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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano VI- Nº 30 - Mar/Abr 2012 Distribuição gratuita

Revista Produtor Rural ed. 30

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as aparências enganam

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Page 1: Revista Produtor Rural ed. 30

ISSN 1984-0004Publicação bimestral doSindicato Rural de GuarapuavaAno VI- Nº 30 - Mar/Abr 2012Distribuição gratuita

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Especial Nozes Pecã Viagem técnica para Anta Gorda/RS anima produtores rurais

Meio ambiente Código Florestal aprovado

Programa de Desenvolvimento Florestal Curso de solos e planejamento florestal atraiu mais de 70 participantes

Manejo nutricional Sais minerais indispensáveis na suplementação de bovinos a pasto

Bovinocultura de leite Influência do Manejo pré-parto sobre a produção e reprodução em vacas leiteiras

Campanha Produtor SolidárioSindicato doou ovos de Páscoa para crianças de comunidade rural

MancheteSafra de verão:o visual enganou

Erva mate Lucro na cuia

Viagem técnica Moçambique desperta interesse de produtores rurais de Guarapuava

Dia de Campo deVerão 2012 Agrária apresentou novidades em milho, soja, feijão e tomate

ComemoraçãoDia da Mulher Agropecuarista reuniu mais de 100 produtoras rurais e empresárias do setor

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Revista do Produtor Rural4

[expediente]

ISSN 1984-0004

Os artigos assinados não expressam, neces-sariamente, a opinião da REVISTA DO PRO-DUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodu-ção de matérias, desde que citada a fonte.

[Editorial]

No fechamento dessa edição, recebemos a boa notícia da apro-vação do novo Código Florestal. O texto não é perfeito, alguns pontos deverão ser aperfeiçoados, mas não deixa de ser uma vitória. Os produ-tores rurais querem e vão produzir e preservar, como sempre fizeram.

Esperamos agora a sanção da Presidente da República Dilma Rous-sef e definições das normas gerais dos programas de regularização am-biental previstos no texto. Essas normas servirão de base para a recom-posição de áreas de preservação e de reserva legal e para a definição das áreas produtivas. Os Estados deverão completar a tarefa, ajustando as regras às condições de cada ambiente e às características da produ-ção local. A legalização da situação das áreas produtivas abertas deverá ser feita até 22 de julho.

Precisamos deixar cada vez mais claro que a discussão sobre o Có-digo Florestal não interessa apenas à ruralistas e ambientalistas. É algo muito mais amplo, que atinge diretamente a sociedade. Esperamos ain-da que Dilma compare o nosso Código com as normas em vigor em ou-tros países e que o resultado seja positivo, para o bem de toda a nação.

Nos campos, uma safra de verão de contrastes, com grandes varia-ções de produtividades. Entrevistas com nossos associados comprovam que o visual realmente enganou na região de Guarapuava. Antes da co-lheita, existia expectativa de produtividades maiores. A média de pro-dutividade de soja deve ficar abaixo de 2.900 kg/ha na região, devido à estiagem e chuvas irregulares. Em contrapartida, soja com preço recorde.

Essa edição 30 traz ainda um especial sobre erva mate, mostrando o seu potencial como alternativa de diversificação e plantio em áreas de Reserva Legal. Destaque também para a Cooperaliança, que acaba de obter a certificação do Programa Carne Angus. Uma vitória que pro-jeta Guarapuava como uma região onde existe carne de qualidade.

Eventos técnicos e festivos realizados pelo Sindicato Rural de Gua-rapuava; como o primeiro módulo do Programa de Desenvolvimento Florestal; discussão sobre o programa Pró Savana, em Moçambique; via-gem técnica sobre nozes pecã à Anta Gorda/RS e a criação de um grupo de produtores interessados neste cultivo; participação no Dia de Campo de Verão da Agrária; o Dia da Mulher Agropecuarista e a Campanha Produtor Solidário de Páscoa, além de artigos técnicos de professores da Universidade Estadual do Centro Oeste (Uni-centro) também poderão ser apreciados nas próximas mais de 100 páginas.

Boa leitura!

ERRATA: Na página 85 da última edição (jan/fev), o nome correto na legenda da foto é Franz Milla Jr. e não Francisco Milla, como foi publicado. Além disso, ele não é funcionário do produtor rural Anton Gora e sim prestador de serviços e sócio de Gora no plantio da cebola. Pedimos desculpas pelo erro.

Boas notícias

DIRETORIA:Presidente:Rodolpho Luiz Werneck Botelho1º Vice presidente:Anton Gora1º Secretário:Roberto Hyczy Ribeiro2º Secretário:Gibran Thives Araújo1º Tesoureiro:João Arthur Barbosa Lima2º Tesoureiro:Herbert SchlafnerDelegado Representante:Anton GoraConselho Fiscal:Luiz Carlos Colferai, Lincoln Campello, Ernesto StockSuplentes:Luiz Carlos Sbardelotto, Nilcéia Veigantes, Denilson Baitala

Endereço:Rua Afonso Botelho, 58 - TrianonCEP 85070-165 - Guarapuava - PRFone/Fax: (42) 3623-1115Email: [email protected]: www.srgpuava.com.br

Extensão de Base CandóiRua XV de Novembro, 2687Fone: (42) 3638-1721

Extensão de Base CantagaloRua Olavo Bilac, 59 - Sala 2Fone: (42) 3636-1529

Editora:Luciana de Queiroga Bren(Registro Profissional - 4333)

Colaboração:Helena Krüger Barreto

Fotos:Assessoria de Comunicação SRG

Diagramação:Prêmio|Arkétipo Agência de Propaganda

Impressão:Gráfica Positiva

Tiragem: 3.200 exemplares

Rodolpho Luiz Werneck BotelhoPresidente do Sindicato Rural de Guarapuava

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Revista do Produtor Rural 5

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Revista do Produtor Rural6

[Caixa de Entrada]

Para: Revista do Produtor RuralDe: Flávia Maria Nava Costacurta, Técnica em Comunicação Social SAOD/GAB/SFA-PR - Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento

“Temos muito interesse em adquirir dois exemplares da “Revista do Produtor”, Ano VI, nº 29 – jan/fev/2012, editada por essa Assessoria de Comunicação. Assim solicito a sua especial atenção no sentido de verificar a possibilidade de enviá-las para a Assesso-ria de Comunicação da Superintendência Fe-deral do Ministério da Agricultura”

R. Você passará a receber a Revista do Pro-dutor Rural do Paraná. Quem tiver interesse em receber as edições da revista deve enviar um e-mail para comunicaçã[email protected]. A edição eletrônica pode ser visuali-zada no site www.srgpuava.com.br

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Carlos Eduardo dos S. Luhm, produtor rural de Guarapuava

“Parabéns Anton Gora, pela posse na FAEP. Que este novo desafio seja vencido como todas as batalhas já vencidas em sua vida. Boa sorte !”

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: Teresia, Neuza e Helga, produtoras rurais no distrito de Entre Rios/Guarapuava

“Queremos agradecer pela indicação do curso de ervas medicinais, em Ibiporã. Foi um curso de três dias, mas deu para ter uma vi-são muito boa sobre a produção. A instrutora conseguiu passar o assunto de uma forma bem objetiva. Seria um curso muito inte-ressante para trazer para Guarapuava, mas o que nos despertou interesse agora é um curso para cultivo orgânico, que eu acredito que os horticultores também teriam interesse”.

R. Podemos agendar o curso de cultivo orgânico. Outros interes-sados devem deixar o nome com a mobilizadora do Senar, Rose-meri, para fechamento de turma. Outras informações pelo telefo-ne 42-36123-1115.

Para: Revista do Produtor Rural De: Pedro Loyola, Coordenador do Departamento Técni-co e Econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP)

“Parabéns pelo trabalho do Sindicato Rural Patronal de Guarapuava no desenvolvimento da Revista do Produtor Rural do Paraná. Temos acompanhado aqui no DTE/FAEP todas as edições e é leitura obrigatória dos nossos cola-boradores, sendo um referencial para nos subsidiar com informações valiosas do campo”

Para: Sindicato Rural de GuarapuavaDe: José Antonio Malucelli, supervisor de vendas da Agronelli

“Solicito o contato de eng. Agrônomo Pedro Francio Filho, citado na reportagem desenvolvimento flores-tal , revista do produtor jan/fev/ 2012”

R. O e-mail do Pedro é [email protected]

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Revista do Produtor Rural 7

[Artigo]

Anton GoraProdutor rural, presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro do Paraná, vice--presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e diretor suplente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP)

Oportunidades

No dia da posse da nova diretoria da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), entre os convida-

dos estava o vice-presidente de Agrone-gócios do Banco do Brasil, Dr. Osmar Dias.

Ele falou de dois assuntos que me chamaram a atenção e que vou repassar aos nossos leitores. Citou das linhas de financiamentos do Banco do Brasil, de custeio, mas principalmente de investi-mentos e pudemos constatar que existem linhas de crédito em abundância e com-patíveis com a atividade agropecuária.

A principal linha de crédito hoje é a linha ABC (Agricultura de Baixo Carbo-no), que visa integrar a agricultura com a pecuária e a silvicultura, para reduzir a emissão de carbono. É uma linha de cré-dito com oito anos de prazo para pagar, três anos de carência e juros compatíveis.

Existem também linhas para arma-zenagem, correção de solo, refloresta-mento etc.; linhas para cooperativas, enfim, tudo que se possa imaginar é possível financiar.

Existem também as linhas de cus-teio para todas as culturas. Penso ser uma oportunidade única para quem quiser investir, ampliar o seu negócio, diversificar e se consolidar.

Todas essas linhas foram reivindi-cações do setor agropecuário, encami-nhadas ao governo através dos nossos Sindicatos, Federações e Confederações. É o resultado de um trabalho que agora podemos usufruir. O governo nos ouviu e nos atendeu, agora só depende de nós.

O segundo tema sobre o qual nos-so ex-senador falou, foi sobre uma equipe de trabalho coordenada pela Casa Civil, e da qual ele faz parte, que está planejando a agropecuária do fu-turo do Brasil. Osmar Dias nos pediu que colaborássemos com sugestões

para que ele pudesse defendê-las junto a essa equipe de trabalho.

Poucas vezes tivemos essa oportuni-dade e penso que devemos efetivamen-te colaborar com sugestões que possam melhorar e garantir a nossa atividade no futuro. Parece-nos que o governo re-almente tem compromisso com a nossa atividade e precisamos usar essa oportu-nidade para garantir o nosso futuro.

Planejamos dentro do Sindicato organizar um seminário, para coletar sugestões e encaminhá-las ao Vice Pre-sidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Osmar Dias. Vamos divulgar e es-peramos que o nosso associado partici-pe efetivamente, pois estará trabalhan-do a seu favor e dos seus sucessores.

Falamos já de várias oportunidades para a agropecuária e penso que falta pouco para que realmente possamos pro-duzir com tranqüilidade: segurança jurí-dica na questão ambiental, no direito de propriedade, preços mínimos compatíveis e de fácil execução e um seguro de renda para o produtor. Se todos esses itens fo-rem atendidos e viabilizados e mais aque-les que virão do seminário, penso que podemos olhar com tranqüilidade para o futuro. O que será bom para todos.

Para o meio ambiente que será pre-servado; para o consumidor que terá ali-mentos baratos e de qualidade; para o produtor que poderá produzir com segu-rança e estabilidade; para o Estado que terá uma política de longo prazo, sem que precise socorrer o produtor, pois esse já terá a sua garantia; para o País que produzira excedentes para o mundo e divisas para o Brasil; para a igualdade social, pois mais pessoas terão acesso a alimentos de qualidade.

As oportunidades estão aqui, só precisamos utilizá-las!

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Revista do Produtor Rural8

Projeto Identidade Sindical

5% de desconto 10% nas prestações de serviços 2% no valor final da

negociação5 a 10% em seguro geral

5% sobre valor finalda negociação

5% no valor final da negociação

3% em toda linha de produtos e serviços

20% de desconto nos cursos oferecidos pela escola para associados

e família.

20% à vista e 10% a prazo

Fluxo de caixa gratuito, atualizado mensalmente,

tanto trabalhos fiscais quanto trabalhos decisoriais

15 % em acessórios e serviços

10% à vista ou 3% à prazo

Desconto: 5 % na Compra de Pneus e 15 % em Serviços.

3% em toda linha de ferramentas e equipamentos

de proteção individual

2% em diesel, álcool e gasolina sobre o preço da bomba no ato da

compra, à vista no cartão ou dinheiro

PostoGuarapuavão

30% em cursos oferecidos pelo

escritório

E O I

BetoAgroAGRONEGÓCIOS

GuArAPuAvA

Insumos Agrícolas

3% na linha de produtos Forquímica

1% em produtos IHARA BRÁS S/A 3% em toda linha

3% em toda linha de insumos agrícolas

3% em toda linha de insumos agrícolas

5% de desconto

Materiais, Assessorias e Serviços

Tecnologia, Saúde e Outros

10% em toda linha farmacêutica/loja

em geral

5% em serviços ou equipamentos

8% em cada material

PRODUTORA DE VÍDEO

10% compras à vista no dinheiro, ou 5%

no cartão; exceto inha de ração

Benefícios para produtores rurais

associados

10% à vista e5% nos cartões de

débito

5% em compras na loja

50% na assinatura nova, em um ano de

acesso

Descontos em exames7% sobre o valor total das

compras/serviços

5% em peças e serviços e 3% na compra de veículos

à vista sem troca

15% na realização de exames radiográficos

crânio facial e documentação

ortodôntica

Descontos emconsultas e exames

oftalmológicos

10% em todos osserviços prestados

 

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Revista do Produtor Rural 9

Produtor rural, apresente a carteirinha* doSindicato Rural e obtenha descontos nos locais abaixo:

5% sobre valor finalda negociação

5% sobre valor finalda negociação

15% de desconto em todos os serviços

prestados pela empresa

CANDÓI

CANTAGALO

Agroveterinárias e Insumos Agrícolas

Agroveterinárias e Insumos Agrícolas

Materiais, Assessorias e Serviços Saúde

Saúde

Serviços

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e

lubrificantes parapagamento à vista

5% loja em geral 10% em medicamentos veterinários em geral

5% na compra de produtos

5% em ferragens e ferramentas á vista.

10% em toda linha farmacêutica á vista

20% em exames clínicos laboratoriais, ao preço da tabela particular vigente

3% em produtos veterinários, ferramentas agrícolas e lubrificantes

para pagamento à vista

5% em terraplenagem e escavação,6% em manilhas/palanques/bebedouros e3% em materiais p/ construção em geral

5% toda linha de medicamentosDesconto em exames laboratoriais

conforme tabela de convênio15% á vista ou 10% no crediário; para Linha solar, armação e lente de contato

Desconto em consultas

5% nos produtos da loja

Produtos Veterinários / Agroveterinárias Máquinas e Implementos Agrícolas

5% em toda loja, exceto linha eqüina Proequi 5% nas compras

realizadas na loja

5% à vista e 3% a prazo ou cartão; exceto vacina aftosa e produtos de

promoção na época da compra

Bonificações em produtos(ver p. 64)

2% produtos nutrição gado de leite - Supra 3% sobre vendas de

máquinas pequenas, peças e serviços

3% nos implementos agrícolas, rolos destorroadores

e renovador de pastagens

* Se ainda não possui a carteirinha de

sócio, compareça ao Sindicato Rural de

Guarapuava ou nas Extensões de Base:

Candói - Foz do Jordão e Cantagalo.

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Revista do Produtor Rural10

A ntes da colheita, produtores de Guara-puava/PR acompanhavam as lavouras de soja e milho – visualmente muito

bem desenvolvidas – e as notícias sobre a quebra de produção no Sul do País com es-perança de que os resultados pudessem ser diferentes na região.

Na reta final da colheita, o que se vê são perdas muito maiores do que as estimadas em todo o Paraná. Foram só as colheitadeiras entrarem no campo para a preocupação to-

mar conta da classe. Se não fosse o preço da oleaginosa, o cenário seria muito pior.

A irregularidade do clima, devido ao La Niña, ficou evidente durante a colheita, onde um talhão produziu, por exemplo, 2.400 quilos de soja e outro, a poucos me-tros, 3.500 quilos.

Produtores de alta tecnologia, acostuma-dos a colher bem, também sofreram com a má distribuição de chuvas, principalmente com os plantios de variedades de ciclo curto.

A média de produtividade de soja na re-gião de Guarapuava deve ficar em 2.900 kg/ha, segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento – Núcleo Guara-puava. “Embora a colheita não esteja finaliza-da, já visualizamos uma quebra. Em Palmital, por exemplo, a média ficou ainda mais baixa – 1.800 kg/ha. No ano passado a média foi de 3.320 kg/ha nos 12 municípios de abrangên-cia do Núcleo”, informa o engenheiro agrôno-mo da Seab, Arthur Bittencourt Filho.

[Manchete]

Safra de verão:o visual enganou

Tudo bem nas lavouras de soja, milho e feijão, até que as colheitadeiras entraram em campo...

Confira depoimentos de produtores rurais associados ao Sindicato Rural de Guarapuava sobre essa safra de contrastes:

Dourados x Guarapuava

Josef Pfann Filho

O produtor rural Josef Pfann Filho não pode reclamar dos resultados de produti-vidade de soja na Fazenda Estrela, em Gua-rapuava, mas sabe bem o que a estiagem é capaz de fazer com uma lavoura. Além de Guarapuava, o produtor planta em Doura-dos e lá sim a safra de verão foi prejudicada. Dos 1.400 hectares plantou pelo produtor, o resultado foi de 1.800 kg/ha, 40% a menos do que na safra passada. “Foram três sema-nas sem chuva em alguns períodos, chuvas

mal distribuídas e em menor volume. Inclu-sive, a safrinha e o feijão estão comprome-tidos lá na região. O resultado paga apenas o custo da lavoura. A sorte foi ter vendido mais tarde, a preços melhores”, revela.

Em Guarpuava, Pfann plantou 1.500 hectares em duas propriedades da região – Fazenda Paiol Velho, próximo a Goioxim e Fazenda Estrela, em Guarapuava. Em 900 hectares colhidos, atingiu 3.800 kg/ha. Na Fazenda Paiol Velho, onde houve granizo e

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Revista do Produtor Rural 11

Precoces sofrem mais

Soja: variação de mais de 1.000 kg/ha

José Hamilton Moss Filho

geada tardia, a produtividade deve cair para 3.300 kg/ha. “Eram cultivares mais precoces. Além disso, nas áreas atingidas pelo granizo, devo colher 2.700 kg/ha. Tive uma cultivar com problema muito sério de granizo que resultou em 1.200 kg/ha em uma área de 150 hectares. O granizo aconteceu próximo ao Carnaval e a soja estava em floração plena e início de canivete. Ficou praticamente sem folhas na época de reprodução”, lembra.

No geral, o balanço é positivo, mas o produtor terá média inferior à última safra de verão, quando colheu 4.000 kg/ha de soja precoce. “Terei de 200 a 300 quilos por hectare a menos do que no ano passado na soja de alto potencial produtivo devido à distribuição irregular de água”, afirma.

Pfann explica que não planta todas as cultivares de alto potencial produtivo por-que produz sementes que serão utilizadas em climas mais quentes. “Então tenho re-dução de produtividade por conta disso”.

Na avaliação do produtor, essas dife-renças de produtividades em suas áreas devem-se aos efeitos do granizo, da geada e da cultivar. Em Guarapuava, ele fechou vendas a partir de R$ 52,00.

“Apesar das dificuldades, nós ainda ti-vemos sorte. A maioria se equivocou pelo visual, mas os números ainda são bons pela condição climática. Tivemos incidência me-nor de doenças e com isso, redução de cus-tos com aplicações fúngicas na soja”, aponta, destacando que os produtores de Guarapua-va têm condição diferenciada de clima e de fertilidade (tecnologia). “Aqui, os produtores não economizam em fertilidade”.

MILHO SURPRESA

Pfann plantou 750 hectares de milho e em 530 hectares colhidos produziu em torno de 12 toneladas, número superior ao do ano passado. “O milho foi uma surpresa, porque tive problema com granizo”.

No ano passado, o produtor colheu 10.9 toneladas do cereal com baixa qua-lidade por conta de doenças (excesso de chuva). “Esse ano, o cenário é de milho com altíssima qualidade e sanidade”.

Satisfeito, ele revela que além da alta produtividade, fez bons negócios.

Para a próxima safra de verão, não haverá mudanças na propriedade devido ao sistema de rotação de culturas. “Devo incluir uma área de feijão”.

O produtor rural José Hamilton Moss Filho plantou 900 hectares de soja na Fazenda Vaca Branca, distrito de Palmeri-nha/Guarapuava. Naquela região, a estia-gem mais forte ocorreu em janeiro, com 35 dias sem chuva.

Moss começou a colher no dia 15 de março e mesmo antes de terminar a colheita confirmou menores produtivida-des nas áreas de soja em cima do trigo.

Em 400 hectares, ele colheu uma média de 3.750 kg/ha, mas nas áreas em cima do trigo, o rendimento caiu para 2.700 kg/ha. “Visualmente, a soja estava normal, mas quando a gente pega dois pés e começa a catar as bainhas, verifi-

Na Fazenda Três Lagoas, localizada no município de Cantagalo, a produtora rural Nilcéia Veigantes plantou 167 hec-tares de soja e obteve produtividade mé-dia de 3.000 kg/ha.

Em talhões com fertilidade mais fraca, colheu 2.160 kg/ha, alcançando 3.500 kg/ha em outros talhões.

“As variedades precoces sofreram mais; as mais tardias foram melhor. A Energia, por exemplo, rendeu 2.800 kg/ha”. Na safra passada, a produtora regis-trou média de 3.600 kg/ha.

MAIS DE 10.000 kg/ha Por causa da estiagem, Nilcéia espe-

rava colher menos milho, mas os 98 hec-tares plantados resultaram em 10.300 kg/ha em área de integração lavoura--pecuária. “A luminosidade e o calor compensaram. As altas temperaturas que

prejudicaram a soja no final do ciclo fa-voreceram o milho”, avalia.

Para ela, esse ano foi atípico. “Pela experiência de outros anos, a soja sem-pre se comportou melhor do que o milho em épocas de estiagem”.

camos que a parte de cima não formou e mesmo no meio da planta tem algumas bainhas com menos grãos. O tamanho do grão também é menor”, aponta.

Moss também verificou men ores produtividades em solos mais rasos. “Em áreas mais úmidas foi tudo normal. Fal-tou água mesmo”, avalia.

A diferença de produtividades na área tem a ver com a época de plantio. “Não esperava isso. Eu achava que iria colher menos no cedo, uns 60 sacos e esperava colher mais na segunda época”, afirma.

O cenário, segundo o produtor, não é de prejuízos, mas de redução da recei-ta. “O preço da soja este ano está excep-cional. Caso contrário, o cenário estaria complicado”. O produtor fechou 40% da safra a preços entre R$ 49,30 e R$ 51,40 e o restante a R$ 53,50.

MENOS MILHOO produtor também plantou 260

hectares de milho e colheu 20% a me-nos. “Plantei para colher 12.000 kg/ha e colhi 10.050 kg/ha. A seca afetou o mi-lho, em dezembro, bem na floração. No entanto, o preço do cereal também está bom”, observa o produtor, que vendeu o produto a R$ 23,50 (média).

Para a próxima safra de verão, ele pretende plantar 600 hectares de soja e 600 hectares de milho.

Nilcéia Veigantes

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Revista do Produtor Rural12

Solo fez a diferença

5mm e 40 mm em talhões distantes 3 kms

Ernesto Stock

O cenário não foi diferente nas la-vouras de Ernesto Stock. Ele plantou 1.100 hectares de soja em duas proprie-dades – uma em Santa Maria do Oeste e outra em Guarapuava (Taguá, no distrito de Entre Rios).

A produtividade em Santa Maria do Oeste alcançou média de 3.100 kg/ha, com variações de 2.500 a 3.300 kg/ha. No ano passado, foram 4.200 kg/ha. “Lá a seca foi maior. Além disso, são áreas de pecuária, por isso essas variações”, explica.

No Taguá, o resultado foi de 3.600 kg/ha, com variações de 3.500 a 3.760 kg/ha, conta 3.900 kg/ha da safra passa-da. “Acredito que o sistema de rotação de culturas colaborou”.

Segundo o produtor, a soja sobre ce-vada apresentou média de 3.700 kg/ha e

a soja sobre trigo e resteva de milho foi de 3.500 kg/ha, independente de mate-riais. “Ou seja, seguiu a mesma tendên-cia/média. Onde eu esperava uma produ-tividade melhor não respondeu”, avalia.

MILHO NORMALStock plantou 600 hectares de milho,

sendo 410 hectares no Taguá e 190 hec-tares em Santa Maria do Oeste. Na primei-ra, colheu 11.700 kg/ha, com variações de 11.000 a 12.600 kg/ha. Na segunda, 8.800 kg/ha, com variações entre 8.000 e 9.600, uma média geral de 10.700 kg/ha.

“Acredito que essas produtividades devem-se aos mesmos fatores da soja, no entanto, tinha áreas novas no Taguá, não tão bem corrigidas. A seca lá em uma das áreas foi muito forte também”, aponta.

Para ele, o milho não surpreendeu. “Em distâncias de um, dois quilômetros, a produtividade foi muito diferente devido às adversidades climáticas, mas o fator solo fez a diferença”, destaca.

Josef Pfann FilhoDeodoro Araújo Marcondes

O produtor rural Deodoro Araújo Marcondes plantou 1.000 hectares de soja em propriedades localizadas no dis-trito de Palmeirinha, em Guarapuava e no município de Campina do Simão.

Na Palmeirinha, a média de produtivi-dade ficou em 3.540 kg/ha, com variações de 3.000 kg/ha a 4.320 kg/ha. “Tive casos de talhões distantes apenas três quilôme-tros, onde choveu 40 mm em um talhão e somente 5 mm no outro”, conta. Na safra passada, a média do produtor foi de 3.840 kg/ha. “Este ano, o visual prometia mais, não esperava essa redução”.

MILHO CHEGOU A 13.770 KG/HADos 500 hectares de milho, o produ-

tor colheu uma média de 11.200 kg/ha, com variações de 13.770 a 9.800 kg/ha. “Esperava menos do milho. No ano pas-sado tive problema de sanidade, com alta produção e péssima qualidade - 35% de milho ardido e preço médio de R$ 26,00”.

Este ano, Marcondes considera que a safra de milho está excepcional. “Tive 4% de milho ardido, mas vendi a R$ 23,00 (pre-ço médio). Isso porque temos apenas um grande comprador e dificuldade de expor-tação devido à cotação do dólar”, observa.

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Revista do Produtor Rural 13

2.300 a 4.000 kg/ha de soja

No município de Candói, as lavou-ras de soja sofreram mais com a estia-gem. Foi o caso dos 800 hectares da oleaginosa cultivada pelo produtor ru-ral Reni Kunz.

Com média de produtividade de 2.760 kg/ha e variações de 2.300 a 4.000 kg/ha, o produtor registrou uma quebra de 28% em relação à safra passada.

“Tive talhão com produtividade 40% inferior à do ano passado, com a mesma variedade e mesma época de plantio. Isso devido à falta de chuva na fase de formação de grãos. Tivemos 34 dias sem chuvas significativas”, revela.

Para ele, o visual realmente enga-nou. “Antes da colheita, o visual era de ótimas produtividades e a estrutura da planta estava normal. Na hora da co-

lheita, verificamos vagens com poucos grãos, grãos leves ou miúdos”, conta Kunz, observando que os primeiros plantios foram mais afetados.

Para ele, os bons preços compen-sam parcialmente a quebra. “Foi a safra que eu menos colhi soja. No ano passa-do, foi a que eu mais colhi. Nunca tinha acontecido essa perda tão expressiva na minha propriedade. Fiquei muito apre-ensivo na colheita, mas tive problemas maiores devido à seca em Diamante do Sul, próximo a Guaraniaçu, onde colhi 30 sacas por hectare, contra 68 sacas na safra passada”.

MILHO SEM PROBLEMASO produtor colheu 190 hectares

de milho com resultados médios de

11.600 kg/ha, variando de 10.600 a 12.800 kg/ha. “O milho surpreendeu favoravelmente, porque quando a seca começou em janeiro, já estava consoli-dado”, aponta.

Reni Kunz

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Revista do Produtor Rural14

[Meio ambiente]

Após mais de três anos de debates no Congresso, a reforma do Código Florestal Brasileiro foi aprovada no

dia 25 de abril, na Câmara dos Deputados.Após horas de discussões, os depu-

tados aprovaram, por 247 votos a 174 as mudanças feitas pelo relator ao texto aprovado pelo Senado, deputado Paulo Piau (PMDB-MG).

Para o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, o texto aprovado busca a pro-dução sustentável, com respeito ao meio ambiente. “Não é o ideal; alguns pontos deverão ser aperfeiçoados, mas não dei-xa de ser uma vitória”, observa.

AO Brasil fez no dia 25 de abril uma opção correta pela produção sus-tentável de alimento barato e de

qualidade, garantido segurança jurídica para que cada um dos produtores rurais do País invista na produção de grãos, car-nes, matéria-prima para biocombustível e na silvicultura. Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, a votação expressiva de ontem – 274 votos a favor - mostra que a sociedade brasileira compreendeu a importância da agropecuária brasileira para a economia do País e também o compromisso do se-tor com a preservação ambiental. “Pela primeira vez desde 1965, o Congresso Nacional pode debater detalhadamente as questões ambientais e decidir sobre o tema, escolhendo o caminho da produ-ção agropecuária sustentável”, afirmou a senadora Kátia Abreu.

O Código Florestal teve origem na Câmara, foi enviado ao Senado e devolvi-do aos deputados. O projeto segue agora para a sanção da Presidente da República Dilma Roussef.

Com a aprovação do novo Código Florestal, as propriedades rurais que têm rios com até 10 metros de largura terão de recuperar uma faixa de 15 metros a cada margem. Essa regra tem atenuantes para pequenas propriedades, obrigadas a recuperar uma extensão menor da ve-getação nativa, de acordo com o texto.

O resultado significa que os ruralis-tas, apesar de exibirem uma larga maioria de votos na Câmara, perderam na questão

A presidente da CNA lembrou que as atividades agropecuárias ocupam ape-nas 27,7% do território nacional de 851 milhões de hectares. O restante do País, 61%, está preservado com florestas nati-vas, condição que não se vê em nenhum outro lugar do mundo. “O novo Código Florestal manterá essas características, garantindo as condições necessárias para que os produtores do País conti-nuem produzindo em volume suficiente para abastecer o mercado interno e as exportações”, afirmou a senadora Kátia Abreu. Ao comentar a votação, a presi-dente da CNA cumprimentou o Congres-so Nacional, que, segundo ela, entendeu a necessidade de revisão da legislação ambiental e debateu o tema exaustiva-mente de forma democrática.

A presidente da CNA reforçou, tam-bém, sua confiança nos estados, que terão papel fundamental no processo de im-

mais importante em jogo nessa última etapa da votação. No mesmo dia da vota-ção, a bancada ruralista anunciou que vai apresentar um outro projeto de lei, com o objetivo de reverter esse ponto.

Antes do início da votação, o rela-tor Paulo Piau teve de mudar mais uma vez seu texto porque a liberação da exigência de os produtores rurais re-cuperarem uma parte das Áreas de Pre-servação Permanente (APP), conforme desejava, não podia ser levada adiante, por limites estabelecidos pelas regras de votação. A exigência havia sido apro-vada pela Câmara e pelo Senado e não poderia simplesmente desaparecer.

plantação do novo Código Florestal, com-petência assegurada pelo Artigo 24 da Constituição Federal. “Temos a confiança de que os estados terão responsabilidade e competência para legislar levando em consideração as peculiaridades de cada região de um Brasil continental”, afirmou. Para a senadora Kátia Abreu, com o novo Código Florestal o Brasil pode levar para a Rio+20, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro, uma importante posição, reforçando compromissos que já estão sendo cumpridos pelo País. Citou a redu-ção em cerca de 80% do desmatamento no País, 10 anos antes da meta assumida em 2009, durante a Cop-15, de Copenha-gue, na Dinamarca. “O Brasil é o único país do mundo que tem autoridade moral para discutir questões ambientais, pois além de ser um dos maiores produtores de comida, preserva 61% de seus biomas”, completou.

Código Florestalaprovado

Presidente da CNA afirma que Brasil optou pela produção sustentável de alimentos

Assessoria de Comunicação CNA

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Revista do Produtor Rural 15

junto ao da Improcrop em todos os anos que a empresa existe, mas de uma ma-neira muito tímida. Além dessa mudan-ça institucional, Manuela destaca que o reconhecimento mundial da marca no nosso nome, permitirá otimizar recursos nas fases de pesquisa, desenvolvimento e produção, que serão refletidos tam-bém nos negócios dos nossos clientes, “que poderão confiar na segurança dos produtos de um grupo cuja qualidade é reconhecida globalmente”, explica. “Sempre fomos Alltech e vendemos a tecnologia do grupo, mas sob o nome Improcrop, mas isso não era muito claro para o mercado. Agora isso fica óbvio e a extensão Crop Science esclarece qual é o nosso foco de trabalho. Tudo isso facilita a compreensão e fortalece a marca uma vez que ela estará mais presente no setor agropecuário”, conta Ney.

Mercado De uma maneira geral, os aspec-

tos da mudança são muito positivos. “Deixaremos nossa marca forte, com o respaldo de uma empresa com mais de 30 anos de tradição em pesquisa e desenvolvimento de produtos de qualidade para o agronegócio”, conta Manuela. Para Ney, a importância de se ter uma comunicação mais moderna é reflexo do que fazemos com nossos produtos, que são inovadores e trazem muita tecnologia, exatamente isso que a Alltech Crop Science chega fazendo: virando a página de uma grande histó-ria, mas sem encerrá-la.

[Altech Crop Science]

A partir de 26 de março, a Improcrop assume o nome Alltech Crop Science

É tempo de virar a página

AMudar mas sem afetar a qualidade e segurança que o produtor conhe-ce. Esse foi o grande desafio que a

equipe da Improcrop agarrou com unhas e dentes nos últimos meses. A partir do dia 26 de março, toda comunicação ins-titucional da empresa passa por uma grande reformulação. A começar pelo nome, que mudará para Alltech Crop Science, sem alterar a formulação dos nossos produtos. A segurança, qualida-de e os resultados que os produtores já conhecem continuarão os mesmos.

A mudança acontece com a intenção de definir uma identidade global singu-lar, como explica o Dr. Pearse Lyons, fun-dador e presidente da Alltech. “A evolu-ção da marca Improcrop é um marco para a identidade corporativa da Alltech. Por mais de 15 anos, nós compartilhamos a mesma missão, filosofia e compromisso com a inovação. Agora, nós abraçamos o crescimento e desenvolvimento da divi-são Crop Science, vamos solidificar ainda mais nossa posição no fornecimento de soluções naturais e sustentáveis para os desafios enfrentados pelos produtores”.

Para Manuela Lopes, gerente de marketing da Alltech Crop Science, “a ideia de reformulação da marca sur-giu através do esforço da nossa matriz nos Estados Unidos na construção de uma megabrand. O objetivo é facili-tar a identificação e unificar cada vez mais as empresas do mesmo grupo. A Improcrop sempre fez parte da Alltech, utilizando tecnologia de ponta e com-partilhando da qualidade reconhecida

globalmente, agora estamos apenas assumindo em nossa comunicação a força no nome Alltech”, explica.

O processo de mudança foi muito cauteloso. “Sempre nos preocupamos em manter a identidade já conhecida da Alltech, porém sem perder a força que a marca Improcrop tem no merca-do brasileiro. Nosso desafio era criar uma identidade moderna e global que levasse consigo as principais caracte-rísticas do grupo: qualidade, tecnolo-gia e confiança”, conta Manuela. Ney Ibrahim, diretor comercial da Alltech Crop Science, reforça que o processo foi tranquilo, uma vez que não houve resistência à mudança, “e as preocupa-ções giraram em torno de se criar uma logo que ao mesmo tempo, preservasse a identidade da Alltech, mas também transmitisse uma mensagem de tecno-logia aliada à produção agrícola”.

