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Relatório Agrupamento de Escolas do Cadaval AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Sul 2014 2015

Relatório Agrupamento de Escolas do Cadaval - IGEC · relativos ao ano letivo de 2012-2013, o Agrupamento, quando comparado com as outras escolas públicas, ... Agrupamento de Escolas

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  • Relatrio

    Agrupamento de Escolas

    do Cadaval

    AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS

    rea Territorial de Inspeo

    do Sul

    2014 2015

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    1

    CONSTITUIO DO AGRUPAMENTO

    Jardins de Infncia e Escolas EPE 1. CEB 2. CEB 3. CEB ES

    Escola Bsica e Secundria do Cadaval

    Jardim de Infncia de Alguber, Cadaval

    Jardim de Infncia de Cercal, Cadaval

    Jardim de Infncia da Murteira, Cadaval

    Jardim de Infncia do Painho, Cadaval

    Jardim de Infncia do Peral, Cadaval

    Jardim de Infncia da Vermelha, Cadaval

    Escola Bsica n. 1 do Cadaval

    Escola Bsica de Figueiros, Cadaval

    Escola Bsica de Cho do Sapo, Cadaval

    Escola Bsica da Dagorda, Cadaval

    Escola Bsica do Vilar, Cadaval

    Escola Bsica de Alguber, Cadaval

    Escola Bsica da Murteira, Cadaval

    Escola Bsica do Painho, Cadaval

    Escola Bsica da Sobrena, Cadaval

    Escola Bsica da Vermelha, Cadaval

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    2

    1 INTRODUO

    A Lei n. 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliao dos estabelecimentos de educao

    pr-escolar e dos ensinos bsico e secundrio, definindo orientaes gerais para a autoavaliao e para a

    avaliao externa. Neste mbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliao dos

    jardins de infncia e das escolas bsicas e secundrias pblicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de

    avaliao em junho de 2011.

    A ento Inspeo-Geral da Educao foi

    incumbida de dar continuidade ao programa de

    avaliao externa das escolas, na sequncia da

    proposta de modelo para um novo ciclo de

    avaliao externa, apresentada pelo Grupo de

    Trabalho (Despacho n. 4150/2011, de 4 de

    maro). Assim, apoiando-se no modelo construdo

    e na experimentao realizada em doze escolas e

    agrupamentos de escolas, a Inspeo-Geral da

    Educao e Cincia (IGEC) est a desenvolver

    esta atividade consignada como sua competncia

    no Decreto Regulamentar n. 15/2012, de 27 de

    janeiro.

    O presente relatrio expressa os resultados da

    avaliao externa do Agrupamento de Escolas do

    Cadaval, realizada pela equipa de avaliao, na

    sequncia da visita efetuada entre 12 e 16 de

    janeiro de 2015. As concluses decorrem da

    anlise dos documentos fundamentais do

    Agrupamento, em especial da sua autoavaliao,

    dos indicadores de sucesso acadmico dos alunos,

    das respostas aos questionrios de satisfao da

    comunidade e da realizao de entrevistas.

    Espera-se que o processo de avaliao externa

    fomente e consolide a autoavaliao e resulte

    numa oportunidade de melhoria para o

    Agrupamento, constituindo este documento um

    instrumento de reflexo e de debate. De facto, ao

    identificar pontos fortes e reas de melhoria,

    este relatrio oferece elementos para a

    construo ou o aperfeioamento de planos de

    ao para a melhoria e de desenvolvimento de

    cada escola, em articulao com a administrao

    educativa e com a comunidade em que se insere.

    A equipa de avaliao externa visitou a escola-

    -sede do Agrupamento, a Escola Bsica n. 1 do

    Cadaval, as escolas bsicas de Figueiros e da

    Dagorda e as escolas bsicas e os jardins de infncia do Painho e da Vermelha.

    A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilizao do Agrupamento, bem como a colaborao

    demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparao e no decurso da avaliao.

    ESCALA DE AVALIAO

    Nveis de classificao dos trs domnios

    EXCELENTE A ao da escola tem produzido um impacto

    consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

    das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

    respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

    na totalidade dos campos em anlise, em resultado de

    prticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

    eficazes. A escola distingue-se pelas prticas exemplares em

    campos relevantes.

    MUITO BOM A ao da escola tem produzido um impacto

    consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

    aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

    percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

    totalidade dos campos em anlise, em resultado de prticas

    organizacionais generalizadas e eficazes.

    BOM A ao da escola tem produzido um impacto em linha

    com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

    dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

    escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

    nos campos em anlise, em resultado de prticas

    organizacionais eficazes.

    SUFICIENTE A ao da escola tem produzido um impacto

    aqum dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

    e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

    escolares. As aes de aperfeioamento so pouco

    consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas

    da escola.

    INSUFICIENTE A ao da escola tem produzido um impacto

    muito aqum dos valores esperados na melhoria das

    aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

    percursos escolares. Os pontos fracos sobrepem-se aos

    pontos fortes na generalidade dos campos em anlise. A

    escola no revela uma prtica coerente, positiva e coesa.

