Resumo John Locke

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Resumo John Locke

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A filosofia emprica (do grego empeiria = experincia) ganha formulao paradigmtica, sistemtica, metodolgica e crtica consciente a partir de Locke.Seguindo a linha tradicional do empirismo, que admite que todo conhecimento vem da experincia, portanto, dos sentidos, Locke busca compreender qual a gnese, a funo e os limites do entendimento humano. Para isso, critica a noo cartesiana de sujeito como substncia. A mente uma tabula rasa, j diria Aristteles, que retomado aqui para evidenciar que nada no existe na mente que no estivesse antes nos sentidos.De acordo com Locke, a mente como uma cera passiva, desprovida de contedos, em que os dados da sensibilidade vo imprimindo ali as ideias que podemos conhecer. Aqui, ideia no tem o mesmo significado que em Descartes (ou se tem, trata-se apenas das adventcias, no das inatas). As ideias inatas existem no esprito humano, so anteriores ao nascimento e coordenam, assim, o modo como o homem conhece. Mas para o filsofo empirista, o saber humano determinado pelas impresses vindas da sensao, no de um fundamento inteligvel inato. Corpo e mente so uma coisa s, no so distintos como em Descartes. Notem que ainda estamos trabalhando com a noo de sujeito como fundamento, mas agora no mais um sujeito universal (razo) e sim um sujeito particular no qual todas as representaes (ideias) esto encerradas no modo como cada indivduo percebe a realidade. Fica ento a pergunta: como universalizar os juzos, j que as representaes so particulares? Eis a resposta a seguir.Em primeiro lugar, para Locke a nica coisa que pode ser inata no homem a capacidade de depreender (abstrair) ideias dos fatos singulares (como em Aristteles) e no que as prprias ideias sejam inatas (como em Descartes). Em seu Ensaio sobre o entendimento humano, Locke faz uma espcie de mapeamento de como em nossa mente se produzem as ideias. As ideias derivam das sensaes. No existe pensamento puro sobre conceitos meramente inteligveis, mas pensar sempre pensar em algo recebido pelas sensaes impresso em nossa mente. A experincia nada mais do que a observao tanto dos objetos externos como das operaes internas da mente. Pensamento no formal, mas sim uma sntese entre forma e contedo derivados da experincia e limitados a esta. A experincia pode ser de dois tipos:1. Externa, da qual derivam as ideias simples de sensao (extenso, figura e movimento, etc.);2. Interna, da qual derivam as ideias simples de reflexo (dor, prazer, etc.).Dessa forma, Locke chama de qualidade o poder que as coisas tm de produzir as ideias em ns e distingue entre:Qualidades primrias so as qualidades reais dos corpos das quais as ideias correspondentes so cpias exatas;Qualidades secundrias so as possveis combinaes de ideias, sendo em parte subjetiva, de modo que as ideias delas no correspondam exatamente aos objetos (cor, sabor, odor, etc.).A mente, segundo Locke, tem tanto o poder de operar combinaes entre as ideias simples formando ideias complexas, como o de separar as ideias umas das outras formando ideias gerais.So trs os tipos de ideias complexas:1. Ideias de modo, que so afeces da substncia;2. Ideias de substncia, nascidas do costume de se supor um substrato em que subsistem algumas ideias simples, e3. Ideias de relaes, que surgem do confronto que o intelecto institui entre as ideias.Locke admite tambm a ideia geral de substncia, obtida por abstrao e no nega a existncia de substncias, mas sim a capacidade humana de ter ideias claras e distintas. Conforme Locke, a essncia real seria a estrutura das coisas, mas ns conhecemos apenas a essncia nominal, que consiste no conjunto de qualidades que deve ter para ser chamada com determinado nome. Assim, a abstrao (que nos antigos era o meio pelo qual se alcanava a essncia do ser) torna-se, em Locke, uma parcializao de outras ideias complexas: o geral e o universal no pertencem existncia das coisas, mas so invenes do prprio intelecto que se referem apenas aos sinais das coisas, sejam palavras ou ideias.O conhecimento, ento, consiste na percepo da conexo ou acordo (ou do desacordo e do contraste) entre nossas ideias.

