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Sequência Didática através da Experimentação para o Estudo do Eletromagnetismo Walter Prado de Carvalho Neto Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação pela Universidade Federal de Sergipe no Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física. Orientador: Prof. Dr.Petrúcio Barrozo da Silva Co-Orientador: Prof. Dr. Emerson Luis de Santa Helena São Cristóvão, Julho de 2017.

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Sequência Didática através da Experimentação para o Estudo do Eletromagnetismo

Walter Prado de Carvalho Neto

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação pela Universidade Federal de Sergipe no Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física.

Orientador: Prof. Dr.Petrúcio Barrozo da Silva Co-Orientador: Prof. Dr. Emerson Luis de Santa Helena

São Cristóvão, Julho de 2017.

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Dedico este trabalho,

A minha esposa Michele, que esteve sempre do meu lado nas horas boas e ruins, que nunca desistiu de mim. Sua ajuda permitiu concluir este trabalho. Agradeço a Deus por fazer cruzar nossos caminhos, te amo!

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RESUMO

SEQUÊNCIA DIDÁTICA ATRAVÉS DA EXPERIMENTAÇÃO PARA O ESTUDO DO ELETROMAGNETISMO

Walter Prado de Carvalho Neto

Orientador: Prof. Dr. Petrúcio Barrozo da Silva

Co-Orientador: Prof. Dr. Emerson Luis de Santa Helena

Dissertação de Mestrado submetida ao Programa de Pós-Graduação pela Universidade Federal de Sergipe no Curso de Mestrado Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ensino de Física.

A sequência aqui abordada consiste em aulas onde são trabalhados desde a história do magnetismo, disponível no produto, até o desenvolvimento de experimentos relacionados aos fenômenos eletromagnéticos presente em nosso cotidiano. A sequência didática foi elaborada buscando sempre estimular discussões e debates para se chegar as explicações dos fenômenos físicos utilizando experimentos e simuladores disponíveis no site phet colorado. Através dessa metodologia conseguimos obter um maior rendimento nas aulas, confirmado pelo ótimo rendimento dos alunos obtidos no pós-testes. Verificamos um aumento na participação dos alunos nas aulas, através da participação dos debates e do interesse em entender os fenômenos físicos envolvidos nos experimentos abortados em sala de aula. O material aqui elaborado foi aplicado em duas turmas de 3º Ano do Colégio Estadual João Alves Filho, em Aracaju-SE. A eficácia do material foi verificada através da aplicação de questionário antes e depois da abordagem dos experimentos, neste caso conseguimos observar uma melhora de mais 60% no número de questões acertadas pelos alunos;

Palavras-chave: Ensino de Física, Aprendizagem Significativa, Sequência Didática, Eletromagnetismo, Experimentação.

São Cristóvão, Julho de 2017.

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Sumário Capítulo 1 Introdução ................................................................................................... 01

Capítulo 2 Revisão Bibliográfica ................................................................................. 02

2.1 A aprendizagem significativa ......................................................................... 02

2.2 Processos de estruturação dinâmica da cognição ........................................... 03

2.3 Formas e tipos de aprendizagem significativa ................................................ 04

2.4 Os Materiais Potencialmente Significativos ................................................... 06

Capítulo 3 Metodologia ............................................................................................... 07

3.1 Apresentação.................................................................................................. 07

3.2 Justificativa..................................................................................................... 09

3.3 Público alvo e Perfil da Turma....................................................................... 10

3.4 Número de Aulas............................................................................................ 10

3.5 Descrição das Aulas........................................................................................ 11

3.6 Métodos de Avaliação.................................................................................... 19 Capítulo 4 Resultados e Discussões........................................................................................ 20

Capítulo 5 Conclusão.............................................................................................................. 25

Referências Bibliográficas........................................................................................................... 26

Anexo I Pré-teste.................................................................................................................28

Anexo II Produto..................................................................................................... .............35

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Capítulo 1

Introdução

Nos últimos anos, o aumento da evasão e a queda no rendimento escolar dos

alunos da rede pública de ensino têm sido amplamente discutido no senário nacional. Um

dos grandes obstáculos enfrentados pelos alunos são as disciplinas de matemática e física.

Várias ações vêm sendo implementadas visando reduzir a evasão e motivar os alunos

nestas áreas. Dentre as ações desenvolvidas destacamos o Programa Nacional do Livro

Didático para o Ensino Médio (PNLEM), a revisão dos Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCNs), a implementação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e a

implementação das olimpíadas de física e matemática em todo país. No entanto, a

aceitação de muitos destes projetos ainda é muito baixa por parte dos professores por

considerarem ineficazes ou por falta de detalhamento destas propostas, isto faz com que

os professores mantenham seus métodos tradicionais de ensino. É importante ressaltar

que usualmente a perda do interesse dos alunos pelos conteúdos de física e matemática

está associada ao uso da metodologia tradicional de ensino, onde o professor é visto como

o possuidor do conhecimento, sendo o conhecimento do aluno ignorado. Neste modelo é

exigido um comportamento passivo do aluno que não é muito aceito pela sociedade nos

dias atuais.

Seguindo o perfil descrito acima, a escola onde o produto será aplicado o produto

está ambientada nessa realidade. A escola escolhida para os estudos foi o Colégio

Estadual João Alves Filho. Esta escola, situada em Aracaju, possui ensino integral em

vigor desde março de 2017, com turmas de 1º Ano, com pretensão de ampliar o ensino

integral para todo o ensino médio até 2019. Possui Ideb de 2,6 e índices de reprovação de

68%, segundo dados retirados do programa de ação da escola e também disponíveis no

site do INEP.

Além de índices não satisfatórios, a escola apresenta uma reprovação alta, aliados

a uma grande quantidade de grandes projetos executados para toda escola, cerca de 10,

acabam ocupando semanas de aula para elaboração dos projetos, atrapalhando o

rendimento, em quantitativo de aulas. Aliados a esses problemas, é percebida em uma

breve análise da instituição, diversos alunos fora da sala de aula e constantes

desobediências aos coordenadores da escola.

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Como uma tentativa de envolver mais os alunos no processo ensino-aprendizagem

bem como reduzir o número de reprovações e a evasão dos alunos, é proposto aqui um

conjunto de materiais potencialmente significativos, seguindo a proposta de investigação

e da aprendizagem significativa criada por Ausubel. Nesta teoria, o fator que mais

interfere na aprendizagem do estudante é o que ele já sabe, o que para aprendizagem

significativa é chamada de subsunçor. O subsunçor é a ideia âncora que fará com que o

aluno aprenda os novos conhecimentos. Se o aluno não possuir os subsunçores, uma saída

é a utilização de materiais potencialmente significativos para construir as tais ideias

âncoras.

O produto que fundamenta esta proposta disponibiliza experimentos, simulados

ou reais, aliados a uma sequência didática baseada na abordagem de David Ausubel,

descrita mais adiante na metodologia, com orientações instruindo como o professor pode

construir e utilizar tais experimentos. A sequência didática através da experimentação

parte de uma breve introdução sobre a história do eletromagnetismo, passando por

experiências que podem gerar os conceitos necessários para a aprendizagem do conteúdo

relacionado ao eletromagnetismo e despertar a curiosidade dos alunos para aprenderem

sobre o tema.

Capítulo 2

Revisão Bibliográfica

2.1 A aprendizagem significativa

Aprendizagem significativa é aquela em que as informações devem ser

apresentadas de maneira não-literal e não-arbitrária, ou seja, as informações não devem

ser apresentadas ao pé da letra, devem levar em conta os conhecimentos e conceitos já

existentes na estrutura cognitiva do aprendiz além de serem planejados a fim de permitir

uma maior aprendizagem do aluno.

Para o criador teoria da aprendizagem significativa, David Ausubel (1918-2008)

para que o aluno de fato aprenda um novo conceito, deve existir um conhecimento

anterior ou ideia-âncora para dar significado ao que será aprendido. Em outras palavras,

para compreender algo novo deve-se ter os pré-requisitos necessários para que de fato

seja aprendido. A esses pré-requisitos são denominados de subsunçores.

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O aprendizado ocorre da seguinte forma: suponha que o aluno esteja estudando

como calcular a diagonal de um quadrado. Para que esse novo conhecimento seja

adquirido em seu sistema cognitivo, o aluno deve ter já estabelecido o subsunçor do

teorema de Pitágoras. Este subsunçor não precisa estar estável, basta que esteja presente

para que o novo aprendizado seja feito. Quanto mais o trabalho é feito em relação a um

subsunçor, de maneira não-literal e não-arbitrária, mais estável fica este subsunçor. Com

o passar do tempo, o aprendiz irá aprendendo novos conceitos em relação ao subsunçor

Teorema de Pitágoras o reordenando em relação à grandeza de cada conceito e

diferenciando esses conceitos para formar novos subsunçores e continuar o seu processor

cognitivo.

É importante ressaltar que esta teoria não garante que o conhecimento esteja

sempre presente. O esquecimento de certos conteúdos é previsto pela aprendizagem

significativa. Para ela, desde que exista os subsunçores necessários, o conteúdo poderá

ser retomado rapidamente. Caso isso não aconteça, subsunçores devem ser criados

inicialmente para que assim retorne o que deseja ser aprendido. O mecanismo utilizado

para Ausubel de criação de subsunçores necessários para novos conceitos é chamado de

organizadores prévios.

Para sintetizar a teoria da aprendizagem significativa, considere “a” um novo

conhecimento a ser adquirido e “A” o subsunçor referente a essa aprendizagem. Segundo

Moreira (2010), aprendizagem é feita da seguinte maneira:

a interage com A gerando um produto interacional a’A’ que é

dissociável em a’ + A’ durante a fase de retenção, mas que

progressivamente perde dissociabilidade até que se reduza

simplesmente a A’, o subsunçor é modificado em decorrência da

interação inicial. Houve, então, o esquecimento de a’, mas que,

na verdade, está obliterado em A’. (Moreira, M. A., 2012).

Este estudo não levará em consideração apenas a parte conceitual do conteúdo a

ser aprendido, o que o próprio Ausubel denominava de conceito significativo. Para esse

trabalho serão evidenciados tanto os conceitos voltados para o eletromagnetismo quanto

práticas investigativas experimentais.

2.2 Processos de estruturação dinâmica da cognição

Na estrutura cognitiva existem dois processos para relacionar e ordenar os

subsunçores: A diferenciação progressiva e a reconciliação integradora.

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A diferenciação progressiva é o processo mais comum de se adquirir

conhecimentos, porque é a partir dela que um novo aprendizado é somado ao subsunçor

e gradativamente a separação de conhecimentos é feita.

O constante uso de um mesmo subsunçor gera uma progressiva mudança, criando

novos significados a ele, tornando-o mais rico e cada vez mais diferenciado dos outros

subsunçores, cada vez mais único.

A reconciliação integradora também é um processo dinâmico que ocorre ao

mesmo tempo com a diferenciação progressiva. Trata-se de unir certos conceitos que

foram diferenciados pela diferenciação progressiva. Parece confuso diferenciar e

reconciliar ao mesmo tempo, mas são esses processos que garantem por exemplo, a

hierarquia do conhecimento de um dado subsunçor, do que é mais importante para o

menos importante, diferenciando e integrando novamente permitimos a reordenação do

conhecimento.

Tomemos um exemplo sugerido por Moreira (2010), sobre o conceito de força.

Quando entramos na escola, aprendemos o conceito de força relacionado ao esforço

físico, dar empurrão, puxar, segurar. Quando chegamos a disciplina de Física aprendemos

que existe uma força relacionada queda de corpos que dependem de sua massa – a força

gravitacional – aprendemos também que existe uma força relacionada as cargas elétricas

até chegarmos que existem quatro forças fundamentais: a gravitacional, a

eletromagnética, a forte e a fraca. Claro que existem outras forças como a elástica, a

centrípeta, a de atrito, porém estas são consequências das forças fundamentais. Através

do movimento de diferenciação progressiva e reconciliação integradora podemos definir

cada força dando a sua importância da mais fundamental a mais simples.

Entender esses processos para a aprendizagem significativa é de grande valor

porque é a partir deles que podemos pensar na organização dos conteúdos e dos princípios

programáticos do conteúdo da matéria de ensino.

2.3 Formas e tipos de aprendizagem significativa

Primeiramente devemos ter cuidado para separar os processos das formas de

aprendizagem significativas. Os processos são os caminhos pelo qual se ordenam e

evoluem os conhecimentos. As formas são as maneiras como aprendizagem significativa

pode ser feita de fato. Analogamente as formas, existem três formas e, consequentemente,

três tipos de aprendizagem significativa.

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A primeira forma é chamada de subordinação, nada mais é do que um conceito

para ser aprendido precisa de um subsunçor prévio, ou seja, um novo aprendizado

depende de um outro já aprendido. É uma forma já discutida neste capítulo.

A segunda forma é denominada de superordenada. Baseia-se no conceito intuitivo

onde envolve processos de abstração, indução, síntese do novo conhecimento. É um

importante mecanismo para a aquisição de conceitos.

A terceira forma ou combinatória, utiliza a interação de vários conhecimentos já

existentes na estrutura cognitiva que nem os subordina nem os superordena.

Analogamente as formas existem três tipos de aprendizagem significativa. A

representacional é o tipo de aprendizagem onde um símbolo passa a ter algum significado,

muito comum as crianças que associam palavras para representar um ou mais objetos. No

tipo representacional o uso do concreto é muito importante para dar significado ao que

foi aprendido.

Já para o tipo de aprendizagem dita como conceitual, os conceitos são criados a

partir da abstração. Embora estejam ligados, para um aprendiz dar um conceito de algo,

como por exemplo, um gato, este não precisa algo que o remeta ao gato, apesar de ter

obtido a sua representação anteriormente, o indivíduo é capaz de definir o gato com as

características, hábitos e demais conceitos já existentes em sua estrutura cognitiva.

O último tipo de aprendizagem significativa funciona na junção da

representacional e da conceitual gerando novas ideias expressas na forma de uma

proposição. A aprendizagem proposicional pode ser do tipo subordinada, superordenada

ou combinatória de modo que todas as formas e tipos são classificações plenamente

compatíveis.