    O relatrio do Agrupamento apresentado no mbito da

    Avaliao Externa das Escolas 2014-2015 est disponvel na pgina da IGEC.

    http://www.ige.min-edu.pt/upload/Legisla%E7%E3o/Lei_31_2002.pdfhttp://dre.pt/pdf2sdip/2011/03/045000000/1077210773.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/upload/Legislao/Decreto_Regulamentar_15_2012.pdfhttp://www.ige.min-edu.pt/content_01.asp?BtreeID=03/01&treeID=03/01/03/00&auxID=

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    3

    2 CARACTERIZAO DO AGRUPAMENTO

    O Agrupamento de Escolas do Cadaval, criado em 2002, tinha como sede a Escola Bsica dos 2. e 3.

    ciclos do Cadaval. Em julho de 2010 deu-se a fuso desta com a Escola Secundria com 3. ciclo de

    Montejunto, originando a Escola Bsica e Secundria do Cadaval, atual sede do Agrupamento. Situado

    no concelho do Cadaval, distrito de Lisboa, na zona denominada Regio Oeste, abrange um territrio

    com 10 freguesias. Atualmente constitudo por seis jardins de infncia, cinco escolas do 1. ciclo do

    ensino bsico, cinco escolas do 1. ciclo com jardim de infncia e pela escola-sede com os 2. e 3. ciclos e o

    ensino secundrio. Aquando do primeiro ciclo de avaliao externa das escolas, o Agrupamento de

    Escolas do Cadaval foi avaliado em janeiro de 2010 e a Escola Secundria de Montejunto em maio de

    2009.

    No presente ano letivo, a populao escolar totaliza 1475 crianas e alunos, assim distribudos: 240

    crianas da educao pr-escolar (14 grupos); 476 alunos do 1. ciclo (28 turmas); 210 do 2. ciclo (11

    turmas); 320 do 3. ciclo (17 turmas); 166 dos cursos cientfico-humansticos do ensino secundrio (oito

    turmas); 12 do curso profissional de Tcnico de Comrcio (uma turma); 12 do curso de educao e

    formao de Prticas Tcnico-Comerciais (uma turma) e 39 dos cursos vocacionais de Restaurao e Bar

    e de Jardinagem, com 22 e 17 alunos, respetivamente (duas turmas).

    O Agrupamento dispe de uma unidade de ensino estruturado para a educao de alunos com

    perturbaes do espectro do autismo e de uma unidade de apoio especializado para a educao a alunos

    com multideficincia e surdocegueira, que constituem uma resposta educativa especializada para os que

    apresentam as problemticas referidas.

    Relativamente ao social escolar, verifica-se que 67% dos alunos no beneficiam de auxlios

    econmicos. J no que respeita s tecnologias de informao e comunicao, 79% possuem computador e

    internet em casa. O Agrupamento frequentado por 40 alunos de outras nacionalidades (3,2%).

    A educao e o ensino so assegurados por 148 docentes, 89% dos quais pertencem aos quadros do

    Agrupamento. A experincia profissional significativa, pois 141 lecionam h 10 ou mais anos. O

    pessoal no docente constitudo por 73 trabalhadores, dos quais 10 so assistentes tcnicos e 63

    assistentes operacionais, sendo que 25 destes so da responsabilidade da autarquia.

    Os indicadores relativos formao acadmica dos pais e das mes dos alunos permitem verificar que

    17% tm uma formao ao nvel do ensino secundrio e 9% de nvel superior.

    De acordo com os dados disponibilizados pela Direo-Geral de Estatsticas da Educao e Cincia,

    relativos ao ano letivo de 2012-2013, o Agrupamento, quando comparado com as outras escolas pblicas,

    apresenta variveis de contexto cujos valores se situam globalmente prximo da mediana,

    nomeadamente a idade mdia dos alunos, a mdia do nmero de alunos por turma, a percentagem de

    alunos que no beneficiam de ao social escolar e a mdia do nmero de anos da habilitao dos pais e

    das mes. Assim, o Agrupamento apresenta variveis de contexto bastante favorveis, embora no seja

    dos mais favorecidos.

    3 AVALIAO POR DOMNIO

    Considerando os campos de anlise dos trs domnios do quadro de referncia da avaliao externa e

    tendo por base as entrevistas e a anlise documental e estatstica realizada, a equipa de avaliao

    formula as seguintes apreciaes:

    3.1 RESULTADOS

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    4

    RESULTADOS ACADMICOS

    O trabalho realizado na educao pr-escolar, no mbito da observao e da avaliao das crianas, tem

    sido relevante de forma a promover o sucesso das suas aprendizagens, para o qual tem tambm

    contribudo a articulao com o 1. ciclo e a participao das famlias. Na verdade, nos ltimos anos tem

    aumentado a assiduidade das crianas nos diferentes jardins de infncia, o que pode ter tambm

    repercusses muito positivas em aprendizagens posteriores no 1. ciclo.

    A anlise e a reflexo realizadas pelas educadoras sobre a evoluo dos progressos das crianas tm

    permitido, por exemplo, identificar, de acordo com as reas de contedo, os domnios em que h ou no

    aquisio de novos saberes, de forma a serem tomadas decises sobre o processo educativo,

    relativamente a cada criana e ao grupo. Com efeito, a avaliao realizada mostra a necessidade de

    intensificar a comunicao oral.

    So de salientar os resultados observados nas taxas de concluso do 6. ano e do 12. ano e na avaliao

    externa a histria do 12. ano que esto acima dos valores esperados, quando comparados com os das

    escolas com valores anlogos nas variveis de contexto, determinados para o ano letivo de 2012-2013.

    Contudo, os resultados nos ensinos bsico e secundrio esto, na avaliao externa a matemtica e a

    portugus e nas taxas de concluso dos 4. e 9. anos, aqum dos valores esperados.

