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Regimento interno do TRT3
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REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3 REGIO
OBS.: O CONTEDO DESTA BASE TEM CARTER MERAMENTE INFORMATIVO, NO
SUBSTITUINDO A PUBLICAO DO REGIMENTO INTERNO NO JORNAL OFICIAL.
SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO E DO RGO ESPECIAL
RESOLUO ADMINISTRATIVA N 180/2006
RESOLVEU , por maioria de votos, vencidos, parcialmente, os Exmos. Juzes Emlia Facchini,
Antnio Fernando Guimares, Ricardo Antnio Mohallem, Denise Alves Horta e Sebastio Geraldo
de Oliveira,
APROVAR o Regimento Interno do Egrgio Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Regio,
que passa a ter a seguinte redao:
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA TERCEIRA
REGIO
TTULO I - DO TRIBUNAL
CAPTULO I - DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1 So rgos da Justia do Trabalho da 3 Regio, nos termos do art. 111 da Constituio
Federal de 1988:
I - o Tribunal Regional do Trabalho; e
II - os Juzes do Trabalho.
Art. 2 O Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regio tem sede na cidade de Belo Horizonte e
jurisdio no territrio do Estado de Minas Gerais.
Art. 3 As Varas do Trabalho tm sede e jurisdio fixadas na forma da lei e esto,
administrativamente, subordinadas ao Tribunal.
CAPTULO II - DA ORGANIZAO DO TRIBUNAL
Art. 4 O Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regio compe-se de quarenta e nove
Desembargadores do Trabalho.
Art. 5 So rgos do Tribunal:
I - o Tribunal Pleno;
II - o rgo Especial;
III - a Presidncia;
IV - a Corregedoria;
V - as Sees Especializadas em Dissdios Coletivos e em Dissdios Individuais;
VI - as Turmas; e
VII - os Desembargadores do Trabalho.
Pargrafo nico. A Escola Judicial e a Ouvidoria so vinculadas Presidncia do Tribunal.
Art. 6 Constituem cargos de direo do Tribunal o de Presidente, o de 1 Vice-Presidente, o de 2
Vice-Presidente, o de Corregedor e o de Vice-Corregedor.
Pargrafo nico. Os Desembargadores somente podero ser eleitos para dois cargos de direo ou
mandatos.
Art. 7 O Tribunal tem o tratamento de Egrgio Tribunal e os seus membros, com a designao de
Desembargadores do Trabalho, o de Excelncia.
Pargrafo nico. Os Desembargadores, os membros do Ministrio Pblico do Trabalho e os
Advogados usaro vestes talares nas sesses, na forma e nos modelos aprovados, facultando-se o
uso nas Varas do Trabalho.
Art. 8 O Tribunal funcionar em composio plena ou dividido em rgo Especial, Sees
Especializadas e Turmas.
Art. 9 Determinar-se- a antiguidade dos Magistrados, sucessivamente:
I - pela posse;
II - pela data da publicao do ato de nomeao ou de promoo;
III - pelo tempo de servio na magistratura do trabalho na 3 Regio;
IV - pela classificao no concurso;
V - pelo tempo de servio pblico;
VI - pela data de abertura da vaga; e
VII - pela idade.
Pargrafo nico. O exerccio prevalecer sobre a posse, desde que no seja com ela concomitante.
Art. 10. Os Desembargadores, o Presidente, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-Presidente, o
Corregedor e o Vice-Corregedor tomaro posse perante o Tribunal Pleno e prestaro o
compromisso de cumprir os deveres do cargo, em conformidade com a Constituio, as leis da
Repblica e o Regimento Interno, lavrando-se o respectivo termo, que ser assinado pelo Presidente
da sesso, pelo empossando e pelo Secretrio-Geral da Presidncia.
1 A requerimento do interessado, a posse ser dada pelo Presidente do Tribunal ou seu substituto,
ad referendum do Tribunal Pleno.
2 A posse e o exerccio ocorrero no prazo de trinta dias aps a publicao no rgo Oficial,
cabendo prorrogao, a requerimento do interessado, por igual perodo.
3 Os Presidentes de Turma tomaro posse perante o rgo que os elegeu.
4 Na posse de Desembargador no haver discursos.
Art. 11. Os Magistrados que forem cnjuges, companheiros ou parentes consanguneos ou afins,
em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, no podero integrar a mesma Seo Especializada ou
Turma do Tribunal.
Pargrafo nico. Nas sesses do Tribunal Pleno ou do rgo Especial, o primeiro Magistrado que
votar excluir a participao do outro no julgamento de processo judicial e de processo
administrativo.
Art. 12. O Presidente, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-Presidente, o Corregedor e o Vice-
Corregedor sero eleitos pelos Desembargadores para um mandato de dois anos.
1 Aos cargos de direo somente concorrero os Desembargadores mais antigos do Tribunal,
observado o disposto no art. 102 da Lei Complementar 35, de 14 de maro de 1979.
2 A eleio dar-se- por aclamao, desde que haja apenas um candidato para cada cargo, e
aprove-a, previamente, a unanimidade dos presentes.
3 Realizar-se- a eleio na terceira quinta-feira do ms de outubro ou, no havendo expediente,
no primeiro dia til subsequente.
4 Os eleitos sero empossados at a terceira semana do ms de dezembro, e o exerccio ocorrer
no dia 1 de janeiro.
5 Para cada cargo, podero inscrever-se, mediante ofcio do interessado ao Presidente, com
antecedncia de at dez dias, todos os Desembargadores, porm concorrero ao pleito somente os
cinco mais antigos dentre os inscritos.
6 Aps a eleio do Presidente, sero eleitos, pela ordem, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-
Presidente, o Corregedor e o Vice- Corregedor.
7 O Desembargador que obtiver o voto da maioria absoluta dos membros efetivos do Tribunal
ser proclamado eleito para o cargo.
8 Repetir-se- o escrutnio, na mesma sesso, desde que no se atenda ao disposto no pargrafo
anterior.
9 Ao novo escrutnio somente podero concorrer os dois Desembargadores mais votados,
proclamando-se como eleito:
I - aquele que obtiver a maioria de votos;
II - havendo empate, o mais antigo.
10. vedada a votao por carta ou por representao.
11. Se ocorrer vacncia para os cargos de direo, far-se- a eleio, na primeira sesso
designada, para o preenchimento das vagas, completando o eleito o perodo restante do mandato de
seu antecessor.
12. O Desembargador eleito na forma do pargrafo anterior ter o perodo do exerccio do
mandato computado para os fins do art. 102 da Lei Complementar 35/79, o que no ocorrer nas
substituies dos Desembargadores afastados por motivo de frias, convocao para o Tribunal
Superior do Trabalho, licena-prmio, doena e outras hipteses legais.
13. Quando a vaga ocorrer aps o trmino do primeiro ano de mandato, o cargo de Presidente ser
exercido pelo 1 Vice-Presidente, o de 1 Vice-Presidente pelo 2 Vice-Presidente, o de 2 Vice-
Presidente pelo Corregedor, o de Corregedor pelo de Vice-Corregedor, e este pelo Desembargador
mais antigo eleito, no alcanado pelo impedimento do art. 102 da Lei Complementar 35/79.
Art. 13. Os Presidentes de Turmas, da 1 e da 2 Seo de Dissdios Individuais sero eleitos dentre
os Desembargadores dos respectivos rgos, em escrutnio secreto ou na forma do 2 do artigo
anterior, na ltima sesso do ano da posse dos Desembargadores da Administrao do Tribunal.
Art. 14. Havendo vaga, qualquer Desembargador poder pleitear a remoo de Seo Especializada
ou Turma, admitindo-se, igualmente, a permuta entre Desembargadores, mediante prvia
autorizao do rgo Especial, observado, em qualquer caso, o critrio da antiguidade.
1 Ao conclurem os seus mandatos, e observadas as vagas existentes, o Presidente, o 1 Vice-
Presidente, o 2 Vice-Presidente, o Corregedor e o Vice-Corregedor, nesta ordem, tero a
preferncia para escolher a Turma e a Seo Especializada s quais vo incorporar-se.
2 O Desembargador nomeado para o Tribunal ter assento no rgo em que existir a vaga.
3 O Desembargador que se remover ficar vinculado, no mesmo rgo, aos processos que lhe
tenham sido distribudos como Relator e aos de Revisor que se encontrarem em seu gabinete at a
data de sua remoo, vinculao essa que se estende aos embargos de declarao de seus acrdos.
Art. 15. Nas sesses do Tribunal Pleno, do rgo Especial, das Sees Especializadas e das
Turmas, observar-se- o seguinte:
I - o Presidente ter assento junto mesa julgadora, na sua parte central;
II - os demais Desembargadores, alternadamente, ocuparo os assentos laterais, a iniciar pela direita
do Presidente, comeando, sucessivamente, conforme o rgo, pelo 1 Vice-Presidente, 2 Vice-
Presidente, Corregedor e Vice-Corregedor, seguindo-se na ordem de antiguidade, entre os
Desembargadores, adotando-se o mesmo procedimento em relao aos Juzes convocados;
III - o representante do Ministrio Pblico do Trabalho ter assento imediatamente direita do
Presidente;
IV - nas sesses solenes, os Desembargadores aposentados do Tribunal tero assento em lugares
que lhes sero reservados no Plenrio.
CAPTULO III - DO TRIBUNAL PLENO
Art. 16. O Tribunal Pleno constitudo pela totalidade de seus Desembargadores, e as sesses dele
sero presididas pelo Presidente.
Pargrafo nico. Nos casos de ausncia, impedimento ou suspeio do Presidente, presidir a
sesso, pela ordem, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-Presidente, o Corregedor, o Vice-Corregedor ou
o Desembargador mais antigo.
Art. 17. As sesses do Tribunal Pleno sero pblicas e, para a instalao delas, exigir-se- quorum
mnimo de metade mais um de seus membros efetivos, alm do Desembargador que a estiver
presidindo, excluindo-se da apurao os Desembargadores:
I - ausentes por licena mdica;
II - impedidos;
III - suspeitos.
Pargrafo nico. Na apreciao de matria judiciria, os Juzes convocados comporo o quorum, exceto nos casos previstos em lei e neste Regimento.
Art. 18. As deliberaes do Tribunal Pleno sero tomadas pela maioria simples dos membros
presentes sesso, ressalvadas as hipteses previstas em lei e neste Regimento.
Art. 19. Nos julgamentos do Tribunal Pleno, o Presidente da sesso votar como os demais
Magistrados, cabendo-lhe, em caso de empate, o voto de qualidade.
Pargrafo nico. Em se tratando de matria administrativa, o Presidente votar em primeiro lugar
ou aps o Relator e o Revisor.
Art. 20. Compete ao Presidente convocar as sesses do Tribunal Pleno, determinando de imediato:
I - a publicao no rgo Oficial;
II - a comunicao ao gabinete do Desembargador, com antecedncia mnima de oito dias;
III - a distribuio da matria administrativa at setenta e duas horas antes do incio das sesses,
ressalvados os casos excepcionais.
