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ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO SÃO LUIZ D’OESTE – ENSINO FUNDAMENTAL Rua Quatro Pontes nº 500 – Distrito de São Luiz do Oeste Toledo - Paraná PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO TOLEDO/2011

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · 4.7 Organização do Espaço Físico ... O Projeto Político Pedagógico de uma escola deve ser ... projecto - particípio passado do verbo

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ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO SÃO LUIZ D’OESTE – ENSINO FUNDAMENTAL

Rua Quatro Pontes nº 500 – Distrito de São Luiz do Oeste

Toledo - Paraná

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

TOLEDO/2011

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SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO ________________________________________________ 042. Identificação e Histórico da Escola _________________________________________052.1 Identificação da Escola _________________________________________________ 063. Aspectos Históricos_______________________________________________ 063.1 Modalidade de Ensino__________________________________________________ 104. MARCO SITUACIONAL____________________________________________104.1 Caracterização histórico/sócio/econômico e cultura da comunidade escolar________ 104.2 Quadro de Pessoal: professores, funcionários, direção, equipe técnico-pedagógica__ 144.3 Direção Escolar _______________________________________________________ 144.4 Equipe Pedagógica____________________________________________________ 164.5 Equipe Docente _______________________________________________________ 204.4. Agentes Educacionais II _______________________________________________ 234.6 Agente Educacional I __________________________________________________ 254.7 Organização do Espaço Físico___________________________________________ 275. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR ___________________________ 275.1 Critérios de Formação de Turmas ________________________________________ 275.2 Matriz Curricular ______________________________________________________ 275.3 Organograma ________________________________________________________ 296.0 OBJETIVOS GERAIS ____________________________________________ 296.1 Aspectos Legais ______________________________________________________ 296.2 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 ______________________ 296.3 Do Ensino Fundamental ________________________________________________ 307.0 MARCO CONCEITUAL ___________________________________________307.1 Filosofia da Escola ____________________________________________________ 307.2. Concepção de Sociedade ______________________________________________ 317.3 Concepção de Homem _________________________________________________ 317.4 Concepção de Educação _______________________________________________ 327.5 Concepção de Conhecimento ___________________________________________ 327.6 Concepção de Ensino _________________________________________________ 337.7 CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM ______________________________________ 347.8 CONCEPÇÃO DE ALUNO ______________________________________________ 347.9 As Concepções de Infância, Desenvolvimento Humano, Ensino e Aprendizagem ___ 357.10 Articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental___________________ 387.11 Concepção de Avaliação _______________________________________________ 417.12 Concepção da Inclusão Digital (Tecnologias na Educação) ___________________ 427.13 Concepção de Gestão _________________________________________________ 437.14 Educação do Campo – Histórico e Concepção _____________________________ 437.15 Concepções em Relação ao Enfrentamento à Violência na Escola______________ 457.16 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas____________________________________ 457.17 Educação Fiscal _____________________________________________________ 467.18 Concepção de Currículo _______________________________________________ 467.19 Concepção de Gênero e Diversidade Sexual ______________________________ 487.20 Concepção de Educação Ambiental ______________________________________ 497.21 Concepção de Inclusão________________________________________________ 518.0 MARCO OPERACIONAL__________________________________________ 518.1 Critérios de Avaliação__________________________________________________ 518.2 Conselho de Classe____________________________________________________ 528.3 Classificação e Reclassificação ___________________________________________538.4 Adaptação Aproveitamento ______________________________________________ 548.5 Progressão Parcial ____________________________________________________ 559.0 FORMAÇÃO CONTINUADA_______________________________________ 55

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9.1 Profuncionário ________________________________________________________ 569.2 Equipe Multidisciplinar __________________________________________________5710.0 INSTÂNCIAS COLEGIADAS _____________________________________ 5710.1 Conselho Escolar_____________________________________________________ 5710.2 Grêmio Estudantil ____________________________________________________ 5810.3 Representante de Turma ______________________________________________ 5910.4 APMF (Associação de Pais,Mestres e Funcionários)_________________________ 5911. PROJETOS E PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA _________ 6011.1 Sala de Apoio _______________________________________________________ 6011.2 Fanfarra ____________________________________________________________6011.3 Campeonato das Escolas do Campo _____________________________________ 6112. Desafios Educacionais Contemporâneos ____________________________ 6112.1 História e Cultura Afro-Brasileira, Africano e Indígena ________________________ 6112.2 História do Paraná ___________________________________________________ 6212.3 Educação Ambiental__________________________________________________ 6312.4 Educação do Campo __________________________________________________6413. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR __________________________ 6513.1 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de História______________________ 6513.2 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Ciencias _____________________7313.3 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina da Língua Portuguesa ____________ 7913.4 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Matemática __________________ 9113.5 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina da Língua Estrangeira Moderna – Inglês__________________________________________________________________10313.6 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Geografia ___________________107 13.7 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Educação Física _____________ 12713.8 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Ensino Religioso ____________ 13513.9 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Arte _______________________ 13814. AVALIAÇÃO E REALIMENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO_______________________________________________ 14715. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _________________________________148

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1. Apresentação

O Projeto Político Pedagógico de uma escola deve ser entendido como a

explicitação da organização do trabalho Pedagógico como um todo, em suas

especificidades, níveis e modalidades. É constituído de reflexão e discussão sobre

os problemas da sociedade e da educação, principalmente sobre os conflitos

existentes na comunidade escolar, a fim de encontrar condições de mudança,

através de intervenções possíveis.

O projeto Pedagógico exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos como o processo educativo. (VEIGA, Ilma P. A.1998, p. 9)

Este documento também é o alicerce do trabalho pedagógico, e sua

fundamentação legal encontra-se na LDB nº 9.394/96, em seu Art. 12, inciso I, que

prevê como incumbência dos estabelecimentos de ensino, a elaboração e a

execução da Proposta Pedagógica.

Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e a do seu

estabelecimento de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua

proposta pedagógica (LDB 9394/96)

Para esclarecer os objetivos e finalidades do trabalho, se faz necessário

discutir e refletir sobre suas dimensões.

Não podemos deixar despercebida a dimensão de projeto, pois a palavra

tem sua origem no Latim – projecto - particípio passado do verbo projcere, que

significa lançar para diante. Nesse sentido quando afirmamos que esse documento é

um projeto, estamos afirmando que temos uma direção a seguir, que as ações

realizadas no interior da escola serão de cunho intencional, com um sentido

explícito, e principalmente, serão elaboradas e garantidas coletivamente. Construir

um projeto já pressupõe a sua realização, muito diferente de construirmos uma

proposta de ação, que somente indica uma possibilidade, o projeto já é ação

possível para a realidade em questão, podendo ser realimentado, de acordo com

sua necessidade.

A dimensão de político se faz presente pela necessidade de construirmos

um projeto comprometido com a realidade que o constitui. A ação pedagógica deve

formar o cidadão para ser ativo na sociedade em que vive, ser consciente e capaz

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de desvelar e transformar as relações sociais e o modo de produção que influência

sua vida.

O pedagógico se faz necessário para identificar os elementos naturais e

culturais necessários à constituição da humanidade e à descoberta das formas

adequadas ao atendimento desse objetivo. Também para organizar os elementos

necessários à assimilação do saber.

É fundamental lembrar que as dimensões político e pedagógico, são

indissociáveis, pois propiciam a vivencia democrática necessária à participação de

todos os constituintes da comunidade escolar e também estimulam o exercício pleno

da cidadania.

Foi com o objetivo de respeitar todos as dimensões citadas que a Escola

Estadual do Campo São Luiz D’Oeste construiu seu PPP constituído por: Uma

introdução que apresenta dados sobre a escola, como por exemplo, localização,

histórico, organização do espaço físico e pedagógico; os objetivos Gerais do PPP e

sua finalidade; e, os três marcos operacionais chamados de Ato Situacional, Ato

Conceitual e Ato Operacional.

O marco Situacional cumpre a finalidade de descrever em que contexto a

escola se encontra, nos diferentes âmbitos; nacional, estadual, municipal e local e

quais são as influências dessas realidades no projeto de educação que queremos

construir.

O Marco Conceitual explicita as concepções presentes na escola sobre

diferentes questões, como: avaliação, gestão, currículo, sociedade, homem,

conhecimento, etc. Além, disso deixa claro os princípios presentes na elaboração do

PPP e na sua execução. Em fim, são os conceitos da escola e consequentemente

sua maneira de se organizar.

E por fim os Atos Operacionais, que é a apresentação das grandes linhas de

ações que a escola assumirá diante das dificuldades e conflitos apresentados. Esse

também será o momento de explicitar as relações entre o administrativo e o

pedagógico, assim como as ações das instâncias colegiadas.

Para obtermos uma autenticidade, a construção do PPP exigiu a realização

de um trabalho coletivo, através de uma articulação e participação de todos os

sujeitos do processo educativo, a fim de alcançarmos uma visão completa da

realidade e dos compromissos coletivos.

2. Identificação e Histórico da Escola5

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2.1 Identificação da Escola:

NOME: Escola Estadual do Campo São Luiz D’Oeste – Ensino Fundamental

ENDEREÇO: Rua Quatro Pontes, nº 500 – Distrito São Luiz do Oeste.

CEP: 85.900 - 921

MUNICÍPIO: Toledo – Paraná.

ENTIDADE MANTENEDORA: Secretaria de Educação do Estado do Paraná –

SEED

NRE – Toledo

ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA:

Resolução nº 1030/91 DOE 19/03/1991

ATO DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA:

Resolução nº 5.403/93, de 20 de outubro de 1993.

Renovação de Reconhecimento nº 1153/2008

RESOLUÇÃO DE ALTERAÇÃO DE DENOMINAÇÃO

Resolução nº 4111/11 de 16/09/2011

Onde a Escola passou a ser denominada de Escola Estadual do Campo São Luiz

D’Oeste – Ensino Fundamental

PARECER DO NRE DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR:

Resolução nº 299/07 de 20 de dezembro de 2007.

DISTÂNCIA DA ESCOLA AO NRE: 20km

3. Aspectos Históricos

Este capítulo tem como objetivo apresentar a origem dessa instituição

escolar, nesse sentido podemos afirmar que o histórico da escola está intimamente

ligado ao histórico da comunidade onde ela está inserida, pois sua origem e 6

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funcionamento surgem da necessidade sentida por essa comunidade, por esta

razão vamos acrescentar ao histórico da escola também o histórico da comunidade.

A colonização de São Luiz do Oeste iniciou-se a partir de 1963, com a

chegada das primeiras famílias que migravam do sul do País.

As terras colonizadas pertenciam às colonizadoras Maripá e Pinho Terra,

que foram vendidas ao Senhor Erno Rauber que, em seguida, vendeu ao Senhor

Aluísio Anschau que passou aos novos moradores.

As primeiras famílias a firmarem moradia na comunidade foram: Armindo

Rodrigues, Macoto Ijma, Nelsinho Emílio Kunzler, Arlindo Loscheider, Adolar

Hoffmann, Leopoldo Rohte, Selvino Joner e outros. A maioria dessas pessoas eram

de origem alemã, vindas do Rio Grande do Sul. Trouxeram consigo sua cultura,

costumes e tradições que permanecem vivas até hoje, no dia-a-dia das famílias.

Importante ressaltar que o local também foi colonizado por famílias

japonesas, que instalaram-se na região, contribuindo com o processo de

colonização. Na década de 80 sofreram um grande êxodo rural, sendo que

atualmente, a comunidade conta com poucos descendentes dessa etnia.

Quando o Senhor Aluísio Anschau comprou essas terras, as mesmas tinham

o nome de Linha Floresta, porém com o intuito de homenagear a sua terra natal

(São Luiz Gonzaga – RS) e seu filho (Luiz Anschau), o local passou a ser chamado

São Luiz D’Oeste.

A medida que os novos moradores iam chegando, também davam início a

construção de seus barracos, onde atualmente está localizado o Mercado Munchen.

Em seguida iniciaram-se as derrubadas e queimadas das matas em suas

propriedades, preparando os locais para a construção das casas definitivas e cultivo

da terra.

Atraídas pelas terras produtivas e boas colheitas, um grande contingente de

famílias vindas de outros estados, principalmente Rio Grande do Sul e Santa

Catarina, vinham para São Luiz do Oeste, pois encontraram aqui melhores

condições de vida. Para atender as necessidades básicas do crescente aumento

populacional, instalaram-se aqui Armazéns (Bolicho na época), oficinas, mercearias,

assim como a construção da Igreja Católica e do Campo de Futebol. A escola foi

condição indispensável, pois havia a necessidade de cuidar da educação e

desenvolvimento das crianças da nova comunidade. Importante ressaltar que todo o

trabalho era realizado coletivamente em forma de mutirão.

Na escola construída pela comunidade eram ministradas aulas de 1ª a 4ª

série do ensino fundamental.

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A atual Escola Estadual São Luiz D’Oeste – Ensino Fundamental, teve

origem em Maio de 1976, como extensão do Ginásio de Nova Santa Rosa. A escola

era mantida pela C. N. E. C (Campanha Nacional das Escolas Comunitárias) e pelos

pais. Foi designada para assumir a direção da mesma a professora Arilde Cassulli e

a primeira turma tinha em torno de 50 alunos.

Em 1978 pelo Decreto nº 1.344/79, autorização nº 3.711/81, D. O. E. de

21/01/82 a escola passou a ser denominada São Luiz Gonzaga - Ensino de 1º Grau.

A partir de 1984 o Governo do Estado do Paraná assume o pagamento dos

professores, porém a escola ainda pertencia à C.N.E.C.

Em 1991 foi criada a Escola Estadual São Luiz D’Oeste – Ensino de 1º Grau,

pelo Ato de Autorização de funcionamento, Resolução nº 12.030/91 de março de

1991, publicado no Diário Oficial nº 3.473, no dia 19 de março de 1991, passando a

ser o pagamento dos professores, responsabilidade do Estado. Com o Ato de

Reconhecimento da Escola Estadual São Luiz D’Oeste, Resolução nº 5.403/93 em

20 de outubro de 1993, a Escola passou a ter como entidade mantenedora, o

Governo do Estado do Paraná, sendo que não somente o pagamento dos Docentes,

mas todos os gastos passaram a ser responsabilidade do Estado.

Após a LDB nº 9394/96, o Estado do Paraná efetuou algumas adequações

na nomenclatura da escola, que de acordo com a Resolução nº 3.120/98, de 11 de

Setembro de 1998, passou a denominar-se: Escola Estadual São Luiz D’Oeste –

Ensino Fundamental e no ano de 2011 as escolas situados no âmbito rural

passaram a ser escolas do campo conforme Resolução nº 4111/11 de 16/09/11

passou ser denominda Escola Estadual do Campo São Luiz D’Oeste – Ensino

Fundamental

A Escola estadual funciona no prédio cedido pela Prefeitura Municipal de

Toledo, juntamente com a Escola Municipal São Luiz. Atende os alunos somente no

período matutino, dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º Ano). No período

vespertino, a escola municipal oferece os primeiros anos do Ensino Fundamental e a

Educação Infantil.

Atualmente a escola enfrenta o desafio de estreitar os vínculos da juventude

com o campo, num processo constante de valorização do mesmo; vendo-o não só

como um lugar de produção, mas como um espaço de vida e vida de qualidade.

Se observarmos a tabela à baixo, poderemos constatar o número de

matrículas, transferências e evasão escolar desde a data de fundação da escola até

o ano de 2010. Ao analisarmos os dados chegaremos a triste realidade do êxodo

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rural, estampado na diminuição do número de alunos matriculados e na

porcentagem constante de transferência e desistência.

ANO MATRÍCULAS TRANSFERÊNCIAS DESISTENTEN.º N.º % N.º %

1979 166 17 10% 10 06%1980 130 13 10% 11 07%1981 130 13 10% 12 09%1982 123 14 11% 13 10%1983 87 06 07% 04 04%1984 110 10 09% 09 08%1985 117 13 11% 10 08%1986 117 14 12% 09 07%1987 107 04 03% 08 07%1988 112 15 13% 07 06%1989 113 13 11% 04 03%1990 107 13 12% 04 03%1991 104 06 05% 02 01%1992 121 12 10% 06 05%1993 117 08 07% 05 04%1994 116 09 07% 07 06%1995 118 08 06% 00 00%1996 110 00 00% 04 03%1997 102 15 14% 03 03%1998 93 12 13% 03 03%1999 91 07 07% 01 01%2000 92 08 08% 01 01%2001 94 12 14% 01 01%2002 86 05 06% 00 00%2003 91 06 07% 01 01%2004 83 11 13% 01 01%2005 65 08 12,3% 00 00%2006 53 02 3,7% 00 00%2007 66 02 3,0% 01 1,5%2008 71 06 8,4% 01 1,4%2009 73 06 8,2% 00 0,0%2010 79 13 16,4% 00 0,0%

Mesmo diante da problemática da evasão escolar, se considerarmos uma

análise dialética dos fatos, observando os limites e as possibilidades para uma

efetiva educação de qualidade, temos razão para acreditar que a escola, desde sua

fundação até os dias atuais, obteve grandes conquistas.

Um exemplo é a organização e a disponibilidade do espaço físico, assim

como os recursos didáticos e pedagógicos. O conjunto estruturante pode ser

considerado como uma conquista coletiva da escola e comunidade, que através da

APMF e Conselho Escolar, se responsabiliza a assumir junto aos profissionais da

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0

2

4

6

8

10

12

14

De 01 a 02Salários

De 03 a 04Salários

Mais de 04Salários

Renda Familiar

0

5

10

15

20

25

30

FIXO

CELULA

R

COMPUTADOR

INTERNET

escola, meios de garantir melhorias e adequações necessárias para um espaço

físico agradável e estimulador ao educando.

3.1 Modalidade de Ensino

A Escola Estadual do Campo São Luiz D’Oeste, tem como modalidade o Ensino

Fundamental anos finais e com características de Educação do Campo.

4. MARCO SITUACIONAL

4.1 Caracterização histórico/sócio/econômico e cultura da comunidade escolar

A fim de explicitar o perfil da população atendida pela escola em relação as

diferentes determinações sócio, econômico, histórico e cultural, realizou-se uma

pesquisa, pelo método de amostragem, observando-se o seguinte resultado:

Sobre a trajetória histórica das famílias, a maioria é oriunda dos Estados do

Rio Grande do Sul e Santa Catarina, descendentes da colonização européia,

especificamente a alemã e italiana.

Apesar de ser uma comunidade de pequenos e médios agricultores, a

situação econômica das famílias lhes garante um padrão de vida de qualidade,

sendo que grande parte delas tem acesso as tecnologias, como computador,

telefone celular, a internet. Para ilustrar a situação econômica das famílias

atendidas, apresenta-se o quadro a seguir

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02468

101214

Agricu

ltor

Pedre

iro

Instal

ador

Serviço

s Gera

is

Autono

mo

Op. De M

aquin

a

Classif

icado

r

Diarist

a

Outros

Série1

Profissão do Pai

0123456789

10

Agricu

ltora

Dona de

Casa

Apose

ntada

Serviço

s Gera

is

Cozinheir

a

Doméstica

Comerciante

Diarista

Outros

Profissão da Mãe

As atividades econômicas desenvolvidas centralizam-se no manejo da

agropecuária, dividindo-se entre diferentes atividades, como:

Agricultura: No início da colonização desenvolveu-se a agricultura de

subsistência. No entanto com o aumento das áreas desmatadas, a produção passou

a ser em escala maior, e era vendida para vários armazéns na sede do município.

Por volta de 1970, a agricultura intensificou-se com o início da mecanização.

Grandes áreas foram abertas e o trabalho, que até então era realizado de forma

braçal e com animais foi sendo substituído por máquinas. Atualmente a agricultura

da região dispõe de alta tecnologia para uma produção de qualidade, sendo que a

área média de produção do distrito é de 1900 “alqueires paulista”, produzindo os

mais diferentes produtos como: soja, milho, trigo, aveia e produtos de subsistência.

Suinocultura: Essa é a segunda maior atividade agrícola desenvolvida pela

comunidade. Os suinocultores, na sua maioria, estão integrados a Frigobrás Sadia

de Toledo, que dá assistência técnica além do fornecimento da alimentação e

compra da produção.

Avicultura: Passou a ser desenvolvida a partir do ano de 1980 com o

incentivo da Frigobrás Sadia e outros. Os aviários são tecnicamente construídos

com capacidade para alojar de 12 a 14 mil pintinhos. Além da criação de aves para o

abate, utiliza-se o adubo orgânico para as lavouras.

Criação de gado leiteiro: Faz parte da diversificação das propriedades rurais.

Atualmente utilizam técnicas mais modernas, aumentando assim a produção e a

qualidade do leite.

Outras atividades são desenvolvidas como o comércio realizado na área

urbana do Distrito, que além dos entrepostos de compra e venda de produtos

agrícolas, tem também outros estabelecimentos como: mercado, oficinas mecânicas

e chapeação/pintura, panificadora, posto de combustível, borracharia, loja de

material de construção, e salão de beleza. O Trabalho assalariado também se faz

presente, assim como o regime de diária sem vínculos empregatícios.

Os quadros a seguir demonstrarão as atividades econômicas desenvolvidas

pelo pai e pela mãe dos estudantes atendidos pela escola:

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Religião

Catolicos

Evangélico

0

2

46

8

10

1214

16

18

Esporte Leitura Viagens Passeios

Lazer

Os aspectos culturais manifestam-se, entre outras coisas, na crença religiosa

e no lazer praticado pelas famílias.

No que se refere à crença religiosa a maior parte das famílias praticam a

religião católica e outra pequena parte a Evangélica Luterana. O percentual pode ser

observado no gráfico a seguir.

A atividade de lazer preferida pela maioria das famílias é o passeio em casa

de amigos e parentes, o que demonstra a valorização da vida em comunidade.

Outras atividades, também são desenvolvidas como demonstra o gráfico.

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02468

10121416

Analfa

beto

Fund

. Inco

mpleto

Fund

. Com

pleto

Ens. M

édio

Incom

pleto

Ens. M

édio

Comple

to

Escolaridade do Pai

02468

10121416

Analfa

beto

Fund

. Inco

mpleto

Fund

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to

Ens. M

édio

Incomple

to

Ens. M

édio

Comple

to

Pós G

radua

ção

Escolaridade da Mãe

Quanto ao grau de escolarização dos pais percebe-se que índice ainda é

baixo, se compararmos com o índice apresentado na construção do PPP de 2005,

principalmente no que se refere a escolarização da mulher. Os gráficos a seguir

ilustram o fenômeno.

Grau de Instrução - 2005

0

2

4

6

8

10

12

pai

mãe

Essa é a realidade sócio/econômica/cultural da comunidade escolar do

Distrito de São Luiz do Oeste. E considerando essa realidade, é que o PPP foi

pensado e construído.

Atualmente contamos com nove professores, sendo que todos possuem

habilitação e especialização em suas respectivas áreas de conhecimento.

Anualmente temos uma rotatividade de professores. Por ser uma escola de pequeno

porte não há a possibilidade de fixar padrões e isso dificulta a formação de um

quadro efetivo de professores.

4.2 Quadro de Pessoal: professores, funcionários, direção, equipe técnico-pedagógica

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4.3 Direção Escolar

A direção escolar é composta pelo diretor (a), escolhidos democraticamente

entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em vigor.

A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão

democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no

Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.Compete ao diretor (a)

• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

• Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

• Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

• Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

• Programar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

• Coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar

• Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar,

dandoencaminhamento às decisões tomadas coletivamente

• Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando

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FUNÇÃO Nº DE

DIREÇÃO 01

PROFESSORES EFETIVOS

06

PROFESORES PSS 03

PEDAGOGO 01(PSS)

AGENTE EDUCACIONAL I 01(PSS)

AGENTE EDUCACIONAL II 01 (EFETIVO)

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• a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

• Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

• Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com

a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e,

após, encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação ( NRE) para a devida

aprovação;

• Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os

órgãos da administração estadual;

• Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

• Deferir os requerimentos de matrícula;

• Elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da Secretaria de

Estado e Educação submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e

encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação (NRE) para homologação;

• Acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos

discentes;

• Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos;

• Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza

pedagógico administrativa no âmbito escolar;

• Propor à Secretaria de Estado da Educação via Núcleo Regional de

Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de

ensino e abertura ou fechamento de cursos;

• Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-

los ao Conselho Escolar para aprovação;

• Supervisionar o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das

normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências

sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

• Presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

• Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e

equipe auxiliar operacional;

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• Articular processos de integração da escola com a comunidade;• Solicitar ao

Núcleo Regional de Educação (NRE) suprimento e cancelamento de

demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as

instruções emanadas da Secretaria de Estado e Educação;

• Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino, juntamente com a comunidade escolar;

• Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária

e epidemiológica;

• Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários, autoridades Indígenas e famílias;

• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade;

• Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar

4.4 Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação no

estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e

orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia.

