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Universidade Federal do Rio Grande – FURG Universidade Aberta do Brasil Secretaria de Educação a Distância – SEaD Curso de Educação Ambiental Lato Sensu O PROTAGONISMO DO ALUNO DIANTE DAS DEMANDAS SOCIOAMBIENTAIS DA ESCOLA Autora: Daniela Vieira Costa Menezes Orientação: Prof. Claudionor Ferreira Araújo Picada Café, Julho de 2014

Projeto ea daniela

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Universidade Federal do Rio Grande – FURGUniversidade Aberta do Brasil

Secretaria de Educação a Distância – SEaDCurso de Educação Ambiental Lato Sensu

O PROTAGONISMO DO ALUNO DIANTE DAS

DEMANDAS SOCIOAMBIENTAIS DA ESCOLA

Autora: Daniela Vieira Costa Menezes

Orientação: Prof. Claudionor Ferreira Araújo

Picada Café, Julho de 2014

Page 2: Projeto ea daniela

SUMÁRIO

Introdução …......................................................................................................... 2

Justificativa e Contextualização …........................................................................ 4

Objetivos …........................................................................................................... 6

Problema Motivador ….......................................................................................... 7

Pressupostos Teóricos ......................................................................................... 9

Metodologia de Ação …....................................................................................... 15

Cronograma …..................................................................................................... 18

Recursos ….......................................................................................................... 19

Referências Bibliográficas …................................................................................ 21

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Resumo

A presença de projetos de educação ambiental nas escolas de ensino

fundamental devem contribuir para uma formação cidadã. Para tanto, a

abordagem das questões ambientais devem envolver também as questões

relacionadas ao cotidiano social das comunidades escolares. Visando à

transformação da realidade socioambiental de uma comunidade escolar,

localizada no município de Novo Hamburgo, o presente projeto se preocupa em

abrir espaços para o protagonismo dos alunos de 4º e 5º anos do ensino

fundamental. A partir da construção coletiva de projetos de pesquisa diante da

realidade socioambiental da escola, os referidos alunos deverão integrar

elementos que permitam a crítica e a criação que se iniciam na observação do

ambiente escolar em direção ao planejamento coletivo de ações para a superação

de questões identificadas. Utilizando-se de conceitos provenientes da pedagogia

freireana e inserindo-os nos princípios de uma educação ambiental

transformadora (Loureiro, 2003), pretende-se auxiliar na auto-expressão artística

e científica das aprendizagens construídas ao longo do projeto, disseminando

novos princípios de vida, na busca do equilíbrio socioambiental.

Palavras-Chave: Educação Ambiental Transformadora; Protagonismo do Aluno;

Ensino pela Pesquisa.

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Introdução

Diante de suas necessidades biológicas, os seres humanos desenvolveram

estratégias lógicas e criativas que resultaram em comportamentos e habilidades

revolucionando a relação entre os corpos humanos e o ambiente natural. Dessa

maneira, a necessidade da vida (biológica) se insere nos modos de organização

da sociedade humana (cultura) através de estratégias cognitivas (aprendizagem).

Um educador ambiental precisa revisar a história da humanidade em sua

relação com a natureza, buscando os pontos criativos que nos direcionam para

modos alternativos à exploração do ambiente pelo homem, assim como a

compreensão crítica sobre o processo de degradação e alternativas para

minimizar o impacto das nossas ações sobre toda a vida que existe ao nosso

redor. Dessa forma, esse profissional deve ressignificar sua própria relação com o

ambiente na medida em que oferece oportunidades de sensibilização, sobre os

impactos da vida urbana diante dos ambientes naturais, aos alunos que estão sob

sua tutela.

Desde a promulgação da Política Nacional da Educação Ambiental, através

da Lei 9795/99, a Educação Ambiental (EA) é uma exigência da legislação

brasileira e envolve o trabalho escolar. Entretanto, as especificidades legais que

exigem a interdisciplinaridade e a formação para a cidadania ainda se configuram

como um desafio para os profissionais educadores ambientais que atuam na

educação formal.

Após a universalização do acesso ao ensino fundamental e crescente

permanência dos jovens na escola nessa etapa, chegou o momento em que é

preciso investir para que o tempo dessa permanência proporcione uma formação

cidadã, através de aprendizagens que promovam a leitura do mundo, permitindo

que os alunos se libertem de seus condicionamentos em busca de uma vida

autônoma.

Podemos entender a educação ambiental como:

Práxis social que favorece a interdependência entre o “eu e o outro” emrelações sociais na natureza, estabelecendo processos dialógicos com afinalidade de emancipar as pessoas e transformar a realidade por meiode processo reflexivo e politicamente comprometido com a revolução dassubjetividades e práticas na sociedade capitalista (LOUREIRO; COSTA,2013, p. 16).