1 Convocada a sesso do Tribunal Pleno, na forma do caput deste artigo, outras matrias
administrativas devero ser includas em pauta a requerimento de, no mnimo, um tero dos seus
membros, e desde que distribudas com a antecedncia de setenta e duas horas.
2 Somente depois de esgotadas as matrias propostas pelo Presidente, passar-se- ao exame
daquelas a que se refere o pargrafo anterior.
3 Observados os prazos deste artigo, o Tribunal Pleno poder ser convocado, ainda, a
requerimento assinado, pelo menos, por um tero dos seus membros, cabendo ao Presidente fazer a
convocao e distribuir a matria.
4 Em casos excepcionais, os prazos fixados neste artigo e em seus pargrafos podero ser
relevados, se assim dispuser metade mais um dos Desembargadores presentes sesso.
Art. 21. Compete ao Tribunal Pleno, alm de outras atribuies fixadas em lei e neste Regimento:
I - elaborar seu Regimento;
II - eleger o Presidente do Tribunal, o 1 Vice-Presidente, o 2 Vice-Presidente, o Corregedor e o
Vice-Corregedor;
III - delegar matrias de sua competncia ao rgo Especial;
IV - aplicar as penalidades do art. 42 e decidir sobre os casos de invalidez de Magistrado a que se
refere o art. 76, ambos da Lei Complementar 35/79;
V - julgar, originariamente:
a) as arguies de inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder pblico, quando consideradas
relevantes pelo rgo Especial, pelas Sees Especializadas ou Turmas ou em processos de sua
competncia originria;
b) o habeas corpus e o habeas data em processos de sua competncia;
c) os mandados de segurana impetrados contra seus prprios atos, contra os do Presidente e
aqueles impetrados por Desembargadores;
d) os recursos administrativos interpostos por Desembargadores;
e) as aes rescisrias de seus acrdos;
f) os agravos regimentais opostos a despachos do Presidente do Tribunal, em matria judiciria de
competncia do Tribunal Pleno, quando no atacveis por recursos previstos na lei processual;
VI - julgar:
a) os embargos de declarao opostos a seus acrdos;
b) as habilitaes incidentes, as arguies de falsidade, as excees de impedimento e de suspeio
vinculadas a processos pendentes de sua deciso;
c) os recursos de natureza administrativa atinentes a seus servios auxiliares e a seus respectivos
Servidores;
d) os recursos contra atos administrativos do Presidente e de quaisquer dos membros do Tribunal;
e) os conflitos de competncia entre as Sees Especializadas ou entre estas e as Turmas;
VII - uniformizar a jurisprudncia do Tribunal;
VIII - determinar aos Juzes a realizao dos atos processuais e das diligncias necessrias ao
julgamento dos feitos de sua competncia;
IX - fiscalizar o cumprimento de suas prprias decises;
X - convocar Juiz Titular de Vara do Trabalho para formao de quorum;
XI - dar cincia Corregedoria de atos considerados atentatrios boa ordem processual;
XII - organizar listas trplices de Juzes Titulares para acesso, por merecimento, ao Tribunal;
XIII - indicar Juiz Titular para acesso ao Tribunal por antiguidade, cabendo-lhe, em caso de recusa
do Juiz mais antigo, fundamentar sua deciso;
XIV - formar as listas trplices dos Advogados e membros do Ministrio Pblico do Trabalho,
indicados em lista sxtupla pelos rgos das respectivas classes;
XV - recusar, de forma fundamentada, a remoo de Juiz mais antigo, destinando a vaga
promoo de Juiz Substituto, caso nenhum outro candidato obtenha a votao necessria;
XVI - homologar acordos celebrados em processos de sua competncia;
XVII - processar e julgar a restaurao de autos, em se tratando de processo de sua competncia;
XVIII - conhecer e julgar todas as questes administrativas que lhe forem submetidas, ainda que
delegadas ao rgo Especial, desde que este no tenha deliberado sobre a matria;
XIX - aprovar as listas de antiguidade dos Magistrados, conhecendo das reclamaes contra elas
oferecidas, no prazo de quinze dias, a contar de sua publicao;
XX - fixar o horrio de funcionamento dos rgos da Justia do Trabalho da Regio;
XXI - decidir sobre os pedidos de permuta entre Juzes Titulares e entre Juzes Substitutos, bem
como sobre pedido de remoo destes ltimos, quando envolver outro Tribunal Regional;
XXII - fixar a data da abertura de concurso para provimento de cargos de Juiz do Trabalho
Substituto, designar as comisses, julgar recursos e homologar o resultado;
XXIII - impor aos Servidores do Tribunal penas disciplinares que no forem da alada do
Presidente;
XXIV - estabelecer critrios, designar comisses, aprovar as respectivas instrues e a classificao
final dos candidatos, relativamente a concurso para provimento de cargos do quadro de pessoal da
Regio, o qual ter validade pelo prazo de dois anos, prorrogvel por igual perodo, a critrio do
Tribunal;
XXV - organizar as listas trplices de Juzes Substitutos para promoo por merecimento e indicar e
aprovar os nomes daqueles que devam ser promovidos por antiguidade;
XXVI - aprovar a tabela de dirias e as ajudas de custo do Presidente, dos Desembargadores, dos
Juzes da Regio e dos Servidores;
XXVII - criar, distribuir ou transformar as funes gratificadas, na forma da lei;
XXVIII - aprovar os modelos das vestes talares;
XXIX - aprovar ou rejeitar, antes da publicao, atos de nomeao, exonerao, designao ou
lotao de pessoal, para o exerccio de atribuies de direo, chefia e assessoramento - CJ -
escalonadas de CJ-1 a CJ-4, exceto quando se tratar de Secretrio-Geral da Presidncia, Diretor-
Geral, Diretor Judicirio, Diretor da Secretaria de Coordenao Administrativa, Assessor de Apoio
Externo e Institucional, Assessor de Implementao de Projetos Administrativos, Assessor de
Comunicao Social, Assessor Especial, Assessor de Desembargador e Diretor de Secretaria de
Vara do Trabalho;
XXX - apreciar as contrataes disciplinadas na Lei 8.745, de 9 de dezembro de 1993;
XXXI - aprovar o Regulamento Geral de Secretaria, o da Escola Judicial e o da Corregedoria;
XXXII - apreciar pedidos de aposentadoria voluntria de Magistrados e Servidores da Regio.
XXXIII - apreciar as propostas de criao, ampliao, adequao e alterao de jurisdio e sede
dos rgos judicantes no mbito do Tribunal.
- Nota: Inciso introduzido pela Resoluo Administrativa TRT3/STPOE n. 31, 19/04/2007 (DJMG
24/04/2007).
XXXIV - convocar Juiz Titular para substituio temporria no Tribunal.
CAPTULO IV - DO RGO ESPECIAL
Art. 22. O rgo Especial, que exerce competncia delegada do Tribunal Pleno, ser constitudo
por dezesseis Desembargadores, sendo oito dentre os mais antigos e oito eleitos em escrutnio
secreto, pelo Tribunal Pleno, com mandato coincidente com o dos cargos de direo, admitida uma
reconduo e respeitada a representatividade do quinto constitucional.
1 Definir-se- a composio do rgo Especial na mesma data em que ocorrer a eleio para os
cargos de direo do Tribunal.
2 Caso seja eleito para um dos cargos de direo do Tribunal Desembargador que no esteja
dentre os oito mais antigos considerados aptos a integrar o rgo Especial, nos termos do 3 deste
artigo, ser ele desde logo considerado eleito para integr-lo, promovendo-se a eleio por
escrutnio secreto prevista no caput deste artigo apenas para os cargos remanescentes.
3 O Desembargador no poder recusar-se a integrar o rgo Especial, salvo se, a critrio do
Tribunal Pleno, houver causa justificada, que se tornar definitiva para o binio, vedando-se a
recusa aos membros da Administrao.
4 O Presidente do Tribunal publicar, no Dirio Oficial, a composio do rgo Especial, a cada
alterao.
5 As sesses do rgo Especial sero pblicas e presididas pelo Presidente e, nos casos de
ausncia, impedimento ou suspeio deste, sucessivamente, pelo 1 Vice-Presidente, pelo 2 Vice-
Presidente, pelo Corregedor, pelo Vice-Corregedor ou pelo Desembargador mais antigo.
6 Para a instalao do rgo Especial, exigir-se- a presena de, pelo menos, onze dos
Desembargadores que o integram, incluindo o Desembargador que o estiver presidindo, e as
deliberaes sero tomadas, no mnimo, por oito dos membros presentes.
7 O Presidente da sesso votar como os demais Desembargadores, cabendo-lhe, em caso de
empate, o voto de qualidade.
8 As sesses do rgo Especial sero convocadas pelo Presidente, por publicao no Dirio
Oficial e comunicao dirigida ao gabinete do Desembargador, com antecedncia mnima de oito
dias, sendo obrigatria a distribuio da matria administrativa at setenta e duas horas antes da
realizao delas, ressalvados os casos excepcionais.
9 Em casos excepcionais, os prazos fixados neste artigo e em seus pargrafos podero ser
relevados, se assim dispuserem, pelo menos, oito Desembargadores presentes sesso.
Art. 23. Compete ao rgo Especial, alm de outras atribuies fixadas neste Regimento:
I - julgar, originariamente:
a) as aes rescisrias de seus acrdos;
b) os agravos regimentais opostos a decises do Corregedor e do Vice-Corregedor, quando no
atacveis por recursos previstos na lei processual, salvo em matria de competncia exclusiva do
Tribunal Pleno;
c) o habeas corpus e o habeas data em processos de sua competncia;
d) os mandados de segurana contra atos praticados em processos de sua competncia;
e) os mandados de segurana contra atos praticados pelos membros de Comisso de Concurso;
II - julgar:
a) os embargos de declarao opostos a seus acrdos;
b) as habilitaes incidentes, as arguies de falsidade, as excees de impedimento e de suspeio
vinculadas a processos pendentes de sua deciso;
III - determinar aos Juzes a realizao dos atos processuais e das diligncias necessrias ao
julgamento dos feitos de sua competncia;
IV - fiscalizar o cumprimento de suas prprias decises;
V - fixar os dias de suas sesses;
VI - convocar Desembargador para formao de quorum, respeitada a ordem de antiguidade;
VII - dar cincia Corregedoria de atos considerados atentatrios boa ordem processual;
VIII - homologar acordos celebrados em processos de sua competncia;
IX - processar e julgar a restaurao de autos, em se tratando de processo de sua competncia;
X - aprovar a remoo de Juiz mais antigo para a Vara do Trabalho.
Art. 24. Compete ainda ao rgo Especial exercer as atribuies constantes das alneas c, d e e do
inciso VI e dos incisos XIX a XXXII e XXXIV do art. 21 deste Regimento.
