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Revista Ônibus – Edição 92 – Novembro/Dezembro 2015 · Duque de Caxias vai ... em especial pelas perspectivas de melhoria re-presentadas pelos grandes eventos que vêm sendo

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Uma década de avanços na mobilidade urbana

FETRANSPOR 60 ANOS

Edição 92 | Ano XV | Novembro/Dezembro 2015

Prêmio Mobilidade Urbana

Editorial De partida para a próxima década . . . . 6

Produtos e Serviços

Scania . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Transpúblico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Seminário Nacional da NTUPrioridade ao coletivo para uma mobilidade sustentável . . . . . . . . . . . . . . . 20

Capa | Prêmio Mobilidade UrbanaReconhecimento aos melhores . . . . . . . 24

60 anos da FetransporUma década de avanços na mobilidade urbana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

People Near TransitFerramenta criada pelo ITDP promete ajudar no planejamento da mobilidade urbana . . . . . . . . . . . . . . . 46

Comunicação

BRT: mais tempo, mais qualidade de vida . . . . . . . . . . . . . . 50

Semana Nacional do Trânsito Fetranspor participa do I Fórum sobre Segurança Viária e do 5º biciRio . . . . 52

EducaçãoUCT e Estácio de Sá lançam curso de Tecnólogo em Transportes . . . . . . . . . . . . 56

Sest Senat20 anos contribuindo para o transporte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

Duque de Caxias vai ganhar nova unidade . . . . . . . . . . . . . . . . 62

Terminal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

PRODUTOS E SERVIÇOS

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Transpúblico 2015

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EDITORIAL

De partida para a próxima década

JOSÉ CARLOS REIS LAVOURASPresidente do Conselho

de Administração da Fetranspor

Esta edição traz a última matéria da sé-rie sobre as seis décadas da Fetranspor. Com ela, mais do que comemorar uma data de aniversário, procuramos fazer uma viagem ao nosso passado, e mostrar aos leitores uma visão histórica desta entidade, que sur-giu pequena, enfrentou dificuldades várias, mas chega aos 60 anos com um olhar fixo no futuro, um direcionamento claro, uma ação cada vez mais abrangente em prol do setor que representa, e principalmente volta-da para uma mobilidade com qualidade nas cidades fluminenses.

A cada década relatada, o leitor pôde acompanhar nossa história, enquanto ia se definindo mais e melhor o foco da enti-dade, sua ação ganhando importância, sua atenção contemplando mais áreas que in-fluenciam a experiência do cidadão com o transporte coletivo – desde o aprimoramen-to dos trabalhadores do setor até opções de integração e de combustíveis e motores mais ecológicos. Uma trajetória da qual te-mos orgulho.

Nos últimos anos, a Federação teve oportunidade de participar mais e mais ati-vamente das questões da mobilidade, em especial pelas perspectivas de melhoria re-presentadas pelos grandes eventos que vêm sendo realizados em nossa Região Metropo-litana. A busca constante da necessária par-ceria com o poder público e com os demais agentes da mobilidade do Estado tem feito desta uma organização atuante e participa-tiva, seja nas propostas de soluções ou na sua implantação.

Encerraremos as comemorações do 60º aniversário com a cerimônia de entrega do Prêmio Mobilidade Urbana, cuja edição será

especial, como principal forma de registrar, para a sociedade, a satisfação pelo caminho trilhado até aqui, usando esse reconheci-mento público a trabalhos de excelência, simbolicamente, como testemunho de incen-tivo à reflexão sobre as questões dos des-locamentos humanos nas nossas cidades. O PMU representa um convite, um chamamen-to à população, para que todos unam esfor-ços em prol da mobilidade do futuro. Que seja de boa qualidade, eficiente, movida por formas de energia menos agressivas à natu-reza, mais segura e confortável. É uma forma de encerrarmos a sexta década, convidando a todos para partir conosco para a próxima, a bordo do mesmo sonho, construindo os ali-cerces para a realidade futura – a da mobili-dade com qualidade.

www.revistaonibus.com.br

Uma publicação da

www.fetranspor.com.brDiretoriaPresidente: Lélis Marcos Teixeira Diretora de Gestão de Pessoas e UCT: Ana Rosa BonilauriDiretor Financeiro: André NolteDiretor de Marketing e Comunicação: Paulo FragaDiretor Administrativo e Controle: Paulo Marcelo FerreiraDiretora de Mobilidade Urbana: Richele CabralConselho de AdministraçãoTitularesPresidente: José Carlos Reis LavourasVice-presidente: João Augusto Morais Monteiro

Demais Conselheiros: Narciso Gonçalves dos Santos Generoso Ferreira das Neves Florival Alves José Carlos Cardoso Machado Marcelo Traça Gonçalves Domênico Emanuelle Siqueira Lorusso Francisco José Gavinho Geraldo Alexandre Antunes de Andrade Amaury de Andrade Joel Fernandes RodriguesSuplentes: Isidro Ricardo da Rocha Manuel João Pereira Manoel Luis Alves Lavouras João Carlos Felix Teixeira Jacob Barata Filho Marco Antônio Feres de FreitasConselho FiscalEfetivos: Valmir Fernandes do Amaral Luiz Ronaldo Caetano Humberto ValenteSuplentes: Carlos Alberto Souza Guerreiro Jorge Luiz Loureiro Queiroz Ferreira Fábio Teixeira AlvesDelegado representante / CNT Efetivo: Jacob Barata Filho Suplente: Francisco José Gavinho Geraldo

Revista Ônibus

Gerente de Comunicação e Eventos: Verônica AbdallaEditora chefe: Tânia Mara Gouveia LeiteRedação: Juliana Marques Roselene Alves Renato SiqueiraMarilza BigioFotografia: Arthur Moura Jorge dos Santos Revisão: Tânia Mara Patrícia GonçalvesProjeto gráfico: Yuri BigioAcompanhamento gráfico: Marina NunesEditoração, impressão e representação comercial: www.ArquimedesEdicoes.com.brPublicidade: Verônica Lima – (21) 2253-3879 [email protected]

Encerraremos as comemorações

do 60º aniversário com a

cerimônia de entrega do

Prêmio Mobilidade Urbana,

cuja edição será especial, como

principal forma de registrar,

para a sociedade, a satisfação

pelo caminho trilhado até aqui,

usando esse reconhecimento

público a trabalhos de

excelência, simbolicamente,

como testemunho de incentivo

à reflexão sobre as questões dos

deslocamentos humanos nas

nossas cidades.

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Contribuindo para as cidadesMontadora lança ônibus biarticulado e aposta na flexibilidade do seu portfólio para melhorar a mobilidade

Enquanto se discute, cada vez mais, a prioridade ao transporte público em função do crescimento desordenado das cidades com altos índices de motorização, e os incenti-vos à indústria automobilística, que ao longo de anos contribuíram para que o transporte individual estivesse mais presente nos grandes centros urbanos, a Scania ruma no sentido contrário, com o objetivo de ser im-portante agente na busca da mobili-dade urbana sustentável.

A montadora apresentou, no iní-cio de outubro, uma alternativa para auxiliar as cidades a modificarem sua matriz de transporte. Trata-se do ônibus biarticulado F 360 HA, capaz de transportar até 270 pessoas. Este

volume, de acordo com a empresa, é o suficiente para retirar de circula-ção mais de 100 carros particulares, o que se traduz em melhor utilização do espaço viário.

O veículo, de 28 metros, é ideal para uso em corredores BRT, que vêm sendo adotados por diversas cidades brasileiras, em virtude de o custo para implantação ser dez vezes infe-rior ao de um sistema de metrô, sem falar no tempo para início de opera-ção, que também é reduzido. Com os BRTs, é possível atender as deman-das dos passageiros em cidades de médio e grande porte, por reunirem diversos atributos, como segurança, qualidade, integração física e tarifá-ria, além de conforto e rapidez.

“Solução eficaz e rápida”De acordo com o diretor de

Vendas de Ônibus da marca, Silvio Munhoz, a adoção do ônibus biar-ticulado pode trazer benefícios para toda a cadeia do transporte, desde o frotista até o passageiro. “O biar-ticulado é uma solução eficaz e rá-pida para a população, e mais eco-nômica e rentável para o operador, no transporte de alta capacidade. O modelo tem motor dianteiro e privi-legia o salão de passageiros”.

Com uma configuração 8x2 e 43,5 toneladas de capacidade de carga, a maior do mercado, permite o deslocamento de 270 passageiros ao longo dos seus imponentes 28 metros, e atende aos padrões esta-

Scania

Modelo F 360 HA

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Contribuindo para as cidades “Vamos oferecer aos operadores,

representantes de órgãos gestores e demais

autoridades o conhecimento que a Scania

vem adquirindo por meio de diversas

experiências ao redor do mundo em termos

de soluções para a mobilidade urbana

eficiente. Seremos o intermediário entre eles

e a realidade mundial e local”

Silvio Munhoz , diretor de Vendas de Ônibus da Scania

belecidos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (FABUS), parâmetros adotados por grande parte das cidades brasileiras. As carrocerias Caio e Neobus já estão disponíveis para esse tipo de veículo.

O ônibus biarticulado da em-presa é apresentado ao mercado num momento importante para a mobilidade brasileira, que, mesmo de forma lenta, vem demonstrando avanços na implantação de sistemas de mobilidade eficientes e em inves-timentos em projetos de infraestru-tura. Por este motivo, a tendência é o acirramento na disputa pela parti-cipação no segmento. Para satisfazer as demandas nacionais, o volume de biarticulados pode atingir o mínimo de 50 unidades iniciais, porém vai depender do ritmo de implantação dos corredores. Levando-se em con-sideração que o custo desse chassi gira em torno de 750 mil reais, os negócios terão valores significativos.

Melhor entendimento da legislação

O biarticulado completa o portfólio de produtos da montado-ra, que visa a atender de maneira customizada os clientes, conforme o tipo de operação: em linhas conven-cionais, alimentadoras ou troncais. A empresa oferece modelos de 12,5 até 28 metros. Para mudar a sua maneira de atuar no mercado, deixando de ser apenas uma fornecedora de chassis, a montadora promove o seu reposicio-namento face às transformações no cenário da mobilidade, e passa a ser uma provedora de soluções integra-das para o transporte urbano.

A mudança significa que a es-tratégia para o mercado brasileiro de ônibus urbano envolve um me-lhor entendimento da legislação que normatiza a operação do setor de transporte de passageiros em cada cidade, de modo a oferecer aos operadores a solução mais adequada, compreendendo desde a escolha do tipo de veículo até o pacote de serviços ideal para melhor desempenho. Segundo Munhoz, a nova visão da empresa vai modificar a relação com os to-madores de decisão, seja na ope-

ração ou na gestão do transporte público. “Vamos oferecer, aos ope-radores, representantes de órgãos gestores e demais autoridades, o conhecimento que a Scania vem adquirindo por meio de diversas experiências ao redor do mundo, em termos de soluções para a mo-bilidade urbana eficiente. Seremos o intermediário entre eles e a reali-dade mundial e local”.

Se, no campo da operação, a montadora completa a linha de pro-dutos, outro viés que ganha corpo na agenda da Scania é a sustentabilida-

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PRODUTOS E SERVIÇOS

de. Ao tratar de mobilidade urbana fica cada vez mais difícil dissociar a operação dos cuidados com o meio ambiente. Por isso, a empresa inves-te e acredita no uso de tecnologias alternativas. Depois de operar com ônibus movidos a etanol em São Paulo, gás natural, biogás e biome-tano são as apostas da companhia.

Uso do gás requer incentivosDesde o final de 2014, um ônibus

movido a biometano/GNV vem sen-do testado pela montadora. Entre os meses de junho e agosto o veículo percorreu 700 quilômetros, por ruas e avenidas da capital paulista, e, se-gundo a empresa, seu custo por qui-lômetro foi 28% inferior ao do die-sel, já contabilizando o consumo do Arla. Munhoz cita o ganho ambien-tal desse modelo em operação. “Em comparação a um veículo similar a diesel, ele emite 85% menos gases poluentes se abastecido com o bio-metano, e 70%, com o GNV”.

Entretanto, para que essa tecno-logia se transforme numa realidade dentro da matriz energética brasi-leira, é necessário incentivo para

aumento da produção de biogás e biometano, apesar da abundância na matéria-prima.

Talvez, por esse motivo, a Scania não tenha poupado esforços para evi-tar que esse quadro faça parte da rea-lidade do mercado de ônibus urbanos em curto espaço de tempo. Entendi-mentos com a Abegás – Associação Brasileira das Empresas de Gás Ca-nalizado – visam a levar a discussão sobre o uso do gás e derivados para esferas governamentais, de modo a promover o incentivo e a adoção desse tipo de energia em veículos comerciais. “Estamos trabalhando com associações que têm a respon-sabilidade de fazer a divulgação e a defesa dos combustíveis gás natural e biometano. Elas estão dedicadas a popularizar e eliminar possíveis bar-reiras. Do ponto de vista da Scania, temos interesse, porque o gás e o bio-metano são economicamente viáveis. Até o Ministério do Meio Ambiente está querendo ouvir, visto que é a pri-meira vez que se fala na preservação do meio ambiente sem depender de subsídio. Esse é o diferencial do pro-cesso”, finaliza Munhoz.

GNV na cidade do RioContrariando o discurso do exe-

cutivo e com base nos valores divul-gados pela montadora, é possível projetar o cenário para uso do GNV em ônibus na cidade do Rio de Janei-ro, levando-se em conta o preço do gás que vem sendo praticado, com patamares semelhantes ao adotado em Sorocaba, onde é cobrado R$ 1,98 por metro cúbico, e o consumo de gás do veículo, cujo perfil de ope-ração é parecido com o da cidade de São Paulo, ou seja, para se percorrer um quilômetro, gasta-se R$ 1,57, en-quanto, ao adotar o ônibus movido a diesel, a mesma distância seria per-corrida pelo custo de R$ 1,02.

A fim de se melhorar este pano-rama, seria necessário adotar certas medidas, como trabalhar a política de preços do gás natural para uso em ônibus no Estado, com a possi-bilidade de desonerar o custo, além de se pensar em incentivos, como di-minuição da alíquota do IPVA desses veículos, que são alguns dos estímu-los disponíveis para que essa ener-gia tenha o espaço devido na capital olímpica.

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anúncio FINAL Revista ônibus - Fetranspor

quinta-feira, 22 de outubro de 2015 17:28:38

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Transpúblico 2015: tecnologias e tendências em favor da mobilidade urbana

OrionPC

Simultaneamente ao 29º Semi-nário Nacional NTU 2015, realizado entre os dias 1º e 3 de setembro, em São Paulo (veja matéria na página 22), a tradicional Transpúblico, uma das principais feiras brasileiras de produtos e serviços, reuniu as últi-mas tecnologias e tendências para o setor de transporte em nível nacio-nal e internacional. O evento contou com fabricantes, montadoras e ope-radoras de ônibus, empresas desen-volvedoras de soluções ITS, assim como com fornecedores de peças, de equipamentos e de serviços inovado-res. Confira algumas das novidades.

A OrionPC apresentou seus monitores veiculares, seguindo as exigências dos órgãos norma-tivos de trânsito, tais como: can-tos ligeiramente arredondados, profundidade máxima exigida,

gabinete em alumínio, suportes de fixação, splitter para ligação de até três monitores, alimenta-ção veicular de 6 a 36 VDC inte-ligente (sistema pós-chave), com turn-on e shut-off programáveis e

frontal antivandalismo. Também mereceu destaque o player veicu-lar plataforma para Android, com uma solução de gestão de conte-údo já implementada em um dos seus clientes.

