Resumo Completo PSO2

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  • 7/25/2019 Resumo Completo PSO2

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    PPSSIICCOOLLOOGGIIAASSOOCCIIAALLEEDDAASS

    Organizaes

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    RESUMO DA MATRIA

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    CLIMA ORGANIZACIONAL

    Objecto de Estudo: o impacto que os sistemas organizacionais tinham nos

    grupos e nos indivduos.

    Coloca grande nfasenas percepes que os membros da organizao tm das

    prticas organizacionais e dos procedimentos observveis (que esto mais

    prximos da superfcie organizacional).

    A abordagem do clima apresenta ento os ambientes organizacionaiscomo:

    Relativamente estticos.

    Descritos atravs de dimenses fixas e generalizveis.

    Assim, temos que o clima :

    Temporrio.

    Sujeito a controlo directo.

    Diz respeito ao modo como as pessoas percepcionam o que se passa na

    organizao (aspectos do ambiente conscientemente percebidos).

    Desde a sua origem, o conceito de clima tem tido significaes muito

    diversas, com as definies a obedecerem a muitos critrios. Muitos autores falam

    assim de percepes, descries, representaes, comportamentos, atitudes,sentimentos, etc (tudo em termos de caractersticas/atributos da organizao).

    Alguns autores consideram que o clima observvel nos vrios nveis de

    anlise. Uns referem-se (a) a fenmenos individuais, outros (b) a fenmenos grupais

    e ainda outros (c) a temas organizacionais.

    A definio e a operacionalizao do seu conceitovaria em funo:

    Dos instrumentos de medio utilizados e dos tipos de medies feitas, as

    quais podem referir-se (a) medio da percepo dos atributos individuais,

    (b) medio da percepo dos atributos organizacionais e/ou (c) medio

    dos atributos organizacionais combinando medidas perceptivas com medidas

    mais objectivas.

    Dos objectivos dos estudos.

    Dos resultados obtidos.

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    CLIMA CONCEPTUALIZAO:

    (1) Segundo alguns autores, o clima uma realidade organizacional ( um

    atributo organizacional) que:

    Existe independentemente das percepes dos membros da organizao. Pode ser criada por manipulao das condies organizacionais.

    Em que as diferenas do clima entre as sub-unidades organizacionais

    so menores do que as diferenas do clima inter-organizacional.

    (2) Segundo outros autores, o clima pode ser percebido enquanto estrutura

    perceptual e cognitiva, organizadora da realidade.

    Os estudiosos do clima comearam ento a centrar a sua ateno na formaode climas organizacionais. Foram desse modo apresentados como aspectos do

    clima:

    i. O clima organizacional (conjunto objectivo e estrutural das condies

    socialmente construdas).

    ii. O clima de grupo ou dos subsistemas (conjunto de condies scio-

    psicolgicas).

    iii.

    O clima psicolgico ou individual (experincia do ambienteorganizacional percepcionada pelos membros da organizao).

    Como elementos comuns nas diferentes definies do climatemos:

    O clima tem qualidades estveis no tempo.

    Essas qualidades podem ser medidas.

    Essas qualidades influenciam o comportamento dos indivduos numa

    organizao.

    CLIMA CONTROVRSIAS:

    (1) A maior controvrsia existente na literatura sobre clima est comummente

    centrada na distino conceptual e operacional entre os diferentes nveis do

    clima (psicolgico, grupal e organizacional).

    (2) Outra controvrsia surge na especificao das dimenses apropriadas para

    descrever o clima organizacional e/ou psicolgico.

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    CULTURA ORGANIZACIONAL

    A metfora da cultura pe o foco nos aspectos simblicos da vida

    organizacional e na maneira como a linguagem, os rituais, as histrias, os mitos, etc.,

    criam redes de sentido subjectivo que so cruciais para compreender como que as

    realidades organizacionais so criadas e mantidas (referncia aos processos de

    socializao enquanto meios de transmisso da cultura organizacional).

    Segundo Schein(1985), a cultura um padro de princpios bsicos, crenas,

    valores, pressupostos, etc., partilhado, que o grupo aprendeu medida que a

    resolvendo os seus problemas de adaptao externa e de integrao interna, que

    funcionou suficientemente bem para ser considerado vlido e, portanto, passvel de

    ser ensinado aos novos membros do grupo como sendo a maneira correcta de

    percepcionar, pensar e sentir esses mesmos problemas.

    No fundo, a cultura um conjunto de crenas e hipteses fundamentais,

    partilhadas pelos membros de uma organizao, as quais operam de uma maneira

    inconsciente.

    Como principais aspectos de uma cultura temos que tais crenas e hipteses:

    Permitiram resolver problemas e ainda os resolvem.

    Incluem e/ou estabelecem modelos, normas de conduta, estilos de vida, a

    soluo de problemas.

    Manifestam-se de maneira explcita ou implcita.

    Transmitem-se atravs de smbolos.

    So partilhadas por todo ou parte de um grupo.

    A cultura organizacional resolve problemas relativos a:

    I. Sobrevivncia e adaptao ao ambiente externo (desenvolver consensos sobre

    objectivos, estratgia, meios para atingir os objectivos, critrios para medir a

    performance, correco dos desvios).

    II.

    Integrao dos processos internos (desenvolver consensos sobre linguagem,poder e estatuto, recompensas e punies, valor).

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    Nveis da cultura organizacional e sua interaco(Schein):

    1. Artefactos e criaes (tecnologia, arte, padres comportamentais, etc., que

    sejam visveis e audveis) visvel, mas muitas vezes no decifrvel.

    2. Valores menor nvel de conscincia que o 1 nvel.

    3. Pressupostos bsicos ((a) relao com o meio proactividade, submisso,

    harmonizao; (b) natureza da realidade como se validam as decises,

    autoridade/via analtica; (c) natureza da natureza humana teoria X ou teoria

    Y; (d) natureza da actividade humana proactiva, reactiva, fatalista; (e)

    natureza das relaes humanas hierrquicas, colaterais, individualistas)

    tido por garantido, invisvel, pr-consciente.

    Nota: a ordem dos nveis aleatria e a sua relao pressupe um processo

    interdinmico de influncia e relacionamento nos dois sentidos.

    Hofstede (1991), prope um modelo cognitivo relacionado com uma

    programao colectiva da mente, traduzida na partilha de significados num grupo,

    sendo que cada pessoa possui um programa mental que a cultura. As formas de

    expresso desta ltima so os smbolos, os heris, os ritos, os valores, etc. O modelo

    assim pensado denomina-se modelo de camadas sobrepostas, sucedendo que

    smbolos, heris, rituais e valores, enquanto manifestaes de cultura, se encontram

    dispostos concentricamente, por esta mesma ordem, das acessveis e com

    caractersticas objectivas para as de difcil acesso, do nvel do inconsciente (do

    superficial para o profundo).

    Sinais:

    Para o exterior (atendimento telefnico; acolhimento de visitas, comunicaoexterna; acolhimento dos fornecedores, clientes e candidatos a empregos;

    estilo de secretariado e do pessoal em contacto com o exterior).

    Comportamentos (linguagem; vesturio; padro de consumo aparente dos

    quadros; tipos de relacionamento no que toca a tratamento por tu, portas

    abertas e muitos outros; restaurante ou bar).

    Espao (circulao nos locais; arquitectura; arranjos de locais em termos de

    disposio, material, mobilirio, cores, etc.).

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    Gesto do tempo (distribuio do tempo individual ou colectivo dos quadros;

    horrios e atitudes frente aos horrios; relao entre tempo til e tempo

    privado).

    Smbolos:

    Ritos (beber um copo, festas; actividade do grupo desportivo da empresa;

    informao ao pessoal; promoo e sistemas de recompensas; entrada em

    funes e anncios de mutaes).

    Histrias (a respeito dos dirigentes; sobre acontecimentos importantes da

    empresa).

    Logtipo (o que ele representa e traduz).

    Heris:

    Pessoas que personificam os valores da cultura da empresa e como tal

    constituem modelos tangveis de papis para os colaboradores seguirem.

    Alguns heris nasceram e outros fizeram-se atravs de acontecimentos

    memorveis que ocorrem no dia-a-dia da empresa.

    Algumas empresas procuram escolher pessoas para desempenhar estes papis

    hericos, sabendo que o seu comportamento ser seguido pelos outros.

    As empresas com culturas fortes tm muitos heris.

    Estes heris so virtualmente conhecidos por qualquer colaborador, mesmo

    com poucos meses na empresa, e mostram a cada colaborador eis como

    actuar na empresa.

    Ritos e rituais:

    So rotinas sistemticas e programadas do dia-a-dia da vida da empresa.

    Nas suas manifestaes mundanas rituais mostram aos colaboradores o

    tipo de comportamento que esperado deles.

