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REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO OBS.: O CONTEÚDO DESTA BASE TEM CARÁTER MERAMENTE INFORMATIVO, NÃO SUBSTITUINDO A PUBLICAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO NO JORNAL OFICIAL. SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO E DO ÓRGÃO ESPECIAL RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 180/2006 RESOLVEU , por maioria de votos, vencidos, parcialmente, os Exmos. Juízes Emília Facchini, Antônio Fernando Guimarães, Ricardo Antônio Mohallem, Denise Alves Horta e Sebastião Geraldo de Oliveira, APROVAR o Regimento Interno do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região, que passa a ter a seguinte redação: REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA TERCEIRA REGIÃO TÍTULO I - DO TRIBUNAL CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º São órgãos da Justiça do Trabalho da 3ª Região, nos termos do art. 111 da Constituição Federal de 1988: I - o Tribunal Regional do Trabalho; e II - os Juízes do Trabalho. Art. 2º O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região tem sede na cidade de Belo Horizonte e jurisdição no território do Estado de Minas Gerais. Art. 3º As Varas do Trabalho têm sede e jurisdição fixadas na forma da lei e estão, administrativamente, subordinadas ao Tribunal. CAPÍTULO II - DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL Art. 4º O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região compõe-se de quarenta e nove Desembargadores do Trabalho. Art. 5º São órgãos do Tribunal: I - o Tribunal Pleno; II - o Órgão Especial; III - a Presidência;

Regimento Interno Trt 3

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Regimento interno do TRT3

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  • REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3 REGIO

    OBS.: O CONTEDO DESTA BASE TEM CARTER MERAMENTE INFORMATIVO, NO

    SUBSTITUINDO A PUBLICAO DO REGIMENTO INTERNO NO JORNAL OFICIAL.

    SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO E DO RGO ESPECIAL

    RESOLUO ADMINISTRATIVA N 180/2006

    RESOLVEU , por maioria de votos, vencidos, parcialmente, os Exmos. Juzes Emlia Facchini,

    Antnio Fernando Guimares, Ricardo Antnio Mohallem, Denise Alves Horta e Sebastio Geraldo

    de Oliveira,

    APROVAR o Regimento Interno do Egrgio Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Regio,

    que passa a ter a seguinte redao:

    REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA TERCEIRA

    REGIO

    TTULO I - DO TRIBUNAL

    CAPTULO I - DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 So rgos da Justia do Trabalho da 3 Regio, nos termos do art. 111 da Constituio

    Federal de 1988:

    I - o Tribunal Regional do Trabalho; e

    II - os Juzes do Trabalho.

    Art. 2 O Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regio tem sede na cidade de Belo Horizonte e

    jurisdio no territrio do Estado de Minas Gerais.

    Art. 3 As Varas do Trabalho tm sede e jurisdio fixadas na forma da lei e esto,

    administrativamente, subordinadas ao Tribunal.

    CAPTULO II - DA ORGANIZAO DO TRIBUNAL

    Art. 4 O Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regio compe-se de quarenta e nove

    Desembargadores do Trabalho.

    Art. 5 So rgos do Tribunal:

    I - o Tribunal Pleno;

    II - o rgo Especial;

    III - a Presidncia;

  • IV - a Corregedoria;

    V - as Sees Especializadas em Dissdios Coletivos e em Dissdios Individuais;

    VI - as Turmas; e

    VII - os Desembargadores do Trabalho.

    Pargrafo nico. A Escola Judicial e a Ouvidoria so vinculadas Presidncia do Tribunal.

    Art. 6 Constituem cargos de direo do Tribunal o de Presidente, o de 1 Vice-Presidente, o de 2

    Vice-Presidente, o de Corregedor e o de Vice-Corregedor.

    Pargrafo nico. Os Desembargadores somente podero ser eleitos para dois cargos de direo ou

    mandatos.

    Art. 7 O Tribunal tem o tratamento de Egrgio Tribunal e os seus membros, com a designao de

    Desembargadores do Trabalho, o de Excelncia.

    Pargrafo nico. Os Desembargadores, os membros do Ministrio Pblico do Trabalho e os

    Advogados usaro vestes talares nas sesses, na forma e nos modelos aprovados, facultando-se o

    uso nas Varas do Trabalho.

    Art. 8 O Tribunal funcionar em composio plena ou dividido em rgo Especial, Sees

    Especializadas e Turmas.

    Art. 9 Determinar-se- a antiguidade dos Magistrados, sucessivamente:

    I - pela posse;

    II - pela data da publicao do ato de nomeao ou de promoo;

    III - pelo tempo de servio na magistratura do trabalho na 3 Regio;

    IV - pela classificao no concurso;

    V - pelo tempo de servio pblico;

    VI - pela data de abertura da vaga; e

    VII - pela idade.

    Pargrafo nico. O exerccio prevalecer sobre a posse, desde que no seja com ela concomitante.

    Art. 10. Os Desembargadores, o Presidente, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-Presidente, o

    Corregedor e o Vice-Corregedor tomaro posse perante o Tribunal Pleno e prestaro o

    compromisso de cumprir os deveres do cargo, em conformidade com a Constituio, as leis da

    Repblica e o Regimento Interno, lavrando-se o respectivo termo, que ser assinado pelo Presidente

    da sesso, pelo empossando e pelo Secretrio-Geral da Presidncia.

    1 A requerimento do interessado, a posse ser dada pelo Presidente do Tribunal ou seu substituto,

    ad referendum do Tribunal Pleno.

  • 2 A posse e o exerccio ocorrero no prazo de trinta dias aps a publicao no rgo Oficial,

    cabendo prorrogao, a requerimento do interessado, por igual perodo.

    3 Os Presidentes de Turma tomaro posse perante o rgo que os elegeu.

    4 Na posse de Desembargador no haver discursos.

    Art. 11. Os Magistrados que forem cnjuges, companheiros ou parentes consanguneos ou afins,

    em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, no podero integrar a mesma Seo Especializada ou

    Turma do Tribunal.

    Pargrafo nico. Nas sesses do Tribunal Pleno ou do rgo Especial, o primeiro Magistrado que

    votar excluir a participao do outro no julgamento de processo judicial e de processo

    administrativo.

    Art. 12. O Presidente, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-Presidente, o Corregedor e o Vice-

    Corregedor sero eleitos pelos Desembargadores para um mandato de dois anos.

    1 Aos cargos de direo somente concorrero os Desembargadores mais antigos do Tribunal,

    observado o disposto no art. 102 da Lei Complementar 35, de 14 de maro de 1979.

    2 A eleio dar-se- por aclamao, desde que haja apenas um candidato para cada cargo, e

    aprove-a, previamente, a unanimidade dos presentes.

    3 Realizar-se- a eleio na terceira quinta-feira do ms de outubro ou, no havendo expediente,

    no primeiro dia til subsequente.

    4 Os eleitos sero empossados at a terceira semana do ms de dezembro, e o exerccio ocorrer

    no dia 1 de janeiro.

    5 Para cada cargo, podero inscrever-se, mediante ofcio do interessado ao Presidente, com

    antecedncia de at dez dias, todos os Desembargadores, porm concorrero ao pleito somente os

    cinco mais antigos dentre os inscritos.

    6 Aps a eleio do Presidente, sero eleitos, pela ordem, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-

    Presidente, o Corregedor e o Vice- Corregedor.

    7 O Desembargador que obtiver o voto da maioria absoluta dos membros efetivos do Tribunal

    ser proclamado eleito para o cargo.

    8 Repetir-se- o escrutnio, na mesma sesso, desde que no se atenda ao disposto no pargrafo

    anterior.

    9 Ao novo escrutnio somente podero concorrer os dois Desembargadores mais votados,

    proclamando-se como eleito:

    I - aquele que obtiver a maioria de votos;

    II - havendo empate, o mais antigo.

    10. vedada a votao por carta ou por representao.

  • 11. Se ocorrer vacncia para os cargos de direo, far-se- a eleio, na primeira sesso

    designada, para o preenchimento das vagas, completando o eleito o perodo restante do mandato de

    seu antecessor.

    12. O Desembargador eleito na forma do pargrafo anterior ter o perodo do exerccio do

    mandato computado para os fins do art. 102 da Lei Complementar 35/79, o que no ocorrer nas

    substituies dos Desembargadores afastados por motivo de frias, convocao para o Tribunal

    Superior do Trabalho, licena-prmio, doena e outras hipteses legais.

    13. Quando a vaga ocorrer aps o trmino do primeiro ano de mandato, o cargo de Presidente ser

    exercido pelo 1 Vice-Presidente, o de 1 Vice-Presidente pelo 2 Vice-Presidente, o de 2 Vice-

    Presidente pelo Corregedor, o de Corregedor pelo de Vice-Corregedor, e este pelo Desembargador

    mais antigo eleito, no alcanado pelo impedimento do art. 102 da Lei Complementar 35/79.

    Art. 13. Os Presidentes de Turmas, da 1 e da 2 Seo de Dissdios Individuais sero eleitos dentre

    os Desembargadores dos respectivos rgos, em escrutnio secreto ou na forma do 2 do artigo

    anterior, na ltima sesso do ano da posse dos Desembargadores da Administrao do Tribunal.

    Art. 14. Havendo vaga, qualquer Desembargador poder pleitear a remoo de Seo Especializada

    ou Turma, admitindo-se, igualmente, a permuta entre Desembargadores, mediante prvia

    autorizao do rgo Especial, observado, em qualquer caso, o critrio da antiguidade.

    1 Ao conclurem os seus mandatos, e observadas as vagas existentes, o Presidente, o 1 Vice-

    Presidente, o 2 Vice-Presidente, o Corregedor e o Vice-Corregedor, nesta ordem, tero a

    preferncia para escolher a Turma e a Seo Especializada s quais vo incorporar-se.

    2 O Desembargador nomeado para o Tribunal ter assento no rgo em que existir a vaga.

    3 O Desembargador que se remover ficar vinculado, no mesmo rgo, aos processos que lhe

    tenham sido distribudos como Relator e aos de Revisor que se encontrarem em seu gabinete at a

    data de sua remoo, vinculao essa que se estende aos embargos de declarao de seus acrdos.

    Art. 15. Nas sesses do Tribunal Pleno, do rgo Especial, das Sees Especializadas e das

    Turmas, observar-se- o seguinte:

    I - o Presidente ter assento junto mesa julgadora, na sua parte central;

    II - os demais Desembargadores, alternadamente, ocuparo os assentos laterais, a iniciar pela direita

    do Presidente, comeando, sucessivamente, conforme o rgo, pelo 1 Vice-Presidente, 2 Vice-

    Presidente, Corregedor e Vice-Corregedor, seguindo-se na ordem de antiguidade, entre os

    Desembargadores, adotando-se o mesmo procedimento em relao aos Juzes convocados;

    III - o representante do Ministrio Pblico do Trabalho ter assento imediatamente direita do

    Presidente;

    IV - nas sesses solenes, os Desembargadores aposentados do Tribunal tero assento em lugares

    que lhes sero reservados no Plenrio.

    CAPTULO III - DO TRIBUNAL PLENO

    Art. 16. O Tribunal Pleno constitudo pela totalidade de seus Desembargadores, e as sesses dele

    sero presididas pelo Presidente.

  • Pargrafo nico. Nos casos de ausncia, impedimento ou suspeio do Presidente, presidir a

    sesso, pela ordem, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-Presidente, o Corregedor, o Vice-Corregedor ou

    o Desembargador mais antigo.