CAPTULO V - DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL
Art. 25. Compete ao Presidente praticar todos os atos necessrios execuo dos servios do
Tribunal, na forma da Constituio da Repblica, da lei e deste Regimento, cabendo-lhe, alm de
outras, as seguintes atribuies:
I - dirigir o Tribunal;
II - representar a Instituio, podendo delegar esta atribuio a outro Desembargador;
III - convocar e presidir as sesses ordinrias e extraordinrias do Tribunal Pleno, do rgo
Especial e da Seo de Dissdios Coletivos;
IV - convocar Juiz Titular para formao de quorum, ad referendum do Tribunal Pleno;
V - proferir despachos de expedientes;
VI - despachar peties e recursos nos perodos de recesso do Tribunal, bem como homologar
desistncias e acordos em processos de competncia de rgos julgadores do Tribunal, quando
apresentados antes da distribuio dos autos ou aps a publicao do acrdo;
VII - presidir as audincias de distribuio de processos aos Desembargadores;
VIII - manter a ordem e o decoro durante as sesses, podendo mandar retirar os que as perturbarem,
impor multas de at um salrio mnimo a quem se portar de modo inconveniente e, se necessrio,
ordenar a priso;
IX - despachar representaes contra autoridade sujeita jurisdio do Tribunal;
X - executar as suas prprias decises e as proferidas pelo Tribunal Pleno, pelo rgo Especial e
pela Seo de Dissdios Coletivos;
XI - nomear e dar posse aos Juzes;
XII - fazer representao ao Corregedor contra Juiz, nos casos de sanes disciplinares;
XIII - assinar atos de provimento e vacncia dos cargos ou empregos no mbito do Tribunal e dar
posse aos Servidores;
XIV - impor penalidades disciplinares aos Servidores do quadro de pessoal do Tribunal;
XV - antecipar ou prorrogar o expediente do Tribunal;
XVI - baixar atos normativos e fixar critrios gerais em matria administrativo-financeira,
autorizando a realizao de despesas e o pagamento delas;
XVII - conceder frias e licenas a Magistrados e Servidores e organizar a escala de frias dos
Juzes, sem comprometer a prestao jurisdicional;
XVIII - organizar a lista de antiguidade dos Desembargadores, dos Juzes Titulares e dos Juzes
Substitutos, no primeiro ms de cada ano, e atualiz-las a cada movimentao;
XIX - decidir sobre os pedidos e sobre as reclamaes de Magistrados e Servidores em assunto de
natureza administrativa;
XX - prover, na forma da lei, os cargos e as funes do quadro de pessoal, nomear, designar,
reintegrar, readmitir, remover ou promover Servidores, ouvido o Desembargador, quando se tratar
de lotao ou movimentao em cargo vinculado ao gabinete deste;
XXI - designar os ordenadores de despesas e os Servidores que devero compor a Comisso
Permanente de Licitao;
XXII - organizar a Secretaria, o Gabinete e os demais servios auxiliares da Presidncia;
XXIII - elaborar projetos de lei e submet-los ao Tribunal Pleno para o encaminhamento ao Poder
ou ao rgo competente;
XXIV - realizar a movimentao do quadro de Juzes Substitutos para atender aos casos de
afastamento, de impedimento e de suspeio dos Juzes Titulares, bem como designar Juzes
auxiliares para as Varas da Regio;
XXV - exercer a direo geral do foro trabalhista, delegando-a a um de seus Juzes Titulares,
sempre que possvel, nas localidades em que houver mais de uma Vara do Trabalho;
XXVI - delegar atribuies administrativas e judicirias ao 1 Vice-Presidente, ao 2 Vice-
Presidente, a este inclusive as de Ouvidor e de Diretor da Escola Judicial, ao Corregedor, ao Vice-
Corregedor e, para o exerccio das atribuies do artigo 44 deste Regimento, ao Desembargador
mais antigo de cada Seo Especializada, de comum acordo com os respectivos Desembargadores;
XXVII - delegar competncia para a prtica de atos administrativos;
XXVIII - expedir os atos de aposentadoria dos Juzes e dos Servidores da Regio;
XXIX - relatar a matria administrativa oriunda da Secretaria Geral da Presidncia, da Diretoria
Geral e da Diretoria Judiciria, podendo delegar a competncia ao 2 Vice-Presidente;
- Nota 1: Redao do inciso de acordo com o Ato Regimental TRT3 n. 2, 09/06/2011 (DEJT/TRT3
14/07/2011).
- Nota 2: Redao original: " XXIX - relatar a matria administrativa oriunda da Secretaria Geral
da Presidncia, da Diretoria Geral e da Diretoria Judiciria, podendo delegar a competncia ao Vice-Presidente Administrativo; "
XXX - prorrogar, a pedido, os prazos para que os Magistrados assumam seus cargos;
XXXI - despachar as iniciais de dissdios coletivos, bem como as de aes cautelares que as
antecederem ou que forem ajuizadas antes da distribuio do processo principal, facultada a sua
delegao ao 1 Vice-Presidente ou a Desembargador integrante da Seo de Dissdios Coletivos,
ressalvada a competncia do Magistrado plantonista, na forma do art. 182-A deste Regimento e
ainda:
a) conciliar e instruir os referidos processos;
b) designar e presidir as respectivas audincias;
c) extinguir os processos, sem julgamento do mrito;
d) delegar a Juiz, nas audincias fora da sede do Tribunal, os atos mencionados nas alneas a e b;
e) despachar os recursos e promover as execues das decises proferidas pela Seo de Dissdios
Coletivos;
XXXII - conciliar e instruir a ao para declarao de nulidade de clusula de Conveno ou de
Acordo Coletivo de Trabalho, ajuizada pelo Ministrio Pblico do Trabalho, observados os trmites
e os procedimentos da ao rescisria no que com ela no for incompatvel, facultada a sua
delegao na forma do inciso anterior;
XXXIII - (Revogado)
XXXIV - exonerar Diretor de Secretaria de Vara do Trabalho, em cumprimento de deciso do
rgo Especial, em razo de representao de Juiz Titular da Vara ou de Desembargador integrante
da Administrao do Tribunal;
XXXV - publicar no stio do Regional, at a ltima sesso do Tribunal Pleno, os seguintes
calendrios do Tribunal: Institucional da Presidncia do TRT-MG, de Eventos da Escola Judicial e
da Amatra 3, de Eventos Comemorativos e Festivos, Inauguraes, Feriados e Geral.
1 As designaes dos Diretores de Secretaria das Varas do Trabalho somente podero recair
sobre Servidores estveis do quadro de pessoal do Tribunal, bacharis em Direito, dentre aqueles
lotados na prpria Vara ou noutro rgo local, indicados pelo Juiz Titular ao Presidente.
3 A indicao de Diretor da Secretaria das Sees Especializadas, da Secretaria de Turma, do
Assessor da Escola Judicial e do Assessor da Ouvidoria, compete, respectivamente, ao Presidente
do Tribunal, ao Presidente da Turma e ao 2 Vice-Presidente, no exerccio das funes de Diretor
da Escola e de Ouvidor.
4 Excetuados os cargos ou as funes de Secretrio-Geral da Presidncia, Diretor-Geral,
Assessor de Apoio Externo e Institucional, Assessor de Implementao de Projetos
Administrativos, Assessor de Comunicao Social, Assessor Especial e Assessor de
Desembargador, as designaes para o exerccio dos cargos comissionados de CJ-1 a CJ-4 recairo
sobre Servidores estveis do quadro de pessoal do Tribunal ou da carreira judiciria,
preferencialmente com formao superior.
5 vedada a prtica de atos "ad referendum" do Tribunal Pleno ou do rgo Especial, em se
tratando de matrias constantes dos incisos I a VII, XII a XV e XXIX do art. 21 deste Regimento,
exceto, no que se refere ao ltimo inciso, quando se tratar de nomeao de Diretor de Secretaria de
Vara do Trabalho e, nos demais casos, nos primeiros dois meses de cada nova Administrao.
6 Os atos praticados ad referendum do Tribunal Pleno ou do rgo Especial perdem a sua
validade e eficcia se, em sessenta dias, improrrogveis, no forem referendados, vedada a
renovao.
7 A prtica de atos processuais, durante o recesso, no acarretar fluncia de prazo, que correr a
partir do primeiro dia til subsequente ao seu trmino, salvo quanto aos processos que tm curso
normal naquele perodo.
CAPTULO VI - DAS 1 E 2 VICE-PRESIDNCIAS
Art. 26. A competncia dos 1 e 2 Vice-Presidentes, a ser exercida por delegao do Presidente do
Tribunal, ser definida em ato prprio, a ser editado no prazo de quinze dias aps a entrada em
exerccio dos eleitos para os cargos de direo do Tribunal, ad referendum do rgo Especial.
Pargrafo nico. A substituio do Presidente do Tribunal nos casos de ausncia, impedimento ou
suspeio, far-se-, preferencial e sucessivamente, pelo 1 Vice-Presidente, pelo 2 Vice-Presidente
e este pelo Desembargador mais antigo em exerccio e elegvel.
CAPTULO VII - DA CORREGEDORIA
Art. 27. Compete Corregedoria, por intermdio do Corregedor e do Vice-Corregedor, observados
os arts. 30 e 31 deste Regimento, exercer as funes de inspeo e correio permanentes com
relao aos Juzos de primeira instncia e servios judicirios.
Pargrafo nico. A substituio do Corregedor e do Vice-Corregedor, em caso de ausncia
simultnea no prevista neste Regimento Interno, far-se-, preferencial e sucessivamente, pelos
Desembargadores, dentre os mais antigos, em exerccio e elegveis.
Seo I - Da Secretaria da Corregedoria
Art. 28. A Corregedoria ter uma Secretaria que se encarregar de ordenar e executar os servios
que lhe so atinentes, obedecendo ao Regulamento Geral, a este Regimento e s determinaes do
Corregedor e do Vice-Corregedor, responsabilizando-se, ainda, pela elaborao, publicao e
demais providncias concernentes estatstica do movimento judicirio de primeira e segunda
instncia.
-
Art. 29. Caber ao Corregedor indicar o Diretor da Secretaria da Corregedoria, observando os
requisitos fixados no 1 do art. 25 deste Regimento.
