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Revisao Tecnica Do Endogard_1

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ANTIPARASITARIO CANINO

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  • ENDOGARD*UMA REVISO TCNICA

    VALDIR CARLOS AVINO - MDICO VETERINRIO

    INTRODUOO notvel aumento do nmero de ces e gatos como animais de companhia nos ltimos anos coloca o Mdico Veterinrio em uma posio de destaque na orientao dos proprietrios quanto ao diag-nstico, tratamento, gerenciamento e controle das doenas destes animais.

    Problemas causados por helmintos gastrintestinais, pulmonares, cardacos e por protozorios agora so melhor compreendidos devido ao crescente conhecimento que temos adquirido sobre suas biolo-gias. Mtodos diagnsticos mais acurados, no mais simplesmente baseados no critrio simples de presena ou ausncia de ovos nas fezes, nos permitem identifi car com muito mais preciso a ocor-rncia dos diversos tipos de parasitismos. Enquanto a deteco laboratorial ainda parte funda-mental de um adequado diagnstico, observaes relativas condio clnica do paciente devem ser consideradas.

    Tambm, um conhecimento multidisciplinar tanto sobre a biologia do parasita quanto do hospedeiro em muito ajuda na identifi cao deste problema. Por exemplo, hoje se sabe que as fmeas dos para-sitas no produzem ovos de maneira constante e, sob a infl uncia da imunidade do hospedeiro, de sua dieta, de seu estado fi siolgico e, at mesmo da estao do ano, a produo destes ovos ou o de-senvolvimento das larvas podem ser parcial ou completamente inibidos por longos perodos.

    Todos estes esforos na melhor compreenso do parasitismo animal tm o intuito no s de melhorar a condio de vida destes nossos companheiros, mas tambm e eu diria principalmente de evitar que o potencial zoontico de muitas destas doenas se desenvolva.

    Ns veterinrios devemos, assim como outros profi ssionais da rea de sade, em funo da emergn-cia e/ou reemergncia de vrias zoonoses, nos colocar na primeira linha de defesa da sade pblica. Para isso, devemos utilizar nossos conhecimentos para desmistifi carmos o desconhecimento e a supers-tio da populao em geral no que se refere ao signifi cado destas doenas e para control-las.

    Todo este conhecimento adquirido teria, porm, menor signifi cado se no tivesse havido tambm uma grande evoluo na descoberta dos meios de tratamento destas doenas. Estudos sobre a far-macodinmica e farmacocintica de variadas drogas nos permitiram desenvolver produtos altamente efi cazes e de fcil administrao contra os principais endoparasitas dos animais domsticos.

    Na atualidade, uma de nossas principais estratgias de tratamento e controle do parasitismo a as-sociao de princpios ativos, que confere aos produtos um espectro de ao mais amplo, para que eles possam ser utilizados com efi ccia em uma diversidade de situaes.

    Endogard*, o mais novo antiparasitrio para ces desenvolvido pela Virbac, contm uma associa-o sinrgica e complementar de febantel, pamoato de pirantel, praziquantel e ivermectina, que lhe confere o mais amplo espectro de ao atualmente disponvel contra todos os principais endoparasi-tas de ces.

    Nas prximas pginas vamos fazer uma reviso sobre estes principais endoparasitas de ces, sobre a farmacodinmica e a farmacocintica dos princpios ativos utilizados e apresentar resumos dos prin-cipais trabalhos j desenvolvidos com o produto.

  • Dirofilaria immitis Dirofilaria immitis possui distribuio mundial e in-fecta larga variedade de espcies (co, gato, furo, raposa, lobo, leo-marinho e eqino). A distribui-o infl uenciada por uma populao reservatria de animais (geralmente ces), na qual se completa o ciclo vital e ocorre microfi laremia, e por um ve-tor mosquito, no qual se desenvolvem os estgios larvais iniciais. Os padres alimentares diferen-tes dos mosquitos infl uenciam as reas e as esp-cies de animais infectados. No caso da transmis-so para os gatos, o mosquito deve primeiramente se alimentar em um co e depois, aps exposio ambiental temperatura adequada, se alimentar em um gato.26

    Qualquer co pode ser um candidato a dirofi la-riose, entretanto, os animais que provavelmente se infectam esto em seus anos mais ativos, algo en-tre 2 e 7 anos de idade no momento do diagns-tico. Geralmente, ces grandes, como os de caa e trabalho, possuem um nvel de infeco maior, prova velmente devido ao aumento das exposies aos mosquitos. Ces que vivem domesticamen-te so infectados menos freqentemente, porm, ainda so vulnerveis aos mosquitos que penetram nas casas.

    IDENTIFICAOMacroscpica: vermes longos e delgados, de 20 a 30 cm de comprimento.27

    Microscpica: as microfi lrias no sangue no so encapsuladas e tm de 307 a 332 m de compri-mento por 6,8 m de largura. Sua extremidade an-terior afi nada e a posterior obtusa.27

    CICLO DE VIDAO vetor um mosquito hematfago. Ele ingere, de um co doente, sangue infectado com est-gios imaturos ou larvas L1 do parasita. Dentro dos mosquitos as larvas L1 migram para o estmago e, posteriormente, para as peas bucais, onde se desenvolvem at L3. Para um adequado desen-volvimento das larvas, necessria a ocorrncia de temperaturas quentes durante o curto perodo de vida dos mosquitos (aproximadamente 1 ms); a velocidade de desnvolvimento das larvas varia conforme a temperatura, podendo ser to cur-ta quanto 8 dias, a 30C, ou to longa quanto 28 dias, entre 1 a 8C.26

    A infeco pela dirofi lria comea quando o mos-quito deposita, na pele de um animal sadio, larvas L3 juntamente com sua saliva no momento em que suga sangue.

    Estas larvas infectantes penetram no tecido subcu-tneo e ali permanecem por aproximadamente 2 meses, tempo em que desenvolvem-se rapidamen-te em larvas L4. Acredita-se que estas eventual-mente penetram no sangue ou vasos linfticos do co. Na medida que migram na circulao sangu-nea em direo ao corao mudam para larvas L5 ou adulto jovem.

    Quatro meses aps a infeco, os vermes adultos podem estar presentes no corao e artria pulmo-nar. Posteriormente, maturam e reproduzem-se no ventrculo direito e vasos sanguneos adjacentes; se no eliminados, os parasitas continuaro a re-produzir-se por vrios anos.

