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RESPOSTA ORGÂNICA AO TRAUMA

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RESPOSTA ORGÂNICA AO

TRAUMA

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Resposta Orgânica ao Trauma

 Mecanismos homeostáticos destinados a manter a integridade cardiovascular, nutricional e hidro-eletrolítica do organismo.

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Resposta Orgânica ao Trauma

 É o vetor resultante de um estímulo que tem por finalidade assegurar o suprimento adequado de substrato nutricional para as necessidades metabólicas do organismo.

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Resposta Orgânica ao Trauma

Ativação endócrina básica Alterações metabólicas

ESTÍMULO

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Resposta Orgânica ao Trauma

 Depende:   Fatores individuais

  Intensidade do trauma

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Fatores Individuais

 Nicotina   Aumenta mobilização ácidos graxos   Aumenta excreção urinária catecolaminas   Aumenta níveis sangüíneos corticosteróides   Aumento transitório glicose, insulina e GH

 Álcool   Influencia metabólitos noradrenalina endógena

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Características Comuns no Trauma

 Velocidade de resposta (SNA)

 Magnitude e duração (Grau do trauma)

 Uniformidade direção e extensão

 Ausência de correlação com dieta pregressa

 Relação com co-morbidades

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Resposta Inflamatória

Eventos adaptativos utilizados pelo organismo para potencializar sua capacidade curativa

Insuficiente Exagerada

SIRS MODS

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Resposta Inflamatória Normal

Bifásica

Ebb Fluxo

Vasoconstricção periférica Hipotermia Direcionamento fluxo sangüíneo Diminuição consumo energia Retenção de sódio e água

Retorno proteínas, água e eletrólitos para a célula Aumento consumo energia Aumento consumo O2 Aumento produção CO2

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Fase Catabolismo

Depleção reserva glicose

Utilização músculo para neoglicogênese

Perda de 16% da proteína corporal

67% proveniente do músculo

Ácidos graxos livres são fonte adicional

Aumento necessidade circulação

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Aparelho Cardiovascular

Papel crítico no fornecimento de substrato e oxigênio aos tecidos

Assegura fluxo das áreas de mobilização de substrato para as áreas de utilização com

vasodilatação e aumento permeabilidade capilar

Taquicardia Aumento contratilidade

Aumento do DC Aumento do consumo de O2

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Aparelho Respiratório

Necessidade de aumentar oferta de O2

Necessidade de eliminar CO2

Aumento volume minuto

Taquipnéia

Broncodilatação

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Aparelho Urinário

Aumento fluxo sangüíneo renal

Aumento filtração glomerular

Aumento excreção renal

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Aparelho Digestivo

Fígado: Neoglicogênese Detoxificação compostos nitrogenados Síntese de uréia Elaboração de proteínas de fase aguda Limita atividade de enzimas proteolíticas

Intestino: Depleção de energia (fosfato) Perda da barreira epitelial Translocação bacteriana

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Manifestações Clínicas

Hipermetabolismo

Taquicardia Hipertermia Hiperglicemia Leucocitose Urina concentrada Edema interstício Redistribuição fluxo sangüíneo pulmonar

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Fase Anabolismo

Neovascularização

Diminuição da gliconeogênese

Reversão da vasodilatação

Retorno eletrólitos para a célula

Deficiência potássio, magnésio e fosfato

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Hipermetabolismo Persistente

Principais Causas

SIRS

SEPSE

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Infecção Localizada

Liberação endo e exotoxinas

Macrófagos

Liberação citocinas inflamatórias

Circulação

Lesão microvascular Falência orgânica múltipla Ativação via coagulação extrínseca

Atração neutrófilos sítio infecção

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Alterações de Substratos

 Aumento da glicemia  Aumento da insulina  Aumento ácidos graxos livres  Diminuição colesterol e fosfolípides  Diminuição aminoácidos (alanina)  Diminuição albumina  Triglicérides inalterados

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Atuação Hormonal

 Hormônios de vida média curta (catecolaminas, insulina e glucagon) tem maior influência na fase imediata.

 Hormônios de vida média mais longa tem maior influência nas alterações metabólicas globais.