Todas as alterações são frutos de um longo processo de estudo global onde foi verificado se a nova marca serviria para todas as regiões mundiais como uma busca mais especÍfica para verificar se em algum lugar do mundo, essa mu-dança poderia não acontecer. “Uma vez que estes estudos nos deram condições de seguir adiante, a equipe de marketing do Brasil foi eleita para ser a responsável pelo desenvolvimento das novas logos que agora passam a ser nossa imagem”, destaca Ney.

VantagensO nome da Alltech sempre caminhou

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[Agricultura de Baixo Carbono]

Nos dias 13 e 14 de abril foi realiza-do no Sindicato Rural de Guarapu-ava o “Treinamento em Agricultura

de Baixo Carbono (ABC)”, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com a Secre-taria de Estado da Agricultura e Abaste-cimento (Seab), Embrapa, Emater, Iapar, Universidade Estadual do Paraná (UFPR), Cooperativas e Banco do Brasil.

Este foi o segundo módulo de um to-tal de seis encontros. Segundo o técnico do Senar, Johnny Fusinato, o treinamento é focado na agricultura. “Os temas abor-dados durante os módulos são plantio direto, integração lavoura-pecuária-flo-resta e plantação, recuperação e manejo de pastagens”, detalha.

“O objetivo principal é capacitar o engenheiro agrônomo que vai auxiliar o produtor rural no projeto ABC. Este en-genheiro também recebe informações de como enquadrar o produtor para fins de financiamento junto ao Banco do Brasil”, completa Fusinato.

Sindicato Rural sedia treinamento sobre Agricultura de Baixo Carbono

Sobre o projeto ABC

O Programa Agricultura de Baixo Carbono foi criado em 2010 pelo governo federal e dá incenti-vos e recursos para os produtores rurais adotarem técnicas agrícolas sustentáveis.

Isto ajuda a reduzir a emissão dos gases de efeito estufa – gás carbônico (CO2), gás metano (CH4) e óxido nitroso.

A ideia é que a produção agrí-cola e pecuária garanta mais renda ao produtor, mais alimentos para a população e aumente a proteção ao meio ambiente.

Ademir Calegari (IAPAr) foi um dos palestrantes sobre ABC

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[Condicionadores de solo]

POLIM-AGRI AGRICOLA Tecnologia de ponta em Hidrogéis destinados a reflorestamento e agricultura

Heitor Lopesda Polim-Agri

A Polim-Agri Com. e Ind. Agrícola foi idealizada a 7 anos atrás quando um Agricultor cansado de suces-

sivas perdas nas suas lavouras por pro-blemas relacionados a falta de chuvas durante o cultivo da Soja e Milho em sua propriedade localizada no norte do esta-do do Paraná.

A partir desses acontecimentos que Heitor Lopes pesquisou nas literaturas destinadas aos Agronegócios alguma so-lução que resolvesse ou amenizasse esse problema sério que atinge quase 100% dos Agricultores no mundo todo.

O surgimento dos hidrogéis ou con-dicionadores de solo, se deu na década de 50 por uma empresa americana. Na época, a capacidade de retenção de água deionizada não ultrapassava 20 vezes a sua massa.

Com a expiração da patente nos anos 70, uma empresa britânica melhorou as propriedades de retenção de água do polímero, elevando a capacidade de re-tenção de 20 para 40 vezes e de 40 para 400 vezes no ano de 1982. No entanto, o produto não teve êxito, como esperado, principalmente pelo preço ser elevado, o que inviabilizava a sua utilização na agri-cultura e também pela escassez de pes-quisas para fomentar as recomendações de uso e aplicação dos hidrogéis para fins agrícolas.

Para comprovar a eficiência dos hi-drogéis como condicionadores de solo e principalmente como um produto que tem a capacidade de reter e disponibili-zar água para os cultivos agrícolas, além de aumentar a capacidade de armazena-mento de água do solo onde os hidrogéis são adicionados, inúmeros trabalhos fo-ram desenvolvidos a partir dos anos 80.

No Brasil, os estudos com hidrogéis ganharam destaque mais tardiamente com os trabalhos desenvolvidos.

AÇAO DOS HIDROGÉIS NA REDUÇAO DE PERDAS DE NUTRIENTES:

A adição de hidrogéis no solo otimiza a disponibilidade de água, reduz as perdas por percolação e lixiviação de nutrientes e melhora a aeração e drenagem do solo, acelerando, o desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea das plantas.

POLIM-AGRI / HIDROGÉIS:Os hidrogéis comercializados pela a

Polim-Agri são :PP FINOPP MÉDIOPHI IRRIGAÇÃOPAD ANTI-DERIVA

REDE DE VENDAS:Hoje a Polim-Agri possui represen-

tantes e/ou distribuídores em muitos es-

tados da federação, contando com mais de 20 colaboradores distribuídos no ter-ritório nacional.

Nossos clientes estão espalhados em áreas com diferentes configurações de solos e clima, agregando muita expe-riência aos profissionais da Polim-Agri, no que diz respeito as formas de aplica-ção, uso adequado e os resultados obti-dos com os hidrogéis no Reflorestamen-to e Agricultura .

EXPERIÊNCIA E ASSISTÊNCIA TÉCNICA:Neste pouco tempo de existência

acumulamos uma grande experiência téc-nica que fazemos questão de repassar aos nossos colaboradores e clientes por meio de palestras, boletins semanais e treinan-do os nossos colaboradores e clientes

BOLETINS SEMANAIS:Também criamos Boletins com lin-

guagem simples, direta e com fotos ilus-trativas, tiradas nas propriedades dos nossos clientes. Material esse que repas-samos, com periodicidade semanal, des-crevendo a forma como foi efetuado e as técnicas aplicadas.

São enviados através de emails e contribuem para quem vai fazer uso pela primeira vez do Hidrogel, para clientes já experientes que buscam no-vas técnicas.

GEL AGRÍCOLAGEL AGRÍCOLASUA RESERVA DE ÁGUA NO CAMPO

Rua Paes Leme, 666 - Sala 101 - Centro - Londrina - PR - Fones: (43) 3024-1008 / (43) 3304-3676E-mail: [email protected] / [email protected] / Site: www.polim-agri.com.br

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[Agrorevenda]

Vários clientes da Agrícola Campo Real já iniciaram a compra do adubo para a próxima safra, que começa a ser semeada em maio.

A procura pelo insumo cresce a cada dia, com negócios já fechados. “Os produtores estão atentos a importância da compra antecipada, mesmo que seja de parte do produto que será usado”, observa Amauri Gra-nemann de Paula, sócio-administrador da revenda.

O produtor rural Roberto Pfann já adquiriu 15% do fertilizante que vai precisar para as culturas de inverno e verão. “Acho mais tranquilo ir comprando antecipadamente”, observa. Quanto à Agrícola Campo Real, ele desta-ca que é uma empresa idônea. “Nunca tive problema”.

Os bons preços da commodity devem permitir que os produtores antecipem a compra do adubo. “A compra antecipada é garantida, com entrega tranquila. Mais próximo da safra pode ocorrer falta de matéria prima”, co-menta Granemann.

Ele lembra que não há como prever os preços, por isso o ideal é diluir a compra e não deixar para adquirir tudo em cima da hora, evitando também transtornos na entrega.

Produtores já iniciaram a compra deadubo para a próxima safra

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Agrícola Campo Realcomercializa fertilizantes

Com quase dois anos de fundação, a Agrícola Campo Real, em Guarapuava, especializada em nutrição vegetal, comercializa fertilizantes para todas as culturas como soja, milho, trigo, ce-

vada, canola, batata e tomate. A revenda realiza venda direta para produtores, revendas

e cooperativas. “Buscamos a todos os momentos dar o me-lhor atendimento para nossos clientes. Nossos valores estão sustentados nas colunas da honestidade. Fornecemos, além de fertilizantes, um serviço personalizado, de acordo com as particularidades de cada produtor, visando contribuir posi-tivamente com os resultados financeiros e produtivos. En-tendemos que além de qualidade física e química também é importante o operacional como, por exemplo, a entrega do produto”, afirma o sócio-proprietário da revenda, Amauri Granemann de Paula.

Amauri Granemann de PaulaSócio-proprietário da Agrícola Campo Real

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[Meteorologia]

As precipitações ocorridas durante o mês de março seguiram o mesmo rit-mo das observadas nos últimos me-

ses, muito irregulares e com volumes totais muito abaixo da média, para a época do ano. O mês começou com um bloqueio at-mosférico, sobre o centro-sul do Brasil, que impediu o avanço das frentes frias sobre a região, favorecendo a permanência de uma massa de ar mais quente e seca, que provocou uma forte onda de calor no início do mês e baixa precipitação, em boa parte do centro-sul do Brasil. A partir de meados março, com o enfraquecimento deste blo-queio, tivemos a passagem de duas frentes frias, mas ainda com fraca atividade que provocaram baixos volumes de chuva, a primeira em meados do mês e a segunda, que provocou volumes de chuva um pouco mais significativos, passou pelo Paraná mais no final de março. Devido ao baixo volume de precipitação que estamos observando ao longo dos últimos meses, o que tem pro-vocado uma significativa deficiência hídrica no solo, as lavouras no estado continuaram sofrendo com os efeitos da estiagem, com-prometendo assim, o seu desenvolvimento e produtividade.

A temperatura também vem seguindo o mesmo padrão dos últimos meses, inter-calando fortes ondas de calor com quedas acentuadas nas temperaturas. Devido ao bloqueio no início do mês, a primeira quinze-na de março, foi marcada por uma forte onda de calor, que registrou desvios de tempera-

Luiz renato LazinskiMeteorologista

INMET/MAPA

Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

turas de 02 a 03°C acima da média. Durante a segunda quinzena, as temperaturas dimi-nuíram um pouco, e foi marcada pela chega-da de uma forte massa de ar frio, no final de março, que provocou uma queda brusca das temperaturas, inclusive com a formação das primeiras geadas, ainda que de fraca intensi-dade, no sul do Paraná.

O fenômeno climático “La Nina”, que tem influenciado o nosso clima nos últimos meses, vem diminuindo sua intensidade rapidamente. As temperaturas das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, vem passado por uma rápida mudança de padrão nos últimos dois meses, passando de águas mais frias para um aumento gra-dual das temperaturas das águas superfi-ciais naquela região. Ainda observamos águas mais frias a oeste do Oceano Pacífico Equatorial, enquanto próximo a costa oes-te da América do Sul, observamos um pre-domínio de águas mais quentes (01 a 02°C acima da média). A figura 01, ilustra bem este padrão. Os prog-nósticos dos modelos climáticos globais, in-dicam uma situação de neutralidade cli-mática (nem La Nina e nem El Nino), durante os próximos meses, esta tendência pode ser observada na fi-gura 02.

Com os prognósticos climáticos indi-cando uma situação de “neutralidade” para os próximos meses, as precipitações ainda devem continuar com esta distri-buição irregular, e volumes abaixo da média, porém, voltando gradativamente aos volumes normais, ao longo do outo-no e início do inverno e o intervalo entre uma chuva e outra deve diminuir, princi-palmente nas áreas mais a oeste do sul do Brasil.

As temperaturas devem continuar com o mesmo padrão observado no último mês, intercalando períodos um pouco mais quentes, com quedas acentuadas de temperatura, devido a incursões de mas-sas de ar frio, que começam a chegar ao sul do Brasil, com maior intensidade, ou seja, os extremos de temperatura ainda devem predominar, ao longo do mês. Pode-mos ter ondas de calor, mas não tão fortes como a registrada no início de março.

Figura 01 - Anomalia da temp. da superfície do mar, semana de 18.03.2012 a 24.03.2012. (Fonte: CPC/NOAA).

Figura 02 - Prognóstico da anomalia da temperatura da superfície do mar. (fonte: CPC/NOAA).

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[Última hora]

11 de junho: novo prazo para averbação da Reserva Legal

Representantes do grupo de nozes pecã participaram de Seminário

R$ 785,00 é o novo salário do trabalhador rural

Foi prorrogado o prazo para averba-ção da Reserva Legal por mais 60 dias. O decreto foi publicado no dia 11 de abril, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), ampliando por mais dois meses o período para os produtores averbarem as áreas de preservação ambiental – de 20% a 80% da área total da propriedade – a título de reserva legal.

Com a edição do decreto, a data final para averbação, que venceu dia 11 de abril, passou para 11 de junho. O registro das áreas de reserva legal está previsto no artigo 152 do Decreto 6.514, publica-do em 22 de julho de 2008, a pretexto de regulamentar a Lei 9.605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, que pre-vê penalidades para quem cometer infra-ções ambientais. Esta é a quarta vez que o Governo prorroga o prazo para o início da aplicação de multas pela não averbação da reserva legal.

No dia 26 de abril, representantes do grupo de nozes pecã do Sindi-cato Rural de Guarapuava participaram do II Seminário da Cultura da Noz Pecã em Anta Gorda-RS, cidade que é destaque na produção de nozes pecã e concentra o maior número de pequenos produtores dedicados à cultura.

Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a atividade em termos técnicos e práticos.

O II Seminário da Noz Pecã foi realizado no auditório de eventos de Anta Gorda.

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werne-ck Botelho, e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guarapua-va, José Altamir de Souza, assinaram no dia 26 de abril, o reajuste do salário dos

trabalhadores rurais, conforme previs-to na Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2013.

Ficou definido um salário normativo de R$ 785,00, a contar a partir de 1º de maio de 2012 até 30 de abril de 2013. O

aumento salarial foi de 9,02%.A negociação foi feita entre uma co-

missão da categoria patronal e outra dos trabalhadores rurais. Agora o documento será registrado no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Parte da Comissão de Negociação Salarial do Sindicato Rural e Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Isair Castoldi,João Rodrigo Hipólito eAlcione Pickler

Rodolpho Luiz Werneck Botelho e José Altamir de Souza

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[Ovinos]

No dia 25 de abril, o Sindicato Rural de Guarapuava reuniu importantes figuras da ovinocultura do Estado

para discutir a reorganização da cadeia produtiva da atividade no Paraná. Além dos produtores, estiveram presentes re-presentantes de entidades como Secre-taria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Emater, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ovi-nopar, Ovinomar e as cooperativas Coo-peraliança, Castrolanda, Coopercapanna.

O encontro foi coordenado pelo re-presentante da Seab e criador de ovi-nos, Licius Pollatti Schühli e foi aberta pelo presidente do Sindicato Rural, Ro-dolpho Luiz Werneck Botelho, que res-saltou a importância do fortalecimento da ovinocultura no Estado. “Em termos de rentabilidade a ovinocultura é extre-mamente interessante. Só precisamos de mais informação, tecnologia, pois existe a demanda e nós precisamos ga-rantir uma cadeia produtiva organizada e profissional”.

Produtores, cooperativas e entidades representativas de todo o Estado se reuniram para definir estratégias para fortalecer a cadeia produtiva de ovinos no Paraná.

Dia do “balido” dos ovinocultores

O presidente da Ovinopar - Associa-ção Paranaense de Criadores de Ovi-nos, Conrado Ernesto Rickli destacou que esta reunião foi a continuidade de um trabalho que está sendo discutido há tempos por um grupo. “Precisamos juntar o maior número de produtores, de entidades e ideias para levarmos ao governo nossas reivindicações. Com cer-teza o dia de hoje é mais um passo que estamos dando para fortalecer a cadeia”.

Segundo Schühli, este foi um mo-mento decisivo para rever a atividade, avaliar acertos e erros. “Precisamos tra-balhar com objetivos e metas. Por isso, a necessidade da união e de profissiona-lismo entre os ovinocultores. Nós esta-mos chamando hoje de dia do balido, o berro da ovelha e grito dos produtores de ovinos. Estou muito contente com o resultado da reunião. É claro que há sempre opiniões divergentes, mas pro-curamos ter um foco. Acredito que saímos daqui com resultados impor-tantes, como o apoio do representante da organização rural da Emater, que se comprometeu a abraçar a causa e a atri-buição da Câmara Setorial para definir a data e organizar a próxima reunião dos produtores”.

Representando as cooperativas, o co-ordenador de ovinos da Castrolanda, Tarcisio Bartmeyer parabenizou a inicia-tiva da reunião. “Nós precisamos de uma Ovinopar forte e vamos fazer o possível para apoiar, e que ela venha representar as nossas necessidades junto ao gover-

no. Acredito que as cooperativas estão fazendo sua tarefa de casa, que é reunir e organizar os produtores, estamos in-vestindo em tecnologia, testando siste-mas de produção, fazendo o abate, corte e comercialização, conhecendo a cadeia e isso tem dado resultado”.

Bartmeyer falou da necessidade de dar mais visibilidade às ações das coo-perativas “É importante que mais produ-tores saibam que existem cooperativas organizadas e que eles podem vender seus produtos com segurança, garantia de recebimento, um preço melhor e não viver no mercado clandestino”.

O médico veterinário do Instituto Ema-ter, Cezar Amin Pasqualin disse que mes-mo havendo a necessidade de avançar em muitos aspectos, como melhorar a es-trutura de assistência técnica, disponibili-dade de matrizes e promover mais cam-panhas a favor do consumo, é necessário, acima de tudo, valorizar e respeitar os avanços já obtidos. “Os níveis de enten-dimento de toda a cadeia produtiva não estão no domínio das pessoas, temos que potencializar aqui o que está dando certo e o que tem servido de modelo”.

Ele ainda elogiou a ação de algumas entidades na ovinocultura paranaense. “As coisas vão bem, é preciso valorizar as aplicabilidades das pessoas que es-tão fazendo isso até de forma gratuita, como a Cooperaliança aqui de Guara-puava, que tem muita dedicação pesso-al dos seus dirigentes fazendo com que a cadeia caminhe cada vez melhor”.

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[Máquinas Agrícolas]

Pulverizadores ideaispara Guarapuava e região

O grupo PLA possui 35 anos de experiência na fabricação de máquinas agrícolas, com sede na Argentina. Está há sete anos no Brasil, onde produz pulverizadores autopro-pelidos e de arrasto, com inovações tecnológicas que conferem precisão, qualidade e

confiabilidade em seu rendimento. Com fábrica em Canoas, no Rio Grande do Sul, a maioria das peças é nacionalizada, o que

possibilita o financiamento dos equipamentos através do Finame, BNDES, com até 10 anos de prazo para pagamento.

A fabricante PLA fornece vários modelos: de arrasto, versões mecânicas e as versões hidro.

Barras dianteiras, opção de túnel de vento, giro nas quatro rodas, possibilida-de de acoplar distribuidor de fertilizantes sólidos ou sementes e realizar duas

operações simultâneas são as características que surpreendem e diferen-ciam o Autopropelidos H3000I da PLA.

Com motor Mercedes Bens 180CV ou 220CV e injeção eletrônica que reduz o consumo de combustível e apresenta ótimo torque na rotação

de trabalho, possui redutor nas rodas com relação 35/1, bitola variável de 2,80m a 3,20m com acionamento hidráulico, vão livre de 1,60m, que permite a pulverização da cultura do mi-lho em pré pendoamento.

A torre de fertilização possibilita acoplar distribuidor de fertilizantes ou sementes de varias marcas, conseguindo uma distribuição uniforme em faixas de trabalho maio-res, até 30m, evitando o amassamento da cultura no

meio dos rastos de pulverização e realizar duas ope-rações simultâneas.

A barra dianteira pode ter de 25m a 31,5m, reduz arremates e a opção pelo túnel de vento aumenta

a eficiência da aplicação do produto.O giro nas quatro rodas permite voltas

e bordaduras com um único ras-to evitam o amassamento da cultura.

Possui piloto au-tomático Trimble,

com acionamento hidráulico direto ou eletrônico

no volante.

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Revista do Produtor Rural 25

Revenda Autorizada PLA em Guarapuava

A CEREAL comercializa, há três anos, os pulverizadores da PLA, com 10 máquinas ven-didas na região, sendo quatro delas para apenas um produtor. Possui estoque de peças e as-sistência técnica.

Neste ano, a CEREAL estreitou ainda mais os laços com a PLA, tornando-se oficialmente RE-VENDEDOR AUTORIZADO PLA.

José Augusto M. Barros, Denny Perez, Carlos Corrêa, Fernando Guimarães,

Alcione Brunetto e Piterson Viana

Comercializa cereais,fertilizantes, implementose insumos agrícolas

Fones: (42) 3627-5849 / 3627-6664 / 9912-7770Rod. BR 277, Km 352,5 - Vassoural - Guarapuava - [email protected]

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Revista do Produtor Rural26

[Erva mate]

Lucro na cuia

A erva mate é uma planta nativa da re-gião sul do Brasil, herança dos índios guaranis em locais banhados pelos

rios Paraná, Uruguai e Paraguai. Segundo a Pesquisa de Produção da Extração Ve-getal e da Silvicultura de 2010, realizada pelo IBGE, a produção de erva mate no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná to-taliza 227.187 mil toneladas, e apenas o Paraná produz 166,162 mil toneladas. No entanto, a sua relevância ultrapassa o va-lor econômico. A erva caracterizada pelo tradicional chimarrão é símbolo, sobretu-do da cultura paranaense.

Waldemar e Marlene Geteski ideali-zaram, há 20 anos, uma atividade que servisse como uma fonte complementar de renda. A erva mate surgiu como uma opção para concretizarem, anos mais tar-de, muitos de seus projetos pessoais. “O lado mais bonito é que foi graças à erva mate que conseguimos pagar três facul-dades particulares de Medicina. Hoje meus filhos estão formados, por isso te-nho um carinho e interesse especial por

Waldemar e Marlene Geteski são exemplos de dedicação no cultivo da erva mate e contam como o erval pode ser uma alternativa interessante para os produtores da região.

Helena Krüger Barreto

essa atividade”, conta Geteski. Em 1982, ele contador e Marlene pro-

fessora de matemática resolveram apos-tar no cultivo da erva. O casal conta que o primeiro passo foi comprar algumas chácaras pequenas para iniciar o plan-tio. “No começo, eu não tinha conheci-mento algum sobre a cultura, precisei aprender e estudar tudo sobre a erva, e é claro sempre tivemos a assessoria de um agrônomo ou engenheiro flores-tal, mas mesmo assim foi preciso muita dedicação. Hoje digo, com toda certeza, que deu certo”.

Geteski possui cinco chácaras que jun-tas somam 40 hectares de área plantada de erva mate. Ele conta que ainda está na atividade graças à esposa. “Marlene tem a paciência de lidar com a mão de obra e tempo de buscar conhecimento. Nós so-mos um dos poucos, ou praticamente os únicos produtores rurais que se dedicam apenas à erva. Não somos produtores que tem erva mate, nós somos produto-res de erva mate”.

A implantação

De acordo com o guia de cultivo da erva mate da Embrapa Florestas, o pri-meiro passo que o produtor deve tomar, é escolher uma boa área que proceda a um preparo de solo adequado. Durante a implantação, é importante definir o es-paçamento de acordo com o objetivo do produtor, se ele irá implantar o erval em sistemas agroflorestais, ou dedicação to-tal a erva, por exemplo.

Segundo o engenheiro agrônomo, Luiz Maurício Mattozo, a época mais adequada para o plantio é a primavera. “É bom apro-veitar as temperaturas da estação que são mais elevadas e também os períodos mais chuvosos, que garantem o bom desenvol-vimento das plântulas”.

O agrônomo destaca a importância do produtor se informar sobre a microrregião e as potencialidades do negócio, antes de investir na cultura. “O produtor precisa conhecer as condições edafoclimáticas, que são características definidas pelo meio como o microclima, relevo, altitude, concentração mineral, umidade do ar, tipo de solo, entre outros aspectos. O manejo de poda deve ser feito com conhecimen-to técnico e a ferramenta adequada, caso contrário, pode comprometer o desenvol-vimento da planta e, consequentemente, de toda a produção”, explica Mattozo.

Segundo a Embrapa Florestas, “a im-plantação de um erval exige a dedicação do produtor nos três a quatro primeiros anos para garantir uma boa produtivida-Waldemar e Marlene Geteski incentivam o cultivo da erva.

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Erva mate na Reserva Legal

Os ervais também representam uma alternativa para diversificação da cul-tura e podem ocupar áreas de Reserva Legal, segundo a engenheira agrônoma da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Carla Beck.

A erva mate também tem uma im-portância ambiental, já que aumenta a cobertura florestal nativa e colabora para diminuir o processo de erosão e poluição das águas. É uma opção para agricultores de Sistemas Agroflorestais (SAF’s), que combinam culturas nativas com agrícolas, e até mesmo criação de animais.

“A principal vantagem é a utilização da erva em áreas marginais, ou seja, locais com declives, ou outras que não estão sendo aproveitadas”, orienta Mattozo.

Manejo,fertilização e controle de pragas

A função das erveiras, para o produtor, é a pro-dução do máximo de fo-lha possível. Para isso, o que é indispensável no de-senvolvimento do erval, é re-alizar as podas da maneira correta. Segundo o guia de cultivo de erva mate da Embrapa Florestas, o ma-nejo é realizado com quatro tipos de podas: a de formação, que é para auxiliar no crescimento da planta e para que ela ocupe futu-ramente, apenas o espaço correto que lhe corresponde; a poda de pro-dução, a de limpeza e de renovação.

“A poda é feita por eliminação de galhos. Deixamos os mais finos para voltar daqui uns seis meses e podar o resto. Para criar erva mate basta deixar o solo adu-bado, manter cobertura ver-de, alguns outros detalhes, mas algo que qualquer produtor rural que tenha experiência em outra cul-tura saberia fazer”, comenta Geteski.

Marlene reforça que a poda deve ser bem feita e sem pressa para garantir uma vida longa à planta. “A maioria não se preocupa com isso, tratam a erva mate apenas de forma extrativista. Nós que cultivamos temos essa consciência”. Se-gundo Mattozo, o indicado é deixar pelo menos 1/3 das folhas, para que a planta tenha condições de recuperação.

A época indicada para fazer a poda vai de maio a agosto (meses que não tem “r”); a correção do solo e a adu-bação deverá ser realizada apenas seguindo as orientações técnicas es-pecíficas, recomendadas por um profis-sional qualificado.

Quando se fala em controle das plan-tas daninhas, usualmente é feito de for-ma mecânica, por meio de roçadas, o que, inclusive, favorece o acúmulo da matéria orgânica do solo e evita a erosão nas áre-as mais declivosas. “Como a erva mate é

de”. A produtora Marlene Geteski confir-ma dizendo que demorou três anos para realizar a primeira poda, e dez anos para se estabilizar totalmente na atividade. “Os primeiros anos foram de muita persistên-cia e trabalho, mas hoje estou tranquila. A erva mate é como um bebê; hoje posso marcar minhas férias a hora que quiser e já tenho a minha aposentadoria precoce”, afirma Marlene.

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uma planta nativa da região, a pressão de pragas e doenças é minimizada, pois ela encontra-se em equilíbrio no ecossiste-ma, ainda assim, aparecem algumas pra-gas como as lagartas desfolhadoras e as cochonilhas, que podem ser controladas com produtos de baixo impacto ambien-tal”, explica o agrônomo.

Rentabilidade e custos de produção

Segundo Mattozo, a erva é uma planta que apresenta boa rentabilidade. “O custo de produção vai de 45 a 52% sobre o fa-turamento, gerando uma rentabilidade de 48 a 55%”.

Geteski conta que em suas chácaras, o custo da produção é 52%. “A maioria é gasto com a mão de obra, o restante é adubação e deslocamento”.

Apesar do preço estar estagnado, o pro-dutor diz acreditar no potencial de merca-do da erva e que a cotação tende a subir. “ Hoje, o preço mais comum é de R$ 8,00 a 9,00 a arroba. Mas há lugares, como in-dustrias gaúchas que já estão pagando R$ 8,50 a R$ 12,00 em alguns locais do sul paranaense, como Bituruna e General Car-neiro”, informa Geteski. Mattozo explica que o preço praticado pela indústria deve ser equivalente a 2,5 quilos de erva mate para chimarrão embalado.

A produtividade média da região é de 2 a 2,5 ton folha crua/ha/ano, porém em ervais bem conduzidos pode-se chegar a 6 ou 7 ton folha crua/ha/ano.

Ele destaca também a importância de se definir, junto com um técnico, a escala de produção. “Pois módulos muito peque-nos ou muito grandes podem tornar-se in-viáveis economicamente”, alerta Mattozo.

Geteski diz ser inviável trabalhar em grande escala devido à falta de mão de obra. “No meu entendimento e de Mar-lene, o produtor individual, com mais de 40 hectares, terá problemas com mão de obra e qualidade de tratos culturais”.

Dificuldades

As principais dificuldades na produção e os pontos fracos elencados por Geteski e Mattozo são: a falta de mão de obra qualificada; as geadas fortes sobre ervais mal podados ou aqueles mutilados pelo tarefeiro ou cortador de erva; não existe valorização/bônus por produtos de qua-lidade superior (maior volume de folhas/

folhas isentas de praga e doenças/colora-ção verde centuado) e na região, a baixa produtividade dos ervais explorados.

Apesar disso, Marlene e Geteski acre-ditam que se houver união por parte dos produtores da região, que viabilizasse or-ganizar uma cadeia produtiva organizada, esses problemas poderiam ser ameniza-dos. “Temos a intenção de criar em Guara-puava, um núcleo de cultura permanente. Queremos agregar mais produtores para atuar na produção, porém com objetivo empresarial, e não extrativista. A solução só vem com parcerias, estratégias, organi-zação e planejamento”, diz Geteski.

Novos mercados

Conforme Marlene, o diferencial da erva mate da região é o sabor bebida. “A Argen-tina produz muito mais que nós, porém o sabor da nossa erva é muito melhor. Por isso, a indústria vem de longe atrás”.

Segundo os produtores, a mídia está dando mais visibilidade e expondo cada vez mais os benefícios da erva mate para a saúde. Um número grande de pro-dutos vem surgindo, como novos chás, medicamentos e cosméticos com extra-to de mate.

Geteski reforça que para que a ativi-dade se fortaleça é necessário uma pro-

fissionalização do cultivo. “O mate está passando por um momento interessante, no ponto de vista do produto, com novas demandas, o que falta é a criação de pa-drões, elencar o mate como um produto de consumo mundial. Hoje temos exem-plos na Europa e Japão, países que já con-somem produtos a base de mate”.

“Para nós é uma atividade apaixonante, porque ela é correta na forma de alimen-tação, é ecologicamente perfeita, convive harmonicamente com outras culturas e ainda é rentável”, opina Geteski.

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[Milho]

OptimumTM IntrasectTM - A mais nova e eficiente combinação de tecnologias Bt

A introdução do milho Bt no Brasil é um exemplo global do profis-sionalismo do agricultor brasileiro sempre disposto a adotar tec-nologias que lhe tragam novas soluções a problemas graves como

o ataque de lagartas no milho, reduzindo riscos e aumentando as possi-bilidades de incrementar a sua produtividade, melhorar a qualidade do produto final e a lucratividade.

Fiel à sua tradição de parceira com o agricultor e ao seu perfil de ino-vadora como canal de novas tecnologias, a Pioneer® inovou, combinando dois produtos testados e aprovados pelos produtores, o milho Herculex® I e o milho YieldGard®, gerando a tecnologia OptimumTM IntrasectTM, uma nova geração e, portanto, uma evolução da tecnologia Bt em milho.

A tecnologia OptimumTM IntrasectTM é a mais nova e eficiente tecno-logia Bt, com a mesma segurança e com benefícios adicionais obtidos pela combinação de duas diferentes proteínas Bt: a Cry1F e a Cry1Ab. Esta combinação de duas diferentes proteínas, eficientes e estáveis, traz ao mercado melhor espectro de controle de lagartas que atacam a cul-tura do milho. A tecnologia foi obtida por cruzamento convencional das tecnologias individuais, sendo caracterizada como uma combinação de eventos.

OptimumTM IntrasectTM, como todo novo produto da Biotecnologia Agrícola, foi submetida à aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnolo-gia e Inovação, formado por especialistas de diversas áreas da ciência e representantes de diversos órgãos governamentais, que atestou sua se-gurança para saúde humana e animal, bem como para o meio ambiente. A presença nas plantas de milho, simultaneamente, das proteínas Cry1F e Cry1Ab, propicia excelente controle das principais pragas tais como a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), a broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) e a elasmo (Elasmopalpus lignosellus). Ainda, com-plementado com melhor controle da lagarta-das-espigas (Helicoverpa zea) e da lagarta-rosca (Agrotis ipsilon), e o controle de pragas secundá-rias como a lagarta-das-vagens (Spodoptera eridania) e a lagarta-do-trigo (Pseudaletia sequax), que podem aparecer na lavoura e assim ganhar im-portância econômica em virtude do controle das pragas principais.

As recomendações de manejo permanecem as mesmas já conhecidas para os produtos que contém apenas uma proteína: utilizar o tratamento industrial de sementes, que controla pragas não atingidas pelo Bt, tais como os percevejos e, associar a essas tecnologias, um correto manejo de insetos na palhada pré-plantio, o que aumenta a probabilidade de sucesso na produção. Também não se pode deixar de fazer o monitora-mento constante da lavoura para verificar a presença de insetos e da-nos nas plantas e, caso seja identificado um nível de dano econômico,

Goran Kuhar – Gerente de Registro e Regulamentação da Pioneer ®

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fazer uso de inseticidas químicos, devi-damente registrados para esse uso junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Além das duas proteínas Bt, o milho OptimumTM IntrasectTM ainda tem ferra-mentas que auxiliam no melhor mane-jo das plantas daninhas. Uma delas é a tecnologia Liberty Link® de tolerância a herbicidas formulados com Glufosinato de Amônio presente no milho Herculex® I. A outra tecnologia que poderá ser in-corporada como ferramenta adicional é a tecnologia Roundup Ready® de tolerân-cia aos herbicidas Roundup®, aumentan-do ainda mais o espectro de controle das plantas daninhas.

Da mesma forma que com outros mi-lhos geneticamente modificados, no uso do milho OptimumTM IntrasectTM é fundamental observar a norma de co-existência entre milho convencional e milho transgênico, estabelecida pelo Governo Federal (Resolução Normativa no 4 da CTNBio). Ela estabelece as dis-tâncias que devem ser observadas en-tre seu campo de milho geneticamente modificado (Bt ou outras tecnologias) e o campo de milho convencional do seu vizinho. É importante ressaltar que essa prática não tem nada a ver com seguran-ça do produto, atestada por sua aprova-ção para uso comercial e, sim, simples-mente respeitar o direito do vizinho de não ter seu milho polinizado por plantas de milho transgênico.

A norma prevê apenas o isolamento por distância, sendo que os campos de-vem ser separados por 100 metros de distância, ou alternativamente por 20 metros, caso se coloque uma bordadura de dez linhas de milho convencional, de mesmo porte e ciclo do híbrido, conten-do a tecnologia OptimumTM IntrasectTM. Essa bordadura pode contar como área de refúgio, desde que atenda ao tama-nho de área necessário. Importante res-saltar que o Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento está fiscalizando a adoção das medidas de coexistência.

Vários híbridos da marca Pioneer estão em fase de registro no Registro Nacional de Cultivares do Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento e já estão sendo comercializados em 2012.

® Marcas registradas da Pioneer Hi-Bred. Herculex® I e o logo são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC.

YieldGard® é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company. Roundup Ready Milho 2 ® é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

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[Cria]

A trabalhosa arte de criar bezerros

A cria de bovinos exige planejamen-to, organização, dedicação, muito trabalho e acima de tudo, amor

pela atividade. É desta forma que agro-pecuaristas da região de Guarapuava tem buscado “tocar” a atividade, com produ-tividade e rentabilidade.

É o caso do produtor de bezerros, Wil-son Pavoski, que deixou de fazer o ciclo completo devido à valorização do be-zerro e não se arrepende. “Dá trabalho. É campo das 7 da manhã às 8 da noite, parto de madrugada e outros imprevis-tos, mas a gente gosta”.

No dia 06 de março, a Revista do Produ-tor Rural do Paraná registrou a vacinação contra brucelose feita na propriedade rural de Pavoski. Ao todo, 116 bezerras foram vacinadas contra a doença. Essa vacina é um dos preparativos para a re-produção, obrigatória para quem traba-lha com gado de cria e feita anualmente em bezerras de 3 a 9 meses.