Segundo Locke, Deus nos conferiu apenas as faculdades para que pudssemos adquirir conhecimento, dentro de certos limites. Contrariando o inatismo, ele afirma que, ao nascermos, somos como uma folha em branco - "tbula rasa", diziam os empiristas - que escrita na medida em que vivemos e temos experincia de mundo:

"Suponhamos, pois, que a mente , como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela suprida? De onde lhe provm este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razo e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experincia. Todo o nosso conhecimento est nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o prprio conhecimento." (1978, I, II, ii).

Basicamente isso que o empirismo sustenta: contrapondo-se ao racionalismo, que privilegia a razo como fonte segura do conhecimento, esta escola enfatiza o papel da experincia. Junto com Locke, fazem parte do empirismo britnico os filsofos George Berkeley (1685-1753), David Hume (1711-1776) e John Stuart Mill (1806-1873).\Mas isso no quer dizer que, para Locke, a razo no tem nenhuma funo no processo cognitivo e que apenas aprendemos por meio das sensaes. Seria um absurdo dizer isso, porque equivaleria a dizer que um matemtico, para saber que um tringulo possui trs lados, teria que encontrar um tringulo andando de metr ou vagando pelo bosque.

Limites do conhecimento nas ideiasO que Locke diz que somente a experincia nos fornece as ideias que habitam nossos pensamentos. Em outras palavras, que o conhecimento tem um incio externo, fora do homem.

Ideias, segundo o filsofo ingls, so os objetos do conhecimento, isto , a matria da qual o conhecimento formado. Elas so percebidas pelos sentidos, mas o entendimento que confere o, por assim dizer, acabamento final.

Todo conhecimento, portanto, est fundamentado na experincia, que nos fornece as ideias que constituem tudo aquilo que podemos saber sobre o mundo. As fontes dessas ideias, diz Locke, so duas:

Sensao, ou sentido externo: a percepo de objetos sensveis e particulares, como o gosto de uma ma, a sensao de uma xcara quente de caf, o som da voz de nossa me ou a viso de um pr do sol. Reflexo ou sentido interno: a percepo da operao de nossas mentes com as ideias j ali depositadas pela sensao, derivando as dvidas, crenas, vontades e o conhecimento propriamente dito.

somente com o segundo estgio, da reflexo, que atingimos o entendimento das coisas; mas, sem as janelas abertas para a luz vinda da experincia, nossa mente permanece como um quarto escuro. Os limites do que podemos conhecer, desse modo, so as ideias. No podemos ir alm delas.

Locke ainda divide as ideias em: Simples: so as que nos chegam misturadas num objeto, mas que podem ser separadas pelos diferentes sentidos pelos quais as recebemos: a textura lisa, o aroma perfumado, o gosto doce, a consistncia firme e a cor vermelha so ideias simples que podemos distinguir da ma. Complexas: quando nossa mente preenchida dessas ideias simples, podemos formar, combinando-as, ideias complexas, como, por exemplo, homem, beleza, ma ou universo.

Boa parte do Ensaio Acerca do Entendimento Humano dedicado ao exame dessas ideias simples e complexas que so a base de todo entendimento, o que permite a Locke propor resolues para importantes problemas filosficos envolvendo conceitos como espao, tempo, infinidade, substncia, Deus, liberdade e poder.

Graus de conhecimento Em resumo, diz Locke: "Conhecimento consiste na percepo do acordo ou desacordo de duas ideias. Parece-me, pois, que o conhecimento nada mais do que a percepo da conexo e acordo, ou desacordo e rejeio, de quaisquer de nossas ideais." (1978, IV, I, ii).

Por exemplo, quando sabemos que branco no preto, ao perceber que ambas as ideias ("branco" e "preto") esto em desacordo; ou que os trs ngulos de um tringulo so iguais a dois retos, ao perceber a igualdade entre eles.

Em relao clareza e certeza dessas afirmaes, Locke classifica os graus de conhecimento em trs: Intuitivo: aquele em que a mente percebe o acordo ou desacordo entre duas ideias imediatamente, sem a necessidade de outras ideias. Por exemplo, quando percebo que o branco no preto, o quadrado no tringulo ou 1+1=2. o tipo mais seguro e claro de conhecimento humano. Demonstrativo: quando a mente necessita de ideias subsidirias para perceber o acordo ou desacordo entre outras duas ideias - so as chamadas provas. Para saber, por exemplo, que trs ngulos de um tringulo so iguais a dois ngulos retos, preciso verificar essas medidas. Sensvel: a percepo que temos de objetos particulares externos atravs dos sentidos. Apesar de Locke incluir este terceiro tipo entre os graus de conhecimento, mesmo sendo o menos claro e seguro dos trs anteriores, o filsofo diz que o raciocnio que no for intuitivo ou demonstrativo artigo de f ou de opinio, no conhecimento propriamente dito.

