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1 ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ DE ANCHIETA ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO TELÊMACO BORBA 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - ESCOLA ESTADUAL … · Assim, o Projeto Político Pedagógico é resultado de um trabalho de todos os envolvidos e mostra a estrutura organizacional

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ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ DE ANCHIETAENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

TELÊMACO BORBA 2010

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

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APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico é resultado de um trabalho envolvendo todos os segmentos da escola, bem como todos os pais e comunidade escolar, que tem sua participação através de reuniões, levantamento de dados históricos e trabalhos já implantados e desenvolvidos na escola.

Tem sua fundamentação legal, nas leis que regem o funcionamento da escola e suas finalidades em consonância com os pressupostos didático- filosóficos da instituição.

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INTRODUÇÃO

O Projeto Político Pedagógico tem como finalidade apontar os caminhos, as formas, a organização, a filosofia e os pressupostos teóricos metodológicos que perpassam a prática educativa onde a Escola e todos os envolvidos no processo constroem sua caminhada mediante um diagnóstico apurado da realidade na qual se insere o Estabelecimento de Ensino. Para tanto é necessário que todos, professores, funcionários e alunos tenham uma visão da realidade escolar e da comunidade para que possam nela atuar, buscando um ideal de educação que correspondam a necessidade daqueles que dela se beneficiam ou que assim buscam se beneficiar.

Sabendo-se que a realidade socio/cultural interfere no cotidiano escolar e a escola é também um referencial para a sociedade pois na medida que recebe as influencias também tem um papel transformador deste processo, sendo um espaço que a comunidade e ou população pode lançar mão para a melhoria das condições de vida e de oportunidades. Daí a necessidade de que a escola atinja a todos os alunos de forma democrática, oportunizando o acesso ao conhecimento e aos instrumentos adequados para uma formação integral do sujeito que tenha condições de participar ativamente da sociedade, contribuindo de forma significativa dentro de princípios éticos e de valores como a solidariedade, a justiça e que possa incorporar o verdadeiro sentido da democracia.

Assim, o Projeto Político Pedagógico é resultado de um trabalho de todos os envolvidos e mostra a estrutura organizacional e curricular, o tempo escolar, como é a tomada de decisões e as relações que ocorrem no interior da Escola.

Explicita os objetivos a serem atingidos os quais são os norteadores do trabalho docente, e obedece as leis que dão a fundamentação necessária para que o aluno seja atendido nas suas diferenças, étnicas, sociais e intelectuais, visando o desenvolvimento pleno da pessoa humana , seu preparo para exercer as cidadania, garantindo acesso e permanência na escola.

A Escola tem suas bases legais e princípios dentro da lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, na Constituição Federal, nas resoluções da Secretaria Estadual de Educação do Estado

O Projeto visa também coordenar atividades conjuntas intra e extra escolar; analisar a problemática escolar e comunitária e apresentar ações de solução a médio e curto prazo.

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Objetivos Gerais

Favorecer no âmbito escolar um espaço físico, pedagógico, político e cultural para a formação de sujeitos de plena consciência crítica, capazes de produzir e compartilhar os conhecimentos, transformando-os em aprendizagem concreta e viabilizadora, que venha contribuir no crescimento social da comunidade em que estão inseridos.

Objetivos Específicos:

− Promover educação de qualidade, que possibilite ao aluno a apropriação do conhecimento científico;

− Desenvolver a capacidade crítica dos alunos e professores em relação a conteúdos curriculares;

− Viabilizar a criação de recursos visuais e manuais que possibilitem melhoria da qualidade de ensino;

− Desenvolver atividades que possibilitem a aquisição de conhecimentos necessários em todas as áreas.

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MARCO SITUACIONAL

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1- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:

1.1– Nome da Escola:

Escola Estadual Padre José de Anchieta – Ensino Fundamental.

1.2– Endereço:

Rua Blumenau, Nº 48 – Parque Limeira, Área ICEP 84268-020 Telêmaco Borba – Estado do Paraná.

1.3– Data de início de Funcionamento:

21 de janeiro de 1992.

1.4– Nome do Patrono:

José de AnchietaPadre La Laguna de Tenerife, Ilhas Canárias, 1534

+ Reritiba, ES – 1597

1.5– Número da Resolução de Funcionamento:

Resolução Nº 186/92 de 21 de janeiro de 1992.

2- LOCALIZAÇÃO DA ESCOLA

Este Estabelecimento de Ensino está situado na Rua Blumenau, nº 48 do Parque Limeira – Área I – ao lado da Rodovia e atende a comunidade local e bairros circunvizinhos, e encontra-se com sua capacidade de atendimento a demanda de matrícula, no seu limite tendo que ser reestruturado para os anos vindouros ampliando seu espaço físico para melhoria de qualidade de oferta .

O bairro é residencial, tendo pequenos comércios que atendem as primeiras necessidades, com um bom acesso ao centro comercial da cidade onde a comunidade busca suprir suas necessidades .

O bairro conta com um pequeno posto de saúde, igrejas e suas ruas na sua maioria são pavimentadas. A topografia do bairro é bastante acidentada.

São pequenos os espaços destinados ao lazer, pois o bairro não conta com quadras e praças. No que diz respeito a quadras esportivas os alunos podem contar apenas com a quadra da escola em dias de aula.

3- HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO:

O funcionamento deste Estabelecimento de Ensino Fundamental teve seu início em 1992, após a concessão do prédio feita pela Prefeitura Municipal deste município, na

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gestão do prefeito Sr. Carlos Hugo Wolff Von Graffen, em Ofício daquela entidade Nº 351/91 na data de 03 de dezembro de 1991.

Pela Resolução Nº 186/92 de 21 de janeiro de 1992 da SEED – Secretaria de Estado da Educação, ocorreu a implantação gradativa das quatro séries finais do Ensino Fundamental. Sendo os trabalhos iniciados no antigo prédio da Escola Municipal D. Pedro I, até o dia 16 de junho de 1992, quando deu-se a inauguração deste prédio, no qual hoje funciona esta escola em horário matutino e a Escola Dom Pedro I- EIEF em horário vespertino.

O Curso de Ensino Fundamental deste Estabelecimento passou a ser reconhecido pela Resolução Nº 1867/94, da data de 06 de abril de 1994, pela sua publicação em Diário Oficial deste Estado Nº 4262, da data de 13 de maio de 1994.

A escola tem seu contingente de alunos pertencentes a famílias de classe social na sua maioria média baixa, sendo filhos de trabalhadores de indústrias e comércio do município e oriundos dos bairros Socomin,Vila Ozório, Parque Limeira , áreas I e II, Jardim Alegre e bairros distantes como as áreas rurais do Triângulo, Saltinho e Vila Rural, os quais se beneficiam de transporte escolar.

Em ocasião da inauguração, ambas as escolas tinham seu espaço para desenvolver seu trabalho, no entanto, com o decorrer do tempo e a demanda de matrícula, o espaço físico e a estrutura da escola já não correspondem à necessidade, pois devido ao grande número de alunos a escola não consegue ter laboratórios e outros espaços que hoje tornam-se significativos para o trabalho e os projetos desenvolvidos

Atualmente a escola atende aproximadamente 523 alunos no período matutino e noturno de 5ª a 8ª séries, sendo estes moradores nas comunidades: Jardim Alegre, Vila Ozório, Parque Limeira – Áreas I e II, Bairro Socomim e Triângulo (Vila Rural), sob a direção de Vera Alba Soares e conta com 40 funcionários entre professores, técnicos administrativos e serviços gerais.

Este Estabelecimento de Ensino obedece os princípios emanados das Constituições Federal e Estadual na Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases de Educação Nacional.

4- DESCRIÇÃO DA SOCIEDADE E COMUNIDADE ESCOLAR

A realidade da comunidade em que a escola está inserida, demonstra que a atual conjuntura econômico, social é fato que reflete no cotidiano escolar , uma vez que os alunos vem de famílias de trabalhadores com baixa remuneração e/ou sem remuneração, devido ao alto índice de desemprego ou sub emprego, sendo que muitos alunos acabam não tendo o acompanhamento e atendimento escolar dos pais, pois os mesmos estão ausentes na busca de sustento para a família, sobrando pouco tempo para a dedicação as questões educacionais de seus filhos.

A escola Padre José de Anchieta, como todas as escolas, está inserida numa sociedade que sofre os reveses históricos e que vem marcada pelo capitalismo do século XX e pela globalização da economia deixando sua marca de avanços e retrocessos na educação pública. Assim, é importante que a escola tenha a sua forma de desenvolver seu trabalho pedagógico calcado na busca da autonomia e na gestão democrática, a qual é escolhida pelo processo eletivo, onde toda a comunidade escolar participa do processo, visando uma educação para todos , baseada na qualidade e no acesso e permanência de seus educandos.

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Estudos sobre o acesso na escola pública mostram que embora haja um aumento significativo da oferta, não se garante a permanência destas crianças por motivos vários que vão desde a qualidade da educação ofertada até a questões econômicas e sociais, como também as políticas públicas, que acabam fazendo com que ocorra a exclusão dos alunos das classes sociais dos mais necessitados, os quais precocemente tem que enfrentar o mercado de trabalho A distribuição de renda é injusta e muitas pessoas vivem abaixo da linha de miséria, não tendo as condições mínimas para viver dignamente.

Outra questão que não se pode negar e é possível de se observar na realidade escolar é a desestruturação da família que acaba tendo influência em grande parte para a evasão e para o pouco progresso escolar do aluno. Uma vez que, muitas vezes a criança acaba ficando sem a orientação dos pais que tem que ir em busca da sobrevivência, deixando de fazer o acompanhamento dos estudos tão necessários para que obtenha êxito em sua educação escolar.

É neste contexto que a escola muitas vezes tem que se assumir como uma instância que represente a diferença para estes alunos, cumprindo seu papel de socializadora e levando em consideração as leis e resoluções que vem auxiliar a organização da educação e garantir o direito básico da criança de ser assistida nas suas diferenças e nas suas necessidades mais específicas.

O alunado da Escola Padre José de Anchieta é também marcado por estes problemas que se encontram na sociedade de um modo geral. E é desafio encontrar caminhos que possam ser trilhados para a superação dos mesmos.

Assim,a escola busca uma organização que possa representar uma força de mudança e transformação,propiciando oportunidade a todos os alunos de se apropriarem de conhecimentos necessários para a formação da cidadania, assim, comunidade, família e escola se unem para chegar a esse objetivo.

Dessa forma a escola utiliza-se de uma didática que busca considerar a prática social inicial do aluno como ponto de partida para a construção de conhecimentos, problematizando-a e instrumentalizando o educando para a melhoria de sua prática social.

5– EDIFÍCIO ESCOLAR:

5.1 – Distribuição do Uso das Dependências:

5.1.1 – De uso da Escola Padre José de Anchieta:- 1 sala para desenvolvimento do trabalho de Direção Escolar, Equipe Pedagógica. - 1 sala para desenvolvimento do trabalho de Secretaria;- 1 sala para recursos de Educação Física;- 1 sala para Dispensa (merenda);- 1 sala para Depósito de Materiais de Limpeza;- 2 salas para depósito de arquivo morto e material pedagógico.

5.1.2 – De uso da Escola Municipal D. Pedro I:- 1 sala para desenvolvimento do trabalho de Secretaria e Direção;- 1 sala para recursos de Educação Física e Depósito para Materiais de Limpeza;- 01 sala para Dispensa (merenda).

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5.1.3 – De uso comum a ambas as escolas:- 12 salas de aula - 24 m²;- 01 sala para biblioteca – 63 m²;- 01 sala para professores – 31 m²;- 02 banheiros (masculino/feminino) para professores;- 02 banheiros coletivos (masculino/feminino) para alunos com 16 sanitários e 2

chuveiros;- 01 cozinha – 22 m²;- 01 saguão coberto e fechado – 162 m²;- 01 quadra poliesportiva sem cobertura

5.2 – Estado de conservação do prédio: Quanto ao prédio, há necessidade de edificar outra escola no bairro, pois não tem

espaço físico para ampliação, impossibilitando a construção do laboratório de Ciências, Sala de Recursos, Apoio e Biblioteca. Dessa forma, vem comprometendo a melhoria de atendimento e desenvolvimento de trabalho educativo e projetos que atualmente ficam inviabilizados de acontecer devido ser compartilhado com a escola municipal D. Pedro I.

Ressaltamos ainda, que o prédio deste Estabelecimento de Ensino não oferece nenhuma condição física necessária para receber alunos com necessidades especiais.

5.3– Mobiliário e Utensílios da Escola Estadual Padre José de Anchieta – Ensino

Fundamental:

5.3.1 – Secretaria:- 03 armários em aço – 2 portas;- 04 arquivos em aço;- 01 balcão – 2 portas;- 05 cadeiras almofadadas;- 02 escrivaninhas – 2 gavetas;- 04 monitores em rede ( sistema Linox); - 02 micro-computador 486 com impressora HP 3920;- 02 Scanner OPTIC OS 1200B;- 01 copiadora DCBP-8085DN;- 01 relógio de parede;- 01 aparelho de telefone sem fio;- 01 rádio-gravador – 2 Decks COUGAR;- 02 ventilador de parede.

5.3.2 – Sala da Direção:− 02 armários em aço – 2 portas;− 01 armários em madeira;- 02 escrivaninhas – 2 gavetas;- 02 cadeiras almofadadas;- 02 jogos de cadeiras com 2 e 3 lugares;- 01 aparelho fixo de telefone e fax;- 01 relógio de parede;- 01 micro-system 3CDs PHILIPS 800 W;

- Sistema de comunicação via microfone com as salas.

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5.3.3 – Sala dos Professores:- 01 armário grande guarda volume com porta;- 08 cadeiras em madeira;- 01 jogo de sofá – 1,2 e 3 lugares;- 01 bebedouro;- 01 mesa grande;- 02 quadros-editais;- 01 relógio de parede;- 01 ventilador;- 01 refrigerador vertical ELECTROLUX – 270.

5.3.4 – Biblioteca/Laboratório- 05 armários de aço – 2 portas;- 01 armário de madeira;- 01 armário de aço para TV;- 25 cadeiras plásticas;- 20 cadeira almofadada giratórias;- 5 CPUs interlilados com 20 monitores em rede;- 10 mesa para computadores;- 02 ventiladores;- 01 notbook;- 01 tela projetora;- 01 data show;- 01 máquina digital;- 04 estantes em aço;- 01 escrivaninhas em madeira;- 01 microscópio;- 01 mimeógrafo – álcool;- 01 mimeógrafo – tinta;- 05 mesas pequenas;- 02 TVs 20’;- 01 vídeos cassete;- 01 quadro negro;- 02 retroprojetores;- 01 relógio de parede;- Livros de literatura infanto juvenil- Livros de literatura - Livros didáticos- Livros para pesquisas

5.3.5 – Salas de aula- quadro negro- carteiras - cadeiras - mesa do professor- ventilador de parede- caixa de som (pequena) para sistema de comunicação - TV multimídia

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5.3.6 – Material Didático - mapas geográficos;

- mapas de ciências;- mapas de história;- livros de literatura infanto juvenil;- Livros de literatura; - Livros didáticos.

5.3.7 – Adquiridos pela APM: Praticamente todo o material didático empregado no estabelecimento resulta de

aquisição com recursos oriundos do Estado e APMF.

5.4 – Aproveitamento racional do espaço físico do estabelecimento:

O horário de funcionamento da Escola Estadual Padre José de Anchieta – Ensino Fundamental, é no período matutino e noturno, sendo que sua ocupação é total no matutino, faltando ainda espaço suficiente para o uso de laboratórios de Ciências, Sala de Recursos, Apoio e Biblioteca, uma vez que a demanda vem aumentando dia a dia. No período da tarde funciona a Escola Municipal Dom Pedro I- Educação Infantil e Ensino Fundamental.

6 – RECURSOS HUMANOS DO ESTABELECIMENTO:

Este estabelecimento de ensino tem seu quadro de funcionários assim distribuídos: 23 professores, 02 professores pedagogos, os quais desempenham a função de Orientação educacional e supervisão escolar, 01 (um) diretor e 03 técnicos administrativos.

Nos serviços gerais podemos contar com 05 funcionárias ,das quais uma desempenha as funções de cantineira . Totalizando em seu quadro 34 (trinta e quatro) funcionários dentre professores e outros serviços.

6.1 – Relação dos funcionários do Estabelecimento de Ensino no ano de 2010: DIREÇÃO

Vera Alba Soares

SERVIÇOS DE SECRETARIA

Abegail de Jesus Pinheiro Gilberto Nunes Machado

EQUIPE PEDAGÓGICA Célia Siqueira Carneiro Sidinéia Vaz de Lima -Márcia Aparecida Padilha

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BIBLIOTECA

Josiane Dayris Campos

CORPO DOCENTE

Adriana Christina de Oliveira Alda Dalzoto Soares Andréia Martins Barbosa da SilvaAntonia Carmelina Pereira Bezerra Clarice Engel de AlmeidaÉdina Beltrão Ivonete Cordeiro Schitkoski DominguesJocelene Sue dos SantosJoelma de AlmeidaJuliana Stori LopesLeonilde Fraga ZiliMaria Tereza WypcychMarli de Fátima Antunes BahenaMarlucia Ferreira BezerraNanci Teresinha Mikulis SolakNeide BorgesNilda Regina Fogaça de LimaRita Bispo da SilvaRose Messias dos SantosSilvana do PradoSueli de Fátima GebielucaSueli PrestesTânia Eliane do Amaral Gonçalves

SERVIÇOS GERAISDirce de Jesus Ribas SilvaInocencia Aparecida Oliveira MacielIvone Batista Teixeira FogaçaMaria Zenita de OliveiraMarli Aparecida Campos

6.2 – CORPO DISCENTE:

A Escola tem um total de 523 alunos, sendo a maioria dentro de uma faixa etária de 11 anos até 16 anos, outros numa faixa etária de idade variada, matriculados na modalidade de Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, totalizando 13 turmas no período matutino e 4 turmas no noturno, distribuídas da seguinte forma:

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13 turmas de 5 ª a 8ª séries no período da manhã – horário 7:30h às 12:00h

Turmas Séries Número de alunos

05 5ª A,B,C,D 137

05 6ª A,B,C,D 106

04 7ª A,B,C 111

04 8ª A, B 72

04 turmas de 5 ª a 8ª séries no período noturno – horário das 19:00 h às 23:20 horas

Turmas Séries Número de alunos

01 5ª E 19

01 6ª E 22

01 7ª D 26

01 8ª C 30

7- ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:

Este Estabelecimento tem seu funcionamento no período da manhã e noturno,com seriação anual, em bimestres, no seguinte horário:MATUTINO – início das atividades às 07:30 hs término das atividades às 12:00 hs NOTURNO – Inicio às 19:00 horas Término às 23:20 horas

Este Estabelecimento de Ensino tem seu quadro de trabalho organizado de forma que possa oferecer a comunidade escolar um trabalho educativo de qualidade primando pela eficiência :

7.1- ORGANOGRAMA

DireçãoConselho EscolarAPMFEquipe PedagógicaCorpo DocenteCorpo DiscenteTécnico AdministrativoBiblioteca

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Serviços Gerais

7.1.1- DIREÇÃO:

Função que tem por objetivo gerenciar democraticamente o funcionamento dos serviços escolares buscando garantir o êxito desses serviços, prontamente definidos no projeto de implantação.

7.1.2- CONSELHO ESCOLAR

É um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação em vigor e orientações da Secretaria de Estado de Educação.

7.1.3- APMF:

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão encarregado de promover a integração da família com a escola .

7.1.4- EQUIPE PEDAGÓGICA

O Professor pedagogo fica encarregado de acompanhar o trabalho pedagógico dando apoio aos professores e planejando, organizando, coordenando e avaliando com professores as atividades pedagógicas, criando oportunidades de momentos de estudos coletivos entre os professores.

É de responsabilidade do professor pedagogo ao qual compete o acompanhamento do processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas à sua melhoria.

7.1.5- CORPO DOCENTE

Encarregado de elaborar o currículo pleno do estabelecimento, coordenado pelo professor pedagogo.

Desenvolver atividades educacionais em sala de aula e em atividades extra-classe com o objetivo de instrumentalizar o aluno com os conteúdos científicos, preparando-o para o exercício da cidadania , com vistas a apropriação de conhecimentos de forma crítica e consciente.

7.1.6- CORPO DISCENTE Responsável, pelo acompanhamento e aprendizado das atividades educativas promovidas pela escola.

8.1.7- TÉCNICO ADMINISTRATIVO:

Responsável pela elaboração da documentação escolar, correspondência do estabelecimento, atendimento ao público, funcionários e alunos.

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7.1.8- SERVIÇO DE BIBLIOTECA

Responsável pelo acervo da biblioteca, organização dos livros, dos horários de atendimento, do trabalho de catalogar os títulos das obras literárias e empréstimos aos alunos.

7.1.9- SERVIÇOS GERAIS

Encarregado pela limpeza, manutenção do prédio escolar, do pátio e cantina escolar.

7.2- ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

A organização interna se processa através de reuniões pedagógicas, administrativa, planejamento, conselhos de classes, reuniões com os pais e comunidade escolar, com objetivo nas tomadas de decisões coletivas, buscando ações na melhoria do processo ensino e aprendizagem.

A convivência no ambiente escolar e sua relação com a comunidade segue orientada com normas para todos, garantindo assim, a elaboração e execução de atividades e ações de forma aprazível.

Portanto, se faz necessário o cumprimento geral do Regimento Escolar e do regulamento interno. O documento é transmitido aos pais/responsáveis em sessões de interpretação, em reuniões no início do período letivo.