Compete à equipe pedagógica:

• Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

• Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

• Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da

educação;

• Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

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Secretaria de Estado e Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais;

• Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

• Acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas aula aos

discentes;

• Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico

visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino

para todos;

• Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;Organizar,

junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos

de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o

trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

• Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;Subsidiar o

aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores Indígenas do

estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

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• • Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,

de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

pedagógico;

• Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à

comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os

alunos;

• Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade

escolar;

• Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca

da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

• Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do

Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.

• Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando

ações e projetos de incentivo à leitura;

• Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

cultura e participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da

escola;

• Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

• Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

Secretaria de Estado e Educação;

• Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,

a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• Acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às

atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

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• Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Pro funcionário, tanto na organização do

curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada

dos funcionários;

• Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

• Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino partindo da realidade Indígena e

demais;

• Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

• Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

• Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de

classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e

progressão parcial, conforme legislação em vigor;

• Organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as

reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes;

• Orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe;

• Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

• Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

• Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

• Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem,

visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação

Especial, se necessário;

• Acompanhar os aspectos de sociabilização a aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

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• Acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

• Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

• Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações

físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

• Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de

alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de

informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho

pedagógico entreEducação Especial e ensino regular;

• Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias;

• Elaborar seu Plano de Ação;

• Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

4.5 Equipe Docente

A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente

habilitados.

Compete aos docentes:

• Participar da elaboração implementação e avaliação do Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

• Elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-

Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

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• Participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos

livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• Elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

• Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica

do conhecimento pelo aluno;

• Proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos

alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,

resguardando prioritariamente o direito do aluno;

• Proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,

utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas

no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• Promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os

alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem,

no decorrer do período letivo;

• Participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos

alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis

necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos

serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

• Participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e

aprendizagem;

• Participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

• Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de

credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

• Viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada

aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

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• Participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,

junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à

Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno, a fim de realizar

ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa;

• Estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e

criação artística;

• Participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de

alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo

educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões

tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;

• Propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da

cidadania;

• Zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade

à equipe pedagógica;

• Cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-

atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos

dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

• Cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe

pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado e Educação;

• Manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento

de ensino;

• Participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da

escola com as famílias e a comunidade;

• Desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

• Dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em

vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática

profissional e educativa;

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• Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino;

• Comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias

que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado.

• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias;

• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade;

• Participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria de

Estado e Educação;

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• Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento

4.4. Agentes Educacionais II

A função dos Agentes Educacional II é exercida por profissionais que atuam

nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento

de ensino.

O Agente Educacional II que atua na secretaria como secretário (a) escolar é

indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,

conforme normas da Secretaria de Estado e Educação;

O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.

Compete ao Secretário Escolar:

• Conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• Cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da

Secretaria de Estado e Educação, que regem o registro escolar do aluno e a

vida legal do estabelecimento de ensino;

• Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais

técnicos administrativos;

• Receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

• Organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,

• Instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

• Efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso;

• Elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem

encaminhados às autoridades competentes;

• Encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

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• Organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo,

de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da

regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos

escolares;

• Responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do

aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

• Manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema

informatizado;

• Organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

• Atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e

funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do

Regimento Escolar;

• Zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da

secretaria;

• Orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de

Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos

alunos;

• Cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas

da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação

comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, classificação,

reclassificação e regularização de vida escolar;

• Organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor

competente a sua freqüência, em formulário próprio;

• Secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas

Atas;

• Conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

• Comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria da escola;

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• Participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao

aprimoramento profissional de sua função;

• Manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros

Didáticos;

• Fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,

quando solicitado;

• Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de

Estado e Educação;

• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias;

• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar;

• Participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar exercer as

específicas da sua função.

• No momento não temos técnico administrativo. Porém já foi enviado ofício a

seed para a contratação do mesmo, na medida do possível.

4.6 Agente Educacional I

O Agente Educacional I tem a seu encargo os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar,

sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.

Competem ao Agente Educacional I que atua na limpeza, organização e

preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações:

• Zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as

normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;

• Utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com

antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

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• Zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer

irregularidade à direção;

• Auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de

início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos

estudantes, quando solicitado pela direção;

• Atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais

especiais temporárias ou permanentes, que possa a vir freqüentar a nossa

escola com apoio de locomoção, de higiene e de alimentação;

• Auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas,

andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a

participação no ambiente escolar;

• Auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto à

alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de

higiene e as correspondentes ao uso do banheiro;

• Auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas

atividades escolares;

• Cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,

respeitado o seu período de férias;

• Participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao

aprimoramento profissional;

• Participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de

Estado e Educação;

• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias;

• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar;

• Exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

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4.7 Organização do Espaço Físico

A Escola Estadual do Campo São Luiz D’Oeste conta com :

06 salas de aula

01 Biblioteca

01 laboratório de Ciências

01 sala para os professores e funcionários;

01 sala para a Coordenação; 1 para direção e 1 para Secretaria;

01 Laboratório de Informática;

01 cozinha

01 quadra de esportes coberta e um amplo pátio.

02 Banheiros sendo um aptado aos portadores de necessidades especias

O prédio é cedido pelo Município, compartilhado com a Escola Municipal São

Luiz.

O prédio escolar passou por uma reforma no ano de 2010/2011 e foram feitas

algumas adaptações, mas não estão de acordo com a Lei No 10.098, de 19 de

dezembro de 2000 e conforme Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de

edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de

modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou

com mobilidade reduzida.

Como no estabelecimento de ensino não há alunos portadores de deficiência

ou com mobilidade reduzida, essas adaptações não foram realizadas durante a

reforma.

5. Organização da Entidade Escolar

5.1 Critérios de Formação de TurmasNossa escola usa um critério especial para formação de turmas, a matrícula é

realizada por ordem de chegada até formar a turma, que, de acordo com a nossa

realidade, dificilmente atinge o total máximo de matrículas, sendo o turno de

funcionamento no período matutino.

5.2 Matriz Curricular

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ESCOLA ESTADUAL DO CAMPO SÃO LUIZ D’OESTE – ENS. FUND.RUA QUATRO PONTES, N. 500 FONE: (0XX) 45 3280-1186

E-mail: [email protected]

SÃO LUIZ DO OESTE – TOLEDO – PR

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: (27) – TOLEDO MUNICÍPIO: (2790) TOLEDOESTABELECIMENTO: (02121) ESC. EST. SÃO LUIZ D’OESTE – E.F.ENDEREÇO: Rua Quatro Pontes, nº 500 – Distrito de São Luiz do OesteFONE: 45 3280 1186ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4039 – ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º anoTURNO: Manhã MÓDULO: 40 SEMANASANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL COMUM

DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9ºARTE 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO* 1 1 - -GEOGRAFIA 3 3 4 3HISTÓRIA 3 3 3 4LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4SUB-TOTAL 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L.E.M. – INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB n.º 9394/96* Matrícula facultativa ao aluno.

5.3 Organograma

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6.0 Objetivos Gerais

6.1 Aspectos Legais

6.2 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96

Art. 3º O Ensino será ministrado conforme os princípios:

I. igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,

a arte e o saber;

III. pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;

IV. respeito a liberdade e apreço tolerância;

V. coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI. gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII. valorização do profissional da educação escolar;

VIII. gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação do

sistema de ensino;

IX. garantia do padrão de qualidade;

X. valorização da experiência extra-curricular;

XI. vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

6.3 Do Ensino Fundamental

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Processo

Ensino/Aprendizagem

Secretaria FuncionáriosEquipe Pedagógica

Alunos

Professores

Conselho de Classe

APMF

Conselho Escolar

Gestão

Grêmio

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Art. 32 – O Ensino Fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos,

gratuito na escola pública, iniciando aos 6(seis) anos de idade, terá por objetivo a

formação básica do cidadão, mediante:

I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

7.0 MARCO CONCEITUAL

7.1 Filosofia da Escola

Acreditamos que a tendência pedagógica, denominada como Histórico-

crítica, tendo como base filosófica o materialismo histórico, é a concepção mais

apropriada para o modelo educacional e de escola, que queremos construir.

Pois acreditamos que a escola tem como objetivo instrumentalizar o homem

com o conhecimento construído ao longo da história, para que esse, munido desse

conhecimento, possa agir conscientemente de seu dever de cidadão transformando

a sua realidade.

Essa tendência tem como base filosófica a Dialética, marcada pelo

movimento contraditório realizado pela história, considerando suas múltiplas

determinações na sociedade e no homem.

A concepção sócio-histórica, como base psicológica, é a mais adequada

visto que essa considera o homem como ser histórico e síntese das múltiplas

relações sociais, indo ao encontro com a base filosófica adotada.

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7.2. Concepção de Sociedade

Pensar a concepção de sociedade, nos obriga a realizarmos uma análise

história percebendo que nas relações sociais é que se constitui a sociedade.

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade”. (PINTO, 1994).

Entender como funciona a sociedade nos exige uma visão além das

aparências, desvelando as relações sociais, percebendo e compreendendo, como

nos afirma Saviani, as leis que se constituíram historicamente e que regem essa

sociedade.

Atualmente, nossa sociedade, vive uma hegemonia neoliberal, marcada pelo

acúmulo de capital, desigualdades sociais, negando o acesso igualitário ao

conhecimento, à cultura, ao lazer, à saúde, a terra, à moradia, em fim, nega uma

correta distribuição das riquezas econômicas e culturais.

7.3 Concepção de Homem

O homem é um sujeito histórico, síntese de múltiplas relações sociais. Para

Vigotski, o homem é um ser social, pois se constitui nas e pelas relações sociais que

estabelece com outros homens e com a natureza, sendo produto e produtor destas

relações num processo histórico.

Para o homem atingir o estágio de humanização em que hoje se encontra,

foi necessário que dominasse a natureza para a produção de bens voltados para

seu próprio sustento. Esse domínio só foi possível quando passou a conhecer as leis

fundamentais que regiam a natureza.

É um ser capaz de organizar-se politicamente, participando ativamente das

transformações, julgadas por ele. É um ser participante de sua própria história,

constituindo-se em ser histórico, um ser de vontade própria, que interfere

diretamente em sua realidade.

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7.4 Concepção de Educação

Concebemos a educação com uma prática social, situando o homem dentro

de sua história, contribuindo diretamente para as mudanças necessárias no mundo.

Considerando que a sociedade se transforma pela ação direta do homem

nas suas relações de trabalho, podemos discutir várias dimensões da educação

como sendo:

Um processo histórico, por representar a própria história individual do ser

humano e da sociedade em sua evolução.

Um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a

sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da

expectativa da transformação futura.

É intencional ao pretender formar o homem com um conceito prévio de

homem.

É libertadora, pois possibilita desenvolver uma consciência de democracia

integral, que segundo BOFF (2000, p.77) é “capaz de produzir um tipo de

desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado”.

Tem por objetivo a ser atingido: - A apropriação pelo cidadão e pela

comunidade dos instrumentos adequados para pensar a sua prática individual e

social, para ganhar uma visão ampliada da realidade, orientando sua vida; - A

apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico, político,

cultural acumulado pela humanidade ao longo da história; - A apropriação por parte

dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de avaliação crítica do

conhecimento acumulado, reciclando-lhe e acrescentando-lhe novos conhecimentos,

através de todas as faculdades cognitivas do ser humano.

Sendo assim, a escola tem como objetivo principal a formação de sujeitos

conscientes de sua ação transformadora na construção de uma sociedade mais

justa. Deve servir à construção de uma nova ordem social, centrada na apropriação

do saber elaborado, como instrumento de luta social.

7.5 Concepção de Conhecimento

Dentro de uma concepção dialética e sócio-histórica, o conhecimento é

produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho. Assim sendo, o

conhecimento é uma produção histórico-social, sua construção está diretamente

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vinculada ao processo de ação-reflexão sobre a práxis social, a partir de sua

problematização, da análise e compreensão teórica dos elementos e suas inter-

relações. Sendo que a construção de novos conhecimentos pressupõe a superação

dos anteriores.

O conhecimento, segundo Ilma Passos (1995, p.27), pressupõe as

concepções de homem, de mundo e das condições sociais que o geram, também

considerando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem

a cada momento. Implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo

modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando a forma de interferir na

realidade. Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela

garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho na suas

relações.

Para Leonardo Boff ( 2000), conhecer implica em fazer uma experiência, e a

partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de

conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da

realidade. O conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a

realidade somente a conversão do conhecimento em ação – a práxis-social.

O conhecimento não ocorre individualmente e sim socialmente, gerando

mudanças internas e externas no cidadão e em suas relações. Sempre com

intencionalidade.

A educação escolar deve ter claro, que o conhecimento é um instrumento de

transformação social, pois conhecendo as relações sociais e seus fenômenos o ser

humano será capaz de atuar em sua existência.

7.6 Concepção de Ensino

A concepção de ensino, correspondente a metodologia histórica-crítica, tem

como finalidade promover a interação entre aluno e conhecimento, de modo a

possibilitar o acesso e a incorporação de elementos culturais essenciais a sua

transformação enquanto síntese das múltiplas relações sociais.

O processo deve se dar de forma sistemática, tendo como ponto de partida e

pondo de chegada a prática social contendo em sua metodologia de trabalho

contínuas e cumulativas mediações sociais.

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As atividades devem promover a reflexão-ação sobre a realidade,

possibilitando um processo mais significativo de apropriação-socialização e

produção do saber.

7.7 Concepção de Aprendizagem

De acordo com a concepção histórico-crítica de educação o aprendizado

ocorre no e pelo processo de interação e mediação entre sujeitos, numa construção

coletiva de conhecimento.

Paulo Freire (1987), em Pedagogia do Oprimido, afirma que “...ninguém

educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se

educam em comunhão, mediatizados pelo mundo.” ( FREIRE, 1987, p.69)

Além disso, o processo deve ser dinâmico, cumulativo e permanente,

proporcionando a todos a subjetivação do conhecimento, ou melhor, o acúmulo

cultural produzido pela humanidade deve ser apropriado por todos, pois este

acúmulo lhe é de direito. O aprendizado é a apropriação desses conhecimentos,

esse processo de apropriação também deve ser contínuo, por meio de suas

múltiplas interações.

7.8 CONCEPÇÃO DE ALUNO

A escola hoje deve preparar o aluno como um todo, um ser completo qualifi-

cado, que pense, que questione, que exerça seus deveres e cobre seus direitos.

O aluno deve aprender cada vez mais, para acompanhar o desenvolvimento

de tudo em sua volta, deve ter uma formação para a vida e não só para o trabalho.

Deve ser sujeito comprometido, criativo e participativo, e que deve ter uma relação

dinâmica, saudável, consigo mesmo e com o meio em que vive, sendo assim estará

apto para crescer na e com a sociedade.

O aluno, enquanto sujeito inserido na sociedade, deve ser capaz de lidar com

a diferença e a mudança, valorizando a inovação, propondo desafios e alternativas.

Esse processo deve começar na escola oferecendo ao aluno um espaço para

que ele seja co-participativo no processo educativo.

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7.9 As Concepções de Infância, Desenvolvimento Humano, Ensino e Aprendizagem

O conceito de infância, sofre grandes transformações historicamente, o que fi-

cou evidente tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates edu-

cacionais, em especial na década de 1980, na Constituição de 1988, no Estatuto da

Criança e do Adolescente nos anos de 1990, na LDB nº9394/96, além de textos cur-

riculares de vários autores, onde a criança é concebida como sujeito de direitos.

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção histó-

rica foi uma das grandes contribuições de Vygostsky (2007) que, ao analisar o de-

senvolvimento humano privilegia a interação social na formação da inteligencia e

das características essencialmente humanas. Em outras palavras, nos tornamos hu-

manos a partir da interação com outro ser humano.

A compreensão da infância como historicamente situada implica que a escola,

em seu conjunto, efetive um trabalho articulado e com unidade de propósitos educa-

tivos. Estes propósitos orientarão o trabalho desenvolvido pelos professores, portan-

to devem ser discutidos e compreendidos pelo conjunto dos profissionais da unidade

escolar, além de devidamente sistematizados na proposta pedagógica.

O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual São Luiz d'Oeste Ensino Funda-

mental pauta-se numa linha da pedagogia histórico-critíca de educação.

Nesta linha onde o aluno é o sujeito histórico, síntese de múltiplas relações

sociais entendeu que educação não fica à espera do desenvolvimento intelectual da

criança. Ao contrário, sua função é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele

aprende, mais se desenvolve mentalmente. Segundo Vygotsky, essa demanda por

desenvolvimento é característica das crianças. Se elas próprias fazem da brincadei-

ra um exercício de ser o que ainda não são, a escola que se limita ao que elas já sa-

bem é inútil. Para Vygotsky, as potencialidades do indivíduo devem ser levadas em

conta durante o processo de ensino-aprendizagem. Isto porque, a partir do contato

com pessoas mais experiente e com o quadro histórico-cultural, as potencialidades

do aprendiz são transformadas em situações em que ativam nele esquemas proces-

suais cognitivos ou comportamentais. Pode acontecer também de que este convívio

produza no indivíduo novas potencialidades, num processo dialético contínuo.

Assim, como a aprendizagem impulsiona o desenvolvimento, a escola tem um

papel essencial na construção do ser psicológico e racional. A escola deve dirigir o

ensino não para etapas intelectuais já alcançadas, mas sim para estágios de desen-36

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volvimento ainda não incorporados pelos alunos, funcionando como um incentivador

de novas conquistas psicológicas. A escola tem como ponto de partida o nível de de-

senvolvimento real da criança (em relação ao conteúdo) e como ponto de chegada

os objetivos da aula que deve ser alcançado, ou seja, chegar ao potencial da criança

e de sua aprendizagem. Aqui o professor tem o papel explícito de interferir na zona

de desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não ocorreriam

espontaneamente.

Por conseguinte, o que ocorre para Vygotsky é que o aprendizado progride

mais rapidamente do que o desenvolvimento. Por isto, a proposta do termo ZDP em

sua teoria, e que é onde a escola deve atuar. É aí que o professor, agente mediador

(por meio da linguagem, material cultural entre outros), intervém e auxilia para a

construção e reelaboração do conhecimento do aluno, para que haja seu desenvolvi-

mento.

O professor tem o papel explícito de interferir no processo, diferentemente de

situações informais na quais a criança aprende por imersão em um ambiente cultu-

ral. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possí-

vel com sua interferência na zona proximal.

As concepções de Vygotsky sobre o processo de formação de conceitos re-

metem às relações entre pensamento e linguagem, à questão cultural no processo

de construção de significados pelos indivíduos, ao processo de internalização e ao

papel da escola na transmissão de conhecimento, que é de natureza diferente da-

queles aprendidos na vida cotidiana. Propõe uma visão de formação das funções

psíquicas superiores como internalização mediada pela cultura.

O desenvolvimento cognitivo é produzido pelo processo de internalização da

interação social com materiais fornecidos pela cultura, sendo que o processo se

constrói de fora para dentro. Para Vygotsky, a atividade do sujeito refere-se ao domí-

nio dos instrumentos de mediação, inclusive sua transformação por uma atividade

mentalmente e de aprendizagem.

Um conceito só é caracterizado quando as características resumidas são sin-

tetizadas de forma que a resultante se torne um instrumento de pensamento. A cri-

ança progride na formação de conceitos após dominar o abstrato e combinar com

pensamentos mais complexos e avançados. Na continuação da educação os concei-

tos tornam-se concretos, aplicam-se as habilidades aprendidas, por instruções, e as

adquiridas em experiências da convivência social.

Para o autor, o sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque forma co-

nhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com

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outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e

funções sociais, o que permite a formação de conhecimentos e da própria consciên-

cia. Trata-se de um processo que caminha do plano social – relações interpessoais -

para o plano individual interno - relações intra-pessoais. Assim, a escola é o lugar

onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendi-

zagem.

Priorizando as interações entre os próprios alunos e deles com o professor, o

objetivo da escola, então, é fazer com que os CONCEITOS ESPONTÂNEOS, que as

crianças desenvolvem na convivência social, evoluam para o nível dos CONCEITOS

CIENTÍFICOS, parte de um sistema organizado de conhecimentos adquiridos pelo

ensino. Nesse sentido, o mediador é quem ajuda a criança concretizar um desenvol-

vimento que ela ainda não atinge sozinha. Na escola, o professor e os colegas mais

experientes são os principais mediadores.

O aluno não é tão somente o sujeito da aprendizagem, mas, aquele que aprende

junto ao outro o que o seu grupo social produz, tal como: valores, linguagem e o pró-

prio conhecimento.

Vygotsky considera o papel da instrução um fator positivo, no qual a criança aprende

conceitos socialmente adquiridos de experiências passadas e passarão a trabalhar

com essas situações de forma consciente. Se uma transformação social pode alterar

o funcionamento cognitivo e pode reduzir o preconceito e conflitos sociais, então es-

ses processos psicológicos são de natureza social. Devem ser analisados e traba-

lhados através de fatores sociais.

Verifica-se ainda como fator relevante para a educação, decorrente das inter-

pretações das teorias de Vygotsky, a importância da atuação dos outros membros

do grupo social na mediação entre a cultura e o indivíduo, pois uma intervenção deli -

berada desses membros da cultura, nessa perspectiva, é essencial no processo de

desenvolvimento. Isso nos mostra os processos pedagógicos como intencionais, de-

liberados, sendo o objeto dessa intervenção: a construção de conceitos.

Sob a ótica da teoria sócio-histórica, é preciso detectar aquilo que os alunos

conseguem fazer sozinhos. Em outras palavras, é preciso examinar a ZDP (Zona de

Desenvolvimento Proximal) destes alunos e partir para uma complexidade maior in-

tervindo por meio da linguagem numa interação rica de construção do saber.

Por sua vez, tem-se que lembrar que os alunos advém de meios sócio- cultu-

rais diferentes e que são herdeiros de toda evolução filogenética e cultural a que es-

tão submetidos. Além disto, eles possuem capacidades cognitivas diferentes de

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apreensão da realidade. Por conseguinte, a sala possui uma heterogeneidade ampla

em que cada um de seus membros tem sua história diversificada.

Observe que a questão sobre se o desenvolvimento ocorre antes do ensino,

ou se a criança aprende primeiro para que se desenvolva, é polêmica no processo

ensino-aprendizagem. Porém quando junto dos alunos é possível observar que es-

tes aprendem determinados conteúdos quando tem condições intelectuais, ou seja,

quando eles possuem maturação cognitiva necessária a certo ensino. Por outro

lado, é possível também observar que o desenvolvimento de um indivíduo somente

se dá após determinado nível de aprendizagem e que compõem uma rica teia dialé-

tica nos processos cognitivos e psicológicos do individuo.

É necessário que haja na escola espaço para transformação, para desenvolver o po-

tencial dos alunos. Assim, ela deve estar aberta às diferenças e ao erro, às contradi -

ções e à colaboração mútua.

Assim, a escola almejada possui objetivos educacionais voltados a desenvolver as

funções psicológicas e cognitivas de seus alunos. É necessário que esta, a partir

das potencialidades do aprendiz, permita o amadurecimento intelectual, com currícu-

lo que forneça as condições necessárias para desenvolver a aprendizagem.

7.10 Articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental

De acordo com a LDB (Brasil, 1996) em seus Artigos 29 e 31, é com base

neles que argumentaremos, sobre o ingresso de todas as crianças aos seis anos de

idade na escola de Ensino Fundamental.

No Artigo 29 da LDB lê-se: “a educação infantil, primeira etapa da educação

básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de

idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a

ação da família e da comunidade”.

A promulgação da Constituição Federal de 1988 representou um marco no

que se refere às conquistas para a Educação Infantil no país, pois pela primeira vez

em nossa história conseguiu-se, através de um amplo movimento de organizações

da sociedade civil, inscrever na lei a obrigatoriedade da oferta de vagas em creches

e pré-escolas a todas as crianças de zero a seis anos de idade, cujas famílias assim

o desejassem. Com base nessa conquista, certo otimismo se instalou entre os pro-

fissionais e pesquisadores da área, pois, a explicitação na Lei Maior do país, quanto

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ao dever do Estado, configurava-se como prenúncio de uma grande virada na histó-

ria dessa etapa educacional.

