes altamente
qualificado permitem um ensino de qualidade que vai afirmar-se como referência regional.
Pretende-se que a cultura empreendedora do agrupamento seja uma marca também dos
cursos profissionais.
Temos também especial atenção ao número crescente de alunos com Necessidades
Educativas Especiais, de caráter permanente e profundo, que procuram o nosso
agrupamento. Também para estes alunos vamos melhorar as condições que possam
assegurar a frequência de todos os alunos.
8.3 ENVOLVIMENTO DAS FAMÍLIAS
Da experiência que temos tido, sentimos a necessidade de maior envolvimento das
famílias nas atividades do agrupamento. Para atingir esse objetivo iremos centrar essa ação
na turma e no Diretor de Turma, transferindo competências e responsabilidades para o
Diretor de Turma.
Daremos algumas orientações, que todos os Diretores de Turma devem
atender/considerar. Dessas orientações salientamos a inclusão, no Plano Anual de
Atividades (PAA), de uma atividade por turma proposta pelos (ou com os) encarregados de
educação. Esta iniciativa, aliada à responsabilização dos pais pela concretização das
atividades, permitirá um maior envolvimento e conhecimento da realidade escolar.
Além destas orientações, iremos apelar aos Diretores de Turma para que
desenvolvam e promovam atividades em que os pais possam ver o trabalho realizado pelos
seus filhos e dessa forma valorizarem esse mesmo trabalho.
Nas situações mais problemáticas reforçaremos a articulação externa com a
Segurança Social, a GNR (escola segura), o Centro de Saúde a Comissão de Proteção de
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Crianças e Jovens, para que possa existir um acompanhamento mais próximo da família e
minorar o efeito de alguns problemas estruturais de âmbito familiar.
É também nossa intenção estabelecer um maior contacto com a Associação de Pais e
Pais /Encarregados de Educação representantes de cada turma, reunindo formalmente uma
vez por trimestre. Nessa reunião, o Diretor do Agrupamento e os representantes dos Pais /
Encarregados de Educação poderão discutir os problemas sentidos e as possíveis soluções
para os mesmos. Pretendemos assim que os pais sejam elementos cada vez mais ativos e
participantes na construção e desenvolvimento do Projeto Educativo do Agrupamento.
8.4 ABERTURA AO EXTERIOR
Sendo um dos pontos fortes do agrupamento, é nossa intenção manter e aprofundar
as parcerias com os nossos parceiros institucionais, com as empresas com as quais temos
protocolos de desenvolvimento de estágios e projetos, o IEFP, instituições sociais,
universidades e institutos politécnicos com os quais temos uma relação de
desenvolvimento de projetos. Esta abertura será igualmente importante para uma
aprendizagem contínua a partir de bons exemplos implementados por outras instituições
(benchlearning).
A relação com a Câmara Municipal é fundamental na articulação a concretizar para a
melhoria do serviço educativo. Dessa forma, queremos manter essa relação e mesmo
intensificá-la, sendo parceiros ativos no desenvolvimento do Projeto Educativo Local, na
definição da rede escolar e na organização de atividades conjuntas.
Também com a Santa Casa da Misericórdia do Fundão pretendemos intensificar a
relação existente ao nível dos estágios profissionais nas valências da 3ª idade (Lares,
Centros de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e Rede de Cuidados Continuados) e nas
valências da infância (Creche / Jardim de Infância e A.T.L), assim como na relação com a
Escola “Academia de Música e Dança da S.C.M.F”. As atividades conjuntas podem ser
intensificadas criando sinergias que beneficiem ambas as instituições e principalmente os
destinatários da nossa ação.
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A Associação Comercial e Industrial do Concelho do Fundão é outro dos parceiros
que tem colaborado connosco em múltiplos projetos, principalmente ao nível do
empreendedorismo e da procura de empresas para a realização de estágios profissionais. É
nossa intenção aprofundar as relações com a ACICF, articulando ações que possam
identificar problemas sentidos pelas empresas da região, procurando em conjunto
encontrar soluções para esses problemas utilizando recursos do agrupamento.