7.3- ATENDIMENTO AOS PAIS/RESPONSÁVEIS E ESCOLA

O atendimento imediato aos pais/responsáveis quanto a documentação escolar é de responsabilidade da Secretaria. Considerando as particularidades, estes são prontamente orientados e encaminhados ao profissional competente.

A Equipe Pedagógica e Técnico-administrativa se põe à disposição dos pais/responsáveis a qualquer momento compreendido pelo horário regular do Estabelecimento para tratar de assuntos referentes ao cotidiano escolar. Na ausência do profissional requisitado, os pais/responsáveis são orientados quanto aos procedimentos a serem tomados e é agendado horário para atendimento. Todos os casos que possam acarretar maiores consequências somente são tratados mediante presença dos envolvidos e dos interessados, juntamente com a direção, orientação pedagógica, professores, aluno e pais, sendo registrado em Ficha de Atendimento ao educando e havendo necessidade será documentado em Ata.

A Escola pode ainda contar com órgãos de apoio para resolver problemas que ultrapassam a competência da mesma, tais como Núcleo Regional de Educação, Patrulha Escolar e Conselho Tutelar, quando o assunto for atendimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

7.4- PERFIL DO CORPO DOCENTE Temos um corpo docente comprometido e unido que contribuem e muito para o desenvolvimento do trabalho pedagógico para que tenha qualidade, levando em consideração os valores democráticos de um escola aberta e inclusiva. Os professores

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demonstrando uma preocupação muito grande, exigi-se em sala de aula trabalhos e alguns feitos manuais e reflexivos, tarefas de pesquisas em casa, uma vez que para uma aprendizagem eficaz é necessário que o aluno atue e pense sobre o objeto pensado.

Assim, o professor comprometido trabalha de divesas formas dentro de sala de aula visando melhoria do rendimento dos alunos envolvidos no processo, para isso ele pode valer-se dos equipamentos que a escola dispõe, utilizando os recursos tecnológicos que auxiliam nesta tarefa.

7.5- PERFIL DA POPULAÇAO ATENDIDA – CORPO DISCENTE.

Os alunos deste estabelecimento de Ensino são oriundos dos bairros adjacentes, tais como: Jardim Alegre, Vila Osório, Parque Limeira Área I e II e ainda da Vila Rural e Triângulo, os quais utilizam de transporte escolar para frequentar a escola.

A maioria dos alunos pertencem a famílias formadas por 04 a 06 integrantes, sendo que o pai e a mãe são os provedores de sustento familiar, deixando seus filhos sobre os cuidados de avós que hoje vem assumindo a educação e orientação que antes era tarefa da mãe.

A formação religiosa é voltada para a católica e evangélica dentro de uma mesma média e uma minoria se diz não pertencer a religião nenhuma e ou não praticante.

Muitos pais trabalham nas indústrias e comércios locais ou em empregos temporários e uma parcela mais reduzida, quando não obtém sustento através de trabalho, se insere em programa de assistência do Governo Federal.

A maioria dos pais vê na escola a possibilidade de melhoria de vida para seus filhos e tem boa aceitação do ambiente escolar e do tratamento ofertado aos alunos, considerando a escola de boa qualidade.

Os pais entendem que é necessário que a escola mantenha uma disciplina de horário, quanto a uso de uniforme e cobrança de tarefas escolares para que o aluno aprenda a ter responsabilidades e que a escola tenha um perfil que promova um ensino de qualidade.

Em relação as reuniões realizadas na escola, todos acham necessário e importante, embora não se tenha uma frequência de todos os pais quando são convocados, devido a problemas de ordem de trabalho dos mesmos,assim muitos pais apontaram que não conhecem os professores de seus filhos, em muitos casos não tem o tempo necessário para acompanhar suas tarefas educativas o que acarreta um ônus muito grande à escola que se vê sozinha para resolver determinadas situações que dependem da interferência direta dos pais e /ou responsáveis como a tarefa de estudos em casa e uma cobrança mais efetiva sobre a responsabilidade dos seus filhos em relação aos cumprimentos do estudo e de disciplina escolar e limites de respeito e de convivência .

Os alunos não são conscientes da importância da escola e suas relações com os envolvidos no processo.

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RELAÇÃO DE DADOS DE APRENDIZAGEMSéries/Diurno 5ªA 5ªB 5ªC 6ªA 6ªB 6ªC 6ªD 7ªA 7ªB 7ªC 8ªA 8ªB 8ªC

Matriculados 41 38 39 29 30 38 36 41 43 47 42 41 63

Aprovados 29 30 25 26 21 25 16 37 32 8 15 30 21

Reprovados 2 6 5 0 6 0 3 1 1 19 14 2 8

Desistentes 0 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 5

APC 3 0 5 1 3 2 4 0 7 5 5 5 1

RELAÇÃO DE DADOS DE APRENDIZAGEMSéries/Noturno 5ª D 6ª E 7ª D

Matriculados 38 40 49

Aprovados 19 11 14

Reprovados 11 3 10

Desistentes 0 10 11

APC 2 0 2

Resultado do IDEB

Ensino Fundamental Regular - Séries Finais (5ª a 8ª série) Taxa de Aprovação, Prova Brasil, IDEB e Projeções por Escola2005, 2007 e 2009

NRE Nome do Município Nome da Escola Rede

Taxa de Aprovação -2009Nota Prova Brasil - 2009

Matemática5ª a 8ª 5ª 6ª 7ª 8ª 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

TELEMACO BORBA4127106 TELEMACO BORBA 41056302 JOSE DE ANCHIETA E E PE E FUND ESTADUAL 75,9 76,1 85,5 70,5 72,0 0,76 237,09 231,93 4,48 3,4 3,0 3,3 3,8 4,2 4,4 4,7 5,0

Fonte: MEC/Inep

Código do Município

Código da Escola

IDEB2009(N x P)

Língua Portuguesa

Nota Média Padronizada

(N)

Indicador de Rendimento

(P)

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MARCO CONCEITUAL

1- CONCEPÇÃO FILOSÓFICA E PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS

Nossa sociedade encontra-se organizada e estruturada sobre o trabalho, num modo de produção capitalista, num mundo globalizado, com avanços tecnológicos, onde exige-se cada vez mais do indivíduo. Apesar dos avanços a que a sociedade tem acesso, a mesma vive uma contradição, pois existem grupos de pessoas menos favorecidos que não tem acesso aos bens de consumo e ou bens que garantam a sua sobrevivência com dignidade e igualdade de direitos.

Estas desigualdades sociais, geram divisões de serviços e de classes dos que detém o poder e a dos que estão dominados a uma condição de conformismo, a estes, sobrando o trabalho mal remunerado e a falta de expectativas de melhoria de vida.

Neste contexto atual, onde as desigualdades são evidentes, há ainda uma crise de valores éticos e morais que atingem o homem no seu grupo de convivência. Embora a sociedade seja dita como democrática, enfrenta-se a falta de oportunidades iguais, no que se refere a educação, a bens e serviços de saúde e a segurança.

Assim, infelizmente temos uma sociedade que não abrange de forma justa as camadas sociais menos privilegiadas que ficam a mercê das poucas condições de acesso a estes bens com uma distribuição de renda injusta, e sem acesso a bens culturais. Os meios de comunicação auxiliam para uma cultura de alienação do individuo que recebe todo tipo de informação rápida sem contextualizá-la, sem fazer uma leitura crítica, logo, a tecnologia que vem como um bem para a humanidade, tal como o evento da internet, que traz consigo uma mudança no que se refere ao paradigma do conhecimento e a possibilidade de apropriar-se de informações de um novo mundo, também a isola e empobrece em suas relações sociais e nas lutas por transformações desta sociedade.

É neste contexto que encontra-se a escola, responsável por educar o homem, instrumentalizando-o com as capacidades críticas de enfrentamento necessárias para conviver de forma justa e em igualdade de condições. A luta diária deve ser o de formação de consciências críticas na busca por equidade, igualdade e transformação,

Dentro desta concepção de sociedade, onde exige-se do individuo conhecimentos e habilidades para que o mesmo possa fazer parte do mundo de forma a lutar por melhorias de qualidade de vida,tentando despertá-lo desse estranho torpor de comodismo, é que nos colocamos como mediadores entre essa sociedade e o indivíduo, apontando seu papel, porque o seu bem pessoal é o bem da sociedade onde ele vai contribuir e fazer parte,concientizando-o de que tanto comodismo como as lutas pela melhoria ,ambos tem um preço e que não podemos fugir dessas conseguências.

Em meio a tantas diversidades culturais, a escola sofre as contradições de ter que dar conta de formar um homem cidadão para atuar na sociedade transformando-a qualitativamente e sofre também a contradição de ser em parte, fruto desta mesma ordem social,então nos colocamos diante dos conhecimetos que devemos passar, e entre o indivíduo que precisa desse conhecimento, para que possa escolher, entre o fazer ou não, precisamos enfrentar as consequências do livre arbítreo de cada indivíduo que muitas vezes escolhe viver à margem do conhecimento,e também dos seus direitos.

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As propostas para as escolas não garantem, por si só, que a mesma possa atuar no seu verdadeiro papel de espaço de socialização de conhecimento e não garante uma formação para que o homem possa ter além das ferramentas do conhecimento, uma consciência crítica para atuar na sociedade de modo participativo e com verdadeiro papel de cidadania. Assim é necessário e urgente contar com ações educacionais comprometidas com uma gestão democrática, voltada para aqueles que dela necessitam.

Este é o desafio que a escola tem que superar, buscando ser uma instância de conhecimentos que instrumentalizem o indivíduo a transformar a comunidade onde está inserido.

Trabalhando com conteúdos concretos, dentro de uma filosofia para a formação integral do cidadão, com habilidades, senso crítico e ético, revelando as diferenças e respeitando a diversidade cultural. A escola deverá estar a serviço dos interesses da população que necessita de sua função para fazer frente a esta ordem social. Tudo indica que no momento em que todos os envolvidos no processo educativo definam seus papéis e que a escola possa agir frente a esta problemática, ela estará cumprindo seu papel de transformadora da sociedade. É preciso, ainda, garantir o acesso a todos os alunos, dentro dos princípios democráticos e solidários.

Assim, espera-se das instancias educacionais e mais precisamente da escola, que ela trabalhe todas as áreas de conhecimento com os educandos. Cabe-nos, ainda, elucidar, que não basta passar apenas o conhecimento contido nos livros é preciso que o professor seja o orientador na interpretação das informações, uma vez que o entendimento do conhecimento é ferramenta que permite ações adequadas para a satisfação das necessidades humanas, fazendo com que o sujeito possa se envolver de forma receptiva, tornando-o capaz de produzir, planejar, participar, ver o todo e interferir de maneira positiva no cotidiano.

Na busca da assimilação do conhecimento, está o ato de aprender e de ensinar, ações indissociáveis, interligadas no processo educativo. Onde o ensinar é o caminho e o aprender deve ser o desejo dos envolvidos, sendo que este desejo pode ser construído, mediante um trabalho de envolvimento, de promoção de autonomia, o qual é tarefa do professor, que além de desempenhar seu papel, pode servir de modelo para o aluno, na medida em que mostra como se deve pensar e agir, impõe seu respeito através do seu trabalho responsável e comprometido.

Considerando ainda que o conhecimento, objeto da aprendizagem, que o homem se constrói e na medida em que assume seu papel de sujeito e é constantemente desafiado a buscar as respostas para transformar sua realidade, a escola é cada vez mais solicitada a ser a democratizadora do conhecimento.

Nesse entendimento do processo ensino- aprendizagem, a avaliação assume papel importante quando entendido como um recurso que o professor faz uso para redimensionar sua prática ou desenvolver ações que possam melhorar o desempenho do aluno.

Quando se pensa avaliação, mesmo com todas as literaturas disponíveis, nos questionamos muitas e muitas vezes se esse ou aquele critério é válido naquele momento, pois como aquele aluno assimilou o conteúdo? Eles muitas vezes se negam a realizar um trabalho ou até mesmo uma prova, não estão preocupados em avançar, como avaliar o que se ensinou ou que se aprendeu se há essa falta de compromisso do próprio aluno?

Ao se defender uma concepção de avaliação diagnótica, somativa, processual,qualitativa,(defendida também pela legislação vigente -Del 07/99) a escola está assumindo um compromisso de ir para além dos momentos pontuais de avaliação,

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tais quais semana de prova, simulados, recuperação apenas de instrumento entre outros.Ocorre que, muitas vezes ao se discutir avaliaçlão, discute-se nota e não o que ela deveria expressar, ou seja, o que se ensinou e o que se aprendeu.É o ensino-aprendizagem em seus condicionates que deve pautar a avaliação na escola

1.1- AVALIAÇAO DO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM/ ESCOLA

A avaliação deve ter seu caráter diagnóstico e estar em acordo com o contexto e é tarefa do professor que deve levar em consideração o que o aluno aprendeu, o seu desenvolvimento e sua caminhada, que deve ser de acordo com critérios e objetivos dos conteúdos.

É importante salientar que para que a avaliação seja democrática, ela não pode estar centrada na necessidade de obter notas, embora esta seja exigida pelo sistema, ela deve estar focalizada no “aprender” do aluno, com a finalidade de formar, instruir, educar, ver o processo na sua integralidade.

A escola pode estar envolvendo todos, na busca de solução para os alunos que tem dificuldades de aprendizagem, quando detectada numa avaliação comprometida, que considere o sujeito como uma pessoa capaz de enfrentar as dificuldades quando auxiliado na forma correta. É importante entender que tipo de dificuldade o aluno está enfrentando, se é apenas um atraso normal, dos conteúdos, de desempenho, algo que possa ser superado através de mudança didática metodológica, exercícios e estudos mais elaborados, ou se o aluno tem uma defasagem um pouco mais acentuada e que necessite de um trabalho mais direcionado, um atendimento individualizado, com horários maiores e conteúdos mais específicos, ou ainda,o aluno após avaliação apresentar um perfil com maior grau de comprometimento no processo de aprendizagem, a escola juntamente com os envolvidos deve abrir alternativas de que este aluno seja atendido nas suas necessidades, trabalhando na especificidade do problema apresentado.

A escola, com seu grupo de profissionais tem buscado caminhos democráticos para o enfrentamento dos problemas relacionados a avaliação, para que não ocorra o fracasso escolar, no entanto, muito se tem que trabalhar ainda para que se possa ter uma perspectiva melhor em termos de enfrentamento dos problemas inerentes a ação avaliativa.

A aprendizagem do aluno é registrada através de boletins bimestrais e a recuperação dos alunos ocorre paralela, tendo os mesmos a possibilidade de se apropriarem dos conteúdos.

Ainda aos alunos de 5ª séries que não obtiveram êxito na aprendizagem é oferecido um trabalho em Sala de Apoio em horário contrário, onde os mesmos recebem aulas de reforço nas disciplinas de língua portuguesa e no ensino de matemática, podendo superar suas dificuldades.

2- EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A educação escolar dos alunos com necessidades especiais, na escola é tema que gera muita discussão e reflexão nas reuniões e grupos de estudo com os professores, pois trata-se de uma modalidade de educação que embora seja contemplada na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ,nº9394 artigo 58 nos decretos e resoluções da SEED. No entanto ainda que exista a lei, a escola e os professores encontram-se despreparados para trabalhar com alunos que necessitam este

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tipo de atendimento. A preocupação dos professores é que embora as políticas de inclusão sejam

inovadoras e obedeçam os princípios de equidade e igualdade de acesso e as mesmas sejam claras ao reafirmar o direito a educação pública de qualidade a todos, existem barreiras que não foram transpostas ainda, tais como a infra estrutura física da escola que não condiz com tais necessidade e não é adequada, assim como a inexistência de materiais que serviriam de apoio ao professor em sala de aula.

Ocorre também uma falha na formação do professor que não encontra-se preparado para atuar com determinados tipos de necessidades especiais, o que é um fator que contribui para a exclusão e não o contrário.

Assim, este é um desafio que se apresenta a todos os envolvidos na educação, para que no coletivo se busquem mecanismos para a superação dos entraves que se apresentam. Pois está assegurado em lei, que todo cidadão deve ter acesso a educação, assim, deverá se garantir na proposta pedagógica caminhos que possam ser trilhados para uma prática de educação inclusiva verdadeira, tanto no que se refere a estrutura, quanto nas barreiras de preconceito.

Os alunos com necessidades especiais precisam ser respeitados nas suas diferenças, tendo um tratamento diferente quanto às metodologias empregadas que garantam seu desenvolvimento e sua aprendizagem.

A escola cabe a tarefa de buscar apoio e ajuda especializada, encaminhando os casos mais específicos para salas de recursos e de apoio e ou especiais se for o caso.

Dentro de nossa proposta está o compromisso de formação em serviço, buscando subsídios em grupos de estudo, em debates, troca de experiências informais e solicitação de auxílio junto aos órgãos competentes.

Outras formas de se trabalhar a educação inclusiva é proporcionando a todos os envolvidos projetos onde se possam trabalhar valores, diversidade cultural e as diferentes histórias dos grupos. Estes temas são contemplados nos trabalhos que serão desenvolvidos na escola. Em casos mais específicos de inclusão de alunos com determinados tipos de necessidade de atendimento especial, o grupo dos docentes estará reunindo-se em busca de soluções, garantindo assim a permanência destes.

Desafios Educaconais Contemporâneos

3- LEI Nº 11.645/08

A escola é por excelência, o lugar de socialização e apropriação de conhecimentos produzido historicamente pela humanidade. É o local previlegiado para discutir os desafios educacionais contemporâneos, afro-socialização do conhecimento que é histórico, mas também da identidade, de valores, de afetos, enfim, é onde o ser humano,se modifica. Estas demandas, devem ser compreendidas, nõa de forma fragmentada e descolada da totalidade , mas como integrante do currículo escolar, isto é, fazendo parte do recorte do conteúdo como necessidade para explicação de fatos sociais. -Relações étnicos-raciais, o Brasil, formado a partir das heranças culturais europeias, indígenas e africanas, não contempla, de maneira equilibrada, essas três contribuições no sistema educacional. A pedagogia e os livros didáticos apresentam uma visão eurocêntrica, perpetuando estereótipos e preconceitos.

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Esse quadro começou a mudar a partir de 2003, com a aprovação da Lei 10.639/03, que tornava obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, substituída, em 2008, pela Lei 11.645/08, que inclui também o ensino de História e Cultura Indígena. Essas leis alteram a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e têm o objetivo de promover uma educação que reconhece e valoriza a diversidade, comprometida com as origens do povo brasileiro.

4- LEI AMBIENTAL Nº 9.795/99

A lei no 9.795/99, que regulamenta a educação ambiental, estabelece que a mesma deve: -Ser trabalhada em caráter interdisciplinar em todos os níveis e modalidades de ensino que trate do assunto, violência, drogas,sexualidade, educação fiscal, educação para o trânsito, de modo a formar sujeitos com conhecimentos, valores e habilidades com vistas ao manejo sustentável do meio ambiente. Educação ambiental, por exemplo, não devemos entender o meio ambiente só do ponto de vista “natureza”, o meio em que vivemos e convivemos faz parte de um todo, esse todo é saber conservar, manter limpo, economisar, ajudar em casa, ser útil para evitar o ócio que leva ou à violência, ao uso de drogas que está intimamente ligado à falta de orientação familiar e nos cabe fazer essa ponte entre a lei e a nossa clientela. Segundo o artigo 13 da Lei n.o 9.795/99,ele deve ser trabalhado como conjunto de ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questõe ambientais e à sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente”, cabe destacar que compete ao Poder Público ( federal, estadual e municipal) incentivar “a ampla participação da escola, da universidade e de organizações não-governamentais na formulação e execução de programas e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal”. -Relações étnico -raciais- Essa lei só veio contribuir para elevar a auto-estima de nosso alunos negros,muitos até pouco tempo ao ser chamados de “negros” tinha essa palavra como ofensiva, como um “chingamento” na linguagem deles,e agora se vêem como agentes de história, como aqueles e em muito contribuiram para fazer do nosso país o que ele é, e que muitos ainda continuam a fazer, afinal somos um país negro de origens negras e de heranças negras. -Educação ambiental, por exemplo, não devemos entender o meio ambiente só do ponto de vista “natureza”, o meio em que vivemos e convivemos faz parte de um todo, esse todo é saber conservar, manter limpo, economisar, ajudar em casa, ser útil para evitar o ócio que leva ou à violência, ao uso de drogas que está intimamente ligado à falta de orientação familiar e nos cabe fazer essa ponte entre a lei e a nossa clientela. -Uso indevido de drogas “,nossos heróis morrerem de overdose”, é o que disse o poeta, que também consumia drogas, ao se combater com leis e programas de inibição do consumo indevido da mesma, vemos nossa impotência diante dos estímulos dos nossos ídolos, e de toda uma mídia voltada a relatar as peripécias dos traficantes,nem mesmo as mortes e toda essa desgraça causada por drogas parece intimidar quem vende e quem consome.Mas, ainda acreditamos na educação, e uma possível mudança. -Volência -Somos vítima de uma sociedade que abandona seus filhos em seus próprios lares,abandonados à sua própria sorte e decisões como se nascessem já prontos para viver, e a cobrança desses indivíduos chega até nós como um violento pedido de socorro, ou um termine com a minha vida pois não sei viver, não sei contribuir,

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não sei amar, ou vou te atormentar pois estou atormentado,não sei o que estou fazendo aqui.essa violência nos chega como um desafio,a escola ensina mas também sofre e muito com essa violência, pois estamos no meio disso tudo. -Sexualidade- Cada vez mais precoce, é a sexualidade um desafio de conciliar a liberdade sexual com a responsabilidad e sexual, nossos alunos precisam ter maior informação para saber as consequências de suas atitudes. -Educação para o trânsito -A educação para o trânsito precisa ser falada e refalada inúmeras vezes pois esse é um assunto que mesmo esgotado ainda há abuso por parte dos adultos que infelizmente são o exemplo de muitos dos nossos jovens e crianças. -Educação fiscal A concientização precisa vir aliada as penalidades, pois a simples informação ao ver de cada aluno é: “não dá nada”, mas guando há claros exemplos da penalidade ainda que enfrentemos o desdém, há inculcação.