Na sequência, e de certo modo embalada pela movimentação engendrada

durante a Constituinte, em 1990 assistimos a promulgação de uma das mais impor-

tantes leis de defesa e proteção dos direitos da criança e do adolescente em todos

os aspectos que dizem respeito à sua vida: o Estatuto da Criança e do Adolescente

(ECA – Brasil, 1990). Nesse Estatuto, além de se reforçar a ideia da oferta educacio-

nal, por parte do Estado, a todas as crianças de zero a seis anos, pode-se destacar

os artigos 5° que, respectivamente, referem-se à garantia de proteção contra qual-

quer forma de “negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opres-

são”, e, ao “direito de ser respeitado por seus educadores”.

Já o Artigo 31 da LDB determina que “na educação infantil a avaliação far-se-

á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de

promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

Em maio de 2005 tivemos a aprovação da Lei 11.114 (Brasil, 2005) que alte-

rava a LDB (Brasil, 1996) no que se referia à idade para ingresso obrigatório no En-

sino Fundamental, passando dos sete para os seis anos. Entretanto, esta mesma lei

não mencionava a obrigatoriedade de os sistemas organizarem o Ensino Fundamen-

tal com duração de nove anos, o que, na prática, significa um ganho, aos seis anos

no Ensino Fundamental.

Em 2006, contudo, dada a pressão por parte de movimentos organizados em

torno do direito à educação, nova medida legal foi sancionada com uma alteração

mais ampla da LDB (Brasil, 1996), de tal modo que além da obrigatoriedade do in-

gresso no Ensino Fundamental a partir dos ( 6 ) seis anos de idade, definiu-se que

os sistemas deveriam ampliar em mais um ano a duração do Ensino Fundamental,

prevendo-se como limite para o ajuste necessário o ano de 2010. Assim, pela Lei

11.274, de fevereiro de 2006, a redação do artigo 32 da LDB (Brasil, 1996) passou a

vigorar da seguinte forma: “O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9

(nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá

por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (...)”Ensino fundamental de

nove anos: orientações do Ministério da Educação. Ainda em maio de 2006, o MEC,

por meio de sua Secretaria de Educação Básica, publica o terceiro relatório com ori-

entações para a organização do Ensino Fundamental de nove anos assim intitulado:

“Ampliação do ensino fundamental para nove anos: 3º relatório do programa”. (BRA-

SIL, 2006).

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Do conteúdo desse documento, gostaríamos de destacar alguns aspectos.

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer o esforço, por parte do MEC, em levantar

experiências que já vinham se dando certo pelo país a fim de conhecer e divulgar

possibilidades para a organização dessa nova organização do Ensino Fundamental;

bem como em elaborar orientações específicas visando a diminuir dúvidas e a auxili-

ar os sistemas a se estruturarem de modo a atenderem a lei sem, contudo, incorrer

em erros administrativos e pedagógicos que pudessem redundar em maiores prejuí-

zos à qualidade da educação. Em que pese esse reconhecimento, todavia, é preciso

problematizar algumas das orientações oferecidas, não tanto pela sua natureza, em-

bora em alguns aspectos também por isto, mas principalmente pelas suas reais pos-

sibilidades de interferir na realidade de cada sistema, uma vez que, além de outras

razões, tais orientações não possuem caráter mandatório.

Com relação às implicações pedagógicas, o documento afirma a necessidade

de que haja: (...) com base em estudos e debates no âmbito de cada sistema de en-

sino, a reelaborarão da proposta pedagógica das Secretarias de Educação e dos

projetos pedagógicos das escolas, de modo que se assegure às crianças de 06 anos

de idade seu pleno desenvolvimento em seus aspectos físicos, psicológico, intelec-

tual, social e cognitivo. (BRASIL, 2006: 9)

Observe-se a preocupação em garantir o que estava contido na LDB (Brasil,

1996) em relação à LEI no que se refere às crianças de seis anos de idade, ou seja,

o direito a um desenvolvimento integral. Além disso, observa-se uma preocupação

para que tanto os sistemas, por meio de suas Secretarias de Educação, quanto às

escolas, reelaborem seus projetos pedagógicos a fim de atender o objetivo acima

mencionado; todavia, alerta-se para a necessidade de que tal reelaboração ocorra

mediante estudos, debates, dentro da realidade de cada instituição e respeitando a

cultura local.

Quanto ao item destinado ao currículo, o documento destaca pontos impor-

tantes.

Primeiro, enfatiza que: O primeiro ano do ensino fundamental de nove anos

tendo como meios básicos o pleno desenvolvimento da leitura, da escrita e do cálcu-

lo(art, 32) não se destina exclusivamente à alfabetização. (...) É importante que o

trabalho pedagógico seja diversificado que possibilite ao aluno o desenvolvimento

das diversas expressões e o acesso ao conhecimento nas suas diferentes áreas.

(BRASIL, 2006: 9). Em seguida, afirma-se que: “Faz-se necessário elaborar uma

nova proposta curricular coerente com as especificidades não só da criança de 06

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anos, mas também das demais crianças de 7, 8, 9 e 10 anos, que constituem os cin-

co anos iniciais do ensino fundamental.” (BRASIL, 2006: 9).

Cumpre observar o mérito do documento ao chamar a atenção para o fato de

que mudanças curriculares são necessárias não apenas em função das crianças de

seis anos, mas em função do conjunto de crianças que frequentam o primeiro ciclo –

os anos iniciais – do Ensino Fundamental.

Ainda em relação ao item destinado ao currículo, o documento do MEC enfati-

za: Quanto à avaliação da aprendizagem no 1o ano do ensino fundamental de nove

anos, faz-se necessário assumir como princípio que a escola deva assegurar apren-

dizagem de qualidade a todos; assumir a avaliação como princípio processual, diag-

nóstico, participativo, formativo, com o objetivo de redimensionar a ação pedagógica;

elaborar instrumentos e procedimentos de observação, de registro e de reflexão

constante do processo de ensino aprendizagem; romper com a prática tradicional de

avaliação limitada a resultados finais traduzidos em notas; e romper, também, com o

caráter meramente classificatório. (BRASIL, 2006: 10)

7.11 Concepção de Avaliação

Quando discutimos que concepção de avaliação a escola irá assumir, temos

previamente que discutir qual sociedade nós queremos construir, e que modelo de

escola, currículo e gestão vamos defender, pois tudo está inter-relacionado.

Se defendermos uma escola que tem como princípio a democratização do

acesso à educação, assim como sua permanência e terminalidade escolar, com

qualidade de ensino, têm que defender uma avaliação que possibilite tais princípios

e objetivos, pois, segundo Luckesi – 2003, “o processo de avaliação permeia o

processo de democratização do ensino”.

Uma avaliação escolar conduzida de forma inadequada, poderá possibilitar a

repetência, e esta, tem consequências na evasão e também na desqualificação do

processo. Entendemos que a avaliação da aprendizagem existe para garantir a

qualidade da aprendizagem do aluno.

Com esse objetivo, acreditamos que uma nova concepção de avaliação faz-

se necessária para rompermos com a lógica classificatória e contribuirmos para a

democratização do processo de aprendizagem.“Ou seja, a avaliação deverá ser

assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em

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que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias

para que possa avançar no seu processo de aprendizagem”. (Luckesi, p.81, 2003)

A prática da Legislação vigente, Parecer nº 007/99, Art. 6º , nos esclarece

que para a avaliação cumprir com sua finalidade deverá ser contínua, permanente e

cumulativa.

Ainda, segundo a LDB nº 9394/96, Art. 24º, §. V, Alínea “a”, a avaliação de

aprendizagem deverá ser feita, principalmente, com bases nos aspectos

qualitativos, sendo que, os aspectos quantitativos assumem um aspecto secundário,

fortalecendo nosso comprometimento com o processo educativo e com a qualidade

do mesmo.

A concepção diagnóstica vem de encontro com a concepção pedagógica

discutida pelo coletivo da escola, onde o educando deve apropriar-se criticamente

dos conhecimentos necessários para uma intervenção transformadora na sociedade

atual, sendo a avaliação processual, evolutiva e participativa e a cima de tudo,

emancipatória.

7.12 Concepção da Inclusão Digital (Tecnologias na Educação)

O Paraná digital é hoje referência em questões de tecnologias educacionais.

O programa tem como objetivo levar a tecnologia da internet a todas as escolas es-

taduais através da fibra ótica da Copel.

Em nossa escola essa tecnologia vem colaborando com a educação, desen-

volvendo criatividade através de Sites educativos, tornando a aprendizagem

agradável e facilitando a comunicação e a troca de informações entre a comunidade

escolar.

Os professores usam as experiências adquiridas em cursos realizados pela

SEED e NRE, para acessar e compartilhar conteúdos, que contribuem para a quali-

dade da educação. – materiais de apoio, fotos, vídeos, pesquisas.

A maior atração para a comunidade escolar é o portal “Dia – a – dia Educação”, por

possibilitar pesquisas de temas diversos a serem estudados nas aulas e “navegar”

por diversos links com conteúdos educacionais.

Outras tecnologias educacionais que permitem ao professor acessar e com-

partilhar conteúdos com qualidade técnica e pedagógica – TV Paulo Freire; TV Multi-

mídia.

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7.13 Concepção de Gestão

Princípio que articula a socialização do poder e seus pressupostos, garantindo

a participação coletiva, eliminando práticas lineares e individualistas.

Assegura a transparência das decisões e legitimidade da participação através

de instrumentos de gestão democrática como: eleição de diretores; Constituição do

Conselho Escolar, APMF e o rendimento do Conselho de Classe. Sendo assim con-

sideramos necessário explicitar cada elemento constituinte desse modelo de gestão.

Gestão participativaCaracterísticas:

O diretor deve ser:

- Um Líder Participativo, isto é, um facilitador e estimulador da Participação

dos pais, alunos, professores e demais funcionários;

- Promotor da comunicação aberta, clara;

- Construtor de equipes participativas;

- Criador de clima de confiança e receptividade.

- Proporcionar condições para que todos os setores cumpram suas reais fun-

ções.

7.14 Educação do Campo – Histórico e Concepção

Quando pensamos na importância de termos uma política pública

incentivando a estruturação de uma prática educativa voltada para as

especificidades do campo, lembramos que historicamente o homem que mora no

campo sofre com a falta de incentivo de viver e permanecer no campo.

Diante disso, a Educação do Campo cumpre um papel importante,

principalmente no que diz respeito a negar a crença que a cidade é mais importante

que o campo. Pensamento cultural historicamente construído na sociedade

brasileira, considerando o campo como um local atrasado e de caipiras ignorantes.

A Educação Do Campo tem como princípio acreditar que o campo é “lugar

de vida, onde as pessoas podem morar, trabalhar, estudar com dignidade de quem

tem o seu lugar, a sua identidade cultural. (Fernandes, p.92, 2002).

Um dos objetivos segundo Bernardo Mançano Fernandes (2002), é ver o

campo como parte do mundo e não como aquilo que sobra além das cidades. 44

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Essa concepção de educação vem sendo pensada, mais especificamente a

partir de 1997, onde os Educadores da Reforma Agrária encontram-se para refletir

sobre as condições necessárias para se ter uma escola de qualidade voltada ao

campo, sendo assim identifica-se os Movimentos Sociais do Campo como gestores

e agentes ativos dessa construção.

A Lei de Diretrizes e Base de 1996 reconhece (arts.3º, 23,27,61) a

diversidade sociocultural e direito à igualdade e à diferença. Em 2001 foi promulgado

o Plano Nacional de Educação (Lei nº 10,172/2001) o qual, estabelece entre suas

diretrizes tratamento diferenciado para as escolas do campo. A Resolução de n.02,

de 28 de abril de 2008, chamada de Diretrizes Complementares, disciplina os

sistemas no cumprimento de questões estruturais para a viabilização da Educação

do Campo.

A Educação do Campo atende, prioritariamente, as especificidades

educacionais dos boias-frias, rebeirinhos, ilhéus, populações atingidas por

barragens, posseiros, assentados, acampados, pequenos proprietários rurais,

caboclos dos faxinais, comunidades negras rurais e quilombolas.

Sua concepção está pautada em alguns princípios, como: - o Campo é

espaço de vida, negando os modelos agroindustriais, implantado no Brasil, que

explora o campo valorizando somente sua produção para a exportação; - é um

projeto educacional que parte compreendendo seus sujeitos, como agentes de sua

história, que produzem conhecimento em suas relações de existência e

sobrevivência; - entende que a escola deve pertencer à comunidade, ou seja, estar

inserida na comunidade, negando o modelo de nucleação desenvolvido no Estado

do Paraná, ao longo da última década; por fim, - ela deve corresponder a

necessidade da formação integral, possibilitando acesso a todos os níveis e

modalidades de ensino.

Como eixo central, encontra-se a valorização da cultura dos povos do

campo, entendendo cultura, como produção humana que se dá nas diversas

relações do homem com a natureza, com os outros homens e com si próprio. A idéia

é trazer os costumes, lendas, relações de trabalho, concepção de vida para dentro

da escola, contribuindo para as práticas pedagógicas.

Para que haja essa valorização, é necessário repensar a organização dos

conteúdos, por esta razão estaremos, enquanto Escola Estadual São Luiz D’Oeste –

EF, organizando junto às disciplinas da Matriz Curricular, conteúdos que possam

instrumentalizar os alunos a compreender o mundo onde vivem e compreendendo-

o, possa valorizá-lo e cuidá-lo com a importância devida.

45

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7.15 Concepções em Relação ao Enfrentamento à Violência na Es-cola

Quando falamos de violência escolar, estamos falando de: agressões verbais,

brigas, roubo, furto, indisciplina, violência moral, violência física, violência contra o

patrimônio público, humilhação, desrespeito, discriminação por sexo, raça, condição

social, opção sexual, padrão de beleza, preconceito.

A proposta, portanto, que temos, é tornar o ambiente escolar humanizado, de-

mocrático e solidário, uma instituição que realiza o direito à educação, direito de to-

dos e principalmente, a paixão e o interesse pelo conhecimento. Promovendo

assim estratégias de combate a violência, atitudes preconceituosas e discriminatóri-

as na sociedade e no espaço escolar.

Incluir temas para debate, reflexão sobre a formação interior ( moral, espiritual

e ética ) dos estudantes, com o propósito de desenvolver o respeito pelos direitos

humanos, transformando assim o poder da força em poder do conhecimento.

A instituição escolar é um espaço importantíssimo de defesa de crianças e

adolescentes referente à violência doméstica e ao abuso sexual intrafamiliar.

A Escola além de instruir e educar, tem ainda a função de solidariedade com

outros órgãos responsáveis de garantir os direitos de crianças e adolescentes colo-

cando-os a salvos de qualquer tipo de violência, correspondendo ao preceito legis-

lativo inscrito no artigo 227 de 1988, na Constituição Federal, regulamentado pelo

artigo 4º e 5º do Estatuto da Criança e Adolescente – Lei 8069/90 que normatizou a

proteção integral com responsabilidade de “todos”, e aí insere-se a comunidade es-

colar.

7.16 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas

Um trabalho desafiador, que requer tratamento adequado e cuidadoso, funda-

mentado em resultados de pesquisas, desprovido de preconceitos e discriminações.

Professores e estudantes são instigados a conhecer a legislação específica e

a debater os assuntos presentes em nosso cotidiano, como drogadição, preconceito

e discriminação do usuário de drogas, narcotráfico, violência e influência da mídia.

46

Page 47: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · 4.7 Organização do Espaço Físico ... O Projeto Político Pedagógico de uma escola deve ser ... projecto - particípio passado do verbo

Estes e outros assuntos são tratados pedagogicamente, tendo como referen-

cial as relações de poder nos contextos sociais, políticos, econômicos, étnico-raciais,

culturais, históricos, religiosos e éticos.

7.17 Educação Fiscal

A Educação Fiscal faz parte de um Programa Nacional ( PNEF – Programa

Nacional De Educação Fiscal ), representado, no Estado do Paraná, por meio do

Grupo de Educação Fiscal Estadual – GEFE /PR.

A proposta da educação fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função

socioeconômica dos tributos, possibilitando o conhecimento sobre a administração

pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos

públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão.

Este tema será abordado no contexto de todas as Disciplinas, relacionando –

o aos conteúdos historicamente acumulados.

7.18 Concepção de Currículo

Tendo como base a filosofia desta escola ( histórico Crítico, Materialismo His-

tórico), ou seja, instrumentalizar o homem com o melhor e maior conhecimento acu-

mulado ao longo da história por nossos ancestrais, para que possa agir consciente e

transforme a realidade social buscando uma vida melhor em comunidade. O currícu-

lo desta Instituição de Ensino tem como objetivo maior, atender a comunidade que a

cerca e a forma, dando-lhe vida e voz, mudando uma sociedade que não permite a

igualdade e despreza a correta distribuição de riquezas e o conhecimento cultural

acumulado deste povo. Assim, nosso Currículo escolar presa pela seleção de áreas

do conhecimento. Que desenvolva e traga a cada aprendiz a possibilidade de ser di-

ferente causar mudanças na sociedade que viva, nutrido por concepções, angaria-

das no decorrer da sua vida escolar, enquanto estiver no âmbito desta Instituição de

Ensino.

Nossa Comunidade Escolar, pensa e age o Currículo como articulado do tra-

balho pedagógico para a compreensão da função social de cada indivíduo. O Currí-

culo é ponto articulador entre as especificidades por meio da Gestão Escolar, o Pro-

jeto Politico Pedagógico, o Plano de Ação Escolar, o Plano de Trabalho Docente o 47

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Regimento Escolar, a Proposta Pedagógica e o Plano de Aula Diário de cada educa-

dor do Corpo Docente. O Currículo para nós é entendido como “Identidade” da Insti-

tuição, é nele que inserimos nossas concepções de mundo e como pretendemos en-

sinar. É ponto de referência para a Escola, instrumentaliza “O como, O onde e O

quando” devemos repassar os Conhecimentos Histórico acumulados pela Sociedade

distribuídos em cada área do conhecimento. O Currículo é o “mapa” que direciona

os passos desta Instituição Escolar, abrangendo desde a gestão aos funcionários,

pais alunos...Por isso, nosso Currículo está fundamentado na Diretriz Curriculares

Nacionais o Art 26e 27daLDB, QUE ABRANGE O ESTUDO DE Língua portuguesa,

Matemática, Conhecimento do mundo físico e natural com a ciência, a realidade so-

cial e política com História e Geografia especialmente do Brasil, Ensino das Arte,

Educação Física, Ensino Religioso 6º e 7° ano em caráter opcional e não clusa na

carga horária. Segundo o Art: 27da LDB, o conteúdo curricular , pressupõe em resu-

mo que se considere os valores fundamentais ao interesse social, direitos e deveres

do cidadão o que buscamos contemplar em nosso Currículo. Em primeiro lugar, nós

educadores e demais seguimentos do âmbito escolar devemos lançar um olhar crite-

rioso, analítico e dinâmico sobre nossa “clientela” nossos educandos, e a partir desta

visão, realizar sondagens, diagnósticos, pesquisas, estudos, etc. Ir construindo o

Currículo que não pode ser pronto e acabado, mas sim, revitalizados, revisto e reor-

ganizado conforme cada necessidade da Comunidade Escolar. Haja vista, que ele é

o norteador de um trabalho vivo, que se constrói a cada novo dia. Porque é base

para o saber, o aprender e construir o aprendizado de um coletivo que nunca está

totalmente acabado. Pois a cada momento estamos aprendendo, trocando, soman-

do, transformando. E o Currículo Educacional deve ser um marco, um referencial de

cada Instituição, segundo cada localidade e suas adversidades/especificidades e por

isso, deve estar acompanhando as mudanças que surjam. Para a interação das dis-

ciplinas e maior interdisciplinaridade buscar novas possibilidades de trabalho dos

conteúdos essenciais básicos, tendo livro didático como apoio/recurso, internet, en-

trevistas, pesquisas bibliográficas, biblioteca, passeios, visitas etc.

Isso posto, podemos perceber que o Currículo e consequentemente todo o

mecanismo educacional é vivo, se transforma e muda a cada nova necessidade.

Desta maneira, a Política Educacional expressa em nosso Currículo, parte do apren-

diz, de sua história, de sua realidade, de seu “Eu”. Buscando respeitar seus valores,

sua cultura, suas particularidades. Pois, sabemos que ele parte do todo que unido

aos demais, forma o coletivo, o social a nossa Comunidade Escolar e o nosso pró-

prio educar/aprender para viver.

48

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7.19 Concepção de Gênero e Diversidade Sexual

O conhecimento histórico acumulado de Gênero Sexual é tema muito comple-

xo de ser abordado e desenvolvido em qualquer que seja a situação. Isso piora ain-

da mais se relacionarmos com o âmbito escolar, pois nele se misturam opiniões con-

trárias e a favor o que é certo e o que é errado nesta questão.

No entanto, o tema relaciona-se diretamente com o processo educativo, pois

os cidadãos e cidadãs independentemente da definição de Gênero Sexual que rece-

bem socialmente, são o foco, os agentes e os sujeitos deste processo educativo,

pois são seres sociais que constituem a escola.

Como pode então, a escola eximir-se e não dedicar uma parcela de informa-

ção a este tema tão relevante?

Como tentativa de resposta, esta instituição de Ensino, propõe e tenta dar si-

tuações de orientação para esclarecer, ou esgotar o assunto, tirando dúvidas e auto-

maticamente também se informando como corpo docente que tenta melhorar e mu-

dar preceitos antiquados oriundos de uma educação conservadora e preconceituo-

sa. Esgotar o assunto no sentido de informar e conversar para derrubar o “tabu” a

cerca do tema. Assim, é possível eliminar e evitar situações preconceituosas, este-

reotipadas e intencionais no âmbito escolar para com os sujeitos que por ventura

possam apresentar uma “conduta adversa de Gênero”. Mesmo nesta colocação já é

difícil eliminar todo o preconceito que nos toma e nos cerca. Adversa de que? Por-

quê? Para quem? Mesmo sem resposta as questões levantadas podemos evitar e

nos orientar para não sermos ou não promovermos canais de preconceitos, atitudes

e intolerância a cerca da situação.

No ato de conversa, busca de informação, a Comunidade Escolar torna-se ca-

nal de orientação para o outro, além dos muros escolares.

Descontrair concepções próprias já arraigadas é fundamental é ponto de par-

tida para a busca da eliminação do preconceito e do respeito pelo outro como gente

e não como algo que me afronta por ser diferente do que me ensinaram como corre-

to e adequado.

As conversas, os momentos de discussões e estudos a cerca do tema Diver-

sidade Sexual deve ter por base a prioridade dos Direitos Humanos, sem deixar ja-

mais sobressair crenças pessoais. Tais Direitos se pautam em Leis Federais Esta-

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duais que defendem os direitos dos sujeitos, como princípio da dignidade das pesso-

as humanas.

Toda sociedade a começar pela Escola deve tratar a pessoa com respeito e

dignidade não importando a cor da pele, raça, etnia, idade, religião, gênero, profis-

são, posição social e orientação sexual.

Para atender a esta situação, a Escola deve implementar seu Currículo com

momentos de estudos e orientações para toda a comunidade, a começar prioritaria-

mente pelos educadores.

Desta maneira acreditamos que seja possível a diminuição do preconceito,

discriminação e violência quanto a conduta de Gênero Sexual do meu aluno, vizinho,

professor da instituição que trabalha, etc... Pois muitas vezes não sabemos do que

falamos, simplesmente julgamos. Não conhecemos a realidade do outro, levamos

conosco um “molde” como parâmetro e ignoramos fatores que nos são desconheci-

dos e nos tornamos agente de preconceito. Prepararmos com a informação é dever

e o melhor caminho, pois qual será meu posicionamento se ocorrer o fator de Diver-

sidade de Gênero e sexual em minha casa ou família? Ou no ciclo de amizades? De

que foco a verdade será vista ou aceita por mim? Informar é a melhor medida.

7.20 Concepção de Educação Ambiental

Nos últimos três séculos o mundo passou por grande crescimento humano,

científico e tecnológico, que trouxe a mudança de valores no modo de vida da socie-

dade. Causando imensa utilização de recursos naturais e produção de dejetos e re-

síduos. O ser humano não permaneceu a natureza como finita. Mas sim, como fon-

te de recurso para saciar seus desejos e vontades. Em consequência surgiram os

problemas ambientais que se agravam a cada novo ano.

Diante da degradação ambiental foi necessário criar Leis que amparam os

poucos recursos naturais que restaram nos dias atuais. Assim, surgiu o Direito Ambi-

ental que de ponta com intuito de reger e disciplinar a vida dos homens e suas

ações sobre o Meio Ambiente. Metrificando em caráter punitivo com ações concretas

e legais a conservação do Meio Ambiente. Tenta trazer ou restaurar por meio da Lei

uma condição indispensável para a quantidade de vida da humanidade atual e futu-

ra.

