Relatorio de Estágio Supervisionado Saúde Pública

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    1/105

    CENTRO UNIVERSITRIO DO NORTELaureate Internationals Universities

    CURSO DE FARMCIA

    Relatrio Final de Estgio

    Estgio Supervisionado em Sade Pblica

    Renata Miranda Seixas

    ManausAM2014

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    2/105

    1

    CENTRO UNIVERSITRIO DO NORTELaureate Internationals Universities

    CURSO DE FARMCIA

    Renata Miranda Seixas

    Estgio Supervisionado em Sade Pblica

    Supervisor (a) de Estgio: Camila Fabbri.

    Preceptor de Estgio: Maria Meirelany Queiroz.Coordenador (a) do Curso de Farmcia: Mrcio Martinez.

    Instituio/Local de Estgio: Unidade Bsica de Sade do Japiim

    Perodo do Estgio: 11/08/2014 a 30/09/2014

    ManausAM09/2014

    Relatrio Final de Estgio

    Supervisionado, apresentado para

    disciplina de Estgio Curricular

    Obrigatrio Coordenao do Curso deFarmcia do Centro Universitrio do

    NorteUNINORTE.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    3/105

    2

    SUMRIO

    1 INTRODUO .................................................................................................................. 5

    2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 7

    3 OBJETIVOS ....................................................................................................................... 8

    a. OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 8

    b. OBJETIVO ESPECFICO ............................................................................................... 8

    4 CARACTERIZAES DO LOCAL DO ESTGIO ........................................................ 9

    4.1 EQUIPES TCNICAS DA UBS DO JAPIIM .......................................................... 10

    4.2 PLANTA DA UBS .................................................................................................... 13

    4.3 FLUXOGRAMA DO ATENDIMENTO DOS PACIENTES ................................... 14

    4.4 HIERARQUIAS DA UBS DO JAPIIM .................................................................... 15

    5 ATIVIDADES REALIZADAS ........................................................................................ 16

    5.1 FUNDAMENTAO TERICA ............................................................................. 16

    5.2 LEGISLAO .......................................................................................................... 18

    5.2.1 LEI N 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990. ............................................. 18

    5.2.2 RESOLUO N 338, DE 06 DE MAIO DE 2004 .......................................... 23

    5.2.3 PORTARIA N 154 DE 24 DE JANEIRO DE 2008. ........................................ 26

    5.2.3.1 A implantao e implementao do Programa Sade da Famlia em Manaus ..... 47

    6 ATIVIDADES REALIZADAS ........................................................................................ 52

    6.1 HIPERDIA ................................................................................................................. 52

    6.2 PR-NATAL ............................................................................................................. 56

    6.2.1 Exames Pr-Natal ............................................................................................... 59

    6.3 VACINA CONTRA RAIVA HUMANA .................................................................. 61

    6.4 IMUNIZAO .......................................................................................................... 63

    6.4.1CALENDRIOS DE VACINAO ....................................................................... 67

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    4/105

    3

    6.4.1.a CALENDRIO NACIONAL DE VACINAO ......................................... 71

    6.5 TUBERCULOSE ....................................................................................................... 72

    6.6 ASSISTNCIA FARMACUTICA ......................................................................... 756.7 PLANEJAMENTO FAMILIAR ................................................................................ 79

    6.8 PREVENTIVO: EXAME CITOPATOLGICO DE COLO DE TERO ............... 83

    6.9 SISVAN: SISTEMA DE VIGILNCIA ALIMENTAR E ....................................... 83

    6.10 PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAO DE VITAMINA A

    (PNVITA) ............................................................................................................................. 86

    6.11 PROGRAMA BOLSA FAMLIA ......................................................................... 89

    6.12 PUERICULTURA ................................................................................................. 92

    7 CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................... 96

    REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ..................................................................................... 97

    ANEXOS ................................................................................................................................ 103

    ANEXO 1: Formulrio de Marcadores do Consumo Alimentar em Crianas Menores de 5

    anos de IdadeSISVAN. ................................................................................................... 103

    ANEXO 2: Planilha mensal de ConsolidaoSISVAM. ............................................... 104

    Lista de Figuras

    Figura 1: Fachada daUBS do Japiim .......................................................................................... 9

    Figura 2: Ficha de Estabelecimento de Sade .......................................................................... 10

    Figura 3: rea Fsica da UBS do Japiim, 2014 ........................................................................ 13

    Figura 4: Fluxograma de Atendimento, 2014 ........................................................................... 14

    Figura 5: Grfico de hierarquia da UBS do Japiim, 2014 ........................................................ 15

    Figura 6: Aferio da Presso arterial ...................................................................................... 52

    Figura 7: Aferio da medida de peso ...................................................................................... 53

    Figura 8: Aferio da circunferncia abdominal da gestante ................................................... 58

    Figura 9: Vacinao de adulto contra raiva humana ................................................................ 62Figura 10: Vacinas disponveis na UBS do Japiim .................................................................. 63

    http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890602http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890602http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890607http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890607http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890607http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890602
  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    5/105

    4

    Figura 11: Carto de vacinao do adolescente e da adolescente ............................................ 64

    Figura 12: Frasqueiras trmicas com imunobiolgicos acondicionados .................................. 65

    Figura 13 : SI-PNI Sistema de Informatizao do Programa Nacional de Imunizao ........... 66

    Figura 14: Calendrio Nacional de Imunizao ....................................................................... 72

    Figura 15: Ciclo da Assistncia Farmacutica ......................................................................... 75

    Figura 17: Insumos de geladeira: Insulina e outros .................................................................. 76

    Figura 16: Insumos em temperatura ambiente ......................................................................... 76

    Figura 18: Camisinha masculina distribuda na UBS ............................................................... 80

    Figura 19: Leite distribudo pelo programa na UBS do Japiim ................................................ 84

    Figura 20: CD 07 da UBS do Japiim ........................................................................................ 85

    Figura 21: Monitoramento da medida de circunferncia abdominal para o programa ............ 85

    Figura 22: Suplementao de vitamina A na UBS do Japiim .................................................. 87

    Figura 23: Importncia da Vitamina A ..................................................................................... 88

    Figura 24: Logotipo do Programa Bolsa Famlia ..................................................................... 90

    Figura 25: Imunizao de criana na UBS do Japiim .............................................................. 91

    Figura 26: Aferio da altura da criana. ................................................................................. 92

    Figura 27: Aferio do Permetro Ceflico .............................................................................. 93

    Lista de Tabelas

    TABELA 1: Funcionarios da UBS do Japiim .......................................................................... 12

    TABELA 2: Corpo clinico da UBS do Japiim ......................................................................... 12

    TABELA 3: Localizao de farmcias gratuitas em Manaus .................................................. 79TABELA 4: Calendrio de administrao de vitamina A ........................................................ 89

    TABELA 5: Calendrio para Puericultura ............................................................................... 94

    http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890613http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890613http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890614http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890614http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890615http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890615http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890617http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890617http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890618http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890618http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890623http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890623http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890624http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890624http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890625http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890625http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890625http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890624http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890623http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890618http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890617http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890615http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890614http://c/Users/Renata%20Seixas/Documents/UNINORTE%207%20PERIODO/RELATORIO%20DE%20EST%C3%81GIO%20SUPERVISIONADO%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.docx%23_Toc399890613
  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    6/105

    5

    1 INTRODUO

    Este relatrio aborda as experincias vivenciadas por Renata Miranda Seixas,

    acadmica do 7 Perodo do curso de graduao em Farmcia da Faculdade Uninorte, durante

    o Estgio Curricular, realizado no perodo de 11 de agosto a 30 de setembro de 2014, na

    Unidade Bsica de Sade (UBS) do Japiim, no horrio de 07:00 horas as 11:00 horas sob

    superviso da professora Camila Fabbri e orientao da Professora Farmacutica Bioqumica

    Maria Meirelany Queiroz.

    Na busca do conhecimento mais profundo da atuao do farmacutico na ateno

    bsica, de interagir com a comunidade, com servios e recursos disponveis no atendimento

    em sade pblica, a UBS do Japiim o campo de estgio capaz de oferecer e proporcionarexperincias singulares. Alm disso, o desejo de visualizar a aplicao do princpio do

    Sistema nico de Sade (SUS), no sentido de articular aes de alcance preventivo com as de

    tratamento e recuperao da sade, respeitando as necessidades de cada indivduo, ou seja,

    com o sinnimo de um atendimento integral.

    O artigo 196, da Constituio da Repblica estabelece que: A sade direito de todos

    e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do

    risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal igualitrio s aes e servios parasua promoo, proteo e recuperao.

    Assim, a Constituio Federal e outras leis federais garantem a todas as pessoas o

    acesso gratuito aos rgos relacionados sade pblica para, por exemplo, pleitear

    medicamentos, prteses, consultas mdicas, exames, internaes, cirurgias, orientaes e

    cuidados de sade atravs do SUSSistema nico de Sade.

    O Sistema nico de Sade (SUS) foi criada em 1988 pela Constituio Federal e

    regulamentado a partir da Lei Orgnica n 8.080/90 e lei n 8142/90, com o objetivo principalde acabar com a desigualdade na assistncia a sade da populao em geral e fazendo com

    que os servios de sade se tornassem obrigatrios, grtis e acessveis a todos.

    Em 1994 houve a implementao da proposta de ateno bsica que vinha

    direcionando a reorganizao da lgica assistencial do SUS: O Programa de Sade da Famlia

    (PSF). Desde de 1996, esse programa passou a ser visto como uma estratgia de mudana do

    modelo assistencial a partir da ateno bsica e posteriormente se consolidou a denominao

    Estratgia Sade da Famlia. (ESF) (FALLEIROS, 2010)

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    7/105

    6

    Aes de Assistncia Farmacutica - Aes voltadas promoo, proteo e

    recuperao da sade, no mbito individual e coletivo, tendo o medicamento como insumo

    essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional.