Com base em sua classificao dos tipos de conhecimento, Locke diz que as certezas provenientes da matemtica e a moral so indubitveis e evidentes, pois so alcanveis pelo raciocnio com ideias presentes na mente humana, enquanto as cincias empricas, como a fsica, que necessitam de uma verificao e confronto com a realidade sensvel, no configuram verdades universais. A teoria do conhecimento lockeana influenciou os filsofos iluministas, Kant e os positivistas lgicos, entre outros.

INDICEINTRODUO TEORICA..................................2IDIAS PRINCIPAIS............................................3Introduo................................................................................3Idias..........................................................................................4Solidez........................................................................................5Relacionamento entre as idias..................................................................6Graus de certeza e razes de asentimiento.....................................8IDIAS SECUNDRIAS........................................11Qualidades primrias...................................................................................11Qualidades secundrias...............................................................................11EXEMPLOS.........................................................13Introduo.................................................................................................13Das noes inatas..............................................................................13Das idias de modo geral e sua origem.........................................................14Da solidez.................................................................................................15Dos relacionamentos entre as idias.............................................................16Dos graus de certeza e razes de asentimiento.........................17JULGAMENTOS CRITICOS ............................................19BIBLIOGRAFIA...................................................21Introduo TericaNeste trabalho explicaremos a teoria do empirismo do filsofo John Locke, exposta em sua obra "Ensaio sobre o Entendimento Humano" que fala sobre o entendimento, as idias, sua origem e as qualidades que provocam as idias em nossa mente.John Locke (1632-1704) foi um dos filsofos mais importantes da poca da Ilustrao, onde floresceram as artes, cincias e letras baseando no uso da razo, pelo qual foi infludo pelas teorias de cientficos como Boyle e filsofos como Descarte, contemporneos dessa poca. considerado o fundador do empirismo, doutrina que postula que todo conhecimento (com exepto das matemticas e a lgica ) se deriva da experincia e, portanto, se ope s idias de Platn e Descarte ao afirmar que NO EXISTEM IDIAS OPRINCIPIOS GENERAIS INTUTIVAS Ou NOES INATAS.Responderemos assim, neste trabalho, as mesmas perguntas que se formulou Locke neste ensaio:- Qual a origem de nossas idias?- Como se enche de contedo nossa mente?Tratando de ser o mais simples e claras possveis, como frmula em sua carta ao leitor, j que "mais importante falar de uma forma didtica para que uma grande massa possa entender, que em uma linguagem que s entendem uns poucos. prefervel que estes se aburran com as explicaes a que a grande maioria no o entenda"IDIAS PRINCILPALESIntroduo:O entendimento a mais elevada faculdade da alma e seu exerccio entrega um maior e mais constante prazer.A mente, ao chegar ao conhecimento, descobre o novo e o melhor.O entendimento julga os objetos por como os v e percebe.No devemos mendigar as opinies para assim obter o prazer prprio do entendimento, nem tambm no invejar a autores porque deles podemos obter nossos prprios pensamentos.Uma verdade posta de um mesmo modo no ser entendida nem aceitada por todos do mesmo modo.O Ensaio de Locke est escrito de maneira tal que seja inteligible para o maior nmero de pessoas, j que este prefere que para as pessoas mas entendidas no tema seja tedioso, a que um grupo menor de gente lhe entenda.No todos podemos aspirar a ser cientficos, tcnicos e experientes; mas devemos satisfazer com nossos lucros porque por pequenos que sejam nos do um