O Direito Ambiental faz parte do “leque” das leis do Direito Penal que recorre a

uma organização piramidal assim posta:50

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1. Constituição Nacional;

2. Emendas Constitucionais;

3. Leis Complementares;

4. Convenções e Tratados Internacionais;

5. Leis Ordinárias e Medidas Provisórias.

No entanto, o Direito Ambiental não necessariamente se referencia a esta pirâmi-

de hierárquica, ou a outros campos jurídicos, por se tratar de uma Lei aplicável ao

individual, mas que é essencialmente coletiva. Ou seja: Um indivíduo comete um cri-

me contra o Meio Ambiente em sua propriedade particular, mas, se denunciado es-

tará sujeito ao rigor da Lei Ambiental em caráter coletivo, pois o Meio Ambiente hoje

é considerado um bem mundial, social e coletivo.

Um exemplo disso são os recursos naturais e hídricos que o Brasil possui em

seu território na Amazônia. É um bem individual e particular do Brasil, mas que, não

pode ser degradado em hipótese alguma por algum de nossos habitantes ou de ou-

tros países, pois constitui um bem mundial e coletivo. Desta forma, o agente de uma

arbitrariedade contra este patrimônio, se denunciado, sofrerá os preceitos da Lei

Ambiental.

Assim posto, fica claro que todos os cidadões brasileiros devem ter clareza e co-

nhecimento da Lei Ambiental, tanto para adequar-se a ela e não cometer infrações

como também, possa denunciar atos ilegais contra o Meio.

Orientada por estas informações, esta Instituição de Ensino defende e acredita

no Ensino de condutas e regras, de popularização da Lei nas séries escolares para

que desde muito cedo cada cidadão possa ser agente competente, protetor e cons-

ciente nas ações com o Meio em seu cotidiano. Que com orientações da Escola jun-

to à comunidade, Igrejas... Possam diminuir o consumismo desenfreado, aumentar a

reciclagem e reaproveitamento de materiais possíveis, e consequentemente diminuir

o acúmulo de dejetos, ensinando técnicas de conscientização do uso da água como

bem finito e de propriedade e direito para todos. Pois acreditamos que a Escola deve

ser veículo da verdade de que o Meio Ambiente, mesmo que particular é um bem

comum que deve ser protegido por todos e para todos. Mesmo as gerações que ain-

da não nasceram dependem de atitudes tomadas por nós. Para que possam ter a

chance à vida como nós temos, e desfrutar das belezas que a Natureza oferece.

7.21 Concepção de Inclusão

51

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A prática da inclusão pressupõe um novo modo de interação social, na qual

há uma revolução de valores e atitudes, que exige mudanças nas estruturas da so-

ciedade e da própria educação escolar.

Para Maria Teresa Mantoan, cumprir o dever de incluir todas as crianças na

escola supõe, portanto, considerações que extrapolam a simples inovação educaci-

onal e que implicam o reconhecimento de que o outro é sempre e implacavelmente

diferente, pois a diferença é o que existe, a igualdade é inventada e a valorização

das diferenças impulsiona o progresso educacional.

A Educação escolar desempenha um papel relevante neste processo, ao

quebrar paradigmas e estigmas consolidados em relação a grupos marginalizados

socialmente, e a promover sempre que possível a atividade conjunta de todos os su-

jeitos, independente de suas dificuldades e diferenças. O mais importante, entretan-

to, é que essas diferenças, depois de reconhecidas, sejam respeitadas pela escola,

mobilizará todos os seus segmentos com o intuito de oferecer respostas educacio-

nais adequadas a todas as suas necessidades especiais.

8.0 MARCO OPERACIONAL

8.1 Critérios de Avaliação

A Escola Estadual do Campo São Luiz D’Oeste definiu que a Avaliação pelo

método somatório é o mais adequado . Sendo que 5,0 (cinco vírgula zero) se refere

as atividades diversificadas, como: trabalhos, tarefas diárias, desempenho, participa-

ção; mais a nota 5,0( cinco vírgula zero) resultante de no mínimo duas avaliações,

totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero)

A Forma de registro continuará sendo através de notas, porém, conforme

LDB 9394/96, daremos preferência aos aspectos qualitativos.

Respeitando a Deliberação nº 007/99,Art. 8º - “A avaliação de Ed. Física e

Arte deverá adotar procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e

cultural do aluno”, tendo sempre como base os princípios da avaliação diagnóstica.

A recuperação de estudo dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino aprendizagem. Será organizada com atividades significativas por

meio de procedimentos didáticos-metodológicos diversificados.52

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A recuperação de estudos é direito dos alunos, independente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos.

Os resultados da recuperação de estudos serão incorporados as avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo mais um componente do aproveita-

mento escolar, sendo obrigatório seu registro no Livro de Registro de Classe.

8.2 Conselho de Classe

O Conselho de Classe tem como objetivo analisar aspectos referentes ao

processo ensino-aprendizagem, visando o acompanhamento do educando,

promovendo o desenvolvimento pleno de suas potencialidades.

Este também é o espaço para troca de experiências, informações,

percepções e conhecimento que o professor tem da vida de seu aluno que muitas

vezes as condições objetivas postas pela prática impedem que o processo de

integração orgânica aconteça, dificultando a elaboração de propostas pedagógicas

de planejamentos comuns e articulados.

A avaliação é o eixo do processo de trabalho do Conselho de Classe,

respeitando suas múltiplas dimensões: relação com o processo pedagógico da

escola; interferência no controle sobre as decisões a serem tomadas; re-

estruturação quando necessário, do trabalho pedagógico e a organização do

trabalho escolar. Porém, há de se ter claro, que o processo de avaliação é contínuo

e permanente, sendo o Conselho de Classe um instrumento que faz parte de um

todo.

Alerta-se que o processo de avaliação deve ser cuidadoso, fidedigno e

possibilitador de progresso escolar, não medindo esforços para evitarem prejuízos e

fracasso escolar.

Lembra-se, também, que o Conselho de Classe realizado com maturidade

pedagógica pode ser efetivado com a participação de pais e alunos. É preciso que

todos, o professor, o aluno, equipe pedagógica, pais e direção estejam envolvidos e

conscientes.

Portanto, o Conselho de Classe pode se tornar um momento de reflexão,

quando se discute as dificuldades de ensino, de aprendizagem, adequação dos con-

teúdos curriculares, metodologia empregada, competências e habilidades, enfim, da

própria proposta pedagógica da escola para se adequar às necessidades dos alu-

nos, ou se restringir a um veredicto formal: aprovado ou reprovado.

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8.3 Classificação e Reclassificação

Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota, seguindo os crité-

rios próprios para posicionar o aluno em ano, série, fase, período, ciclo ou etapa

compatível com a idade, experiência e desempenho adquirido por meios formais ou

informais.

A classificação será realizada:

a. Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série,

etapa, ciclo, período ou fase anterior na própria escola.

b. Por transferência, para candidatos procedentes e outras escolas do

país ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem;

c. Independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação fei-

ta pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do

candidato e permita sua inscrição na série, ciclos, período, fase ou eta-

pa adequado.

O estabelecimento não fará classificação para a série inicial.

A classificação terá caráter pedagógico centrado na aprendizagem e adotan-

do as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos da

escola e dos profissionais:

a. Fará avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pe-

dagógica.

b. Comunicará ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser ini-

ciado para obter deste o respectivo consentimento;

c. Organizará comissão formada por docente, técnicos e direção da esco-

la para efetivar a criança.

d. Arquivará atas, provas, trabalho ou outros instrumentos utilizados.

e. Registrará os resultados no Histórico Escolar do aluno.

A reclassificação, portanto, é o processo pela qual a escola avalia grau do

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo, compatível com sua

experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu Histórico

Escolar.

54

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8.4 Adaptação Aproveitamento

No Ensino Fundamental o rendimento mínimo exigido para a aprovação é

nota 6,0 (seis vírgula zero).

Os resultados das avaliações da aprendizagem em período letivo serão

registrados em documentação própria a fim de ser assegurada a regularidade na

autenticidade da vida escolar do aluno. A média de conclusão da disciplina será

obtida através da média aritmética das notas do período letivo (bimestre)

constituindo-se na média anual (M.A).

Será considerado aprovado o aluno que apresentar: a média igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75%.

Resultante da média aritmética dos bimestres nas respectivas disciplinas.

1a B + 2a B + 3a B +4a B = MF

4

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

a. Freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento), sobre o total da

carga horária, período letivo e médio anual inferior a 6,0 (seis vírgula

zero).

b. Freqüência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da

carga horária do período letivo com qualquer média anual.

8.5 Progressão Parcial

A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até 03 ( três) disciplinas, em regime seriado, poderá

cursá-las subseqüente e concomitantemente às séries seguintes, conforme artigo 17

da Deliberação nº 09/01-CEE. Cabe as escolas seguir as orientações segundo a

Instruçãonº02/09 DAE/CDE/SSED. Este estabelecimento de ensino não oferta aos

seus matriculados com Progressão Parcial. As transferências recebidas de alunos

com dependência em até três disciplinas são aceitas e cumpridas mediante plano

especial de estudos.

9.0 FORMAÇÃO CONTINUADA55

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Formação Continuada dos Professores e Funcionários Participação em Cursos/Eventos e Grupos de Estudos.

1- Ação:

Formação Continuada dos Professores e Funcionários.

2- Justificativa:

A qualificação e valorização dos profissionais da educação se apresenta

como um dos grandes desafios para a garantia da qualidade de ensino, requerendo

uma política pública de formação inicial e continuada para esses profissionais.

3 - Objetivos

Participar de cursos de formação teórica nos conhecimentos a serem ensina-

dos e que levam a superação da histórica dicotomia entre teoria e prática, mi-

nistrados pelas instituições de ensino superior.

Ter acesso a cursos de formação continuada que leva a qualificação profissi-

onal e que garanta participação dos profissionais da educação na produção

dos novos conhecimentos, nos avanços científicos e tecnológicos;

Valorização dos profissionais da educação, através de um plano de cargos,

carreira e vencimentos condizentes com a formação profissional inicial e con-

tinuada;

Política de incentivo ao aperfeiçoamento do profissional da educação que in-

cluam cursos regulares de especialização, especialmente mestrado e douto-

rado, reconhecido pelo capes.

4- Detalhamento da ação:

Cabe à SEED e o NRE garantir capacitações, grupos de estudo, entre ou-

tros, bem como a coordenação e financiamento desses programas e a sua

manutenção como ação permanente.

Cabe a escola apoiar e dar condições aos professores e funcionários na for-

mação.

Cabe aos profissionais da educação o comprometimento com as ações de

formação.

5 - Condições e recursos:

Disponibilizar o tempo para os professores e funcionários contando como

hora de trabalho.

Promover intercâmbio profissional e cultural com profissionais de outras es-

colas.

Disponibilizar verbas para projetos e recursos.

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6- Responsáveis:

SEED

NRE

Escolas: Direção, Coordenação.

Profissionais da educação

9.1 Profuncionário

O Profuncionário é um programa que visa a formação dos funcionários de

escola, em efetivo exercício, em habilitação compatível com a atividade que exerce

na escola. A formação em nível técnico de todos os funcionários é uma condição

importante para o desenvolvimento profissional e aprimoramento no campo do

trabalho e, portanto, para a carreira.

O Decreto 7.415 de 30 de dezembro de 2010 institui a política nacional de

formação dos profissionais da educação básica e dispõe sobre a formação inicial

em serviço dos funcionários da escola. Entre seus objetivos fundamentais, está a

valorização do trabalho desses profissionais da educação, através do oferecimento

dos cursos de formação inicial em nível técnico proporcionados pelo

Profuncionário.

9.2 Equipe Multidisciplinar

Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar,

preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução

da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 –

CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relati-

vas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das disciplinas

da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estadu-

ais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Etnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Afri -

cana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescen-

dentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e 57

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indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da cultura,

da contribuição para o país e para a humanidade, conforme estabelece a Delibera-ção 04/2006 – CEE/PR, Resolução Nº 3399/2010 – GS/SEED e Instrução 010/2010 – SUED/SEED, cujos integrantes são: Pedagogo/a, Agente Educacional ,

Representante das Instâncias Colegiadas, Professor/a da área de Humanas, Profes-

sor/a da área de Exatas, Professor/a da área de Biológica,

10. Instâncias Colegiadas

10.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar da Escola Estadual do Campo São Luiz D’Oeste –

Ensino Fundamental, está constituído segundo as disposições contidas na

Deliberação nº 020/91 – Conselho Estadual de Educação e Resolução nº 44.839/94

da Secretaria do Estado da Educação.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,

consultiva e fiscal não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem

lucrativos, não sendo remunerados seus Dirigentes e nem Conselheiros.

O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão da escola, na forma

de colegiado, promovendo as articulações entre os segmentos da comunidade

escolar e os setores da escola, constituindo-se como órgão auxiliar da direção do

estabelecimento de ensino.

A atuação e representação de qualquer dos integrantes do Conselho Escolar

visará ao interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades e objetivos da

educação pública, para assegurar o cumprimento da função da escola.

A ação do Conselho Escolar deverá ser articulada com a ação dos

profissionais de cada área de atuação, e sua autonomia será exercida com base nos

seguintes compromissos: a) A Legislação em vigor; b) A Democratização da Gestão

Escolar e, c) As oportunidades de acesso, permanência e qualidade de ensino na

escola pública.

Os objetivos do Conselho Escolar são: Democratizar as relações no âmbito

da escola visando a qualidade de ensino através de uma educação transformadora

que prepare o indivíduo para o exercício da plena cidadania; promover a articulação

entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da escola a fim de garantir

o cumprimento de sua função que é ensinar; e58

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Estabelecer, para o âmbito da escola, diretrizes e critérios gerais relativos a

sua organização, funcionamento e articulações com a comunidade de forma

compatível com as orientações da política educacional da Secretaria de Estado da

Educação, participando e responsabilizando-se social e coletivamente, pela

implementação de suas deliberações.

10.2 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é uma entidade institucionalizada que tem como função

representar o corpo discente da escola, seus anseios, objetivos e necessidades.

É importante que a organização surja da necessidade sentida pelos próprios

estudantes, legitimando assim sua função de desenvolver nos envolvidos as

dimensões política, cultural e social.

Os Grêmios Estudantis organizados cumpriram um importante papel na

sociedade brasileira, pois foi o movimento estudantil, junto a outros movimentos

sociais, que fizeram a resistência frente a Ditadura Militar, na década de 60.

Hoje, percebe-se um desgaste em sua prática social, porém tem-se a

clareza que seu papel é importantíssimo se pensarmos na construção de uma

escola democrática.

Considerando que nosso aluno deve ser agente no processo educativo,

devemos incentivar e garantir sua participação, refletindo e construindo sua própria

história, engajado em suas lutas corporativas e principalmente comprometido com

as transformações necessárias para uma sociedade mais justa e democrática.

11.3 Representante de Turma

O processo de escolha dos Representantes de Turma é um exercício

favorável a Educação Cidadã, onde os estudantes se colocam a disposição para

representar seu grupo.

Todos os representantes de turma, formam um conselho, chamado:

Conselho de Representante de Turma. Esse Conselho age diretamente junto ao

Grêmio, e à Gestão Escolar. Também representam as necessidades pedagógicas

sentidas pelo grupo.

59

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11.4 APMF (Associação de Pais,Mestres e Funcionários)

A APMF da Escola Estadual do Campo São Luiz D’Oeste – Ensino

Fundamental, foi fundada no dia 24 de março de 1996, com o objetivo de atender as

exigências legais da Secretaria de Educação do Estado do Paraná.

Esta instituição é de natureza jurídica de direito privado, é um órgão de

representação dos pais e professores do estabelecimento, não tendo caráter político

partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus

Dirigentes ou Associados.

Tem por objetivos: Discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a assistên-

cia do educando, o aprimoramento do ensino e para integração família/escola/ co-

munidade; Prestar assistência aos educandos assegurando-lhes melhores condi-

ções de eficiência escolar; Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a

política educacional visando sempre a realidade dessa mesma comunidade; Propor-

cionar condições ao educando, para criticar e participar de todo o processo escolar,

estimulando sua organização livre em grêmios estudantis; Representar os reais in-

teresses da comunidade e dos pais de alunos junto à escola contribuindo, dessa for-

ma, para a melhoria do ensino e da melhor adequação dos planos curriculares; Pro-

mover o entrosamento entre pais, alunos, professores e membros da comunidade,

através de atividades sócio-educativa-cultural-desportiva; Contribuir para a melhoria

e conservação do aparelhamento e do estabelecimento escolar, sempre dentro de

critérios de prioridade, sendo as condições dos educandos fator de máxima priorida-

de.

11. PROJETOS E PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA

11.1 Sala de Apoio

O programa tem o objetivo de atender às dificuldades de aprendizagem de

crianças que frequentam o 6º ao 9º do Ensino Fundamental através de aulas de

língua Portuguesa e Matemática em horário contra-turno, onde acontecem as

oficinas específicas das disciplinas, trabalhando conteúdos específicos e

metodologias diferenciadas. Procurando através de ações pedagógicas sanar os

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problemas relacionados à aprendizagem. Considerando que a avaliação deverá ser

de forma diagnóstica, contínua e cumulativa, visando um processo indicativo dos

avanços e das necessidades diferenciadas de aprendizagem dos alunos.

Ao professores da Sala de Apoio cabe juntamente com a equipe pedagógica e

o professor regente planejar os encaminhamentos metodológicos necessários para

atender as necessidades de aprendizagem do aluno, procurar diagnosticar avanços

ou dificuldades no processo ensino-aprendizagem planejando atividades e

metodologías diferenciadas, assim como elaborar materiais didáticos pedagógicos,

considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos.

Assim sendo, as praticas realizadas na Sala de Apoio colaboram para um

melhor atendimento ao educando proporcionando melhor desempenho e

conhecimento do mesmo.

11.2 Fanfarra

Incentivar a continuidade da Fanfarra em parceria com a escola Municipal ,

tendo a escola como ponto de referência da comunidade.

Tomar iniciativa, junto à Escola Municipal, para a organização dos ensaios,

providenciar instrumentos e organizar a apresentação do Desfile Cívico que

acontece na comunidade com a participação dos alunos da Escola Estadual e

Municipal e entidades organizadas e também na sede do município.

Os investimentos necessários para a manutenção dos instrumentos e

acessórios são custeados pela APMF/APM e Prefeitura Municipal de Toledo.

Serão organizadas reuniões com periodicidade a ser definida pelo grupo para

a realização do evento

11.3 Campeonato das Escolas do Campo

Este Campeonato tem por objetivo estimular a atividade esportiva como uma

prática necessária para uma vida saudável.

É realizado somente entre as Escolas do Campo, oportunizando os alunos a

formação de novos vínculos de amizades e descontração

A modalidade praticada é o Futsal e Xadrez sendo realizado durante o

período letivo conforme tabela organizada pelos profissionais da disciplina de

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Educação Física com a realização de uma rodada em cada escola inscrita no

campeonato.

12. Desafios Educacionais Contemporâneos

12.1 História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena 3

A necessidade de ressarcir os descendentes de africanos negros, dos danos

materiais, sociais, políticos e educacionais sofridos sob o regime escravista,

requerem medidas que se concretizem em iniciativas de combate ao racismo e a

toda sorte de discriminações. Na área da educação, a demanda da população

afrodescendente por políticas de reparações, de reconhecimento e valorização de

sua história, cultura, e identidade. Devem ser tratadas em dimensões históricas,

sociais e antropológicas oriundas da realidade brasileira, visando combater o

racismo e as discriminações que atingem particularmente os negros.

Nesta perspectiva, propõe à divulgação e produção de conhecimentos, a

formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu

pertencimento étnico-racial, descendentes de africanos, povos indígenas,

descendentes de europeus, asiáticos, para interagirem na construção de uma nação

democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos garantidos e sua

identidade valorizada.

A Lei no 11.645 de 10 de março de 2008, torna obrigatório o estudo da história

e cultura afro-brasileira e indígena, nos currículos dos estabelecimentos de ensino

da rede pública e particular. Vale lembrar que a Deliberação no 004/2006, aprovada

pelo Conselho Estadual de Educação, apresenta os objetivos da educação das

relações étnico-raciais, em seu artigo primeiro, no primeiro parágrafo: a divulgação e

produção de conhecimentos, assim como de atitudes, posturas e valores que

preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre todos, sem

barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e discriminações

que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial sobre outro, de um

povo sobre outro.

O estudo será ministrado, nas diversas disciplinas: História, Arte, Literatura e

principalmente ao se abordar a História do Brasil, apresentando aspectos da história

da cultura afro-brasileira e indígena.

O reconhecimento implica justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e

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econômicos, bem como valorização da diversidade, ou seja, aquilo que distingue os

negros de outros grupos que compõem a população brasileira. E isto requer

mudança nos discursos, raciocínios, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas

negras.

12.2 História do Paraná

Através da Lei no 13.381, de 18 de Dezembro de 2001, tornou-se obrigatório

o estudo dos conteúdos da História do Paraná no ensino fundamental e médio, com

o objetivo de formar cidadãos conscientes da identidade potencial e valorização do

nosso Estado. Onde, a disciplina História do Paraná deverá permanecer como parte

diversificada, no currículo em mais de uma série.

Oferecendo abordagens e atividades, promovendo a incorporação dos

elementos formadores da cidadania paranaense, partindo do estudo das

comunidades, municípios e microrregiões do Estado.

A Proposta Pedagógica do Colégio propõe o estudo da História do Paraná

através dos conteúdos da disciplina de História, conforme distribuição dos

conteúdos.

A concepção de História aborda o contexto histórico dos sujeitos envolvidos

na construção da sociedade do seu tempo a partir do que outros sujeitos

construíram, então não se pode estudar a História do Paraná de forma isolada da

História do Brasil e do Mundo. Devem-se oferecer condições para resgatar e

valorizar os elementos formadores da cultura do povo do Paraná.

12.3 Educação Ambiental

Os problemas ambientais e sociais vivenciados atualmente demonstram a

falência do atual modelo de desenvolvimento. Isto pressupõe mudanças urgentes e

um novo modelo de desenvolvimento e de sociedade. Diferente de outros seres

vivos, a relação do ser humano com a natureza não ocorre de forma simbólica.

O desenvolvimento tecnológico não resolveu o problema de pobreza, mas sim

intensificou a injustiça social, a rota de colisão com a natureza e o conseqüente

aumento da destruição dos recursos naturais passou a ocorrer de maneira mais

acelerada, originando cenários antagônicos: de um lado grandes proezas 63

Page 64: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · 4.7 Organização do Espaço Físico ... O Projeto Político Pedagógico de uma escola deve ser ... projecto - particípio passado do verbo

tecnológicas, de outro, miséria e insegurança, de um lado desperdício de alimentos,

de outro fome; de um lado desperdício de água, do outro pessoas rezando e

caminhando quilômetros por um pouco de água limpa.

De acordo com a Lei no 9.795 de abril de 1999, no seu artigo primeiro,

entendemos por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e

a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, este como bem de

uso comum do povo e essencial a uma maior qualidade de vida e sua própria

sustentabilidade.

O que se propõem através da educação ambiental é minimizar os problemas

ambientais, pois, trata-se de uma questão social cuja solução é compromisso de

todos. Possibilitando ao educando desenvolver um espírito crítico quanto ao

consumismo, levando-o à responsabilidade e solidariedade no uso dos bens comuns

e recursos naturais, respeitando o meio vivido, percebido e concebidos.

Desta forma a educação ambiental pressupõe vencer desafios, como

rompimento de paradigmas, superar a sociedade do ter, adoção dos princípios da

precaução, ações e exercício contínuo da cidadania. Deve estar presente na

educação e em todos os segmentos da sociedade conforme propõem a Constituição

Federal e a Lei acima citada que institui a Política Nacional de Educação ambiental.

Tendo como princípio básico a sustentabilidade, a ética do cuidado e a precaução,

entendendo que a sustentabilidade também se aplica ao ser humano e a sociedade

enquanto parte integrante do meio ambiente.

É um processo que propicia a compreensão crítica das questões

socioambientais.Os estudantes são orientados a adotar uma posição consciente e

participativa frente às questões relacionadas à conservação e utilização adequada

dos recursos naturais, para a diminuição contínua das disparidades sociais. As

questões ambientais serão abordadas através dos conteúdos nas diversas

disciplinas.

12.4 Educação do Campo

O entendimento do campo como um modo de vida social contribui para a

auto- afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido da valorização do

seu trabalho, da sua história, do seu jeito de ser, dos seus conhecimentos, da sua

relação com a natureza e como ser da natureza. Em síntese, o campo retrata uma

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diversidade sociocultural, que se dá a partir dos povos que nele habitam:

assalariados rurais temporários, posseiros, arrendatários, acampados, assentados,

pequenos proprietários, vileiros rurais e outros mais. São diferentes gerações,

etnias, gêneros, crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar,

de resolver os problemas e lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.

