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REVISTA SUSTENTARE

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Resvista sustentare, com foco em tratar de assuntos pertinentes a sustentabilidade,em uma combinação de arte+design+estilo+inovação+sustentabilidade

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1. Editorial

2. Sustentabilidade: um estilo de vida para ter vida

3. Política de Resíduos Sólidos

4. Sessão Reciclagem

5. Energia Renovável

6. A Sustentabilidade é Verde

7. Tipos de Sustentabilidades

8. Geradores de Energia

9. O Meio Ambiente e a Sustentabilidade

ÍNDICE

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Fonte de Imagens: Google

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S u s t e n t a b i l i d a d e um Estilo de Vida para ter Vida

Uma das maiores p r o b l e m á t i -

cas mundial está rel-acionada à falta de gestão adequada para a utilização dos mei-os naturais, causan-do assim uma grande crise socioambiental. O modo de vida pós-capitalista levou o homem e todo o es-paço urbano a grandes degradações. Buscan-do diminuir os im-pactos causados pelo uso desenfreado dos meios naturais, a so-ciedade desenvolve práticas sustentáveis como modelo para viver em harmonia com o meio ambiente.

A Sustentabil-idade se baseia nas ações e atividades hu-manas, relacionadas ao desenvolvimento econômico e materi-al sem agredir o meio ambiente, tendo o uso consciente dos recur-sos naturais, garantin-do que tenham lon-gevidade, ou seja, que se mantenham para o futuro. Agir de for-ma sustentável é algo que está ao alcance de todas as pessoas, por mais simples e humilde que suas vidas sejam.

Entre as ações rel-acionadas com a sus-tentabilidade, podemos

destacar a exploração dos recursos natu-rais (petróleo, carvão, minério) de forma controlada e planejada; preservação de áreas verdes não destinadas à exploração econômi-ca; realização de ativ-idades pessoais e em-presariais voltadas para a reciclagem de resídu-os sólidos; adoção de medidas para o uso controlado de água, evitando desperdíci-os e que visam a não poluição dos recursos hídricos, entre outros.

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Política de Resíduos SólidosCom isso, a grande

geração de resíduos sólidos contribui para o agravamento deste prob-lema, pois quando não sendo tratados devida-mente, causam proble-mas de ordem ambien-tal, social e econômica.O número da população mundial estimada é de 7 bilhões, e crescendo. e com essa crescente é necessário um correto gerenciamento da dis-posição final dos resídu-os sólidos urbanos. Com o intuito de garantir as pessoas o direito des-frutar do meio ambiente, foi criado a Lei 12.305/10, que instituiu a Políti-ca Nacional de Resídu-os Sólidos (PNRS), que contém instrumentos im-portantes para permitir o

avanço do País no enfren-tamento dos principais problemas decorrentes do manejo inadequa-do dos resíduos sólidos.A Lei prevê a prevenção e redução na geração de resíduos sólidos, tendo como base a prática de hábitos de consumos sus-tentáveis e o estimulo ao aumento da reciclagem e da reutilização dos resídu-os, assim como a desti-nação ambientalmente adequada dos rejeitos.A responsabilidade para essa ação foi com-partilhada com fabri-cantes, importadores, distribuidores, comerci-antes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos sólidos e em-

balagens pós-consumos.A PNRS impõe metas importantes para o fim dos lixões e institui me-tas de planejamento a níveis nacional, estad-ual, microrregional, in-termunicipal e metro-politano e municipal.Entre as inovações al-cançadas com a lei te-mos, a implementação da coleta seletiva, elab-oração de planos de gestão de resíduos sóli-dos por todos os entes federais, a responsab-ilidade compartilhada dos resíduos sólidos, e a valorização e inclusão social dos catadores de matérias recicláveis.

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Sessão ReciclagemReciclagem é o

termo usado para indicar

reaproveitamento. É o resultado de uma série de atividades, pela qual materiais que se tor-nariam lixo, ou estão no lixo, são coletados, separados e processa-dos para serem usados como matéria prima na produção de novos p r o d u t o s . O habito de reci-clar surgiu na déca-da de 1970, quando as preocupações am-

bientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especial-mente após o primei-ro choque do petróleo.