Seo II - Da Competncia do Corregedor e do Vice-Corregedor
Art. 30. Compete ao Corregedor:
I - exercer, uma vez por ano e sempre que necessrio, correio nas Varas do Trabalho, nas
Diretorias de foro e nos servios auxiliares de primeira instncia, facultado tal procedimento por
meio de informaes fornecidas pelo sistema de dados;
II - exercer correio extraordinria ou inspeo;
III - processar:
a) os pedidos de providncia;
b) a correio parcial requerida pela parte contra ato ou despacho de Juiz, e, se admitida, julg-la no
prazo de dez dias, aps a instruo;
c) as representaes alusivas aos servios judicirios e auxiliares das Varas do Trabalho, alm
daquelas que envolverem Juiz, determinando e promovendo as medidas necessrias regularidade
do procedimento administrativo ou jurisdicional;
IV - apurar, de ofcio ou mediante representao, e ordenar, se necessrio:
a) o cumprimento de prazos legais pelos Juzes;
b) a prtica de atos ou de omisses dos rgos e servios auxiliares que devem ser corrigidos;
c) a permanncia do Juiz nos limites da jurisdio da respectiva Vara ou na regio metropolitana
em que est sediado o rgo;
V - baixar provimentos sobre matria de sua competncia, ad referendum do Tribunal Pleno, e
decidir sobre as questes deles provenientes;
VI - prestar informaes sobre Juzes, para fins de acesso, promoo, remoo, permuta e aplicao
de penalidades;
VII - aprovar, se a lei no previr, os modelos de livros e de formulrios dos servios de primeira
instncia;
VIII - examinar, em correio ou inspeo, autos, livros e papis findos, determinando as
providncias cabveis, exceto quanto eliminao de processos, que ser realizada na forma da lei;
IX - expedir instrues normativas aos servios auxiliares das Varas do Trabalho;
X - instaurar e instruir procedimento para apurar notcia de incorreo ou descumprimento de
deveres e obrigaes por parte de Juiz, submetendo-o apreciao do Tribunal Pleno, quando puder
resultar em aplicao de pena, assegurada ampla defesa;
XI - propor ao Tribunal Pleno, por motivo de interesse pblico, instaurao de processo
administrativo disciplinar (PAD) contra Juzes;
XII - comunicar ao Presidente do Tribunal a necessidade de decretar regime de exceo em Vara do
Trabalho e de designar Juzes que respondam pelo expediente judicirio e definir as normas que
devem ser observadas, desde que aprovadas pelo rgo Especial;
XIII - cancelar ou mandar retificar portarias, ordens de servio, instrues e outros atos de natureza
administrativa, baixados por Juzes e seus servios auxiliares, quando contrariarem a lei ou este
Regimento;
XIV - realizar sindicncia no mbito de sua competncia;
XV - designar os Servidores necessrios para que auxiliem nos trabalhos de correio ou inspeo e
comunicar ao Presidente o deslocamento destes para localidades distintas da regio metropolitana
da sede do Tribunal;
XVI - supervisionar a elaborao, pela Secretaria da Corregedoria, dos relatrios estatsticos sobre
o movimento processual e sobre a atuao jurisdicional dos rgos e dos Magistrados de primeira e
de segunda instncia e determinar a respectiva publicao mensal;
XVII - opinar, com dados tcnico-estatsticos, nos processos que possam criar, ampliar, adequar e
alterar a jurisdio das Varas do Trabalho da Regio;
XVIII - adotar, fundamentadamente, medidas para coibir o uso abusivo, pelo Juiz, da faculdade
prevista no pargrafo nico do art. 135 do Cdigo de Processo Civil;
XIX - elaborar o Regulamento Interno da Corregedoria, observado este Regimento, e encaminh-lo
ao Presidente; e
XX - atuar nos casos de ausncia, impedimento ou suspeio do Vice-Corregedor.
Pargrafo nico. Faculta-se Associao dos Magistrados da Justia do Trabalho da 3 Regio -
AMATRA III - ou ao Juiz interessado interpor recurso administrativo junto ao rgo Especial
sobre as decises a que se referem os incisos IX e XIII deste artigo.
Art. 31. Compete ao Vice-Corregedor:
I - exercer, alternadamente com o Corregedor, segundo convenincia da Corregedoria, as
atribuies elencadas no art. 30 deste Regimento, observadas as classes procedimentais, exceo
das constantes nos incisos V e XVI, ressalvada a possibilidade de ato conjunto;
II - atuar nos casos de ausncia, impedimento ou suspeio do Corregedor; e
III - exercer outras atribuies que lhe forem delegadas pelo Presidente do Tribunal ou pelo
Corregedor.
Seo III - Do Procedimento Correcional
Art. 32. A correio poder ser instaurada ex officio, a requerimento das partes ou de qualquer interessado e, ainda, por determinao do Tribunal ou do rgo Especial.
Art. 33. As correies constaro de registro, que discriminar, detalhadamente, sobre toda a
atividade correcional desenvolvida e sobre as recomendaes feitas.
Seo IV - Da Correio Parcial
Art. 34. A correio parcial, desde que no haja recurso especfico, cabvel para corrigir aes,
omisses, abusos e atos contrrios boa ordem processual, que impliquem erro de procedimento.
Pargrafo nico. No se tratando de recurso, o prazo para a correio parcial de oito dias,
independentemente da qualidade do interessado.
Art. 35. Da petio inicial da correio parcial constar, obrigatoriamente:
I - a qualificao do autor e a indicao da autoridade a que se refere a impugnao;
II - o fato com a indicao dos fundamentos jurdicos do pedido;
III - o pedido e as suas especificaes;
IV - a indicao das provas necessrias instruo dos fatos alegados.
1 A certido de inteiro teor ou a cpia reprogrfica da deciso ou do despacho reclamado, alm
dos documentos indispensveis ao procedimento, instruiro a petio inicial.
2 A petio inicial e os documentos que a acompanham devero ser apresentados em tantas vias
quantas forem as autoridades reclamadas.
3 A inicial, quando subscrita por Advogado, acompanhar-se- do respectivo mandato, na forma
da lei.
4 Verificando o Corregedor ou o Vice-Corregedor que a petio inicial no preenche os
requisitos exigidos neste artigo, ou que apresenta defeitos e irregularidades que dificultem o
julgamento de mrito, determinar, especificadamente, que o autor a emende, ou a complete, no
prazo de cinco dias.
5 A inicial ser indeferida, desde logo, quando no for o caso de correio parcial, ou ainda,
quando, concedido prazo para a emenda ou complementao da inicial, tal como previsto no 4
deste artigo, o autor no cumprir a diligncia especificada.
Art. 36. Estando a petio em ordem e regularmente instruda, o Corregedor ou o Vice-Corregedor
mandar autu-la e ordenar a notificao da autoridade reclamada, encaminhando-lhe cpia da
inicial e dos documentos que a acompanham para que se manifeste em dez dias, seguindo-se, se for
o caso, a instruo e a deciso.
Pargrafo nico. A deciso liminar poder ser proferida, se relevante o fundamento ou quando do
ato impugnado puder resultar a ineficcia da medida requerida.
Art. 37. Aplicam-se as disposies desta Seo, no que couber, ao pedido de providncia e
representao.
CAPTULO VIII - DAS SEES ESPECIALIZADAS
Seo I - Da Seo de Dissdios Coletivos
Art. 38. A Seo de Dissdios Coletivos compe-se de dez Desembargadores, alm do Presidente
do Tribunal.
1 As sesses sero presididas pelo Presidente do Tribunal e, nos casos de ausncia, de
impedimento ou de suspeio, pelo 1 Vice-Presidente ou pelo Desembargador mais antigo que
delas estiver participando.
2 Realizar-se-o as sesses com a presena mnima de sete Magistrados e, dentre eles, o
Desembargador que as estiver presidindo.
Art. 39. Compete Seo de Dissdios Coletivos:
I - conciliar e julgar os dissdios coletivos e estender ou rever as sentenas normativas;
II - homologar as conciliaes celebradas nos dissdios coletivos de que trata o inciso anterior;
III - julgar:
a) as aes rescisrias propostas contra suas decises normativas;
b) o habeas corpus e os mandados de segurana contra atos praticados em processos de sua competncia;
c) as aes anulatrias em matria de sua competncia;
d) as aes cautelares em processos de sua competncia;
e) os embargos de declarao opostos a seus acrdos;
f) os agravos regimentais contra as decises monocrticas de seus membros;
g) as excees de impedimento e de suspeio arguidas contra os integrantes da Seo;
h) as excees de incompetncia que lhe forem opostas;
i) as arguies de falsidade em processos pendentes de sua deciso;
j) a restaurao de autos, quando se tratar de processo de sua competncia;
k) a impugnao ao valor da causa nos processos de sua competncia.
Pargrafo nico. Compete, ainda, Seo de Dissdios Coletivos:
I - determinar aos Juzes a realizao dos atos processuais e das diligncias necessrias ao
julgamento dos feitos que lhe forem submetidos;
II - fiscalizar o cumprimento de suas prprias decises;
III - decretar a nulidade dos atos contrrios a suas decises;
IV - requisitar s autoridades competentes as diligncias necessrias ao esclarecimento dos feitos
sob sua apreciao, representando contra aquelas que no atenderem a tais requisies;
V - promover, por proposta de qualquer de seus membros, a remessa de processos ao Tribunal
Pleno, ao rgo Especial, s Sees Especializadas e s Turmas, quando a matria for da
competncia destes rgos;
VI - dar cincia Corregedoria de atos considerados atentatrios boa ordem processual;
VII - exercer as demais atribuies decorrentes de sua competncia.
Seo II - Da 1 Seo de Dissdios Individuais
Art. 40. A 1 Seo de Dissdios Individuais compe-se de onze Desembargadores.
2 Realizar-se-o as sesses com a presena mnima de sete Magistrados e, dentre eles, o
Desembargador que as estiver presidindo.
Art. 41. Compete 1 Seo de Dissdios Individuais julgar:
I - os mandados de segurana contra atos praticados pelos rgos judicirios de primeira instncia;
II - o habeas corpus e os mandados de segurana contra atos praticados em processos de sua
competncia e das Turmas;
III - os conflitos de competncia entre as Turmas do Tribunal, entre os Relatores e entre as Varas do
Trabalho da 3 Regio;
IV - os agravos regimentais contra as decises monocrticas de seus membros;
V - as excees de impedimento e de suspeio arguidas contra os integrantes da Seo;
VI - as excees de incompetncia que lhe forem opostas;
VII - os embargos de declarao opostos a seus acrdos;
VIII - as habilitaes incidentes e as arguies de falsidade em processos pendentes de sua deciso;
IX - a restaurao de autos, quando se tratar de processo de sua competncia;
X - a impugnao ao valor da causa nos processos de sua competncia;
XI - as aes rescisrias propostas contra suas decises.
Pargrafo nico. Compete, ainda, 1 Seo de Dissdios Individuais o exerccio das atribuies de
que trata o pargrafo nico do art. 39 deste Regimento, bem como eleger seu Presidente, na forma
do disposto no art. 13 deste Regimento.
Seo III - Da 2 Seo de Dissdios Individuais
Art. 42. A 2 Seo de Dissdios Individuais compe-se de onze Desembargadores.
2 Realizar-se-o as sesses com a presena mnima de sete Magistrados e, dentre eles, o
Desembargador que as estiver presidindo.