Além da brucelose, o produtor cita as outras vacinas: “tem o vermífugo, o carbúnculo a cada seis meses e a febre aftosa. Ao nascer, os animais também recebem Ivomec Golden, ferro e modifi-cador orgânico, além da cura do umbigo com iodo”.

As fêmeas não são comercializadas. Ficam na propriedade, para reprodução de matrizes. Segundo Pavoski, possuem habilidade materna, são dóceis e com bastante leite.

Machos

Os bezerros serão comercializados para recria e engorda para confinadores da região, a partir de maio. Pavoski possui 112 machos e conta que os negócios já estão fechados. “Serão comercializados a um preço de até R$ 4,20 o quilo”, infor-mou o produtor no dia 17 de abril (data da entrevista).

São animais precoces, com marmori-zação devido à genética da raça – cru-zamento de Hereford com Charolês e Tabapuã. “Esse cruzamento proporciona uma carcaça maior, com mais gordura e marmoreio na carne”.

Os cruzamentos são feitos por Inse-minação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Quatrocentas matrizes foram insemina-das, mas o índice de prenhez foi menor do que o esperado devido, segundo es-pecialistas, muita chuva na época de ma-nejo. “Utilizamos sêmens de touros apro-vados, fizemos testes de inseminação, mas o índice de prenhez foi de 40%”.

Apesar do resultado, produtores como Pavoski não desanimam. Ele atua na pe-cuária há 12 anos e busca, diariamente, o melhoramento genético. Para isso, pre-tende investir em pastagem na Fazenda 108 e Três Cerros Barreiros, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava/PR. “Por en-quanto, tenho que utilizar sal proteinado no inverno, porque não tenho aveia para as matrizes. Quero ampliar a pastagem

de inverno, antecipando, desta forma, a estação de monta para três ou quatro meses, visando um bezerro maior e mais precoce”.

Hoje seus bezerros (entre machos e fêmeas) pesam, em média, sete arrobas aos seis/sete meses de idade. “Eles nas-cem em cima de pastagem perene, faço a complementação com sal mineral para bezerros e também faço o creep com fa-relo de milho e ventilação de soja. Desta forma, o animal sai adaptado para o con-finamento, sem sofrer o estresse da des-mama. Com esse manejo, alimentação e genética, a engorda é rápida e garantida”, afirma o produtor.

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Wilson Pavoski

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[Direito do produtor]

A possibilidade derenegociaçãode dívidas rurais

Decker, De rocco Bastos Advogados Associados

Fábio Farés Decker (OAB/PR nº 26.745)Tânia Nunes De Rocco Bastos (OAB/PR nº 20.655)

Vivian Albernaz (OAB/PR nº41.281)Maybi F. P. Brogliatto Moreira (OAB/PR nº 40.541)

Como todos os agricultores têm conhecimento, a ocorrência de fatores climáticos inesperados

pode ocasionar prejuízos significa-tivos em virtude da quebra de safra, podendo levar à inadimplência de contratos de crédito rural.

Normalmente a primeira provi-dência do credor é a notificação do produtor dando conta de possível cobrança judicial desses créditos.

No entanto, no caso de ser verifi-cada a quebra de safra, entendemos que o produtor pode se adiantar ao credor e procurá-lo para tentar ami-gavelmente a renegociação ou mes-mo se valer de legislações especiais sobre o assunto para obter esta re-negociação.

A garantia de um crédito diferen-ciado aos produtores rurais já foi prevista em 1964, quando o Governo Federal promoveu a Reforma Bancá-ria visando o fortalecimento do Sis-tema Financeiro, estabelecendo no inciso IX do art. 4° da Lei 4.595/64 como competência do Conselho Mo-netário Nacional: “limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, des-contos, condições e quaisquer for-mas de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive prestados pelo Banco Cen-

tral do Brasil, assegurando taxas fa-vorecidas aos financiamentos que se destinem a promover: recuperação e fertilização do solo; reflorestamento; combate a epizootias e pragas, nas atividades rurais; eletrificação rural; irrigação, investimento indispensá-veis as atividade agropecuárias.”

Assim, procurou o legislador garan-tir ao produtor rural condições finan-ceiras diferenciadas que lhe permi-tisse investir com maior facilidade, fortalecendo as iniciativas agrárias.

O crédito rural é uma espécie di-ferenciada de empréstimo, e é fa-vorecido pela legislação haja vista seu cunho eminentemente social, não podendo ser colocado a par de igualdade com outras modalidades creditícias, posto que o adimple-mento está sujeito as instabilidades da produção rural.

Contudo, para se valer desta con-dição diferenciada, o produtor rural deve estar munido de documentos válidos que comprovem a utilização do crédito que recebeu em sua ati-vidade, tais como notas fiscais refe-rente à aquisição de insumos, des-pesas com maquinário (até mesmo aquisição), pagamento de salários, recolhimento de encargos trabalhis-tas, e, ainda, comprovar a queda sig-

nificativa da produção em relação aos anos anteriores, além de docu-mentos que comprovem a ocorrên-cia do fator climático que contribuiu para a queda na safra.

Todos esses elementos são fun-damentais para evitar as inúmeras ilegalidades que vêm sendo come-tidas pelas Instituições Financeiras na renegociação, agravando a situ-ação de endividamento do produ-tor rural em momento de quebra/frustração de safra.

Vale lembrar que os produtores que estão sendo executados judi-cialmente, podem se utilizar da le-gislação especial para efetuar um pedido de redução do valor da dívi-da e alongamento do débito, subme-tendo ao crivo do judiciário a análise.

Quando o produtor rural não recla-ma seus direitos, pode correr o risco de renegociar sua dívida com taxas abusivas, e, principalmente, onerar--se com o excesso de garantias soli-citadas para a renegociação.

Assim, nossa orientação é que o produtor rural procure se informar no próprio Sindicato Rural e/ou com suas respectivas assessorias jurídi-cas/contábeis acerca de seus direitos e das condições que lhe podem ser mais benéficas.

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[Campanha]

Vacinação contra a aftosa inicia em maio

GTA: o passaporte do animal

A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória para bovinos e búfalos com até 24 meses de idade, além do cadastramento de todo o rebanho até o dia 31 de maio.

Itacir José Vezzaro Márcia Maria Zago

A partir de 1º de maio, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimen-to (Seab) lança a primeira etapa da

campanha contra a febre aftosa. Em maio, os pecuaristas devem vacinar o rebanho de bovinos e búfalos com até 2 anos de idade, os chamados bovinos jovens.

A média de vacinação da febre aftosa em maio e novembro, segundo a Seab é de 90 a 92%. Na campanha do ano passado, no mesmo período, 97,02% do rebanho paranaense foi vacinado. Conforme o chefe da Seab - Núcleo de Guarapuava, Itacir José Vezzaro, todo o Paraná está empenhado para que 100% do rebanho seja vacinado. “A vacinação, além de ser o melhor meio de prevenir a aftosa, é também uma forma de traba-lho sanitário que realizamos em parceria com as prefeituras da região”.

A médica veterinária da Seab, Márcia Maria Zago alerta que, muitas vezes, o

A retirada da Guia de Trânsito Animal está diretamente rela-cionada a essa campanha. A GTA está condicionada à vacinação e à comprovação do rebanho, obe-decendo a carência conforme a faixa etária dos animais. A carên-cia é de 15 dias para animais já vacinados, os mais jovens; sete dias para animais com duas vaci-nas e para animais adultos, com mais de 2 anos não tem carência.

Segundo a veterinária da Seab, Márcia Zago, a retirada da GTA é fundamental para qualquer pe-cuarista. “Eu sempre digo que a Guia é tudo para o animal, é como se fosse o passaporte dele”.

O pecuarista que for transpor-tar seus animais para a Feira de Bezerros, que será realizada no dia 6 de maio, em Guarapuava, deverá se dirigir à Seab e pedir a autorização para realizar a vaci-nação dos animais com 15 dias de antecedência antes da feira.

produtor vacina o animal, porém es-quece de apresentar o comprovante de vacinação e a nota fiscal da vacina. A Seab orienta o pecuarista para que antes de preencher o comprovante, faça a contagem de todos os animais e declare todo o rebanho existente em sua propriedade. No comprovante de vacinação é necessário preencher a quantidade de animais existentes e de animais vacinados, por sexo e por ida-de. “Os suínos, caprinos e bovinos pre-cisam ser declarados. Maio é o mês da Seab atualizar seus cadastros para ter controle da saúde animal no Paraná”, explica Márcia.

O pecuarista que não vacinar ou não comprovar, estará sujeito a uma multa de R$ 101, 84 por cabeça não vacinada, além de não poder retirar a Guia de Trân-sito Animal, perdendo o direito de trans-portar os animais.

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resultando em maior lucratividade”, acrescenta Lima.

Na quinta, o treinamento iniciou com palestras introdutórias sobre o bem--estar animal, comportamento e manejo, além de ambiente e estrutura da área de descanso. Durante a tarde, os temas das palestras foram insensibilização elétrica ou mecânica por dardo cativo e técnicas de sangria em suínos e bovinos.

Na sexta-feira, os participantes rea-lizaram a parte prática do programa em abatedouros da região, onde observaram como é feito o manejo correto de suínos e bovinos.

[Produtos de origem aninal]

[Bem estar aninal]

SEAB promoveu encontro sobreSistema Brasileiro de Inspeção (SISBI)

Treinamento abordou abate humanitárioem suínos e bovinos

O Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimen-to (SEAB) realizou no dia 11 de abril, o Encontro Regional sobre o Sistema Brasi-leiro de Inspeção (SISBI) no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava. O evento contou com a participação de secretários municipais, médicos veterinários, repre-sentantes de cooperativas, frigoríficos e empresários do setor agropecuário.

Segundo a médica veterinária Ana Lucia Menon, do Núcleo da SEAB em Gua-rapuava, o objetivo foi incentivar e escla-recer as dúvidas sobre o funcionamento do SISBI. “Esse sistema foi criado para que municípios ou empresas possam vender dentro do Brasil, mesmo a nível de inspe-ção municipal ou estadual e independen-te do Sistema de Inspeção Federal (SIF). O SISBI veio unificar, facilitar e deixar todos no mesmo patamar, para comercializarem a nível nacional um produto de qualida-

de”, explica Ana Lucia.Durante o encontro, o representante

do setor de carnes e derivados do Siste-ma de Inspeção Paranaense de Produtos de Origem Animal (SIP – POA), Eric Waltz Vieira falou sobre as vantagens da im-plantação do sistema e quais são os pas-sos necessários para que o município ou empresa consiga o SISBI.

O estado do Paraná aderiu o Sistema Brasileiro de Inspeção em 2010, e atu-almente, apenas a cidade de Cascavel e cinco empresas privadas no estado pos-suem o selo.

Segundo Waltz, o encontro promovido pela SEAB é indispensável para a divulga-ção, esclarecimento e para fomentar o SIS-BI no Estado. “As vantagens da implantação são muitas, como a abertura de mercado, credibilidade e a excelência nos produtos. Sem dúvida, o sistema trouxe um grande avanço na inspeção estadual”.

O Sindicato Rural de Guarapuava sediou nos dias 29 e 30 de março, trei-namento sobre abate humanitário de bo-vinos e suínos.

Segundo o supervisor de bem-estar animal da Sociedade Mundial de Prote-ção Animal (WSPA), Victor Lima, o pro-grama visa diminuir o sofrimento des-necessário dos animais no manejo de abate e pré-abate. “Esse sofrimento é reduzido através de manejos melhores, conhecendo e entendendo como fun-ciona o comportamento dos animais e a maneira correta de insensibilizar suínos e bovinos”, argumenta.

“Além do bem-estar animal é pos-sível reduzir perdas na qualidade da carne, como fraturas, hematomas, con-tusões. Isso aumenta o preço da carne,

Eric Waltz vieira, representante do setor de carnes e derivados do Sistema de Inspeção Paranaense de Produtos de Origem Animal (SIP – POA)

Ana Lucia Menon, médica veterinária da SEAB – Guarapuava

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O Sindicato Rural de Guarapuava, presidido pelo agropecuarista Ro-dolpho Luiz Werneck Botelho, re-

alizou Assembleia Geral Ordinária no dia 22 de março, no anfiteatro da entidade.

Foram feitas apresentações das con-tas da gestão financeira de 2011 e a pro-posta orçamentária para 2012, além de assuntos gerais de interesse da classe produtora rural. As contas foram apro-vadas por unanimidade e os associados receberam informações sobre todas as ações realizadas pelo Sindicato em 2011.

O edital de convocação foi publicado no jornal Diário de Guarapuava no dia 10 de março, conforme determina o estatuto da entidade.

No dia 12 de março, na capital paranaense, aconteceu a solenidade de posse da diretoria da Federação da Agri-cultura do Estado do Paraná (FAEP).

O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, assumiu o cargo de diretor suplente da enti-dade. A chapa única, liderada por Ágide Meneguette, foi eleita no dia 23 de janeiro.

O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Ro-dolpho Luiz Werneck Botelho, prestigiou a solenidade e destacou a importância de ter um representante do Sindi-cato na diretoria da Federação. “Certamente essa partici-pação vai aproximar a entidade ainda mais da FAEP e das discussões do setor, trazendo benefícios aos associados”.

[Aconteceu]

Associados aprovaram contas de 2011 em AGO

Anton Gora foi empossado na FAEP

Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Cláudio Azevedo, João Arthur B. Lima e Anton Gora

Anton Gora

Ernesto Stock Edio Sander Francisco Serpa

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[Produtividade]

Milho pós canola, melhores resultados

“Plantei um talhão de 22 ha de milho do híbrido P30F36H em resteva de canola e obtive uma produtividade de 12.509 Kg/ha, sendo que a média da fazenda fechou em 11.346 Kg/ha. Tive um ganho de pro-dutividade de 10,25%.”

Helmut Milla Agrícola Fazenda Casa Verde – Candói/PR (Na

foto, com o neto Matheus)

Na safra 2011/2012, tem se obser-vado os benefícios da canola como cultu-ra antecedente ao cultivo do milho.

As produtividades obtidas nesta safra mostram que a rotação com esta cultura tem agregado fatores positivos, contri-buindo para resultados acima da média.

Com o plantio da canola no inverno, observa-se a campo benefícios diretos na parte física do solo, o que tem propor-cionado melhor aeração, contribuindo significativamente para um maior enrai-zamento do milho.

A canola apresenta um excelente sistema radicular, auxiliando na descom-pactação do solo o que para a cultura sucessora, no caso do milho, em ano de estiagem, fez a diferença.

Outros fatores se somam, como o aproveitamento dos fertilizantes utiliza-dos no inverno, cobertura de excelente qualidade e uma resteva que foi deter-minante para o plantio adequado e com populações dentro do esperado.

Nome do Produtor Nelson Adelar Gehlen e Luiz Carlos GehlenEndereço da Propriedade Fazenda Santa Clara Município Candói

Estado PR

MARCA HÍBRIDOTratamento de

Sementes Industrial

ÁREA COLHIDA (ha)

Produtividade (kg/ha) PRODUTIVIDADE

(sc/ha) PRODUTIVIDADE

(sc/alq) Pioneer P 32R48 H Sim 61,0 12.396 206,6 500,0

P 30R50 Sim 10,0 12.120 202,0 488,830F53 H Sim 72,0 12.300 205,0 496,1

P 30F36 H Sim 58,0 12.240 204,0 493,7

Safra 2011/12 RESTEVA DE CANOLAFonte: Departamento técnico- Grupo AG Teixeira

PioneerPioneerPioneer

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Revista do Produtor Rural38

O Programa de Desenvolvimento Florestal 2012, que visa fomentar a integração lavoura-pecuária-flo-

resta na região de Guarapuava, iniciou no dia 21 de março, com o curso sobre Solos Florestais e Planejamento.

A parte teórica aconteceu no anfite-atro do Sindicato Rural de Guarapuava e a prática, em uma propriedade rural. Mais de 70 pessoas, entre produtores rurais, técnicos, agrônomos, professores e estudantes, participaram do curso.

Neste módulo, os engenheiros agrônomos Antônio Felipe Domansky (especialista em fertilidade de so-los e nutrição vegetal) e Pedro Fran-cio Filho (especialista em sistemas

[Programa de Desenvolvimento Florestal]

Curso de solos e planejamento florestal atraiu mais de 70 participantes

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Revista do Produtor Rural 39

agrossilvipastoris) abordaram o pro-cedimento de coleta de solos, ferti-lidade, nutrição vegetal, correção e adubação em busca da produtividade elevada, além do planejamento e a implantação florestal.

Além de técnico, o evento teve ca-ráter social, já que arrecadou ovos de Páscoa através da Campanha Produtor Solidário, que beneficia entidades as-sistenciais do município.

O Programa de Desenvolvimen-to Florestal 2012 conta com o apoio da Cooperativa Agrária, Fertilizantes Heringer, Golden Tree Reflorestadora, Santa Maria Cia. de Papel e Celulose, Reflorestadora Schram, Syngenta, Uni-centro, Viveiros Pitol, Polim Agri e Zico Motosserras, sob a coordenação do Sindicato Rural de Guarapuava.

Pedro Francio Filho

Palestrantes e parceiros do Programa de Desenvolvimento Florestal 2012

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Revista do Produtor Rural40

Sob a organização do Sindicato Ru-ral de Guarapuava, agropecuaristas reuniram-se no dia 12 de abril, para

discutir uma proposta de viagem técnica a Moçambique.

Na ocasião, o representante da Ter-ra Nova Turismo (Londrina/PR), Emanuel Ribeiro Junior, apresentou uma proposta de roteiro, data e preços. O roteiro inicial inclui acesso a informações sobre a situ-ação agrícola do país e benefícios para os brasileiros se instalarem no país. Em Maputo, haverá encontro entre produto-res brasileiros e moçambicanos, visitas técnicas em propriedades rurais, visita ao projeto da Embrapa em Moçambique (Projeto Pró-Savana), ao Instituto de In-vestigação Agrária e/ou Ministério da Agricultura. Em Chimoio, o grupo visitará a Federação da Agricultura, cooperativas e fazendas da região.

Inicialmente, a data prevista para via-gem era 16 a 24 de junho. No entanto, como de 17 a 22 de fevereiro de 2013 acontecerá uma Conferência Mundial de

No dia 15 de abril, uma comitiva li-derada pelo deputado federal Luiz Nishi-mori (PSDB-PR) embarcou para Moçam-bique para conhecer a área destinada ao projeto Pró-Savana. O acordo, assinado em 2010 pelo ex-primeiro-ministro japo-nês Taro Aso; o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; e o presidente moçambicano, Armando Guebuza, prevê o desenvolvimento agrícola na África. Além da Jica, o projeto também conta com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Instituto de Investigação Agrária de Mo-çambique (IIAM).

O objetivo da viagem, que teve dura-ção de uma semana, foi estudar a viabili-dade do projeto internacional que reúne os três países.

[Viagem técnica]

Moçambique desperta interesse de produtores rurais de Guarapuava

Sobre o Pró-Savana

Soja (World Soybean Research Conferen-ce) na África do Sul, os produtores opta-ram em alterar a data da viagem, a fim de incluir essa programação no roteiro. Houve também a solicitação de visitas em propriedades rurais da África do Sul.

Sendo assim, ficou definido o mês de fevereiro para a viagem técnica e a agência de turismo encaminhará um novo roteiro,

com datas e preços (aéreo e terrestre). O Sindicato Rural de Guarapuava repassará as informações aos seus associados.

O presidente da entidade, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, destacou a im-portância da viagem para os produtores conhecerem outras realidades, mesmo que não seja feito um investimento na-quele país.

O pró-Savana tentará ampliar a ca-pacidade de pesquisa e transferência de tecnologias para melhorar o corredor de Nacala (área de Savana tropical que se es-tende desde a região central até o norte de Moçambique). “O projeto Pró-Savana é um programa fantástico, um dos melhores do século 21”, diz Nishimori.

Em entrevista ao Jornal Nippak, o deputado disse que esse tipo de vegeta-ção é muito similar ao cerrado brasileiro e poderá beneficiar jovens agricultores do Paraná, Santa Catarina e parte de São Paulo, “que podem pleitear fazer parte deste projeto”.

Nishimori lembra que em 1979 o governo brasileiro consolidou uma par-ceria com o Japão criando o Acordo de Cooperação Nipo-Brasileira para o De-

senvolvimento dos cerrados cujo obje-tivo, como o próprio nome sugere, era o de melhorar o aproveitamento dos cer-rados brasileiros.

“Com a experiência que tivemos no cerrado, o projeto tem maiores condições de sucesso. Nosso interesse é levar nossa tecnologia, que acredito ser uma das mais avançadas, e colaborar com o desenvolvi-mento sustentável daquela região”, expli-ca Nishimori, acrescentando que técnicos do Embrapa já estão pesquisando todas possibilidades de agronegócios.

Do lado japonês, o deputado conta que o governo se comprometeu a investir na melhoria do porto de Nacala e cons-truir uma auto-estrada de aproximada-mente 600 km com o objetivo de escoar a produção.

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Revista do Produtor Rural 41

Palavra do Presidente

[Boletim AEAGRO]

Engenheiro AgrônomoProdução x Produtividade

Nesta coluna por várias vezes explanamos sobre a necessidade de se buscar a valorização da profissão atra-vés de ações sociais.

Hoje queremos falar na valorização da profissão pelo desempenho técnico dos Engenheiros Agrônomos.

A economia do país, como é de conhecimento de todos, encontra-se aquecida e um dos principais motores a impul-sioná-la é o agronegócio.

No passado, para se aumentar a quantidade de ali-mentos para o abastecimento interno e promover expor-tações de grãos, tivemos que aumentar áreas de cultivo, abrindo as novas fronteiras agrícolas, pois não detínhamos tecnologias capazes de incrementar a produtividade. A saí-da foi buscar a produção.

Hoje, o governo trabalha com um cenário de aumento da safra em 21% até 2021, com um acréscimo de apenas 9% na área cultivada. Como se dará essa previsão?

Nós, Engenheiros Agrônomos, na parte que nos cabe, da-remos a resposta a esse questionamento, com a aplicação dos nossos conhecimentos técnicos científicos acumulados ao longo dos anos e no desenvolvimento de novas tecnologias.

Cremos que a recuperação de solos degradados, ativi-dade altamente complexa, que envolve todas as áreas do co-nhecimento agronômico, será a de maior impacto para esse incremento na nossa safra, utilizando o conceito da produti-vidade e não o de produção utilizado no passado.

Este cenário vislumbra o aquecimento do mercado de trabalho, gerando a necessidade de profissionais compe-tentes nas suas atribuições que são garantidas em lei e à medida que correspondermos a essa necessidade estaremos promovendo a valorização da profissão.

Boa leitura!José roberto Papi

Presidente da AEAGRO

Plano de ações e orçamentopara 2012 da Aeagro

Apresentamos o plano de ações para 2012 da AEAGRO para conhecimento da sociedade e gostaríamos que os colegas lessem com muita atenção e perceba o quanto a Associação tem a realizar e a necessidade da colaboração de todos no cumprimento das metas. Participem!

Título do Projeto: “CONSCIENCIA É O INICIO DA TRANSFORMAÇÃO”. Objetivos: Divulgação das atribuições e responsabilidades inerentes à profissão, como forma de conscientização da importância do Engenheiro Agrônomo. Publico: Profissionais, acadêmicos de agronomia e sociedade em geral.

Participação em conselhos municipais e estaduais.• Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência – COMDEG.• Conselho Municipal de Agricultura.• Conselho de Sanidade Agropecuário de Guarapuava - CSA• Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA Comitê de Guarapuava. Duração: Janeiro a Dezembro

Parcerias com escolas municipais para realização de programas sociais e educativos.• Participação no programa ambiental da Secretaria Municipal da Educação A GUARAPUAVA de hoje preserva o amanhã.• Realização de palestras sobre produção de alimentos e a profissão do Eng. Agrônomo. • Participação de eventos sociais, educativos e culturais promovidos pelas escolas. Ex. Festas juninas, Semana da Família, apresentações artísticas, dia das crianças, festividades de encerramento do ano.Duração: Janeiro a Dezembro

Parcerias com escolas estaduais e particulares como forma de orientar os alunos do colegial sobre a escolha da profissão esclarecendo as atividades do Engenheiro Agrônomo.

• Palestras sobre:• Ética Tabela referencial de honorários e piso salarial, Sistema CONFEA/CREA, Associativismo.• Divulgação dos resultados das pesquisas de opinião sobre a profissãoDuração: Janeiro a Dezembro

Parcerias com as Universidades que tenham o curso de agronomia.• Convênio para pesquisas de opinião publica sobre a profissão.• Palestras de esclarecimentos sobre profissão aos alunos do 1º ano.• Palestras sobre: Ética Tabela referencial de honorários e piso salarial, Sistema CONFEA/CREA, Associativismo.• Avaliação e premiação dos melhores Trabalhos de Conclusão de Curso.Duração: Junho a Dezembro

Atuação em conjunto com entidades e instituições representativas da sociedade.• Realização dos Jogos dos Profissionais Liberais em Parceria com:ABO – Associação Brasileira de OdontologiaOAB – Ordem dos Advogados do Brasil.CRMV – Conselho Regional de Medicina Veterinária.Sindicato dos Contabilistas de Guarapuava.AEAG – Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Guarapuava.• Propostas de interesse da sociedade.Duração: Agosto a Outubro

Promoção de eventos técnicos.• Encontros, seminários, dias de campo.• Época de realização: julho a dezembro

Promoção de atividades esportivas e sociais.• Bailes, jantares, cafés da manhã em comemoração ao dia do Agrônomo.• Jogproli –Jogos dos Profissionais Liberais.

Realização e apoio de ações sociais.• Arrecadação de alimentos.• Distribuição de brinquedos a crianças carentes• Apoio financeiro e de divulgação na realização de conferencias municipais e regionais dos conselhos sociais.• Apoio na realização de eventos festivos de caráter filantrópico. Duração: Anual.

Colaborar na formulação de políticas publica do interesse da sociedade.• Participação nos grupos de estudos nas Conferencias Regionais dos conselhos sociais.• Participação na Agenda Parlamentar promovida pelo CREA-Pr.Duração: Anual.

Plano de aplicação dos recursos** Os recursos são provenientes do convenio de mútua

cooperação com o CREA-Pr e anuidades.

CONDEDENTE PROPONENTE

TOTAL R$ 24.600,00 R$ 17.200,00 R$ 7.400,00

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

R$ 1.500,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 1.200,00 R$ 2.200,00

JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

R$ 1.000,00 R$ 2.500,00 R$ 2.300,00 R$ 2.000,00 R$ 1.000,00 R$ 500,00

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

R$ 800,00 R$ 800,00 R$ 400,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 800,00

JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

R$ 700,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 800,00 R$ 600,00

Cronograma de desembolso

CONCEDENTE

PrOPONENTE (contrapartida)

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Revista do Produtor Rural42

O Sindicato Rural de Guarapua-va está promovendo cursos de informática direcionados ao

setor agropecuário, com aulas notur-nas, duas vezes por semana ou aos sábados pela manhã.

O curso básico, chamado de blo-co inicial, tem na grade módulos so-bre arquivos e pastas; comunicação; Internet e pesquisa. O bloco admi-nistrativo inclui Word, Power Point, arquivos e pastas, além de cópias de segurança. O bloco Excel – nível bá-sico e intermediário - tem na grade a identificação e endereços de célu-las; formatação de células quanto ao tipo; regras para montar tabelas de dados; cálculos estatísticos; cálculo condicional com uma variável; grá-ficos e outros. O bloco Excel – nível avançado - compreende a formata-ção avançada; uso do delimitador; auditoria de fórmulas; funções, soma condicional com mais de uma variá-

[Capacitação ]

Sindicato Rural promove cursos de informática para setor agropecuário

vel; validação, cálculos entre pastas e entre planilhas; gráficos com duas escalas, entre outros.

O bloco inicial custa R$ 33,00 por aluno – 10 horas; o bloco administra-tivo, R$ 38,00 por aluno – 12 horas; o bloco Excel – Nivel Básico e Inter-mediário, assim como o Nível Avança-do, R$ 50,00 por aluno – 16 horas. Os cursos são direcionados a produtores rurais associados à entidade, esposas, filhos e parceiros da entidade.

As aulas são ministradas na sala de cursos do Sindicato Rural de Guarapu-ava (Rua Afonso Botelho, 58), por Ro-berto Zastavny, que é técnico em agro-pecuária, analista de TI e instrutor de informática há 10 anos. O participante precisa levar notebook próprio.

Segundo o instrutor, todos os quatro módulos são direcionados às atividades agropecuárias. “Esse é o grande diferencial desses cur-sos”, observa.

O interessado precisa fazer inscri-ção (gratuita) na recepção do Sindicato Rural, com Graziely. Outras informações como dias e horários dos cursos podem ser obtidas pelo telefone 42-3623-1115.

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Revista do Produtor Rural 43

O Sindicato Rural de Guarapu-ava, a Sociedade Rural de Guarapuava, a Associação Co-

mercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) e o deputado estadual Cesar Silvestri Filho promoveram na noite de 08 de março, reunião com o dire-tor financeiro do BRDE (Banco Regio-nal de Desenvolvimento do Extremo Sul), Jorge Gomes Rosa Filho.

Na ocasião, produtores rurais ti-veram acesso às linhas de crédito e estratégias de atuação do BRDE em 2012. O diretor enfatizou as linhas voltadas a investimentos no agrone-gócio, como o Programa ABC (Agri-cultura de Baixo Carbono).

Segundo o deputado estadu-al, Cesar Silvestri Filho, durante o

[Crédito rural ]

BRDE divulgou linhas de crédito para o setor agropecuário

dia ele e o diretor do BRDE visita-ram empresas guarapuavanas que já têm processos de financiamento tramitando no banco. “O objetivo foi conhecer pessoalmente essas em-presas para que ele (Jorge Gomes Rosa) possa endossar o seu apoio na tramitação dos processos que serão viabilizados e certamente, vão gerar muitos empregos e desenvolvimento para todos nós”.

“No ano passado esse setor re-presentou 1/3 do faturamento do Banco. Há 50 anos acreditamos nas cooperativas que na época eram ar-mazéns. O BRDE acompanhou o de-senvolvimento desse setor que hoje é fortemente profissionalizado”, fi-nalizou o diretor do BRDE.

Cesar Silvestri Filho (Dep. Estadual)

Jorge Gomes Rosa Filho (BRDE)

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Revista do Produtor Rural44

Elton Jhones Granemann Furtado1, Mikael Neumann2

1 - Médico Veterinário, Especialista em Produção de Bovinos de Corte.2 - Engenheiro Agrônomo, Dr., Prof. da UNICENTRO-PR.

[Manejo nutricional ]

Sais minerais indispensáveis na suplementação de bovinos a pasto

As forrageiras tropicais, em consequência da estaciona-lidade da produção, não for-

necem quantidades suficientes de nutrientes para a produção máxima dos animais em ambiente de paste-jo. Desta forma, há necessidade de se buscar alternativas tecnológicas que possibilitem eliminar ou reduzir os efeitos destas condições sobre a produção, já que os animais em pastejo dependem principalmente de forrageiras para atender a seus requisitos nutricionais.

Em relação ao potencial das pastagens, tanto a disponibilidade como a qualidade das forrageiras são variáveis à espécie e/ou cultivar, as propriedades químicas e físicas do solo, as condições climáticas, à idade fisiológica e ao manejo que a forra-geira é submetida.

A adubação e o manejo cor-reto das pastagens proporcionam sensíveis melhorias nos índices de produtividade. Todavia, essas estra-tégias não são suficientes para so-lucionar o problema de alimentação do gado, principalmente, no inverno que é um período onde as pastagens estivais se apresentam com menor oferta e qualidade nutricional.

Isto é mais verdadeiro para sistemas de produção que objetivam produzir animais de qualidade o ano todo. Nesta situação é importante

que se procure atender às exigências dos animais complementando os nu-trientes disponíveis no pasto.

Para se obter o valor nutritivo dos alimentos, podem ser utilizadas tabelas de composição de alimen-tos ou estimá-lo por meio de análise bromatológica e/ou uso de equações apropriadas.

As Misturas MineraisAs misturas minerais propiciam

a correção de desequilíbrios e defi-ciências de elementos minerais na dieta. Conhecer a composição mi-neral da água fornecida aos animais pode ser de grande valor, conside-rando que em algumas situações, a água pode fornecer níveis significa-tivos de minerais, como ferro, sódio, magnésio e cálcio.

O conteúdo total de um determi-nado elemento na fonte precisa ser qualificado por um fator que indique a disponibilidade biológica. O ele-mento precisa passar pelos proces-sos de digestão, absorção e transpor-te até ficar disponível para exercer suas funções. A biodisponibilidade pode ser considerada como uma me-dida da habilidade de determinado suplemento suportar os processos fisiológicos do animal.

Quando as forrageiras tropicais não são suficientes ou não contém nutrientes essenciais em propor-

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Revista do Produtor Rural 45

ções adequadas de modo a atender às exigências dos microorganismos do rúmen e dos animais, utiliza-se a suplementação de natureza múl-tipla, que consiste em formulações envolvendo a associação de fontes de nitrogênio solúvel, proteína ver-dadeira, energia, macro e micromine-rais, além de vitaminas, entre outros aditivos.

Utilização de Sal ProteínadoA inclusão de uréia em rações

de ruminantes é lucrativa em pasta-gens de baixo teor de proteína bru-ta, por estimular a síntese de prote-ína microbiana e/ou a fermentação do rúmen.

A uréia degradada à amônia torna-se um composto central para síntese de proteína microbiana no rúmen e pode surgir no rúmen por meio da degradação proteolítica do alimento (e/ou da própria proteína microbiana), ou ser proveniente da decomposição da uréia e outras fon-tes de nitrogênio não protéico, sejam elas provenientes da dieta ou não.

Para se calcular o percentual da proteína bruta ou total em determi-nado alimento, multiplica-se o per-centual de nitrogênio existente pelo fator 6,25. Chegou-se a esse fator pela seguinte maneira: sabe-se que as proteínas têm, em média, 16% de nitrogênio que, divididos por 100 dá como resultado 6,25.

Todavia, o uso da uréia para ru-minantes tem sido restringido pela conversão ineficiente do nitrogênio da uréia em misturas alimentares, além de sua elevada solubilidade no rúmen, que a transforma rapidamen-te em amônia, sob a ação da enzima uréase produzida pelos microorga-nismos ruminais.

A uréia em excesso é tóxica para o animal, sendo assim evidente a necessidade de adaptação a dietas contendo uréia, pelo fato de que a retenção de nitrogênio apresenta

tendência de aumento após o início do fornecimento da uréia e, ao fato de que a quantidade de uréia neces-sária para intoxicar o animal aumen-ta significativamente com o tempo após o início do seu fornecimento.

Mesmo porque a uréia não visa atender diretamente as demandas nutricionais protéicas do bovino em pastejo, mas sim a deficiência de nitrogênio no ambiente ruminal. A presença de nitrogênio no rúmen é fundamental para que o processo de síntese microbiana ocorra de forma contínua e eficiente.

A Necessidade Fisiológica AnimalO grau de controle fisiológico mi-

neral do animal varia de um elemen-to mineral para outro, mas a inges-tão contínua de dietas deficientes, ou exposição contínua a ambientes que são a rigor deficientes, desequi-librados ou expressivamente altos, em particular, de alguns elementos, induz trocas nas formas de funcio-namento, concentração e atividade nos fluídos e tecidos do corpo. Dessa forma, eles caem abaixo ou vão aci-ma dos limites permitidos pela ho-meostasia orgânica. Nessas circuns-tâncias, são desenvolvidos defeitos bioquímicos, as funções fisiológicas são afetadas e desordens estruturais podem surgir com o passar do tem-po, as quais diferem conforme os distintos elementos e suas funções, com o grau de duração da dieta tóxi-ca ou deficiente, com a idade e sexo do animal envolvido.