O interesse maior desse setor vem das indústri-as, principalmente pelo plástico, que podem ser reutilizados em vários segmentos. Com a reci-clagem, é possível obter certa redução dos lix-os que são produzidas pela sociedade, onde o consumo só aumenta. O plástico é um ma-

terial polimérico sin-tético, que tem como matéria-prima o petróleo. É utiliza-do, por exemplo, no setor automobilístico, eletrônico, informáti-ca, saúde, construção civil, entre outros. As-sim como na produção de brinquedos, arte-sanatos, materiais de construção, recipientes e embalagens em ger-al, dentre eles, o PET.

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vestindo o pet

Sobre o PetAs garrafas PET

estão muito pre-sentes no nosso dia a dia, e são responsáveis por grande volume de nos lixões e aterros san-itários. A reciclagem desse material pode ga-rantir a diminuição na contaminação do solo.Infelizmente, mesmo com a reciclagem das embalagens, não é pos-sível atender a todo o material produzido pelas indústrias. Por isso, objetos artesanais feitos de PET também ajudam a diminuir a quantidade de plásti-co no meio ambiente.Com a reciclagem do PET, podemos citar algumas vantagens: economia de petróleo, pois o plástico é um derivado; geração de renda e empregos; redução dos preços para produtos que contêm materiais re-cicláveis, entre outros.

O problema encon-trado por materiais de plástico no geral, é que eles não podem ser transformados em adubo; e é muito difícil sua degradação em aterros sanitári-os, e na natureza, por não haver bactéria ca-paz de degradar rap-idamente o plástico.

ser transformados em adubo; e é muito difícil sua degradação em aterros sanitários, e na natureza, por não ha-ver bactéria capaz de degradar rapidamente

Materiais reci-cláveis, entre

outros. O problema encon-trado por materiais de plástico no geral, é que eles não podem

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Energia Renovável amplia opções de produção

novas formas de energia

O aumento dos preços dos combustíveis fós-seis, que impulsiona o esgotamento das

reservas de petróleo, e os grandes períodos de estiagem, causados pelo aquecimento glob-al, tem levado ao uso de outros meios de at-ender as necessidades da população mundial. O uso de fontes renováveis de energia como meio de diminuir os impactos ambientais, tem tido uma verdadeira crescente em todo o mun-do, no que diz respeito à produção de energia.

O vínculo entre meio ambiente e

energia tornou-se mais forte a partir dos anos 1980. Nessa década, ganhou força a neces-sidade de diminuir a poluição ambiental, que resultou em práti-cas e programas ur-banos para reciclar ma-teriais como alumínio, plástico e vidro. Esse processo deu origem à moderna indústria de reciclagem e a um novo ímpeto de processos que já eram utiliza-dos, como os projetos integrados e auto-sus-tentáveis de produção agrícola e industrial.

A geração de energia está diretamente liga-da a isso. O alumínio e o vidro, por exemplo, exigem grande quan-tidade de energia em sua fabricação e menos energia na reciclagem. Nos projetos autosus-tentáveis, as energias

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energia sustentável

renováveis geralmente estão no coração do sis-tema, como na agroin-dústria alcooleira, na qual o bagaço da cana é queimado para produz-ir a energia na usina.

O Brasil é um exemplo significativo no cenário internacional, pois nenhum outro país tem a cana-de-açúcar como a segunda prin-cipal fonte de energia da matriz. Do ponto de vista ambiental, o álcool de cana é con-siderado mais limpo do que a gasolina, além de ser renovável e, com planejamento, uma fonte sustentável. Ess-es três conceitos, aliás, às vezes se confundem.

É aquela que não polui ou polui menos, na produção e no consu-mo, e os exemplos mais comuns são a energia hidrelétrica, a dos ven-tos (eólica) e a solar. O conceito também é aplicado na com-paração entre os ma-teriais: os automóveis movidos a gás natu-ral são considerados mais limpos do que os movidos a gasolina, porque liberam menos gases do efeito estufa.