Toda essa diversidade encontrada nas populações do campo paranaense

sinaliza um fator que não pode ser deixado de lado, as escolas terão presente no

seu interior essa conflituosa, porém, rica diversidade sociocultural e política. Assim

sendo, o Projeto Político Pedagógico deste estabelicimento contempla a Educação

do Campo, visando à melhoria da qualidade de vida do homem do campo. Adotando

políticas pedagógicas de valorização da diversidade cultural, de interação e

transformação do campo, de enfrentamento às desigualdades historicamente

impostas a este segmento.

A educação do campo é compreendida a partir dos sujeitos que tem o campo

como seu espaço de vida. Pois, o educando tem direito a uma educação pensada

desde seu lugar, com a sua participação, vinculada à sua cultura e às suas

necessidades humanas e sociais. Desta forma, o conceito de campo busca ampliar

a visão do rural, possibilitando as pessoas obter uma educação com qualidade, que

venha atender as necessidades do sujeito num mundo globalizado com acesso às

novas tecnologias.

Concebendo o campo como um lugar onde as pessoas produzem

conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência, há uma produção

cultural que deve ser considerada na elaboração da Proposta Pedagógica e no

Plano de Trabalho docente.

A Proposta Pedagógica deste Colégio tem a pretensão de resgatar valores do

aluno oriundo da zona rural por meio de estudo contextualizado nas diversas

disciplinas, enfatizando o meio ambiente, as mudanças na economia, às

modernizações, as novas tecnologias agrícolas. Considerando os conhecimentos e

a cultura historicamente acumulados, estabelecendo relação entre o urbano e o

rural, a organização, o trabalho e a sociedade, na perspectiva de promover a

valorização do homem do campo.

13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Proposta Pedagógica por Disciplina65

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13.1 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de História

JUSTIFICATIVAA História do ponto de vista pedagógico e historiográfico tem a finalidade de

ampliar horizontes de referência temporal dos alunos, tendo como referencial seu

própriop tempo, de suas capacidades de explicação histórica e de suas atitudes de

respeito e compreensão à diversidade cultural das sociedades e da sociedade

brasileira em particular, para a formação da cidadania e da identidade social dos

alunos.

A História também tem como finalidade expressar e compreender o

conhecimento histórico, analisando e criticando documentos, reconhecendo o papel

das diferentes linguagens, produzindo textos analíticos e interpretativos sobre o

discurso historiográfico. Permitindo assim a construção da identidade pessoal e

social na dimensão histórica, reconhecendo a diversidade social, cultural e as

relações de poder e trabalho, levando educando a comparar os problemas atuais e

outros momentos históricos tendo posicionamento crítico e cidadão.

A História enquanto ciência e disciplina,se propõe a ser instrumento

para compreensão da realidade. Possibilita aprofundar os estudos sobre as

problemáticas contemporâneas, situando-as nas diversas temporalidades, servindo

de arcabouço para reflexões sobre as ações e relações humanas no conteúdo

histórico,em que os sujeitos estão inseridos.

A pesquisa histórica esforça-se, atualmente, em situar as articulações entre

a micro e a macro história, buscando nas singularidades dos acontecimentos as

generalizações necessárias para a compreensão do processo histórico. Na

articulação do singular e do geral,recuperam-se diversas formas de registros das

ações humanas tanto nos espaços considerados tradicionalmente os de poder,como

o Estado e as instituições oficiais,como nos espaços privados e dos conflitos diários

pela sobrevivência,das mentalidades,de valores e de crenças em transformações

advindas com aparato tecnológico e nas configurações do mundo do trabalho e da

convivência humana.

As problemáticas contemporâneas tem produzido fortes e significativas

discussões sobre a produção de conhecimento científico e percebe-se uma

tendência, principalmente nas Ciências Humanas, da conquista de espaço,por

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diferentes abordagens que consideram novos objetos e que por sua vez impõem

referência a novas fontes.

O olhar da História para outras ciências tem trazido significativas

contribuições para a compreensão de como as sociedades se constituem em

determinado tempo e lugar,não de forma fragmentada,mas com recortes que

valorizam sujeitos,permitindo relações interdisciplinares com outras áreas do

conhecimento.

Esta abordagem deverá primar pela pesquisa histórica considerando que os

documentos/fontes não falam por si só e devem ser interrogados no sentido de dar

voz aos diferentes grupos sociais no seu tempo e espaço.

O mundo mudou, novos instrumentos surgiram mas, sobretudo, aceleram-

se quase todas as ações humanas, fundamentalmente aquelas que implicam em

deslocamento, do transporte de pessoas e coisas até o transporte de

informações,transformando a história da humanidade.

Num outro momento da história, tem a profusão de registros que este século

vem acumulando, seja pelo testemunho de fatos e acontecimentos, seja pelo

imaginário de filmes e programas de televisão voltados para a ficção. Praticamente

todas as personalidades que influenciaram a história deste século tem imagens e

depoimentos registrados por meio de audiovisuais, construindo um enorme acervo

impossível de ser explorado em sua totalidade.

Neste sentido, torna-se imprescindível abordar os conteúdos a partir de

uma perspectiva que privilegie as relações de trabalho, de poder e de culturas,

articuladas às categorias de tempo e espaço para que o educando possa se colocar

no contexto e fazer a sua análise.

Esta abordagem permite aos professores desenvolver seus trabalhos em

sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas, contemplando temas

referentes a História do Paraná e Cultura Afro-brasileira conforme estabelecem as

leis 11.645/08 e 13.381/01, respectivamente. Assim, é possivel analisar os

componentes mais complexos das heranças africanas como, por exemplo, a

reivindicação dos movimentos negros a respeito da inserção da cultura africana e

afro-brasileira no ensino de História.

Além disso, a proposta metodológica de partir da história do Brasil para a

Geral possibilita a abordagem da história regional o que atende a Lei 13.381/01, que

torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, o

trabalho com os conteúdos de História do Paraná.

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A disciplina de História tem fundamental importância na medida em que

propicia ao estudante entender-se como agente histórico e transformador da

sociedade em que vive, favorecendo a formação do cidadão ativo, participativo e

consciente, tornando-se um cidadão crítico que busca a construção de uma

sociedade mais justa.

Conteúdos2.1 – Conteúdos Estruturantes RELAÇÃO DO TRABALHO

RELAÇÃO DO PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

Conteúdos Básicos do 6º AnoNo 6º ano serão abordados os seguinte temas históricos:

• A historiografia;

• Tempo cronológico e tempo histórico;

• As origens do ser humano;

• O Povoamento da América;

• Civilizações Antigas ( Mesopotâmia, Egito, África; China, Índia, Fenicios,

Hebreus);

• Civilização Grega;

• Civilização Romana. Onde as abordagens serão contextualizadas á partir da:

A experiência Humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

As culturas locais e a cultura comum; articulando entre si os conteúdos

estruturantes, básicos e específicos a partir das histórias locais e do Brasil e

História Geral e da Cultura Afro.

Conteúdos Básicos do 7º AnoNo 7º ano serão abordados os seguinte temas históricos:

• A Europa Feudal;

• Os Mundos além da Europa;

• Mudanças na Europa (na estrutura política, geografica, arte, Religião);

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• O Encontro entre os dois mundos: Civilizações Americanas/ Portugueses/

Espanhóis/ Franceses/ Holandeses/ Ingleses (Conquistas, colonização,

exploração, domínio);

• Brasil ( nordeste colonial). Onde as abordagens serão contextualizadas á

partir das:

• As relações de propriedade.

• A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

• As relações entre o campo e a cidade.

• Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade; articulando entre

si os conteúdos estruturantes, básicos e específicos a partir das histórias

locais e do Brasil e História Geral e da Cultura Afro.

Conteúdos Básicos do 8º AnoNo 8º ano serão abordados os seguinte temas históricos:

• A expansão Portuguesa na América;

• O Brasil e a Mineração;

• As Revoluções Inglesas;

• Revoluções na América e na Europa;

• Independencias na America Espanhola;

• Independência do Brasil, o Primeiro Reinado, Período Regencial e Segundo

Reinado;

• Revoluções na Europa e Expansão dos Estados Unidos. Onde as abordagens

serão contextualizadas á partir das:

• História das relações da humanidade com o trabalho.

• O trabalho e a vida em sociedade.

• O trabalho e as contradições da modernidade.

• Os trabalhadoes e as conquistas de direitos; articulando entre si os conteúdos

estruturantes, básicos e específicos a partir das histórias locais e do Brasil e

História Geral e da Cultura Afro.

Conteúdos Básicos do 9º AnoNo 9º ano serão abordados os seguinte temas históricos:

• A Era do Imperialismo: A República no Brasil;

• A Primeira Guerra Mundial;

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• Revolução Russa;

• A Crise do Capitalismo;

• Segunda Guerra Mundial;

• Era Vargas;

• O Mundo Bipolar;

• Democracia e Ditadura no Brasil;

• A Nova Ordem Mundial. Onde as abordagens serão contextualizadas á partir

das:

• A constituição das instituições sociais.

• A formação do Estado.

• Sujeitos, Guerras e Revoluções.

Encaminhamentos MetodológicosO encaminhamento metodológico da disciplina de história deverá privilegiar

a produção e reelaboração do saber histórico, possibilitando a compreensão das

relações de trabalho, poder e cultura, presentes na construção do processo

histórico, articulando-se teoria, prática onde o trabalho intelectual permite ao aluno a

articulação da prática no pensamento,pela sua capacidade de abstração a

compreenda,e assim, adquira condições para nela intervir, considerando o conjunto

das relações sociais e produtivas através das quais o pensamento adquire

materialidade ao transformar-se em ação.

Através de pesquisas bibliográficas e o uso de instrumentos tecnológicos

disponíveis, na sociedade, perceber a dinâmica desta e as mudanças

ocorridas,utilizando recursos de comunicação visual a audiovisual para composição

de uma prática que permite a aplicação,ampliação e incorporação das tecnologias

na compreensão e articulação das diferentes culturas e na formação de cidadãos

nos diferentes contextos históricos, que os estudos das ações e relações humanas

do passado, partem da problematização feita no presente.O conhecimento histórico

é dinâmico e para compreensão da temporalidade, historicidade e transitoriedade do

conhecimento, se faz necessário uso de informações do universo da linguagem

escrita e audiovisual, estruturada dentro de uma organização com o objetivo de

esclarecer,gerar curiosidade, transmitir informação e adquirir conhecimento requer

uma metodologia que visa introduzir professor e aluno no universo da linguagem,

fazendo das tecnologias instrumentos de criação,expressão e comunicação.

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A introdução de instrumentos e recursos na prática pedagógica, significa um

novo vínculo que se estabelece com o saber e o desenvolvimento de competências

e habilidades.

O trabalho com pesquisas bibliográficas e o uso de tecnologias, orientadas

pelo professor, aparecem como um dos encaminhamentos adotados com a

finalidade de atingir os objetivos propostos.

A metodologia deverá estar pautada nas seguintes premissas:

a- partir da realidade do educando, a fim de despertar o interesse

estabelecendo assim um vínculo entre a teoria e a prática, na busca do

conhecimento sistematizado.

b- buscar sempre a compreensão crítica da realidade, para que o aluno não

adormeça no sono fácil das idéias prontas e possa reelaborar seu conhecimento.

c- dar ênfase ao diálogo entre professor e aluno, estabelecendo assim um

relacionamento direcionado à construção do conhecimento, eliminando, portanto o

frio processo de transmissão e assimilação passiva.

d- Confrontar interpretações historiográficas e documentos históricos

permitindo aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por

meio de narrativas históricas.

e- Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos

e estruturantes.

Recursos Didáticos:

TV Multimídia, Laboratório Paraná Digital, Textos complentares, DVD(filmes

e documentários), Cartazes, livros didáticos, acervo da biblioteca da escola.

AvaliaçãoA avaliação deve ser concebida como instrumento para auxiliar a

aprendizagem do educando e o desenvolvimento de formas flexíveis de pensamento

e ação,que proporcione elementos para a reflexão sobre o “outro” na sua

temporalidade e diversidade que traduzem a experiência vivida pelos homens nos

diferentes momentos da história.

Através dela pretende-se perceber como os estudantes compreendem

como acontecem as relações de trabalho, poder e cutura nas sociedades antigas,

modernas e contemporâneas.

A avaliação será contínua, processual, formal e diagnóstica, isto é, permitirá

aos educadores e aos educandos identificar pontos fracos no processo ensino

aprendizagem, permitindo rever os procedimentos e re-planejar as ações. Desta

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forma, o educador avalia sua própria atuação e o educando vai continuamente se

dando conta de seus avanços e dificuldades. Para instalar esse processo de

avaliação se levará em consideração a necessidade da aquisição de noções e

conceitos básicos para formar o pensamento histórico (tempo, espaço, cultura,

semelhanças e diferenças, permanências e mudanças, dominações e resistências,

ruptura e contradições) e que o ensino de História implica em criar possibilidades de

investigação para construir e reconstruir com o educando o conhecimento histórico.

Serão utilizadas como estratégias avaliativas o desenvolvimento de

pesquisas, produção de textos, fichas de leitura, confecção de cartazes, análise de

filmes e audiovisuais, documentos históricos e gravuras da época, elaboração e

apresentação de trabalhos em grupo, seminários, oficinas e outros, assim como,

provas e outros instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias

históricas produzidas pelos estudantes.

A avaliação será instrumento de aprendizagem, fornecendo ao educador

informações para planejar as intervenções necessárias para recuperar educandos

com dificuldades, propondo procedimentos que levem estes a atingir patamares

mais elevados de conhecimento. O educando partilhará desta avaliação,

desenvolvendo a consciência dos progressos feitos em relação ao conhecimento,

tornando-se sujeito da aprendizagem e apropriando-se dos conceitos históricos e

dos conteúdos propostos pela disciplina.

Para isso deverão ser considerados os seguintes critérios de avaliação:

• Analisam as diferentes conjunturas históricas a partir das relações de

trabalho, de poder.

• Compreendem o significado de determinadas palavras num contexto

histórico.

• Apropriam-se de conteúdos e conceitos históricos.

• Empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos.

• Compreendem que o conhecimento histórico é produzido com base no

método da problematização de distintas fontes documentais e textos

historiográficos a partir dos quais o pesquisador produz a narrativa histórica.

• Compreendem que a produção do conhecimento histórico pode validar,

refutar ou complementar a produção historiográfica já existente.

• Estabelecem comparações simples entre passado e presente, com

referência a uma diversidade de períodos, culturas e contextos sócio-

históricos.

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• Entendem que a História é tanto um estudo da continuidade como da

mudança e da simultaneidade.

• Compreendem que um acontecimento histórico pode responder a uma

multiplicidade de causas.

• São capazes de se identificar como sujeitos que viveram no passado e cujas

opiniões, atitudes, culturas e perspectivas temporais são diferentes das suas.

• Explicitam o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e

econômica, a partir do conhecimento dos processos históricos.

• Compreendem a História como experiência social de sujeitos que constroem

e participam do processo histórico.

Referências Bibliográficas

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Historia cultural? Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005. ______. (org)

A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992. ______.

Cultura popular na idade moderna. São Paulo: Cia das Letras, 1989.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. 14ª tiragem. Rio de janeiro: Elsevier, 1997.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.

GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo Cia das Letras, 1987.

HOBSBAWN, Eric J., RANGER, Terence. A invenção das tradições. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 2002. LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre.

História: novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979._______.História:

Novos Objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979._______. História: Novas

Abordagens: Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.

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Projeto Araribá: História / organizadora EDITORA moderna; obra coletiva,

concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável

Maria Raquel Apolinário. 2ª ed. - São Paulo: Moderna, 2007.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

Diretrizes Curriculares de História para a Educação Básica. Curitiba- PR, 2008.

AZEVEDO, Gislaine Campos; SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único, 1ª edição: São Paulo: Ática, 2005.

13.2 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Ciências

JustificativaA disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda

sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos

observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais

como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.( DCE 2008,

p. 40).

A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento

de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui

significados. Isso poem o processo de construção de significados como elemento

central do processo de ensino aprendizagem. ( DCE 2008, p. 62)

O estudante constroem significados cada vez que estabelece relações "

substantivas e não arbitrárias" entre o que conhece de aprendizagens anteriores

( nível de desenvolvimento real - e conhecimentos alternativos ) e o que aprende de

novo. ( AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN, 1980 ).

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a

interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,

técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas

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formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos

seus recursos. ( DCE 2008, p. 41).

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que

se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado

à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre

antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se

originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no

consumo” (MARANDINO, 2005, p. 162).

Nas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para

a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

Conteúdos Básicos – 6º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA

Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de organização Celular

ENERGIA

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Formas de energia

Conversão de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos

Ecossistema

Evolução dos seres vivos

Conteúdos Básicos - 7ª Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA

Astros

Movimentos terrestres

Movimentos celeste

MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de energia

Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE Origem da vida

Organização dos seres vivos

Sistemática

Conteúdos Básicos – 8º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo

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MATÉRIA Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA Formas de energia

BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos

Conteúdos Básicos – 9º Ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ASTRONOMIA Astros

Gravitação universal

MATÉRIA Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

ENERGIA Formas de energia

Conservação de energia

BIODIVERSIDADE Interações ecológica

MetodologiaAs teorias científicas, por sua complexidade e alto nível de abstração não são

passíveis de comunicação direta aos alunos do ensino fundamental. Nesse sentido

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estudo de ciências sem interação direta com os fenômenos naturais ou tecnológicos

deixa enorme lacuna na formação dos estudantes. Diferentes fontes textuais para

obter e comparar informações, por exemplo, despertam o interesse dos estudantes

pelo conteúdo e confere sentido à natureza e a ciência.

Experimentos: Procedidos em laboratório ou em sala de aula.

Simulações: atividades em que os participantes são envolvidos em uma

situação problemática em relação a qual devem tomar decisões e prever

consciências.

Projetos e estudos do meio.

Feira de ciências.

Visitas a praça, riacho...

Palestras.

Aulas expositivas.

DVDs.

TV Pendrive

Elaboração de cartazes

Laboratório de Informática

Avaliação No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como

meio de diagnostico do processo ensino aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da pratica pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão

formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação

dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática

pedagógica. DCE 2008, p. 33

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das

dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vista as mudanças necessárias para

que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da

comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço

onde os alunos estão inseridos. DCE 2008, p. 33

A avaliação é um processo contínuo e constante:

• Um processo contínuo e sistemático;

• Funcional, para verificação, do que foi previsto se foi atingido;

• Permitir ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto antes;

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• Permitir a integralidade do aluno, não apenas os aspectos cognitivos, mas

também os comportamentais, e habilidades psicomotoras.

Enfim, a avaliação será composta pela somatória do valor (nota) 4,0 (quatro)

referente às atividades envolvendo os conteúdos, tarefas, produções em sala de

aula e trabalhos; mais o valor (nota) 6,0 (seis) resultante de no mínimo 02 (dois)

instrumentos diversificados de avaliação dos conteúdos, totalizando a nota final 10,0

(dez).

Recuperação

Partindo do princípio de que a avaliação será contínua e diagnóstica, onde

será acompanhado o crescimento do aluno, e se o mesmo não corresponder a tal,

lhe será ofertado uma retomada de conteúdos, através de:

• Atividades complementares;

• Revisão de conceitos;

• Reformulação de problemas.

Será proporcionada a Recuperação de Estudos de forma paralela ao período

letivo, a todos os alunos que não atingiram o resultado integral da apropriação dos

conhecimentos, demonstrada via os instrumentos de avaliação. Contemplado no

valor (nota) 6,0 (seis), sendo esse de valor substitutivo, ou seja, após a recuperação

de Estudos, prevalece o melhor, maior, resultado alcançado pelo estudante.

Referência Bibliográfica

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Diretrizes Curriculares de Ciências para Educação Básica. Curitiba: Secretaria

de Estado da Educação, 2008.

CIÊNCIAS O MEIO AMBIENTE. Obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida

pela Editora Ática; Autor: Carlos Barros e Wilson Paulino, 3 ª edição, 2ª impressão,

2008, São Paulo

PROJETO ARARIBÁ: Ciências / obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida

pela Editora Moderna, editor responsável José Luiz Carvalho da Cruz, 1. ed. São

Paulo: Moderna, 2006

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COLEÇÃO CIÊNCIAS EDITORA POSITIVO: Cecília Valle, 1ª edição, 2004 Curitiba.

13.3 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina da Língua Portuguesa

Justificativa

O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura considerará o

processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição

social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela interagem.

A linguagem, na concepção dialógica, é interação, forma de ação entre

sujeitos historicamente e socialmente situados. Fruto da criação humana, ela pode

ser considerada como trabalho e produto de trabalho.

Através da linguagem o homem, pois ao comunicar-se com outros

homens e trocar experiências, certifica-se de seu conhecimento do mundo e dos

outros com quem interage. Isso lhe permite compreender melhor a realidade em que

está inserido e o seu papel como sujeito social.

Nessa concepção da língua, o texto é visto como lugar onde os

participantes da interação dialógica se constroem e são construídos. Todo texto é,

assim, articulação de discursos, são vozes que se materializam, é ato humano, é

linguagem em uso efetivo, abrangendo, além dos textos escritos e falados, a

interação da linguagem verbal com as outras linguagens (artes visuais, a música, o

vídeo, a publicidade, as charges, etc), tendo em vista o multiletramento, como

unidade básica, como prática discursiva que se manifesta em enunciações

concretas, cujas formas são estabelecidas na dinamicidade que caracteriza o

trabalho com experiências reais de uso da língua.

Para tanto, recorremos aos três eixos sobre os quais se pautarão o

trabalho com a língua.

Na prática da oralidade, compete escola tomar como ponto de partida os

conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que os incentive a

falar, fazendo uso da variedade da linguagem que eles empregam em suas

interações familiares, no cotidiano.

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Cabe ao professor planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade

que, gradativamente, permita ao aluno não só conhecer e usar também a outra

variedade linguística, o padrão, como também entender a necessidade desse uso

em determinados contextos sociais.

Em relação à leitura não é apenas uma simples decodificação de letras

mas um deve ser entendido como processo de produção de sentido que se dá a

partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o

leitor para o domínio da linguagem.

As condições em que a produção escrita acontece é que determinam o

texto: quem escreve, o que escreve, para quem escreve, para que escreve, com que

objetivo, quando e onde escreve e como escreve.Ao pensar no como escrever e na

interação que permeia o ato da escrita, o produtor, autor inevitavelmente terá que

fazer opção por um determinado gênero textual.

Na Análise Linguística e as Práticas Discursivas, o estudo da língua

baseia-se no discurso ou texto.Buscando na análise linguística, verificar como os

elementos verbais( os recursos disponíveis da língua) e os elementos extraverbais

( relacionados às condições e situações de produção) atuam na construção de

sentido de texto. Criando oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar

hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que

o trabalho pode chegar à compreensão de como a língua e a decorrente

competência textual.

É importante ressaltar que tais objetivos e práticas dele decorrentes

supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que, por meio da

inserção e participação dos alunos em processos interativos com a linguagem oral e

escrita, inicia-se na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do

aluno e não se esgota no período escolar, mas se entende por toda sua vida.

Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de

ensino:

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-

la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos

discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas e realizadas

por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

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Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero

e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua

organização;

Aprimorar pelo contato com os textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando, através da

Literatura, a constituição do espaço dialógico que permita a expansão lúdica do

trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita (Diretrizes Curriculares

de Língua Portuguesa-versão preliminar 2008).

Conteúdos BásicosDe acordo com as Diretrizes Curriculares de Ensino do Estado do Paraná,

o conteúdo estruturante para o ensino de línguas é o discurso enquanto prática

social, ou seja, os discursos locais e/ou regionais e globais presentes no cotidiano

de alunos e professores envolvidos no processo de ensino aprendizagem em

questão. E é esta abordagem que ora se propõem. Entretanto, com o intuito de

preservar “o princípio de continuidade, ou seja, a progressão entre as séries” (DCE-

LEM, p. 37), opta-se por elencar conteúdos por série, esclarecendo-se que estes

não deverão ser rigorosamente seguidos, mas, apenas, funcionar como uma

espécie de baliza para o professor que atuará com a flexibilidade necessária.

Conteúdos Estruturantes - 6º ANO

Leitura

• dentificação do tema

• Interpretação textual

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• Inferências

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade

• Argumentos do texto

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Léxico

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• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais,

pontuação,figuras de linguagem.