A área jurídica e a relação com o Tribunal do Fundão tem sido uma mais valia que
tem permitido não só a realização de estágios profissionais, mas também uma abertura da
justiça à sociedade civil, com efeitos positivos quer para a área da justiça, quer para a área
educativa.
A GNR, através do núcleo Escola Segura, assim como o Centro de Saúde do Fundão
são parceiros com os quais temos desenvolvido inúmeras atividades no âmbito da
promoção da segurança e da saúde. Estas são duas áreas que, tendo em conta o contexto
em que vivemos, interessa aprofundar com os nossos alunos. Assim, é para nós
importante intensificar a colaboração e articulação com estas duas organizações.
No desenvolvimento de projetos e da formação em contexto de trabalho, dos cursos
profissionais, temos como parceiros dezenas de empresas, juntas de freguesia,
instituições de caráter social, unidades de saúde, sendo nosso objetivo estabelecer
protocolos mais amplos que os relativos aos estágios, para que possamos também prestar
serviços no âmbito da formação ou utilização de instalações e/ou recursos materiais. A
relação com o Instituto de Emprego e Formação Profissional é igualmente importante para
o desenvolvimento, em parceria, de alguns cursos profissionais, partilhando instalações e
meios materiais, e para a orientação dos programas de emprego destinado aos jovens que
concluem os cursos de dupla certificação.
Também com as instituições do ensino superior, nomeadamente a Universidade da
Beira Interior, o Instituto Politécnico de Castelo Branco, o Instituto Politécnico da Guarda, o
Instituto Politécnico de Bragança e a Universidade de Aveiro, temos desenvolvido vários
projetos e estágios que têm permitido aos nossos alunos utilizar algum do
material/equipamento existente no ensino superior. É nossa intenção intensificar essa
relação e estabelecer protocolos dessa relação e aprofundar essas parcerias.
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8.5 COMUNICAÇÃO E IMAGEM
Sendo um dos aspetos que consideramos importante para o agrupamento, temos
também consciência que poderemos melhorar bastante nesta área.
Desse modo, com o objetivo de promover uma maior divulgação externa das
atividades realizadas e da imagem positiva do agrupamento, propomo-nos nomear uma
equipa responsável pela divulgação das atividades e estabelecer parcerias com empresas
de Marketing, assim como com a Universidade da Beira Interior. É um facto que
desenvolvemos muitas atividades, mas muitas delas não chegam a ser conhecidas pela
comunidade, nem mesmo pelas famílias. Daí ter de existir uma atenção especial a este
aspeto.
Para manter e melhorar a imagem do agrupamento propomo-nos desenvolver
bienalmente uma atividade de grande dimensão onde serão divulgados, à comunidade,
produtos/resultados de ações desenvolvidas pelos alunos (à semelhança da “Mostra de
Ciência” ou do “Coração Franco”). Propomo-nos igualmente promover a realização de um
vídeo promocional do agrupamento.
Aproveitando o facto da primeira escola criada ser uma escola industrial, podemos
melhorar a imagem dos cursos profissionais junto de toda a comunidade escolar. Teremos
que aliar a esta estratégia de comunicação a um maior apoio aos módulos em atraso, para
aumentar a taxa de conclusão, assim como o apoio aos alunos que concluíram os cursos
de nível IV e não estão empregados, nem ingressaram num curso superior. Este apoio será
concretizado através de uma equipa que fará anualmente o contacto com todos os ex-
alunos que terminaram o seu percurso formativo no agrupamento para saber qual a sua
situação. Nos casos em que o ex-aluno não estiver ocupado, será convidado para algumas
sessões com as psicólogas do agrupamento, onde serão apresentadas técnicas de procura
ativa de emprego e fornecida informação em parceria com o Instituto de Emprego e
Formação Profissional.
Desta forma queremos aumentar a divulgação da imagem positiva do agrupamento,
enquanto organização educativa de referência com bons resultados no ensino regular, mas
também criar uma imagem de referência relativa aos cursos profissionais desenvolvidos.
