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ARQUITETURA - DECORAÇÃO - DESIGN - ARTE - ESTILO ANO VIII - Nº 59 - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA WWW.REVISTASIM.COM.BR Dois endereços onde o projeto de interiores já faz valer a compra. Duas iniciativas de arquitetos e designers em prol de espaços públicos. Dê um toque mais vivo à decoração de seu apartamento Walmor Correa revela a anatomia dos mitos e gera a dúvida sobre a existência de outros seres. O estilista, designer, diretor de criação... dá uma palavrinha com a SIM! LOJAS ARQUITETURA PLANTAS ARTE JUM NAKAO

Revista SIM! 59

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Revista sobre arquitetura, design e artes

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ARQUITETURA - DECORAÇÃO - DESIGN - ARTE - ESTILO

ANO VII I - Nº 59 - DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

W W W . R E V I S T A S I M . C O M . B R

Dois endereços onde o projeto de interiores já faz valer a compra.

Duas iniciativas de arquitetos e

designers em prol de espaços públicos.

Dê um toque mais vivo

à decoração de seu apartamento

Walmor Correa revela a anatomia dos mitos e gera a dúvida sobre a existência de outros seres.

O estilista, designer, diretor

de criação... dá uma palavrinha

com a SIM!

LOJAS

ARQUITETURA

PLANTAS

ARTE

JUM NAKAO

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Foto de Felipe Mendonça

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FIQUE POR DENTRO - 08As novidades e tendências do mercado de decoração.

JUN NAKAO - 18Estilista, designer, criador... Jum Nakao fala sobre sua visão acerca do processo de criação.

ARTE - 64Anatomia de mitos e dúvidas sobre a existência de seres nos trabalhos do artista plástico Walmor Correa.

JARDINAGEM - 26As plantas na decoração de ambientes internos são uma ótima solução para fugir da monotonia do concreto dos grandes centros urbanos.

ARQUITETURA - 36Iniciativas particulares de arquitetos na solução de espaços públicos voltados para o turismo e o lazer.

DECORAÇÃO - 48A moda destacada pela decoração nos projetos de duas lojas fashion do Recife.

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Diretor Executivo Márcio Sena([email protected])

Coordenação Gráfica e EditorialPatrícia Marinho ([email protected])Felipe Mendonça([email protected])

REDAÇÃOAndré Clemente([email protected])

Germano Rabello([email protected])

Maria Leopoldina([email protected])

Paula Delgado([email protected])

RevisãoFabiana Barboza([email protected])

Consultoria EditorialRoberto Tavares

Arquiteto ColaboradorAlexandre Mesquita

Operações ComerciaisMárcio Sena([email protected])

ComercialEliane Guerra (81) 9282.7979([email protected])

Assessoria JurídicaAldemar Santos - O.A.B. 15.430

SIM! é uma publicação bimestral daMIRAIMÍDIA DESIGN E EDITORA LTDA

Redação R. Rio Real, 49 - Ipsep - Recife - PE CEP [email protected] / Fax: (81) 3471.3705

ComercialR. Bruno Veloso, 603 - Sl 101Boa Viagem - Recife - PECEP [email protected] / Fax: (81) 3327.3639

Os textos e artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista.

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Esta edição da SIM! está bem eclética. Jardinagem, decoração, moda, design, arquitetura, arte. Cada uma das matérias publicadas nos traz um tema diferente e diferenciado.

Consultamos paisagistas e especialistas em plantas para nos dar dicas de como melhorar o verde e o colorido na ambinetação de interiores. Afinal, basta de concreto que cresce ao nosso redor nos grandes centros urbanos.

Após uma exibição que o marcou como um dos grandes desfiles do século, Jum Nakao deixou as passarelas, mas não largou mão de seu grande dom: a criatividade. Em um papo com a revista SIM!, o designer, estilista, cenógrafo... nos fala sobre criação e seus trabalhos fora da passarela.

Dois projetos de arquitetura que partiram de iniciativas particulares mostram o ganho que espaços públicos podem ter com projetos bem realizados. Um, ainda no papel, busca dar funcionalidade e incentivar o turismo através do Porto do Recife. O outro, já em execução, modificou a paisagem da orla carioca através de novos quiosques que oferecem muito mais que a tradicional aguinha de coco.

Unimos decoração e moda para mostrar duas lojas em que os arquitetos souberam vestir muito bem os ambientes e criar espaços com a personalidade necessária para identificação de potenciais clientes.

Você já viu uma Mãe D´água, uma Sereia ou um Cachorro da Palmeira? Provavelmente não, afinal são apenas mitos do folclore nacional. Mas o artista plástico Walmor Correa, parece conhecê-los e muito bem. Ele nos mostra em estudos de anatomia, pinturas de como seriam essas criaturas. Desde seus esqueletos ao funcionamento de alguns de seus órgãos.