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TACOM

Prodata

A TACOM apresentou o funciona-mento prático do sistema de gestão CIT-Sao, em tempo real. Composto por módulos de rastreamento, gestão operacional, gestão do condutor e te-lemetria, a ferramenta possui recursos voltados ao ganho de produtividade e à redução de custos operacionais das operadoras do transporte público. Há ainda um painel de viagem que mostra o cumprimento da programa-ção, comparando as viagens e horas

A Prodata Mobility Brasil expôs sua linha de validadores mais atual, o V3680; o leitor de biometria fa-cial BF700; e imagens ao vivo das câmeras da Prodata instaladas em um ônibus também em exposição na Transpúblico. Além disso, havia um painel com a linha do tempo da empresa, desde a sua fundação até as tecnologias atuais. Esse painel foi assinado, durante o evento, por pes-soas importantes que fizeram não só parte da história da Prodata, mas também que acreditaram e contribu-íram para a sua evolução.

M2MA M2M exibiu as novidades do

sistema M2M Frota, que, totalmente renovado, oferece mais eficiência, ra-pidez e segurança aos usuários; e do aplicativo Meu Ônibus, que prevê a chegada dos veículos nos pontos em tempo real. Outros dois lançamentos também foram destaque: o M2M In-telligence, uma ferramenta de business intelligence para disponibilizar infor-mações ao gerenciamento eficiente do negócio, como carregamento, arreca-dação e quilometragem percorrida; e o Controle de Acesso, que monitora a frequência dos passageiros e dos mo-toristas, identificando linhas com capa-cidade ociosa ou com superlotação.

realizadas com as programadas. Em tempo real, o operador identifica a tripulação embarcada, a previsão do prazo de cumprimento da viagem, os veículos de reforço, a eliminação de veículos e o empenho da frota, podendo fazer a reprogramação con-forme o andamento. O mapa digital ainda mostra ocorrências, como des-vios de rota, excessos de velocidade, acionamento do botão de pânico e freadas bruscas, entre outras.

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Grupo YCC

Transdata

A YCC THW do Brasil, cuja pro-posta é mostrar a nova tendência mundial de multimídia e segurança para transportes, uma realidade já há cinco anos em vários países da América Latina, lançou produtos para a mídia em ônibus, como a tecnologia Video On Demand, com sistema Android e monitor tátil indi-vidual de nove polegadas; o sistema Video On Demand Wi-Fi; e o sistema de carregadores para os passageiros, além do serviço de edição de con-teúdo para a programação a bordo personalizada, de acordo com a ne-cessidade de cada empresa.

O destaque da Transdata foi o ITS Informativo, da Transdata Smart, agora batizado de Ônibus Mais. Operando em mais de seis municípios brasileiros, o aplicativo fornece informações preci-sas aos passageiros sobre horários dos ônibus, rotas de viagens e linhas dispo-níveis. A leitura pode ser feita por meio de smartphones, tablets, computado-res ou SMS no celular e, entre as suas inovações, estão ferramentas para a visualização de itinerários em mapas e tabelas, e a utilização de recursos de audição com navegação facilitada e di-recionada às pessoas com deficiência visual, além do passageiro poder usar o celular para solicitar a parada do ônibus em seu ponto, já que o sistema emite um sinal diretamente ao moto-rista. Para os empresários, destacam--se, ainda, vantagens como os baixos custos de implantação e a garantia de total interoperabilidade.

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São Paulo - (11) 2105-6777 | Curitiba - (41) 3222-9179Goiânia - (62) 4018-8165 | Marília - (14) 3413-7758

Maringá - (44) 3025-5880 | Ribeirão Preto - (16) 3610-1144Rio de Janeiro - (21) 2461-2277 | Salvador - (71) 3358-5588

São José dos Campos - (12) 3911-3822

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PRODUTOS E SERVIÇOS

ZF

BgmRodotec

A ZF marcou presença com a exposição de produtos que mostram a versatilidade do seu portfólio para o transpor-te urbano e interurbano. As soluções visam à redução de impactos negativos ao meio ambiente, menor consumo de combustível, maior segurança, conforto e acessibilidade aos usuários. Dentre estas, a empresa apresentou a transmissão automática de 6 marchas Ecolife, capaz de reduzir o consu-mo de combustível em até 6%, entre outros benefícios, é a transmissão ecofriendly; a transmissão automatizada AS Tronic de 12 marchas, que proporciona trocas de marchas rápidas e eficientes; o eixo traseiro AV 132, solução para acessibilidade; e, pela primeira vez no Brasil, o eixo elétrico AVE 130 para ônibus de piso baixo, que pode ser utilizado no modo totalmente elétrico ou com sistemas híbridos em série.

A BgmRodotec, eleita uma das 100 melhores empresas de TI e Te-lecom pelo Instituto Great Place To Work (GPTW), em parceria da revis-ta “Computerworld”, lançou-se na Transpúblico, no mercado de aplicati-vos mobile, com o intuito de absorver a nova demanda das transportadoras e criar referenciais de controle, de gestão por indicadores e de otimiza-ção dos processos, para ajudar seus clientes a conquistarem melhores re-sultados. Os aplicativos foram sobre escala de motorista, abertura de OS e checklist, baseados nas funções do ERP Globus. O download será feito, inicialmente, no Google Play, para os usuários Android, e, posteriormente, liberado para outras plataformas.

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A BYD construindo sonhos de um futuro melhorpara o Brasil: Emissão Zero, Alta autonomiae Baixo Custo Operacional

BYD EM CAMPINAS: MOBILIDADE SUSTENTÁVEL TOTALMENTE BRASILEIRA

12 metros 18 metros

A BYD construindo sonhos de um futuro melhorpara o Brasil: Emissão Zero, Alta autonomiae Baixo Custo Operacional

BYD EM CAMPINAS: MOBILIDADE SUSTENTÁVEL TOTALMENTE BRASILEIRA

12 metros 18 metros

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PRODUTOS E SERVIÇOS

Marcopolo Caio Induscar

Mercedes-Benz

A Caio Induscar expôs os modelos urbanos Apache VIP, Millennium BRT Superarticulado e o rodoviário Solar 3400, lançamento da empresa e no-vidade no evento. Este último é um veículo desenvolvido para o segmento rodoviário de média e longa distân-cias, fretamento e turismo. O modelo apresentado é completo, com comis-sária, sanitário, wi-fi, porta-pacotes, porta-foco com iluminação, identifica-ção das poltronas e saída de ar-con-dicionado individual. O Apache Vip é equipado com sistema Multiplex, que identifica as falhas nos sistemas ope-racional e elétrico do veículo; e suas inovações são a porta estilo fole e a presença de dois elevadores em am-bos os lados da carroceria, um dos quais embutido. E o Millennium BRT Superarticulado, voltado para clientes que operam em corredores e em gran-des centros urbanos. O modelo alia design, conforto, rapidez operacional e facilidade de manutenção.

A Marcopolo apresentou seus úl-timos lançamentos, como o urbano Torino Express (articulado) e o rodovi-ário Paradiso 1350. Lançado em julho, o Torino Express amplia as opções de uso, que vão desde um veículo com baixo custo operacional para aplica-ções severas até os mais sofisticados, para atender às necessidades do ser-viço convencional ao sistema BRT. No salão de passageiros, decoração e assoalho novos, este dividido em painéis removíveis, e pés das poltro-

O superarticulado O 500 UDA Low Entry, de 23 metros, juntamente com o chassi OF 1519, foram os des-taques da Mercedes-Benz na Trans-público 2015. O 500 oferece agora mais robustez para a alta demanda do transporte de massa, devido ao seu novo eixo traseiro HO-7, de 13 toneladas, que proporciona um in-cremento de 6% em sua capacidade de carga e aumenta sua resistência e

nas tipo cantilever, que permitem a realização de reparos no piso sem precisar remover as poltronas. O Pa-radiso 1350 oferece, além de eleva-do padrão de conforto, segurança e ergonomia, diferenciais como maior espaço para bagagens, novas poltro-nas, luz de leitura e toalete; foi de-senvolvido especialmente para satis-fazer os operadores em viagens de média e longa distâncias. A empresa também exibiu o urbano Torino, mo-delo com maior produção no país.

durabilidade, além de permitir maior número de passageiros no interior do veículo. O chassi OF 1519 otimi-za a instalação de ar-condicionado, e todos são multicombustíveis, po-dendo ser abastecidos com diesel e com combustíveis não fósseis, como o diesel de cana e o biodiesel. Esse modelo conquistou a satisfação dos usuários pelo excelente nível de comodidade e pelo conforto da sus-

pensão a ar em to-dos os seus quatro eixos. A aprovação vem igualmente dos condutores, em especial pela facili-dade de operação e de manutenção. O veículo é ideal para trafegar em corre-dores e faixas ex-clusivas, bem como em linhas alimenta-doras e no interior dos bairros.

EVENTO

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Com as cidades cada vez mais ocupadas e o espaço viário sen-do tomado por automóveis que, em sua maior parte, transportam apenas uma pessoa, a solução para melhorar a competitividade das cidades, a eficiência dos des-locamentos, e proporcionar me-lhor qualidade de vida aos seus habitantes passa, entre outros fatores, pela priorização do trans-porte público. O desempenho ope-racional dos ônibus está cada vez mais comprometido, e esse quadro evidencia a necessidade de formu-lação de políticas públicas, a fim de se evitar o colapso ocasionado pelos congestionamentos nas cida-des brasileiras.

Seminário Nacional da NTUdiscute a prioridade ao coletivo para uma mobilidade sustentável

De forma a alertar a sociedade a respeito desse problema, a As-sociação Nacional dos Transportes Públicos (NTU) realizou, entre os dias 1º e 3 de setembro, na cida-de de São Paulo, mais uma edição do Seminário Nacional. Este ano o tema do evento foi “Prioridade ao coletivo para uma mobilidade sus-tentável”, bandeira que a entidade já levanta há alguns anos, e cuja proposta é promover a expansão de faixas exclusivas e corredores do tipo BRT no país.

Participação da sociedade contribui

De acordo com o presidente da NTU, Otávio Cunha, mesmo com

o brasileiro ainda perdendo mais de duas horas nos deslocamentos entre as respectivas residências e o local de trabalho, ele reconhece que a participação da sociedade de forma mais ativa contribuiu para a adoção de certas medidas, assim como os avanços na mobilidade em algumas capitais brasileiras. “De 2013 para cá houve uma sé-rie de avanços. Foram concluídos vários quilômetros de faixas sele-tivas. São Paulo é um bom exem-plo, com 400 quilômetros. Outras cidades também abraçaram essa causa. Assim, melhora-se o servi-ço, reduzindo o tempo de viagem e atraindo até demanda nova. Alguns corredores BRT ficaram

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prontos. O Transcarioca, no Rio de Janeiro, e o MOVE, em Belo Hori-zonte, são casos que nos animam a continuar buscando soluções para outras cidades”.

Presente à solenidade de aber-tura do evento, o ministro das Ci-dades, Gilberto Kassab, confirmou a continuidade nos investimentos em mobilidade urbana e anunciou a desburocratização na captação de recursos, com vistas a acelerar a execução de projetos e a reno-vação de frota. “O governo está revendo a linha de financiamento de veículos, que já existe, mas não é utilizada por falta de integração do Ministério com as empresas e a Caixa Econômica Federal”.

Coibir estacionamentos é uma sugestão

O primeiro dia de atividades do seminário reservou debates em torno das medidas que têm sido tomadas para a melhoria da mobilidade urbana nas capitais, de modo a otimizar os desloca-mentos da população, dinamizar a economia das cidades e diminuir os congestionamentos. O painel “Priorização ao coletivo para uma mobilidade sustentável” contou com a participação do secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, que afirmou, de forma cate-górica: “Dar prioridade ao usuário do transporte público deve estar na agenda política do Estado. Ele está no direito de reclamar, porque é ele quem paga a conta”.

Já o coordenador do Movimen-to pelo Direito ao Transporte Públi-co de Qualidade (MDT), Nazareno Affonso, apresentou, entre outras medidas, uma que pode ser signi-ficativa para a mobilidade nas ci-dades, independentemente do seu porte. Ele lembrou, entretanto, que é preciso esforço conjunto de agentes da sociedade civil para promover a reformulação e a utilização do es-paço viário existente. “Hoje, o pre-feito pode proibir o estacionamento em qualquer via em que circule o transporte. Por lei, ele tem essa au-toridade. Se levarmos para o Código

Brasileiro de Trânsito a proibição do estacionamento em qualquer via em que circule o transporte público, vai facilitar o poder público na implan-tação das vias exclusivas e aumentar a velocidade operacional em toda a sua linha. Nós, da sociedade civil, po-demos nos organizar para pressionar o poder público a reduzir o número de estacionamentos. Esta é uma das ideias que o MDT já defende”.

Situação econômica impacta no transporte

Medidas adotadas para atrair passageiros para o transporte pú-

“De 2013 para cá houve uma série de avanços.

Foram concluídos vários quilômetros de faixas

seletivas. São Paulo é um bom exemplo, com

400 quilômetros. Outras cidades também

abraçaram essa causa. Assim, melhora-se

o serviço, reduzindo o tempo de viagem e

atraindo até demanda nova”Otávio Cunha, presidente da NTU

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EVENTO

blico em Belo Horizonte e Curitiba foram apresentadas no painel “O futuro da mobilidade sustentável: tendências mundiais”, exposto pela pesquisadora Susan Zielinski, diretora do projeto SMART, da Universidade de Michigan (EUA). Zielinski mostrou que deve ser estabelecida uma metodologia para mapeamento dos pontos de melhoria, sem depender somente dos planos diretores para avan-ço da mobilidade. “Refiro-me a todas as formas de transporte e como fazê-las funcionar em con-junto para as pessoas que preci-sam se deslocar. Devemos trazer novos conceitos que nos ajudem a criar sistemas que sejam aplica-dos nas ruas de forma prática; por isso, trabalhamos com diferentes cidades ao redor do mundo”.

A atual situação econômica do país também foi debatida no evento. Coube ao jornalista Car-los Sardenberg apresentar o ce-nário atual, os desafios para que o Brasil volte a crescer, a forma como a consequente retração nos investimentos impacta dire-tamente no setor de transporte e quais alternativas podem sem adotadas. “Como o setor público está literalmente quebrado, pro-duzindo déficit, com os estados e municípios em situação financei-ra muito ruim, a saída para qual-quer investimento em infraestru-tura são as concessões ao setor privado”.

Alternativas para renovação da frota

Como o setor deve reagir diante do cenário desfavorável no Brasil? Talvez esta tenha sido a grande questão do debate que tratou das tecnologias voltadas ao segmento de transporte público. Represen-tantes das principais montadoras e encarroçadoras discutiram alter-nativas que facilitem a renovação de frota no país, tendo em vista a

retração do mercado em função do atual ambiente político-econômico.

Para o gerente de Operações da Mobilidade da Fetranspor, Guilher-me Wilson, mediador de uma das oficinas, a discussão foi produtiva e serviu para que os conceitos deba-tidos sejam retomados no momen-to de recuperação do setor. “Hoje vemos a folha de pagamento das empresas receber impostos ante-riormente retirados, o aumento dos

“O governo está revendo a linha

de financiamento de veículos, que

já existe, mas não é utilizada por

falta de integração do Ministério

com as empresas e a Caixa

Econômica Federal”

Gilberto Kassab, ministro das Cidades

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combustíveis e outros insumos que impactam diretamente na cadeia do setor, gerando incerteza quanto à renovação de frota e ao uso de tecnologias mais limpas”.