    O estgio patolgico ocorre aps o parasita tor-nar-se um adulto maduro; estes podem viver 3 a 5 anos. Embora se desenvolva endocardite, a embo-lia e a ocluso vascular so raras enquanto os pa-rasitas esto vivos. A gravidade da patologia in-fl uenciada no somente pelo n de parasitas, mas tambm pelo estresse de privao de fl uxo sangi-neo superior associada ao exerccio.26

    Nas reas endmicas, a carga vermintica mdia de aproximadamente 15 parasitas nos ces e de 1 a 3 parasitas os gatos.26

    SINTOMAS CLNICOSOs sintomas clnicos da dirofi lariose dependem do estgio do ciclo de vida, da gravidade da infeco e da resposta do hospedeiro a infeco.26

    PRINCIPAIS PARASITAS DE CES

  • Os principais efeitos da infeco por Dirofilaria im-mitis so distrbios circulatrios devido interfe-rncia mecnica dos vermes adultos no corao e vasos sanguneos e uma reativa endarterite pulmo-nar. A dirofi lariose progride devido compensao cardaca, dilatao cardaca e, fi nalmente insufi ci-ncia cardaca. A condio pode ser agravada por tromboembolias nas artrias pulmonares.

    O resultado a congesto passiva dos pulmes, rins e fgado, hipertenso portal, congesto do in-testino grosso, ascite, hidrotrax e edema. O cur-so da doena depende do tamanho, localizao e durao da infeco. A sndrome da veia cava, a forma mais grave de dirofi lariose canina pode ocorrer quando grandes nmeros de vermes esto presentes na veia cava e no trio direito. A doena compromete a sade do co e se no tratada pode ser fatal.

    Os ces maciamente infectados fi cam inquietos, e h grande perda da condio fsica e intolerncia a exerccios. Apresentam tosse branda e crnica e, nas ltimas fases da doena, tornam-se dispnicos e podem desenvolver edema e ascite.

    As infeces mais leves de ces de trabalho podem ser responsveis por mau desempenho durante pe-rodos de esforos contnuos.

    EPIDEMIOLOGIAOs fatores importantes na disseminao de dirofi -lariose podem ser divididos nos que afetam o hos-pedeiro e nos que afetam o vetor.29

    Os fatores do hospedeiro incluem a alta densidade de ces em reas onde existem os vetores, o longo perodo patente de at cinco anos durante o qual esto presentes microfi lrias circulantes e a falta de resposta imune efi caz contra parasitas instalados.29

    Os fatores do vetor incluem a ubiqidade dos hos-pedeiros intermedirios mosquitos, sua capacidade de rpido aumento populacional e o curto perodo de desenvolvimento de microfi lrias em L3.29

    DIAGNSTICOBaseia-se na sintomatologia clnica de disfuno cardiovascular e na demonstrao das microfi lrias atravs de exame de sangue. Nos casos suspeitos, em que no podem ser demonstradas microfi lrias, as radiografi as torcicas podem revelar espessa-mento da artria pulmonar, seu trajeto sinuoso e hipertrofi a ventricular direita. Pode-se utilizar tam-bm angiografi a para demonstrar mais nitidamente as alteraes vasculares. Estes procedimentos so teis na determinao da extenso do dano e prog-nosticam o futuro do tratamento.29

    So viveis tambm testes imunodiagnsticos para identifi car casos que no apresentam microfi lare-mia detectvel. Por exemplo, h uma srie de kits de teste ELISA para a deteco de antgenos de vermes adultos que identifi cam infeces mais ma-duras e altamente especfi cas.29

    TRATAMENTOO programa de tratamento, composto de trs eta-pas, consiste na eliminao dos vermes adultos, re-moo das microfi lrias e estabelecimento de um programa preventivo.

    No se deve efetuar o tratamento sem um exame fsico do co e uma avaliao do corao, do pul-mo, do fgado e do rim. Quando estas funes es-tiverem visivelmente anormais, pode ser necessrio um tratamento prvio para insufi cincia cardaca. A recomendao que os ces infectados sejam tratados primeiramente por via intravenosa com tiacetarsamida, duas vezes ao dia, por um perodo de trs dias para remover os vermes adultos; aps este tratamento, no so raras as reaes txicas decorrentes de morte das dirofi lrias e embolia re-sultante; deve-se limitar a atividade do co por um perodo de duas a seis semanas. Esta droga deve ser utilizada com extrema cautela.

    Efetua-se, ento, outro tratamento com uma dro-ga diferente seis semanas depois para remover as microfi lrias, que no so suscetveis ao tratamen-to com tiacetarsamida. Atualmente, existem vrias drogas viveis para este fi m. A ditiazanina, tanto quanto o levamisol, administrada por via oral du-rante um perodo de 10 a 14 dias demonstra efi c-cia; outras drogas altamente efi cazes so as aver-mectinas e a milbemicina; com todas estas drogas, h risco de reaes adversas s microfi lrias que esto morrendo.

    Em alguns casos graves, os vermes so removidos cirurgicamente, evitando-se o risco de reaes ad-versas aps terapia medicamentosa.29

    PREVENOOs mtodos mais atuais de preveno de infeco por dirofi lrias envolvem administrao mensal de ivermectina, especialmente formulada para uso em ces.

  • Toxocara canisAlm de sua importncia veterinria, esta espcie responsvel pela forma mais amplamente identi-fi cada de larva migrans visceral no homem.

    IDENTIFICAOO Toxocara canis um grande verme branco de at 10 cm de comprimento.29

    CICLO DE VIDAO ovo contendo a larva L2 infectante em tem-peraturas ideais quatro semanas depois de ter sido eliminado. Aps ingesto e ecloso no intestino delgado, as L2 seguem pela circulao sangunea via fgado para os pulmes, onde tem lugar a se-gunda muda, e as L3 retornam via traquia ao in-testino, onde ocorrem as duas mudas fi nais. Esta forma de infeco ocorre regularmente apenas em ces de at trs meses de idade.29

    Nos ces com mais de trs meses de idade, a mi-grao hepatotraqueal ocorre menos freqen-temente e, aos seis meses, quase cessa. Em vez disso, as L2 segue para uma ampla variedade de tecidos, incluindo fgado, pulmes, crebro, co-rao, musculatura esqueltica e paredes do trato digestivo. Na cadela prenhe, ocorre infeco pr-natal, as larvas mobilizando-se cerca de trs sema-nas antes do parto e migrando para os pulmes do feto, onde mudam para L3 exatamente antes do parto. No cozinho recm nascido, o ciclo com-pleta-se quando as larvas seguem para o intesti-no via traquia, onde ocorrem as mudas fi nais. A cadela, uma vez infectada, usualmente abriga larvas sufi cientes para infectar todas as ninhadas subseqentes, mesmo que nunca mais entre em contato com uma infeco. Algumas destas larvas mobilizadas, em vez de ir para o tero, completam a migrao normal na cadela, e os vermes adul-tos resultantes produzem aumento transitrio, mas acentuado, na produo de ovos de Toxocara nas fezes nas semanas que se seguem ao parto.29

    O cozinho lactente tambm pode infectar-se por ingesto de L3 no leite durante as trs primeiras se-manas de lactao. No existe migrao no cozi-nho aps infeco por esta via.