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Dessa forma, o conhecimento escolar amplia seu campo de atuação,

expressando-se no cotidiano social dos alunos. No que se refere à EA, tais

aprendizagens estão diretamente conectadas à forma como as novas gerações

se relacionam com a realidade socioambiental na qual estão inseridas.

O processo escolar deve priorizar a aprendizagem dos alunos a partir das

demandas sociais. Diante do caráter transversal da EA, presente na legislação

vigente, as demandas ambientais – e sociais – se incorporaram ao currículo

escolar, permitindo uma reflexão sobre a realidade socioambiental a partir da

observação do ambiente escolar. Para que tal reflexão proporcione uma ruptura

dos padrões que promovem a problemática ambiental nas sociedades

contemporâneas, o aluno deve ocupar uma posição de protagonismo no cenário

escolar, posicionando-se como corresponsável pelas transformações de sua

realidade socioambiental.

Portanto, o presente projeto de Educação Ambiental visa a transformação

da realidade socioambiental no qual um grupo de alunos está inserido a partir da

promoção do ensino pela pesquisa, onde os envolvidos ocuparão uma posição de

protagonismo a partir da observação da realidade circundante, utilizando-se da

linguagem artística e científica como ponto de encontro entre a crítica e a criação

para a formação cidadã.

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Justificativa e Contextualização

Nos últimos anos, o município de Novo Hamburgo-RS tem contado com um

grupo que procura pensar coletivamente ações para a Educação Ambiental. É o

Coletivo Educador NH, configurando-se como um espaço de formação para as

práticas de EA nas escolas da rede municipal de ensino. O trabalho desse grupo,

com outros setores das comunidades escolares, na I Conferência Municipal de

Educação de Novo Hamburgo, realizada em 2012, possibilitou a construção de

um documento que apresenta 23 princípios e 33 diretrizes para a Educação

Ambiental e Sustentabilidade nas escolas municipais, ali a Educação Ambiental

foi definida como:

A construção de responsabilidades socioambientais entre escola ecomunidade. Abrange a sustentabilidade, a segurança alimentar, osecossistemas, a economia local, as espécies, a interação humana, aenergia e as tecnologias sustentáveis. É um processo contínuo deaprendizagem interdisciplinar em um currículo que valoriza os aspectoslocais, regionais e globais. (Documento final da I Conferência Municipalde Educação, 2011)

A partir desse documento, as escolas de Novo Hamburgo-RS foram

convidadas a montar um projeto curricular de Educação Ambiental para a

cidadania, envolvendo os diferentes componentes curriculares, para a

organização da hora-atividade do professor titular das turmas de séries iniciais do

ensino fundamental. Nesse contexto, a Escola Municipal de Ensino Fundamental

Maria Quitéria, localizada no bairro Roselândia, em Novo Hamburgo-RS, oferece

o projeto VIDAA – Vivências InterDisciplinares Artísticas e Ambientais, visando

articular os componentes curriculares previstos para as séries iniciais do ensino

fundamental que procuram integrar as aprendizagens dos alunos com seus

professores titulares e os princípios de uma vida sustentável.

Uma vez que o aprender está para além da escola, o professor

comprometido com sua função social, deve oferecer a seus alunos oportunidades

para que estes desenvolvam aquilo que é necessário para a dinâmica da vida

presente em seus cotidianos e daquela que enfrentarão em uma realidade

socioambiental futura.

Guimarães (2004, p. 31-32), aponta que vivemos em uma “Armadilha

Paradigmática” e nos convida a pensar em um modelo de educação pautado em

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Paulo Freire, capaz de promover a ruptura necessária para a transformação.

Pensando em fornecer aos professores participantes do Coletivo Educador NH,

os instrumentos necessários para a construção de projetos transformadores em

suas escolas, é preciso garantir uma formação continuada coerente com tais

princípios, valorizando os seguintes aspectos: vivências coletivas de integração;

construção de um ambiente educativo pautado no movimento do conhecimento;

ação pedagógica que acompanha as inferências da realidade socioambiental;

formação de lideranças dentro dos projetos; construção coletiva e compartilhada

de conhecimento contextualizado; processo educativo para além da escola;

potencialização da aprendizagem um com o outro e um com o ambiente;

valorização da autoestima individual e identidade do grupo; inter e

transdisciplinaridade em diferentes áreas do saber; articulação entre afetividade e

inteligência; promoção de pertencimento local e global.

A partir das reuniões do Coletivo Educador NH, que se configuram como

uma formação continuada para a construção de espaços promotores da educação

ambiental para a cidadania, dentro das escolas municipais de Novo Hamburgo,

encontra-se condições favoráveis para a construção de um projeto que pretende

valorizar a crítica e a criatividade diante da realidade socioambiental escolar.