    Entre as funes que o farmacutico, inserido na Ateno Bsica, tem a desempenhar,pode-se citar: Coordenar e executar as atividades de Assistncia Farmacutica no mbito da

    Ateno Bsica/Sade da Famlia. Auxiliar os gestores e a equipe de sade no planejamento

    das aes e servios de Assistncia Farmacutica na Ateno Bsica/Sade da Famlia,

    assegurando a integralidade e a intersetorialidade das aes de sade. Atuao diretamente

    com indivduos, famlias e comunidade; participao de atividades educativas dos

    profissionais de sade e articular estratgias de ao com equipamentos sociais presentes na

    comunidade em benefcio da promoo, acesso e o uso racional de medicamentos.O farmacutico como profissional que trabalha diretamente com prestao de servios

    relacionados ao medicamento, parte importante e indispensvel na composio destes

    recursos humanos e isto torna importante o papel das instituies de ensino superior que

    preparam estes profissionais, uma vez que elas so responsveis pela formao inicial e pelo

    estimulo a formao continuada a ser desenvolvida por eles.

    Como etapa final dos processos de formao dos estudantes de sade, os estgios

    curriculares profissionalizantes determinam o perfil do futuro profissional. O EstgioSupervisionado em Sade Pblica visa apoiar iniciativas para a experincia prtica do

    trabalho em sade no curso de farmcia, permitindo a insero dos estudantes no Programa

    Sade da Famlia, a partir de uma realidade diferenciada da encontrada por estes nos demais

    estgios curriculares.

    A Assistncia Farmacutica nos NASF visa fortalecer a insero da atividade

    farmacutica e do farmacutico de forma integrada s equipes de Ateno

    Bsica/Sade da Famlia, cujo trabalho buscar garantir populao o efetivo acesso

    e a promoo do uso racional de medicamentos, contribuindo com a resolubilidade

    das aes de promoo, de preveno e de recuperao da sade, conforme

    estabelecem as diretrizes da Estratgia da Sade da Famlia e da Poltica Nacional de

    Medicamentos e da Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica. (MS, 2008).

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    8/105

    7

    2 JUSTIFICATIVA

    Quando se reconhece que os farmacuticos tm o papel chave na definio das

    polticas pblicas, na gesto, na ateno sade do usurio dos servios de sade e,

    sobretudo, na mudana dos modelos de ateno sade vigente, torna-se evidente que o

    futuro profissional farmacutico deve estar apto a assumir a reorientao da prtica

    farmacutica, desenvolvendo e, constantemente, aprimorando suas habilidades em: prestar

    servios, tomar decises, comunicar-se, liderar, ser gestor, aprendiz e, permanentemente, um

    educador em sade.

    Nesse sentido, as novas Diretrizes Curriculares para os cursos de graduao em

    Farmcia tambm apontam nesse sentido, quando incentivam a formao de um profissionalgeneralista, humanista, crtico e reflexivo. Assim, o Estgio Curricular do Curso de Farmcia

    da UNINORTE, com o objetivo de contribuir para a formao de um profissional

    farmacutico que atenda as necessidades da sociedade, que seja capaz de integrar-se equipe

    de sade e que contribua para a transformao da Assistncia Farmacutica (AF) de nossa

    regio vem a oferecer ao aluno a oportunidade de conhecer, atravs de um rodzio ou de uma

    vivncia prolongada, alguns servios de sade do Sistema nico de Sade (SUS) do

    Municpio de Manaus.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    9/105

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    10/105

    9

    4 CARACTERIZAES DO LOCAL DO ESTGIO

    A UBS do Japiim est localizada no Distrito de Sade Sul, na Rua 31, no bairro

    Japiim, Manaus/AM. Foi inaugurada em Maro de 1972, reformada e padronizada em

    Novembro de 2000 (Figura 1). Atende a populao do bairro e adjacncias, prestando servio

    de ateno primria sade. Ficha do Estabelecimento de sade cadastrado no CNES desde

    30/10/2001 de acordo com a figura 2.

    Figura 1: Fachada daUBS do JapiimFonte: Renata Seixas; fotos pessoais

    Em suas instalaes fsicas para apoio conta com 4 clnicas bsicas, 1 clnica

    indiferenciada, 2 odontologias, 2 consultrios no mdicos, 1 sala de curativo, 1 sala de

    enfermagem (servios), 1 sala de nebulizao e 1 sala de imunizao.

    Realizam procedimentos bsicos e atendimento de enfermagem, mdico (pediatra,clnico e ginecolgico), odontolgico e farmacutico. O horrio normal de atendimento das

    UBS das 08 horas s 12 horas e das 13 horas s 17 horas de segunda a sexta-feira.

    Outros atendimentos so realizados como inalaes, injees, curativos, vacinas,

    coleta e exames laboratoriais, tratamento odontolgico, encaminhamentos para especialidades

    e fornecimento de medicao bsica e especial dos programas de sade.

    Na UBS so desenvolvidos programas de sade importantes para a populao, so os

    programas de: Ateno Integral a Sade da Criana, Adolescente, Mulher e Homem, Leite do

    Meu Filho, Hiperdia, Pr-Natal, Tuberculose, Imunizao, Raiva.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    11/105

    10

    Nos servios de apoio possui central de esterilizao de materiais, farmcia, servio de

    pronturio de pacientes e servio social.

    Em servios especializados apresenta Regulao Assistencial dos Servios de Sade,

    servios de ateno ao pr-natal, parto e nascimento, em sade bucal, de diagnstico por

    laboratrio clnico e de diagnstico por mtodos grficos dinmicos.

    Figura 2: Ficha de Estabelecimento de SadeFonte: www.cnes.datasus.gov.br

    4.1EQUIPES TCNICAS DA UBS DO JAPIIM

    O apoi tcinico da UBS do Japiim est listado de acordo com a tabela 1 a seguir:

    Consulta Estabelecimento - Modulo Profissional - Profissionais por Estabelecimento

    Nome CBO SUSSitua

    oAMANDA ALEIXO ROBERTSTEWIEN

    223208 - CIRURGIAO DENTISTACLINICO GERAL SIM Ativo

    ANA CLAUDIA E SILVABARROS 225125 - MEDICO CLINICO SIM Ativo

    ANA CLAUDIA PEREIRARODRIGUES CABRAL 225125 - MEDICO CLINICO SIM Ativo

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    12/105

    11

    ANDREA CARINE SILVAFERNANDES

    223208 - CIRURGIAO DENTISTACLINICO GERAL SIM Ativo

    ARIADINA DA SILVA GAMA322205 - TECNICO DEENFERMAGEM SIM Ativo

    BERNADETE TIBA MOTA223208 - CIRURGIAO DENTISTACLINICO GERAL SIM Ativo

    CARLA FERNANDA LOPES DASILVA 223505 - ENFERMEIRO SIM AtivoCIMES MARA PANTOJAPINHEIRO

    324205 - TECNICO EMPATOLOGIA CLINICA SIM Ativo

    CINTIA DOS SANTOS TELES324210 - AUXILIAR TECNICO EMPATOLOGIA CLINICA SIM Ativo

    CLAUDIA MATOS DA CRUZCOELHO

    322405 - TECNICO EM SAUDEBUCAL SIM Ativo

    CONSUELO QUIROGA ROBLES 225124 - MEDICO PEDIATRA SIM AtivoDARCLEY FRANCA DIAZ 225124 - MEDICO PEDIATRA SIM AtivoELDA REJANE CAMPOS DESOUZA 223505 - ENFERMEIRO SIM AtivoENIO DE OLIVEIRA CANDIDO 225125 - MEDICO CLINICO SIM Ativo

    IRAMAIA DA SILVA CRUZ223415 - FARMACEUTICOANALISTA CLINICO SIM Ativo

    IZABEL ZEFERINA NETA BAIA322205 - TECNICO DEENFERMAGEM SIM Ativo

    JANDYRA LOGATTO IGNACIODE SOUZA 223505 - ENFERMEIRO SIM Ativo

    LILIANE FLORES DE FREITASGONCALVES 251605 - ASSISTENTE SOCIAL SIM AtivoLISA MARA DE SOUZANORMANDO 225124 - MEDICO PEDIATRA SIM Ativo

    LIZETTE FERREIRA DA SILVA322230 - AUXILIAR DEENFERMAGEM SIM Ativo

    LUIZA MORAIS DE ALMEIDA322230 - AUXILIAR DEENFERMAGEM SIM Ativo

    MARCIO MELO DE DEUS322230 - AUXILIAR DEENFERMAGEM SIM Ativo

    MARLENE ROSA DE MORAES322230 - AUXILIAR DEENFERMAGEM SIM Ativo

    MAYRICI MENDONCA DEOLIVEIRA

    322415 - AUXILIAR EM SAUDEBUCAL SIM Ativo

    NAZARE MARTINS PASSOS324210 - AUXILIAR TECNICO EMPATOLOGIA CLINICA SIM Ativo

    NEUZIMAR DA SILVAPACHECO

    123105 - DIRETORADMINISTRATIVO SIM Ativo

    PATRICIA VIVIANE VIEIRA DECARVALHO

    322405 - TECNICO EM SAUDEBUCAL SIM Ativo

    RENILTON FROTA CORREA

    223208 - CIRURGIAO DENTISTA

    CLINICO GERAL SIM AtivoSOLANGE MARIA GODINHORIBEIRO 251605 - ASSISTENTE SOCIAL SIM Ativo

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    13/105

    12

    VILMA BONIFACIO VIEIRA322230 - AUXILIAR DEENFERMAGEM SIM Ativo

    VITOR GOMES MONTEIRO 225124 - MEDICO PEDIATRA SIM AtivoWILLIAMS JAMES MARTINS

    ROCHA

    322205 - TECNICO DE

    ENFERMAGEM SIM Ativo

    CADASTRADO NO CNES EM: 30/10/2001 ULTIMA ATUALIZAO EM: 30/8/2014TABELA 1: Funcionarios da UBS do JapiimFonte: www.cnes.datasus.gov.br