    Uma complicao fi nal a evidncia recente de que as cadelas podem reinfectar-se durante o fi nal da prenhez ou lactao, infectando diretamente, pela via transmamria, os cezinhos lactentes e, uma vez estabelecida a patncia na cadela, con-taminao do meio ambiente com ovos.29

    A contaminao do homem ocorre pela ingesto acidental de ovos larvados L2 do Toxocara, devido ao contato direto com o solo, fmites e mos con-taminadas.

    Aps a ingesto dos ovos de Toxocara, as larvas so liberadas no intestino delgado do ser huma-no, penetram na mucosa, inicialmente migrando para o fgado e, depois, para os pulmes e olhos. Eventualmente as larvas podem migrar para outros rgos.

    PATOGENIANas infeces moderadas, a fase migratria larval ocorre sem leso aparente dos tecidos, e os vermes adultos provocam pouca reao no intestino.29

    Nas infeces macias, a fase pulmonar de infec-o larval est associada pneumonia, que as ve-zes acompanhada por edema pulmonar; os ver-mes adultos causam uma enterite mucide, pode haver ocluso parcial ou completa do intestino e, em raros casos, perfurao com peritonite ou em alguns casos bloqueio do ducto biliar.29

    SINTOMAS CLNICOSNas infeces discretas a moderadas, no h sin-tomatologia clnica durante a fase pulmonar de migrao larval. Os adultos no intestino podem causar aumento de volume abdominal, com inca-pacidade de desenvolver-se, e diarria ocasional. s vezes, vermes inteiros so vomitados ou elimi-nados nas fezes.

    Nas infeces macias, os sinais durante a migra-o larval resultam de leso pulmonar e incluem tosse, aumento da freqncia respiratria e corri-mento nasal espumoso. A maior parte das fatalida-des da infeco por T. canis ocorre durante a fase pulmonar, e os cezinhos maciamente infectados

  • por via transplacentria podem morrer poucos dias aps o nascimento.29

    No homem, a sintomatologia depender do grau de infestao, da freqncia e da distribuio ana-tmica da larva migrans visceral. Pode ocorrer des-de um quadro assintomtico com hipereosinofi -lia persistente at a presena de dores abdominais pela migrao das larvas. Em infestaes severas, encontra-se com freqncia hepatomegalia. H ris-co de morte se a larva atinge o corao e o cre-bro. Outro grave risco a migrao da larva para os olhos, o que ocorre com maior freqncia em crianas menores de 6 anos. Nesses casos, a crian-a poder apresentar diminuio da viso, estra-bismo e leucocoria, podendo chegar a cegueira.

    EPIDEMIOLOGIAForam efetuados levantamentos da prevalncia de T. canis em muitos pases que demonstraram am-pla variao de taxas de infeco, de 5% a mais de 80%. As prevalncias mais altas foram registradas em ces com menos de seis meses de idade, com as menores quantidades de vermes nos animais adultos.29

    A ampla distribuio e a alta intensidade de infec-o por T. canis dependem fundamentalmente de trs fatores:

    - as fmeas so extremamente fecundas;

    - os ovos so altamente resistentes a extremos cli-mticos, podendo sobreviver durante anos no solo e;

    - h um reservatrio constante de infeco nos te-cidos somticos da cadela, sendo as larvas nes-tes locais insensveis maioria dos anti-helmn-ticos.29

    DIAGNSTICO possvel apenas um diagnstico presuntivo du-rante a fase pulmonar de infeces macias, quando as larvas esto migrando, baseando-se no aparecimento simultneo de sinais pneumnicos numa ninhada, quase sempre dentro de duas se-manas depois do nascimento.29

    Os ovos nas fezes, subglobulares e castanhos com espessas casacas escavadas, so espcies-diagns-ticos. A produo de ovos dos vermes to alta que no necessrio utilizar mtodos de fl utua-o, sendo facilmente encontrados em simples es-fregaos de fezes aos quais se adiciona uma gota de gua.29

    TRATAMENTOOs vermes adultos so facilmente removidos por tratamento anti-helmntico. A droga utilizada mais popularmente foi a piperazina, hoje ela foi subs-tituda pelo fenbendazol ou membendazol e por nitroscanato.

    Foi demonstrado que a administrao diria de fembendazol cadela de trs semanas pr-parto a dois dias ps-parto elimina amplamente a infeco pr-natal e transmamria dos cezinhos, embora possa persistir uma infeco tecidual nos tecidos da cadela.29

  • Ancylostoma

    DISTRIBUIOAmpla nos trpicos e regies temperadas quen-tes.27

    Ancylostoma caninum

    CICLO DE VIDAO ciclo evolutivo direto, e se houver condies ideais os ovos podem eclodir e desenvolver-se em L3 em apenas cinco dias.29

    A infeco d-se por penetrao cutnea ou por ingesto, ambos os mtodos sendo igualmente bem-sucedidos. Na infeco percutnea, as larvas migram via circulao sangnea para os pulmes, onde se transformam em L4 nos brnquios e na traquia, e em seguida so deglutidas e vo para o intestino delgado, onde ocorre a muda fi nal. Se a infeco for por ingesto, as larvas podem penetrar na mucosa bucal e sofrer a migrao pulmonar j descrita ou ir diretamente para o intestino e torna-rem-se patentes.29

    Qualquer que seja a via adotada, o perodo pr-patente e de 14 a 21 dias. Os vermes so oviposi-tores prolferos, e um co infectado pode eliminar milhes de ovos ao dia durante semanas.29

    Um aspecto importante da infeco por A. cani-num que, em cadelas suscetveis, uma proporo das L3 que atingem os pulmes migram para os msculos esquelticos, onde permanecem latentes at a cadela fi car prenhe. So, ento, reativadas e, ainda como L3, so eliminadas no leite da cadela durante um perodo de aproximadamente trs se-manas aps o parto.29

    PATOGENIA essencialmente a de uma anemia hemorrgica aguda ou crnica. A doena mais comumente observada em ces com menos de um ano de ida-de e, os fi lhotes novinhos so particularmente sus-cetveis em razo de suas baixas reservas de ferro. A perda de sangue comea aproximadamente no oitavo dia de infeco, quando o adulto imaturo j desenvolveu a cpsula bucal com dentes que lhe permite prender tampes de mucosa contendo ar-terolas. Cada verme remove cerca de 0,1 mL de sangue ao dia, e em infeces macias de vrias centenas de vermes os cezinhos logo se tornam profundamente anmicos.27

    Em infeces mais leves, comuns em ces mais ve-lhos, a anemia no to grave, pois a resposta me-dular capaz de compensar as perdas durante um perodo varivel.