Oralidade

• Adequação ao gênero

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Papel do locutor/interlocutor

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras

• Elementos extralinguísticos

Escrita

• Adequação ao gênero

• Contexto de produção

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Informatividade

• Argumentatividade

• Discurso direto e indireto

• Acent uação gráfica

• Argumentação

• Paragrafação

• Clareza de idéias

• Refacção textual

• Ortografia

• Concordância verbal/nominal

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais,

pontuação.

• Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Análise Linguística

• Coesão e coerência do texto lido

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto.

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• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto.

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico.

• Acentuação gráfica

• Processo na formação de palavras.

• Gírias.

• Algumas figuras de pensamento(prosopopéia, ironia...)

• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal.

• Particularidades de grafia de algumas palavras.

7º ANO Leitura

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Interpretação textual

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal

e informal.

• Texto verbal e não verbal.

• Argumento do texto

• Contexto de produção

• Intertextualidade

• Informações implícitas e explícitas

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Léxico

• Ambiguidade

• Marcas linguísticas: coesão, coerência..., figuras de linguagem.

Oralidade

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• Tema do texto

• Adequação ao gênero

• Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto

• Papel do locutor/interlocutor

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras

• Marcas linguísticas:coesão,coerência,gírias,repetição

• Semântica

Escrita

• Adequação ao gênero

• Finalidade do gênero

• Informatividade

• Contexto de produção

• Interlocutor

• Linguagem formal/informal

• Argumentação

• Coerência e coesão textual

• Organização das ideias/parágrafos

• Finalidade do texto

• Refacção textual

• Concordãncia verbal/nominal

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

Análise Linguística

• Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam

no texto.

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto.

• A pontuação e seus efeitos de sentido

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• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito...

• Acentuação gráfica

• Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais

• A representação do sujeito no texto

• Neologismo

• Figuras de pensamento

• Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal

• Linguagem digital

• Semântica

• Particularidades de grafia de algumas palavras

8º ANO

Leitura

• Conteúdo temático

• Interlocutor

• Intencionalidade

• Interpretação textual

• Identificação do argumento principal e secundários do texto

• As diferentes vozes sociais representadas no texto

• Linguagem verbal-não verbal, midiático, infográficos, etc.

• Relações dialógicas entre os textos

• Elementos composicionais do gênero

• Marcas linguísticas

• Semântica

• Operações argumentativas

• Ambiguidade

• Sentido figurado das palavras

• Impressões de humor no texto

Oralidade

• Conteúdo temático

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• Finalidade

• Argumentação

• Adequação ao gênero

• Coerência global do discurso oral

• Variedades linguísticas

• Papel do locutor/interlocutor

• Particularidades dos textos orais

• Elementos extralinguísticos

• Finalidade do texto oral

• Turnos da fala

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

Escrita

• Conteúdo temático

• Interlocutor

• Argumentação

• Coerência/coesão textual

• Paráfrase de textos

• Paragrafação

• Refacção textual

• Concordância verbal/nominal

• Intencionalidade do texto

• Informatividade

• Contexto de produção

• Intertextualidade

• Vozes textuais

• Elementos composicionais do texto

• Relação causa/consequencia de partes textuais

• Papel sintático dos pronomes na organização,sequenciação do texto

Análise Linguística

• Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral

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• Conotação e denotação

• A função das conjunções na conexão de sentido de texto

• Progressão referencial

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e outras categorias como

elemento do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos

• Acentuação gráfica

• Figuras de linguagem

• Concordância verbal/nominal

• A elipse na sequência do texto

• Estrangeirismos

• As irregularidades e regularidades da conjugação verbal

• A função do advérbio: modificador e circunstanciador

• Complementação do verbo e de outras palavras

9ª ANO

Leitura

• Conteúdo temático

• Interlocutor

• Interpretação textual

• Identificação de argumento principal e secundário

• Informações implícitas em textos

• As vozes sociais presentes no texto

• Intencionalidade do texto

• Argumentos

• Contexto de produção

• Estética do texto literário

• Partículas conectivas do texto

• Progressão referencial no texto

• Semântica

• Polissemia

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• Expressões que denotam ironia e humor no texto

Oralidade

• Conteúdo temático

• Finalidade

• Argumentos

• Adequação ao gênero

• Variedades linguísticas

• Intencionalidade do texto oral

• Argumentação

• Papel do locutor/interlocutor

• Elementos extralingüísticos (entonação, pausas e gestos)

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas

• Semântica

• Diferenças entre discurso oral e escrito

Obs.: Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão abordados a partir dos conteúdos sempre que possível ou necessário. Este planejamento é flexível.

Metodologia

O elemento fundamental no ensino constituir-se-á no trabalho com o

texto, confrontando-se entre si e com outra realidade a fim de que o aluno supere os

discursos repetidos e crie sua própria visão de mundo.

Os conteúdos serão ministrados a partir de textos informativos, aulas

expositivas, pesquisas, leitura de obras literárias, dinâmicas de grupos, entrevistas e

trabalhos orais e escritos.

Dessa forma, a seleção de conteúdos deve considerar o aluno como

sujeito de um processo histórico, social, detentor de um repertório linguístico que

precisa ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa.

Sendo assim, as indicações que seguem precisam ser problematizadas a

partir da pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional

da educação.

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O trabalho em Língua Portuguesa relacionar-se-á a situações reais de

comunicação dos alunos e do professor, contemplando as práticas orais e escritas

da língua e as demais formas de comunicação: gestos, artes visuais, charge,

música, cinema, televisão, rádio, infográficos, histórias em quadrinhos, linguagem

verbal, oral e escrita e etc. Textos de variados gêneros-inclusive e especialmente os

da autoria dos alunos e os que versam sobre temas sociais contemporâneos-serão

utilizados para desenvolver a leitura expressiva, compreensão e interpretação

crítica, ampliação do vocabulário, debates e oralidade, será proposta também, a

realização de entrevista, pesquisas, visitas extraclasse, produção escrita e análise

linguística.

Para isso é importante que o professor:

• Propicie a prática de leitura de textos de diferentes gêneros

• Encaminhe discussões sobre tema,intenções e intertextualidade

• Planeje a produção textual a partir da finalidade

• Encaminhe a reescrita textual revisando argumentos e ideias

• Analise a coerência e coesão da produção textual

• Apresente os textos produzidos pelos alunos

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos

• Relacione tema com conceito atual

• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não verbais como

gráficos,fotos,imagens,mapas e outros;

• Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de

palavras no sentido conotativo e denotativo;

• Promover a percepção de recursos utilizados para determinar

causa/consequencia entre as partes e elementos do texto

• Estimule o uso de figuras de linguagem no texto

• Estimule a contação de histórias de diferentes gêneros

• Selecione discurso de outros para análise dos recursos da oralidade.

• Todas as atividades terão embasamento nos pressupostos da pedagogia

Histórico Crítica.

Avaliação

A avaliação será um processo contínuo e cumulativo, observando-se todos os

aspectos, potencialidades e habilidades dos alunos: a participação ativa e crítica nas

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aulas, a expressão oral e escrita, os trabalhos executados e o desempenho nos

testes aplicados.

A avaliação será composta pela somatória de 4,0 referente a atividades

diversificadas(atividades em sala,temas,trabalhos individuais e em grupos) , mais a

nota 6,0 resultante de avaliações escritas,totalizando nota final 10,0.

A recuperação será concomitante aos conteúdos.

Espera-se com a avaliação que o aluno:

• Realize leitura e identifique o tema

• Localize informações explícitas

• Expresse ideias com clareza

• Identifique a principal ideia do texto

• Diferencie o contexto do uso formal/informal

• Utilize adequadamente os recursos linguísticos como pontuação, função do

artigo, pro-nome,numeral,substantivo e etc..

• Respeite os turnos da fala

• Elabore textos atendendo às propostas de produção

• Empregue palavras no sentido conotativo

• Exponha objetivamente argumentos.

Referências Bibliográficas

Livro Língua Portuguesa: Leitura, Produção e Gramática. Leila Lauar Sarmento.

Livro Língua Portuguesa: Ler, Entender e Criar. Autores: Maira das Graças Vieira e

Regina Figueiredo.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba, 2009.

PERINI, Mário A. Sofrendo a gramática. Ática, São Paulo, 2005.

Planejamento Escolar 2007

13.4 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Matemática91

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JustificativaVivemos num mundo em que a Matemática se faz presente em tudo e a todo

instante pois é uma ciência voltada para a interpretação e compreensão do mundo

que nos cerca, favorecendo o acesso ao conhecimento que possibilita a inserção do

educando como cidadão na sociedade, buscando soluções para os problemas e

procurando modificar a sua realidade.

A Matemática tem entre as suas funções, estimular o interesse, o raciocínio, a

criatividade, o espírito de investigação, qualificar, calcular, localizar o objeto no

espaço, ler gráficos, tabelas e mapas e fazer previsões. Ela faz parte da vida das

pessoas como criação humana; portanto, deve estar contextualizada com as outras

áreas de conhecimento para que o educando perceba sua importância e

necessidade da prática. É importante ainda desenvolver habilidades de

comunicação, argumentação e agilidade no raciocínio lógico dedutivo, capacitando o

indivíduo a tomar decisões frente a obstáculos.

O professor deve conhecer a realidade dos educandos para poder relacionar

os conteúdos que lhe são mais úteis e aproveitar as experiências por eles vividas.

Cabe ao professor perceber e relacionar o conhecimento empírico em saber

sistematizado. Assim, devem-se trabalhar os conteúdos a partir de situações-

problemas

Conteúdos EstruturantesOs conteúdos estruturantes para o ensino fundamental estão apresentados da

seguinte forma:

• Números e Álgebra

• Grandezas e Medidas

• Geometrias

• Funções

• Tratamento da informação

Conteúdos Básicos do 6º Ano

Conteúdos Estruturante

Números e Algebra

• Sistemas de numeração;92

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• Números Naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação;

• Números fracionários;

• Números decimais.

Expectativas de Aprendizagem

• Conhecer os diferentes sistemas de numeração;

• Identificar o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo

seus elementos;

• Realizar operações com números naturais;

• Expressar matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que

envolvam (as) operações com números naturais;

• Estabelecer relação de igualdade e transformação entre: fração e número

decimal; fração e número misto;

• Reconhecer o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;

• Reconhecer as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação

como sua operação inversa;

• Relacionar as potências e as raízes quadradas cúbicas com padrões

numéricos e geométricos.

Grandezas e Medidas

Conteúdos Básicos

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

Expectativas de AprendizagemIdentificar o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;

• Reconhecer e compreenda os diversos sistemas de medidas;

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• Operar com múltiplos e submúltiplos do quilograma;

• Calcular o perímetro usando unidades de medida padronizadas;

• Compreender e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;

• Realizar transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus

múltiplos e submúltiplos;

• Reconhecer e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);

• Relacionar a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais

sistemas mundiais;

• Calcular a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície

padronizada;

Geometrias

Conteúdos Básicos

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial.

Expectativas de Aprendizagem Reconhecer e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta;

Conceituar e classifique polígonos;

Identificar corpos redondos;

Identificar e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de

área e perímetro de diferentes figuras planas;

Diferenciar círculo e circunferência, identificando seus elementos;

Reconhecer os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus

elementos.

Tratamento da Informação

Conteúdos Básicos

• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem.

Expectativas de Aprendizagem

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• Interpretar e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,

sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que

se apresentam;

• Resolver situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com

os números na forma decimal e fracionária.

Conteúdos Básicos do 7º Ano

Número e Álgebra

Conteúdos Básicos

• Números Inteiros;

• Números Racionais;

• Equação e Inequação do 1º grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.

Expectativas de Aprendizagem

• Reconhecer números inteiros em diferentes contextos;

• Realizar operações com números inteiros;

• Reconhecer números racionais em diferentes contextos;

• Realizar operações com números racionais;

• Compreender o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;

• Compreender o conceito de incógnita;

• Utilizar e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos

através de incógnitas;

• Compreender a razão como uma comparação entre duas grandezas numa

ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;

• Reconhecer sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;

• Resolver situações-problema aplicando regra de três simples.

Grandezas e Medidas

Conteúdos Básicos

• Medidas de temperatura;

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• Medidas de ângulos.

Expectativas de Aprendizagem

• Compreender as medidas de temperatura em diferentes contextos;

• Compreender o conceito de ângulo;

• Classificar ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

Geometrias

Conteúdos Básicos

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometrias não-euclidianas.

Expectativas de Aprendizagem

• Classificar e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;

• Compreender noções topológicas através do conceito de interior, exterior,

fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

Tratamento da Informação

Conteúdos Básicos

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

Expectativas de Aprendizagem

• Analisar e interpretar informações de pesquisas estatísticas;

• Ler, interpretar, construir e analisar gráficos;

• Calcular a média aritmética e a moda de dados estatísticos;

• Resolver problemas envolvendo cálculo de juros simples.

Conteúdos Básicos do 8º Ano

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Números e Álgebra

Conteúdos Básicos

• Números Racionais e Irracionais;

• Sistemas de Equações do 1º grau;

• Potências, raízes exatas e não exatas;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.

Expectativas de Aprendizagem

• Extrair a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;

• Reconhecer números irracionais em diferentes contextos;

• Realizar operações com números irracionais;

• Compreender, identificar e reconhecer o número π (pi) como um número

irracional especial;

• Compreender o objetivo da notação científica e sua aplicação;

• Operar com sistema de equações do 1º grau;

• Identificar monômios e polinômios e efetue suas operações;

• Utilizar as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que

envolvam expressões algébricas.

Conteúdos Estruturantes

Grandezas e Medidas

Conteúdos Básicos

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos.

Expectativas de Aprendizagem

• Calcular o comprimento da circunferência;

• Calcular o comprimento e área de polígonos e círculo;

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• Identificar ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por

transversal.

• Realizar cálculo de área e volume de poliedros.

Geometrias

• Conteúdos Básicos

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

Expectativas de Aprendizagem

• Reconhecer triângulos semelhantes;

• Identificar e somar os ângulos internos de um triângulo e de polígonos

regulares;

• Desenvolver a noção de paralelismo, traçar e reconhecer retas paralelas num

plano;

• Compreender o Sistema de Coordenadas cartesianas, marcar pontos,

identificar os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analisar seus

• elementos sob diversos contextos;

• Conhecer os fractais através da visualização e manipulação de materiais e

discutir suas propriedades.

Tratamento da Informação

Conteúdos Básicos

• Gráfico e Informação;

• População e amostra.

Expectativas de Aprendizagem

• Interpretar e represente dados em diferentes gráficos;

• Utilizar o conceito de amostra para levantamento de dados.

Conteúdos Básicos do 9º Ano

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Números e Álgebra

Conteúdos Básicos

• Números Reais;

• Propriedades da potenciação;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta.

Expectativas de Aprendizagem

• Operar com expoentes fracionários e identificar potência de expoente inteiro;

• dentificar a potência de expoente fracionário como um radical e aplicar as

propriedades para a sua simplificação;

• Extrair uma raiz usando fatoração;

• Identificar uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta,

reconhecer seus elementos;

• Determinar as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes

processos;

• Interpretar problemas em linguagem gráfica e algébrica;

• Identificar e resolver equações irracionais;

• Resolver equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;

• Utilizar a regra de três composta em situações-problema.

Grandezas e Medidas

Conteúdos Básicos

• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

• Trigonometria no Triângulo Retângulo.

Expectativas de Aprendizagem

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• Conhecer e aplicar as relações métricas e trigonométricas no triângulo

retângulo;

• Utilizar o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados

de um triângulo retângulo;

• Realizar cálculo da superfície e volume de poliedros.

Funções

Conteúdos Básicos

• Noção intuitiva de Função Afim.

• Noção intuitiva de Função Quadrática.

Expectativas de Aprendizagem

• Expressar a dependência de uma variável em relação à outra;

• Reconhecer uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua

declividade em relação ao sinal da função;

• Relacionar gráficos com tabelas que descrevem uma função;

• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associar a

concavidade da parábola em relação ao sinal da função;

• Analisar graficamente as funções afins;

• Analisar graficamente as funções quadráticas.

Geometrias

Conteúdos Básicos

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não-euclidianas.

Expectativas de Aprendizagem

• Verificar se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre

eles;

• Compreender e utilizar o conceito de semelhança de triângulos para resolver

situações-problemas;

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• Conhecer e aplicar os critérios de semelhança dos triângulos;

• Aplicar o Teorema de Tales em situações-problemas;

• Noções básicas de geometria projetiva.

Tratamento da Informação

Conteúdos Básicos

• Noções de Análise Combinatória;

• Noções de Probabilidade;

• Estatística;

• Juros Compostos.

Expectativas de Aprendizagem

• Desenvolver o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que

envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo;

• Descrever o espaço amostral em um experimento aleatório;

• Calcular as chances de ocorrência de um determinado evento;

• Resolver situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.

MetodologiaA matemática deve ser compreendida como uma parcela do conhecimento

humano essencial para a formação de todos os cidadãos, que contribui para a

construção de uma visão de mundo, para ler e interpretar a realidade e para

desenvolver capacidades que deles serão exigidas ao longo da vida social e

profissional.

Aprender de forma contextualizada, integrada e relacionada a outros

conhecimentos, traz em si o desenvolvimento de competências e habilidades que

são essencialmente formadoras, à medida que instrumentalizam e estruturam o

pensamento do aluno, capacitando-o para compreender e interpretar situações, para

se apropriar de linguagens específicas, argumentar, analisar e avaliar, tirar

conclusões próprias, tomar decisões, generalizar e para muitas outras ações

necessárias a sua formação.

A utilização de recursos como as mídias tecnológicas, quadro negro, jogos,

desafios matemáticos e materiais concretos podem contribuir para que o processo

de ensino e aprendizagem de matemática se tornem uma atividade experimental

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mais rica, sem riscos de impedir o desenvolvimento do pensamento, desde que os

alunos sejam encorajados a desenvolver seus processos metacognitivo e sua

capacidade crítica e o professor seja o mediador na criação, condução e

aperfeiçoamento das situações de aprendizagem.

Além da utilização de todos esses recursos, os conteúdos trabalhados

também podem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação

Matemática: resolução de problemas, modelagem matemática, etnomatemática,

investigações matemáticas e história da matemática.

A História e cultura Afro brasileira, Africana e indígena(Lei n° 11.645/08) serão

trabalhadas através de jogos e do conteúdo estruturante tratamento da informação,

utilizando-se de tabelas e gráficos.

A Educação Fiscal e Tributária serão abordadas através dos conteúdos

Estruturantes Tratamento da Informação dentro do conteúdo básico porcentagem,

estatística e juros; e Grandezas e medidas a partir do conteúdo básico Sistema

Monetário.

AvaliaçãoA avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem em

que o objetivo não é verificar (através de uma medição) a quantidade de

informações “retidas” pelo aluno ao longo de um determinado período .Ela deve ser

como um instrumento de diagnóstico do processo de ensino-aprendizagem.

O conhecimento é construção humana e social e o nosso saber não é construído

de um dia para o outro, de uma situação para a outra. Cada individuo trabalha e

reelabora as informações recebidas, daí a necessidade de se considerar, não

somente o produto, mas principalmente o processo.

A avaliação terá como isntrumentos ( provas, trabalhos em classe, trabalhos em

grupo, participação ativa nas atividades propostas e, principalmente, no

desenvolvimento do aluno), servirá como um diagnóstico do processo ensino-

aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do trabalho e será um suporte para

verificar a necessidade de uma nova metodologia ou de um processo de

recuperação.

A recuperação será realizada sempre que se observar que o aluno deixou de

dominar algum conteúdo trabalhado. Paralelamente aos novos conteúdos, serão

realizados os trabalhos de recuperação das seguintes formas: Atendimento

individualizado em sala de aula, monitoramento pelos colegas em sala, trabalhos

complementares a serem realizados extra-classe.

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Assim é fundamental que os resultados expressos pelos instrumentos de

avaliação, forneçam ao professor informações sobre as competências de cada aluno

em que resolver situações problemas, em utilizar a linguagem matemática

adequadamente para comunicar suas ideias, em desenvolver raciocínios e análises,

em integrar todos esses aspectos no seu conhecimento matemático. É fundamental

que os instrumentos de avaliação estejam de acordo com os objetivos e a

metodologia utilizadas pelo professor.

Referências Bibliográficas SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SUPERINTENDÊNCIA DA

EDUCAÇÃO.Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica.

Curitiba, 2008.

ANDRINI, Álvaro. ZAMPIROLO, Maria J. C. de V. Novo Praticando Matemática. Ensino Fundamental. São Paulo. Editora do Brasil, 2002.

BRITO, Márcia R. F. de. Psicologia da Educação Matemática. Florianópolis.

Insular, 2005.

D'AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática - elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte. Autentica, 2005.

DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. São

Paulo. Ática, 2005.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SUPERINTENDÊNCIA DA

EDUCAÇÃO.Diretrizes para o Ensino Fundamental da Rede Pública Estadual - Matemática do Ensino Fundamental - Versão Preliminar. Julho, 2006.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. Ensino Fundamental. São Paulo. Ática,

2005.

103

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13.5 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina da Língua Estrangeira Moderna – Inglês

JustificativaA importância da língua estrangeira na formação integral do indivíduo ocorre

a partir da compreensão de como significados são construídos com , nas e através

das linguagens,dos sistemas simbólicos criados por diferentes culturas. É preciso

também abandonar preconceitos e questionar pressupostos, desafiar noções

superficiais de nacionalismo e perceber que fronteiras políticas nos mapas são

também barreiras convencionalmente impostas a diferentes nações. Barreiras que

muitas vezes nos impedem de beneficiarmo-nos do encontro/confronto com o

estrangeiro, contato que pode nos permitir aprender sentidos diferentes daqueles

fixados pela língua materna, de perceber outras possibilidades de entendimento de

mundo e ultrapassar os significados que nos apresenta a nossa própria língua.

O sujeito que aprende uma LEM aprende também que sua identidade

nacional não é a única possível, nem a melhor, mas sim uma dentre várias

construções produzidas por diferentes comunidades mundo à fora; ele aprende que

o mundo se encontra repleto de identidades diferentes da sua, que essas outras

identidades também precisam ser respeitadas em suas singularidades, que elas

podem contribuir muito para uma melhor compreensão dos processos que

posicionam os indivíduos e as comunidades em relações de poder, e que tais

posições não são revelações da essência dos indivíduos, não são a expressão da

verdade sobre eles, mas sim representações simbólicas das pessoas, construções

discursivas que rotulam e tentam apagar a individualidade e a heterogeneidade das

comunidades nacionais.

A Língua Inglesa contribuirá também, nas discussões da história e culturas

Afro-Brasileira e Africana, privilegiando o reconhecimento e valorização de sua

identidade, garantindo seus direitos de cidadão, explorando principalmente os

elementos que caracterizam essas culturas e nas questões ambientais que levem o

aluno a ter uma consciência crítica sobre a conservação do meio ambiente.

A LEM, dentro desse entendimento, deverá contribuir para a formação de

indivíduos que exerçam sua cidadania de forma ativa, crítica portanto conscientes

de sua capacidade de transformação da sociedade.

Na perspectiva de proporcionar uma educação compatível com uma sociedade

democrática, multicultural e pluriétnica, contemplamos ao longo do ano letivo,

juntamente com os demais conteúdos específicos da Disciplina, os conteúdos 104

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relativos aos desafios educacionais contemporâneos: Educação Ambiental;

Enfrentando à Violência na Escola; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;

Educação Fiscal; Brigada de Emergência; Educação do Campo; Educação das

Relações Étnicorraciais; Ensino da História e Cultura Afrobrasileira, Africana e

Indígena; Paraná Alfabetizado( Jovem,, Adulto ou Idoso); Relações de Gênero,

Diversidade de Orientação Sexual, assuntos diretamente relacionados às

experiências possíveis no cotidiano escolar.

Tais desafios trazem as inquietudes humanas, as relações sociais,

econômicas, políticas e culturais, levando-nos a avaliar os enfrentamentos que

devemos fazer, visto que essas questões e discussões são importantes para

formação de cidadãos críticos e ativos na sociedade.

ConteúdosConteúdo Estruturante:

Discurso como prática social = oralidade, leitura e escrita.

Conteúdos básicos para todos os anos:LEITURA: Identificação do tema e do argumento principal; Interpretação

observando: Conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;

linguagem não verbal, repetição proposital de palavras e as marcas linguísticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos

gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ORALIDADE: Variedades linguísticas, marcas linguísticas: coesão, coerência,

repetição, recursos semânticos; intencionalidade do texto; adequação do discurso

ao gênero e turnos de fala.

ESCRITA: Adequação do gênero, elementos composicionais do texto, elementos

formais e marcas linguísticas; clareza de ideias, ortografia; concordância verbal e

nominal.