    No trinio de 2010-2011 a 2012-2013, os valores observados na avaliao externa a portugus esto

    globalmente aqum dos valores esperados, pelo que se mantm a constatao referida numa das

    avaliaes externas anteriores: Os fracos resultados dos alunos na avaliao externa, em Lngua

    Portuguesa.

    Em termos de evoluo, ao longo do trinio em anlise, de referir como preocupante que os valores

    observados na avaliao externa e na avaliao interna, quando comparados com os das escolas com

    valores anlogos nas variveis de contexto, apresentam, de uma forma geral, uma tendncia de

    agravamento. Apenas se destacam as taxas de concluso do 6. ano com uma tendncia de melhoria.

    As variveis de contexto do Agrupamento apresentam valores que se situam no geral prximos da

    mediana, o que favorvel. Porm, os resultados observados situam-se globalmente aqum dos valores

    esperados quando comparados com os das escolas com valores anlogos nas variveis de contexto,

    determinados para o trinio de 2010-2011 a 2012-2013, tanto na avaliao externa como na avaliao

    interna, o que indicia grandes dificuldades ao nvel dos processos de ensino e de aprendizagem.

    No que respeita s outras ofertas formativas, as taxas de sucesso dos cursos de educao e formao

    mostram flutuao nos ltimos quatro anos letivos, oscilando entre 73% e 100%. Os trs cursos

    profissionais, cujos ciclos de formao foram concludos naquele perodo, apresentam taxas de concluso

    baixas (12%, 32% e 38%).

    As causas subjacentes s taxas de sucesso no 2. ano de escolaridade, que tm sido, em cada um dos

    anos letivos do trinio de 2011-2012 a 2013-2014, sempre as mais baixas relativamente aos outros anos

    do ciclo, no esto objetivamente identificadas, o que pode condicionar a conceo de estratgias de

    melhoria do sucesso escolar neste ciclo.

    A anlise e a reflexo sobre os resultados acadmicos so realizadas nos diferentes rgos e estruturas

    de coordenao educativa e superviso pedaggica e tm sido motivo para algum debate sobre as causas

    determinantes do insucesso. Estas remetem, de um modo geral, para a falta de interesse e de hbitos de

    trabalho dos alunos, bem como para o fraco acompanhamento por parte dos pais e encarregados de

    educao. Assim, a anlise sistemtica dos resultados no est ainda centrada na identificao dos

    fatores explicativos do insucesso intrnsecos aos processos de ensino e de aprendizagem, de forma a ser

    possvel aos docentes agirem estrategicamente com vista melhoria.

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    5

    Nos ltimos quatro anos letivos o abandono escolar inexistente nos 1. e 2. ciclos e no ensino

    secundrio. No 3. ciclo, apenas existiu nos anos letivos de 2011-2012 e de 2013-2014 (1,1% e 1,3%,

    respetivamente).

    RESULTADOS SOCIAIS

    O Agrupamento tem fomentado o desenvolvimento cvico e a educao para a cidadania, da educao

    pr-escolar ao ensino secundrio, com a promoo do cumprimento das regras de conduta. Para o efeito,

    tem implementado, por exemplo, o projeto Descoberta da Escola Azul para integrar os alunos que

    ingressam no 5. ano, que so apadrinhados pelos alunos do ensino secundrio, com inmeras atividades

    que fomentam a sua participao na vida da escola e a assuno de responsabilidades. No mesmo

    sentido, o programa Parlamento dos Jovens para o ensino bsico, este ano com o tema combate ao

    insucesso escolar, tem envolvido os alunos e promovido a sua formao pessoal e social.

    Na educao pr-escolar, dada especial ateno ao cumprimento das regras estabelecidas, utilizando-se

    as diferentes potencialidades que emergiram dos processos avaliativos, nomeadamente a participao

    ativa e efetiva das crianas na vida do grupo e o seu bom relacionamento com os pares e adultos.

    As aes de solidariedade desenvolvidas so a entrega de cabazes de Natal s famlias dos alunos mais

    carenciados, donativo/troca de manuais escolares, recolha de material escolar para pases de lngua

    portuguesa, bem como a visita de grupos de alunos a instituies particulares de solidariedade social,

    designadamente lares de idosos, cantando e declamando poesia. Porm, no so promovidas atividades

    da iniciativa dos alunos, utilizando para o efeito as assembleias de delegados e a recente associao de

    estudantes, como forma de potenciar a sua autonomia, criatividade e responsabilidade.

    A oferta de vrias modalidades de Desporto Escolar tem sido tambm uma estratgia de integrao e de

    incentivo a alunos desmotivados e um complemento importante na sua formao pessoal e social. de

    realar o desenvolvimento das modalidades de boccia e de goldball, direcionadas a alunos com

    necessidade educativas especiais.

    Os alunos do ensino bsico dispem da disciplina de educao cvica e os representantes do ensino

    secundrio participam na discusso e aprovao do regulamento interno no conselho geral, conhecendo

    os seus direitos e deveres. Todavia, ocorrem casos de comportamentos pouco adequados, dentro da sala

    de aula, que no favorecem um ambiente calmo e de respeito, propiciador das aprendizagens.

    No trinio de 2010-2011 a 2012-2013, houve um decrscimo do nmero de medidas disciplinares

    sancionatrias (94; 169; 56), de dias de suspenso (134; 169; 58) e de alunos que foram suspensos (55;

    83; 21). Contudo, estes valores subiram no ano letivo de 2013-2014, relativamente ao ano letivo

    anterior, tendo triplicado o nmero de alunos aos quais foram aplicadas medidas sancionatrias de

    suspenso. , por isso, uma questo no resolvida e para a qual as aes realizadas, com enfoque na

    preveno, no tm sido suficientes. Efetivamente, no foi adotada uma estratgia partilhada por todos

    os profissionais para prevenir e resolver com eficcia as situaes de indisciplina, de forma a melhorar

    as competncias sociais dos alunos e o ambiente propcio s suas aprendizagens.