Art. 43. Compete 2 Seo de Dissdios Individuais julgar:
I - as aes rescisrias propostas contra as decises dos Magistrados e das Turmas e contra suas
prprias decises;
II - as aes cautelares, preparatrias ou incidentais, relativas aos feitos de sua competncia;
III - os agravos regimentais contra as decises monocrticas de seus membros;
IV - o habeas corpus e os mandados de segurana contra atos praticados em processos de sua competncia;
V - as excees de impedimento e de suspeio arguidas contra os integrantes da Seo;
VI - as excees de incompetncia que lhe forem opostas;
VII - os embargos de declarao opostos a seus acrdos;
VIII - as habilitaes incidentes e as arguies de falsidade em processos pendentes de sua deciso;
IX - a restaurao de autos, quando se tratar de processo de sua competncia;
X - a impugnao ao valor da causa nos processos de sua competncia.
Pargrafo nico. Compete, ainda, 2 Seo de Dissdios Individuais o exerccio das atribuies de
que trata o pargrafo nico do art. 39 deste Regimento, bem como eleger seu Presidente, na forma
do disposto no art. 13 deste Regimento.
Seo IV - Dos Presidentes das Sees Especializadas
Art. 44. Compete ao Presidente de cada Seo Especializada:
I - presidir as sesses e propor as questes, submetendo-as a julgamento;
II - votar, apurar os votos emitidos e proclamar as decises;
III - despachar as peties nos processos ainda vinculados administrativamente Seo aps
lavrado e assinado o acrdo pelo Relator;
IV - manter a ordem e o decoro durante as sesses, podendo mandar retirar os que as perturbarem,
impor multas de at um salrio mnimo a quem se portar de modo inconveniente e, se necessrio,
ordenar a priso;
V - requisitar s autoridades competentes a fora necessria, havendo perturbao da ordem ou
fundado temor de sua ocorrncia durante as sesses;
VI - despachar as peties e os requerimentos que lhe forem apresentados;
VII - cumprir e fazer cumprir as disposies deste Regimento;
VIII - convocar Desembargador para compor quorum ou proferir o voto de desempate e observar o rodzio entre os convocados;
IX - elaborar, no momento oportuno, o relatrio dos trabalhos realizados pela Seo no decurso do
ano anterior;
X - submeter considerao do Tribunal Pleno, aps a lavratura do respectivo acrdo, os
processos em que tenha sido considerada relevante arguio de inconstitucionalidade de lei ou de
ato do poder pblico;
XI - Aos Presidentes da 1 e da 2 Seo de Dissdios Individuais tambm compete relatar e revisar
os processos que lhes forem distribudos;
XII - designar o Magistrado que redigir o acrdo;
XIII - delegar a Juiz a execuo de custas processuais.
CAPTULO IX - DAS TURMAS
Seo I - Da Composio e da Competncia
Art. 45. As Turmas compem-se de trs ou de quatro Desembargadores, trs dos quais participaro,
obrigatoriamente, do julgamento.
1 Para que se identifique e para que se defina sobre a participao dos Desembargadores na
sesso, observar-se- a vinculao de Relator e Revisor.
2 Participar do julgamento o Desembargador que se seguir antiguidade do Desembargador
Revisor.
3 No havendo reviso, participaro do julgamento os dois Desembargadores que se seguirem
antiguidade do Relator.
4 Observar-se- o disposto nos pargrafos anteriores tambm na hiptese de convocao de Juiz
ou de substituies dos integrantes da Turma.
Art. 46. Compete a cada Turma:
I - julgar:
a) os recursos ordinrios na forma e nos casos previstos em lei;
b) os agravos de petio e os agravos de instrumento, estes interpostos contra despachos
denegatrios de recursos de sua competncia;
c) as aes cautelares nos feitos a elas submetidos;
d) os agravos regimentais contra decises de seus membros;
e) os agravos a que se refere o 1 do art. 557 do Cdigo de Processo Civil contra decises
monocrticas de seus integrantes;
f) as excees de impedimento ou de suspeio arguidas contra seus membros e Juzes;
g) as excees de incompetncia que lhe forem opostas;
h) o habeas corpus contra rgos judicirios de primeira instncia, facultando-se ao Relator deferir
o pedido liminarmente;
i) os embargos de declarao opostos a suas decises;
j) as habilitaes incidentes e as arguies de falsidade nos processos pendentes de sua deciso;
k) a restaurao de autos quando se tratar de processo de sua competncia;
II - impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competncia;
III - requisitar s autoridades competentes as diligncias necessrias ao esclarecimento dos feitos
que lhe so submetidos apreciao, representando contra aquelas que no atenderem a tais
requisies;
IV - determinar aos Juzes a realizao de atos processuais e as diligncias necessrias ao
julgamento dos feitos que lhe so submetidos apreciao;
V - fiscalizar o cumprimento de suas prprias decises;
VI - decretar a nulidade dos atos contrrios a suas decises;
VII - exercer, no interesse da Justia do Trabalho, as demais atribuies decorrentes de sua
jurisdio;
VIII - promover, por proposta de qualquer de seus membros, a remessa de processos ao Tribunal
Pleno, ao rgo Especial e s Sees Especializadas, quando a matria for da competncia dos
referidos rgos;
IX - dar cincia s autoridades competentes de fatos que possam configurar crime de ao pblica;
X - dar cincia Corregedoria de atos considerados atentatrios boa ordem processual;
XI - eleger seu Presidente, na forma do disposto no art. 13 deste Regimento;
XII - homologar acordos e desistncias de recursos apresentados aps a incluso dos processos em
pauta e antes de seus julgamentos;
XIII - exercer as demais atribuies que decorram de sua competncia.
Seo II - Do Presidente das Turmas
Art. 47. Compete ao Presidente da Turma:
I - presidir as sesses da Turma, propor as questes e submet-las a julgamento;
II - votar, apurar os votos e proclamar as decises;
III - relatar e revisar os processos que lhe forem distribudos;
IV - despachar peties depois de lavrado e assinado o acrdo pelo Relator at a sua publicao;
V - indicar, na forma deste Regimento, o Secretrio da Turma e o seu substituto;
VI - supervisionar os trabalhos da Secretaria da Turma;
VII - convocar as sesses ordinrias e extraordinrias da Turma;
VIII - manter a ordem e o decoro durante as sesses, podendo mandar retirar os que as perturbarem,
impor multas de at um salrio mnimo a quem se portar de modo inconveniente e, se necessrio,
ordenar a priso;
IX - requisitar s autoridades competentes a fora necessria se houver perturbao da ordem nas
sesses ou fundado temor quanto sua ocorrncia;
X - cumprir e fazer cumprir as disposies deste Regimento;
XI - convocar Desembargador para integrar eventualmente o rgo que preside, a fim de compor
quorum, observado o rodzio entre os convocados;
XII - apresentar ao Presidente do Tribunal, na poca prpria, o relatrio dos trabalhos realizados
pela Turma no decurso do ano anterior;
XIII - submeter considerao do Tribunal Pleno, por intermdio do Presidente, aps a lavratura do
respectivo acrdo, os processos em que tenha sido considerada relevante arguio de
inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder pblico;
XIV - designar o Magistrado que redigir o acrdo;
XV - aprovar as pautas de julgamento, organizadas e elaboradas pelo Secretrio da Turma;
XVI - despachar as peties e os requerimentos que lhe forem apresentados.
CAPTULO X - DA ESCOLA JUDICIAL
Art. 48. A Escola Judicial, na forma de seu Regulamento, objetiva o aprimoramento tcnico-
cultural de Magistrados e de Servidores.
CAPTULO XI - DOS MAGISTRADOS DO TRABALHO
Seo I - Disposies Gerais
Art. 49. Os Desembargadores so vitalcios e inamovveis, e os Juzes sero vitalcios aps dois
anos de exerccio, tornando-se inamovveis a partir de sua promoo a Juiz Titular de Vara do
Trabalho.
1 O Magistrado de qualquer grau no poder ser removido compulsoriamente do rgo que
atue para outro, salvo no interesse pblico.
2 A instaurao do procedimento administrativo para perda do cargo ser precedida de
deciso fundamentada, observados os princpios do contraditrio e da ampla defesa.
Seo II - Da Disciplina Judiciria
Art. 50. So penas disciplinares aplicveis aos Magistrados:
I - advertncia;
II - censura;
III - remoo compulsria;
IV - disponibilidade;
V - aposentadoria compulsria; e
VI - demisso.
1 A advertncia e a censura so penas aplicveis aos Juzes de primeiro grau.
2 As penalidades previstas nos incisos IV e V do "caput" deste artigo, aps o devido
julgamento pelo rgo competente, sero aplicadas com vencimentos proporcionais ao tempo de
servio.
Art. 51. A pena de advertncia ser aplicada ao Juiz de primeiro grau negligente em cumprir os
deveres do cargo.
Pargrafo nico. A pena ser de censura se reiterada a negligncia e nos casos de procedimento
incorreto ou incompatvel com o exerccio da funo, quando a infrao no justificar punio mais
grave.
Seo II - Da Advertncia e da Censura
Art. 52. Ao Juiz no vitalcio podero ser aplicadas as penas de censura, de remoo compulsria e
de demisso por interesse pblico, em caso de:
I - violao s proibies contidas na Constituio Federal e nas normas legais;
II - negligncia no cumprimento dos deveres do cargo;
III - procedimento incompatvel com a dignidade, a honra e o decoro das funes;
IV - escassa ou insuficiente capacidade de trabalho; ou
V - comportamento funcional incompatvel com o bom desempenho das atividades do Poder
Judicirio.
Pargrafo nico. A demisso por interesse pblico ser aplicada se a gravidade da falta cometida
no justificar aplicao da pena de censura ou de remoo compulsria.
Art. 53. Ao Magistrado vitalcio, podero ser aplicadas, por interesse pblico, as penas de remoo
compulsria, disponibilidade e aposentadoria compulsria, esta nos seguintes casos:
I - mostrar-se negligente no cumprimento dos deveres;
II - proceder de forma incompatvel com a dignidade, a honra e o decoro das funes;
III - demonstrar escassa ou insuficiente capacidade de trabalho; ou
IV - apresentar comportamento funcional incompatvel com o bom desempenho das atividades do
Poder Judicirio.
Pargrafo nico. A aplicao da pena de remoo compulsria, nos termos do "caput" deste artigo,
restringe-se ao Juiz Titular de Vara do Trabalho.
Seo III - Da Denncia e da Sindicncia
Art. 54. O Corregedor ou o Vice-Corregedor, no caso de Magistrado de primeiro grau, o
Presidente, no caso de Desembargador, quando tiver cincia de irregularidade, dever promover sua
apurao imediata mediante instaurao de sindicncia ou proposta de abertura de processo
administrativo disciplinar (PAD), observando, neste caso, o art. 56-D, deste Regimento.
Art. 55. A denncia de irregularidade praticada por Magistrado poder ser feita por qualquer
pessoa, desde que contenha a identificao, o endereo do denunciante e seja formulada por escrito,
com firma reconhecida.
1 A autoridade competente, em despacho fundamentado, receber, ou no, a denncia.
2 Recebida a denncia, a autoridade proceder sua apurao, na forma do art. 54 deste
Regimento.