sentido e satisfao na vida.A investigao a respeito do entendimento agradvel e til, isto , com grandes vantagens para governar nosso entendimento em busca das demais coisas; ademais que o homem amerita ser pesquisado por sua dignidade.O desenho do ensaio, segundo Locke, baseia-se em pesquisar as origens, a certeza e o alcance do entendimento humano; junto dos fundamentos e graus de crenas, opinies e asentimientos, sem considerar o aspeto fsico do humano.O mtodo de Locke centra-se em averiguar os limites entre a opinio e o conhecimento, por isso este pesquisar a origem das idias e tratar de mostrar que conhecimento obtm por essas idias o conhecimento.Nossas capacidades so as adequadas a nosso estado e a nossos interesses, por isso seria displicencia o desestimar as vantagens de nosso conhecimento e descurar o o melhorar s por suas limitaes.IDIAS:Idia o objeto do entendimento, quando uma pessoa pensa e todo aquilo do qual pode ser ocupado a mente quando pensa.Todos temos conscincia das idias em ns, isto est demonstrado por nossas palavras e atos.As pessoas tm idias que provm da experincia, no de uma forma inata como se pensou em um princpio. As idias so o que a mente ocupa enquanto o homem est pensando, pelo que podemos dizer que as idias so o objeto do ato de pensar.Todas as idias provm da experincia e da nascem e se derivam. Existem dois vias da experincia: experincias de sensaes provocadas por objetos sensveis, ou experincias de reflexes (operaes internas)Os objetos de sensao so um das origens das idias, por essa via chegamos a possuir as idias das qualidades sensveis(alvo, duro, calor, doce, etc.). Ento a sensao o que origina o maior nmero de idias que temos no entendimento.As operaes de nossa mente so a outra origem de nossas idias. Estas operaes fornecem ao entendimento outro tipo de idias (como as de percepo de pensar, de duvidar, de conhecer, de querer, etc.),que no poderiam ser tido derivado de coisas externas j que so atividades de nossas prprias mentes.Todos temos esta fonte de idias em ns mesmos e j que se parece muito aos sentidos mas no o , se lhe poderia chamar sentido interno que locke chama como reflexo.Estas duas fontes (a sensao e a reflexo) so, para locke, os nicos origenes de onde todas nossas idias provm inicialmente.Todas nossas idias so da uma ou da outra classe. Os objetos externos fornecem mente de idias de qualidades sensveis, e a mente fornece ao entendimento com ides de suas prprias operaes.SOLIDEZ:A idia da solidez recebemo-la por nosso tato. Chama-se solidez resistncia de um corpo que impede a aproximao de outro corpo quando se movem o um para o outro ,esta idia tambm recebe o nome de impenetrabilidad .Esta idia de impenetrabilidad esta estreitamente unida de matria, j que nossos sentidos no tomam nota dela seno de quantidades ou volumes de massa de matria que seja suficiente para produzir em ns uma sensao .A solidez cheia o espao .Em termos mais singelos o corpo ou substncia slida exclui fisicamente a outra substncia qualquer de um local determinado. diferente do espao; Isto se refere a que no existe fora por mais poderosa que seja que possa vencer a solidez de um corpo . diferente da dureza .A dureza e a solidez so conceitos diferentes . A solidez consiste na ocupao completa do espao e exclui de um modo absoluto a outros corpos do espao que possui. A dureza s consiste em uma coeso firme das partes da matria que compem as massas cujo volume podemos perceber.Duro e macio so caratersticas que ns mesmos lhe damos a um corpo qualquer ,segundo a constituio ou capacidades de nosso prprio corpo .Assim dizemos que algo duro ,nos produz alguma dor .Por outra parte algo macio quando nosso corpo no experimenta dor e capaz de modificar a situao das partes de outro corpo sem maior esforo.A solidez depende do impulso , a resistncia e a excluso dependem da solidez .Desta idia desprendem-se dimenses ,j que a extenso de um corpo no nada ,sem a coeso da continuidade das partes slidas separables e movibles .Pelo contrrio na extenso do espao ,a continuidade das partes no so slidas seno inseparveis e imveis .Que seja a solidez. Isto faz referncia a que o ouvinte refleta/reflita sobre que a solidez? atravs da utilizao de seus