Enfim, leia a SIM! Felipe Mendonça [email protected]

Detalhe de Arte de Jum NAKAO

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TensoflexA Daluz Iluminação passa a revender com exclusividade em Pernambuco produtos da marca Tensoflex. Trata-se de lonas tensio-nadas, compostas de telas de PVC e perfis de alumínio, que possibilitam ao arquiteto realizar rebaixamento de tetos e confecções de painéis decorativos e luminosos. O produto dá ao profissional a liberdade de criação, e ao ambiente uma melhora no efei-to luminoso e na projeção acústica. Além de tudo isso, os produtos Tensoflex são ecoló-gicos e duráveis, unindo a elegância ao que há de mais moderno e politicamente correto no mercado. As lonas estão disponíveis em cinco acabamentos (fosco, laqueado, metali-zado, translúcido e micro-perfurado).Daluz - (81) 3465 9433.

RevestimentosA Luthier apresenta as novas pastilhas de porcelana da NGK, para fachada de prédios. Extremamente resis-tente, o produto é capaz de suportar temperaturas elevadas — até 1.260 graus. Estão disponíveis 14 linhas e 146 cores nos tamanhos 5x5cm e 5x10cm. Se preferir, também é possível criar tonalidades personalizadas. Destaque ainda para os tons metalizados e fume. E uma grande vantagem, as pastilhas podem ser aplicadas em superfícies curvas. Luthier Revestimentos Aflitos - Av. Santos Dumont, 391 - Recife - PE - (81) 3241.6364Boa Viagem - Av. Conselheiro Aguiar, 1472 - Lj. 62 - Recife - PE - (81) 3091.1068 www.luthierrevestimentos.com.br

In-fluênciasEste é o nome da nova coleção de Empório Beraldin. São mais de 200 produtos que vão de tecidos e revestimentos de parede até móveis e objetos de decoração, sempre priorizando as matérias-primas naturais. Entre os tecidos da nova coleção, a técnica milenar do Ikat — na qual os fios do tecido recebem cores antes de passarem pelo tear — o formato original, feito artesanalmente nas sedas, ou na versão mais moderna, feita com estamparia digital em linhos e algodões. Aparece em versões mais sóbrias, tendo o preto e o branco por bases; e nas mais informais, em que as cores formam desenhos com um visual étnico que remete aos tempos pré-colombianos. Empório Beraldin Av. Conselheiro Aguiar , 2205 - Boa viagem - Recife - PEFone: (81) 3328.5591 - www.emporioberaldin.com.br

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Para os pequeninosFabricado em ABS e com assinatura do designer holandês Marcel Wanders, o "Pe-bbles" integra a linha de móveis da italiana Magis. Nas cores laranja e branco e, na versão transparente na cor azul, o móvel funciona como banco e porta objetos. A mobília, além da multifuncionalidade possui rodas que facilitam a sua locomoção pelos diversos cômodos da casa. Com visual cle-an, a peça com 38 x 43,5 cm, se adequa a qualquer ambiente. Diminuti Av. 17 de Agosto - Casa Forte - Recife - PE (81) 3268-1117

Manutenção PermanenteUm estudo realizado pelo Sindicato Nacional de Empre-sas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) mostra que a maior parte das pontes e viadutos da Re-gião Metropolitana do Recife está em alto estado depre-ciativo. A campanha Infra-Estrutura: Prazo de Validade Vencido já atua em sete capitais brasileiras. Pela segun-da vez no Recife, o estudo retrata que alguns trabalhos já foram executados.De acordo com os técnicos especializados, obras de engenharia têm vida útil estimada em 50 anos. Levan-do em conta que parte deste patrimônio foi construída entre as décadas de 40 e 60, pode-se afirmar que, não havendo mudança no tratamento dela, a Infra-Estrutura de Pernambuco está ameaçada.As fotos e relatórios reunidos têm o objetivo de mobilizar os governos federal, estadual e municipal e sensibilizar a sociedade. A Ponte Torre-Parnamirim, citada na análise, por exemplo, apesar de ter menos de 30 anos de cons-truída, tem características que podem ser graves. Possui infiltrações pelas juntas do tabuleiro, apresenta fissuras nos pilares e há deterioração do concreto. Um caso em especial é a ponte do Canal da Malária, em Olinda, onde o grau do problema já está avançado. As armaduras estão expostas, oxidadas e rompidas, o que tira boa parte da resistência da obra em relação a quan-do foi projetada. Devido à falta de inspeções periódicas, perde-se muito, e não só financeiramente.

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Volvo C30Design, engenharia e tecnologia caminham juntos neste importado. O compacto C30, da empresa sueca Volvo, acaba de ser eleito "Melhor Compra 2008" por uma edição especializada.Além de ser considerado o compacto mais seguro da categoria. Um dos destaques do veículo é o porta-malas de 364 litros. Isso sem falar no motor, 2.0, com 145 cv, 18,9 Kgfm. Equipado de série com airbags frontais e laterais, ar-condicionado automático, trio elétrico, piloto automático e sistema WHIPS de proteção contra lesões na coluna cervical, o importado ainda oferece conforto inigualável, direção suave e, pra fechar, motor potente, sendo considerado forte e leve ao mesmo tempo. Rota Premium Av. Domingos Ferreira, 2025 - Boa Viagem - Recife - PE(81) 3464-5454 - www.rotapremium.com.br