Atualmente, em razão da urgência em frear o ritmo do aquecimen-to global, há especial-istas que defendem a construção prioritária e acelerada de centrais termonucleares para substituir ou evitar novas centrais termel-étricas movidas a óleo e carvão. Essa energia está sendo considera-da mais limpa, porque, apesar de produzir re-jeitos que permanecem radioativos por sécu-

É a que dá susten-tação à produção

e ao consumo porque está disponível para o uso no decorrer do tem-po – ou seja, é a energia gasta numa quantidade

e numa velocidade nas quais a natureza pode repô-la. O conceito está diretamente liga-do ao de desenvolvi-mento sustentável: le-vam-se em conta os fatores ambientais, mas não significa necessar-iamente energia limpa. Várias fontes de ener-gia podem ser ou não sustentáveis. É a que dá sustentação à pro-dução e ao consumo porque está disponível para o uso no decorrer do tempo – ou seja, é a energia gasta numa quantidade e numa ve-locidade nas quais a natureza pode repô-la. O conceito está dire-tamente ligado ao de desenvolvimento sus-tentável: levam-se em conta os fatores ambi-entais, mas não significa necessariamente ener-gia limpa. Várias fon-tes de energia podem ser ou não sustentáveis.

• E N E R G I A L I M P A

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los, esse lixo atômi-co não é jogado na at-mosfera nem suja o ar. • E N E R G I A

R E N O V Á V E L

É toda energia pro-duzida com o uso de recursos naturais que se renovam ou po-dem ser renovados. O conceito existe em oposição ao da energia não renovável, gerada por combustíveis como petróleo e carvão min-eral, que um dia aca-barão. A mais antiga em uso é a queima de lenha, pois replantar as árvores garante o suprimento. Mas a en-ergia produzida pelo movimento da água (em turbinas ou das on-das do mar), luz solar,

ventos e biocombus-tíveis são os exemplos mais relevantes hoje.

• M A T R I Z A L T E R N A T I V A

As nações têm elabo-rado planos com me-tas para até 2030, para enfrentar o grande de-safio futuro: aumentar a oferta de energia, mas frear o aquecimento da atmosfera. O grande impedimento atual para a adoção em larga escala de energia solar ou eólica é seu custo, já que são muito mais caras do que a ener-gia obtida do petróleo.

Por isso, agora há uma aposta na tecnolo-gia para desenvolver energia limpa a cus-

tos mais baixos para uso em larga escala. As pesquisas com hi-drogênio e para apri-morar e baratear a en-ergia solar poderão resultar em energias sustentáveis, limpas e renováveis. Mas será preciso tempo para im-plementar mudanças na matriz energética. Enquanto isso, os gov-ernos investem nas en-ergias já conhecidas, pois não podem cor-rer o risco de sofrer “apagões” – como se chamou o colapso no fornecimento de en-ergia elétrica que atin-giu o Brasil em 2001. Fonte: Revista Sustentare com in-

formações da Planeta Sustentável

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A Sustentabilidade é verde Quanto mais um sistema ou modo de vida está construído sobre o verde e a fo-tossíntese, mais ele é renovável e sustentável... Até que tse apague o sol.

O que seria de nós sem a fotossíntese? O que seria de nós sem algas e plantinhas verdes? As algas garantem nosso oxigênio nos pulmões

do planeta que são os oceanos. Os vegetais são os únicos seres vivos ca-pazes de transformar e armazenar parte da energia solar em produtos complexos. Esses compostos (açúcar, proteínas, celulose, gorduras etc.) estocam energia e servem de matéria prima às diversas formas de vida.

Pelas leis da termodinâmica, a energia se degrada. Em todo o processo de trabalho, a energia vai se transformando e sendo perdida sob a forma de cal-or. É o princípio da entropia. Da energia de um tanque de gasolina, quando se usa um carro, o que resta? Apenas o calor dissipado no meio ambiente. O mesmo ocorre com o alimento ingerido. Não é possível recuperar a en-ergia inicial se tentássemos refazer esse ciclo, ao contrário. Tudo termina em calor e resíduos. A atividade humana tem balanço energético negativo.

Mas a principal fonte de energia da agricultura é o sol. E ele está sempre alimentando o planeta com sua energia. Desconsiderando-se essa fonte abundante e gratuita, a agricultura tem um ganho energético positivo na

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maioria dos processos. Os processos industri-ais, os serviços e o con-sumo gastam energia e sempre terão baixís-sima sustentabilidade. Quanto mais um sis-tema ou modo de vida está construído sobre o verde e a fotossín-tese, mais ele é reno-vável e sustentável... Até que se apague o sol.