A Utilização por Demanda Nu-tricional

As relações entre os nutrientes precisam ser consideradas na deter-minação dos níveis ótimos de mine-rais em uma dada situação. No caso de macroelementos, é possível esti-mar a ingestão, por análise da dieta deve-se ajustar o quanto vai ser su-plementado via mistura mineral.

De maneira geral devem-se des-cobrir as maiores deficiências apre-sentadas pela região, pelo tipo de exploração e pela espécie de pas-tagem utilizada para forrageamen-to dos animais, aconselhando-se suplementar de 50% a 150% dos requisitos dos macroelementos já conhecidos como deficientes na re-gião. O requerimento mineral depen-de muito do nível de produtividade animal. Os requisitos para ótima saú-de são talvez 25 a 50% maiores do que aqueles necessários para o cres-cimento normal, no caso de alguns microelementos.

Elementos EssenciaisUm elemento mineral pode ser

considerado essencial quando sua ausência na dieta ocasiona redução no desempenho e/ou saúde dos ani-mais. Existe uma condição ótima de concentração e forma funcional ideal para cada elemento no organismo, a fim de manter sua integridade estru-tural e funcional, de maneira que a saúde, crescimento e reprodução se mantenham inalterados.

Sabe-se que pelo menos são 15 elementos minerais reconheci-dos como essenciais para vida dos animais superiores: cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cloro, en-xofre, iodo, manganês, ferro, cobre, cobalto, molibdênio, selênio e flúor. Com o avanço da produtividade da pecuária, as exigências minerais au-mentaram, necessitando assim uma adequação da nutrição para que os índices produtivos não recuem.

Alguns elementos minerais são essenciais, tanto para o organismo animal, quanto para a microflora ru-minal. Entre os elementos incluem--se: K, essencial para o crescimento de certas espécies de microorganis-mos ruminais; P, essencial para os processos energéticos das células, tanto do animal, com da microflo-ra; Mg, Fe, Zn, e Mo, componentes

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Revista do Produtor Rural46

ativadores de enzimas bacterianas. O elemento mineral Co é essencial, principalmente para os microorga-nismos que produzem os metabó-litos requeridos pelo organismo animal; por exemplo, certos grupos de bactérias que produzem vitami-na B12.

O elemento é essencial ao or-ganismo animal e à microflora, é assimilado, preferencialmente, pe-los microorganismos do rúmen, na forma que é fornecido. Um exemplo é o S, requerido para a digestão da celulose, assimilação de N não-pro-téico síntese de vitaminas do grupo B. Elementos minerais que são es-senciais nos processos metabólicos no organismo animal, mas também participam na criação de um meio ótimo para suporte dos microor-ganismos. Tais elementos incluem K, Na, Cl, e P e, sendo o rúmen um sistema biológico fechado, mantêm seu meio interno constante (ação tampão, pressão osmótica e concen-tração relativa de íons).

Os minerais podem interagir en-tre si, com outros nutrientes e com fatores não nutritivos. Essas intera-ções podem ser sinérgicas ou an-tagônicas, tomam lugar no próprio alimento, no trato digestivo, nos teci-dos e no metabolismo celular.

Os elementos minerais siner-géticos são aqueles que aumentam mutuamente a sua absorção no trato digestivo e cumprem a mesma fun-ção metabólica no tecido ou na célu-la: A interação pode ser direta entre os elementos. O nível de absorção é que determina suas proporções na dieta. Ex.: Ca/P; Na/Cl; Zn/Co.

O cálcio e o fósforo são os mi-nerais mais estudados na nutrição de ruminantes devido às inúmeras funções, suas presenças nos tecidos moles e principalmente nos ossos e devido aos seus metabolismos apre-sentaram mecanismos físicos e bio-lógicos semelhantes.

Os Cuidados com a Mineraliza-ção dos Animais

As deficiências minerais consti-tuem um dos principais fatores res-ponsáveis pelos baixos índices de produtividade dos ruminantes do Brasil, principalmente por que essas deficiências provocam a diminuição da taxa de crescimento e ganho de peso, baixa eficiência reprodutiva, e redução da produção de carne e leite. Quando a forrageira é a única fonte de energia e proteína para os animais em crescimento ou engorda, as taxas de ganho de peso podem ser menores de que as desejadas, para atingir os objetivos da pecuária de ciclo curto. Nesse caso, suplementos energéticos e protéicos devem ser usados para au-mentar as taxas de ganho. Entretanto, esse aumento pode ser maior ou me-nor do que o esperado, e isso será a função das interações entre o tipo, a quantidade e a qualidade de forragem disponível. Desta forma, ao formular--se um suplemento, o objetivo a ser alcançado deve estar bem claro, de forma a trazer benefício econômico. A suplementação alimentar a pasto está em franca expansão devida, principal-mente, ao trabalho de marketing pro-movido pelas empresas produtoras de suplementos. Porém, o uso indiscrimi-nado dessa prática pode não promo-ver resultados adequados. Por exem-plo, a suplementação em épocas que a forrageira utilizada na propriedade está no seu pico de produção pode promover o efeito de substituição do pasto pelo suplemento, o que não é desejável. Outro aspecto importante, nesse contexto, é o fato da suplemen-tação ser recomendada sem estar fun-damentada em resultados regionais. É importante ressaltar que esses fatores podem contribuir de forma negativa e resultar em redução do uso desta al-ternativa tecnológica que além de pro-missora, pode ser fundamental para a melhoria da competitividade da pecu-ária de corte brasileira.

Os Acertos na Suplementação Trazem a Abonança

O uso errôneo de um comple-mento nutricional influência signi-ficativamente a estrutura de custos, com custos explícitos (envolvendo desembolso de dinheiro) aumentan-do sua participação nos custos totais. Isso exige um gerenciamento técnico mais rigoroso, sem o qual a viabili-dade do negócio pode ficar compro-metida. Dessa forma, a maior utiliza-ção de capital e de tecnologia tem como consequência probabilidades de maior lucro, todavia, resultam em maior complexidade e aumento de risco, o que por sua vez requer quali-ficação do manejo gerencial.

Neste contexto, vale ressaltar que além da maior demanda por melhoria de gerência, torna-se de fundamental importância os investi-mentos em capacitação de pessoal, para que haja melhor compreensão e utilização das tecnologias, visando a melhor adaptação do sistema onde o lucro seja o único produto para o produtor rural.

A condição para a adoção da su-plementação dentro dos sistemas de produção de carne é que a mes-ma atenda a uma relação custo/be-nefício favorável. Essa relação será diferente para cada produtor. Para determinar benefícios, é necessário conhecer o custo atual do suplemen-to (R$/kg) e compará-lo ao valor do ganho de peso adicional correspon-dente da produção (R$/arroba).

Finalmente deve-se lembrar de que a necessidade da suplementa-ção vem intimamente correlacionada com a expectativa de cada proprie-dade rural, devendo assim ser es-tipulada uma meta de correlações, entre a quantidade e qualidade da pastagem e a correta formulação de minerais propícios à produção alme-jada, chegando assim às necessida-des estimadas para os animais com lucro certo ao produtor rural.

Tel. (42) 3622-5754 / 8825-9595 - Guarapuava - PR

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Revista do Produtor Rural 47

[Feijão]

Quanto custa plantar feijão?Roberto Cunha, produtor rural,

proprietário da Guayi Sementes, membro do Grupo Agrass

Em conversa com vários produtores da região, um dos maiores questionamentos é: quanto custa plantar feijão? Certamente, pensando que é um custo muito maior do que plantar soja, vejo que para analisarmos a viabilidade financeira das culturas que cultivamos, devemos sempre comparar a tecnologia empregada, seja para alta produtividade, média tecnologia, etc. Vou demonstrar a que costumo realizar na média. Por que média? Devemos sempre lembrar que na nossa atividade não temos

como praticar uma “receita de bolo” para produzir, portanto a média serve como parâmetro, assim teremos:

Claro que estes custos podem au-mentar ou diminuir conforme a tecnologia empregada e as condições climáticas do ano do plantio.

Temos que lembrar também, que es-tes custos são os diretos envolvidos na cultura, onde os indiretos servem para ambas culturas.

Existe um custo que sempre vem en-

ganando alguns produtores, que é o da colheita do feijão. Geralmente ele é co-brado em valores fixos por hectare, em média de R$ 190,00/ha. O soja é cobrado por percentagem, desta forma, depen-de muito da produtividade do produtor. Como exemplo, comparamos um produ-tor que colhe 4.000 kg/ha de soja: temos uma percentagem média de 6%, assim

serão 4.000 x 6% = 240 sc/ha/60 = 4sc x R$ 50,00 = R$ 200,00/ha. Desta forma, temos um empate de custos.

Ainda para analisar a viabilidade, de-vemos considerar sempre as médias de produtividade e as médias de valores de venda das sacas das duas culturas, para então decidirmos qual delas devemos im-plantar na nossa atividade.

Tel. (42) 3622-5754 / 8825-9595 - Guarapuava - PR

CUSTO DE PRODUÇÃO DO FEIJÃO (INSUMOS)Produto ha Unid. Quant. Unit. Total

DESSECAÇÃOZaap 1 lt 2 8,90 17,80

Semente 1 kg 70 3,20 224,00

TRaTaMENTO DE SEMENTEPower seed 1 2 202,00 20,20

standak 1 lt 70 350,00 35,00

HERbICIDa Flex 1 lt 1 45,00 45,00

Energic 1 lt 0,4 9,00 3,60

select 1 lt 0,3 84,00 25,20

Óleo 1 lt 0,3 5,00 1,50

FUNgICIDa Espalhante 1 lt 0,06 70,00 4,20

Priori 1 lt 0,25 68,00 17,00

Dacobre 1 kg 2 28,00 42,00

Mertim 1 lt 0,6 85,00 51,00

Tebuconazole 1 lt 0,5 21,00 10,50

INSETICIDa Orthene 1 kg 0,35 24,80 8,68

Nomolt 1 lt 0,1 86,00 8,60

Priori 1 lt 0,125 90,00 11,25

aDUbO Ureia 1 ton 0,12 1.150,00 138,00

04-20-20 1 0,2 1.059,00 211,80

TOTaL 875,33

CUSTO DE PRODUÇÃO Da SOJa (INSUMOS)Produto ha Unid. Quant. Unit. Total

DESSECAÇÃO

Zaap 1 lt 2 8,90 17,80

Semente 1 kg 70 2,00 140,00

TRaTaMENTO DE SEMENTE

Power seed 1 0,1 202,00 20,20

standak 1 lt 0,1 350,00 35,00

HERbICIDa

Roundup Ready 1 lt 2 9,80 19,60

FUNgICIDa

Nativo 1 lt 0,6 65,00 39,00

Opera 1 lt 0,75 66,00 49,50

Tebuconazole 1 kg 2 28,00 42,00

Oleo 1 lt 0,3 5,00 1,50

INSETICIDa

Orthene 1 kg 0,35 24,80 8,68

Nomolt 1 lt 0,2 86,00 17,20

Belt 1 lt 0,05 400,00 20,00

aDUbO

04-20-20 1 ton 0,2 1.059,00 211,80

TOTaL 622,28

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Revista do Produtor Rural48

[Biotecnologia]

Conhecendo o Milho VTPRO2™

Mais uma alternativa para incremento da produção agrícola combinando a melhor proteção de pragas do mercado com o mais eficiente herbicida

A Agroeste disponibilizará a partir de 2012, a tecnologia da Mon-santo VTPRO2™, a segunda gera-

ção de biotecnologia combinada para o milho, que associa todos os benefícios de controle da tecnologia YieldGard VT PRO, contra as principais pragas que ata-cam a cultura, com a segurança e flexibi-lidade de aplicação em pós-emergência da tecnologia Roundup Ready 2®.

1. YieldGard® VTPRO

A tecnologia YieldGard VTPRO (MON 89034) representa uma segunda geração de milho resistente a insetos e fornece maiores benefícios no que se refere ao controle de pragas. O milho YieldGard VTPRO produz as proteínas Cry1A.105 e Cry2Ab2 derivadas do Bacillusthurin-giensis, as quais fornecem controle eficaz contra a lagarta do cartucho (Spodopte-rafrugiperda) durante toda a safra. Além disso, o milho YieldGard VTPRO fornece proteção significativamente maior contra danos causados pela lagarta da espiga (Helicoverpazea) quando comparado as demais tecnologias do mercado que pos-suem apenas uma proteína e um elevado controle de espécies de broca do colmo (Diatraeasaccharalis).

Adicionalmente ao maior espectro de controle de insetos, a combinação da expressão de duas proteínas inseti-cidas com diferentes modos de ação em uma única planta proporciona uma fer-ramenta mais efetiva para o Manejo de Resistência de Insetos (MRI). As plantas derivadas de biotecnologia que expres-sam duas proteínas Cry terão maior du-rabilidade no mercado que plantas que produzem apenas uma proteína Cry, pois a probabilidade de resistência cruzada entre proteínas Cry com diferentes mo-dos de ação é baixa e a mortalidade dos insetos suscetíveis causada pelas prote-

ínas individuais é de pelo menos 90%. As proteínas do YieldGard VTPRO

têm diferenças importantes no seu modo de ação, especificamente na forma como elas se ligam aos receptores do intestino médio dos lepidópteros alvo e as pro-teínas são muito ativas contra as pragas primárias de milho. Com essas proprieda-des, o milho YieldGard VTPRO pode ser cultivado utilizando uma área de refúgio estruturado menor do que aquela reco-mendada para os produtos que expres-sam apenas uma proteína Cry. A Monsan-to recomenda em áreas cultivadas com a tecnologia YieldGard VTPRO, o plantio de área de refúgio com milho híbrido con-vencional na proporção mínima de 5% da área total de milho YieldGard VTPRO cultivado na propriedade rural.

1.1 TECNOLOGIA VECTRAN (VT)

O milho YieldGard VTPRO foi de-senvolvido usando o processo de trans-formação genética chamado VecTran que consiste na introdução de dois ou mais genes em um local de inserção mais preciso (Figura 1). Essa técnica de

Figura 1. Desenho esquemático da inserçãode genes no milho YieldGard VTPRO atravésda tecnologia VecTran.

transformação genética é mediada pela bactéria Agrobacterium sp.que contém um plasmídeo contendo os genes de interesse (no caso, os genes cry1A.105 e cry2Ab2). Este plasmídeo é um DNA circular que não faz parte do genoma da bactéria e que, sob as condições apropriadas é transferido para as célu-las do milho. A Tecnologia VecTran re-sulta em um processo de transformação genética mais natural e limpo, ou seja, permite uma inserção mais precisa dos genes que conferem as características de interesse agronômico.

2. RoundupReady 2®

Além da melhor proteção contra as principais pragas da parte aérea na cul-tura do milho oferecida pela tecnologia YieldGard VTPRO, a partir de agora você pode também utilizar os benefícios da combinação com a mais eficiente tec-nologia para o manejo de ervas, o Milho Roundup Ready 2®.

Estima-se que a redução na produ-tividade das culturas causada por plan-tas daninhas no Brasil seja da ordem de

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Revista do Produtor Rural 49

Ambos com a tecnologia VT PRO2 ™ para melhor controle de pragas emanejo de plantas daninhas.

Mais uma dupla de sucesso: AS 1656 PRO2 e AS 1555 PRO2

NOVO www.agroeste.com.br

Figura 2. Atividade da enzima CP4 EPSPS na planta geneticamente modificada tolerante ao herbicida glifosato.

Herbicida a base de glifosato bloqueia a enzima EPSPS

20 a 30%, podendo chegar até 90% em casos extremos. Na cultura de mi-lho, a redução do rendimento, devido à interferência (competição + alelopatia) das plantas infestantes, pode alcançar até 87%. A competição com as plan-tas infestantes resulta na redução do comprimento médio da espiga, do nú-mero médio de grãos por fileira e do rendimento médio de grãos. Portanto, o controle de plantas infestantes é uma necessidade de ordem econômica.

O milho Roundup Ready 2® (NK603) de propriedade exclusiva da Monsanto

Technology LLC., tolerante ao glifosato, aprovado pela Comissão Técnica Na-cional de Biossegurança (CTNBIO) con-forme Parecer Técnico No 1596/2008, publicado no Diário Oficial da União em 14/10/2008, foi desenvolvido como mais uma opção para o controle das plantas infestantes na cultura do milho. O glifosato pode ser aplicado em dife-rentes estádios de crescimento das plan-tas oferecendo flexibilidade no controle de plantas infestantes. Outros benefícios apresentados pela tecnologia são o me-nor impacto ambiental; a baixa toxicida-

de do glifosato; a ausência de problemas com efeitos residuais nas culturas em su-cessão (carry-over), entre outros.

2.1 Caracterização molecular do milho RoundupReady 2®

O milho Roundup Ready 2® (NK603) foi produzido pelo método de transfor-mação genética denominado biobalísti-ca, pela introdução no seu genoma gene cp4 epsps oriundo da bactéria Agrobacte-riumsp. cepa CP4. O gene codifica a ex-pressão da proteína que é naturalmente tolerante ao glifosato (Figura 2). O con-trole de plantas infestantes pelo glifo-sato ocorre pela inibição das enzimas EPSPS endógenas das plantas, as quais atuam na via metabólica do ácido chiquí-mico. Essa via metabólica e as proteínas EPSPS que estão ausentes em mamífe-ros, peixes, aves, répteis e insetos, são de suma importância em plantas.

2.2 Manejo de plantas infestantes com o milho Roundup Ready 2®

O grau de interferência é definido como sendo a redução percentual da produção econômica de determinada cultura, decorrente da interferência das plantas infestantes, quando compara-da com a produção da cultura mantida

AçúcaresChiquimato-3-fosfato

Gene Roundup Ready

EPSP + PiCompostos aromáticos

Aminoácidos

Proteínas

herbicida a base de glifosato bloqueia a enzima EPSPS

Mecanismo de Ação:

Page 50: Revista Produtor Rural ed. 30

Revista do Produtor Rural50

livre de competição durante todo o ci-clo (100%). O mesmo varia em função da espécie e do grau de infestação das plantas infestantes, do tipo de solo, das condições climáticas reinantes no pe-ríodo, bem como do espaçamento, do híbrido e do estádio fenológico da cul-tura em relação à convivência com as plantas infestantes. De todos os fatores que influenciam o grau de interferência, o mais importante é o período em que a comunidade infestante e as plantas cultivadas estão disputando os recursos do meio, denominado Período Crítico de Prevenção da Interferência (PCPI). O controle de plantas infestantes nes-se momento é fundamental para evitar perdas de rendimento, principalmente quando se utiliza um programa de ma-nejo com herbicidas pós-emergentes. O período crítico pode mudar de um ano para outro, pela época de plantio e de local para local.

De forma geral, pode-se inferir que o PCPI do milho convencional e do mi-lho Roundup Ready 2®é semelhante, exigindo assim os mesmos níveis de efi-cácia de controle e período de elimina-ção da presença de plantas infestantes na cultura (Figura 3). Com a introdução do milho Roundup Ready 2®, uma nova oportunidade de manejo é oferecida ao mercado. A nova tecnologia associa a se-letividade do milho Roundup Ready 2® ao glifosato nos diferentes estádios de crescimento da cultura e a flexibilidade de aplicação e amplo espectro de ação deste herbicida. Para obter sucesso, esta tecnologia deve ser associada ao mane-jo integrado de plantas infestantes, ao plantio direto e à rotação de culturas.

Alguns dos herbicidas mais utiliza-dos na cultura de milho até o momento apresentam problemas de seletividade. Por exemplo, em experimentos condu-

zidos na ESALQ/USP, foram observa-das sensíveis reduções de rendimento provocadas por grande parte dos her-bicidas recomendados para a cultu-ra. Em trabalhos conduzidos na safra 2002/2003 em diferentes localidades do Brasil não foram observadas redu-ções de rendimento por consequência da aplicação de glifosato sobre o milho Roundup Ready 2®.

Quando se compara a tecnologia do milho Roundup Ready 2®com os herbi-cidas utilizados atualmente, pode-se observar que, além da menor seletivi-dade, esses herbicidas mostram menor flexibilidade de aplicação devido a res-trições quanto ao estádio (tamanho da planta) e espectro de ação. O glifosato, nas suas diversas formulações, mostrou--se tão ou mais eficiente no controle de plantas infestantes em milho Roundup Ready 2® que os herbicidas atualmente registrados para a cultura do milho.

2.3 Benefícios do cultivo do milho Roundup Ready 2®

Um dos fatores positivos de cultu-ras tolerantes ao glifosato, como o milho Roundup Ready 2®, é a possibilidade de reduzir a utilização de outros princípios ativos herbicidas na cultura do milho. Entre 1996 e 2004, o milho tolerante a herbicidas foi responsável pela redução do uso de ingredientes ativos em 3,4%, o que equivale a uma redução de apro-ximadamente 37 milhões kg herbicidas nessa cultura geneticamente modifi-cada tolerante a herbicida e de 4% no impacto ambiental causado por ela em relação ao milho convencional.

Um aspecto ambiental é a qualida-de das águas que, segundo os estudos realizados nos Estados Unidos, melho-rou em áreas onde as culturas tolerantes

ao glifosato substituíram o uso de herbi-cidas convencionais.

Outro benefício resultante das plan-tas geneticamente modificadas como o milho Roundup Ready 2® tem sido a re-dução da emissão de CO2 do meio am-biente a partir de duas fontes.

A primeira é a redução de uso de diesel, resultado da menor necessidade de aplicações de praguicidas e de pre-paro do solo. Esse menor uso de com-bustível nessas culturas resultou na re-dução da emissão de aproximadamente 1 bilhão de quilos de CO2 em 2005.

A segunda fonte foi o aumento do carbono estocado, ou sequestrado da redução de preparo do solo associado ao maior emprego de plantio direto com as culturas geneticamente modificadas, o que resultou numa redução das emis-sões de mais de 8 bilhões de quilos de CO2 no mesmo ano.

Esses dois fatores foram determi-nantes na redução combinada de mais de 9 bilhões de quilos de emissões de CO2 na atmosfera devido ao plantio de culturas geneticamente modificadas como o milho Roundup Ready 2®, o que equivale à retirada de quase 4 milhões de carros das ruas em um ano.

Referências

FERNANDES, O. D. 2003. Efeito do milho geneticamente modificado (MON 810) em Spodopterafrugiperda (J.E.Smith, 1797) e no parasitóide de ovos Trichogramma spp. 164 f. Tese (Doutorado em Entomologia) - Departamento de Entomologia, ESALQ, Universidade de São Pau-lo, Piracicaba.

FRIZZAS, M. R. 2003. Efeito do milho ge-neticamente modificado MON 810 sobre a comunidade de insetos. 192 f. Tese (Doutorado em Entomo-logia) – Departamento de Entomo-logia, ESALQ, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2003.

NICOLAI, M.; CARVALHO, S.J.P.; CHRIS-TOFFOLETI, P.J. Manejo de plantas daninhas e novos herbicidas para a cultura do milho. In: FANCELLI, A.L.; DOURADO-NETO, D. Milho: fatores determinantes da produtividade. Piracicaba: ESALQ/USP/LPV, 2007. p.1-78.

FONTE: Boletim Técnico MilhoRoundupReady 2® - Monsanto do Brasil Ltda.

Figura 3. Período crítico de prevenção da interferência da mato-competição na cultura do milho e efeito na produtividade.

Perd

a de

Pro

dutiv

idad

e (%

)

Estádio fenológico

100

80

60

40

20

0

V0 V2PERÍODO CRÍTICO

V4 V6 V8 V10 V12 V14 V16

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Revista do Produtor Rural 51

ARMAZENAGEM

[Grãos]

Engº. Marcio Geraldo Schä[email protected]

Paraná Silos Representações Ltda.

Fonte: EMBRAPA, CONAB, FGV, SINAC, CEASA/RJ, IBGE

IMPORTÂNCIA: A armazenagem de grãos ocorre por três objetivos básicos: manter estoque regulador, ser comerciali-zado na entressafra, servir como semente para posterior plantio.

A armazenagem começa logo após a secagem (ou limpeza), destinada à conser-vação dos grãos, em condições que man-tenham inalteradas suas características de qualidade e quantidade, dependendo do tipo de aplicação que estes grãos vão ter após a armazenagem.

Existem diversas maneiras e tipos de armazenagem. Entre as principais, temos: nível de fazenda, unidade coletora (próxi-mo ao centro de produção), cooperativas, unidades industriais, unidades governo e unidades portuárias.

CONDIÇÕES DE RECEBIMENTO: Os grãos chegam às unidades de beneficia-mento e armazenagem com muitas im-purezas e umidade elevada, sendo então submetidos a um processo de limpeza, secagem e armazenagem para, ao final, se-rem consumidos.

PROCESSAMENTO: Beneficiamento de grãos significa processá-los para deixá-los em condições de armazenagem, para pos-teriormente servirem de alimento humano ou animal, serem utilizados como matéria--prima para outras agroindustrias ou para serem utilizados como sementes.

FLUXOGRAMA DO BENEFICIAMENTO:A determinação do fluxograma dá-

-se em função do tipo de produto e das condições de recebimento do produto. Normalmente, contém as seguintes ope-rações básicas:

•Colheitadosgrãos•Recepção:atravésdasmoegas•Pré-limpeza: comutilizaçãodasmá-

quinas de pré-limpeza de grãos•Secagem:comutilizaçãodesecado-

res para redução do teor de umida-de dos grãos

•Limpeza: pode ser utilizada ou não,dependendo do destino do produto

•Armazenagem:pode ser em silo, ar-mazém graneleiro e armazém sacaria

•Expedição: sistema de expediçãonormalmente é por caminhões ou trens, podendo utilizar silo de ex-pedição ou descarga por canaliza-ção direta.

PERDAS: O desperdício é um mal na-cional. Localiza-se em todas as áreas, na família, nas empresas privadas, etc. Na agricultura, o desperdício alimenta a fome, encarece os produtos, torna o país menos competitivo no exterior; enfim, é um mal a ser eliminado a curto prazo. Eliminar o desperdício e aumentar a qualidade no processamento de cereal é uma meta que deve ser seguida por todos envolvidos no agronegócio brasileiro. Esta perda corres-ponde a 15% da produção. As etapas de concentração de perdas são: colheita, ar-mazenagem e processamento.

O desperdício e as perdas agrícolas, entretanto, não se localizam apenas no pós-colheita; existem também em grande escala, na questão de recursos humanos, pois conta com pessoal mal preparado, mal remunerado e sem maior incentivo.

LAY OUT BÁSICO: O lay-out de uma unidade armazenadora diz respeito a

algo mais amplo do que o projeto, pois, além de incluir o projeto civil e mecânico, trata ainda de outros fatores, como o flu-xo e grãos, o funcionamento, o desvio fer-roviário (se houver), a capacidade estática e dinâmica, a carga energética instalada, o movimento de veículos, os dispositivos de antipoluição, etc.

Desenvolvido em programas de com-putador (AutoCAD), o lay-out é a ferramen-ta para a previsão de todas as etapas de execução, dos custos, dos prazos e do re-torno do investimento. Abrange o estudo detalhado do conjunto de silos, o sistema de recebimento e beneficiamento, a con-servação, a expedição e as instalações de apoio e administrativo.

Nesta etapa de definições a experi-ência do profissional normalmente ligado à provedora de equipamentos é funda-mental para um bom projeto e retorno garantido.

PERDaS Na agRICULTURa (grãos)

ProdutoPerdas

(%)Etapas de concentração

de perdas

Milho 17,7 Armazenamento: 7,8%Colheita: 4,4%

Milho 10,3Armazenamento: 2,7%Colheita: 5%Processamento: 2,4%

Arroz 22Armazenamento: 7%Colheita: 12,6%Processamento: 2,4%

Feijão 15 Armazenamento: 9%Processamento: 5%

Trigo 9,2Armazenamento: 2,9%Colheita: 4,3%Processamento: 2%

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Revista do Produtor Rural52

Do leite para a carne

[Sindicato Rural de Pinhão]

O cenário mundial para o comércio da carne é promissor. O Brasil é um grande produtor, consumidor

e exportador de carne bovina, de acordo a Associação Brasileira das Indústrias Ex-portadoras de Carnes (Abiec), destacan-do-se como segundo maior produtor de carne bovina do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

Dados do Departamento de Agricul-tura dos Estados Unidos (USDA) mostram que a produção brasileira de carne bovi-na cresceu 64,75% nos últimos 20 anos, passando de 5,481 milhões de toneladas em 1991 para 9,03 milhões de toneladas em 2011, representando 15,9% do total mundial.

Seguindo essa tendência, o agrope-cuarista do município de Pinhão, Fábio Feiji Matsuda, que está há anos no ramo da pecuária, decidiu deixar a bovinocul-tura de leite e investir na de corte. “Há três anos, deixei o leite por causa da di-ficuldade de mão-de-obra”, revela. Mat-

O agropecuarista Fábio Feiji Matsuda abandonou a atividade leiteirapara dedicar-se à produção de carne

suda tem hoje em sua propriedade, a Fazenda Granja Imbuia, 380 animais que são criados em regime de confinamento e semiconfinamento. “Eu compro animais de desmama, direto do produtor, coloco no semiconfinamento até uns 400 a 420 quilos, depois fecho os animais até atin-gir os 500 quilos”, conta.

O gado geralmente vai para o abate entre os 20 e 30 meses, com peso de 500 a 540 quilos, atingindo ganho médio di-ário de até 1,450 quilo durante a fase de confinamento.

Matsuda trabalha com animais de cruzamento industrial, que é a combi-nação de duas ou mais raças diferentes, visando melhoria genética dos animais e também a qualidade da carne. O agro-pecuarista tem a intenção de ampliar os negócios. Além da terminação, está pres-tes a iniciar a cria. “Pela dificuldade de se encontrar bezerros de qualidade, optei por produzi-los na minha propriedade, mesmo que o serviço seja bem maior. Já

Fábio Feiji Matsuda

adquiri novilhas Angus e outros animais cruzados”.

A alimentação dos animais é feita com silagem, ração e sal mineral, além da pastagem de inverno. O pecuarista conta que ainda está em fase de transi-ção na pecuária, pretendendo ampliar a sua produção. “Atualmente entrego uma média de 15 animais por mês, mas quero aumentar para 60. Acredito que dentro de uns anos conseguirei alcançar o meu propósito. Para isso, pretendo investir em infraestrutura”, explica o agropecuarista.

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Revista do Produtor Rural 53

Cavalos domadosCurso ensina a lidar e entender o comportamento dos cavalos

Matsuda segue na Fazenda Granja Imbuia os quatro pilares da pecuária de-senvolvendo com qualidade a nutrição, genética, manejo e sanidade dos animais.

O agropecuarista pretende não parar o investimento na pecuária, pois mes-mo estando em uma fase de adaptação na atividade, ele já obtém os resultados de sua dedicação, e conta que ainda tem vários projetos pela frente. “Pretendo in-vestir em alguns novos projetos, como o tifton irrigado”.

Com intenção de melhorar a comu-nicação entre homem-cavalo e capaci-tar domadores na região, o Sindicato Rural do Pinhão promoveu, junto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Ru-ral (SENAR), o curso de doma racional de equinos. O treinamento iníciou no dia 16 de abril, no Parque de Exposi-ções Coronel Lustosa, em Pinhão. Com duração de 10 dias, totalizando uma carga horária de 80 horas.

O objetivo, segundo o instrutor do Senar, Paulo Schwab Filho, é reali-zar o processo de iniciação dos potros xucros, domando os eqüinos de uma forma racional. “Esse animal sai do curso montado, sem cócegas e medo, virando pros dois lados, obedecendo parada e recuo”.

A doma racional ensina o domador a entender o comportamento e os sen-tidos do cavalo, fazendo com que esta-beleça uma comunicação com o animal, sem precisar utilizar a violência para isso. “Antigamente, a doma bruta era feita de uma forma mais agressiva, não se enten-dia muito sobre o cavalo, era uma meto-dologia empírica. Hoje, nós trabalhamos na observação dos sinais do cavalo para que ele adquira confiança no domador”, explica Schwab.

O curso abordou a técnica racional de doma, criada pelo norte- americano Monty Roberts. Na primeira etapa, o ins-trutor repassou noções sobre o funcio-namento dos sentidos do cavalo, como olfato, visão, tato, paladar e audição, para

que os alunos passassem a entender a interação com o animal.

De acordo com Schwab, o cavalo xu-cro é acostumado com a liberdade, en-tão ele pensa, inconscientemente, que é uma presa do homem. “A palavra chave do treinamento é confiança. O animal precisa estar seguro com o domador”, re-lata o instrutor.

Ao capacitar mão de obra qualifica-

da nessa área, o curso proporciona re-sultados positivos no desempenho das atividades agropecuárias da região. “Esse treinamento oferece uma oportunidade para se conhecer uma técnica nova e di-ferente. O mais interessante é que qual-quer pessoa, mesmo sem experiência com cavalos, pode participar e desenvol-ver bem as habilidades de um domador”, comenta Schwab.

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Revista do Produtor Rural54

Exportações do agronegócio paranaense aumentam 20% no 1º trimestre

[Economia rural]

Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comercio (MDIC), divulgados no dia 18 de abril mostram que no 1º trimestre de 2012, as expor-tações paranaenses assinalaram cresci-mento de 19% em comparação ao mes-mo período de 2011. De janeiro a março deste ano, as exportações ficaram em US$ 3,83 bilhões. No mesmo período de 2011, as exportações fecharam em US$ 3,21 bilhões.

Já as importações totalizaram US$ 4,63 bilhões, ou seja, uma evolução de 22% sobre igual período de 2011 (US$ 3,80 bilhões). Com isso, o saldo foi nega-tivo na ordem de US$ 802 milhões, com-pletando oito meses de déficit na balan-ça comercial paranaense.

Por Gilda M. Bozza – Economista da FAEP

gócio no período analisado foi de US$ 15 bilhões. É o que apontam os dados do agronegócio divulgados pela Secre-taria de Relações Internacionais, do Mi-nistério de Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (MAPA).

Nas exportações do agronegócio pa-ranaense, os principais agregados seto-riais, em ordem decrescente foram: com-plexo soja, complexo carnes, produtos florestais, complexo sucroenergético. Es-ses agregados participam com 80% das exportações do agronegócio estadual.

Complexo Soja e Milho - o comple-xo soja (grão, farelo, óleo, margarina e lecitina), no acumulado de janeiro a mar-ço/12 ano registrou uma receita de US$ 1,07 bilhão e representa 40% das expor-tações do agronegócio, sustentando as exportações parananenses. Já as expor-tações de soja em grão totalizaram US$ 634 milhões e um volume exportado de 1,38 milhão de toneladas, resultado do binômio demanda aquecida e preços de exportação. O aumento registrado na comercialização foi de 278%, saindo de 497 mil toneladas para as 1,38 milhão de toneladas. No período, o preço médio de exportação da soja em grão foi de US$ 457,34 por tonelada. As exportações de farelo de soja resultaram em receita de US$ 295 milhões. As exportações de óleo (bruto e refinado) somaram US$ 148 milhões.

As exportações de milho geraram re-ceita de US$ 125 milhões e um volume embarcado de 484 mil toneladas.

Complexo Carnes - o complexo car-nes (aves, suína e bovina) ocupa o se-gundo lugar nas exportações do agrone-gócio estadual. A receita foi de US$ 569 milhões, alavancada pelas exportações de carne de frango. Esse agregado con-tribui com 21% das exportações totais

do agronegócio. As exportações de car-ne de frango somaram US$ 462 milhões, participando com 81% na geração de divisas do complexo carnes. O volume exportado foi de 262 mil toneladas. As exportações de carne suína totalizaram US$ 34 milhões e volume exportado de 15 mil toneladas. Já as exportações de carne bovina apontam recuo na receita, passando de US$ 15,9 milhões para US$ 10,8 milhões.

Produtos Florestais – terceiro agre-gado em ordem de valor, o representa 11% do total do agronegócio, bteve re-ceita de US$ 294 milhões, embora regis-tre uma ligeira queda em relação ao mes-mo período de 2011 (US$ 295 milhões).

Sucroenergético – quarto agregado em ordem de importância, as exporta-ções do complexo sucroenergético so-maram US$ 207 milhões. As exportações de açúcar respondem por 98% do total do setor e somaram US$ 204 milhões. As exportações de álcool totalizaram US$ 3,1 milhões.