Um novo modelo de mobilidade

O diretor de Mobilidade Urba-na da Volvo, Ayrton Amaral, cita que o modelo de mobilidade ado-tado até hoje dá sinais de esgota-mento, e que este é o momento mais apropriado para se discutir a sustentabilidade do setor com a adoção de alternativas capazes

de elevar a qualidade dos serviços, porém sem causar danos às cida-des e seus habitantes. “Estamos vivendo o momento de transição. As novas tecnologias estão come-çando a se tornar competitivas e apresentamos as nossas soluções no campo da eletromobilidade. O modelo de mobilidade atual não funciona mais. Estamos em busca de um novo modelo de transpor-te, para que toda a sociedade se beneficie da mobilidade de modo sustentável”.

Adalberto Maluf, diretor de Marketing da BYD, mostrou con-

fiança quanto a uma mudança de mentalidade na operação do trans-porte público no que diz respeito à sustentabilidade, em função da importância da mobilidade para as pessoas, e citou a experiência inter-nacional da empresa para emplacar no Brasil. “O transporte público é um serviço essencial, não é possí-vel fazer aventuras. É natural que toda nova tecnologia requeira tem-po de maturação e de testes, mas já temos ônibus elétricos rodando na China há anos. Hoje já não se discute mais a viabilidade da tec-nologia”.

CAPA | PRÊMIO MOBILIDADE URBANA

ganha espaço e merece prêmio

Mobilidade urbana

A importância do tema cresce no Brasil e levou a Fetranspor a criar o PMU

» Por Roselene Alves

O termo “mobilidade urbana” ainda é uma novidade para mui-tas pessoas. Porém, apesar de ter ganhado força nos últimos anos, tanto no campo político, como na mídia e até mesmo através de ma-nifestações populares, a preocupa-ção com o assunto no Brasil vem de longa data, e se intensificou mais recentemente com o advento dos projetos oriundos das exigên-cias para que o país pudesse se-diar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. No passado,

no entanto, não havia uma expres-são específica para nomear essa pauta. Contudo, as discussões e os debates, os planejamentos e a bus-ca por investimentos que trouxes-sem benefícios para a qualidade de vida dos trabalhadores e da popu-lação em geral das grandes cida-des, que dependem do transporte público, sempre estiveram em evi-dência, mesmo que restritos a ór-gãos públicos e entidades, como a Fetranspor, que atuam diretamente nessa área.

A preocupação com o aumento e o privilégio aos transportes indi-viduais em detrimento da utiliza-ção dos modais coletivos foi, sem dúvida, a base para o surgimento da expressão “mobilidade urba-na”. Segundo dados do Denatran, de setembro de 2015, a frota de automóveis no Brasil já passa dos 49 milhões de veículos – em 2001, eram 24 milhões de carros emplacados. Na última década, o aumento percentual do número de veículos foi 11 vezes maior que o

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Dar voz e visibilidade a projetos e

soluções nessa área tem sido, desde

sempre, uma missão da Fetranspor.

Essa foi uma das razões que motivou

a Federação a criar, em 2009, o

Prêmio Mobilidade Urbana (PMU)

da população, e surgiu, nas ruas, quantidade de carros igual à cria-da em todas as décadas passadas. Os mesmos dados informam que motocicletas já são cerca de 20 milhões, quase quatro vezes mais do que em 2003, quando rodavam pelo país 5,3 milhões de motocicle-tas. De acordo com dados do Ob-servatório das Metrópoles, entre 2002 e 2012, enquanto a popula-ção brasileira aumentou 12,2%, o número de veículos registrou cres-cimento de 138,6%. Há cidades com uma média de menos de dois habitantes para cada carro.

Definição mais amplaA necessidade de desenvol-

ver mecanismos para diminuir a quantidade de congestionamentos e o tempo de deslocamento das pessoas, seja no percurso casa-tra-balho-casa, seja para outros fins, proporcionando ganhos na qualida-de de vida da população, acirrou o debate e a busca por soluções que melhorassem a mobilidade urbana no Brasil. A questão ambiental foi

mais um motivo importante, já que o excesso de veículos nas ruas gera mais emissões de poluentes, afeta a saúde da população e interfere no bem-estar e no clima das cidades.

Geralmente empregada para referir-se ao trânsito de veículos e de pedestres, tanto por meio do transporte individual como do co-letivo (ônibus, metrôs, barcas, etc.), e ao deslocamento da população dentro das cidades, a expressão “mobilidade urbana” tem uma definição ainda mais ampla: diz respeito aos meios, serviços, infra-estruturas e políticas, voltados à

garantia dos direitos dos cidadãos, relativos aos deslocamentos de pessoas nas cidades.

Reconhecimento aos melhores

Dar voz e visibilidade a proje-tos e soluções nessa área tem sido, desde sempre, uma missão da Fe-transpor. Essa foi uma das razões que motivou a Federação a criar, em 2009, o Prêmio Mobilidade Urbana (PMU), cujo objetivo é reconhecer os melhores trabalhos direta ou indiretamente ligados à mobilida-de urbana no Estado do Rio de Ja-

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CAPA | PRÊMIO MOBILIDADE URBANA

neiro, contribuindo para promover ou melhorar a sustentabilidade, o bem-estar e/ou a qualidade de vida da população fluminense, no todo ou em parte, bem como para esti-mular cada vez mais o debate, bus-cando o amadurecimento das refle-xões sobre o tema e contribuindo para a inovação no setor.

O Prêmio Mobilidade Urba-na, cuja primeira edição ocorreu efetivamente em 2010, durante o 14º Etransport (Congresso so-bre Transporte de Passageiros), promovido pela Fetranspor e sindicatos filiados, está dividido em cinco categorias – Relaciona-mento com Clientes, Desenvolvi-mento Sustentável, Planejamen-to de Transportes e Tecnologia,

Educação e Cultura e Jornalismo, com duas subcategorias (Mídias Impressas e Mídias Eletrônicas) – e é realizado a cada dois anos, com exceção da categoria Jorna-lismo, que acontece anualmente. Podem participar pessoas físicas ou jurídicas, com âmbito público ou privado, e cada concorrente tem direito a inscrever quantos trabalhos desejar. A inscrição se dá por meio de ficha eletrônica, que fica disponível no site www.premiomobilidadeurbana.com.br até a data limite.

Especial 60 anosNeste ano de 2015, o PMU, cuja

cerimônia de premiação acontece no dia 11 de novembro, no Co-

Geralmente empregada

para referir-se ao trânsito

de veículos e de pedestres,

tanto por meio do transporte

individual como do coletivo

(ônibus, metrôs, barcas, etc.), e

ao deslocamento da população

dentro das cidades, a expressão

“mobilidade urbana” tem uma

definição ainda mais ampla:

diz respeito aos meios, serviços,

infraestruturas e políticas,

voltados à garantia dos direitos

dos cidadãos, relativos aos

deslocamentos de pessoas nas

cidades.

O presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira, falou sobre os novos projetos para o Estado do Rio, na cerimônia de entrega do PMU 2014, categoria Jornalismo

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pacabana Palace, conta com uma edição especial comemorativa dos 60 anos da Fetranspor. Em virtude disso, foram criadas as categorias “Personalidade Destaque PMU” e “Personalidade Destaque Especial PMU”. A primeira tem o propósito de reconhecer, no âmbito de cada uma das cinco categorias, as pes-soas físicas que tenham contribu-ído, de forma direta ou indireta, para a melhoria da mobilidade ur-bana no Estado do Rio de Janeiro nos últimos 60 anos, e a segunda destaca a pessoa que mais colabo-rou para a mobilidade urbana no

Estado do Rio de Janeiro, pelo con-junto de sua atuação.

A eleição dos vencedores do PMU se dá em duas etapas. Inicial-mente, a comissão organizadora analisa se as inscrições recebidas estão de acordo com o regulamen-to, conferindo o prazo de envio e o preenchimento da ficha de ins-crição, a conformidade da docu-mentação e do material enviado e desclassificando os concorrentes que não tenham atendido às exi-gências. Posteriormente, comissões julgadoras específicas a cada uma das categorias avaliam, efetiva-

mente, os trabalhos enviados, em termos de qualidade, relevância, inovação e atendimento à missão do Prêmio.

A escolha dos finalistasPara cada categoria são sele-

cionados três trabalhos finalistas, classificados em primeiro, segun-do e terceiro lugares. No caso das categorias especiais de 2015 – Destaque e Destaque Especial –, foram indicados três nomes em cada categoria, pelos seus res-pectivos coordenadores, que após apontarem suas escolhas, elege-

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CAPA | PRÊMIO MOBILIDADE URBANA

ram, em conjunto com todos os coordenadores e com a comissão organizadora, o nome a ser pre-miado.

O vencedor de cada categoria e, no caso do Jornalismo, de cada subcategoria, recebe o troféu Mo-bilidade Urbana e um cheque no

valor de 20 mil reais; o segundo e o terceiro lugares ganham o troféu e cheques no valor de 10 mil e 5 mil reais, respectivamente. Já as Personalidades Destaque e Personalidade Destaque especial recebem, cada uma, um troféu. Uma publicação especial, com a

cobertura completa da cerimônia de entrega do PMU 2015, está sendo produzida. No site www.premiomobilidadeurbana.com.br, além de todas as informações sobre o PMU, estão disponíveis o regulamento e a lista dos vence-dores das edições anteriores.

Jornalismo – Mídias Impressas e Mídias EletrônicasContempla matérias sobre mobi-lidade urbana, publicadas em jor-nal, revista, site, rádio ou televisão, por órgãos de imprensa do Brasil, desde que o tema central do mate-rial jornalístico promova a reflexão sobre a melhoria da mobilidade urbana no Estado do Rio de Janei-ro, segundo as diretrizes estabele-cidas no regulamento.

Educação e CulturaAbrange ações educativas ou cultu-rais voltadas a qualquer público, de acordo com os objetivos do Prêmio. Podem concorrer nesta categoria: práticas de trabalho; projetos e programas; trabalhos acadêmicos; e produções artísticas nas suas va-riadas modalidades e que tenham como objetivo promover a reflexão sobre a melhoria da mobilidade ur-bana no Estado do Rio de Janeiro,

As cinco categoriasde acordo com as diretrizes estabe-lecidas no regulamento.

Planejamento de Transportes e TecnologiaContempla as iniciativas que apre-sentem uma análise e proponham soluções e diretrizes para as ques-tões ligadas aos transportes ur-banos, relacionadas à demanda, oferta, acessibilidade, políticas pú-blicas, trânsito e tecnologia, e que demonstrem todos os benefícios que essas medidas possam gerar para a população do Estado do Rio de Janeiro, conforme as diretrizes estabelecidas no regulamento.

Desenvolvimento SustentávelBusca reconhecer e incentivar um conjunto de ações, atividades, processos e práticas que estejam alinhados ao conceito de cidada-nia corporativa, a partir do tripé da sustentabilidade, conjugando

desenvolvimento social, ambiental e econômico, com foco na questão da mobilidade urbana sustentável, gerando valor compartilhado jun-to às partes interessadas; propos-tas essas implantadas no Estado do Rio de Janeiro ou que tenham aplicação positiva demonstrada nesta localidade, de acordo com as diretrizes estabelecidas no re-gulamento.

Relacionamento com ClientesAbrange iniciativas desenvolvidas por empresas voltadas à mobilida-de urbana, visando ao bem-estar de seus clientes e ao aprimoramen-to da qualidade dos serviços pres-tados, que tenham como objetivo o maior grau de satisfação desses, assim como diagnosticar e enten-der suas necessidades e desejos, contribuindo para a promoção da qualidade de vida da população fluminense, segundo as diretrizes estabelecidas no regulamento.

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60 ANOS DA FETRANSPOR

A Fetranspor está completan-do, em 2015, 60 anos de fundação. Como parte dos registros do seu 60º aniversário, a Federação criou logomarca, que durante todo o ano figurou em seus documentos e publi-cações, e promoveu diversas ações para celebrar a data, iniciadas no dia do aniversário, 22 de janeiro, com evento que reuniu todos os colabora-dores, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, para apresentação da marca e de vídeo comemorativo, além de homenagem aos funcionários mais antigos e aos ex-presidentes da en-tidade. Ao longo de 2015, as revistas “Ônibus” e “Indo & Vindo – a Revis-

Homenagens merecidasta do Rodoviário” produziram séries de reportagens históricas, publicadas a cada edição, sobre as seis décadas de atuação da Fetranspor. O Prêmio Mobilidade Urbana Especial 60 anos (matéria na página 24) fechou o pe-ríodo de celebração.

Para Lélis Marcos Teixeira, pre-sidente da Fetranspor, o segredo para que uma instituição chegue aos seus 60 anos de forma prós-pera é simples: "ter bases sólidas é muito importante para pessoas, organizações, projetos e atividades humanas. O presente e o futuro se constroem sobre os alicerces do passado, e quanto mais sólidos es-

ses alicerces, maior e mais firme a construção que a eles se pode so-brepor. Por isso, comemorar 60 anos da Fetranspor é gratificante para todos os que dela fazem ou fizeram parte. Olhar para trás e ver o quan-to esta Federação realizou, sempre em prol da qualidade das empresas de transportes de passageiros, ao longo dessas seis décadas, nos dá a certeza de que o futuro é promissor. Que venham novas décadas, e que esta entidade e seus filiados possam construir uma mobilidade cada vez mais eficiente e segura. Mobilidade com qualidade, conforme consta da nossa logomarca", afirmou.

Otávio Cunha, presidente executivo da NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos

"É com grande satisfação que cumprimento a Fetranspor pelos seus 60 anos. Especialmente porque se trata de uma entidade que tem contribuído para escrever os principais capítulos da história da mobilidade urbana neste país, com importantes iniciativas também voltadas à melhoria do setor de

transporte urbano. O Rio de Janeiro tornou-se cidade modelo, com infraestruturas modernas de transporte coletivo a partir de investimentos em sistemas de priorização ao ônibus coletivo, como os BRTs e BRSs, proporcionando um salto de qualidade na vida da população. E, sem dúvida, a Fetranspor tem muito mérito diante dessa evolução na cidade"

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60 ANOS FETRANSPOR

Vicente Loureiro, diretor executivo da Câmara Metropolitana de Integração Governamental

Luiz Carlos de Urquiza Nóbrega, ex-superintendente da Fetranspor

"A elevada participação dos ônibus no conjunto de viagens praticadas no cotidiano da Região Metropolitana do Rio impõe, aos prestadores deste serviço público essencial, a busca permanente de inovações tecnológicas e operacionais, como o BRT e o BRS. Cabe à Fetranspor, no auge de sua maturidade, aos 60 anos, o desafio de liderar este processo inadiável de transformação"

"Na vida conjugal, união que alcança 60 anos é comemorada com Bodas de Diamante. Desfrutei desse privilégio ao lado da minha eterna Maria Antônia. Pois o destino também me reservou outro privilégio: compartilhar das justíssimas comemorações de 60 anos da Fetranspor, à qual dediquei boa parte da minha vida profissional. À Fetranspor, seus dirigentes, funcionários e consultores, ofereço um diamante, em exercício de cidadania, pelo exemplar desempenho e contribuição ao sistema de transporte público no Rio de Janeiro e no Brasil, com iniciativas pioneiras e corajosas que chegam a transpor nossas fronteiras para obterem reconhecimento internacional"

60 ANOS DA FETRANSPOR

60 ANOS DA FETRANSPOR

Federação assina seu nome nas mudanças do cenário do transporte público no Estado do Rio de Janeiro

85% da frota já dentro dos padrões aceitáveis. Após a regulamentação da contratação de jovens aprendizes através do Decreto 5.598, a Federa-ção mobilizou sindicatos e empresas em prol de novas oportunidades. O Sest Senat foi fundamental nesse processo, por oferecer, até hoje, cur-sos que preparam essa mão de obra para o ambiente das garagens.