Os ciclos agrícolas repetem-se há mil-hares de anos. As plan-tas absorvem a ener-gia solar e reciclam resíduos. Animais e humanos devoram, consomem, desfrutam e degradam matérias primas vegetais: pas-tos, alimentos, lenha em padarias e pizzari-as, madeira de móveis e casas, borracha de pneus... E petróleo, en-ergia solar armazenada por algas e micro or-ganismos e fossilizada, cujos derivados nos cercam em abundância.A população humana seguirá crescendo. A

demanda por alimen-tos, matérias primas, energia, bens e serviços também. Para satis-faze-la é necessário não ultrapassar a capaci-dade de produção dos sistemas naturais nas práticas extrativistas, como a pesca e a cole-ta de matérias primas nas florestas (madei-ras, fibras etc.). Os lim-ites de produção dos sistemas extrativistas já estão atingidos e em muito pouco poderão ser ampliados. O de-safio é de gestão. Já o caminho da sustenta-bilidade e da energia renovável passa pela agricultura moderna, não extrativista. A con-scientização ambien-tal, a racionalização de processos produtivos, o consumo consciente, a economia de ener-gia e as novas atitudes dos cidadãos ajudam, mas não estão na base das soluções. Elas estão no campo e precisa do apoio das cidades. Os tempos de mudanças

globais trazem duas preocupações: como reduzir emissões e como retirar o “exces-so” de gás carbônico da atmosfera. Soluções de grande magnitude para esses problemas es-tão na agricultura bra-sileira e na bioenergia.

Com temperaturas mais elevadas, os países de clima temperado vão se interessar cada vez mais pelas tecnologias sustentáveis para agri-cultura tropical desen-volvidas no Brasil. O caminho da sustentabi-lidade é a intensificação da sua agricultura, au-mentando a produtiv-idade sem desmata-mentos e promovendo uma melhor gestão ter-ritorial do agroneg-ócio, com ciência, con-sciência e tecnologia.

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• Sustentabilidade AmbientalA Sustentabilidade ambiental abrange a conservação e a ma-nutenção do meio ambiente a fim de evitar desastres ecológi-cos, como desmatamento des-enfreado, queimadas e poluição das águas. Importante notar que, para que a sustentabilidade am-biental seja efetivada, as pessoas devem estar em harmonia com o meio ambiente, para obterem melhoria na qualidade de vida.

• Sustentabilidade SocialA sustentabilidade social sugere a igualdade dos indivíduos basea-dos, no bem estar da população. Para adquirir este equilíbrio, faz se necessário à participação da popu-lação, com intuito principal de for-talecer as propostas de desenvolvi-mento social, promovendo, desta maneira, o acesso à educação, à cul-tura e à saúde, de todos os cidadãos.

• Sustentabilidade EmpresarialAtualmente, muitas estratégias de responsabilidade social das em-presas estão pautadas na sustent-abilidade, ou seja, apostar no de-senvolvimento sustentável de suas

ações e de seus produtos. Assim, a empresa apresenta para seu público uma imagem preocupada com os valores ambientais e sociais, funda-mentada na preservação do meio ambiente bem como na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

• Sustentabilidade EconômicaA sustentabilidade econômica está fundamentada num mode-lo de gestão sustentável, ou seja, na gestão de recursos naturais, que objetivam o crescimento econômico, o desenvolvimento social, manutenção dos recursos naturais, bem como a melhoria da distribuição de renda. Em out-ras palavras, a sustentabilidade econômica corresponde à capaci-dade de produção, de distribuição e de utilização das riquezas pro-duzidas pelo homem, buscando uma justa distribuição de renda.

• Educação AmbientalA Educação Ambiental é um tema transversal que corresponde à con-scientização ambiental de crianças e jovens para questões que en-volvem a valorização do meio am-biente e o comprometimento de at-

tipos de sustentabilidade

itudes voltadas à sua preservação.

• CuriosidadesA palavra sustentabilidade é originária do latim “susten-tare” que significa sustentar, apoiar, aguentar, conservar, cui-dar, defender, suportar, favorecerFoi na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Con-ference on the Human Environ-ment - UNCHE), realizada em junho 1972 em Estocolmo, na Suécia, que o conceito sobre o ter-mo sustentabilidade começou a ser disseminado mundialmente.No Brasil, a Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimen-to (CNUMAD), mais conhecida por ECO 92, foi realizada em jun-ho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro. O tema principal da con-ferência foi pautado no desenvolvi-mento sustentável das sociedades mundiais. A partir daí, a palavra sustentabilidade adquiriu um lugar de centralidade nas pesquisas, es-tudos e nas discussões do país.O Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia é dia 05 de junho.