    O corpo clinico da UBS do Japiim est listado de acordo com a tabela 2 a seguir:

    CORPO CLNICOCirurgio Dentista - Clnico Geral

    Amanda Aleixo Robert StewienAndrea Carine Silva FernandesBernadete Tiba MotaHelena Matos da SilveiraRenilton Frota Correa

    Mdico ClnicoAna Claudia Pereira Rodrigues CabralRonalde da Silva Maia

    Mdico Ginecologista e ObstetraMarcia Soares Marcondes

    Claudia Marques de Oliveira SoeiroMdico Pediatra

    Consuelo Quiroga RoblesDarcley Franca DiazLisa Mara de Souza NormandoVitor Gomes Monteiro

    Mdico - Sade da FamliaEnio de Oliveira Candido

    TABELA 2: Corpo clinico da UBS do JapiimFonte: www.cnes.datasus.gov.br

    http://www.cnes.datasus.gov.br/http://www.cnes.datasus.gov.br/http://www.cnes.datasus.gov.br/http://www.cnes.datasus.gov.br/http://www.cnes.datasus.gov.br/http://www.cnes.datasus.gov.br/http://www.cnes.datasus.gov.br/http://www.cnes.datasus.gov.br/
  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    14/105

    13

    4.2PLANTA DA UBS

    A rea fsica da UBS do Japiim est representada pela Figura 3 a seguir:

    Figura 3: rea Fsica da UBS do Japiim, 2014.Fonte: Elaborado pela acadmica

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    15/105

    14

    4.3FLUXOGRAMA DO ATENDIMENTO DOS PACIENTES

    O fluxograma de atendimento esta representado pela Figura 4 a seguir:

    Usurio procura a UBS

    Expediente / balco verifica

    demanda do usurio

    O usurio tem consulta ou

    grupo agendado

    No tem consulta agendada e quer

    /necessita atendimentoProcura atendimento especfico:

    sala de vacina, curativo, inalao,

    farmcia, coleta de exames.

    Separa o pronturio e encaminha

    usurio para o atendimento

    Acolhimento Recepo tcnica

    com escuta qualificada Encaminha usurio para o setor

    desejado

    Profissional de Sade em atendimento individual:

    Escuta a demanda do usurio;

    Analisa sua necessidade de ateno;Identifica risco/ vulnerabilidade (biolgico, subjetivo e social);

    Prioriza as a es/atividades

    Separa o pronturio e encaminha

    usurio para o preparo

    Orienta e resolve situaes previstas no Caderno de Apoio ao

    Acolhimento e demais protocolos;

    Oportuniza aes de preveno e diagnstico precoce;

    Informa sobre atividades desenvolvidas na unidade;

    Constri vinculo; Agiliza encaminhamentos Prioriza as aes/atividades

    Retaguarda imediata para casos agudos

    Consultas: mdica, enfermagem,

    odontolgica, social, psicolgica e outras.

    Procedimentos: aferio de presso,

    curativos, inalao, imunizao, medicao,sutura.

    rea de abrangncia

    Sim No

    Consultas de rotina:

    mdico; enfermagem;dentista e outros.Palestras educativasVigilncia

    Matrcula

    Agendamento

    Orientao

    Encaminhamento

    seguro com

    responsabilizao

    Figura 4: Fluxograma de Atendimento, 2014.

    Fonte: Elaborado pela acadmica

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    16/105

    15

    4.4HIERARQUIAS DA UBS DO JAPIIM

    As hierarquias da UBS do Japiim esto representadas de acordo com a Figura 5 a seguir:

    Figura 5: Grfico de hierarquia da UBS do Japiim, 2014

    Fonte: Elaborado pela acadmica

    PrefeituraMunicipal de

    Manaus

    PrefeituraMunicipal de

    Manaus

    PrefeituraMunicipal de

    Manaus

    Vigi-lante

    Bio-qumi

    co

    AssistenteSoci-

    al

    Tcnicos

    Aux.Servi-osgerai

    s

    Aux.Administrativo

    Mdicos

    Far-macutico

    Enfermei-ros

    Odontlo-go

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    17/105

    16

    5 ATIVIDADES REALIZADAS

    5.1FUNDAMENTAO TERICA

    O Sistema nico de Sade - SUS - foi criado pela Constituio Federal de 1988 e

    regulamentado pelas Leis n. 8080/90 e n 8.142/90, Leis Orgnicas da Sade, com a

    finalidade de alterar a situao de desigualdade na assistncia Sade da populao, tornando

    obrigatrio o atendimento pblico a qualquer cidado, sendo proibidas cobranas de dinheiro

    sob qualquer pretexto.

    Do Sistema nico de Sade fazem parte os centros e postos de sade, hospitais -incluindo os universitrios, laboratrios, hemocentros, bancos de sangue, alm de fundaes e

    institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundao Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil.

    Atravs do Sistema nico de Sade, todos os cidados tm direito a consultas, exames,

    internaes e tratamentos nas Unidades de Sade vinculadas ao SUS da esfera municipal,

    estadual e federal, sejam pblicas ou privadas, contratadas pelo gestor pblico de sade.

    O SUS destinado a todos os cidados e financiado com recursos arrecadados

    atravs de impostos e contribuies sociais pagos pela populao e compem os recursos dogoverno federal, estadual e municipal.

    O Sistema nico de Sade tem como meta tornar-se um importante mecanismo de

    promoo da eqidade no atendimento das necessidades de sade da populao, ofertando

    servios com qualidade adequados s necessidades, independente do poder aquisitivo do

    cidado. O SUS se prope a promover a sade, priorizando as aes preventivas,

    democratizando as informaes relevantes para que a populao conhea seus direitos e os

    riscos sua sade. O controle da ocorrncia de doenas, seu aumento e propagao -Vigilncia Epidemiolgica, so algumas das responsabilidades de ateno do SUS, assim

    como o controle da qualidade de remdios, de exames, de alimentos, higiene e adequao de

    instalaes que atendem ao pblico, onde atua a Vigilncia Sanitria.

    O setor privado participa do SUS de forma complementar, por meio de contratos e

    convnios de prestao de servio ao Estado quando as unidades pblicas de assistncia

    sade no so suficientes para garantir o atendimento a toda a populao de uma determinada

    regio.

    O Brasil tem um dos maiores sistemas pblicos de sade do mundo. O Sistema nico

    de Sade (SUS) abrange desde um simples atendimento ambulatorial at um complexo

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    18/105

    17

    transplante de rgos, procurando garantir acesso integral, universal e gratuito para toda a

    populao brasileira. O SUS est amparado por um conceito ampliado de sade, em que a

    universalidade do atendimento rompeu com a lgica adotada em outros pases.

    No Brasil, no s os contribuintes da previdncia, mas todos os cidados tm direito

    ao atendimento de sade pblico e gratuito, incluindo consultas, exames, internaes e

    tratamentos nas unidades pblicas, privadas ou filantrpicas contratadas pelo gestor pblico.

    A oferta desses servios aliada s aes de preveno e promoo da sade, como campanhas

    de vacinao, controle de doenas e vigilncia em sade, atinge a vida de cada um dos

    cidados.

    Antes da criao do SUS, a sade no era considerada um direito social. O modelo de

    sade adotado at ento dividia os brasileiros em trs categorias: os que podiam pagar porservios de sade privados; os que tinham direito sade pblica por serem segurados pela

    previdncia social (trabalhadores com carteira assinada); e os que no possuam direito algum.

    Outra contribuio significativa do SUS foi a descentralizao das decises,

    responsabilidades, atribuies e recursos. No h hierarquia entre Unio, estados e

    municpios, mas h competncias para cada um desses trs gestores do SUS. As esferas de

    governo so parceiras na conduo da poltica de sade no Pas. As atribuies de cada um

    esto definidas nas normas operacionais bsicas do Ministrio da Sade e na Lei 8.080, quedispe sobre as condies para a promoo, proteo e recuperao da sade, a organizao e

    o funcionamento dos servios correspondentes.

    O modelo do SUS inclui o cidado no apenas como usurio, mas tambm como

    participante da gesto do sistema. A Lei Orgnica da Sade estabelece dois importantes

    mecanismos de participao da populao: as conferncias e os conselhos de sade. A

    comunidade, por meio de seus representantes, pode opinar, definir, acompanhar e fiscalizar as

    aes de sade nas trs esferas de governo.Os conselhos de sade so os rgos de controle do SUS pela sociedade nos nveis

    municipal, estadual e federal. De carter permanente e deliberativo, cada conselho tem como

    misso deliberar, fiscalizar, acompanhar e monitorar as polticas pblicas de sade, propondo

    correes e aperfeioamentos e permitindo populao interferir na gesto da sade,

    defendendo os interesses da coletividade para que estes sejam atendidos pelas aes

    governamentais.

    Nas conferncias, renem-se tambm os representantes da sociedade (que so os

    usurios do SUS), do governo, dos profissionais de sade, dos prestadores de servios, mas

    tambm outras pessoas. As conferncias so destinadas a analisar os avanos e retrocessos do

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    19/105

    18

    SUS e a propor diretrizes para a formulao das polticas de sade. Elas se do em mbito

    municipal, estadual e federal, a cada quatro anos.

    Os conselhos e conferncias de sade esto inseridos em uma viso da sade como um

    direito essencial. Para que o cidado conhea os direitos na hora de procurar atendimento de

    sade, foi redigida a Carta dos Direitos dos Usurios da Sade, que rene os seis princpios

    bsicos de cidadania que asseguram ao brasileiro o ingresso digno nos sistemas de sade, seja

    ele pblico ou privado. A Carta um importante documento para que a populao conhea

    seus direitos e, assim, ajude o Brasil a ter um sistema de sade mais efetivo. Os princpios da

    Carta so:

    Todo cidado tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas desade.

    Todo cidado tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema.

    Todo cidado tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de

    qualquer discriminao.

    Todo cidado tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores

    e seus direitos.

    Todo cidado tambm tem responsabilidades para que seu tratamento acontea

    da forma adequada.