Para Ausubel (2006) se fossemos munidos de uma grande variedade de

dispositivos que gerassem a aprendizagem do aluno e isolarmos o mais significante, com

certeza o conhecimento prévio seria o mais importante. São os conhecimentos prévios

que fornecem a base da aprendizagem significativa e toda a sua estruturação, uma

organização que se assemelha com outras teorias de aprendizagem, porém se torna mais

consistente. É uma teoria educacional mais recente se comparamos aos métodos

tradicionais, mais estruturada e com o foco onde deve estar, na aprendizagem do aluno.

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2.4 Os Materiais Potencialmente Significativos

Segundo Moreira (2010), existem duas condições para a aprendizagem ser

significativa: A primeira seria o material utilizado ser potencialmente significativo; a

segunda é do aluno estar disposto a aprender.

O material potencialmente significativo podemos interpretar como um material

que foi planejado para desenvolver subsunçores adequados para que o aprendizado possa

ser realmente adquirido. Estes materiais podem ser de qualquer tipo, de exposições no

quadro até experimentações, investigações ou utilizações de simuladores, desde que

cumpra sua função de gerar ideias âncoras, diferenciar e integrar conceitos ou até mesmo

resgatar conteúdos esquecidos.

Os materiais potencialmente significativos, se utilizados da maneira correta,

podem gerar aprendizagens em qualquer idade ou até mesmo se o aluno nunca tenha tido

o contato com o tema abordado. Segundo Bruner (1965), o currículo na aprendizagem em

espiral é fundamentado em adaptar estratégias de ensinos em diferentes modos de

visualizar o mundo. Se transportarmos esta ideia para a aprendizagem significativa, se

fizermos de maneira não-literal e não-arbitrária, com organização correta e o uso

adequado dos materiais potencialmente significativos, podemos ensinar o mesmo

conceito em diferentes estágios cognitivos.

Ainda segundo Bruner (1965), é importante levar em conta o método da

descoberta, através da interiorização dos seus princípios e da tentativa de aplicação dos

seus métodos. Esta afirmação é uma clara alusão ao método científico e à investigação do

que se está observando. Para Bruner (1965), a curiosidade é uma caraterística observável

nas crianças e que facilmente torna-se uma característica que define a espécie humana.

Uma abordagem de possuir experimentos para uma investigação, seguindo os

rigores do método científico, gera conhecimentos concretos e aproxima o aluno para o

campo das ciências. “Julgamos que, logo de início, o aluno deve poder resolver

problemas, conjecturar, discutir da mesma maneira que se faz no campo científico da

disciplina” (Bruner 1965: 1014).

Para Vergnaud (1990), um conceito não se forma a partir de uma só situação, é

preciso que as atividades se diversifiquem para que possa permitir que o sujeito aplique

um dado conceito em diversas situações e faça a integração entre as partes e o todo. Com

a diversificação dos materiais potencialmente significativos para um mesmo conceito

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permitirá a integração das partes de um todo para Vergnaud e uma diferenciação

progressiva e uma reconciliação integradora para Ausubel.

Ainda segundo Vergnaud (1990), atividades didáticas que permitam uma visão

generalizante do conhecimento podem contribuir para uma melhor apropriação do

conhecimento. Além da generalização, é importante a construção e apropriação de todas

as propriedades de um ou de todos os aspectos de determinado conhecimento. Isto permite

uma progressão dos modelos pessoais encaminhando para os modelos científicos.

Segundo Vergnaud:

O saber se forma a partir de problemas para resolver, quer

dizer, de situações para dominar. [...] por “problema’ é preciso

entender, no sentido amplo que lhe atribui o psicólogo, toda

situação na qual é preciso descobrir relações, desenvolver

atividades de exploração, de hipótese e de verificação, para

produzir uma solução. (1990: 52).

Com base no que foi exposto, é possível afirmar a importância e o cuidado que se

deve tomar ao trabalhar materiais potencialmente significativos. A utilização desses

materiais em forma de experimentos para uma investigação aos moldes do método

científico, promovendo a curiosidade humana, característica, segundo Vergnaud, que

define a espécie humana, se diversificado, permitindo a integração dos conceitos,

contribuem para uma melhor apropriação da tarefa e desenvolvem seus modelos pessoais.

Contudo, segundo Ausubel (1978: 60) existem desvantagens na supervalorização

da experiência como processo de aprendizagem de conceitos, pois a aplicação da

investigação e do método científico não são suficientes para aprender ciências.

Capítulo 3

Metodologia

3.1 Apresentação

A sequência didática visa inserir um estudo sobre o eletromagnetismo. Iniciando

pela história, o aluno poderá visualizar como era entendido o magnetismo com o passar

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do tempo, incluindo crenças, desenvolvimentos científicos vinculados a esse assunto. A

partir daí, são propostos experimentos em ordem de descobertas científicas e de

generalizações que permitam entender conceitos básicos, como atração e repulsão

magnética. De um conceito mais simples de atração e repulsão, são propostas demais

situações em forma de experimentos que ampliam a ideia geral do magnetismo, não sendo

apenas atrair ou repelir ímãs.

A sequência didática foi ministrada em oito aulas sendo duas aulas para aplicação

de um pré e pós teste e duas para introduzir conceitos necessários para a construção do

conhecimento. Cada aula foi ministrada em espaços disponíveis da escola para melhor

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realização do trabalho. Abaixo encontra-se um quadro que mostra como foi organizado a

proposta de sequência didática.

ENCONTROS ASSUNTO LOCAL AULAS

Encontro 01 Aplicação do pré-teste Sala de Aula 01

Encontro 02 Conceitos Básicos sobre a

Eletricidade Sala de Multimídia 02

Encontro 03

A história do magnetismo

e Propriedades

Magnéticas

Sala de Multimídia 01

Encontro 04

Laboratório de Faraday

em Simulador:

Construindo o

conhecimento sobre o

eletromagnetismo.

Laboratório de Informática 01

Encontro 05

Práticas Experimentais:

Solenoide, Eletroímãs,

Geradores e

transformadores.

Laboratório de Física 02

Encontro 06 Aplicação do pós-teste Sala de Aula 01

Tabela 3.1- Quadro geral para proposta de sequência didática utilizada.

3.2 Justificativa

A sequência didática foi construída sempre buscando conhecimentos que os

alunos já possuíam como atração e repulsão, por exemplo, expor o próprio aluno em uma

outra situação que dependa desde conceito, crie uma discussão, analise os fatos e que seja

mostrada a conclusão sobre isto. A partir deste mecanismo, são sugeridas novas formas

de mostrar os mesmos eventos ou formas novas que envolvam o que se já se sabia

anteriormente à sequência ou que já foram aprendidos com essa sequência.

Mostrar simuladores e os próprios experimentos de forma adaptada para o real,

permite que constantemente sejam reforçados os conceitos, ou melhor dizendo, reforçam

os subsunçores, além de despertar a curiosidade dos alunos ao se deparar com diversas

situações que não são comuns em serem exploradas por eles. Contudo a sequência não

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trabalha apenas o investigativo experimental do aluno, também é trabalhado, através do

debate, a criação de subsunçores que serão necessários para o entendimento de novas

experiências. O aluno ao ver um ímã movendo-se passando por dentro de uma espira, não

consegue em uma rápida investigação perceber que a causa de geração da corrente elétrica

está associada a mudança das linhas do campo magnético ou o fluxo magnético. Para isso,

foi preciso a intervenção para que os alunos atentassem ao efeito, gerar o questionamento

do porquê ser assim, gerar um debate, ouvindo as propostas dos alunos, e assim formar o

subsunçor ligado ao efeito.

3.3 Público Alvo e Perfil da Turma

O produto como antes citado, foi trabalhado no Colégio Estadual João Alves

Filho, localizado em Aracaju, com o público alvo as turmas de 3º ano do ensino médio.

Duas turmas foram escolhidas, ambas cursando o terceiro ano do ensino médio pelo turno

da manhã. As turmas em sua maioria, são compostos por adolescente que cursam o ensino

regular pela manhã e curso preparatório para o ENEM pela tarde. Com isto, os alunos

estão acostumados a grande quantidade de aulas expositivas em quadro, com o professor

lecionando em forma de palestra com alunos copiando o que é exposto no quadro. Em

ambas as turmas é perceptível o cansaço e a falta de interesse em estar nas aulas, contudo

a turma “B” demonstrou estar mais disposta em tentar ideias novas e a participar mais das

aulas. Já a turma “A” possuía alunos com desempenhos melhores em notas, sendo mais

acostumados as aulas expositivas, mesmo cansados da maneira de que se é ensinada, não

reclamam do abuso da metodologia. Para ambas as turmas, os alunos não presenciam

práticas nem experimentos em sala de aula.

3.4 Número de Aulas

Toda a sequência de experimentação foi proposta em quatro aulas trabalhadas com

a introdução da história do magnetismo para inserir o aluno a realidade a ser estudada,

apresentação de experimentos para trabalhar com ímãs em diferentes arrumações, em

seguida trabalhar com o experimento do globo terrestre para visualização do campo

magnético. Mais adiante, são expostos os simuladores para apresentar subunçores e

detalhes que os alunos irão precisar para aprender os novos conceitos e por fim

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experimentações que possibilitarão investigar, reforçar e aprimorar os conceitos

aprendidos tendo sempre testes para a averiguação do que fora aprendido. As demais

aulas propostas no quadro 3.1 não foram consideradas como o produto em si, em especial

a aula de introdução aos conceitos sobre eletricidade, pois é esperado que na aplicação da

sequência já se teria trabalhado estes conceitos, fato que não havia ocorrido com ambas

as turmas no período de aplicação deste produto.

3.5 Descrição das Aulas

a) 1º Encontro

As atividades iniciaram-se com a aplicação de um pré-teste, afim de detectar

subsunçores básicos para estudo. O pré-teste foi composto por questões teóricas retiradas

de vestibulares realizados em todo Brasil, sempre buscando questões com perfil das

questões utilizadas no ENEM. As questões que envolvem aplicações de cálculos serão

discutidas mais na frente.

Objetivo: Detectar conhecimentos prévios dos alunos.

b) 2º Encontro

Após a aplicação do pré-teste, foram abordados conceitos mais gerais ligados à

eletrodinâmica, visto que os alunos não haviam praticado sobre os conceitos de corrente

elétrica, campo elétrico, tensão elétrica, entre outros conceitos. Para isto, foi elaborada

uma apostila que encontra-se em anexo ao produto. As aulas foram de caráter expositivo

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buscando a interação dos alunos, sempre relacionando o conteúdo da aula com aplicações

em seu dia a dia.

Objetivo: Criar ou aprimorar os subsunçores básicos relacionados com a eletricidade,

utilizando materiais potencialmente significativos, com intuito de se trabalhar os

conceitos ligados ao eletromagnetismo.

c) 3º Encontro

O início efetivo do produto se dá com uma apresentação sobre a história do

magnetismo, que encontra-se disponível no produto, 1abordando uma linha da evolução

nos conhecimentos sobre o tema.

Objetivo: Inserir o aluno no tema e visualizar se a evolução dos conceitos aprendidos

sobre o magnetismo para a ciência serão próximos da evolução de seus modelos pessoais,

além de observar os fenômenos magnéticos e criar ideias âncoras para o estudo.

Na segunda metade da mesma aula são postos em uma bancada experimentos

relacionados ao magnetismo e suas propriedades. Ao observar os experimentos, os alunos

são estimulados a procurar explicar e discutir os fenômenos observados.

No experimento com bússolas e imãs os alunos fizeram as arrumações variadas

com bússolas e ímãs, tendo assim que explicar com base na lei de atração e repulsão, o

porquê do comportamento e direcionamento que a bússola apresentou.

Em seguida os alunos utilizando o mesmo princípio de atração e repulsão

definiriam como seria a orientação do campo magnético terrestre na experiência com o

globo magnetizado.

Por fim foram mostradas as linhas do campo magnético em diferentes arrumações

de imãs para se verificar e explicar a partir da atração e repulsão, a razão daquele padrão

1 Simulador disponível no link

https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/faraday

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das linhas do campo magnético. Com isso foi colocada a seguinte afirmação: “As linhas

do campo magnético saem do polo norte e entram pelo polo sul do ímã.”

No final da aula foi feita a seguinte questão:

Questão 01: (UFPel-RS) O campo magnético de uma região do espaço tem o sentido

indicado pela seta representada ao lado. Uma bússola colocada nessa região se

posicionará:

d) 4º Encontro

Em nova aula, foi a vez da utilização do simulador denominado “laboratório de

Faraday” disponível no site do phet colorado1. O objetivo da inserção do simulador neste

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momento é fortalecer os subsunçores adquiridos na aula anterior e criar novos

subsunçores que ao final das aulas serão progressivamente diferenciados e integrados.

Objetivo: Expor os conceitos sobre a evolução do magnetismo através do simulador e

fazer que os alunos atentassem aos detalhes do simulador para gerar discussões e assim

criar subsunçores integrados e reconciliados.

Com utilização de um Datashow foram expostos todas as abas do simulador,

mostrando diversos efeitos no simulador encorajando os alunos a exporem possíveis

respostas para os fenômenos e organizado estas respostas para se chegar ao conceito.

Inicialmente é trabalhada a aba “ímã em barra” para que os alunos relembrem o

que foi discutido na aula anterior com os experimentos ligados ao campo magnético em

limalha de ferro.

Nas abas “solenoide” e eletroímãs” foram postos em debate quais seriam as

condições de se gerar corrente elétrica ou de corrente elétrica gerar campo magnético.

Nessas duas abas os recursos de aumento de intensidade do campo magnético, como

aumento na quantidade de espiras, áreas das espiras, utilização de corrente alternada e

contínua, como fazer uma corrente contínua gerar campo magnético e principalmente

atentar aos comportamentos da bússola e do campo magnético nessas simulações para

concluir que todos os fenômenos estão relacionados com a mudança no campo magnético

ou fluxo magnético.

Na aba “transformador” o que foi visto nas abas anteriores foi colocado em prática

pelos alunos. Foi perguntado aos alunos o por quê da substituição, analisar se a

substituição traria o mesmo efeito, explicar o fenômeno em forma de debate e respostas

orais.

Na Aba “gerador” foi exposto como é gerada a energia do tipo hidroelétrica.

Ligando os conteúdos de energia visto no primeiro ano do ensino médio aos conteúdos

aprendidos até o momento no terceiro ano.