    O Gabinete de Apoio ao Aluno tem tido repercusses positivas sobretudo na dissuaso de

    comportamentos perturbadores das aprendizagens, no que respeita ordem de sada dos alunos da sala

    de aula. O registo e a tipificao das ocorrncias podero agilizar a comunicao e a articulao, em

    particular com o servio de psicologia e orientao, no sentido de serem desenvolvidas formas de atuao

    mais eficazes.

    realizado o acompanhamento do percurso dos alunos que concluem os cursos profissionais, o que

    permite conhecer o impacto das aprendizagens e consequentemente refletir e melhorar estes cursos. A

    implementao de um procedimento de seguimento dos alunos aps a escolaridade poderia contribuir,

    de forma mais abrangente, para uma melhoria da prestao do servio educativo.

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    6

    RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

    No mbito da presente avaliao externa e em resposta aos questionrios aplicados comunidade

    educativa, a satisfao de alunos, encarregados de educao e trabalhadores, expressa no predomnio

    dos nveis de concordncia e de concordncia total, mostra mdias globais relativamente elevadas, em

    especial no caso dos pais das crianas que frequentam a educao pr-escolar e dos restantes nveis de

    ensino, bem como no caso dos docentes e no docentes. No que respeita aos itens Gosto desta

    escola/Gosto de trabalhar nesta escola/Gosto que o meu filho ande nesta escola/Gosto que o meu filho

    frequente este JI, os nveis de satisfao so mais elevados, sendo o destaque dos alunos do 1. ciclo e

    dos pais das crianas que frequentam a educao pr-escolar.

    O Agrupamento conhece a comunidade que serve e, por isso, sabe quais as suas dificuldades,

    nomeadamente no acompanhamento prestado aos seus alunos por uma parte significativa das famlias.

    Neste sentido, so desenvolvidas algumas aes para promover, junto dos pais e encarregados de

    educao, uma maior ateno s aprendizagens, como o demonstra o trabalho realizado pelos diretores

    de turma.

    O envolvimento dos pais e encarregados de educao na vida da escola tem aumentado, por exemplo

    com as atividades promovidas no mbito de uma das trs metas do projeto educativo (Potenciar a

    relao entre a Escola e a Comunidade). As associaes de pais e encarregados de educao participam

    nos diversos rgos e estruturas de coordenao educativa e superviso pedaggica, reconhecendo a

    disponibilidade dos docentes, em especial dos titulares de grupo/turma e dos diretores de turma.

    de salientar a realizao de um projeto de formao parental Escola de pais, enquanto contributo do

    Agrupamento para o desenvolvimento da sociedade local, que seria uma mais-valia se lhe fosse dada

    continuidade e alargado a toda a comunidade.

    As ofertas formativas nas reas da restaurao, da informtica, do comrcio e da jardinagem, no mbito

    dos cursos profissionais, de educao e formao e vocacionais, tm tentado dar, o mais possvel,

    resposta s necessidades locais e regionais. No entanto, as taxas de empregabilidade nas reas de

    formao dos trs cursos profissionais, cujos ciclos de formao foram concludos nos ltimos quatro

    anos letivos, apresentam valores muito baixos (0%; 14%; 33%), o correspondente a um total de dois

    alunos.

    O sucesso dos alunos com melhores desempenhos escolares, desportivos e cvicos valorizado com os

    quadros de valor e de excelncia e, entre outros, os prmios de mrito escolar da Cmara Municipal do

    Cadaval e de uma entidade bancria e os prmios Mrito Desportivo e A Melhor Turma. Em setembro,

    tem lugar o Dia do Diploma, cerimnia anual onde so entregues os respetivos diplomas.

    Em suma, a ao do Agrupamento tem produzido um impacto aqum dos valores esperados na melhoria

    das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As aes de

    aperfeioamento so pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas. Tais

    fundamentos justificam a atribuio da classificao de SUFICIENTE no domnio Resultados.

    3.2 PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO

    PLANEAMENTO E ARTICULAO

    A interao entre os docentes, de uma forma geral, facilita a gesto do currculo. Esta realizada ao

    nvel dos departamentos curriculares e dos conselhos de docentes e de turmas com a elaborao da

    planificao de longo e mdio prazo, a definio de critrios de avaliao e o desenvolvimento de

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    7

    atividades conjuntas, inscritas no respetivo plano anual. Tambm nos conselhos de docentes e de turma

    so organizadas as medidas de promoo do sucesso, realizada a reflexo conjunta relativamente a

    estratgias a implementar e definidas as metas para as diferentes reas curriculares e por disciplina,

    assim como a partilha de materiais entre docentes.

    A articulao horizontal do currculo tem estado presente principalmente nos planos de trabalho de

    turma. Porm, uma abordagem do currculo numa perspetiva mais interdisciplinar, atravs do trabalho

    desenvolvido nos conselhos de docentes e de turma e reforada pelas atividades integradas no plano

    anual, poder conduzir a uma melhoria dos resultados escolares.

    So de realar algumas prticas de articulao entre docentes da educao pr-escolar e do 1. ciclo, da

    mesma escola do Agrupamento, na realizao de atividades com reflexos na contextualizao e na

    sequencialidade das aprendizagens.