5- GESTÃO EDUCACIONAL

Uma escola onde se pretende formar alunos cidadãos e está voltada para atender as classes populares, deve estar em consonância com os anseios dos mesmos.

Uma gestão voltada para estes princípios deve exercitar a autonomia, garantida em lei, onde todos os envolvidos são atores das ações que fazem a identidade da escola.

Dentro de uma gestão democrática as tomadas de decisões devem ocorrer no coletivo, com uma participação maior, tanto da comunidade escolar como dos vários segmentos da sociedade, acompanhando e participando sempre.

Para Gadotti ...A gestão democrática visa à democratização do acesso e da gestão e a qualidade de ensino, sem que se tenha que passar por incontáveis instâncias de poder intermediário...1997. pág 49

A escolha do seu gestor através de processos eletivos, bem como a escolha e formação de conselhos, são processos novos que vem sendo implantados na escola e servem de instrumentos de ação participativa, onde os segmentos da sociedade podem estar fazendo valer o seu direito de tomar parte de decisões que antes eram centralizadas em mãos de poucos.

A Lei 14.231/03 que fundamenta a consulta à comunidade escolar para a escolha e eleição de direção, dá abertura para que pais, alunos, professores e funcionários, possam escolher através do voto aquele que os representará frente a gestão da escola. Ao escolhido através do voto , cabe conduzir de forma democrática, o processo educativo e administrando os recursos disponíveis, com o auxílio e participação de outros órgãos de natureza consultiva e colegiada que dão o suporte necessário e o aval para as tomadas de decisões administrativas, educativas, pedagógicas que se fizerem necessárias.

6 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS

-APMF -Não temos um grêmio estudantil

-Conselho Escolar

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-Conselho de classe

7- CURRICULO

O currículo é a representação escrita do planejamento do professor. Nesse sentido ele contempla o recorte do conteúdo selecionado para um dado período, tal conteúdo traz consigo essa intencionalidade que se expressa nos critérios de avaliação. Para que isto se efetive, o professor deve ter clareza do que o aluno deve aprender (Conteúdos), o porquê aprender tais conteúdos( intencionalidades, objetivos), como trabalhá-los em sala (encaminhamentos metodológicos) e como serão avaliados ( critérios e instrumentos de avaliação).Nesse momento, o projeto de sociedade chega ao currículo, mas somente se efetivará se, de fato, se concretizar na sala de aula.Ou seja, a partir da proposta pedagógica, o professor planeja suas aulas e organiza seu plano de trabalho docente.É o currículo em ação. As DCE”s apontam para um curriculo disciplinar e. como condição: “as relações interdisciplinares” para que se avance na superação das fragmentações dos conteúdos.O curriculo de cada disciplina está organizada por meio dos conteúdos estruturantes e básicos, cuja abordagem deve partir de uma contextualização, o que contribui para que o conhecimento ganhe significado para o aluno.(SEED 2008).

8- TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

As tecnologias de informação e comunicação presentes nesta sociedade vêm assumindo um duplo papel: funcional- a tecnologia como ferramenta, instrumento, função e normativo - a tecnologia determinando modelos para as relações sociais. O Papel funcional das tecnologias oscila entre a versão otimista de transformação da sociedade, que afirma o mundo sem fronteiras, a rapidez nas trocas de informação, entre outras, e a versão pessimista de controle social e político, onde o cidadão passa a ser vigiados e perde a sua privacidade.Nas duas versões é possível identificar a mesma ideologia: a técnica determina o mundo e as relações humanas. O acesso ás tecnologias de informações e comunicação amplia as transformações sociais e desencadeia uma série de mudanças na forma como se constrói o conhecimento. O tema referente ao uso das tecnologias de informação e comunicação é relevante e merece ser considerado por todos aqueles que movimentam o currículo dentro da escola.Esse pensamento não pode e não deve ser desvinciulado do pensamento curricular, esto é, do pensamento pedagógico quando este se detém na consideração das práticas educacionais

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9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GADOTTI, Moacir, ROMAO, José E. – Autonomia da Escola- princípios e propostas. 2 ed. Cortez- 1997DEMO, Pedro . Ser professor é cuidar para que o aluno aprenda – 3ª ed. Porto Alegre – RS. Ed. Mediação . 2005.

DEMO, Pedro . Desafios modernos da educação. 7ª ed. Petrópolis. Editora Vozes. 1998

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover. as setas do caminho.6ª ed. Porto Alegre. RS. Editora Mediação. 2004.

PARO, Victor Henrique. Por dentro da escola pública..São Paulo.Editora Xamã .1995

FERNANDES Enguita, Mariano. A face oculta da escola.: educação e trabalho no capitalismo. trad. Tomaz Tadeu da Silva. Porto Alegre. Artes Medicas. 1989.

FREITAS, Lia Beatriz de Lucca. Aproduçao da ignorância na escola: uma analise crítica do ensino da língua escrita na sala de aula. 2ª ed. São Paulo. Cortes. 1991.

VIGOTSKII, Lev Semenovich. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem.Trad. Maria da Penha Villalobos São Paulo. Ícone. Editora da Universidade de São Paulo.1998

LOMBARDI, Jose Claudinei ( ORG.) globalização , pós modernidade e educação: história, filosofia e temas transversais. Campinas, SP. Autores associados: HISTEDBR: Caçador. SC. UNC. 2001. Coleção Educação Contemporânea.

PERRENOUD, Philippe, ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza.- trad. Claudia Schilling.2ª ed. Porto alegre. Artes Medicas. 2001

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo. Cortes. 1990.

KRAMER.Sonia . O que é básico na escola básica? contribuições parao debate sobre o papel social da escola na vida social e na cultura. In. infância e produção cultural.Campinas. Papirus. 1998.

VEIGA, Ilma Passos.Projeto Político pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas . SP. Papirus. 1995.

PATIO, revista pedagógica. n ºs 31 –25- ano 2004 . 2003. – Ministério da Educação. Artmed.

ECA - Estatuto da Criança e do adolescente- Centro Para A Infância E Adolescência. Ministério Do Bem Estar Social.

LDB 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional.

(Duarte, Fank, Taques, Leutz, Carvalho,2009,p. 3179)

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MARCO OPERACIONAl

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1- PLANOS DE AÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ DE ANCHIETA

Toda comunidade escolar da Escola Estadual Padre José de Anchieta – Ensino Fundamental está articulada, e integrada nas suas relações internas e nas suas funções específicas com o objetivo de atender aos alunos, proporcionando uma educação voltada para as necessidades dos mesmos. Para que se tenha êxito nesta tarefa é necessário que cada envolvido tenha a possibilidade de vislumbrar na sua função, a responsabilidade, e a necessidade de um comprometimento verdadeiro com a proposta didático pedagógico e de sua filosofia de trabalho.

Assim, a Escola tem em seu regimento, todas as normas que cabem aos envolvidos no processo e procura através de Regulamento Interno passar as normas de convivência para que tudo ocorra de forma adequada, num ambiente de produtividade o mais educativo possível.

Para melhor atender sua população a escola encontra-se assim organizada e articulada e tem sua proposta definida pelo coletivo e seus projetos visando a melhoria do processo educativo.

1.1- DIREÇÃO ESCOLAR

Vera Alba Soares Formação : Licenciatura em História Especialização em Planejamento em Educação e Gestão Escolar

1.2- SERVIÇO DE SECRETARIA

Abegail de Jesus Pinheiro – Secretária GeralFormação:Técnico em ContabilidadeGilberto Nunes Machado – Técnico AdministrativoFormação: Licenciatura em Pedagogia

1.3- SERVIÇO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Célia Siqueira Carneiro Formação: Licenciatura em Pedagogia – Orientação Educacional e Supervisão Escolar Pós graduada em Educação Especial

Sidinéia Vaz de Lima Formação: Licenciatura em Pedagogia – Orientação Educacional Pós graduada em Pedagogia Escolar e Psicopedagogia Clínica e Institucional

1.4- SERVIÇO DE BIBLIOTECA Josiane Dayris Campos – Técnico Administrativo Formação: Magistério

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1.5- CORPO DOCENTE ARTEAdriana Christina de Oliveira Formação : Educação Física – Pós Graduada em especialização em metodologias do magistério

Dalila de SouzaFormação: Licenciatura Plena em Português e InglêsPós Graduação em metodologia do Ensino Superior

Joelma de AlmeidaFormação: Licenciatura em Pedagogia

Silvana do PradoFormação: Licenciatura Plena em Português e EspanholPós Graduação em Educação Especial

CIÊNCIASAntonia Carmelina Pereira Bezerra Formação : Licenciatura em Ciências Biológica Especialização em Instrumentalização para Ensino de Ciências.

Juliana Stori LopesFormação : Ciências Biológica

Marlucia Ferreira BezerraFormação: Ciências Biológicas

Sueli de Fátima Gebieluca Formação CiênciasPós Graduação em Gestão de Qualidade na Educação

EDUCAÇÃO FÍSICA Adriana Christina de Oliveira – Formação : Educação Física Pós Graduada em especialização em metodologias do magistério com ênfase em Interdisciplinaridade na Escola.

Tânia Eliane do Amaral GonçalvesFormação: Educação FísicaPós Graduação em Psicopedagogia

ENSINO RELIGIOSOJoelma de AlmeidaFormação: Licenciatura em Pedagogia

Nanci Teresinha Mikulis SolakFormação: História

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Pós Graduação em Pedagogia Escolar e Metodologia do Ensino-aprendizagem da História do Processo Educativo

Sueli PrestesFormação: Licenciatura em História

GEOGRAFIAIvonete Cordeiro Schitkoski DominguesFormação em Licenciatura de história – especialização em História e Sociedade : Novas tendências e abordagens

Nanci Teresinha Mikulis SolakFormação: HistóriaPós Graduação em Pedagogia Escolar e Metodologia do Ensino-aprendizagem da História do Processo Educativo

Édina Beltrão Formação: Licenciatura em HistóriaPós Graduação em História e Sociedade: Novas Tendências e Abordagens

HISTÓRIAAlda Dalzoto Soares Formação Licenciatura em História – Especialização em Metodologias do Ensino Aprendizagem de história no processo educativo.

Maria Tereza WypcychFormação : Licenciatura em HistóriaPós Graduação em Educação Especial

Rosi Messias dos SantosFormação : Licenciatura em HistóriaPós Graduação em Educação Especial

LINGUA PORTUGUESA Dalila de SouzaFormação: Licenciatura Plena em Português e InglêsPós Graduação em metodologia do Ensino Superior

Neide BorgesFormação: Licenciatura Plena em Português e InglêsPós Graduação em Língua Portuguesa e Educação de Jovens e Adultos

Nilda Regina Fogaça de LimaFormação : Licenciatura em Letras com especialização em língua Portuguesa e Literaturas da Língua Portuguesa

MATEMÁTICAAndréia Martins Barbosa da SilvaFormação em Licenciatura em Matemática

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Pós Graduação em MatemáticaClarice Engel de AlmeidaFormação : Licenciatura em Matemática

Leonilde Fraga ZiliFormação : Ciências Pós graduada em Morfofisiologia

Rita Bispo da SilvaFormação em Licenciatura em MatemáticaPós Graduação em Matemática

INGLÊSJocelene Sue dos SantosFormação : Licenciatura em Língua Portuguesa e InglêsPós Graduação em Língua Portuguesa e Literatura

Marli de Fátima Antunes BahenaFormação : Licenciatura em Língua Portuguesa e InglêsPós Graduação em Educação de Jovens e Adultos

1.6- SERVIÇOS GERAISDirce de Jesus Ribas SilvaInocencia Aparecida Oliveira MacielIvone Batista Teixeira FogaçaMaria Zenita de OliveiraMarli Aparecida Campos

1.7- ÓRGÃOS QUE AUXILIAM NA CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR

APMFConselho Escolar

2- MATRIZ CURRICULAR PARA O ANO DE 2010

Período Matutino DISCIPLINAS carga horária

5ª S 6º S 7º S 8º S Artes 2 2 2 2Ciências 3 3 3 3Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso 1 1 0 0Geografia 3 3 4 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4

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Língua Estrangeira Moderna -Inglês 2 2 2 2O Ensino Religioso será facultativo para o aluno.

Período Noturno DISCIPLINAS carga horária

5ª S 6º S 7º S 8º SArtes 2 2 2 2Ciências 3 3 3 3Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso 1 1 0 0Geografia 3 4 4 3História 4 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4Matemática 4 4 4 4Língua Estrangeira Moderna -Inglês 2 2 2 2

3- PLANO DE AÇÃO DOS SERVIÇOS DE SECRETARIA

O presente plano de ação dos Serviços de secretaria prevê o atendimento imediato dos pais, dos alunos e dos professores, bem como os trabalhos referentes a documentações da escola e do processo educativo.

OBJETIVOS

- Dar continuidade aos trabalhos de secretaria- Registrar de forma sistemática os fatos escolares- Manter atualizados e bem conservados os documentos escolares- Elaborar cronograma de atividades da secretaria a serem realizadas- Coletar junto aos professores, pedagogo, corpo discente e docente , pais e demais envolvidos, no processo ensino aprendizagem da escola , todas as informações e documentos necessários para o bom andamento da escola.-Tabular dados apresentados;- Apresentar relatórios- Dar atendimento a pais e professores e encaminha-los quando necessário as pessoas responsáveis por outras funções na escola.

METODOLOGIA

Estabelecer critérios de organização, seleção e catalogação dos documentos da escola para melhor visualização dos mesmos quando pedidos. Manter através de registros todos os arquivos e pastas em dia , bem como fazer uso do computador como recurso de registro de dados dos alunos, professores e outros documentos.

O atendimento aos pais será feito na medida em que os mesmos necessitarem dentro do horário previsto da escola.

RECURSOS

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MateriaisDisponibilizados pelo estabelecimento de ensino.Institucionais- Leis, pareceres e decretos - Regimento escolar- Demais Documentos oficiaisFísicos 01 sala HumanosSecretária GeralAuxiliar de secretariaFinanceirosOriundos de FUNDEPAR

Cronograma de execução dos serviços

Atividades Meses ATIVIDADES J F M A M J J A S O N DMatrículas x x x x x x x x x x x xDivisão de classes xControle dos documentos x x x x x x x x x x x xExpedição de transferências x x x x x x x x x x x xPreparação de fichas individuais x x xPreparação de pastas individuais x x xPreenchimento de históricos x x x x x x x x x x x xFolha de pgto de funcionários x x x x x x x x x x x xCorrespondências x x x x x x x x x x x xContabilidade x x x x x x x x x x x xPreenchimento de boletins x x x xControle de livros de chamada x x x xOrganização de arquivos xAtualização de dados x x x x x x x x x x x xElaboração de estatísticas x x x x x x x x x x x xControle e atualização dos dados no sereweb

x x x x x x x x x x x x

AVALIAÇÃO

O trabalho e seu desenvolvimento é feito periodicamente de acordo com os objetivos e metas a serem seguidas e servirá como subsídio para mudança de atitude, visando sempre um trabalho de qualidade.

4- PLANO DE AÇÃO DO TRABALHO DE DIREÇÃO

I – Estabelecimento: Escola Estadual Padre José de Anchieta – Ensino Fundamental Município: Telêmaco BorbaNúcleo – Telêmaco BorbaCandidato: Vera Alba Soares

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Gestão: 2009/2011

OBJETIVOS:

- Administrar o Estabelecimento com base na Filosofia Democrática, desenvolvendo uma administração seguindo as normas científicas;

- Zelar pela qualidade do processo ensino/aprendizagem, melhorar o nível da educação, possibilitando assim alcançar seus objetivos primordiais;

- Desenvolver um projeto participativo e comunitário, visando melhorar a qualidade de ensino e diminuir a evasão e o fracasso escolar;

- Respeitar o cumprimento das leis, regulamentos e decisões superiores.

AÇÕES:

Para que se torne viável uma administração escolar democrática, racional e objetiva, fazer-se necessário um planejamento anual das atividades da escola de forma dinâmica que global:

- Uma detalhada organização de todas as atividades para que haja perfeita realização das mesmas;

- Sendo o trabalho da direção condição vital para o aperfeiçoamento do educando nas diversas fases do seu desenvolvimento, é necessário adequar o Currículo e o Projeto Político Pedagógico ao longo da administração escolar;

- Proporcionar ao educando sua interação no meio em que vivem;- A importância da interação e integração da administração com os demais

segmentos da escola.

PROPOSTA ADMINISTRATIVA, PEDAGÓGICA E SOCIAL:

Em relação ao aluno:

- Melhorar a qualidade de ensino e diminuir a evasão e o fracasso escolar;- Acompanhar e buscar soluções para o problema de defasagem na

aprendizagem;- Criar e incentivar a participação do Grêmio Estudantil;

Condicionar o aluno a adquirir conhecimento da realidade em que vive;- Atualização constantemente o acervo da biblioteca;- Possibilitar e organizar as exposições de trabalho realizados no âmbito escolar;- Dar continuidade aos projetos já inseridos no Projeto Político Pedagógico.

Em relação ao corpo técnico pedagógico e demais funcionários:

- Trabalhar integralmente, possibilitando a participação de todos no ato;- Incentivar os trabalhos a propostos por essas áreas, fornecendo os recursos

necessários para a participação de todos;- Possibilitar autonomia às áreas de conhecimento, visando melhoria no

processo ensino-aprendizagem;- Repassar todas as orientações do núcleo regional de educação;- Distribuir tarefas e funções a todos os agentes envolvidos no cotidiano escolar;- Zelar para as condições físicas do estabelecimento;

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- Acompanhar o planejamento das atividades curriculares;- Providenciar material didático necessário para o consumo das atividades

escolares;- Presidir reuniões do Conselho de Classe;- Avaliar todos os objetivos e atividades propostas no decorrer do ano

juntamente com a equipe técnico-pedagógico e professores;

Em relação ao corpo docente:

- Possibilitar e organizar reuniões pedagógicas;- Organização do horário com flexibilidade;- Incentivar projetos que primem pela melhoria do processo ensino-

aprendizagem;- Oportunizar ao professor condições para o bom desenvolvimento de seu

trabalhado pedagógico;

Em relação à família e a comunidade:

- Promover o entrosamento dos integrantes envolvidos com as causas da educação, integrando-os nas atividades da escola, conscientizando-os de suas obrigações;

- Conscientizar as famílias que o sucesso escolar depende em grande parte de seu apoio, pois são eles os responsáveis pelos filhos;

- Incentivar a participação de todos na APMF, bem como no Conselho Escolar, conscientizando-os da importância da sua participação nesses órgãos, contribuindo com suas ideias, sugestões e experiências, propiciando assim a melhoria da escola.

Em relação a APMF e ao Conselho Escolar:

- Dinamizar a APMF e o Conselho Escolar;- Planejar e desenvolver reuniões pedagógicas com os integrantes do processo

educacional.

Em relação as instalações do Estabelecimento:

- Zela pela constante manutenção do prédio, comunicando aos órgãos competentes, problemas que fujam da alçada da administração do estabelecimento de ensino;

Em relação ao representante Docente e Discente da turma:- Oportunizar a participação do professor e do aluno para representar a turma de

forma democrática e atuante;

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

ATIVIDADES 1º BIM 2º BIM 3º BIM 4º BIMPlanejamento Anual X X

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Planejamento Bimestral X X X XConselho de Classe X X X XReuniões Pedagógicas X X X XReuniões de pais X X XAssembleia Geral X X

AVALIAÇÃO:

Dar-se-á de forma contínua através de reuniões pedagógicas e conselhos de classes para

análise e reflexão das falhas do processo, procurando soluções para revertê-lo.

5- PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR PEDAGOGO

Tema : Trabalho da Equipe Pedagógica

Abrangência : O presente trabalho envolve toda a comunidade Escolar, Corpo Docente e Discente.

OBJETIVOS - Coordenar ações educativas com vistas ao trabalho pedagógico;- Articular juntamente com direção e corpo docente, ações educativas e

implementação de projetos da proposta política pedagógica;- Organizar juntamente com corpo docente e direção propostas voltados a

aprendizagem dos alunos;- Acompanhar as atividades pedagógicas- Encaminhar sempre que preciso , alunos para especialistas ou para classes de

apoio quando for o caso;- Trabalhar juntamente com toda a equipe escolar a proposta pedagógica - Manter diálogo com pais sobre aprendizagem dos filhos e dar atendimento aos

casos mais específicos ;- Manter e auxiliar professores quanto a trabalho de registros de notas e

conteúdos em livro de chamada;- Organizar reuniões com professores sobre assuntos do currículo/ e

planejamento escolar, bem como acompanhar a formação continuada.

JUSTIFICATIVA

O trabalho do professor pedagogo na escola está articulado com questões relacionadas ao processo ensino aprendizagem/ currículo escolar e envolve o atendimento tanto para alunos quanto para professores.

No que se refere ao atendimento aos alunos, deverá considerar o desenvolvimento dos alunos, na aprendizagem, as dificuldades que os mesmos apresentam e a interferência nesta realidade. Esse trabalho prevê ainda o encaminhamento dos alunos, aconselhamento e acompanhamento da aprendizagem, na freqüência e outros fatores que interferem em sala de aula.