    Art. 17. As sesses do Tribunal Pleno sero pblicas e, para a instalao delas, exigir-se- quorum

    mnimo de metade mais um de seus membros efetivos, alm do Desembargador que a estiver

    presidindo, excluindo-se da apurao os Desembargadores:

    I - ausentes por licena mdica;

    II - impedidos;

    III - suspeitos.

    Pargrafo nico. Na apreciao de matria judiciria, os Juzes convocados comporo o quorum, exceto nos casos previstos em lei e neste Regimento.

    Art. 18. As deliberaes do Tribunal Pleno sero tomadas pela maioria simples dos membros

    presentes sesso, ressalvadas as hipteses previstas em lei e neste Regimento.

    Art. 19. Nos julgamentos do Tribunal Pleno, o Presidente da sesso votar como os demais

    Magistrados, cabendo-lhe, em caso de empate, o voto de qualidade.

    Pargrafo nico. Em se tratando de matria administrativa, o Presidente votar em primeiro lugar

    ou aps o Relator e o Revisor.

    Art. 20. Compete ao Presidente convocar as sesses do Tribunal Pleno, determinando de imediato:

    I - a publicao no rgo Oficial;

    II - a comunicao ao gabinete do Desembargador, com antecedncia mnima de oito dias;

    III - a distribuio da matria administrativa at setenta e duas horas antes do incio das sesses,

    ressalvados os casos excepcionais.

    1 Convocada a sesso do Tribunal Pleno, na forma do caput deste artigo, outras matrias

    administrativas devero ser includas em pauta a requerimento de, no mnimo, um tero dos seus

    membros, e desde que distribudas com a antecedncia de setenta e duas horas.

    2 Somente depois de esgotadas as matrias propostas pelo Presidente, passar-se- ao exame

    daquelas a que se refere o pargrafo anterior.

    3 Observados os prazos deste artigo, o Tribunal Pleno poder ser convocado, ainda, a

    requerimento assinado, pelo menos, por um tero dos seus membros, cabendo ao Presidente fazer a

    convocao e distribuir a matria.

    4 Em casos excepcionais, os prazos fixados neste artigo e em seus pargrafos podero ser

    relevados, se assim dispuser metade mais um dos Desembargadores presentes sesso.

    Art. 21. Compete ao Tribunal Pleno, alm de outras atribuies fixadas em lei e neste Regimento:

    I - elaborar seu Regimento;

  • II - eleger o Presidente do Tribunal, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-Presidente, o Corregedor e o

    Vice-Corregedor;

    III - delegar matrias de sua competncia ao rgo Especial;

    IV - aplicar as penalidades do art. 42 e decidir sobre os casos de invalidez de Magistrado a que se

    refere o art. 76, ambos da Lei Complementar 35/79;

    V - julgar, originariamente:

    a) as arguies de inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder pblico, quando consideradas

    relevantes pelo rgo Especial, pelas Sees Especializadas ou Turmas ou em processos de sua

    competncia originria;

    b) o habeas corpus e o habeas data em processos de sua competncia;

    c) os mandados de segurana impetrados contra seus prprios atos, contra os do Presidente e

    aqueles impetrados por Desembargadores;

    d) os recursos administrativos interpostos por Desembargadores;

    e) as aes rescisrias de seus acrdos;

    f) os agravos regimentais opostos a despachos do Presidente do Tribunal, em matria judiciria de

    competncia do Tribunal Pleno, quando no atacveis por recursos previstos na lei processual;

    VI - julgar:

    a) os embargos de declarao opostos a seus acrdos;

    b) as habilitaes incidentes, as arguies de falsidade, as excees de impedimento e de suspeio

    vinculadas a processos pendentes de sua deciso;

    c) os recursos de natureza administrativa atinentes a seus servios auxiliares e a seus respectivos

    Servidores;

    d) os recursos contra atos administrativos do Presidente e de quaisquer dos membros do Tribunal;

    e) os conflitos de competncia entre as Sees Especializadas ou entre estas e as Turmas;

    VII - uniformizar a jurisprudncia do Tribunal;

    VIII - determinar aos Juzes a realizao dos atos processuais e das diligncias necessrias ao

    julgamento dos feitos de sua competncia;

    IX - fiscalizar o cumprimento de suas prprias decises;

    X - convocar Juiz Titular de Vara do Trabalho para formao de quorum;

    XI - dar cincia Corregedoria de atos considerados atentatrios boa ordem processual;

    XII - organizar listas trplices de Juzes Titulares para acesso, por merecimento, ao Tribunal;

  • XIII - indicar Juiz Titular para acesso ao Tribunal por antiguidade, cabendo-lhe, em caso de recusa

    do Juiz mais antigo, fundamentar sua deciso;

    XIV - formar as listas trplices dos Advogados e membros do Ministrio Pblico do Trabalho,

    indicados em lista sxtupla pelos rgos das respectivas classes;

    XV - recusar, de forma fundamentada, a remoo de Juiz mais antigo, destinando a vaga

    promoo de Juiz Substituto, caso nenhum outro candidato obtenha a votao necessria;

    XVI - homologar acordos celebrados em processos de sua competncia;

    XVII - processar e julgar a restaurao de autos, em se tratando de processo de sua competncia;

    XVIII - conhecer e julgar todas as questes administrativas que lhe forem submetidas, ainda que

    delegadas ao rgo Especial, desde que este no tenha deliberado sobre a matria;

    XIX - aprovar as listas de antiguidade dos Magistrados, conhecendo das reclamaes contra elas

    oferecidas, no prazo de quinze dias, a contar de sua publicao;

    XX - fixar o horrio de funcionamento dos rgos da Justia do Trabalho da Regio;

    XXI - decidir sobre os pedidos de permuta entre Juzes Titulares e entre Juzes Substitutos, bem

    como sobre pedido de remoo destes ltimos, quando envolver outro Tribunal Regional;

    XXII - fixar a data da abertura de concurso para provimento de cargos de Juiz do Trabalho

    Substituto, designar as comisses, julgar recursos e homologar o resultado;

    XXIII - impor aos Servidores do Tribunal penas disciplinares que no forem da alada do

    Presidente;

    XXIV - estabelecer critrios, designar comisses, aprovar as respectivas instrues e a classificao

    final dos candidatos, relativamente a concurso para provimento de cargos do quadro de pessoal da

    Regio, o qual ter validade pelo prazo de dois anos, prorrogvel por igual perodo, a critrio do

    Tribunal;

    XXV - organizar as listas trplices de Juzes Substitutos para promoo por merecimento e indicar e

    aprovar os nomes daqueles que devam ser promovidos por antiguidade;

    XXVI - aprovar a tabela de dirias e as ajudas de custo do Presidente, dos Desembargadores, dos

    Juzes da Regio e dos Servidores;

    XXVII - criar, distribuir ou transformar as funes gratificadas, na forma da lei;

    XXVIII - aprovar os modelos das vestes talares;

    XXIX - aprovar ou rejeitar, antes da publicao, atos de nomeao, exonerao, designao ou

    lotao de pessoal, para o exerccio de atribuies de direo, chefia e assessoramento - CJ -

    escalonadas de CJ-1 a CJ-4, exceto quando se tratar de Secretrio-Geral da Presidncia, Diretor-

    Geral, Diretor Judicirio, Diretor da Secretaria de Coordenao Administrativa, Assessor de Apoio

    Externo e Institucional, Assessor de Implementao de Projetos Administrativos, Assessor de

    Comunicao Social, Assessor Especial, Assessor de Desembargador e Diretor de Secretaria de

    Vara do Trabalho;

  • XXX - apreciar as contrataes disciplinadas na Lei 8.745, de 9 de dezembro de 1993;

    XXXI - aprovar o Regulamento Geral de Secretaria, o da Escola Judicial e o da Corregedoria;

    XXXII - apreciar pedidos de aposentadoria voluntria de Magistrados e Servidores da Regio.

    XXXIII - apreciar as propostas de criao, ampliao, adequao e alterao de jurisdio e sede

    dos rgos judicantes no mbito do Tribunal.

    - Nota: Inciso introduzido pela Resoluo Administrativa TRT3/STPOE n. 31, 19/04/2007 (DJMG

    24/04/2007).

    XXXIV - convocar Juiz Titular para substituio temporria no Tribunal.

    CAPTULO IV - DO RGO ESPECIAL

    Art. 22. O rgo Especial, que exerce competncia delegada do Tribunal Pleno, ser constitudo

    por dezesseis Desembargadores, sendo oito dentre os mais antigos e oito eleitos em escrutnio

    secreto, pelo Tribunal Pleno, com mandato coincidente com o dos cargos de direo, admitida uma

    reconduo e respeitada a representatividade do quinto constitucional.

    1 Definir-se- a composio do rgo Especial na mesma data em que ocorrer a eleio para os

    cargos de direo do Tribunal.

    2 Caso seja eleito para um dos cargos de direo do Tribunal Desembargador que no esteja

    dentre os oito mais antigos considerados aptos a integrar o rgo Especial, nos termos do 3 deste

    artigo, ser ele desde logo considerado eleito para integr-lo, promovendo-se a eleio por

    escrutnio secreto prevista no caput deste artigo apenas para os cargos remanescentes.

    3 O Desembargador no poder recusar-se a integrar o rgo Especial, salvo se, a critrio do

    Tribunal Pleno, houver causa justificada, que se tornar definitiva para o binio, vedando-se a

    recusa aos membros da Administrao.

    4 O Presidente do Tribunal publicar, no Dirio Oficial, a composio do rgo Especial, a cada

    alterao.

    5 As sesses do rgo Especial sero pblicas e presididas pelo Presidente e, nos casos de

    ausncia, impedimento ou suspeio deste, sucessivamente, pelo 1 Vice-Presidente, pelo 2 Vice-

    Presidente, pelo Corregedor, pelo Vice-Corregedor ou pelo Desembargador mais antigo.

    6 Para a instalao do rgo Especial, exigir-se- a presena de, pelo menos, onze dos

    Desembargadores que o integram, incluindo o Desembargador que o estiver presidindo, e as

    deliberaes sero tomadas, no mnimo, por oito dos membros presentes.

    7 O Presidente da sesso votar como os demais Desembargadores, cabendo-lhe, em caso de

    empate, o voto de qualidade.

    8 As sesses do rgo Especial sero convocadas pelo Presidente, por publicao no Dirio

    Oficial e comunicao dirigida ao gabinete do Desembargador, com antecedncia mnima de oito

    dias, sendo obrigatria a distribuio da matria administrativa at setenta e duas horas antes da

    realizao delas, ressalvados os casos excepcionais.

  • 9 Em casos excepcionais, os prazos fixados neste artigo e em seus pargrafos podero ser

    relevados, se assim dispuserem, pelo menos, oito Desembargadores presentes sesso.