prprios sentidos ,que aplique princpios to bsicos como apertar um objeto entre suas mos.RELACIONAMENTOS ENTRE As IDIAS:H 4 tipos de acordo ou desacordo com as idias. Assim podemos perceber que:Uma idia dada o que e a sua vez o que domina a identidade e a diversidade.Os envolvimentos que saem das idias so arqutipos engendrados pelo esprito.Algumas idias vo acompanhadas por outras idias, sempre as mesmas ou que coexisten entre si e podemos nos assegurar disso s pela experincia, embora no podemos saber porque essas idias ou propriedades esto sempre agrupadas.Nossas outras idias vinculam-se idia de existncia real, e estas correspondem a algumas de nossas idias ou so responsveis pelas mesmas.A partir das idias simples, a mente pode formar idias complexas, que resultam da comparao das primeiras. No contedo das idias simples encontram-se a identidade e diversidade, coexistencias e conexes e com a ajuda da memria sabemos que h aspetos nos que as idias mostram acordo ou desacordo. Assim se formam as idias universais que recolhem semelhanas entre as coisas. A mente totalmente passiva com a recepo de todas suas idias simples, mas ao exercer estas em forma ativa, as utilizando como fundamento, produz as idias complexas. Estas podem ser:modos: combinao de idias simples sem nenhuma suposio de existncia prpria e podem ser:simples: dzia, espao, tempo ou local mistos: beleza, roubosubstncias: combinaes de idias simples que se tomam para representar coisas particulares que existem por si mesmas.relacionamentos: considerao ou comparao de uma idia com outra.A diferena do pensamento da filosofia ocidental, que postulaba que as substncias eram a idia de um suporte comum de qualidades e existiam realmente ou como suporte dos acidentes (perfeita ignorncia disso), Locke pensava que a mente no recebe a informao das qualidades dos corpos por separado, seno que estamos acostumados s receber unidas e ao no nos imaginar de que maneira estas idias simples podem subsistir por se mesmas, nos acostumamos a supe que existe um substratum onde existem e de onde resultam; a isso chamamos substncia.Assim h uma diferena entre substncia de modo geral e substncia designadamente, j que a primeira um substratun desconhecido e a segunda as coisas particulares. Como uma idia complexa no apresenta nenhum problema, j que no exige a existncia de algo fora dela.Ao separar a substncia aparece em ns a idia de substratum independente, do qual no se tem nenhuma idia diferente, assim uma idia de algo que no sabemos que , s que algo criado pela mente e no a temos nem a podemos ter por sensao nem reflexo. A partir da idia anterior, Locke afirma que temos uma idia to clara da substncia espiritual como da corporal, diferindo da tese de Descarte e os materialistas, pois mantm o conhecimento da substncia sem chegar a duvidar da realidade objetiva.As coisas materiais so conhecidas atravs de idias e assim reconhece que ter a idia de uma coisa em nosso esprito no prova sua existncia, portanto a sensao no prova que exista a coisa sentida, com a certeza que d a intuio ou a demonstrao, mas se nos d um conhecimento suficiente disso.GRAUS DE CERTEZA E RAZES DE ASENTIMIENTO:O conhecimento da origem das idias permite-nos determinar os graus de certeza, evidncia e alcance e as razes do asentimiento.A existncia real das coisas e do mundo deve ser enfrentado sobre a base do acordo de nossas idias. Locke postula de modo que se o conhecimento que temos de nossas idias acaba nelas sem chegar mas l, quando apontam a algo exterior, nossos pensamentos mais srios no teriam mas utilidade que os sonhos de um crebro desquiciado que v claramente coisas no sonho.Todo nome tem de significar algo que, ou esta na coisa ou bem tem sua origem em uma referncia que nossa mente encontra na coisa para algo diferente desta, mas se considera simultaneamente com a anterior; assim o nome significa um relacionamento. Os graus de asentimiento so: intuio: cuja fora irresistible; d-se sem esforo e oferece a maior clareza e certeza, pois nela a mente no faz seno constatar o acordo ou desacordo entre idias. S a base desta so possveis os restantes graus.demonstrao: pela que a mente conhece, tambm o acordo ou desacordo de duas idias, mas no