Em 2006, o crescimento urbano desordenado no Estado era um dos assuntos em evidência, assim como o transporte para atender a nova demanda, que acabava utilizando, frequentemente, os meios ilegais, prejudicando quem lutava para ofe-recer um transporte de qualidade à sociedade. Porém, havia sinais de boas mudanças, como a elaboração do Plano Diretor de Transporte Urba-no (PDTU) para o Rio de Janeiro.

Investindo em infraestruturaNo fim do segundo semestre, Lélis

Teixeira, economista, com mestrado

em Transporte pela Coppe/ UFRJ e MBA em Management pela FGV, en-tão presidente do Rio Ônibus e com grande experiência no setor de trans-portes, assume a presidência execu-tiva da Fetranspor, e José Carlos Reis Lavouras mantém-se presidente do Conselho de Administração. Em 2007, a Fetranspor passou a coordenar o Programa Motorista Cidadão, criado quatro anos antes pelo Rio Ônibus, em parceria com a FGV e profissio-nais de Recursos Humanos de algu-mas empresas, para estendê-lo às empresas filiadas em todo o Estado.

As atribuições que estavam sob a responsabilidade da diretoria de Ope-rações da Federação são assumidas pela nova diretoria de Mobilidade Ur-bana, que se tornou uma área estraté-gica e conquistou o respeito do poder público diante do seu potencial técni-co, comprovado ao atender demandas extremamente complexas até os dias de hoje. Alguns exemplos desse traba-lho são: o planejamento da integração

Mobilidade, responsabilidade so-cial, meio ambiente, educação e comu-nicação são os pilares do trabalho da Fetranspor. Nas últimas cinco edi-ções, em homenagem aos seus 60 anos, a Revista Ônibus relembrou momentos importantes, a cada dé-cada, que fizeram a instituição che-gar até aqui. Para encerrar esta se-ção comemorativa, apresentaremos os fatos mais relevantes de 2005 até hoje. Nos últimos dez anos, a Fetranspor investiu em conceitos modernos e de transformação de gestão e de relacionamento com o poder público, as empresas filiadas e a população do Estado.

Sinais de boas mudançasO ano de 2005 alavancou proces-

sos inovadores, como a expansão da bilhetagem eletrônica e a integração entre ônibus, metrô e barca pela Rio-Card, um serviço que agregou muito aos transportes públicos do Estado. O projeto EconomizAR apontava

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60 ANOS DA FETRANSPOR

das tarifas (Bilhete Único); a colabora-ção dada às empresas no momento de licitação para formação de consórcios; e o apoio à RioCard, ao Rio Ônibus e aos consórcios na implantação do Pla-no Operacional e do Centro de Contro-le Operacional do BRT.

Por uma frota sustentávelAinda em 2007, os Jogos

Pan-americanos e Parapan-america-nos mobilizaram os poderes público e privado para oferecer infraestrutu-ra aos visitantes de 42 países, como a implantação de linhas de ônibus integradas ao metrô e campanhas de conscientização incentivando o uso do transporte coletivo. No Dia Mundial do Meio Ambiente, a Fe-transpor lança o Programa Ambien-tal Fetranspor (PAF), tendo como ob-jetivo atingir as metas de redução de CO2 e fortalecer sua visão ambiental.

Um dos trabalhos do PAF, que recebeu o 37º Prêmio Top de Marketing, da Associação dos Diri-gentes de Vendas e Marketing do Brasil, foi introduzir os testes de utilização do biodiesel B5, o progra-ma “O Rio de Janeiro Sai na Frente – Biodiesel 5% na Frota de Ônibus”, uma alternativa de combustível sus-

tentável. Isso significou a não emis-são de 7 mil toneladas de CO2 e uma economia de 3,3 milhões de litros de óleo diesel.

O Programa de Autocontrole da Fumaça Preta em Veículos do Ciclo Diesel – Procon Fumaça Pre-ta –, criado e implementado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), foi apoiado pela Fetrans-por, que propôs um “selo verde” para identificar os ônibus de acor-do com os padrões ambientais. No fim do segundo semestre, a Fede-ração, que já adotava o Programa EconomizAR, adere ao programa

Lélis Teixeira e Carlos Minc, então secretário de Estado do Ambiente, assinam,

em 2007, convênio que credencia a Fetranspor no Procon Fumaça Preta

Programa Motorista Cidadão, agora incorporado ao Rodoviário Cidadão, que conta também com o curso Formação de Lideranças, para fiscais, despachantes e inspetores

ambiental Despoluir, desenvolvi-do pela Confederação Nacional de Transporte (CNT), dividido em aprimoramento da gestão am-biental; redução de emissão de poluentes e consumo de combus-tíveis; e educação ambiental.

100 anos de ônibus a motorO ano de 2008 foi de comemo-

rações pelos 100 anos de ônibus a motor. Além de publicações especiais e selo comemorativo, a Fetranspor fez da data o tema do 13º Etransport. Gestão de pessoas, responsabilida-de social, tecnologia e segurança no trânsito, entre outros, também foram assuntos abordados no evento, que nesse ano teve público recorde na Marina da Glória.

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Enquanto o Rio de Janeiro pleite-ava receber a Olimpíada de 2016, e começava a se preparar para sediar a Copa do Mundo de 2014, o Rio Ônibus se antecipava apresentando propostas de melhorias estruturais à mobilidade na capital, através do Sis-tema Integrado de Transporte do Rio de Janeiro (SIT-Rio). Entre essas pro-postas, elaboradas por três grandes escritórios de arquitetura e replicadas pela Fetranspor, estavam, entre outros itens, integrações inter e intramodais e sistema de linhas troncais com ôni-bus articulados, como os atuais BRTs. A adoção desses conceitos foi um dos pontos positivos para que o Rio ven-

cesse a disputa para se tornar o palco dos Jogos Olímpicos de 2016.

Em alto nível para todosComeçavam os preparativos para

implantar a primeira universidade corporativa do país destinada exclu-sivamente ao setor de transporte. As atividades da Universidade Corpora-tiva do Transporte (UCT) se iniciaram em 2008, com o objetivo de promover, por meio dos programas de educação e treinamento, a melhoria de perfor-mance das empresas em termos da produtividade do negócio; da gestão

profissionalizada e do clima organi-zacional mais saudável, com conse-quente percepção de melhorias na prestação de serviços, pela sociedade. “A Fetranspor quer se tornar referên-cia nacional, não pela quantidade, mas pela qualificação dos trabalha-dores do setor. A melhoria do setor tem de ser feita por meio das pessoas que nele trabalham, e a Federação cria uma universidade corporativa que é de todo o segmento, de cada sindicato filiado, de cada unidade do Sest Senat e de cada indivíduo”, disse Lélis Teixeira na ocasião.

No fim de 2008, surge um ter-mômetro da prestação de serviços em todo o Estado: a Central de Re-lacionamento com o Cliente (CRC), um canal de comunicação unifica-do para atender usuários das 221 empresas associadas à Fetranspor, de forma gratuita, durante 24 ho-ras por dia e sete dias por semana, através de telefone, chat on-line, e--mail, SMS, Facebook, Twitter e, mais

Fetranspor recebe 4º Prêmio Brasil de Meio Ambiente pelo "Jornal do Brasil", em 2009

Ônibus adaptados para acessibilidade tornam-se realidade no Rio de Janeiro

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60 ANOS DA FETRANSPOR

tarde, Whatsapp. Dois anos depois, a CRC, recentemente denominada Fale Ônibus, recebe o Prêmio da Bie-nal ANTP de Marketing, na categoria Marketing de Relacionamento, no 14º Etransport.

A evolução da frotaEm 2009, a UCT ampliou o nú-

mero de cursos oferecidos, assim como sua infraestrutura, que ga-

nhou auditórios inteligentes, salas de treinamento, bibliotecas, video-tecas, laboratórios de informática e estúdio para produção de vídeos e realização de teleconferências. Cerca de 7.800 rodoviários aprimoraram seus conhecimentos, incluindo par-ticipantes do programa Motorista Cidadão, estendido aos despachan-tes, fiscais e inspetores das filiadas, no ano seguinte, dentro do projeto Rodoviário Cidadão.

Entraram em circulação 2,2 mil ônibus para renovar e expandir a fro-

ta, e a Região Metropolitana passou a contar com no-vas linhas. A contribuição para diminuir a emissão de gases de efeito es-tufa (GEE) continuava, através do estímulo ao

uso de combustíveis me-nos poluentes e à conscientização ambiental. Nesse ano, os requisitos do Selo Verde já eram atendidos por 91% dos coletivos vistoriados pelos técnicos dos Programas EconomizAR e Despoluir, e esse projeto fez da Fe-transpor merecedora do 4º Prêmio Brasil de Meio Ambiente, pelo Jornal do Brasil, como o melhor trabalho

em âmbito estadual; e do Top Social, da Associação dos Dirigentes de Ven-das e Marketing do Brasil (ADVB).

Tecnologia para servirAs tecnologias embarcadas, como

o GPS e as câmeras de monitoramen-to, deram mais segurança nas via-gens. Quinhentos coletivos adapta-dos entraram em operação, deixando, na época, mais de 2 mil veículos em circulação prontos para receber, com conforto e segurança, deficientes fí-sicos. No ano seguinte, esse número chegou a 6.372, e nesse ano a idade média da frota baixou de 5,0 para 4,7 anos, devido ao crescente desempe-nho operacional das empresas.

No ambiente web, além do novo

site, estava disponível o Vá de Ônibus, um serviço que utiliza bases cartográ-ficas digitalizadas e ajuda a identificar as melhores opções de deslocamento, de acordo com a solicitação do usuá-rio. Essa base foi utilizada pelo Goo-gle para desenvolver o Google Maps Transit. Ainda em 2009, a família Rio-Card ganha dois produtos, o RioCard Crédito e o RioCard Jovem. Uma das propostas deste último, lançado na

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60 ANOS DA FETRANSPOR

11ª Bienal do Livro do Rio de Janei-ro, envolvia um hotsite funcionando como rede social. O RioCard Jovem foi premiado, no ano seguinte, na ca-tegoria Marketing de Produto, da 4ª Bienal ANTP de Marketing.

Foco nos associados e clientes

Pensando em fortalecer a pres-tação de serviços aos sindicatos e empresas associadas, a Fetranspor lançou três centros de serviços: Cen-tro de Serviços Compartilhados em Gestão de Pessoas, Centro de Ser-viços em Comunicação e Centro de Serviços Ambientais, todos com con-sultorias especializadas oferecidas gratuitamente. Também foi criada a Gerência de Responsabilidade So-cial, destinada a desenvolver e coor-denar projetos nessa área.

No início de 2010, é criado o Bi-lhete Único, que permitiu a utilização de até dois modais, ônibus e trem, por exemplo, pelo valor de uma tari-fa única em viagens intermunicipais. Oito meses depois, a Prefeitura do Rio adotou o Bilhete Único Carioca, com a utilização de dois ônibus pelo valor de uma só passagem. No fim desse ano, considerando todas as

modalidades, a RioCard teve 1,1 bi-lhão de transações eletrônicas, com aumento expressivo do número de usuários do Bilhete Único e Expres-so: de 25 mil para 186 mil.

Rio: cidade olímpicaO Prêmio Mobilidade Urbana

(PMU) é realizado pela primeira vez, em 2010. As premiações, através de quantias em dinheiro, troféus e men-ções honrosas, são distribuídas nas categorias Educação e Cultura, Jorna-lismo, Planejamento de Transportes e Tecnologia, Responsabilidade Socio-ambiental e Relacionamento com o Cliente. Niterói inaugura o Corredor Metropolitano, o primeiro do Estado com faixas exclusivas para ônibus.

O Rio de Janeiro foi eleito ci-dade-sede da Olimpíada de 2016, e a Fetranspor passa a participar

ativamente das discussões com o governo, apresentando projetos e realizando ações voltadas à infraes-trutura do transporte e à priorização dos coletivos, visando à preparação da cidade para os Jogos Olímpicos.

Ainda em 2010, a Mobilidade Inteligente foi o tema do 14º Etrans-port, envolvendo soluções susten-táveis e novas tecnologias. Também nesse ano, foi determinada a nova forma de contrato das 40 empresas de ônibus do Rio, que, após processo licitatório, passaram a ter concessão de 20 anos para operar, e agruparam--se em quatro consórcios, tornando a relação com o poder público uma ação em conjunto, e não individual. As operadoras passaram a contribuir com a administração dos terminais, unificaram seus layouts com as de-mais dos mesmos grupos, e se com-

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18 e 19novembro2015

“ Como vencer os percalços da crise econômica nas empresas de transporte rodoviário de cargas e passageiros? ”

Nos dias 18 e 19 de novembro 2015, esperamos por você no Congresso de Sustentabilidade no Transporte Rodoviário – Carga e Passageiros, evento que contribuirá sensivelmente para a gestão estratégica do seu negócio focado em sustentabilidade empresarial, economia de insumos com práticas eficazes de manutenção de frotas, e gestão de pessoas, através de palestras, cursos gratuitos e exposições de produtos e serviços, todos com expressivo conteúdo prático, estrategicamente elaborado por renomados profissionais das seguintes áreas: mecânica de veículos pesados, RH, saúde, arquitetura, jurídica, ensino, educação corporativa e tecnologia da informação.

Confira os temas das palestras do Congresso:

Em 3(três) formatos de evento – congresso, feira e cursos o público participará das palestras sobre soluções de grande repercussão para os setores administrativos e operacionais para não sofrerem com os desdobramentos da crise econômica e, ainda assim, se preparar para fortalecer o relacionamento com seus clientes e manter-se competitivo no mercado.

Durante toda a programação do evento, o público ainda poderá se inteirar de produtos e serviços de aplicação mecânica, além de insta-lações prediais de garagens para frota de ônibus e caminhões na Bus & Truck Fair – feira de equipamentos, ferramentas, serviços, tecnologia e instalações prediais –; além das possibilidades de network com o especialistas, empresários e profissionais dos segmen-tos envolvidos.

Este evento destina-se à: Direção, Gerência, Financeiro, Administrativo, Comercial, Operacional, RH, Manutenção, entu-siasta, pesquisadores das áreas-objeto do evento.

Workshops técnicos gratuitos com cursos práticos e experiências educacionais:Vantagens na aplicação e uso de eletroventiladores originais – Spal;Manutenção preventiva em compressores Bitzer para transporte;Educação Financeira Bradesco;Senac Osasco e Senac Taboão da Serra apresentam workshops na área de administração e negócios e espaço saúde aos participan-tes do Congresso.