Natural TechPensando no consumidor que hoje está mais exigente e atento aos pro-blemas ecologicos, a Todeschini tem como missão a preservação ambiental dentro de sua produção. Para pro-duzir a Natural Tech foram utilizados painéis de MDF do tipo E-1, sigla que indica produto com baixa emissão de formaldeído. Com cinco novos padrões amadei-rados (Avelã, Nero, Moka, Latte e Lenho), padrões em pintura acetina-da (Matone, Búlgaro e Fendi) e novo acabamento em alumínio o “Platinum” (revestimento plástico com lâmina de alumínio, disponível para frentes de cozinhas). A coleção é composta por linhas de móveis com formas contem-porâneas que acompanham as tendên-cias internacionais do setor moveleiro e acessórios que facilitam o dia-a-dia seja em ambientes residenciais ou corporativos. Todeschini Boa Viagem (81) 3465.3525 Piedade (81) 3474.9922

Vidros de Janete CostaNa pauta das ações comemorativas do aniversário do Ins-tituto Ricardo Brenand, entre mostras e atividades artísti-cas está o nome da arquiteta Janete Costa. Uma exposição mostrará a coleção da arquiteta com peças em vidros: um conjunto de 107 peças, destas 44 vidros de farmácias e 63 decorativos. A esposição será aberta ao público, no dia 20 de setembro. O valioso acervo foi entregue pela arquiteta que integra o Conselho do IRB, ao fundador do espaço Ricardo Brennand há pouco tempo e ali permanecerá, a partir de agora, per-manentemente, em espaço reservado na pinacoteca. Instituto Ricardo BrennandEngenho São João, s/n, Várzea - Recife - PE Informações: (81) 2121.0352.

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Moda, design, manifesto, criação...

Foto: Vilma Slomp

Jum Nakao

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Em 2004, na São Paulo Fashon Week, Jum Nakao realizava seu último desfile: 15 looks de uma coleção intitulada “Foguei-ra de Vaidades”. Uma crítica aos que trabalham sem base e sem noção do que estão “criando”. As roupas, que ao final do desfile foram todas rasgadas, expressam a dor do estilista em ver a falta de responsabilidade de quem trabalha com moda.

“Mesmo feita em papel, a moda pode dizer tudo e pode conter uma elaboração e uma arquitetura de valores. O importante é ressaltar a percepção que você tem da realidade e reorganizar a produção do bem de consumo, para criar um País que não seja só a sombra do que vem de fora”, complementa.

Jum nasceu em São Paulo, no ano de 1966. No colegial, fez o curso técnico em eletrônica. Aos 25 anos, cursou modela-gem e corte e costura. Com um alfaiate conseguiu entender a técnica das roupas feitas sob medida e com um joalheiro familiarizou-se com a concepção de acessórios.

Moda, design, manifesto, criação...

Para dar vida à “Fogueira de Vaidades”, Jum Nakao escolheu como material o papel, por ser frágil e efêmero. Foi uma brin-cadeira séria de contar uma estória que deu alma à moda. O sucesso desfile foi tamanho que, ao final, o público invadiu a passarela para pegar partes da roupas que foram destruídas. Posteriormente, foi considerado o desfile do século pelo Museu de Moda de Paris e este ano vai estar em Florença, na Itália, como referência em projeto criativo.

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Sempre avesso à burocracia da sala de aula e a imposição de limites, se pôs na posição de constante questionador. “Eu cos-tumava atrapalhar as aulas, perguntava demais sobre a origem das fórmulas e resultados, para assim tirar minhas conclusões à cerca das minhas próprias descobertas”, lembra Jum.

Depois de todo esse longo percurso, Nakao passou a observar as roupas como uma segunda pele, o que despertava nele uma visão da moda como uma forma de pensar muito pessoal. “Os grupos urbanos se definem pelo vestir e, por ele, você conse-gue identificar quem é aquela pessoa, o que ela faz e até que tipo de música ouve”, explica.

Nos cursos que participou na Coordenação Industrial Têxtil (CIT) conheceu nomes, como Marie Ruckie, Glória Coelho e Alba Noschese, entre tantos outros que influenciaram a sua formação. Paralelamente, estudou Artes Plásticas na Funda-ção Armando Álvares Penteado (FAAP) e fez parte, no fim dos anos 80, de um grupo de criadores que incluía Walter Rodri-gues e Armando Segreto. Antes de concluir o curso, todavia,

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Figurino da série de TV Hoje é dia de

Maria. Foram utilizados mais de 1000

folhas de papel kraft 200 gr, 2 kgs de pó

de ouro, 100 litros de tinta, 100 litros de

cola, 80 lâminas de estilete, arames e

telas metálicas. Participaram aderecistas,

estagiários e pintores em mais de 5.000

horas para a realização de 21 personagens,

sendo 3 atores e 18 bonecos. A altura final

de alguns bonecos chegou a 3ms de altura.

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Jum partiu para Tóquio e, lá, conheceu um mercado da moda muito mais estruturado, e bem diferente do brasileiro. “A prin-cipal diferença está no modo deles trabalharem, tanto no que-sito corpo técnico quanto no mão-de-obra. Todos os cursos lá existentes sobre moda são de formação superior. No Japão, a cultura é prioridade e isso reflete diretamente na formação de um povo, resultando em profissionais de ótima qualidade. Lá, você consegue inovar sem limites”, explicou.