    Todo cidado tem direito ao comprometimento dos gestores da sade para que

    os princpios anteriores sejam cumpridos.

    5.2LEGISLAO

    5.2.1 LEI N 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

    DISPOSIO PRELIMINAR

    Art. 1 Esta lei regula, em todo o territrio nacional, as aes e servios de sade, executados

    isolada ou conjuntamente, em carter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou

    jurdicas de direito Pblico ou privado.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    20/105

    19

    TTULO I - DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 2 A sade um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as

    condies indispensveis ao seu pleno exerccio.

    1 O dever do Estado de garantir a sade consiste na formulao e execuo de polticas

    econmicas e sociais que visem reduo de riscos de doenas e de outros agravos e no

    estabelecimento de condies que assegurem acesso universal e igualitrio s aes e aos

    servios para a sua promoo, proteo e recuperao.

    2 O dever do Estado no exclui o das pessoas, da famlia, das empresas e da sociedade.

    Art. 3 A sade tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentao,

    a moradia, o saneamento bsico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educao, o

    transporte, o lazer e o acesso aos bens e servios essenciais; os nveis de sade da populao

    expressam a organizao social e econmica do Pas.

    Pargrafo nico. Dizem respeito tambm sade as aes que, por fora do disposto no artigoanterior, se destinam a garantir s pessoas e coletividade condies de bem-estar fsico,

    mental e social.

    TTULO II - DO SISTEMA NICO DE SADE

    DISPOSIO PRELIMINAR

    Art. 4 O conjunto de aes e servios de sade, prestados por rgos e instituies pblicas

    federais, estaduais e municipais, da Administrao direta e indireta e das fundaes mantidas

    pelo Poder Pblico, constitui o Sistema nico de Sade (SUS).

    1 Esto includas no disposto neste artigo as instituies pblicas federais, estaduais e

    municipais de controle de qualidade, pesquisa e produo de insumos, medicamentos,

    inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para sade.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    21/105

    20

    2 A iniciativa privada poder participar do Sistema nico de Sade (SUS), em carter

    complementar.

    CAPTULO I

    Dos Objetivos e Atribuies

    Art. 5 So objetivos do Sistema nico de Sade SUS:

    I - a identificao e divulgao dos fatores condicionantes e determinantes da sade;

    II - a formulao de poltica de sade destinada a promover, nos campos econmico e social,

    a observncia do disposto no 1 do art. 2 desta lei;

    III - a assistncia s pessoas por intermdio de aes de promoo, proteo e recuperao da

    sade, com a realizao integrada das aes assistenciais e das atividades preventivas.

    Art. 6 Esto includas ainda no campo de atuao do Sistema nico de Sade (SUS):

    I - a execuo de aes:

    a) de vigilncia sanitria;

    b) de vigilncia epidemiolgica;

    c) de sade do trabalhador; e

    d) de assistncia teraputica integral, inclusive farmacutica;

    II - a participao na formulao da poltica e na execuo de aes de saneamento bsico;

    III - a ordenao da formao de recursos humanos na rea de sade;

    IV - a vigilncia nutricional e a orientao alimentar;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    22/105

    21

    V - a colaborao na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;

    VI - a formulao da poltica de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos e outros

    insumos de interesse para a sade e a participao na sua produo;

    VII - o controle e a fiscalizao de servios, produtos e substncias de interesse para a sade;

    VIII - a fiscalizao e a inspeo de alimentos, gua e bebidas para consumo humano;

    IX - a participao no controle e na fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao

    de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;

    X - o incremento, em sua rea de atuao, do desenvolvimento cientfico e tecnolgico;

    XI - a formulao e execuo da poltica de sangue e seus derivados.

    1 Entende-se por vigilncia sanitria um conjunto de aes capaz de eliminar, diminuir ou

    prevenir riscos sade e de intervir nos problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente,da produo e circulao de bens e da prestao de servios de interesse da sade,

    abrangendo:

    I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a sade,

    compreendidas todas as etapas e processos, da produo ao consumo; e

    II - o controle da prestao de servios que se relacionam direta ou indiretamente com asade.

    2 Entende-se por vigilncia epidemiolgica um conjunto de aes que proporcionam o

    conhecimento, a deteco ou preveno de qualquer mudana nos fatores determinantes e

    condicionantes de sade individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as

    medidas de preveno e controle das doenas ou agravos.

    3 Entende-se por sade do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se

    destina, atravs das aes de vigilncia epidemiolgica e vigilncia sanitria, promoo e

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    23/105

    22

    proteo da sade dos trabalhadores, assim como visa recuperao e reabilitao da sade

    dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de trabalho,

    abrangendo:

    I - assistncia ao trabalhador vtima de acidentes de trabalho ou portador de doena

    profissional e do trabalho;

    II - participao, no mbito de competncia do Sistema nico de Sade (SUS), em estudos,

    pesquisas, avaliao e controle dos riscos e agravos potenciais sade existentes no processo

    de trabalho;

    III - participao, no mbito de competncia do Sistema nico de Sade (SUS), da

    normatizao, fiscalizao e controle das condies de produo, extrao, armazenamento,

    transporte, distribuio e manuseio de substncias, de produtos, de mquinas e de

    equipamentos que apresentam riscos sade do trabalhador;

    IV - avaliao do impacto que as tecnologias provocam sade;

    V - informao ao trabalhador e sua respectiva entidade sindical e s empresas sobre os

    riscos de acidentes de trabalho, doena profissional e do trabalho, bem como os resultados de

    fiscalizaes, avaliaes ambientais e exames de sade, de admisso, peridicos e de

    demisso, respeitados os preceitos da tica profissional;

    VI - participao na normatizao, fiscalizao e controle dos servios de sade do

    trabalhador nas instituies e empresas pblicas e privadas;

    VII - reviso peridica da listagem oficial de doenas originadas no processo de trabalho,

    tendo na sua elaborao a colaborao das entidades sindicais; e

    VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao rgo competente a interdio

    de mquina, de setor de servio ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposio a

    risco iminente para a vida ou sade dos trabalhadores.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    24/105

    23

    5.2.2 RESOLUO N 338, DE 06 DE MAIO DE 2004

    O Plenrio do Conselho Nacional de Sade, em sua Centsima Quadragsima Segunda

    Reunio Ordinria, realizada nos dias 05 e 06 de maio de 2004, no uso de suas competncias

    regimentais e atribuies conferidas pela Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, e pela Lei

    n 8.142, de 28 de dezembro de 1990, considerando:

    a) a competncia da direo nacional do Sistema nico de Sade de formular, avaliar e

    elaborar normas de polticas pblicas de sade;

    b) as deliberaes da 12a Conferncia Nacional de Sade;

    c) as deliberaes da 1a Conferncia Nacional de Medicamentos e Assistncia Farmacutica

    Efetivando o acesso, a qualidade e a humanizao na Assistncia Farmacutica, com controle

    social, realizada no perodo de 15 a 18 de setembro de 2003.

    RESOLVE:

    Art. 1o Aprovar a Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica, estabelecida com base nos

    seguintes princpios:

    I - a Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica parte integrante da Poltica Nacional de

    Sade, envolvendo um conjunto de aes voltadas promoo, proteo e recuperao da

    sade e garantindo os princpios da universalidade, integralidade e eqidade;

    II - a Assistncia Farmacutica deve ser compreendida como poltica pblica norteadora para

    a formulao de polticas setoriais, entre as quais destacam-se as polticas de medicamentos,

    de cincia e tecnologia, de desenvolvimento industrial e de formao de recursos humanos,

    dentre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao sistema de sade do pas (SUS) e

    cuja implantao envolve tanto o setor pblico como privado de ateno sade;

    III - a Assistncia Farmacutica trata de um conjunto de aes voltadas promoo, proteo

    e recuperao da sade, tanto individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo

    essencial e visando o acesso e ao seu uso racional.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    25/105

    24

    Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produo de medicamentos e

    insumos, bem como a sua seleo, programao, aquisio, distribuio, dispensao, garantia

    da qualidade dos produtos e servios, acompanhamento e avaliao de sua utilizao, na

    perspectiva da obteno de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da

    populao;

    IV - as aes de Assistncia Farmacutica envolvem aquelas referentes Ateno

    Farmacutica, considerada como um modelo de prtica farmacutica, desenvolvida no

    contexto da Assistncia Farmacutica e compreendendo atitudes, valores ticos,

    comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na preveno de doenas,promoo e recuperao da sade, de forma integrada equipe de sade. a interao direta

    do farmacutico com o usurio, visando uma farmacoterapia racional e a obteno de

    resultados definidos e mensurveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta

    interao tambm deve envolver as concepes dos seus sujeitos, respeitadas as suas

    especificidades bio-psico-sociais, sob a tica da integralidade das aes de sade.

