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Ano 6 | nº 57 | maio de 2010 www.tiinside.com.br Totvs revela estratégias para manter liderança A consolidação do ensino a distância Suplemento Especial Smartgrids O INVENTÁRIO DA TI Ferramentas de gestão de ativos auxiliam empresas a reconhecer, organizar e otimizar o uso dos recursos internos

Revista TI Inside - 57 - Maio de 2010

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Revista TI Inside - 57 - Maio de 2010

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Ano 6 | nº 57 | maio de 2010 www.tiinside.com.br

Totvs revela estratégias para manter liderança

A consolidação do ensino a distância

Suplemento Especial Smartgrids

o invEnTário dA TiFerramentas de gestão de ativos auxiliam empresas a

reconhecer, organizar e otimizar o uso dos recursos internos

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>editorial

Instituto Verificador de Circulação

Presidente Rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski

EditorClaudiney Santos

RedaçãoJackeline Carvalho

(Comunicação Interativa)

ColaboradoresClaudio Ferreira e Fausto Fernandes

TI Inside OnlineErivelto Tadeu (Editor)

Pedro Canário (Repórter) Victor Hugo Alves (Repórter)

ArteEdmur Cason (Direção de Arte); Débora Harue Torigoe

(Assistente); Rubens Jardim (Produção Gráfica); Geraldo José Nogueira (Edit. Eletrônica);

Alexandre Barros e Bárbara Cason (colaboradores)

Departamento ComercialManoel Fernandez (Diretor)

e Francisco Cesar Jannuzzi (Gerente de Negócios); Marco Godoi (Gerente de Negócios Online)

e Ivaneti Longo (Assistente)

Gerente de Circulação Gislaine Gaspar

Gerente de Marketing Patricia Soderi

Gerente AdministrativaVilma Pereira

TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603,

CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP.

SucursalSCN - Quadra 02 - Bloco D, sala 424 - Torre B -

Centro Empresarial Liberty Mall - CEP: 70712-903 - Fone/Fax: (61) 3327-3755 - Brasília, DF.

Jornalista ResponsávelRubens Glasberg (MT 8.965)

ImpressãoIpsis Gráfica e Editora S.A.

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização

da Glasberg A.C.R. S/A

CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira

Internet www.tiinside.com.brE-mail [email protected]

REDAÇÃO (11) 3138-4600E-mail [email protected]

PUBLICIDADE (11) 3214-3747E-mail [email protected]

Ano 6 | nº 57 |maio de 2010 | www.tiinside.com.br

A pole position é de quem gerencia ativos

>sumário

A gestão de ativos de TI tem se mostrado uma tendência irretocável entre grandes e médias organizações. Os ganhos vão da redução de custos e maior agilidade a

uma maior competitividade. E hoje deixou de ser necessária a criação de processos e metodologias para se manter atualizada a informação sobre o parque de hardware e software de uma empresa e o uso que ela faz destes recursos. As soluções de gestão de ativos fazem este papel gerando as informações necessárias para administrar, monitorar e manter de forma eficiente a infraestrutura de TI, bem como os softwares nela instalada.

O conceito não é novidade para qualquer profissional minimamente informado, mas o que muitos desconhecem são a sofisticação e a diversidade de soluções que contemplam o ciclo de vida completo dos ativos e como transformá-los numa fonte de redução de custos e de melhor produtividade.

O tema de capa dessa edição coloca em evidência a importância que o assunto vem ganhando junto às organizações, que precisam gerenciar contratos de seus próprios fornecedores e, em alguns casos, de seus clientes.

A governança corporativa, as regulamentações como Basiléia e leis como Sarbox tornam obrigatória a gestão de ativos entre grandes empresas, multinacionais e o segmento financeiro.

Junte-se a esse cenário a

infraestrutura virtual, que agora exige do administrador o gerenciamento de máquinas virtuais e licenças de software multiplicadas nesse ambiente. A gestão de ativos tornou-se, portanto, um diferencial competitivo das empresas, que precisam investir no conhecimento e domínio da complexidade das soluções.