Em 1988, Jum Nakao e mais seis estilistas formaram uma cooperativa com o objetivo de emprestar seus talentos a em-presas e marcas brasileiras. Em 1996, veio a sua primeira par-ticipação no Phytoervas Fashion, onde ele foi apontado como a grande promessa da moda nacional. Já em 2004, após 20 anos trabalhando com moda, Jum já era um nome conhecido nacional e internacionalmente. Nesse momento, houve uma percepção menos deslumbrada e mais cristalina em relação à moda. “O vazio de aparências era visível nesse mercado e tudo isso me angustiava bastante, afinal eu sempre vi a moda como uma grande extensão do corpo e dos pensamentos das pessoas”, diz.

Segundo o próprio designer, no Brasil, continua-se aguardando as tecnologias e tendências mundiais para, só assim, “criar-se” uma moda. Para ele ainda, o segmento está repleto de profis-sionais visionários, mas um dos maiores problemas é que a moda ainda é vista como bem de consumo, e não como algo que remete à cultura de uma nação.

Sobre os novos profissionais, Jum diz que a maior parte deles não tem referências éticas e conceituais. “A cultura de moda do brasileiro, infelizmente, não existe. Por falta de informação e por imposição, a grande maioria só valoriza peças de grife. O nosso povo só cultua o que vem de fora, mas é necessário saber que o que chega aqui do exterior é abarrotado de valores e raízes, conseqüentemente de cultura”, desabafa Jum.

(2004) Vestido da coleção Jum Nakao for Nike. Esta coleção foi vendida

globalmente nos mais importantes pontos de venda. A inspiração foi a

atmosfera das festas no Copacabana Palace. A coleção é uma linha leve e

jovial, incluindo itens como minishorts, tops sobrepostos, vestido e jaquetas.

Luminária para a marca Dominici. Uma luminária, que pela simplicidade de

princípios, aliada a tecnologia, seja atemporal e modelável de acordo com o

ambiente em suas nuances de momentos.

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Atualmente, Nakao leciona no curso de pós-graduação para diretores de criação da FAAP, faz palestras e workshops em diversos lugares, atua como diretor de arte de comerciais de TV e cria objetos e peças para grandes marcas nacionais e in-ternacionais, entre tantas outras atividades.

Para a Nike, por exemplo, Jum Criou em 2004, a coleção Jum Nakao for Nike, que foi vendida nos principais pontos de venda da marca no mundo todo. Como inspiração, a atmosfera das festas do Copacabana Palace. A mistura de cores e tecidos ali presentes revelavam um frescor próprio e as silhuetas destaca-vam a figura da mulher.

Para a Brastemp, Jum criou a mini geladeira PLA – Brastemp Collection, cuja linguagem em preto e branco de gravuras anti-gas valoriza o conceito, a versatilidade e a alta tecnologia dos mini-refirgerantes. O design fez dela um objeto atemporal, sem referências retrô ou moderna.

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Na exposição “Moradias Transitórias”, realizada em novembro de 2007, no Museu do Conjunto Cultural da República, em Brasília, Jum mostrou o trabalho “Paisagem Urbana. A obra discutia o olhar humano nas cidades, que muitas vezes não en-xerga o que está a sua volta. A idéia partiu da vida dos catado-res de papel, quem em geral são invisíveis para a sociedade.

www.jumnakao.com.br

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Fotos: Felipe Mendonça

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Além de um colorido a mais...Utilizar plantas em ambientes internos favorece em muito a qualidade dos espaços e deixa um ar mais leve e natural na decoração.Uma ótima dica para quem já convive com o excesso de concreto nos grandes centros urbanos.

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Com um cenário cada vez mais comprometido, causado pelo crescente número de construções, as cidades vão perdendo seus espaços naturais. O paisagismo, com a intenção de resgatar e restaurar esta condição, traz equilíbrio ambiental e melhorias consideráveis na estética urbana. Mas nos ambientes internos também é possível aplicar toques naturais através do uso de plantas na decoração.

Flores e plantas são excelentes elementos para a decoração e a dinâmica de qualquer ambiente. Com colorido vivo, propiciam sensação de leveza para o lar. Segundo o especialista em paisagismo, Marcelo Kozmhinsky, uma casa com flores e verde alivia o estresse causado por um dia inteiro de trabalho, mas antes da elaboração de um projeto paisagístico, é necessário refletir sobre a sua rotina. “É fundamental dedicar um pouco de tempo e atenção para as plan-tas, caso contrário, o resultado não será positivo”, destaca Marcelo.

Manchas, pragas, cor ideal, a estação, são detalhes importantes que devem ser observados ao adquirir estes elementos paisagísticos. Estas atitudes evitam ter uma planta doente e que reflita um efeito inde-sejado. Outra observação é a questão da salinidade, além da iluminação (muito ou pouco sol), circulação de ar e fragilidade das plantas (algumas exigem uma proteção específica, para ventilação ou iluminação, por exemplo), que são fatores causadores de trans-tornos para o seu jardim interno. “Procure escolher plantas regionais, as já adaptadas em algum jardim e as com o caule mais flexível (possuem maior mobili-dade à ação do ar e facilitam a passagem da seiva)”, aconselha Clodomir Barros, Professor do curso de Ar-quitetura da Faculdade de Ciências Humanas Esuda.