Ao final da aula, uma nova questão foi feita:

Questão 02: Atendendo à solicitação do seu professor de Física, um estudante fez várias

leituras sobre o conceito de indução eletromagnética. Num dos livros consultados,

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15

introdução ilustrada à Física, encontrou uma abordagem interessante sobre o assunto, na

qual havia a seguinte tira:

Com base no diálogo travado entre os personagens, a respeito dos fenômenos observados

é possível afirmar corretamente que:

a) Trata-se da indução eletromagnética, ou seja, sempre que um fio for atravessado por

linhas de campo magnético, será gerado nele uma força eletromotriz.

b) Independentemente do sentido do movimento da barra imantada, o sentido da corrente

elétrica gerada terá o mesmo sentido.

c) A corrente elétrica gerada terá valor constante e diferente de zero, mesmo que a barra

imantada permaneça parada.

d) Todas as alternativas anteriores estão corretas.

e) 5º Encontro

Nas últimas aulas, os experimentos ligados aos conceitos presentes no simulador

foram expostos a observação dos alunos. A cada experimento, um grupo de alunos

observa o experimento, em seguida são convidados a explicar o que estão presenciando.

Discussões foram abertas na tentativa de explicar o fenômeno por parte dos alunos para

que chegassem a conclusões. Ao final, os conceitos foram reforçados e recolocados aos

alunos.

Objetivo: Reconciliar, reforçar e integrar os conceitos ligados nos encontros anteriores,

despertar a curiosidade dos alunos a se depararem com os experimentos reais

generalizando as formas de se apresentar os mesmos conceitos.

Foram colocados nas bancadas experimentos do solenoide, eletroímã, geradores e

transformadores. Cada experimento os alunos poderiam manipular os experimentos para

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16

obter resultados através de multímetros. Os experimentos possuem semelhanças com

aqueles vistos no simulador para mais fácil familiarização e aplicação dos conceitos já

aprendidos. Cada grupo de alunos, divididos em trios ou quartetos, deveriam explicar os

fenômenos e conceitos envolvidos nos experimentos.

Na mesma aula, com a apresentação de um dos experimentos ligados ao solenoide,

foram trabalhados os cálculos de como determinar o campo magnético. Para isto os alunos

tinham a disposição um multímetro que marcava a corrente elétrica que passava pelo

solenoide, um paquímetro para medir o diâmetro externo do solenoide, foi

disponibilizado o número de espiras de cada solenoide, calculadora simples para efetuar

os cálculos e por fim a equação para determinação do campo magnético descrita abaixo.

= 𝑵 ∙𝝁𝟎∙𝒊

𝟐∙𝑹 (3.1)

No término da segunda aula de experimentação, uma nova questão foi sugerida para

para que os alunos respondessem:

Questão 03: A Usina Hidroelétrica de Belo Monte terá potência instalada de 11.233,1

MW, com 4571 MW médios de energia assegurada. O projeto foi adaptado para operar

em regime a fio d´água com redução de 60% da área de inundação em comparação com

o projeto da década de 1990, configurando um reservatório total de 503 km2, dos quais

288 km2 (45%) correspondem ao próprio leito do rio Xingu. Comprova-se, assim, o

respeito ao meio ambiente e às comunidades indígenas, pois nenhuma terra indígena é

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atingida por obras ou pelo reservatório da usina e nenhuma aldeia terá de deixar suas

localidades atuais em razão do empreendimento.

(Fonte: Norte Energia S.A)

A respeito do funcionamento das hidroelétricas, podemos apontar alguns fatores

importantes durante o processo, desde a utilização da água até os princípios envolvidos

tanto na geração como na transmissão de energia. As afirmações seguintes se referem a

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algumas etapas desde processo de geração e distribuição de energia. Verifique se elas

estão corretas:

I. A energia mecânica é transformada em energia elétrica através de um gerador a

partir de dispositivos que fazem uso de conceitos derivados da lei de indução de

Faraday.

II. Através das linhas de transmissão a energia elétrica é transmitida com baixos

valores de corrente, possibilitando a diminuição das perdas de energia por efeito

Joule.

III. Os transformadores podem aumentar ou diminuir a tensão fornecida a eles.

IV. Com a utilização dos transformadores, é possível aumentar ou diminuir o valor da

voltagem, fazendo passar uma corrente contínua em sua bobina primária.

Ao término de todas as aulas, as questões do pré-teste foram novamente passadas em um

pós-teste.

f) 6º Encontro

No último encontro, foi aplicado o pós-teste utilizando as mesmas questões

dispostas no pré-teste.

Objetivo: Observar e estimar a melhoria e o desenvolvimento dos subsunçores

aprendidos ou aprimorados.

Vale lembrar que o produto visa elaborar materiais potencialmente significativos

para obter subsunçores que permitam o aprendizado do eletromagnetismo. Então, a

sequência aqui abordada não é a única sequência possível, ficando ao professor que irá

utilizar o produto, a escolha de uma sequência didática que melhor encaixe ao seu perfil.

Aqui está descrita uma de suas possibilidades, pois o produto contém experimentos em

passo a passo tanto de sua montagem quando de sua execução, tanto de experimentos

reais ou simulados. Conta também com suporte para uma introdução a partir da história

com anexos que auxiliem na montagem e na sequência didática.

Em resumo, a sequência didática entra como metodologia para ser aplicado o

produto educacional, pensando sempre no que o aluno já conhece e o que se pretende

aprender com o que já sabe, aproximar o aluno pela curiosidade através da diversificação

de experimentos e de formas de expor os conteúdos, como propõe as ideias de Ausubel,

de Bruner e de Vergnaud. A proposta é de execução do produto aliado à metodologia em

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19

forma de sequência didática, contudo, o produto como fora pensado permite que o

professor utilize outra sequência didática que se adeque melhor ao seu estilo de aula e de

perfil da turma.

3.6 Métodos de Avaliação

Os indicadores de aprendizado utilizados foram o pré-teste e o pós-teste e

questões em forma de desafios extraídos do próprio livro didático adotado pela escola.

O pré-teste e pós-teste são de grande relevância pois nos trazem uma visão geral

do que foi aprendido. Aplicando-se o mesmo questionário, temos uma segurança que o

nível de questionamento será o mesmo, levando uma conclusão se os subsunçores foram

adquiridos pela maioria dos alunos ao se observar a quantidade de questões corretas e é

claro que a análise da falta de subsunçores também é passível de análise.

Para as questões colocadas ao término das aulas, o intuito é perceber a presença

das metas estabelecidas para cada aula ou conjunto de aulas.

Para a primeira aula, fazer com que os alunos possam explicar como funciona o

campo magnético da Terra e que possam ter a habilidade de analisar a movimentação da

bússola em presença de um determinado campo magnético. Utilizou-se de experimentos

com bússolas e ímãs para observar a atração e repulsão magnética, imãs quebrados para

análise da inseparabilidade magnética, limanha de ferro para visualização das linhas do

campo magnético e o experimento do globo terrestre para que os alunos mostrassem como

se comporta o campo magnético terrestre.

Para a segunda aula o objetivo era verificar se os alunos adquiriram a ideia âncora

de que a mudança do campo magnético ou fluxo magnético é capaz de gerar corrente

elétrica contínua. Para isso, foi utilizado o simulador do phet colorado, “laboratório de

Faraday”, onde foram trabalhadas todas as abas contidas no simulador. Foram abordados

os conceitos do magnetismo através de um ímã, a movimentação de um imã por dentro

de um solenoide, o funcionamento do eletroímã, substituição de ímãs por eletroímã

mostrando a possibilidade de substituição e por último, a unificação dos conceitos para

se construir uma usina elétrica.

Para as duas últimas aulas, as metas eram determinar o campo magnético de pelo

menos um dos solenoides e conseguir entender o funcionamento de uma usina

hidroelétrica. Com os resultados dessas questões podemos verificar por um segundo

medidor a presença dos subsunçores julgados para a aprendizagem de conceitos do

eletromagnetismo importantes. Para este entendimento, foi necessário a utilização do

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simulador para criar subsunçores que pudessem ancorar conhecimentos sobre o

funcionamento da hidroelétrica. Utilizou-se de diversos experimentos em bancadas, com

todos os experimentos duplicados, com os alunos interagindo com os experimentos e

estimulados a tentarem explicar com base no que aprenderam na aula anterior. Os alunos

estavam organizados em trios ou quartetos para que analisassem o experimento,

discutissem entre eles e chegassem a explicação do efeito para os demais colegas.

Capítulo 4

Resultados e Discussões

Foram analisados os resultados obtidos pelos alunos no pré e pós testes, levando

em consideração a quantidade de acertos e uma análise de acertos por questão. Em

seguida foram analisados os acertos das três perguntas em forma de desafios, expostas ao

término das aulas.

Avaliando o nível de acertos no pré-teste e no pós teste, percebe-se que a

quantidade de respostas corretas foi maior no pós-teste, como mostra a figura 4.1. Isso

sugere um aprendizado proveniente das aulas. É importante perceber que no pós teste,

ambas as turmas não apresentaram alunos sem acertar ao menos uma questão o que

reforça a ideia que subsunçores foram criados ou elaborados durante a execução do

projeto.

Figura 4.1-Nível de Acerto pré e pós testes da turma do 3º Ano A.

0

2

4

6

8

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Quantidade de questões corretas

Análise de Acerto Pré/Pós Teste 3ºA

pre-teste pos-teste

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21

Figura 4.2-Nível de Acerto pré e pós testes da turma do 3º Ano B.

Ao analisar os resultados por questão temos resultados distintos. Percebe-se que a

turma “A” possui conhecimentos prévios diversificados, tendo o produto não surtindo

grandes efeitos mas apresentando melhorias. É destacável a “8ª questão” onde a mais

recorrente para essa turma, questão está relacionada com as linhas do campo magnético,

como mostra a figura 4.3. As questões que envolvem os conceitos relacionados as linhas

do campo magnético obtiveram destaque.

Para a turma “B”, percebe-se um aumento muito maior em relação a outra turma,

mostrando que o produto foi bastante eficaz para esta turma. Isto revela uma melhor

assimilação dos conceitos iniciais sendo nítida a influência das aulas. Os conceitos

0

2

4

6

8

10

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Quantidade de questões corretas

Análise de Acerto Pré/Pós Teste 3ºB

pre-teste pos-teste

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relacionados a história do magnetismo e conceitos ligados ao campo magnético estão

mais acentuados.

Figura 4.3- Nível de acertos por questão no pré e pós teste para a turma do 3º Ano A.

Figura 4.4- Nível de acertos por questão no pré e pós teste para a turma do 3º Ano B.

Durante as aulas, foi perceptível uma maior participação pela turma “A” porém

os melhores resultados estão para a turma “B”. Este fato pode estar associado a vários

0

5

10

15

20

25

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª

Ace

rto

s

Questão

Nível de Acertos por Questão 3ºA

Pré-teste pós-teste

0

5

10

15

20

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª

Ace

rto

s

Questão

Nível de Acertos por Questão 3ºB

Pré-teste pós-teste

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vinculos como falta de atenção ao responder os testes, problemas na interpretação dos

conteúdos, não assimilação dos subsunçores de maneira adequada, entre outros.

Em uma análise por desafios, os resultados são próximos para ambas as turmas

dando o parecer na diferença nos testes estar relacionada a interpretação, ou até mesmo

concentração na resolução das questões.

Figura 4.5- Questão 1 retirada do livro de didático. Análise de erros e acertos de ambas as turmas.

Figura 4.6- Questão 2 retirada do livro de didático. Análise de erros e acertos de ambas as turmas.

Figura 4.7- Questão 3 retirada do livro de didático. Análise de erros e acertos da turma do 3º Ano A.

0

10

20

30

Item I Item II Item III Item IV

Desafio III 3ºA

Acertos Erros

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Figura 4.8- Questão 3 retirada do livro de didático. Análise de erros e acertos da turma do 3º Ano B.

Fazendo uma média de acertos entre o pré e o pós testes, observa-se um aumento

na quantidade de respostas certas de 62,5% para a turma “A” e mais que o dobro para a

turma “B”.

Figura 4.9-Média de questões corretas por turma no pré e pós testes.

Quanto a atividade relaciona ao cálculo, os alunos de ambas as turmas tiveram

dificuldades na execução dos cálculos, devido principalmente no uso de potências de 10.

Sendo assim, a determinação do cálculo não foi efetuado de maneira satisfatória.

Tanto na exposição do simulador quanto na experimentação foi detectado um

interesse e uma participação maior dos alunos. Para Moreira (2010) uma maneira de

sabermos se o sujeito aprende é observar se este se dispõe a relacionar o que foi aprendido

com a estrutura cognitiva presente. Isso é percebido em diversas vezes ao longo das aulas

nas discussões sobre o funcionamento dos aparelhos que estão ao seu redor, entendendo

que o abordado nas aulas é aplicado em seu dia a dia.

Os níveis de aprendizagem não foram satisfatórios, se pensarmos em alguns

aspectos como os resultados apontados nas figuras 4.7 e 4.8, os resultados esperados

foram abaixo do que mostrado nas figuras 4.1, 4.2, 4.3 e 4.4, além da dificuldade em se

calcular a intensidade do campo magnético. Pode-se ser atribuído tais resultados como

por exemplo, problemas na metodologia aplicada, problemas pelos alunos não

0

10

20

30

Item I Item II Item III Item IV

Desafio III 3º B

Acertos Erros

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apresentarem subsunçores adequados, como em interpretação de texto e habilidades

relacionadas ao cálculo.

O aspecto positivo a se destacar, foi a maior atenção aos alunos durante as aulas,

resultados maiores no pós-teste, apesar de não terem sido como esperados, uma

assiduidade dos alunos que são considerados muito faltosos, aliados a vontade de

participação das atividades.

A aprendizagem significativa de Ausubel trabalha essencialmente com estratégias

que busquem o que o aluno já sabe, potencializar o que já é sabido e desenvolver

constantemente sempre retomando o que já foi assimilado. Se trabalhado de maneira não

literal e não arbitrária é perceptível a aprendizagem de conceitos ali abordados. Contudo

deve-se ressaltar que a sequência utilizada na metodologia não é a única forma de

utilização do produto. O produto tem como objetivo mostrar ferramentas experimentais

com base na teoria da aprendizagem significativa, podendo assumir tanto um caráter mais

investigativo do que expositivo, moldando-se a necessidade do docente para seu trabalho

em sala de aula.