Propomo-nos igualmente divulgar de forma sistemática os resultados obtidos na avaliação
interna e externa, salientando esse ponto forte que nos diferencia a nível local e regional.
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8.6 AUTONOMIA
No âmbito desta ação propomo-nos discutir o grau de autonomia que o
agrupamento deve ter, envolvendo nessa discussão os colaboradores e pais a nível interno,
mas também o Ministério da Educação e a Câmara Municipal do Fundão. A autonomia da
escola, aliada à diversificação de ofertas, à dimensão do agrupamento e à imagem de
qualidade permitirá enfrentar os desafios futuros. A parceria com a câmara municipal
permitirá encontrar sinergias que irão melhorar o enquadramento de contratos futuros
com o poder central.
Esta autonomia permitirá ao agrupamento gerir melhor as suas atividades e os seus
recursos humanos, fornecendo assim um serviço educativo de melhor qualidade.
8.7 SERVIÇOS DE APOIO À ATIVIDADE LETIVA
Considerando a diminuição constante de colaboradores não docentes, mantendo-se o
mesmo número de edifícios e instalações, é necessário melhorar a organização dos
recursos humanos e o consequente aumento da produtividade. Propomo-nos redistribuir
os recursos humanos existentes, aumentando a área de intervenção de cada um,
diversificando a experiência nos vários postos de trabalho. Dessa forma, é possível
responder mais eficazmente a eventuais falhas ou carências mais duradouras.
Com o objetivo de melhorar o processo ensino aprendizagem, pretendemos que o
Serviço de Psicologia e Orientação intensifique a articulação com a Educação Especial no
sentido de determinar com maior celeridade as dificuldades e interesses dos alunos.
Pretendemos definir procedimentos que tornem os processos de referenciação de alunos
com necessidades educativas especiais menos morosos, permitindo uma resposta
adequada mais célere. Queremos igualmente desenvolver uma orientação mais centrada no
aluno que evite algumas mudanças de curso existentes principalmente no décimo ano.
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É ainda nossa intenção incentivar a aprendizagem entre pares, implementando
algumas experiências que incentivem alunos de níveis mais avançados a apoiar o estudo
de alunos de níveis mais baixos.
Também é nosso objetivo aumentar a segurança dos nossos alunos, melhorando o
sistema de controlo eletrónico de entradas e saídas e diversificando as atividades que
poderão frequentar nos tempos livres. Para esta organização são fundamentais as
bibliotecas /Centros de Recursos. Com a melhoria de organização dos recursos humanos e
serviços de apoio será também possível reforçar a vigilância externa e promover atividades
de ocupação dos alunos em falhas ocasionais dos professores.
Pretendemos igualmente intervir na redução de custos dos principais agregados da
despesa, nomeadamente os custos com eletricidade, gás, água e telecomunicações.
Relativamente à eletricidade, pensamos levar a cabo uma política de diminuição do
consumo, ponderando também a possibilidade de instalar painéis solares fotovoltaicos.
Relativamente à água, iremos também analisar a possibilidade de instalação dum sistema
de rega a partir do poço existente, que permitirá diminuir o consumo.
8.8 AVALIAÇÃO INTERNA
Para que tenhamos a noção do nosso desempenho, possamos prestar contas e
corrigir a nossa ação, necessitamos de ter um processo de avaliação interna que
monitorize os resultados, processos e meios que são utilizados na ação educativa. Desse
modo, é nossa intenção continuar o processo de avaliação que tem vindo a ser utilizado,
baseado na metodologia CAF (Common Assessment Framework), nomeadamente o modelo
adaptado à educação.
Este processo de avaliação que avalia meios (liderança, pessoas, planeamento e
estratégia, parcerias e recursos, e processos) e resultados (Resultados relativos às pessoas,
resultados orientados para os clientes, impacto na sociedade e resultados de desempenho
chave) produziu várias medidas de melhoria, que têm vindo a ser implementadas.