No ambiente ao lado, uma samambaia e um bonsai

complementam o colorido da sala

e dão um ar de jardim ao interior do apartamento.

Plantas de pequeno porte também podem contribuir

com o colorido de seus pequenos frutos ou flores,

como no caso do limão sírio, à esquerda e do bonsai no ambiente ao lado.

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É importante, também, optar por plantas de meia sombra (não necessitam de muita iluminação), como as rústicas, as suculentas e as que têm raízes de pouca profun-didade, exemplo: zamioculca, imbé, os mini cactos, café verde e palmeiras rafis. Para quem quer um colorido a mais, bromélias, lírios da paz e flor de cera são as de maior durabilidade e adaptação a ambientes internos, mesmo as plantas com flores terem um menor tempo de vida.

As flores e as plantas mais procuras, como as samambaias, véu de noiva, bambu-musso e canela de veado, nem sempre entram em harmonia com todos os estilos arquitetônicos. “O paisagismo se preocupa com a estética da ambientação. O espa-ço deve estar harmônico, combinado aos elementos naturais e o gosto do cliente”, explica o arquiteto de projetos paisagísticos, Luiz Vieira.

Para se chegar ao efeito desejado, o ideal é pensar bem antes de escolher quais plantas e flores serão colocadas e em que lugares serão dispostas. A combinação destes elementos é o que vai fazer a diferença no cotidiano do lar. Eles serão cola-boradores para um ambiente leve, vivo e harmônico.

As suculentas como as da foto ao lado

são ótimas opções para quem quer ter

pouco trabalho na manutenção das plantas.

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Informações para a manutenção

das plantas e flores:

Duas vezes por ano, fazer uma adubação química, que contém nitrogênio, fósforo e potássio (conhecida como NPK). Colocar uma colher de chá em volta da planta e não nas raízes;

Misturar água e leite e, com algodão, passar em folha por folha para abrir os poros, deixando a planta respirar;

Trocar de vaso com mais espaço, de acordo com o crescimento das raízes;

Retirar as plantas as folhas doentes;

Regar menos durante o inverno.

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Clodomir Barros - (81) 8833 - 9560

Luiz Vieira - (81) 3466 - 5812 - [email protected]

Marcelo Kozmhinsky - (81)9634 - 9906 - www.raiplantas.com

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Iniciativas particulares em projetos abertos ao público

A reestruturação do Porto do Recife e a organização da orla da praia de Copacabana. Projetos que partiram da iniciativa particular de dois escritórios de arquiteturamostram como é possível melhorar a utilidade e a estética de espaços públicos, principalmente os voltados ao turismo.

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Uma Estação Marítima de Passageiros, utilizada de terminal e escala para navios de cruzeiros nacionais e escala para cruzeiros internacionais. Esta é a função prin-cipal do projeto para o porto de Recife da arquiteta urbanista e sanitarista, Ma-ristela Feitosa, desenvolvido como trabalho de conclusão do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em novembro de 2006, e apresentado à presidência do Porto em janeiro de 2007.

Com a execução das obras, o Porto teria capacidade para receber 2 mil passagei-ros diariamente, podendo receber até 4 mil (o que corresponde à média de dois navios diários, ancorados em períodos diferentes). Um desenvolvimento conside-rável do turismo náutico na cidade do Recife, gerando riqueza para o Porto e para o Estado e um gancho para novos negócios no entorno do local.

E, reconhecendo a importância da permanência das operações comerciais do Porto do Recife para o bairro e para a cidade, a área de cais teria uma nova deli-mitação, até o cais do armazém 6, ficando a zona de atuação do Porto separada da área destinada a novos usos urbanos, por questões funcionais e de segurança, de modo que a área pública possa ser acessada livremente.

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Somados à melhoria paisagem urbana, os espaços destinados à cultura, lazer e gastrono-mia, citados na nova planta, podem tornar-se um ponto de atração turística, já que, pelo projeto, há auto-sustentabilidade nos ambientes de estar (restaurante panorâmico volta-do para o mar, café, lojas). “Os terraços a céu aberto poderiam ser destinados às mani-festações folclóricas de recepção aos turistas e população local”, sugere a arquiteta.

A Estação é proposta para os armazéns 7 e 8, local mais adequado pelas condições operacionais oferecidas, onde a profundidade do cais pode atingir 9,5 m, desde que submetido a dragagem, e com possibilidade de estaqueamento para atingir 12 m. Res-taurando-os, preservando as estruturas de ferro francesas originais dos anos 20, consti-tuídas de pilares, contraventamentos e tesouras, esta implantação seria estratégica, pois tem a vista para o mar e colabora com a logística de atendimento ao turismo náutico. Possui iluminação ornamental, podendo ser vista a distância, marcando o Porto como um marco referencial atrativo. Nestes espaços, órgãos públicos também estariam alo-cados, como Receita Federal, Administração do Porto, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de um Memorial do Porto, com o material ainda conservado da história do lugar.

Também foram contemplados no projeto, a utilização dos armazéns 10 ao 14, que iria variar em Cultura, lazer e gastronomia, como áreas portuárias que foram requalificadas em outros lugares do mundo; abertura de visadas para o mar, por meio de supressão dos muros erguidos entre os Armazéns e a Avenida Alfredo Lisboa, reintegrando o bairro do Recife com sua frente marinha e a transformação do cais dos armazéns em passeio público, dotado de mobiliário urbano.