Café - as exportações do complexo café (café verde, torrado, solúvel, extra-tos e essências) atingiram US$ 118 mi-lhões, com queda em relação ao mesmo período de 2011, quando totalizaram US$ 119 milhões.

Mercados compradores - houve crescimento nas exportações para a Taiwan (828%); Coréia do Sul (295%); China (206%); Índia (170%); Cingapura (142%%); Hong Kong (49%); Emirados Árabes (45%). Já as exportações para a Rússia declinaram 67%, por conta dos embargos impostos. O fluxo de expor-tação também foi maior para a Ásia, de 109% Para a União Europeia houve re-cuo de 12%. Quanto ao Oriente Médio observou-se estabilidade no fluxo de exportação.

EXPORTAÇÕES DO AGRONEGóCIO DO PARANÁ - No primeiro trimestre de 2012, as exportações do agronegócio paranaense somaram US$ 2,66 bilhões, um aumento de 20% relativamente ao mesmo período de 2011 (US$ 2,22 bi-lhões), representam 69,5% das exporta-ções totais do Paraná e no entorno de 13,7% das exportações do agronegócio brasileiro (US$ 19,41 bilhões). O saldo das exportações brasileiras do agrone-

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Revista do Produtor Rural 55

Engorda de bovinos em pastagem de inverno

[Leilões ]

A integração lavoura-pecuária está em alta em Guarapuava e região. Muitos agro-pecuaristas plantam a lavoura de verão e, no inverno, aveia e azevém para cobertura do solo, aproveitando para engorda dos bovinos que serão abatidos nos meses de agosto a novembro.

A Gralha Azul Remates fará leilões es-pecíficos de gados para engorda nos me-ses de maio e junho, visando a oferta deste tipo de animal. “Nosso objetivo é facilitar a comercialização, oferecendo animais de qualidade em épocas de demanda por de-terminadas idades e espécies de animais”, observa o diretor da empresa, Armando França de Araújo.

Data Hora Leilão Cidade

06/05/2012 - Domingo 15h Feira de Bezerros Guarapuava

20/05/2012 - Domingo 15h Leilão de Gado Geral Guarapuava

27/05/2012 - Domingo 15h Feira da Novilha e Gado Geral Pinhão

03/06/2012 - Domingo 15h Feira da Novilha e Gado Geral Turvo

10/06/2012 - Domingo 15h Leilão de Gado Geral Candói

17/06/2012 - Domingo 15h Leilão de Bezerros e Gado Geral Prudentópolis

23/06/2012 - Sábado 15h Leilão de Gado para Engorda Guarapuava

24/06/2012 - Domingo 15h Leilão de Gado Geral Bituruna

AGEnDA DE LEiLõES

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Revista do Produtor Rural56

[Especial nozes Pecã]

Viagem técnica para Anta Gorda/RS anima produtores rurais

No dia 26 de março, quarenta produ-tores rurais de Guarapuava e região visitaram, com o apoio do Sindica-

to Rural de Guarapuava e Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), a produção de nozes pecã e a agroindús-tria Viveiros Pitol, em Anta Gorda – RS.

Na chegada, a caravana subiu a serra até os viveiros de mudas, onde puderam observar o plantio da nogueira pecã jun-to com a criação de ovelhas, chamado de sistema silvipastoril. “A ovelha só ataca a casca da nogueira quando ela não tem comida. Tendo uma boa pastagem entre as árvores, o animal prefere sempre o pasto”, explicou o sócio proprietário da Viveiros Pitol, Lenio Pitol.

Após o almoço, os produtores vi-sitaram a agroindústria, onde as nozes produzidas pelo viveiro e compradas de produtores são industrializadas. A agroindústria produz casca de nozes pecã para chá, nozes pecã cristalizadas com açúcar e nozes pecã natural.

O grupo visitou ainda uma proprie-dade com cerca de três hectares de no-gueira pecã, com ovelhas. O produtor contou que possui poço artesiano para irrigação e que produziu, em 2011, 15 quilos de castanha por árvore.

“Vimos aqui que 80% da demanda de nozes pecã no Brasil é importada. É um mercado muito grande, que propicia

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uma rentabilidade muito boa”, relata o produtor e associado do Sindical Rural de Guarapuava, Valmor Belatto.

O associado Waldemar Geteski tam-bém retornou animado. ”Gostei muito de conhecer mais sobre nozes pecã. Vejo al-gumas árvores na região de Guarapuava que produzem bem e pretendo plantar cerca de 50 mudas em consórcio com a erva mate. Se os resultados forem bons, pretendo sempre aumentar o número de árvores”, relatou.

Nozes pecã, segundo Luizinho, Leandro e Lenio PitolOs proprietários do Viveiros Pitol, Luiz, Leandro e Lenio Pitol repassaram diversas informações técnicas aos produtores rurais que participaram da viagem. Confira:

Mudas“A empresa vende mudas para produto-res de Medianeira, Guarapuava, municí-pios do Oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. As mudas têm 1,7 metros e produzem com três anos. O custo de cada muda é R$ 30,00”.

Solos“Ela não pode ser plantada em solos ala-gados. A nogueira se adapta bem em qual-quer solo encontrado na região centro-sul do Brasil. É uma árvore bem rústica e re-siste a terrenos pedregosos e morros”

Frio“Ela se adapta muito bem ao frio. Se não houver um inverno rigoroso é ruim para muda, ela precisa de forte frio. As folhas caem no inverno”

Variedades“A empresa cultiva três variedades: a Bar-ton, a Imperial e a Pitol 2 Importada”

Época de plantio“Épocas de junho, julho e agosto. Ela deve ser plantada durante a época mais fria do ano. O ideal é plantar 100 mudas por hectare. É uma opção de plantio em área de Reserva Legal”

Pragas“Nos primeiros três anos, é preciso cui-dado com formiga. Mas o manejo é o mesmo feito para eucalipto ou pinus. É o mesmo tipo de formiga que ataca”

Adubação“Adubamos com esterco – 1 saco em um buraco próximo às árvores. Utilizamos

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Reunião institui comissão de nozes pecã

Após a viagem técnica a Anta Gorda-RS realizada em março, sob a orga-nização do Sindicato Rural de Guarapuava, 25 produtores rurais participaram, no dia 11 de abril, da reunião sobre a cultura de nozes pecã.

O objetivo foi discutir a compra conjunta de mudas, assim como fomentar discussões periódicas sobre a cultura, através do Programa de Desenvolvimento Florestal, desenvolvido pelo Sindicato, empresas e cooperativas do município.

Quatro produtores rurais que já cultivam nozes pecã apresentaram suas experiências acerca da cultura. Seis produtores foram indicados para coorde-nar o grupo. “A discussão foi bastante produtiva. O Sindicato Rural dará todo o suporte necessário para que os produtores tenham acesso à informações so-bre a cultura. Podemos organizar outras viagens técnicas e visitas em proprie-dades, assim como buscar informações sobre viabilidade técnica e econômica dessa alternativa de diversificação e renda”, informou o presidente Rodolpho Luiz Werneck Botelho.

Pedido de mudasO plantio das mudas de nozes pecã deve ocorrer nos meses de junho,

julho e agosto em Guarapuava. Segundo Pedro Francio Filho, os produtores já podem iniciar o preparo do solo, mas não devem realizar o plantio antes desse período.

Já o pedido de mudas precisa ser feito o quanto antes. A empresa Viveiros Pitol, de Anta Gorda/RS, não vai cobrar o frete de entrega para os pedidos que forem efetuados através do Sindicato Rural de Guarapuava. Desta forma, quem tiver interesse, deve entrar em contato com Graziely, na sede da entidade. Cada muda custa R$ 30,00. Outras informações pelo telefone 42-3623-1115.

adubo da Rollier e Nitrogênio também. Recomendo 5.20.20. O solo tem Ph 6”.

Controle de doenças“Para doenças de folhas, aplicamos Sriazol e Stribualina, com pulverizador canhão.

Espaçamento“Se for feito o plantio somente da árvore, o espaçamento tem que ser no mínimo 10x10 cm. Com consórcio de animais, o mínimo é 12x12 cm”

Silvopastoril“Se a muda for protegida, o produtor pode colocar os animais desde o pri-meiro ano. A ovelha ataca a casca se não houver muita comida, havendo bastante pasto ela não ataca a árvore”

Colheita“Uma colheita razoável ocorre a partir do quinto ano. O pique de produção segue até o 12º ano, mas depois ela continua. Exis-tem na nossa região (Anta Gorda) noguei-ras com mais de 50 anos que estão produ-zindo normalmente. A colheita é manual, o produtor colhe as nozes do chão. Existem também máquinas que fazem esse serviço e até chacoalham a árvore”

Comercialização“A noz bruta é comercializada entre R$ 4,00 e R$ 5,00 o quilo. Empacotada, é vendida a R$ 32,00 o quilo”.

Luizinho Pitol Lenio Pitol Leandro Pitol Foto

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Produtores denozes pecã na região:

“Plantei 300 mudas em julho de 2011 na propriedade rural localizada em Pitan-ga/PR. Fiz consórcio com carneiros. Perdi 10 mudas plantadas no pasto, pois os animais comeram. Coloquei tubos de PVC para pro-teger as mudas. Fiz espaçamento de 20 x 20 cm, visando sombreamento. Fiz composta-gem 14 dias antes do plantio. Elas começa-ram a se desenvolver em janeiro deste ano”.

Edgar Szabo

“Plantei pouco mais de 1.000 mu-das em agosto de 2010 e julho de 2011, em propriedade em Guarapuava/PR, com objetivo comercial. Fiz espaçamento de 7 x 7 cm e 10 x 10 cm. Utilizei calcário, ges-so agrícola e esterco aviário. O plantio foi feito em área de pasto. Precisei molhar as mudas. A nogueira pecã demora bastante para se desenvolver, o ciclo é lento, mas agora as árvores estão muito bonitas”.

Evaldo Klein

“Plantei 100 mudas em 2010, no distri-to de Entre Rios, em Guarapuava/PR. Precisei molhar nos primeiros dias de plantio e tive problemas com formigas. Plantei em área de pastagem e as árvores estão desenvolvendo bem agora”.

Daniel Schneider

“Plantei 180 mudas em julho de 2010 em uma área pedregosa em proprie-dade rural no Pinhão/PR, visando sombre-amento, mas também rentabilidade. Plan-tei três variedades, com preparo de solo e adubação. Optei pelo espaçamento de 12 x 12 cm para aproveitar um distribuidor de adubo que estava sem uso. Utilizei adubo químico e compostagem. O plantio foi feito em área de pastagem. Apliquei calcário. Os carneiros não mexeram nas árvores, tive que retirá-los somente quando estavam saindo os brotos. No entanto, só coloquei os animais na área cinco me-ses após o plantio. Minhas mudas tinham mais de dois metros. Devido à área ter muitas pedras, perdi algumas mudas por falta de desenvolvi-mento da raiz. Em dois anos, a planta não cresceu, só engalhou. É preci-so cuidar das formigas durante um ano e meio. Meu custo de implanta-ção, incluindo adubação foi de R$ 3 mil por hectare.”

Edmundo Gumpl

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[Benefícios]

O Sindicato Rural de Guarapuava agora conta com mais duas empresas da região no Projeto Identida-de Sindical: Clínica de Olhos, Fisk Centro de Ensino

e Laboratório Góes. A Clínica de Olhos – Dr. Guilherme Araújo oferece

aos associados descontos em consultas e em exames of-talmológicos. A Fisk Centro de Ensino concede 20% de desconto nos cursos oferecidos pela escola para associa-dos e familiares. O Laboratório Góes oferece descontos em exames especialmente para os associados da enti-dade, conforme tabela enviada aos produtores rurais via e-mail. A empresa Biogenesis Bagó oferece bonificações em produtos (ver página 64).

O Projeto Identidade Sindical foi criado pelo Sindica-to Rural de Guarapuava e já conta com a parceria de mais de 40 empresas dos municípios de Guarapuava, Candói e Cantagalo.

Em Guarapuava, os parceiros são Apoio Geomática, BetoAgro Agronegócios, Chuveirão das Tintas, Comtudo Materiais de Construção, Promissor Corretora de Seguros, Praisce Capital, Dacoregio Automotivo, Zico Motosserras, Óticas Precisão, Super Tela, GP Combustíveis, Pneoeste Centro Automotivo, Retífica Scartezini, Zart & Korpasch Assessoria Contábil Decisorial, CS Ambiental, Guarafer, Farmácias São José, Odonto Radiologia Crânio-facial, Ra-ízes da Mata, Selaria e Sapataria Newton, Odontologia Mackelle, Seven Mitsubishi, Lupis Tecnologia e Sistemas, Boliche XV, AgRural, 1080i Produtora de Vídeo, The Ran-ch, Agrocenter, Guará Beneficiadora de Batatas, AgroFer-til, Agroplan, Benção Insumos e Cereais, Deragro, Agroboi, Agropecuária Pro Bicho, Galpão do Boiadeiro, Bem-Te-Vi Equipamentos Agrícolas, Agro Tatu, Fundição Gaioski.

Projeto Identidade Sindical conta com novos parceirosFisk Centro de Ensino, Clínica de Olhos, Laboratório Góes e Biogenésis Bagó oferecem descontos aos sócios

Em Candói, Agrícola Colferai, Agropecuária Can-dói, Dalrio Tem Tudo, Retífica Scartezini, Farmácia N. Sra. Fátima, Biolabo, Ótica Precisão e Instituto de Visão.

Em Cantagalo, Agrícola Colferai, Agromáquinas, Agropecuária 2 Irmãos, Agroveterinária Cantagalo, Se-contec Materiais de Construção e Tintas, Emplaeg To-pografia e Planejamento Agropecuário, Farmácias São José e Maxilábor Análises Clínicas .

Estes estabelecimentos oferecem descontos nos mais variados produtos e serviços para os sócios do Sindicato Rural. Os descontos de cada empresa podem ser visualizados no site www.srgpuava.com.br ou na Re-vista do Produtor Rural do Paraná (Páginas 8 e 9).

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[Suplementação Mineral]

O principal objetivo desta suplementação é suprir as exigên-cias nutricionais dos animais nesta época do ano, maximizan-do a ingestão da forragem, propiciando até ganho de peso aos animais (ao redor 200g/animal/dia) em substituição ao conhecido efeito boi-sanfona. Com este ganho de peso neste período é possível reduzir a idade de abate, acompanhando as necessidades do mercado atual da carne bovina.

De uma maneira geral recomenda-se suplementar quando a proteína bruta das pastagens (com base na matéria seca) for inferior a 7%, e quando a relação energia: proteína bruta das pastagens (com base na matéria seca) for superior a 7. Como exemplo uma pastagem que apresenta no período das secas uma PB (na matéria seca) de 4% e uma energia-NDT (na ma-téria seca) de 48%, temos PB = 4% (inferior a 7%) e relação NDT:PB de 12 (maior que 7).

A utilização de altas inclusões de uréia ou o uso apenas dela nos suplementos permite apenas manutenção de peso no pe-ríodo das secas, pois alguns tipos de microrganismos do rúmen necessitam de peptídeos e alguns aminoácidos para maximiza-ção da sua atividade, sendo, portanto, necessário suplementar também com proteína vegetal. Recomenda-se que no máximo 70% da proteína bruta do suplemento venha da uréia, para que se consiga ganho de peso ao redor de 200 g/animal/dia. Vale salientar que para algumas categorias (como exemplo, vacas em bom escore de condição corporal) a simples manu-tenção do peso no período das secas já é suficiente, e neste caso o uso de suplementos minerais com uréia é bastante reco-mendado pela sua economicidade em relação aos proteinados.

Para os proteinados que têm um consumo esperado de 0,1% do peso vivo, ou 1g/kg de peso vivo, recomenda-se um es-

Por que suplementar no período das secas:

Quando suplementar:

Uso de Rumensin® na suplementação

O Princípio do funcionamento dosproteinados é:O que suplementar:

Necessidade para que a suplementação dê resultado:

paçamento de cocho mínimo de 10 a 15 cm lineares/cabeça. Como a suplementação via proteinado visa corrigir o aspecto qualidade da forragem, é necessário que seja garantida a quan-tidade de forragem neste período. A quantidade mínima de ma-téria seca nas pastagens deve ser de 2.000 kg/ha, e para isto, recomenda-se a vedação de parte da área em fevereiro, para fornecer na primeira metade do período (normalmente maio, junho, julho), e vedação de outra parte em março, para fornecer na segunda metade do período (normalmente agosto, setembro e outubro). As forrageiras de crescimento estolonífero (braquiá-rias, tífton, coast-cross) são as mais recomendadas para vedação, pois têm uma melhor relação folha: haste.

Rumensin® é um aditivo ionóforo que, em poucas palavras, alte-ra os padrões de fermentação ruminal (maior produção de ácido propiônico), disponibilizando mais energia ao animal; esta maior energia propicia ganhos de peso adicionais entre 50 e 100g/animal/dia, com uma relação benefício:custo de 8:1 até 20:1.

Aumento da concentraçãode N no rúmen

Melhora a eficiência microbiana

Maior digestibilidade da forragem

Aumento do consumo de forragem

MAIOR DESEMPENHO

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Revista do Produtor Rural62

[Bovinocultura de leite]

INTRODUÇÃO

Com a busca constante para o au-mento da produção de vacas leitei-ras, estas se tornaram máquinas, cuja programação de produção precisa ser planejada e requer constantes ajus-tes, para se ter um melhor aproveita-mento da relação custo/benefício.O manejo produtivo torna-se necessário para monitorar positivamente o de-sempenho do rebanho leiteiro (SAN-TOS, 2002).

O período de pré-parto na vaca leiteira é definido como sendo o pe-ríodo de três semanas anterior ao parto, considerando-se que o parto em raças leiteiras é de em média 281 dias, e se apresenta como período de mudanças no estado fisiológico, nu-tricional, anatômico e comportamen-tal da vaca, preparando-a para o parto e a produção de leite. Um adequado

Influência do Manejo pré-parto sobre a produção e reprodução em vacas leiteiras

manejo no pré-parto, este sendo um momento importante do período de transição, irá auxiliar prevenindo o excesso ou escassez de alimentos, doenças metabólicas ou infeccio-sas durante ou posteriores ao parto, perdas econômicas pela redução da produção, aumento no custo da dieta, possíveis tratamentos e até descarte do animal (MOTA, 2006).

MANEJO DO PERÍODO SECO Secar a vaca é uma das medidas

de manejo adotadas, geralmente nos dois últimos meses de gestação, a fim de se proporcionar boas condições de parição e proteger a saúde do fu-turo bezerro. A secagem da vaca deve ser realizada 60 dias antes do parto, independente da produção leiteira, promovendo o descanço do úbere, e preparando-o para a próxima lactação.

Nesse período deve se considerar a formação de lotes especiais, com as vacas gestantes a partir do sétimo mês de gestação, facilitando a observação das gestantes (NOVAES, 2002). Com a secagem da vaca, mais próximo ao par-to, se faz necessário outra medida de manejo, que é conduzir o animal ao pi-quete maternidade, em média 15 dias antes da previsão do parto, o que faci-lita o auxilio ao parto e cuidados com o recém-nascido. O piquete maternida-de deve ser limpo, com drenagem para água, com fácil acesso, fácil observação da vaca gestante, com disponibilidade de água abundante e fornecimento de sal mineral (EMBRAPA, 2007).

MANEJO NUTRICIONAL Quando há formação do lote es-

pecial, com vacas gestantes a partir do sétimo mês, é importante fornecer dietas a base de volumosos de qua-lidade, incluindo pasto ou forragem conservada, nesse período a vaca es-tará consumindo mais nutrientes do que suas reais necessidades; depo-sitando gordura, proteína e minerais e assim, recompondo suas reservas corporais. Vitaminas, minerais e ou-tros aditivos são bastante úteis na ali-mentação de vacas secas. (EMBRAPA, 2007; SANTOS, 2002).

A vaca de alta produção também irá possuir dificuldades no período de transição. O período de transição com-preende as três últimas semanas de gestação e as três primeiras semanas de lactação. Este período é marcado

Marlon Richard Hilário da Silva , Leiluana Rettig2, Gabriel Batista Geffer Salvalaio², Guilherme Fernando Mattos Leão², Francine Giotto², Juliana Mareze², Marina Gavanski Coelho²

1 Médico Veterinário, MSc.Professor do departamento de Medicina Veterinária daUniversidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO.

² Acadêmicos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO.

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Revista do Produtor Rural 63

por mudanças metabólicas, envolven-do alterações no fígado, tecido adipo-so, músculo esquelético, além da ação de muitos hormônios, os quais estão envolvidos na lactogênese e manuten-ção da lactação. Devido à isto, a imuni-dade também é menor neste período, e pelo fato de que o aparelho repro-dutivo ainda não se involuiu, ou seja, ainda não teve a sua volta ao tamanho normal, a probabilidade de infecções, em virtude de ser uma porta aberta para doenças como, por exemplo, a mastite são altas, e por isso o forne-cimento de vitamina E, zinco, cobre e selênio pode ser benéfico.

ESCORE DE CONDIÇÃO COR-PORAL PRÉ-PARTO

Durante o início da lactação, pra-ticamente todas as vacas de leite en-tram em balanço negativo de energia. O balanço energético negativo é o mo-mento em que a vaca está consumindo mais energia do que ela está ingerindo, e este estado é ainda mais elevado em vacas de alta produção, e associa-se a um limitado consumo de alimento. Esse balanço negativo entre energia para produção de leite e energia con-sumida na forma de alimento é com-pensado pela mobilização de reservas de tecido corporal, principalmente de gordura. O resultado final é perda de peso e redução na condição corporal (SANTOS, 1998). O período crítico é representado entre a 4º e a 8º sema-na do pós parto, no qual a vaca tem o

seu pico de produção de leite, mas se encontra em balanço energético nega-tivo. Se um manejo alimentar eficiente não for realizado neste período, a vaca em questão terá uma perda acentuada do escore corporal bem como em um aumento no período de serviço, fazen-do com que o produtor não consiga colocar a vaca na reprodução tão cedo, o que leva à diminuição dos índices produtivos.

O recomendado é que vacas no período seco e ao parto estejam com escore corporal de 3,0 a 3,5, para que desta forma não haja uma grande di-minuição no consumo de matéria seca, e para que suas reservas corporais su-pram a demanda de produção de leite (BENEDETTI e SILVA, 1997). Um escore corporal mantido próximo deste ide-al geraria resultados positivos sobre a produção, como por exemplo, uma di-minuição do número de inseminações, bem como uma diminuição do tempo de serviço, diminuindo, por conseguin-te o intervalo entre partos, o que é um índice desejado (Tabela 1).

CONCLUSÃO O processo produtivo de um re-

banho leiteiro é formado por um con-junto de atividades que precisam es-tar em equilíbrio. Monitorar e analisar esse processo são a chave para uma produtividade eficaz e condizente com os objetivos e metas econômicas estabelecidas, e também, promover ajustes para a correção de possíveis

distorções. Uma boa dica é observar as vacas que apresentam maior produção no rebanho, pois exigem alto grau de manejo, e assim, elas serão o referen-cial para o manejo do rebanho.

REFERÊNCIAS

BENEDETTI, E., SILVA, H. S. Influência da condi-ção corporal na produção de leite, consu-mo e desempenho reprodutivo de vacas leiteiras. Vet. Not. Uber. v.3, n.1, p.175-183, 1997.

BRITO, L.G., SALMAN, A.K.D., GONÇALES, M.A.R., FIGUERÓ, M.R., Parte II: Aspectos técnicos em: Cartilha para o produtor de leite de Rondônia. Porto Velho, RO: Embrapa Ron-dônia, 2007.

JONES, G.P. E P.C. GARNSWORTHY.. The effects of dietary energy content on the response of dairy cows to body condition at calving. Anim. Prod. 49:183, 1999.

MOTA, M.F.; PINTO-NETO, A.; SANTOS, G.T.; FONSECA, J.F.; CIFFONI, E.M.G. Período de transição na vaca leiteira. Arq. ciên. vet. zool. UNIPAR, Umuarama, v. 9, n. 1, p.77-81, 200.

NOVAES, L.P., PIRES, M.F.A., CAMPOS, A.T., Pro-cedimentos para o manejo correto da vaca gestante, no pré-parto, ao parto e pós-parto. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/recursos/Ma-nejo_de_VacasIDfS00ee88ar.pdf>. Aces-so em: 02 abr 2012.

SANTOS, G, T., CAVALIERI, F.B.B., DAMASCENO, C.J., Manejo da vaca leiteira no período de transição e início da lactação. Dispo-nível em: < http://www.nupel.uem.br /pos-ppz/vacas-08-03.pdf >. Acesso em: 02 abr 2012.

SANTOS, J.E.P.; SANTOS, F.A.P. Novas estraté-gias no manejo e alimentação de vacas pré-parto. In: SIMPÓSIO SOBRE PRODU-ÇÃO ANIMAL, 10., 1998, Piracicaba. Anais Piracicaba, 1998. P,165-214.

SANTOS, J.E. P. Effect of degree of fatness prepartum on lactation performance and ovarian activity of early postpartum dairy cows. M.Sc. Thesis. Dept. Animal Sciences. University of Arizona, Tucson, AZ. 1996.

SANTOS, W.B.R; SANTOS, G.T. Dieta Aniônica no período de transição para vacas lei-teiras. Disponível em: <http://www.nupel.uem.br/dieta-periodo-seco.pdf> Acesso em: 02 abr 2012.

TREACHER, R.J., I.M. REID E C.J. ROBERTS. Effect of body condition at calving on the heal-th and performance of dairy cows. Anim. Prod. 43:1,1986.

ECC – Escore de condição corporal; CMS – Consumo de matéria seca; SPC – Número de serviços ou inseminações; PS – Período de serviço, retorno as atividade reprodutivas

Tabela 1. Efeito da condição corporal ao parto no desempenho lactacional e reprodutivo de vacas leiteiras

ECC CMS Leite kg/dia

Gordura %

SPC média PS, d Autor

>4,0 (gorda) 20,7 37,3 3,6 1,94 106Santos, 1996

2,75 – 3,5 22,2 36,6 3,5 1,85 103

>4,0 (gorda) 15,8 27,8 4,93 2,4 98 Treacher et al., 19862,5 (magra) 17,2 31,5 4,61 1,9 89

3,2 17,5 27,2 4,82 1,50 87Jones e

Garnsworthy, 1998

2,2 (magra) 17,9 27,5 4,94 1,75 96

3,5 18,4 27,8 4,52 1,45 85

2,0 (magra) 18,7 26,2 4,13 1,8 101

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Revista do Produtor Rural64

[Produção animal]

Palestra orientou criadores de bovinos sobre manejo sanitário

Bonificações para associados

A Biogénesis-Bagó, com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, promoveu no dia 03 de abril, a

palestra “Manejo sanitário sob o olhar econômico”.

Segundo o palestrante e médico ve-terinário, Sérgio Barros Gomes, o manejo sanitário em bovinos é muito importante. “Este manejo, se implantado de forma correta, ajuda a melhorar pontos fracos

Além da palestra técnica, o repre-sentante da empresa apresentou aos agropecuaristas a parceria firmada com o Sindicato Rural, que prevê bonificações em produtos para associados da entidade, por meio do projeto Identidade Sindical.

A parceria inclui desenvolvimento de conteúdo técnico de campo na área de sanidade animal e a sua divulgação/informação aos associados; participação conjunta em eventos técnico-comerciais e comercialização da Biogénesis Bagó para os associados com condições comerciais especiais de toda a sua linha de produtos.

A proposta firmada com o Sindicato Rural de Guarapuava consiste do paga-mento de bonificação em produtos sobre o valor total de compras realizadas por cada fazenda associada participante do programa, dentro do período de um ano (01), de abril de 2012 a março de 2013.

Esta bonificação obedecerá os se-guintes patamares mínimos de compra dos produtos da linha Biogénesis Bagó:

e a reforçar pontos fortes de qualquer propriedade, de acordo com a atividade desenvolvida”, resume.

“Eu tenho 300 vacas em reprodução e, sem dúvida, essa palestra foi muito explicativa. Recebi aqui ótimas informa-ções e pretendo implantar este manejo em minha propriedade”, destaca o cria-dor Roberto Hyczy Ribeiro.

A criadora Nilcéia Mabel Kloster Vi-gantes também elogiou a palestra. “Tive problema com diarréia de bezerros. Foi um caso atípico que aconteceu este ano e a palestra me encaminhou para desco-brir os fatores do problema. Agora vou usar as informações que aprendi aqui para reverter esse quadro”, afirma.

Biogénesis Bagó é uma companhia de alcance internacional, com mais de 70

Nível 1 = R$ 750,00 de compra terá 6% de bonificação (4% para a fazenda e 2% para o Sindicato); Nível 2 = R$ 1.250,00 de compra terá 7% de bonificação (5% para a fazenda e 2% para o Sindicato); Nível 3 = R$ 2.000,00 de compra terá 8% de bonificação (6% para a fazenda e 2% para o Sindicato).

Envolve toda a linha Biogénesis Bagó (Biológicos, hormonais, endectoci-das, antiparasitários externos e internos e antibióticos). Exceto o endectocida Ivergen 1%. Este produto não entra na soma para computar a bonificação a que cada cliente tem direito.

Além da necessidade de atingir o va-lor mínimo de cada nível para ter direito à bonificação proposta, o associado ne-cessariamente deverá ter comprado no mínimo três (3) produtos diferentes das linhas da empresa que estejam incluí-dos neste valor.

O pagamento da porcentagem será feito em produtos da linha da Biogéne-

sis-Bagó, de acordo com a escolha do associado.

O cômputo do valor da bonificação a que cada cliente tem direito será feito sobre as notas fiscais de compra. Este levantamento ocorrerá junto às reven-das participantes indicadas pelo Sindi-cato e a Biogénesis Bagó, que são: Agro-boi e Galpão do Boiadeiro (Guarapuava), Agrocampo (Pinhão). A bonificação em produtos será retirada diretamente nas revendas indicadas.

Na parte de conteúdo técnico a cam-po, a empresa vai trabalhar juntamente com os técnicos da associação na im-plementação de programas sanitários e reprodutivos da Biogénesis Bagó em algumas propriedades, com o intuito de medir benefícios e divulgá-los aos de-mais criadores. Os procedimentos seriam aplicações dos produtos sugeridos em um rebanho e comparar seu resultado com o histórico destas propriedades, calculando investimento x benefício.

anos de trajetória, sucessos científicos e comerciais nas áreas da saúde e produção animal. Possui um portfólio de mais de 100 produtos farmacêuticos e especiali-dades biológicas, incluindo vacinas bacte-rianas, virais, antibióticas, antiparasitárias, aditivos para nutrição e especialidades farmacêuticas para bovinos, ovinos, equi-nos, suínos e animais de estimação.

Sérgio Barros Gomes (Biogénesis-Bagó)

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Biogénesis-Bagóconsolida sua atuação no Brasil

[Sanidade animal]

Há mais de oitenta anos, a Biogéne-sis-Bagó dedica-se a desenvolver, fabricar e distribuir produtos vol-

tados para a produtividade e sanidade animal. Uma empresa focada no mercado de bovinos, a Biogénesis-Bagó quer con-tribuir com o desenvolvimento da pecuá-ria em todos os países onde está inserida.

Presente no Brasil desde 1998, a empresa vem consolidando ano a ano sua presença no principal mercado da América Latina no segmento de produ-tos veterinários.

De forma ativa, vem contribuindo com projetos de erradicação de febre aftosa e demais ameaças ao desenvolvi-mento pecuário através de apoio e doa-ções sempre que solicitadas e avaliadas como decisivas para a manutenção e am-pliação da qualidade do setor no Brasil.

Para citar algumas ações, em 2010 realizou doação de 50 mil doses de Af-togen Óleo ao Fundo Emergencial de Sa-nidade Animal do Estado do Mato Grosso (FESA) para vacinação dos rebanhos bra-sileiros na fronteira com a Bolívia.

Em 2011, foram doadas mais 6 mil doses da vacina para o Instituto Mineiro de Agropecuária, de Minas Gerais, para vacinação de rebanhos pertencentes às comunidades indígenas do estado.

Atualmente, a Biogénesis-Bagó está entre as quatro maiores empresas de produtos veterinários para bovinos da América Latina e opera sob um sistema de Controle de Qualidade que é certifi-cado em conformidade com a norma ISO 14.001 e opera sob normas GMP (sigla em inglês para Boas Práticas de Fabrica-ção). A partir de 2003, desenvolveu equi-pe técnica e comercial própria para aten-der as necessidades dos produtores e

técnicos em todos os estados brasileiros. Seu portifólio de produtos se concentra em animais de grande porte com ênfa-se especial nos bovinos. Além da vacina contra febre aftosa estar presente em todos os países da América do Sul com programas oficiais de controle da doen-ça também produz vacinas virais e bac-terianas para a prevenção de síndromes respiratórias e reprodutivas, doenças clostridiais e anti-rábicas, endectocidas, antiparasitários externos, farmacêuticos e hormônios para programas de repro-dução assistida (IATF e TETF). “Como todo início, não foi fácil.

Mas hoje, a Biogénesis-Bagó está consolidada no mercado brasileiro e é uma das principais empresas deste mer-cado. Colhemos os frutos de todo esse esforço”, diz Sergio Barros, Gerente de Relações Institucionais.

Dentre seus destaques, o Croni-pres Monodose foi desenvolvido para os programas de Inseminação Artificial de Tempo Fixo, técnica que está revolu-cionando a reprodução bovina em todo mundo e especialmente no Brasil. Ou-tro destaque que tem contribuído para o crescimento da empresa é o Ivergen Platinum, um endectocida de longa ação à base de ivermectina 3,15%. Indicado para o controle de parasitas internos e externos em bovinos e ovinos, sendo já um dos principais produtos do segmen-to no Brasil.

Ainda, a Aftogen é reconhecida e vastamente utilizada no combate à febre aftosa, sendo um dos principais produ-tos da companhia em todos os mercados onde ela atua. Segundo Raul Moura, Dire-tor Comercial, “a chegada da Aftogen foi decisiva para consolidação da empresa

no mercado brasileiro, pois além de um produto estratégico no mercado nacio-nal, nos permitiu nos aproximar ainda mais dos pecuaristas e elaborar um pla-no sanitário completo para cada fazenda brasileira”, diz o diretor.

A empresa faz parte do banco de antígenos da Argentina desde 2000 e em 2006 a Biogénesis-Bagó marcou mais uma vez sua presença mundial ao tornar--se responsável em prover o Banco de Antígenos e vacinas contra febre aftosa para a América do Norte (EUA, México e Canadá). Significa dizer que qualquer foco da doença em um destes países, a Biogénesis-Bagó será responsável pela formulação da vacina, que deverá ser en-viada ao país em 72 horas. Por isso, em setembro deste ano, obteve o registro da vacina nos EUA, tornando-se a primeira e única vacina contra febre aftosa registra-da pelas autoridades americanas.

Nesses anos de trabalho e pesqui-sa, a Biogénesis-Bagó se tornou uma empresa líder do setor pecuário, que pode demonstrar grandes conquistas na luta contra a febre aftosa. Uma delas é a obtenção de registros e comercialização de sua vacina em diferentes países. Para o diretor de estratégia para a América Latina, DiptenduMohan Sen – Dee Seen – “É um extenso trabalho, mas que os resultados são compensadores. Estrutu-ramos nossa equipe técnica e de cam-po. Hoje estamos nos principais estados brasileiros, atuando junto aos pecuaris-tas e profissionais do setor, com eficácia comprovada. Estamos próximos a todos os fatores que compõem o mercado bo-vino brasileiro”, garante, pois a empre-sa leva este lema até em seu slogan: “O campo é a nossa vida”...

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Revista do Produtor Rural66

Para alguns, um lugar para ganhar dinheiro. Para outros, um lugar para ser feliz.

Para todos, Biogénesis-Bagó.

O campo é a nossa vida

www.biogenesisbago.com | 0800 701 0752

A Biogénesis-Bagó nasceu no campo. E vive para o campo há mais de 60

anos, criando produtos e soluções inovadoras para o seu fortalecimento.