    Art. 23. Compete ao rgo Especial, alm de outras atribuies fixadas neste Regimento:

    I - julgar, originariamente:

    a) as aes rescisrias de seus acrdos;

    b) os agravos regimentais opostos a decises do Corregedor e do Vice-Corregedor, quando no

    atacveis por recursos previstos na lei processual, salvo em matria de competncia exclusiva do

    Tribunal Pleno;

    c) o habeas corpus e o habeas data em processos de sua competncia;

    d) os mandados de segurana contra atos praticados em processos de sua competncia;

    e) os mandados de segurana contra atos praticados pelos membros de Comisso de Concurso;

    II - julgar:

    a) os embargos de declarao opostos a seus acrdos;

    b) as habilitaes incidentes, as arguies de falsidade, as excees de impedimento e de suspeio

    vinculadas a processos pendentes de sua deciso;

    III - determinar aos Juzes a realizao dos atos processuais e das diligncias necessrias ao

    julgamento dos feitos de sua competncia;

    IV - fiscalizar o cumprimento de suas prprias decises;

    V - fixar os dias de suas sesses;

    VI - convocar Desembargador para formao de quorum, respeitada a ordem de antiguidade;

    VII - dar cincia Corregedoria de atos considerados atentatrios boa ordem processual;

    VIII - homologar acordos celebrados em processos de sua competncia;

    IX - processar e julgar a restaurao de autos, em se tratando de processo de sua competncia;

    X - aprovar a remoo de Juiz mais antigo para a Vara do Trabalho.

    Art. 24. Compete ainda ao rgo Especial exercer as atribuies constantes das alneas c, d e e do

    inciso VI e dos incisos XIX a XXXII e XXXIV do art. 21 deste Regimento.

    CAPTULO V - DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL

    Art. 25. Compete ao Presidente praticar todos os atos necessrios execuo dos servios do

    Tribunal, na forma da Constituio da Repblica, da lei e deste Regimento, cabendo-lhe, alm de

    outras, as seguintes atribuies:

    I - dirigir o Tribunal;

  • II - representar a Instituio, podendo delegar esta atribuio a outro Desembargador;

    III - convocar e presidir as sesses ordinrias e extraordinrias do Tribunal Pleno, do rgo

    Especial e da Seo de Dissdios Coletivos;

    IV - convocar Juiz Titular para formao de quorum, ad referendum do Tribunal Pleno;

    V - proferir despachos de expedientes;

    VI - despachar peties e recursos nos perodos de recesso do Tribunal, bem como homologar

    desistncias e acordos em processos de competncia de rgos julgadores do Tribunal, quando

    apresentados antes da distribuio dos autos ou aps a publicao do acrdo;

    VII - presidir as audincias de distribuio de processos aos Desembargadores;

    VIII - manter a ordem e o decoro durante as sesses, podendo mandar retirar os que as perturbarem,

    impor multas de at um salrio mnimo a quem se portar de modo inconveniente e, se necessrio,

    ordenar a priso;

    IX - despachar representaes contra autoridade sujeita jurisdio do Tribunal;

    X - executar as suas prprias decises e as proferidas pelo Tribunal Pleno, pelo rgo Especial e

    pela Seo de Dissdios Coletivos;

    XI - nomear e dar posse aos Juzes;

    XII - fazer representao ao Corregedor contra Juiz, nos casos de sanes disciplinares;

    XIII - assinar atos de provimento e vacncia dos cargos ou empregos no mbito do Tribunal e dar

    posse aos Servidores;

    XIV - impor penalidades disciplinares aos Servidores do quadro de pessoal do Tribunal;

    XV - antecipar ou prorrogar o expediente do Tribunal;

    XVI - baixar atos normativos e fixar critrios gerais em matria administrativo-financeira,

    autorizando a realizao de despesas e o pagamento delas;

    XVII - conceder frias e licenas a Magistrados e Servidores e organizar a escala de frias dos

    Juzes, sem comprometer a prestao jurisdicional;

    XVIII - organizar a lista de antiguidade dos Desembargadores, dos Juzes Titulares e dos Juzes

    Substitutos, no primeiro ms de cada ano, e atualiz-las a cada movimentao;

    XIX - decidir sobre os pedidos e sobre as reclamaes de Magistrados e Servidores em assunto de

    natureza administrativa;

    XX - prover, na forma da lei, os cargos e as funes do quadro de pessoal, nomear, designar,

    reintegrar, readmitir, remover ou promover Servidores, ouvido o Desembargador, quando se tratar

    de lotao ou movimentao em cargo vinculado ao gabinete deste;

    XXI - designar os ordenadores de despesas e os Servidores que devero compor a Comisso

    Permanente de Licitao;

  • XXII - organizar a Secretaria, o Gabinete e os demais servios auxiliares da Presidncia;

    XXIII - elaborar projetos de lei e submet-los ao Tribunal Pleno para o encaminhamento ao Poder

    ou ao rgo competente;

    XXIV - realizar a movimentao do quadro de Juzes Substitutos para atender aos casos de

    afastamento, de impedimento e de suspeio dos Juzes Titulares, bem como designar Juzes

    auxiliares para as Varas da Regio;

    XXV - exercer a direo geral do foro trabalhista, delegando-a a um de seus Juzes Titulares,

    sempre que possvel, nas localidades em que houver mais de uma Vara do Trabalho;

    XXVI - delegar atribuies administrativas e judicirias ao 1 Vice-Presidente, ao 2 Vice-

    Presidente, a este inclusive as de Ouvidor e de Diretor da Escola Judicial, ao Corregedor, ao Vice-

    Corregedor e, para o exerccio das atribuies do artigo 44 deste Regimento, ao Desembargador

    mais antigo de cada Seo Especializada, de comum acordo com os respectivos Desembargadores;

    XXVII - delegar competncia para a prtica de atos administrativos;

    XXVIII - expedir os atos de aposentadoria dos Juzes e dos Servidores da Regio;

    XXIX - relatar a matria administrativa oriunda da Secretaria Geral da Presidncia, da Diretoria

    Geral e da Diretoria Judiciria, podendo delegar a competncia ao 2 Vice-Presidente;

    - Nota 1: Redao do inciso de acordo com o Ato Regimental TRT3 n. 2, 09/06/2011 (DEJT/TRT3

    14/07/2011).

    - Nota 2: Redao original: " XXIX - relatar a matria administrativa oriunda da Secretaria Geral

    da Presidncia, da Diretoria Geral e da Diretoria Judiciria, podendo delegar a competncia ao Vice-Presidente Administrativo; "

    XXX - prorrogar, a pedido, os prazos para que os Magistrados assumam seus cargos;

    XXXI - despachar as iniciais de dissdios coletivos, bem como as de aes cautelares que as

    antecederem ou que forem ajuizadas antes da distribuio do processo principal, facultada a sua

    delegao ao 1 Vice-Presidente ou a Desembargador integrante da Seo de Dissdios Coletivos,

    ressalvada a competncia do Magistrado plantonista, na forma do art. 182-A deste Regimento e

    ainda:

    a) conciliar e instruir os referidos processos;

    b) designar e presidir as respectivas audincias;

    c) extinguir os processos, sem julgamento do mrito;

    d) delegar a Juiz, nas audincias fora da sede do Tribunal, os atos mencionados nas alneas a e b;

    e) despachar os recursos e promover as execues das decises proferidas pela Seo de Dissdios

    Coletivos;

    XXXII - conciliar e instruir a ao para declarao de nulidade de clusula de Conveno ou de

    Acordo Coletivo de Trabalho, ajuizada pelo Ministrio Pblico do Trabalho, observados os trmites

    e os procedimentos da ao rescisria no que com ela no for incompatvel, facultada a sua

    delegao na forma do inciso anterior;

  • XXXIII - (Revogado)

    XXXIV - exonerar Diretor de Secretaria de Vara do Trabalho, em cumprimento de deciso do

    rgo Especial, em razo de representao de Juiz Titular da Vara ou de Desembargador integrante

    da Administrao do Tribunal;

    XXXV - publicar no stio do Regional, at a ltima sesso do Tribunal Pleno, os seguintes

    calendrios do Tribunal: Institucional da Presidncia do TRT-MG, de Eventos da Escola Judicial e

    da Amatra 3, de Eventos Comemorativos e Festivos, Inauguraes, Feriados e Geral.

    1 As designaes dos Diretores de Secretaria das Varas do Trabalho somente podero recair

    sobre Servidores estveis do quadro de pessoal do Tribunal, bacharis em Direito, dentre aqueles

    lotados na prpria Vara ou noutro rgo local, indicados pelo Juiz Titular ao Presidente.

    3 A indicao de Diretor da Secretaria das Sees Especializadas, da Secretaria de Turma, do

    Assessor da Escola Judicial e do Assessor da Ouvidoria, compete, respectivamente, ao Presidente

    do Tribunal, ao Presidente da Turma e ao 2 Vice-Presidente, no exerccio das funes de Diretor

    da Escola e de Ouvidor.

    4 Excetuados os cargos ou as funes de Secretrio-Geral da Presidncia, Diretor-Geral,

    Assessor de Apoio Externo e Institucional, Assessor de Implementao de Projetos

    Administrativos, Assessor de Comunicao Social, Assessor Especial e Assessor de

    Desembargador, as designaes para o exerccio dos cargos comissionados de CJ-1 a CJ-4 recairo

    sobre Servidores estveis do quadro de pessoal do Tribunal ou da carreira judiciria,

    preferencialmente com formao superior.

    5 vedada a prtica de atos "ad referendum" do Tribunal Pleno ou do rgo Especial, em se

    tratando de matrias constantes dos incisos I a VII, XII a XV e XXIX do art. 21 deste Regimento,

    exceto, no que se refere ao ltimo inciso, quando se tratar de nomeao de Diretor de Secretaria de

    Vara do Trabalho e, nos demais casos, nos primeiros dois meses de cada nova Administrao.

    6 Os atos praticados ad referendum do Tribunal Pleno ou do rgo Especial perdem a sua

    validade e eficcia se, em sessenta dias, improrrogveis, no forem referendados, vedada a

    renovao.

    7 A prtica de atos processuais, durante o recesso, no acarretar fluncia de prazo, que correr a

    partir do primeiro dia til subsequente ao seu trmino, salvo quanto aos processos que tm curso

    normal naquele perodo.

    CAPTULO VI - DAS 1 E 2 VICE-PRESIDNCIAS

    Art. 26. A competncia dos 1 e 2 Vice-Presidentes, a ser exercida por delegao do Presidente do

    Tribunal, ser definida em ato prprio, a ser editado no prazo de quinze dias aps a entrada em

    exerccio dos eleitos para os cargos de direo do Tribunal, ad referendum do rgo Especial.

    Pargrafo nico. A substituio do Presidente do Tribunal nos casos de ausncia, impedimento ou

    suspeio, far-se-, preferencial e sucessivamente, pelo 1 Vice-Presidente, pelo 2 Vice-Presidente

    e este pelo Desembargador mais antigo em exerccio e elegvel.

    CAPTULO VII - DA CORREGEDORIA

  • Art. 27. Compete Corregedoria, por intermdio do Corregedor e do Vice-Corregedor, observados

    os arts. 30 e 31 deste Regimento, exercer as funes de inspeo e correio permanentes com

    relao aos Juzos de primeira instncia e servios judicirios.

    Pargrafo nico. A substituio do Corregedor e do Vice-Corregedor, em caso de ausncia

    simultnea no prevista neste Regimento Interno, far-se-, preferencial e sucessivamente, pelos

    Desembargadores, dentre os mais antigos, em exerccio e elegveis.

    Seo I - Da Secretaria da Corregedoria

    Art. 28. A Corregedoria ter uma Secretaria que se encarregar de ordenar e executar os servios

    que lhe so atinentes, obedecendo ao Regulamento Geral, a este Regimento e s determinaes do

    Corregedor e do Vice-Corregedor, responsabilizando-se, ainda, pela elaborao, publicao e

    demais providncias concernentes estatstica do movimento judicirio de primeira e segunda

    instncia.

    -

    Art. 29. Caber ao Corregedor indicar o Diretor da Secretaria da Corregedoria, observando os

    requisitos fixados no 1 do art. 25 deste Regimento.