    Em ces previamente sensibilizados, ocorrem re-aes cutneas, como eczema mido e ulcerao nos locais de infeco percutnea, acometendo principalmente a pele interdigital.27

    SINTOMAS CLNICOSNas infeces agudas, h anemia, lassido e oca-sionalmente difi culdade respiratria. Nos cezi-nhos lactentes, a anemia quase sempre grave e acompanhada de diarria que pode conter sangue e muco. A sintomatologia respiratria pode ser oriunda da leso larval nos pulmes ou dos efeitos anxicos da anemia.27

    Nas infeces mais crnicas, o animal usualmen-te est com peso abaixo do normal, a pelagem escassa e h perda de apetite e talvez pica. Podem ocorrer sinais de difi culdade respiratria, leses cutneas e claudicao.27

    EPIDEMIOLOGIAEm reas endmicas, a doena mais comum em ces com menos de um ano de idade; nos ces mais velhos, o desenvolvimento gradual de resis-tncia etria reforada pela imunidade adquirida torna menos provvel a doena clnica.27

    A epidemiologia est sobretudo associada a duas principais fontes de infeco, a transmamria em cezinhos lactentes e a percutnea ou oral a partir do ambiente.27

    DIAGNSTICODependem da sintomatologia clnica e da histria, complementadas por exames hematolgicos e de fezes. Os cezinhos latentes podem apresentar sin-tomatologia clnica grave antes que sejam detecta-dos ovos nas fezes. A presena de alguns ovos de ancilstomos nas fezes indica a infeco, mas no necessariamente que possveis sintomas clnicos sejam devidos aos vermes.27

    TRATAMENTOOs ces acometidos devem ser tratados com an-tihelmnticos com fembendazol, mebendazol ou nitroscanato, que destroem estgios intestinais adultos e em desenvolvimento. Se a doena for grave recomenda-se a administrao de ferro pa-renteral e dieta rica em protenas. Animais jovens podem necessitar de transfuso de sangue.27

    Ancylostoma braziliense

    Este ancilstomo acomete ces e gatos. Seu ciclo evolutivo semelhante ao do A. caninum, porm no ocorre infeco transmamria. No hemat-fago e, conseqentemente, tem pouca importncia patognica em ces, provocando apenas distrbios digestivos e ocasional diarria. O tratamento se-melhante ao A. caninum.

    A importncia do A. braziliense o fato de ser con-siderado como a principal causa de larva migrans cutnea no homem.27

    O problema ocorre quando adultos e crianas pas-seiam por lugares contaminados pelas fezes de

  • ces e gatos, normalmente gramados ou reas com terra, que retm umidade e protegem as larvas da luz solar.

    As larvas infectantes de A. braziliense penetram ati-vamente atravs da pele humana, produzindo le-

    ses caracterizadas por trajetos infl amatrios erite-matosos sinuosos na derme e por prurido intenso; leses semelhantes, apenas transitrias e minscu-las, podem ser causadas por larvas de A. caninum.

  • Trichuris

    LOCALIZAOIntestino grosso (ceco).

    DISTRIBUIOMundial.

    CICLO EVOLUTIVOO estgio infectante a larva L1 no ovo, que se desenvolve dentro de um ou dois meses aps sua eliminao nas fezes, dependendo da temperatu-ra. Em condies ideais pode sobreviver por vrios anos.27

    Aps a ingesto, os oprculos so digeridos e as L1 livres penetram nas glndulas da mucosa cecal. Em seguida todas as quatro mudas ocorrem nes-sas glndulas, os adultos emergindo e fi cando na superfcie da mucosa com a extremidade anterior encravada na mucosa. O perodo pr-patente varia de seis a doze semanas.27

    SINTOMAS CLNICOSAs infeces so leves e assintomticas. Quando presentes em grandes quantidades, os vermes cau-sam uma infl amao diftrica da mucosa cecal, surge diarria aquosa ou mucosa, podendo conter sangue. Vmitos e emagrecimento podem ocorrer.

    EPIDEMIOLOGIAO aspecto mais importante a longevidade dos ovos, que podem permanecer como reservatrios no ambiente por perodos de trs a quatro anos.27

    DIAGNSTICOExame parasitolgico de fezes, atravs de tcnicas de fl utuao. Como pode ocorrer sintomatologia clnica durante o perodo pr-patente, a resposta favorvel ao tratamento antihelmntico, tambm um mtodo de diagnstico.28

    TRATAMENTOAntihelmnticos a base de benzimidazis e milbe-micinas. Controle com limpeza e desinfeco (vas-soura de fogo) das instalaes dos ces.

  • Echinococcus granulosus

    CICLO DE VIDAO perodo pr-patente no hospedeiro defi nitivo de aproximadamente 40 a 50 dias aps o que ape-nas um segmento grvido eliminado pela tnia por semana. As oncoferas so capazes de sobre-vivncia prolongada fora do hospedeiro, sendo viveis no solo por cerca de dois anos. Aps a in-gesto pelo hospedeiro intermedirio, a oncosfe-ra penetra na parede intestinal e segue no sangue para o fgado ou na linfa para os pulmes. Estes so os dois locais para desenvolvimento larval, mas ocasionalmente escapam oncosferas na circu-lao sistmica geral, que se desenvolvem em ou-tros rgos e tecidos.27

    O crescimento da hidtide lento, e a maturidade atingida em seis a doze meses.27

    SINTOMAS CLNICOSO cestide adulto no patognico, podendo ha-ver milhares em um co sem sintomatologia cl-nica.29

    Nos animais domsticos, a hidtide no fgado e nos pulmes geralmente tolerada sem sinais cl-nicos. Quando oncosferas so transportadas para outros locais, como rim, pncreas, SNC ou medula de ossos longos, a compresso exercida pelo cisto em crescimento pode provocar uma srie de sinais clnicos.29

    Quando o homem est envolvido como hospedei-ro intermedirio, a hidtide em sua localizao pulmonar ou heptica quase sempre tem impor-tncia patognica. Um ou ambos os pulmes po-dem ser acometidos, causando sintomas respira-trios, e se houver vrias hidtides presentes no fgado pode haver grande distenso abdominal. Se um cisto se romper, h risco de morte por anafi la-xia; se a pessoa sobreviver, os cistos fi lhos libera-dos podem retomar o desenvolvimento em outras regies do corpo.29

    EPIDEMIOLOGIACostuma-se considerar a epidemiologia como ba-seada em dois ciclos, pastoral e silvestre:

    - no ciclo pastoral o co sempre est envolvido, infectando-se pela ingesto de vsceras de rumi-nantes contendo cistos hidticos, que a princi-pal fonte de hidatidose;

    - o ciclo pastoral a principal fonte de hidatidose no homem, e a infeco ocorre por ingesto aci-dental de oncosferas presas na pelagem de ces ou atravs de legumes e outros gneros aliment-cios contaminados por fezes de ces.