    Nas suas extravagncias cerimnias fornecem potentes exemplos visveis

    daquilo que a empresa pretende.

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    Valores:

    So os conceitos e crenas bsicas duma organizao e, enquanto tal,

    constituem o corao da cultura da empresa.

    Os valores definem o sucesso em termos concretos para os empregados

    se fizer isto, voc ter sucesso e estabelecem padres de performance na

    organizao.

    As empresas com uma cultura forte tm um sistema rico e complexo de

    valores partilhados pelos empregados.

    Os gestores nestas empresas falam destas crenas abertamente e sem

    embaraos, e no toleram desvios dos padres da empresa.

    Condies que apelam a uma mudana cultural na organizao:

    o Problemas de performance organizacional persistentes.

    o Uma mudana fundamental na misso da organizao.

    o Competio internacional violenta e desreguladora.

    o Fortes mudanas tecnolgicas.

    o Grandes mudanas nos mercados.

    o Fortes mudanas no ambiente social.

    o Aquisies e fuses.

    o Crescimento da organizao.

    o Empresa familiar passa a uma gesto profissional.

    o Empresa domstica expande-se internacionalmente.

    Como as 4 dimenses empricas ou bsicas da cultura nacionaltemos:

    1)

    Distncia hierrquica Diz respeito representao mental da autoridade, percepo do grau de desigualdade entre chefia e subordinado. As

    desigualdades podem ser sociais, relativas distribuio da riqueza, relativas

    autoridade e/ou relativas ao poder. Nas culturas com distncia hierrquica

    longa temos uma centralizao da tomada de deciso, uma estrutura alongada e

    trabalhadores de base com poucas qualificaes. Nas culturas com distncia

    hierrquica curta temos uma tendncia para a descentralizao da tomada de

    deciso, uma estrutura achatada e trabalhadores de base com qualificaesmais elevadas.

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    2) Controlo da incerteza Diz respeito ao grau colectivo de tolerncia face

    imprevisibilidade, face ansiedade provocada pelos acontecimentos futuros.

    Quanto maior a tolerncia imprevisibilidade, menor o controlo da incerteza,

    e vice-versa. O controlo da incerteza maior com o recurso tecnologia,

    regulamentao jurdica, ideologia, etc. Nas culturas de grande controlo daincerteza existe uma forte necessidade de regras explcitas, uma multiplicidade

    de rituais bastante formalizados, uma grande preocupao com a segurana,

    uma dificuldade em aceitar opinies diferentes, uma competio e conflito que

    degeneram em agresso, altos nveis de ansiedade e falta de auto-confiana.

    Nas culturas de baixo controlo da incerteza existe uma maior tolerncia e

    autoconfiana, uma tendncia para no sentir as diferenas como ameaadoras,

    uma tendncia para se ser mais relativista nos critrios de julgamento do outro,o mnimo possvel de regulamentao e uma confiana de que as autoridades

    existem para servir os cidados.

    3) Individualismo/Colectivismo Diz respeito relao entre o indivduo e a

    sociedade, ao ndice de vida comunitria. O individualismo est relacionado

    com contratos psicolgicos transaccionais e avaliao de desempenho. O

    colectivismo est relacionado com contratos psicolgicos relacionais,

    promoo por antiguidade e atribuio por funo salarial. Nas culturasfortemente individualistas os valores salientam o eu face ao ns, os

    indivduos preocupam-se consigo prprios, fazem depender a implicao

    pessoal numa organizao de um clculo explcito de contrapartidas e

    vantagens, acentuam a autonomia pessoal na escolha de amizades e na

    formao de opinies, e privilegiam normas de relacionamento universal. Nas

    culturas fortemente colectivistas assumem maior importncia as identidades

    colectivas, existe um sentimento de prolongamento das linhagens familiaresque protegem o indivduo e s quais se deve lealdade, a implicao na

    organizao faz-se segundo um registo predominantemente moral, as opinies

    e as relaes de amizade dependem largamente dos grupos em que se est

    includo, e as normas de relacionamento social tendem a ser particularistas

    (tratamento diferenciado aos membros do grupo de pertena).

    4) Masculinidade/Feminilidade Diz respeito repartio sexual dos papis

    socias, existncia de diferenciao na atribuio dos papis aos homens e s

    mulheres. Nas culturas predominantemente masculinas o que conta o xito, a

    realizao das ambies, ser independente e ter capacidade de deciso, vive-se

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    para trabalhar, d-se muita importncia ao dinheiro e aos bens materiais,

    valorizam-se os projectos ambiciosos e as grandes velocidades, sendo os

    papis dos homens e das mulheres claramente diferenciados. Nas culturas

    predominantemente femininas a qualidade de vida mais importante que o

    xito, valoriza-se a solidariedade e trabalha-se para viver, aprecia-se asuavidade e a pequena escala, existindo um entrelaamento entre os papis

    atribudos aos homens e s mulheres.

    Quinn (1991) considera que a excelncia um fenmeno temporrio e que

    faz parte de um ciclo dinmico e fechado denominado ciclo transformacionale que

    consttuido por 4 fases distintas, mas consecutivas e interligadas:

    Fase da incerteza experimentao intensa e intuitiva (aprendizagem;

    tolerncia da ambiguidade, da incerteza e da contradio; capacidade de

    diferenciao e integrao).

    Fase transformacional reformulao, sinergias (inovao a partir da

    integrao dos opostos; grande envolvimento na tarefa).

    Fase de rotinizao equilbrio, estabilidade (aquisio de maior controlo

    sobre a tarefa; pensamento dedutivo para a correco dos erros; causalidade

    linear). Fase da iniciao desejo de mudana (assumir o risco; novos padres de

    aco).

    Quinn e colaboradores (1983, 1985) desenvolveram um modelo acerca da

    cultura organizacional denominado modelo dos valores contrastantes cujas

    dimenses foram desenvolvidas a partir de ideias centrais de avaliao da eficcia

    organizacional que se traduzem em valores. O modelo assenta, portanto, em 2 eixos,estando um relacionado com a dimenso flexibilidade vs. controlo e o outro

    relacionado com a dimenso orientao interna vs. orientao externa.

    Assim, com relao primeira dimenso, a organizao que enfatize a

    flexibilidade valoriza a inovao e a adaptao, assentando a sua estrutura na

    descentralizao da tomada de deciso, na comunicao horizontal, na cooperao, na

    existncia de relaes informais, na iniciativa individual dos seus membros e com

    destaque para os processos de participao e diferenciao, enquanto a organizaoque enfatize o controlo valoriza a segurana e a estabilidade, assentando a sua

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    estrutura na autoridade formal, com centralizao da tomada de deciso e destacando

    os processos de integrao. Com relao segunda dimenso, a organizao que

    enfatize a focalizao interna valoriza o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas,

    a manuteno do sistema scio-tcnico, a coordenao interna, o equilbrio e a aco

    de longo prazo, enquanto a organizao que enfatize a focalizao externa valoriza oambiente externo, a velocidade de resposta, a produtividade, a competio e a aco a

    curto prazo.

    Os diferentes aspectos das dimenses contrastantes formam uma configurao

    conceptual de quatro modelos de cultura organizacional, que so as culturas de apoio,

    de inovao, das regras e dos objectivos. Cada um destes tipos de culturas assume um

    conjunto de pressupostos bsicos que trazem implicaes organizacionais nos

    processos de motivao, de liderana, de deciso e outros. As 4 perspectivassubjacentes aos modelos esto presentes em simultneo numa organizao,

    sucedendo que um deles, no entanto, vai ser preponderante e dominar a cultura da

    organizao em questo. Contudo, tal preponderncia vai mudando ao longo do

    tempo, sendo que cada modelo apresenta as suas vantagens e desvantagens.

    precisamente do jogo dos 2 eixos referidos anteriormente que resulta a cultura

    organizacional. Segue-se a descrio de cada um dos modelos:

    Focalizao interna e flexibilidade Modelo das Relaes Humanas Ocorre

    nas organizaes que privilegiam uma cultura de apoio e que tm como objectivo a

    implicao. A orientao de apoio definida pelos conceitos de participao,

    cooperao, confiana mtua, coeso de grupo e desenvolvimento individual. A

    comunicao principalmente verbal e informal. Os empregados so encorajados a

    exprimir as suas ideias sobre o trabalho. A tomada de deciso baseia-se muito em

    contactos informais.

    Focalizao interna e controlo Modelo dos Processos Internos Ocorre nas

    organizaes que privilegiam uma cultura de regras e que tm como objectivos a

    consolidao e a continuidade. A orientao de regras focaliza-se no respeito pela

    autoridade, na racionalidade dos procedimentos, na diviso do trabalho e na

    formalizao. A principal funo analisar e codificar os processos de trabalho. A

    comunicao realiza-se sobretudo atravs do papel. O poder est baseado na

    autoridade formal.