Capítulo 5

Conclusão

Com o propósito de auxiliar os professores na construção de sequências didáticas

para melhorar o desempenho dos alunos, o produto propôs uma metodologia através das

ideias da aprendizagem significativa de Ausubel. A finalidade da sequência é observar

subsunçores adequados, reforça-los e até mesmo construí-los para se obter os conceitos

relacionados ao eletromagnetismo.

De maneira geral é sim percebido que as aulas geram uma aprendizagem

significativa nos alunos. Os alunos da turma “A” apresentaram resultados diversificados

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sem grande amostragem da influência do produto. Contudo, a turma “B” com nítida

ausência dos subsunçores, apresentou resultados satisfatórios.

O nível de curiosidade, de participação e de interesse por parte dos alunos é algo

constantemente detectável na maioria dos alunos nas turmas o que garante sim uma

aprendizagem significativa.

Recomenda-se um estudo utilizando uma nova metodologia das quais o produto

oferece para observar se haveria uma melhoria na aprendizagem dos alunos maior do que

apresentada aqui. Comparando resultados podemos detectar a influência da falta dos

subsunçores apontados aqui com os resultados obtidos. Um possível caminho a ser mais

explorado é o da investigação através da experimentação, pois os resultados analisados

acima mostram que os conteúdos ligados ao conceito de linhas do campo magnético

foram mais aprendidos sendo que este conceito fora trabalhado em um caráter

experimental investigativo.

Para finalizar exponho aqui uma frase de um dos alunos que participaram na

aplicação do produto:

“Mesmo se a gente errou a questão, a gente conseguia seguir uma lógica, que antes não

conseguia por conta das aulas.”

(Caio Vinícius, aluno do 3º Ano A)

A tentativa de melhoria na qualidade de ensino é árdua, porém se os conteúdos

curriculares são trabalhados de maneira séria e planejada os resultados gradativamente

apareceram. Apresentar ao professor um produto que facilita suas preparações de aula e

apresente recursos novos a baixos custos, pois é importante termos a compreensão na

escassez de recursos, é de extremo valor ainda por cima verificado o seu nível de atuação.

Referências Bibliográficas

AUSUBEL, D. P., Aquisição e Retenção de Conhecimentos: Uma Perspectiva Cognitiva,

Lisboa, Editora Paralelo, 2000.

CARVALHO, G.D.J., AGUIAR, O. J., Os campos Conceituais de Vergnaud como

Ferramenta para o Planejamento Didático, Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v.25,

n.2, p. 207-227, Agosto, 2008.

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MARQUES, R., A pedagogia de Jerome Bruner, História e Filosofia da Educação.

Disponível em

http://www.uma.pt/liliana/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=

214&Itemid=26.

MOREIRA, M.A., O que é afinal aprendizagem significativa?, Aprendizagem

Significativa: a teoria e textos complementares, M.A. Moreira, São Paulo, Editora

Livraria da Física, 2012, p. 13-55.

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Anexo I

Pré-teste

Questão 01 (UERJ 2015 – Adaptada) O princípio físico do funcionamento de alternadores e

transformadores, comprovável de modo experimental, refere-se à produção de corrente

elétrica por meio da variação de um campo magnético aplicado a um circuito elétrico.

Esse princípio se fundamenta na denominada lei de:

a) Newton

b) Ampére

c) Faraday

d) Coulomb

e) Joule

Questão 02 (Unifeso 2012) Com o auxílio de uma agulha imantada, explora-se o campo magnético

criado por um ímã em fora de barra. Estando ambos apoiados sobre uma mesa horizontal,

coloca-se a agulha próxima de uma das extremidades do ímã e ela, ao entrar em repouso,

fica orientada como ilustra a figura a seguir:

Desloca-se a agulha imantada para outra posição, mais próxima da região central da barra.

Assinale a alternativa que indica como a agulha ficará orientada, ao entrar em equilíbrio.

a)

b)

c)

d)

e)

Questão 03

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(Fatec 2010) uma criança brincando com um ímã, por descuido, deixa cair, e ele se rompe

em duas partes. Ao tentar consertá-lo, unindo-as no local da ruptura, ela percebe que os

dois pedaços não se encaixam devido à ação magnética.

Pensando nisso, se o ímã tivesse o formato e as polaridades da figura a seguir, é válido

afirmar que o ímã poderia ter se rompido

a) Na direção do plano α.

b) Na direção do plano β.

c) Na direção do plano π.

d) Na direção de qualquer plano.

e) Apenas na direção do plano β.

Questão 04 (UFU 2015) três carrinhos são colocados em um trilho, porém, não se encostam, porque,

na extremidade de cada um deles, conforme mostra o esquema abaixo, é acoplado um ímã

de tal forma que um de seus polos fica exposto para fora do carrinho (polaridade externa).

Considerando que as polaridades externas dos ímãs (N – norte e S – sul) nos carrinhos

são representadas por números, conforme o esquema a seguir, assinale a alternativa que

represente a ordem correta em que os carrinhos foram organizados no trilho, de tal forma

que nenhum deles encoste no outro:

a) 1 – 2 – 4 – 3 – 6 – 5.

b) 6 – 5 – 4 – 3 – 1 – 2.

c) 3 – 4 – 6 – 5 – 2 – 1.

d) 2 – 1 – 6 – 5 – 3 – 4.

e) 2 – 5 – 4 – 3 – 6 – 1.

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30

Questão 05

(G1 CPS 2014) Uma das hipóteses, ainda não comprovada, sobre os modos como se

orientam os animais migratórios durante suas longas viagens é a de que esses animais se

guiam pelo campo magnético terrestre. Segundo essa hipótese, para que ocorra essa

orientação, esses animais devem possuir, no corpo, uma espécie de ímã que, como na

bússola, indica os polos magnéticos da Terra.

De acordo com a Física, se houvesse esse ímã que pudesse se movimentar como a

agulha de uma bússola, orientando uma ave que migrasse para o hemisfério sul do planeta,

local em que se encontra o polo norte magnético da Terra, esse ímã deveria

a) Possuir apenas um polo, o sul.

b) Possuir apenas um polo, o norte.

c) Apontar seu polo sul para o destino.

d) Apontar seu polo norte para o destino.

e) Orientar-se seguindo a linha do Equador.

Questão 06 (UNIFOR CE) Um ímã que gera um campo magnético muito maior que o terrestre,

quando aproximado de uma bússola, orienta a agulha conforme está indicado na figura.

Em presença de dois ímãs idênticos ao primeiro, a agulha deve assumir a posição indicada

no esquema:

a)

b)

c)

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31

d)

e)

Questão 07 (ENEM 2011) O manual de funcionamento de um captador de guitarra elétrica apresenta

o seguinte texto:

Esse captador comum consiste de uma bobina, fios condutores enrolados em torno de um

ímã permanente. O campo magnético do ímã induz o ordenamento dos polos

magnéticos na corda da guitarra, que está próxima a ele. Assim, quando a corda é tocada,

as oscilações produzem variações, com o mesmo padrão, no fluxo magnético que

atravessa a bobina. Isso induz uma corrente elétrica na bobina, que é transmitida até o

amplificador, e daí, para o alto-falante.

Um guitarrista trocou as cordas originais de sua guitarra, que eram feitas de aço, por

outras feitas de náilon. Com o uso dessas cordas, o amplificador ligado ao instrumento

não emitia mais som, porque a corda de náilon

a) Sola a passagem de corrente elétrica da bobina para o alto-falante.

b) Varia seu comprimento mais intensamente do que ocorre com o aço.

c) Apresenta uma magnetização desprezível sob a ação do ímã permanente.

d) Induz correntes elétricas na bobina mais intensas que a capacidade do captador.

e) Oscila com uma frequência menor do que a que pode ser percebida pelo captador.

Questão 08 (FUVEST 2008) Um objeto de ferro, de pequena espessura e em forma de cruz, está

magnetizado e apresenta dois polos Norte (N) e dois polos Sul (S). Quando esse objeto é

colocado horizontalmente sobre uma mesa plana, as linhas que melhor representam, no

plano da mesa, o campo magnético por ele criado, são as indicadas em:

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a)

b)

c)

d)

e)

Questão 09

(UFPR 2015) Michael Faraday foi um cientista inglês que viveu no século XIX. Através

de suas descobertas foram estabelecidas as bases do eletromagnetismo, relacionando

fenômenos da eletricidade, eletroquímica e magnetismo. Suas invenções permitiram o

desenvolvimento do gerador elétrico, e foi graças a seus esforços que a eletricidade

tornou-se uma tecnologia de uso prático. Em sua homenagem uma das quatro leis do

eletromagnetismo leva seu nome e pode ser expressa como: ε = ΔΦ/Δt onde ε é a força

eletromotriz induzida em um circuito, Φ é o fluxo magnético através desse circuito e t é

o tempo. Considere a figura ao lado, que representa um ímã próximo a um anel condutor

e um observador na posição O.

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O ímã pode se deslocar ao longo do eixo do anel e a distância entre o polo norte e o centro

do anel é d. Tendo em vista essas informações, identifique as seguintes afirmativas como

verdadeiras (V) ou falsas (F):

( ) Mantendo-se a distância d constante se observará o surgimento de uma corrente

induzida no anel no sentido horário.

( ) Durante a aproximação do ímã à espira, observa-se o surgimento de uma corrente

induzida no anel no sentido horário

( ) Durante o afastamento do ímã em relação à espira, observa-se o surgimento de uma

corrente induzida no anel no sentido horário.

( ) Girando-se o anel em torno do eixo z, observa-se o surgimento de uma corrente

induzida.

a) F – F – V – V

b) F – V – F – V

c) V – V – F – F

d) V – F – V – F

e) F – F – V – F

Questão 10 (FUVEST) Raios cósmicos são partículas de grande velocidade, provenientes do espaço,

que atingem a Terra de todas as direções. Sua origem é, atualmente, objeto de estudo. A

Terra possui um campo magnético semelhante ao criado por um ímã em barra cilíndrica,

cujo eixo coincide com o eixo magnético da Terra. Uma partícula cósmica P com carga

elétrica positiva, quando ainda longe da Terra, aproxima-se percorrendo uma reta que

coincide com o eixo magnético da Terra como mostra a figura.

Desprezando a atração gravitacional, podemos afirmar que a partícula, ao se aproximar

da Terra:

a) Aumenta sua velocidade e não se desvia de sua trajetória retilínea.

b) Diminui sua velocidade e não se desvia de sua trajetória retilínea.

c) Tem sua trajetória desviada para leste.

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d) Tem sua trajetória desviada para oeste.

e) Não altera sua velocidade nem se desvia de sua trajetória retilínea.

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Sequência Didática

através da

Experimentação para o

Estudo do

Eletromagnetismo

Professor Dr. Petrúcio Barrozo da Silva

Professor Walter Prado de Carvalho Neto

Apoio:

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Nota ao Professor,

Olá colega professor, tudo bem? Estou fazendo esta carta inicial para

facilitar o entendimento deste trabalho e ajudar a explorar melhor suas

potencialidades.

Sugiro que antes de analisar o produto em si, observe a dissertação em

especial, a seção metodologia. É nela onde encontramos descrito como foi

explorado o produto, separado por encontros e aulas.

O produto em si é dividido em história do magnetismo, para que o aluno possa

ficar ambientado com o tema. Em seguida, temos a apresentação da principal

propriedade em que a sequência didática presente na dissertação se pauta:

propriedade da atração e repulsão de polos.

Na segunda parte do produto, temos a apresentação dos simuladores e

experimentos sobre o eletromagnetismo. Nos simuladores, o professor

encontrará sugestões, questões e sequências de como explorar cada aba de

simulador ou simulador de forma detalhada. Na seção de experimentos,

teremos como montar e trabalhar cada experimento de forma separada, erros

que podemos encontrar e possíveis soluções para os problemas.

Todos os itens desde produto estão em ordem de acordo com a sequência

didática.

Por fim, na seção de anexos, o professor encontrará materiais de apoio

para melhorar ou apresentar seus experimentos.

Espero caro professor que goste do produto, foi feito para somar as aulas, com

muito cuidado e pesquisa. Foi feito para se adequar aos seus métodos, utilize-

o à vontade.

Grande Abraço Professor,

Walter Prado de C. Neto.

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Sumário

Uma breve história sobre o Magnetismo, 02

Propriedades Magnéticas, 04

Simuladores, 05

Simulador: Laboratório de Faraday, 05

Primeira aba: ímã em barra 06

Segunda aba: solenoide, 07

Terceira aba: eletroímã, 07

Quarta aba: Transformador, 09

Quinta aba: Gerador, 09

Simulador: A regra da mão direita, 09

Experiências, 11

Ímãs com bússola, 11

Como fazer limalha de ferro em pó, 12

Visualizando as linhas do campo magnético, 12

Globo Magnetizado, 13

Como construir um solenoide, 14

Solenoide, 15

Eletroímã, 17

Como calcular o campo magnético produzido pelo eletroímã?, 17

Mini gerador de Tesla, 19

Transformador, 20

Gerador de energia elétrica, 21

ANEXO I: Conceitos básicos sobre a eletricidade, 24

ANEXO II: Tabela AWG, 31

ANEXO III: Configurar celular android para gerar tela no computador, 32

Referências Bibliográficas, 35

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Uma Breve História sobre o Magnetismo

Nossa Jornada com o magnetismo

começa na Grécia antiga por volta do século

VII com um minério escuro que

“magicamente” atraia o ferro. Esse estranho

minério fora encontrado na província de

Magnésia, daí o nome do magnetismo. Hoje

sabemos que o minério se trata da magnetita

ou minério de ferro, cuja capacidade de

atração atiçou a curiosidade na tentativa de

desvendar seus mistérios. Várias utilizações

foram dadas à magnetita como por exemplo,

na cura de doenças, incluindo doenças do

coração. Na Idade Média, utilizada para

aumentar a elegância, o charme além de estabelecer a alegria conjugal dos

casais. Além das utilizações, surgiram histórias de marinheiros que

afirmavam o naufrágio de barcos por conta de montanhas de magnetita que

arrancavam os pregos do casco. Dentre as histórias e utilizações, uma foi de

grande importância para o homem nas grandes navegações: A invenção da

bússola. Construída, não da forma que conhecemos, pelos chineses no século

I A.c. e levado para a Europa na Idade Média.