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• Brasileiros investem em geradores de energia e pensam em economia

Produzir a própria ener-gia está se tornando um bom negócio no Brasil.É possível ter bons des-contos ou mesmo deixar de pagar a conta de luz.

Produzir a própria energia está se

tornando um bom negócio no Brasil. Já tem gente ganhando desconto na conta de luz. Se a fonte for limpa e renovável, como o sol ou o vento, é possível ter excelentes descon-tos ou mesmo deixar de pagar a conta de luz.

Isso é possível no Bras-il desde o ano passado, quando a Aneel reg-ulamentou as regras da Microgeração Dis-

tribuída de Energia.

Quem instalar, por ex-emplo, placas fotovol-taicas ou aerogeradores no telhado ou no quin-tal de casa, e produzir em algum momento mais energia do que consome, poderá for-necer o excedente para a distribuidora local.

Um equipamento reg-istra a quantidade de energia gerada pela residência. O exceden-te é convertido em reais que viram desconto na conta de luz e ela pode sair até de graça.

Por duas placas solares no telhado, o casal que vive no Rio de Janei-ro pagou R$ 6,5 mil, incluindo instalação. Graças ao sol será pos-sível ligar televisão, geladeira e as muitas luzes da sala. “Em sete ou oito anos, a gente acredita que se paga. A vida útil das plac-as é de 25 anos. En-tão a gente ainda tem

esse excedente todo de tempo pra até no fu-turo estar investindo em mais placas e con-tribuindo com geração de energia para a rede da Light e baratean-do ainda mais a nossa conta de luz”, diz Diana Frajtag, dona da casa.

O proprietário de out-ra casa em Brasília foi mais longe. Investiu mais de R$ 100 mil em uma micro-usina so-lar. São 40 placas foto-voltaicas, o suficiente para abastecer cinco residências típicas de classe média no Bra-sil. “Se o sol é forte, você consegue produz-ir mais energia do que você consome. Essa en-ergia vai para o sistema de distribuição. Mais tarde, especialmente de noite quando não tem produção de energia, aí passa a receber a en-ergia. É um sistema de crédito e débito. Você produziu mais, gera um crédito. Você con-sumiu, consome esse

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crédito. Só por conta desse mecanismo que a legislação federal pos-sibilitou é que eu me animei a comprar e in-stalar todo esse sistema aqui em casa”, explica Luis Alberto Bettiol.

Produzir energia efi-ciente para abastecer a própria casa ou em-presa tem justificado o aparecimento de no-vos negócios no Bra-sil. Em uma pequena fábrica em Maricá, a aproximadamente 40 quilômetros do cen-tro do Rio de Janeiro, já foram fabricadas e vendidas mais de 500 microturbinas de ven-to de um modelo con-vencional, que parece um ventilador de teto maior. Agora a grande vedete da linha de montagem é uma mi-croturbina vertical. A grandde vantagem dela é captar diferentes cor-rentes de vento a partir de um mesmo ponto.

“Nós trabalhamos com

vários nichos de mer-cado. Nas telecomu-nicações é importante para gente, o uso em plataformas de petróleo e terminais é, começa a ficar significativo para a gente. Nós temos uma clientela espetac-ular nas universidades, nós estamos presentes em 60 universidades, o nosso público é quem precisa de energia ou quer gerar sua própria energia”, diz Luiz Cezar Pereira, diretor ex-ecutivo da Enersud.

A fábrica produz 12 turbinas por mês. O custo varia de R$ 4,5 mil para os modelos menores e até R$ 45 mil, para os aerogera-dores capazes de abas-tecer até três residên-cias de uma só vez.

Um dos primeiros cli-entes foi o aposenta-do Edson Eduardo Weissinger. A energia do vento é armazenada em baterias que assegu-ram metade da energia

consumida na casa. “A região aqui é muito de-ficiente no atendimen-to de energia elétrica. Falta muita luz aqui. Então este aparelho nos dá a satisfação de ter no momento de falta de luz a minha casa está toda iluminada. Além disso, tem aprovei-tamento de energia elétrica para aparelhos eletrodomésticos. Seja micro-ondas, seja liq-uidificador, batedei-ra. Devo economizar em torno de R$ 200 a R$ 250 do aparelho”.