É porque tem orgulho de fazer parte do campo que a Biogénesis-Bagó:

- É uma das maiores produtoras mundiais de vacina contra a Febre Aftosa,

com mais de 1,5 bilhão de doses produzidas de acordo com os mais

altos padrões internacionais (OIE).

- É o único banco de antígenos ofi cial de vacina contra Febre Aftosa

na América do Sul, sendo também fornecedora do banco de antígenos

antiaftosa da América do Norte (EUA, México e Canadá).

- Comercializa a vacina contra Febre Aftosa em todos os países da

América do Sul com programa ofi cial de erradicação da doença.

- Foi a primeira empresa no mundo a lançar uma ivermectina genérica,

e atualmente conta com cinco versões diferentes.

- Oferece uma ampla linha de produtos para sanidade e reprodução

bovina, com uma equipe profi ssional que assessora os técnicos do setor

e os produtores rurais.

- Opera com sistema de Gestão de Qualidade certifi cado por ISO 9001 e

elabora todos os seus produtos de acordo com normas GMP.

A Biogénesis-Bagó ama o que faz.

E isso se refl ete em melhores resultados para você. Conte com a gente.

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Revista do Produtor Rural 67

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Revista do Produtor Rural68

[Dia de Campo de Verão 2012]

Agrária apresentou novidades em milho, soja, feijão e tomate

Nos campos da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA) foi realizado, nos dias 7 e 8 de março, um dos mais importantes eventos técnicos da agricultura da região: o Dia

de Campo de Verão da Cooperativa Agrária.Os participantes puderam assistir palestras de alto nível téc-

nico sobre milho e soja, além de novidades sobre as culturas do feijão e tomate. Houve ainda debate sobre a produtividade do mi-lho, além de palestras sobre novas pragas no milho transgênico e tendências da agricultura. Ao todo, 33 empresas participaram do evento, expondo seus produtos.

Um dos pontos altos foi a palestra com o pesquisador da Em-brapa Milho, Dr. Ivan Cruz e também a palestra do pesquisador da USP, Dr. José Paulo Molin.

Para o gerente agrícola da Cooperativa Agrária, André Spitz-ner, o dia de campo é um evento tradicional e bastante esperado pelos cooperados e pela região produtora de Guarapuava e outros municípios. “Normalmente era feito um dia específico para os coo-perados e outro para o público em geral. No entanto, este ano abri-mos o evento para todo o público nos dois dias, visando repartir as informações da FAPA com todos os produtores da região. O saldo foi bastante positivo. Tivemos no primeiro dia mais de 574 visitantes e 601 no segundo dia, somando cerca de 1.175 pessoas”.

Leandro Bren (Coordenador Assistência Técnica e FAPA), Jorge Karl (Presidente da Cooperativa Agrária) e André Spitzner (Gerente Agrícola)

Sandra Fontoura Vânia Cirino Vitor Spader Heraldo Feksa Celso Wobeto Etore Reynaldo Ricardo Fernandes

Palestrantes (FAPA e convidados)

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Revista do Produtor Rural 69

Novas pragasDurante o Dia de Campo de Verão

da Agrária, o pesquisador da Embrapa Milho, Dr. Ivan Cruz, ministrou pales-tra sobre novas pragas, especialmen-te sugadoras que vem apresentando maior incidência nas lavouras de milho transgênico.

“O objetivo foi mostrar que a en-trada do milho transgênico, uma tec-nologia tremendamente inovadora, fez com que, de uma hora para outra, cessasse totalmente a aplicação de in-seticida no milho, porque a lagarta do cartucho - de norte a sul - demandava muita aplicação. Com a eficiência alta dos transgênicos, não há necessidade mais de se utilizar produto químico no milho. No entanto, outros insetos co-meçaram a atacar o cereal. Antes, to-dos os outros insetos que poderiam se alimentar no cartucho da planta ou nas proximidades do cartucho eram inibi-dos pela presença da lagarta do cartu-cho. Agora, com a ausência da lagarta do cartucho, outros insetos chegam e encontram uma planta sem dano ne-nhum e sem competidor. Também, de outro lado, como não se utilizava muito produto químico para a lagarta do car-tucho, involuntariamente ou até sem querer, todas as outras pragas eram mantidas sob controle. Não tendo mais a lagarta do cartucho e não tendo mais a aplicação de inseticida, aparecem outras pragas e, por incrível que pare-ça, a predominância maior é de inse-tos sugadores. Discutimos ainda sobre, especialmente no Paraná, São Paulo, e parte de Goiás, a importância muito grande da segunda safra, a “safrinha”. Os percevejos da soja ou os pulgões do trigo, se o produtor não controlar adequadamente, imediatamente após a colheita, e jogar o milho safrinha no campo haverá uma migração muito grande desse inseto, atacando o milho recém-emergido. Neste caso, os danos são muito grandes”.

Cruz falou também sobre as mu-danças climáticas, o aumento de tem-peratura, especialmente da temperatu-ra noturna, o aumento de concentração de CO2 e as mudanças na fisiologia da planta. “Além dos insetos migratórios, de soja e de trigo, outros insetos co-meçam a aparecer, que não são oriun-dos desses cultivos. Por exemplo: hoje nos preocupa muito o aparecimento de uma cochonilha, que é conhecida como cochonilha do abacaxi e está atacando a raiz de milho, fazendo um estrago muito grande em alguns Estados”.

Manejo Integrado de PragasCruz destacou a importância do

Manejo Integrado de Pragas para soja e para o milho. “Hoje o produtor que só planta soja tem que entender o que acontece com o milho. O que só plan-ta milho tem que entender de soja e também sobre outros cultivos, como os de Inverno aqui no Paraná. Hoje, no algodão, milho, soja e arroz temos pelo menos umas seis espécies de pragas que são comuns. Então não adianta entrar com medida de controle para milho e piorar o problema no algodão, na soja e vice e versa”.

Meio ambienteO pesquisador ainda citou que

o produtor não pode pensar somen-te no sistema agronômico. “É preciso buscar métodos de controle que não agridam, ou que agridam o mínimo possível, o ambiente. A produção não é mais só quantitativa, é preciso ha-ver produção sustentável, protegendo o ambiente”.

Altas produtividades x custo de produção

Segundo Cruz, apesar das altas produtividades de milho, os custos também estão muito altos. “Isso é perigoso porque se houver qualquer problema climático, o produtor acaba-rá perdendo. O produtor precisa ana-lisar qual é a melhor produtividade para ele, ou seja, aquela que dará o maior lucro possível, e isso fatalmen-te está ligado ao uso da tecnologia. No entanto, não basta usar a tecnolo-gia somente por usar, é preciso saber se aquela tecnologia é adequada ao sistema produtivo dele, para que se tenha um custo menor e com isso, possa também utilizar uma tecnologia de menor impacto ambiental”.

Dr. Ivan Cruz (Pesquisador da Embrapa Milho)

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Revista do Produtor Rural70

Agricultura de Precisão

Agricultura de Precisão foi o tema apresentado pelo professor do Departamento de Engenharia de Biossiste-mas da Esalq/USP, José Paulo Molin, durante o Dia de Cam-po de Verão da Agrária 2012.

Ao falar sobre a impor-tância da automação no dia a dia, o palestrante destacou que o processo de automa-ção é um benefício e não um sacrifício. “Temos que aceitar isso e entender o processo para aproveitá-lo da melhor forma possível. A automação permite a racionalização do uso da máquina e insumos, por exemplo”.

Segundo Molin, é mito dizer que as ondas de mecanização reduzem mão--de-obra. “Quando começou a colheita mecanizada da cana de açúcar diziam que isso eliminaria milhões de postos de trabalhos no Brasil, um debate de cunho ideológico. Hoje vemos que essa transi-ção está ocorrendo numa marcha muito rápida e ninguém está sentindo a falta do emprego de colheita do cortador de cana. Muito pelo contrário, o pessoal está subs-tituindo o corte manual porque não tem mais quem corte a cana e ninguém mais quer uma atividade daquelas. O que não foi feito foi o preparo daquele cortador de cana para ser um operador de máqui-na. Não fizeram a tarefa de casa e agora está faltando o operador de máquina. Por isso, é um mito dizer que vamos eliminar mão de obra, muito pelo contrário, pre-cisamos de mão de obra cada vez mais qualificada”.

Multidisciplinaridade da APMolin comentou que a Agricultura

de Precisão é multidisciplinar. “Ou seja, o agrônomo de campo nem sempre tem informação suficiente de máquina, te-mos um pedaço do sistema muito mal

coberto e não estamos falando a mesma linguagem, por isso temos perdas signifi-cativas. Portanto, a multidisciplinaridade significa que as estruturas precisam ter pessoas que respondam pelas diferen-tes demandas, sem preconceitos e sem detrimento de um em relação ao outro, ou seja, é preciso ter profissional para atender as novas demandas. Não posso ter um profissional, por exemplo, que se acha o rei em fertilidade de solo, mas não sabe ligar um GPS”.

CalcárioSegundo Molin, é preciso lembrar

que a aplicação de calcário é uma ope-ração um pouco mais nobre do que vem sendo tratada. “O lote de calcário que veio da Calpar, de Castro, por exemplo, é diferente do lote que veio de outro lu-gar. O produtor não é o mesmo, por isso o funcionário ou produtor precisa plane-jar e dedicar uma meia hora para fazer a calibração da máquina para esse novo produto. Precisa fazer a calibração de lar-gura, de doses, enfim todos os procedi-mentos necessários que, no campo, nem sempre é feito. A operação carece de um pouco mais de nobreza. Não é porque é

um produto barato que pode ser aplicado do jeito que a má-quina entende. É preciso mais cuidado no planejamento e start da aplicação”.

Aplicação do adubo“Eu não quero entrar na

polêmica do aspecto de rela-ção adubo/solo, porque não é a minha área. Mas existe uma crítica muito forte com relação a se aplicar alguns adubos, por exemplo, fonte de fósforo a lanço em superfície de so-los mais argilosos ou de baixa fertilidade. Isso porque haverá um baixo aproveitamento, uma concentração na superfície

e uma não fertilização do perfil. Eu con-cordo com essa teoria. São duas grandes ondas: taxa variável e adubação a lanço de superfície. Uma é uma circunstância: aplicar superfície. Aplicar taxas variáveis não é uma circunstância é o bom senso, é uma evolução gerencial. Só que estão misturando as duas coisas e se amanhã der errado, vão colocar a culpa na taxa variável e não na adubação da superfície.

AP sem volta“Não tem volta. Não tem tamanho,

não tem escala. No Rio Grande do Sul tem pequenos e médios produtores fa-zendo, tem Cooperativas fazendo, há Cooperativas de AP no Rio Grande do Sul. Alguns dizem que é algo complica-do, mas é lógico: para que colocar aon-de não precisa? Se eu tenho ferramenta palpável e uma relação custo benefício que me justifica, por que não fazer? En-tão no futuro isso vai ser embutido, o que os americanos chamam de tecnolo-gia embutida, não embarcada. É tipo a genética. Ela está embutida na semente. E nós vamos ver a AP embutida de algu-ma forma, é claro que temos que evoluir bastante para chegar lá”.

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Revista do Produtor Rural 71

Mais de 500 pessoas passaram peloestande do Sindicato Rural de Guarapuava

WinterShow 2012 será dias 17 e 18 de outubro

Foi grande a movimentação no estande do Sindicato Rural de Guarapuava durante o Dia de Campo de Verão da Cooperativa Agrária, realizado nos dias 07 e 08 de março, na Fundação Agrária de Pesquisa Agrope-cuária (FAPA), em Entre Rios/Guarapuava.

Mais de 500 pessoas passaram pelo estande da entidade. Associados puderam atualizar o cadastro, tirar fotografia para carteirinha e ter acesso a informações sobre cursos, palestras e eventos em geral.

Um dos mais importantes eventos técnicos da agricultura da região de Guarapuava, o evento proporcio-nou aos participantes a oportunidade de assistir palestras de alto nível técnico sobre milho e soja. Outras culturas – como tomate e feijão - foram novidades nesta edição, que atraiu mais de 1.100 pessoas.

A Cooperativa Agrária já definiu a data de realização da próxima edição do WinterShow: o evento ocorrerá nos dias 17 e 18 de outubro. Promovido todo ano no distrito de Entre Rios, o WinterShow é um encontro vol-tado a divulgar e debater a tecnologia da cadeia produtiva das culturas de inverno, da pesquisa ao mercado, passando pelas técnicas de cultivo. Além de palestras de especialistas convidados, a programação também traz, nos campos da FAPA, estandes de empresas, exposição e dinâmica de maquinário. A Cooperativa divulga-rá em breve mais detalhes sobre o evento.

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Revista do Produtor Rural72

Sicredi realiza Assembleia Geral Ordináriade Delegados em Guarapuava

[Cooperativa de Crédito]

À esquerda o presidente Adilson, ao seu lado o vice-presidente Conrado e os delegados representantes de cada núcleo da cooperativa

Delegados votam os ítens do edital durante a assembleia

No centro da mesa de honra o Presidente Adilson conduz a Assembleia Geral Ordinária

A Sicredi Terceiro Planalto finalizou a rodada de Assem-bleias de Núcleos no mês de março de 2012 nos 8 muni-cípios onde atua com a Assembleia Geral de Delegados.

O evento reuniu os representantes de cada núcleo no dia 27 de março em Guarapuava/PR.

A assembleia foi conduzida pelo presidente Adilson Primo Fiorentin que apresentou os números da coopera-tiva como o de associados, que passou de 7 mil em 2010 para 9 mil em 2011, o resultado, que também cresceu e superando os 2,7 milhões.

Além dos recursos administrados que passaram de 65 milhões, o número que mais impacta na comunidade é a carteira de crédito, que fechou 2011 na casa dos 100 mi-lhões. “São recursos liberados aos nossos associados que promovem o desenvolvimento das comunidades onde es-tamos inseridos”, comentou Fiorentin.

Para Fiorentin, a Assembleia Geral Ordinária de Dele-gados encerrou uma fase de reuniões onde a proximidade com o quadro social se revela positiva a cada ano. “Nas assembleias pudemos apresentar o excelente ano de cres-cimento que a cooperativa Sicredi Terceiro Planalto teve e nos aproximar ainda mais dos associados que movimen-tam nossa cooperativa nas 10 unidades de atendimento que temos na região”, enfatizou Fiorentin.

Estiveram presentes no evento os conselheiros e dire-tores da cooperativa, os gerentes das unidades de atendi-mento, além dos representantes da Central Sicredi PR/SP e presidentes das cooperativas coirmãs: Sicredi Centro Sul PR/SCe Sicredi Grandes Lagos PR.

Sobre o SicrediO Sicredi é um conjunto de 116 cooperativas de crédito, in-tegradas horizontal e verticalmente. A integração horizon-tal representa a rede de unidades de atendimento (mais de 1.150 unidades de atendimento), distribuídas em 10 Esta-dos* - 905 municípios. No processo de integração vertical, as cooperativas estão organizadas em quatro Cooperativas Centrais, uma Confederação, uma Fundação e um Banco Co-operativo, que controla as empresas específicas que atuam na distribuição de seguros, administração de cartões e de consórcios. Mais informações no site sicredi.com.br.

* Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará, Rondônia e Goiás.

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Revista do Produtor Rural 73

Para que serve a liquidez dos seus rendimentos?

Resgate sem perda dos rendimentos

[Mercado financeiro]

Você abriria mão da possibilidade de sacar suas aplicações financeiras a qualquer momento em troca de rece-ber remuneração mais elevada para os seus rendimentos?

Para a grande maioria dos inves-tidores a resposta é sim desde que al-gumas condições sejam atendidas. Para começo de conversa, é fundamental ter as finanças pessoais organizadas. Abrir

mão da liquidez dos investimentos pode significar não ter recursos disponíveis na conta corrente para cobrir eventu-ais gastos emergenciais. Dessa forma, é preciso dedicar algum tempo e esforço para identificar possíveis necessidades financeiras não programadas, separar um montante compatível e aplicar essas reservas em ativos com liquidez.

O segundo passo é avaliar se a re-

lação entre o risco associado à perda de liquidez dos seus investimentos com-pensa o retorno adicional esperado. De uma forma geral, o tomador sempre estará propenso a pagar um prêmio de remuneração se receber a garantia de que os recursos não serão resgatados antes de um determinado período.

Fonte: O consultor financeiro, Valor Online.

Sicredinvest é um investimento que oferece segurança e rentabilidade, alia-das à liquidez diária após o período de carência. Por isso, é uma aplicação indi-cada para quem deseja ter a opção de resgatar os recursos antes do prazo de vencimento sem perda dos rendimentos.

A remuneração é pós-fixada, calcu-

lada por um percentual do CDI definido no momento da aplicação e mantido du-rante todo o período da operação.

No Sicredinvest a carência é o perío-do em que o recurso deve ficar aplicado para poder ser resgatado com rendimen-tos, e o prazo de vencimento é o perío-do em que os recursos ficarão aplicados

caso não haja resgates.Para saber mais sobre os produtos

de investimentos procure a unidade de atendimento do Sicredi mais próxima de você, lá sempre haverá um profissional qualificado para prestar consultoria gra-tuita e lhe oferecer as melhores opções para seu dinheiro render mais.

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Revista do Produtor Rural74

[Soja]

Produtores dão um show de produtividade com a Benso 1RR

Outras produtividades:

Após muito trabalho durante a safra de verão, em que muitas vezes o clima deixou a desejar, produtores iniciaram suas colheitas com o sentimento de missão cumprida. Acompanhe alguns relatos de produtores de alta tecnologia que através de lavouras bem manejadas, utilizando técnicas modernas, insumos de qualidade e uma genética moderna e inovadora atingem produtividades muito acima das médias regionais e nacionais.

“A Benso 1RR me surpreendeu e produziu 5050 kg/ha de média em um talhão de 92ha. Estou muito satisfeito, vou triplicar a área”

Matheus Julik

Foi fechado um talhão passado GPS e deu 4650 kg/ha. Ainda tenho outro talhão de Benso 1RR, que promete produzir ainda mais.

Cláudio MajowskiFazenda Pinhal Ralo - Pinhão - PR

Em uma área de 90 ha de Benso 1RR obtivemos uma média de 4400 kg/ha.

Guinter e Siegfried WinklerFazenda Porungos

Ewald Klein 4.100 kg/ha

Carlos Luhm 3.750 kg/ha, com 20 dias de seca na floração

Helmuth Stutz 4.075 kg/ha, com 21dias de seca na floração

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Revista do Produtor Rural 75

“A Benso 1 está mostrando no campo a competência dos produtores altamente tecnificados que Guarapuava possui, juntamente com uma genética muito boa. A Benso 1 precisa disso para apresentar ótimos resultados. Em um ano de grande instabilidade pluviométrica, ela mais uma vez bateu recordes. Mas isso não seria possível sem um pacote tecnológico completo e exigente, tanto em solo, adubação e aplicação de produtos. Agradeço aos parceiros pela oportunidade de mostrá-la no campo e aos produtores que tem esse nível a colocá-la, sem medo, ao lado de qualquer soja hoje disponível para nossa região”.

Henrique Michalak, engenheiro agrônomo da Oeste Insumos, distribuidora da Sementes Benso

Os corpos técnicos da Sementes Benso e seus parceiros agradecem a confiança dos produtores e desejam muito suces-so durante a colheita desta safra. Reiterando seu comprometimento com pesquisa e assistência para que um número cada vez maior de produtores possam contar com genética de qualidade, que valorize seu trabalho e aumente ainda mais suas produtividades. Parabéns e boa colheita a todos!

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Revista do Produtor Rural76

[Ponto de vista]

Percepção da produção agrícolaainda é entrave

Por Eduardo LeducVice-presidente Sênior da Unidade de Proteção de Cultivos da BASF para

a América Latina e de Sustentabilidade para a América do Sul

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Embora a imagem que a opinião pú-blica tem em relação ao produtor rural venha mudando nos últimos

anos, ainda há uma parcela significativa da opinião pública que o enxerga de for-ma distorcida.

Para se ter uma ideia, em 1940, um agricultor era responsável por alimentar 19 pessoas, em 1970 esse número sal-tou para 73. Hoje, o mesmo agricultor, na mesma área, consegue produzir alimen-to para 155 pessoas. Isso só foi possível graças às práticas de desenvolvimento de tecnologia e aumento de produtivi-dade, oriundos de melhores sementes, fertilizantes, maquinários, defensivos agrícolas e outros insumos modernos. Mas poucos se dão conta disso.

Sem tecnologia, certamente pagaría-mos bem mais caro por nossas refeições.

Seria necessária mais terra para plantar, o que provocaria mais desmatamento. Os grupos sociais minoritários e/ou po-liticamente mais fracos seriam os mais prejudicados. Foi com base na pesquisa e na tecnologia para aumentar a produ-ção de alimentos que ocorreu na década de 60 a chamada “Revolução Verde” na agricultura, que concedeu ao engenheiro agrônomo Norman Ernest Borlaug o Prê-mio Nobel da Paz.

Para investigar quais seriam as prin-cipais diferenças de percepção entre a atividade agrícola e os consumidores, a BASF realizou uma pesquisa global na qual foram ouvidos 1.800 agricultores e 6.000 consumidores no Brasil, Índia, Es-tados Unidos, Alemanha, Espanha e Fran-ça, em parceria com a empresa mundial de pesquisa de mercado Synovate GmbH

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Revista do Produtor Rural 77

e com o Professor Dr. Ulrich Oevermann, Professor de Sociologia da Universidade de Frankfurt.

A pesquisa apontou um interesse dos consumidores por informações sobre agricultura e também a existência de um respeito pelos agricultores, mesmo em países onde menos de dois por cento da população trabalha com agricultura. Em contrapartida, há um consenso entre os dois grupos de que a reputação dos pro-dutos agrícolas ainda permanece baixa.

Outro ponto de percepção seme-lhante entre consumidores e agricultores está relacionado à vocação do agricultor: o produtor seria uma pessoa que “se de-dica a fornecer alimento”, “apoia a cultura rural” e “cuida da terra”. Os termos “admi-nistrador da terra” ou “cuidador da terra” foi a autodescrição apontada mais vezes pelos agricultores em seis países (mais de 80%). Porém, houve uma classificação inferior quando perguntado aos consumi-dores (50 a 60%). Em uma pergunta re-lacionada, muitos consumidores culpam os agricultores por problemas ambientais, com preocupações em grau mais elevado em países como Brasil, Índia e França (38 a 43%), EUA e Alemanha (23%).

Outro dado importante: cerca de

80% dos produtores e consumidores concordam que o principal objetivo da agricultura é alimentar o mundo. Mesmo assim, a maioria dos agricultores acredita que os consumidores não entendem a di-mensão do desafio da cadeia produtora e suas reais necessidades. A concordância em relação à contribuição da biotecnolo-gia vegetal mostrou-se mais forte entre os agricultores e os consumidores nos países com um grau de adoção mais alto de cul-tivos geneticamente modificados como, por exemplo, na Índia (76% dos agricul-tores e 62% dos consumidores), no Brasil (78% e 29%, respectivamente) e nos EUA (53% e 25%, respectivamente).

Um dos principais gargalos comen-tados refere-se ao preço dos alimentos. Inversamente, o preço da conservação continua sendo obstáculo para os agri-cultores e os consumidores. A maioria dos agricultores acredita que os con-sumidores não estão dispostos a pagar preços mais altos por alimentos produ-zidos de forma ambientalmente corre-ta. Apesar de 30% dos consumidores dizerem que aceitariam pagar preços mais altos por alimentos produzidos de uma forma ambientalmente mais ade-quada, grande parte dos entrevistados

afirmou que não estaria disposta a isto, mesmo em países desenvolvidos como França, Espanha, Alemanha e EUA.

Os produtores agrícolas acreditam que a indústria e os consumidores de-veriam se empenhar mais para apoiar a agricultura com mais produtos ambien-talmente corretos e com o apoio público da indústria, ou seja, um melhor enten-dimento de agricultura e disposição para pagar por benefícios ambientais por par-te dos consumidores.

Todos esses dados apontam, mais uma vez, o grande empenho dos agri-cultores em relação às preocupações dos consumidores. Porém, essas ações necessitam de mais apoio de comuni-cação, pois ficou clara a imagem român-tica que ainda perdura sobre a agricul-tura. É justamente nesse sentido que nós, da indústria, devemos continuar auxiliando os produtores com inovação para trazer novas tecnologias e a infor-mar de forma mais assertiva suas ati-vidades, a fim de mitigar as divergên-cias dessa percepção. Não se trata de uma tarefa fácil, mas importantíssima e inadiável. A realização de campanhas como Sou Agro e Um Planeta Faminto são iniciativas fundamentais.

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Revista do Produtor Rural78

[Floresta]

Guarapuava sediou reunião da APREEmbrapa Florestas e Golden Tree divulgaram resultados de pesquisas; reunião contou com a participação do deputado estadual César Silvestri Filho

Dr. Helton Damin

A Embrapa Florestas e a Golden Tree Reflorestadora promoveram na noite de 08 de março, reunião de divulga-

ção de resultados de experimentos desen-volvidos na região sobre Eucalipto bentha-mii, no Sindicato Rural de Guarapuava. No dia seguinte, aconteceu a reunião técnica mensal da Associação Paranaense de Em-presas de Base Florestal (APRE).

O chefe geral da Embrapa Florestas Dr. Helton Damin e o sócio-gerente da Golden Tree Reflorestadora, Luis Carlos Valtrin, falaram sobre o histórico de in-trodução do material genético no Brasil, adaptação, seleção, clonagem, hibridação e silvicultura de E.benthamii.

A reunião foi realizada no município por intermédio da Golden Tree Reflores-tadora e abordou o termo de adesão à

Dr. Carlos Mendes (APrE)

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Revista do Produtor Rural 79

Novos associados da APRE

APRE, Prefeitura Municipal de Rio Negro, definição do Programa de Pesquisa sobre Macaco Prego, posicionamento político do setor florestal paranaense, apresenta-ção das empresas em processo de filiação à APRE, entre outros.

Segundo Luis Carlos Valtrin, sócio--gerente da Golden Tree, a APRE escolheu Guarapuava para promover a reunião do mês de março porque o município é um

A Associação Paranaense de Empre-sas de Base Florestal (APRE) conquistou no mês de março duas novas empresas associadas. A Empreendimentos Florestais Cambijú e a Madepar Agroflorestal fortale-cem o quadro em busca de aprimoramento técnico e desenvolvimento sustentável. Para o presidente da APRE, Gilson Geronas-so, a entrada de novos associados propor-ciona maior intercâmbio de informações e experiências para seguir trabalhando no crescimento da silvicultura no Estado. “Es-tamos satisfeitos em ter 53 empresas que partilham da mesma visão baseada na tec-nologia, porém atentas às questões sociais e ao meio ambiente”, enfatiza.

O progresso do setor de florestas

Assessoria de Imprensa APREINTERACT Comunicação Empresarial

Jornalista responsável: Juliane Ferreira

(42) 3624-1096 - www.goldentreereflorestadora.com.br

dos maiores produtores de sementes de Eucalipto benthamii e também pela pro-dutividade de eucaliptos na região.

À convite da Embrapa e da Golden Tree, Carlos Alberto Ferreira, apresentou trabalhos sobre o Eucalipto benthamii na região de Guarapuava. “São experimen-tos que estão sendo realizados pela Gol-den Tree em parceria com a Cooperativa Agrária”, disse.

Ele considerou que as reuniões ocor-ridas em Guarapuava foram ótimas. “Ti-vemos a importante participação do de-putado estadual Cesar Silvesti Filho, que apresentou o que está fazendo na área de florestas pela Assembléia Legislativa”.

Houve ainda visita técnica ao vivei-ro de mudas da Golden Tree e em áreas de experimentos no distrito de Entre Rios/Guarapuava.

plantadas é a força motriz da APRE, que incentiva o crescimento dos associados promovendo conferências, palestras e en-contros que trazem novas técnicas e infor-mações que levem ao aperfeiçoamento do setor. Interessada nessa troca de conhe-cimento a Cambijú, que fornece toras de pinus na região de Ponta Grossa, se asso-ciou à APRE. “Atualmente também estamos desenvolvendo programas de silvicultura de precisão e adequação para certificação florestal. Acreditamos que seja um mo-mento oportuno para aderir a um grupo de empresas comprometidas com o manejo florestal sustentável”, explica o engenhei-ro florestal da Cambijú, Marco Ziliotto.

Comprometida com a preservação do

meio ambiente, a Madepar Agroflorestal irá partilhar sua experiência no desenvol-vimento de projetos relacionados à bio-diversidade. “Com a parceria esperamos também maior eficiência dos serviços re-lativos ao reflorestamento, assim como a constante melhora na qualidade dos pro-dutos florestais fornecidos a nossos clien-tes, além de colaborar nos programas de controle e combate de pragas e doenças prejudiciais às florestas”, elenca o admi-nistrador das fazendas da Madepar, Már-cio Metelski.

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Revista do Produtor Rural80

Qualidade da floresta plantadacomeça pelas matrizesSementes e mudas influenciam na produtividade, adaptação e comercialização da madeira

Luiz Carlos valtrin (Golden Tree)

Dr. Gilson Geronasso (APrE)

Florestas de eucalipto com produção de 40 metros cúbicos por hectare por ano já são realidade em diver-

sas regiões no país e a tendência é que esse volume tome proporções ainda maiores nos próximos anos. A presença da espécie também começa a crescer no Estado do Paraná, tradicionalmen-te plantador de pinus. Para atingir uma produtividade tão alta em menos espa-ço, além de cuidados com o preparo do solo, plantio, nutrição das plantas, irri-gação e controle de pragas, é imprescin-dível contar com sementes ou mudas de qualidade e procedência confiável. “A implantação de florestas plantadas com fins comerciais é uma atividade de lon-go prazo, se o produtor errar na escolha da muda corre o risco de perder anos de investimento”, observa o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestas (APRE), Gilson Geronasso.

O aumento de escala da produção de florestas plantadas, como pinus e euca-lipto, tem sido possível devido ao avanço

tecnológico que foi atingido por empre-sas que trabalham no desenvolvimento de material genético mais resistente e adaptado às condições climáticas do local de plantio. “Há quarenta anos os cultivos tinham 20 metros cúbicos por hectare por ano e em 40 anos esse número mais do que dobrou graças à qualidade das ma-trizes”, analisa o gerente da Golden Tree Reflorestadora, Luiz Carlos Valtrin.

No sul do Brasil, o tipo de eucalipto que tem se mostrado mais adequado para o clima sub-tropical é o E. benthamii.

“Essa espécie chegou ao Brasil no fi-nal dos anos 1980 e se mostrou bastante tolerante ao frio. No passado quase não ha-via eucalipto na região e o pinus era ainda mais predominante. Hoje é possível ter flo-restas de eucalipto resistentes e com ciclo de colheita mais curto”, explica Valtrin.

A qualidade da silvicultura reflete di-retamente nos resultados da colheita de eucalipto. O mesmo vale para o pinus, que é a espécie mais plantada no Paraná, ocu-pando uma área de mais de 700 mil hecta-res. O desempenho do P.taeda aumentou

muito desde que começou a ser plantado e atinge cerca de 40 metros cúbicos por hectare por ano. Uma floresta de qualidade pode também garantir o fornecimento de matéria-prima para grandes empresas. “A própria Golden Tree conquistou a confiança de empresas como Klabin, Rigesa, IBEMA e Suzano”, diz Valtrin.

APREA Associação Paranaense de Empre-

sas de Base Florestal (APRE) é uma entida-de sem fins lucrativos fundada em 1968. Atualmente congrega 53 empresas da ca-deia produtiva de Base Florestal dos mais diversos perfis. Além das empresas, oito instituições de ensino e pesquisa formam o conselho científico da entidade.

As associadas à APRE representam 60% da área de floresta plantada no Pa-raná, segmento que é responsável por 7,8% do Produto Interno Bruto do Esta-do e pela geração de emprego e renda para mais de 500 mil pessoas.

Assessoria de Imprensa APRE - INTERACT Comunicação Empresarial Jornalista responsável: Juliane Ferreira

Dr. Carlos Alberto Ferreira(Serviço Florestal Brasileiro)

Page 81: Revista Produtor Rural ed. 30

Revista do Produtor Rural 81Revista do Produtor Rural 81

Funrural, contribuição patronal sobre a folha de salários e desoneração da folha de pagamento

[Direito rural]

CID MArCELO SANDEr, Advogado, OAB/PR 41.010

FErNANDA ruSCHEL SANDEr, Advogada, OAB/PR 50.991

TED MArCO SANDEr, Advogado, OAB/PR 41.106

O título do presente artigo pode parecer confuso, entretanto, es-clarecemos desde já que são três

assuntos distintos, mas que ao mesmo tempo estão interligados por recentes decisões antagônicas de órgãos que pertencem a mesma estrutura organiza-cional do Ministério da Fazenda.

Para facilitar o entendimento, vamos relembrar ao leitor que o Funrural é um tributo pago pelo produtor rural no valor equivalente a 2,1% sobre a receita bruta proveniente das comercializações de sua produção rural (ex.: soja, milho, trigo, ba-tata, feijão, cevada, bovinos, suínos, cor-deiros, etc). Por sua vez, a contribuição patronal sobre a folha de salários é um tributo, atualmente indevido pelo pro-dutor rural, em valor equivalente a 20% sobre a remuneração paga ou creditada aos seus empregados.

Já a desoneração da folha de pa-gamento trata-se de uma medida do Governo Federal, anunciada na primeira semana do mês de abril, com o propósito de reduzir a carga tributária para cerca de quinze setores da indústria que usam mão-de-obra intensiva. A desoneração da folha de pagamento para essas em-presas consiste justamente em trocar a tributação de 20% sobre a folha de salá-rios por uma contribuição social de 1% a 2% sobre o faturamento.

E qual é a relação entre esses assun-tos e o produtor rural? Pois bem, em um momento de crise mundial já com alguns reflexos no Brasil, o Governo Federal, por intermédio do Ministério da Fazenda, de forma salutar decidiu transferir a tributa-ção de 20% sobre a folha de pagamento para 1% a 2% sobre o faturamento para alguns setores da indústria, ou seja, vem estrategicamente desonerar a tributação sobre a folha de salários para garantir o emprego e estimular a contratação de novos trabalhadores.

Por outro lado, o setor jurídico da Fa-

zenda Nacional, por intermédio de seus Procuradores, nas ações de pedido de res-tituição de Funrural estão defendendo com sucesso, a tese de que deve voltar a incidir sobre a folha de salários do produtor rural empregador, justamente a contribuição pa-tronal de 20% sobre a remuneração paga ou creditada aos seus empregados rurais (tese esta sobre a qual já nos manifesta-mos em artigo publicado neste periódico sob nº 18, março-abril/2010).

São duas posições antagônicas do mesmo ente governamental que, de um lado, na esfera administrativa da Fazenda Nacional vem desonerar a tributação so-bre a folha de pagamento de alguns se-tores, transferindo-a para o faturamento, sob o argumento de garantir o emprego e estimular a contratação de novos traba-lhadores. Entretanto, a esfera judicial da Fazenda Nacional, nas ações de pedido de restituição do Funrural, está defenden-do uma tese que vai em sentido oposto, fazendo alegações em Juízo pelo retorno da tributação de 20% sobre a folha de salários do produtor rural, esquecendo-se das conseqüências dessa medida para o emprego no campo.

Mas é apenas mais uma incoerência que parece que só existe no Brasil, senão vejamos. Importante relembrarmos que o produtor rural pagou indevidamente o Funrural desde março de 1993, quando foi inconstitucionalmente instituído, ao passo que a Constituição Federal de 1988 não permitia criar contribuição social sobre a receita bruta. Portanto, por cerca de quase vinte anos o produtor rural pagou o Funru-ral de forma indevida e, limitado pela pres-crição, atualmente só consegue restituir os valores pagos nos últimos cinco anos, con-tados do ajuizamento da ação.