    - o ciclo silvestre ocorre em candeos e ruminantes silvestres, com base na predao ou no consumo de cadveres. menos importante como fonte de infeco humana, onde a infeco pode ser in-duzida em ces domsticos pelo consumo de vs-ceras de ruminantes silvestres.29

    DIAGNSTICOO diagnstico clnico difcil devido sintoma-tologia pouco evidente tanto no hospedeiro de-fi nitivo como no intermedirio. No homem, os mtodos mais comumente utilizados so testes so-rolgicos.

    O diagnstico de infeco em ces por cestides adultos difcil porque os proglotes so peque-nos e eliminados apenas escassamente. Quando encontrados, a identifi cao baseia-se no seu ta-manho de 2 a 3 mm, formato oval e poro genital nico.

    Se for vivel necropsia, o intestino delgado deve ser aberto e imerso em gua rasa, quando os ces-tides fi xados sero vistos como pequenas papilas fi nas.

    TRATAMENTOPara ces existem vrias drogas, principalmente o praziquantel, que altamente efi caz.

    Aps o tratamento, recomendado prender os ces por 48 horas para facilitar a colheita e a eli-minao de fezes infectadas.

    No homem, os cistos hidticos podem ser excisa-dos cirurgicamente ou atravs de terapias com me-bendazol, albendazol e praziquantel.

  • Dipylidium caninum o gnero de cestide mais comum dos ces e ga-tos domsticos.29

    DISTRIBUIOMundial.

    CICLO EVOLUTIVOAs proglotes recm eliminadas so ativas e podem mover-se na regio da cauda do animal. As oncos-feras so contidas em aglomerados ou cpsulas, cada uma contendo cerca de vinte ovos, que so expelidos pelo segmento ativo ou liberados por sua desintegrao.

    Depois de ingeridas pelo hospedeiro intermedi-rio (pulga ou piolho), as oncosferas seguem para a cavidade abdominal destes parasitas, onde se de-senvolvem em cisticercides. Todos os estgios do piolho mordedor podem ingerir oncosferas; isto no ocorre com a pulga adulta, que possui peas bucais adaptadas para perfurao; nelas a infeco adquirida apenas durante o estgio larval, que tem peas bucais mastigadoras.29

    O desenvolvimento no piolho, que permanente-mente parasita e, portanto desfruta de um ambien-te quente, dura cerca de 30 dias, mas nas larvas de pulga e nos adultos que esto crescendo no casu-lo, ambos no solo, o desenvolvimento pode pro-longar-se por vrios meses.29

    O hospedeiro defi nitivo infecta-se por ingesto de pulga ou de piolho contendo os cisticercides, e o desenvolvimento na forma patente, quando so eliminadas as primeiras proglotes grvidas, prolon-ga-se por cerca de trs semanas.29

    SINTOMAS CLNICOSO parasita em pequeno nmero geralmente bem tolerado sem que o hospedeiro defi nitivo aparente sintomatologia.

    A infeco macia provoca infl amao da muco-sa intestinal, diarria, clica, alterao do apetite e emagrecimento; podem ocorrer manifestaes neurolgicas e obstruo intestinal. Os parasitas eliminam as proglotes grvidas, as quais, ao raste-jar ativamente pelo nus, podem causar certo des-conforto, e uma indicao til de infeco o ato de esfregar excessivamente o perneo.

    EPIDEMIOLOGIAApresenta maior prevalncia em animais mal tra-tados que possuem os ectoparasitas, embora tam-bm se observem infeces em ces e gatos bem tratados.29

    DIAGNSTICOA primeira indicao de infeco a presena, ao redor do perneo, de proglotes de formato alonga-do e rgos genitais duplos, que podem ser vistos com uma lupa.29

    TRATAMENTO E CONTROLEO tratamento e o controle devem ser institu-dos juntos, pois no se justifi ca eliminar o verme adulto e ao mesmo tempo deixar um reservatrio nos ectoparasitas do animal. Portanto, a admi-nistrao de anti-helmnticos, como praziquantel e nitroscanato, deve ser acompanhada pelo uso de inseticidas, para se combater os hospedeiros intermedirios. fundamental tambm a aplica-o de inseticidas cama e aos locais habituais de repouso do animal, a fi m de eliminar os estgios imaturos da pulga que muitas vezes so mais nu-merosos que os parasitas que se nutrem no co ou no gato.29

  • Giardia canisEste protozorio bilateralmente simtrico e pos-sui oito fl agelos, seis dos quais emergem como fl agelos livres em intervalos em volta do corpo. singular pelo fato de possuir um grande disco ade-sivo na superfcie ventral achatada do corpo, o que facilita a fi xao a clulas epiteliais da mucosa intestinal. O microorganismo eliminado como cistos multinucleados em que os fl agelos podem ser visveis e ocasionalmente como trofozotos nas fezes. Sua deteco a base de diagnstico labo-ratorial.27

    A Giardia no uma causa rara de diarria crni-ca no homem e a infeco tambm foi descrita em animais silvestres e domsticos. Embora comu-mente sejam excretados cistos de Giardia nas fezes de ces e de gatos, no existe uma relao consis-tente com diarria ou outros sinais de problemas gastrintestinais, apesar de poderem atuar como re-servatrios de infeco para o homem.27

  • FEBANTELO febantel um pr-benzimidazol anti-helmntico para uso no tratamento de nematides gastrintesti-nais e pulmonares de sunos, ovinos, caprinos, bo-vinos e ces.4

    Aps administrao oral, o produto rapidamente absorvido no intestino, indo para a circulao sis-tmica. No fgado, ele biotransformado em fem-bendazole, oxfendazole e na sulfona correspon-dente. O fembendazole assim obtido atinge maior concentrao plasmtica do que se tivesse sido administrado sob a forma original. A lenta transfor-mao dos produtos de degradao do febantel em metablitos inativos, faz com que estas substn-cias tenham um logo perodo de meia-vida, o que lhes aumenta a efi ccia.24 A molcula absorvida que chega ao tubo digestivo por meio do plasma mais importante do que a droga passada no lmem sem absoro, pois atua melhor contra os parasitas hematfagos e atinge aqueles localizados na mu-cosa do trato gastrintestinal e outras localidades do organismo.25