ANÁLISE LINGUÍSTICA: Coesão e coerência; função dos pronomes, artigos,

numerais, adjetivos, adjetivos, preposições, frases interrogativas, verbos,

concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto.

Metodologia da disciplinaConsiderando o aspecto formativo da Língua Inglesa anteriormente

apresentada, a proposta metodológica de trabalho dará ênfase na produção de

sentidos, no entendimento do papel das línguas nas sociedades, na ampliação do

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conhecimento, na expressão e na possibilidade da transformação do modo de

conhecer o mundo.

Vista e trabalhada nesse prisma, ela contribuirá na discussão de como pensar

e agir, respeitando as diversidades culturais e sociais, crenças e valores, analisando

e refletindo sobre fenômenos linguísticos e culturais, o qual somos sujeitos que faz

parte deste processo, buscando construir novos significados. l

Esta proposta de trabalho será conduzida com o auxílio de vídeos (filmes,

propagandas...), gravador (músicas, textos extras, exercícios orais e escritos...),

dicionários (pesquisas), revistas, (pesquisas e recortes...), livros didáticos e internet

para pesquisas etc..., podendo através destes materiais reforçar ou abranger

conteúdos de outras disciplinas, enfatizando aspectos da interdisciplinaridade.

Mostrar-se-á ao aluno que não é necessário compreender o significado de

cada palavra ou estrutura do texto de LE para produzir-lhe sentido. O importante é

atribuir sentido ao contexto, pois a leitura é um processo de negociação de sentidos.

Caberá ao professor criar estratégias para que os sujeitos percebam a

heterogeneidade da Língua, por isso podemos dizer que um único texto apresenta

várias possibilidades de leitura. Não é o texto que determina a leitura, mas sim o

sujeito que o lê. E para que haja maior motivação por parte dos alunos, é

interessante trabalhar com textos que apresentam maior número de palavras

cognatas (transparentes), principalmente para turmas iniciantes. Isso pode auxiliar o

aluno a perceber que é possível ler um texto de LE sem muito conhecimento da

língua.

Para o ensino fundamental o professor deverá usar a Língua Materna para

poder apresentar a Língua Inglesa, mostrando o conhecimento normativo e o

conhecimento linguístico da língua estudada. Sempre valorizando o conhecimento

de mundo e as experiências dos alunos. Dando-lhes oportunidade para expor o que

já sabe por meio de discussões aos temas abordados, formulando hipóteses,

construindo expectativas de sentido e intertextualidade.

A forma como o professor conduzirá essa leitura em sala de aula produz

significados mais ou menos problematizadores, ou, mais ou menos significativos. Ou

seja, deve despertar no aluno interesse em buscar novos conhecimentos na

construção de pequenas frases, parágrafos, poesias, cartas como produção para ser

lida, recitada, dentro e fora da sala.

O aluno deverá ser instigado pelo professor a buscar respostas aos seus

questionamentos e anseios relacionados ao ensino/aprendizagem. A abordagem

comunicativa, juntamente com a análise do discurso, visa integrar a oralidade e a

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escrita, pois o importante é que o aluno faça uso da Língua Inglesa sem inibição, de

forma descontraída. E para tanto, o ensino será conduzido de forma útil e agradável.

A língua inglesa contribuirá também, nas discussões da história e culturas

Afro-Brasileira e Africana, privilegiando o reconhecimento e valorização de sua

identidade, garantindo seus direitos de cidadão, explorando principalmente os

elementos que caracterizam essas culturas e nas questões ambientais que levem o

aluno a ter uma consciência crítica sobre a conservação do meio ambiente.

AvaliaçãoA avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua

sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada

de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados

para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.

Na aprendizagem da LEM, o aluno deve ser envolvido no processo de

avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento. Seu esforço precisa

ser reconhecido através de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu

desempenho e o entendimento do erro como parte integrante da aprendizagem. É

fundamental haver coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do

mesmo processo.

É preciso considerar as diferentes naturezas da avaliação (diagnóstica,

somativa, e formativa) que se articulam com os objetivos específicos e conteúdos,

respeitando as diferenças individuais. É importante a diversidade nos formatos de

avaliação, de modo a oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre

seu progresso.

A avaliação será feita de:

• Leitura e interpretação de textos.

• Participação nas aulas.

• Atividades em sala e para casa.

• Listening, reading, writing e speaking.

• Testes escritos e orais.

• Trabalhos individuais ou em grupo.

• Produção de frases e pequenos textos.

• Autoavaliação.

A recuperação de conteúdos ocorrerá de forma permanente e concomitante

ao processo de ensino aprendizagem a todos os educandos, sendo obrigatória 107

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àqueles que não atingirem a média estabelecida pela SEED – 6,0; toda nota de

recuperação será incorporada à nota anterior.

Na avaliação serão utilizados ainda critérios informais, tais como o interesse,

a participação, a organização para o trabalho cooperativo, o respeito aos materiais e

aos colegas, pois estes aspectos tornam-se bastante evidentes nas situações de

aulas.

Ao final do bimestre, será ofertada uma avaliação de recuperação cumulativa, a

qual será somada à média anterior e dividida por dois ( 2), permanecendo a maior

nota.

Referências Bibliográficas

ACEVEDO, Ana. DUFF, Marisol. Grand Slam Combo. São Paulo-SP; Logman, 2004.

AMOS, Eduardo. PRESCHER, Elisabeth. New Ace. São Paulo – SP;

Longman,2002.Vol.1,2,3,4.

BACCARIN, Marcelo Costa. Globetrotter. São Paulo – SP; Macmillan, 2001.

MURPHY, Raymond. Essencial Grammar in Use. New York – USA; Cambridge

University Press, 2000.

ROSSETO, Eurides. Together . 4ª. ed. Book I. Pato Branco, PR; 2007 PARANÁ.

Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento

de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Inglês para a Educação Básica.

Curitiba: 2008.

13.6 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Geografia

Dimensão Histórica da Disciplina

Estabelecer relações com a Natureza fez parte das estratégias de

sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização.

Para os povos caçadores e coletores, foi fundamental observar a dinâmica das

estações do ano e conhecer o ciclo reprodutivo da natureza. Esses conhecimentos

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permitiram às sociedades se relacionarem com a Natureza e modificá-la em

benefício próprio.

Ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações Sociedade e Natureza,

sobre a extensão e características físicas e humanas dos territórios imperiais.

Estudos descritivos das áreas conquistadas e informações sobre a localização, o

acesso e as características das cidades e regiões dos impérios eram conhecimentos

fundamentais para suas organizações políticas e econômicas.

A forma como era representado o planeta voltou a ser destaque para a

geografia sendo discutida no século XII, os mercadores necessitavam representar o

espaço geográfico e natural com os respectivos detalhes, registrando as rotas

marítimas, as distâncias e a localização dos continentes. A distribuição das terras

emersas e das águas dos oceanos tornou-se mais presente nas discussões e

pesquisas que ultrapassaram o contexto das Grandes Caravelas.

Segundo (VLACH, 2004), as idéias geográficas foram introduzidas na

educação “currículo escolar” no Brasil a partir do século XIX.

A Geografia no Brasil consolidou-se em meados da década de 1930, onde as

pesquisas desenvolvidas procuravam compreender o território nacional com

interesses políticos de “Estado”, em uma perspectiva nacionalista econômica. Com

objetivo de exploração dos recursos minerais, para posterior desenvolvimento das

indústrias de base e as políticas sociais para o país, fez-se necessário o

levantamento demográfico dando as informações necessárias sobre os recursos

naturais do país.

Já no século XVI, de modo especial, os viajantes colonialistas passaram a

descrever e representar com detalhe alguns elementos do espaço (rios, lagos,

cordilheiras, desertos, depressões) e também as relações Antrópicas / espaço

natural, observadas em sociedades distintas com levantamento de dados sobre os

territórios coloniais, suas riquezas naturais e seus aspectos humanos.

Conteúdos que mais tarde integraram ao conhecimento da disciplina de

Geografia tornando uma das preocupações dos Estados, sociedades e

pesquisadores interessados, com diferentes interesses, ao conhecer o espaço

geográfico. Abordando temas tais como: comércio, diferentes formas de poder,

organização do Estado, produtividade natural do solo, recursos minerais,

crescimento populacional, diferentes formas de representação dos territórios e a

extensão dos territórios já faziam parte das preocupações dos mais desenvolvidos

impérios coloniais.

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Segundo (VLACH, 2004), as idéias geográficas foram introduzidas na

educação “currículo escolar” no Brasil a partir do século XX.

A Geografia no Brasil consolidou-se em meados da década de 1930, onde as

pesquisas desenvolvidas procuravam compreender o território nacional com

interesses políticos de “Estado”, em uma perspectiva nacionalista econômica. Com

objetivo de exploração dos recursos minerais, para posterior desenvolvimento das

indústrias de base e as políticas sociais para o país, fez-se necessário o

levantamento demográfico dando as informações necessárias sobre os recursos

naturais do país.

Neste período histórico ”XX” , tanto o Brasil, como em outros países houve os

debates ideológicos como também os teóricos entre o mundo Capitalista e o

Socialista. Transformações estas que ocorreram intensamente no período da

segunda metade do século XX , originando novos enfoques para a análise do

espaço geográfico, onde o mundo teve alterações nas relações de produção e

consumo, tanto entre regiões, como também entre países e entre os interesses que

representam os organismos supranacionais, trazendo para as discussões

geográficas assuntos ligados:

a) à devastação da natureza “Meio Ambiente”;

c) questões culturais;

De acordo com Santos (1985), há relação entre a sociedade e um conjunto de

formas materiais e culturais. O espaço pode ser compreendido como produto social

em transformação, ou seja, sempre que a sociedade sofre mudança, as formas

tomam novas funções, novos elementos e novas técnicas, são introduzidas à

paisagem e ao espaço ao entorno, demonstrando a dinâmica social. Os objetos

construídos sobre o espaço são datados e vão incorporando novas tecnologias e

novas formas de produzir. Segundo esse autor, a história é uma totalidade em

movimento e o movimento da sociedade produz mudanças em diferentes níveis e

diferentes tempos: a economia, a política, as relações sociais, a paisagem e a

cultura em relação umas com as outras.

Diz Moreira (1994) que, numa sociedade estruturada em classes, a exemplo da

sociedade capitalista, o espaço tem por conteúdo as relações contraditórias dessas

classes.

Compreender e incorporar a Geografia Crítica, vinculando aos programas

de formação continuada que aconteceram no final da década de 1980 e início da

década de 1990, direcionando os livros didáticos devidamente fundamentados a

uma perspectiva teórica. No entanto, a incorporação a Geografia Crítica no ensino

110

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básico teve avanços ao mesmo tempo em que sofreu retrocessos em função do

contexto histórico da década de 1990, quando aconteceram algumas reformas

políticas e econômicas estão agregadas ao pensamento neoliberal que

atingiram a educação.

No Brasil, o grande nome da Geografia Crítica é Milton Santos, foi um grande

divulgador e produtor da geografia crítica. Antes dele, Josué de Castro, na década

de 50, com suas obras Geografia da Fome e Geopolítica da Fome, foram outros

grandes geógrafos brasileiros.

Hoje, essas diversas correntes interagem, fazendo da ciência geográfica

brasileira uma das melhores do mundo.

Essa analise deve ser ancorada em um suporte teórico crítico que vincule o objeto

da Geografia, e seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens

metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do

presente contexto histórico. Onde, será necessário ter como perspectiva os períodos

precedentes, como também as possíveis transformações futuras, com uma análise

minuciosa que venha a considerar, sempre, o processo histórico.

Apresentação da Disciplina Um olhar mais atento pela história da disciplina nos dará, não apenas o

conjunto de conceitos em que cada período histórico foi importante para a

explicação do espaço geográfico, como também aqueles necessários para a

compreensão do espaço hoje. Por exemplo, “região” e “paisagem” eram, para a

Geografia Clássica, mais do que conceitos, quase o próprio objeto de estudo da

Geografia. Naquela abordagem, o método de pesquisa utilizado para a

caracterização a elas dedicado reduzia-se a memorização das inúmeras

informações que as descreviam. Estes exemplos chamam a atenção para a

necessária coerência que o currículo deverá manter na sua abordagem teórica,

desde o enfoque dado ao objeto de estudo até a compreensão de cada elemento do

quadro conceitual de referência eleito. Consideramos que depois do quadro teórico

da Geografia Clássica (região, paisagem, território), o discurso da Geografia Crítica

foi o que mais influenciou a prática pedagógica da escola. Num primeiro momento a

Geografia crítica reafirmou o espaço como objeto e acrescentou a sociedade ao seu

quadro conceitual. As ações “antropicas” agente fundamental na transformação do

espaço, não se pode estudar as transformações no espaço geográfico, sem inserir o

agente principal que transformar e modela o espaço.

111

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Destas colocações, buscaremos aprofundar alguns elementos relacionados

as teorias da aprendizagem que possam nos auxiliar nas discussões do currículo de

geografia para o Ensino Médio. De maneira geral as teorias da aprendizagem que

influenciaram e influenciam as discussões curriculares e a prática dos professores,

podem ser assim definidas: behavorista, cognitiva, interacionista e sócio-histórica.

No Brasil os diferentes pesquisadores acabaram classificando estas teorias com

termos diversos, como por exemplo, interacionismo, sócio-interacionismo e sócio-

histórico. Estas terminologias foram algumas vezes interpretadas como similares,

mas possuem diferenças significativas. No ensino e pesquisa da Geografia há

influencia destas teorias da aprendizagem e suas interpretações, o que nos remete

para a necessidade de incluir essa discussão na formação continuada.

Desta forma, o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade

dinâmica em que interagem fatores naturais, sociais, econômicos, ambientais,

políticos e culturais. Por ser dinâmica, ela vem se transformando ao longo dos

tempos históricos e as pessoas redefinem suas formas de viver e de percebê-la.

A Geografia que se propõe parte da compreensão de que o espaço é

entendido como o produto das relações reais que a sociedade estabelece entre as

diversas culturas e com a natureza. O social não é passivo diante da natureza;

existe um processo dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades

diferenciados em função de momentos históricos específicos.

Torna-se urgente romper com a compartimentalização do conhecimento

geográfico, considerando o espaço geográfico a partir de vários aspectos

interligados e interdependentes, os fenômenos naturais e a ação antropica, as

transformações realizadas através das relações sociais e as questões ambientais de

alcance planetário.

JustificativaA Disciplina de Geografia tem como objeto de estudo o Espaço Geográfico,

suas características naturais, culturais, políticas, sociais e econômicas, bem como

os conceitos básicos da geografia – lugar, paisagem, região, território, natureza e

sociedade. Nos anos finais do Ensino Fundamental e Médio o ensino da geografia

tem como proposta ampliar as noções espaciais do educando, por isso o educador

deverá ministrar os conhecimentos necessários para o melhor entendimento das

inter relações entre as dimensões econômicas, culturais, demográfica, política e

sócio-ambiental, na qual este devera compreender o Espaço Geográfico como

resultado da integração entre a dinâmica físico-natural e dinâmica humano-social.

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Ao concluir o Ensino Fundamental, espera-se que o educando tenha noções básicas

sobre as relações sócio-espaciais entre as diferentes escalas geográficas (do local

passando para a região e o global). Esses conceitos básicos deverão ser

trabalhados de forma vertical no Ensino Médio, abrangendo assim, os conceitos

geográficos, com o objetivo de propor um trabalho conjunto de compreensão da

Geografia Física e Humana que faz parte da formação dos discentes, preparando-o

para que possam compreender os conceitos básicos, sua forma de agir e interagir

no espaço geográfico.

A linguagem cartográfica que tem como objetivo mostrar como os fenômenos

se distribui e se relacionam nesse espaço deverá ser trabalhada pelos educadores

ao decorrer da Educação Básica.

Fundamentos Teóricos Metodológicos O ensino da geografia voltado para a sociedade contemporânea é resultado

da analise de vários pensadores, os quais durante algum tempo se norteava pelo

estudo do espaço geográfico como foco principal. Atualmente, observa-se que para

compreender o espaço geográfico e a geografia deve-se entender o conceito de:

lugar, paisagem, região, território, natureza e sociedade, que não se auto-explicam.

Estão sempre vinculados aos fundamentos teóricos, que inseridos, levando em

conta a localidade e a dimensão sócio-espacial. Tais conceitos devem ser estudados

de forma relacionada, pois constitui um resultado da ação e da transformação da

ação “antropica” sobre o meio, composto pela inter relação entre sistema de objetos

naturais, culturais, técnicos, e sistemas de ações sociais, culturais, políticas e

econômicas.

Deve-se considerar que cada conceito se constitui em diferentes momentos

históricos, em função das transformações sociais, políticas e econômicas, que

definem e redefinem os costumes e os ritmos de produzir e organizar o espaço e os

pensamentos da sociedade, é de suma importância explicitar quais referenciais

teóricos são adotadas nessas diretrizes.

Entende-se que para a formação do educando consciente des relações sócio-

espaciais que este esta vivenciando em seu tempo, o ensino da geografia deve

assumir o quadro conceitual das abordagens criticas da disciplina, que propõem

uma analise dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais, e políticas,

constitutivas de um determinado espaço.

113

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Objetivos gerais da disciplina

• Entender que o Espaço Geográfico é o espaço produzido, apropriado pela

ação antropica, composto por objetos (naturais e culturais) e ações (relação

social, cultural, política, ambiental e econômica) inter-relacionadas entre si.

• Ressaltar para o educador a necessidade de uma formação continua e

organizar um currículo que nos remete a um discernimento teórico interna,

evitando o ecletismo.

• Abordar o espaço geográfico como produto e ou produtor das relações sociais,

políticas, econômicas, ambientais e culturais do espaço geográfico.

• Perceber que alguns currículos oficiais elaborados pelos Estados e Municípios

brasileiros na metade da década de 1980 e na década de 1990, fizeram uso

da teoria sócio-histórica pelo fato desta estar diretamente relacionada com

uma concepção de mundo, de homem e de educação, numa perspectiva

marxista.

• Considerar que o uso de categorias marxistas, foi “progressista” e visava uma

oposição as perspectivas teórico-filosóficas que o precede, como por

exemplo, “positivismo”.

• Entender o ensino aprendizagem da Geografia, a teoria sócio-histórica teve

grande influencia na prática do educador com perspectiva de criticar a

supervalorização da memória, ou seja, “decorar” e defendeu-se o ensino de

conteúdos relacionados ao cotidiano dos educandos.

Encaminhamentos MetodológicosA estrutura da produção do conhecimento geográfico ficará por conta dos

estudos de elementos dinâmicos da organização espacial dos diversos aspectos,

entre eles, infra-estrutura, integração urbano-rural, questões ambientais com

enfoque na Agenda 21, Cultura Afro-Brasileira e Africana, Educação do Campo,

entre outros temas pertinentes aos aspectos geográficos, entendendo que a

organização espacial reflete na organização social.

Para isso os conteúdos de geografia deveram ser trabalhados de forma crítica

e dinâmica, interligando a realidade local com a global que o educando tem sobre o

meio.

Cabe ao educador organizar e administrar a prática pedagógica, definindo os

conteúdos a serem abordados no decorrer do ano letivo, bem como as metodologias

e as diferentes formas de avaliações registrando-as criteriosamente no Plano de

Trabalho Docente.114

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O conhecimento espacial “empírico”, ou seja, a vivência do educando deve

ser considerada no momento da explanação do conteúdo da geografia, para que

dessa forma possa relacionar com o conhecimento científico.

Nos encaminhamentos metodológicos recomenda-se que o educador

improvise uma situação problematizadora sobre o conteúdo levando o educando a

pensar de forma crítica nesta situação. Recomenda-se ainda que os conceitos sejam

contextualizados, relacionando-os com a realidade vivida do educando, localizando-

os historicamente nas relações políticas, sociais, econômicas, ambientais e culturais.

As relações interdisciplinares tornam-se necessárias para que ocorra o

processo ensino aprendizagem. O educador deve conduzir o processo de

aprendizagem em forma de diálogo, possibilitando a interação educador x educando,

para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica se realiza.

Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o educador deverá considerar o

número de aula da disciplina na matriz curricular.

Algumas práticas pedagógicas serão apresentadas, como importante

instrumento para compreensão do espaço geográfico.

A aula de campo “pratica” – é um importante encaminhamento metodológico

para analisar a área em estudo oportunizando ao aluno experiências vivenciadas e

ou visualizadas na pratica.

Os recursos áudio visuais – tais como: fragmentos de filmes documentários,

reportagens e imagens em geral (fotografias, slides, charge, ilustrações), poderão

ser utilizados para a problematização, discussões dos conteúdos.

O uso de recursos áudio visuais como mobilização para a pesquisa, deve

levar o aluno a questionar as verdades anunciadas.

A cartografia – a linguagem cartografia resulta de uma construção teórica –

prática que vem desde as séries iniciais até o final da Educação Básica.

Através da compreensão da linguagem cartográfica, o aluno estará apto a

reconhecer representações de realidades mais complexas.

A literatura – as obras de arte são importantes instrumentos para o ensino da

geografia, assim como as obras literárias, que poderão servir de instrumento de

análise e confronto com outros períodos históricos, cabe ao educador fazer a

relação entre a obra, ou parte dela, e as concepções cotidianas dos educandos

sobre o tema tratado.

Serão utilizados os seguintes instrumentos metodológicos:

• Aulas expositivas;

• Trabalho em grupo;

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• Pesquisas;

• Pesquisa de campo;

• Recursos audiovisuais;

• Rádio;

• Reto projetor;

• Data show;

• Livro didático;

• Jornais;

• Revista

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Conteúdos Estruturantes A concepção teórica aponta os seguintes Conteúdos Estruturantes da Geografia

para Educação Básica, onde considerando o objeto de estudo/ensino, o espaço

geográfico.

Entendemos como conteúdos estruturantes, os conhecimentos que identificam e

organizam os campos de estudos da disciplina escolar, fundamentais para a

compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

Nas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes da Geografia são:

• Dimensão política do espaço geográfico;

• Dimensão econômica do espaço geográfico;

• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

Os conteúdos estruturantes e específicos deveram ser tratados

pedagogicamente com o seguinte olhar – relação Espaço ↔ Temporal, relação

Sociedade ↔ Natureza – e do quadro conceitual de referência. Com essa

abordagem, pretende-se que o educando compreenda os conceitos geográficos o

objeto de estudo da Geografia em suas amplas e complexas relações.

Dimensão Econômica da Produção do Espaço Este Conteúdo Estruturante aborda as relações de trabalho e produção, como a

sociedade pode modifica o espaço geográfico através de suas ações necessárias

que a sociedade capitalista necessita.

Dimensão Política do Espaço “Geográfico Geopolítico” Abordam as relações de poder e domínio entre os territórios, as instâncias de

governos, relacionando as escalas local, regional e global. O papel do Estado, das

organizações internacionais “transnacionais”, fontes de recursos naturais que uma

117

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nação venha a possuir e de outras forças políticas não estatais como as ONGs,

narcotráfico, crime organizado e associações.

Dimensão Socioambiental Relaciona as questões que interage sociedade – capital - natureza, as

transformações dos recursos naturais para satisfazer o modelo econômico

capitalista.

Dinâmica Cultural e Demográfica A ocupação e distribuição da população no espaço geográfico e as

conseqüências econômicas, culturais e sociais.

Neste contexto, de acordo com a concepção teórica metodológica assumida,

segue os conteúdos estruturantes e específicos, série/ano, para o Ensino

Fundamental e Médio, considerando que o objeto de estudo é o Espaço Geográfico.

Conteúdos Basicos 6º Ano

Conteúdos Estruturantes

• Dimensão econômica do Espaço geográfico.

• Dimensão política do espaço geográfico.

• Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos Básicos

• Formação e transformação das paisagens naturais e Culturais;

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

• A formação, localização e exploração dos recursos naturais;

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• A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da

paisagem, a (re) organização do espaço geográfico;

• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

• A mobilidade populacional e as manifestações socio-espaciais da diversidade

cultural;

• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico. Localização e aspectos físicos

do Paraná.

Conteúdos Básicos - 7a Ano

Conteúdos EstruturantesDimensão econômica do Espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural demográfica do espaçogeográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos Básicos

• Formação do território brasileiro;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

• A mobilidade populacional e as manifestações Sócio-espaciais da diversidade

cultural;

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• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e

indicadores estatísticos;

• Movimentos migratórios e suas motivações;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço;

• formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização;

• A distribuição espacial das atividade produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico;

• A circulação de mão- de obra, das mercadorias e das informações;

• Paraná rural e urbano.