Como se esse prejuízo não bastasse para o produtor rural, e nos referimos aqui ao prejuízo decorrente do erro legislativo, eis que a prescrição é instituto salutar caracterizado pela segurança jurídica, a

defesa judicial da Fazenda Nacional vem argumentar que o produtor rural deve compensar com o Funrural a ser restitu-ído, o valor da contribuição patronal de 20% sobre sua folha de salários, retroa-tivamente aos últimos cinco anos, conta-dos do ajuizamento da ação de pedido de restituição do Funrural.

Em síntese, a conta ficaria assim: durante dezenove anos o produtor rural pagou indevidamente o Funrural; no en-tanto, por força da prescrição, somente consegue restituir os valores de Funrural pagos nos últimos cinco anos, contados do ajuizamento da ação e; por último, fa-talmente ainda terá que compensar esse valor do Funrural a ser restituído com um valor equivalente a 20% sobre a sua folha de salários, também retroativamente aos últimos cinco anos, como se fosse deve-dor dessa contribuição social patronal.

Além de tudo isso, caso a inconsti-tucionalidade do Funrural se consolide e a tese defendida pela Procuradoria da Fazenda Nacional seja a vencedora, o produtor rural terá que iniciar o pa-gamento da contribuição patronal no percentual de 20% sobre sua folha de salários, onerando sobremaneira a con-tratação de trabalhadores, em nítido descompasso com as decisões do pró-prio Ministério da Fazenda, no sentido de desonerar a folha de pagamento com o propósito de garantir o emprego e estimular a contratação de novos tra-balhadores. Só com o passar do tempo é que se verificará as reais conseqüên-cias sobre o emprego no campo, mas as perspectivas com relação ao custo da mão-de-obra não são boas.

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Revista do Produtor Rural82

[Macronutriente]

Importância do cálciopara nutrição das culturas

Milton Ferreira MoraesUniversidade Federal do Paraná (UFPR)

Programa de Pós-Graduação em Ciência do SoloCampus Palotina

[email protected]

O cálcio (Ca) é classificado como macronutriente secundário. O termo secundário é aplicado somente porque o Ca é exigido em menor quantidade em comparação com nitrogênio (N) e potássio (K), denominados macronutrientes primários. Comparativamente, as exigências em Ca pelas culturas são similares as de fósforo (P), magnésio (Mg) e enxofre (S). Há também os micronutrientes: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), níquel (Ni) e zinco (Zn), exigidos em pequenas quantias. Todavia, o Ca é indispensável para o crescimento de todas as plantas e exerce as mesmas funções em todas elas, podendo haver pequenas variações nas funções entre as espécies conforme o tipo de planta.

A absorção do Ca acontece de duas formas, como íon Ca2+ ou quelatizado, podendo ser absorvido via raiz ou folha. A absorção é altamente dependente da umidade (água) do solo, que por fluxo de massa faz o contato do elemento com a raiz. Tem sido admitido que a maior parte do Ca é absorvida passivamente, seguindo a entrada de água na planta. De forma geral, a maior parte do Ca nas plantas encontra-se nas folhas, como conseqüência da grande capacidade transpiratória desse órgão. As flores e frutos transpiram menos e muitas vezes podem apresentar carência em Ca, ocasionando baixo pegamento de flores e/ou reduzindo a qualidade dos frutos.

Page 83: Revista Produtor Rural ed. 30

Revista do Produtor Rural 83

O Ca exerce 3 tipos de funções:Estrutural – forma pectatos de Ca na

lamela média para manter a integridade estrutural e funcional das membranas e da parede celular.

Regulador enzimático – atua na for-mação de proteínas como anexinas e cal-modulinas, que por sua vez, ativam nume-rosas enzimas nas plantas.

Interação com hormônios – o Ca está envolvido na ação de vários fitohormônios relacionados ao crescimento das plantas (divisão e elongação celular). Parece tam-bém estar envolvido com o funcionamento de hormônios de senescência (ex.: etileno) e na indução de resistência a doenças.

Em citros, o Ca é o nutriente mineral mais abundante em termos de conteúdo na massa seca, localizando-se em maior proporção nas folhas (aproximadamente

2,0 %). Os sintomas de deficiência ma-nifestam-se nas folhas novas, apresen-tando clorose marginal, murchamento de folhas, morte de gemas e manchas nos frutos. Pode haver também queda excessiva de frutos novos, produção de frutos mal formados (pequenos) e maior acidez da polpa.

Concentrações foliares de Ca na cultura da soja e no citros em estádio de crescimento:

A adubação com cálcio tem sido re-alizada, em sua maioria, com a prática da calagem, gessagem e/ou adubação com superfosfato simples, todavia, com a in-trodução de variedades de alto potencial produtivo e o advento da adoção de sis-temas integrados de produção e manejo, a nutrição das culturas em Ca, Mg e S ne-cessitam especial atenção.

LITERATURA CONSULTADA:

BORKERT, C.M.; YORINORI, J.T.; FERREIRA, B.S.C.; ALMEIDA, A.M.R.; FERREIRA, L.P.; SFREDO, G.J. Seja o doutor da sua soja. Informações Agronômicas, n.66, 1996. 17p. (Arquivo do Agrônomo, 5)

MALAVOLTA, E. Manual de nutrição mineral de plantas. São Paulo: Editora Agronômica Ce-res, 2006. 631p.

OBREZA, T.A.; ZEKRI, M.; FUTCH, S.H. General soil fertility and citrus tree nutrition. p.16-23. In: OBREZA, T.A.; MORGAN, K.T. (Eds). Nutrition of Florida citrus trees. 2ed. Gainsville: University of Florida, IFAS Extension, 2008. 96p.

PILBEAM D.J.; MORLEY, P.S. Calcium. p.121-144. In: BARKER, A.V.; PILBEAM D.J. (Eds). Handbook of plant nutrition. Boca Raton: CRC Press. 2006. 613p.

RAHMAN, M.; PUNJA, Z.K. Calcium and plant disease. p.79-93. In: DATNOFF, L.E.; ELMER, W.H.; HUBER, D.M. (Eds). Mineral nutrition and plant disease. St. Paul: The American Phytopathological Society, 2007. 278p.

REUTHER, W.; BATCHELOR, L.D.; WEBBER, H.J. (Eds). The citrus industry: anatomy, phy-siology, genetics and reproduction. vo-lume II, Berkeley: University of California Press, 1968. 398p.

ROBINSON, J.B.; TREEBY, M.T.; STEPHENSON, R.A. Fruits, vines and nuts. p.349-382. In: REUTER, D.J.; ROBINSON, J.B. (Eds). Plant Analysis: an interpretation manual. 2ed. Collingwood: CSIRO Publishing, 1997. 572p.

ATENÇÃOEste(s) produto(s) é(são) perigoso(s) a saúde humana, animal e ao meio ambiente.

Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no(s) rótulo(s), na(s) bula(s) e na(s) receita(s).Utilize sempre equipamento de proteção individual.

Nunca permita a utilização do(s) produto(s) por menores de idade.Faça a tríplice lavagem das embalagens.

Descarte corretamente as embalagens e restos de produto(s).

Produto de Uso AgrícolaConsulte sempre um Engenheiro Agrônomo.

Venda sob Receituário Agronômico

1Terceira a quarta folha trifoliolada abaixo da gema apical, no início da floração à floração plena;2Folhas de 5-7 meses de idade.

CLASSIFICAÇÃODOS TEORES SOJA1 CITROS2

Deficiente < 0,20% < 1,6%

Marginal ou baixa 0,20 - 0,35% 1,6 - 2,9%

Adequada 0,36 - 2,00% 3,0 - 6,0%

Excessiva ou tóxica > 3,0% > 7,0%

Revista do Produtor Rural 37

ATENÇÃOEste(s) produto(s) é(são) perigoso(s) a saúde humana, animal e ao meio ambiente.

Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no(s) rótulo(s), na(s) bula(s) e na(s) receita(s).Utilize sempre equipamento de proteção individual.

Nunca permita a utilização do(s) produto(s) por menores de idade.Faça a tríplice lavagem das embalagens.

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Gráfico 4: Porcentagem de cobertura das folhas de soja nos terços das plantas, de acordo o tipo de ponta utilizado. Fonte: Antuniassi et al. (2004 a e 2004b).

Abertura de ângulo e formação de deriva em ponta de aplicação Cone vazio 80.01 pressão 5 bar. - Com adjuvante a base de Fosfatidilcoline.

Avaliação da cobertura de gotas no terço inferior da planta de milho no estagio V6 - Aplicação via terrestre -Vazão 100 lt/ha Pontas de aplicação 110.015 pressão de 3,5 bar. - Com adjuvante a base de Fosfatidilcoline.

Fonte: Trabalho técnico realizado pelo Prof. Dr. Ulisses Rocha Antuniassi, FCA/UNESP – Botucatu/SP - Publicações Fundação Chapadão Safra 2010/2011 Soja/Milho 4ª edição 03/2011.

Superior Médio Inferior

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Indução de ar(AI)

Leque(XR)

Duplo Leque(TJ)

Cone(TX)

sempenho dos pulverizadores de barras. Usualmente as gotas mais finas apresentam maior potencial de cobertura das folhas nas partes baixas das plantas, notadamente em comparação às gotas mais grossas (gráfico 4). Este fato evidencia a necessida-de de maximizar a cobertura dos alvos.

Por esta razão, quando a aplicação precisa fornecer a máxi-ma cobertura das folhas, como num tratamento com fungicida numa aplicação preventiva, a preferência deve ser dada para as gotas mais finas.

SEM LI 700

SEM LI 700

Rev Prod Rural_25_mai jun 2011.indd 37 21/06/2011 22:43:58

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Revista do Produtor Rural84

Sindicato doou ovos de Páscoa para crianças de comunidade rural

Cesta de PáscoaTambém no dia 04 de abril, o Sindica-

to Rural de Guarapuava sorteou uma linda cesta de Páscoa. Concorreram ao prêmio to-das as pessoas que doaram ovos de Páscoa para a Campanha Produtor Solidário. A ven-cedora foi Beatriz Correa Goldoni (esposa do associado Aldoíno Goldoni Filho).

No dia 04 de abril, o Sindicato Rural de Guarapuava fez a do-ação de ovos de Páscoa arre-

cadados durante mais uma etapa da Campanha Produtor Solidário.

Mais de 160 ovos de Páscoa, cai-xas de bombons e barras de chocola-tes foram arrecadados em dois even-tos organizados pela entidade – o curso de solos e planejamento flores-tal e o Dia da Mulher Agropecuarista.

A doação foi feita à Associação Agroecológica Nossa Senhora Apa-recida (ANSAMA), que fica na comu-nidade de Monte Alvão, no distrito de Guará. A distribuição foi realizada pela diretoria da Associação nos dias 05 e 08 de abril, às crianças da comu-nidade, filhos de pequenos produto-res de hortaliças. “Em nome de todos da comunidade de Monte Alvão quero agradecer ao Sindicato Rural por fazer feliz a Páscoa de nossas crianças e a todos que contribuíram para que isso

fosse possível. Deu pra ver a alegria de cada criança ao receber os chocolates, mesmo que demonstrado num tímido sorriso de gratidão... Parabéns! Com toda a certeza, a Campanha Produtor Solidá-rio fez a diferença para as crianças da nossa comunidade, já que muitas delas, provavelmente, não receberiam um ovo de Páscoa, tornando essa iniciativa ainda mais importante”, disse o tesoureiro da Associação, José Denilson Bomfim.

“Nossos agradecimentos os as-sociados e parceiros da entidade que contribuíram com mais essa etapa da Campanha Produtor Solidário. Os pro-dutores rurais estão participando, cada vez mais, deste importante projeto so-cial do Sindicato”, destacou o presiden-te Rodolpho Luiz Werneck Botelho.

Beatriz Goldoni e Adriana Botelho

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Revista do Produtor Rural 85

[Participação]

Dia de Campo de Verão/2012 - Cooperativa Agrária de Guarapuava

Considerado um dos mais importan-tes eventos da agricultura da região de Guarapuava, o Dia de Campo de

Verão contou com presença de mais de 1.100 pessoas. Os cooperados da Agrária tiveram a oportunidade de fazer um in-tercâmbio de ideias e experiências, além de assistir palestras de alto nível técnico.

A Inquima montou um estande na área experimental do campo da FAPA, onde os técnicos apresentaram aos co-operados e clientes da empresa os dife-rentes resultados de aplicação com adju-vantes, como o TA35 e o U10 em relação a

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outras misturas e óleo.O evento foi realizado nos dias 7 e

8 de março, na FAPA - Fundação de Pes-quisa Agropecuária de Entre Rios, distri-to de Guarapuava, mas a sequência do trabalho continua, onde os técnicos da Inquima se colocaram a disposição para acompanhar e assessorar os agricultores nas melhores técnicas e tecnologia em aplicação de defensivos, assim como re-gulagem dos pulverizadores, vazão ideal e produto específico contra o desperdí-cio, principalmente a deriva e entupi-mento dos bicos.

Page 86: Revista Produtor Rural ed. 30

Revista do Produtor Rural86

A Associação Brasileira de Angus fe-chou parceria com a Cooperativa de Carnes Nobres do Vale do Jordão

- CooperAliança de Guarapuava (PR), para a certificação da carne produzida pela co-operativa, situada na região sudoeste do estado, através do Programa Carne Angus Certificada. “A entrada da CooperAlian-ça marca o início do programa no Paraná, que já está presente no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goi-ás, envolvendo 14 plantas frigoríficas dos parceiros Marfrig, VPJ e Silva. Somente em 2011, foram abatidos cerca de 200 mil ani-mais no programa, gerando consistentes premiações aos pecuaristas participantes. É uma satisfação incluir o Paraná na nossa iniciativa”, ressalta Paulo de Castro Mar-ques, presidente da Angus.

O interesse da Angus em trazer o Programa Carne Angus Certificada para o Paraná é antigo. “As negociações com a CooperAliança começaram em 2009.

Hoje, o programa está consolidado e vi-sualizamos um ótimo cenário para come-çar a operar no Estado, até porque a co-operativa dos produtores de Guarapuava estava buscando melhores condições de pagamento para os animais Angus e Cruza Angus dos seus cooperados”, explica Rey-naldo Salvador, diretor do programa de certificação da Angus.

Ao todo são 38 produtores coopera-dos que produzem animais Angus e Cruza Angus. “Esta parceria significa a valorização do nosso produto, canalizando a oferta de gado para o atendimento ao consumidor que deseja carne de qualidade”, assinala Edio Sander, presidente da CooperAliança e produtor de cruza Angus na Chácara Bela Vista (Distrito de Entre Rios).

A CooperAliança abate aproximada-mente 12 mil animais/ano. “O percentual de animais Angus e cruza Angus chega a 45%, atingindo cerca de 500 cortes por mês. Com a certificação do Programa Car-

ne Angus, esperamos até o final de 2012 que este número salte para 1,5 mil ani-mais/mês no programa”, complementa Edio Sander.

O Estado do Paraná desponta como um grande criador de Angus, com mer-cado interno promissor e aquecido. “Em 2011, 42% de todas as doses de sêmen vendidos no Paraná foram de reprodutores Angus, provando que o pecuarista parana-ense conhece e valoriza as características da raça, como fertilidade, precocidade e habilidade materna”, exemplifica Salvador.

“Vale ressaltar que os pecuaristas do Paraná conseguem abater animais Angus ou Cruza Angus de 14 meses, com peso vivo de 500 kg e peso carcaça de 270 kg, comprovando que o Estado apresenta óti-mas condições para a criação de Angus”, afirma Reynaldo Salvador, projetando que até o final de 2012 o Programa Carne An-gus Certificada deverá firmar parcerias com outros grupos locais.

[Certificação]

Cooperaliança é a primeira do PR a obtera certificação do Programa Carne Angus

Felipe Moura (diretor de Marketing da Associação Brasileira de Angus), José Roberto Pires Weber (vice-presidente da Associação Brasileira de Angus), Cezar Silvestri (deputado federal), Edio Sander (presidente da Cooperaliança), Norberto Ortigara (Secretário do Estado da Agricultura e Abastecimento) e Reynaldo Salvador (diretor do Programa Carne Angus Certificada)

Texto: Carlos Nascimento Jr. (Texto Assessoria de Comunicações)

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Revista do Produtor Rural 87

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Revista do Produtor Rural88

Brasil e China ainda discutem as condições fitossanitárias para ne-gociações de milho para o mercado

chinês. Aparentemente, estão próximos de um acordo, desde que, as variedades transgênicas produzidas no Brasil sejam, em grande parte, as mesmas produzidas na Argentina que já acertou o acordo com os chineses.

Os preços para o milho estão desa-linhados com os preços da soja, ou do farelo de soja e, esta situação deverá promover uma reação favorável para os preços do milho no médio e longo prazo.

Assim como a soja, indiscutivelmente, os chineses deverão comprar os grandes excedentes de milho, para garantia de es-toque futuro. Ademais, com as perdas adi-cionais pelas fortes geadas dos últimos

[Mercado]

Milho - Depressão dos preços são momentâneas

Liones Severo, autor do livro “Como lucrar negociando soja”www.graosesoja.com.br

dias em algumas províncias da Argentina, afetaram ainda mais a produção da soja e, responsável pela atual escalada nos pre-ços da soja na Bolsa de Chicago, deveu-se ao potencial de redução da exportação de farelo de soja argentino, sendo pois a Argentina o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja.

De outra forma, as constantes que-das nos preços do milho na Bolsa de Chicago estão diretamente ligadas às vendas de fundos especulativos que compram contratos de soja e vendem contratos de milho.

Portanto, haverá um momento de reversão a seguir.

A produção agrícola mundial está em acentuado déficit nos estoques de garantia.

A Ásia produz cerca de 1,05 bilhões de toneladas de grãos (não estão in-cluídas as oleaginosas, como a soja), enquanto que a América do Sul produz apenas cerca de 150 milhões de tonela-das, ou seja, um pouco menos que a pro-dução de grãos do continente africano.

Portanto nossas preocupações com os atuais excedentes de milho brasileiro são de muito fácil reversão. Seria como dizem os chineses “ás vezes, a montanha que pensamos estar escalando é apenas um grão de areia”. No sentido figurado para dizer que nossos excedentes de milho po-dem ser facilmente absorvidos na magni-tude do consumo mundial. Sem mencionar que a Argentina vai deixar de exportar, de-vido à quebra por seca, a mesma quantida-de que o Brasil tem para vender.

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Revista do Produtor Rural 89

A Tratorcase S/A, concessionária Case IH de Guarapuava e região, conti-nuando sua política de ampliar a

linha de produtos, e oferecer a melhor tecnologia ao produtor, prepara para o mês de junho o lançamento do novo tra-tor Puma, nas versões 195 e 210 cv.

“Os modelos Puma 195 e 210 vêm completar o portfólio de tratores ofere-cidos pela marca ao produtor brasileiro”, explica Lauro Rezende, especialista de marketing para tratores da Case IH.

Os novos tratores Puma seguem a linha Magnum, com duplagem e cabines de série, com suspensão e assento ajus-tável, o que reduz a vibração e propor-ciona conforto ao operador.

O motor Case IH, de certificação Tier III, com capacidade para 6,75 l e sistema de injeção eletrônica Commom Rail, é ao mesmo tempo econômico e potente para as operações mais pesadas em campo.

Independentemente do tipo de ser-viço, os tratores Puma realizam essas atividades com o melhor rendi-mento e o menor consumo de combustível, devido à sua ex-celente relação peso-potência e gerenciamento eletrônico do conjunto motor e transmissão.

Outro detalhe é a cabine ergonômica SurroundVision, que apresenta uma vista panorâmica de 360 graus, além de poder contar com luzes de trabalho dianteiras e traseiras.

Ainda falando de tratores, outro lan-çamento que em breve estará à venda pela Tratorcase será um novo modelo da família Farmall. Sucesso de vendas com os modelos de 80 e 95 cv, a linha passa a contar também com um modelo de 60 cv. O Farmall 60 é o trator ideal para o produtor que não abre mão de alta tec-nologia, mesmo em máquinas de menor potência. Montado sobre o mesmo chassi do Farmall 80, o modelo com 60cv tem maior resistência sem abrir mão dos recursos tecnológicos que con-sagraram a linha Far-mall no Brasil.

[Certificação]

Tratorcase prepara lançamentodos tratores Puma 195 e 210 cv

Giancarlo Biagini, Estagiário em Comunicação da Tratorcase

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Encontro abordou inspeção sanitária e saúde pública

[Medicina Veterinária]

Nos dias 12 e 13 de abril, a Socie-dade Paranaense de Medicina Veterinária (SPMV) – Núcleo Cen-

tro Oeste promoveu o 4º Encontro de Inspeção Sanitária e o 1º Encontro de Saúde Pública no Centro Cultural Ma-thias Leh, no distrito de Entre Rios, em Guarapuava.

O evento contou com a participação de veterinários e acadêmicos de todo o Estado. Nas palestras, mesas redondas e minicursos foi debatida a relevância social da inspeção sanitária, além de temas mais técnicos como a situação da raiva dos herbívoros no Paraná.

O presidente do SPMV - Núcleo Centro Oeste, Adriano Torres Carrasco

tado do Paraná. Ainda no dia 12, houve mesa redonda sobre o Sistema Brasilei-ro de Inspeção (SISBI).

Carrasco destaca a relevância do encontro não só para veterinários da região, mas para toda a sociedade. “Os veterinários que fazem a inspeção aju-

incluído o encontro de saúde pública, que aumentou a abrangência do evento na região”.

O evento iniciou pela manhã do dia 12, com um minicurso sobre inspeção de produtos cárneos. A abertura oficial aconteceu às 13h30. O vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, An-ton Gora, abriu o evento enfatizando a importância do encontro para difundir informações técnicas aos veterinários, que são quem garante a qualidade dos produtos da região.

No período da tarde, foram minis-tradas três palestras, com Andrea Bar-bosa Boanova, autoridade sanitária da subgerência de alimentos – Coordena-ção de Vigilância em Saúde (COVISA\SP), que explanou sobre a organização e as ações da vigilância sanitária de ali-mentos na cidade de São Paulo; Eliel de Freitas, do Conselho Regional de Me-dicina Veterinária, falou sobre o papel do responsável técnico na indústria de alimentos; e a professora Elzira Jorge Pierre, do DEFIS-PR, discorreu sobre a situação da Raiva dos Herbívoros no Es-

diz ter atingido o objetivo do encontro, contando com palestras de professores de instituições de ensino superior de altos níveis, como a Universidade Fede-ral do Paraná (UFPR), Universidade Fe-deral de Lavras (UFLA), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), en-tre outras. “O encontro superou as ex-pectativas. O Núcleo conseguiu fomen-tar o objetivo de fomentar essa área que não é muito divulgada: a inspeção sanitária. O diferencial que proporcio-namos, e que agradou o público, foi ter

Anton Gora

Andrea Barbosa Boanova

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dam a prevenir doenças, tanto em ani-mais como em seres humanos. É preciso ter esse tipo de discussão, porque geral-mente essa é uma área deixada em se-gundo plano, mas de extrema importân-cia, porque lida com a vida das pessoas”.

Na sexta-feira (13), os palestrantes foram Profª. Dra. Loredana d’Ovidio, que falou sobre as boas práticas de fabrica-ção; Prof. MSc. Idael Cristiano Santa Rosa, que abordou a Leishmaniose x Saúde Pú-blica; Profª. Dra. Kate Buzzi, que discorreu

sobre a formação de biofilme em equipa-mentos de laticínios; o médico veteriná-rio Ivy Martins Guimarães, que palestrou sobre as análises microbiológicas para o controle da qualidade dos alimentos, e por fim, Prof. Dr. Walfrido Kühl Svoboda fechou o encontro falando sobre a febre amarela e outras arboviroses de interes-se da saúde pública veterinária.

A primeira palestrante do encon-tro, Andrea Barbosa também comentou sobre a importância do evento para

a formação de profissionais que irão atuar no mercado de inspeção sanitá-ria. “Essa região é de grande produção agropecuária e a formação de profis-sionais em inspeção sanitária é funda-mental”, destacou.

O conteúdo das palestras realizadas no encontro está disponível no site da Sociedade Paranaense de Medicina Ve-terinária (SPMV) - Núcleo Centro Oeste:

www.nucleovetguarapuava.com.br

Adriano Carrasco

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Revista do Produtor Rural92

A Universidade Estadual do Centro--Oeste (Unicentro) promoveu no dia 31 de março, no Auditório do

Centro Mesorregional de Excelência do Leite – CEDETEG, o 2º Encontro Técnico de Culturas de verão.

A programação contou com palestras sobre biotecnologia; perspectivas na ge-ração de novas cultivares de soja; quali-dade de grãos e manejo de doenças na cultura do milho.

Também foi realizada uma mesa re-donda, com a participação do vice-presi-dente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora. “Foram debatidas novas tec-nologias na formação de grãos, até que ponto devem ser usadas e como devem ser

[Biotecnologia]

Sindicato Rural apoiou o2º Encontro Técnico de Culturas de Verão

usadas. Através das pesquisas, pudemos vislumbrar o que nos espera em novas ten-dências e variedades no futuro”, resumiu.

Segundo o professor doutor em Fito-tecnia e organizador do evento, Marcelo Cruz Mendes, o objetivo do encontro foi difundir novas cultivares de milho e soja, além do manejo de doenças. “Trouxemos

resultados de pesquisas realizadas no ano passado em biotecnologia e também as perspectivas na geração de novas cul-tivares de milho e soja”.

Outro tópico de debate foi o manejo de doenças. “Discutimos o manejo de do-enças foliares, como a Cercosporiose (Cer-cospora zeae-maydis), ferrugem comum

(Puccinia sorghi) e mancha de diplodia (Stenocarpella macrospora), que se não combatidas trazem grandes prejuízos aos produtores”, acrescentou Mendes.

O evento teve o apoio do Sindica-to Rural de Guarapuava, Associação dos Engenheiros Agrônomos de Guarapuava (Aeagro) e PET Agronomia.

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Revista do Produtor Rural 93Revista do Produtor Rural 93

[Arroz]

BASF e Epagri lançam cultivar para o Sistema de Produção Clearfield

A BASF, uma das líderes em defensi-vos agrícolas, em conjunto com a Empresa de Pesquisa Agropecuária

e Extensão Rural de Santa Catarina (Epa-gri) acabam de apresentar aos oriziculto-res catarinenses uma nova cultivar de ar-roz irrigado para o Sistema de Produção Clearfield® visando o manejo de plantas do Arroz Vermelho, intitulada SCS117 CL.

A novidade foi apresentada no dia 16 de fevereiro, na Estação Expe-rimental da Epagri de Itajaí, onde se desenvolve atividades de pesquisa, difusão de tecnologia e formação de recursos humanos.

Atualmente a Estação executa um terço das atividades de pesquisa científi-ca da Instituição. “Os produtores de arroz puderam observar in loco todo o poten-cial da cultivar, já que passaram pelas áreas de produção das sementes básicas e também em algumas áreas experimen-tais de confirmação de pesquisa muito promissoras”, afirmou o coordenador do Projeto Arroz da Estação Experimental da Epagri, Moacir Antônio Schiocchet.

Fruto da parceria entre as duas ins-tituições, a cultivar foi desenvolvida es-pecialmente para cultivo na região de Santa Catarina, mas pode ter seu plantio estendido para outras regiões do Bra-sil. Além disso, faz parte do Sistema de Produção Clearfield® Arroz, que combina três importantes fatores de produção: a semente certificada da cultivar SCS117 CL, o herbicida Only® e um Programa de Sustentabilidade, que visa dar longevi-dade ao Sistema.

Cultivar faz parte do Sistema de Produção Clearfield® Arroz Foco será o manejo químico do Arroz Vermelho

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Dentre as principais características da cultivar, valem ressaltar a tolerância ao herbicida Only® para o manejo quí-mico do Arroz Vermelho, tolerância ao acamamento, o elevado potencial de rendimento, a estabilidade de produção, o alto rendimento industrial, a alta quali-dade culinária e a adequação ao proces-so de parboilização. Porém, seu grande diferencial está no fato de apresentar grande adaptação ao sistema de cultivo pré-germinado, que se caracteriza pela implantação da cultura com sementes pré-germinadas, distribuídas a lanço, em solo previamente sistematizado e inun-dado com lâmina da água.

“O sistema pré-germinado é uma das alternativas para áreas que apre-sentam restrição para alta produtivida-de, principalmente em áreas com alta in-festação de arroz vermelho. Nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o sistema ocupa, respectivamente, 100% e 12% da área total de arroz irrigado” afirma, Schiocchet.

A ParceriaO objetivo da parceria entre a BASF e a Epagri é contribuir para o

desenvolvimento da orizicultura nacional, oferecendo alta tecnologia aos produtores por meio da aquisição de sementes produzidas de acordo com o Sistema Nacional de Produção de Sementes ou Semen-tes Certificadas.

A Epagri é titular exclusiva do direito de propriedade intelectual da cultivar de arroz e a BASF é detentora dos direitos de propriedade intelectual da Tecnologia Clearfield, incluindo o que se refere à sequ-ência genética, bem como tolerância ao herbicida Only®. A expectati-va é que até o fim de 2013, 20% da área semeada com arroz irrigado em Santa Catarina utilize a cultivar.

A multiplicação de sementes está sendo efetuada em todas as regiões orizícolas de Santa Catarina. Dessa forma, será possível ava-liar o desempenho da nova cultivar em todas as regiões. “Para se ter uma ideia, praticamente todas as regiões produtoras de arroz do es-tado catarinense estão infestadas com arroz vermelho. Sendo assim, vamos realizar Dias de Campo e reuniões com produtores, além do envio de amostras para a indústria para difundir a cultivar com a Tec-nologia Clearfield” afirma Airton Leites, Gerente Desenvolvimento de Mercado – Cereais-Sul da BASF.

Os estudos acerca da SCS117 CL tiveram início em 1999, quando se realizou o cruzamento entre plantas de arroz da variedade Epa-gri 109 e uma linhagem proveniente do cruzamento entre Irga 369 e AS 3510, esta última portadora do gene de resistência ao herbicida Only®. Após a estabilização das características agronômicas e com-provada a resistência ao herbicida Only®, uma linhagem foi selecio-nada e denominada de SC 536.

Em 2011, a linhagem SC 536 foi registrada e protegida no Minis-tério de Agricultura e Pecuária (MAPA), para cultivo em Santa Catarina com o nome de SCS117 CL. A tolerância do arroz Clearfield ao her-bicida Only® foi obtida em 1993 em pesquisas desenvolvidas pela Universidade de Lousiana, nos Estados Unidos.

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Com o objetivo de destacar a im-portância da mulher no setor agropecuário, o Sindicato Rural

de Guarapuava promoveu uma tarde em comemoração ao Dia Internacional da Mulher na quarta-feira, 28 de março.

O evento iniciou com a palestra “Empreendedorismo e Sucessão Familiar - Valorização e Participação da Mulher”, ministrada por Ainor Francisco Lotério, engenheiro agrônomo, psicopedagogo, especialista em metodologia do ensino superior e gerenciamento do marketing, mestre em gestão de políticas públicas. “A palestra não foi somente motivação, abordamos o êxodo rural, a sucessão fa-miliar, as mudanças que estão ocorrendo no cenário da agricultura e o empreen-dedorismo. A mulher exerce uma função de equilíbrio no empreendedorismo e na propriedade é um agente animador, que acredita e tem um espírito diferen-ciado. Mulher não é somente tecnologia. Mulher é oração, é trabalho, é gestação. Falamos da valorização da mulher, da sensibilidade feminina e destacamos que a sucessão vai acontecer mais facil-mente se a mulher começar a aconselhar os filhos e filhas a serem agricultores”, resumiu o palestrante.

Participaram da comemoração, mu-lheres agropecuaristas, mães, esposas, filhas, netas de produtores rurais e em-presárias do setor agropecuário de Gua-rapuava, Candói, Cantagalo, Pinhão e Foz do Jordão. A coordenadora do Programa Mulher Atual – SENAR/PR, Izabela Brandi-ni, prestigiou o evento e destacou a mu-dança que a mulher está proporcionando no setor agropecuário nacional. “Vocês tem ideia do novo cenário que está sendo formado no mundo rural?”, questionou.

Seguindo a mesma linha, a diretora do Sindicato Rural de Guarapuava, Nil-ceia Veigantes, enfatizou a importância da mulher no agronegócio brasileiro. “Juntamente com o aperfeiçoamento das tecnologias que nos últimos 40 anos fez com que, no geral a produtividade das lavouras triplicasse, também houve evolução nos costumes. Hoje, as mulhe-res, ou são gestoras diretas de proprie-dades rurais, ou juntamente com seus maridos são responsáveis pelas tomadas de decisões no empreendimento. Se o agronegócio é responsável por 1/4 do PIB nacional e pelo superávit na balança comercial, me atrevo a dizer que as mu-lheres têm grande participação nestes resultados, embora ainda que não ofi-

cialmente. Sendo assim, temos que con-tinuar aprendendo, nos aperfeiçoando e nos informando para que essa influência feminina gere ainda mais resultados para nossas famílias e para o país”, discursou. Em seguida, Adriana Botelho, esposa do presidente do Sindicato Rural Rodolpho Luiz Werneck Botelho, convidou todas as mulheres presentes para participarem do Programa Mulher Atual e também da co-missão feminina da entidade.

As participantes aprovaram o evento. “Amei a palestra. Para mim foi um encon-tro maravilhoso, um momento de motiva-ção e valorização”, disse a produtora ru-ral do distrito de Guará, Rosita Malinoski.

Helga Schneider, produtora rural do distrito de Entre Rios, também elogiou a palestra. “Gostei bastante porque na cor-reria do dia-a-dia, muitas vezes, a gente se esquece que é mulher. Trabalhamos demais e deixamos de lado pequenas coisas que nos fazem sentir mais femi-ninas. A palestra proporciona momentos importantes de reflexão”, comentou.

O evento também teve brindes e coquetel, além de caráter social, já que arrecadou ovos de Páscoa (Campanha Produtor Solidário) para crianças caren-tes do município.

[Comemoração]

Dia da Mulher Agropecuarista reuniu mais de 100 produtoras rurais e empresárias do setor

Evento alusivo ao Dia da Mulher abordou o papel da mulher na sucessão familiar rural

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A Câmara Municipal de Guarapuava realizou na noite de 08 de março, Dia Internacional da Mulher, sessão

solene que homenageou 12 mulheres que contribuem para o desenvolvimen-to municipal através de atitudes cidadãs com o Diploma Mulher Cidadã.

A agropecuarista Nilcéia Veigantes, diretora do Sindicato Rural de Guarapua-va, foi uma das homenageadas. A entrega do diploma foi feita por Adriana Botelho, esposa do presidente do Sindicato, Ro-dolpho Luiz Werneck Botelho. Produtores rurais, diretores e colaboradores da enti-dade prestigiaram a solenidade.

A honraria foi instituída em 2002 e

A vice-presidente da Cooperalian-ça, Adriane Araújo Azevedo, foi uma das vencedoras do Prêmio Divas 2012, cate-goria agricultura/agropecuarista.

O evento é realizado pelo Conse-lho da Mulher Executiva da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) e jornal Diário de Guarapuava.

A homenagem aconteceu no dia 10 de março, no Atalaia Palace Hotel, com o objetivo de enaltecer o trabalho das profissionais que se destacam no setor empresarial em 2011, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

[Diploma Mulher Cidadã]

Nilcéia Veigantes recebeu homenagem da Câmara Municipal

Adriane Araújo Azevedo recebeu prêmio Divas 2012

para comemorar os dez anos da certifica-ção, recentemente os vereadores aprova-ram um projeto de resolução de autoria da Mesa Executiva que ampliou de nove para doze homenageadas. Todas as home-nageadas nas edições anteriores também foram convidadas para participar da ses-são solene, 77 no total.