imediatamente, seno atravs de idias intermdias que h que considerar sucessivamente. O conhecimento demonstrativo no sempre claro, porque algumas das idias intermdias no so facilmente evidentes.conhecimento sensitivo de seres particulares: ainda licito lhe chamar verdadeiro saber, mas no atinge o grau de certeza dos anteriores.Locke afirma que acha que o conhecimento no seno a percepo do acordo e rejeio entre qualquer de nossas idias. Assim podem ser fixado com preciso os limite do conhecimento humano:a)Temos um conhecimento intuitivo de nossa prpria existncia, que se manifesta na cada um dos atos que so a sensao, o raciocnio, ou a reflexo. Nada pode ser conhecido com mas certeza.b)Temos um conhecimento verdadeiro e demonstrativo da existncia de Deus. A demonstrao depende de certos elementos do conhecimento intuitivo, como o de minha prpria existncia e do princpio de que um ser real no pode haver sido produzido pela nada. Tambm que deve existir um ser cognocente que conhea todas as coisas desprovistas de conhecimento.c)Temos um conhecimento sensvel das coisas extrnsecas a ns no momento das perceber e a memria nos assegura que tais coisas existiram no passado. Tanto os graus de conhecimento, como o conhecimento da existncia tm o limite da experincia , pelo que o relacionamento lgico se faz difcil, j que resulta vo e estpido pensar que o homem espere que todas as coisas tenham demonstrao. No conhecemos a verdadeira essncia das coisas e no sabemos se a alma uma substncia material ou espiritual. IDIAS SECUNDRIASLocke postula que a maioria das idias de sensao so na mente a semelhana de um corpo externo a ns mesmos e No imagens exatas do objeto que a produz. Por isso assinala que:"As idias so na mente e as qualidades nos corpos"Todo aquilo que a mente percebe em si mesma IDIA e a potncia para produzir qualquer idia na mente a QUALIDADE do objeto, porque j esto no objeto em si.H dois tipos de qualidades: as primrias e as secundrias.-qualidades primrias: So aquelas que so inseparveis na matria e as conserva constantemente em todas as mudanas que sofra.Esto na cada partcula do objeto, seja percebida ou no por nossos sentidos. Estas so: Solidez extenso forma nmero mobilidade repouso-qualidades secundrias: so as qualidades que no so nos objetos mesmos, seno potncias para produzir estas sensaes por mdio de suas qualidades primrias. Estas so: cores cheiros sons sabores, etc.Os corpos produzem as idias das qualidades primrias mediante o IMPACTO; se os objetos externos no se unem na mente quando produzem idias nelas, ns, no entanto, percebemos estas qualidades com um mnimo movimento que passa de nossos sentidosao crebro. Assim distinguimos imediatamente as caratersticas primrias.Os corpos produzem as idias das qualidades secundrias pela operao de partculas imperceptibles sobre nossos sentidos.Quando por elas no podemos as perceber caratersticas primrias, estas partculas produzem as sensaes que provocam os cores e os cheiros, entre outras caratersticas secundrias.As idias das caratersticas primrias so semelhanas; no assim as idias das caratersticas secundrias, porque os corpos tm o "poder" para produzir as idias de azul (cor), doce (sabor), etc.EJEMPLIFICACIONIntroduo:1.- Do entendimento como a mais elevada faculdade que entrega mais prazer, tudo por uma constante busca da verdade.Ex.: O grupo de cientistas que compem o Projeto Genoma Humano, tratando de encontrar a verdade de como estamos formados geneticamente, at a descobrir e seguir na investigao para encontrar sua utilidade, benefcio, etc.2.- Do entendimento como o olho.Ex.: o olho humano de alegra com quanto descobre e no se apena pelo que de lhe escapa, j que o desconhece. 3.- Do prazer que sente um caador.Ex.: quando um futebolista joga um partido e din lhe importar se meta ou no gols, ele participa ativamente com muito desfruto e prazer.4.- Ex.: quando nos valemos s das opinies dos demais, deixando de lado as minhas prprias, atuo como um espelho, o qual reflete exatamente o mesmo que observa em seu ao redor.5.- Ex.: No a todas as alunas de um mesmo curso lhe agradam as matemticas ou tm um mesmo interesse por estas, pelo mesmo (dependendo do esforo que faamos),influir na capacidade de entendimento que obtenhamos delas.Das noes inatas1.