Entre os séculos XIII e XIV, Flávio Gióia, um marinheiro da província

de Amalfi na Itália, reuniu um simples metal imantando a já conhecida rosa

dos ventos, construindo uma versão mais próxima da bússola que conhecemos

hoje. Diferentemente da bússola chinesa que apontava para o Sul, a bússola

de Flávio apontava para o Norte.

Figura 1- A magnetita. Uma rocha

descoberta na cidade de Magnésia na

Grécia antiga com poderes 'mágicos".

Figura 2- A Esquerda: a Bússola chinesa conhecida como Si Nan. A

base representa a Terra, a circunferência representa o céu, a concha

representava a constelação de Ursa Maior e o cabo apontava para o

Sul. A Direita: Bússola do século XVI utilizada nas grandes

navegações. Feita pela junção de uma agulha imantada e a rosa do

ventos. Ao contrário da bússola chinesa, esta bússola apontava para o

norte geográfico da Terra.

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Em 1600, o físico e médico inglês Willian

Gilbert publica o seu livro De Magnete,

Magneticisque Corporibus, et de Magno Magnete

Tellure ou Os ímãs, os corpos magnéticos e o

grande ímã Terrestre. As primeiras observações

mostram que um ferro quente e malhado gera

propriedades magnéticas. Gilbert também percebe

que se colocarmos uma agulha imantada

flutuando em um copo com água, a agulha irá se

inclinar e apontará para a Terra que segundo

Gilbert a Terra teria uma “alma magnética”. Com

suas observações, Gilbert enunciou propriedades

fundamentais e foi o primeiro a propor que a Terra

era um grande ímã. Seu modelo foi batizado de

Terrella. Um experimento onde uma pequena

esfera magnetizada é usada para representar a

Terra, que 300 anos mais tarde foi desenvolvida

pelo norueguês Kristian Birkeland ao fazer

investigações sobre a aurora.

Em 1785, o físico francês

Charles-Augustin de Coulomb,

através das leis de atração e repulsão

de polos inversos, percebeu que cargas

elétricas em repouso possuíam

características comuns também aos

polos magnéticos.

As grandes mudanças do

magnetismo vieram em 1819, com o

professor dinamarquês Hans

Christian Oersted que conseguiu

provar experimentalmente relações

entre a eletricidade, particularmente

da corrente elétrica, e o magnetismo.

Anos mais tarde os cientistas

Joseph Henry e Michael Faraday, de

maneira independente, descobrem a

indução eletromagnética, efeito no

qual o magnetismo, por conta da

mudança de fluxo magnético é capaz

de gerar tensão elétrica e assim

corrente elétrica.

Com o surgimento das expressões matemáticas elaboradas pelo

britânico James Clerk Maxwell, as leis da eletricidade e do magnetismo foram

unificadas, passando o magnetismo a ser considerado uma manifestação de

cargas elétricas em movimento.

Figura 3- Livro De Magnete,

Magneticisque Corporibus, et de

Magno Magnete Tellure ou Os

ímãs, os corpos magnéticos e o

grande ímã Terrestre de William

Gilbert.

Você Sabia?

A Aurora Boreal é o resultado da colisão de partículas de vento solar com o campo magnético da Terra, fenômeno visto nos céus do norte do planeta Terra. A região mais comum onde mais ocorre a Aurora Boreal é na Laponia, com cerca de 200 dias por ano. Os asiáticos acreditam que pessoas que conseguem ver uma Aurora Boreal vivem felizes para sempre e têm mais fertilidade. Fonte: http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/aurora-boreal.html

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A partir de então, tornam-se possível a invenção de diversos

instrumentos como o motor elétrico, cartões magnéticos, geração de energia

através das usinas hidroelétricas, ondas eletromagnéticas de rádio e tv,

aparelhos celulares entre outros.

Propriedades Magnéticas

Agora vamos conhecer algumas das propriedades magnéticas

fundamentais vistas nos ímãs. A melhor maneira de conhecermos tais

propriedades é usando um ímã. Então pegue dois imãs e veja o que acontece

quando colocarmos um lado e depois o outro lado de um dos imãs. Consegue

sentir a atração e a repulsão desses imãs? Pois aí está a primeira propriedade

importante para o magnetismo. Polos opostos (extremidades de um imã)

atraem-se. Polos de mesmo sinal repelem-se.

No magnetismo existe a seguinte convenção: a parte positiva do ímã é

conhecida como Norte e o polo negativo como Sul.

Figura 4 - Atração e Repulsão dos ímãs. Polos iguais se repelem; polos contrários se atraem.

Pergunta

Como vamos saber qual é o polo Norte e Sul de um ímã? Pense numa maneira,

descreva abaixo, e coloque de canetinha os Símbolos “N” para Norte e “S” para

Sul nos ímãs que você está trabalhando.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

A segunda propriedade também é muito simples de analisar. Pegue um

ímã e divida-o ao meio. Você irá observar que não surgiu dois pedaços, um

sendo Norte e outro Sul. Na verdade o que surgem são dois novos ímãs. Se

continuar a dividir o ímã, novos imãs menores irão surgir. Isso nos remete a

seguinte ideia: Na natureza não existem monopolos magnéticos (até agora não

foram encontrados), ou seja, não existe na natureza um polo Norte ou Sul

Separados. Sempre encontraremos sistemas com dipolos (polos Norte e Sul)

os materiais magnéticos. Essa Propriedade é conhecida como

inseparabilidade magnética.

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Figura 5 - Propriedade da Inseparabilidade Magnética. Um ímã dividido formará sempre dois novos

ímãs.

Agora pensemos na Terra. Sabemos que a bússola sempre aponta

sempre para o polo Norte da Terra. O que isso significa? Se você pensou que

o motivo é que no polo Norte da Terra deve ser o polo Sul magnético da mesma,

você está certíssimo. Em consequência, o polo Sul da Terra é o polo Norte

magnético da mesma. Os polos da Terra chamaremos de geográficos para não

os confundir com seus polos magnéticos.

Simuladores

Nessa seção iremos mostrar os procedimentos de utilização de um simulado

disponível no site phet colorado denominado "laboratório de Faraday”. O

simulador contem 5 abas para serem trabalhadas que serão detalhadamente

mostrados procedimentos para o uso do simulador, além de questões para

gerar debates e recolher conceitos essenciais ao magnetismo. Por fim será

mostrado outros simuladores disponíveis para android.

Simulador: Laboratório de Faraday

Objetivo: Mostrar de forma investigativa os passos necessários para

entender os conceitos do eletromagnetismo estudado por Faraday.

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Figura 6- Tela do simulador "gerador" que será usado para observar fenômenos eletromagnéticos.

Primeira aba: Ímã em Barra

Procedimentos:

1) Abra a primeira aba intitulada ímã em barra. Movimente livremente a barra

do imã e observe a bússola. Repare que a bússola alinha-se de acordo com a

barra sempre com o polo oposto. Esse efeito também é reparado se

movimentarmos a bússola em relação a barra. Experimente.

2) Clique no botão “Inverter polaridade” e observe a bússola.

3) Afaste o imã para uma extremidade e deixe a bússola na extremidade oposta.

Observe as linhas de campo magnético (representada por pequenos ímãs ao

fundo do experimento).

4) Na barra de intensidade aumente a intensidade do campo e observe as linhas.

Modifique à vontade a intensidade do campo magnético e observe sempre as

linhas do campo magnético. Se preferir ande com o ímã para que sua

observação fique mais clara.

5) Ponha o ímã novamente na extremidade oposta e clique no quadrado “mostrar

medidor de campo” e arraste o alvo medidor do ímã até a bússola e observe os

valores. O quadrado “B” representa o campo magnético resultante. Os

quadrados “Bx” e “By”, representam o campo magnéticos nos eixos x e y. com

base nessa experimentação registre o que foi observado. Enuncie então a

segunda informação adquirida sobre o campo.

6) Vamos verificar se podemos visualizar o formato da interação entre as linhas

de campo. Para isso, coloque o ímã no centro, clique no quadrado “Ver dentro

do ímã” e desabilite os quadrados “Mostrar bússola” e “Mostrar medidor de

campo”. Observe agora as linhas saindo de um polo e indo em direção ao outro.

Clique em “inverter polaridade” e observe novamente.

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7) Finalizando as análises nesta aba, clique novamente no quadrado “Mostrar

medidor de campo” e arraste o alvo lentamente de um polo do ímã para o outro

extremo. Após faça o caminho inverso.

Pergunta: Reflita e responda: Existe uma relação entre a distância e as linhas

do campo magnético? Caso exista justifique sua resposta.

Segunda Aba: Solenoide

Procedimentos:

1) Arraste a lâmpada acoplada ao solenoide para o centro e no quadro

“Solenoide”, no quadrado “espiras” coloque apenas uma espira. Passe

lentamente sem parar o ímã de um lado a outro da tela.

2) Repita mesma operação modificando o quadrado “espiras” para duas e três

espiras.

3) Mantenha agora o ímã no centro e arraste a lâmpada com o solenoide de uma

extremidade a outra.

4) Volte a colocar o solenoide no centro. Mantendo qualquer quantidade de

espiras. Passe o ímã de um lado a outro da tela sempre parando por poucos

segundos e observe a lâmpada. Repita os mesmos procedimentos anteriores,

porém aumente a velocidade em que arrasta o ímã.

5) Varie a intensidade do campo magnético na régua de intensidade ou digite no

quadrado alguns valores. Repita os passos anteriores.

6) No quadro solenoide, modifique o indicador para o voltímetro, repita os passos

já mencionados e observe a movimentação do ponteiro do voltímetro.

7) Em seguida clique em “Inverter polaridade” e refaça os passos anteriores.

Registre o que foi observado.

Pergunta: O que é necessário para o surgimento de uma corrente elétrica em um

solenoide?

Pergunta: Indique os fatores que podem aumentar a intensidade da corrente induzida.

Terceira Aba: Eletroímã

Procedimentos:

1) Arraste o solenoide com a pilha de um lado para outro ou a bússola e observe

a movimentação da agulha da bússola.

2) Coloque o eletroímã numa extremidade e a bússola na extremidade oposta.

No quadrado “espiras” modifique as espiras, começando por uma, até chegar

ao valor máximo de quatro. Em seguida, clique no quadro “Mostrar medidor

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de campo”, arraste o alvo do eletroímã para a bússola sempre variando a

quantidade de espiras.

3) Coloque o alvo do medidor no centro das espiras. Varie a quantidade de

espiras e verifique o valor do campo magnético resultante. Se prestar

bastante atenção, existe um botão dentro da pilha.

Figura 7- Simulador aba do eletroímã. Observe o botão na pilha para variar a voltagem.

4) Modifique os valores de voltagem da pilha mantendo o medidor de campo fixo

no solenoide. Clique no botão “Reiniciar tudo?”. Na parte superior troque a

fonte DC para a fonte AC. Fonte DC significa que a corrente possui um valor

constante. Fonte AC significa que a corrente varia seus valores de máximo

passando pelo zero, até o mínimo, retornando ao seu ciclo. Duas grandezas

são importantes para uma fonte AC, a sua intensidade e a frequência em que

a corrente irá alternar o seu valor.

5) Após modificar a fonte de corrente, aperte o botão “play” e observe o que

acontece com as linhas de indução e a bússola.

6) Aperte o botão “pause” e em seguida aperte o botão a direita de passo a passo

e analise o fenômeno. No eixo “x” do gráfico de corrente alternada encontra-

se um botão para variar a frequência da corrente. Varie a frequência,

mantendo a intensidade fixa. Afaste a fonte AC da bússola colocando-o na

extremidade oposta. Mantenha o valor de frequência próxima da metade e

fixe-a neste valor.

7) Varie a intensidade de corrente e observe o que modificou. Fique variando os

valores de frequência.

Pergunta: Existem semelhanças neste experimento com o eletroímã e o

experimento com ímã em barra? Demonstre os fatores que apontam a sua

resposta.

Pergunta: Explique qual é a relação entre a frequência e a intensidade da

corrente no surgimento de corrente induzida.

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Quarta Aba: Transformador

Perceba que na quarta aba iremos repetir o experimento da segunda aba. Na

verdade a quarta aba mostra a união do que foi aprendido na segunda e

terceira abas. Se preferir faça os testes já descritos nas abas anteriores para

constatar os mesmos resultados.

Procedimentos:

Vamos trabalhar com um novo conceito que pode ser observado aqui.

1) Troque a fonte de corrente para AC e varie a frequência e a intensidade de

corrente.

2) Coloque intensidades pequena, média e máxima para a corrente elétrica,

mantendo estas intensidades invariáveis e varie a frequência da fonte.

3) Mantenha a frequências invariáveis em valores de pequena, média e máxima

frequência e varie a intensidade da corrente da fonte.

Quinta Aba: Gerador

Na última aba teremos uma aplicação prática de tudo que foi analisado até

agora.

Procedimentos:

1) Clique no quadrado “Mostrar campo”. Abra a torneira variando o botão que consta dentro

do desenho. Varie a quantidade de espiras e o fluxo de água. Nesta aba poderemos

enxergar melhor uma grandeza presente nos outros experimentos, porém pouco

perceptível sua influência.

2) Clique no botão “Reiniciar tudo?”, coloque um valor intermediário de fluxo de água. As

rotações por minuto mostrada no centro da roda irão mostrar valores mais intermediários.

No quadro “solenoide” troque o indicador pelo de tensão e no quadro “ímã em barra”

deixe um valor de médio a pequeno de “intensidade”.

3) Aperte o botão “play” e modifique a área da espira, numa chave mais abaixo da

simulação. Se preferir utilize o botão de passo a passo para melhor observar.

4) Para finalizar, clique no botão “Reiniciar tudo?”. Sem ligar na torneira, varie o botão de

“intensidade” da esquerda para a direita, faça essa ação cada vez mais rapidamente.

Simulador: A regra da Mão direita

Objetivo: Mostrar a aplicação da regra da mão direita em um condutor reto.

Este simulador está disponível no applet ‘física na escola”, disponível para Android.

O uso é destacado apenas para Android por ser uma ferramenta facilmente inserida

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no computador, logo podendo ser reproduzida em projetores. O método de

transferência está disponível no anexo III.

Procedimentos:

1) Abra o applet, na parte número X, aperte o botão play em verde para abrir a

simulação. Aparecerá a seguinte tela:

Figura 8- Visão inicial do simulador da regra da mão direita.