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Objetivos

Geral:

Colocar alunos do 4º ano e do 5º ano do ensino fundamental em posição

de protagonismo diante da problemática socioambiental escolar, promovendo a

formação cidadã através de uma proposta de ensino pela pesquisa integrada à

autoexpressão artística e científica.

Específicos:

Criar espaços de observação, reflexão e compreensão da realidade

socioambiental, e sua problemática atual, de maneira interdisciplinar;

Promover a metodologia de ensino pela pesquisa, visando a construção de

uma aprendizagem pautada na leitura de mundo e na autonomia, através do

trabalho colaborativo;

Integrar as linguagens artística e científica para a organização das

aprendizagens dos alunos, visando difundi-las através do exercício da

autoexpressão individual e coletiva.

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Problema Motivador

Todo o trabalho escolar deve ser organizado para que os alunos aprendam.

Dessa forma, a escola deve estruturar uma pedagogia que coloque os alunos no

cerne do processo educativo. Além disso, o discurso presente na legislação

brasileira defende uma formação para a cidadania, atribuindo à escola a tarefa de

promover a construção de uma sociedade mais justa e sustentável.

Porém, nem sempre é o que acontece. Segundo Demo (2001), a LDB

9394/96 “não se preocupou propriamente com a reconstrução do conhecimento e

com a aprendizagem de teor político, mas com absorção reprodutiva,

permanecendo, na prática, uma lei de ensino e não de aprendizagem” (DEMO,

2001, p. 297). A necessidade de quantificação da aprendizagem pela escola

homogeniza os alunos, silenciando suas histórias e características próprias. É um

processo que padroniza o conhecimento em saber escolar, distanciando os

alunos de uma aprendizagem onde eles possam relacionar os conteúdos

abordados, identificando e criando respostas para as problemáticas da vida

socioambiental.

O ensino está, portanto, organizado seguindo os pressupostos da era

industrial capitalista. Por isso, “torna-se relevante organizar a educação a partir da

sala de aula, ou da necessidade de aprendizagem dos alunos, colocando padrões

diferentes da hierarquia industrial” (DEMO, 2001, p. 297).

Além disso, a individualização da aprendizagem afasta os alunos de uma

construção coletiva do saber onde “o singular alcança sentido em suas relações

em que o todo é mais do que a simples somatória de singularidades, num

movimento de mútua constituição” (LOUREIRO; COSTA, 2013, p. 16).

Por isso, o presente projeto pretende criar condições para que alunos das

séries iniciais do ensino fundamental possam organizar coletivamente projetos de

aprendizagem que visem à formação cidadã, através de posturas sustentáveis

conscientes e transformadoras, articuladas aos componentes curriculares das

séries iniciais do ensino fundamental, visando aos seguintes questionamentos: A

aprendizagem promovida pela escola permite a construção de uma postura

cidadã? O aluno tem sido convidado a assumir a posição de protagonismo diante

dos processos escolares? A posição de protagonista no processo de formação

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para a sustentabilidade promove uma aprendizagem que aproxima os alunos dos

princípios da cidadania? O ensino pela pesquisa permite esse protagonismo? A

expressão artística, aliada aos conhecimentos científicos, potencializa a

aprendizagem a partir da leitura de mundo e promove a disseminação da mesma?

Para tanto, os alunos terão contato com vivências artísticas e científicas

variadas que permitirão a observação do ambiente escolar de forma crítica,

diante de suas limitações socioambientais, e criativa, na busca de soluções

coletivas a partir das questões observadas.

Dessa forma, se vivemos numa sociedade onde existem diversos materiais

disponíveis na busca das informações mais variadas possíveis, a escola deve

fazer um movimento para deixar de ser somente um polo disseminador de

conteúdos e cultura para ser também um local de formação para a pesquisa. Para

o aluno que vive na sociedade atual, vale mais o desenvolvimento da capacidade

de pensar, ou seja, de observar, relacionar, estruturar, analisar, justificar, sintetizar,

correlacionar... enfim, de pesquisar.

Mesmo que a aprendizagem do aluno dependa de um conjunto de fatores

que transbordem a ação pedagógica, a escola é responsável pela

instrumentalização das gerações que passam por ela, contribuindo para a

formação cidadã do indivíduo. Para tanto, quanto mais o ensino proporcionar os

elementos necessários para a formação de um aluno-pesquisador, mais estes

alunos terão condições de atuarem ativamente na construção de uma

aprendizagem que promova a leitura do mundo, começando pelo ambiente que

existe ao seu redor e se expandindo para a comunidade global; que permita a

problematização e libertação dos condicionamentos impostos pela cultura de

exclusão presente na sociedade capitalista; e contribua para a busca de uma vida

autônoma dentro e fora do ambiente escolar.

Nesse sentido, as transformações promovidas dentro da escola ganham

espaço nas práticas socioambientais vividas fora da escola, potencializando o

surgimento de novas relações entre a comunidade e o ambiente no bairro da

escola e no município onde ela está inserida.