Pelas contas da Aneel, existem hoje 39 mi-cro-geradores de en-ergia oficialmente registrados. Vinte pro-jetos solares, dezoito projetos eólicos e um de biomassa. Outros 100 projetos estão em fase de implantação.

“Nossa expectativa é que nos próximos cin-co anos a gente tenha ai em torno de 30 mil pontos instalados no

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Brasil todo”, acredita Carlos Alberto Mat-tar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição de en-ergia elétrica da Aneel.

Trinta mil pontos de micro-geração equiv-aleriam a 2,5 gigaw-wats de potência, o suficiente para abas-tecer uma população de aproximadamente um milhão de pes-soas. Um país em que a população passa a produzir a energia que

consome e ainda se beneficia disso. O Bra-sil do futuro começa a virar realidade.

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O Meio Ambiente e a Sustentabilidade

Nunca antes se debateu tanto sobre o meio ambiente esustentabilidade. As graves alterações climáticas, as crises no fornecimento de água

devido a falta de chuva e da destruição dos mananciais e a constatação clara e cristalina de que, se não fizermos nada para mudar, o planeta será alterado de tal forma que a vida como a conhecemos deixará de existir.

Cientistas, pesquisadores amadores e membros de organizações não governamentais se unem, ao redor do planeta, para discutir e levantar sugestões que possam trazer a solução definitiva ou, pelo menos, en-contrar um ponto de equilíbrio que desacelere a destruição que exper-imentamos nos dias atuais. A conclusão, praticamente unânime, é de que políticas que visem aconservação do meio ambiente e a sustentab-ilidade de projetos econômicos de qualquer natureza deve sempre ser a idéia principal e a meta a ser alcançada para qualquer governante.

Em paralelo as ações governamentais, todos os cidadãos devem ser con-stantemente instruídos e chamados à razão para os perigos ocultos nas intervenções mais inocentes que realizam no meio ambiente a sua volta; e para a adoção de práticas que garantam a sustentabilidade de todos os seus atos e ações. Destinar corretamente os resíduos domésticos; a proteção

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dos mananciais que se encontrem em áre-as urbanas e a práti-ca de medidas simples que estabeleçam a cul-tura da sustentabili-dade em cada família.

Assim, reduzindo-se os desperdícios, os despejos de esgoto doméstico nos rios e as demais práticas ambi-entais irresponsáveis; os danos causados ao meio ambiente serão drasticamente mini-mizados e a sustenta-bilidade dos assenta-mentos humanos e atividades econômicas de qualquer natureza estará assegurada.

Estimular o plantio de árvores, a reciclagem de lixo, a coleta sele-tiva, o aproveitamen-to de partes normal-mente descartadas dos alimentos como cascas, folhas e talos; assim como o desen-volvimento de cursos, palestras e estudos que informem e orien-

tem todos os cidadãos para a importância da participação e do engajamento ness-es projetos e nessas soluções simples para fomentar a sustentabi-lidade e a conservação do meio ambiente.

Uma medida bem in-teressante é ensinar cada família a calcular sua influência negati-va sobre o meio ambi-ente (suas emissões) e orientá-las a proced-er de forma a neutral-izá-las; garantindo a sustentabilidade da família e contribuindo enormemente para a conservação do meio ambiente em que vivem. Mas, como se faz par calcular essas emissões? Na verdade é uma conta bem sim-ples; basta calcular a energia elétrica con-sumida pela família; o número de carros e outros veículos que ela utilize e a forma como o faz e os resíduos que ela produza. A par-

tir daí; cada família poderá dar a sua con-tribuição para promov-er práticas e procedi-mentos que garantam a devolução à natureza de tudo o que usar-am e, com essa ação, gerar novas oportuni-dades de redá e de bem estar social para sua própria comunidade.

O mais importante de tudo é educar e faz-er com que o cidadão comum entenda que tudo o que ele faz ou fará; gerará um impac-to no meio ambiente que o cerca. E que só com práticas e ações que visem a sustenta-bilidade dessas práti-cas; estará garantin-do uma vida melhor e mais satisfatória, para ela mesma, e para as gerações futuras.

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