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    Focalizao externa e flexibilidade Modelo dos Sistemas Abertos Ocorre

    nas organizaes que privilegiam uma cultura de inovao e que tm como objectivo

    a expanso. A orientao de inovao caracteriza-se pela procura de informao nova

    na envolvente, por assumir riscos, pela criatividade, competio e antecipao. O

    poder est principalmente baseado no conhecimento individual e na capacidade pararesolver problemas. A comunicao muito informal e verifica-se em todas as

    direces. Muitos dos empregados actuam em equipas de trabalho. O controlo vindo

    de cima no possvel nem requerido. Os gestores tm por garantido que os

    empregados esto envolvidos no seu trabalho e no cumprimento dos objectivos

    organizacionais.

    Focalizao externa e controlo Modelo dos Objectivos Racionais Ocorrenas organizaes que privilegiam uma cultura de objectivos e que tm como

    objectivo a maximizao dos resultados. A orientao de objectivos tem como

    conceitos principais a gesto por objectivos, o planeamento racional a curto prazo, o

    acesso informao relativa ao cargo desempenhado e a eficincia. O gestor define

    com o colaborador, ou se necessrio sem ele, os objectivos de trabalho. Procura-se

    realizar de um modo racional os objectivos organizacionais, tendo em conta a

    envolvente externa.

    Critrios de eficcia salientados por cada um dos modelos organizativos:

    Modelo das Relaes Humanas, orientao de apoio coeso,

    desenvolvimento dos recursos humanos.

    Modelo dos Processos Internos, orientao de regras gesto da informao e

    da comunicao, estabilidade.

    Modelo dos Sistemas Abertos, orientao de inovao prontido derespostas, crescimento, aquisio de recursos, suporte externo.

    Modelo dos Objectivos Racionais, orientao de objectivos planeamento,

    produtividade, eficincia.

    Estas 4 orientaes existem numa mesma empresa e exprimem as tenses, os

    dilemas ou os paradoxos que caracterizam a dinmica organizacional. Este modelo

    dos valores contrastantes considera, pois, que a realidade organizacional, mais do queracionalmente construda, basicamente tensional e paradoxal.

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    o modo como se gere esta tenso constante entre as 4 orientaes que permite

    compreender a racionalidade ou no racionalidade das decises estratgicas e

    operacionais da empresa, assim como a direco concreta dos seus processos de

    adaptao e mudana.

    A eficcia organizacional e o sucesso das solues concretas implementadasresultaro da conjugao que a empresa consiga alcanar entre estes 4 dilemas.

    A configurao resultante das relaes entre as 4 orientaes traduz o modo

    como a organizao procura gerir a dinmica das suas tenses.

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    CULTURA ORGANIZACIONAL

    VERSUS

    CLIMA ORGANIZACIONAL

    Definio conceptual de cultura e clima:

    Anos 80 debate entre as diferenas e semelhanas entre clima e cultura

    organizacionais afinal, trata-se de 2 fenmenos organizacionais diferentes

    ou de 2 conceitos/perspectivas para descrever o mesmo fenmeno

    organizacional?

    Cultura organizacional refere-se estrutura profunda das organizaes, quese enraza nos pressupostos, crenas e valores dos membros da organizao,

    que so partilhados por estes ltimos e que fazem parte dos contedos dos

    processos de socializao da organizao.

    Clima organizacional os ambientes organizacionais esto enrazados no

    sistema de valores da organizao, mas tende a apresentar esses ambientes

    como relativamente estticos, descrevendo-os atravs de dimenses fixas e

    aplicveis em geral; temporrio, sujeito a controlo directo e largamente

    limitado aos aspectos do ambiente social que so conscientemente percebidos.

    Assim, com relao cultura e ao clima, temos diferentes nveis de anlise, de

    abstraco, referentes e usados para cada um Cultura artefactos e criaes,

    valores, pressupostos bsicos; Clima clima organizacional, clima grupal,

    clima psicolgico.

    O Iceberg Organizacional:

    o Componentes formais objectivos, nveis hierrquicos, departamentalizao,

    polticas operacionais, polticas de recursos humanos, medidas de nvel de

    produo, prticas operacionais estes componentes so publicamente

    observveis, racionais e orientados para consideraes de estrutura.

    o Componentes informais poder emergente e padres de influncia, vises

    pessoais da organizao, normas de grupo, relacionamento com a chefia,

    orientaes de valor, nvel de satisfao, percepes dos papis individuais,relacionamento intergrupal, percepo de confiana, risco, abertura estes

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    componentes esto escondidos, so afectivos e orientados para os processos

    psicossociais.

    Diferenas debatidas na literatura entre cultura e clima:

    I.

    Mtodo na cultura, temos mtodos qualitativos (estudos longitudinais/

    diacrnicos) aspectos nicos de cada organizao (especificidade dos

    settings sociais); no clima, temos mtodos quantitativos (estudos sincrnicos)

    generalizao e comparao entre (o que era comum nos settings sociais).

    II. Orientao temporal na cultura, temos a evoluo dos sistemas sociais ao

    longo do tempo; no clima, temos a anlise do impacto dos sistemas

    organizacionais sobre os indivduos e os grupos.

    III.

    Profundidade na cultura, temos o estudo dos pressupostos subjacentes; no

    clima, temos o estudo das percepes das prticas observveis e dos

    procedimentos superfcie da vida organizacional.

    Perspectivas da cultura e clima organizacionais:

    Diferenas Cultura Clima

    Epistemologia Contextualizada eideogrfica

    Comparativa e nomottica

    Ponto de vistamica (ponto de vista

    nativo)

    tica (ponto de vista do

    investigador)

    MetodologiaObservao de campo

    qualitativaInqurito quantitativo

    Nvel de anliseValores e pressupostos

    subjacentes

    Manifestaes ao nvel de

    superfcie

    Orientao temporal Evoluo histrica Sincrnico

    Fundamentos tericosConstruo social; teoria

    crtica

    Teoria de campo de Kurt

    Lewin

    Disciplina de base Sociologia e antropologia Psicologia

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    reas de convergncia entre as perspectivas da cultura e do clima

    organizacionais:

    reas Exemplo

    Definio do fenmenoAmbiente psicossocial interno comoholstico, contexto social colectivamente

    definido

    Questes tericas centrais

    Dilema comum: o contexto criado pela

    interaco, mas o contexto determina a

    interaco.

    Dinmica entre o todo e a parte: mltiplas

    camadas de anlise.Dimenses vs. anlise holstica.

    Subculturas vs. cultura unitria.

    Contedo e substncia

    Elevada sobreposio entre as dimenses

    estudadas pela pesquisa quantitativa da

    cultura e estudos qualitativos do clima.

    Epistemologia e mtodosEmergncia de estudos quantitativos da

    cultura e estudos qualitativos do clima.

    Fundamentos tericos

    Razes da cultura: construcionismo

    social.

    Razes do clima: teoria de campo de Kurt

    Lewin.

    Muitos estudos combinam as duas

    tradies.

    Literaturas sobre cultura e clima organizacionais:

    i. Perspectivas diferentes sobre os ambientes organizacionais.

    ii. Analisam os mesmos fenmenos organizacionais.

    iii. As diferenas dizem mais respeito a diferenas de perspectivas e de

    interpretao do que a diferenas de substncia.

    Nota: ambas as perspectivas analisam o ambiente psicossocial interno das

    organizaes e a relao desse ambiente atribuio de sentido individual e

    adaptao organizacional; segundo Denison, faz sentido manter os constructos

    15

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    cultura e clima organizacionais como constructos diferentes referentes a 2

    perspectivas diferentes para descrever o mesmo fenmeno organizacional e no a 2

    fenmenos organizacionais diferentes.

    Algumas das origens tericas da pesquisa da cultura e do clima nasorganizaes:

    Implicaes Construcionismo SocialTeoria de Campo (Kurt

    Lewin)

    Processo social e evoluo - uma mais-valia para a

    compreenso da evoluo

    do contexto social numabase de caso-a-caso.

    - difcil de usar para a

    compreenso da evoluo.

    - til para acompreenso do impacto

    do contexto social nos

    indivduos nele inseridos.

    Pesquisa comparativa - difcil o seu uso para

    fazer comparaes,

    excepto para estudos com

    um pequeno nmero decasos (visto que se parte

    do princpio de que a

    aco social situacional).

    - til para a comparao.

    - menos til para uma

    compreenso aprofundada

    dos casos individuais.