    O febantel evita a formao dos microtbulos do citoesqueleto dos parasitas interferindo na polime-rizao da tubulina. A esta ao soma-se tambm a interferncia sobre a enzima fumarato redutase - que participa no processo de formao de ener-gia pelo ciclo de Krebs e sobre o mecanismo de captao de glicose pelo parasita.4

    Em termos de toxicidade aguda, o febantel apre-senta-se como um frmaco bastante seguro: a DL50 mdia em ratos, camundongos e ces da ordem de 10.000 mg/kg.19 Cronicamente, ces que receberam 4 a 8 vezes a dose teraputica de 15 mg/kg durante 13 semanas consecutivas apresen-taram efeitos hematolgicos, reduo do peso dos testculos e hipoplasia testicular.19

    Outras drogas da famlia dos benzimidazis, como o tiabendazol, albendazol e oxfendazol podem atravessar a barreira placentria e produzir efeitos embriotxicos no inicio da gestao e teratogni-cos em seu fi nal; o febantel, entretanto, no apre-senta estes inconvenientes.25

    PIRANTELO pirantel um anti-helmntico imidazotiazlico que foi introduzido na medicina veterinria inicial-mente para o tratamento do parasitismo gastrintes-tinal de ovelhas. Posteriormente ele passou a ser utilizado em bovinos, sunos, eqinos e em ces.20 Atualmente, o pirantel utilizado no controle de estgios adultos e imaturos de nematides gastrin-testinais, especialmente de ces e eqinos.24

    Esta substncia, quando utilizada sob a forma de sal de pamoato, apresenta uma baixa hidrossolu-

    bilidade. Isto impede que ela seja absorvida na poro fi nal do intestino grosso, o que lhe permite agir primariamente na luz do rgo, principalmen-te contra os tricurdeos que habitam essa regio. Em funo desta sua baixa absoro, o pamoato de pirantel atua contra nematides gastrintestinais adultos, sendo mnima sua efi ccia contra estgios imaturos e nematides pulmonares.25

    O pirantel um potente agonista colinrgico que atua como agente neuromuscular despolarizante, causando paralisia espstica dos parasitas.4 Devi-do ao seu mecanismo de ao, o tempo de contato da droga com o parasita no to importante, mas sim sua elevada concentrao no momento do contato, o que lhe garante a elevada efi ccia.25

    O pamoato de pirantel uma substncia bastan-te segura. A DL50 oral em camundongos, ratos e ces de 2000 mg/kg, isto , 138 vezes a dose te-raputica de 14,4 mg/kg.20 Ocorrncias de clicas e diarria foram descritas em ces; efeitos terato-gnicos no foram demonstrados para estes com-postos.24

    IVERMECTINAA ivermectina uma avermectina pertencente ao grupo das lactonas macrocclicas. Obtida pela de-sidrogenao da abamectina, ela tem a mesma po-tncia desta ltima, mas apresenta, entretanto, um nvel de segurana maior.

    A ivermectina pode ser aplicada por diferentes vias; a absoro ocorre de forma diferente segun-do a via utilizada e a espcie animal tratada. Ces que receberam o frmaco por via oral tm o pico plasmtico 4 a 6 horas aps a administrao. O tempo de meia-vida de 36 horas. A ivermecti-na pouco hidrossolvel e muito lipossolvel. As maiores concentraes deste frmaco acontecem no muco e no contedo intestinal; no contedo gstrico pouca quantidade pode ser encontrada.3 Em funo de seu alto peso molecular, a ivermecti-na no ultrapassa a barreira hematoenceflica dos mamferos, quando utilizada sob as dosagens re-comendadas.

    A ivermectina estimula a liberao pr-sinptica e a fi xao ps-sinptica do GABA (cido gama-ami-no-butrico), um importante neurotransmissor dos vertebrados e invertebrados. Evidncias recentes demonstram que a ivermectina tambm tem uma grande afi nidade por canais de glutamato de clo-ro presentes no tegumento dos nematides. Com a ligao da ivermectina a estes canais, h um au-mento do infl uxo de ons clcio no interior do pa-rasita, com estimulo de contraes musculares que o levam morte.

    PRINCPIOS ATIVOS DO ENDOGARD*

  • Estudos de toxicidade aguda conduzidos em ces adultos que receberam por intubao gstrica doses que variaram de 2.500 a 80.000 mcg nos permitiram observar os efeitos txicos da ivermec-tina. Os sinais clnicos mais signifi cativos, encon-trados em todos os animais tratados, foram midra-se e ausncia de resposta pupilar ao estmulo. Os animais que receberam as doses mais altas mani-festaram midrase, ataxia, tremores e alguns (que receberam entre 40.000 ou 80.000 mcg) vieram a bito.8

    Em testes realizados em ces jovens, pde-se ob-servar que uma soluo de 4.700 mcg de ivermec-tina, administrada por via subcutnea, provocou midrase e emese em todos os ces tratados; alguns outros animais, que receberam doses a partir de 9.400 mcg/kg, desenvolveram midrase, ataxia, sa-livao, incapacidade de resposta pupilar ao est-mulo, depresso, tremores e bito.8

    Em ambos estudos, todos os animais que resistiram ao tratamento no apresentavam mais quaisquer si-nais clnicos e estavam hgidos 8 dias aps o trmi-no do perodo de observao de 15 dias.8

    Um outro estudo de toxicidade foi conduzido para se verifi car se a dose geralmente no txica para outras raas era txica em fi lhotes de Collies. Fi-lhotes divididos em quatro grupos receberam res-pectivamente placebo, 50 mcg, 200 mcg e 600 mcg de ivermectina em uma soluo de azeite de coco. Somente os animais que receberam doses acima de 200 mcg apresentaram midrase, sialor-ria, ataxia, tremores, hipotermia e prostrao. Um dos animais que recebeu a dose de 600 mcg desenvolveu paralisia e coma, com respirao pre-dominantemente diafragmtica, e veio a bito. Nenhum dos fi lhotes de Collie que recebeu a dose de 50 mcg/kg apresentou qualquer sinal de into-xicao.8

    Em um ensaio para se avaliar a segurana da iver-mectina na reproduo de fmeas gestantes, 30 fmeas da raa Beagle foram separadas em dois grupos de 15 que receberam, respectivamente, placebo e ivermectina a 600 mcg/kg, ambos por via oral. O placebo e a ivermectina foram admi-nistrados com 10, 25 e 45 dias de gestao e uma vez antes do desmame dos fi lhotes, que aconte-ceu 6 semanas aps o parto. Ao fi nal do ensaio, no houve diferenas signifi cativas entre os sinais clnicos, hematolgicos e urinrios de ambos gru-pos; tambm no houve diferena entre o no. de fi lhotes nascidos vivos e vivos at o desmame entre os dois grupos. Este ensaio demonstrou que a iver-mectina, tanto em dose maior do que a teraputi-ca (100 vezes) quanto em doses repetidas no teve efeito sobre a reproduo de cadelas.8