Conteúdos Básicos - 8a Ano

Conteúdos EstruturantesDimensão econômica do Espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• comércio em suas implicações Sócio-espaciais;

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço geográfico;

120

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• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• espaço rural e a modernização da agricultura;

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• A mobilidade populacional e as manifestações Sócio-espaciais da diversidade

cultural;

• A formação, localização, exploração dos recursos naturais.

• A Formação do Estado Paranaense.

Conteúdos Básicos - 9a Ano

Conteúdos EstruturantesDimensão econômica do Espaço geográfico.

Dimensão política do espaço geográfico.

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos básicos• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

• comércio mundial e as implicações sócio - espaciais;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios.

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos;

• A mobilidade populacional e as manifestações socio-espaciais da diversidade

cultural;

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

121

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• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)

organização do espaço geográfico;

• A formação, localização, exploração dos recursos naturais;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração

e produção;

• espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração

territorial;

• A dinâmica da natureza e pontos turísticos no Paraná.

Critérios de AvaliaçãoO processo de avaliação deve estar articulado com os seus conteúdos

estruturantes, os conceitos geográficos, objetos de estudos, as categorias

espaço/tempo, a relação sociedade/natureza e as relações de poder, contemplando

a escala local e global.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEM), a

avaliação deverá ser formativa, diagnóstica e processual.

Na atual concepção a avaliação deverá acompanhar a aprendizagem dos

educandos, quanto nortear o trabalho dos educadores.

Orienta-se que a avaliação em geografia seja mais do que a definição de uma

nota ou um conceito, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem

possibilitar ao educando a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico

frente aos diferentes contextos sociais.

Os principais critérios de avaliação deverão ter como princípios básicos a

formação dos conceitos geográficos e o entendimento das relações sócio-espaciais

para a compreensão e intervenção da atual realidade.

Cabe aos educadores observarem se os educandos conseguiram interpretar

os conceitos geográficos e assimilar as relações espaço-tempo e sociedade –

natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

122

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O processo avaliativo tem como propósito acompanhar a aprendizagem dos

alunos bem como direcionar o trabalho dos professores a respeito de sua didática e

da forma como direciona suas aulas.

Deve ainda contemplar diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,

interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos e

imagens e principalmente diferentes tipos de mapas: temático, físico e político

(através do título, escala e legenda); verificação de aprendizagem escrita, pesquisas

bibliográficas, proporcionar aulas de campo que leve o educando a visualizar e a

prática, entre outros; onde uma das finalidades seja a apresentação de seminários,

leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos, relatórios de experiências

práticas, de aulas de campo ou laboratórios; construção de maquetes; produção de

mapas , entre outros.

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VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto,

1997.

13.7 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Educação Física

JustificativaA educação física deve dar oportunidade a todos para que desenvolvam

suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu

aprimoramento como seres humanos.

Nessa perspectiva, o corpo e as práticas corporais são vinculadas aos

interesses do capital, que influenciam nos caminhos que a Educação Física deve

trilhar na escola. Dar um novo significado as aulas é um exercício necessário que

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requer uma amplitude das possibilidades de intervenção, superando a dimensão

meramente motriz por uma dimensão histórica, cultural e social rompendo com a

idéia de que o corpo se restringe somente ao biológico e ao mensurável.

O esporte é um fenômeno popular, portanto não deve ser tratado de forma

simplista, como comumente se faz nas aulas de Educação Física, negando assim a

grandeza do acervo cultural que ele compõe. Assim sendo, o esporte como

conteúdo deverá ser viabilizada a mesma condição para todos os alunos.

Os jogos devem ser abordados considerando a realidade regional e cultural

do aluno, sendo importante o auxílio dos alunos na construção das regras, podendo

ser questionadas e reelaboradas conforme as necessidades

Objetivos Gerais da Disciplina

• Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas, res-

peitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros

sem descriminar por características pessoais, físicas e sociais.

• Promover a socialização e a integração entre os educandos.

• Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando-o e adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos básicos de vida e agindo com responsabili-

dade em relação à sua saúde e à saúde coletiva.

• Desenvolver atividades teóricas, práticas corporais que auxiliem na formação

de uma consciência corporal, capaz de interferir criticamente na construção

de uma sociedade mais justa e mais humana e para uma melhor qualidade de

vida.

Metodologia A perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que se propõe é o

desenvolvimento da autonomia, da cooperação da participação social e da

afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse sentido, busca garantir a

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todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, ginástica e lutas

buscando uma melhor qualidade de vida.

Assim, o encaminhamento metodológico dos conteúdos será flexível, isto é,

podendo ser alterado de acordo com as necessidades e desenvolvimento dos

educandos. O professor através de observação , trabalhos em grupos, pesquisas,

apresentações, gincanas, confecção e exposição de painéis e cartazes estará

atendo às práticas por ele proporcionada, o que favorecerá na intervenção quando

os resultados não estiverem sendo satisfatórios.

Proposta de tabalho para o aluno:

Aulas teóricas e práticas;

• Trabalhos de pesquisas realizados de forma individual e coletiva;

• Uso de vídeos, jornais, revistas, apostilas e do livro didático público;

• Elaboração e uso de quadro, mural para divulgação de cartazes;

• Participação e elaboração de festivais, gincanas e torneios;

• Trabalho de forma interdisciplinar;

Conteúdos Básicos - 6a Ano

Conteúdos estruturantes

• Brincadeiras, brinquedos e jogos

• Esportes individuais

• Esportes coletivos

• Dança

• Ginástica

• História e cultura afro-brasileira, africana e indígena

• Prevenção ao uso de drogas

Conteúdos básicos

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• Jogos de imitação

• Jogos rítmicos

• Brinquedos cantados

• Jogos cooperativos

• Brincadeiras folclóricas

• Jogos intelectivos – xadrex e dama

• Atletismo, tênis de mesa, badmiton

• Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos de cada modalidade

• Regras

• Futsal

• Voleibol

• Basquetebol

• Handebol

• Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos de cada modalidade

esportiva

• Jogos pré-desportivos

• Jogo propriamente dito

• Regras

• Atividade de expressão corporal

• Dança de rua

• Dança criativa

• Dança de salão

• Dança folclórica

• Alongamento

• Condicionamento físico

• Ginástica aeróbica

• Ginástica localizada

• Danças

131

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• Capoeira

• Pesquisas referente ao conteúdo estruturante

• Dopping

• Efeitos das drogas sobre o corpo

• Desenvolvimento corporal

• Construção da saúde

Conteúdos Básicos - 7a Ano

Conteúdos estruturantes

• Brincadeiras, brinquedos e jogos

• Esportes individuais

• Esportes coletivos

• Dança

• Ginástica

• História e cultura afro-brasileira, africana e indígena

• Prevenção ao uso de drogas

• Brincadeiras, brinquedos e jogos

Conteúdos básicos

• Jogos de imitação

• Jogos cooperativos

• Jogos intelectivos – xadrex e dama

• Jogos pré-desportivos

• Aprofundamento dos fundamentos de cada modalidade esportiva

• Regras oficiais

• Campeonato

• Futsal132

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• Voleibol

• Basquetebol

• Handebol

• Aprofundamento dos fundamentos de cada modalidade esportiva

• Regras oficiais

• Campeonato

• Atividade de expressão corporal

• Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência)

• Ritmo

• Alongamento

• Ginástica rítmica

• Fundamentos específicos da ginástica

• Regras oficiais

• Danças

• Capoeira

• Pesquisas referente ao conteúdo estruturante

• Dopping

• Efeitos das drogas sobre o corpo

• Desenvolvimento corporal

• Construção da saúde

• Jogos cooperativos

• Jogos intelectivos – xadrex e dama

• Jogos pré-desportivos

Conteúdos Básicos - 8a Ano

Conteúdos estruturantes

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• Esportes individuais

• Esportes coletivos

• Dança

• Direito da criança e do adolescente

Conteúdos básicos

• Atletismo

• Badmiton

• Súmula de cada modalidade

• Técnica e tática

• Futsal

• Voleibol

• Basquetebol

• Handebol

• Regras oficiais

• Campeonato

• Súmula de cada modalidade

• Técnica e tática

• Desenvolvimento de coreografias

• Danças de salão

• Danças folclóricas do Paraná

• Ginástica circense

• Relação do corpo com o mundo do trabalho

• Introdução ao estatuto da criança e do adolescente

Conteúdos Básicos - 9a Ano

Conteúdos estruturantes

134

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• Brincadeiras, brinquedos e jogos

• Esportes individuais

• Dança

• Ginástica

• Sexualidade humana

Conteúdos básicos

• Jogos cooperativos

• Organização de gincanas

• Fabricação de brinquedos populares

• Organização de campeonato

• Arbitragem

• Apresentações de danças para o público da escola por meio de festivais ou

tardes recreativas

• Pesquisas sobre diferentes tipos de danças

• Movimentos combinados e construção de coreografia

• Homossexualidade

• Heterossexualidade

• Preconceitos

• Métodos contraceptivos e de proteção

AvaliaçãoA avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alu-

nos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não com um ele-

mento externo a este processo.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a avalia-

ção deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola, com critérios

estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensi-

no e aprendizagem, sendo contínua e sistemática, identificando dessa forma, os 135

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progressos do aluno durante o ano letivo, levando-se em consideração o que

preconiza a LDB 9394/96 pela chamada avaliação formativa, com vistas à dimi-

nuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais

humana.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão

revisar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo

de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminha-

mentos que visem a superação das dificuldades constatadas.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor orga-

nizará o seu trabalho visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas

por meio da ginástica, do esporte, da dança, dos jogos e brincadeiras e das lutas,

possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com in-

tuito de construir uma suposta relação com o mundo.

Referências BibliográficasPARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação

Física para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação

Física para Educação básica, Versão, 2008.

13.8 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Ensino Religioso

Fundamentos Teóricos O ser humano na sua essência é um ser em revolução, que busca sobreviver e

dar sentido à própria vida. Ao longo da historia, o homem busca superar limites, fra-

gilidades, que procura explicações para sua finitude, indagando sobre sua postura

diante da vida e do universo, se perguntando: Quem sou? Porque estou aqui? Para

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onde vou? Essas perguntas requerem que buscamos nos conhecer, entender o sen-

tido da vida e do sagrado. O homem acompanhando todo o processo de desenvolvi-

mento e transformações, cria e aprimora novas formas de relacionamento e constrói

conhecimentos que lhe permitam interferir no meio em que vive e em si próprio. Este

conjunto representa o ser humano, como dotado de capacidade de se relacionar

com as diferentes formas de manifestações religiosa sem constrangimento.

Objetivos Gerais Proporcionar o comhecimento e a compreensão do fenômeno religioso a partir

do contexto em que o aluno está inserido, refletindo sobre o sentido da vida e as

questões da existência, formando para o exercício da cidadania, respeitando as dife-

renças e desfazendo todas as formas de preconceito, educando para a paz. Neste

contexto ensino religioso procurou relacionar os objetivos gerais da disciplina.

• Sagrado

• Tradições religiosas

• Símbolos religiosos

• Alteridade

Metodologia Propõese um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada, isto é,

partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em

seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado. Os conteúdos serão apresen-

tados aos alunos de forma que se possa verificar o que os mesmos conhecem sobre

o assunto e que uso fazem desse conhecimento no seu dia a dia. Podese fazer um

levantamento através de questões ou problemas envolvendo o tema para ver o

quanto conhecem o conteúdo desenvolvido. Num segundo momento didático

propõese a problematização do conteúdo. Tratase da “identificação dos principais

problemas postos pela prática social. [...] de detectar que questões precisam ser re-

solvidas no âmbito da Prática Social e, em consequência, que conhecimento é ne-

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cessário dominar” (Saviani, 1991, 80). Essa etapa pressupõe a elaboração de ques-

tões que articulem o conteúdo em estudo à vida do educando. É o momento da mo-

bilização do aluno para a construção do conhecimento. Ao considerar a diversidade

de referenciais teóricos para suas aulas, tornase recomendável que o professor dê

prioridade às produções de pesquisadores da respectiva manifestação do Sagrado

em estudo para evitar fontes de informação comprometidas com interesses de uma

ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é importante porque, como estratégia de va-

lorização da própria doutrina ou como meio de atrair novos adeptos, há produções

de cunho confessional que buscam legitimar seus pressupostos e, por essa razão,

desqualificam outras manifestações. É preciso respeitar o direito à liberdade de

consciência e a opção religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise

dos conteúdos valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do

Sagrado e da diversidade sociocultural. Portanto, para a efetividade do processo pe-

dagógico na disciplina de Ensino Religioso, propõese que seja destacado o conheci-

mento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas, nas

quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas. Serão usados além da sala

de aula o laboratório digital, TV pendrive, videos , recursos audio visuais disponíveis

na escola de acordo com o que a escola possui.

Conteúdos basicos do 6º ano Conteúdos estruturantes

• paisagem religiosa

• universo simbólico

• texto sagrado

• Conteúdos básicos

• Organizações religiosas

• Lugares sagrados

• Textos sagrados orais e escritos;

• Símbolos religiosos.

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• Temporalidade Sagrada

• Festas religiosas

• Ritos

• Vida e morte

Critérios e Instrumentos de Avaliação Propiciar ao educando momentos de reflexão para que possa construir relações

justas, respeitando a vida, em todas as suas formas de manifestações religiosas.

A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em dife-

rentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser

tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:

O aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções

religiosas diferentes da sua?

O aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

O aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade

de cada Grupo social?

O aluno emprega conceitos adequados para referirse às diferentes manifestações

do Sagrado?

A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino

Religioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir ins-

trumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o processo de apropri-

ação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a intencionalidade do ensino

explicitada nos planos de trabalho docente.

Referências BibliográficasCaderno de Expectativas de Aprendizagem – enino religioso.

Caderno Pedagógico de Ensino Religioso – O SAGRADO NO ENSINO RELIGIOSO

Secretaria de Estado da Educação.

139

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13.9 Proposta Pedagógica Curricular da Disciplina de Arte

Justificativa A arte é o produto do trabalho do humano, historicamente construída pelas

diversas culturas. Pela Arte, o ser humano se torna consciente da sua existência

individual e coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de

conhecimento. Sendo assim, a Arte é um processo de humanização e

transformação. Com relação ao ensino da Arte, os saberes específicos das

diferentes linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço

escolar, possibilitando a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da

sensibilidade, do senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos

estabelecem com o seu meio físico e sociocultural. Por essa razão se faz necessário

a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente consolidados. Nesta

área do conhecimento, aprimorando a capacidade do educando de analisar e

compreender os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas nas

diferentes realidades culturais.

Objetivos Gerais

Compreender que a arte é a conquista de significação do que se faz e do que

os outros fazem no contexto artístico e da sensibilidade estética desenvolvida na

percepção no contato com o fenômeno artístico, objeto e produto da cultura ao longo

da história humana e conjunto organizado de relações.

Específicos:

• Realizar produções artísticas, individuais e coletivas nas diferentes

linguagens das artes;

• Analisar, refletir e compreender os diferentes instrumentos de ordem material

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e ideal, como manifestações sociais, culturais e históricas;

• Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens, desenvolvendo a

fruição;

• Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturamente construídos

e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico e

sociológico, antropológico, semiológico, científico e tecnológico;

• Experimentar as atividades de expressão corporal na oralidade, nos sons,

rítmos e audição;

• Identificar os significados expressivos e comunicativos das formas;

• Experimentar e ler os elementos básicos das linguagens, suas articulações

apresentadas nas diferentes culturas;

• Observar, experimentar e reconhecer a leitura das formas visuais em

diferentes linguagens de comunicação de imagens: fotografia, cartaz,

televisão, vídeos, história em quadrinhos, computadores, desenho industrial,

desenho animado, publicidade, revista, livros infantis, etc.;

MetodologiaA metodologia que será aplicada, levará em conta a importância do

destaque da interação entre a leitura (ver), a produção da arte (fazer) e a

familiarização (entender) com o exercício estético.

A interação de leitura (ver) é a base, o ponto de partida da atividade

humana, chegando a compreensão de mundo, assim como da arte.

Familiarização cultural (entender) é o conhecimento que possibilita a construção de

novos significados das informações.

Exercício artístico (fazer) é viabilizar o desenvolvimento da experimentação,

da imaginação, da emoção, da construção assimilando assim novos saberes,

habilidades, hábitos, atitudes, sensibilidade, sociabilidade, o lúdico e o conhecimento

que fundamenta e possibilita ao aluno a formação de conceitos sistematizados da

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arte a partir dos conteúdos estruturantes (elementos formais, composição,

movimentos e períodos, tempo e espaço).

Fruir arte e desenvolver progressivamente um processo de criação

mobilizado pelas interações que o aluno realiza:

Como pessoas que trazem informações pertinentes para o processo de

aprendizagem, outros educandos, educadores, artistas especialistas.

Conteúdos Básicos - 6º AnoMúsica

• Elementos formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade.

• Composição: Ritmo; Melodia; Gêneros: folclóricos, indígenas, popular e

étnicos;

• Movimentos e períodos: Música popular e étnica.

Artes Visuais

• Elementos formais: Ponto, Linha, forma, textura, Superfície, Volume, Cor e

Luz.

• Composição: Bidimensional; Figurativa; Geométrica, simetria; Pintura;

Escultura;arquitetura. Cenas da mitologia.

• Movimentos e períodos: Arte Greco-Romana; Arte Africana; Arte Oriental;

Arte Pré-histórica.

Teatro

• Elementos formais: Personagem: expressão corporais, vocais, gestuais e

faciais; Ação; Espaço.

• Composição: Enredo; espaço cênico; adereços; Jogos teatrais; improvisação;

manipulação; máscaras.

• Movimentos e períodos: greco-romana; teatro oriental; teatro medieval;

renascimento.

• Dança

• Elementos formais: Movimento corporal; tempo; espaço.

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• Composição: Kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares, fluxo;

rápido e lento; formação; níveis; descolamento.

• Movimentos e períodos: Pré- história, Greco-romana; renascimento; dança

clássica.

Conteúdos Básicos - 7º AnoMúsica

• Elementos formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade.

• Composição: Ritmo; Melodia; Gêneros: folclóricos, indígenas, popular e

étnicos;

• Movimentos e períodos: Música popular e étnica.

Artes Visuais

• Elementos formais: Ponto, Linha, forma, textura, Superfície, Volume, Cor e

Luz.

• Composição: Arte Indígena, Arte Popular, Brasileira e Paranaense;

Renascimento e Barroco.

• Movimentos e períodos: Arte Indígena, Arte Popular, Brasileira e Paranaense;

Renascimento e Barroco.

Teatro

• Elementos formais:Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais. Ação; Espaço; Composição: Representação, leitura dramática,

cenografia. Jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas.

• Movimentos e períodos: Comédia dell' arte, teatro popular, Brasileiro e

Paranaense, Teatro africano.

Dança

• Elementos formais: Movimento corporal, tempo, espaço.

• Composição: Giro, Rolamento, Saltos, Aceleração e desaceleração; Direções,

Improvisação, Coreografai, sonoplastia, gênero: Indústria cultural e

espetáculo.

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• Movimentos e períodos: Hipo Hop, Musicais, Expressionismo, Indústria

Cultural e dança moderna.

Conteúdos Básicos - 8º AnoMúsica

• Elementos formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade.

• Composição: Ritmo; Melodia; Harmonia; Tonal, modal e a fusão de ambos.

• Movimentos e períodos: Industria cultural; Eletrônica; Minimalista; Rap; Rock;

Tecno.

Artes Visuais

• Elementos formais: Ponto, Linha, forma, textura, Superfície, Volume, Cor e

Luz.

• Composição: Semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação,

técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.

• Movimentos e períodos: Industria Cultural; Arte no século XX e arte

contemporânea.

Teatro

• Elementos formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais. Ação; Espaço;

• Composição: Representação no cinema e Mídias; Texto dramático;

maquiagem; sonoplastia; roteiro; técnicas: jogos teatrais; sombra; adaptação.

• Movimentos e períodos: Industria cultural; realismo; expressionismo; cinema

novo.

Dança

• Elementos formais: Movimento corporal; tempo; espaço.

• Composição: Giro, Rolamento, Saltos; Aceleração e desaceleração; Direções,

improvisação, coreografia, gênero: industria cultural e espetáculo.

• Movimentos e períodos: Hip Hop, Musicais; Expressionismo; Industria

Cultural; Dança Moderna.

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Conteúdos Básicos - 9º AnoMúsica

• Elementos formais: Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade.

• Composição: Ritmo; Melodia; Harmonia; Gêneros: folclóricos, popular e

étnicos;

• Movimentos e períodos: Música engajada; Música popular Brasileira. Música

Contemporânea.

Artes Visuais

• Elementos formais: Ponto, Linha, forma, textura, Superfície, Volume, Cor e

Luz.

• Composição: Bidimensional, Tridimensional; Figura – fundo; Ritmo Visual;

Técnica: Pintura; grafitte; Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano.

• Movimentos e períodos: Realismo; Vanguardas; Muralismo e Arte Latino

Americana, Hip Hop.

Teatro

• Elementos formais: Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais. Ação; Espaço;

• Composição: Técnicas: Monólogo, jogos teatrais; direção; ensaio;

dramaturgia; cenografia; sonoplastia; iluminação; figurino.

• Movimentos e períodos: Teatro engajado; teatro do oprimido; teatro pobre;

teatro do absurdo; vanguadas.

Dança

• Elementos formais: Movimento Corporal; Tempo e Espaço.

• Composição: Kinesfera; Ponto de apoio; Peso; Fluxo; Quedas; Saltos; Giros;

Rolamentos; Extensão.

• Movimentos e períodos: Vanguardas; Dança Moderna; Dança

Contemporânea.

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AvaliaçãoA verificação do aproveitamento escolar irá incidir sobre o

desempenho do aluno nas diferentes situações de aprendizagem. A

avaliação será processual e diagnóstica individual e coletiva, no decorrer

do bimestre e realizada por meio de instrumentos diversificados, como

trabalhos artísticos individuais e em grupo; representação teatral,

apresentação de dança; pesquisas bibliográfica e de campo; debates em

forma de seminários; registros em forma de relatórios, portfólio, provas

teóricas: questões, exercícios, observação e provas práticas, entre outras. Serão

utilizados trabalhos práticos em sala da aula, procurando unir teoria e prática.

Espera se que os educandos progressivamente adquiram competências de

sensibilidade e de cognição em artes visuais, música, teatro e dança para

desenvolver seu próprio processo de conexão com o mundo. Serão avaliados em

especial os critérios: oralidade, capacidade de síntese, resolução de problemas,

realização das atividades propostas, interesse, participação, pontualidade,

organização e criatividade.

Considerando a Arte como área de conhecimento estético e

conhecimento da produção artística, a verificação de aprendizagem não será

instrumento de medida e sim de verificação processual se houve apreensão

de conteúdos de forma que o estudante demonstre isso através das relações entre

os conhecimentos estéticos e sua realidade que ele consiga ou não estabelecer e

evidenciar em suas produções.

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SP. Companhia Editora Nacional.

146

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PARSONS, M. J. Compreender arte. Lisboa: Editorial Presença, 1992.147

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VELLO, VALDEMAR; COLUCCI, MÔNICA E ARIANE, PAULA. Artes:

Pranchas de Linguagem Visual – Minigaleria e Glossário Volume 1, 2, 3 e 4.

Editora Scipione. São Paulo, 2001.

Caderno de Expectativas de Aprendizagem – Arte.

14. AVALIAÇÃO E REALIMENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O processo de avaliação dar-se-á de forma contínua, dentro dos

pressupostos da Gestão Democrática, pois tem-se claro que o ato de avaliar não é

estanque, e sim, acontece diariamente nas mais diversas relações existentes no

processo ensino-aprendizagem.

Se afirmarmos que esse documento foi construído coletivamente no interior

da escola, a avaliação do mesmo, consequentemente se dará de forma coletiva,

pois todos têm consciência dos princípios a serem defendidos e dos objetivos a

serem alcançados, e perceberão de imediato se algo for contraditório a proposta

defendida.

No entanto, temos a preocupação com a rotatividade dos professores, pois

por termos uma carga horária pequena, Esse fato exige que o Projeto Político

Pedagógico seja exaustivamente refletido e trabalhado com os professores do ano

seguinte, a fim de expor a proposta pedagógica e torná-los comprometido com a

mesma.

A realimentação do PPP dar-se-á quando necessário, desde que a

comunidade escolar esteja de acordo que as estratégias assumidas não estão

respondendo as necessidades da realidade escolar. Tudo deverá ser amplamente

refletido e debatido, para que a mudança aconteça de forma madura e

comprometida com a qualidade educacional.

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15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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