    Ideologia de gesto - O controlo do sistema de

    valores da organizao

    contestado por uma

    variedade de grupos de

    poder e de subculturas

    - Aceita a distino entre

    os criadores (gestores) do

    contexto e os

    empregados no-gestores

    que so afectados pelo

    contexto.

    As diferenas tericas na conceptualizao dos contextos sociais:

    o Cultura construcionismo social e interaccionismo social o contexto social

    definido simultaneamente como o meio em que a interaco ocorre e como o

    resultado da interaco social; o mesmo indivduo simultaneamente agente e

    sujeito do contexto social.

    16

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    o Clima teoria de campo de Kurt Lewin separao analtica entre a pessoa e

    o seu ambiente; separao entre sujeitos e agentes do sistema social.

    o

    Tm ramificaes com grande alcance nas diferentes literaturas,

    nomeadamente:

    A capacidade que cada uma destas perspectivas tem para desenvolveruma compreenso da evoluo do processo social ao longo do tempo.

    O potencial de cada uma destas perspectivas para comparar contextos

    atravs dos diferentes settings organizacionais.

    A ligao de cada uma destas perspectivas ideologia da gesto.

    17

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    COMUNICAO NAS ORGANIZAES

    Duas escolas: (1) a escola baseada na teoria da informao e (2) a escola

    baseada na teoria dos significados.

    Para ateoria da informao:

    O nfase posto na transmisso de informao (com destaque para

    vrios conceitos como sinais, cdigo, etc.).

    Para haver uma comunicao tem de existir uma estruturao da

    informao sob a forma de cdigos consttuidos por estruturas de sinais.

    A linguagem usada vai constituir um exemplo de cdigo. A comunicao centrada no emissor.

    A preocupao resulta, sobretudo, na exactido e na preciso das

    mensagens.

    A informao uma medida de previsibilidade do sinal, sucedendo que

    existe mais informao quanto mais imprevsivel for o sinal, e vice-

    versa.

    A informao tambm tem a ver com o nmero de alternativas que so

    criadas pelo emissor, ocorrendo que uma mensagem tanto mais

    informativa quanto maior for o nmero de alternativas.

    O modelo subjacente teoria da informao interessa, sobretudo, ao estudo

    das redes de comunicao (padres de transmisso de mensagens). Diferentes

    organizaes apresentam redes de comunicao diversas, isto , o modelo da

    organizao vai influenciar o modo como as pessoas comunicam. Tais redes de

    comunicao so manipulveis e podem variar em termos de centralizao/

    descentralizao da informao. Tais redes vo tambm provocar vrios tipos de

    restries comunicao dos indivduos nas organizaes.

    So 5 os tipos bsicos de redes de comunicao: (1) em linha; (2) em crculo;

    (3) em estrela; (4) em Y; (5) interligada (rede mais complexa, forma semelhante

    da estrela de Israel). Verificou-se que as redes apresentam diferentes nveis de

    eficcia dependendo do tipo de tarefa a realizar. As redes em estrela e em Y so

    maus eficazes para tarefas simples, sendo redes com maior grau de centralizao. A

    18

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    rede interligada mais eficaz para tarefas complexas, sendo uma rede com menor

    grau de centralizao.

    O processo de comunicao visto como um processo linear por uns, enquanto

    para outros trata-se de um processo circular. Daqui resulta que a comunicao vistasegundo uma perspectiva mecanicista.

    O modelo de comunicao de Shannon e Weaver(1949) o seguinte:

    Origem TransmissorCanalReceptorDestinatrio

    Fonte de Rudo

    Nota: o emissor pode no coincidir com o transmissor.

    Na situao deste modelo, trata-se de uma concepo tecnicista da

    comunicao. O objectivo da comunicao, enquanto veculo de transmisso de

    mensagens, influenciar o comportamento do receptor (permite, por exemplo,

    estudar o efeito de uma mensagem sobre o destinatrio).

    A fonte de rudo interpe-se na mensagem, no desejada nem controlada peloemissor, e vai dificultar a descodificao por parte do receptor. Existem vrios tipos

    de fonte de rudo (conversas paralelas, rudos dos telemveis, pensamentos, etc.).

    Para a teoria do significado:

    O nfase colocado no processo de construo, de partilha, de

    negociao de significados, ou seja, estuda o modo como as pessoas

    interagem de modo a transmitirem significados entre si, como queesses significados so construdos.

    Implica uma perspectiva mais simblica e psicolgica da comunicao.

    A comunicao pode ser vista como uma construo de redes de

    significados, sucedendo que os significados podem ser criados atravs

    da experincia individual e/ou podem ser colectiva e socialmente

    constitudos.

    Tudo isto vai condicionar o modo como se comunica nas organizaes,o que entendido, etc.

    19

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    Estas construes partem assim, tendo como base, de mapas mentais

    cognitivos que tm a ver com a forma como cada pessoa representa a

    realidade, constri uma maneira de representar o mundo (a forma de

    pensar vai obviamente condicionar a forma de agir de cada sujeito).

    A comunicao importante para a transmisso da culturaorganizacional.

    Interessa, sobretudo, o modo como a mensagem lida (no se centra

    tanto no emissor como na teoria da informao, centrando-se antes mais

    no receptor e na interaco emissor/receptor).

    Est subjacente uma causalidade circular.

    Factores que condicionam a construo dos mapas cognitivos:

    a)

    Factores neurolgicosas nossas capacidades so limitadas.

    b) Factores sociais existncia de filtros scio-culturais como, por exemplo, a

    lngua.

    c) Factores individuaisdizem respeito experincia individual de cada um.

    Processos que nos permitem construir mapas da realidade(estes processos

    esto interligados):

    1. Generalizao processo atravs do qual alguns elementos da nossa

    experincia do mundo se desprendem dessa experincia e passam a representar

    a categoria total; permite-nos que no tenhamos de repetir as mesmas

    experincias at exausto.

    2. Eliminao processo atravs do qual ns prestamos ateno selectiva a

    determinados aspectos da nossa experincia e ignoramos outros.3. Distoro processo atravs do qual ns fazemos alteraes nas experincias

    sensoriais que ns prprios temos; permite-nos mudar o que estamos a

    percepcionar, facilitando-nos a antecipao dos acontecimentos; fundamental

    para a criatividade.

    20

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    TEORIA DA INFORMAO TEORIA DO SIGNIFICADO

    Como se d a transmisso da

    informao?

    Como se partilham mapas cognitivos?

    (representaes que construmos do

    mundo)?

    Problemas que afectam a transmisso dainformao:

    a) Problemas tcnicos: exactido da

    transmisso.

    b) Problemas semnticos: preciso da

    transmisso (ajustamento ao significado

    desejado; problemas de atribuio de

    sentido).c) Problemas de eficcia: com que

    eficcia a mensagem recebida afecta o

    comportamento do modo desejado.

    Problemas que afectam a comunicao:a) Mapa cognitivo enquanto mediao

    (actuamos no mundo atravs de uma

    mediao).

    b) Mapa cognitivo limitador da realidade

    (nenhum mapa cognitivo consegue captar

    a totalidade da realidade).

    c) Mapas cognitivos diferentes de pessoapara pessoa (pensamos de maneiras

    diferentes).

    A LINGUAGEM:

    Molda a forma como ns criamos os nossos mapas cognitivos. Condiciona aquilo que ns observamos, sucedendo que condicionando aquilo

    que ns conseguimos percepcionar, a lngua condiciona aquilo que ns somos

    capazes de comunicar.

    Leva-nos muitas vezes a deturpar a percepo (ex: atribuir uma caracterstica

    nossa aos objectos.

    O ESTUDO DA COMUNICAO HUMANA PODE SERSUBDIVIDIDO EM 3 REAS INTERDEPENDENTES:

    1) Sintaxe Abrange os problemas da transmisso da informao,

    nomeadamente os problemas do cdigo, dos canais, da capacidade, do rudo,

    da redundncia, e de outras propriedades de linguagem.

    2) SemnticaDiz respeito ao significado dos smbolos da mensagem. Mesmo

    que fosse possvel transmitir na perfeio (com exactido sinttica) sries de

    smbolos, eles continuariam sem significado se o emissor e o receptor no

    tivessem estabelecido pontos de acordo quanto sua significao. Neste

    21

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    sentido, podemos dizer que toda a informao partilhada pressupe uma

    conveno semntica.

    3) Pragmtica Diz respeito ao facto de que toda a comunicao afecta o

    comportamento. Os dados da pragmtica so (a) as palavras, as configuraes e

    os significados destas (que constituem os dados da sintaxe e da semntica,respectivamente), (b) a linguagem no verbal e a linguagem corporal, e (c) o

    contexto em que a comunicao ocorre. Nesta perspectiva da pragmtica, todo

    o comportamento, no s a fala, comunicao; e toda a comunicao afecta o

    comportamento. (Watzlawick).