As mulheres homenageadas este ano foram Anair Meira da Cruz, indicada pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso; Dalmice Drewinski, indicada pelo Movimento de Mulheres do Bairro Pri-mavera; Eglecy do Rocio Lippmann, in-dicada pela APADEVI; Ellen Christie Faé , indicada pela ABO (Associação Brasileira

de Odontologia); Soldado Joelma Sureke Henrique, indicada pelo 16º BPM; Luciane de Almeida Limberger, indicada pelo CTG Fogo de Chão; Maria Clair Almeida Gomes, indicada pela Paróquia Nossa Senhora de Belém; Tenente Magda Kiyoto Yamada Ka-wakami, indicada pelo 26º GAC; Nilcéia Mabel Kloster Spachynski Veigantes, indi-cada pelo Sindicato Rural de Guarapuava; Patrícia Manente Melhem, indicada pela Faculdade Campo Real; Terezinha Salda-nha, indicada pela UNICENTRO e Zenilda de Oliveira Almeida, indicada pela Secre-taria Municipal de Saúde.

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[Registro]

Mulher Atual inicia em maio

Workshop de maquiagem

Circuito FMC de Cinema em Guarapuava

O Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar), organizou mais uma turma para o Programa Mulher Atual.

No dia 04 de abril, foi realizada a sen-sibilização do curso na sede do Sindicato. “A previsão é que o curso inicie em maio, com término no mês de julho”, explica a engenheira agrônoma e instrutora do cur-so, Josiane Lusíada Granneman.

A Racco promoveu no dia 18 de abril, Workshop de Maquiagem para associadas e parceiras do Sindicato Rural de Guarapuava.

Devido ao sucesso do evento, uma nova data para o curso já foi agendada. Será no dia 16 de maio, às 19 horas, no salão de festas da entidade.

Desde a criação da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, em 1991, empresas brasileiras têm apoiado milhares de projetos que beneficiam, em grande parte, as comunidades sem acesso aos grandes espetáculos, seja pela distância dos grandes cen-tros ou pelo preço dos ingressos.

A FMC Agricultural Products, com sede brasileira em Campi-nas (SP) e especializada no controle de pragas agrícolas, é uma dessas apoiadoras. Para facilitar o acesso às produções cinemato-gráficas nacionais, a empresa patrocina o projeto Gira Brasil 2012 – Circuito FMC de Cinema, que esteve em Guarapuava nos dias 16, 17 e 18 de abril.

Crianças de escolas públicas tiveram acesso a quatro fil-mes inspirados no cotidiano das pessoas, com histórias que trazem momentos divertidos e situações dramáticas e que fi-zeram grande sucesso nas bilheterias.

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[Capacitação]

Últimos cursos do Senar realizados em Guarapuava:

Trabalhador em ReflorestamentoInventário, poda e desbaste em cultivo florestal24 e 25 de abril - Local: Sindicato Rural de GuarapuavaInstrutor: Daniel Giorno

Trabalhador na Aplicação de AgrotóxicosFormigas cortadeiras23 de abril - Local: Sindicato Rural de GuarapuavaInstrutor: Daniel Giorno

Trabalhador na Piscicultura - Sistemas de Cultivo13 e 14 de abrilLocal: Colégio Agrícola Estadual Arlindo Ribeiro – GuarapuavaInstrutor: Sérgio Ricardo Hoppen

Trabalhador no Cultivo de Plantas Industriais - Produção de erva-mate02 e 03 de abril - Local: Colégio Estadual Agrícola Arlindo Ribeirode GuarapuavaInstrutor: Luiz Caniel

Trabalhador na Bovinocultura de Leite - Casqueamento 13 e 14 de março - Local: Sindicato Rural de GuarapuavaInstrutor: Marcelo Simionatto Alves

Produção Artesanal de Alimentos – Panificação16 e 17 de abrilLocal: Centro Comunitário Paiol de Telha – GuarapuavaInstrutora: Inês Maria Wietozikoski

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Trabalhador em Reflorestamento – Cultivo de pinus19 e 20 de março - Local: Sindicato Rural de GuarapuavaInstrutor: Daniel Giorno

Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) – Cenário AgropastorilGestão do Agronegócio08 de março a 06 de julho - Local: Entidade Social Projeção – Entre RiosInstrutor: Rubens Gelinski

Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris De Olho na Qualidade07 de março a 25 de abrilLocal: Colégio Estadual Agrícola Arlindo Ribeiro - GuarapuavaInstrutora: Josiane Luzia Granemann

Trabalhador na Bovinocultura de CorteManejo de bovinos de corte06 e 07 de março - Local: Sindicato Rural de GuarapuavaInstrutor: Paulo Schwab

Trabalhador em Reflorestamento (matas homogêneas) - Cultivo de eucalipto05 e 06 de março - Local: Sindicato Rural de GuarapuavaInstrutor: Daniel Giorno

Programa Empreendedor Rural - Fase I03 de março a 23 de junho - Local: Cooperativa AgráriaInstrutor: Luiz Augusto Burei

Trabalhador na Administração de Empresas AgrossilvipastorisDe Olho na Qualidade16 de janeiro a 03 de março - Local: Reflorestadora SchramInstrutor: Tibério Budal

Trabalhador na Bovinocultura de Leite - Ordenha mecânica24 a 28 de abrilLocal: Centro Social – Distrito de Palmeirinha/GuarapuavaInstrutor: Itamar Cousseau

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N o mercado internacional de carnes, o Brasil mantém desde 2004, a posi-ção de maior exportador mundial e o

terceiro maior produtor de carne de aves do mundo, tendo terminado 2010 com a marca de 3,819 milhões de toneladas embarcadas para mais de 150 países (Apex Brasil, 2010) e produzindo menos apenas que os Estados Unidos e China. Neste setor, o Brasil empre-ga mais de 4,5 milhões de pessoas, direta e indiretamente e responde por quase 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Com esse desempenho, a carne de frango brasileira aumentou ainda mais sua presença na mesa dos consumidores pelo mundo, sendo que 65% da produção permanece no mercado interno, compro-vando a força dessa indústria para o país. Esse aumento do consumo de frango pela população brasileira tem contribuído de maneira significativa para o desempenho da avicultura nacional. Em 2010, a União

Brasileira de Avicultura (Ubabef) esperava crescimento de 3% para a produção de aves, no entanto, o volume de carne de frango chegou a 12,230 milhões de tone-ladas, registrando incremento de 11,38% em relação a 2009.

Hoje se aproveita praticamente tudo do frango, o que comprova isso é o numero cres-cente de exportação de miudezas de frango para países como a China, que paga altos valores por pés, pescoço, moela, fígado em função de hábitos culturais alimentares.

Por outro lado, a importância social da avicultura no Brasil é inquestionável, principalmente nos estados do Sul, Su-deste e Centro-Oeste, onde em muitas cidades a produção de frangos é a prin-cipal atividade econômica. Esta indústria é caracterizada pela contínua agregação de novas tecnologias, o que tem feito com que a avicultura se destaque dentro do setor do agronegócio brasileiro e mundial.

A avicultura já não precisa provar nada para confirmar a sua importância econômi-ca e social no Brasil. É uma atividade his-toricamente significativa, eficiente e capaz de se ajustar – em geral muito mais rápido do que outros segmentos, pelo seu ciclo de produção – a oscilações de mercado. É evidente que também sofre com as insta-bilidades de que a economia mundial tem sido pródiga em anos recentes; mas é de crer que sua capacidade de reação e de ação é de consenso na sociedade.

Em 1960, foram criados os sistemas de criação denominados “Integração Verti-cal”. Essa integração consiste em parcerias entre empresas e c ooperativas com pro-dutores rurais. As empresas prestam apoio permanente aos avicultores com o asses-soramento técnico, fornecimento de ração, medicamentos e animais, bem como, auxi-liando o produtor durante períodos de crise, amenizando seus efeitos. Esse sistema pos-

[Diploma Mulher Cidadã]

AVICULTURA DE CORTEUm negócio brasileiro de sucesso

Coordenador: Prof. Dr. Paulo Roberto OstAcadêmicos:

Leandro KlimionteMarjury Maronezi

Jaqueline Midori OnoRozana Wendler da Rocha

Henrique Carniel

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sibilita que o produtor ingresse neste setor, tendo mais segurança no investimento e tenha maior agregação de valor na sua ati-vidade, conseguindo melhores preços para os produtos e viabilizando a exportação. Estima-se que 90% da avicultura industrial brasileira esteja sob o sistema integrado en-tre produtores e empresas. Aos produtores cabe criar as aves com as melhores práticas de produção e de acordo com as mais rígi-das normas de bem-estar animal, biossegu-ridade e sanidade. Tais regras são monitora-das de perto pelas empresas integradoras, garantindo a rastreabilidade do produto da granja à mesa do consumidor.

A avicultura industrial atual pode ser considerada como modelo para outros seto-res, principalmente aqueles envolvidos com produtos de origem animal. Um dos fatores que corroboram com isso, é o nível de tec-nificação desse setor de produção, sempre visando obter um produto de melhor quali-dade, em menor tempo e com menor custo, o que sem dúvida beneficia o consumidor final. Porém, alguns entraves são inevitáveis como, por exemplo, boatos que por conta de uma rápida produção, os animais seriam suplementados com produtos indevidos que poderiam comprometer a qualidade de vida do animal e do produto que chega à mesa do consumidor. Contudo, se sabe que este mérito de produção em alta velocida-de, tem como responsáveis profissionais al-tamente capacitados, que estão sempre em busca de melhorias em genética, sanidade, bem-estar, nutrição e logística, para garantir

que o produto final tenha mais qualidade nutricional e sanitária, não oferecendo risco à saúde do consumidor.

Além disso, outro fator que determi-na a avicultura como exemplo para outros setores, é conseguir fazer com que o ani-mal expresse seu desempenho produti-vo, através da manutenção de ambientes mais controlados possíveis, objetivando maior conforto térmico, sem superlotação, fornecendo água e comida de qualidade.

A produção de carne de frango, em com-paração a outras carnes, é a que menos cau-sa impacto sobre o aquecimento global, me-nor impacto no solo, utiliza menos água para a sua produção, menor consumo de energia elétrica, além de ser uma excelente forma de acessibilidade a proteína de alto valor nutri-tivo (Brazilian Chicken, 2010), onde no Brasil o consumo per capita é de 44 kg por ano, quando comparado a 34 kg de bovinos e 15 kg de suínos (Ubabef, 2011).

Para uma boa produção, o Brasil está comprometido com o cumprimento das re-gras de bem-estar animal estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal – OIE – e possui desde 2008 um acordo de coope-ração com a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) para fornecer informação cien-tífica e aperfeiçoar o conhecimento das equi-pes de granjas e frigoríficos no que diz respei-to ao bem-estar das aves. O uso de hormônios na produção de carne de frango é proibido no Brasil. Além disso, devido ao seu curto proces-so de produção – 30 a 45 dias – tais substân-cias não poderiam fazer qualquer efeito.

Os frigoríficos brasileiros por sua vez, possuem certificações internacionais e seguem processos de qualidade reconhe-cidos e utilizados em todo o mundo, tais como ISO (Organização Internacional para Padronização), HACCP (Análise de Risco de Pontos Críticos de Controle), Global G.A.P. (Boas Práticas Agrícolas), GMP (Boas Práti-cas de Produção), SPOH (Procedimento Pa-drão de Higiene Operacional), entre outros.

De acordo com estudo da FAO – Organi-zação das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura – a carne de frango custa, em geral, menos da metade do preço da carne bovina. Em 2008, a média de preço da car-ne de frango era de US$ 1,8/kg, enquanto a carne suína era de US$ 3,1/kg e a bovina chegava a custar mais US$ 4,5/kg. A carne de frango é rica em proteínas e aminoácidos es-senciais, sendo o peito sem pele o corte que apresenta o maior índice dessas substâncias. Além disso, também é fonte importante de vitaminas do complexo B e minerais, como ferro, potássio, zinco e magnésio.

Neste aspecto, para garantir produtos saudáveis e seguros, o Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento implemen-tou o Plano Nacional de Controle de Resí-duos e Contaminantes (PNCRC) que leva em consideração as recomendações do Codex Alimentarius e foi aprovado pelas missões de auditoria da União Europeias.

Por fim, o setor avícola é um exemplo para os outros setores do mercado brasilei-ro, pois além de ter uma grande participa-ção do PIB do país, é responsável por mais de 40% de todo frango exportado no mun-do e isto está relacionado qualidade sanitá-ria e nutricional do produto, bem como seu preço extremamente acessível.

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Em certa ocasião, em uma das feiras anuais da Expogua, no Parque Lacerda Werneck, nós estávamos no estande do Sindicato Rural de Guarapuava em companhia de Ávio Ribas. Nesse momento, aproxima--se um forasteiro e pergunta de modo irreverente “– por que tribuna as aspirações do homem do cam-po?” – com uma desenvoltura que lhe era peculiar respondeu “– então o senhor não sabe? É o agricultor e o pecuarista que alimentam a população brasileira entre eles: políticos, deputados, senadores, militares e outros”. O forasteiro visitante não respondeu e, não se despediu, afastou-se cabisbaixo, a passos largos.

Nota: o ponto alto da “vaquinha do povo”, lan-çada por Ávio Ribas despertou muita curiosidade aos transeuntes na XV de Novembro. Ávio distribuindo leite em copinhos para a população da cidade.

Ele também foi o precursor da piscicultura, in-troduzindo a carpa alemã com as escamas doura-das, o qual nos foi um dos primeiros associados a receber os primeiros alevinos, em convênio com o piscicultor Miguel Luciano Crechinski, Irati- Paraná. Posteriormente, introduziu a truta, vinda de Campos do Jordão – São Paulo.

Em 11 de novembro de 1981, o jornal do Esta-do do Paraná noticia Guarapuava – “Sindicato reali-zou peixamentos nos rios”.

Ribas destinou-se exclusivamente ao povoa-mento da piscicultura nas cabeceiras dos rios Ba-nanas, Pinhão, Campo Real, Lageado Grande, São João, Tamanduá, Capivara e Rio Cobre, Coutinho e Guarapuavinha, todos tributários das bacias do Ivaí, Piquiri e Iguaçu.

Observações: “Também não podemos deixar no ouvido quando em uma feira da Expogua o Sr. Ávio Bittencourt Ribas distribuiu pacotinhos de soja torra-da e salgada, com sabor de amendoim.”

Feijão Soja é conhecido como a melhor leguminosa, é nativa de vários países “asiáticos”: China, Coréia, Japão, Mandechúria. É de cultivo muito antigo, onde nem existe mais essa leguminosa em estado silvestre.

O feijão soja foi introduzido nos Estados Unidos em 1829, mas sua cultura chamou a atenção somente em 1854. A variedade mamoth foi introduzida em 1882. E desde então, tomou maior interesse a plantação dessa leguminosa.

Entre 1900 a 1910, o departamento de agricultura do Governo Federal dos Estados Unidos importou do Oriente 250 variedades de soja. Na Euro-pa, Haberlandt, introduziu grande número de variedades em 1875, mas a planta tem alcançado ali pouca importância, a não ser em pequena parte do sul da França e Itália. A produção de feijão soja na Mandechúria, em 1909 foi de 2.000.000 toneladas.

BotânicaA designação usual do feijão tem sido “Clicine Soja”, mas ultimamente

tornou-se mais adaptada de “Soja Max”. As flores são pequenas, brancas, ou roxas em facimos auxiliares, geral-

mente com oito a quinze flores em um grupo, mas podendo ter até 35. As vagens, normalmente, são em grupos de três a cinco, e mesmo até doze.

Tem-se contado, às vezes, 400 vagens numa única planta. Apresenta-mos passagens pitorescas de nossos agricultores.

RoceirosNa época em que apareceu a leguminosa Feijão Soja alguns empre-

gados e agregados das nossas propriedades - fazendas, queriam saber da procedência desse feijão, conhecido pelo nome de Feijão “Soares”.

Se esse feijão não era o mesmo “Guarumbe”, nativo das áreas desma-tadas, conhecida por capoeira.

Nota: Feijão “Guarumbe”, chamado pelos índios, é também conhecido como feijão (Serelepe).

[Histórias de Sebastião Meira Martins]

Fatos Pitorescos JORNAL O GUAYRA – Guarapuava – 23/02/1918

História Agrícola

Fonte: Procedência – de nosso acervo particularSebastião Meira Martins

Benjamin H. Hunnicutt - Diretor da Escola Agrícola de Lavras

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Revista do Produtor Rural 105

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Revista do Produtor Rural106

O ano de 2012 iniciou com queda tanto nos preços reais do boi gordo quanto da vaca gorda, segundo os indicadores de preços do LAPBOV/UFPR. Entre janeiro e março, a cotação média mensal da arroba do boi gordo recuou 2,1%, indo dos R$ 95,82 para atuais R$ 93,78. Já o valor mé-dio mensal da arroba da vaca gorda apre-sentou queda mais acentuada (4,8%) recu-ando de R$ 88,51 para R$ 84,25 em março.

Quando a comparação é realizada entre os anos de 2011 e 2012 (período de janeiro a março), observa-se queda de 5,8% nas cotações da arroba do boi gordo (recuo de R$ 100,60 para R$ 94,78) e no caso da arroba da vaca gorda, retração de 5,6% (preço recuando de R$ 91,70 para R$ 86,55). O que aconteceu este ano no Paraná foi uma situação atípica. O clima adverso que atingiu o estado neste verão trouxe consigo algumas conseqüências, entre elas, pastagens de baixa qualidade e animais inacabados para abate, o que

implicou em menor oferta no mercado. Mesmo com reduzida oferta de animais, o preço da arroba do boi gordo apresentou recuo no período analisado, o que carac-teriza uma situação incomum, e que vem se mantendo até o mês de março.

Os três primeiros meses do ano coin-cidem com a safra da pecuária de corte. Por conta disso, os preços da arroba do boi gordo normalmente sofrem um ligeiro declínio. Passados os meses de feverei-ro e março o orçamento do consumidor encontra-se aliviado, após os pagamentos de impostos e outros compromissos finan-ceiros característicos do começo de ano, desta forma o consumo das famílias brasi-leiras tende a voltar à normalidade. A ex-pectativa é que a oferta de gado aumente gradualmente nesse período, equilibrando o efeito de crescimento da demanda. Além disso, com o final da quaresma, o mercado se aquece novamente, gerando expectati-vas ainda mais positivas sobre o consumo.

Sazonalmente os preços da arroba do boi gordo estão seguindo uma tendência de comportamento já esperada para o es-tado do Paraná, de acordo com o indica-dor LAPBOV/UFPR. Já para o estado de São Paulo, segundo dados divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Econo-mia Aplicada (CEPEA/USP), durante o mês de março houve uma pronunciada queda no preço da arroba do boi gordo (Figura 1).

Esta queda nos preços da arroba do boi gordo em São Paulo não reflete a realidade da pecuária paranaense, a exemplo disso, podemos constatar que na segunda semana de março, a média de preço para o estado do Paraná foi de R$ 94,11, enquanto a mé-dia paulista foi de R$ 93,67 (descontando a inflação do período), a resposta para tal dife-rença é provavelmente a oferta de animais.

Apesar do cenário pouco motivador deste inicio de ano, à medida que se aproxima a safra de bezerros e a oferta de animais de qualidade superior, surge uma perspectiva de variação negativa no preço do boi gordo. Os meses de abril e maio são conhecidos como impulsiona-dores da comercialização do gado magro, de acordo com o ciclo pecuário. Porém, os negócios para esta categoria talvez não atinjam picos muito altos neste ano, já que a quebra na safra de grãos no esta-do, pode influenciar diretamente no mer-cado dessa categoria animal pela menor oferta (consequentemente preços mais elevados) dos insumos para a engorda destes animais. O aumento do preço da arroba paga ao produtor é uma tendência que deve permanecer, seja por conta da entressafra ou porque houve um aumen-to nos custos de produção.

Caroline Bastos BalbinotJoão Carneiro

Natalia Marcondes dos Santos GonzalesProf. Paulo Rossi Junior

Prof. João Batista Padilha JuniorLAPBOV

www.lapbov.com.br

Figura 1 - Evolução dos preços reais da arroba do boi gordo entre fevereiro e março de 2012, segundo os indicadores LAPBOV/UFPR e CEPEA/USP, deflacionados pelo IGP-DI (fev/12 = 100).

[Pecuária de corte]

Análise Conjuntural do Mercado do Boi Gordo no Paraná

102

100

98

96

94

92

90

R$/@

2/1/2012

11/1/2012

20/1/2012

29/1/20127/2/2012

16/2/2012

25/2/2012

5/3 /2012

14/3 /2012

23/3 /2012

LAPBOV/UFPR

CEPEA/USP

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Revista do Produtor Rural 107

anúncio grafica

positiva

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Revista do Produtor Rural108

Ói Deus,Nóis tá sempre pedindo as coisas pro SinhôNóis pede dinheroNóis pede trabaioNóis pede pra chovêE se chove demaisNóis pede pra paráMode a coiêta num afetá.

Nóis pede amô,Nóis pede pra casáPede casa pra moráNóis pede saúdeNóis pede proteçãoNóis pede paiz,Nóis pede pra dislindá os nóQuando as coisa cumpricaMode a vida corrê mió.

Quano a coisa aperta nóis rezaPedindo tudo que fartaÉ uma pedição sem fimE quano as coisa dá certo,Nóis vai na igreja mais pertoE no pé de argum santoQue seja de devoçãoNóis deixa sempre uns merréisE lá no cofre da frenteNóis coloca mais uns tostão.

Texto: Fátima Irene Pinto(enviado via e-mail pelo produtor rural Anton Gora)

Mais hoje Meu SinhôBateu uma coisa isquisitaE eu me puis a matutáNóis pede, pede e pedeMais nóis nunca preguntaComé que o Sinhô táSe tá triste ou tá contenteSe percisa darguma coisaQue a gente possa ajudáE por esse esquecimentoO sinhô tem que nos adiscurpá.

Ói Deus, nóis sempre pensaQue o Sinhô num percisa de nadaMas tarvez num seja assimTarvez o Sinhô percisa de mimSim, o Sinhô percisa, simPercisa da minha bondadePercisa da minha alegriaPercisa da minha caridadeNo trato c’os meus irmão.

Nóis semo seu espêioNóis semo a Sua CriaçãoNóis num pode fazê feioNem ficá fazendo rodeioNem desapontá o SinhôNem amargá o seu sonhoQue foi um sonho de amôQuando essa terra todinha criô.

Ói Deus, eu prometoVo rezá de ôtro jeitoVo pará com a pediçãoE trocá milagre por tostãoTarvez eu inté peça uma graçaMas antes vo vê direitinhoO que é que andei fazendo de bãoE se nada de bão eu encontráMuito vo me envergonháE ainda vo pedi perdão.

ORAÇÃO DO CABOCLO

[Versos e prosas]

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Revista do Produtor Rural 109

[EspaçoRuralKids &Teens] Rafael com a super

cenoura produzida peloNôno Vicente Mamcasz.

Maria Eduarda Alves de Camargo,pequena criolista guarapuavana,montada em seu cavalo El Bravo,presente do vô alemão (Carlos Armando Abreu Alves).

Heloise Martins Lustosa Ribascurtindo o final de semana naFazenda Capão Bonito (distrito deEntre Rios/Guarapuava, do bisavôSebastião Meira Martins.

Envie sua foto para o E-mail:[email protected]

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Revista do Produtor Rural110

[Profissionais em destaque]

Thiago Augusto da Costa e Douglas Jobim, engenheiros agrônomos da Oeste Insumos

Norton Rodrigues (Departamento Sindical da FAEP), Arnaldo Machado (Departamento Financeiro do Sindicato Rural de Guarapuava) e Maurinei Benedito Igerski (Assistente Administrativo da FAEP)

Inquima: Fernando Felix, Max Curt Weidmann, Jeferson Rezende, Rui Rances e Edgar Zuber

Master: Mário Gans, Charles Erig (Agrária), Ricardo de Souza

BASF: Antônio Fernando Luchetti, Arthur Acorsi, Maiara Jacobucci e João Henrique Navarro

Cheminova: Luiz Fernandez Aguera e Marcos Bolçone

Dow Agrosciences: Didier André Sentone, Cleberson Santos, Maurício Carboni, Vinicius Montani

BAYER: Cícero Becher, Anderson Taques, Stevan Sikora, Karol Czelusniak e Rafael Gallo

Bayer: Stevan Sikora e Julien Witzel

Milenia: Celso Fidelis e André Barabach

Nidera: Almir Junior Vicencette

Embrapa: Ivan Cruz (pesquisador) e Rodrigo Veras da Costa (fitopatologista)

Tradecorp: Emílio Diniz e Eliandro Rigatti

Roberto H. Ribeiro (diretor regional de vendas Pioneer), Jackson Huzar (acadêmico do 4º ano de Agronomia), Itacir Sandini (professor de Agronomia/Unicentro) e Aparecido A. Grosse (supervisor do SENAR)

Produquímica: Dario Serpa e Guilherme Sá

Fertilizantes Heringer: Letícia Caloy e Ander Possan

Forquímica: Jorge Pereira, Jackson Huzar, Luiz F. Andrade e Almir de Faveri

Marcos Novatzki (Agrária), Celso Tateiva (Guará Campo), Celso Souza (Yara), Luiz Carlos Zampier (Produtécnica), Carlos Brandalize (Produtécnica) e Rodrigo Lima (Agrícola Estrela)

Ihara: Vagner José Naves dos Santos, Fábio Gomes e Leendert de Geus

Dow Agrosciences: Fabiano Romero, Leopoldo Machado, Airton Trento e Arthur Moreira

David Leite (engenheiro agrônomo, RTV da Compo do Brasil) e Pablo Leuch (vendedor da Agropantanal)

Antonio Márcio dos Santos (Repórter da Assessoria de Imprensa da Coamo), Zanoni Camargo (Gerente da Coamo Guarapuava), Rodolpho L. W. Botelho (presidente do Sindicato Rural de Guarapuava) e Ilivaldo Duarte (Assessor de Imprensa da Coamo)

Laudemir Leites (representante comercial CRV Lagoa) e Daiana Braga (Vendas CRV Lagoa)

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Revista do Produtor Rural 111

Agroceres: José Arthur Kair Filho, Guilherme Gazabim e Norberto Ferronato

Coodetec: Marcos Zanette, Marcelo Rodrigues, Eduardo Alberge e Cristiano Buss

Cláudio Lunelli (Agrícola Colferai) e José Augusto Ramos Neto (Arysta)

Forquímica: Valmir de Faveri

Francisco Nogara Neto (Pioneer) e Cláudio Marques de Azevedo (produtor rural)

Equipe Pioneer Sementes

Syngenta: Tiago Dalchiavon, Roberto Leonardo Müllerleiy (Robertinho), Antônio Marques de Souza Neto, Joarez Rupel Filho e Petterson Johnsson Kremer

Du Pont: Vinicius Peterlini Pavoski

Monsanto: Eduardo Back, Pedro Souza e Rafael Costa

Marcelo Campos (Timac Agro), Joacir Kuxla, Jorge Eduardo Antoneli e Dalnei Menon

Rodrigo Martins (Grupo Leh)

Eduardo Back, Rodrigo Romitti, Daniel Pizzi, Edilberto Pizzi e Mauro Hahn (Agroeste)

Chemtura: José Augusto Perin, Luiz Cláudio Hahn, Mateus Chaves e Tobias Zandoná

Pellisson Kaminski, Rodolpho Luiz Werneck Botelho e José Paulo Molin

Itacir Vezzaro, Josnei da Silva Pinto e Maurício Mendes de Araújo

Dr. Guilherme Araújo (Clínica de Olhos)

Dra. Silmara Góes (Laboratório Góes)

Brasmax: Evandro Zeidel

FMC: Ralph Jobbins e Lorena Duda

novos ParceirosPrograma identidade Sindical][

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Revista do Produtor Rural112

[Produtores em destaque]

Luiz Carlos Zampier, presidente do Sindicato Rural de Pitanga

Anton Gora, Maurício Araújo, Ralf Strege e Murilo Ribas

Manfred Majowski Roman Keller, Pedro Kindreich, José Pastal, André Benz e João Arthur Barboza Lima

Anton Gora, Isabela Pereira de Lima, Juliano Vilela de Rezende e Marcos Ventura Faria

Johanes Stecher, Roberto Korpach, Anton Gora, Andreas Keller Junior e Karen Keller

Ernesto Milla, Julien Witzel (Bayer) e Ervin Remlinger

Thiago S. Gomes e Priscila Klein Adriano Burko e Vanderlei Gomes de Assis

Harry Mayer Sueli Lange Raisa e Ernesto Stock Anton Keller I

Edio Sander e Roberto H. Ribeiro

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Revista do Produtor Rural 113

[novos Sócios]

Anelise Buhali e Regina Maria Fassbinder Seitz

Ana Meri Naiverth, Damaris Rover Naiverth, Timóteo Rover Naiverth e David Naiverth

Cícero Lacerda, Luiz Carlos Colferai e Martinho Skawinski (Pioneer)

Cláudio Marques de Azevedo, Gibran Thives Araujo, Helmuth Milla, Cícero Passos de Lacerda e Luiz Carlos Colferai

Cleber Dall’Agnol Emmanuel Sanchez Guilherme Gonçalves Lustoza Araújo

José Losso Filho

• André Yoiti Endo

Ruy Laurici Alves Teixeira Neto

Roberto Pfann e Robson de Paula (Gerente de Pesquisas Agronômicas da Pioneer)

Maurício Gruzska, Leandro Bren e Rafael Brito Veiga Tadeu Vosniak e José Carlos Karpinski

Maria Madalena Marx Roland Paul Gumpl, Herbert Keller, Jair Zart e Eliseu Schuaigert

Franz Hunger

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Revista do Produtor Rural114

[Aniversariantes]M

aio

Junh

o40ª Expoingá – Exposição Agro-pecuária de Maringá10 a 20 de maioParque de Exposições de Maringá/PRwww.srm.org.br/expoinga/44-3261-1700

Programa de Desenvolvimento Florestal – 2º móduloCurso de Gestão Florestal, Mapea-mento e Aproveitamento de Áreas Marginais ou de Baixa Produtivi-dade / Qualidade e Produção de Mudas Florestais de Eucalipto e Pinus / Orientações sobre No-gueira Pecã15 de maioSindicato Rural de GuarapuavaEntrada: 1 kg de alimento42-3623-1115

Semana Acadêmica de Medicina Veterinária da Unicentro21 a 25 de maioCampus Cedeteg42 - 3629-8100

Resultados de Pesquisas Unicen-tro/Agrass/Sindicato Rural31 de maioSindicato Rural de GuarapuavaEntrada: 1 kg de alimento42-3623-1115

01/05 Adelcio Martini01/05 Franz Milla01/05 Franz Stock01/05 Josef Taschelmayer01/05 Ricardo Sales Rosa02/05 Antonio Hertz02/05 Robercil Woinarski Teixeira03/05 Paulo Wolbert04/05 Jose Anilton Fortkamp04/05 Sidney Camargo Junior05/05 Claudio Cordeiro Kiryla05/05 Joel Horst05/05 Zadil Carneiro Batista06/05 Demetrius Pellegrino Barbosa06/05 Ivo Antonio Fabiani06/05 Maria das Graças Abreu Lacerda06/05 Ozorio Eurico Martins Neto07/05 Adam Illich07/05 Conrado Ernesto Rickli07/05 Luiz Carlos Silva Marcondes07/05 Maria da Gloria Martins Messias08/05 Arion Mendes Teixeira Filho10/05 Antonio Fidelis de Vargas10/05 Johann Zuber Junior10/05 Ruy Sergio Taques da Cruz11/05 Macedo Nunes Machado11/05 Rodolpho Soria Santos11/05 Wagner Salvador Ransolin12/05 Elias Brandalero12/05 Simone Milla12/05 Walter Wendelin Weissbock13/05 Eduardo Pletz13/05 Karl Eduard Milla15/05 Antonio Cesar de Re15/05 Jorge Luiz Zattar15/05 Maria Helga Filip15/05 Patrick Egles15/05 Rodrigo das Neves Dangui15/05 Siegfrid Milla Sobrinho

01/06 Renate Taubinger Milla02/06 Claudileia Fornazzari02/06 Werner Brandtner04/06 Jaqueline Geier de Moraes Barros05/06 Amilton Marcondes Júnior05/06 Reinholt Duhatschek05/06 Stefan Remlinger05/06 Teodoro Kredens07/06 Ana Maria Jung Klein07/06 José Maria Machado07/06 Marlon Newton Lustosa Schneider08/06 Heitor Visentin Kramer Filho08/06 Mozart Danguy08/06 Raimund Keller08/06 Roland Wendelin Egles09/06 Anton Schimidt09/06 Carlos Henrique Eyherabid Araújo10/06 Abdul Rahman Daruich10/06 Eduardo Josef Reinhofer10/06 Jandira Caus Milani11/06 Adão Alcione Monteiro11/06 Marcia Dittert Cruz11/06 Sieglinde Marath Schwarz12/06 Johann Kleinfelder12/06 Leandro Bren12/06 Teresia Abt13/06 Everson Antonio Konjunski13/06 João Mauricio Virmond13/06 Rodrigo Augusto Queiroz14/06 Emmanuel Sanchez15/06 Maria Milla16/06 Agenor Roberto Lopes de Araújo16/06 Bernardo Spieler Zehr17/06 Josef Stemmer17/06 Licius Pollatti Schuhli18/06 Cirlene Aparecida Ribas Adriano19/06 Pedro Kindreich

Confira aagenda de eventos

agropecuários:

16/05 Alfredo Cherem Filho16/05 Erika Schussler16/05 Helga Schlafner17/05 Andre Hiller Marcondes17/05 Daniel Baitala18/05 Jose Antonio Ogiboski Almeida18/05 Manoel Antonio Ferreira Bueno19/05 Eugenio Billek20/05 Kazuxigue Kaneda21/05 Alfredo Jakob Abt21/05 Sergio Eliseu Micheletto22/05 Alaor Sebastião Teixeira Filho22/05 Ana Rita Hauth Vier22/05 José Schleder Algaier22/05 Patrick Gumpl24/05 Adam Scherer24/05 Ambrosio Ivatiuk25/05 Elke Monika Zuber Leh25/05 Georg Mullerleily25/05 Rita Maria Wolbert25/05 Stefan Detlinger27/05 Nivaldo Passos Kruger27/05 Sandra Mara Schlafner Sander27/05 Waldemir Spitzner28/05 Cezar Roberto Oliveira Kruger28/05 Felicio Dzvonech28/05 Garon Gerster28/05 Jorge Harmuch28/05 Klaus Ferter28/05 Roberto Hyczy Ribeiro28/05 Walter Stoetzer29/05 Christof Leh29/05 Jorge Schlafner30/05 Ademar Ramos de Souza30/05 Daniel Schneider30/05 Fernando Becker30/05 Jorge Luiz Ribas Taques30/05 Paulo Celso Santos Mello31/05 Antonio Lauri Leite

20/06 Emerson Souza20/06 Jorge Fassbinder20/06 Luis Fernando Kazahaya20/06 Manfred Becker20/06 Michael Winkler21/06 Hermes Naiverth21/06 Josnei Augusto da Silva Pinto21/06 Osvaldir Jouris21/06 Peter Wolbert22/06 Cyrano Leonardo Yazbek22/06 Johann Reiter22/06 Ozoel Martins Lustoza22/06 Paulino Brandelero23/06 Volnei Kolc24/06 Claudia Hertz Marath24/06 Jairo Silvestrin25/06 Walter Josef Jungert26/06 Altair Niquetti26/06 Andreas Keller Junior26/06 Ari Fabiani26/06 Geny de Lacerda Roseira Lima26/06 Gilson Zacarias Cordeiro27/06 Cleverson Naiverth27/06 Petronilia da Silva Nunes Schuagert28/06 Bruno Norberto Limberger28/06 Ivoni Ferreira28/06 João Spieler28/06 Juracy Luiz Roman28/06 Reni Pedro Kunz28/06 Rudolf Egles29/06 Agenor Mendes de Araújo Neto29/06 Marinez Bona Muzzolon Padilha29/06 Mario Bilek29/06 Yasmin Mayer30/06 André Benz30/06 Monika Klein

INSCRIÇÕES ABERTAS!Início previsto: 25/05/2012Término previsto: 04/2013

Informações e Inscrições:Tel. (41) 3331-7643

[email protected]

www.utp.br/pos

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Revista do Produtor Rural 115

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Revista do Produtor Rural116