    O efeito do uso de ivermectina em ces com infec-es patentes pelo parasita do corao foi avaliado

    atravs de 3 estudos similares. Nestes ensaios, 80 ces de ambos sexos e de diversas raas diferentes, que adquiriram naturalmente a infeco pela D. immitis confi rmada pela tcnica de Knott modifi -cada foram separados aleatoriamente em 4 gru-pos de 20 animais. Os grupos receberam, respecti-vamente, placebo, 2 ou 10 mcg/kg de ivermectina em comprimidos palatveis ou 400 mcg/kg de iver-mectina em uma soluo de azeite de coco. Cada um dos tratamentos foi administrado por 3 vezes, com intervalos de 28 a 30 dias. Os animais foram examinados antes do tratamento com a ivermecti-na e ao trmino de sua utilizao. A dirofi lariose dos animais foi avaliada durante todo o perodo do ensaio, atravs da tcnica modifi cada de Knott ou pelo mtodo da contagem direta.

    Reaes adversas, possivelmente relacionadas destruio das microfi lrias e liberao de seus an-tgenos na circulao, incluram nveis variados de vmito, fezes suaves ou mal formadas e diarria (em alguns ces com manchas de sangue). A maio-ria destas reaes foi observada aps o terceiro tra-tamento. Reaes mais severas foram observadas nos ces que receberam a dose mais alta de iver-mectina. As reaes vistas nestes ensaios so co-mumente observadas nos ces; elas so transitrias e no parecem por em perigo a sade do animal.8

    PRAZIQUANTELEsta droga pertence famlia das pirazinoisoqui-nolonas e conhecida por sua atividade sobre os cestdeos das famlias Taeniidae e Dilepididae de ces e gatos. Atualmente tambm utilizado para o tratamento de Schistossoma sp. em animais e em humanos.24

    O praziquantel rapidamente absorvido aps ad-ministrao oral: em ces, a absoro ocorre entre 30 e 120 minutos. Depois de absorvido, o prazi-quantel tem ampla distribuio pelo organismo, atingindo vrios tecidos. Ele ultrapassa a barreira hematoenceflica e se concentra na bile, de onde volta para o intestino. A distribuio ubqua desta substncia permite que ela tenha ao contra for-mas larvais ou adultas dos cestides, que tm uma localizao muito varivel dentro do hospedeiro (crebro, musculatura, cavidade peritoneal, dutos biliares, intestinos).4

    Os parasitas sobre os quais ele efi caz parecem apresentar em seu tegumento canais de clcio que so sensveis droga. Ela induz a um aumento do infl uxo de ons clcio atravs da membrana do pa-rasita, o que resulta em sua vacuolizao e desin-tegrao. Secundariamente a este fato ocorre a ex-posio dos antgenos parasitrios, que ativam os mecanismos de defesa do hospedeiro.

    A toxicidade aguda do praziquantel alta: a DL50 oral para ratos de 2.249 mg/kg; para camundon-gos de 2.454 mg/kg. Em ces no foi estabeleci-

  • da uma DL50 oral aguda, pois eles vomitam doses maiores do que 200 mg/kg (40 vezes a dose tera-putica).

    Em um estudo de toxicidade aguda em ces que receberam 60 mg/kg de praziquantel durante 90 dias, foram observados emese, diminuio do ape-tite e aumento de peso do fgado. Alm destas, ne-nhuma outra reao foi observada.21

    Estudos em ratas e coelhas prenhes no indicaram quaisquer efeitos embriotxicos ou teratognicos desta droga, quando administrada por via oral em doses de 30, 100 e 300 mg/kg. Testes semelhantes em cadelas e gatas permitiram a aprovao de uso desta droga em animais reprodutores e prenhes, sem restrio.4

    ESTUDO DA EFICCIA DO FEBAN-TEL, PIRANTEL E PRAZIQUANTEL EM COMPRIMIDOS PARA CES5Cento e setenta e seis ces, natural ou artifi cial-mente infestados com vrias espcies de parasitas, foram includos em quatro estudos que avaliaram a efi ccia de um antiparasitrio interno de largo es-pectro, sob a forma de comprimido, contendo fe-bantel, pirantel e praziquantel.

    Esta formulao foi comparada com outras quatro formulaes (comprimidos de pirantel, comprimi-dos de pirantel + praziquantel, comprimidos de fe-bantel e placebo), para se verifi car se os princpios ativos misturados apresentavam um efeito mais amplo do que as drogas usadas isoladamente e se um princpio ativo interferia na ao do outro.

    Em cada um dos quatro estudos, os animais to-dos com parasitismo confi rmado atravs de exa-mes fecais - foram separados em cinco grupos, que recebeu, cada um, sem que os pesquisadores envolvidos soubessem: 1) comprimidos de piran-tel; 2) comprimidos de pirantel + praziquantel; 3) comprimidos de febantel; 4) comprimidos de fe-bantel, pirantel e praziquantel e; 5) placebo.

    Sete dias aps o tratamento, os animais foram eu-tanasiados, para que o trato digestivo pudesse ser completamente pesquisado.

    A porcentagem de efi ccia de cada uma das as-sociaes de antiparasitrios foi avaliada segundo a frmula: ((mdia de parasitas do grupo controle mdia de parasitas do grupo tratado)/mdia de parasitas do grupo controle) X 100.

    Os dados obtidos foram analisados estatisticamen-te atravs do uso de uma metodologia no para-mtrica.

    Estes quatro estudos demonstraram que:

    - nem pirantel nem febantel interferem com a ativi-dade do praziquantel contra parasitas chatos;

    - nem praziquantel nem febantel interferem com a atividade do pirantel contra ancilostomas ou as-cardeos;

    - a combinao de pirantel com febantel propor-ciona uma efi ccia seletiva contra Trichuris vul-pis e;

    - a combinao de febantel, pirantel e praziquantel foi segura e a mais efi caz na remoo dos parasi-tas que infestavam os ces.

    EFICCIA DA COMBINAO DO PRAZIQUANTEL, PAMOATO DE PI-RANTEL E FEBANTEL CONTRA A GIARDASE DE CES18Este estudo foi realizado com o intuito de se ava-liar a efi ccia de um comprimido palatvel base de febantel, pamoato de pirantel e praziquantel, utilizado em dois diferentes esquemas teraputicos para o tratamento da giardase naturalmente adqui-rida em ces.