    A experincia de articulao, ao nvel da disciplina de ingls, entre os professores do respetivo grupo

    disciplinar e das atividades de enriquecimento curricular do 1. ciclo, tem tido reflexos positivos no

    planeamento e no processo de ensino e de aprendizagem daqueles alunos. Porm, foi reconhecido que a

    articulao curricular vertical fundada em aes e decises devidamente avaliadas, com a respetiva

    insero no projeto curricular de Agrupamento e nos outros documentos estruturantes, poder

    contribuir para a sua sustentabilidade.

    Afigura-se tambm pertinente a integrao no projeto curricular de Agrupamento dos princpios que

    melhor caracterizam a identidade da escola em ligao com o meio envolvente, de modo a reforar a

    contextualizao do currculo em conjugao com o plano anual de atividades, promovendo uma maior

    motivao dos alunos para o processo de ensino e de aprendizagem.

    Assim, foi parcialmente superado o ponto fraco apontado numa das avaliaes externas anteriores: A

    fragilidade evidenciada na articulao interdepartamental e na sequencialidade entre nveis e ciclos de

    escolaridade, que dificultam a articulao do currculo e a operacionalizao das competncias.

    A informao sobre o percurso escolar das crianas e dos alunos est includa nos planos de trabalho de

    grupo/turma e transmitida nas reunies de docentes realizadas para o efeito, o que facilita as

    transies entre nveis de educao e ensino.

    A coerncia entre o ensino e a avaliao fomentada atravs da avaliao formativa, da articulao

    entre as diferentes modalidades de avaliao e com a aplicao dos critrios gerais e especficos, que so

    divulgados aos alunos e aos pais e encarregados de educao, no incio do ano letivo.

    Os conselhos de docentes e de turma realizam snteses do desenvolvimento curricular por disciplina,

    que so analisadas em conselho pedaggico. No mesmo sentido, os coordenadores de departamento

    curricular reportam os pontos de situao do cumprimento dos programas direo. Porm, este

    acompanhamento no permite concluir sobre a eficcia do trabalho realizado de forma a definir com

    rigor estratgias conjuntas de superao que tenham consequncias nos resultados escolares.

    PRTICAS DE ENSINO

    A adequao do ensino s capacidades e aos ritmos de aprendizagem das crianas e dos alunos, bem

    como a aprendizagem cooperativa, podero ser melhoradas com a implementao generalizada de

    prticas de diferenciao pedaggica em sala de atividades/aula e com um melhor aproveitamento dos

    recursos, em especial das tecnologias educativas e das bibliotecas escolares. Estas prticas podem ser

    potenciadas se forem associadas a um trabalho colaborativo entre os diferentes profissionais,

    nomeadamente educadores, professores e docentes de educao especial, na seleo de metodologias

    ativas e na construo de materiais didticos a aplicar.

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    8

    So de destacar as aes desenvolvidas no mbito do Programa de Apoio Promoo e Educao para a

    Sade, em articulao com o Centro de Sade Cadaval, como forma de sensibilizao e com implicaes

    no bem-estar geral, relevante para a formao integral de crianas e de alunos. A reativao da sade

    escolar ao nvel do centro de sade poder ser uma oportunidade para promover, junto das crianas e

    dos alunos e respetivas famlias, uma maior diversidade de aes nesta rea.

    Os docentes da educao especial articulam com os titulares de grupo/turma, com os diretores de turma

    e com as famlias e aproveitam os recursos disponveis, o que facilita a integrao e o sucesso dos alunos

    com necessidades educativas especiais, designadamente os das unidades de ensino estruturado e de

    apoio especializado. Efetivamente, as taxas de sucesso destes alunos evoluram globalmente nos ltimos

    quatro anos letivos e oscilam entre 72% e 100%. Contudo, importa reforar a articulao entre os

    profissionais da educao especial, psicloga e docentes de apoio educativo, nomeadamente com

    reunies conjuntas, de forma a maximizar as respostas s necessidades educativas especiais e s

    dificuldades de aprendizagem dos alunos.

    Deste modo, foi parcialmente superado o ponto fraco mencionado numa das avaliaes externas

    anteriores: A inexistncia de dispositivos de articulao entre os docentes do apoio educativo e do

    Departamento de Educao Especial, que diminui a eficcia dos apoios, no 1. ciclo.

    A valorizao das potencialidades reveladas pelas crianas e pelos alunos promovida atravs da

    exposio dos seus trabalhos e da participao em concursos nacionais e locais, como os projetos Eco-

    Escolas e Eco-Valor, o canguru matemtico e as olimpadas da matemtica e da biologia, constituindo

    estmulos aprendizagem dos alunos.

    A introduo das cincias experimentais nas atividades de enriquecimento curricular, das quais o

    Agrupamento a entidade promotora, associada realizao de formao aos docentes da educao pr-

    escolar e do 1. ciclo, dinamizada por professor do departamento curricular de matemtica e cincias

    experimentais, tem contribudo para promover a aprendizagem das cincias.

    De uma forma geral, o desenvolvimento da componente experimental tem fomentado uma atitude

    positiva face ao mtodo cientfico e aprendizagem das cincias, desde a educao pr-escolar ao ensino

    secundrio associadas a atividades de ar livre, como a horta pedaggica em vrias escolas. No entanto,

    possvel um maior recurso a metodologias ativas e experimentais no ensino e nas aprendizagens,

    especialmente nos 2. e 3. ciclos, incluindo a requalificao de espaos em laboratrios de fsica e de

    qumica, dado que existem apenas salas adaptadas para esse efeito, o que no se compadece com a

    preparao e a concretizao das atividades experimentais no ensino secundrio.