Maiores infomações e inscrições:

Agende-se

Inscreva-se e prepare-se para 2016!! (Inscrições gratuitas e pagas – consulte-nos)

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60 ANOS DA FETRANSPOR

prometeram a investir mais em tecno-logia, entre outros.

Solidariedade que envolve o setor

A dedicação da Federação às ques-tões relevantes para a sociedade civil mobilizava forças: em 2011, diante da epidemia de dengue que assolou o Estado, sindicatos e empresas distribu-íram informativos e fixaram cartazes nos ônibus, e convocaram seus cola-boradores para doar plaquetas. Além de ônibus gratuitos para o transporte de pacientes entre as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e os hospi-tais estaduais no Rio e na Baixada, 24 horas por dia, também foram produzi-dos 1,5 milhão de cartilhas com ações preventivas, destacando a importância de mantê-las para evitar a doença, em parceria com a Petrobras e a Secretaria Estadual de Saúde.

Para ajudar as vítimas das enchentes de Teresópolis e Nova Friburgo, uma das mais marcantes da história do Rio de Janeiro, o setor se mobilizou e conseguiu ar-recadar mais de 100 toneladas de donativos através da campanha Parada Solidária. No ano anterior, uma ação parecida colaborou com moradores do Morro do Bumba,

em Niterói, que também sofreu com as chuvas.

Nova identidade visualA 59ª edição do Congresso Mun-

dial de Transporte Público da UITP (As-sociação Internacional de Transporte Público), realizada em 2011, em Dubai, premiou, com o “PTx2 Awards”, a Fe-transpor e a RioCard, pelos cases do Bilhete Único – “Melhor Programa de Transporte da América Latina”, na ca-tegoria Introdução a Novas Políticas de Transportes –, e pelo Vale-Transporte – premiação regional da América Latina na categoria “Service Improvement

Award”. Na ocasião, o Ministério de Transportes da Rússia elegeu a Fe-transpor como uma das três melhores organizações de transporte do mundo.

A logomarca da Federação foi redesenhada e atualizada para ade-quá-la a sua nova cultura, e o lema passou a ser “Mobilidade com Qua-lidade”. Nele, estão inseridos os con-ceitos de mobilidade, modernidade, qualidade, diversidade, sustentabili-dade e desenvolvimento. Pensando em ampliar sua participação nos ce-nários social, econômico e ambien-tal, a instituição lança a Fetranspor Social, um programa de inclusão e desenvolvimento do indivíduo e da sociedade como um todo, voltado para dentro e para fora do setor. Aos profissionais do segmento, surge uma publicação exclusiva, a “Indo & Vindo – A Revista do Rodoviário”, reconhecida regionalmente através do Prêmio Aberje, dois anos depois,

Consultório Volante, lançado em 2012, presta

atendimento médico nas empresas

1

A implantação do BRS

colaborou para organizar o

trânsito do Rio

41

na categoria Mídia Impressa, e tam-bém pela Bienal ANTP de Marketing 2014, na categoria Endomarketing.

Em busca da mobilidade inteligente

Nesse ano de 2011, a população pôde perceber muitas mudanças em favor de uma mobilidade urbana de qualidade: o trânsito começava a se organizar diante da implantação dos BRSs (Bus Rapid Service), rea-lizada pela Prefeitura com o apoio da Fetranspor e do Rio Ônibus. As primeiras faixas exclusivas foram em Copacabana, e com a raciona-lização das linhas, a frota que tra-fegava na região diminuiu em 20%.

Outros corredores surgiram no restante da Zona Sul, Centro e Zona Norte nos últimos cinco anos, sempre com o mesmo padrão de identifica-ção, de operação e de resultados. Esse sistema recebeu, em 2013, o prêmio “Crescendo com o Transporte Públi-co”, na categoria Design Innovation, regional América Latina, da UITP.

Para facilitar a chegada de cerca de 100 mil pessoas ao Rock in Rio, inacessível para carros particulares, é lançada a campanha “Eu Vou de Ônibus”, com linhas especiais nas categorias Primeira Classe e Circula-res. O planejamento, feito pela Prefei-tura e organizadores do evento, com o apoio da Fetranspor e Rio Ônibus, teve o RioCard como peça fundamen-tal. “Rio Card Rock in Rio 2011: Um show de transporte por um mundo melhor” tornou-se case de sucesso na Bienal ANTP de Marketing 2014, na categoria Fortalecimento Institu-cional.

Consultório Volante e simulador

O ano de 2012 começou com a inauguração de uma nova fase nas cidades brasileiras: a Política Nacio-nal de Mobilidade Urbana. O Centro de Serviços em Gestão de Pessoas

passou a levar assistência médica para dentro das garagens, através do Consultório Volante, um ônibus adaptado com atendimentos gra-tuitos de clínicos, oftalmologistas e nutricionistas. Dois anos depois, em parceria com o Rio Ônibus, TransÔ-

Estudantes participam do Diálogo

Jovem durante Etransport

Um dos destaques

do 15o Etransport

foi o lançamento

do programa

Diálogo Jovem

sobre Mobilidade,

premiado na categoria

Fortalecimento

Institucional, na

Bienal ANTP de

Marketing 2014;

ficou em segundo

lugar no Prêmio

Aberje – regional

Espírito Santo/Rio de

Janeiro, na categoria

Comunicação e

Relacionamento

com a Sociedade

42

60 ANOS DA FETRANSPOR

nibus, Setrerj e Sinfrerj, mais de 4 mil rodoviários haviam sido atendidos.

A Fetranspor levou, novamen-te, a Mobilidade Inteligente como tema do 15º Etransport, que re-tornou ao Riocentro nesse ano; tudo para reunir especialistas que continuassem propondo e estu-dando caminhos nessa direção. Um dos destaques do evento foi o lançamento do programa Diálogo Jovem sobre Mobilidade. Tal ini-ciativa foi premiada na categoria Fortalecimento Institucional, na Bienal ANTP de Marketing 2014; ficou em segundo lugar no Prêmio Aberje – regional Espírito Santo/Rio de Janeiro, na categoria Co-municação e Relacionamento com a Sociedade; e recebeu Menção Honrosa na categoria Y4PT Health Awards, do UITP Awards 2015.

Também em 2012, a UCT, em parceria com a diretoria de Mo-bilidade, adotou um simulador de condução capaz de colocar o mo-torista em situações semelhantes às enfrentadas no dia a dia, bas-tante utilizado na orientação dos que operam no BRT. Dois anos de-

pois, a UCT já dispunha de quatro desses ambientes virtuais.

Expectativas do funcionamen-to total do BRT

Seguindo os esforços para pro-mover a mobilidade urbana de forma eficiente e sustentável, Lélis Teixeira assume, em 2012, a presidência da UITP América Latina. Ainda nesse ano, é inaugurado um dos sistemas que envolveram a participação ativa da

Federação em sua concepção. O BRT Transoeste, o primeiro dos quatro cor-redores exclusivos para a capital, é en-tregue, parcialmente, em 1º de junho, e atualmente está sendo ampliado no trecho entre o Jardim Oceânico e o Terminal Alvorada, para integrá-lo ao metrô, na Barra da Tijuca. No seu pri-meiro mês de operação, obteve 93% de aprovação dos usuários, com redu-ção de tempo de viagem pela metade.

O Transcarioca, inaugurado, par-cialmente, dois anos depois, é formado por 39 quilômetros de extensão entre o Aeroporto Internacional Antônio Car-los Jobim (Galeão), na Ilha do Gover-nador, e o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca. O Rio Ônibus se engajou em campanhas de orientação e conscienti-zação junto da população para reduzir o risco de acidentes nas vias exclusi-vas durante o período de adaptação ao novo modal. Atualmente, os BRTs Transolímpica e Transbrasil estão em construção, e quando todos estiverem em pleno funcionamento, a previsão é de que sejam transportados um total de 1,1 milhão de passageiros por dia, através do novo sistema.

O BRT Transoeste,

o primeiro dos

quatro corredores

exclusivos para a

capital, é entregue,

parcialmente, em 1o de

junho, e atualmente

está sendo ampliado

no trecho entre o

Jardim Oceânico e o

Terminal Alvorada para

integrá-lo ao metrô, na

Barra da Tijuca

43

Modernização das mídiasEm 2013, é lançado o Portal Fe-

transpor, que concentra as informa-ções antes hospedadas em outros sites e que mais tarde foi reformulado e adaptado para ser acessado em ta-blets e smartphones. A Mobilidade TV, com conteúdo voltado à mobilidade urbana do Estado, que já funcionava há dois anos, também evolui, acres-centando à sua programação o Perfil Empresas e o Boas Práticas. A “Revis-ta Ônibus” renova seu projeto gráfi-co, adequando-o à nova imagem da sua instituição. Foi criado o programa Empresas de Portas Abertas, através do qual as operadoras recebem seus clientes nas garagens, vi-sando a estreitar e melho-rar as relações com esse público.

Em junho de 2013, o povo foi às ruas reivindi-car melhorias para o país. Na ocasião, o estopim foi o aumento no valor das passagens de ônibus, o que não aconteceu. O setor teve prejuízo de R$ 164,2 milhões devido à falta de reajuste, considerando so-mente as empresas da capital cario-ca. Isso interrompeu alguns avanços, como, por exemplo, a renovação da frota, mas o momento também foi visto como uma oportunidade de abertura do diálogo com a sociedade, ávida por um transporte de qualidade.

Preparando-se para os gran-des eventos

Na Copa das Confederações, o esquema de trânsito mostrou-se efi-ciente e pronto para receber, no ano seguinte, a Copa do Mundo da FIFA. Os itinerários das linhas do entor-no do Maracanã foram alterados e agrupados em oito pontos estratégi-cos próximos à região interditada. A parceria entre a Secretaria Municipal

de Transportes (SMT) e o Rio Ônibus foi fundamental para informar à po-pulação sobre as mudanças. Outro resultado dessa união entre prefei-tura e sindicato foi a implementa-ção do programa "No Ponto Certo", uma ação educacional realizada pela UCT para aprimoramento con-tínuo e valorização dos condutores da cidade do Rio, que resultou na criação do Código de Conduta dos

Motoristas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro, com direitos e deveres da categoria.

Implosão da Perimetral marca o

fim da prioridade aos automóveis

Obras do BRT

Transbrasil

Vista aérea

das obras do

Alvorada e do

BRT Transoeste

44

60 ANOS DA FETRANSPOR

A priorização do transporte coleti-vo, que já vinha ganhando força, teve mais um ponto marcante com a der-rubada da Perimetral, em novembro desse ano. Eram 5,5 quilômetros en-tre o Caju e o Centro, dando acesso à Avenida Brasil, à Ponte Rio-Niterói e ao Aeroporto Santos Dumont, cortando a paisagem da Cidade Maravilhosa. O que antes era motivo de orgulho pas-sou a símbolo de decadência do trans-porte individual, e assim se fortalece-ram soluções em favor do transporte coletivo. A revitalização do Porto Ma-ravilha, simbolizando a recuperação urbana da cidade com menos espaço para os automóveis, foi mais uma ini-ciativa nessa direção.

Outras obras constituem a reno-vação do Rio, e a Federação conti-nua participando ativamente dessas transformações, como o Sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), entre a Zona Portuária e o Centro. A RioPar Participações foi criada, no ano ante-rior, para gerir este e outros negócios e agregar valor às empresas controladas e coligadas, além de complementar a prestação de serviços. Esta holding do sistema Fetranspor está presente no transporte de mais de 11 milhões de

passageiros por dia, em sete modais integrados através de um único siste-ma de bilhetagem, e detém participa-ções acionárias na CCR Barcas, Rio Ter-minais, Concessionária do VLT Carioca e MovTV.

Integrar é a soluçãoTransformar a mobilidade ur-

bana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro em algo eficaz e com qualidade é um grande desafio. O BRT é uma das apostas apresenta-das ao Estado pela Fetranspor, em linha com a revisão do Plano Di-retor de Transporte, para integrar todo o Grande Rio. Em 2014, dez projetos deste sistema estavam em fase de planejamento e desen-volvimento, e a perspectiva é de que mais de 5 milhões de pessoas sejam beneficiadas. São eles: Via Dutra, Via Light, Washington Luiz, TransBaixada, Niterói - Alcântara, RJ-104, RJ-106 e BR-101, e ainda se estudavam propostas de faixas exclusivas para Niterói e para o Arco Metropolitano.

Em 2014, o número total de passageiros das operadoras foi de 6,9 milhões, um resultado que

manteve a tendência de expansão aberta em 2007, após uma década de queda na procura pelo modal. Na Copa do Mundo FIFA 2014, as empresas de ônibus realizaram ações especiais, como a alteração do itinerário de 53 linhas dos con-sórcios Intersul, Internorte, Trans-carioca e Santa Cruz, para facilitar o acesso ao Maracanã, e a criação de um serviço especial do Aero-porto Santos Dumont, da Rodovi-ária Novo Rio e da Barra da Tijuca às estações do metrô e do BRT. A operação foi um sucesso.

UITP realiza Bus

Conference pela

primeira vez na

América Latina,

paralelamente ao

16º Etransport

Biometria digital

45

Os avanços da tecnologiaA RioCard TI fez do uso da

biometria digital uma realidade, em municípios como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Nova Friburgo e Maricá, dando mais segurança aos beneficiários da gratuidade e redu-zindo seu uso indevido. Também foram iniciados estudos sobre o uso do sistema de biometria facial e testes com smartphones como cartões de passagem. Novidade interna feita para refletir em todo o setor foi a criação, pela UCT, em parceria com a ANTP, do Núcleo de Gestão pela Qualidade da Fetrans-por, destinado ao aperfeiçoamento do trabalho de líderes, gestores e outros profissionais.

O 16º Etransport, realizado no Riocentro, em novembro de 2014, reuniu 10 mil congressistas, em 50 painéis, para estudar e debater, mais uma vez, a “Mobilidade Inteli-gente”. O Congresso contou com a presença das principais instituições de pesquisas e estudos do País, e pa-lestrantes de renome internacional. A 10ª FetransRio, evento paralelo, foi realizada em três pavilhões, num espaço de 35 mil metros quadrados do Riocentro, e contou com 73 expo-sitores, que apresentaram as últimas novidades em produtos e serviços para o mercado de transportes. Tam-bém paralelamente ao Etransport, pela primeira vez na América Latina, foi realizada a 8ª Conferência Inter-nacional de Ônibus da UITP, mais importante palco de discussão deste meio de transporte.

BRT vence o UITP Awards 2015, na categoria

“Estratégia de Transporte Público”

A energia dos 60 anosEm 2015, o BRT Transcarioca deu

ao Rio o Sustainable Transport Award (STA), através do Instituto de Políti-cas de Transporte e Desenvolvimen-to (ITDP). Durante o 61º Congresso Mundial da UITP, em Milão, na Itá-lia, o sistema venceu o UITP Awards 2015, na categoria “Estratégia de Transporte Público”, após concorrer com 200 trabalhos de 40 países.

Paralelamente à construção dos corredores Transolímpica e Transbrasil e do VLT, as linhas de ônibus da cidade

estão sendo racionalizadas, para aca-bar com a sobreposição de itinerários, diminuir o número de ônibus ociosos e aumentar a fluidez do trânsito. Para dar mais segurança aos passageiros e rodoviários, agilizando a comunicação entre as empresas de ônibus e as auto-ridades, é lançado o Sistema de Acom-panhamento de Frota em Emergência (Safe), resultado de uma parceria entre a Fetranspor, o Disque-Denúncia e a Secretaria de Segurança.