3 A denncia no recebida ser arquivada por falta de objeto.
Art. 56. Instaurada a sindicncia, a autoridade competente determinar a notificao pessoal do
Magistrado para, no prazo de cinco dias, prestar informaes, contado do recebimento da
notificao.
Art. 56-A. Da sindicncia poder resultar:
I - arquivamento; ou
II - proposta de instaurao de processo administrativo disciplinar.
Pargrafo nico. O prazo para concluso da sindicncia no exceder 45 dias, podendo ser
prorrogado por igual perodo, a critrio da autoridade competente.
Art. 56-B. Concluda a sindicncia, a autoridade competente comunicar o resultado
Corregedoria Nacional de Justia, no prazo de 15 dias, contado da deciso proferida.
Pargrafo nico. Das decises previstas nos arts. 55, 1 e 56-A, "caput", I e II, caber agravo
regimental, na forma do art. 166, I, b, deste Regimento, por parte dos interessados, no prazo de 8
dias, contado da data do recebimento da intimao.
Seo IV
Do Processo Administrativo Disciplinar (PAD)
Art. 56-C. O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ter incio:
I - por deliberao do Tribunal Pleno, mediante proposta do Presidente, do Corregedor ou do Vice-
Corregedor, nos termos do art. 54 deste Regimento;
II - de ofcio ou por representao fundamentada do Poder Executivo ou Legislativo, do Ministrio
Pblico ou do Conselho Federal ou Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil; ou
III - por determinao do Conselho Nacional de Justia, acolhendo proposta do Corregedor
Nacional ou deliberao do seu Plenrio.
Art. 56-D. Antes da deciso pela instaurao do processo a autoridade competente notificar
pessoalmente o Magistrado para, no prazo de 15 dias, apresentar defesa prvia, contado da data da
entrega da cpia do teor da acusao e das provas existentes.
1 Findo o prazo, haja ou no sido apresentada, a autoridade competente submeter ao Tribunal
Pleno relatrio conclusivo com a proposta de instaurao de PAD ou de arquivamento.
2 O Presidente, o Corregedor e o Vice-Corregedor tero direito a voto.
Art. 56-E. Determinada a instaurao do PAD, pelo voto da maioria absoluta dos membros do
Tribunal, o respectivo acrdo ser acompanhado de portaria que conter a imputao dos fatos e a
delimitao do teor da acusao.
1 O Relator ser sorteado dentre os Magistrados que integram o Pleno do Tribunal e no haver
revisor.
2 No poder ser Relator o Magistrado que dirigiu o procedimento preparatrio.
3 O PAD ter o prazo de 140 dias para ser concludo, prorrogvel, quando imprescindvel para o
trmino da instruo e houver motivo justificado, mediante deliberao do Tribunal Pleno.
Art. 56-F. Caso a proposta de abertura de PAD seja acolhida, adiada ou deixe de ser apreciada por
falta de qurum, cpia da ata da respectiva sesso ser encaminhada para a Corregedoria do
Conselho Nacional de Justia, no prazo de 15 dias, contado da sesso.
Art. 56-G. O Tribunal Pleno, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, na oportunidade em
que determinar a instaurao do PAD, em deciso fundamentada, decidir se afasta do cargo o
Magistrado at a deciso final ou por prazo determinado, assegurado o subsdio integral.
Pargrafo nico. Decretado o afastamento, o Magistrado ficar impedido de exercer atividade em
seu local de trabalho e de usufruir de prerrogativas inerentes ao exerccio da funo.
Art. 56-H. Instaurado o PAD, o Relator determinar a intimao do Ministrio Pblico para
manifestao no prazo de cinco dias.
Art. 56-I. Decorrido o prazo do artigo anterior, o Relator determinar a citao do Magistrado,
acompanhada da cpia do acrdo que ordenou a instaurao do PAD e da respectiva portaria, para
apresentar a defesa e as provas que entender necessrias, em cinco dias, observando que:
I - caso haja dois ou mais Magistrados no polo passivo, o prazo para defesa ser comum e de dez
dias, contados da intimao do ltimo;
II - o Magistrado que mudar de residncia fica obrigado a informar, por escrito, ao Relator,
Corregedoria e ao Presidente do Tribunal o endereo em que receber citaes, notificaes e
intimaes;
III - quando o Magistrado estiver em lugar incerto ou desconhecido, ser citado por edital, com
prazo de 30 dias, a ser publicado, uma vez, no rgo oficial de imprensa utilizado pelo Tribunal
para divulgar seus atos;
IV - considerar-se- revel o Magistrado que, regularmente citado, no apresentar defesa no prazo
assinado; e
V - declarada a revelia, o Relator poder designar defensor dativo ao requerido, concedendo-lhe
igual prazo para a apresentao da defesa.
Art. 56-J. Decorrido o prazo para a apresentao da defesa, o Relator decidir sobre a realizao
dos atos de instruo e a produo de provas requeridas, determinando, de ofcio, as que entender
necessrias.
1 Para a colheita das provas o Relator poder delegar poderes a Magistrado de primeiro grau.
2 Para os demais atos de instruo, ser intimado o requerido ou o seu procurador, se houver.
3 Na instruo do processo sero inquiridas, no mximo, oito testemunhas de acusao e, at oito
de defesa, por requerido, que justificadamente tenham ou possam ter conhecimento dos fatos
imputados.
4 A produo de provas destinadas elucidao dos fatos observar, subsidiariamente, no que
couber, as normas da legislao processual penal e a legislao processual civil, sucessivamente.
5 A inquirio das testemunhas e o interrogatrio devero ser feitos em audincia una, ainda que
em dias sucessivos.
6 O interrogatrio do requerido ser realizado aps a produo de todas as provas e a intimao
ocorrer com, no mnimo, 48 horas de antecedncia.
Art. 56-K. Finda a instruo, o Ministrio Pblico e, em seguida, o requerido ou seu procurador
tero dez dias para manifestao e razes finais, respectivamente.
Art. 56-L. O julgamento do PAD ocorrer em sesso pblica e sero fundamentadas as decises,
inclusive as interlocutrias.
1 Em determinados atos processuais e de julgamento, a presena poder ser limitada s partes e
aos seus advogados, desde que preservado o interesse pblico.
2 Para o julgamento, sero disponibilizados aos integrantes do rgo julgador acesso
integralidade dos autos do PAD.
3 O Presidente, o Corregedor e o Vice-Corregedor tero direito a voto.
4 O Tribunal comunicar Corregedoria Nacional de Justia, no prazo de 15 dias da respectiva
sesso, o resultado do julgamento do processo administrativo disciplinar tratado neste artigo.
Art. 56-M. A punio ao Magistrado somente ser imposta por voto da maioria absoluta dos
membros do Tribunal.
Pargrafo nico. Na hiptese de divergncia quanto pena, sem que se tenha formado maioria
absoluta em relao a qualquer delas, a votao passar a ser especfica para cada pena disciplinar
at que se alcance maioria absoluta.
Art. 56-N. Entendendo o Tribunal que existem indcios de crime de ao pblica incondicionada, o
Presidente remeter cpia dos autos ao Ministrio Pblico.
Art. 56-O. O Magistrado, aps dois anos em disponibilidade, poder, por pedido instrudo e
justificado, requerer seu aproveitamento ou a transformao da pena em aposentadoria compulsria.
1 Admitido o aproveitamento, pela maioria absoluta dos Desembargadores do Tribunal Pleno, o
tempo de disponibilidade somente ser computado para a aposentadoria.
2 Se no solicitada, pelo Magistrado, a providncia prevista no "caput" deste artigo, poder a
Administrao do Tribunal reabrir o processo para transformar a disponibilidade em aposentadoria
compulsria, assegurada ampla defesa.
Art. 56-P. A instaurao de PAD, bem como as penalidades definitivamente impostas pelo
Tribunal e as alteraes decorrentes de julgados do Conselho Nacional de Justia sero anotadas
nos assentamentos do Magistrado mantidos pela Corregedoria.
Art. 56-Q. Aplicam-se, subsidiariamente, aos procedimentos disciplinares contra Magistrados, e
desde que no conflitem com o Estatuto da Magistratura, a regulamentao do Conselho Nacional
de Justia e do Conselho Superior da Justia do Trabalho, alm das normas e princpios relativos ao
processo administrativo disciplinar das Leis n. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e n. 9.784, de 29
de janeiro de 1999.
Art. 56-R. O prazo para a prescrio de falta funcional praticada por Magistrado de cinco anos,
contado da data em que o Tribunal tomou conhecimento do fato, salvo quando configurar tipo
penal, hiptese em que o prazo ser o do Cdigo Penal.
1 A interrupo da prescrio ocorre com a deciso do Tribunal Pleno que determinar a
instaurao do PAD.
2 O prazo prescricional pela pena aplicada comea a fluir, nos termos do 3 do art. 56-E deste
Regimento, do 141 dia aps a instaurao do PAD.
3 A prorrogao do prazo para a concluso do PAD, prevista no 3 do art. 56-E deste
Regimento, no impede o incio da contagem do prazo prescricional de que trata o pargrafo
anterior.
Seo IV - Do Processo de Invalidez
Art. 57. O processo de invalidez do Magistrado, para fins de aposentadoria, ser disciplinado pelo
art. 76 da Lei Complementar 35/79 e pelas regras constantes deste Regimento.
1 Os exames sero realizados por uma Junta de trs mdicos do Tribunal, facultado ao
Magistrado, desde logo, indicar assistente, oferecendo os quesitos.
2 Se o Servio Mdico do Tribunal estiver impossibilitado para proceder avaliao, ficar a
critrio do Presidente do Tribunal, ad referendum do Pleno, indicar outros profissionais da sade.
Art. 58. A deciso concernente ao processo que verifica a invalidez do Magistrado, fundamentada
em fatos determinantes, cabe ao Tribunal Pleno que agir:
I - a requerimento do Magistrado;
II - em cumprimento determinao do Tribunal Pleno ou do rgo Especial;
III - por provocao do Presidente do Tribunal ou da Corregedoria.
1 Se a maioria dos Desembargadores admitir a instaurao do processo, o Magistrado ser
afastado do exerccio do cargo, at que seja, no prazo de sessenta dias, proferida a deciso.
2 Em se tratando de incapacidade mental, o Presidente do Tribunal nomear curador, ad
referendum do Pleno, sem prejuzo da defesa que o Magistrado possa oferecer, pessoalmente ou por procurador.
3 Cabe Junta Mdica, no prazo de quinze dias, oferecer laudo fundamentado, assinado pelos
membros dela e, se houver, pelo assistente.
4 No se submetendo percia mdica, por recusa, fica o Magistrado sujeito ao julgamento
fundado em quaisquer outras provas.
5 Instrudo o processo, o curador, se for o caso, o Magistrado ou seu procurador poder oferecer
razes finais, no prazo comum de quinze dias.