O trabalho do pedagogo é direcionado aos professores e implementação de

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propostas e projetos educativos e no seu acompanhamento e avaliação.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES 1º bim 2º bim 3ºbim

4º bim

Acompanhamento de atividades escolares

x x x x

Verificação de livros de chamada x x x xConselho de Classe x x x xReuniões Pedagógicas x x x

Observação : Algumas atividades têm possibilidade de manter um cronograma – a maioria do envolvimento do professor pedagogo, ocorre no cotidiano escolar.

AVALIAÇÃO :

O trabalho do pedagogo deve estar em constante avaliação pelo grupo de professores e envolvidos no processo e pode ser discutido no coletivo, onde toda a equipe poderá estar colaborando no sentido de redimensionar a pratica sempre que necessário.

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FICHA DE ATENDIMENTO – SOEESCOLA ESTADUAL PADRE JOSÉ DE ANCHIETA

ENSINO FUNDAMENTALRes. Nº 186/92 – D.O.E. 07/02/92 Res. N º 2450/94 – D.O.E 13/05/94]

Ficha de Atendimento

Data ____/______/_______Aluno : _____________________________________________________série_______Mãe ___________________________________________________________________Pai_____________________________________________________________________Responsável _______________________________________________________________________Situação familiar ________________________________________________________

Queixa _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Relato (s ) : Professor (es )1) ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2) ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________3)____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________relato da mãe ou familiar____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Encaminhamento e ou Aconselhamento ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________obs:__________________________________________________________________________________________________________________________________________assinatura dos presentes_______________________________________________________________________

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_______________________________________________________________________6- PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR

Período : anual

Abrangência: Escola / gestão

OBJETIVOS :

- Participar e promover ações que favoreçam a valorização do estudante e as relações entre comunidade e escola;

- Auxiliar a direção na gestão administrativa / pedagógicas e financeiras da unidade escolar;

- Garantir a participação da comunidade escolar no processo de construção e execução do projeto político pedagógico;

- Fiscalizar a gestão administrativa /pedagógica e financeira da atividade escolar;- Acompanhar a implantação e execução de projetos educativos /propondo

melhorias ou intervenções quando se fizer necessário.

JUSTIFICATIVA

O conselho escolar é um órgão formado por representantes dos segmentos dos escolares e da sociedade e tem como proposta atuar juntamente com a gestão escolar nos assuntos que dizem respeito a escola e a proposta pedagógica da mesma. Para que isso ocorra é importante que o grupo do Conselho escolar seja atuante e participativo dentro do contexto escolar A sua forma de atuar pode ser através de reuniões sistemáticas ou sempre que a direção da escola necessite do grupo para tomadas de decisão. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação,nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, que aponta no seu artigo 3º, inciso VIII “a gestão democrática do ensino público.”, a construção do novo estatuto do Conselho Escolar, vem ocorrendo desde 2004, através da discussão e conselhos de cada Nucleo Regional de Educação, num processo de elaboração coletiva que busca reafirmar os princípios democráticos na escola pública.

O Conselho escolar da Escola Padre Jose de Anchieta estará se reunindo com seus pares uma vez que a escola pode contar com seus membros para as atividades onde sejam necessários.

AÇÕES :

Todas as ações onde o Conselho Escolar puder estar envolvido e que a direção e a comunidade escolar assim necessite.

AVALIAÇÃO :

As ações em que o Conselho estiver envolvido será a forma de avaliar a sua participação e ocorrerá dentro do processo por todos os envolvidos, podendo a partir desta avaliação ser redimensionado o trabalho de seus membros.

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7- PLANO DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS

O plano de ação dos funcionários prevê o atendimento à estrutura física e manutenção dos serviços gerais, de merenda e trabalho relacionados a conservação e limpeza do espaço escolar.

OBJETIVOSMerendeira:

- Conservação e manutenção dos serviços de cantina ;- Cuidados e organização da merenda escolar;- Manipulação da merenda escolar; - Atendimento de qualidade para o aluno/consumidor da merenda ;

Serviços Gerais: - Conservação e limpeza do ambiente escolar – dependências : salas, saguão, banheiros, secretaria, espaços internos e externos;

- Cuidados com estoque e manipulação e usos dos materiais de limpeza;- Atendimento de apoio a professores/alunos/ no sentido de organização e limpeza

dos espaços;

- Auxilio e orientação aos alunos, no que diz respeito a conservação de limpeza do espaço pedagógico;

- Trabalho de conscientização sobre ordem e limpeza do espaço escolar;

Fica a encargo da cantineira a produção do lanche/merenda escolar, mantendo o espaço organizado e limpo, dando atendimento de qualidade a alunos.

O trabalho de controle de estoque é feito períodicamente, prevendo o consumo necessário por dia.

No que se refere a limpeza e organização dos demais espaços, é feito diariamente ou em todos os momentos que se fizer necessário..

O controle de materiais e equipamentos necessários para a conservação e limpeza é feito pelos funcionários.

AVALIAÇÃO

O trabalho dos funcionários de apoio, ( serviços gerais) é avaliado pela direção da escola e discutido com o grupo toda vez que se faz necessário.

9- PLANO DE AÇÃO DE CAPACITAÇÃO /FORMAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE

OBJETIVOS

Aprimorar o trabalho educativoBuscar novos conhecimentos e informações que subsidiem a prática educativa;

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aprimoramento profissional

JUSTIFICATIVATodo trabalho do professor está pautado em sua formação profissional, na

capacitação continuada, em sua experiência e capacidade de buscar novos conhecimentos que os auxiliem na sua práxis.

É importante que seja ofertado ao mesmo a possibilidade de buscar aprimoramento para o seu trabalho. Sendo estes ofertados pelos órgãos competentes.

A escola poderá contribuir, na medida em que propõem trabalhos de reflexão da práxis educativa através de grupos de estudo, reuniões, debates e estudos planejados sobre diversos temas e que mantém o acervo bibliográfico da escola a serviço do professor.

METODOLOGIA

O trabalho se dará em todos os momentos em que o profissional participar ou ir em busca de ajuda no que se refere a troca de experiências, aprimoramento e atualização profissional. Esse processo se dará através da relação teoria e prática visto que o educador não poderá exercer suas atividades isento de opções teóricas que por sua vez deverão ser coerentes com sua prática educativa.

Neste entendimento a escola buscará uma formação continuada de professores que vise, sobretudo, o desenvolvimento de atitudes críticas sobre o mundo e sobre sua prática educacional.

O corpo docente deste Estabelecimento de Ensino, deverão participar de eventos, ofertados pelos órgãos competentes, bem como através de reuniões, grupos de estudo e outros meios que poderão ocorrer na escola. Este processo estará ocorrendo durante todo o ano letivo nas diversas formas e dentro do cronograma do calendário escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação ocorrerá durante o processo dos eventos, utilizando-se de observações e de várias técnicas, visando o aprimoramento e melhoria de capacitação..

A auto avaliação poderá ser utilizada pelos envolvidos no processo, uma vez que o mesmo poderá auxiliar a articulação de aprimoramento técnico –profissional.

10- AÇÕES EDUCATIVAS

A Escola tem em seu cronograma de atividades alguns projetos educativos que são comuns a todos os alunos e que envolvem todos os professores, assim como tem os sub projetos que são específicos de cada disciplina.

Os projetos com o envolvimento de todos os alunos estão aqui elencados:

10.1- AÇÕES DE RECUPERAÇÃO PARALELA

A recuperação paralela será ofertada a todos os alunos, a mesma será aplicada logo após se constate que o aluno necessita de atendimento específico nas suas

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dificuldades e terá nova avaliação registrada em livro de chamada.Os pais ou responsáveis serão avisados com antecedência de que o aluno estará

revendo os conteúdos não atingidos e oportunizado-o na participação de outros instrumentos de avaliações, para que os mesmos possam se responsabilizar pela cobrança de postura adequada do aluno e de estudo complementar em casa, tais como: em rever os conteúdos trabalhados em sala de aula , realizações de trabalhos, pesquisas e tarefas escolares.

10.2- PROGRAMA – SALA DE APOIO

O programa de sala de apoio, é ofertado aos alunos de 5ª séries que apresentam defasagem de aprendizagem com grau mais acentuado, realizado em horário contrário, sendo 04 aulas semanais nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, ministradas por professores das áreas.

Os alunos que se apropriarem dos conhecimentos em defasagem serão dispensados do projeto, possibilitando que outros possam participar dos mesmos, uma vez que as salas serão compostas por até 15 alunos.

10.3- PROGRAMA SOBRE MEIO AMBIENTE

Este programa, pela sua importância envolverá todos os segmentos da escola. Cabe a cada professor, dentro de suas áreas direcionar trabalhos que possam contribuir para mudança de atitude quanto a preservação do meio ambiente.

A escola articulará ações como : campanhas, debates, exposições de trabalhos, palestras ministradas por profissionais, com objetivo de conscientização na questão ambiental e outras atividades que sirvarão de subsídios para o trabalho pedagógico em sala de aula.

10.4- PROGRAMA DE EDUCAÇÃO SEXUAL

Abrange todos os alunos e é direcionado no sentido de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce.

É um trabalho organizado por professores da área de ciências e pelo professor pedagogo, podendo ser trabalhado também por outros professores na medida em que houver necessidade.

Existe o trabalho preventivo feito através de palestras feita por profissionais da área de saúde com intuito de esclarecimento dos assuntos, debates em sala de aula , encontros, filmes e outras atividades educativas.

A duração do programa ocorre no ano letivo e sua avaliação é durante o processo , através de debates e registros.

10.5-PROGRAMA DE PREVENÇAO A DROGAS

Envolve a participação de todos os professores em todas as áreas de ensino, os quais trabalharão o tema direcionando informações importantes para os alunos à prevenção e o conhecimento do mal para saúde física / mental.

O programa abrange todos os alunos, com a participação de palestrantes,

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Patrulha Escolar, debates e atividades realizadas em sala de aula.

10.6- PROGRAMAS DE LEITURA - BIBLIOTECA

Visa envolver todos os educandos, tendo como objetivo vencer um dos maiores desafios encontrados pelo professor, criar o hábito da leitura.

Conscientizando-os que a leitura proporciona uma base de conhecimentos, que darão os fundamentos necessários para pensar com mais clareza e ter facilidade de expressão.

10.7- PROGRAMAS CULTURAIS / CIDADANIA

O objetivo do programa, é desenvolver nos alunos atitudes de solidariedade, envolvendo todos os professores na participação tanto em projetos direcionados na sua área de atuação como atividades culturais, recreativas e esportivas como: gincanas, arrecadação de doações, campanhas, atividades artísticas e outras.

10.8- PROJETO FICAPrograma amplamente trabalhado na escola, através do envolvimento de todos os

professores, os quais comunicam ao professor pedagogo, a ausência do aluno, e este busca contato com a família. Não obtendo resultado é acionado os órgãos competentes, auxiliando a escola. Todo processo é registrado em fichas de Atendimento ao aluno, Ficha do FICA e relatórios.

10.9- PROGRAMAS DE RESGATE DA CULTURA INDÍGENA E CULTURA AFRO DESCENDENTE.

Estes programa tem por objetivo o resgate da história dos povos indígenas, trabalhando as diferenças e o entendimento dos mesmos e sua sociedade.

O resgate e história dos afro- descendentes amparada pela Lei 10.639/03 e nº 11.645/08 que alteram a lei 9394/96 art.26 A parecer CNE/CP nº03/04. Resolução CNE/CP nº01/04, deliberação nº 04/2006- CEE/PR; instrução9 nº017/2006- SUED/SEED; visa o resgate histórico, desde a luta dos escravos até os dias atuais. Suas lutas, seus costumes, os preconceitos raciais sofridos por este grupo ainda existente, o papel do negro na sociedade brasileira e o sistema de cotas e temas atuais que visem o respeito as diferenças .

11- AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Este projeto será avaliado no decorrer do processo por todos os envolvidos na comunidade escolar, através de reuniões, observações, debates e outras formas, podendo ser redimensionado, quando não estiver em consonância com os princípios didáticos –pedagógicos e filosóficos da escola e do grupo ou com o contexto escolar

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ARTES

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS

Apresentação Geral da Disciplina:

Numa sociedade em que se convive com a supervalorização do conhecimento científico e com a crescente intervenção da tecnologia no dia-a-dia, não é possível pensar na formação de um cidadão crítico à margem do saber científico. Mostrar a ciência como um conhecimento que colabora para a compreensão do mundo e suas transformações, para reconhecer o homem e como parte do universo e como indivíduo, é a meta que se propõe para o ensino da área na escola fundamental. A apropriação de seus conceitos e procedimentos pode contribuir para o questionamento do que se vê e ouve, para a ampliação das explicações acerca dos fenômenos da natureza, para a compreensão e valoração dos modos de intervir na natureza e de utilizar seus recursos para a compreensão dos recursos tecnológicos que realizam essas mediações, para a reflexão sobre questões éticas implícitas nas relações entre Ciências, Sociedade e Tecnologia. Durante os últimos séculos, o ser humano foi considerado o centro do universo. O homem acreditou que a natureza estava à sua disposição. Apropriou-se de seus processos, alterou seus ciclos, redefiniu seus espaços. Hoje, quando se depara com uma crise ambiental que coloca em risco a vida do planeta, inclusive a humana, o ensino de Ciências Naturais pode contribuir para uma reconstrução da relação homem-natureza em outros termos.

O conhecimento sobre como a natureza se comporta e a vida se processa contribui para o aluno se posicionar com fundamentos acerca das questões bastantes polêmicas e orientar suas ações de forma mais conscientes. São exemplos dessas questões: a manipulação gênica, os desmatamentos, o acúmulo na atmosfera de produtos resultantes da combustão, o destino dado ao lixo industrial, hospitalar e doméstico, entre muitas outras. Também é importante o estudo do ser humano considerando-se seu corpo como um todo dinâmico, que interage como o meio em sentido amplo. Tanto os aspectos da herança biológica quanto aqueles de ordem cultural, social e afetiva refletem-se na arquitetura do corpo. O corpo humano, portanto, não é uma máquina e cada ser humano é único como único é seu corpo. Nessa perspectiva, a área de Ciências pode contribuir para a formação da integridade pessoal e da auto-estima, da postura de respeito ao próprio corpo e ao dos outros, para o entendimento da saúde como um valor pessoal e social, e para a compreensão da sexualidade humana sem preconceitos. Ao se considerar ser o ensino fundamental o nível de escolarização obrigatório no Brasil, não se pode pensar no ensino de Ciências como um ensino propedêutico,voltado para uma aprendizagem efetiva em momento futuro. A criança não é cidadã do futuro, mas já é cidadã hoje, e, nesse sentido, conhecer ciência é ampliar a sua possibilidade presente de participação social e viabilizar sua capacidade plena de participação social e viabilizar sua capacidade plena de participação social no futuro. Ensino de Ciências Naturais deverá se organizar de forma que, ao final do ensino fundamental, os alunos tenham as seguintes capacidades: Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade como agente de transformações do mundo em que vive, em seu relacionamento com os demais seres vivos.Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana de natureza social, inserida num contexto econômico, político, cultural e histórico.

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Identificar as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e ao longo da evolução histórica.Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sendo capaz de elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas tecnológicas.Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos a serem promovidos por diferentes agentes.Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de agir crítica e cooperativamente para a construção coletiva do conhecimento.Utilizar as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar, e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos público e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação.Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação a sua saúde e a saúde coletiva.Incluir metodologias para atender alunos com necessidades especiais ( Proc. 730/03).

Conteúdo Estruturante

Propõe-se então, que o ensino de Ciências ocorra por meio de uma integração conceitual que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações contextuais).

Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:AstronomiaMatériaSistemas BiológicosEnergiaBiodiversidade

Os conteúdos estruturantes estão atrelados a uma concepção política de educação, por isso não são escolhas neutras. Por serem históricos, nem sempre serão os mesmos, pois em outro período e de outra perspectiva teórica essa seleção seria, certamente, diferente da apresentada nestas Diretrizes.

Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em todas as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o trabalho pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor conceitual, adotar uma linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função das realidades regionais, além de considerar os limites e possibilidades dos livros didáticos de Ciências.

Sugerem-se, a seguir, alguns conteúdos básicos que podem orientar a seleção de

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conteúdos específicos a serem trabalhados a partir de cada conteúdo estruturante.

ASTRONOMIA

Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.

Numa abordagem histórica traz as discussões sobre o geocentrismo e o heliocentrismo, bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles buscam-se explicações alternativas para acontecimentos regulares

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do Universo. Sugerem-se, a seguir, alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos minimamente necessários para o entendimento de questões astronômicas e suas relações com o objeto de estudo da disciplina de Ciências:

universo;sistema solar;movimentos celestes e terrestres;astros;origem e evolução do universo;gravitação universal.

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem serampliados pelo professor em função de interesses regionais e do avanço na produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles devem ser selecionados conteúdos mais específicos.

MATÉRIA

No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdosespecíficos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidostradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção(RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobreas coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que numprimeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

Sugerem-se alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicosessenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria e suas relaçõescom o objeto de estudo da disciplina de Ciências:constituição da matéria;propriedades da matéria.

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem ser ampliados pelo professor em função de interesses regionais ou do avanço na produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles devem ser selecionados conteúdos mais específicos.

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SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos, bem como suas características específicas de funcionamento,desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.

Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.

Neste conteúdo estruturante, sugerem-se alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e suas relações com o objeto de estudo da disciplina de Ciências:níveis de organização;célula;morfologia e fisiologia dos seres vivos;mecanismos de herança genética.

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem ser ampliados pelo professor em função de interesses regionais ou do avanço na produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles devem ser selecionados conteúdos mais específicos.

ENERGIA

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antigüidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nasidéias do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científicaconcebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da energia.

Nestas diretrizes destaca-se que a ciência Física não define energia. Assim, tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra.

Neste conteúdo estruturante, sugerem-se alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e a transformação de uma forma de energia em outra e suas relações com o objeto de estudo da disciplina de Ciências:

formas de energia;conversão de energia;transmissão de energia.

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem ser

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ampliados pelo professor em função de interesses regionais ou do avanço na produção do conhecimento científico. Assim, como, em cada um deles devem ser selecionadosconteúdos mais específicos

BIODIVERSIDADE

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.

Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade orgânica, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).

Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências,a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intra-relacionados.

Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações.

Sugerem-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e suas relações com o objeto de estudo da disciplina de Ciências:

Tais conteúdos básicos não se esgotam nas sugestões apresentadas e podem ser ampliados pelo professor em função de interesses regionais ou do avanço na produção do conhecimento científico.

Tais conteúdos básicos não esgotam nas sugestões apresentadas e podem ser ampliadas pelo professor em função de interesses regionais ou de avanço na produção do conhecimento científico.

Os temas sobre a tecnologia e sociedade serão trabalhados dentro dos conteúdos específicos, visando a necessidade a vida humana em processos que realizam transformações e as implicações sociais da inserção tecnológica na vida do planeta .

METODOLOGIA DA DISCIPLINA:

Ao longo do Ensino Fundamental, o ensino de Ciências, tem o objetivo de instrumentalizar o educando para compreender a interação existente entre o mundo físico e social, coordenar informações, posicionar-se diante delas e construir seus conhecimentos. O ensino de Ciências, desta forma, deve possibilitar ao sujeito a: capacidade de entender a realidade, de situar-se no mundo participando de forma ativa na sociedade, ser capaz de compreender criticamente uma notícia, de ler um texto científico, de entender e avaliar questões de ordem social e política, constituem os conhecimentos e habilidades mínimas necessárias para que os indivíduos se sintam alfabetizados científica e tecnologicamente proporcionando o desenvolvimento de uma postura crítica e reflexiva.....frente as descobertas e os fatos científicos do mundo real.

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Para que essa perspectiva do currículo de Ciências se efetive na escola é preciso que os partícipes do processo de ensino e de aprendizagem partilhem da concepção de ciência como construção humana, cujos conhecimentos científicos são passíveis de alteração ao longo da história da humanidade e marcados por intensas relações de poder. A partir dessa compreensão da ciência, o tratamento dos conteúdos, na escola, exige conhecimentos científicos de outras ciências para explicar fenômenos naturais que ocorrem no mundo. A Química, a Física, a Biologia, a Geociências, a Astronomia, e outras áreas contribuem significativamente para o estudo, a explicação e a compreensão dos fenômenos naturais, objeto de estudo da disciplina de Ciências. O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a um único método. Nesse sentido, algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a observação; o trabalho de campo; os jogos de simulação e desempenho de papéis; visitas às indústrias, fazendas, museus; projetos individuais e em grupos;palestrantes convidados; debates, conversação dirigida, dentre outras. Outras atividades que estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as que envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos,dramatizações, história em quadrinhos, painéis,murais, exposições e feiras,entre outras. Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os mais variados recursos pedagógicos:tv pendrive, DVD,revistas, jornais, retroprojetor,data show, tv educativa, tv escola. É importante que os conteúdos específicos a serem tratados, e as relações estabelecidas a partir destes, não sejam simplificados ou tratados de forma reducionista. Nesse sentido, o tratamento dos conteúdos específicos deve considerar as relações entre os conteúdos estruturantes, a prática social,o mundo natural( ciências),o mundo construído pelo ser humano ( tecnologia) e seu cotidiano ( sociedade). Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das atividades desenvolvidas nas aulas pois, através destes o professor poderá analisar a própria prática e realizar uma intervenção pedagógica coerente no processo educativo. Além disso, o professor pode divulgar a produção de seus alunos, com o intuito de promover a sociabilização dos saberes, a interação entre os estudantes e destes com a produção científico-tecnológica.

A Historia e a Cultura Afro; lei 10.639/03 e Historia do Paraná lei 13385/01 será trabalhada em todas séries do ensino fundamental nos momentos oportunos, será trabalhados de forma interdisciplinar através de debates, questionamentos, filmes, textos e pesquisas.