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Pressupostos Teóricos

As séries iniciais do ensino fundamental têm a tarefa de alfabetizar. Para

Paulo Freire, alfabetizar é mais do que ensinar a relação entre sons e letras. É

preciso oferecer oportunidades para que os alunos “leiam” para além das

palavras, se integrando ao ambiente que pulsa ao seu redor.

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posteriorleitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele.Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão dotexto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção dasrelações entre o texto e o contexto (FREIRE, 1989, p. 9).

Pois, “a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo,

mas por uma certa forma de 'escrevê-lo' ou de 'reescrevê-lo', quer dizer, de

transformá-lo através da nossa prática consciente” (FREIRE, 1989, p. 13).

Dessa forma, a aprendizagem resultante da inserção dos princípios

freireanos no cotidiano escolar tem um caráter político e, por isso, envolve a

emancipação, a justiça socioambiental, a inter e transdisciplinaridade, através da

crítica e da criação.

A aprendizagem é sempre salto, porque, em vez de repetir a situação, areconstrói; esta atividade de reconstrução não é apenas biologicamentemarcada, mas igualmente politicamente contextualizada, porque se tratade sujeitos históricos capazes de história própria (DEMO, 2001, p. 310).

Para Demo (2001), apesar das bases biológicas da aprendizagem, “não há

aprendizagem adequada sem relação autônoma de sujeitos” (DEMO, 2001, p.

310). Portanto, a aprendizagem é um processo singular e plural, individual e

coletivo, subjetivo e concreto, de caráter 'reconstrutivo', pois “aprendemos do que

já tínhamos aprendido e conhecemos do que já conhecíamos” (DEMO, 2001, p

296), onde o biológico e o político contribuem para a formação do sujeito

autônomo.

A educação das novas gerações é a via principal de acesso às

transformações sociais necessárias. Porém, não é qualquer modelo de educação

que se dispõe a iniciar um processo de reflexão, gerando uma prática crítica e

criativa diante das situações do cotidiano, passando por um novo momento de

reflexão, que promove uma nova compreensão do mundo, abrindo caminho para

a transformação do mesmo, pois “o que importa é transformar pela atividade

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consciente, pela relação teoria-prática, modificando a materialidade e

revolucionando a subjetividade das pessoas” (LOUREIRO, 2003, p. 44).

Precisamos, para tanto, da educação defendida por Paulo Freire. Nesse sentido,

educar é educar para o meio ambiente, pois, tal processo educativo se configura

como “um espaço para a construção de uma cidadania ambiental” (DICKMANN;

CARNEIRO, 2012, p. 95).

Para Loureiro (2007), a emancipação envolve a liberdade através da

eliminação dos limites impostos pela exploração e dominação e a autonomia

expressa em condições de escolha. Portanto, “em um processo que se afirme

emancipatório, as relações sociais se pautam pela igualdade e justiça social, pelo

respeito à diversidade cultural, pela participação e pela auto-gestão” (LOUREIRO,

2007, p. 161). Como seres biológicos e sociais, as relações que estabelecemos

uns com os outros e com o restante da natureza, para a emancipação que faz

parte da EA Transformadora, devem potencializar ideias, sinalizar opções e

consolidar alternativas.

O ser humano deve estabelecer uma relação dialógica entre semelhanças

e estranhamentos com a natureza que o cerca. Portanto, segundo Sá (2005), se

efetiva um pertencimento humano diante do mundo físico ao mesmo tempo em

que há um enraizamento nos universos culturais. Porém “para o ser humano, não

há como ver o mundo senão pela dinâmica da criação cultural” (SÁ, 2005, p. 252).

E a arte, como uma importante linguagem, que faz parte da manifestação cultural,

permite e valoriza a leitura do mundo e as ações humanas diante de seu meio

ambiente.

Freire (2002) aponta que “a necessária promoção da ingenuidade à

criticidade não pode ou não deve ser feita à distância de uma rigorosa formação

ética ao lado sempre da estética. Decência e boniteza de mãos dadas” (FREIRE,

2002, p. 36). Tal relação permite uma aproximação entre a justiça, como exemplo

de um comprometimento ético da sociedade, e a arte, como a expressão do

potencial estético do ser humano.

Segundo Acselrad (2005), faz parte da justiça ambiental o acesso à

informações ambientais relevantes, assim como a formação cidadã e páticas

democráticas. Uma vez que as múltiplas linguagens artísticas são fortes aliadas à

disseminação da informação e à autoexpressão, para crianças no período escolar

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das séries iniciais do ensino fundamental, o uso da linguagem artística integrando

teatro, música, dança, artes plásticas e literatura, criam um ambiente lúdico que

potencializa a leitura de mundo. Assim, temos a arte como caminho para a

formação dos jovens, ressignificando o trabalho em sala de aula.