Nessas últimas seis décadas, a Federação abriu caminhos e acumu-lou prêmios e reconhecimentos por ter ampliado sua linha de atuação, certa de que proporcionar mobili-dade urbana adequada vai além do âmbito operacional. A instituição aprendeu, entre bons e não tão bons momentos, orgulhosamente, a manter-se em alicerces capazes de fazê-la voar e também impulsionar os voos de todos os seus colabora-dores, associados e parceiros. Dessa forma, tal trajetória se renova e se reinventa a cada instante, com um inspirar-se constante em um lugar melhor para se viver.

O 16º Etransport,

realizado no

Riocentro, em

novembro de

2014, reuniu 10 mil

congressistas, em 50

painéis, para estudar

e debater, mais uma

vez, a Mobilidade

Inteligente

MOBILIDADE URBANA

46

People Near Transit Ferramenta criada pelo ITDP promete ajudar no planejamento da mobilidade urbana

Partindo do princípio de que o acesso ao transporte público pode transformar vidas, e que um bom sis-tema, que garanta a mobilidade dos cidadãos de forma rápida e segura, pode significar aumento de oportu-nidades de trabalho, com menor per-da de tempo, o Institute for Transpor-tation & Development Policy (ITDP) buscou novas maneiras de medir os níveis de acesso ao transporte pú-blico nas cidades. A ideia é facilitar a consecução de melhores padrões de acessibilidade e sustentabilida-de, com a utilização de dados como distância entre moradia e emprego, modais disponíveis para o trajeto, tempos de viagem, etc.

Foi assim que nasceu o PNT ( People Near Transit), índice que mede a quantidade de pessoas que moram a até um quilômetro de dis-tância do local de embarque em um meio de transporte de alta capacida-de (metrô, BRT, trem ou VLT). O Ins-tituto vem aplicando o novo índice a várias cidades do mundo, como

47

forma de identificar se o transporte de massa está acessível onde é mais necessário. Embora este seja apenas um aspecto de um quadro bem mais amplo, que envolve itens como qua-

lidade de vias – não só para os veícu-los de transporte público, mas para pedestres e ciclistas –, qualidade e facilidade da integração, mobiliário urbano e outros, o PNT já permi-

te uma comparação entre cidades, considerando o acesso ao transporte público que oferecem, assim como pode ajudar as autoridades no pla-nejamento dessa oferta.

Contar com um transporte rápi-do e seguro a até um quilômetro de sua casa garante o acesso a comér-cio, serviços diversos, trabalho, estu-do e lazer. Isso significa qualidade de vida, aliada a desenvolvimento sustentável, pois a utilização maciça do transporte público, por si só, dimi-nui índices de poluição, de utilização de combustíveis não renováveis e de congestionamentos.

“No futuro, os dados do PNT poderão

ser utilizados para avaliar o progresso

da oferta de transporte de média e alta

capacidade nas cidades, o desenvolvimento

de novas centralidades e a implementação

de políticas de habitação de interesse social,

com inserção urbana adequada”Clarisse Linke, diretora do ITDP

48

MOBILIDADE URBANA

Panorama do Rio de JaneiroO Rio de Janeiro foi uma das

cidades brasileiras que mais apre-sentou resultados com relação à construção de um legado pós eventos internacionais realizados no Brasil, como a Copa da Fifa e a Jornada Mundial da Juventude, e a expectativa dos Jogos Olímpicos de 2016. Muitas obras vêm sendo empreendidas na capital, como re-vitalização da área central, prepa-rativos para implantação do VLT, e dois projetos de BRT já estão em funcionamento, o Transoeste e o Transcarioca.

Apesar dos problemas de con-gestionamento gerados pela pro-fusão de obras e consequentes alterações de trânsito, o Rio já de-monstrou crescimento importante, após o início da operação dos dois corredores de BRT, incorporados à rotina dos habitantes da Região Metropolitana. O índice PNT da ci-

“Um volume alto de recursos foi alocado,

nos últimos anos, para a mobilidade

urbana, mas um percentual pequeno

foi de fato executado, pois temos uma

limitação grande na capacidade técnica e

institucional para planejamento, execução

e acompanhamento em todas as esferas

(federal, estadual, municipal) e em todos

os setores (público, privado, sociedade

civil). O caminho é longo”Clarisse Linke, diretora do ITDP

2010 2015

36,7% 47%Índice PNT antes da

implantação dos BRTs

Transcarioca e Transoeste

2020

57,3%Índice PNT futuro, na previsão para daqui a 5 anos

Índice PNT depois da

implantação dos BRTs

Transcarioca e Transoeste

49

O ITDP foi fundado em 1985, nos Estados Unidos, por ativistas pró-mobilidade sus-tentável. O Instituto de Políti-cas de Transporte e Desenvol-vimento tornou-se, ao longo dos seus 30 anos de atuação, uma das organizações líderes no debate para a promoção de transportes sustentáveis em todo o mundo. Atualmente, o ITDP atua em conjunto com governos e organizações da sociedade civil para apoiar, de-senvolver e ampliar políticas de transporte sustentável; identi-ficar, documentar e disseminar boas práticas relacionadas a planejamento urbano e trans-portes.

dade, em 2010, era de 36,7%. Em 2015, com os corredores em fun-cionamento, esse percentual evo-luiu para 47%. Só para dar uma referência de cidades brasileiras, São Paulo e Belo Horizonte apre-sentam, respectivamente, 25,3% e 25%. A previsão é de que, até 2020, mais de 1 milhão de cida-dãos sejam incluídos no índice do Rio de Janeiro, ou seja, contem com transporte de grande capaci-dade a até um quilômetro de seu local de moradia.

Falando sobre o assunto, a di-retora do ITDP, Clarisse Linke, afir-mou: “Estamos vivendo uma crise de mobilidade global, e algumas cidades, como o Rio de Janeiro, estão buscando soluções para tentar mudar esse quadro. Ainda tem muito o que progredir, mas certas ações, como a implantação da rede de BRTs e a do VLT (Veí-culo Leve sobre Trilhos), no centro da cidade, mostram que o Rio de Janeiro está avançando de forma um pouco mais acelerada que ou-tras cidades brasileiras”. Mesmo com o progresso apresentado e as previsões para 2020, Clarisse acredita que há ainda muito a ser feito para se chegar a uma situa-ção considerada boa.

Panorama brasileiroAs dificuldades de desloca-

mento aumentam em muitas ci-dades brasileiras, e os constantes e cada vez maiores congestiona-mentos são, repetidamente, alvos

de matérias na mídia, debates e estudos. Embora a preocupação da grande maioria seja com as cidades grandes, Linke alerta que, em breve, as cidades médias vão sofrer bastante, pois não recebem a devida atenção, no sentido de aproveitarem a experiência já ad-quirida com os problemas viven-ciados pelas metrópoles.

Segundo Clarisse, nada vem sendo feito para mudar o rumo do desenvolvimento urbano. A cres-cente dependência do automóvel e os investimentos ainda tímidos em transportes públicos de quali-dade apontam para uma melhoria medíocre ou inexistente na mobi-lidade dessas cidades.

A diretora do ITDP vê como raiz do problema a falta de capa-cidade técnica para criar e ope-racionalizar projetos significati-vos voltados para a mobilidade: “Um volume alto de recursos foi alocado, nos últimos anos, para a mobilidade urbana, mas um per-centual pequeno foi de fato exe-cutado, pois temos uma limitação grande na capacidade técnica e institucional para planejamento, execução e acompanhamento em todas as esferas (federal, es-tadual, municipal) e em todos os setores (público, privado, socie-dade civil). O caminho é longo”, afirma.

Para Clarisse, “no futuro, os dados do PNT poderão ser utili-zados para avaliar o progresso da oferta de transporte de média e

Sobre o ITDP

alta capacidade nas cidades, o de-senvolvimento de novas centralida-des e a implementação de políticas de habitação de interesse social, com inserção urbana adequada”.

Ela considera que o PNT é uma ferramenta muito interessante para rastrear padrões de desenvolvi-mento urbano, e que pode ajudar a transformar cidades em lugares melhores para se viver.

COMUNICAÇÃO

50

O BRT tem diversas vantagens, mas uma se destaca: a economia de tempo. A rapidez com que se viaja de BRT e o pequeno intervalo entre um ônibus e outro proporcionam, ao passageiro, uma das coisas mais importantes para qualquer pessoa: mais tempo para a família, ou mais tempo para estudar, ou ainda mais tempo para não fazer nada (para quem vive de correria em correria, um intervalo abençoado).

O sistema vem se revelando como uma solução diferenciada de mobilidade, uma solução de alta capacidade. E já reconhecida inter-nacionalmente. É o que demonstra uma campanha publicitária realiza-da pela Artplan para a Fetranspor e o Consórcio BRT. A primeira etapa já

BRT:qualidade de vidamais tempo, mais

está na mídia, e busca ressaltar que a tecnologia empregada no BRT Rio é a mesma utilizada em diversas cidades ao redor do mundo – em 160 países.

É uma campanha multiplatafor-ma, ou seja, explora diversas mídias: TV, rádio, internet, redes sociais, jor-nais, revistas. A primeira fase teve início em setembro e a segunda, a partir de outubro.

A campanhaO vídeo publicitário apresenta

uma passageira no Brasil e outra em Nagoya, no Japão. A ideia é mostrar que o “nosso” BRT tem a mesma tecnologia e o mesmo design que os presentes nas maiores cidades do mundo. A peça faz comparações en-tre duas mulheres, ressaltando o que

elas têm em comum: ambas chegam mais cedo em casa graças ao BRT. A segunda linha da campanha explora os atributos que a solução traz para a vida das pessoas, com destaque para o ganho de tempo, o que se re-flete na relação com a família.

A imagem do BRT já é positiva, fato comprovado através de pes-quisas de opinião recentes, que re-velam uma aprovação de 74% dos usuários ao sistema, como informa Paulo Fraga, diretor de Marketing e Comunicação da Fetranspor: “Isso é uma consequência natural do mo-delo que está sendo implantado na cidade com quatro corredores (Tran-soeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil). O Rio de Janeiro terá um total de 158 quilômetros de vias

51

exclusivas de ônibus, tornando-se a maior rede de BRT do mundo”. O diretor está otimista: “Futuramente a ideia é replicar esse sistema para toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o que também será feito em termos globais”.

Bom para todosA vantagem está, inclusive, no

tempo de construção, 20 vezes mais rápido e com custo menor do que a implantação de metrôs. O BRT tam-bém é uma peça fundamental na mobilidade da cidade, pois é um sis-tema integrador que está ligado aos

outros modais, como metrô, trem e barcas, além do sistema convencio-nal de ônibus.

Para Jorge Dias, diretor opera-cional do sistema, “o Rio de Janeiro está dando provas de que é possí-vel inovar na mobilidade urbana, igualando-se às maiores cidades do mundo”.

A expectativa geral é de que, quando todos os corredores BRT estiverem prontos, a participação dos transportes de grande capaci-dade salte para mais de 60% do total de viagens. Segundo Jorge, foi por isso que a campanha adotou o slogan “Sistema BRT: bom para a cidade, um bem para o cidadão”.

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No dia 18 de setembro, início da Semana Nacional do Trânsito, a Cruz Vermelha Brasileira promoveu, em sua sede, o I Fórum Nacional sobre Segurança Viária. O evento contou com apoio das filiais estaduais e ser-ve como alerta para o aumento dos acidentes de trânsito no Brasil, que representam grave questão de saúde e segurança pública nas estradas.

Entre os palestrantes estavam: o deputado federal e autor da Lei Seca, Hugo Leal; a deputada federal Cristiane Yared, que perdeu um filho em acidente de trânsito no Paraná, e o assessor médico da Fetranspor, Fernando Moreira, que participou da mesa-redonda “Acidentes de trânsito, uma questão de saúde pública”, além de outras personalidades.

I Fórum sobre Segurança Viária e do 5º biciRio

Fetranspor participa do

I Fórum

Nacional

sobre

Segurança

Viária

SEMANA NACIONAL DO TRÂNSITO

53

Para reforçar a relação entre motoristas, ciclistas e pedestres, e garantir o uso cada vez mais seguro da bicicleta, a Universi-dade Corporativa do Transporte (UCT) capacitou, em parceria com o Rio Ônibus, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a Secretaria Estadual de Trans-portes, a CET-Rio, o Detran e a ONG Transporte Ativo, cerca de 200 motoristas, no treinamento “Motorista Amigo do Ciclista”. Nos dias 2, 3 e 22 de setem-bro, foram realizadas ações no terminal de ônibus do Cosme Velho, e no dia 20 de setembro, no Aterro do Flamengo, onde ocorreu também um passeio ciclístico.

Os motoristas receberam reforço de treinamento sobre a convivência com ciclistas, em antecipação à inaugura-ção da ciclorrota, de 10,4 qui-lômetros, que ligará os bairros

Programa Motorista Amigo do Ciclista promove ações em terminal e no Aterro do Flamengo

de Cosme Velho, Laranjeiras, Flamengo e Botafogo. A inicia-tiva fez parte das atividades da Semana Nacional do Trânsito, comemorada entre 18 e 25 de setembro, e do Dia Mundial Sem Carro, celebrado em 22 de setembro. Eles participaram também de palestras sobre o Código de Trânsito Brasileiro, as regras de convivência nas ruas e o uso da bicicleta como meio de transporte. Além disso, num ônibus, os ciclistas tive-ram a oportunidade de ocupar

o assento do motorista e reco-nhecer, pelos retrovisores, os “pontos cegos” do veículo.

O programa “Motorista Ami-go do Ciclista” forma multiplica-dores, e cada um fica responsá-vel por disseminar esse conteúdo dentro das próprias empresas. Até hoje, foram capacitados mais de 100 multiplicadores no Esta-do – 32 deles na cidade do Rio, o que representa um potencial de alcance de 8.900 motoristas, de 18 empresas que atuam na cidade.

54

SEMANA NACIONAL DO TRÂNSITO

5ª edição do

biciRio – Fórum

Internacional da

Mobilidade por

Bicicletas

Moreira dividiu a mesa com o consultor do Departa-mento Nacional de Educação e Saúde da Cruz Vermelha Brasileira, José Mauro Braz de Lima; com o diretor do Instituto Parar, Ricardo Im-peratriz, e a antropóloga Marisa Dreys, especialista em direção defensiva. O assessor médico da Fetranspor mostrou algu-mas iniciativas que estão em curso e que têm auxiliado na redução de aci-dentes, como a Lei Seca, a importân-cia dos equipamentos de retenção no transporte de crianças, e dos de segu-rança na condução de motos, assim como alertou para os riscos do uso do celular no transporte e o abuso da velocidade. “Trata-se de um problema social que temos no Brasil, e os im-pactos na economia são drásticos”.