E em se tratando de gestão, esta edição de TI INSIDE também revela os meandros da gestão de riscos, importante principalmente no atual momento de mudanças e eventos climáticos mais agudos. Você também acompanhará os movimentos da indústria de energia elétrica, atualmente empenhada em entender, absorver e implementar o conceito de smart grid, no nosso Suplemento Especial, e entenderá as preocupações dos CIOs em relação às mudanças na forma de venda e compra de software, algo que vai impactar, inclusive, o perfil deste profissional. Esta edição de TI INSIDE está recheada de inovações, preocupações – obviamente com as suas respectivas sugestões para a solução dos problemas – e debates, como a seqüência, que iniciamos na edição passada, sobre o futuro do segmento de software de gestão empresarial, para o qual trazemos uma entrevista com o presidente da Totvs, Laércio Consentino.

Boa leitura!

Claudiney SantosDiretor/editor

[email protected]

Capa: EDITORIA DE ARTE/CONVERGE

nEwS6 Gestão do conhecimentoEstado do Mato Grosso otimiza trâmites internos e a organização dos acervos documentais

8 a prova de falhasUsiminas melhora desempenho com ferramenta de organização de dados

GESTão12 HospitalSamaritano completa um ano de utilização do sistema integrado de gestão hospitalar

14 Entre penas, asas e TIBig Frango implanta plataforma automatizada de gestão de demanda

15 acesso remotoGrupo VR melhora performance de conexão compartilhada

inFrAESTrUTUrA16 Na velocidade da luzArquivos e portais corporativos multimídia, redes sociais e serviços avanços forçam migração da redes para 40Gbps

ESPECiAL23 Smart GridAs oportunidades de negócio geradas pelas redes convergentes e a infraestrutura de TI por trás das mudanças nas concessionárias de energia elétrica

GESTão FiSCAL36 artigoFalsa sensação de segurança

37 Três módulos do SpedProjeto da Brenntag é parte de uma série de medidas para adequação da empresa às exigências do Fisco

MErCAdo40 a Totvs não paraEm entrevista, o CEO, Laércio Cosentino, comenta desempenho e os próximos passos da companhia

42 e-LearningInvestimentos em ensino a distância cresceram 23% em 2009, segundo o CensoEAD.BR

48 Software InnovationVirtualização e computação em nuvem vão pautar a infraestrutura de tecnologia das empresas

E-BUSinESS52 Campanhas virtuaisIdeias e subsídios para definir os investimentos corporativos em novas campanhas publicitárias e em ações de marketing

TECnoLoGiA18 Capa Conheça o mercado, as ferramentas, quem investe e histórias de implementação de soluções de gestão de ativos

ATIVAS: O ÚNICO DATA CENTER TIER III DA AMÉRICA DO SUL

A ATIVAS, empresa do Grupo ASAMAR, é o primeiro Data Center na América do Sul a obter a certificação Tier III. O Data Center de terceira geração, com infraestrutura de ponta, foi projetado dentro do conceito de virtualização fim a fim, possibilitando novas modelagens de negócio mais adequadas às necessidades dos clientes. A certificação Tier III assegura que a ATIVAS está preparada para atender ao mercado com um nível de disponibilidade mínima de 99,98%, amparada pela confiabilidade da infraestrutura tecnológica nos quesitos: energia elétrica, climatização, telecomunicações, prevenção e combate a incêndio e a segurança de um Data Center. Toda essa eficiência é entregue de maneira sustentável a partir do equilíbrio de um Data Center Tier III, onde tecnologias permitem o uso eficiente da energia elétrica, que se traduz em real economia para a ATIVAS e para seus clientes. Venha você também fazer parte dessa história.Porque Evoluir é Natural!

www.ativas.com.br0800 722 2500

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>news

Mato Grosso adota gestão do conhecimento

web 3.0 em dez anos é improvável, indica estudo

CA muda nome para CA Technologies

A Prefeitura Municipal de Cuiabá, o Tribunal de Contas do MT e a Universidade Federal do Mato

Grosso estão partindo para a adoção da tecnologia de ECM (Enterprise Content Management – Gerenciamento de Conteúdos Empresariais) para agilizar os processos administrativos e de atendimento ao público, através do uso de documentos digitais e da automação do fluxo de processos.