O tema sobre o meio ambiente lei 9.795/99 será trabalhado no conteúdo de biodiversidade através de exposição oral com recursos audiovisuais, leitura, debate de textos complementares, visita a uma horta ou jardim e a estação de tratamento de água , ao Parque Ecológico , apresentação de teatro ,musicas, trabalhos e confecção de livros pelos alunos .

AVALIAÇÃO

O ensino de Ciências deve ocorrer para formar um cidadão crítico e participante da sociedade, ciente de seus direitos e capaz de proporcionar uma vida saudável a si, aos outros seres vivos e ao ambiente. Não basta que os alunos apenas se apropriem dos conhecimentos, precisam aprender a usá-los. Os alunos tem acesso a muitas informações, com os modernos sistemas de

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comunicação, os quais devem ser utilizados a fim de levá-los a refletir, observar e analisar seus valores éticos, sociais e culturais e selecionar aqueles que serão importantes em sua formação como cidadão. A avaliação deve acontecer por meio de atividades que problematizem e desafiem os alunos, conduzindo-os na construção do conhecimento científico. A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos,deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante,valorizando a produção de documentos científicos,leituras diferenciadas, trabalhos em grupos, avaliações subjetivas e objetivas, debates e produções de textos,pesquisas bibliográficas,entre outros. A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem,pois pode propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende.

A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano,nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos. Na aprendizagem significativa,o conteúdo específico ensinado passa a ter significado real para o estudante e, por isso,interage “com idéias relevantes existentes na estrutura cognitiva do indivíduo”. oblematizações envolvendo relações conceituais,interdisciplinares ou contextuais, como o uso de recursos instrucionais que representem como o estudante tem solucionado os problemas propostos e as relações estabelecidas diante dessas problematizações. Dentre essas possibilidades, a prova pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por ele. Para isso,as questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de aula. Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências,visando uma aprendizagem realmente significativa para sua vida, espera-se que os mesmos se apropriem dos conteúdos propostos, percebendo os objetivos direcionados pelo professor; com isso automaticamente se dará o processo de auto avaliação por parte; que adquará seu trabalho, dentro da realidade de cada um, favorecendo assim o processo de ensino e aprendizagem.

RECUPERAÇÃO

A recuperação será ofertada a todos os alunos que no decorrer dos bimestre não conseguirem atingir os objetivos propostos e/ou que tiverem um rendimento abaixo da média .

A recuperação será aplicada logo após se contate que o aluno necessita de atendimento específico nas suas dificuldades e terá novas reavaliações devidamente registradas no livro de registro de classe.

REFERÊNCIASBARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Projeto Araribá: Ciências.

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Diretrizes da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Secretaria do Estado da Educação – SEED – Ciências, Curitiba, 2008.

GOLDAK, Demétrio. Coleção Ciências, novo pensar Fundamental – São Paulo:FTD,2002.

VALLE, Cecilha. Coleção Vida e Ambiente . Ensino Fundamental – Curitiba : Positivo ,2004.

ALVARENGA , Janer Procópio. PEDERSOLI, José Luiz. FILHO, Moacir d' Assunção . Ciências naturais no dia-a dia: Dimensão,2009.

SARIEGO, Ayrton. Ciências. Ensino Fundamental.

CARDOSO, Alcina Maria. GONÇALVES, Heitor. CARDOSO, Marcos. Ciências realidade e vida- volume1.

LUIZ, Maria. SANTOS, Magaly Terezinha. Vivendo a Ciências. Ensino Fundamental.Caderno da cultura afro -brasileira.Lei nº 10.639, DE 09 DE JANEIRO DE 2003.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física vem apresentando mudanças significativas durante a história. Estas mudanças são de origem conceitual e de percepção do seu objeto de estudo, refletindo as características das relações entre o homem e a sociedade em diferentes momentos e lugares, abrangendo as concepções de saúde , estética e lazer. Por isso, essa área do conhecimento representou diferentes papéis e adquiriu diferentes significados, conforme o momento histórico. No século XIX - fim da exploração dos escravos e as políticas e estratégias de organização fundamentais para superar obstáculos e garantir sua sobrevivência, saltar, correr, rastejar, erguer e carregar peso… A educação física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos. Assim, a sua orientação no tempo e no espaço está em sintonia com os sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos vigentes nas sociedades humanas. Na Antiguidade, os gregos, entretanto, mais evoluídos, visavam ao desenvolvimento físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava o aspecto somático, harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero, de onde surgiram os atletas de porte esbelto. É a fase anatômica da educação física. Já entre os romanos, que herdaram com a conquista da Grécia as atividades físicas dos gregos, em plena decadência, orientavam a educação física, objetivando o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam à cultura intelectual e muito menos a da moral. Na idade média, caracteriza-se a reação contra a adoração pagã do físico, e o espírito passa a predominar sobre a matéria. Os exercícios físicos são relegados a plano secundário e a "justo" e o "torneio" são as formas bárbaras de sua manifestação, por influência das ordens de cavalaria. Com o desenvolvimento da fisiologia e outras ciências, cai, o conceito anatômico e passa a prevalecer o fisiológico. O que se deseja não é a força, mas sim a saúde, mais do que a força. É preciso, também, considerar o lado moral. A moral deve ser levada em conta pela educação física, pois é necessário que ela concorra para formar um coração generoso, uma moral elevada, além de uma inteligência lúcida. Estamos, pois, hoje, na fase em que a educação física visa, a par do preparo físico, a educação, no seu tríplice aspecto: físico, moral e intelectual. Os índios - No Brasil colônia - Os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça, lançar, e o arco e flecha. Na suas tradições incluem-se as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da guerra e da paz, os casamentos etc. Entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Sabe-se que os índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo. Os negros e a capoeira - Sabe-se que vieram para o Brasil para o trabalho escravo e as fugas para os Quilombos os obrigava a lutar sem armas contra os capitães-do-mato, homens a mando dos senhores de engenho que entravam mato a dentro para recapturar os escravos. Com o instinto natural, os negros descobriram ser o próprio corpo uma arma poderosa e o elemento surpresa. A inspiração veio da observação da briga dos animais e das raízes culturais africanas. O nome capoeira veio do mato onde entrincheiravam-se para treinar."Um estranho jogo de corpo dos escravos desferindo coices , como se fossem

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verdadeiros animais indomáveis". São algumas das citações de capitães-do-mato e comandantes de expedições descritas nos poucos alfarrábios que restaram. Rui Barbosa mandou queimar tudo relacionado à escravidão. Brasil Império - Em 1851 a lei de n.º 630 inclui a ginástica nos currículos escolares. Embora Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse da história dos negros, preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundárias praticada 4 vezes por semana durante 30 minutos. Brasil República - Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física.

As políticas públicas - Até os anos 60 o processo ficou limitado ao desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos. Os anos 70, marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltada para os esportes de alto rendimento. Nos anos 80 a Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos voltados à sociedade. No esporte de alto rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo contratar atletas funcionários fazendo surgir uma boa geração de campeões das algumas equipes. Nos anos 90 o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos.

JUSTIFICATIVA

A proposta das Diretrizes Curriculares , tem em destaque a ampliação do campo de intervenção além das abordagens centradas na motricidade superando o caráter da Educação Física e a integração no processo de formação humano e do aluno dando uma visão crítica do mundo da sociedade na qual está inserida. Para tanto a Educação Física não tem a pretensão única de alcançar o condicionamento físico, mas estimular o pensar sobre a interação sujeito a realidade, num exercício de cidadania, contribuindo para a formação de pessoas críticas e participativas da sociedade, refletindo sobre as necessidades atuais de ensino superando uma visão fragmentada do homem.

CONTEÚDOS

A Disciplina de Educação Física como disciplina. Tem como conteúdos estruturantes apontados pelas diretrizes Curriculares o Esporte, Ginástica,Lutas,Dança,Jogos e Brincadeiras, os quais são definidos nestas diretrizes como conteúdos de grande amplitude,conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas relações sociais(PARANÁ,2008)

A educação Infantil e anos Iniciais do Ensino Fundamental em Nível Médio na Modalidade Normal,”foi buscar os: CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Ginástica, Esporte, Dança, Lutas, Jogos, brinquedos e brincadeiras,um projeto educativo que amplie a visão do aluno sobre a cultura corporal,as noções de corporalidade e a humanização

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das relações sociais substituindo o individualismo pela solidariedade, enfatizando a cooperação e a liberdade de expressão dos movimentos, negando a dominação e submissão do homem ”(PARANÁ,2008). A expressividade corporal: que através de conteúdos específicos permitem aflorar as diferentes manifestações corporais que se tornam essenciais quando a educação do corpo, nesta fase se constitui como alicerce do projeto educativo.

Os conteúdos sugeridos para serem trabalhado nas aulas de Educação Física apontados pelas Diretrizes Curriculares, serão abaixo descritos, sendo trabalhados na escola de acordo com as possibilidades e necessidades da comunidade escolar.

ESPORTE

Conforme as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná(2008), o esporte é entendido como uma atividade teórico prática e um fenômeno social, que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma ferramenta de aprendizado para o lazer , para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em suas relações sociais.

O Ensino do esporte deve propiciar ao aluno uma leitura de sua complexidade social, histórica e política. Busca-se um entendimento crítico das manifestações esportivas, as quais devem ser tratadas de forma ampla, isto é, desde sua condição técnica, tática, seus elementos básicos, até o sentido da competição esportiva, a expressão social e histórica e seu significado cultural como fenômeno de massa.

As modalidades citadas abaixo, serão retomadas os fundamentos básicos já vivenciados nas séries anteriores,jogo propriamente dito, noções básicas de regras e de arbitragem, organização dos jogos.

Cada conteúdo será desenvolvido de acordo com as condições físicas que a escola oferece:

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Conteúdos Específicos:

Futsal, Basquetebol, Xadrez, Handebol, Tênis de mesa, Voleibol, Atletismo,

FUTSAL:

noções básicas, os recordes os históricos das olimpíadas a possibilidade do esporte como lazer e mídia problematização desenvolvimento das atividades; vídeos; reflexão origem história, fundamentos, regras básicas Noções de primeiros socorros

BASQUETEBOL

noções básicas, os recordes os históricos das olimpíadas a possibilidade do esporte como lazer e mídia problematização desenvolvimento das atividades; vídeos; reflexão origem história, fundamentos, regras básicas

XADREZ história, regras básicas fundamentos Lenda de Sissa, movimentos das peças, jogadas Gincana cultural, social, esportiva. Noções básicas

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HANDEBOL

noções básicas, os recordes os históricos das olimpíadas a possibilidade do esporte como lazer e mídia problematização desenvolvimento das atividades; vídeos; reflexão origem história, fundamentos, regras básicas Noções de primeiros socorros

TÊNIS DE MESA

noções básicas os recordes os históricos das olimpíadas a possibilidade do esporte como lazer e mídia

VOLEIBOL

noções básicas, os recordes os históricos das olimpíadas a possibilidade do esporte como lazer e mídia problematização desenvolvimento das atividades; vídeos; reflexão origem história, fundamentos, regras básicas

GINÁSTICA

Entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo. O objetivo de ensino desse conteúdo deve ser as diferentes formas de representação das ginásticas.Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica. Serão abordados:

Noções básicas Cuidados ao executar os diversos movimentos Benefícios fisiológicos adquiridos através da prática Introduzir nas aulas, atividades de academia, aulas de alongamentos e

relaxamento Caminhada Ginástica com materiais mais variados Ginástica , alongamentos) Origens dos diferentes desafios circenses e as mais variadas atividades

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circences

DANÇA

Ao trabalhar com a dança no espaço escolar, deve tratá-la de maneira especial, considerando-a conteúdo responsável por apresentar as possibilidades de superação dos limites e das diferenças corporais.

A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizem em diferentes práticas, como nas danças típicas( nacionais e regionais),danças folclóricas, danças circulares em diferentes ritmos, entre outras.

Em situações que houver oportunidade de teorizar acerca da dança, o professor poderá aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre seus significados, criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada modalidade de dança, seja contemplada.

A dança pode se constituir numa rica experiência corporal, a qual possibilita compreender o contexto em que estamos inseridos. É a partir das experiências vividas na escola que temos a oportunidade de questionar e intervir, podendo superar os modelos pré-estabelecidos, ampliando a sensibilidade no modo de perceber o mundo.

Alguns assuntos podem ser discutidos com os alunos, como o uso exacerbado da técnica, mostrando que a dança pode ser realizada por qualquer pessoa independente dos seus limites. A dança é uma forma de libertação do ser e promove a expressão de movimentos.Os alunos vivenciarão neste conteúdo:

Construção do movimento expressivo e rítmico; Dramatização; Equilíbrio; Esquema corporal; Lateralidade; Noção-espaço-temporal; Ritmo-individual e em grupo; Noção de espaço/tempo; limites corporais; Danças populares,folclóricas; Danças circulares com ritmos variados(indígena, afro entre outros) Folclore brasileiro; Noções básicas das mais variadas culturas, dança de rua e danças criativas Origem e Histórico das danças; Contextualização da dança Criação de atividades com sequência de movimentos e gingas

JOGOS E BRINCADEIRAS

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná(2008) os jogos e brincadeiras, como Conteúdo estruturante da disciplina de Educação Física, compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.

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Pequenos e Grandes jogos(Ativos,Moderados e Calmos) Atividades Recreativas Jogos direcionados às diferentes modalidades(pré-desportivos) Jogos cooperativos Brinquedos cantados J ogos e brincadeiras populares brincadeiras e cantigas de roda jogos de tabuleiro Gincanas com Práticas culturais, esportivas, sociais com elaboração das provas

sociais, esportivas e culturais

LUTAS

Aproximação e capoeira origem das lutas e suas mudanças vivenciar jogos adaptados:ginga,esquivas, golpes, rolamentos e quedas

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A Educação Física é um componente curricular que trata pedagogicamente os temas da cultura corporal. Cabe ao professor mostrar por meio de atividades práticas e teóricas, (recortes,discussão, reflexão, problematizaçãol,construção coletiva e individual de jogos,brincadeiras e brinquedos,criação de coreografias, pesquisas), levando em conta a multiplicidade e experiências manifestas pelo corpo, através de expressões de alegria, satisfação, raiva, violência, dor, preconceito, sexualidade, dentre outras; também por meio de práticas corporais, seja do esporte, da dança, da ginástica,lutas e dos jogos, das brincadeiras e brinquedos. Investigando o aluno as várias possibilidades de interação sobre corporalidade que surge no dia a dia da cultura escolar. Relacionar estes conteúdos, incentivando a discussão, permitindo a análise e reflexão com outras áreas de conhecimento que possam colaborar para o entendimento das manifestações corporais. Produzir uma cultura escolar de Educação Física que mobilize práticas que afirmem valores e sentidos, que ampliem as possibilidades formativas, evitando forma de discriminação. Através de experiências dos alunos será orientado e analisado a organização de jogos, festivais, torneios e gincanas. Considerando a condição social e as características, o cultivo de diversas culturas corporais,com acompanhamento de pesquisas da história da cultura afro, do Paraná e complementar da preservação do meio ambiente. O desenvolvimento de suas potencialidades em relação ao universo de conhecimento destas pesquisas adquiridas, leva um pensamento mais crítico e o desenvolvimento de suas potencialidades em relação ao trabalho, o objetivo proposto de conhecimentos, dará dimensão relacional e interativa dos conteúdos: orientação, observação, experimentação, repetição, leitura, pesquisas e vídeos. A metodologia busca a ampliação de conceitos e opiniões sobre a realidade que os cerca.

AVALIAÇÃO

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As especificações da disciplina de Educação Física, a avaliação deve ter critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os progressos do aluno letivo, levando-se em consideração a avaliação formativa em comparação a avaliação tradicional (somativa),com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.

A partir da avaliação disgnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderão rever o processo desenvolvido até então identificar lacunas, bem como planejar e propor novos encaminhamentos que visem a superação das dificuldades encontradas.

Após a essa primeira avaliação o professor apresentará o conceito,a sua história,a problematização, buscando a compreensão, o envolvimento e a conscientização do aluno do conteúdo proposto.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

Devemos utilizar critérios nos conteúdos que serão trabalhados na sala de aula para conhecimento dos alunos, dentro da realidade da época,(exemplo: olimpíadas, copa do mundo, drogas, violência, qualidade de vida, meio ambiente) além de trabalhar com os conteúdos estruturantes,levando em consideração que o aluno realmente tenha aprendido e compreendido através das metodologias e instrumentos utilizados(que são os meios que o professor utiliza como por exemplo: provas, tabelas, textos, interpretação, levantamento de dados...) para avaliar a aprendizagem, assim ele demonstrará o seu conhecimento.

A avaliação caracteriza-se, nesta proposta,como elemento integrador entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha função de diagnosticar,de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as dificuldades através da realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o próprio trabalho.Para o aluno é um instrumento de tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALBERTI, Verena. História Oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1990.

AMADEO, D. G. & ZAHNSTECHER, E. Medicina del deporte: historia, orígenes, evolución.

Buenos Aires, R. Buena Forma, (7), mar. 1982.

BRACHT, Valter. "Um pouco de história para fazer história: 20 anos de CBCE. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, número especial, setembro1998.

BETTI, Mauro. Educação Física e Sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.

CANFIELD, Jefferson T. Pesquisa e Pós-Graduação em Educação Física. Educação

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física e esporte na universidade; Solange C. E. Passos,(org.) - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Física e Desportos, 1988.

CASTELLANI F°, Lino. Educação física no Brasil:a história que não se conta. Campinas, SP; Papirus, 1988.COSTA, Lamartine P Diagnóstico de educação física/desportos no Brasil. Rio de Janeiro, MEC/ IPEA, 1971.

DAOLIO, Jocimar. Educação Física Brasileira:Autores e Atores da Década de 80. Revista Brasileira de Ciências do Esporte 18(3), maio/97, p. 182-191Darido,S.C.:Rangel,I.C.A.Educação física na escola:implicações para a prática pedagógica.Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2005.

Paraná.Secretaria de Estado da Educação.Diretrizes Curriculares da Rede Pública de educação Básica do Estado do Paraná:educação física.Cutritiba,2008.

VASCONCELLOS,Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico:do projeto político-pedagógico ao cotidiano da sala de aula.5.ed.São Paulo:Editora libertad,1989.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento Religioso insere-se como patrimônio da humanidade, e em conformidade com a legislação brasileira que trata do assunto, o Ensino Religioso, em seu currículo, pressupõe promover aos educandos a oportunidade de processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, possuir o substrato religioso, de modo a colaborar com a formação da pessoa. O Ensino Religioso contribui também para superar a desigualdade ético religiosa e garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão, conforme Art. 5º. Inciso VI, Constituição brasileira. Tal fato dá-se, porém na medida que a disciplina de Ensino Religioso e o corpo docente também contribuam para que, no dia-a-dia da escola, o respeito a diversidade seja contribuído e consolidado.

Portanto, o Ensino Religioso, visa proporcionar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura que se insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de repúdios a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que todos somos portadores de singularidades.

O Ensino visa permitir os educandos refletirem e entenderem como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado. E, ainda, compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no entendimento destes elementos os educandos possam elaborar os seus saber, passando a entender a diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.

CONTEÚDO ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS:

Respeito a diversidade religiosa- Declaração universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira- respeito - a liberdade religiosa.- Direito a professor fé e liberdade de opinião e expressão.- Direito a liberdade de reunião e associação pacífica.- Direitos humanos e sua vinculação com o sagrado.Lugares Sagrados- Lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nesses locais.- Lugares na natureza – rios, lagos, montanhas, grutas.- Lugares construídos – templos, lugares sagrados.

- Textos sagrados orais e escritos - São ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes culturas religiosas expressos na literatura oral e escrita, como em contos, narrativas, poemas, orações, etc.

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- Vedas (hinduísmo). - Escrituras baha`is (fé Baha i) tradições orais africanas, afro-brasileiras e ameríndias, alcorão (islamismo).Organizações religiosas

- Os fundadores e/ ou líderes religiosos, e as estruturas hierárquicas.- Budismo (Sidarta Gautama)- Cristianismo (Jesus cristo).- Confucionismo (Confúcio).- Espiritismo (Allan Kardec).- Taoísmo( Lao-Tsé)

- Lei10639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana- Lei 11645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas- Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho com os conteúdos específicos será orientado a partir de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecimento ou pouco conhecido dos alunos, para depois serem trabalhados os conteúdos relativos às manifestações religiosas mais comuns, do universo cultural da comunidade. As tradições e manifestações religiosas mais conhecidas ou majoritárias serão objeto de estudo ao final de outras manifestações religiosas constituem novas referências para analisar-se e aprofundar-se acerca das manifestações já conhecidas ou praticadas pelos alunos e ou comunidade. Todo conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para superar o preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa. Para questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar o respeito a qualquer expressão do sagrado. E também contribuindo para construir, analisar e socializar o conhecimento religioso, para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente. Dar-se-á prioridade às produções de pesquisadores da respectiva manifestação do sagrado para evitar fontes de informação comprometidas com interesse de uma ou outra tradição religiosa. E também, o respeito direito à liberdade de consciência e à opção religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sociocultural e serão destacados os conhecimentos das bases teóricas que compõe o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas. Nas aulas de Ensino Religioso realizar-se-à atividades individuais e em grupos, com ilustrações, pesquisas, murais, revistas, textos e usar-se à diversos instrumentos tecnológicos como: Vídeos, DVD´s e outros.

AVALIAÇÃO

Apesar de não ocorrer processo de avaliação com caráter de aprovação e reprovação para registro de notas ou conceitos em documentos escolares, o professor pode através da observação averiguar o nível de assimilação dos conteúdos propostos.