No dia 21 de setembro, foi realiza-do, no hotel Mariott, em Copacabana, Zona Sul do Rio, a 5ª edição do biciRio – Fórum Internacional da Mobilidade por Bicicletas. O evento contou com o patrocínio da Fetranspor e reuniu autoridades e especialistas que deba-teram as melhores práticas no uso da bicicleta nos deslocamentos diários das pessoas nas cidades. O aprimo-ramento da infraestrutura cicloviária carioca e novas medidas para serem implantadas também foram temas na pauta do Fórum, bem como a maior integração entre as bicicletas e os ou-tros modais de transporte. O evento contou com as seguintes presenças: o subsecretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Altamirando Mo-

raes, que apresentou os projetos de aumento da malha cicloviária na ca-pital; o pesquisador André Schetino, que expôs o histórico da utilização das bicicletas no Rio de Janeiro; o presidente da ONG Transporte Ativo, José Lobo, que destacou a evolução no uso de bicicletas como modal de transporte, e da gerente de projetos do Departamento de Transportes de Buenos Aires, Argentina, Constanza Movsichoff, que abordou a questão da segurança como fator fundamen-tal para o investimento no uso de bicicletas em Amsterdã, na Holanda.

Representantes do ITDP e da ONG Bike Anjo propuseram a am-

pliação do número de bicicletários no Rio, a remodelação da infraes-trutura e a redução da velocida-de dos veículos motorizados com vistas à diminuição de acidentes. O evento contou também com as participações do secretário esta-dual de Transportes, Carlos Rober-to Osório; do vice-prefeito, Carlos Alberto Muniz, e do Cônsul da Holanda, Arjen Uijterlinde. Marcio Deslandes, gerente da Federação Europeia de Ciclismo e da Confe-rência Velocity, anunciou que a ci-dade do Rio de Janeiro será sede da maior conferência de ciclismo do mundo, em 2018.

EDUCAÇÃO

56

A busca pela melhoria contínua na prestação de serviços no seg-mento de transporte de passageiros tem sido uma prerrogativa susten-tada pela Fetranspor ao longo de anos, ao promover uma série de cursos de capacitação para a alta gerência das empresas. Ultimamen-te os esforços têm sido direciona-dos para elevar a qualificação dos colaboradores que atuam no nível intermediário das transportadoras, e também daqueles diretamente envolvidos na operação.

Com a implantação da Univer-sidade Corporativa do Transporte, que há pouco mais de sete anos trabalha para promover maior qua-lificação para os trabalhadores do setor – com iniciativas que passam por programas significativos, como o Rodoviário Cidadão, que já for-mou mais de 20 mil profissionais; e o Modelo em Excelência de Gestão,

Mais um passo para a qualificação do setorUCT e Estácio de Sá lançam curso Tecnólogo em Transportes Terrestres

desenvolvido de forma conjunta com a Associação Nacional dos Transpor-tes Públicos, atualmente em sua terceira turma –, a evolução na área de treinamento, desenvolvimento e qualificação dos rodoviários é cada vez mais crescente.

No começo de setembro, a UCT, em parceria com a Universidade Estácio de Sá, deu mais um im-portante passo para o desenvolvi-mento educacional do setor, com o lançamento do curso Tecnólogo em Transportes Terrestres, especialmen-te voltado para os profissionais que atuam em empresas de ônibus do Estado do Rio de Janeiro, sindicatos filiados à Fetranspor e da própria Federação. O curso começou no dia 10 de setembro e terá duração de dois anos, com carga de 1.660 ho-ras/aula e foco nos aspectos técni-cos e administrativos da carreira.No final do programa, o participante

receberá o título de Tecnólogo em Transportes Terrestres.

“Alternativas de capacitação”Na aula magna, realizada no dia

9 de setembro, na sede da UCT, a diretora da instituição, Ana Rosa Bo-nilauri, destacou os desafios enfren-tados durante o processo de con-cepção do curso, das expectativas, e das contribuições que o mesmo pode oferecer para o setor, transfor-mando-se numa referência nacio-nal. “O mercado tem cursos para os gestores, mas quando se fala da UCT como meio de transformação do setor, queremos oferecer alterna-tivas de capacitação para os nossos rodoviários e influenciar o mercado. A UCT acredita que a formação pro-funda vai ajudar no desenvolvimen-to das empresas”, disse.

A ideia de formatar um progra-ma voltado para a capacitação dos

“Pensamos também que o acesso à

escola, para graduar-se formalmente

e ser reconhecido com o atestado

de aptidão profissional, aumenta

o orgulho e a autoestima, o que

acreditamos ser fundamental para

aplicação dos conhecimentos em

busca da excelência dos resultados

em seu trabalho”

Ana Rosa Bonilauri, diretora da UCT

profissionais das empresas não sur-giu de forma aleatória, mas sim com vistas a elevar o nível na prestação dos serviços das operadoras, cada vez mais demandadas, em virtude da remodelação que a cidade do Rio de Janeiro vem passando no que tange à mobilidade urbana, como também outras importantes cidades da Região Metropolitana e demais

Acompanhe os números do Programa

Desenvolvimento Específico

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Em breve o

curso pode ser

uma referência

para o setor de

transportes

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EDUCAÇÃO

capitais do país. Que as empresas do setor de transportes necessitam revisitar a forma de atuação para atender adequadamente às novas demandas neste cenário de trans-formações urbanas não é novidade, e isso deve ser feito por meio de seus colaboradores. De acordo com a diretora da UCT, “as competências necessárias orientam a definição da grade curricular do programa e estão ligadas ao desenvolvimento de visão integrada sobre o uso consciente e racional do espaço urbano”.

O conteúdo do curso foi pensado com o objetivo de oferecer ao aluno informações capazes de desenvolver competências para responder, de forma prática e rápida, aos desafios que hoje permeiam a gestão das em-presas. ”O curso tem a parte teórica, de pesquisa operacional, estatística, gerenciamento de operação e ma-nutenção, além da parte de gestão pela qualidade, com os indicadores ope-racionais, de pessoas, e disciplinas ligadas a com-pras e finanças. É um am-biente de pura inovação”, afirmou Bonilauri.

Demanda reprimidaA demanda para esse

tipo de aprendizagem é grande e pode ser consta-tada com a grande procu-ra por inscrições logo que o curso foi divulgado. Em apenas três dias, aproxi-madamente, 80 pessoas

demonstraram interesse. “Isso nos surpreendeu, considerando que a Universidade Corporativa/Fetranspor concede bolsa de 50% do valor das mensalidades, e o restante é absor-vido pela empresa ou pelo próprio candidato”. Para inscrição, foi exigida a indicação da empresa do candida-to, mesmo que esta não estivesse em condições de arcar com os custos diretos da participação do emprega-do. Outra exigência é o ensino médio completo.

Falar em qualificação das em-presas é a constatação esperada para um programa do padrão do Tecnólogo em Transportes Terres-tres. O curso tende a abrir novas perspectivas para os participantes, além de gerar benefícios para toda a sociedade. “Pensamos também que o acesso à escola, para graduar-se formalmente e ser reconhecido com

o atestado de aptidão profissional, aumenta o orgulho e a autoestima, o que acreditamos ser fundamental para aplicação dos conhecimentos em busca da excelência dos resul-tados em seu trabalho”, lembra Bonilauri.

De acordo com a diretora, após a formação e a consolidação da pri-meira turma, os ajustes necessários para manutenção do curso na grade da UCT serão feitos, e, pela atuação nacional da Estácio de Sá, estima-se que o programa servirá como refe-rência para os transportadores de todo o país, despertando interesse, inclusive, de profissionais que tra-balham em outros modais que não somente as empresas de ônibus. “O curso será testado e aprovado; com isso, abrimos uma nova perspectiva para os operadores do transporte”, esclarece.

Participantes da graduação em um dos intervalos de aula

SEST SENAT

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Lá se vão mais de 20 anos desde que foi sancionada a lei que instituiu o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat). Na época, dis-cutia-se a importância de se criar um ente específico para destinar atenção exclusiva ao trabalhador do transpor-te rodoviário, seja de cargas ou de passageiros. A Lei 8.706/1993 foi pro-mulgada a partir do esforço da Con-federação Nacional do Transporte, que pleiteava estabelecer unidades de atendimento para os atuantes no setor, em diversas áreas, como educa-ção, saúde, cultura e lazer.

Desta forma, surgiu a necessida-de de se fundar unidades pelo Bra-sil. No Rio de Janeiro existia o Cetec Transportes, vinculado ao Senai e voltado para a capacitação dos tra-balhadores do setor. Com a estrutura desenhada para atender às deman-das do transporte, era questão de

20 anos contribuindo para o transporte

tempo para que essa se tornasse a primeira casa do Sest Senat do Esta-do. Entretanto, houve uma série de tratativas entre as duas instituições para que fosse consolidada a incor-poração do Cetec pelo Sest Senat.

Nova realidade para o transporte

A partir da instituição do Sest Se-nat, uma nova realidade se descorti-nava para o segmento de transportes no país. No Estado do Rio, a Fetrans-por foi escolhida para ser a gestora das atividades, e coube ao então su-perintendente da Federação, Luiz Car-los de Urquiza Nóbrega, a tarefa de negociar a aquisição do Cetec, uma vez que existia um impasse entre as instituições quanto ao valor do res-sarcimento, em razão do investimen-to que o Senai havia feito na unidade. “O presidente da Firjan e do conselho do Sesi Senai, João Arthur Donato, ti-

nha um relacionamento muito próxi-mo comigo, e sabendo desse impasse, eu conversei com o Donato, em sua residência; expliquei que o Centro ha-via sido projetado para o transporte, e remodelá-lo para outras atividades representaria um desperdício de re-cursos, que prejudicaria o país” – afir-mou Urquiza.

Sensibilizado com a argumen-tação do superintendente da Fe-transpor, o ex-presidente da Firjan acertou, em Brasília, a transferência do Cetec para o Sest Senat, uma das primeiras unidades da instituição no país. Desde então, Urquiza faz questão de utilizar a estrutura do local para diversas reuniões temáti-cas, de modo a proporcionar a troca de experiências e boas práticas no setor. “Incentivamos o uso intensivo de Deodoro nas reuniões de Recur-sos Humanos, Manutenção, Meio Ambiente, gerando oportunidade de discussões de melhorias, e tira-mos o maior proveito desse espa-ço. Sempre apoiamos o Sest Senat

Os serviços oferecidos vão desde o cuidado com

a saúde à capacitação profissional

SEST SENAT

60 60

Deodoro em suas atividades, e mais tarde a parte de serviços sociais foi enriquecida”.

Educação para jovens e adultos

Foi batizada como unidade José Alves Lavouras – empresário e en-tusiasta da profissionalização do segmento, que tornou-se referência nas atividades propostas tanto no campo da aprendizagem como no cuidado com a qualidade de vida dos seus trabalhadores. Em todos esses anos de prestação de serviço, somente considerando as consultas médicas e odontológicas realizadas na unidade, foram mais de 650 mil atendimentos. “Aqui trabalhamos a formação integral do indivíduo. É ne-cessário zelar pela qualidade de vida dos profissionais do setor”, diz o di-retor da unidade, Edélcio Luduvice.

Outras iniciativas, como os ser-viços nas áreas de psicologia, fisio-terapia e nutrição, responderam por 9,5 mil atendimentos apenas em 2014. Além da saúde, os trabalha-dores têm à disposição ações sociais, como o casamento coletivo, que ao longo dos anos, permite a formaliza-ção da união de diversos casais em

cerimônias ecumênicas. Os filhos dos trabalhadores do setor também são contemplados com a ação recreativa do Dia das Crianças.

A formação do indivíduo é uma das premissas do trabalho desenvolvido na unidade. Ativi-dade importante no campo da educação e que, ao longo dos 20 anos, também foi responsável pela transformação de muitas pessoas é o ensino supletivo para jovens e adultos. Entre 2013 e 2014, esse curso atingiu o auge. Mais de 30 mil participantes, até hoje, já con-tribuíram para a formação de qua-se 70 mil pessoas.

O Ciclo de Palestras é outra ati-vidade bastante procurada pelos trabalhadores que estão na unidade. A iniciativa aborda temas de âmbito profissional, como manutenção pre-ventiva e gestão de pneus, planeja-mento de rotas, novas tecnologias para o setor de transportes, além de orientação pessoal no que tange a bem-estar social, violência domés-

tica, importância da atividade física para a saúde, entre outras questões. As palestras são realizadas na unida-de, mas caso a empresa se interesse por algum tema, é possível fazê-la dentro das próprias operadoras.

Lei da Aprendizagem qualifica o setor

Já no ambiente da aprendizagem, a unidade tem histórico de dedicação e formação de profissionais, porém o desafio é grande, principalmente con-siderando que, no Brasil, não existe uma legislação que trate da formação dos motoristas profissionais para atu-

Os instrutores dão todo

suporte para melhor

aprendizado dos alunos

O simulador de direção auxilia na formação dos novos condutores

61

arem no setor de transportes. Hoje, somente com a habilitação, é possível trabalhar em algumas categorias do segmento, como táxi, ambulância e cargas. O Sest Senat atua também na capacitação desses profissionais para que possam desempenhar funções nessas áreas.

A capacitação dos trabalhadores que atuam como motorista no setor de transporte de passageiros pode ser considerada uma grande tarefa que marcou a unidade ao longo da sua história. Atender às demandas provenientes da resolução 168/2004, do Conselho Nacional de Trânsito, é algo que a torna referência na es-pecialização desses condutores. Em 2014 foram formadas mais de 400 turmas, e 10.415 motoristas parti-ciparam desse processo, dos quais, aproximadamente, 4.500 atuam nas empresas de ônibus. “Naturalmente os cursos de profissionalização têm procura maior, e formamos quase 11 mil pessoas no ano passado. A gran-de maioria desse público procura as empresas de transporte de cargas e de passageiros. O transporte escolar e de emergências têm menor de-manda” – diz Edélcio.

A adequação da unidade para atender aos requisitos do programa Jovem Aprendiz foi outro desafio nos últimos anos. A Lei da Aprendizagem (nº 10.097/00) foi ampliada pelo Decreto 5.598/2005, e determina que as empresas de médio e gran-de porte contratem aprendizes num volume que varia de 5% a 15% do número de funcionários.

Diante dessa nova realidade, a unidade precisou se readequar para absorver o novo contingente de estu-dantes, o que não foi muito fácil logo no início, mas é responsável por enca-minhar um em cada três jovens para as empresas do segmento. “O pro-grama de Aprendizagem está conso-lidado, e hoje temos 1.700 jovens em curso, divididos em três turnos, sendo a maior parte ainda em estudo, e o restante já alocados nas operadoras. O aproveitamento pelas empresas fica em torno de 35% dos alunos”.

De olho na profissionalizaçãoUm desses casos de sucesso do

programa e que serve de referência para outros alunos que participam das turmas de aprendizagem é o au-xiliar de tráfego da Turismo Três Ami-

gos, Rodrigo Jackson, de 23 anos, que em 2013 decidiu mudar de ramo, pois atuava no comércio, com seu pai, e procurou o programa Jovem Apren-diz. Desde então, muita coisa aconte-ceu para o jovem, que, inicialmente, passou pelo setor de Recursos Huma-nos da empresa e hoje trabalha no rastreamento da frota. “O programa Jovem Aprendiz representa o início da minha história profissional. Participei do programa entre 2013 e 2014, e comecei a atuar na empresa na área de Recursos Humanos. Faltando cinco dias para o término do contrato, rece-bi a notícia da efetivação, e fui para o setor de tráfego. Com certeza, foi uma alegria muito grande”.