    Seo II - Da Competncia do Corregedor e do Vice-Corregedor

    Art. 30. Compete ao Corregedor:

    I - exercer, uma vez por ano e sempre que necessrio, correio nas Varas do Trabalho, nas

    Diretorias de foro e nos servios auxiliares de primeira instncia, facultado tal procedimento por

    meio de informaes fornecidas pelo sistema de dados;

    II - exercer correio extraordinria ou inspeo;

    III - processar:

    a) os pedidos de providncia;

    b) a correio parcial requerida pela parte contra ato ou despacho de Juiz, e, se admitida, julg-la no

    prazo de dez dias, aps a instruo;

    c) as representaes alusivas aos servios judicirios e auxiliares das Varas do Trabalho, alm

    daquelas que envolverem Juiz, determinando e promovendo as medidas necessrias regularidade

    do procedimento administrativo ou jurisdicional;

    IV - apurar, de ofcio ou mediante representao, e ordenar, se necessrio:

    a) o cumprimento de prazos legais pelos Juzes;

    b) a prtica de atos ou de omisses dos rgos e servios auxiliares que devem ser corrigidos;

    c) a permanncia do Juiz nos limites da jurisdio da respectiva Vara ou na regio metropolitana

    em que est sediado o rgo;

    V - baixar provimentos sobre matria de sua competncia, ad referendum do Tribunal Pleno, e

    decidir sobre as questes deles provenientes;

  • VI - prestar informaes sobre Juzes, para fins de acesso, promoo, remoo, permuta e aplicao

    de penalidades;

    VII - aprovar, se a lei no previr, os modelos de livros e de formulrios dos servios de primeira

    instncia;

    VIII - examinar, em correio ou inspeo, autos, livros e papis findos, determinando as

    providncias cabveis, exceto quanto eliminao de processos, que ser realizada na forma da lei;

    IX - expedir instrues normativas aos servios auxiliares das Varas do Trabalho;

    X - instaurar e instruir procedimento para apurar notcia de incorreo ou descumprimento de

    deveres e obrigaes por parte de Juiz, submetendo-o apreciao do Tribunal Pleno, quando puder

    resultar em aplicao de pena, assegurada ampla defesa;

    XI - propor ao Tribunal Pleno, por motivo de interesse pblico, instaurao de processo

    administrativo disciplinar (PAD) contra Juzes;

    XII - comunicar ao Presidente do Tribunal a necessidade de decretar regime de exceo em Vara do

    Trabalho e de designar Juzes que respondam pelo expediente judicirio e definir as normas que

    devem ser observadas, desde que aprovadas pelo rgo Especial;

    XIII - cancelar ou mandar retificar portarias, ordens de servio, instrues e outros atos de natureza

    administrativa, baixados por Juzes e seus servios auxiliares, quando contrariarem a lei ou este

    Regimento;

    XIV - realizar sindicncia no mbito de sua competncia;

    XV - designar os Servidores necessrios para que auxiliem nos trabalhos de correio ou inspeo e

    comunicar ao Presidente o deslocamento destes para localidades distintas da regio metropolitana

    da sede do Tribunal;

    XVI - supervisionar a elaborao, pela Secretaria da Corregedoria, dos relatrios estatsticos sobre

    o movimento processual e sobre a atuao jurisdicional dos rgos e dos Magistrados de primeira e

    de segunda instncia e determinar a respectiva publicao mensal;

    XVII - opinar, com dados tcnico-estatsticos, nos processos que possam criar, ampliar, adequar e

    alterar a jurisdio das Varas do Trabalho da Regio;

    XVIII - adotar, fundamentadamente, medidas para coibir o uso abusivo, pelo Juiz, da faculdade

    prevista no pargrafo nico do art. 135 do Cdigo de Processo Civil;

    XIX - elaborar o Regulamento Interno da Corregedoria, observado este Regimento, e encaminh-lo

    ao Presidente; e

    XX - atuar nos casos de ausncia, impedimento ou suspeio do Vice-Corregedor.

    Pargrafo nico. Faculta-se Associao dos Magistrados da Justia do Trabalho da 3 Regio -

    AMATRA III - ou ao Juiz interessado interpor recurso administrativo junto ao rgo Especial

    sobre as decises a que se referem os incisos IX e XIII deste artigo.

    Art. 31. Compete ao Vice-Corregedor:

  • I - exercer, alternadamente com o Corregedor, segundo convenincia da Corregedoria, as

    atribuies elencadas no art. 30 deste Regimento, observadas as classes procedimentais, exceo

    das constantes nos incisos V e XVI, ressalvada a possibilidade de ato conjunto;

    II - atuar nos casos de ausncia, impedimento ou suspeio do Corregedor; e

    III - exercer outras atribuies que lhe forem delegadas pelo Presidente do Tribunal ou pelo

    Corregedor.

    Seo III - Do Procedimento Correcional

    Art. 32. A correio poder ser instaurada ex officio, a requerimento das partes ou de qualquer interessado e, ainda, por determinao do Tribunal ou do rgo Especial.

    Art. 33. As correies constaro de registro, que discriminar, detalhadamente, sobre toda a

    atividade correcional desenvolvida e sobre as recomendaes feitas.

    Seo IV - Da Correio Parcial

    Art. 34. A correio parcial, desde que no haja recurso especfico, cabvel para corrigir aes,

    omisses, abusos e atos contrrios boa ordem processual, que impliquem erro de procedimento.

    Pargrafo nico. No se tratando de recurso, o prazo para a correio parcial de oito dias,

    independentemente da qualidade do interessado.

    Art. 35. Da petio inicial da correio parcial constar, obrigatoriamente:

    I - a qualificao do autor e a indicao da autoridade a que se refere a impugnao;

    II - o fato com a indicao dos fundamentos jurdicos do pedido;

    III - o pedido e as suas especificaes;

    IV - a indicao das provas necessrias instruo dos fatos alegados.

    1 A certido de inteiro teor ou a cpia reprogrfica da deciso ou do despacho reclamado, alm

    dos documentos indispensveis ao procedimento, instruiro a petio inicial.

    2 A petio inicial e os documentos que a acompanham devero ser apresentados em tantas vias

    quantas forem as autoridades reclamadas.

    3 A inicial, quando subscrita por Advogado, acompanhar-se- do respectivo mandato, na forma

    da lei.

    4 Verificando o Corregedor ou o Vice-Corregedor que a petio inicial no preenche os

    requisitos exigidos neste artigo, ou que apresenta defeitos e irregularidades que dificultem o

    julgamento de mrito, determinar, especificadamente, que o autor a emende, ou a complete, no

    prazo de cinco dias.

    5 A inicial ser indeferida, desde logo, quando no for o caso de correio parcial, ou ainda,

    quando, concedido prazo para a emenda ou complementao da inicial, tal como previsto no 4

    deste artigo, o autor no cumprir a diligncia especificada.

  • Art. 36. Estando a petio em ordem e regularmente instruda, o Corregedor ou o Vice-Corregedor

    mandar autu-la e ordenar a notificao da autoridade reclamada, encaminhando-lhe cpia da

    inicial e dos documentos que a acompanham para que se manifeste em dez dias, seguindo-se, se for

    o caso, a instruo e a deciso.

    Pargrafo nico. A deciso liminar poder ser proferida, se relevante o fundamento ou quando do

    ato impugnado puder resultar a ineficcia da medida requerida.

    Art. 37. Aplicam-se as disposies desta Seo, no que couber, ao pedido de providncia e

    representao.

    CAPTULO VIII - DAS SEES ESPECIALIZADAS

    Seo I - Da Seo de Dissdios Coletivos

    Art. 38. A Seo de Dissdios Coletivos compe-se de dez Desembargadores, alm do Presidente

    do Tribunal.

    1 As sesses sero presididas pelo Presidente do Tribunal e, nos casos de ausncia, de

    impedimento ou de suspeio, pelo 1 Vice-Presidente ou pelo Desembargador mais antigo que

    delas estiver participando.

    2 Realizar-se-o as sesses com a presena mnima de sete Magistrados e, dentre eles, o

    Desembargador que as estiver presidindo.

    Art. 39. Compete Seo de Dissdios Coletivos:

    I - conciliar e julgar os dissdios coletivos e estender ou rever as sentenas normativas;

    II - homologar as conciliaes celebradas nos dissdios coletivos de que trata o inciso anterior;

    III - julgar:

    a) as aes rescisrias propostas contra suas decises normativas;

    b) o habeas corpus e os mandados de segurana contra atos praticados em processos de sua competncia;

    c) as aes anulatrias em matria de sua competncia;

    d) as aes cautelares em processos de sua competncia;

    e) os embargos de declarao opostos a seus acrdos;

    f) os agravos regimentais contra as decises monocrticas de seus membros;

    g) as excees de impedimento e de suspeio arguidas contra os integrantes da Seo;

    h) as excees de incompetncia que lhe forem opostas;

    i) as arguies de falsidade em processos pendentes de sua deciso;

    j) a restaurao de autos, quando se tratar de processo de sua competncia;

  • k) a impugnao ao valor da causa nos processos de sua competncia.

    Pargrafo nico. Compete, ainda, Seo de Dissdios Coletivos:

    I - determinar aos Juzes a realizao dos atos processuais e das diligncias necessrias ao

    julgamento dos feitos que lhe forem submetidos;

    II - fiscalizar o cumprimento de suas prprias decises;

    III - decretar a nulidade dos atos contrrios a suas decises;

    IV - requisitar s autoridades competentes as diligncias necessrias ao esclarecimento dos feitos

    sob sua apreciao, representando contra aquelas que no atenderem a tais requisies;

    V - promover, por proposta de qualquer de seus membros, a remessa de processos ao Tribunal

    Pleno, ao rgo Especial, s Sees Especializadas e s Turmas, quando a matria for da

    competncia destes rgos;

    VI - dar cincia Corregedoria de atos considerados atentatrios boa ordem processual;

    VII - exercer as demais atribuies decorrentes de sua competncia.

    Seo II - Da 1 Seo de Dissdios Individuais

    Art. 40. A 1 Seo de Dissdios Individuais compe-se de onze Desembargadores.

    2 Realizar-se-o as sesses com a presena mnima de sete Magistrados e, dentre eles, o

    Desembargador que as estiver presidindo.

    Art. 41. Compete 1 Seo de Dissdios Individuais julgar:

    I - os mandados de segurana contra atos praticados pelos rgos judicirios de primeira instncia;

    II - o habeas corpus e os mandados de segurana contra atos praticados em processos de sua

    competncia e das Turmas;

    III - os conflitos de competncia entre as Turmas do Tribunal, entre os Relatores e entre as Varas do

    Trabalho da 3 Regio;

    IV - os agravos regimentais contra as decises monocrticas de seus membros;

    V - as excees de impedimento e de suspeio arguidas contra os integrantes da Seo;

    VI - as excees de incompetncia que lhe forem opostas;

    VII - os embargos de declarao opostos a seus acrdos;

    VIII - as habilitaes incidentes e as arguies de falsidade em processos pendentes de sua deciso;

    IX - a restaurao de autos, quando se tratar de processo de sua competncia;

    X - a impugnao ao valor da causa nos processos de sua competncia;

  • XI - as aes rescisrias propostas contra suas decises.

    Pargrafo nico. Compete, ainda, 1 Seo de Dissdios Individuais o exerccio das atribuies de

    que trata o pargrafo nico do art. 39 deste Regimento, bem como eleger seu Presidente, na forma

    do disposto no art. 13 deste Regimento.