Maristela Feitosa - Arquiteta Urbanista - [email protected]

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E, quando detalhes de organização de áreas públicas são pontuados, muitos lugares vêm à cabeça. No Rio de Janeiro, na praia de Copa-cabana, projetado também com o objetivo de melhorar as possibilidades turísticas e atrativas em relação ao mar, o Quiosque Orla Rio foi con-cebido para se integrar tanto com a praia quan-to com o calçadão, oferecendo a maior trans-parência possível para que os frequentadores da calçada mais famosa do país aproveitem a visão do oceano.

Para este trabalho, a Índio da Costa Design Ltda., por meio dos designers Luiz Eduardo Ín-dio da Costa, Martin Birtel, Augusto Seibel e Elena Golebiowski, projetaram uma cobertura piramidal de base quadrada de 25m², formada por uma superfície de lona e um beiral de vidro temperado/laminado leitoso, que é suspenso por apenas um pilar excêntrico. A sensação é que toda a cobertura flutua.

Um balcão cilíndrico permite o atendimento e a visão de 360 graus aos trabalhadores do am-biente. É feito de uma estrutura em inox, reves-tido de painéis de fibra de vidro com madeiras com tampos de granito e vidro temperado. Um conjunto de portas curvas em vidro laminado desliza ao redor do balcão permitindo o fecha-mento total ou parcial, fazendo com que portas isoladas sirvam de pára-vento no caso de ven-tania forte.

Rio de Janeiro, RJQuiosque Orla Rio

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Um sistema especial foi desenvolvido para que todas as portas corressem em um único trilho circular, se acumulando atrás dos pila-res do quiosque. A intenção foi recriar uma espécie de marina, com materiais similares àqueles usados em barcos, como fibras de vidro, vidro, aço inox, entre outros.

O projeto para os novos modelos de quios-ques foi pensado para potencializar a utiliza-ção da orla carioca. O salto qualitativo entre o antigo e o novo quiosque abrange aspectos funcionais e estéticos, e promete mudança notória na rotina da praia. Privilegiar a vista trazendo limpeza para o ambiente foi o prin-cipal objetivo do projeto. Hoje, há uma polui-ção visual muito grande, reflexo do excesso de comidas, cocos, bebidas e afins, que tu-multuam a fachada dos quiosques, além das caçambas de lixo, mesas, cadeiras e barra-cas que interrompem o fluxo do calçadão.

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Por estes motivos, os novos quiosques possuem infra-estrutu-ra diferenciada, tanto para armazenamento de estoques quanto para excelência dos serviços (cozinha de apoio, sanitários, lo-ckers). Uma grande mudança foi o avanço de um deck de fibra sobre a areia, que desobstruiu o calçadão por completo. Agora, os pedestres terão mais espaço para suas atividades.

Com a conclusão do projeto, serão 30 km de praia atendidos por 309 quiosques e 150 espaços subterrâneos com cozinhas, banheiros e muito mais.

Indio da Costa AUDTRua Pinheiro Guimarães, 101 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJFone: (21) 2537-9790www.indiodacostadesign.com.br

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OFotos: Felipe Mendonça

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Ambientes na modaVestir um ambiente. É assim que podemos dizer que foram projetadas as duas lojas apresentadas nesta matéria. Com muita personalidade e charme, elas estão vestidas e prontas para receber sua clientela.

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Localizada no bairro do Espinheiro, a Misance-ne tornou-se conhecida da turma descolada e moderninha pela sua fachada colorida, ambien-tes ecléticos e pelo Delataci, um café com ares de bistrô, comandado pela chef Taciana Teti. A loja é o resultado de um grande sonho da ex-publicitária Carol Levy, que além de administrar a loja também dá uma canja como cantora nas happy-hours do café. O projeto tem assinatura do arquiteto Alexan-dre Mesquita, que uniu suas idéias com as de Carol. Após uma grande reforma, a casa em nada lembra o salão de beleza que funcionava no local e passou meses abandonado. “Alexan-dre caiu do céu! Passei por vários arquitetos até encontrá-lo, um profissional muito competente, comprometido e super alto astral, o que é fan-tástico. Nossas idéias casaram, foi muito fácil trabalhar com ele”, ressalta Carol.

Misancene

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Um novo conceito de maison no Recife

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O resultado disso pode ser conferido no espaço com-pletamente diferente dos padrões de mar-keting que se falava até então, em que se diz que loja deve ser clean e só o produto principal deve aparecer. “Quero que meus clientes se sintam bem, em um ambiente aconchegante e descontraído. Os produtos devem aparecer sim, mas as pessoas têm que sentir-se à vontade para pegar e provar”, comenta Carol. Na Misancene tudo está à venda, inclusive os objetos de decoração e os móveis.

Cores alegres e vibrantes revestem todas as pare-des, assim como também o piso. A loja ainda conta com o espaço retrô, no qual papéis de parede flo-ridos dão o ar ideal para o local. Todos os móveis foram cuidadosamente garimpados em antiquários. Já os objetos de decoração, tais como quadros, al-mofadas e esculturas, foram adquiridos durantes as viagens Brasil afora. As lingeries ficam penduradas em um varal, à vista mesmo, para quem quiser ver. Como tudo na loja.