    Assim, foi parcialmente superado o ponto fraco referido numa das avaliaes externas anteriores: A

    insuficiente generalizao do ensino experimental das cincias, que no contribui para o

    desenvolvimento das componentes ativas da aprendizagem.

    A multiplicidade e a abrangncia das atividades, nomeadamente desportivas e culturais, que integram o

    plano anual, tm efeitos positivos na formao integral das crianas e dos alunos e na contextualizao

    do currculo, como acontece com a valorizao da dimenso artstica. Esta destaca-se com a oferta do

    ensino artstico especializado da msica em regime articulado e de atividades, como os clubes de

    Expresso dramtica e de Msica, visitas de estudo a museus, idas ao teatro e a realizao de

    exposies dos trabalhos dos alunos no mbito das artes visuais.

    A monitorizao da prtica letiva, assim como do cumprimento das atividades planeadas, realizada

    nos departamentos curriculares e nos grupos disciplinares. Porm, a promoo da superviso da prtica

    letiva em sala de atividades/aula afigura-se importante para o desenvolvimento profissional, a fim de

    incentivar a cooperao ativa, rentabilizar os saberes profissionais dos docentes e contribuir para o

    sucesso escolar dos alunos.

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    9

    MONITORIZAO E AVALIAO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

    A avaliao do ensino e das aprendizagens objeto de reflexo, em sede dos vrios rgos e estruturas

    de coordenao educativa e superviso pedaggica, tendo em conta os percursos individuais das crianas

    e dos alunos. Os critrios de avaliao so do conhecimento dos alunos e a autoavaliao uma prtica

    implementada em todos os nveis de educao e ensino. Contudo, reconhece-se a necessidade de

    proceder realizao de testes comuns, assim como elaborao de matrizes em conjugao com as

    metas curriculares e sua utilizao na regulao dos processos de ensino e de aprendizagem.

    De igual modo, afiguram-se necessrias a generalizao e a consolidao da aferio das prticas

    avaliativas, dos critrios e dos instrumentos de avaliao e uma maior diversificao das modalidades

    de avaliao, nomeadamente a formativa para a regulao das aprendizagens, aumentando a sua

    eficincia ao nvel dos resultados escolares atravs de uma melhor adequao das estratgias aos ritmos

    de aprendizagem especficos dos alunos.

    As diferentes medidas de promoo do sucesso educativo mostram-se adequadas, tais como, a sala de

    estudo, o reforo do apoio ao estudo nas disciplinas em que os alunos apresentam dificuldades, as

    tutorias em pequeno grupo e as aulas de preparao para a avaliao externa nas disciplinas de

    portugus e de matemtica, durante todo o ano letivo. Apesar disso, esses processos esto ainda pouco

    consolidados e no foi realizada uma avaliao devidamente planeada que permita refletir sobre a

    eficcia dessas medidas, de forma a saber se as mesmas produziram os efeitos desejados.

    As taxas de sucesso dos alunos com dificuldades de aprendizagem que beneficiaram das medidas de

    promoo do sucesso mostram flutuao nos ltimos quatro anos letivos, oscilam entre 50% e 87% e

    apresentam os valores mais baixos no 3. ciclo, sendo de melhorar o trabalho realizado com estes alunos.

    Assim, foi parcialmente superado o ponto fraco referido numa das avaliaes externas anteriores: A

    fraca eficcia das medidas de apoio constantes dos programas educativos individuais e dos planos de

    acompanhamento e de recuperao, como estratgias de interveno para o sucesso educativo.

    de salientar o trabalho desenvolvido pelos diretores de turma em articulao com a comunidade

    educativa, ao nvel dos conselhos de turma, da ligao com as famlias e da implementao da disciplina

    de educao cvica, para uma melhor integrao dos alunos.

    As medidas de promoo do sucesso desenvolvidas, a ao dos professores titulares de turma e dos

    diretores de turma em cooperao com as famlias, com os tcnicos especializados e com a Comisso de

    Proteo de Crianas e Jovens, bem como as ofertas formativas tm contribudo para a diminuio do

    abandono escolar.

    Em suma, a ao do Agrupamento tem produzido um impacto aqum dos valores esperados na melhoria

    das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As aes de

    aperfeioamento so pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas, o que justifica a

    atribuio da classificao de SUFICIENTE no domnio Prestao do Servio Educativo.

    3.3 LIDERANA E GESTO

    LIDERANA

    O projeto educativo identifica uma viso assente em trs metas com os respetivos objetivos e

    estratgias, que definem a poltica educativa do Agrupamento, expressa no lema Por uma educao de

    qualidade, construir um futuro de esperana.

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    10

    O planeamento organizacional, resultante da articulao entre o projeto educativo e o plano anual de

    atividades, facilita a ao dos diferentes intervenientes na execuo das atividades. Porm, a

    inexistncia de indicadores, de prioridades e da definio da avaliao do projeto educativo limita a sua

    operacionalizao e avaliao plenas e a consequente eficcia.

    Deste modo, no foram totalmente superados trs dos pontos fracos referidos numa das avaliaes

    externas anteriores: O Projeto Educativo, que no hierarquiza nem calendariza os objetivos, no define

    metas nem indicadores de medida e no estabelece prioridades, limitando a sua operacionalizao e

    eficcia, A inexistncia de um planeamento estratgico que indicie uma viso prospetiva capaz de

    encarar, de forma sustentada, o desenvolvimento do Agrupamento e A dbil articulao entre os

    documentos estruturantes do Agrupamento que dificulta a sua apropriao e a operacionalizao.