    Seo III - Da 2 Seo de Dissdios Individuais

    Art. 42. A 2 Seo de Dissdios Individuais compe-se de onze Desembargadores.

    2 Realizar-se-o as sesses com a presena mnima de sete Magistrados e, dentre eles, o

    Desembargador que as estiver presidindo.

    Art. 43. Compete 2 Seo de Dissdios Individuais julgar:

    I - as aes rescisrias propostas contra as decises dos Magistrados e das Turmas e contra suas

    prprias decises;

    II - as aes cautelares, preparatrias ou incidentais, relativas aos feitos de sua competncia;

    III - os agravos regimentais contra as decises monocrticas de seus membros;

    IV - o habeas corpus e os mandados de segurana contra atos praticados em processos de sua competncia;

    V - as excees de impedimento e de suspeio arguidas contra os integrantes da Seo;

    VI - as excees de incompetncia que lhe forem opostas;

    VII - os embargos de declarao opostos a seus acrdos;

    VIII - as habilitaes incidentes e as arguies de falsidade em processos pendentes de sua deciso;

    IX - a restaurao de autos, quando se tratar de processo de sua competncia;

    X - a impugnao ao valor da causa nos processos de sua competncia.

    Pargrafo nico. Compete, ainda, 2 Seo de Dissdios Individuais o exerccio das atribuies de

    que trata o pargrafo nico do art. 39 deste Regimento, bem como eleger seu Presidente, na forma

    do disposto no art. 13 deste Regimento.

    Seo IV - Dos Presidentes das Sees Especializadas

    Art. 44. Compete ao Presidente de cada Seo Especializada:

    I - presidir as sesses e propor as questes, submetendo-as a julgamento;

    II - votar, apurar os votos emitidos e proclamar as decises;

    III - despachar as peties nos processos ainda vinculados administrativamente Seo aps

    lavrado e assinado o acrdo pelo Relator;

  • IV - manter a ordem e o decoro durante as sesses, podendo mandar retirar os que as perturbarem,

    impor multas de at um salrio mnimo a quem se portar de modo inconveniente e, se necessrio,

    ordenar a priso;

    V - requisitar s autoridades competentes a fora necessria, havendo perturbao da ordem ou

    fundado temor de sua ocorrncia durante as sesses;

    VI - despachar as peties e os requerimentos que lhe forem apresentados;

    VII - cumprir e fazer cumprir as disposies deste Regimento;

    VIII - convocar Desembargador para compor quorum ou proferir o voto de desempate e observar o rodzio entre os convocados;

    IX - elaborar, no momento oportuno, o relatrio dos trabalhos realizados pela Seo no decurso do

    ano anterior;

    X - submeter considerao do Tribunal Pleno, aps a lavratura do respectivo acrdo, os

    processos em que tenha sido considerada relevante arguio de inconstitucionalidade de lei ou de

    ato do poder pblico;

    XI - Aos Presidentes da 1 e da 2 Seo de Dissdios Individuais tambm compete relatar e revisar

    os processos que lhes forem distribudos;

    XII - designar o Magistrado que redigir o acrdo;

    XIII - delegar a Juiz a execuo de custas processuais.

    CAPTULO IX - DAS TURMAS

    Seo I - Da Composio e da Competncia

    Art. 45. As Turmas compem-se de trs ou de quatro Desembargadores, trs dos quais participaro,

    obrigatoriamente, do julgamento.

    1 Para que se identifique e para que se defina sobre a participao dos Desembargadores na

    sesso, observar-se- a vinculao de Relator e Revisor.

    2 Participar do julgamento o Desembargador que se seguir antiguidade do Desembargador

    Revisor.

    3 No havendo reviso, participaro do julgamento os dois Desembargadores que se seguirem

    antiguidade do Relator.

    4 Observar-se- o disposto nos pargrafos anteriores tambm na hiptese de convocao de Juiz

    ou de substituies dos integrantes da Turma.

    Art. 46. Compete a cada Turma:

    I - julgar:

    a) os recursos ordinrios na forma e nos casos previstos em lei;

  • b) os agravos de petio e os agravos de instrumento, estes interpostos contra despachos

    denegatrios de recursos de sua competncia;

    c) as aes cautelares nos feitos a elas submetidos;

    d) os agravos regimentais contra decises de seus membros;

    e) os agravos a que se refere o 1 do art. 557 do Cdigo de Processo Civil contra decises

    monocrticas de seus integrantes;

    f) as excees de impedimento ou de suspeio arguidas contra seus membros e Juzes;

    g) as excees de incompetncia que lhe forem opostas;

    h) o habeas corpus contra rgos judicirios de primeira instncia, facultando-se ao Relator deferir

    o pedido liminarmente;

    i) os embargos de declarao opostos a suas decises;

    j) as habilitaes incidentes e as arguies de falsidade nos processos pendentes de sua deciso;

    k) a restaurao de autos quando se tratar de processo de sua competncia;

    II - impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competncia;

    III - requisitar s autoridades competentes as diligncias necessrias ao esclarecimento dos feitos

    que lhe so submetidos apreciao, representando contra aquelas que no atenderem a tais

    requisies;

    IV - determinar aos Juzes a realizao de atos processuais e as diligncias necessrias ao

    julgamento dos feitos que lhe so submetidos apreciao;

    V - fiscalizar o cumprimento de suas prprias decises;

    VI - decretar a nulidade dos atos contrrios a suas decises;

    VII - exercer, no interesse da Justia do Trabalho, as demais atribuies decorrentes de sua

    jurisdio;

    VIII - promover, por proposta de qualquer de seus membros, a remessa de processos ao Tribunal

    Pleno, ao rgo Especial e s Sees Especializadas, quando a matria for da competncia dos

    referidos rgos;

    IX - dar cincia s autoridades competentes de fatos que possam configurar crime de ao pblica;

    X - dar cincia Corregedoria de atos considerados atentatrios boa ordem processual;

    XI - eleger seu Presidente, na forma do disposto no art. 13 deste Regimento;

    XII - homologar acordos e desistncias de recursos apresentados aps a incluso dos processos em

    pauta e antes de seus julgamentos;

    XIII - exercer as demais atribuies que decorram de sua competncia.

  • Seo II - Do Presidente das Turmas

    Art. 47. Compete ao Presidente da Turma:

    I - presidir as sesses da Turma, propor as questes e submet-las a julgamento;

    II - votar, apurar os votos e proclamar as decises;

    III - relatar e revisar os processos que lhe forem distribudos;

    IV - despachar peties depois de lavrado e assinado o acrdo pelo Relator at a sua publicao;

    V - indicar, na forma deste Regimento, o Secretrio da Turma e o seu substituto;

    VI - supervisionar os trabalhos da Secretaria da Turma;

    VII - convocar as sesses ordinrias e extraordinrias da Turma;

    VIII - manter a ordem e o decoro durante as sesses, podendo mandar retirar os que as perturbarem,

    impor multas de at um salrio mnimo a quem se portar de modo inconveniente e, se necessrio,

    ordenar a priso;

    IX - requisitar s autoridades competentes a fora necessria se houver perturbao da ordem nas

    sesses ou fundado temor quanto sua ocorrncia;

    X - cumprir e fazer cumprir as disposies deste Regimento;

    XI - convocar Desembargador para integrar eventualmente o rgo que preside, a fim de compor

    quorum, observado o rodzio entre os convocados;

    XII - apresentar ao Presidente do Tribunal, na poca prpria, o relatrio dos trabalhos realizados

    pela Turma no decurso do ano anterior;

    XIII - submeter considerao do Tribunal Pleno, por intermdio do Presidente, aps a lavratura do

    respectivo acrdo, os processos em que tenha sido considerada relevante arguio de

    inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder pblico;

    XIV - designar o Magistrado que redigir o acrdo;

    XV - aprovar as pautas de julgamento, organizadas e elaboradas pelo Secretrio da Turma;

    XVI - despachar as peties e os requerimentos que lhe forem apresentados.

    CAPTULO X - DA ESCOLA JUDICIAL

    Art. 48. A Escola Judicial, na forma de seu Regulamento, objetiva o aprimoramento tcnico-

    cultural de Magistrados e de Servidores.

    CAPTULO XI - DOS MAGISTRADOS DO TRABALHO

    Seo I - Disposies Gerais

  • Art. 49. Os Desembargadores so vitalcios e inamovveis, e os Juzes sero vitalcios aps dois

    anos de exerccio, tornando-se inamovveis a partir de sua promoo a Juiz Titular de Vara do

    Trabalho.

    1 O Magistrado de qualquer grau no poder ser removido compulsoriamente do rgo que

    atue para outro, salvo no interesse pblico.

    2 A instaurao do procedimento administrativo para perda do cargo ser precedida de

    deciso fundamentada, observados os princpios do contraditrio e da ampla defesa.

    Seo II - Da Disciplina Judiciria

    Art. 50. So penas disciplinares aplicveis aos Magistrados:

    I - advertncia;

    II - censura;

    III - remoo compulsria;

    IV - disponibilidade;

    V - aposentadoria compulsria; e

    VI - demisso.

    1 A advertncia e a censura so penas aplicveis aos Juzes de primeiro grau.

    2 As penalidades previstas nos incisos IV e V do "caput" deste artigo, aps o devido

    julgamento pelo rgo competente, sero aplicadas com vencimentos proporcionais ao tempo de

    servio.

    Art. 51. A pena de advertncia ser aplicada ao Juiz de primeiro grau negligente em cumprir os

    deveres do cargo.

    Pargrafo nico. A pena ser de censura se reiterada a negligncia e nos casos de procedimento

    incorreto ou incompatvel com o exerccio da funo, quando a infrao no justificar punio mais

    grave.

    Seo II - Da Advertncia e da Censura

    Art. 52. Ao Juiz no vitalcio podero ser aplicadas as penas de censura, de remoo compulsria e

    de demisso por interesse pblico, em caso de:

    I - violao s proibies contidas na Constituio Federal e nas normas legais;

    II - negligncia no cumprimento dos deveres do cargo;

    III - procedimento incompatvel com a dignidade, a honra e o decoro das funes;

    IV - escassa ou insuficiente capacidade de trabalho; ou

  • V - comportamento funcional incompatvel com o bom desempenho das atividades do Poder

    Judicirio.

    Pargrafo nico. A demisso por interesse pblico ser aplicada se a gravidade da falta cometida

    no justificar aplicao da pena de censura ou de remoo compulsria.

    Art. 53. Ao Magistrado vitalcio, podero ser aplicadas, por interesse pblico, as penas de remoo

    compulsria, disponibilidade e aposentadoria compulsria, esta nos seguintes casos:

    I - mostrar-se negligente no cumprimento dos deveres;

    II - proceder de forma incompatvel com a dignidade, a honra e o decoro das funes;

    III - demonstrar escassa ou insuficiente capacidade de trabalho; ou

    IV - apresentar comportamento funcional incompatvel com o bom desempenho das atividades do

    Poder Judicirio.

    Pargrafo nico. A aplicao da pena de remoo compulsria, nos termos do "caput" deste artigo,

    restringe-se ao Juiz Titular de Vara do Trabalho.

    Seo III - Da Denncia e da Sindicncia

    Art. 54. O Corregedor ou o Vice-Corregedor, no caso de Magistrado de primeiro grau, o

    Presidente, no caso de Desembargador, quando tiver cincia de irregularidade, dever promover sua

    apurao imediata mediante instaurao de sindicncia ou proposta de abertura de processo

    administrativo disciplinar (PAD), observando, neste caso, o art. 56-D, deste Regimento.