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REFERÊNCIAS

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BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, 1967BRASIL, Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961.

BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL, Lei nº 9.475, de 22 de julho de 1997.

CLASTRES, P. A fala sagrada: mitos e contos sagrados dos índios guarani. Tradução Nícia Adan Bonatti. Campinas, SP: Papirus, 1990.

ELIADE, M. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

FERRATER MORA, J. F. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.

FEUERBACH, Ludwig. A essência do Cristianismo. 2ª edição, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – GEOGRAFIA

Apresentação da Disciplina

Desde a Antiguidade até os dias atuais faz-se necessário para os grupos humanos estabelecer relações com a Natureza como forma de sobrevivência e de organização. As primeiras formas de perceber o mundo ao seu redor foram através da observação e descrição da paisagem em que estavam inseridos. Esses conhecimentos permitiram às sociedades relacionarem-se com a Natureza e modificá-la em benefício próprio. Na antiguidade Oriental, diversas civilizações contribuíram para a evolução do pensamento geográfico. Os conhecimentos agrícolas e de regimes fluviais, assim como a atividade comercial, impulsionaram os estudos geográficos, o conhecimento e a exploração do mundo conhecido. Na Antiguidade Clássica houve um grande avanço na elaboração dos saberes geográficos com relação à natureza, às questões interligadas às relações sociais. Houve um estudo voltado à duas vertentes: A Geografia , ligada à Cartografia e às observações astronômicas; e a Geografia Descritiva. Durante a Idade Média, devido o contexto religioso, o conhecimento geográfico foi influenciado pela visão de mundo imposta pela estrutura religiosa e pelo interesse comercial. Já na Idade Moderna, o conhecimento geográfico teve um grande avanço através do aprofundamento das descobertas astronômicas, a invenção da imprensa, uso do papel, uso da bússola; havia uma grande preocupação sobre os territórios coloniais, suas riquezas naturais e seus aspectos humanos.Nesse período os temas geográficos passaram a fazer parte do método científico. Até o século XIX não havia a sistematização da ciência geográfica; somente com Alexandre von Humboldt e Karl Ritter é que a Geografia é sistematizada, institucionalizada e considerada científica. O desenvolvimento dessa nova ciência está ligado ao interesse das potências econômicas de dar sustentação à sua postura expansionista, característica do imperialismo. A sistematização da Geografia, como nova ciência, na qual a síntese de informações de outros campos da ciência foi fundamental, não é fruto apenas de necessidade técnica de se obter informações sobre áreas onde o capitalismo atuaria, mas também de permitir a sustentação ideológica de nações emergentes, como a Alemanha. Os movimentos iniciais da Ciência Geográfica passam pelo contexto da escola Determinista e Possibilista. A Escola Determinista, Ambientalista ou Ecologia encontra em Frederic Ratzel, geógrafo alemão, o seu fundador (1882), que desenvolveu à seguinte concepção o conceito de espaço vital. A Escola Possibilista de Vidal de La Blache apresenta a teoria com relação ao meio: o meio não determina os rumos seguidos pelas comunidades e sociedades, mas apenas fornece as possibilidades que cada uma das sociedades utiliza conforme os seus níveis tecnológicos e padrões culturais. Todas as ciências sociais, inclusive a Geografia, foram influenciadas pela proposta positivista. Os temas não tratados pela Geografia Tradicional passam a ser abordados pela geografia contemporânea, através da Geografia Humanística, da Geografia da Percepção e da nova Geografia Cultural. Na Geografia Tradicional o marxismo teve menos influencia que o positivismo. A influência marxista só se consolidará a partir de 1960, através da Geografia Radical ou

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Crítica. No Brasil, até as décadas 60/70 a Geografia acadêmica e a escolar foram marcadas por um conjunto de conhecimentos que forneciam elementos para a descrição do mundo. Assim, a observação e a descrição da paisagem marcaram grande parte da produção que fez parte da chamada Geografia Tradicional, que tinha como base metodológica o positivismo. Na escola, a memorização de conhecimentos “enciclopédicos” era a principal habilidade requerida para alcançar boas notas em Geografia, tornando-a uma disciplina “decorativa” e desinteressante. No pós-guerra iniciou-se um movimento de renovação da Geografia que se dividiu em duas vertentes: a Geografia Pragmática e a Geografia Crítica. A chamada Geografia Pragmática ou Quantitativa teve maior influência sobre as pesquisas que sobre o ensino. No Brasil, desenvolveu-se sob a denominação de Geografia Teorética, caracterizada principalmente pelo uso de técnicas estatísticas e matemáticas e modelos de representação no trato dos temas geográficos. As críticas a essa Geografia se basearam no exagero na quantificação e maior importância às técnicas do que aos fins a serem atingidos; com grande preocupação com as técnicas de planejamento. Assim, a Geografia ficava alheia aos problemas sociais e à agressão ao meio ambiente, por exemplo. De acordo com Antonio Carlos Robert Moraes, a corrente Pragmática consistiu numa renovação conservadora da Geografia:“Nessa atualização do discurso burguês a respeito do espaço, que se poderia chamar de renovação conservadora da Geografia, ocorre a passagem, ao nível dessa disciplina, do positivismo clássico para o neopositivismo. Troca-se o empirismo da observação direta (do ‘ater-se aos fatos’ ou dos ‘levantamentos dos aspectos visíveis’) por um empirismo mais abstrato, dos dados filtrados pela estatística (das ‘médias, variâncias e tendências’)”. A outra vertente do movimento de renovação da Geografia se convencionou chamar de Geografia Crítica, ou Radical, que tinha como base teórica o materialismo histórico e dialético. Entre outros aspectos, esta corrente da Geografia trouxe uma preocupação com as injustiças sociais e com os problemas político-ideológicos propondo uma Geografia militante, que lutasse por uma sociedade mais justa. A Geografia Crítica (chamada por alguns de Geografia Marxista) assumiu inteiramente um discurso político explícito, mostrando que não bastava explicar e descrever o mundo, mas havia a necessidade de transformá-lo. Na Geografia escolar essa corrente influenciou principalmente documentos curriculares oficiais, como a “Proposta curricular para o ensino de geografia”, da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, a chamada Geografia Crítica ficou muito marcada por um discurso retórico, sem alcançar a prática dos professores. Este mesmo documento faz críticas a esta corrente e à Geografia Tradicional, comparando-as: “Tanto a Geografia Tradicional quanto a Geografia Marxista militante negligenciaram a dimensão sensível de perceber o mundo: o cientificismo positivista da geografia Tradicional, por negar ao homem a possibilidade de um conhecimento que passasse pela subjetividade do imaginário; o marxismo ortodoxo e militante do professor, por tachar de idealismo alienante qualquer explicação subjetiva e afetiva da relação da sociedade com a natureza que não priorizasse a luta de classes.” A corrente Humanística ou da Percepção também influenciou a Geografia. Ela se diferencia das demais correntes por se preocupar em verificar a apreensão da essência, pela percepção e pela intuição. Sua base é a fenomenologia, caracterizada por utilizar fundamentalmente a experiência vivida e adquirida pelo indivíduo. Segundo Yi Fu Tuan, a Geografia Humanística procura um entendimento do mundo a partir do estudo das

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relações do homem com a natureza, bem como dos seus sentimentos e idéias a respeito do espaço e do lugar. A proposta curricular da disciplina de geografia, tem como objetivo, estabelecer relações entre os conteúdos específicos e estruturantes, básicos contemplando o objeto de estudo da disciplina, sendo o homem e o meio em que vive e sua ação.

A geografia busca em outras áreas a fins, explicações para a compreensão das ações realizadas pela humanidade, no meio em que está inserido.

Muitas foram e são as propostas curriculares para o ensino da geografia, métodos e técnicas, que promovam o ensino aprendizagem, mas devemos levar em consideração a realidade de cada clientela, suas experiências,outro ponto a ser observado e de grande relevância; a geografia não é estática, ela se modifica a cada dia, pois as ações do homem interferem diretamente na natureza, tornando-se responsável pela conservação ou destruição da mesma.

Muito mais importante, que repassar conteúdo aos educandos, é levá-los a entender que cada um que vive nesse planeta tem como missão cuidar, pois quem cuida tem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos Estruturantes da Geografia para Educação Básica, considerando que seu objeto de estudo/ensino é o espaço geográfico. Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a partir das quais os conteúdos específicos devem ser abordados. Como construtores atrelados a uma concepção crítica de educação, os conteúdos estruturantes da Geografia devem considerar, em sua abordagem teórico-metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas, analisadas em função das transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que marcam o atual período histórico. Embora ultrapassem o campo da pesquisa geográfica e perpassem outras áreas do conhecimento, tais conteúdos são constitutivos da disciplina de Geografia, porque demarcam e articulam o que é próprio do conhecimento geográfico escolar. Essa especificidade geográfica é alcançada quando os conteúdos são espacializados. Nestas Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes da Geografia são:Dimensão econômica do espaço geográfico;Dimensão política do espaço geográfico;Dimensão socioambiental do espaço geográfico; eDimensão cultural e demográfica do espaço geográfico. Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratadospedagogicamente a partir das categorias de análise – relações espaço-temporais e relações sociedade-natureza – e do quadro conceitual de referência. Por meio dessa abordagem, pretende-se que o aluno compreenda os conceitos geográficos e o objeto de estudo da Geografia em suas amplas e complexas relações. Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos, por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias dos quatro conteúdos estruturantes.

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A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdoespecífico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante, ora de outro.Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicitada pelo professor para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não se separam. ( DCEs-Secretaria Educação). CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5ª série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão socioambiental do espaço geográficoDimensão econômica do espaço geográfico

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º BimestrePaisagem, espaço e lugar.Orientação no espaço geográfico.Localização no espaço geográfico.Representações gráficas.Origem da Terra.Fusos horários.

2º BimestreOs continentes.Ilhas oceânicas.Formas de relevo terrestre.Bacias hidrográficas.

3º Bimestre

Dinâmica climática da Terra.Climas mundiais.Formações vegetais do planeta Terra e do Brasil.Espaço rural e urbano. Paisagens rurais e urbanas.Principais problemas rurais e urbanos no mundo e no Brasil.

4º BimestreAtividades econômicas e a exploração dos recursos naturais.Extrativismo.Agricultura.Pecuária.A geografia das indústrias, do comércio, da prestação de serviços.

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6ª série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão socioambiental do espaço geográficoDimensão econômica do espaço geográficoDimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º BimestreConceitos: região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar.Localização e linguagem cartográfica.Divisão regional.

2ºBimestre

Região Norte: aspectos físicos, sociais, econômicos.

3º Bimestre

Região Nordeste: aspectos físicos, sociais, econômicos. Sub-regiões.Região Sudeste: aspectos físicos, sociais, econômicos. 4º Bimestre

Região Sul: aspectos físicos, sociais, econômicos.Região Centro-oeste: aspectos físicos, sociais, econômicos. Impactos Ambientais.

7ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão socioambiental do espaço geográficoDimensão econômica do espaço geográficoDimensão cultural e demográfica do espaço geográficoDimensão política do espaço geográfico

CONTÉUDOS ESPECÍFICOS

1º Bimestre

Regionalização do Espaço: Capitalismo e Socialismo; Países desenvolvidos e subdesenvolvidos.Economia Mundial.Blocos Econômicos.Linguagem cartográfica.

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2º Bimestre

Regionalização do continente americano: localização; formação histórica; aspectos históricos, físicos e humanos.

3º Bimestre

América do Norte:Estados Unidos, Canadá e México.Aspectos econômicos, culturais, físicos e sociais.

América Central:Aspectos econômicos, culturais, físicos e sociais.

4º Bimestre

América do Sul:Aspectos econômicos, culturais, físicos e sociais.

Brasil no contexto geopolítico e a economia globalizada.

8ª Série

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão socioambiental do espaço geográficoDimensão econômica do espaço geográficoDimensão cultural e demográfica do espaço geográficoDimensão política do espaço geográfico

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º Bimestre

Conceitos: Estado, território e nação.Grandes guerras e a Guerra Fria.Conflitos atuais: razões e focos.Terrorismo.Globalização e as Organizações Mundiais.

2º Bimestre

Europa: aspectos regionais, demográficos, culturais e econômicos.

3º Bimestre

Ásia: Aspectos regionais.

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Aspectos demográficos. Aspectos culturais e econômicos.Grandes potências asiáticas: China, Rússia, Índia, Japão, Tigres Asiáticos.

4º Bimestre

África: Quadro natural e regional. Aspectos econômicos. Do imperialismo à globalização: causas e conseqüências.

Oceania e as regiões polares: Questões sócio-ambientais, econômicas, demográfico-culturais.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia de ensino proposta nestas Diretrizes deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos nestas diretrizes. O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais doconhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente,mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação (CAVALCANTI, 1998). No ensino de Geografia tal abordagem deve considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento científico no sentido de superar o senso comum. Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado, recomenda-se que o professor crie uma situação problema, instigante e provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o conhecimento. Por isso, deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, de modo que se torne sujeito do seu processo de aprendizagem (VASCONCELOS, 1993). Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em sala de aula é a contextualização do conteúdo. Na perspectiva teórica destas Diretrizes, contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas e culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas. Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares as ferramentas teóricas próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do conteúdo em estudo, de modo que o aluno perceba que o conhecimento sobre esse assunto ultrapasse os campos de estudo das diversas disciplinas, mas que cada uma delas tem um foco de análise próprio. A considerar esses pressupostos metodológicos, o professor organiza o processo de ensino de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise do espaço geográfico e formem os conceitos dessa disciplina de maneira cada vez mais rica e complexa. O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a

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aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica. Compreender as desigualdades sociais e espaciais é uma das grandes tarefas dos geógrafos educadores para que a nossa ciência instrumentalize as pessoas a uma leitura mais crítica e menos ingênua do mundo, que desemboque numa maior participação política dos cidadãos a fim de que possamos ajudar a construir um espaço mais justo e um homem mais solidário [...] (KAERCHER, 1999, p. 174).

AVALIAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que aavaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e contínua. A avaliação tem o papel apenas de verificar os resultados obtidos dos conteúdos trabalhados e documentar o desempenho escolar, constituindo-se em um fim em si mesma. A avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educador e o educando na sua viagem de crescimento, e a escola na sua responsabilidade social. Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usa instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de texto, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas, relatório de aula de campo, análise de maquetes, entre outros. Na Geografia, os principais critérios a serem observados na avaliação são a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio-espaciais. O professor deve observar, então, se os alunos compreendem e utilizam os conceitos geográficos e as relações espaço-tempo e sociedade-natureza para a compreensão do espaço nas diversas escalas geográficas. É necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para os alunos. A avaliação contínua é realizada em sala de aula, através de 1eituras, atividades orais e escritas, pesquisas, confecção de mapas, provas,atividades do livro didático, filmes.

Recuperação

As atividades de recuperação serão sempre contínuas, com retomadas dos assuntos tratados e esclarecimentos de dúvidas, de forma que a produção construída possa ser reelaborada com vista à alcançar as competências e as habilidades da disciplina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, M. C. de Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.BARBOSA, J. L. A arte de representar como reconhecimento do mundo: o espaço geográfico, o cinema e o imaginário social. UFF, Geographia, ano II, n. 3, 2000.

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BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado. In:CARLOS, A. F. A. (Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

BRASIL, Secretaria dse Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2002.

BRASIL, Secretaria de Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.CALAI H.C. O Ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In CASTROGIOVANNI,

A. C. et all (org). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre; ed. da UFRGS/AGB, 2003.

CARLOS, A.F.A. (org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.

MENDONÇA, F.; KOZEL, S. (Orgs.) Elementos de epistemologia da Geografia contemporânea. Curitiba: Ed. da UFPR, 2002.MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. Terra Livre, nº 16, p. 113, 2001.

MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec, 1987.

NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade: ensaios sobre a metodologia das Ciências Sociais. São Paulo: Brasiliense, 1986.

PENTEADO, H. D. Metodologia do ensino de história e Geografia. São Paulo: Cortez,1994.

PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1993.

PONTUSCHKA, N. N.; OLIVEIRA, A. U. de Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002.

ROCHA, G. O. R. da Uma breve história da formação do(a) professor (a) de SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec,1996.

SANTOS, M. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.

SCHAFFER, N. O. Guia de percurso urbano. In: CASTROGIOVANNI, A. C. (org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999.

SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In:CASTRO, I. E. et. al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand,Brasil, 1995.

SPOSITO, M. E. B. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino de Geografia: pontos e contra pontos para uma análise. In: CARLOS, A. N. F.; OLIVEIRA, A. U. Reformas no

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mundo da educação: parâmetros curriculares e Geografia. São Paulo: Contexto, 1999.

VASCONCELOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo:VESENTINI, J. W. Para uma geografia crítica na escola. São Paulo: Ática, 1992.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de História como disciplina se apresenta como eixo necessário para a complexa visão de mundo onde o ser humano está inserido. O ensino de História pretende contribuir para a formação intelectual e afetiva do aluno, levando-o a discernir, apreciar, julgar e raciocinar. Estimular o desenvolvimento da reflexão e do senso crítico. Torna-se necessário encarar esta ciência como um instrumento para se refletir como a realidade social é produzida, através do tempo e em diferentes espaços, por meio de lutas, tensões, contradições, transformações e permanências (Maier. 1984, p. 86). O passado deixa, portanto de ser algo morto, pois está na base, seja do hoje, seja do amanhã. Para isso contribui o grande educador Paulo Freire (1981, p.29, ao considerar que “fazer a histórica significa estar presente e não simplesmente, estar representado.

Os alunos deverão ser capazes de:Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas e políticas, reconhecendo diferenças e semelhanças entre eles;

Reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas presentes em sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes no tempo e no espaço;

Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a como um direito dos povos e indivíduos e como elemento de fortalecimento da democracia;

O ensino de História precisa contribuir, de maneira a capacitar o estudante a entender o processo social em que está inserido a tomar posições no complexo quadro de disputas e interesses sociais atuais, tornando-se algo vivo, dinâmico e interessante, capaz de contribuir para a formação de um cidadão ativo, solidário e participativo num mundo globalizado e em permanente mudança.

A História é um processo evolutivo, complexo, polêmico, dinâmico que nos remete aventuras passadas, que se engrenem no presente para nos completar no futuro. Deixando de ser caracterizada, essencialmente, como “ciência do passado”, a História deixa também, de ser detentora de verdades universais e definitivas. O objetivo do ensino de História não visa ao conhecimento de toda a História, em todos os tempos, mas sim deve ser capaz de levar o aluno a refletir sobre qualquer momento na História como analista crítico, compreender sua própria realidade e ser capaz de ter atitudes transformadoras e inovadoras.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho - analisa se o trabalho humano é tratado em suas especificidades em cada contexto histórico, superando a explicação do passado por meio de relações de

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causas e consequências.

Relações de poder - o poder não apresenta forma de coisa ou objeto, mas se manifesta como relações sociais e ideológicas estabelecidas entre aquele que exerce e aquele que

se submete, existindo assim a relação de poder.Relações culturais – contempla a multiplicidade e complexidade do fenômeno cultural, utilizando para tanto conceitos como: prática, representação, apropriação, circularidade cultural e experiência.

CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª Série

Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias.

A experiência Humana no Tempo:

- A memória local e da humanidadeO tempo – as percepções do tempo histórico (temporalidades e periodizações)Memórias, e fontes históricas (documentos familiares e locais)Os vestígios humanos – Patrimônios históricos (museus, arquivos, monumentos, espaços públicos, sagrados)- As sociedades indígenas, agrárias e industriais – formas de periodização por dinastias, eras períodos- O processo histórico – o jovem e suas relações com a sociedade no tempo (família, amizade, lazer, esporte, cidade, pais, estado, mundo)

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo

- Os povos indígenas - sua cultura na história do Paraná e do Brasil – Tupis-guaranis, xetás, xoklengs.- As primeiras civilizações da humanidade na áfrica – diversidade cultural na sua expansão – as teorias sobre seu aparecimento- As sociedades comunitárias, matriarcais, patriarcais.- Os diversos significados das crianças jovens e idosos nas sociedades históricas- Os povos africanos, sua influência cultural no Brasil e no Paraná.

As culturas locais e a cultura comum

- Os povos indígenas paranaenses – mitos, rituais, lendas- As manifestações populares no Paraná – a congada, fandango, cantos, festividades religiosas.- A produções artística e científica no Paraná- O pensamento científico: a antiguidade grega- Europa moderna e a formação da arte moderna – as relações entre cultura oral e cultura escrita – as narrativas históricas.

CONTEÚDOS BÁSICOS – 6ª Série

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A Constituição histórica dos mundos rural e urbano e a formação da propriedade em diferentes tempos e espaços.

As relações de propriedade – coletiva, pública e privada

- Os povos indígenas, as comunidades quilombolas, ribeirinhas no Paraná – a família, o espaço privado – a sociedade patriarcal brasileira- A constituição do espaço público da antiguidade na polis grega e na sociedade romana- a reforma agrária na antiguidade greco-romana- A propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas- A constituição do latifúndio na América portuguesa – Brasil Imperial e republicano. As reservas naturais e indígenas no Brasil – a reforma agrária no Brasil – a propriedade da terra nos assentamentos.

A Constituição Histórica do mundo do campo e do mundo da cidade

O local e o Brasil- As primeiras cidades brasileiras- formação das vilas e das câmaras Municipais- O engenho colonial - a conquista do sertão- As missões jesuíticas- A Belle Époque tropical- Modernização das cidades - as cidades africanas e pré-colombianas

A relação com o mundo- As cidades na antiguidade oriental e nas sociedades antigas clássicasA ruralização do Império Romano e transição para o feudalismo europeu – a constituição dos feudos (Europa Ocidental, Japão e sociedades da África meridional) e glebas servis (Europa Ocidental).- As transformações no feudalismo europeu – o crescimento comercial e urbanístico.