6 Distribudo o processo, o Relator lanar relatrio sucinto e solicitar a designao de dia para
julgamento pelo Tribunal Pleno.
7 A deciso pela aposentadoria efetivar-se- pelo voto da maioria absoluta dos Desembargadores
do Tribunal Pleno.
8 Em conselho, assegurar-se- a sustentao oral ao procurador do Magistrado por dez minutos
e, aps, votaro o Relator e os demais Desembargadores.
Art. 59. Declarada a invalidez, o Presidente do Tribunal expedir o ato de aposentadoria do Juiz e,
em se tratando de Desembargador, encaminhar o processo ao Poder Executivo.
Seo V - Das Frias
Art. 60. As frias dos Magistrados sero individuais, de sessenta dias por ano, podendo ser
parceladas em dois perodos no inferiores a trinta e um dias para os Desembargadores, e no
inferiores a trinta dias para os Juzes.
1 As frias dos Desembargadores devero ser requeridas com a antecedncia mnima de
quarenta e cinco dias.
2 Os membros da Administrao do Tribunal podero parcelar as frias em perodos de no
mnimo dez dias cada, no podendo goz-las, simultaneamente, o Presidente e os 1 e 2 Vice-
Presidentes, bem como o Corregedor e o Vice-Corregedor do Tribunal.
Art. 61. Os Juzes tero as frias, sempre que possvel, de acordo com a convenincia de cada um,
devendo o Presidente do Tribunal ouvir os interessados e, at o ms de novembro, organizar a
escala a ser observada no ano subsequente.
Seo VI - Das Licenas
Art. 62. O Magistrado poder afastar-se de suas funes sem prejuzo dos vencimentos integrais ou
de qualquer direito ou vantagem legal, em razo de:
I - tratamento de sade;
II - doena do cnjuge, do companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou da madrasta e do
enteado ou de dependente que viva s suas expensas e conste do assentamento funcional;
III - casamento, por oito dias;
IV - repouso para a gestante, por cento e vinte dias;
V - paternidade, por cinco dias;
VI - falecimento de cnjuge, companheiro ou parente, inclusive por afinidade, na linha reta ou
colateral, at o segundo grau, bem como madrasta ou padrasto, enteados e menor sob guarda ou
tutela, por oito dias.
1 A licena para tratamento de sade, por prazo superior a trinta dias, bem como prorrogaes
que impliquem perodo ininterrupto superior, tambm, a trinta dias, dependem de laudo de mdico
do Tribunal ou de laudo por ele aprovado, procedendo-se, se for o caso, s diligncias necessrias.
2 Na hiptese do inciso II deste artigo, exigir-se- laudo de mdico do Tribunal ou por ele
aprovado, e a licena poder ser concedida pelo prazo de trinta dias, cabendo prorrogao por igual
perodo.
3 Os perodos de licena dos Magistrados no tero limites inferiores aos reconhecidos, por lei,
para os servidores pblicos da Unio.
Art. 63. Inexistindo contra-indicao mdica, o Magistrado licenciado para tratamento de sade
poder atuar nos processos que lhe tenham sido conclusos para julgamento ou neles tenha lanado
visto como Relator ou Revisor, antes da licena.
Art. 64. Conceder-se-, ainda, afastamento a Magistrado vitalcio, sem prejuzo de vencimentos e
vantagens:
I - para frequncia a cursos, congressos ou seminrios de aperfeioamento em instituies
superiores de ensino, oficialmente reconhecidas, pelo prazo mximo de dois anos consecutivos, a
critrio do rgo Especial e de acordo com a respectiva regulamentao;
II - para exercer a presidncia de associao de classe, na forma da lei.
Seo VII - Das Convocaes e das Substituies
Art. 65. (Revogado)
Art. 66. Em caso de vaga, eleio para cargo de administrao ou afastamento de Desembargador
por prazo superior a trinta dias, o rgo Especial, pela maioria absoluta de seus membros efetivos,
convocar Juiz Titular para ocupar o cargo em substituio temporria, observados os princpios da
impessoalidade, da isonomia, da capacidade tcnica e da eficincia.
1 Em casos excepcionais, observados os princpios constantes do caput deste artigo, o Presidente
do Tribunal poder proceder convocao, ad referendum da maioria absoluta dos membros efetivos do rgo Especial.
2 Afastando-se o Desembargador por motivo de frias, o Juiz ser convocado com antecedncia
de oito dias e receber a distribuio a partir da data da convocao.
5 No se proceder convocao de Juiz com a antecedncia de oito dias na hiptese de gozo de
novo perodo de frias pelo Desembargador quando este se iniciar com prazo inferior a trinta dias
do trmino da vinculao do Juiz que o substituiu.
6 Nas substituies em razo de frias dos Membros da Administrao, a convocao do
Desembargador e a do Juiz que o substituir dar-se-o a partir da data da substituio.
7 vedado ao Desembargador cancelar ou reduzir as frias que lhe foram deferidas se o seu
substituto tiver sido convocado na forma dos 2 e 3 deste artigo.
8 No podero ser convocados Juzes que tenham sofrido punio nos ltimos dois anos ou que
respondam ao procedimento previsto no art. 27 da Lei Complementar 35/79, bem como os que
tiverem acmulo no justificado de processos com prazo vencido, consoante informaes do
Corregedor.
9 No caso de vaga, as convocaes sero feitas por seis meses prorrogveis.
10. Far-se- redistribuio ao Juiz convocado, na forma do 5 do art. 88, dos processos de
Desembargador que, na condio de Revisor, forem remetidos ao seu gabinete a partir do incio da
convocao.
11. O Desembargador que for convocado para substituir os Membros da Administrao dever,
ao trmino da substituio, de imediato, devolver ao substitudo os processos que se encontrarem
em seu poder, exceto aqueles que, com o seu visto, j tenham sido remetidos para exame do rgo
competente.
12. O Membro da Administrao, se terminado o perodo de sua substituio em relao aos
processos judiciais, ou em qualquer hiptese, querendo, em se tratando de matria administrativa,
participar do exame do processo remetido por seu substituto, na forma do pargrafo anterior, desde
que substituto e substitudo componham o rgo a que se submetia a matria, ressalvadas as
hipteses de impedimento e suspeio.
Art. 67. O Juiz que for convocado para complementao de quorum participar do julgamento dos processos de matrias administrativas, excetuadas aquelas no delegadas ao rgo Especial.
Art. 68. Os Juzes Titulares sero substitudos por designao do Presidente do Tribunal nos casos
de licena, frias ou impedimentos legais.
Pargrafo nico. Havendo imperiosa necessidade, o Presidente do Tribunal poder determinar que
Juiz Titular acumule, eventualmente, outra Vara do Trabalho, ainda que fora dos limites de sua
jurisdio.
Art. 69. Nos casos de convocao ou retorno do Desembargador, os processos distribudos sero
impulsionados pelo Magistrado que assumir o gabinete, ressalvadas a vinculao daqueles com
visto lanado e as demais hipteses previstas neste Regimento.
1 O Juiz convocado ficar vinculado por oito dias, sendo substitudo, em sua Vara do Trabalho,
por igual prazo.
2 A vinculao referida no pargrafo anterior e no 3 do art. 88 somente se dar quando a
convocao importar em pelo menos trs distribuies semanais de processos ao Juiz.
3 Aps o prazo de vinculao, o Juiz convocado somente retornar ao Tribunal para ultimar o
julgamento daqueles processos que lhe foram distribudos como Relator e os de Revisor que j se
encontravam no gabinete no termo final da convocao, que devero ser julgados na primeira
sesso em que comparecer.
Art. 70. Em qualquer poca, em situao de excepcionalidade, poder o rgo Especial decidir
pela convocao de Juzes Titulares para atuarem no Tribunal, observados os princpios constantes
do "caput" do art. 66 deste Regimento.
CAPTULO XII - DA DIREO DO FORO
Art. 71. A Diretoria do Foro ser exercida entre os Juzes da mesma localidade, por rodzio,
durante seis meses, a iniciar-se pelo mais antigo, inadmitida a recusa, salvo por motivo relevante, a
critrio do Presidente do Tribunal.
1 O Diretor do Foro acumular o encargo com as atribuies de Juiz do Trabalho e ser
substitudo, em seus afastamentos, pelo Juiz da localidade que se lhe seguir em antiguidade.
2 A Diretoria do Foro de Belo Horizonte ser exercida por um ano, com incio em 1 de janeiro e
trmino em 31 de dezembro de cada ano, podendo o Juiz ser afastado da respectiva Vara do
Trabalho.
Art. 72. Compete ao Diretor do Foro:
I - despachar expedientes e peties antes da distribuio, ainda que apresentados nos perodos de
recesso do Tribunal;
II - exercer as funes de distribuidor;
III - decidir sobre questes judiciais que no estejam subordinadas aos demais Juzes em exerccio
na localidade, procedendo uniformizao, respeitada a competncia regimental do Presidente e do
Corregedor;
IV - expedir ordens, proferir despachos de expediente e promover as diligncias necessrias em
matria de sua competncia;
V - coordenar, em matria judiciria, sem prejuzo das atribuies do Presidente do Tribunal e do
Corregedor, as unidades do Foro que no estejam diretamente subordinadas aos demais Juzes em
exerccio na localidade.
CAPTULO XIII - DO ACESSO, DA PROMOO E DA REMOO DE JUZES
Seo I - Do Acesso ao Tribunal
Art. 73. O acesso ao Tribunal ser por antiguidade e merecimento, alternadamente.
Art. 74. Ocorrendo vaga no Tribunal, a ser provida por acesso, o Presidente far publicar, nos dez
dias subsequentes, aviso no rgo Oficial, especificando o critrio de preenchimento, com
antecedncia de, pelo menos, quinze dias da respectiva sesso no caso de promoo por antiguidade
e de quarenta dias no caso de promoo por merecimento.
1 O prazo para a publicao do aviso no rgo Oficial poder ser prorrogado uma vez, por igual
perodo, mediante deciso fundamentada da Presidncia do Tribunal.
2 Se o acesso ocorrer pelo critrio da antiguidade, o Tribunal examinar o nome do Juiz mais
antigo, somente alcanando os demais, sucessivamente, em caso de recusa.
3 Para acesso por merecimento, o Tribunal elaborar lista trplice, que ser encaminhada ao
Poder Executivo da Unio, por intermdio do Conselho Superior da Justia do Trabalho, e a ela
concorrero todos os Juzes que atenderem, cumulativamente, aos seguintes requisitos:
I - tenham feito inscrio, no prazo de quinze dias, contados da publicao do aviso;
II - estejam h, no mnimo, dois anos de efetivo exerccio devidamente comprovados no cargo;
III - componham a primeira quinta parte da lista de antiguidade de Juzes Titulares na data da
elaborao da lista;
IV - tenham apresentado a petio de inscrio ao Presidente do Tribunal, instruda com os
documentos necessrios aferio dos requisitos previstos na alnea "c", inciso II, do art. 93 da
Constituio da Repblica;
V - no tenham retido autos processuais, injustificadamente, alm do prazo legal; e
VI - no tenham sido punidos, nos ltimos doze meses, em processo disciplinar, com pena igual ou
superior de censura.