    Art. 2o A Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica deve englobar os seguintes eixosestratgicos:

    I - a garantia de acesso e equidade s aes de sade, inclui, necessariamente, a Assistncia

    Farmacutica;

    II - manuteno de servios de assistncia farmacutica na rede pblica de sade, nos

    diferentes nveis de ateno, considerando a necessria articulao e a observncia dasprioridades regionais definidas nas instncias gestoras do SUS;

    III - qualificao dos servios de assistncia farmacutica existentes, em articulao com os

    gestores estaduais e municipais, nos diferentes nveis de ateno;

    IV - descentralizao das aes, com definio das responsabilidades das diferentes instncias

    gestoras, de forma pactuada e visando a superao da fragmentao em programas

    desarticulados;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    26/105

    25

    V - desenvolvimento, valorizao, formao, fixao e capacitao de recursos humanos;

    VI - modernizao e ampliar a capacidade instalada e de produo dos Laboratrios

    Farmacuticos Oficiais, visando o suprimento do SUS e o cumprimento de seu papel como

    referncias de custo e qualidade da produo de medicamentos, incluindo-se a produo de

    fitoterpicos;

    VII - utilizao da Relao Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), atualizada

    periodicamente, como instrumento racionalizado das aes no mbito da assistncia

    farmacutica;

    VIII - pactuao de aes intersetoriais que visem internalizao e o desenvolvimento de

    tecnologias que atendam s necessidades de produtos e servios do SUS, nos diferentes nveis

    de ateno;

    IX - implementao de forma intersetorial, e em particular, com o Ministrio da Cincia e

    Tecnologia, de uma poltica pblica de desenvolvimento cientfico e tecnolgico, envolvendo

    os centros de pesquisa e as universidades brasileiras, com o objetivo do desenvolvimento deinovaes tecnolgicas que atendam os interesses nacionais e s necessidades e prioridades do

    SUS;

    X -definio e pactuao de aes intersetoriais que visem utilizao das plantas medicinais

    e medicamentos fitoterpicos no processo de ateno sade, com respeito aos

    conhecimentos tradicionais incorporados, com embasamento cientfico, com adoo de

    polticas de gerao de emprego e renda, com qualificao e fixao de produtores,envolvimento dos trabalhadores em sade no processo de incorporao desta opo

    teraputica e baseado no incentivo produo nacional, com a utilizao da biodiversidade

    existente no Pas;

    XI - construo de uma Poltica de Vigilncia Sanitria que garanta o acesso da populao a

    servios e produtos seguros, eficazes e com qualidade;

    XII - estabelecimento de mecanismos adequados para a regulao e monitorao do mercado

    de insumos e produtos estratgicos para a sade, incluindo os medicamentos;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    27/105

    26

    XIII - promoo do uso racional de medicamentos, por intermdio de aes que disciplinem a

    prescrio, a dispensao e o consumo.

    Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    5.2.3 PORTARIA N 154 DE 24 DE JANEIRO DE 2008.

    Cria os Ncleos de Apoio Sade da Famlia - NASF.

    O MINISTRO DE ESTADO DA SADE, no uso de suas atribuies, e

    Considerando o inciso II do art. 198 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil, de

    1988, que dispe sobre a integralidade da ateno como diretriz do Sistema nico de Sade -

    SUS;

    Considerando o pargrafo nico do art. 3 da Lei n 8.080, de 1990, que dispe sobre as aes

    de sade destinadas a garantir s pessoas e coletividade condies de bem-estar fsico,

    mental e social;

    Considerando os princpios e as diretrizes propostos no Pacto Pela Sade, regulamentado pela

    Portaria n 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, que contempla o Pacto firmado entre as

    esferas de governo nas trs dimenses: pela vida, em defesa do SUS e de Gesto;

    Considerando a Regionalizao Solidria e Cooperativa firmada no Pacto Pela Sade e seus

    pressupostos: territorializao, flexibilidade, cooperao, co-gesto, financiamento solidrio,

    subsidiariedade, participao e controle social;

    Considerando a Poltica Nacional de Ateno Bsica definida por meio da Portaria n

    648/GM, de 28 de maro de 2006, que regulamenta o desenvolvimento das aes de Ateno

    Bsica Sade no SUS;

    Considerando o fortalecimento da estratgia Sade da Famlia definida por meio da Portaria

    n 648/GM, de 28 de maro de 2006, que preconiza a coordenao do cuidado a partir da

    ateno bsica organizada pela estratgia Sade da Famlia;

    Considerando a Poltica Nacional de Promoo da Sade, regulamentada pela Portaria n

    687/GM, de 30 de maro de 2006, sobre o desenvolvimento das aes de promoo da sadeno Brasil;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    28/105

    27

    Considerando a Poltica Nacional de Integrao da Pessoa com Deficincia, conforme o

    Decreto n 3.298, de 20 de dezembro de 1999, que regulamenta o desenvolvimento das aes

    da pessoa com deficincia no SUS;

    Considerando as diretrizes nacionais para a Sade Mental no SUS, com base na Lei n 10.216,

    de 6 de abril de 2001, da reforma psiquitrica;

    Considerando a Portaria n 710/GM, de 10 de junho de 1999, que aprova a Poltica Nacional

    de Alimentao e Nutrio, e a Lei n 11.346, de 15 de setembro de 2006, que cria o Sistema

    de Segurana Alimentar e Nutricional;

    Considerando a Poltica Nacional de Sade da Criana e a Poltica Nacional de Ateno

    Integral Sade da Mulher, de 2004, seus princpios e diretrizes;

    Considerando a Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares - PNPIC noSUS, a Portaria n 971/GM, de 3 de maio de 2006, que regulamenta o desenvolvimento das

    aes que compreendem o universo de abordagens denominado pela Organizao Mundial da

    Sade - OMS de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa - MT/MCA, a

    Homeopatia, a Acupuntura, a Fitoterapia e o Termalismo Social/Crenoterapia;

    Considerando a Portaria n 204/GM, de 29 de janeiro de 2007, que regulamenta o

    financiamento e a transferncia dos recursos federais para as aes e os servios de sade, na

    forma de blocos de financiamento, com o respectivo monitoramento e controle;Considerando o cronograma de envio das bases de dados dos Sistemas de Informaes

    Ambulatoriais - SIA e de Informao Hospitalar Descentralizado - SIHD/SUS, do Sistema de

    Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade - SCNES, e da Comunicao de Internao

    Hospitalar - CIH, estabelecido na Portaria n 74/SAS/MS, de 6 de fevereiro de 2007;

    Considerando a Poltica Nacional de Medicamentos, que tem como propsito garantir a

    necessria segurana, a eficcia e a qualidade desses produtos, a promoo do uso racional e o

    acesso da populao aqueles considerados essenciais;Considerando que a Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica - PNAF, estabelecida por

    meio da Resoluo CNS n 338, de 6 de maio de 2004, parte integrante da Poltica Nacional

    de Sade, envolvendo um conjunto de aes voltadas promoo, proteo e recuperao

    da sade e garantindo os princpios da universalidade, e da integralidade e da eqidade; e

    Considerando a Portaria n 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, que aprova as Diretrizes

    Operacionais do Pacto pela Sade 2006, bem como a Portaria n 699/GM, de 30 de maro de

    2006, que regulamenta as Diretrizes Operacionais dos Pactos pela Vida e de Gesto,

    R E S O L V E:

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    29/105

    28

    Art. 1 Criar os Ncleos de Apoio Sade da Famlia - NASF com o objetivo de ampliar a

    abrangncia e o escopo das aes da ateno bsica, bem como sua resolubilidade, apoiando a

    insero da estratgia de Sade da Famlia na rede de servios e o processo de

    territorializao e regionalizao a partir da ateno bsica.

    Art. 2 Estabelecer que os Ncleos de Apoio Sade da Famlia - NASF constitudos por

    equipes compostas por profissionais de diferentes reas de conhecimento, atuem em parceria

    com os profissionais das Equipes Sade da Famlia - ESF, compartilhando as prticas em

    sade nos territrios sob responsabilidade das ESF, atuando diretamente no apoio s equipes e

    na unidade na qual o NASF est cadastrado.

    1 Os NASF no se constituem em porta de entrada do sistema, e devem atuar de forma

    integrada rede de servios de sade, a partir das demandas identificadas no trabalho

    conjunto com as equipes Sade da Famlia.

    2 A responsabilizao compartilhada entre as equipes SF e a equipe do NASF na

    comunidade prev a reviso da prtica do encaminhamento com base nos processos dereferncia e contra-referncia, ampliando-a para um processo de acompanhamento

    longitudinal de responsabilidade da equipe de Ateno Bsica/Sade da Famlia, atuando no

    fortalecimento de seus atributos e no papel de coordenao do cuidado no SUS.

    3 Os NASF devem buscar instituir a plena integralidade do cuidado fsico e mental aos

    usurios do SUS por intermdio da qualificao e complementaridade do trabalho das

    Equipes Sade da Famlia - ESF.

    Art. 3 Determinar que os NASF estejam classificados em duas modalidades, NASF 1 e

    NASF 2, ficando vedada a implantao das duas modalidades de forma concomitante nos

    Municpios e no Distrito Federal.

    1 O NASF 1 dever ser composto por, no mnimo cinco profissionais de nvel superior de

    ocupaes no-coincidentes entre as listadas no 2 deste artigo.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    30/105

    29

    2 Para efeito de repasse de recursos federais, podero compor os NASF 1 as seguintes

    ocupaes do Cdigo Brasileiro de Ocupaes - CBO: Mdico Acupunturista; Assistente

    Social; Professor de Educao Fsica; Farmacutico; Fisioterapeuta; Fonoaudilogo; Mdico

    Ginecologista; Mdico Homeopata; Nutricionista; Mdico Pediatra; Psiclogo; Mdico

    Psiquiatra; e Terapeuta Ocupacional.

    3 O NASF 2 dever ser composto por no mnimo trs profissionais de nvel superior de

    ocupaes no-coincidentes entre as listadas no 4 deste artigo.

    4 Para efeito de repasse de recursos federais, podero compor os NASF 2 as seguintes

    ocupaes do Cdigo Brasileiro de Ocupaes - CBO: Assistente Social; Professor deEducao Fsica; Farmacutico; Fisioterapeuta; Fonoaudilogo; Nutricionista; Psiclogo; e

    Terapeuta Ocupacional.

    Art. 4 Determinar que os NASF devam funcionar em horrio de trabalho coincidente com o

    das equipes de Sade da Famlia, e que a carga horria dos profissionais do NASF

    considerados para repasse de recursos federais seja de, no mnimo, 40 horas semanais,

    observando o seguinte:I - para os profissionais mdicos, em substituio a um profissional de 40 (quarenta) horas

    semanais, podem ser registrados 2 (dois) profissionais que cumpram um mnimo de 20 (vinte)

    horas semanais cada um; e

    II - para as demais ocupaes vale a definio do caput deste artigo.

    1 A composio de cada um dos NASF ser definida pelos gestores municipais, seguindo

    os critrios de prioridade identificados a partir das necessidades locais e da disponibilidade deprofissionais de cada uma das diferentes ocupaes.