- Ex.: quando um atleta fixa todo seu interesse e entusiasmo em conseguir a prova de: carreira com obstculos ou com cercas. Durante o treinamento cai, no lhe coincidem os passos, no corre suficientemente rpido, se tropea, etc., no entanto, aquilo no lhe molesta porque de seu interesse. E apesar de tudo, ao chegar o momento da concorrncia, se dispe a ter uma excelente carreira, chegando triunfante meta. 2.- O mtodoEx.: Quando uma pessoa vai caminhando por uma rua e se tropea com um lombo de touro, o qual desconhecia. A vez sgte. Que ela voltou a passar por ali, tomou a precauo de no se cair, porque a partir de sua experincia conheceu a idia da existncia desse lombo de touro. 3.- Ex.: Quando um aventureiro empreende uma travessia na busca de um tesouro que est localizado em uma montanha. Um momento encontra-se no meio de sua trajetria com um grande rio que lhe dificulta continuar seu caminho, pois cruzando este est a grande montanha. D-se quanta de que consta com a presena de um grosso pau de cnhamo e com a ajuda de algumas pedras que emergem do rio na largura deste, como formando um caminho. Depois d-se conta de que tem duas possibilidades: 1 render-se e chegar at a sem conseguir seu objetivo. 2 utilizar da melhor maneira esses recursos que se lhe apresentam e passar ao outro lado do rio, chegando invito ao tesouro. Escolhe a opo 2, enfrenta-se s dificuldades que o caminho lhe possa oferecer, e, fazendo uso do cnhamo como uma garrocha e das pedras como ponte, cruza o rio, chegando vitorioso ao encontro de to esperado tesouro.Das idias de modo geral e sua origem1.- Ex.: Quando duas amigas se juntam e comentam suas diferentes opinies com respeito a um mesmo elemento: como um exrcito. Uma percebe a idia de luta, entrega, herosmo, valentia, etc. Porque viu diferentes filmes de combates de exrcitos em que as personagens se dispem at o ponto de entregar suas vidas por um nobre ideal; alm de haver lido histrias de grandes guerreiros medievais. Por outra parte, sua colega, percebe a idia de tragdia, de dramas, de dor, sofrimento, crueldade; todo porque lhe tocou viver os locais e momentos em que exrcitos de diferentes partes tm grandes confrontos, causando mortes, facilitando o desenvolvimento da pobreza, via como os guerreiros matavam sem consolo nem piedade aos do outro bando, e via como estes sofriam a sua vez.2.- Ex.: quando tenho a idia de doce quando vejo o mel; isso porque uma vez comi banana com mel e pude degustar seu doce sabor3.- Ex.: Quando vejo uma lmina de fierro e o toco, duro. Quando volto ao ver poderei perceber atravs da vista que duro, porque me causa essa idia por minha anterior experincia 4.- Ex.: quando Ana tem uma idia de como perceber o amor, sem a interveno de nenhum objeto externo a ela como uma almofada de corao ou como uma foto de dois apaixonados juntos, seno que com o prprio recurso com que sua mente opera.Da solidez1.- Ex.: quando tocamos uma cadeira nos damos conta de que slida, no podemos usar seu local porque impenetrvel, bem como tambm ns.2.- Ex.: Quando tentamos que uma pra e uma ma ocupem um mesmo espao, um mesmo local. impossvel, a cada qual exclui ao outro objeto, porque so slidos. 3.- Ex.: Quando em uma habitao temos diferentes elementos: uma cadeira, uma cama, um escritorio, uma caixa, etc. Todos estes elementos enchem um espao, diferente de que sejam um espao; esto localizados em um mesmo local. Por ser slidos no podemos os atravessar, temos que os tirar do mdio para poder passar pelo espao que estavam ocupando.4.- Ex.: Uma poro de gua, pois esta ocupa um espao e no dura, mas slida, porque no podemos ocupar o espao que ocupa esta ao mesmo tempo, poderemos s quando a tiramos do mdio.5.