    Art. 55. A denncia de irregularidade praticada por Magistrado poder ser feita por qualquer

    pessoa, desde que contenha a identificao, o endereo do denunciante e seja formulada por escrito,

    com firma reconhecida.

    1 A autoridade competente, em despacho fundamentado, receber, ou no, a denncia.

    2 Recebida a denncia, a autoridade proceder sua apurao, na forma do art. 54 deste

    Regimento.

    3 A denncia no recebida ser arquivada por falta de objeto.

    Art. 56. Instaurada a sindicncia, a autoridade competente determinar a notificao pessoal do

    Magistrado para, no prazo de cinco dias, prestar informaes, contado do recebimento da

    notificao.

    Art. 56-A. Da sindicncia poder resultar:

    I - arquivamento; ou

    II - proposta de instaurao de processo administrativo disciplinar.

    Pargrafo nico. O prazo para concluso da sindicncia no exceder 45 dias, podendo ser

    prorrogado por igual perodo, a critrio da autoridade competente.

  • Art. 56-B. Concluda a sindicncia, a autoridade competente comunicar o resultado

    Corregedoria Nacional de Justia, no prazo de 15 dias, contado da deciso proferida.

    Pargrafo nico. Das decises previstas nos arts. 55, 1 e 56-A, "caput", I e II, caber agravo

    regimental, na forma do art. 166, I, b, deste Regimento, por parte dos interessados, no prazo de 8

    dias, contado da data do recebimento da intimao.

    Seo IV

    Do Processo Administrativo Disciplinar (PAD)

    Art. 56-C. O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ter incio:

    I - por deliberao do Tribunal Pleno, mediante proposta do Presidente, do Corregedor ou do Vice-

    Corregedor, nos termos do art. 54 deste Regimento;

    II - de ofcio ou por representao fundamentada do Poder Executivo ou Legislativo, do Ministrio

    Pblico ou do Conselho Federal ou Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil; ou

    III - por determinao do Conselho Nacional de Justia, acolhendo proposta do Corregedor

    Nacional ou deliberao do seu Plenrio.

    Art. 56-D. Antes da deciso pela instaurao do processo a autoridade competente notificar

    pessoalmente o Magistrado para, no prazo de 15 dias, apresentar defesa prvia, contado da data da

    entrega da cpia do teor da acusao e das provas existentes.

    1 Findo o prazo, haja ou no sido apresentada, a autoridade competente submeter ao Tribunal

    Pleno relatrio conclusivo com a proposta de instaurao de PAD ou de arquivamento.

    2 O Presidente, o Corregedor e o Vice-Corregedor tero direito a voto.

    Art. 56-E. Determinada a instaurao do PAD, pelo voto da maioria absoluta dos membros do

    Tribunal, o respectivo acrdo ser acompanhado de portaria que conter a imputao dos fatos e a

    delimitao do teor da acusao.

    1 O Relator ser sorteado dentre os Magistrados que integram o Pleno do Tribunal e no haver

    revisor.

    2 No poder ser Relator o Magistrado que dirigiu o procedimento preparatrio.

    3 O PAD ter o prazo de 140 dias para ser concludo, prorrogvel, quando imprescindvel para o

    trmino da instruo e houver motivo justificado, mediante deliberao do Tribunal Pleno.

    Art. 56-F. Caso a proposta de abertura de PAD seja acolhida, adiada ou deixe de ser apreciada por

    falta de qurum, cpia da ata da respectiva sesso ser encaminhada para a Corregedoria do

    Conselho Nacional de Justia, no prazo de 15 dias, contado da sesso.

    Art. 56-G. O Tribunal Pleno, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, na oportunidade em

    que determinar a instaurao do PAD, em deciso fundamentada, decidir se afasta do cargo o

    Magistrado at a deciso final ou por prazo determinado, assegurado o subsdio integral.

  • Pargrafo nico. Decretado o afastamento, o Magistrado ficar impedido de exercer atividade em

    seu local de trabalho e de usufruir de prerrogativas inerentes ao exerccio da funo.

    Art. 56-H. Instaurado o PAD, o Relator determinar a intimao do Ministrio Pblico para

    manifestao no prazo de cinco dias.

    Art. 56-I. Decorrido o prazo do artigo anterior, o Relator determinar a citao do Magistrado,

    acompanhada da cpia do acrdo que ordenou a instaurao do PAD e da respectiva portaria, para

    apresentar a defesa e as provas que entender necessrias, em cinco dias, observando que:

    I - caso haja dois ou mais Magistrados no polo passivo, o prazo para defesa ser comum e de dez

    dias, contados da intimao do ltimo;

    II - o Magistrado que mudar de residncia fica obrigado a informar, por escrito, ao Relator,

    Corregedoria e ao Presidente do Tribunal o endereo em que receber citaes, notificaes e

    intimaes;

    III - quando o Magistrado estiver em lugar incerto ou desconhecido, ser citado por edital, com

    prazo de 30 dias, a ser publicado, uma vez, no rgo oficial de imprensa utilizado pelo Tribunal

    para divulgar seus atos;

    IV - considerar-se- revel o Magistrado que, regularmente citado, no apresentar defesa no prazo

    assinado; e

    V - declarada a revelia, o Relator poder designar defensor dativo ao requerido, concedendo-lhe

    igual prazo para a apresentao da defesa.

    Art. 56-J. Decorrido o prazo para a apresentao da defesa, o Relator decidir sobre a realizao

    dos atos de instruo e a produo de provas requeridas, determinando, de ofcio, as que entender

    necessrias.

    1 Para a colheita das provas o Relator poder delegar poderes a Magistrado de primeiro grau.

    2 Para os demais atos de instruo, ser intimado o requerido ou o seu procurador, se houver.

    3 Na instruo do processo sero inquiridas, no mximo, oito testemunhas de acusao e, at oito

    de defesa, por requerido, que justificadamente tenham ou possam ter conhecimento dos fatos

    imputados.

    4 A produo de provas destinadas elucidao dos fatos observar, subsidiariamente, no que

    couber, as normas da legislao processual penal e a legislao processual civil, sucessivamente.

    5 A inquirio das testemunhas e o interrogatrio devero ser feitos em audincia una, ainda que

    em dias sucessivos.

    6 O interrogatrio do requerido ser realizado aps a produo de todas as provas e a intimao

    ocorrer com, no mnimo, 48 horas de antecedncia.

    Art. 56-K. Finda a instruo, o Ministrio Pblico e, em seguida, o requerido ou seu procurador

    tero dez dias para manifestao e razes finais, respectivamente.

  • Art. 56-L. O julgamento do PAD ocorrer em sesso pblica e sero fundamentadas as decises,

    inclusive as interlocutrias.

    1 Em determinados atos processuais e de julgamento, a presena poder ser limitada s partes e

    aos seus advogados, desde que preservado o interesse pblico.

    2 Para o julgamento, sero disponibilizados aos integrantes do rgo julgador acesso

    integralidade dos autos do PAD.

    3 O Presidente, o Corregedor e o Vice-Corregedor tero direito a voto.

    4 O Tribunal comunicar Corregedoria Nacional de Justia, no prazo de 15 dias da respectiva

    sesso, o resultado do julgamento do processo administrativo disciplinar tratado neste artigo.

    Art. 56-M. A punio ao Magistrado somente ser imposta por voto da maioria absoluta dos

    membros do Tribunal.

    Pargrafo nico. Na hiptese de divergncia quanto pena, sem que se tenha formado maioria

    absoluta em relao a qualquer delas, a votao passar a ser especfica para cada pena disciplinar

    at que se alcance maioria absoluta.

    Art. 56-N. Entendendo o Tribunal que existem indcios de crime de ao pblica incondicionada, o

    Presidente remeter cpia dos autos ao Ministrio Pblico.

    Art. 56-O. O Magistrado, aps dois anos em disponibilidade, poder, por pedido instrudo e

    justificado, requerer seu aproveitamento ou a transformao da pena em aposentadoria compulsria.

    1 Admitido o aproveitamento, pela maioria absoluta dos Desembargadores do Tribunal Pleno, o

    tempo de disponibilidade somente ser computado para a aposentadoria.

    2 Se no solicitada, pelo Magistrado, a providncia prevista no "caput" deste artigo, poder a

    Administrao do Tribunal reabrir o processo para transformar a disponibilidade em aposentadoria

    compulsria, assegurada ampla defesa.

    Art. 56-P. A instaurao de PAD, bem como as penalidades definitivamente impostas pelo

    Tribunal e as alteraes decorrentes de julgados do Conselho Nacional de Justia sero anotadas

    nos assentamentos do Magistrado mantidos pela Corregedoria.

    Art. 56-Q. Aplicam-se, subsidiariamente, aos procedimentos disciplinares contra Magistrados, e

    desde que no conflitem com o Estatuto da Magistratura, a regulamentao do Conselho Nacional

    de Justia e do Conselho Superior da Justia do Trabalho, alm das normas e princpios relativos ao

    processo administrativo disciplinar das Leis n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e n. 9.784, de 29

    de janeiro de 1999.

    Art. 56-R. O prazo para a prescrio de falta funcional praticada por Magistrado de cinco anos,

    contado da data em que o Tribunal tomou conhecimento do fato, salvo quando configurar tipo

    penal, hiptese em que o prazo ser o do Cdigo Penal.

    1 A interrupo da prescrio ocorre com a deciso do Tribunal Pleno que determinar a

    instaurao do PAD.

  • 2 O prazo prescricional pela pena aplicada comea a fluir, nos termos do 3 do art. 56-E deste

    Regimento, do 141 dia aps a instaurao do PAD.

    3 A prorrogao do prazo para a concluso do PAD, prevista no 3 do art. 56-E deste

    Regimento, no impede o incio da contagem do prazo prescricional de que trata o pargrafo

    anterior.

    Seo IV - Do Processo de Invalidez

    Art. 57. O processo de invalidez do Magistrado, para fins de aposentadoria, ser disciplinado pelo

    art. 76 da Lei Complementar 35/79 e pelas regras constantes deste Regimento.

    1 Os exames sero realizados por uma Junta de trs mdicos do Tribunal, facultado ao

    Magistrado, desde logo, indicar assistente, oferecendo os quesitos.

    2 Se o Servio Mdico do Tribunal estiver impossibilitado para proceder avaliao, ficar a

    critrio do Presidente do Tribunal, ad referendum do Pleno, indicar outros profissionais da sade.

    Art. 58. A deciso concernente ao processo que verifica a invalidez do Magistrado, fundamentada

    em fatos determinantes, cabe ao Tribunal Pleno que agir:

    I - a requerimento do Magistrado;

    II - em cumprimento determinao do Tribunal Pleno ou do rgo Especial;

    III - por provocao do Presidente do Tribunal ou da Corregedoria.

    1 Se a maioria dos Desembargadores admitir a instaurao do processo, o Magistrado ser

    afastado do exerccio do cargo, at que seja, no prazo de sessenta dias, proferida a deciso.

    2 Em se tratando de incapacidade mental, o Presidente do Tribunal nomear curador, ad

    referendum do Pleno, sem prejuzo da defesa que o Magistrado possa oferecer, pessoalmente ou por procurador.

    3 Cabe Junta Mdica, no prazo de quinze dias, oferecer laudo fundamentado, assinado pelos

    membros dela e, se houver, pelo assistente.