A presença da arte na formação ambiental de alunos das séries iniciais do

ensino fundamental fortalece o direito de acesso à informação, respeitando as

percepções da faixa etária atendida nessa etapa escolar. Jacobi (2005) aponta a

necessidade da produção de sentidos sobre a Educação Ambiental, onde a

humanidade pode se reapropriar da natureza através de um diálogo entre

saberes. Quando a escola oferece a seus alunos a oportunidade de observarem o

ambiente natural, relacionando-o com os modos de vida humanos, ressalta-se

uma relação de interdependência que se estende dos meios locais ao global.

Nesse sentido, estaríamos formando uma comunidade que terá os elementos

necessários para a participação cidadã na gestão ambiental.

Pois “é preciso que cada um se perceba como agente participativo da

comunidade” (SILVEIRA; HEES, 2013, p. 55), onde o pertencimento se converta

em corresponsabilização no processo de constituição de uma cidadania como

exercício político do educador ambiental, de seus alunos e dos demais membros

de uma comunidade. Em relação à escola, é importante que os educadores

ambientais ofereçam aos alunos a oportunidade de conviverem entre si diante dos

ambientes escolares a partir dos princípios da educação ambiental participativa

que, segundo Silveira e Hees (2013) se configura como as alternativas

encontradas diante de questões socioambientais a partir de um conjunto de

valores, hábitos e ações. Para tanto, o grupo envolvido deve buscar elementos

psicossociais, históricos, culturais, políticos, estéticos e éticos de modo que

possam realizar uma investigação ambiental que vise a mudança de paradigma.

Para que a Educação Ambiental seja transformadora, deve-se

compreender que “um conjunto de práticas transformadoras […] pressupõe

romper com a forma como estamos nos produzindo materialmente em sociedade

e nas relações com a natureza […]” (CRUZ et al, 2012, p. 5). A pesquisa vai ao

encontro da educação ambiental transformadora, pois faz parte da

contínua reflexão das condições de vida […], como parte inerente doprocesso social e como elemento indispensável para a promoção de

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novas atitudes e relações que estruturam a sociedade (LOUREIRO;LAYRARGUES, 2013, p. 65).

Todo o processo de pesquisa parte da curiosidade sobre o que não se

sabe, abrindo espaço para a construção e reconstrução do saber. Por isso, “como

professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que

me insere na busca, não aprendo nem ensino” (FREIRE, 2002, p. 95). Para tanto,

é preciso legitimar a curiosidade do aluno das séries iniciais, direcionando-os para

a organização de seus questionamentos e instrumentalizando-os para a prática

da pesquisa em seus cotidianos.

A formação para a cidadania deve valorizar uma postura investigativa, pois

“a curiosidade nos faz querer conhecer o mundo, refletir sobre ele e compreendê-

lo, para então poder transformá-lo” (CRUZ et al, 2012, p. 10). Abre-se, assim,

espaço para um ensino pela pesquisa, dentro de projetos que insiram a

sustentabilidade socioambiental como agente integrador do currículo. Tal

metodologia de ensino permite que os conteúdos sejam abordados de forma inter

e transdisciplinar.

A Educação Ambiental deve, portanto, conciliar a natureza e a cultura, em

processos inter e transdisciplinares, pois:

O pensamento ecológico surge como a necessidade de umconhecimento que satisfaça os vínculos, busque as interações eimplicações mútuas, os fenômenos multidimensionados, as realidadessolidárias e conflituosas, que respeite a diversidade do todo,reconhecendo as partes e suas injunções (SATO; PASSOS, 2003, p. 13).

Uma abordagem interdisciplinar pode valorizar a autonomia, a capacidade

de convivência, a tolerância e o acolhimento das diferenças, pois os alunos

devem “superar a compartimentação e a fragmentação do saber” (LOUREIRO;

COSTA, 2013, p. 5), integrando suas aprendizagens em um movimento coletivo

de reconstrução do saber, uma vez que:

A interdisciplinaridade, enquanto pressuposto da EA, […] constitui-senuma prática intersubjetiva que associa conhecimentos científicos e não-científicos relacionando o intuitivo, o cognitivo e o sensorial, buscando aconstrução de objetos de conhecimentos que se abram para novasconcepções e compreensões do mundo para a constituição do sujeitointegral (LOUREIRO; COSTA, 2013, p. 14).

Dessa forma, é possível estabelecer uma relação direta entre o estudo

contextualizado das produções científicas que explicam os fenômenos

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observados na escola e em seu entorno, ampliando a consciência das

contribuições individuais e coletivas dos alunos para a divulgação da problemática

observada, base para a construção de novas posturas e consequente

transformação da realidade socioambiental observada anteriormente.