- Ex.: Quando tratamos de fundir um yunque com uma pluma, impossvel j que so slidos, por isso no podem ocupar um mesmo espao. Relacionamentos entre as idias.Tipos de acordo ou desacordo com as idias:Faamos a pizza em minha casa! : essa idia vai identificar-te porque voc a prope e a sua vez podem existir outras idias diferentes tua.Se tem a idia de ma , o significado que lhe d vem desde teu interior, baseada na experincia de haver percebido antes uma ma.Ao ter a idia de co , podem ademais compreender-se a idia de lanudo, grande, bravo, etc., j que tua experincia faz com que tua associe estas idias em tua mente.Das idias simples, a mente pode formar idias complexas:Se temos a idia de brilhante e ao mesmo tempo a de sol , a mente pode formar a idia de to brilhante como o sol.Idias Universais: ao estar todos de modo geral de acordo com a idia da Terra redonda.Tipos de idias complexas:modos: simples: dzia, espao, tempo ou local mistos: beleza, roubosubstncias: frondoso, grande e verde = rvorerelacionamentos: doce + mel = doce como o melDiferena de pensamentos sobre as substnciasTomate = jugoso, vermelho, salgado (pensamento de Descarte) Tomate = jugoso + vermelho + salgado (pensamento de Locke)Diferena entre:Substncia de modo geral: belezaSubstncia designadamente: segundo idia ocidental: loiro, olhos azuis, alto, escultural.Substratum independente: felicidade, no sabemos de onde vem a idia, mas ainda assim sabemos que a temos.Substncia espiritual: solidariedadeSubstncia corporal: terraTer a idia de uma coisa em nosso esprito no prova sua existncia: se temos a idia de solido, no pode ser comprovado se existe por mdio dos sentidos, mas ainda assim conhecemos o que .Graus de certeza e razes de asentimientoExistncia real: todos sabemos que uma cadeira um objeto no que podemos nos sentar, porque o conhecimento no s se baseia em perceber uma cadeira e ter essa idia em nossa mente, seno que em conhecer algo mas dela, como seu uso. Todo nome tem de significar algo: cicatriz: sinal que deixa uma ferida.Cicatriz = sinal + deixar + feridaGraus de asentimiento: INTUIO: minha prpria existnciaDEMOSTRACION: o homem tem um corao.CONHECIMENTO SENSITIVO DE SERES PARTICULARES: as coisas extrnsecas. JULGAMENTOS CRTICOSJulgamento critico filosfico:O empirismo foi acusado de muitas coisas atravs da histria e quase todas as acusaes tiveram grande parte de razo. Uma das acusaes :Que no explica como possumos conhecimento de algo mais que no sejam nossas idias e as operaes de nossa mente .Locke tem uma resposta a isto dizendo que: a mente em todos seus pensamentos e raciocnios , no inclui mais que suas prprias idias ,que a nica que pode contemplar ,e portanto evidente que nosso conhecimento s se refere a elas.A concluso mais bvia deste argumento que todo mundo exterior, nos est vedado ,por que , embora realmente exista de maneira independente ,para ns s so idias registradas em nossa mente ,o que nos deixa encerrado em si mesmo e sem capacidade alguma de conhecer a realidade externa .Julgamento critico como leitora (s) :Ao ler e analisar este fragmento do "Ensaio sobre o Entendimento Humano" do filsofo John locke; podemos dizer que estamos de acordo com Ele no que prope sobre a origem das idias, ao dizer que estas NO so inatas , seno que provm da EXPERINCIA, por este motivo que podemos explicar que as pessoas podem ter diferentes idias ou pontos de vista com respeito a um mesmo tema. Um exemplo mais clara disto o podemos observar no problema da pldora do dia depois, porque uma mulher que foi violada vai estar de acordo com que se aprove uma lei para sua venda, porque assim tanto ela como outras mulheres que passaram pelo mesmo, poderiam a tomar. Em mudana, uma mulher que no viveu isso pode estar na contramo, porque segundo os princpios ou religio que tenha, pode que no o aprove. Neste exemplo vemos como duas pessoas vivendo em uma mesma poca podem ter idias diferentes.Em outro ponto que estamos de acordo com o Sr. Locke, enlel qual Ele fala sobre nossas capacidades, que so adequadas a nosso estado e a nossos interesses, porque algo que vemos a dirio dentro de nosso mesmo curso, com colegas que tm um maior grau de interesse na rea Humanista, ento, lhes mais fcil captar este tipo de matrias, que outras como o Matemticas.Uma crtica negativa que lhe podemos fazer ao Sr.Locke a forma tediosa na que escreve, repetindo vrias vezes a mesma idia, em uma linguagem algo "enredado", o que fez dificil nossa leitura e entendimento do texto;mas isto o podemos compreender pelo que assinala na epstola ao leitor onde se refere a que Ele prefere que um grupo grande de pessoas entendam seu ensaio e que se aburran a que s um pequeno grupo selecto o entenda e o resto no.