    2 Tendo em vista a magnitude epidemiolgica dos transtornos mentais, recomenda-se que

    cada Ncleo de Apoio a Sade da Famlia conte com pelo menos 1 (um) profissional da rea

    de sade mental.

    3 Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma nica unidade de sade,

    localizada preferencialmente dentro do territrio de atuao das equipes de Sade da Famlia

    s quais esto vinculados.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    31/105

    30

    4 As aes de responsabilidade de todos os profissionais que compem os NASF, a serem

    desenvolvidas em conjunto com as equipes de SF, esto descritas no Anexo I a esta Portaria.

    Art. 5 Definir que cada NASF 1 realize suas atividades vinculado a, no mnimo, 8 (oito)

    Equipes de Sade da Famlia, e a no mximo, a 20 (vinte) Equipes de Sade da Famlia.

    1 Excepcionalmente, nos Municpios com menos de 100.000 habitantes dos Estados da

    Regio Norte, cada NASF 1 poder realizar suas atividades vinculado a, no mnimo, 5 (cinco)

    equipes de Sade da Famlia, e a, no mximo, a 20 (vinte) equipes de Sade da Famlia.

    2 O nmero mximo de NASF 1 aos quais o Municpio e o Distrito Federal podem fazer

    jus para recebimento de recursos financeiros especficos ser calculado pelas frmulas:

    I - para Municpios com menos de 100.000 habitantes de Estados da Regio Norte = nmero

    de ESF do Municpio/5; e

    II - para Municpios com 100.000 habitantes ou mais da Regio Norte e para Municpios das

    demais unidades da Federao = nmero de ESF do Municpio/8.

    Art. 6 Definir que cada NASF 2 realize suas atividades vinculado a, no mnimo, 3 (trs)

    equipes de Sade da Famlia.

    1 O nmero mximo de NASF 2 aos quais o Municpio pode fazer jus para recebimento de

    recursos financeiros especficos ser de 1 (um) NASF 2.

    2 Somente os Municpios que tenham densidade populacional abaixo de 10 habitantes por

    quilmetro quadrado, de acordo com dados da Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e

    EstatsticaIBGE, ano base 2007, podero implantar o NASF 2.

    Art. 7 Definir que seja de competncia das Secretarias de Sade dos Municpios e do

    Distrito Federal:

    I- definir o territrio de atuao de cada NASF quando as equipes de Sade da Famlia s

    quais estes NASF estiverem vinculados pertencerem a um mesmo Municpio ou ao Distrito

    Federal;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    32/105

    31

    II - planejar as aes que sero realizadas pelos NASF, como educao continuada e

    atendimento a casos especficos;

    III - definir o plano de ao do NASF em conjunto com as ESF, incluindo formulrios de

    referncia e contra-referncia, garantindo a interface e a liderana das equipes de Sade da

    Famlia no estabelecimento do cuidado longitudinal dos indivduos assistidos, bem como de

    suas famlias;

    IV - selecionar, contratar e remunerar os profissionais para os NASF, em conformidade com a

    legislao vigente;

    V - manter atualizado o cadastro de profissionais, de servios e de estabelecimentos sob sua

    gesto;

    VI - disponibilizar a estrutura fsica adequada e garantir os recursos de custeio necessrios aodesenvolvimento das atividades mnimas descritas no escopo de aes dos diferentes

    profissionais que comporo os NASF;

    VII - realizar avaliao de cada NASF, estimulando e viabilizando a capacitao dos

    profissionais;

    VIII- assegurar o cumprimento da carga horria dos profissionais dos NASF; e

    IX- estabelecer estratgias para desenvolver parcerias com os demais setores da sociedade e

    envolver a comunidade local no cuidado sade da populao de referncia, de modo apotencializar o funcionamento dos NASF.

    Art. 8 Definir que seja de competncia das Secretarias de Sade dos Estados e do Distrito

    Federal:

    I - identificar a necessidade e promover a articulao entre os Municpios, estimulando,

    quando necessrio, a criao de consrcios intermunicipais para implantao de NASF 1 entre

    os Municpios que no atinjam as propores estipuladas no artigo 5 desta Portaria;II - assessorar, acompanhar e monitorar o desenvolvimento das aes dos NASF, de acordo

    com o planejamento, garantindo a interface e a liderana das equipes de Sade da Famlia no

    estabelecimento do cuidado longitudinal dos indivduos assistidos, bem como de suas

    famlias;

    III - realizar avaliao e/ou assessorar sua realizao; e

    IV - acompanhar a organizao da prtica e do funcionamento dos NASF segundo os

    preceitos regulamentados nesta Portaria.

    Art. 9 Definir que o processo de credenciamento, implantao e expanso dos NASF:

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    33/105

    32

    I - esteja vinculado implantao/expanso da Ateno Bsica/Sade da Famlia na

    proporcionalidade definida no artigo 5 desta Portaria;

    II - obedea a mecanismos de adeso e ao fluxo de credenciamento, implantao e expanso

    definidos no Anexo II a esta Portaria, podendo ser utilizados os quadros do Anexo III a esta

    Portaria; e

    III - tenha aprovao da Comisso Intergestores Bipartite de cada Estado.

    Art. 10. Definir como valor de transferncia para a implantao dos NASF, segundo sua

    categoria:

    INASF 1: o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) em parcela nica no ms subseqente

    competncia do SCNES com a informao do cadastro inicial de cada NASF 1, que serrepassado diretamente do Fundo Nacional de Sade aos Fundos Municipais de Sade e ao

    Fundo de Sade do Distrito Federal; e

    II - NASF 2: o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) em parcela nica no ms subseqente

    competncia do SCNES com a informao do cadastro inicial de cada NASF, que ser

    repassado diretamente do Fundo Nacional de Sade aos Fundos Municipais de Sade.

    Art. 11. Definir como valor do incentivo federal para o custeio de cada NASF, segundo suacategoria:

    I - NASF 1: o valor de 20.000,00 (vinte mil reais) a cada ms, repassado diretamente do

    Fundo Nacional de Sade aos Fundos Municipais de Sade e ao Fundo de Sade do Distrito

    Federal; e

    II - NASF 2: o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais) a cada ms, repassado diretamente do

    Fundo Nacional de Sade aos Fundos Municipais de Sade.

    1 Os valores dos incentivos financeiros para os NASF implantados sero transferidos a

    cada ms, tendo como base o nmero de NASF cadastrados no SCNES.

    2 O envio da base de dados do SCNES pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Sade

    para o banco nacional dever estar de acordo com a Portaria n 74/SAS/MS, de 6 de fevereiro

    de 2007.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    34/105

    33

    3 O registro de procedimentos referentes produo de servios realizada pelos

    profissionais cadastrados nos NASF devero ser registrados no SIA/SUS mas no geraro

    crditos financeiros.

    Art. 12. Definir que os recursos oramentrios de que trata esta Portaria faam parte da

    frao varivel do Piso de Ateno Bsica (PAB varivel) e componham o Bloco Financeiro

    de Ateno Bsica.

    1 Incidem nos fluxos e requisitos mnimos para manuteno da transferncia e solicitao

    de crdito retroativo os requisitos definidos pela Portaria n 648/GM, de 28 de maro de 2006.

    2 O Ministrio da Sade suspender os repasses, dos incentivos referentes aos NASF aos

    Municpios e/ou ao Distrito Federal nas mesmas situaes previstas para as equipes de Sade

    da Famlia e de Sade Bucal, conforme o estabelecido na Portaria n 648/GM, de 28 de maro

    de 2006, Captulo III, item 5, da suspenso do repasse de recursos do PAB.

    Art. 13. Definir que os recursos oramentrios de que trata esta Portaria corram por conta do

    oramento do Ministrio da Sade, devendo onerar o Programa de Trabalho10.301.1214.20AD - Piso de Ateno Bsica Vairvel - Sade da Famlia.

    Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

    JOS GOMES TEMPORO

    DOU-18 PG-47/49 SE- 1 DE 25.1.08

    ANEXO I

    So aes de responsabilidade de todos os profissionais que compem os NASF, a serem

    desenvolvidas em conjunto com as Equipes de Sade da Famlia - ESF:

    - identificar, em conjunto com as ESF e a comunidade, as atividades, as aes e as prticas a

    serem adotadas em cada uma das reas cobertas;

    - identificar, em conjunto com as ESF e a comunidade, o pblico prioritrio a cada uma das

    aes;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    35/105

    34

    - atuar, de forma integrada e planejada, nas atividades desenvolvidas pelas ESF e de

    Internao Domiciliar, quando estas existirem, acompanhando e atendendo a casos, de acordo

    com os critrios previamente estabelecidos;

    - acolher os usurios e humanizar a ateno;

    - desenvolver coletivamente, com vistas intersetorialidade, aes que se integrem a outras

    polticas sociais como: educao, esporte, cultura, trabalho, lazer, entre outras;

    - promover a gesto integrada e a participao dos usurios nas decises, por meio de

    organizao participativa com os Conselhos Locais e/ou Municipais de Sade;

    - elaborar estratgias de comunicao para divulgao e sensibilizao das atividades dos

    NASF por meio de cartazes, jornais, informativos, faixas, folders e outros veculos de

    informao;- avaliar, em conjunto com as ESF e os Conselhos de Sade, o desenvolvimento e a

    implementao das aes e a medida de seu impacto sobre a situao de sade, por meio de

    indicadores previamente estabelecidos;

    - elaborar e divulgar material educativo e informativo nas reas de ateno dos NASF; e

    - elaborar projetos teraputicos individuais, por meio de discusses peridicas que permitam a

    apropriao coletiva pelas ESF e os NASF do acompanhamento dos usurios, realizando

    aes multiprofissionais e transdisciplinares, desenvolvendo a responsabilidadecompartilhada.

    Aes de Atividade Fsica/Prticas Corporais - Aes que propiciem a melhoria da qualidade

    de vida da populao, a reduo dos agravos e dos danos decorrentes das doenas no-

    transmissveis, que favoream a reduo do consumo de medicamentos, que favoream a

    formao de redes de suporte social e que possibilitem a participao ativa dos usurios na

    elaborao de diferentes projetos teraputicos.