2) No botão localizado na parte inferior a esquerda, inverta o sentido da corrente

elétrica. A mão será modificada mostrado que o polegar indica o sentido da

corrente elétrica. Perceba que a unhas da mão estão pintadas. Vermelha para

a corrente elétrica e azul para as linhas do campo magnético.

Figura 9- Visão do applet. Mostrando a mudança do sentido da corrente elétrica.

3) Movimente a manivela localizada no centro do applet para verificar a

orientação das linhas de campo magnético através da bússola.

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4) Com base nisso, enuncie a regra da mão direita: “seu polegar representa o

sentido do campo e o giro dos seus demais dedos representam a distribuição

das linhas do campo magnético”.

5) Varie as imagens vistas no applet clicando no botão azul no canto superior

esquerdo. Com as demais imagens, reforce a regra da mão direita.

6) Na Seção experimentos deste trabalho, peça para os alunos mostrarem a

regra da mão direita para o solenoide.

Experiências

Nesta parte do trabalho veremos experimentos reais e procedimentos de como

adquirir materiais para os experimentos além de procedimentos para

aproveitar ao máximo a experiência.

Experiência: Imãs com Bússola

Objetivo: Mostrar a interação do imãs com a bússola dispondo as bússolas e

imãs em posições e formas diferentes.

Materiais Necessários: Imãs e bússolas.

No experimento relacionado foram utilizados 4 ímãs em barra de duas cores

vermelho e azul e 4 bússolas. Cuidado ao armazenar as bússolas e o ímãs, se

deixá-los próximos, a agulha magnética da bússola irá magnetizar a partir

das linhas dos campos dos imãs próximos, perdendo a real direção e deixando

o experimento com resultados errados, sendo necessária a troca das bússolas.

O ideal é guardar as bússolas em outro local longe dos ímãs e de aparelhos

elétricos.

A aquisição dos ímãs são importantes pois estes irão acompanhar em vários

outros experimentos diminuindo os custos para os próximos. Os ímãs foram

adquiridos pela internet através do site “imashop”, por não ter encontrado em

minha região.

Procedimentos:

1) Ponha um dos imãs no centro e bússolas ao redor do ímã em forma de cruz.

Veja para onde as agulhas apontam.

2) Gire o ímã de modo que a polaridade inverta. Observe o comportamento das

agulhas.

3) Tente fazer um esboço de como seriam as linhas do campo magnético a partir

das observações do itens “1” e “2”.

4) Com os imãs, forme figuras diferentes como triângulo, quadrado, cruz e

observe percorra com as bússolas ao redor para tentar visualizar o resultado

da unificação das linhas do campo magnético.

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Como Fazer Limalha de Ferro em pó

Figura 10 – Como fazer limalha de ferro em pó. Fonte:

http://www.abq.org.br/cbq/2013/trabalhos/13/1836-13631.html. Acessado em 05/12/2016 às

16h04.

Materiais Necessários: Uma bacia de preferência velha; palha de aço; isqueiro;

luvas.

Procedimentos:

1) Coloque a palha de aço na bacia e abra o rolos de palha de aço para que possa

queimar mais facilmente. Procure usar luvas para não machucar os dedos.

2) Com o isqueiro, queime a palha de aço. Precisará queimar várias vezes para

que se tenha o melhor resultado, mesmo que palha esteja escura. Procure

fazer este processo em um local aberto pois o cheiro é forte e desagradável.

3) Esfregue a palha de aço para deixar cair o pó na bacia. Separe os pedaços

grandes e tente esfregar e queimar novamente para que caia mais pó.

4) Existe um outra maneira de adquirir a limalha de ferro usando uma Lima

chata para lixar metais e pregos. O processo é apenas ir lixando os pregos

para liberar o pó de limalha de ferro. A depender da lima podemos ter o

mesmo resultado, porém mais trabalhoso.

Experiência: Visualizando Linhas do Campo Magnético

Figura 7- Linhas do campo Magnético. Linhas de campo formadas por um ímã colocado em cima de

um recipiente transparente com limalha de ferro.

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Objetivo: Observar o comportamento das linhas do campo magnético em diferentes

arranjos e prever seu comportamento em arranjos não vistos.

Materiais Necessários: Dois Imãs; Limalha de ferro em pó; Recipiente para

analisar as linhas; Saleiro; Palitos de picolé.

Em testes foram utilizados como recipiente uma folha de papel tipo cartão dobrado

ao meio e palitos de picolé, que serviram como bases de sustentação do papel. Outra

sugestão seja utilizar qualquer recipiente disponível que possua bordas e não seja

funda, como tampas de potes de sorvete. Utilize um saco plástico em volta do imã

para puxar a limalha de ferro após o experimento e devolver ao recipiente onde está

guardado.

Procedimentos:

1) Com o ímã em baixo do recipiente, coloque gradativamente a limalha de ferro

com o auxílio do saleiro e observe a formação das linhas de campo magnético.

2) Coloque os dois ímãs com os polos Norte e Sul próximos. Para melhor

visualização coloque palitos de picolé entre os imãs e evitar a atração dos

mesmos. Observe como foi organizada as linhas de indução.

3) Disponha os ímãs os dois polos Norte próximos e em seguida os dois polos Sul.

Utilize os palitos de picolé para deixar os ímãs alinhados e não deixá-los

escapar. Uma sugestão é aproveitar as próprias caixas dos ímãs e adicionar

pedras ou areia ou qualquer material que deixe a caixa mais pesada para

segurar os palitos. Observe as linhas do campo.

4) Se possível a cada visualização tire uma foto e discuta em sala sobre os

resultados obtidos.

Experiência: Globo Magnetizado

Figura 8- Experimento globo magnetizado. À esquerda bússola com sul magnético apontado para o

sul geográfico da Terra. À direita o norte magnético da bússola aponta para o norte geográfico.

Objetivo: Levar o aluno a deduzir como seriam as linhas de campo magnético

terrestre.

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Materiais Necessários: Imã em barra; Imãs de Neodímio de 5 mm; Globo

Terrestre; Duas bússolas.

A quantidade de imãs que serão utilizados depende do diâmetro do globo.

Normalmente os globos possuem um furo onde está apoiada sua base ou podem ser

divididos em duas metades. No caso do globo utilizado como mostra a figura abaixo,

existe um furo no eixo da base. Com isso basta unir os ímãs formando uma barra

única e colocando de uma ponta a outra do globo com o Sul voltado para o polo Norte

do globo e por fim tapar a saída com fita isolante. Se o Globo for partido ao meio, uma

sugestão é prender um ímã em barra a um palito de picolé, posicionando seu polo Sul

para o polo Norte.

Figura 9-Globo terrestre pequeno com abertura no fundo de seu eixo. Nessa abertura colocamos os

ímãs e prendemos com fita isolante preta.

Procedimentos:

1) Com as duas bússolas, uma de frente para a outra, posicione um imã entre

elas e observe seu comportamento. Nesta etapa vale a pena lembrar o

princípio de atração e repulsão proposto por Coulomb para corpos magnéticos.

2) Inverta a polaridade do ímã e observe o resultado com a bússola.

3) Aproxime a bússola no polo Norte da Terra e observe o resultado da bússola.

Em seguida aproxime junto ao polo sul da Terra e observe o resultado da

bússola.

4) Peça para que os alunos expliquem como deve estar orientado o campo

magnético terrestre em relação ao espaço geográfico.

Como Construir um Solenoide

Materiais Necessários: Fio de cobre esmaltado; Objeto cilíndrico no diâmetro

desejado; fita adesiva.

Fios de cobre podem ser facilmente adquiridos em aparelhos eletrônicos antigos como

liquidificadores, ventiladores entre outros. Apenas considere a espessura do fio pois

a resistência pode crescer muito a depender do tamanho da espira necessitando a

utilização de uma voltagem mais baixa ou ainda fita de vedação para canos conhecida

popularmente como “fita veda rosca”. A fita de vedação consegue resistir bem ao

calor. Caso não possua um cilindro adequado para confecção, utilize papelão no

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diâmetro desejado, dê algumas voltas para que fique mais rígido e prenda tudo com

fira adesiva. Existem casas de eletrônica ou casas especializadas na venda de fios de

cobre padrão AWG. No Anexo II está uma tabela para ter referência de qual fio

utilizar.

Procedimentos

1) Pegue um pedaço de fio de cobre esmaltado e deixe-o apontado para fora. Este

será uma das ligações da espira.

2) Determine a quantidade de espiras você deseja construir. A partir daí, dê

voltas sempre apertando o fio e deixando-os o mais junto possível. Se precisar

use fita adesiva para prender as pontas e não perder a amarração.

3) Após feita todas as voltas, retire com cuidado para não desfazer as espiras do

cilindro.

4) Passe fita nas laterais das espiras a fim de uni-las.

5) Caso precise fazer uma quantidade em que o cilindro não comporte, faça

espiras em blocos, de forma que existem várias espiras em um único fio.

Importante sempre deixar um espaço entre um espira e outra para fazer a

confecção das outras espiras. Este processo é mais simples e evita a de espiras

uma em cima da outra que são mais complexas a serem feitas.

6) Para sintetizar o item “5” vamos tomar como exemplo a confecção de uma

espira de 300 voltas. Podemos fazer construindo 10 espiras com 30 voltas

cada, unidas pelo mesmo fio.

Experiência: Solenoide

Figura 10- Experimento eletroímã. A movimentação de um ímã faz surgir uma tensão contínua no

solenoide. Solenoide de 212 espiras.

Objetivo: Mostrar que a movimentação de um ímã gera corrente elétrica e tensão

elétrica.

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Material Necessário: Solenoide; multímetro; ímã; isopor; duas conexões para pilha

9 volts; abraçadeira; Dois plugues banana vermelho e preto; dois pedaços de fio de

cobre de 2,5 mm com capa nas cores vermelho e preto; palito de churrasco.

Procedimentos:

1) Para montagem, escolha um tamanho para ser a base do isopor. A base

utilizada foi de 23 x 15,5 cm. Para a aparência ficar melhor forre o isopor com

papel. O papel utilizado foi o couchê pois aceita tinta óleo em spray.

2) Posicione o solenoide na posição desejada. Com o palito de churrasco, faça

furos nos lados do solenoide para que possa passar os fios de cobre do

solenoide por baixo. Prenda os fios em baixo com fita adesiva.

3) Faça furos na frente e no fundo do solenoide para aplicar as abraçadeiras.

Caso o solenoide seja grande ou pesado, faça mais furos para acomodar mais

abraçadeiras.

4) Uma os fios do solenoide com os polos da conexão da pilha 9 Volts. De

preferência solde os fios da conexão como solenoide ou se preferir utilize fita

adesiva.

5) Prenda os fios em baixo do isopor utilizando fita adesiva ou cola quente.

Prenda o conector na lateral do isopor com fita adesiva ou cola quente.

Figura 11- Encaixando a conexão para pilha de 9 volts ao solenoide na lateral da base e

prendendo com fita dupla face.

6) Solde dois pedaços dos fios vermelho e preto com os plugues banana. Na outra

ponta, una os fios a segunda conexão da pilha de 9 Volts. Solde os fios para

melhor fixação e condução.

7) Encaixe as conexões e ligue os plugues bananas no multímetro. Ajuste o

multímetro para tensão contínua, no caso do experimento de referência foi

utilizada a escala de 200 mV.

8) Movimente o ímã por dentro do solenoide e observe o multímetro.

9) Deixe o ímã parado dentro do solenoide e observe o multímetro. Discuta com

o grupo possíveis explicações das observações feitas.

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Experiência: Eletroímã

Figura 12- Solenoide formado por 30 espiras preso em uma base de isopor coberta com papel couchê

pintado de preto.

Objetivo: Mostrar resultado semelhante ao da experiência realizada por Oersted

com o surgimento de campos magnéticos na passagem de corrente elétrica.

Materiais Necessários: Fio de cobre esmaltado; pilha de 9 Volts; conector para

pilha de 9 Volts; isopor; abraçadeira de Nylon; bússola; palito de churrasco; Fita

Adesiva ou cola quente;

Procedimentos:

1) Se você já Construiu o experimento solenoide, a base de construção é a

mesma. Caso não tenha construído, retorne ao Experimento Solenoide e veja

sua construção até o item “5”.

2) Encaixe a pilha de 9 Volts e aproxime a bússola no solenoide. Com o auxílio

da bússola tente mostrar as linhas de campo magnético que surgiram no

eletroímã.

3) Coloque o ímã em frente ao eletroímã e desencaixe a pilha de 9 Volts e

aproxime seu polos de maneira a inverter os polos da pilha. Observe o que

acontece com a bússola.

Como Calcular o Campo Magnético Produzido pelo Eletroímã?

Objetivo: Calcular o campo magnético gerado pelo solenoide em um

eletroímã.

Este método de cálculo é resultado aproximado do valor do campo magnético

gerado pelos solenoides. Os valores das resistências são extraídos na tabela

AWG localizada no anexo II.

Sabemos que um fio esmaltado com inúmeras voltas acaba se tornando um

resistor muito forte devido basicamente a sua espessura e o comprimento total

do fio. Para este caso, o resistor é ôhmico, logo obedece a lei de Ohm. Com os

valores da tabela e a lei de ohm, é possível achar a corrente elétrica recebida.

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Utilizando a lei de Biot-Savart para o solenoide, além de saber a quantidade

de voltas dadas no fio, é possível determinar seu campo.

Materiais Utilizados: Paquímetro

Procedimentos:

1) Determine o diâmetro do solenoide com o auxílio do paquímetro. Com o

diâmetro e sabendo a quantidade de voltas dadas, podemos determinar a

comprimento total do fio a partir da expressão

𝐿 = 𝑁 ∙ 𝜋 ∙ 𝐷 (I)

Onde “L” é o comprimento do fio; “N” é o número de voltas dadas e “D”

é o diâmetro do solenoide. 2) Consulte a tabela descrita no Anexo III. Observe que a resistência está

descrita a cada quilômetro, ou seja, a cada 1000 m. Para saber a resistência

basta calcular o comprimento encontrado na expressão “I” em metros,

multiplicar pela resistência descrita na tabela e dividir por 1000. Esta

expressão é um resultado da regra de três e vamos definir como:

𝑅 =𝐿∙𝑟

1000 (II)

Onde “R” é a resistência do solenoide; “r” é a resistência encontrada na tabela

AWG.