Na escola, a EA deve estar pautada em projetos que permitam uma

relação dialética com o conhecimento e a comunicação dialógica entre alunos,

pois,

para o MEC (1996) a interdisciplinaridade ocorre num nívelepistemológico, enquanto a transversalidade ocorre num nível didático.Na nossa concepção, todavia, são duas dimensões inseparáveis eintrinsecamente conectadas entre si. O diálogo entre os diversos saberesestá além dos níveis epistemológicos ou metodológicos, ancorando-seem campos ideológicos temporais e espaciais bastante complexos. Maisainda, ele ultrapassa as relações de tempo e espaço, possibilitando umacomunicação em rede, um diálogo que se abre na perspectiva de rompercom fronteiras do conhecimento (SATO; PASSOS, 2003, p. 18).

Além disso, é na relação entre o conhecimento, o meio ambiente e o processo

educativo que “construirmos a nós mesmos na medida em que construímos o

mundo” (SATO; PASSOS, 2003, p. 16). Já “a transdisciplinaridade ocorre quando

cessa a pedagogia escolar e os conhecimentos construídos passam a ser

aplicados para a reconstrução das sociedades” (SATO; PASSOS, 2003, p. 17).

A partir da convivência entre indivíduos com níveis de compreensão

diferentes dos fenômenos sociais e naturais existentes, os envolvidos

potencializam suas aprendizagens. Por um lado, aquele que apresenta um

pensamento organizado e bem construído pode auxiliar aqueles que estão em

processo enquanto reorganiza e testa seus conhecimentos e, por outro lado,

aqueles que têm dúvidas ou dificuldades em compreender determinado conceito

podem desenvolver a habilidade de organizar suas dúvidas através do diálogo,

enquanto adiciona novas informações às suas aprendizagens.

Assim, como a aprendizagem depende, também, da construção de

relações entre os diferentes conteúdos exigidos pelo currículo escolar, a

superação das fronteiras entre as diferentes áreas do conhecimento é

fundamental para uma aprendizagem mais significativa para todos os envolvidos.

Partindo de objetivos curriculares, o planejamento do professor deve organizar os

conteúdos para serem apresentados de forma prazerosa e coerente, buscando

uma avaliação constante tanto dos alunos quanto deles próprios.

Page 16: Projeto ea daniela

Para tanto é preciso superarmos alguns paradigmas pedagógicos, em

busca de uma metodologia de trabalho interdisciplinar, que valorize a formação de

um aluno-pesquisador. A compreensão, por parte do professor, de que a

aprendizagem não tem um tempo definido, de que os alunos devem aprender a

pesquisar, de que o conhecimento se movimenta entre o individual e o coletivo e

de que o aprendizado envolve o emocional e o racional, permite uma prática

pedagógica que vise integrar conteúdos, superando uma concepção fragmentária

do conhecimento, num processo de ensino-pesquisa que contribui para colocar o

ensino-aprendizagem num contexto transdisciplinar (SATO; PASSOS, 2003, p.

17), ou seja, na vida para além da escola. Dessa forma, as aprendizagens

escolares passam a contribuir para as transformações da sociedade.

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Metodologia de Ação

Diante da realidade encontrada nas sociedades contemporâneas,

onde:

A violência sinaliza para a perda da afetividade, do amor, dacapacidade de se relacionar do um com o outro (social), do umcom o mundo (ambiental), detonando a crise socioambiental que éde um modelo de sociedade e seus paradigmas; uma crisecivilizatória (Guimarães, 2004, p. 26).

É preciso encontrar alternativas para a realização das transformações que

gerem um modelo de sociedade humanizada, comprometida com o meio

ambiente. Para tanto, é preciso organizar uma nova forma de ser e estar no

mundo, através da conscientização dos nossos condicionamentos, visando à

libertação.

Segundo Damiani (2008), na colaboração, um grupo se envolve diante de

objetivos comuns, que exigem a negociação constante num processo de

corresponsabilidade que envolve a produção de uma atividade que vise a um fim

comum. No presente projeto, o princípio colaborativo será defendido, valorizando

a organização dos alunos envolvidos na construção coletiva de projetos de

pesquisa para a sustentabilidade socioambiental, diante da observação do

ambiente escolar.

Uma vez que “ser interdisciplinar é reconhecer-se dentro de um processo

em construção pautado pela problematização da disciplina e seus objetos

específicos de pesquisa e dessa com suas interconexões sociais, culturais e

ambientais” (LOUREIRO; COSTA, 2013, p. 17), inserir a problemática ambiental

no cotidiano escolar permite reconstruir a relação dos alunos com os

conhecimentos disciplinares.

Enfatizando que “problemas são questões que nós colocamos diante de

certas condições, relações, apropriações e usos, e se vinculam à capacidade

linguística de significar, representar fazer juízo de valor (senso ético)”

(LOUREIRO; LAYRARGUES, 2013, p. 59), a metodologia de pesquisa proposta

para este projeto se baseia na observação crítica do ambiente escolar e da

reflexão sobre as injunções socioambientais às quais a escola está submetida, de

modo que as turmas possam iniciar um processo colaborativo de construção do

Page 18: Projeto ea daniela

conhecimento a partir da organização dos questionamentos que surgirem.