    Foram utilizados 15 ces da raa Beagle 6 ma-chos e 9 fmeas que tiveram a giardase diag-nosticada atravs da tcnica de concentrao pelo sulfato de zinco.

    Os animais foram separados em trs grupos que re-ceberam: 1) o comprimido avaliado a cada 24 ho-ras, durante 3 dias consecutivos; B) o mesmo com-primido uma nica vez e; 3) placebo.

    Iniciando-se seis dias aps o ltimo tratamento, durante dez dias consecutivos foram examinadas amostras fecais de cada um dos ces dos trs gru-pos. Os animais foram considerados positivos para Giardia se um ou mais amostras apresentassem o parasita.

    Os resultados demonstraram que nenhum dos ani-mais do grupo tratado durante trs dias apresentou infeco pela Girdia; no grupo tratado durante apenas um dia, foram encontrados cistos em duas das amostras fecais; nos animais do grupo contro-le, todos os animais apresentaram Giardia.

    No foram observados efeitos txicos devido ao tratamento em nenhum dos ces que participou do ensaio.

    ESTUDO DA EFICCIA DE IVER-MECTINA EM COMPRIMIDOS NA PREVENO DA DIROFILARIOSE CANINA30Este estudo foi realizado a fi m de se verifi car qual a concentrao mais efetiva de ivermectina em um comprimido palatvel, para a preveno da diro-fi lariose canina. Diferentes concentraes de iver-mectina foram utilizadas nos comprimidos para que se determinasse a formulao galnica mais adequada, que assegurasse uma uniforme distribui-o da droga em comprimidos palatveis com um tamanho aceitvel, de fcil administrao.

  • Onze ensaios de efi ccia envolvendo 453 ani-mais - foram realizados com quatro diferentes for-mulaes de ivermectina; as formulaes utiliza-das em trs ensaios foram consideradas como no adequadas; a formulao considerada mais ade-quada, que proveu 0,006 mg de ivermectina/kg de peso, foi utilizada nos outros oito ensaios.

    Os mtodos utilizados nos estudos de infeco induzida estiveram de acordo com o descrito por McCall (J. Gergia Entomol. Soc. (16), suplemen-to 283-293, 1981). necropsia de cada ensaio, foram pesquisados parasitas na cavidade pleural, na veia pr-cava, na aurcula direita, no ventrculo direito e nas artrias pulmonares. Os parasitas en-contrados D. immitis foram contados, sexados e preservados em fi xador. O n total de parasitas do corao encontrados na necropsia foi analisado em cada prova.

    Ainda que outra formulao, com menor concen-trao de ativo, tambm tenham se mostrado efeti-va, este estudo indicou que a formulao que pro-via 0,006 mg de ivermectina/kg de peso foi a mais efi caz, mesmo quando o intervalo entre aplicaes excedia a recomendao mensal (em alguns testes utilizou-se um intervalo de sessenta dias entre apli-caes). Alm disso, com o uso da concentrao acima descrita, que garantiu uma uniformidade de distribuio da droga em comprimidos de tama-nho aceitvel, pde-se verifi car ampla margem de segurana para o produto.8

    AVALIAO DA EFICCIA ANTIHEL-MNTICA DE DUAS FORMULAES CONTRA OS PRINCIPAIS ENDOPA-RASITAS DE CES22O objetivo deste estudo foi de avaliar a efi ccia an-tihelmntica do Endogard* em comparao a uma formulao padro de mercado contendo febantel, pamoato de pirantel e praziquantel, no controle de nematdeos gastrintestinais de ces (Ancylostoma sp., Toxocara sp., Trichuris sp. e Dipyllidium sp).

    Este estudo com durao de quatro meses en-volveu um total de vinte e quatro ces de porte, sexo e raa variados. Todos os animais includos no estudo tiveram o parasitismo gastrintestinal con-fi rmado atravs de exames fecais.

    Aps identifi cao de cada animal, eles foram se-parados aleatoriamente em dois grupos de doze animais cada, que receberam: 1) Endogard*, po-sologia de 1 comprimido para cada 10 kg de peso e; 2) uma formulao comercial padro, contendo febantel, pamoato de pirantel e praziquantel, po-sologia de 1 comprimido para cada 10 kg de peso.

    Exames fecais foram realizados nos dias -7, 0, 7, 14, 21 e 28; as amostras coprolgicas, logo aps colheita direta do reto, com auxlio de supositrios

    de glicerina, eram imediatamente enviadas ao la-boratrio para anlise.

    As tcnicas empregadas para os exames coprol-gicos foram a de MacMaster (contagem de OPG), tcnica qualitativa de Willis-Moley e tcnica de fl utuao em nitrato de sdio a 85% para Trichuris sp. e Dipyllidium sp.

    Os resultados obtidos at o dia catorze ps-trata-mento resultaram muito satisfatrios, com 100% de efi ccia para ambos grupos. A partir desta data, tanto em um grupo quanto em outro, sem que houvesse diferena estatstica signifi cativa entre eles, j puderam ser observados animais positivos para os parasitas pesquisados.

    Concluiu-se deste trabalho que o Endogard* tem uma efi ccia muito similar da formulao comer-cial padro base de febantel, pamoato de piran-tel e praziquantel. Um melhor nvel de efi ccia na proteo contra os parasitas gastrintestinais en-volvidos pode ser obtido atravs da administrao mensal do Endogard*.

    PALATABILIDADE COMPARADA DO ENDOGARD* E DE UMA FORMULA-O COMERCIAL PADRO BASE DE FEBANTEL, PAMOATO DE PI-RANTEL E PRAZIQUANTEL23Este estudo teve por objetivo avaliar a aceitao de dois endoparasitrios para ces. Endogard*, com seu caracterstico sabor fgado, foi comparado a uma formulao comercial padro base de fe-bantel, pamoato de pirantel e praziquantel.

    Neste protocolo, os proprietrios de cada um dos animais recebeu dois comprimidos: 1) Endogard*, ainda sem o formato de osso, simplesmente iden-tifi cado como comprimido A e; 2) formulao co-mercial padro base de febantel, pamoato de pirantel e praziquantel, identifi cada como compri-mido B.

    Os proprietrios foram solicitados a oferecer con-comitantemente aos animais os dois comprimidos, mantendo, na primeira etapa do estudo, o compri-mido A na mo direita e o comprimido B na mo esquerda. Foi observada qual o comprimido mais aceito por parte dos animais.

    Vinte e quatro horas aps, foi realizado o mesmo procedimento, porm os comprimidos foram ento colocados nas mos opostas.

    Claramente os animais preferiram ingerir Endo-gard* (71,42%), com seus caractersticas aroma e sabor fgado, em comparao ao outro produto, que teve uma aceitao de apenas 17,14%.

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