    4 No se submetendo percia mdica, por recusa, fica o Magistrado sujeito ao julgamento

    fundado em quaisquer outras provas.

    5 Instrudo o processo, o curador, se for o caso, o Magistrado ou seu procurador poder oferecer

    razes finais, no prazo comum de quinze dias.

    6 Distribudo o processo, o Relator lanar relatrio sucinto e solicitar a designao de dia para

    julgamento pelo Tribunal Pleno.

    7 A deciso pela aposentadoria efetivar-se- pelo voto da maioria absoluta dos Desembargadores

    do Tribunal Pleno.

    8 Em conselho, assegurar-se- a sustentao oral ao procurador do Magistrado por dez minutos

    e, aps, votaro o Relator e os demais Desembargadores.

  • Art. 59. Declarada a invalidez, o Presidente do Tribunal expedir o ato de aposentadoria do Juiz e,

    em se tratando de Desembargador, encaminhar o processo ao Poder Executivo.

    Seo V - Das Frias

    Art. 60. As frias dos Magistrados sero individuais, de sessenta dias por ano, podendo ser

    parceladas em dois perodos no inferiores a trinta e um dias para os Desembargadores, e no

    inferiores a trinta dias para os Juzes.

    1 As frias dos Desembargadores devero ser requeridas com a antecedncia mnima de

    quarenta e cinco dias.

    2 Os membros da Administrao do Tribunal podero parcelar as frias em perodos de no

    mnimo dez dias cada, no podendo goz-las, simultaneamente, o Presidente e os 1 e 2 Vice-

    Presidentes, bem como o Corregedor e o Vice-Corregedor do Tribunal.

    Art. 61. Os Juzes tero as frias, sempre que possvel, de acordo com a convenincia de cada um,

    devendo o Presidente do Tribunal ouvir os interessados e, at o ms de novembro, organizar a

    escala a ser observada no ano subsequente.

    Seo VI - Das Licenas

    Art. 62. O Magistrado poder afastar-se de suas funes sem prejuzo dos vencimentos integrais ou

    de qualquer direito ou vantagem legal, em razo de:

    I - tratamento de sade;

    II - doena do cnjuge, do companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou da madrasta e do

    enteado ou de dependente que viva s suas expensas e conste do assentamento funcional;

    III - casamento, por oito dias;

    IV - repouso para a gestante, por cento e vinte dias;

    V - paternidade, por cinco dias;

    VI - falecimento de cnjuge, companheiro ou parente, inclusive por afinidade, na linha reta ou

    colateral, at o segundo grau, bem como madrasta ou padrasto, enteados e menor sob guarda ou

    tutela, por oito dias.

    1 A licena para tratamento de sade, por prazo superior a trinta dias, bem como prorrogaes

    que impliquem perodo ininterrupto superior, tambm, a trinta dias, dependem de laudo de mdico

    do Tribunal ou de laudo por ele aprovado, procedendo-se, se for o caso, s diligncias necessrias.

    2 Na hiptese do inciso II deste artigo, exigir-se- laudo de mdico do Tribunal ou por ele

    aprovado, e a licena poder ser concedida pelo prazo de trinta dias, cabendo prorrogao por igual

    perodo.

    3 Os perodos de licena dos Magistrados no tero limites inferiores aos reconhecidos, por lei,

    para os servidores pblicos da Unio.

  • Art. 63. Inexistindo contra-indicao mdica, o Magistrado licenciado para tratamento de sade

    poder atuar nos processos que lhe tenham sido conclusos para julgamento ou neles tenha lanado

    visto como Relator ou Revisor, antes da licena.

    Art. 64. Conceder-se-, ainda, afastamento a Magistrado vitalcio, sem prejuzo de vencimentos e

    vantagens:

    I - para frequncia a cursos, congressos ou seminrios de aperfeioamento em instituies

    superiores de ensino, oficialmente reconhecidas, pelo prazo mximo de dois anos consecutivos, a

    critrio do rgo Especial e de acordo com a respectiva regulamentao;

    II - para exercer a presidncia de associao de classe, na forma da lei.

    Seo VII - Das Convocaes e das Substituies

    Art. 65. (Revogado)

    Art. 66. Em caso de vaga, eleio para cargo de administrao ou afastamento de Desembargador

    por prazo superior a trinta dias, o rgo Especial, pela maioria absoluta de seus membros efetivos,

    convocar Juiz Titular para ocupar o cargo em substituio temporria, observados os princpios da

    impessoalidade, da isonomia, da capacidade tcnica e da eficincia.

    1 Em casos excepcionais, observados os princpios constantes do caput deste artigo, o Presidente

    do Tribunal poder proceder convocao, ad referendum da maioria absoluta dos membros efetivos do rgo Especial.

    2 Afastando-se o Desembargador por motivo de frias, o Juiz ser convocado com antecedncia

    de oito dias e receber a distribuio a partir da data da convocao.

    5 No se proceder convocao de Juiz com a antecedncia de oito dias na hiptese de gozo de

    novo perodo de frias pelo Desembargador quando este se iniciar com prazo inferior a trinta dias

    do trmino da vinculao do Juiz que o substituiu.

    6 Nas substituies em razo de frias dos Membros da Administrao, a convocao do

    Desembargador e a do Juiz que o substituir dar-se-o a partir da data da substituio.

    7 vedado ao Desembargador cancelar ou reduzir as frias que lhe foram deferidas se o seu

    substituto tiver sido convocado na forma dos 2 e 3 deste artigo.

    8 No podero ser convocados Juzes que tenham sofrido punio nos ltimos dois anos ou que

    respondam ao procedimento previsto no art. 27 da Lei Complementar 35/79, bem como os que

    tiverem acmulo no justificado de processos com prazo vencido, consoante informaes do

    Corregedor.

    9 No caso de vaga, as convocaes sero feitas por seis meses prorrogveis.

    10. Far-se- redistribuio ao Juiz convocado, na forma do 5 do art. 88, dos processos de

    Desembargador que, na condio de Revisor, forem remetidos ao seu gabinete a partir do incio da

    convocao.

    11. O Desembargador que for convocado para substituir os Membros da Administrao dever,

    ao trmino da substituio, de imediato, devolver ao substitudo os processos que se encontrarem

  • em seu poder, exceto aqueles que, com o seu visto, j tenham sido remetidos para exame do rgo

    competente.

    12. O Membro da Administrao, se terminado o perodo de sua substituio em relao aos

    processos judiciais, ou em qualquer hiptese, querendo, em se tratando de matria administrativa,

    participar do exame do processo remetido por seu substituto, na forma do pargrafo anterior, desde

    que substituto e substitudo componham o rgo a que se submetia a matria, ressalvadas as

    hipteses de impedimento e suspeio.

    Art. 67. O Juiz que for convocado para complementao de quorum participar do julgamento dos processos de matrias administrativas, excetuadas aquelas no delegadas ao rgo Especial.

    Art. 68. Os Juzes Titulares sero substitudos por designao do Presidente do Tribunal nos casos

    de licena, frias ou impedimentos legais.

    Pargrafo nico. Havendo imperiosa necessidade, o Presidente do Tribunal poder determinar que

    Juiz Titular acumule, eventualmente, outra Vara do Trabalho, ainda que fora dos limites de sua

    jurisdio.

    Art. 69. Nos casos de convocao ou retorno do Desembargador, os processos distribudos sero

    impulsionados pelo Magistrado que assumir o gabinete, ressalvadas a vinculao daqueles com

    visto lanado e as demais hipteses previstas neste Regimento.

    1 O Juiz convocado ficar vinculado por oito dias, sendo substitudo, em sua Vara do Trabalho,

    por igual prazo.

    2 A vinculao referida no pargrafo anterior e no 3 do art. 88 somente se dar quando a

    convocao importar em pelo menos trs distribuies semanais de processos ao Juiz.

    3 Aps o prazo de vinculao, o Juiz convocado somente retornar ao Tribunal para ultimar o

    julgamento daqueles processos que lhe foram distribudos como Relator e os de Revisor que j se

    encontravam no gabinete no termo final da convocao, que devero ser julgados na primeira

    sesso em que comparecer.

    Art. 70. Em qualquer poca, em situao de excepcionalidade, poder o rgo Especial decidir

    pela convocao de Juzes Titulares para atuarem no Tribunal, observados os princpios constantes

    do "caput" do art. 66 deste Regimento.

    CAPTULO XII - DA DIREO DO FORO

    Art. 71. A Diretoria do Foro ser exercida entre os Juzes da mesma localidade, por rodzio,

    durante seis meses, a iniciar-se pelo mais antigo, inadmitida a recusa, salvo por motivo relevante, a

    critrio do Presidente do Tribunal.

    1 O Diretor do Foro acumular o encargo com as atribuies de Juiz do Trabalho e ser

    substitudo, em seus afastamentos, pelo Juiz da localidade que se lhe seguir em antiguidade.

    2 A Diretoria do Foro de Belo Horizonte ser exercida por um ano, com incio em 1 de janeiro e

    trmino em 31 de dezembro de cada ano, podendo o Juiz ser afastado da respectiva Vara do

    Trabalho.

    Art. 72. Compete ao Diretor do Foro:

  • I - despachar expedientes e peties antes da distribuio, ainda que apresentados nos perodos de

    recesso do Tribunal;

    II - exercer as funes de distribuidor;

    III - decidir sobre questes judiciais que no estejam subordinadas aos demais Juzes em exerccio

    na localidade, procedendo uniformizao, respeitada a competncia regimental do Presidente e do

    Corregedor;

    IV - expedir ordens, proferir despachos de expediente e promover as diligncias necessrias em

    matria de sua competncia;

    V - coordenar, em matria judiciria, sem prejuzo das atribuies do Presidente do Tribunal e do

    Corregedor, as unidades do Foro que no estejam diretamente subordinadas aos demais Juzes em

    exerccio na localidade.

    CAPTULO XIII - DO ACESSO, DA PROMOO E DA REMOO DE JUZES

    Seo I - Do Acesso ao Tribunal

    Art. 73. O acesso ao Tribunal ser por antiguidade e merecimento, alternadamente.

    Art. 74. Ocorrendo vaga no Tribunal, a ser provida por acesso, o Presidente far publicar, nos dez

    dias subsequentes, aviso no rgo Oficial, especificando o critrio de preenchimento, com

    antecedncia de, pelo menos, quinze dias da respectiva sesso no caso de promoo por antiguidade

    e de quarenta dias no caso de promoo por merecimento.

    1 O prazo para a publicao do aviso no rgo Oficial poder ser prorrogado uma vez, por igual

    perodo, mediante deciso fundamentada da Presidncia do Tribunal.

    2 Se o acesso ocorrer pelo critrio da antiguidade, o Tribunal examinar o nome do Juiz mais

    antigo, somente alcanando os demais, sucessivamente, em caso de recusa.

    3 Para acesso por merecimento, o Tribunal elaborar lista trplice, que ser encaminhada ao

    Poder Executivo da Unio, por intermdio do Conselho Superior da Justia do Trabalho, e a ela

    concorrero todos os Juzes que atenderem, cumulativamente, aos seguintes requisitos:

    I - tenham feito inscrio, no prazo de quinze dias, contados da publicao do aviso;

    II - estejam h, no mnimo, dois anos de efetivo exerccio devidamente comprovados no cargo;

    III - componham a primeira quinta parte da lista de antiguidade de Juzes Titulares na data da

    elaborao da lista;

    IV - tenham apresentado a petio de inscrio ao Presidente do Tribunal, instruda com os

    documentos necessrios aferio dos requisitos previstos na alnea "c", inciso II, do art. 93 da

    Constituio da Repblica;

    V - no tenham retido autos processuais, injustificadamente, alm do prazo legal; e

    VI - no tenham sido punidos, nos ltimos doze meses, em processo disciplinar, com pena igual ou

    superior de censura.