Cada turma vai escolher um aspecto a ser observado na escola, pensando

em como pode contribuir para tornar o espaço escolar mais sustentável. A partir

das observações, os alunos vão construir planos de ação visando à superação

das problemáticas identificadas, pois “toda estratégia grupal deve verificar as

necessidades e as realidades locais, inseridas em contextos múltiplos que se

circunscrevem em cada ação” (SATO; PASSOS, 2003, p. 21). Será necessário

apresentar as etapas e procedimentos da pesquisa, enfatizando temática,

objetivos, planejamento das ações e organização dos resultados obtidos.

As aprendizagens de cada turma serão socializadas num seminário de

educação ambiental escolar e serão desdobradas com a criação de uma

expressão artística que contemple a aprendizagem da turma durante o projeto.

Para finalizar, cada turma apresentará sua produção artística para a comunidade

escolar numa mostra de arte ecológica.

O presente projeto esta organizado em etapas progressivas e relacionadas.

Cada turma vai, inicialmente, observar o ambiente escolar de forma crítica,

procurando refletir sobre questões de cunho socioambientais ali presentes. Nessa

etapa, os alunos serão convidados a analisar os modos de vida e de produção

que proporcionam os padrões de consumo e seus impactos no ambiente,

reconhecendo-se como parte da problemática ambiental ali presente. Os pontos

observados serão organizados coletivamente, buscando um registro sistemático

em tabelas, gráficos e listas. O material produzido por cada turma será

socializado durante as aulas, permitindo uma visão mais ampla da realidade

socioambiental na escola. Nessa etapa é importante identificar os interesses das

turmas, potencializando suas observações com informações e iniciando uma

seleção de questões a serem aprofundadas na etapa posterior.

Em seguida as turmas deverão decidir a temática de seus projetos,

elaborando um registros das etapas de pesquisa. A escrita do projeto de

aprendizagem das turmas deve apresentar alguma problemática socioambiental

percebida pela turma na etapa anterior, apontando uma reflexão sobre sua

origem, fatores relacionados e possibilidades criativas de superação. Para tanto, a

metodologia de pesquisa científica será apresentada e os alunos trabalharão em

grupos menores para a construção coletiva do título, da justificativa, dos objetivos

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Page 19: Projeto ea daniela

e da metodologia que farão parte do projeto da turma. Esse projeto inicial será

apresentado aos professores titulares das turmas, para conhecimento, e à equipe

diretiva da escola, que deverá analisar o mérito dos mesmos diante do Projeto

Político Pedagógico da escola.

Com a aprovação da equipe diretiva, os alunos iniciarão uma pesquisa

bibliográfica e coleta de dados para fundamentar suas propostas e direcionar

suas ações, construir hipóteses e auxiliar na seleção de materiais para uma

pesquisa posterior mais aprofundada. Essa etapa está pautada na formulação de

perguntas e construção coletiva de respostas. Para complementar as pesquisas

serão apresentados diversos instrumentos que poderão ser usados de acordo

com a temática e objetivos da turma como: questionários, entrevistas,

experimentos, observações, entre outros.

Após a coleta de dados, os alunos terão a tarefa de organizar suas

aprendizagens iniciais, refletindo sobre as informações levantadas na pesquisa

e suas implicações diante da problemática abordada no projeto da turma e seu

potencial para a transformação da realidade socioambiental a partir da construção

de novas relações no ambiente escolar.

Para que a comunidade escolar conheça as produções das turmas, a etapa

seguinte será organizar um Seminário de Educação Ambiental Escolar, onde

cada turma vai apresentar para a comunidade escolar o que foi produzido até o

momento. O evento poderá contar com parcerias e atividades voltadas para a

comunidade, mas o principal objetivo será promover trocas entre as turmas,

possibilitando o enriquecimento dos projetos apresentados. Para tanto, será

montada uma banca, composta por membros da comunidade escolar e

convidados, que terá a função de emitir um parecer sobre cada projeto, buscando

complementar o trabalho realizado para a próxima etapa.

Com o feedback recebido no Seminário de Educação Ambiental, as turmas

terão a tarefa de transformar suas aprendizagens em produções artísticas.

Misturando as linguagens artísticas – com teatro, dança, música, poesia e artes

plásticas –, as turmas deverão articular os talentos e esforços para disseminarem

os princípios da educação ambiental transformadora através da arte.

Para finalizar, é importante um momento de confraternização e alegria,

envolvendo os princípios defendidos ao longo das atividades propostas. Através

Page 20: Projeto ea daniela

da Mostra de Vivências Artístico-Ambientais, as turmas poderão socializar

suas produções e fazer o fechamento de um ciclo de trocas e aprendizagens.