    AXIOMAS DA COMUNICAO:

    1. IMPOSSVEL NO COMUNICARO comportamento no tem oposto, no existe

    um no comportamento, um indivduo no pode no se comportar. Se

    aceitarmos que todo o comportamento, num contexto interaccional, tem valor

    de mensagem, isto , comunicao, ento, por muito que um indivduo se

    esforce, -lhe impossvel no comunicar. Uma unidade comunicacional isolada

    ser uma mensagem. Quando no houver possibilidade de confuso ser uma

    comunicao. A uma srie de mensagens trocadas entre chamaremos

    interaco. Os padres de interaco constituem uma unidade ainda superior

    (que tem a ver com sequncias interactivas que se repetem). Uma vez que todo

    o comportamento comunicao, estamos a lidar com um complexo

    multifacetado de numerosos modos de comportamento: verbais, tonais,

    posturais, contextuais, etc., que, no conjunto, condicionam o significado de

    todos os outros.

    2.

    TODA A COMUNICAO TEM DOIS NVEIS:UMNVEL DE CONTEDO E UMNVELDE RELAO, TAIS QUE O 2 CLASSIFICA O 1 E , PORTANTO, UMA

    METACOMUNICAO Qualquer comunicao implica um compromisso e, por

    conseguinte, define a relao, ou seja, uma comunicao no s transmite

    informao, como tambm impe simultaneamente um comportamento. Uma

    mensagem transmite informao, sendo, deste modo, sinnimo de contedo na

    comunicao humana. A forma como ela deve ser considerada diz respeito s

    relaes entre os comunicantes. As relaes s muito raramente so definidasde um modo deliberado e com plena conscincia. A relao pode ser expressa

    22

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    no-verbalmente com um grito, um sorriso, um piscar de olho, um gesto, etc. A

    relao tambm pode ser entendida com base no contexto em que a

    comunicao ocorre.

    3. A NATUREZA DE UMA RELAO EST NA PONTUAO DAS SEQUNCIAS

    COMUNICACIONAIS QUE OCORREM ENTRE OS COMUNICANTES Para um

    observador externo, uma srie de comunicaes pode ser vista como uma

    sequncia ininterrupta de trocas. Contudo, os participantes na interaco

    introduzem sempre uma pontuao da sequncia dos acontecimentos. A

    pontuao organiza os acontecimentos comportamentais, sendo vital para as

    interaces em curso. Culturalmente, partilhamos muitas convenes de

    pontuao que servem para organizar as sequncias de interaco mais comuns

    e importantes. A pessoa pontuar uma sequncia de modo a ficar claro que um

    ou outro dos comunicantes tem a iniciativa, o domnio, a dependncia, etc. A

    discordncia sobre o modo como pontuar a sequncia de acontecimentos est

    na base de inmeras lutas em torno das relaes.

    4. TEMOS DOIS MODOS DE COMUNICAR:COMUNICAO DIGITAL E COMUNICAO

    ANALGICA:

    Na comunicao humana, podemo-nos referir aos objectos de 2 maneirasdiferentes, ou seja, (1) os objectos podem ser referidos por uma semelhana, como

    um desenho, ou (2) podem ser referidos pelo nome. Estes 2 tipos de comunicao

    semelhana auto-explicativa e palavra so equivalentes aos conceitos de

    comunicao analgica e comunicao digital, respectivamente.

    As palavras so sinais arbitrrios que se manipulam de acordo com a sintaxe

    lgica da linguagem. So apenas uma conveno semntica da nossa linguagem, e

    fora dessa linguagem no existe qualquer correlao entre a palavra e a coisa que ela

    representa.

    A comunicao analgica pode referir-se mais facilmente coisa que

    representa. A comunicao analgica toda a comunicao no-verbal, incluindo a

    postura, gestos, expresso facial, inflexo de voz, ritmo e cadncia das prprias

    palavras, qualquer manifestao no-verbal de que o indivduo seja capaz, pistas

    comunicacionais que esto sempre presentes em qualquer contexto em que a

    interaco decorra.

    23

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    A comunicao digital particularmente importante para a partilha de

    informaes sobre objectos e para a funo de transmisso oportuna dos

    conhecimentos. Na rea das relaes (namoro, combate, na relao com crianas

    muito pequenas, etc.), ns confiamos quase exclusivamente na comunicao

    analgica. fcil declarar alguma coisa verbalmente, mas difcil de transportar umamentira para o domnio analgico.

    Toda a comunicao tem um contedo e uma relao, e estes dois modos de

    comunicao existem lado a lado e complementam-se em todas as mensagens. O

    nvel de contedo geralmente expresso pela comunicao digital, enquanto que o

    nvel de relao muitas vezes expresso pela comunicao analgica. A

    comunicao s eficaz quando o nvel de contedo (comunicao digital) e o nvelde relao (comunicao analgica) vo na mesma direco.

    O material da mensagem digital tem um grau mais elevado de complexidade,

    versatilidade e abstraco que o material analgico. Na linguagem analgica no

    existem equivalentes para elementos importantes do discurso, como sejam:

    se...ento, etc. Tambm na linguagem analgica a expresso de conceitos

    abstractos muito difcil e o mesmo smbolo analgico pode deter vrios significados( uma linguagem passvel de ambiguidade). Do mesmo modo, a linguagem

    analgica no tem qualificadores para indicar qual dos significados discrepantes est

    subentendido, e no tem indicadores que nos permitam distinguir entre passado,

    presente e futuro.

    5. EXISTEM DOIS TIPOS DE INTERACO: A INTERACO SIMTRICA E A

    INTERACO COMPLEMENTAR A interaco simtrica e a interaco

    complementar podem ser descritas como relaes baseadas na igualdade ou nadiferena, respectivamente. No caso da interaco simtrica, os parceiros

    tendem a reflectir o comportamento um do outro. A interaco simtrica

    caracterizada pela igualdade e minimizao da diferena. No caso da

    interaco complementar, o comportamento de um parceiro complementa o

    comportamento do outro. A interaco complementar baseia-se na

    maximizao da diferena. Numa relao complementar, existem duas

    posies diferentes, em que um parceiro ocupa o que tem sido como umaposio superior ou primria, e o outro a correspondente posio inferior

    24

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    ou secundria. Uma relao complementar pode ser estabelecida pelo contexto

    social ou cultural (como no caso de professor-aluno, pai-filho, etc.), ou pelo

    estilo especfico de uma determinada relao que ocorre numa dade. Em

    qualquer dos casos, importante enfatizar a natureza conjugada da relao, em

    que comportamentos antagnicos, mas ajustados, se provocam mutuamente.

    JANELADEJOHARI:

    Trata-se de uma janela de comunicao.

    Trata do processo de dar e receber feedback acerca de informaes sobre ns

    prprios e informaes sobre os outros.

    As informaes contidas em cada quadrante no so estticas, vo sendo

    diferentes ao longo do tempo e tendo em conta a situao.

    O Eu recebe feedback

    Conhecido pelo

    Eu

    No conhecido pelo

    Eu

    Conhecido pelos

    OutrosARENA

    MANCHA

    CEGAO Eu dfeedback ao grupo No conhecidopelos Outros

    FACHADAREA

    DESCONHECIDA

    Arena Contm informaes que so do conhecimento tanto do prprio como

    dos outros. Corresponde ao comportamento tornado pblico. Aumenta de tamanho

    sempre que aumenta a confiana mtua no interior do grupo.

    Mancha cega Contm informaes que so do conhecimento dos outros

    sobre o nosso Eu, mas que so desconhecidas do prprio.

    Fachada Contm informaes que so do nosso conhecimento sobre o nosso

    Eu, mas que so desconhecidas dos outros.

    rea Desconhecida Contm informaes sobre o nosso Eu de que no

    temos conscincia e de que os outros tambm no tm conhecimento.

    25

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    Quanto mais feedback se d, mais uma pessoa se expe, e vice-versa. Quando

    se d feedback, cada vez mais a linha horizontal se aproxima para baixo. Quando se

    recebe feedback, cada vez mais a linha vertical se aproxima da direita.

    Neste sentido, grau de exposio + solicitao de feedback permitem 4estilos interpessoais:

    I. O tartaruga rea desconhecida ampla: o estilo de participao do indivduo

    no grupo passa pela observao e participao muda; o indivduo no sabe

    muito sobre si prprio e o grupo tambm o conhece pouco; o indivduo no se

    expe e evita o feedback dos outros elementos do grupo.

    ARENA MANCHA CEGA

    FACHADA REA DESCONHECIDA

    II.