    A Poltica Nacional de Promoo da Sade - PT n 687/GM, de 30 de maro de 2006 -,

    compreende que as Prticas Corporais so expresses individuais e coletivas do movimento

    corporal advindo do conhecimento e da experincia em torno do jogo, da dana, do esporte,

    da luta, da ginstica. So possibilidades de organizao, escolhas nos modos de relacionar-se

    com o corpo e de movimentar-se, que sejam compreendidas como benficas sade de

    sujeitos e coletividades, incluindo as prticas de caminhadas e orientao para a realizao de

    exerccios, e as prticas ldicas, esportivas e teraputicas, como: a capoeira, as danas, o Tai

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    36/105

    35

    Chi Chuan, o Lien Chi, o Lian Gong, o Tui-n, a Shantala, o Do-in, o Shiatsu, a Yoga, entre

    outras.

    Em face do carter estratgico relacionado qualidade de vida e preveno do adoecimento,

    as aes de Atividade Fsica/Prticas Corporais devem buscar a incluso de toda a

    comunidade adstrita, no devendo restringir seu acesso apenas s populaes j adoecidas ou

    mais vulnerveis.

    Detalhamento das aes:

    - desenvolver atividades fsicas e prticas corporais junto comunidade;

    - veicular informaes que visam preveno, a minimizao dos riscos e proteo vulnerabilidade, buscando a produo do autocuidado;

    - incentivar a criao de espaos de incluso social, com aes que ampliem o sentimento de

    pertinncia social nas comunidades, por meio da atividade fsica regular, do esporte e lazer,

    das prticas corporais;

    - proporcionar Educao Permanente em Atividade Fsica/Prticas Corporais, nutrio e sade

    juntamente com as ESF, sob a forma de co-participao, acompanhamento supervisionado,

    discusso de caso e demais metodologias da aprendizagem em servio, dentro de um processode Educao Permanente;

    - articular aes, de forma integrada s ESF, sobre o conjunto de prioridades locais em sade

    que incluam os diversos setores da administrao pblica;

    - contribuir para a ampliao e a valorizao da utilizao dos espaos pblicos de

    convivncia como proposta de incluso social e combate violncia;

    - identificar profissionais e/ou membros da comunidade com potencial para o

    desenvolvimento do trabalho em prticas corporais, em conjunto com as ESF;- capacitar os profissionais, inclusive os Agentes Comunitrios de Sade - ACS, para atuarem

    como facilitadores/monitores no desenvolvimento de Atividades Fsicas/Prticas Corporais;

    - supervisionar, de forma compartilhada e participativa, as atividades desenvolvidas pelas ESF

    na comunidade;

    - promover aes ligadas Atividade Fsica/Prticas Corporais junto aos demais

    equipamentos pblicos presentes no territrio - escolas, creches etc;

    - articular parcerias com outros setores da rea adstrita, junto com as ESF e a populao,

    visando ao melhor uso dos espaos pblicos existentes e a ampliao das reas disponveis

    para as prticas corporais; e

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    37/105

    36

    - promover eventos que estimulem aes que valorizem Atividade Fsica/Praticas Corporais e

    sua importncia para a sade da populao.

    Aes das Prticas Integrativas e Complementares - Aes de Acupuntura e Homeopatia que

    visem melhoria da qualidade de vida dos indivduos, ampliando o acesso ao sistema de

    sade, proporcionando incremento de diferentes abordagens, tornando disponveis outras

    opes preventivas e teraputicas aos usurios do SUS.

    Detalhamento das aes:

    - desenvolver aes individuais e coletivas relativas s Prticas Integrativas e

    Complementares;- veicular informaes que visem preveno, minimizao dos riscos e proteo

    vulnerabilidade, buscando a produo do autocuidado;

    - incentivar a criao de espaos de incluso social, com aes que ampliem o sentimento de

    pertinncia social nas comunidades, por meio das aes individuais e coletivas referentes s

    Prticas Integrativas e Complementares;

    - proporcionar Educao Permanente em Prticas Integrativas e Complementares, juntamente

    com as ESF, sob a forma da co-participao, acompanhamento supervisionado, discusso decaso e demais metodologias da aprendizagem em servio, dentro de um processo de Educao

    Permanente;

    - articular aes, de forma integrada s ESF, sobre o conjunto de prioridades locais em sade

    que incluam os diversos setores da administrao pblica;

    - contribuir para a ampliao e a valorizao da utilizao dos espaos pblicos de

    convivncia como proposta de incluso social e combate violncia;

    - identificar profissionais e/ou membros da comunidade com potencial para odesenvolvimento do trabalho educativo em Prticas Integrativas e Complementares, em

    conjunto com as ESF;

    - capacitar os profissionais, inclusive os Agentes Comunitrios de Sade - ACS, para atuarem

    como facilitadores/monitores no processo de divulgao e educao em sade referente s

    Prticas Integrativas e Complementares;

    - promover aes ligadas s Prticas Integrativas e Complementares junto aos demais

    equipamentos pblicos presentes no territrio - escolas, creches etc; e

    - realizar atividades clnicas pertinentes a sua responsabilidade profissional.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    38/105

    37

    Aes de Reabilitao - Aes que propiciem a reduo de incapacidades e deficincias com

    vistas melhoria da qualidade de vida dos indivduos, favorecendo sua reinsero social,

    combatendo a discriminao e ampliando o acesso ao sistema de sade.

    A Poltica Nacional de Integrao da Pessoa com Deficincia - Decreto n 3.298, de 20 de

    dezembro de 1999 - compreende que as deficincias podem ser parte ou expresso de uma

    condio de sade, mas no indicam necessariamente a presena de uma doena ou que o

    indivduo deva ser considerado doente (CIF, 2003).

    O processo de reabilitao, tendo em vista seu compromisso com a Incluso Social, deve

    ocorrer o mais prximo possvel da moradia, de modo a facilitar o acesso, a valorizar o saber

    da comunidade e a integrar-se a outros equipamentos presentes no territrio. Assim, fundamental que os servios de ateno bsica sejam fortalecidos para o cuidado da

    populao com deficincia e suas equipes tenham os conhecimentos necessrios realizao

    de uma ateno resolutiva e de qualidade, encaminhando adequadamente os usurios para os

    outros nveis de complexidade quando se fizer necessrio.

    As aes de reabilitao devem ser multiprofissionais e transdisciplinares, provendo o

    desenvolvimento de responsabilidades compartilhadas no qual, por meio do entrosamento

    constante entre os diferentes profissionais, se formulem projetos teraputicos nicos queconsiderem a pessoa, suas necessidades e o significado da deficincia no contexto familiar e

    social. Os resultados das aes devero ser constantemente avaliados na busca por aes mais

    adequadas e prover o melhor cuidado longitudinal aos usurios.

    Detalhamento das aes:

    - realizar diagnstico, com levantamento dos problemas de sade que requeiram aes de

    preveno de deficincias e das necessidades em termos de reabilitao, na rea adstrita sESF;

    - desenvolver aes de promoo e proteo sade em conjunto com as ESF incluindo

    aspectos fsicos e da comunicao, como conscincia e cuidados com o corpo, postura, sade

    auditiva e vocal, hbitos orais, amamentao, controle do rudo, com vistas ao autocuidado;

    - desenvolver aes para subsidiar o trabalho das ESF no que diz respeito ao desenvolvimento

    infantil;

    - desenvolver aes conjuntas com as ESF visando ao acompanhamento das crianas que

    apresentam risco para alteraes no desenvolvimento;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    39/105

    38

    - realizar aes para a preveno de deficincias em todas as fases do ciclo de vida dos

    indivduos;

    - acolher os usurios que requeiram cuidados de reabilitao, realizando orientaes,

    atendimento, acompanhamento, de acordo com a necessidade dos usurios e a capacidade

    instalada das ESF;

    - desenvolver aes de reabilitao, priorizando atendimentos coletivos;

    - desenvolver aes integradas aos equipamentos sociais existentes, como escolas, creches,

    pastorais, entre outros;

    - realizar visitas domiciliares para orientaes, adaptaes e acompanhamentos;

    - capacitar, orientar e dar suporte s aes dos ACS;

    - realizar, em conjunto com as ESF, discusses e condutas teraputicas conjuntas ecomplementares;

    - desenvolver projetos e aes intersetoriais, para a incluso e a melhoria da qualidade de vida

    das pessoas com deficincia;

    - o rientar e informar as pessoas com deficincia, cuidadores e ACS sobre manuseio,

    posicionamento, atividades de vida diria, recursos e tecnologias de ateno para o

    desempenho funcional frente s caractersticas especficas de cada indivduo;

    - desenvolver aes de Reabilitao Baseada na Comunidade - RBC que pressuponhamvalorizao do potencial da comunidade, concebendo todas as pessoas como agentes do

    processo de reabilitao e incluso;

    - acolher, apoiar e orientar as famlias, principalmente no momento do diagnstico, para o

    manejo das situaes oriundas da deficincia de um de seus componentes;

    - acompanhar o uso de equipamentos auxiliares e encaminhamentos quando necessrio;

    - realizar encaminhamento e acompanhamento das indicaes e concesses de rteses,

    prteses e atendimentos especficos realizados por outro nvel de ateno sade; e- realizar aes que facilitem a incluso escolar, no trabalho ou social de pessoas com

    deficincia.

    Aes de Alimentao e Nutrio - Aes de promoo de prticas alimentares saudveis em

    todas as fases do ciclo da vida e respostas s principais demandas assistenciais quanto aos

    distrbios alimentares, deficincias nutricionais e desnutrio, bem como aos planos

    teraputicos, especialmente nas doenas e agravos no-transmissveis.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    40/105

    39

    A promoo de prticas alimentares saudveis um componente importante da promoo da

    sade em todas as fases do ciclo da vida e abrange os problemas vinculados desnutrio,

    incluindo as carncias especficas, a obesidade e os demais distrbios nutricionais e sua

    relao com as doenas e agravos no-transmissveis.