O objetivo é otimizar os trâmites internos e a organização dos acervos de documentais, assim como desenvolver sistemas automáticos e ágeis para a prestação de serviços aos respectivos públicos externos das instituições envolvidas.

Atualmente em diferentes estágios de implementação, os três projetos do Mato Grosso utilizam tecnologia de software e serviços da empresa brasileira Veros Tecnologia. Com a ECM, a prefeitura conseguirá, por exemplo, disponibilizar, via web, um grande número de informações de interesse dos munícipes, como dívidas do IPTU, vagas em escolas públicas e regras de loteamento urbano, além de acompanhar de forma on-line o andamento

de requisições e qualquer tipo de protocolo referentes à relação dos cidadãos cuiabanos com a prefeitura.

Da mesma forma, o público do Tribunal de contas já utiliza a ECM para a obtenção de informações sobre processos em andamento e no uso de formulários

eletrônicos disponíveis via web para as comunicações oficiais e para a

obtenção e envio de documentos de interesse do órgão.

Já na Universidade Federal do Mato Grosso, o sistema deverá levar serviços tanto para a administração acadêmica quanto para os docentes e

dicentes, em temas que vão da pesquisa ao acervo documental, até

a visualização de notas de desempenho por parte dos alunos.

A solução da Veros integra um sistema de workflow que promete o mapeamento e a organização dos trâmites e procedimentos de arquivamento de todos os tipos de documentos que integram os

chamados processos de negócios dos três órgãos.

Além de operar com arquivos-documento comuns, a Veros ECM

integra no mesmo fluxo os elementos de mensageria eletrônica que podem ser utilizados como documento de fato. Este é o caso, por exemplo, de e-mails, gravações telefônicas, e registros de seções de atendimento ao cliente via chat ou mensagem eletrônica.

As previsões de que a web 3.0, a chamada web semântica (uma extensão da web atual, que permitirá aos computadores e humanos trabalharem em cooperação) se

tornará realidade em 2020 têm sido vista com certo ceticismo por observadores do mercado e internautas. Um estudo recente da consultoria Pew Research Center revela que 52% dos especialistas acreditam que a web semântica não se concretizará antes de dez anos, enquanto 47% dos usuários de internet compartilham a mesma opinião.

O estudo classifica a web 3.0 como um conceito de internet no qual os software realizarão tarefas complexas pelos usuários, levando em consideração o significado das informações transmitidas entre eles. Numa busca, por exemplo, a ferramenta conseguiria prever qual é o significado de determinada palavra que o internauta procura naquele momento e, em outra oportunidade, o serviço de busca também conseguiria identificar outro significado para mesma palavra.

Mais de dois anos depois de ter adotado o nome CA, em substituição a antiga Computer Associates, razão social que ela adotava antes dos escândalos

contábeis que levaram seu ex-presidente a ser condenado à prisão, a companhia decidiu mudar novamente a denominação para CA Technologies. Em comunicado divulgado no domingo, 16, a fabricante de software de gestão de TI disse que quer “restabelecer a posição no mercado de tecnologia da informação e fornecer soluções mais flexíveis para os clientes”.

Em decorrência da mudança, a agora CA Technologies disse que vai aumentar em 50% os gastos com publicidade e investir também na aquisição de pequenos desenvolvedores de tecnologia. De acordo com o presidente da companhia, Bill McCracken, o recursos destinados à compra de novas empresas devem ficar entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões.

objetivo é otimizar os trâmites internos e a organização dos acervos documentais, assim como desenvolver sistemas para a prestação de serviços aos públicos externos

2010 American Power Conversion Corporation. Todas as marcas são de propriedade da Schneider Electric Industries S.A.S, American Power Conversion Corporation ou de suas empresas afiliadas. E-mail: [email protected] - Al. Xingu, 850 - Barueri - São Paulo/SP – 06455-030 - www.apc.com/br

Ah claro, eles querem um outro servidor…

O Efficient Enterprise permite uma refrigeração previsível e reduz as despesas operacionais considerando:

Refrigeração acoplada à fonte de calorNossa inovadora arquitetura InRow permite uma refrigeração mais eficiente e precisa porque reduz a distância entre o pontode geração e remoção de calor.

Contenção de calorO sistema de contenção de calor da APC reduz os pontos decalor evitando a mistura de ar quente da carga com o ar frioda sala.