O acompanhamento sistemático das experiências citadas será realizado

através de um diário de campo coletivo, debates e da divulgação parcial das

aprendizagens no blog do Projeto VIDAA

<sustentabilidadedasaladeaula.blogspot.com>. Também haverá espaço para

socialização das descobertas e produções dos alunos, através dos eventos para a

comunidade escolar que acompanham o calendário da escola. Dessa forma será

possível analisar de que maneira um projeto curricular pautado na metodologia de

ensino pela pesquisa diante da realidade socioambiental, integrando ciência e

arte, pode promover uma formação cidadã para alunos das séries iniciais do

ensino fundamental.

Porém, o universo de quase 350 alunos, distribuídos em 12 turmas do 1º

ao 5º ano do ensino fundamental é muito amplo para organizar os dados no

tempo previsto para o presente projeto e os alunos entre o 1º e 3º ano ainda estão

em processo de alfabetização. Dessa forma, será realizado acompanhamento e

análise da construção e aplicação de projetos de aprendizagem de 05 (cinco)

turmas de 4º e 5º anos do ensino fundamental, pois os alunos atendidos nas

turmas escolhidas finalizaram o processo de alfabetização e letramento,

permitindo o aprofundamento da escrita e da leitura a partir da metodologia de

ensino pela pesquisa.

Cronograma

Etapas Ago Set Out Nov Dez

Organização das observações das turmas X

Escrita do projeto de aprendizagem das turmas X

Pesquisa bibliográfica e levantamento de dados X

Tratamento de dados das turmas X X

Seminário de Educação Ambiental Escolar X

Ensaios e construções das produções das turmas X X

Mostra de Vivências Artístico-Ambientais X

Pesquisa bibliográfica complementar X

Escrita do Relatório Final X

18

Page 21: Projeto ea daniela

Recursos

Como o Projeto VIDAA faz parte da rotina da EMEF Maria Quitéria,

contemplando as exigências da Secretaria Municipal de Educação de Novo

Hamburgo, serão utilizados todos os recursos disponíveis na escola e na Rede

Municipal de Ensino de Novo Hamburgo para a realização das etapas previstas

para as análises aqui apresentadas.

Recursos Materiais

A Rede Municipal de Ensino de Novo Hamburgo conta com uma assessoria

pedagógica na área da EA que auxilia o trabalho escolar, oferecendo apoio

técnico para o desenvolvimento de atividades voltadas ao cuidado com o meio

ambiente dentro da escola. Também teremos acesso a espaços pedagógicos que

permitem o contato com práticas sustentáveis inspiradoras, como o Parcão e o

Centro de Educação Ambiental Ernest Sarlet, que permitem acesso a materiais de

pesquisa, trilhas ecológicas, palestras e oficinas temáticas.

A referida escola possui um Projeto de Educação Ambiental Escolar que foi

financiado pelo Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente – FUNDEMA, no

ano de 2013, e que proporcionou para a escola um conjunto de equipamentos e

materiais que se incorporaram à dinâmica escolar e que estão à disposição para

esta continuidade do trabalho já realizado na escola na área da Educação

Ambiental, através do Projeto VIDAA.

Na EMEF Maria Quitéria existe uma estrutura para a separação de

resíduos adequada, com lixeiras coloridas e composteira. Também foi montado

um laboratório móvel para experiências com reciclagem artesanal de papel e

espaço para separação de resíduos secos para a reutilização. Além disso,

contaremos com os materiais e serviços de escritório como folhas, impressões,

internet, entre outros.

Também faz parte das pretensões desse projeto envolver as famílias dos

alunos, seja na participação em pesquisas temáticas ou no acompanhamento das

práticas desenvolvidas na escola. Dessa forma, contaremos também com a

doação de materiais por parte das famílias dos participantes.

Page 22: Projeto ea daniela

Recursos Humanos

Além dos alunos, o presente projeto contará também com a participação

dos professores titulares das turmas, acompanhando as produções das turmas. A

equipe diretiva acompanhará o projeto, auxiliando na logística necessária para

saídas de campo ou organização dos espaços da escola. E as famílias serão

envolvidas nas pesquisas, valorizando o saber popular e as práticas

socioambientais da comunidade escolar.

Contaremos, também, com o apoio da equipe de gerência da Educação

Ambiental da Secretaria de Educação de Novo Hamburgo, para apoio técnico, e

parecerias com empresas e instituições.

Recursos Financeiros

Os recursos materiais apresentados anteriormente são financiados com

recursos públicos, pois o projeto conta com o apoio da direção da escola. Os pais

serão convidados a contribuir de acordo com o andamento do planejamento das

turmas, além de financiamento próprio para aquisições necessárias visando o

bom andamento do projeto.

20

Page 23: Projeto ea daniela

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