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Alterações Hormonais

 Catecolaminas   Níveis séricos elevam com venóclise   No limite superior em cirurgias não complicadas   Fase recuperação eleva noradrenalina urinária   Elevação acentuada e imediata após trauma   Redução na reposição volêmica e correção AB   Dor manter noradrenalina elevada   Seu aumento influencia metabolismo (insulina)

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Alterações Hormonais

 ACTH   Elevam após estímulo (trauma)   Dependem integridade fibra nervosa sensitiva   Normalizam ente o 1o e o 5o dia   Elevação mais acentuada na perda volêmica

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Alterações Hormonais

 ADH   Aumentado antes da cirurgia (restrição hídrica)   Aumenta na incisão e na tração de vísceras   Aumento prevenido pelo bloqueio neural   Normaliza após 4 a 5 dias

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Alterações Hormonais

 GH   Elevam após o trauma   Depende da magnitude do trauma   Não são inibidos pela infusão de glicose   Não são inibidos pela infusão de corticóide

 Hormônios Tiroidianos   Eleva o PBI (3 dias)   Eleva tiroxina

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Alterações Hormonais  Cortisol

  Pode elevar no pré-operatório   Rápida e acentuada elevação no per-operatório   Pico em 4 a 12 horas   Elevação por mais de 6 a 14 dias = complicação   Relação direta com intensidade trauma   Maior aumento choque hipovolêmico e séptico   Cortisol inibe captação AA e síntese protéica

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Alterações Hormonais  Aldosterona

  Influenciada pelo K+, ACTH e S.R.A.   Elevação potássio eleva aldosterona   Angiotensina II estimula córtex adrenal   Aumenta reabsorção Na+ e H2O   Aumenta excreção K+, Mg2+ e NH3   Renina secretada queda PA e estímulo SNA   Aumento rápido após grandes cirurgias   Aldosterona urinária mantém elevada

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Alterações Hormonais

 Insulina   Diminuição sempre aumenta a atividade SNA   Catecolaminas potentes inibidores sec. insulina   Relacionada com gravidade e extensão trauma   Diminuição intensa após IAM e sepse gram (-)   Supressão pela noradrenalina revertida fentolamina   Concentração urinária da insulina elevada

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Alterações Hormonais  Insulina

  Diminuição atua mobilização nutrientes   Eleva glicose, ác. graxos e aminoácidos   Atua com catecolaminas, glucagon e cortisol   Mantém potencial ação membrana em repouso   Atua na bomba Na+ - K+ (sódio fora célula)   Despolarização persistente   Reversível com infusão insulina

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Alterações Hormonais  Glucagon

  Responde elevação adrenalina e atividade SNA   Diretamente relacionada gravidade trauma   Relacionada com a atividade simpática   Atividade glicogenolítica e gliconeogênica   Ação principal no fígado (síntese glicose)   Maior captação e conversão alanina - glicose   Atividade lipolítica com baixa insulina   Produção ác. graxos e glicerol - triglicérides   Aumento nitrogênio urinário

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Alterações Hormonais

 Testosterona   Diminui progressivamente   Níveis mais baixos na 1a semana   Normal na 4a semana   Diminuição excreção urinária de 17-KS   Mantém excreção baixa por 4 a 8 semanas   LH e FSH tem mesma resposta da testosterona

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Resposta orgânica X Anestesia

 Pré-anestésico menores níveis ACTH e cortisol  Morfina não altera secreção de GH e cortisol (doses

usuais)  Altas doses morfina inibem secreção ACTH, GH e

cortisol  Halotano estimula secreção ACTH e cortisol

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Resposta orgânica X Anestesia  Catecolaminas não variam com uso de tiopental,

protóxido e halotano  Halotano eleva a tiroxina  Tiopental e protóxido elevam o GH  Halotano diminui a testosterona por tempo

prolongado  Anestesia raquídica não leva a alterações nos níveis

de ACTH, cortisol, tiroxina, glicose e ácidos graxos livres. Diminui alt. metabólicas

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Uso Nutrientes

 Infusão doses altas só beneficia grupo de pacientes muito específicos

 Substrato nos primeiros dias após trauma são mal tolerados (hiperosmolaridade)

 Fase balanço negativo infusão substrato exógeno é benéfico