    O entrevistador Fachada ampla: o estilo de participao do indivduo nogrupo passa pelo questionar o grupo sem contudo lhe dar informaes ou

    feedback; o indivduo tenta saber qual a posio dos outros, sem no entanto

    se comprometer; este estilo interpessoal pode gerar reaces de irritao,

    desconfiana ou retraimento por parte dos outros elementos do grupo.

    ARENA MANCHA CEGA

    FACHADAREA

    DESCONHECIDA

    III. O matraca Mancha cega ampla: o estilo de participao do indivduo no

    grupo passa por dar mais feedback ao grupo do que lhe solicitar feedback; oindivduo insensvel ao feedback que lhe dado pelos outros membros do

    26

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    grupo; o indivduo desconhece qual a percepo que os outros membros do

    grupo tm dele e qual o impacto que tem sobre o grupo.

    ARENA MANCHA CEGA

    FACHADA REA DESCONHECIDA

    IV. Janela ideal Arena amplamente aberta: menor tendncia para ms-

    interpretaes do comportamento do indivduo por parte dos outros elementos

    do grupo; menor tendncia que os membros do grupo projectem significados

    pessoais no comportamento da pessoa.

    ARENA MANCHA CEGA

    FACHADAREA

    DESCONHECIDA

    Notas:

    o O sentimento de ameaa pode levar a que o grupo relativamente ao indivduo

    e/ou o indivduo relativamente ao grupo traduzam-se numa janela queapresenta um menor conhecimento.

    o No adianta dar feedback s outras pessoas se elas no o desejarem, podendo

    estas ltimas sentirem-se ofendidas.

    o Para aumentar a comunicao interpessoal, o espao da arena deve ser amplo

    relativamente a todos os membros do grupo.

    o

    O sentimento de confiana mtua actua em sentido contrrio ao sentimento de

    ameaa.

    27

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    ESTRATGIA ORGANIZACIONAL

    A maior parte das diferentes definies de estratgia organizacional refere que

    aestratgia organizacionalenvolve:

    Ao nvel do seu contedo, a definio dos objectivos organizacionais,

    das polticas organizacionais e das actividades programticas da

    organizao.

    Ao nvel do seu processo, a definio do modo como os objectivos, as

    polticas e as actividades programticas da organizao so

    determinadas.

    Definies de estratgia:

    A estratgia organizacional a postura que as organizaes adoptam para

    gerir o seu relacionamento com a envolvente. (Ansoff, 1969)

    A estratgia organizacional o processo pelo qual a organizao tenta ajustar

    de uma forma eficaz o uso que faz dos seus recursos por forma a responder s

    necessidades, restries e oportunidades colocadas pela envolvente. (Hofer,

    1976)

    A estratgia organizacional o conjunto de propsitos e polticas que define

    uma empresa e o seu negcio. (Andrews, 1971)

    Para alm da definio de qual o negcio da organizao, a estratgia

    organizacional implica tambm a determinao das metas bsicas de longo

    prazo e dos objectivos da empresa, e a adopo de cursos de aco, com a

    respectiva alocao dos recursos necessrios para atingir essas metas.

    (Chandler, 1962)

    No fundo, a estratgia organizacional a relao que a organizao estabelece

    com a envolvente.

    Relao com a envolvente e alocao de recursos:

    Os vrios componentes da envolvente (fornecedores, clientes, concorrentes,

    etc.) colocam restries aco organizacional, fazem exigncias

    organizao e oferecem oportunidades para que a organizao possa usar osseus recursos e competncias.

    28

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    Cada organizao tem uma combinao nica de competncias e de

    recursos, quer fsicos, quer humanos, para fazer face s exigncias,

    restries e oportunidades do meio, retirando da vantagem competitiva.

    A organizao, com o objectivo de optimizar ou fortalecer os seus recursos,

    pode optar por:o Concentrar os seus recursos numa rea especfica (tal como um

    mercado, um produto ou uma tecnologia).

    o Ou espalh-los por vrias reas de actividade.

    A formulao da estratgia organizacional assenta na forma como a

    organizao determina qual dever ser o seu papel relativamente

    envolvente (proactividade, submisso ou de harmonizao).

    A estratgia organizacional envolve tomar decisessobre:

    Quais sero as metas/objectivos organizacionais (a curto, mdio e longo

    prazo).

    Como se vo distribuir os recursos para atingir as metas delineadas (alocao

    de recursos).

    Quais so as tarefas crticas que a organizao tem de desempenhar para atingir

    os objectivos a que se prope.

    MODELO BSICO DE ESTRATGIA:

    Trata-se de um modelo baseado em Nadler, Hackman e Lawler, 1983:

    Avaliao e anlise do ambiente + Avaliao e anlise dos recursos organizacionais

    Estratgia (ajustamento presente e futuro entre a organizao e a envolvente)

    Objectivos/metas; Alocao de recursos; Planos

    Tarefas crticas (individuais, de grupo e organizacionais)

    Crticasao modelo:

    i. O facto de o modelo apresentado deixar implcito que a estratgia

    organizacional emerge de um processo planeado, sequencial e racional de

    29

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    anlise contnua do ambiente, de avaliao organizacional e de planeamento

    estratgico por parte da organizao.

    ii.

    O processo de formulao da estratgia organizacional frequentemente mais

    complexo e aleatrio do que isso; de facto, nem sempre as estratgias

    sistematicamente determinadas, ou planeadas, so implementadas, e nemsempre as estratgias implementadas so sistematicamente planeadas.

    MTODOS DE FORMULAO ESTRATGICA:

    Os mtodos mais comuns de formulao da estratgia organizacional so (1) o

    planeamento estratgico, (2) o processo poltico e (3) a abordagem adaptativa.

    At certo ponto, as organizaes tendem a usar as 3 abordagens em simultneo,

    combinando o planeamento racional com o processo poltico e a adaptao

    mudana na envolvente.

    Planeamento estratgico Trata-se da mais tradicional das abordagens e

    assume que a estratgia organizacional se baseia em escolhas conscientes e racionais,

    e em aces planeadas e sequenciais (isto , que os planos traados so

    necessariamente implementados) e que uma estratgia bem formulada ajuda

    distribuio dos recursos de uma organizao, tendo em conta uma avaliao racional

    das competncias internas da organizao, da antecipao de mudanas no ambiente

    e dos movimentos contigentes dos seus concorrentes.

    Esta mesma abordagem considera a estratgia organizacional a longo prazo,

    podendo ser conduzida de 2 maneiras, isto , (1) encarando os gestores de topo (ou os

    administradores) como planeadores estratgicos ou (2) usando alguma forma de

    assessoria de planeamento, seja atravs da existncia de um departamento de

    planeamento, seja atravs da constituio de um grupo para tal efeito.

    Processo poltico As organizaes so entidades compostas por alianas,

    coalizes (2 unidos contra 1) e redes. Estes aspectos da organizao emergente ou

    informal tm influncia nas tomadas de deciso estratgicas. Assim, as decises

    estratgicas envolvem frequentemente enfatizar alguns valores pessoais e grupais,

    podendo alterar a misso, a funo ou as metas da organizao. Os grupos podem

    assim tentar influenciar tais decises para que a organizao se mova numa direcomais consistente com os seus valores e objectivos especficos.

    30

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    Nesta abordagem, a estratgia no resulta necessariamente de um planeamento

    racional, sendo frequentemente o resultado de competio, de conflito, de alianas, de

    compromissos e de coalizes entre os vrios grupos de interesse dentro da

    organizao.

    Abordagem do processo adaptativoSegundo esta abordagem, a estratgia

    nunca consciente ou explicitamente planeada, surgindo como o resultado de vrias

    decises estratgicas implcitas.

    Mintzberg (1988) argumenta que as mudanas estratgicas deliberadas so

    muito pouco frequentes nas organizaes, e que muitas delas emergem

    espontaneamente, a partir da aco da organizao, mais do que a partir de uma

    mudana de direco pr-concebida e planeada pelos gestores organizacionais.As decises estratgicas so tomadas em resposta s crises, s exigncias e s

    oportunidades do meio envolvente, sem que haja um planeamento anterior e sem que

    se tenha em ateno o longo prazo.

    Em consequncia disto tudo,temos ento:

    a) As estratgias racionais, planeadas (explcitas) que so implementadas.

    b)

    As estratgias racionais, planeadas (explcitas) que no so implementadas.c) As estratgias no planeadas, ou seja, implcitas (conjunto de decises que so

    tomadas em resposta envolvente e que posterioriso apelidadas de decises

    abordagem adaptativa) que so implementadas.

    Alis, neste seguimento, Mintzberg (1976) prope uma tipologia das

    estratgias organizacionais, tendo em conta a sua formulao e implementao:

    Estratgias pretendidas estratgias explcitas e formalmente planeadas, que

    so implementadas.