Gerenciamento da capacidadeO software de gerenciamento da capacidade inteligente eintegrado fornece dados em tempo real em suas demandas de energia e refrigeração.

Componentes eficientes e dimensionados corretamenteBeneficie-se da eficiência energética dimen-sionando corretamente sua infraestrutura,investindo somente no que você precisa. Os no-breaks Symmetra PX da APC oferecemalta disponibilidade para sistemas de diversas potências, são modulares, ocupam uma área compacta, e são fáceis e rápidos de instalar.Graças à baixa distorção de corrente deentrada, os cabos elétricos não precisam ser super dimensionados, resultando emeconomias consideráveis.

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...instalado amanhã,

...em um rack sem espaço,

...sem saber se há capacidade de energia e refrigeração.

Superaquecimento? Sobrecarga? Perda de redundância? Faça já o DOWNLOAD GRATUITO do White Paper # 150 da APC “Gerenciamento de capacidade de alimentação e refrigeração para data centers” para saber como gerenciar de maneira eficiente a capacidade de energia e refrigeração de seu data center.

Faça já o download acessando www.apc.com/promo e digitando o código 41186B.

Quando se gerencia uma instalação por inteiro, há muito com o que se preocupar: segurança, iluminação, refrigeração, HVAC (Heating, Ventilating, and Air Conditioning). E todos esses itens são dinâmicos e necessitam de energia – especialmente o data center. Todos sabemos que o alto consumo da energia elétrica de um data center pode limitar o crescimento das empresas não apenas no que se refere aos ativos de TI, mas também ao seu fornecimento para outras dependências da instalação. Como implementar data centers de maneira rápida e fácil? Como garantir a total disponibilidade do ambiente? Existe uma formade reduzir seu atual consumo de energia?

Com o Efficient Enterprise™ da APC, você consegue tudo isso com resultados imediatos e mensuráveis.

A solução da APC oferece modularidade e escalabilidade para que você pague apenas o que utiliza; gerenciamento da capacidade para que você saiba onde colocar seu próximo servidor e sistemas dedicados de contenção de calor e dispostos em racks que melhoram a previsibilidade térmica e de refrigeração. O Efficient Enterprise™ permite que você economize recursos através da eliminação previamente planejada do desperdício. Por exemplo, apenas pelo fato de trocar o sistema de refrigeração (de sala para racks), você economizará, em média, 35% do seu custo de eletricidade.

Use sua energia de maneira inteligente.

Com o Efficient Enterprise™, você efetivamente irá eliminar incidentes de energia e pontos de calor, sendo mais ágil em atender às demandas de TI. Melhor ainda, você poderá evitar (ou pelo menos adiar) a construção de um novo data center porque suas instalações ocuparão um espaço mínimo. No final, tudo se resume a isso: você precisa ser o mais inteligente possível com sua energia. O que você precisa é do Efficient Enterprise™.

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Relaxe, você pode fazer tudo isso com o Efficient Enterprise™.

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>news

O expressivo aumento no volume de dados nos últimos anos levou a Usiminas a investir em uma nova

infraestrutura de storage, que funcionasse com seu sistema operacional e banco de dados. Usuária do sistema de gestão integrada SAP R/3 e do banco de dados Oracle, a siderúrgica verificou, no momento em que o ERP foi instalado, que o volume de dados não exigia reorganização das tabelas do Oracle. Essa situação, porém, se alterou em 2009, quando a companhia percebeu que o banco de dados, que já contava com 5 terabytes de informação, 40 mil tabelas e 47 mil índices, precisava ser reorganizado.

Para aumentar o desempenho do SAP e do Oracle e organizar os dados de forma mais qualitativa, a Usiminas decidiu substituir uma ferramenta de reorganização de tabelas que exigia que os servidores Oracle ficassem off-line e retirava do ar o R/3. A escolha recaiu no Quest Liverorg for Oracle, da empresa de mesmo nome, que opera on-line, o que possibilita que os servidores SAP

continuem operando normalmente. Segundo a companhia, com o uso do

Quest Liverorg, aliado ao investimento realizado em uma nova infraestrutura de armazenamento com maior desempenho e a implantação de um novo recurso do Oracle, o Automatic Segment Space Management (ASSM), ela passou a usufruir de novos parâmetros de desempenho do SAP e do Oracle.