As relações entre o campo e a cidade

O local e o Brasil- As cidades mineradoras- As cidades e o tropeirismo no Paraná- Os engenhos da erva-mate no litoral e no primeiro planalto

As relações com o Mundo- As relações entre o campo e as cidades no Oriente- As feiras medievais – o Comércio com o Oriente- Os cercamentos na Inglaterra moderna- O início da Industrialização na Europa- A reforma agrária na América Latina no século XX

Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade

O local e o Brasil

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- A relação entre senhores e escravos- O sincretismo religioso (formas de resistência afro-brasileira)- As cidades e as doenças- A aquisição da terra e da casa própria- Os movimentos pela terra – MST e outros- Os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos XIX ao século XXI.

As relações com o mundo- A peste negra e as revoltas camponesas- As culturas teocêntrica e antropocêntrica- As manifestações culturais na América Latina, África e Ásia- As resistência no campo e nas cidades da América Latina e continente africano.- A história das mulheres orientais, africanas e as conquistas das mulheres na Europa Ocidental e EUA nos anos 60.

CONTEÚDOS BÁSICOS –7ª Série

O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA

HISTÓRIA DAS RELAÇÕES DA HUMANIDADE COM O TRABALHOO Local e o Brasil- O trabalho nas sociedades indígenas- Sociedade Patriarcal e escravocrata- Mocambos/Quilombos

A relação com o mundo- A historia do trabalho nas primeiras sociedades humanas- O trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita- O trabalho assalariado

O TRABALHO E A VIDA EM SOCIEDADEO local e o Brasil- A desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império- A busca pela cidadania

A relação com o mundo- Os significados do trabalho na Antiguidade Oriental e Antiguidade Clássica

O TRABALHO E AS CONTRADIÇÕES DA MODERNIDADEO local e o Brasil- A desvalorização do trabalho- Latifúndio no Paraná e no Brasil- A vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e nas cidades

A relação com o mundo- A produção e a organização social capitalista- A ética moral capitalista

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OS TRABALHADORES E AS CONQUISTAS DE DIREITOO local e o Brasil- O movimento sufragista feminino- A discriminação racial e linguística(o caipira no contexto do capital)- As congadas como resistência cultural- A consciência negra e o combate ao racismo- Movimentos sociais e emancipacionistas: Paraná e Brasil- Guerra do Contestado

A relação com o Mundo- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão- O Luddismo- Movimentos operários: anarquismo e comunismo- A constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadores

CONTEÚDOS BÁSICOS –8ª Série

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA – A FORMAÇÃO DO ESTADO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

- A FORMAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS: Políticas, econômicas, religiosas, culturais

O local e o Brasil- A formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasil- A Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América Portuguesa- As irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América Portuguesa- O surgimentos dos cartórios; hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus, arquivos, escolas e universidades no Brasil- As associações e clubes esportivos no Brasil

A relação com o mundo- A instituição da Igreja no Império Romano- As ordens religiosas católicas- As guildas e as corporações de ofício na Europa Medieval- O surgimentos dos bancos, escolas e universidades medievais- A Organização do poder entre os povos africanos- A formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidente- O surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais(FMI/ONU/OMC/OPEP/FIFA, etc)

- A FORMAÇÃO DO ESTADO: A monarquia, a república (aristocracia, ditadura e democracia), os poderes do EstadoO Local e o Brasil- As relações entre o poder local e o Governo geral na América Portuguesa- Os quilombos na América Portuguesa e no Brasil Imperial- A formação do Estado-Nação brasileira- As constituições do Brasil imperial e republicano- A instituição da república no Brasil: ditadura e democracia- Os poderes do Estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário

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- As empresas públicas brasileiras- A constituição do Mercosul- Brasil Contemporâneo

A relação com o mundo- O surgimento da monarquia nas sociedades da Antiguidade no Crescente Fértil- A monarquia e a nobreza na Europa Medieval- A formação dos reinos africanos- Absolutismo na Europa- A constituição da república no Ocidente- O imperialismo no século XIX- A formação dos Estados Nacionais nos séculos XIX a XXI: ditaduras e democracia- A constituição dos Estados Socialistas e dos Estados de Bem-Estar social- A formação dos blocos econômicos- Aquecimento Global

- SUJEITOS, GUERRAS E REVOLUÇÕES- Os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos, as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas), guerras locais e guerra mundiais

O local e o Brasil- As guerras e revoltas indígenas e quilombos na América Portuguesa e no Brasil Imperial- As revoltas republicanas na América Portuguesa- As revoltas sociais no Brasil Imperial e republicano- As Guerras Cisplatina e do Paraguai- Os movimentos republicano e abolicionista no Brasil Imperial- O movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil- O Brasil nas Guerras Mundiais- Os movimentos pela redemocratização do Brasil (carestia, feministas, etno-raciais e estudantis)

A relação com o mundo- As revoltas democráticas nas polis gregas- As revoltas plebeias, escravas e camponesas na república romana- As heresias medievais- As guerras feudais na Europa Ocidental e as Cruzadas- As revoltas religiosas na Europa Moderna- A conquista e colonização da América pelos povos europeus- As revoluções modernas- Os movimentos nacionalistas- As Guerras Mundiais- As revoluções socialistas no século XX- As guerras de independência das nações africanas e asiáticas- Os movimentos camponeses latino-americanos e asiáticos

METODOLOGIA

Os encaminhamentos metodológicos serão realizados através de aulas expositivas, resumos de conteúdos, utilizando-se de leitura e interpretação de textos,

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utilização do livro didático, debates, recortes de filmes, mapas, imagens, livros, recortes de jornais e revistas, documentos históricos, canções, produções artísticas relacionadas aos temas trabalhados. Também pretende-se utilizar os diversos recursos de informática, TV pen-drive, pesquisas na internet, utilização do laboratório de informática, levando os alunos a uma maior interação com os diversos acontecimentos, passados e contemporâneos.

O trabalho sobre Cultura Afro será embasado nos Cadernos Temáticos, mostrando aos alunos a importância do negro na formação econômica, cultural e social do Brasil e Paraná, proporcionando assim o desenvolvimento de uma consciência crítica em relação à discriminação do negro em nossa sociedade.

Procurar-se-á ter em mente no processo educativo o estímulo à convivência entre praticas culturais diferentes, formando pessoas capazes de conviver de forma respeitosa. Pessoas capazes de respeitar a diferença do outro, que percebam a riqueza que a diversidade nos apresenta.

Mostrar aos alunos a ideia vinculada na escola de um Brasil sem diferenças, formado originalmente pelas três raças – o índio, o branco e o negro, ressaltando aimportância e a necessidade da desconstrução social do preconceito e da discriminação racial que são atribuídos à população negra.

Procurar suscitar reflexões sobre as representações sociais negativas colocadas a população negra por meio de estigmas e estereótipos, abordando particularmente a questão da educação étnico-racial no espaço escolar a partir da Lei Federal No 10.639 de 09 de janeiro de 2003.

Procurar levar os alunos a desconstrução da visão ideológica negativa com que são vistos os africanos e seus descendentes e que foi construída ao longo desses cinco séculos no Brasil.

Como Rachel Oliveira diz: “É possível abrir espaço para práticas pedagógicas que mostrem o mundo além do imaginário europeu. Corrigir equívocos históricos, que reforçam preconceitos no sistema educacional pela generalizada falta deinformação sobre a questão racial e sobre o que é discriminação.

Corrigir os erros que produzem baixas na auto-estima da criança negra,reforçada por atividades educacionais como a utilização de músicas e ditados pejorativos considerados “folclóricos” e, principalmente,desconstruir o mito da democracia racial brasileira”.

Procurar ressaltar positivamente durante as aulas a efetiva participação do povo negro no processo histórico brasileiro, levantando a bandeira de combate ao racismo e às discriminações que atingem em particular a população negra, afro-brasileira ou afro-descendente.

Com relação a História do Paraná será utilizado os diversos livros que estão disponibilizados na Biblioteca da Escola, desenvolvendo atividades que façam um paralelo entre as diversas culturas e etnias que compõem a miscigenação cultural do Estado.

Em relação a lei 6795 - Meio Ambiente - Não se trata simplesmente de preservar o equilíbrio dinâmico dos ambientes vitais, com a regeneração de ecossistemas degradados pela ambição humana e pelo processo de industrialização. O planeta Terra precisa de uma ética ecológica, que re-eduque o ser humano (alunos) a conviver com a natureza e a relacionar-se fraternalmente com ela, sentindo-se parte dela, pois o efeito final da devastação e do uso avassalador dos recursos naturais resulta na baixa qualidade de vida humana.

Procurar desenvolver um diálogo interpretativo a partir das distintas leituras da realidade vivenciada, da enunciação do futuro desejado e da formulação das distintas

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propostas, projetos, ações, estudos para enfrentar problemáticas (dentro do marco da complexidade) e para buscar o futuro desejado.

AVALIAÇÃO

A avaliação ao longo do período abrangerá as diversas formas: ora diagnóstica, ora formativa e em determinados momentos somativa. Será de forma diversificada e contínua, clareando os desafios que devem ser vencidos e as diversas possibilidades de fazê-lo, criando condições para o educando aprender de sua melhor forma, podendo ser retomadas e reorganizadas ao longo do período letivo. Será realizada através de diversas atividades como: produção de textos, leitura e compreensão de texto, documentos históricos, poesias, fotos, gráficos, imagens, músicas, mapas, elaboração de painéis e história em quadrinhos, confecção de maquetes, entrevistas, debates, oficinas, atividades de fixação, avaliação escrita, entre outras. As atividades de recuperação serão sempre contínuas, com retomada dos assuntos tratados e esclarecimento de dúvidas, de forma que a produção construída possa ser reelaborada com vista a alcançar as competências e as habilidades da disciplina.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares para o Ensino de História nas anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino MédioSites da InternetLivro Didático - Projeto Araribá - Editora ModernaMapasFilmesJornaisCardoso, Ciro Flamarion. DiversosDA COSTA, Emilia Viotti. Da Senzala à colônia. São Paulo, Difel, 1966HOBSBAWN, Eric J. A era das Revoluções. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1996.HOLANDA, Sérgio Buarque de, org. Historia Geral da Civilização Brasileira. São Paulo, Difel, 1973.Cadernos TemáticosLivros de História do Paraná

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESAAPRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Levando-se em consideração o prescrito do artigo 5º da Constituição Brasileira que “garante a todos os brasileiros o direito à vida, à igualdade, à segurança e à propriedade...”, sabemos que esse mesmo artigo não se faz cumprir em todo o território brasileiro, pois há uma relevante disparidade entre o proposto pela lei e a realidade do cotidiano vivido pela sociedade, inclusive no âmbito escolar.

Cabe à escola, portanto, tornar essa disparidade menos acentuada, com ênfase nos processos educativos e, principalmente, nas aulas de Língua Portuguesa que é a língua materna de todo cidadão brasileiro. É através desse vínculo com sua língua materna que o aluno precisa encontrar para si um espaço que lhe permite uma maior interação nessa sociedade democrática em que vive, com a garantia de atuar criticamente e democraticamente.

Para obter êxito nessa interação, a escola deve possibilitar aos seus alunos uma ampla participação em diferentes práticas sociais onde, utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, visando a inserção do indivíduo como atuante nas diversas esferas da sociedade.

Historicamente, percebia-se uma notável evidência na constituição da escola e do ensino no Brasil, o qual tinha um acesso restrito a estrutura social, sendo destinado somente a elite colonial.

As práticas pedagógicas eram embasadas no ensino do latim, visando apenas “aparências”, priorizando-se uma não-pedagogia, estabelecendo no cotidiano uma repressão para incluir a obediência e a fé ao rei e a lei.

O ensino da língua portuguesa limitava-se às escolas de ler e escrever, que eram mantidas pelos jesuítas, e foi somente nas últimas décadas do século XIX que a disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros, privilegiando-se as disciplinas clássicas, mantendo sua característica elitista até meados dos séculos XX, quando se iniciou no Brasil, um processo de expansão do ensino público, incluindo, entre outras ações, a ampliação de vagas e eliminando os exames de admissão.

Houve, então, uma necessidade de propostas pedagógicas, levando em conta as novas necessidades trazidas pelos alunos falantes de variedades do português muito distante do modelo tradicional, dentre elas, registros linguísticos e padrões diferentes.

As propostas dentro das DCES requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas práticas ou pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas viáveis para superação do trabalho pedagógico.

OBJETIVOS

A proposta das DCEs dá ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado quando se abordar o Conteúdo Estruturante da disciplina.

Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na

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escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos, a fim de constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos estudantes.

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:− empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

− desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção;

− analisar os textos produzidos, lidos e?ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

− aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;

− aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURA

Identificação do temaInterpretação textual observando: conteúdo temáticointerlocutoresfonteintertextualidadeinformatividadeintencionalidademarcas linguísticasIdentificação do argumento principal e dos argumentos secundáriosInferênciasCompreensão do texto de forma global e não fragmentadaUtilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivosReconhecimento e importância dos elementos coesivos e marcadores do discurso para a progressão textual e coerência do texto

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ORALIDADE

- Adequação ao evento da fala; casual, espontâneo, profissional ou institucional:

- Reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua, dados os ambientes discursivos;

- Relatos de história formal e informal, observando entonação, ritmo, dicção

- e sequência lógica de ideias;- Intencionalidade do texto;- Particularidades de pronúncia de algumas palavras;- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

ESCRITA

- Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;- Argumentação;- Paragrafação;- de ideias;

- Refacção textual; - Relevância do interlocutor na produção de texto;

- Adequação ao nível de linguagem ou da norma padrão;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

O professor de Língua Portuguesa precisa desenvolver no aluno o domínio da oralidade, da leitura e da escrita para que os mesmos possam compreender e interferir no meio em que vivem.

O educando precisa ter uma visão crítica sobre as diversas variedades linguísticas, compreender e entender o uso da linguagem padrão nos diversos aspectos sociais, políticos e econômicos, pois isso possibilitará o entendimento dos diversos tipos de textos presentes no seu dia-a-dia.

NA LEITURA: − Práticas de leitura de textos variados de diferentes gêneros;− Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;− Inferência de informações implícitas e explícitas no texto;− Utilização de materiais gráficos diversos( fotos, gráficos, quadrinhos) para

interpretação de textos);− Discussão sobre a finalidade dos diferentes tipos de textos;− Relato de experiências significativas relacionadas ao assunto do texto;− Leitura de textos variados para posterior relação dialógica;

NA ORALIDADE:

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- Apresentação de textos apresentados pelos alunos;- Contação de histórias;- Narração de fatos reais ou fictícios;- Seleção de diferentes tipos de discurso como:entrevistas, cenas de desenhos,

reportagens ,etc. - Análise dos recursos próprios da oralidade;

NA ESCRITA:

− Discussão sobre o tema a ser produzido;− Seleção do gênero, finalidade, interlocutores;− Orientação sobre o contexto social do uso do gênero trabalhado;− Produção textual;− Revisão textual;− Reestrutura e reescrita textual;

NA ANÁLISE LINGUÍSTICAS:

− Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir de diferentes tipos de textos, de textos produzidos pelos alunos e estudo das dificuldades apresentadas pelos alunos;

− Organizar os conteúdos em atividades sequenciadas para trabalhar o aspecto selecionado, procurando assegurar sua aprendizagem nas atividades:

− Leitura, interpretação e análise de imagens e filmes;− Exposição de trabalhos;− Realização de trabalhos e debates;− Estudo de diferentes tipos de texto;− Realização de pesquisas sobre conteúdos diversificados;− Indicação de leituras extra classe;

PRÁTICAS DA ORALIDADE

A fala é a prática discursiva mais usada no dia-a-dia das pessoas. Sendo assim as práticas orais precisam dar condições aos alunos de se expressarem com fluência nos diversos meios que ele convive.

A escola precisa possibilitar ao aluno o domínio da norma padrão, mas não desprezar os variantes linguísticos presentes na sociedade.

Algumas das atividades ajudam a desenvolver a oralidade, como: dramatizações, debates, seminários, declamação de poemas, contação de histórias e outras atividades que possibilitem desenvolver a argumentação.

Durante as atividades o professor deve observar e orientar os alunos sobre a postura diante dos colegas, argumentação diante do tema proposto, a adequação da linguagem ao contexto, uso de gírias e repetições.

O trabalho com os gêneros orais possibilita o aluno o aprimoramento da argumentação e a segurança ao expressarem suas ideias com fluência e desenvoltura.

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PRÁTICA DA ESCRITA

O domínio da escrita leva o aluno a interagir com o meio em que vive, pois vivemos cercados de diferentes tipos textuais. Nesse contexto é necessário apresentar aos alunos diferentes tipos de textos que circulam no cotidiano como: convite, cartas, contos, relatos de experiências, notícias, resumos, poemas, ofícios, receitas e toda a diversidade textual presentes no dia-a-dia.

No percurso da produção de texto pode ser apresentado ao aluno o tema proposto, promover debates, pesquisas sobre o tema. A seguir os alunos produzirão o texto, farão a reestruturação com o auxílio do professor e finalmente podem expor seus trabalhos para os demais alunos, criando assim segurança nas produções seguintes e a necessária autonomia para se auto-avaliar.

PRÁTICA DA LEITURA

A prática da leitura deve estar presente em todo contexto social e cultural, o leitor precisa sentir-se ativo e dialogar com o autor criando e reformulando hipóteses.

Numa leitura aprofundada o aluno é capaz de ler o que está explícito e enxergar os implícitos e as reais intenções presentes no texto.

Diante das diversas variedades textuais, textos verbais e não-verbais o aluno-leitor deve estar atento a todos os detalhes e saber diferenciar as múltiplas possibilidades apresentadas em cada gênero textual.

LITERATURA

De acordo com a proposta de trabalho de Bordini e Aguiar (1993) os objetivos são: leituras críticas e compreensivas, o aluno deve posicionar criticamente e questionar as leituras criando seu próprio universo de expectativas e criatividade.

Para alcançar esses objetivos o professor precisa conhecer a realidade sócio-cultural dos alunos, analisar seus interesses de leitura, a partir dessa análise selecionar obras que agucem a curiosidade pelas obras e autores selecionados.

À medida que os alunos tomem conhecimento do universo da leitura, o professor pode ir dificultando, apresentando obras mais complexa e ampliando o horizonte de seus educandos.

O professor deve ser o mediador do processo de conhecimento do aluno, sendo assim ele deve levar o aluno a perceber o que está escrito nas entrelinhas, através do conhecimento das figuras de linguagem e outras expressões usadas pelo autor.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

A análise linguística é parte constitutiva do texto, ambos devem estar interligados, para estudarmos a língua precisamos explorar as atividades textuais e discursivas.

Para Travaglia (2000, p.30.33), há alguns tipos de gramática que está mais ligado à prática pedagógica, que são:

Gramática normativa: língua culta, as regras devem ser seguidas para falar e escrever corretamente.

Gramática descritiva: Dá preferência a manifestação oral.

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Gramática internalizada: O falante já a domina.Gramática reflexiva: observação e posteriormente a reflexão sobre as atividades

de linguagem.(Duarte, Fank, Taques, Leutz, Carvalho,2009,p. 3179)

O professor deve considerar não apenas a gramática normativa, mas também as outras, pois juntas constituem a base das atividades linguísticas. É através da diversidade de textos que o aluno tomará contato com a norma padrão e saberá usá-la nas diferentes esferas sociais e culturais.

A análise linguística acontece através das práticas de oralidade, leitura e escrita. Sendo assim é necessário que o professor observe o conteúdo temático, as variedades linguísticas, a adequação da linguagem, a fala formal e informal, os conectivos que colaboram com a coesão e coerência do texto, a repetição de palavras, os discursos direto e indireto, as figuras de linguagem, as vozes presentes no texto.

Nessa perspectiva, o texto não serve apenas para classificação de palavras e frases, mas sim para atingir os vários recursos que a língua possibilita.

Através do trabalho de reestruturação de textos com os alunos o professor selecionará os aspectos que precisam ser trabalhados de maneira aprofundada em sala de aula.

As atividades trabalhadas com os alunos devem levá-los a refletir e analisar os aspectos discursivos, vocabulário, coesão e coerência do texto, intertextualidade, estruturação de parágrafos, pontuação, ortografia, concordância verbal, nominal, sujeito, predicado, vícios de linguagem...

O estudo do texto permite ao professor explorar todas as categorias gramaticais, sem nunca esquecer que o objeto de estudo é o texto.

Temos como abranger também dentro do texto a diversidade cultural através da literatura Afro-brasileira, a História do Paraná e o Meio Ambiente.

A importância que a língua tem em nossas vidas e aceitar a necessidade de conhecê-la melhor, contudo a idéia é aprender a origem a história a as relações existentes entre ela e o mundo contemporâneo.

O aluno constrói seu próprio conhecimento através da motivação que é dada pelo professor.

Os temas abordados também serão trabalhados como pesquisas - a importância da Cultura Africana , a História do Paraná e juntamente o Meio Ambiente - em livros, internet, jornais, fitas de vídeo, dvd, etc.

Construção de poemas, painéis, abordando a importância da língua em nossa sociedade, será conduzido junto em forma de teatro mostrando toda a cultura e utilizando materiais recicláveis na utilização de máscaras, objetos e vestimentas como preservação do meio ambiente.

O trabalho busca seguir passos coerentes, levando em consideração um processo de ensino-aprendizagem através de textos cujo paradigma seja a produção e não a reprodução, abrangendo a possibilidade de integração.