    A liderana do diretor, aberta, disponvel, empenhada e com forte sentido de responsabilidade tem

    contribudo para a motivao dos profissionais, para a gesto de conflitos e para a qualidade das

    condies de trabalho, demonstrada, por exemplo, na melhoria das instalaes e na reabilitao dos

    espaos aps a fuso da Escola Bsica do Cadaval com a Escola Secundria de Montejunto. Contudo,

    urge promover um clima de escola de maior cooperao, fomentando o debate e a participao das

    lideranas intermdias na tomada de decises atinentes ao desenvolvimento da prestao do servio

    educativo com a finalidade de melhorar o sucesso escolar.

    As relaes interpessoais entre os elementos da comunidade educativa so positivas, decorrentes de

    uma gesto que tem em conta as pessoas e o seu bem-estar, com reflexo na qualidade do servio

    prestado e na aprazibilidade dos espaos e equipamentos.

    O conselho geral, embora conhea a realidade do contexto e acompanhe a implementao das aes

    previstas nos documentos estruturantes, no tem tido uma interveno que promova uma maior

    articulao entre os diferentes rgos e estruturas de coordenao educativa e superviso pedaggica e

    que incentive o seu trabalho para melhorar o sucesso escolar e o funcionamento do Agrupamento.

    So de realar as parcerias com instituies locais, nomeadamente com a Leader Oeste contratos locais

    de desenvolvimento social. Esta entidade elaborou um diagnstico sobre a rede social com a participao

    do Agrupamento, articulando com as associaes locais e dinamizando atividades para a promoo do

    desenvolvimento de competncias dos alunos, sobretudo ao nvel da gesto de conflitos em sala de aula e

    da unidade de ensino estruturado.

    De igual modo, tem sido incentivada a participao das associaes de pais e encarregados de educao

    concertada com a direo e com as vrias escolas, envolvendo-se nas diferentes atividades, em especial

    no Dia do Agrupamento, aberto a toda a comunidade educativa.

    O desenvolvimento de projetos, como o Empreendedorismo na escola e os Heris da fruta, com o apoio da

    Cmara Municipal do Cadaval, o Grupo dos cavaquinhos de mbito social e a Escola de vero constitui

    um estmulo valorizao e contextualizao das aprendizagens das crianas e dos alunos.

    A adeso ao programa internacional Comenius, nos anos letivos de 2012-2013 e de 2013-2014, permitiu

    a mobilidade de professores e alunos com a finalidade de enriquecer as experincias de aprendizagem

    dos alunos.

    GESTO

    A gesto do capital humano pautada por critrios de distribuio de servio, de acordo com o perfil dos

    profissionais, nomeadamente do pessoal no docente, em termos das suas competncias e adequao

    funo, bem como das suas preferncias, tendo assim em conta as pessoas e o seu bem-estar.

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    11

    A distribuio de servio letivo tem como prioridade a continuidade pedaggica que reforada pela

    reduzida mobilidade do corpo docente, tentando evitar-se, por exemplo, que um determinado ano de

    escolaridade ou disciplina seja lecionado por um nico docente. Deste modo, tem sido privilegiada a

    estabilidade das equipas pedaggicas que acompanham as crianas e os alunos, de forma a fomentar o

    trabalho colaborativo.

    A continuidade no acompanhamento das turmas ao longo dos ensinos bsico e secundrio, por parte dos

    diretores de turma, tem facilitado a integrao dos alunos, a ligao com as famlias e a utilizao da

    informao sobre o seu percurso escolar, em especial dos cursos de educao e formao e dos cursos

    vocacionais.

    Assim, foi superado o ponto fraco mencionado numa das avaliaes externas anteriores: A frgil

    valorizao dos princpios de equidade e justia na definio de critrios na organizao de turmas e das

    ofertas formativas.

    As bibliotecas escolares tm convidado escritores e contadores de histrias e desenvolvido atividades,

    como Navegar na leitura e Mar e mar, h ler e rimar, ampliando a sua ao, com uma funo cultural e

    de promoo da leitura. A valorizao e a utilizao das bibliotecas, enquanto espaos interativos de

    aprendizagem, tm contribudo para o desenvolvimento de competncias no mbito da lngua

    portuguesa e promovido alguma articulao com as demais reas/disciplinas do currculo. Contudo,

    ainda podem ser mais mobilizadoras das crianas e dos alunos e constituir-se como polo motivador,

    alargando o leque de atividades de pesquisa e de resoluo de problemas, de forma a melhorar os

    resultados escolares.

    O Agrupamento identifica as reas prioritrias de formao e elabora o respetivo plano em articulao

    com o Centro de Formao de Caldas da Rainha. Porm, importa promover o desenvolvimento

    profissional, designadamente atravs da realizao de formao interna, utilizando, o mais possvel, o

    seu capital humano na promoo da disseminao do conhecimento em contexto de trabalho, de modo a

    conduzir a uma maior motivao e melhorar o ambiente de interao humana e profissional. No mesmo

    sentido, a formao poder ser mais centrada nas reas prioritrias identificadas na autoavaliao e

    nas necessidades dos profissionais tendo em conta o desenvolvimento dos planos de melhoria.