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Implementaremos assim um processo sistemático de avaliação que permitirá
monitorizar e valorizar as principais estruturas do agrupamento, prestando
simultaneamente contas à comunidade, quando da apresentação dos resultados obtidos.
Esta prestação de contas, as opiniões recolhidas e o conhecimento do que está a ser feito
permitirá reorientar a nossa ação no sentido de uma melhoria constante.
8.9 CLIMA DE AGRUPAMENTO
Um dos aspetos que merece especial atenção é o clima de escola e o bem-estar dos
alunos, colaboradores (docentes e não docentes) e demais elementos da comunidade
educativa. Como já referimos anteriormente, a Secundária do Fundão e o Agrupamento de
Escolas João Franco tinham duas culturas diferentes que até hoje não estão integradas.
É assim nossa intenção promover debates abertos que evidenciem os aspetos
positivos de uma e outra cultura que tenham um efeito positivo na aprendizagem dos
alunos e no clima de escola. Pretendemos criar um clima calmo e propício ao
desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, definindo estratégias que regulem o
comportamento dos alunos e que motivem os professores e pessoal não docente.
Propomo-nos, desse modo, aumentar a democraticidade nos processos de decisão,
nomeadamente na eleição das estruturas intermédias. Pretendemos igualmente continuar a
insistir no cumprimento de regras pré-definidas em sala de aula e fora dela, na
uniformização de procedimentos por parte dos professores, na valorização dos resultados
e comportamento dos alunos, e na valorização da entreajuda entre alunos.
É nossa intenção envolver os colaboradores docentes e não docentes na construção
dos documentos estruturantes, de forma a senti-los como seus. Consequentemente temos
a intenção de divulgar amplamente os documentos e relatórios de avaliação interna
produzidos, alguns dos quais (por exemplo o relatório de atividades e contas) apenas são
do conhecimento do Conselho Geral. Apesar da pouca autonomia, propomo-nos
aprofundar mecanismos de reconhecimento, estímulo e valorização do trabalho
desenvolvido pelos colaboradores. Consideramos também fundamental que as estruturas
intermédias participem nas tomadas de decisão da direção e por sua vez explicitem as
decisões tomadas pela direção a todos os implicados.
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Queremos igualmente continuar a desenvolver algumas atividades que promovam
relações informais, que por sua vez estimulem a motivação dos colaboradores. A
promoção da partilha de conhecimentos entre pares é um dos elementos essenciais para a
discussão aberta e a melhoria dos processos de toda a organização.
Iremos igualmente incentivar a dinamização de um Clube do Professor que possa
aglutinar os elementos no ativo e aposentados, permitindo atividades conjuntas.
Em suma, este plano estabelece propostas de intervenção que se agrupam nas
seguintes áreas chave:
1- Visão estratégica e missão, que norteiam toda a atuação.
2- Avaliação e aperfeiçoamento dos inputs-chave. Focaliza-se na gestão dos
diferentes recursos disponíveis na escola.
3 - Avaliação e aperfeiçoamento dos processos-chave (gestão dos processos).
Para os objetivos atuais, nos processos-chave incluem-se pelo menos:
• Estruturação/articulação do currículo e dos programas de ensino;
• Orientação e aconselhamento;
• Aprendizagem e ensino, incluindo o planeamento e a avaliação;
• Proporcionar apoios para as necessidades de aprendizagem individual, incluindo
as necessidades de educação especial;
• Manutenção e desenvolvimento da cultura de escola, clima e relacionamentos;
• Gestão das ligações com os pais e com a comunidade em geral.
4- Impacto nos resultados que inclui medições do sucesso escolar e das
qualificações dos alunos, mas também o acompanhamento do percurso após a
escola e sobre outros aspetos das competências dos alunos, capacidades e
atitudes para além das experiências académicas básicas. Nesta área chave
também são relevantes as perceções dos parceiros chave, incluindo alunos, pais e
colaboradores, por forma a garantir bons níveis de satisfação com vários aspetos
da oferta do agrupamento.
Fundão, 29 de março de 2018
O candidato a Diretor
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(Estêvão Gouveia Lopes)