AVALIAÇÃO

A lei nº 9394/96, destaca a chamada avaliação formativa ( cap. Ll, artigo 24. inciso V, item a: “ avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”) vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em

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relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.

É necessário que o professor da Língua Portuguesa e Literatura esteja atento ao desenvolvimento do aluno no dia-a-dia.

A prioridade no processo der avaliação não depende da quantidade no desempenho do aluno, mas, sim, na qualidade desenvolvida no processo da aprendizagem.

O professor deve buscar condições favoráveis para desenvolver atividades que chame a atenção do aluno e faça com que ele tenha uma participação mais ativa em cada aula.

Na oralidade, o professor deve condicionar o aluno para o diálogo, relatos e discussões, a fim de observar seu desempenho oral, e a clareza ao mostrar suas ideias.

Na leitura o aluno deve ser avaliado, de acordo com seu conhecimento adquirido no contexto em que vive e na compreensão do texto lido, tendo condições de identificar os diversos tipos de textos.

Na escrita, o desempenho do aluno dependerá de seu vocabulário e da coerência e coesão na produção do texto, se esta de acordo com o que foi proposto e na sua organização.

Análise linguística: é na produção de diversos textos, que se observa o desempenho do aluno, por isso, o trabalho precisa ser constante, respeitando as diferenças e proporcionando a melhoria continua da linguagem, dando oportunidade ao aluno de refletir sobre as diversas possibilidades no uso da língua.

RECUPERAÇÃO :

A recuperação será ofertada a todos os alunos que no decorrer dos bimestres não conseguiram atingir os objetivos propostos e/ou que tiveram um rendimento abaixo da média. A mesma será aplicada logo após se constate que o aluno necessite de atendimento específico nas suas dificuldades e terá novas avaliações devidamente registradas no livro registro de classe, pois, segundo consta em nosso PPP vigente, a avaliação deverá ser processual, cujo objetivo é o de diagnosticar o que se aprendeu para proceder a retomada dos conteúdos, a recuperação de estudos e, consequentemente, a avaliação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Encontro & interação. Sâo Paulo: Parábola, 2003.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação/ Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 1998.

_____ . Linguagem & diálogo; as ideias linguísticas do círculo da Bakhtin. Curitiba: Ciar, 2003.

_____ . Unidades básicas do ensino de português. In João W. (org). O texto na sala

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de aula. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004.

_____ . Portos de passagem. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básica para Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990, p. 50- 62.

PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO – www.diaadiaeducacao.pr.gov.br, DCEs-Língua Portuguesa, p. 01- 115.

Muito além da gramática : por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábolas, 2007.

BAGNO, Marcos. A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo: Parábola, 2003.

______ . Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA

Apresentação da disciplina

O papel da Matemática no ensino Fundamental visa a construção de um referencial que oriente a prática escola de forma a contribuir para que toda criança e jovem brasileiro tenha acesso a um conhecimento matemático que lhes possibilite de fato sua inserção, como cidadãos no mundo do trabalho das relações sociais de cultura.

O ensino da Matemática proporciona objetivos que evidenciam a importância de o aluno valorizá-la como instrumental para compreender o mundo à sua volta e de vê-La como área do conhecimento que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas. Destacam a importância de o aluno desenvolver atitudes de segurança com relação à própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, de cultivar a auto-estima, de respeitar o trabalho dos colegas e de perseverar o trabalho dos colegas e de perseverar na busca de soluções.

O ensino da Matemática pode atingir objetivos que são particulares que são atingidos no estudo de outras áreas do conhecimento e são identificados os conhecimentos matemáticos como meio para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter do jogo intelectual, característico da Matemática. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos da realidade, estabelecendo inter-relações entre eles, utilizando conhecimento matemático.

Com o conhecimento matemático a pessoa é capaz de selecionar, organizar e coletar informações relevantes para interpretá-las e avaliá-las criticamente, resolver problemas sabendo validar estratégias e resultados desenvolvendo formas e utilizando conhecimento matemático.

Para ter uma consciente participação na sociedade é necessário que a pessoa possa comunicar-se matematicamente, ou seja, capaz de descrever conjecturas, fazendo uso da linguagem oral e estabelecendo relações entre a e diferentes representações matemáticas.

Também é necessário estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos do conhecimento e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares demonstrando quanto conhecimento matemático está presente em todas as outras áreas.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes propostos nesta Diretrizes Curriculares para a educação básica da Rede Pública Estadual estão embasados exclusivamente em desenvolver no aluno dos ensinos fundamental e médio habilidades necessárias para o exercício pleno da cidadania. Este documento aposta como característica principal para o ensino da matemática.

1. Explorar a matemática partindo de problemas encontrados no cotidiano e nas demais áreas do conhecimento.2. Trabalhar com conteúdos variadas pela exploração de forma equilibrada e articulada.

Números e álgebraGrandezas e medidasGeometriasFunçõesTratamento de informação

3. Usar da melhor forma possível, recursos tecnológicos, disponíveis como instrumentos de aprendizagem.

O exercício da cidadania pressupõe que as pessoas desenvolvam sua capacidade de aprender, tendo como meios o domínio da leitura, da escrita e do conhecimento matemático, de tal forma que lhes seria permitido compreender o mundo, o ambiente natural, cultural e político a sua volta, as artes, a tecnologia, os valores que fundamental a sociedade para nela atual de forma critica e participativa.

O ensino da matemática dever ser pensado numa perspectiva mais ampla. É fundamental trabalhar com situações práticas relacionadas com problemas ao cotidiano, que forneçam contextos que possibilitem explorar de modo significativo, contextos e procedimentos matemáticos.

Uma das finalidades da matemática é seu caráter, prático, ou seja, ela persiste resolver problemas do cotidiano das pessoas, ajuda-lãs a não serem enganadas, a exercer, enfim, sua cidadania e também contribuir para o desenvolvimento do raciocínio, da lógica, da coerência transcendendo assim os aspectos práticos de conhecimento desta área.

É importante que o aluno seja capaz de aplicar a matemática aprendida na escolar em diversas situações do dia-a-dia (contagens, cálculos, pagamentos, consumos, etc.) e tomar decisões quanto a relevância de certo conhecimento naquela situação e a maneira de aplicá-lo da forma mais útil, ou seja, ele deve aprender a utilizar a matemática em uma série de situações

Número e Álgebra

Esse tema localiza a necessidade de qualificação para organizar o mundo. Durante o ensino fundamental, o conteúdo estruturante, números e álgebras se desdobram nos seguintes conteúdos.

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Conjunto numérico e operaçõesEquações e inequaçõesPolinômiosProporcionalidade

Grandezas e Medidas

Este bloco caracteriza-se por sua forte relevância social, com evidente caráter prático, pois mostra claramente ao aluno a utilidade ao conhecimento matemático no cotidiano. Para isso deve vivenciar e explorar as noções ou grandezas e medidas relacionando-as com conceitos relativos ao espaço e as formas. São contextos muito ricos para o trabalho com significações aos números e as operações, da idéia de proporcionalidade e escala, e um campo fértil para uma abordagem histórica.

Neste bloco engloba os seguintes conteúdos:

Sistema monetárioMedidas de comprimento, massa, tempo, temperatura, velocidade e ângulos Áreas e volumesTrigonometria, relações métricas no triângulo retângulo.´

Geometria

Geometria planaGeometria espacial.

O trabalho com geometria implica o desenvolvimento de um tipo especial de pensamento, que permite compreender, descrever e representar de forma organizada o mundo em que vive.

O trabalho com relações geométricas contribui par a aprendizagem de números e medidas, pois estimula a observar, perceber semelhanças e diferenças, identificar regularidades e vice versa. Além disso esse trabalho é feito a partir da exploração de objetos no mundo físico de obras de arte, pinturas, desenhos, estruturas e artesanato, ele permite ao aluno estabelecer conexões entre a matemática e as outras áreas de conhecimento.

Funções

No Ensino Fundamental, na abordagem do conteúdo estruturante funções, é necessário que o aluno domine o conhecimento da relação de dependência entre duas grandezas. É fundamental compreender a escrita relação das funções com a álgebra e que isto permita as soluções de problemas que envolvam números não conhecidos.

O aluno do ensino fundamental deve conhecer o conceito das relações de variável independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das funções afim e quadrática, incluindo a diferença entre a função crescente e decrescente e as posições em relação ao eixo x e y.

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Tratamento de informação

Integração neste conteúdo estruturante estudos relativos a noções de estatísticas, de probabilidade e de combinatória.

É um conteúdo que cria condições de leitura crítica dos fatos que ocorrem na sociedade e contribui para interpretar tabelas, gráficos, dados percentuais, indicadores e também conhecer as possibilidades de ocorrência dos eventos, tais domínios são necessários porque no mundo atual as informações são vinculadas do modo mais acessível e rápido, o que exige senso crítico e análise para a tomada de decisões.

Os conteúdos estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares de Matemática devem estar presentes em todas as séries, pois orientam o professor na sua prática docente de forma que um conteúdo estruturante pode estar mais presente em uma série do que em outra. Os conteúdos específicos devem ser apresentados de forma articulada, de modo que um determinado conteúdo seja abordado sob o contexto do outro. Assim, os conteúdos estruturantes transitam entre si através destas articulações contribuindo para o ensino de matemática em que os conceitos se articulam, intercomunicam e se complementam.

Encaminhamento metodológico

Os procedimentos metodológico devem promover a articulação entre os conteúdos matemáticos específicos entre si e os estruturantes para que a apropriação dos conhecimentos tenha um total significado e não ocorra de forma fragmentada e descontextualizada.

Os conteúdos propostos nas Diretrizes Curriculares devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da educação matemática que fundamentam a pratica docente, das quais destacam-se: resolução de problemas, modelagem matemática, uso de mídias tecnológicas, etnomatemática, historia da Matemática, investigação matemática.

Os temas envolvendo historia a cultura afro-brasileira e africana e política nacional de educação ambiental serão trabalhados através de palestras, pesquisas, leitura e textos.

Resolução de problemas

A resolução de problemas é diferente da resolução de exercícios porque o aluno não chegará imediatamente à resposta porque os mecanismos que conhece não o permitem, mas poderá pensar em outras hipóteses e julgar se os resultados obtidos são válidos.

Etnomatemática

Trabalha com as matemáticas produzidas por diferentes culturas reconhecendo e registrando a questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático.

Assim, esta metodologia relaciona o individuo e sua manifestações culturais e relações de produção e trabalho.

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Modelagem matemática

Quando o professor traz para a sala de aula problemas que relacionam situações do cotidiano, está fazendo uso desta metodologia. Estges problemas podem trazer fenômenos diários, físicos biológicos ou sociais. Valorizando o conhecimento prévio dos alunos e trabalhando sobre problemas reais do meio social em que vive, contribui-se para a sua formação critica.

Mídias tecnológicas

É a utilização. Em sala de aula de recursos tecnológicos: computador, software, televisão, calculadoras, aplicativos da internet. Estas tecnologias permitem aos professores e alunos ampliarem sua possibilidades de observação e investigação. Além disso, possibilita a experimentação de forma mas dinâmica e rápida do que se este mesmo processo fosse feito de forma tradicional com lápis e papel ou quadro negro e giz, propicia diversas formas de ensinar e aprender valorizando o processo de produção de conhecimento.

História da matemática

O estudo de cada conteúdo da Matemática inserido em seu contexto histórico valoriza a Matemática como construção humana para servir às necessidades humanas concretas e reais. Deixa de lado a idéia de que mentes privilegiadas a construíram, mas seres humanos, e que todos são capazes de aprende-La. A História da Matemática é um caminho, um rumo para as explicações dos porquês da Matemática.

Investigações Matemáticas

Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático porque é chamado a resolver problemas abertos, diferentes dos problemas comumente usados, pois é necessária a formulação de questões novas, discussões e trocas de idéias e buscar conhecer aquilo que ainda não se sabe.

Articulando as diferentes tendências

Os professores não farão uso, em sala de aula, de apenas uma das metodologias apresentadas. Em alguns momentos trabalharão de diversas maneiras, em outros enfatizando uma ou outra metodologia, dependendo de cada conteúdo especifico e que julgar mais apropriada. É importante que aconteça a articulação das metodologias e que elas se complementem.

Os conteúdos específicos podem ser trabalhados usando as diversas tendências da Educação Matemática.

Avaliação

A avaliação está ligada ao conceito de melhoria; melhoria não apenas das aprendizagens do aluno, mas da própria ação do ensinar. A avaliação é uma atividade valorativa e investigativa, facilitadora da mudança educativa e do desenvolvimento

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profissional do professor. Mas não podemos esquecer que o objeto da avaliação é o conhecimento do aluno.

A avaliação é arte do processo de ensino e aprendizagem. Ela incide sobre uma grande variedade de aspectos relativos ao desempenho dos alunos, como aquisição de conceitos, domínio de procedimento e desenvolvimento de atitudes. Mas também devem ser avaliados aspectos como seleção e dimensionamento dos conteúdos, praticas pedagógicas, condições em que se processam o trabalho escolar e as próprias formas de avaliação.A avaliação deve auxiliar e orientar o aluno.A avaliação deve ser diversificada.A avaliação deve acarretar interpretação e julgamento muito mais do que medida.A avaliação deve ser continua.A avaliação deve ser comunicada e discutida.

Recuperação

A recuperação será ofertada a todos os alunos que no decorrer dos bimestres não conseguiram atingir os objetivos propostos e/ou que tiveram um rendimento baixo da média.

A mesma será aplicada logo após se constate que o aluno necessite de atendimento especifico nas suas dificuldades e terá novas avaliações devidamente registradas no livro registro de classe.

Referências

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de primeiro grau. Currículo básico para a Escola Publica do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.

IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e realidade de 5ª a 8ª série.

GIOVANI e GIOVANI JUNIOR. Pensar e descobri Matemática. FTD, 2000.

RIBEIRO, Jackson e SOARES, Elizabeth. Construindo consciências matemática.

Projeto Aribá: Ed. Moderna.

Diretrizes Curriculares de Matemática para as series do Ensino Fundamental.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – INGLÊS

Apresentação da Disciplina

A LDB nº 9394/96 determinou a obrigatoriedade de uma língua estrangeira moderna a partir da 5ª série do Ensino Fundamental, cuja escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento. Nas escolas de nosso município a língua estrangeira ofertada é a Língua Inglesa por ser a mais adequada aos anseios e necessidades da população, de acordo com o perfil das empresas e indústrias aqui instaladas.

Assim, propõe-se das aulas de língua estrangeira um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, oportunizando a engajar-se discursivamente e a perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Isto porque conhecer um novo idioma significa, nos dias de hoje, um passaporte para o ingresso na sociedade de informação, na difusão da internet, entre outras formas de comunicação intercultural e ao mundo dos negócios. Estudar Inglês tornou-se um fenômeno mundial, pois o mesmo é uma língua sem fronteiras.

No Brasil em 1776, em uma escola do Rio de Janeiro, ensinava-se hebraico. Duas escolas da Vila Rica, no apogeu da mineração em 1774, ensinavam latim. Em 1799, O rei de Portugal ordenou que se remunerasse melhor os professores e lhes dessem uma aposentadoria digna e aos melhores uma medalha. Determinou também que se desse apoio ao ensino de latim e grego.

Enquanto colônia, predominaram no Brasil as línguas clássicas: o grego e o latim. Era por meio dessas línguas que se ensinava o vernáculo, história e geografia. O ensino de línguas modernas expandiu-se com a chegada da família real em 1808, mais tarde em 1937 quando se fundou o Colégio Pedro II, e finalmente a reforma de 1855 trouxe maior importância ao ensino das Línguas modernas.

Hoje o sistema escolar brasileiro propicia aos educandos o ensino de uma LEM como disciplina obrigatória e uma segunda de caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição (art.36,inciso III).O processo ensino- aprendizagem da Língua Inglesa procura dar ao aluno a possibilidade de refletir sobre a importância desse idioma na comunicação internacional como um espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecimento, com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade percebendo a influência da mesma no dia-a-dia do adolescente brasileiro.

As aulas de língua estrangeira deverão proporcionar um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive.

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código lingüístico, mas deve também contribuir para formar alunos críticos e transformadores. Espera-se então que o aluno use a língua em situações de comunicação oral e escrita e que vivencie nas aulas de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas, compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto passíveis de transformação na prática social e que tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade, reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural no país.

Ao estudar a língua inglesa, o aluno sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do

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outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social.

Metodologia da Disciplina

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna-Inglês em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal e não verbal, como unidade de linguagem em uso.

Propõe-se que nas aulas de Inglês o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, e somente depois de tudo isso a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

O objetivo será interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais.

A aula de Língua Inglesa deve ser um espaço onde se desenvolvam atividades significativas que explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca.

As discussões poderão acontecer em língua materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize na língua Inglesa. Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua Inglesa.

O trabalho pedagógico com o texto trará problematização e a busca para sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica e ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e percebam as implicações sociais, históricos ideológicos presentes num discurso e que nele se revele o respeito às diferentes culturas, crenças e valores.

O professor deverá criar estratégia para que os alunos percebam heterogeneidade da língua, possibilitando as informações materializadas no texto, valorizando o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos.

O trabalho com a análise lingüística torna-se importante na medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas apresentadas. Conhecer novas culturas implica que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que a outra, mas sim diferente. Reconhecer que as novas palavras não são novos rótulos para os velhos conceitos, mas que representam um universo sócio-histórico e ideologicamente marcado.

Ao interagir com textos diversos, o aluno perceberá que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social do uso da língua ocorre. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de um mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que a leitura em Língua Estrangeira - Inglês se transforme realmente em uma situação de interação é fundamental que o aluno seja subsidiado com conhecimentos lingüísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertinentes aos diferentes discursos. O trabalho com a produção textual deverá

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partir de conhecimentos já adquiridos pelos educandos, fazendo com que o mesmo smpre tenha um objetivo pricipal dentro desse processo. Ao articular a Língua Estrangeira Moderna – Inglês nas demais disciplinas do currículo relacionando os vários conhecimentos, o aluno perceberá que conteúdos de disciplina distintas podem estar relacionadas e adequadas, tomando como base algumas unidades temáticas exigidas por lei que serão trabalhadas de maneira diversificada, fazendo com que o aluno se posicione em relação ao contexto da história e cultura afro-brasileira, cultura dos povos indígenas e educação ambiental, malefícios e benefícios que trarão a sociedade, bem como os avanços adquiridos e atingidos, para que através da conscientização da comunidade escolar se construa um mundo justo e igualitário.

Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes graus de dificuldades, levando em conta o conhecimento do aluno.

O professor deverá utilizar materiais disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, músicas, data show, DVD, CD ROM, internet, TV-Pen Drive, etc.

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

- Discurso como prática social;

- Cultura afro-brasileira ;

- Cultura dos povos indígenas;

- Educação Ambiental.

Leitura2 Identificação do tema skimming para

localizar a palavra chave, scanning: para informação específica;

3 Interpretação observando conteúdo vinculado, enunciados e intertextualidade;

4 Identificação de idéia central do texto;5 Exploração não-verbal;6 Identificação do tema, do argumento

principal e secundários.

OralidadeVariedades linguísticas;Intencionalidade do texto.Exemplos de pronúncias e uso de vocábulos da língua inglesa;Finalidade do texto oral;Elementos que modificam o significado de um texto, bem como sua entonação, pausas e características gestuais;Elementos implícitos no texto, mas passíveis de entendimento.O convívio e o confronto da língua inglesa.

Escrita− Adequação ao gênero;− Elementos composicionais do

texto, marcas linguísticas;− Clareza de idéias;− Adequar o conhecimento adquirido

a norma padrão.

Análise Linguística

- Coesão e coerência;- Função dos pronomes

possessivos, artigos, numerais, adjetivos, preposições, verbos,

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substantivos e outras categorias como elemento do texto;

- Função dos adjetivos, adjetivos opostos, palavras interrogativas, advérbios e locuções adverbiais;

- Vocabulário;- Função dos auxiliares do passado

dentro da estrutura gramatical, verbos no passado, expressões de passado, advérbios, perguntas e respostas, positivas e negativas, cognatos falsos e verdadeiros;

- Efeitos de pontuação em texto;

Avaliação A avaliação da aprendizagem em Língua Inglesa está articulada aos fundamentos teóricos das Diretrizes e na LDB nº 9394/96. Esta deverá ser instrumento de medição de apreensão de conteúdos, visto que se configura como processual subsidiar as dificuldades e avanços dos alunos a partir de suas produções.

Será observada a participação, considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se dá pela interação verbal, a partir de textos, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos da turma; na interação com o material didático; nas conversas em língua materna e língua estrangeira, levantando hipóteses a respeito da organização textual; percebendo a intencionalidade, etc.

Uma vez que é sujeito da aprendizagem, o aluno deve ter seu esforço reconhecido por meio de ações tais como: um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do erro como integrante da aprendizagem.

Além da avaliação processual, é importante considerar também a avaliação diagnóstica e a avaliação formativa, que deverá ser feita de forma contínua, através da participação em sala de aula, trabalhos lúdicos em duplas ou em grupos e testes orais e escritos.

Da mesma forma a recuperação será feita acompanhando o percurso desenvolvido pelo aluno, possibilitando que o mesmo identifique suas dificuldades, propondo encaminhamento para que busquem superá-las. Essa flexibilização se dará no decorrer das atividades propostas conforme a observação do conteúdo não aprendido pelo educando, valorizando assim o seu processo de aprendizagem.

Referências Bibliográficas

BAKTHIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,199

JORDÃO, C. M. O ensino de língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, 2004.

LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

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Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná: LEM.SEED, 2006.

FERRARI, Zuleica & ROCHA, Analuiza M. Take your time. São Paulo: Moderna, 2004.