    Quanto aos circuitos de informao e comunicao, reconhece-se a necessidade de proceder ao reforo da

    sua eficcia, nomeadamente entre os rgos e estruturas de coordenao educativa e superviso

    pedaggica, com enfoque num maior conhecimento interno das questes respeitantes ao funcionamento

    do Agrupamento e na divulgao e envolvimento da comunidade educativa em aes de melhoria.

    AUTOAVALIAO E MELHORIA

    O Agrupamento tem vindo a realizar a sua autoavaliao nos vrios rgos e estruturas de coordenao

    educativa e superviso pedaggica, sem, contudo, proceder a uma formalizao e a uma divulgao

    sistemticas junto da comunidade educativa, como forma de a envolver nos processos decisrios e

    contribuir para a melhoria do processo de ensino e de aprendizagem.

    A disponibilidade e o empenho da equipa de autoavaliao com a recolha, o tratamento de informao e

    respetiva sistematizao, designadamente a relativa aos resultados, sob a forma de relatrios anuais,

    tm constitudo uma base importante para o diagnstico da organizao, com vista promoo da

    autorregulao e da melhoria.

    O desenvolvimento do plano de melhoria para os anos letivos de 2012-2013 e de 2013-2014 ficou

    comprometido, dado que o seu planeamento no inclua os elementos necessrios sua

    operacionalizao plena. Efetivamente, no estavam definidos, entre outros, os objetivos, os indicadores

    e as respetivas formas de monitorizao e avaliao final.

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    12

    fundamental que as prticas de autoavaliao sejam focalizadas em reas de prioridade educativa,

    cujo plano de melhoria, devidamente operacionalizado, monitorizado e avaliado implique a prestao do

    servio educativo e tenha impacto nos resultados escolares. Tais prticas poderiam concorrer para que

    fosse superado de forma consistente o ponto fraco mencionado numa das avaliaes externas anteriores:

    O processo de autoavaliao do Agrupamento, muito recente para ter impacto no planeamento e na

    gesto das atividades, nas prticas profissionais e na melhoria da organizao.

    Assim, importa formalizar o projeto de autoavaliao que envolva toda a comunidade educativa,

    conduza ao planeamento e implementao de aes de melhoria, em particular no que respeita aos

    processos de ensino e de aprendizagem, e permita a autorregulao e o desenvolvimento sustentado do

    Agrupamento.

    Em resumo, a ao do Agrupamento tem produzido um impacto aqum dos valores esperados na

    melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As aes

    de aperfeioamento so pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem reas limitadas. Tais

    fundamentos justificam a atribuio da classificao de SUFICIENTE no domnio Liderana e

    Gesto.

    4 PONTOS FORTES E REAS DE MELHORIA

    A equipa de avaliao reala os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

    Trabalho realizado na educao pr-escolar, no mbito da observao e da avaliao do desempenho das crianas, com reflexos no sucesso das suas aprendizagens;

    Introduo das cincias experimentais nas atividades de enriquecimento curricular, o que, conjugado com a realizao de formao aos docentes da educao pr-escolar e do 1. ciclo, tem

    contribudo para promover a aprendizagem das cincias;

    Multiplicidade e abrangncia das atividades que integram o plano anual, nomeadamente desportivas e culturais, com efeitos positivos na formao integral das crianas e dos alunos e

    na contextualizao do currculo;

    Trabalho desenvolvido pelos diretores de turma em articulao com a comunidade educativa, ao nvel dos conselhos de turma, da ligao com as famlias e da implementao da disciplina de

    educao cvica, para uma melhor integrao dos alunos;

    Recolha, tratamento da informao e respetiva sistematizao, designadamente a relativa aos resultados, sob a forma de relatrios anuais, constituindo uma base importante para o

    diagnstico da organizao.

    A equipa de avaliao entende que as reas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus

    esforos para a melhoria so as seguintes:

    Abordagem do currculo numa perspetiva mais interdisciplinar, designadamente no ensino bsico, atravs do trabalho desenvolvido nos conselhos de docentes e de turma e reforada pelas

    atividades integradas no plano anual, para uma melhoria dos resultados;

    Articulao curricular vertical, cuja sustentabilidade seja fundada em aes e decises devidamente avaliadas, com a respetiva insero no projeto curricular de Agrupamento e nos

  • Agrupamento de Escolas do Cadaval

    13

    outros documentos estruturantes, de forma a promover a qualidade das aprendizagens dos

    alunos;

    Implementao de prticas de diferenciao pedaggica em sala de aula, nos ensinos bsico e secundrio, com um melhor aproveitamento dos recursos, potenciando a melhoria do processo

    de ensino e de aprendizagem;

    Participao e cooperao das lideranas intermdias na tomada de decises atinentes ao desenvolvimento da prestao do servio educativo, com a finalidade de melhorar o sucesso

    escolar;

    Formalizao do projeto de autoavaliao que envolva toda a comunidade educativa, conduza construo e implementao de aes de melhoria, em particular no que respeita ao processo de

    ensino e de aprendizagem, e permita a autorregulao e o desenvolvimento sustentado do

    Agrupamento.

    15-04-2015

    A Equipa de Avaliao Externa: Ana Teresa Machado, Joo Nunes e Maria Eugnia Ferro

    Concordo. considerao do Senhor

    Secretrio de Estado do Ensino e da

    Administrao Escolar, para homologao.

    O Inspetor-Geral da Educao e Cincia

    Homologo.

    O Secretrio de Estado do Ensino e da

    Administrao Escolar

    2015-06-22T12:23:02+0100Lus Alberto Santos Nunes Capela

    2015-07-23T13:09:33+0100Joo Casanova de Almeida