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Um dos pontos altos do espaço é a vitrine, conside-rado um convite importantíssimo para o cliente co-nhecer a loja, segundo a própria Carol Levy. “Nós trocamos a vitrine constantemente, mas nossa prioridade é demonstrar, através dela, a identidade da Misancene. Como fazer isso? Esse é o grande desafio”, conclui Carol.

A loja trabalha com marcas exclusivas, como a Diva e Didi, para as mais românticas; Laundry, para as urbanas; King 55, para homens e mulheres arroja-dos, e Nonsense, para todos que possuem um viés irreverente. Os acessórios também ganham papel de destaque e bolsas, bijus, boinas, broches, cintos e outros podem ser encontrados.

Arquiteto Alexandre Mesquita - (81) 9972.3113 - [email protected]

MisansceneRua da Hora, 647, Espinheiro, Recife, PE - Fone: (81) 3221-1043 - www.misancene.com.br

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Para dar vida à loja Club Fun, revendedora das marcas Melissa e Kipiling, o arquiteto Josemar Costa Júnior tomou partido de um novo conceito de arquitetura de varejo: ir além da simples apreciação dos produtos, criando experiências vividas pelos clientes no interior da loja.

Já que a loja é voltada para a mulherada, o pink im-pera e foi a cor escolhida para conquistar o seu públi-co-alvo. Para Josemar, é preciso criar uma identidade muito particular de cada projeto na arquitetura de va-rejo, em especial na do varejo de moda. “Partindo do princípio que apenas o produto deve ser valorizado, o minimalismo ainda é muito usado, mas, de um tempo para cá, um novo conceito tem mostrado a cara. Estu-dos na área de marketing provam que o cliente precisa vivenciar outras experiências no momento da compra. O resultado de tudo isso pode ser conseguido através do trinômio projeto arquitetônico, público-alvo e pro-duto”, afirma o arquiteto.

As formas arredondadas estão presentes em toda par-te, causando movimento e deixando o ambiente com um ar lúdico. A laca com acabamento de alto brilho remete à estética plástica das sandálias Melissa. Os expositores dos acessórios estão sobrepostos na pare-de lateral, toda revestida em espelho — isso propor-ciona uma maior amplitude da área da loja e valoriza os produtos.

O carpete pink demarca a área de acesso à loja e re-veste a parede onde foram fixados os expositores para as sandálias. O Teto apresenta diferentes níveis, em tons de cinza e pink, provocando uma repetição das formas arredondadas que demarcam a composição dos revestimentos de piso.

A iluminação da loja foi pontuada com focos que va-lorizam cada peça exposta. Uma solução ideal para atrair a atenção dos clientes passantes pelo corredor do shopping onde fica a loja. Na área central, o arqui-teto usou uma iluminação mais estourada, para que o cliente possa perceber o produto no momento do simples toque.

Club FunMundo de experiências

Club Fun - Shopping Tacaruna - (81) 3221-4169

ArquitetoJosemar Costa Jr. - (81) 3242.6533 - [email protected]

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Pernambuco ganhou algo novo no mês de julho. Trata-se do Novo Núcleo de Decoração, que reuniu arquitetos, lojistas e fornecedores na concessionária de veículos Rota Premium, para o lançamento da nova instituição.

Os irmãos André e Adriana CavendishMirian Moura

Luiza Nogueira e Mônica Paes

José Arraes e Áurea, cônsuls da Indonésia

Juliana da Mata e Luciana Aguiar

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Informe publicitário

Guilherme Eustachio e Jurgen Kriese

José Ranulfo, ladeado pelas irmãs Paula, Marta e Roberta Queiroz

Diomari Diniz

Carlos Brennand e sua esposa

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Em noite de lançamento de seu novo showroom, a Bontempo Recife recebeu vários arquitetos e amigos para conferirem os novos espaços da loja.

Marcelo Donde com Deoclécio e Maria Bernadete franqueados da Bontempo no Recife

Selmi Cavalcante e Maria Bernadete

Bianca Holanda e os arquitetos Nadjania Gomes e Erik Daian

A arquiteta Michele Gil e Eliane Guerra da revista SIM!

Quarto da Menina, novo ambiente do showroom

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Informe publicitário

André Bezerra, franqueado de João Pessoa com Deoclécio e sua esposa

Simone, Tatiana e Luciana

Cyndia Vaz e Andréa Bezerra

A arquiteta Carola Queiroz

Kátia Peixoto, Fabiana Dias e Bianca HolandaJúnior e a arquiteta Daniela Guimarães com Deoclécio e Maria Bernadete

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Luiza Nogueira, Conceição Peixoto e Fátima Peixoto