3) Possuindo a resistência, vamos determinar a corrente elétrica pela lei de ohm.

Se ajustarmos a lei de ohm para obtermos a corrente, teremos a seguinte

expressão:

𝑖 =𝑈

𝑅 (III)

Onde “i” é a corrente elétrica em ampere; “U” é a tensão elétrica em volts e

“R” é a resistência elétrica em ohms.

4) Calculada a corrente, finalizamos os cálculos com a lei de Biot-Savart para

solenoide, definida como:

= 𝑁 ∙ 𝜇0 ∙𝑖

𝐿 (IV)

Onde “B” é o campo magnético em Tesla; “𝜇0” é a permeabilidade

magnética no vácuo cujo valor é 4𝜋 ∙ 10−7 𝑇∙𝑚

𝐴; “i” é a corrente elétrica

em ampere e “L” é o comprimento do fio calculado na expressão (I),

definido em metros.

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Experimento: Mini Gerador de Tesla

Objetivo: Mostrar o funcionamento das ondas eletromagnéticas e das

lâmpadas fluorescentes. Construir um gerador de corrente alternada.

Materiais Necessários: 8 a 10 cm de cano de PVC de 20 mm; fio de cobre

esmaltado AWG 26 a 28; resistor de 2,2 K ohms de 2 watts de potência; fio

encapado de 2,5 mm; transistor 2N2222; conexão de pilha de 9 Volts; pilha de

9 Volts; cola quente; fita isolante; fita adesiva; isopor; papel alumínio; bola de

isopor; lâmpada fluorescente; Pasta Térmica para computadores.

Neste experimento é preciso fazer muitas soldas para manter tudo

funcionando corretamente. Lembre-se de não utilizar solda demais para não

ter uma condutividade boa.

Procedimentos:

1) Enrole o fio de cobre esmaltado no cano PVC. Use a fita adesiva para prender

a ponta e deixe fio de sobra para fazer as conexões. Ao terminar de enrolar,

prenda o final com fita adesiva e deixe uma sobra no fio. Passe fita isolante

ao redor do fio nas extremidades para garantir que o fio não saia do lugar.

2) Passe cola quente na base do cano e cole na sua base de isopor.

3) Com a “barriga” do transistor para baixo, solde o resistor na ponta do meio do

transistor.

4) Remova o esmalte do fio de cobre e solde a ponta da bobina no resistor.

5) Abra as outras duas pernas do transistor fazendo um ângulo de 90º. Com o fio

encapado solte uma ponta na perna direita do transistor, dê duas voltas ao

redor da bobina e solde a outra ponta no outro lado do resistor.

6) Solde a parte positiva da conexão da pilha no resistor do mesmo lado qu está

soldado o fio encapado.

7) Solde o lado esquerdo do transistor no polo negativo da pilha.

8) Aplique cola quente em diversas posições dos fios para que fique apoio na base

de isopor.

9) Remova o verniz da outra ponta da bobina e passe solda afim de dar maior

condutividade nessa ponta.

10) Enrole papel alumínio na bola de isopor e cole com cola quente na base da

bobina. Use cola quente e fita adesiva para fixar a ponta da bobina na bola

com papel alumínio.

11) Passe pasta térmica ao redor da parte preta do transistor. Esse transistor irá

aquecer muito então é importante tomar bastante cuidado e não passar muita

pasta térmica. A pasta servirá para não queimar o transistor e diminuir o

aquecimento do mesmo.

12) Ligue a pilha e aproxime lâmpada fluorescente. Observe o fenômeno.

13) Explicando: Ao ligar o gerador são produzidas ondas eletromagnéticas que

excitam os elétrons do vapor de mercúrio a baixa pressão presente na

lâmpada fluorescente. Por ser de baixa pressão, os elétrons são “expelidos”

batendo nas paredes da lâmpada. Nessas paredes encontra-se um pó branco

feito de fósforo que absorve esses elétrons liberando luz.

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Experimento: Transformador

Figura 13- Experimento para gerar uma tensão alternada através do ritmo de ligar/desliga de um

interruptor. Colocando outro solenoide ao lado, podemos visualizar a geração de tensão contínua como

um transformador qualquer.

Objetivo: Mostrar o funcionamento de um transformador a partir de corrente

alternada ou criando uma oscilação manual.

Material Necessário: Dois solenoides, um com 300 espiras e outro com 30

espiras; isopor, duas conexões de pilha 9 volts; pilha de 9 volts; interruptor

para lâmpada; cola quente ou fita adesiva; abraçadeiras de nylon; multímetro

Procedimentos:

1) O processo utilizado na montagem é o mesmo para as experiências do

solenoide e do eletroímã, com a ressalva de prender os solenoides um de frente

ao outro, bem próximos. Pode-se aproveitar a experiência tanto do eletroímã

quando do solenoide para a montagem deste experimento.

2) Para o transformador utilizando corrente alternada, conecte uma ponta do

solenoide de 300 espiras no globo do gerador de Tesla e outra ponta na parte

negativa da pilha de 9 Volts. Se precisar use fita adesiva para prender os

polos.

3) Conecte o solenoide de 30 espiras no multímetro. Observe a geração de tensão

elétrica neste solenoide.

4) A partir deste item iremos gerar a tensão alternada manualmente. Em

primeiro lugar temos que confeccionar uma extensão com interruptor para

acoplarmos na base já construída.

5) Com o interruptor da lâmpada, conecte as duas conexões de pilha 9 volts, um

em cada lado. Note que ao encaixar uma conexão em outra, os polos se

invertem, tendo o polo negativo se encaixando com o polo positivo. Com a

inversão dos polos, dispositivos como transistores que são polarizados não

irão funcionar, além de inverter a passagem de corrente elétrica. Para

solucionar o problema, conecte o lado positivo com o lado negativo na

campainha, o que fará este lado virar o fase. Agora conecte o lado negativo ao

lado positivo interruptor para este se tornar o neutro.

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6) Em uma das conexões encaixe a pilha de 9 volts e no outro lado será encaixado

na conexão localizada na base do isopor.

7) Para criar uma tensão alternada e observar o transformador funcionando,

utilize um metrônomo para dar ritmo ao aperto da campainha e assim termos

uma frequência controlada. No experimento teste, foi utilizado um applet

para android chamado “Metronome Beats”. Configure o applet apertando em

“beats per bar” para duas batidas apenas. Assim no primeiro som devemos

apertar o interruptor e na segunda batida, devemos soltar.

8) Configure as “BPM” ou batidas por minuto na rolagem no centro do applet.

Como são batidas por minuto, devemos dividir por 60 para obtermos uma

frequência em hertz.

9) Da mesma forma que utilizada em tensão alternada, o conector criado deve ir

no solenoide de 300 espiras e o outro deve estar conectado a um multímetro.

Observe o resultado encontrado.

Experimento: Gerador de Energia Elétrica

Figura 14- Gerador de energia elétrica.

Objetivo: Mostrar o funcionamento básico das usinas geradoras de energia.

Materiais Necessários: Tampa de garrafa pet; colheres plásticas; barra rosqueada

3/16; três porcas 3/16; pasta de solda; ferro de solda; solda de estenho; ímã;

abraçadeiras; Secador de cabelos ou água corrente; canos PVC de 20 mm; isopor; cola

quente; solenoide; multímetro; serrinha; tesoura.

Procedimentos:

1) Faça cortes com a serrinha, procurando sempre ficar na mesma distância, na

lateral da tampa. Servirá como encaixe das colheres.

2) Corte no tamanho desejado as colheres e encaixe nos cortes da tampa. A

altura utilizada para as colheres foi de 1,5 cm. Ao cortar com a tesoura as

colheres, note que ela irá quebrar nas laterais, isso não é um problema pois

auxilia na remoção dessas laterais e ajuda a encaixa melhor na tampa.

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3) Procure alinhar todas as colheres antes de colar e verifique se existe alguma

sobra da colher que ficou próxima do centro, se existir remova a colher e corte

um pedaço. Passe cola quente ao redor e dê um ponto na parte de baixo.

Figura 15-Hélice feita de colheres de plástico e tampa de garrafa pet. Visão frontal e traseira da

hélice.

4) Com o Ferro de solda quente, faça um furo no centro da tampa para passar a

barra rosqueada.

5) Agora vamos montar a base. Com a base de isopor veja a melhor posição dos

canos, qual será a altura desejada para os canos e qual o tamanho da barra

que ficará encaixada.

6) Com o ferro de solda quente, faça furos nos canos de PVC de uma ponta a

outra. No cano da frente prefira fazer um buraco maior ou até mesmo um

corte em forma de “U” para não ter problemas ao alinhar a barra. Corte os

canos no tamanho desejado. No cano que ficará no fundo, faça mais dois furos

em sua base para passarmos abraçadeiras nelas.

7) Apoie o cano do fundo na base e fure o isopor dos dois lados para passarmos

as abraçadeiras. Prenda o cano.

Figura 16- Colocação das abraçadeiras no isopor e reforçando a fixação do cano com cola quente.

8) Passe cola quente nos dois canos. Encaixe a barra rosqueada no canos.

Encaixe uma rosca na parte de trás do cano do fundo.

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Figura 17- Fixação da barra de rosca na cano traseiro. Colocar solda na parte da frente do cano e

colocar uma porca na parte final do cano.

9) A frente do cano do fundo, passe pasta para solda e aplique uma solda de

modo que essa solda não permita a passagem do cano. Lembre-se de deixar

uma folga para a barra girar ou folgue mais a porca.

10) Na ponta onde ficará a hélice, coloque uma porca para limitar onde a hélice

ficará. Encaixe a hélice e coloque a segunda porca de maneira não sobre

nenhum pedaço da barra para o lado de fora. Se preciso, regule a porca de

trás da hélice para ter um melhor resultado.

11) Encaixe o ímã na porca. O ímã utilizado neste experimento foi um bloco de

neodímio de 30mm x 30 mm x 15mm de força aproximada de 34,5 Kg. Se

necessário aplique cola quente na borda da porca e prenda o ímã novamente.

Lembre-se que quanto mais forte for o ímã, maior será a tensão gerada.

12) Ligue o secador de cabelos para as pás da hélice e aproxime um solenoide com

suas pontas ligadas no multímetro. Observe no multímetro os resultados

obtidos.

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Anexo I

Conceitos Básicos Sobre a Eletricidade

Neste capítulo em especial, vamos introduzir conceitos iniciais e necessários

para se entender as leis e teorias a respeito do magnetismo. Tentarei estar

sempre conversando com você para que a leitura fique mais fácil e

compreensiva. Faça uma leitura antes da aula pois permitirá uma melhor

compreensão do assunto. E não esqueça de tirar suas dúvidas, ok? Vamos

começar!

Vamos Entender o que é Um Campo Elétrico

Vamos começar pela teoria de atração e repulsão

das cargas elétricas. Essa teoria você já está

careca de saber, mas vamos relembrar. Sabemos

que cargas elétricas com mesmo sinal de carga

naturalmente se repelem; cargas elétricas com

sinais contrários naturalmente irão se atrair.

Lembra da história os opostos se atraem? Taí a

origem. O mesmo ocorre entre ímãs. Brincando

com ímãs você já percebeu que mesmo a uma

certa distância um acaba percebendo a

existência do outro? Pois é eis que surge uma

força que puxa um outro ímã ou metal para um

ímã em sua mão. Essa percepção que ocorre em

ímãs e cargas elétricas faz surgir uma força

aplicada a distância.

No nosso dia a dia não é comum visualizarmos

uma força sendo gerada em outro corpo a

distância, gerando uma movimentação do corpo.

Sempre que queremos pegar um celular temos que entrar em contato para

que possamos aplicar a força de trazer o celular conosco. Mas a força não surge

do nada, alguém tem que criar uma força para que objetos possam se mover.

Esse criador de força a distância damos ao nome de campo elétrico.

Para um campo elétrico, com

mudança da distância, do sentido e de sua direção o campo elétrico modifica

as características.

Figura 18- A atração é muito

comum em nossas vidas como

o caso de relacionamentos

amorosos. Quando um

percebeu o outro? Imagem

retirada do site

http://my.fakingnews.firstpo

st.com/india/god-introduces-

law-of-attraction-to-help-

people-in-love-5924 no dia

02/05/2017 às 9h19.

Figura 19-A força elétrica gerada entre corpos de mesma carga e de cargas opostas. Essa força surge

com a presença de um campo elétrico. Imagem retirada do site http://www.eletronpi.com.br/ce-020-

campo-eletrico.aspx em 02/05/2017 às 9h12.

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Vamos resumir? Campo elétrico é um campo vetorial, gerado por uma carga

elétrica fazendo surgir uma força do tipo elétrica, a distância, atuando em

outras cargas elétricas chamadas cargas de prova.

Agora você pode pensar... uma carga elétrica que gera um campo elétrico, pode

gerar força em si própria? A resposta é não. Uma força para promover uma

movimentação deve ser aplicada em outro corpo, ou você já conseguiu joga-se

para cima pegando pelo cinto e se auto arremessando?

Matematicamente podemos definir campo elétrico como:

EqF

q

FE

Onde a unidade do campo elétrico no sistema internacional é Newtons por

Coulomb (N/C).

Figura 20- Linhas do campo elétrico mostram as regiões onde o campo elétrico atua. Onde existe maior

concentração de linhas, o campo elétrico é maior. Imagem retirada do site

http://ensinoadistancia.pro.br/ead/Eletromagnetismo/LinhasDeForca/LinhasDeForca.html em

02/05/2017 às 23h05.

Por conta das propriedades vetoriais desta equação, se a carga for positiva, o

campo tem o mesmo sentido que a força aplicada. Porém se a carga for

negativa, o campo terá sentido contrário a força aplicada.

(Campo elétrico = força por unidade de carga)

A força elétrica sobre um corpo carregado é exercida pelo campo elétrico

produzido por outros corpos carregados.

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Figura 21-Campo elétrico vetorial. Se a carga de prova "q" for positiva, a força tem o mesmo sentido

que o campo. Se a carga "q" for negativa, a força tem sentido contrário ao campo.

Trabalho de uma Força Elétrica e Potencial elétrico

Já aconteceu com você, do carro em

que se encontra ficar atolado? Que

tristeza hein? A maneira mais

simples de resolver esse problema é o

uso da velha força bruta! Saiba que a

aplicação da(s) forças aplicadas no

carro promovendo um deslocamento

do veículo é o que chamamos na

Física de trabalho de uma força.