  • 4 No havendo, na primeira quinta parte, quem tenha dois anos de efetivo exerccio ou aceite o

    lugar vago, podero concorrer vaga os Juzes Titulares que integrem a segunda quinta parte da

    lista de antiguidade e que atendam aos demais pressupostos, e assim sucessivamente, sempre

    mediante nova publicao do aviso no rgo Oficial, do qual dever constar a ampliao dos Juzes

    que podero concorrer.

    5 A quinta parte da lista de antiguidade deve sofrer arredondamento para o nmero inteiro

    superior, caso fracionrio o resultado da aplicao do percentual.

    6 Se algum integrante da quinta parte no manifestar interesse, participam os demais integrantes,

    no sendo admissvel sua recomposio.

    Art. 75. O merecimento ser aferido primordialmente pelos seguintes critrios, com a valorao de

    zero at a pontuao mxima estipulada:

    I - desempenho: 20 pontos;

    II - produtividade: 30 pontos;

    III - presteza no exerccio da jurisdio: 25 pontos;

    IV - aperfeioamento tcnico: 10 pontos; e

    V - adequao da conduta ao Cdigo de tica da Magistratura: 15 pontos.

    1 Na avaliao do merecimento, no sero utilizados critrios que atentem contra a

    independncia funcional e a liberdade de convencimento do Magistrado, tais como ndice de

    reforma de decises.

    2 A pontuao dos subitens que compem cada um dos critrios acima ser individualizada,

    sendo a pontuao de cada critrio calculada pela mdia aritmtica dos pontos de seus subitens.

    3 A Escola Judicial fornecer documento padronizado, em que certificar a validade dos cursos

    oficiais ou reconhecidos de aperfeioamento e as informaes relativas sua frequncia e

    aproveitamento, para apurao do aperfeioamento tcnico.

    4 Os Juzes Titulares interessados devero requerer os documentos de que tratam os pargrafos

    anteriores com antecedncia de at oito dias da data limite para sua inscrio ao acesso por

    merecimento, os quais sero fornecidos pela Corregedoria e pela Escola Judicial at cinco dias

    antes da referida data.

    5 Facultar-se- ao Juiz, na petio de inscrio, pronunciar-se sobre o contedo dos documentos

    fornecidos pela Corregedoria Regional e pela Escola Judicial.

    6 Efetuada a inscrio, os Juzes sero notificados para tomar cincia das informaes relativas a

    todos os concorrentes, podendo oferecer impugnao, no prazo de cinco dias, a ser revista pelo

    Colegiado, na sesso para formao da lista trplice.

    7 Considerar-se-o, na avaliao da adequao da conduta ao Cdigo de tica da Magistratura:

  • I - positivamente: independncia, imparcialidade, transparncia, integridade pessoal e profissional,

    diligncia e dedicao, cortesia, prudncia, sigilo profissional, conhecimento e capacitao,

    dignidade, honra e decoro; e

    II - negativamente: processo administrativo disciplinar (PAD) ainda no concludo contra o

    Magistrado concorrente e sanes aplicadas no perodo da avaliao, no consideradas

    representaes sem deciso definitiva, salvo com determinao de afastamento prvio do

    Magistrado ou, com deciso definitiva, se datarem de mais de dois anos da abertura do edital.

    8 A avaliao tomar por referncia o prazo de vinte e quatro meses imediatamente anteriores

    data do requerimento de inscrio.

    9 Os Desembargadores recebero cpia dos pedidos de inscrio, instrudas com os documentos

    dos candidatos ao acesso e as impugnaes de que trata o 6 deste artigo, com antecedncia

    mnima de quinze dias da sesso.

    Seo II - Da Votao

    Art. 76. Em se tratando de acesso por antiguidade, o Presidente do Tribunal propor a

    homologao do nome do Juiz mais antigo, ouvido o Corregedor Regional, que prestar

    informaes em conselho, se for o caso.

    1 Havendo divergncia, aps instalado o Conselho, o Desembargador discordante fundamentar

    as razes da sua recusa, a qual ser submetida votao.

    2 No alcanados os dois teros a que se refere a alnea d do inciso II do art. 93 da Constituio da Repblica, homologar-se- o nome do Juiz mais antigo.

    3 Alcanados os dois teros, a recusa ser fundamentada pelo Desembargador que primeiro a

    apresentou, lanando-se os motivos nos assentamentos do candidato.

    4 Reaberta a sesso e proclamado o resultado com a indicao dos Desembargadores vencidos,

    proceder-se-, se for o caso, apreciao do nome do Juiz seguinte na antiguidade, observado o

    mesmo procedimento.

    Art. 77. No acesso por merecimento, a votao para a lista trplice ser realizada em sesso pblica,

    de forma nominal, aberta e fundamentada, podendo a escolha recair em qualquer dos Juzes

    inscritos, desde que cada votante aponte os critrios valorativos que levaram escolha.

    1 A Corregedoria centralizar a coleta de dados para avaliao de desempenho, fornecendo os

    mapas estatsticos para os Magistrados avaliadores.

    2 Figurar na lista o candidato que alcanar a maioria dos votos dos Desembargadores presentes

    sesso.

    3 Caso no seja formada a lista na primeira votao, somente concorrero, na seguinte, os sete

    candidatos mais votados, subtraindo-se nas votaes subsequentes da lista anterior o nome do

    menos votado e, assim, sucessivamente, at fixar-se nos dois mais votados.

    4 Definida a lista, nela figurar, em primeiro lugar, o nome do candidato mais votado e, em caso

    de empate, o Juiz mais antigo preceder ao mais moderno e, assim, sucessivamente, observada a

    ordem dos escrutnios.

  • 5 Se aps trs escrutnios com apenas dois candidatos, nenhum deles alcanar a maioria dos

    presentes, a lista ser definida pelo mais votado ou, se houver empate, sucessivamente, pelo que j

    figurou em lista anterior ou pela antiguidade.

    6 Os debates e fundamentos da votao sero registrados e disponibilizados, preferencialmente,

    no sistema eletrnico.

    - Nota: Pargrafo acrescentado pelo Ato Regimental TRT3 n. 3, de 11/07/2013 (DEJT/TRT3

    22/07/2013).

    Seo III - Da Remoo e da Promoo

    Art. 78. Ocorrendo vaga em Vara do Trabalho, o Presidente do Tribunal far publicar, nos dez dias

    subsequentes, edital no rgo Oficial, convocando, simultaneamente, os Juzes Titulares para

    remoo, segundo o critrio da antiguidade e, sucessivamente, os Juzes Substitutos para promoo

    por antiguidade ou por merecimento, alternadamente, com prazo de cinco dias para inscrio.

    1 O prazo para publicao do aviso no rgo Oficial poder ser prorrogado uma vez, por igual

    perodo, mediante deciso fundamentada da Presidncia do Tribunal.

    2 Em caso de remoo, dar-se- a posse no prazo improrrogvel de quinze dias.

    Art. 79. A remoo prefere promoo, devendo o candidato apresentar certido de regularidade

    nos servios judicirios que ser expedida pela Corregedoria.

    Art. 80. Para a remoo de Juzes Titulares e para a promoo de Juzes Substitutos, aplicam-se, no

    que couber, as disposies das Sees I e II deste Captulo.

    Pargrafo nico. O procedimento para promoo de Juiz Substituto para Juiz Titular de Vara do

    Trabalho poder ser simplificado, havendo consenso entre os candidatos.

    TTULO II - DA ORDEM DE SERVIO NO TRIBUNAL

    CAPTULO I - DO CADASTRAMENTO E DA DISTRIBUIO DE PROCESSOS

    Art. 81. Os processos de competncia dos rgos judicantes do Tribunal sero classificados de

    acordo com as seguintes designaes e abreviaturas:

    I - Ao Anulatria de Clusulas Convencionais - AACC;

    II - Ao Rescisria - AR;

    III - Agravo - Ag;

    IV - Agravo de Instrumento em Agravo de Petio - AIAP;

    V - Agravo de Instrumento em Recurso de Revista - AIRR;

    VI - Agravo de Instrumento em Recurso Extraordinrio - AIRE;

    VII - Agravo de Instrumento em Recurso Ordinrio - AIRO;

  • VIII - Agravo de Petio - AP;

    IX - Agravo Regimental - AgR;

    X - Arresto - Arrest;

    XI - Atentado - Atent;

    XII - Busca e Apreenso - BusApr;

    XIII - Carta de Ordem - CartOrd;

    XIV - Carta Precatria - CartPrec;

    XV - Carta Rogatria - Rogato;

    XVI - Cauo - Cauao;

    XVII - Cautelar Inominada - CauInom;

    XVIII - Conflito de Competncia - CC;

    XIX - Consulta - Cons;

    XX - Contraprotesto Judicial - CProt;

    XXI - Correio Extraordinria - CorExt;

    XXII - Correio Ordinria - CorOrd;

    XXIII - Dissdio Coletivo - DC;

    XXIV - Dissdio Coletivo de Greve - DCG;

    XXV - Embargos de Terceiro - ET;

    XXVI - Exceo de Impedimento - ExcImp;

    XXVII - Exceo de Incompetncia - ExcInc;

    XXVIII - Exceo de Suspeio - ExcSusp;

    XXIX - Exibio - Exibic;

    XXX - Habeas Corpus - HC;

    XXXI - Habeas Data - HD;

    XXXII - Impugnao ao Valor da Causa - IVC;

    XXXIII - Incidente de Falsidade - IncFal;

    XXXIV - Incidente de Uniformizao de Jurisprudncia - IUJ;

  • XXXV - Interpelao - Inter;

    XXXVI - Justificao - Justif;

    XXXVII - Mandado de Segurana - MS;

    XXXVIII - Mandado de Segurana Coletivo - MSCol;

    XXXIX - Notificao - Notif;

    XL - Oposio - Oposic;

    XLI - Pedido de Reviso do Valor da Causa - PRVC;

    XLII - Petio - Pet;

    XLIII - Precatrio - Precat;

    XLIV - Processo Administrativo Disciplinar em face de Magistrado - PADMag;

    XLV - Processo Administrativo Disciplinar em face de Servidor - PADServ;

    XLVI - Produo Antecipada de Provas - PAP;

    XLVII - Protesto - Protes;

    XLVIII - Reclamao - Rcl;

    XLIX - Reclamao Disciplinar - RclDisc;

    L - Recurso Administrativo - RecAdm;

    LI - Recurso de Multa - RM;

    LII - Recurso Ordinrio - RO;

    LII-A - Recurso Ordinrio - Rito Sumarissimo - ROPS;

    LIII - Reexame Necessrio - ReeNec;

    LIV - Requisio de Pequeno Valor - RPV;

    LV - Restaurao de Autos - ResAut;

    LVI - Sindicncia - Sind;

    LVII - Suspenso de Liminar ou Antecipao de Tutela - SLAT.

    Pargrafo nico. A autuao de processo cuja classe no encontre correspondncia dever ser

    efetivada na classe "Petio - Pet", devendo a Diretoria da Secretaria de Cadastramento Processual

    e Distribuio de Feitos da Segunda Instncia - DSCPDF 2 Instncia com