    Nessa direo, importante socializar o conhecimento sobre os alimentos e o processo de

    alimentao, bem como desenvolver estratgias de resgate de hbitos e prticas alimentares

    regionais relacionadas ao consumo de alimentos locais de custo acessvel e elevado valor

    nutritivo. A incorporao das aes de alimentao e nutrio, no mbito da Ateno Bsica,

    dever dar respostas as suas principais demandas assistenciais, ampliando a qualidade dos

    planos teraputicos especialmente nas doenas e agravos no-transmissveis, no crescimento e

    desenvolvimento na infncia, na gestao e no perodo de amamentao.O diagnstico populacional da situao alimentar e nutricional com a identificao de reas

    geogrficas, segmentos sociais e grupos populacionais de maior risco aos agravos

    nutricionais, propiciada pelo sistema de vigilncia alimentar e nutricional confere

    racionalidade como base de decises para as aes de nutrio e promoo de prticas

    alimentares saudveis, que respeitem a diversidade tnica, racial e cultural da populao.

    As aes de Alimentao e Nutrio integram o compromisso do setor sade com relao aos

    componentes do Sistema de Segurana Alimentar e Nutricional criado pela Lei. n 11.346, de15 de setembro de 2006, com vistas ao direito humano alimentao adequada.

    Detalhamento das aes:

    - conhecer e estimular a produo e o consumo dos alimentos saudveis produzidos

    regionalmente;

    - promover a articulao intersetorial para viabilizar o cultivo de hortas e pomares

    comunitrios;- capacitar ESF e participar de aes vinculadas aos programas de controle e preveno dos

    distrbios nutricionais como carncias por micronutrientes, sobrepeso, obesidade, doenas

    crnicas no transmissveis e desnutrio; e

    - elaborar em conjunto com as ESF, rotinas de ateno nutricional e atendimento para doenas

    relacionadas Alimentao e Nutrio, de acordo com protocolos de ateno bsica,

    organizando a referncia e a contra referncia do atendimento.

    Aes de Sade Mental - Ateno aos usurios a familiares em situao de risco

    psicossocial ou doena mental que propicie o acesso ao sistema de sade e reinsero social.

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    41/105

    40

    As aes de combate ao sofrimento subjetivo associado a toda e qualquer doena e a questes

    subjetivas de entrave adeso a prticas preventivas ou a incorporao de hbitos de vida

    saudveis, as aes de enfrentamento de agravos vinculados ao uso abusivo de lcool e drogas

    e as aes de reduo de danos e combate discriminao.

    A ateno em sade mental deve ser feita dentro de uma rede de cuidados - rede de ateno

    em sade mental - que j inclui a rede de Ateno Bsica/Sade da Famlia, os Centros de

    Ateno Psicossocial- CAPS, as residncias teraputicas, os ambulatrios, os centros de

    convivncia, os clubes de lazer, entre outros. Os CAPS, dentro da Poltica de Sade Mental,

    so estratgicos para a organizao dessa rede, pois so servios tambm territorializados, que

    esto circunscritos ao espao de convvio social dos usurios que os freqentam - sua famlia,escola, trabalho, igreja etc. - e que visam resgatar as potencialidades desses recursos

    comunitrios, incluindo-os no cuidado em sade mental. Os NASF devem integrar-se a essa

    rede, organizando suas atividades a partir das demandas articuladas junto s equipes de Sade

    da Famlia, devendo contribuir para propiciar condies reinsero social dos usurios e a

    uma melhor utilizao das potencialidades dos recursos comunitrios na busca de melhores

    prticas em sade, de promoo da eqidade, da integralidade e da construo da cidadania.

    Detalhamento das aes:

    - realizar atividades clnicas pertinentes a sua responsabilidade profissional;

    - apoiar as ESF na abordagem e no processo de trabalho referente aos casos de transtornos

    mentais severos e persistentes, uso abusivo de lcool e outras drogas, pacientes egressos de

    internaes psiquitricas, pacientes atendidos nos CAPS, tentativas de suicdio, situaes de

    violncia intrafamiliar;

    - discutir com as ESF os casos identificados que necessitam de ampliao da clnica emrelao a questes subjetivas;

    - criar, em conjunto com as ESF, estratgias para abordar problemas vinculados violncia e

    ao abuso de lcool, tabaco e outras drogas, visando reduo de danos e melhoria da

    qualidade do cuidado dos grupos de maior vulnerabilidade;

    - evitar prticas que levem aos procedimentos psiquitricos e medicamentos psiquiatrizao

    e medicalizao de situaes individuais e sociais, comuns vida cotidiana;

    - fomentar aes que visem difuso de uma cultura de ateno no-manicomial, diminuindo

    o preconceito e a segregao em relao loucura;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    42/105

    41

    - desenvolver aes de mobilizao de recursos comunitrios, buscando constituir espaos de

    reabilitao psicossocial na comunidade, como oficinas comunitrias, destacando a relevncia

    da articulao intersetorial - conselhos tutelares, associaes de bairro, grupos de auto-ajuda

    etc;

    - priorizar as abordagens coletivas, identificando os grupos estratgicos para que a ateno em

    sade mental se desenvolva nas unidades de sade e em outros espaos na comunidade;

    - possibilitar a integrao dos agentes redutores de danos aos Ncleos de Apoio Sade da

    Famlia; e

    - ampliar o vnculo com as famlias, tomando-as como parceiras no tratamento e buscando

    constituir redes de apoio e integrao.

    Aes de Servio Social - Aes de promoo da cidadania e de produo de estratgias que

    fomentem e fortaleam redes de suporte social e maior integrao entre servios de sade, seu

    territrio e outros equipamentos sociais, contribuindo para o desenvolvimento de aes

    intersetoriais para realizao efetiva do cuidado.

    Considerando-se o contexto brasileiro, suas graves desigualdades sociais e a grande

    desinformao acerca dos direitos, as aes de Servio Social devero se situar como espaode promoo da cidadania e de produo de estratgias que fomentem e fortaleam redes de

    suporte social propiciando uma maior integrao entre servios sociais e outros equipamentos

    pblicos e os servios de sade nos territrios adstritos, contribuindo para o desenvolvimento

    de aes intersetoriais que visem ao fortalecimento da cidadania.

    Detalhamento das aes:

    - coordenar os trabalhos de carter social adstritos s ESF;- estimular e acompanhar o desenvolvimento de trabalhos de carter comunitrio em conjunto

    com as ESF;

    - discutir e refletir permanentemente com as ESF a realidade social e as formas de

    organizao social dos territrios, desenvolvendo estratgias de como lidar com suas

    adversidades e potencialidades;

    - atender as famlias de forma integral, em conjunto com as ESF, estimulando a reflexo sobre

    o conhecimento dessas famlias, como espaos de desenvolvimento individual e grupal, sua

    dinmica e crises potenciais;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    43/105

    42

    - identificar no territrio, junto com as ESF, valores e normas culturais das famlias e da

    comunidade que possam contribuir para o processo de adoecimento;

    - discutir e realizar visitas domiciliares com as ESF, desenvolvendo tcnicas para qualificar

    essa ao de sade;

    - possibilitar e compartilhar tcnicas que identifiquem oportunidades de gerao de renda e

    desenvolvimento sustentvel na comunidade, ou de estratgias que propiciem o exerccio da

    cidadania em sua plenitude, com as ESF e a comunidade;

    - identificar, articular e disponibilizar com as ESF uma rede de proteo social;

    - apoiar e desenvolver tcnicas de educao e mobilizao em sade;

    - desenvolver junto com os profissionais das ESF estratgias para identificar e abordar

    problemas vinculados violncia, ao abuso de lcool e a outras drogas;- estimular e acompanhar as aes de Controle Social em conjunto com as ESF;

    - capacitar, orientar e organizar, junto com as ESF, o acompanhamento das famlias do

    Programa Bolsa Famlia e outros programas federais e estaduais de distribuio de renda; e

    - identificar as necessidades e realizar as aes de Oxigenioterapia, capacitando as ESF no

    acompanhamento dessa ao de ateno sade.

    Aes de Sade da Criana - Aes de ateno s crianas desenvolvidas a partir dedemandas identificadas e referenciadas pela equipe de Ateno Bsica/Sade da Famlia, cuja

    complexidade exija ateno diferenciada. Aes de interconsulta desenvolvidas juntamente

    com mdicos generalistas e demais componentes das equipes de Sade da Famlia, que

    estejam inseridas num processo de educao permanente. Aes de capacitao dentro de um

    processo de educao permanente para os diferentes profissionais das equipes Sade da

    Famlia e os demais atendimentos/procedimentos da rea que requeiram nvel de

    conhecimento ou tecnologia mais especfico.

    Detalhamento das aes:

    - realizar junto com as ESF o planejamento das aes de sade da criana;

    - realizar atividades clnicas pertinentes a sua responsabilidade profissional;

    - apoiar as ESF na abordagem e no processo de trabalho referente aos casos de agravos

    severos e/ou persistentes de sade da criana, alm de situaes especficas, como a de

    violncia intrafamiliar;

    - discutir com as ESF os casos identificados que necessitem de ampliao da clnica em

    relao a questes especficas;

  • 8/10/2019 Relatorio de Estgio Supervisionado Sade Pblica

    44/105

    43

    - criar, em conjunto com as ESF, estratgias para abordar problemas que se traduzam em

    maior vulnerabilidade;

    - evitar prticas que levem a medicalizao de situaes individuais e sociais, comuns vida

    cotidiana;

    - desenvolver aes de mobilizao de recursos comunitrios, buscando desenvolver espaos

    de vida saudveis na comunidade, como oficinas comunitrias, destacando a relevncia da

    articulao intersetorial (conselhos tutelares, escolas, associaes de bairro etc);

    - priorizar as abordagens coletivas, identificando os grupos estratgicos para que a ateno em

    sade da criana se des