Agora pensemos nas nossas queridas

cargas elétricas. Sabemos que cargas elétricas são capazes de gerar campos

elétricos e que qualquer carga que esteja na região de atuação desse campo,

terá ação de uma força elétrica de atração ou repulsão de acordo com os sinais

das cargas. Muito bem! E se essa força ou conjunto de forças elétricas forem

responsáveis pela movimentação ou melhor pelo deslocamento dessas cargas?

Teremos um trabalho realizado nesta carga por uma força elétrica! Até aí tudo

tranquilo?

Vamos retornar ao exemplo do carro atolado. Para que possamos aplicar a

força no carro atolado precisamos ter energia não é isso? Para desempenhar

qualquer atividade temos que ter energia que extraímos na queima dos

alimentos. Assim para que se aplique uma força para promover o

deslocamento do um objeto, temos que ter energia, que para as cargas

elétricas denominamos energia potencial elétrica.

Energia potencial é definida como a energia armazenada ou acumulada. A

energia potencial está diretamente associada a posição, com o passar da

posição.

Então, a energia potencial elétrica promove um pontapé inicial para a

movimentação de cargas elétricas, mas se houver uma diferença de potenciais.

Mas o que é um potencial? Calma! Potencial nada mais é do que uma grandeza

que mostra a relação da energia potencial elétrica por unidade de carga.

Assim, cada região a depender da distância, possuirá cargas que apresentam

valores iguais de potencial elétrico. Essas regiões são conhecidas como

superfícies equipotenciais.

Figura 22- Trabalho realizado por um grupo de

amigos. A Soma vetorial de todas as forças (força

resultante) gera um deslocamento do carro.

Imagem adaptada e retirada do site

http://profantoniocarneiro.webnode.com.br/fis

ica/ em 02/05/2017 às 23h08.

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Figura 23- regiões onde o potencial é o mesmo denominamos superfícies equipotenciais. Potencial é a

energia potencial por valor de carga. Imagem retirada do site

http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2013/05/cursos-do-blog-eletricidade.html em

0205/2017 às 23h16.

Para você entender melhor vamos pensar no seguinte. Imagine que exista

dinheiro que você está administrando, para ser divido em seu grupo de

amigos. Os amigos mais próximos irão receber um valor maior; os mais

afastados um valor menor. Além do distanciamento que afeta o recebimento

de dinheiro, o dinheiro será definido pelo tempo de relacionamento com você.

Com base nessa ideia, podemos dizer que a energia potencial é o dinheiro a

ser divido no grupo de amigos (dinheiro acumulado naquela região). Quanto

mais afastado estão as cargas, menor será a energia potencial (quanto mais

afastado está seu amigo menor será o dinheiro recebido). O potencial seria o

valor correspondente ao valor do dinheiro dividido pelos anos de amizade

(para as cargas seria a energia potencial dividida pelo valor da carga). Assim

pessoas que estão no mesmo grupo de amigos e que possuem os mesmos anos

de amizade possuem o mesmo potencial. Então estas pessoas estão em

superfícies equipotenciais.

Figura 24- Imagem que resume a analogia entre os elementos da energia potencial e potencial elétrico.

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Corrente Elétrica

Corrente elétrica é a movimentação ordenada de cargas elétricas

(normalmente elétrons) de uma região para outra. Se essa corrente percorrer

uma trajetória fechada, teremos um circuito elétrico. No circuito elétrico estão

ligados vários dispositivos elétricos como aparelhos eletrônicos, como a rede

elétrica da sua casa. Para cada dispositivo eletrônico funcionar, os elétrons

devem percorrer uma trajetória em circuito dentro deste aparelho. E os

elétrons entram simplesmente no circuito de maneira ordenada? Não.

Devemos dar um “empurrãozinho” para que esses elétrons saiam do seu

caminho na rede elétrica e entrem em sua televisão, é através da tensão

elétrica ou mais conhecida como diferença de potenciais.

A tensão elétrica é capaz de levar a corrente elétrica para os dispositivos

elétricos. Então cada aparelho elétrico requer uma tensão. Isso faz com que

tenha que existir uma fonte de energia potencial para que cada aparelho

tenha a sua tensão e assim empurre uma corrente elétrica para fornecer

energia alimentar o dispositivo. Daí a função das pilhas e dos postes que

cedem energia para os dispositivos funcionarem.

Até tudo bem. Mas você pode ter se perguntado, como esses elétrons se

alinham e de onde surgem os elétrons da corrente elétrica? Bem os elétrons

já estão lá no metal. Sabemos que os metais possuem uma grande quantidade

de elétricos que vagam soltos sem rumo dentro do metal. A organização surge

quando os elétrons são mergulhados em um campo elétrico que cria uma força

elétrica, que nos leva a uma movimentação ordenada das cargas no sentido

da força.

Potência Elétrica

Potência é uma grandeza que nos diz quanto tempo levou para se realizar um

trabalho. Vamos ver o exemplo: ligue seu aparelho de som na tomada. Na

tomada temos convencionalmente uma tensão de 127 V que empurra os

elétrons em uma corrente elétrica transportando energia potencial elétrica

para dentro do som. O som por sua vez irá converter a energia potencial

elétrica em energia sonora. O tempo que levar o aparelho de som para realizar

essa conversão, teremos a potência do aparelho de som. Logicamente quanto

menos tempo para realizar essa conversão, maior será a potência do aparelho

de som.

Mas a potência possui uma importância fundamental para os dispositivos

elétricos. A potência elétrica está intimamente ligada a tensão e a corrente

elétrica. Se a potência da rede elétrica é baixa, cada vez que um aparelho

eletrônico estiver ligado na tomada, a corrente será cada vez menor para os

demais parelhos.

Isso vemos bem quando ligamos um chuveiro elétrico. Chuveiros elétricos

possuem uma alta potência pois precisam rapidamente converter energia

elétrica em calor para aquecer a água. Se você recordar dos seus estudos de

calor, sabemos que a água demora muito para aumentar sua temperatura,

logo precisamos de muitos elétrons que transmitam a energia elétrica para

gerar calor, logo é necessária uma corrente elétrica alta. Como a potência da

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casa é a mesma fornecida pela rede energética, a corrente elétrica que irá

aparecer nos demais aparelhos elétricos será menor. Daí vemos as lâmpadas

diminuírem o seu brilho, quando o chuveiro elétrico é ligado.

Tudo bem até aqui? Vejamos agora como representamos a potência elétrica

matematicamente

UiP

A potência é expressa em unidades denominada Watts (W).

Resistência Elétrica

Por fim vamos completar o nosso mini curso sobre eletricidade, a resistência

elétrica. Vamos a um exemplo prático para chegarmos a uma definição de

resistência elétrica.

Se uma amigo seu te oferecer um chocolate? Difícil de resistir a vontade de

comer aquele tablete de chocolate que gosta. Ou seja, comer um chocolate pra

você não é nenhum sacrifício então você tem baixa resistência a chocolate.

Agora vamos comer jiló? O gosto do jiló é muito amargo e não é muito bom

(apesar de existirem pessoas que adoram isso). Então para você não é

agradável comer o jiló, logo você possui uma alta resistência a ele.

Resistência elétrica é a dificuldade que uma corrente elétrica tem ao entrar

em um sistema. Essa dificuldade depende de vários fatores como, o

comprimento do fio, sua espessura, do tipo de material que a corrente elétrica

está passando, da temperatura, entre outros.

Figura 25- Este desenho mostra a relação entre tensão, corrente e resistência elétrica. A tensão empurra

os elétrons para o circuito, a corrente entra no sistema, porém em locais de maior resistência, a corrente

apresenta dificuldades em passar. Imagem disponível em

https://engineersforfuture.wordpress.com/2017/01/30/ohms- no dia 02/05/2017 às 9h10.

Lembra que a corrente elétrica transporta energia elétrica? Se existe uma

dificuldade de movimentar os elétrons no circuito, logo existirá uma perda de

energia por parte da corrente elétrica, e essa energia acaba se tornando calor.

Daí uma definição para um resistor como um dispositivo que transforma

energia elétrica em calor por conta deste dificultar a passagem da corrente

elétrica. Então você sacou o que existe num chuveiro elétrico? Isso, existem

resistores dentro do chuveiro.

A resistência elétrica possui seus pontos positivos e negativos. O uso de

resistores é importante, pois dificultando a passagem de corrente elétrica,

podemos controlar a amperagem que passa em certos componentes

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eletrônicos já que alguns são extremamente sensíveis. O ponto negativo é que

sempre iremos ter que considerar a resistência do circuito elétrico que

estamos trabalhando. Pois a depender do aparelho a corrente presente no

circuito pode não ser suficiente para alimentar o dispositivo gerando um alto

aquecimento e danificando o aparelho. Para que isso não ocorra, devemos

calcular a resistência elétrica.

Matematicamente a resistência elétrica é determinada pela lei de Ohm

iRU i

UR

Com a lei de Ohm sabemos que a resistência elétrica é a relação entre a tensão

elétrica disponível e a corrente elétrica que chega no circuito. Em homenagem

a lei de Ohm, a unidade da resistência elétrica é o Ohms (Ω).

Importante falar que existem sistemas elétricos que não obedecem a lei de

Ohm, estes são chamados de resistores não-ôhmicos.

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Anexo II

Tabela AWG

A tabela AWG, sigla inglesa para “American Wire Gauge” é um padrão de

normatização do tamanho das bitolas dos fios elétricos.

Abaixo está a numeração para o padrão AWG desde a numeração 11 a 35,

com sua espessura, amperagem máxima suportada e sua resistência

elétrica.

Padrão AWG

Numeração Diâmetro

(mm)

Máx.

Amperagem

(A)

Ohms/Km

11 2,30 12 4,07

12 2,05 9,5 5,13

13 1,83 7,5 6,49

14 1,63 6,0 8,17

15 1,45 4,8 10,3

16 1,29 3,7 12,9

17 1,15 3,2 16,34

18 1,024 2,5 20,73

19 0,912 2,0 26,15

20 0,812 1,6 32,69

21 0,723 1,2 41,46

22 0,644 0,92 51,5

23 0,573 0,73 56,4

24 0,511 0,58 85,0

25 0,455 0,46 106,2

26 0,405 0,37 130,7

27 0,361 0,29 170,0

28 0,321 0,23 212,5

29 0,286 0,18 265,6

30 0,255 0,15 333,3

31 0,226 0,11 425,0

32 0,203 0,09 531,2

33 0,18 0,072 669,3

34 0,16 0,057 845,8

35 0,142 0,045 1069,0

Fonte: http://www.tecnicenter.org/apostilhas-dicas-e-tutoriais-de-interesse/tabela-de-codigos-de-fios-esmaltados-

de-mm-para-awg/. Acessado em 22 de janeiro de 2017 às 10h45.

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Anexo III

Configurar Celular Android para Gerar Tela no

Computador

Este procedimento deve funcionar para a maioria dos celulares android. Com este

processo irá surgir uma nova opção para o seu celular denominada programador.

Não se preocupe com este procedimento pois é previsto pelos desenvolvedores do

sistema android para novos criadores de aplicativos possam testar seus programas

através de um computador, ou seja, não causará danos ao seu celular.

Materiais Necessários: Cabo usb para celular; Smartphone; Navegador Google

Chrome.

Procedimentos:

No computador:

1) Abra o Google Chrome e entre na opção “configurações”.

Figura 26- Visão do Google Chrome na opção configurações.

2) Clique na opção “extensões” e desça a tela até a opção “obter mais extensões”

3) Pesquise na barra localizada na parte superior esquerda da tela pela extensão

“vysor”. Clique para instalar a extensão.

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Figura 27- Tela do Chrome aplicativos para extensão vysor.

No celular:

4) Entre nas configurações do seu celular e desça até a opção “sobre o

dispositivo”.

5) Abrirá o status o telefone. Desça até a opção “número de versão”. Aperte esta

opção entre sete ou oito vezes. Irá sempre aparecer o número de tentativas

realizadas. Após esse processo, irá aparecer uma mensagem que foi habilitada

a opção do programador. Esta mensagem pode variar de acordo com a marca

do celular.

6) Volte para a tela de configurações e entre na opção “programador”. Desça a

tela até a opção “depuração” e habilite a “depuração usb”.

Figura 28- Visão do celular para configuração reprodução de tela.

7) Instale no seu celular através do “gloogleplay” o aplicativo do vysor.

8) Conecte o celular ao computador pelo cabo usb. Irá aparecer uma opção de

como deve acontecer este compartilhamento, na barra de rolagem superior.

Coloque a opção para “transferir fotos (php)”. Automaticamente o aplicativo

“vysor” irá abrir na tela do computador.

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Figura 29-Visão da tela pelo aplicativo "vysor" na tela do computador, reproduzindo tela do

celular. Aberto applet “Física na escola”.

9) Agora podemos utilizar tanto o celular para navegar ou até mesmo o mouse e

teclado do computador. Se fechar a janela do “vysor”, você precisará repetir o

passo “7”.

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Referências Bibliográficas

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(2009).

R. A. Serway e J. W. Jewett Jr., Princípios de Física, vol.

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BARRETO, Benigno. XAVIER, Cláudio. Física Aula por Aula vol. 3. Editora FTD,

2ª Edição, São Paulo, 2013.

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/magnetismo.htm, acessado em 20 de

novembro de 2016 às 20h.

http://www.coladaweb.com/fisica/fisica-geral/magnetismo, acessado em 20 de

novembro de 2016 às 20h.

https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Gilbert, acessado em 20 de novembro de

2016 às, 20h35.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Terrella, acessado em 20 de novembro de 2016, às

20h35.

http://www.mast.br/multimidia_instrumentos/bussola_historico.html, acessado

em 2 de novembro de 2016, às 21h12.

http://origemdascoisas.com/a-origem-da-bussola/, acessado em 21 de novembro

de 2016 às, 21h15.

http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-invencao-da-bussola-e-sua-

importancia-para-humanidade.html, acessado em 21 de novembro de 2016 às,

21h18.

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/linhas-campo.htm, acessado em 21

de novembro de 2106, às 21h41.

http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/campo_magnetico/linha_forca/,

acessado em 21 de novembro de 2016 às 21h43.