Conceição Peixoto com Zeco e Valéria Beraldin

Márcia Nejaim e Zeco Beraldin

Conceição Peixoto e Fábio Benevides

Ilka Rosas e Fabiana Teixeira

Patrícia Ataydé, Leni Teixeira, Marta Henriques,

Ilma Ramos, Suely Brasileiro e Taciana Carulla

Zeco e Valéria Beraldin com Fátima Peixoto e Beta

Conceição Peixoto, Roselli e Maria Amélia Cavalcanti

Kátia Peixoto

Ilma Ramos e Conceição Lêda

Renata Lavareda e Conceição Peixoto

Ana Paula Novelino, Luis Antônio Vilaça e Ilma Ramos

Conceição Peixoto e Jerônimo Cunha

Marcos Machado, Conceição Peixoto e André Carício

Conceição Roselli e Mônica Paes

Guilherme Eustachio e Valéria Beraldin

Zeco Beraldin, Jorge Peixoto e Armando Peixoto

Conceição Peixoto com as filhas Lúcia e Maria Vitória

Newman Belo e Madalena Albuquerque com Marilú e Sérgio Fontes

Mário Baô e Helena Menezes

Ilma Ramos, Ana Roberta Maranhão e Paulinhao Santana

Conceição Peixoto e Fabiana Carvalho

Andréa Calábria e Zeco Beraldin

Luís Roberto e Conceição Peixoto

Saulo Barros, Zeco Beraldin, Paulinho Santana e Diogo Viana

Alessandra Weit e Fátima Albuquerque

A Empório Beraldin lançou sua mais nova coleção em grande estilo e agradece a participação de todos os amigos e parceiros em seu evento de comemoração.

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“A dúvida impera, ela é o motor para potencializar meu trabalho”. Desta forma, Walmor Correa explica a importância do conceito de mistério que causa aos seus espectadores. Cru-zando várias linguagens e técnicas, não se limitando à pintura, ao desenho ou à escultura, o artista, que não considera a existência de perfis artísticos, propõe em suas obras, a discus-são de questões contemporâneas por meio de enigmáticas produções visuais.

Formado em Arquitetura, Publicidade e Artes Visuais, o artista nascido em Florianópolis teve o primeiro contato real com arte nas aulas de ciências e biologia da escola. Sempre com os cadernos muito ilustrados com desenhos feitos a partir dos conteúdos das aulas, foi convi-dado pelo professor de ciências para ajudá-lo no laboratório, onde acompanhava o processo de dissecação de animais e depois desenhava a anatomia interna dos bichos. Este professor também o apresentou ao trabalho de Leonardo da Vinci e o fez entender, pela primeira vez, o desenho como manifestação artística.

Com habilidade mostrada desde as aulas de ciências e biologia da escola, Walmor Correa apresenta obras realistas que instigam a idéia de ilusão, de questionamento. Será verdade ou invenção?

Anatomia e dúvidas em exposição

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Em todas as suas exposições, percebe-se que não há uma mensa-gem específica a ser transmitida, pois o trabalho em si pode causar diferentes interpretações. Mas pode-se afirmar que um dos objetivos dele é fazer com que as pessoas revisem suas certezas visuais.

Durante seu processo de trabalho, existe sempre a observação crite-riosa e a pesquisa a partir de diferentes fontes científicas (livros de ciências e anatomia, compêndios e manuais de zoologia). “Primeira-mente, eu formulo uma hipótese sobre a obra e então estudo como ela pode ser cientificamente descrita nas suas características mais gerais, como anatomia, fisiologia e hábitos”, explica Walmor.

As obras da série Unheimlich são um exemplo. Para ela, foi feita uma pesquisa sobre os mitos e lendas do folclore da Amazônia, de mitos populares formados hibridamente de diferentes animais ou de animais e humanos em um único ser. Estas entidades habitam algu-mas das lendas mais populares do mundo e podem ser encontradas em várias mitologias. E Walmor traz a pergunta: ao representá-las por outra ótica, estaria reforçando a crença ou iluminando o desco-nhecido?

O Ipupiara, desta mesma exposição, é considerada uma criatura fantástica pelo artista, parece um homem marinho. Segundo alguns escritores portugueses de passagem pelo Brasil no período colonial, é um homem-peixe. Em uma de suas obras publicadas, o jesuíta português Fernão Cardim dizia que tais criaturas tinham boa estatu-ra, mas eram muito repulsivas. Matavam as pessoas com abraços, beijos e apertando-as até o sufocamento. “Porque não desenhar a cavidade bucal de um espécime tão peculiar? E os seus órgãos inter-nos, além de outras características que podem tornar a sua existên-cia verdadeira?”, questiona Walmor. “Um artista tem liberdade para explorar este universo profundamente”, completa.

Este artista, que aos 17 anos se mudou para Porto Alegre para fazer faculdade, fez a primeira viagem de estudos à Europa em 1989. Na época, o interesse era conhecer e investigar o trabalho dos artistas viajantes. Com o tempo, foi consolidando sua carreira de artista e aperfeiçoando a técnica de combinar desenho e pintura. Em 1999, conheceu a Floresta Amazônica no intuito de desenvolver um estudo aprofundado da sua fauna e flora.

Ao retornar da Amazônia, mais dúvidas. “Comecei a questionar as minhas impressões sobre a natureza, a evolução e a ciência”, lem-bra. A partir daí, surge a série de trabalhos intitulada Catalogações/Coleções, onde Walmor criou pequenas pinturas de insetos imagina-dos por ele em sua morfologia, anatomia e nomenclatura. Usando alfinetes, fixou as espécies em telas, que foram expostas em um mó-vel entomológico. Tudo feito de acordo com a tradição dos Museus de História Natural.

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