O trabalho não se esgota, e cada vez mais o Sest Senat, de maneira geral, vem contribuindo para a me-lhoria da capacitação e assistência ao trabalhador do transporte por todo o Brasil. Para o diretor da unidade Deo-doro, existe um longo caminho para que o setor alcance nível, na presta-ção de serviço, condizente com a sua importância para a economia do país. A mudança passa pela profissionali-zação dos trabalhadores, que neces-sitam de mais tempo de treinamento, além de uma política que estimule e desperte o interesse nos profissionais e empresas. “É preciso ter mão de obra qualificada. O desenvolvimento do país passa pelo sistema S. Quere-mos desenvolver pessoas dentro de um processo integrado básico, em que se trabalhe o lado físico, mental, intelectual e de valores”.

Todos os anos, é realizada,

na Semana do Rodoviário,

cerimônia de casamento

coletivo de rodoviários

SEST SENAT

62 62

“Teremos a oportunidade

de treinar quem já

está trabalhando nas

empresas, e de formar

novos profissionais. Além

disso, também daremos

valiosa contribuição para

o crescimento econômico

daquela região”

Ana Rosa Bonilauri, representante do Conselho

Regional do Sest Senat no Rio de Janeiro

O setor de transportes no Rio de Janeiro vai receber um aliado impor-tante neste momento de transforma-ção e melhoria da mobilidade urbana. Três anos após a inauguração da úl-tima unidade, no bairro de Paciência, o Sest Senat vai agora contemplar a Região Metropolitana oficializando sua presença na Baixada Fluminen-se. Duque de Caxias foi o município escolhido.

A definição pelo local vem das demandas identificadas nas reuniões do Conselho Regional da instituição e, em breve, outras unidades poderão ser implantadas no Estado. Existe a possibilidade de o Sest Senat chegar

Duque de Caxias vai ganhar nova unidade do Sest Senat

O diretor administrativo da Fetranspor, Paulo Marcelo Tavares (dir),

juntamente com o diretor da unidade Duque de Caxias, Jorge Cezar

Abreu (esq.), e o engenheiro Luiz Fernando Gomes formalizam o

contrato para construção do novo Sest Senat

Com tantos números ex-pressivos, pelo 9º ano con-secutivo, a unidade Deodoro – José Alves Lavouras rece-beu o prêmio Gestão Ope-racional. A premiação, refe-rente ao ano de 2014, tem um gosto especial para a direção e os colaboradores. Isso porque, no ano passa-do, a unidade foi a primeira do país a alcançar a marca de 2 milhões de horas de treinamento entre todas as unidades.

A solenidade de premia-ção e reconhecimento da expressiva marca ocorreu no mês de agosto, no clube da aeronáutica, e contou com a participação de diversas lideranças do setor de trans-porte de cargas e passagei-ros, além dos colaboradores da unidade.

Outra unidade que tam-bém se destacou, no ano de 2014, e que mereceu reco-nhecimento foi a localizada em São Gonçalo e que, entre as unidades do tipo B, tam-bém alcançou os primeiros lugares tanto no Sest quan-to no Senat. A comemora-ção pelo resultado reuniu os colaboradores na própria unidade.

2 milhões de horas de treinamento

63

à Região dos Lagos. Entretanto, nes-te momento o foco está direcionado a atender os trabalhadores do setor de transportes e a comunidade, não somente de Caxias, mas de outras cidades próximas, como Magé e Pe-trópolis.

Segundo a representante do Con-selho Regional no Rio de Janeiro, Ana Rosa Bonilauri, a inauguração de mais uma sede no Estado reforça a defesa que o setor vem fazendo para melhoria da mobilidade urbana, além de ser agente de desenvolvimento do município. “Teremos a oportunidade de treinar quem já está trabalhando nas empresas, e de formar novos pro-fissionais. Além disso, também dare-mos valiosa contribuição para o cres-cimento econômico daquela região”.

Unidade beneficiará toda a Baixada

De acordo com a prefeitura, Ca-xias é o terceiro município mais popu-loso do Estado, com aproximadamen-te 870 mil habitantes, distribuídos em 270 mil domicílios. A cidade está próxima às rodovias BR 040 e BR 116; possui mais de 300 estabelecimentos de ensino, e a taxa de analfabetismo

“Além de Caxias,

a unidade poderá

atender Magé,

Nilópolis, São João de

Meriti, Nova Iguaçu.

Hoje os rodoviários

têm de se deslocar

até Deodoro. Como

teremos uma unidade

próxima das rodovias

e da Avenida Brasil,

vamos melhorar o

acesso aos serviços

sociais e de educação

para eles”

Paulo Marcelo Ferreira, diretor administrativo-

financeiro da Fetranspor

da população é inferior a 5%. Seu PIB ultrapassa 20 milhões de reais, e os re-cursos estão alocados, principalmen-te, nos setores de serviços,industrial e agropecuário.

A localização da unidade facilita aqueles trabalhadores do segmento que desejam aprimorar a sua forma-ção, isso porque, futuramente, o mu-nicípio pode ser contemplado com sistemas de mobilidade eficientes. Existem projetos para implantação de corredores do tipo BRT na Baixa-da Fluminense, o que é motivo de destaque para o diretor administra-tivo-financeiro da Fetranspor, Paulo Marcelo Ferreira. “Além de Caxias, a unidade poderá atender Magé, Nilópolis, São João de Meriti, Nova Iguaçu. Hoje os rodoviários têm de se deslocar até Deodoro. Como teremos uma unidade próxima das rodovias e da Avenida Brasil, vamos melhorar o acesso aos serviços sociais e de edu-cação para eles”.

A expectativa é de que as obras se iniciem ainda em 2015. Por ter um ga-barito padronizado e já existir a planta, o que colabora para a agilidade dos trabalhos, espera-se que, no final de 2016, a unidade possa estar em fun-

cionamento, de modo a atender os profissionais que residem ou passam pela região. “Vamos pensar em rodo-viários, comunidades, motoristas de caminhão, e ali é uma região que tem muitas áreas de logística, com galpões e armazéns. Nós somos o representan-te regional não somente para o setor de passageiros, mas também para car-gas, ou seja, transporte como um todo. Acredito que no final de 2016, início de 2017, já devemos estar inaugurando a unidade”, finaliza Paulo Marcelo.

Representantes da Fetranspor

e do Conselho Regional do Sest

Senat celebram a nova unidade

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TERMINAL

TransÔnibus lança Plano de Cargos e Salários em parceria com a Fetranspor

Ferramenta fundamental para a estruturação do siste-ma de gestão de pessoas nas empresas, representando um novo momento nas relações de trabalho no setor de trans-porte. Assim pode ser definido o Plano de Cargos e Salários (PCS), lançado no dia 7 de outubro, pelo TransÔnibus, em parceria com a Fetranspor, e que deve começar a fazer parte do dia a dia de algumas empresas que operam na Bai-xada Fluminense. A solenidade de lançamento, realizada no auditório do TransÔnibus, em Nova Iguaçu, foi motivo de co-memoração por parte de em-presários, colaboradores, além

de toda a equipe envolvida na formulação das diretrizes. A diretora de Gestão de Pes-soas da Fetranspor, Ana Rosa Bonilauri, agradeceu o empe-nho dos que “trabalharam de forma incansável para a cons-trução de um documento que servirá como referência para todo o Estado e também para o setor de transporte de passa-geiros de todo o país”.

A ideia de lançar o PCS surgiu a partir da implantação do Planejamento Estratégico do TransÔnibus, que definiu o Plano como uma das iniciati-vas prioritárias do segmento, por constituir-se num siste-ma organizado de posições

de trabalho, que estrutura o quadro de pessoas das orga-nizações de modo consistente com as necessidades atuais e futuras das empresas e com base nas práticas de mercado.

“Avançar as relações de trabalho”

Coube à diretora de Ges-tão de Pessoas do TransÔni-bus, Rosa Emília da Conceição, apresentar o PSC e explicar as etapas e recomendações necessárias para sua implan-tação, ressaltando a impor-tância de se manter o plano atualizado. Rosa mostrou que a metodologia aplicada é uma das mais modernas em gestão de pessoas e que, para formu-lação do documento, foram realizadas acima de 100 entre-vistas com diversos profissio-nais que atuam nas empresas, de modo a mapear os variados cargos, as competências atri-buídas a cada um, assim como as políticas salariais praticadas pelas operadoras. Sem escon-der o entusiasmo, ela falou que as empresas que prestam serviço à população necessa-riamente precisam “pensar nas pessoas”. “Precisávamos modernizar e avançar as rela-

ções de trabalho. Por isso, hou-ve um esforço grande de todos os envolvidos, que aceitaram o desafio para qualificar todas as organizações que compõem o sistema”, disse.

A coordenadora de Ges-tão de Pessoas da Fetranspor, Cristiane Paladino, apresentou a consolidação do trabalho re-alizado após as entrevistas, em que foram mapeados 55 cargos, sendo 24 no setor administrati-vo, 22 na Manutenção e nove identificados na Operação. Paladino esclareceu que não necessariamente as empresas terão todos os cargos em sua estrutura; deve variar de acordo com cada organização, que vai fazer a adequação dentro dos preceitos do manual.

Vera Cruz recebeu proje-to-piloto

O projeto-piloto de apli-cação do Manual de Cargos e Salários foi realizado no pe-ríodo de julho até o dia 1° de outubro, na Auto Viação Vera Cruz. De acordo como o diretor da empresa, Francisco Carlos, o engajamento, ao longo de três anos de participação na cons-trução do documento, reflete um novo momento do sindicato

Rosa Emília da Conceição, Lucia Brittes, Lucia Souza, Patrícia

Portella e o superintendente do TransÔnibus, Jorge Murilo, que

entregou certificado de agradecimento ao grupo de trabalho

que fez parte das pesquisas para descrição dos cargos

65

RioCard é premiada pela gestão do Bilhete Único

No dia 13 de outubro, aconteceu, durante o III Se-minário Internacional de Mobilidade e Transportes, em Brasília, a entrega do Prêmio Lúcio Costa de Mo-bilidade. A premiação é uma realização da Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), da Câmara dos De-putados, e tem como objeti-vo reconhecer as iniciativas que buscam melhorar a vida dos cidadãos em termos de mobilidade, saneamento e habitação no Brasil.

A RioCard foi premiada na categoria Empresarial pela implantação e gestão do Bilhete Único Intermu-nicipal. Ao implementar o benefício no Rio de Janeiro em 2010, a empresa garan-tiu economia financeira para o cidadão, ampliando as

oportunidades de trabalho e melhorando o nível de qua-lidade de vida da população. O BU é utilizado em mais de 1,9 bilhão de viagens e gera uma economia direta no bolso dos usuários dos transportes públicos da Re-gião Metropolitana do Rio de Janeiro.

Estiveram presentes na solenidade, no Distrito Fede-ral, o presidente executivo da Fetranspor, Lélis Teixei-ra, e o diretor executivo da RioCard Cartões, Cassiano Rusycki. Lélis falou a res-peito da importância da premiação. “O Prêmio Lúcio Costa reconhece as melho-res práticas em urbanismo, mobilidade e inteligência, e ficamos sensibilizados em recebê-lo, porque criar um sistema como o RioCard,

com as empresas TI e Car-tões, mostra que as decisões tomadas foram acertadas e facilitaram a vida do usuá-rio, permitindo a evolução da mobilidade graças à in-tegração das cidades e de todos os modais”.

Cassiano Rusycki lem-brou que, antes da implan-tação do Bilhete Único, já existia a estrutura de bilhe-tagem eletrônica, que foi importante para o sucesso da instituição do benefício. “Ficamos muito felizes com este reconhecimento. A im-plantação do BUI, em parce-ria com o governo do Estado, só foi possível em tempo re-corde, porque já existia uma estrutura de bilhetagem da RioCard, instalada e funcio-nando de maneira adequada em mais de 40 municípios”.

e das empresas, pois o manual “mexe com toda a estrutura da empresa e com a vida das pessoas”, afirmou. O objetivo do TransÔnibus é que novas empresas do setor implantem o Plano a partir de agora.

Com 96 anos, dez como motorista da Evanil, o presiden-te da CNTTT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Terrestre –, Omar Gomes, se mostrou muito feliz com a formulação do docu-mento. Segundo ele, a iniciativa representa um marco para o setor. Ele afirmou que não vai medir esforços até o fim do mandato para levar o docu-mento para as reuniões na sede da Confederação, em Brasília, a fim de “apresentar o modelo para representantes dos ro-doviários de outros estados e, assim, crescermos ainda mais”.

Também prestigiaram a so-lenidade o presidente do Tran-sônibus, Narciso Gonçalves do Santos; empresários da base do sindicato; profissionais da área de Gestão de Pessoas; represen-tantes de outros sindicatos filia-dos à Fetranspor; além de cola-boradores que participaram das entrevistas para a produção do PCS e receberam um certificado como forma de reconhecimento pela contribuição.

O presidente executivo da Fetranspor, Lélis Teixeira,

recebeu o prêmio Lúcio Costa, em Brasília

66

TERMINAL

Setrerj lança TV Corporativa nas Salas de Atendimento ao Cliente

O Setrerj acaba de lançar uma TV corporativa nas Salas de Atendimento ao Cliente, localizadas no Terminal João Goulart, em Niterói, em São Gonçalo e Itaboraí. Denomina-do de TV Setrerj, o novo canal de comunicação do sindicato tem como objetivo criar um meio mais moderno e atraente de se relacionar com o público.

A TV Setrerj divulga notí-cias gerais sobre o serviço de transporte na região atendida pelo sindicato; informações úteis sobre o RioCard; ações desenvolvidas pelo sindicato, como a campanha Gentileza Gera Gentileza e o Projeto Ônibus Amigo, e dicas de lazer e cultura gratuitas e de baixo custo, entre outras. Além des-sas notícias, a TV transmite, em tempo real, conteúdo dos principais sites de notícias do Brasil.

Clientes elogiamA novidade está agradando

aos clientes que procuram as Salas do Setrerj, que elogiam a iniciativa, porque, enquanto aguardam pelo atendimento, podem obter as informações que precisam e ainda se man-têm atualizados. Na opinião do coordenador de Gratuidades do Setrerj, Bruno Ribeiro, a mí-dia digital é interessante, pois como as notícias são muito di-nâmicas e bem ilustradas, além de atualizadas em tempo real, atraem bastante a atenção do público. Segundo o superinten-dente do Setrerj, Márcio Bar-bosa, “o principal objetivo da implantação da TV corporativa é fortalecer o vínculo do sindi-cato com o público que procura atendimento nas salas”. Já a opção pela mídia digital, expli-ca Márcio, foi motivada por ser um meio ecologicamente corre-

to, pois não utiliza papel, e mais interessante para o público.

A TV Setrerj foi desenvolvi-da em parceria pelas empresas A&R Comunicação Corpora tiva, com experiência de 25 anos no setor de transportes, e ProDB, especializada em mídia digi-tal. Também conhecida como “mural digital” ou “mural ele-trônico”, a TV corporativa é um dos mais modernos canais de comunicação institucionais e mercadológicos, pois aproxima a empresa de seus públicos, sejam eles internos ou exter-

nos, podendo ser otimizados e customizados para as áreas de Operação, Administração e Manutenção das empresas de transporte.

As empresas A&R e ProDB são responsáveis também pe-las TVs corporativas de gran-des empresas nos setores de educação (Universidade Veiga de Almeida e Colégio Santa Mônica), turismo (Galtur Tu-rismo) e alimentação (Con-feitaria Kuffura, Pizza Show e Doce Massa Confeitaria), entre outros.

“O principal objetivo da

implantação da TV corporativa

é fortalecer o vínculo do Sindicato

com o público que procura

atendimento nas salas”

Márcio Barbosa, superintendente do Setrerj

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