4 No havendo, na primeira quinta parte, quem tenha dois anos de efetivo exerccio ou aceite o
lugar vago, podero concorrer vaga os Juzes Titulares que integrem a segunda quinta parte da
lista de antiguidade e que atendam aos demais pressupostos, e assim sucessivamente, sempre
mediante nova publicao do aviso no rgo Oficial, do qual dever constar a ampliao dos Juzes
que podero concorrer.
5 A quinta parte da lista de antiguidade deve sofrer arredondamento para o nmero inteiro
superior, caso fracionrio o resultado da aplicao do percentual.
6 Se algum integrante da quinta parte no manifestar interesse, participam os demais integrantes,
no sendo admissvel sua recomposio.
Art. 75. O merecimento ser aferido primordialmente pelos seguintes critrios, com a valorao de
zero at a pontuao mxima estipulada:
I - desempenho: 20 pontos;
II - produtividade: 30 pontos;
III - presteza no exerccio da jurisdio: 25 pontos;
IV - aperfeioamento tcnico: 10 pontos; e
V - adequao da conduta ao Cdigo de tica da Magistratura: 15 pontos.
1 Na avaliao do merecimento, no sero utilizados critrios que atentem contra a
independncia funcional e a liberdade de convencimento do Magistrado, tais como ndice de
reforma de decises.
2 A pontuao dos subitens que compem cada um dos critrios acima ser individualizada,
sendo a pontuao de cada critrio calculada pela mdia aritmtica dos pontos de seus subitens.
3 A Escola Judicial fornecer documento padronizado, em que certificar a validade dos cursos
oficiais ou reconhecidos de aperfeioamento e as informaes relativas sua frequncia e
aproveitamento, para apurao do aperfeioamento tcnico.
4 Os Juzes Titulares interessados devero requerer os documentos de que tratam os pargrafos
anteriores com antecedncia de at oito dias da data limite para sua inscrio ao acesso por
merecimento, os quais sero fornecidos pela Corregedoria e pela Escola Judicial at cinco dias
antes da referida data.
5 Facultar-se- ao Juiz, na petio de inscrio, pronunciar-se sobre o contedo dos documentos
fornecidos pela Corregedoria Regional e pela Escola Judicial.
6 Efetuada a inscrio, os Juzes sero notificados para tomar cincia das informaes relativas a
todos os concorrentes, podendo oferecer impugnao, no prazo de cinco dias, a ser revista pelo
Colegiado, na sesso para formao da lista trplice.
7 Considerar-se-o, na avaliao da adequao da conduta ao Cdigo de tica da Magistratura:
I - positivamente: independncia, imparcialidade, transparncia, integridade pessoal e profissional,
diligncia e dedicao, cortesia, prudncia, sigilo profissional, conhecimento e capacitao,
dignidade, honra e decoro; e
II - negativamente: processo administrativo disciplinar (PAD) ainda no concludo contra o
Magistrado concorrente e sanes aplicadas no perodo da avaliao, no consideradas
representaes sem deciso definitiva, salvo com determinao de afastamento prvio do
Magistrado ou, com deciso definitiva, se datarem de mais de dois anos da abertura do edital.
8 A avaliao tomar por referncia o prazo de vinte e quatro meses imediatamente anteriores
data do requerimento de inscrio.
9 Os Desembargadores recebero cpia dos pedidos de inscrio, instrudas com os documentos
dos candidatos ao acesso e as impugnaes de que trata o 6 deste artigo, com antecedncia
mnima de quinze dias da sesso.
Seo II - Da Votao
Art. 76. Em se tratando de acesso por antiguidade, o Presidente do Tribunal propor a
homologao do nome do Juiz mais antigo, ouvido o Corregedor Regional, que prestar
informaes em conselho, se for o caso.
1 Havendo divergncia, aps instalado o Conselho, o Desembargador discordante fundamentar
as razes da sua recusa, a qual ser submetida votao.
2 No alcanados os dois teros a que se refere a alnea d do inciso II do art. 93 da Constituio da Repblica, homologar-se- o nome do Juiz mais antigo.
3 Alcanados os dois teros, a recusa ser fundamentada pelo Desembargador que primeiro a
apresentou, lanando-se os motivos nos assentamentos do candidato.
4 Reaberta a sesso e proclamado o resultado com a indicao dos Desembargadores vencidos,
proceder-se-, se for o caso, apreciao do nome do Juiz seguinte na antiguidade, observado o
mesmo procedimento.
Art. 77. No acesso por merecimento, a votao para a lista trplice ser realizada em sesso pblica,
de forma nominal, aberta e fundamentada, podendo a escolha recair em qualquer dos Juzes
inscritos, desde que cada votante aponte os critrios valorativos que levaram escolha.
1 A Corregedoria centralizar a coleta de dados para avaliao de desempenho, fornecendo os
mapas estatsticos para os Magistrados avaliadores.
2 Figurar na lista o candidato que alcanar a maioria dos votos dos Desembargadores presentes
sesso.
3 Caso no seja formada a lista na primeira votao, somente concorrero, na seguinte, os sete
candidatos mais votados, subtraindo-se nas votaes subsequentes da lista anterior o nome do
menos votado e, assim, sucessivamente, at fixar-se nos dois mais votados.
4 Definida a lista, nela figurar, em primeiro lugar, o nome do candidato mais votado e, em caso
de empate, o Juiz mais antigo preceder ao mais moderno e, assim, sucessivamente, observada a
ordem dos escrutnios.
5 Se aps trs escrutnios com apenas dois candidatos, nenhum deles alcanar a maioria dos
presentes, a lista ser definida pelo mais votado ou, se houver empate, sucessivamente, pelo que j
figurou em lista anterior ou pela antiguidade.
6 Os debates e fundamentos da votao sero registrados e disponibilizados, preferencialmente,
no sistema eletrnico.
- Nota: Pargrafo acrescentado pelo Ato Regimental TRT3 n. 3, de 11/07/2013 (DEJT/TRT3
22/07/2013).
Seo III - Da Remoo e da Promoo
Art. 78. Ocorrendo vaga em Vara do Trabalho, o Presidente do Tribunal far publicar, nos dez dias
subsequentes, edital no rgo Oficial, convocando, simultaneamente, os Juzes Titulares para
remoo, segundo o critrio da antiguidade e, sucessivamente, os Juzes Substitutos para promoo
por antiguidade ou por merecimento, alternadamente, com prazo de cinco dias para inscrio.
1 O prazo para publicao do aviso no rgo Oficial poder ser prorrogado uma vez, por igual
perodo, mediante deciso fundamentada da Presidncia do Tribunal.
2 Em caso de remoo, dar-se- a posse no prazo improrrogvel de quinze dias.
Art. 79. A remoo prefere promoo, devendo o candidato apresentar certido de regularidade
nos servios judicirios que ser expedida pela Corregedoria.
Art. 80. Para a remoo de Juzes Titulares e para a promoo de Juzes Substitutos, aplicam-se, no
que couber, as disposies das Sees I e II deste Captulo.
Pargrafo nico. O procedimento para promoo de Juiz Substituto para Juiz Titular de Vara do
Trabalho poder ser simplificado, havendo consenso entre os candidatos.
TTULO II - DA ORDEM DE SERVIO NO TRIBUNAL
CAPTULO I - DO CADASTRAMENTO E DA DISTRIBUIO DE PROCESSOS
Art. 81. Os processos de competncia dos rgos judicantes do Tribunal sero classificados de
acordo com as seguintes designaes e abreviaturas:
I - Ao Anulatria de Clusulas Convencionais - AACC;
II - Ao Rescisria - AR;
III - Agravo - Ag;
IV - Agravo de Instrumento em Agravo de Petio - AIAP;
V - Agravo de Instrumento em Recurso de Revista - AIRR;
VI - Agravo de Instrumento em Recurso Extraordinrio - AIRE;
VII - Agravo de Instrumento em Recurso Ordinrio - AIRO;
VIII - Agravo de Petio - AP;
IX - Agravo Regimental - AgR;
X - Arresto - Arrest;
XI - Atentado - Atent;
XII - Busca e Apreenso - BusApr;
XIII - Carta de Ordem - CartOrd;
XIV - Carta Precatria - CartPrec;
XV - Carta Rogatria - Rogato;
XVI - Cauo - Cauao;
XVII - Cautelar Inominada - CauInom;
XVIII - Conflito de Competncia - CC;
XIX - Consulta - Cons;
XX - Contraprotesto Judicial - CProt;
XXI - Correio Extraordinria - CorExt;
XXII - Correio Ordinria - CorOrd;
XXIII - Dissdio Coletivo - DC;
XXIV - Dissdio Coletivo de Greve - DCG;
XXV - Embargos de Terceiro - ET;
XXVI - Exceo de Impedimento - ExcImp;
XXVII - Exceo de Incompetncia - ExcInc;
XXVIII - Exceo de Suspeio - ExcSusp;
XXIX - Exibio - Exibic;
XXX - Habeas Corpus - HC;
XXXI - Habeas Data - HD;
XXXII - Impugnao ao Valor da Causa - IVC;
XXXIII - Incidente de Falsidade - IncFal;
XXXIV - Incidente de Uniformizao de Jurisprudncia - IUJ;
XXXV - Interpelao - Inter;
XXXVI - Justificao - Justif;
XXXVII - Mandado de Segurana - MS;
XXXVIII - Mandado de Segurana Coletivo - MSCol;
XXXIX - Notificao - Notif;
XL - Oposio - Oposic;
XLI - Pedido de Reviso do Valor da Causa - PRVC;
XLII - Petio - Pet;
XLIII - Precatrio - Precat;
XLIV - Processo Administrativo Disciplinar em face de Magistrado - PADMag;
XLV - Processo Administrativo Disciplinar em face de Servidor - PADServ;
XLVI - Produo Antecipada de Provas - PAP;
XLVII - Protesto - Protes;
XLVIII - Reclamao - Rcl;
XLIX - Reclamao Disciplinar - RclDisc;
L - Recurso Administrativo - RecAdm;
LI - Recurso de Multa - RM;
LII - Recurso Ordinrio - RO;
LII-A - Recurso Ordinrio - Rito Sumarissimo - ROPS;
LIII - Reexame Necessrio - ReeNec;
LIV - Requisio de Pequeno Valor - RPV;
LV - Restaurao de Autos - ResAut;
LVI - Sindicncia - Sind;
LVII - Suspenso de Liminar ou Antecipao de Tutela - SLAT.
Pargrafo nico. A autuao de processo cuja classe no encontre correspondncia dever ser
efetivada na classe "Petio - Pet", devendo a Diretoria da Secretaria de Cadastramento Processual
e Distribuio de Feitos da Segunda Instncia - DSCPDF 2 Instncia com