    Estratgias realizadas estratgias que emergem de uma srie de decises

    tomadas e implementadas; por isso, no so planeadas, sendo antes implcitas e

    so implementadas.

    Estratgias no-realizadas estratgias explcitas e formalmente planeadas,

    mas que no so implementadas.

    31

  • 7/25/2019 Resumo Completo PSO2

    32/43

    Estratgias retro-activas quando no existe nenhuma estratgia explcita, nem

    nenhum plano formal, mas, depois dos acontecimentos (isto , posteriori),

    possvel rotular um conjunto de decises como sendo estratgia.

    MODELO AMPLIADO DE DETERMINAOESTRATGICA:

    Trata-se de um modelo baseado em Nadler, Hackman e Lawler, 1983:

    Os factores potencialmente influentes

    (anlise do ambiente, valores individuais,

    processos polticos, avaliao dos recursos organizacionais)

    A estratgia (conjunto de decises)

    As tarefas crticas (a serem executadas)

    Padres de funcionamento da organizao, O desempenho organizacional

    grupos e indivduos (a serem executadas)

    Recomea o ciclo, voltando-se 1 etapa

    GESTO ESTRATGICA:

    Decises estratgicas sobre:

    Amplitude de aco decises sobre a rea de negcio, o segmento de

    mercado e os clientes, os tipos de produtos e suas caractersticas, as vantagens

    competitivas da organizao e suas competncias especficas.

    Objectivos decises sobre as caractersticas desejadas para o desempenho da

    organizao e as metas organizacionais.

    Alocao de recursos decises sobre a distribuio de fundos, equipamentos,

    recursos humanos e as metas organizacionais, entre as actividades da

    organizao.

    Implicaes da gesto estratgica para as organizaes A gesto

    estratgicaassume que a interaco entre a envolvente da organizao, o modo como

    32

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    33/43

    a organizao tenta competir e sobreviver nessa envolvente (isto , a forma como se

    relaciona com o ambiente), e a gesto interna que desenvolve, vai condicionar o

    desempenho da organizao.

    As decises estratgicas tomadas pelos gestores influenciam ocomportamento organizacional de vrias maneiras:

    i. As decises estratgicas determinam as tarefas organizacionais.

    ii. As decises estratgicas influenciam a estrutura organizacional adoptada.

    iii. As decises estratgicas influenciam e so influenciadas por questes de poder

    dentro da organizao.

    iv. A eficcia organizacional determinada conjuntamente pelas decises sobre a

    estratgia e sobre a estrutura organizacionais.

    33

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    34/43

    LIDERANA E DESEMPENHO

    GRUPAL NAS ORGANIZAES

    UNIVERSAIS CONTIGENCIAISTRAOS I III

    COMPORTAMENTOS II IV

    III Fiedler; estamos a falar de tendncias ou motivaes do lder, os quais

    podem ser adequadas ou no conforme as circunstncias.

    MODELO CONTIGENCIAL DE FIEDLER: A liderana eficazbaseia-se no grau de ajustamento entre o estilo de um lder

    e a situao.

    Estilo do lderorientado para a tarefa ou orientado para a relao.

    Para medir o estilo do lder escala LPC (least preferred co-worker)

    descrio da pessoa com quem trabalhava pior.

    Favorabilidade da situao at que ponto a situao permite que o lder

    exera influncia sobre o grupo.

    H que ter em conta as seguintes variveis situacionais:

    Relaes entre lder e membros do grupo o relacionamento pessoal

    que o lder tem com os membros do grupo, em termos de confiana e

    respeito.

    Estrutura da tarefa grau em que a tarefa do grupo est claramente

    definida (ou ambgua).

    Posio de poder do lder grau de influncia que um lder tem sobre os

    colaboradores.

    34

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    Eficcia da liderana modelo de Fiedler (1967):

    CARACTERSTICAS DA SITUAO

    FAVORABILIDADE Relaes Lder-

    Membro

    Estrutura

    da Tarefa

    Posio

    de

    Poder

    ESTILO

    EFICAZ DE

    LIDERANA

    Muito Favorvel

    LPC baixoBoas Estruturada Forte

    Orientao

    Tarefa

    Muito Favorvel

    LPC baixoBoas Estruturada Fraca

    Orientao

    Tarefa

    Intermdia

    LPC baixoBoas

    No

    EstruturadaForte

    Orientao

    Tarefa

    Intermdia

    LPC altoBoas

    No

    EstruturadaFraca

    Orientao

    Relao

    Intermdia

    LPC altoModeradas/Pobres Estruturada Forte

    Orientao

    Relao

    Intermdia

    LPC altoModeradas/Pobres Estruturada Fraca

    Orientao

    Relao

    Muito Desfavorvel

    LPC neutro Moderadas/Pobres

    No

    Estruturada Forte

    Orientao

    Qualquer

    Muito Desfavorvel

    LPC neutroModeradas/Pobres

    No

    EstruturadaFraca

    Orientao

    Tarefa

    Alto LPC lder com tendncia para a relao.

    Baixo LPC lder com tendncia para a tarefa, o trabalho.

    Fiedler no diz qual dos 2 estilos de liderana o melhor, sendo que ambos

    podem ser eficazes, dependendo das circunstncias.

    Como problemas do modelo, temos o facto de que, de um ponto de vista

    prtico, como praticamente impossvel mudar a personalidade e o estilo de um lder,

    ento h que tentar alterar as variveis situacionais, sucedendo, todavia, que tal

    muito difcil.

    35

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    TEORIA CAMINHO-META:

    Trata-se de uma teoria de House e Mitchel (1974) que apresenta uma outra

    perspectiva funcionalista no contexto da abordagem contigencial, embora, ao

    contrrio do modelo contigencial de Fiedler, preveja a liderana com base no

    comportamento e no em traos de personalidade.

    Considera o seguinte modelo:

    Varivel independente

    Comportamento do lder (se directivo, de apoio,

    participativo, orientado para a realizao, etc.)

    Varivel moderadora Varivel moderadoraCaractersticas da tarefa e Caractersticas dos

    do ambiente de trabalho colaboradores

    Varivel interveniente

    Expectativas e valncias dos colaboradores

    Varivel dependenteSatisfao e esforo dos colaboradores

    TEORIA DA LIDERANA SITUACIONAL:

    Trata-se de uma teoria de Hersey e Blanchard.

    O estilo de liderana resulta da combinao de 2 eixos, sendo um respeitante

    aos comportamentos virados para a relao e o outro respeitante aos

    comportamentos virados para a tarefa.

    Uma 3 dimenso respeita situao.

    36

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    Podemos ter 4 estilos de liderana diferentes:

    E3 lder com alto

    comportamento de apoio e

    baixo comportamento

    directivo (apoio)

    E2 lder com alto

    comportamento de apoio e

    alto comportamento

    directivo (orientao)

    E4 lder com baixo

    comportamento de apoio e

    baixo comportamento

    directivo (delegao)

    E1 lder com baixo

    comportamento de apoio e

    alto comportamento

    directivo (direco)

    +

    Relao

    -

    - Estruturao da Tarefa +

    A liderana eficaz pode resultar de qualquer um daqueles estilos; um lder

    eficaz dever saber usar qualquer um dos 4 estilos consoante aquilo que mais

    apropriado para a situao em causa; um lder que no se adapta situao,

    deixa de ser eficaz.

    Pergunta fundamental: Como saber para uma dada situao qual o estilo de

    liderana mais eficaz?Resposta: Imagine-se a seguinte situao Qual a maturidade profissional dos

    colaboradores ou membros do grupo? Qual o nvel de desenvolvimento do(s)

    discpulo(s)?

    M1/D1 maturidade muito fraca / nvel de desenvolvimento baixo no sabe

    fazer um trabalho, nem deseja realiz-loo estilo mais adequado o E1.

    M2/D2 maturidade fraca / nvel de desenvolvimento moderado, mas mais

    para baixo do que para cima no sabe fazer o trabalho, mas est interessado oestilo mais adequado o E2.

    M3/D3 maturidade forte / nvel de desenvolvimento moderado, mas mais

    para cima do que para baixo sabe fazer o trabalho, mas no o quer fazer o estilo

    mais adequado o E3.

    M4/D4 maturidade muito forte / nvel de desenvolvimento alto sabe fazer

    o trabalho e deseja faz-lo o estilo mais adequado o E4.

    37

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    DEFINIO DE LIDERANA:

    A liderana um processo interpessoal pelo qual certos indivduos procuram

    influenciar um grupo, atravs de meios no coercivos, a realizarem as

    actividades necessrias para se atingirem determinados objectivos.

    Pontos a salientar:

    Liderana como o exerccio intencional do poder e de influncia por

    parte de um actor.

    A natureza colectiva do destinatrio.

    A preocupao com objectivos comuns.

    A legitimao predominantemente psicolgica.

    TEORIAS UNIVERSALISTAS DE TRAOS:

    Pressuposto base Os bons lderes possuem qualidades ou traos de

    personalidade especiais e distintivos que os diferenciam dos maus lderes bem

    como dos subordinados.

    Objectivo Identificar os atributos pessoais (inteligncia, personalidade,

    motivos e valores) do lder universal, capaz de liderar em qualquer situao.

    Consequncias prticasPredomnio da seleco dos lderes em detrimentoda sua formao.

    Concluses As investigaes sugerem que os traos pessoais no so

    suficientes para discriminar os lderes dos no lderes e muito menos a eficcia

    da ineficcia em termos de liderana.

    TEORIAS UNIVERSALISTAS COMPORTAMENTAIS:

    Pressuposto baseAquilo que distingue o lder universal no so traos de

    personalidade, mas sim comportamentos.

    Objectivo Partir da observao do comportamento de indivduos no

    exerccio de funes de chefia normal, ou de indivduos que emergissem como

    lderes de forma espontnea.

    Consequncias prticas Predomnio da formao em detrimento da

    seleco de lderes.

    38

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    Estudos Estudos sobre lderes emergentes (Bales e colaboradores, 1950),

    Escola de Michigan (Likert, Kats e Kahn, 1967), Escola de Ohio (Halpin e

    Fleishman, 1948-1953), Grade gerencial de Blake e Mouton (1964).

    Estudos sobre lderes emergentes:

    Trata-se de uma srie de estudos de Bales e colaboradores(1953).

    Como funes dos principais comportamentos dos lderestemos:

    Funo instrumental concretizao da tarefa ou do objectivo especfico

    do grupo.

    Funo expressiva manuteno ou reforo das relaes sociais.

    O comportamento de um lder seria caracterizado por 3 factores

    independentes respeitantes actividade, competncia instrumental e

    simpatia.

    O lder idealteria cotao elevada nos 3 factores; o lder instrumental teria

    cotao elevada na actividade e competncia instrumental; o lder expressivo

    ou de relaoteria cotao elevada na simpatia e menos elevada nos restantes

    factores.

    39

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    Grade gerencial caracterizao dos 5 principais estilos de liderana:

    Da autoria de Blake e Mouton(1964).

    Apresenta-se em seguida a grade gerencial:

    Gerncia 1,9

    (clube recreativo)

    Orientao para

    produo baixa (1) e

    orientao para

    pessoas alta (9). A

    ateno dedicada

    necessidade que as

    pessoas tm de manter

    boas relaes gera um

    clima agradvel e

    amistoso na

    organizao e no

    andamento do

    trabalho.

    Gerncia 9,9

    (equipa)

    Orientao para

    produo alta (9) e

    orientao para

    pessoas alta (9). Os

    resultados provm di

    empenho pessoal: a

    interdependncia

    atravs de um

    interesse comum

    pelos objectivos da

    organizao produz a

    rolao de confiana e

    respeito.

    +

    Orientao para

    pessoas (1-9)

    -

    Gerncia 1,1

    (empobrecida)Orientao para

    produo baixa (1) e

    orientao para

    pessoas baixa (1). O

    esforo mnimo

    necessrio para

    realizar o trabalho

    requerido suficientepara garantir um lugar

    na organizao.

    Gerncia 5,5

    (o homemorganizacional)

    Orientao para

    produo intermdia

    (5) e orientao para

    pessoas intermdia (5).

    O desempenho

    organizacional

    adequado possvelmediante o equilbrio

    entre a necessidade de

    alcanar resultados e a

    manuteno da

    satisfao pessoal em

    nvel aceitvel.

    Gerncia 9,1

    (autoridade-

    obedincia)

    Orientao para

    produo alta (9) e

    orientao para

    pessoas baixa (1). A

    afunda operacional

    resulta da organizao

    das condies de

    trabalho de tal forma

    que o elemento

    humano interfira em

    grau mnimo.

    - Orientao para produo (resultados) (1-9) +

    40

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    PERSPECTIVA GENTICA:

    Vai complementar as teorias da abordagem funcionalista que apenas

    consideravam a influncia do lder e do seu comportamento sobre os

    subordinados e no o inverso, considerando, portanto, a existncia de um

    processo de interaco dinmica e recproco entre o lder e os seus

    subordinados com influncias mtuas.

    TEORIA DAS ATRIBUIES MODELO DE GREEN E

    MITCHELL:

    Trata-se um modelo de 1979.

    Atribuio causal refere-se aos processos cognitivos atravs dos quais umsujeito (observador lder ou liderado) infere as causas do comportamento

    observado de um outro sujeito (actor lder ou liderado).

    O modelo proposto considera 2 fases do processo de atribuio causal:

    Comportamento do subordinado

    (fase 1 processos atributivos)

    Atribuies do lder

    (fase 2 processos atribucionais)

    Comportamento do lder

    Volta ao incio e recomea

    Influncias da teoria das atribuies de Kelley e Michela(1980):

    A causa de um dado comportamento pode ser atribuda a: pessoa /

    entidade / contexto. Princpio da convarincia 3 dimenses:

    Grau de distintividade ser que este comportamento est

    ligado a apenas esta tarefa e no a outras?

    Grau de consistncia ser que o subordinado teve maus

    desempenhos noutras situaes?

    Grau de consenso ser que os outros subordinados tambm tm

    maus desempenhos nesta tarefa?

    41

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    Deve notar-se que o modelo de Kelley altamente racionalista, considerando

    que o ser humano processa a informao de forma racional e sistemtica e que

    existem 3 factores relativamente aos quais se pode atribuir a causa de um dado

    comportamento e que so a pessoa em si, a entidade e o contexto.

    HEURSTICAS ATRIBUTIVAS E ERROS ASSOCIADOS:

    Heurstica Regra explicativa que tendemos a generalizar a situaes

    semelhantes, o que pode levar a erros ligados a enviesamentos, os quais so os

    seguintes:

    Efeito do falso consensoAs pessoas tm tendncia a prestar pouca

    ateno ao grau em que um determinado comportamento comum e a

    recorrer ao seu prprio comportamento como critrio.

    Erro fundamental da atribuio Tendncia para sobrestimar a

    importncia relativamente s disposies pessoais no que toca s hetero-

    atribuies.

    Atribuies egocntricas Tendncia a assumir responsabilidade de

    resultados positivos e negativos face a insucessos.

    Relevncia hednicaA empatia e a aproximao afectiva entre lder

    e liderado leva a uma tendncia mais acentuada por parte do lder a fazer

    atribuies que favoream o subordinado.

    Caractersticas pessoais dos actores Estudos indicam que

    caractersticas como a raa ou o sexo podem afectar as explicaes

    causais.

    A atribuio vai afectar o comportamento do lder quanto:

    a. Ao tipo de recompensa que vai dar ao subordinado.

    b. Ao tipo de superviso e controlo.

    c. Ao tipo de expectativas acerca do comportamento futuro.

    Heurstica da responsabilidade Quanto mais visto for o subordinado como

    responsvel pelo seu comportamento, mais intensa a reaco do lder; se se trata de

    contexto, sucede o inverso.

    42

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    Efeito da experincia do lder O lder que tem mais experincia, faz menos

    atribuies internas face ao comportamento.

    TEORIA DE EDEN:

    A teoria de Eden (1984) vai enfatizar a interaco entre lder e subordinado

    relativamente aos seus comportamentos.

    Implica o conceito das profecias auto-realizveis ou auto-confirmatrias

    (Merton) Demonstrado empiricamente por Rosenthal e Jacobson (1968)

    atravs da experincia do efeito de pigmaleo: A avaliao prvia (falsa) no

    inco do ano lectivo do QI e competncias das crianas levou ao enviesamento

    do comportamento dos professores, o que est ligado s expectativas (falsas)

    levantadas quanto ao potencial dos alunos; de facto, verificou-se que os alunos

    ditos com maior potencial acabaram por ter melhores resultados no final do

    ano lectivo. A manipulao das expectativas do lder leva modificao

    directa do seu comportamento e indirectamente mudana do comportamento

    dos subordinados. Eden e David (1981) perguntaram o seguinte: Ento o que

    resulta manipulando as expectativas dos subordinados? Resposta: A

    manipulao das expectativas dos subordinados leva alterao directa do seu

    comportamento reforando as prprias expectativas (novamente surge a

    ligao ao conceito das profecias auto-realizveis).

    O seu modelo acerca das profecias auto-realizveis no contexto de

    trabalho(ver anexo):

    Expectativa do Supervisor Liderana Auto-Expectativa do Subordinado

    Motivao Performance Expectativa do Supervisor e Auto-Expectativa do

    Subordinado