“O tempo de resposta das aplicações SAP tiveram uma melhoria de 45%. Além disso, conseguimos reduzir em 17% a base de dados SAP. Outros ganhos são retratados pela melhoria de 75% do tempo de resposta em disco e redução de 55% do tempo de resposta do banco de dados Oracle”, afirmou Laércio Passos, analista de sistemas de tecnologia e suporte da Usiminas.

O executivo salienta que os resultados têm impacto na saúde dos negócios da empresa, uma vez que a aplicação SAP é crítica para a companhia devido ao fato de o sistema de faturamento suportado pelo SAP ser realizado nas duas usinas da

A Universidade Nove de Julho (Uninove), entidade mantenedora de oito unidades de ensino no Estado de São Paulo, implantou o CRM da Plusoft, empresa nacional de

desenvolvimento e implementação de soluções tecnológicas de call center e CRM. Atualmente, todas as unidades mantidas pela instituição já estão integradas e padronizadas ao CRM.

O Plusoft 5 CRM, adotado pela instituição de ensino, contém o módulo Plusoft Marketing, e atua registrando todas as informações do aluno, desde o vestibular até depois o término do curso, oferecendo subsídio para que a instituição tome ações mais específicas e assertivas em relação a seu público.

Com a identificação das necessidades, a partir da análise do histórico de relacionamento houve um aumento no controle do perfil dos alunos em até 45%. Além disso, foi possível identificar o perfil financeiro de cada um e oferecer campanhas de negociação de acordo com a realidade deles. De acordo com a entidade, no canal de captação, ficou fácil identificar os

cursos com mais demanda por região e assim oferecê-los de acordo com a necessidade local.

A solução também permitiu identificar as falhas no processo de atendimento e, com isso, o prazo de respostas às solicitações dos alunos foi reduzido em torno de 60%. Além disso, o CRM Plusoft permitiu uma interface entre a central de atendimento e unidades, criando sinergia entre as equipes.

Uninove investe em CrM

companhia (Cubatão e Ipatinga), no regime 24x7. “Este ambiente é responsável, ainda, pelo processo de recebimento de materiais nesses dois locais”, acrescenta Rolim de Camargo S. Junior, analista de sistemas integrados da Usiminas.

Para selecionar a solução que seria utilizada no processo de reorganização dos dados, a equipe de TI da Usiminas montou um ambiente de testes para os candidatos. A empresa informou que a fase de homologação ajudou a equipe de TI a sanar dúvidas sobre o processo e que o teste do Quest Liveorg for Oracle foi de suma importância para validar a solução como vencedora, já que apresentou o desempenho desejado pela Usiminas. “Ela permitiu que realizássemos a maioria das reorganizações de tabelas Oracle em modo on-line, sem impactos para os usuários finais do SAP”, diz Passos.

A responsável pelo serviço de instalação, overview e treinamento in loco da equipe de TI do projeto foi a Infobase, parceira de negócios da Quest Software.

A prova de falhasUsiminas aumenta desempenho com ferramenta de organização de dados

o Plusoft 5 CRm, adotado pela instituição de ensino, atua registrando todas as informações do aluno, desde o vestibular até depois do término do curso

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>news

entre os dias 9 e 11 de junho, os bancos com operação no Brasil debaterão sobre oportunidades e modelos de atendimento da nova clientela

CiAB: Banco do futuro e a geração Y

A 20ª edição do Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras, o CIAB

Febraban acontece em São Paulo, entre os dias 9 e 11 de junho, e tem como tema central “A geração Y: um novo banco para um novo consumidor”.

Esse novo consumidor, o chamado consumidor 2.0, deseja interagir por diferentes canais de relacionamento (chat, home banking, e-mail, home banking, etc), o que traz um grande desafio para ser gerenciado pela instituição financeira de forma única, com todos os atributos de segurança necessários.

O segmento bancário, segundo a IDC – International Data Corporation, deve retomar seu crescimento esse ano com previsão 7% de incremento em relação no ano anterior, cujo índice foi de apenas de 0,6%.

Mauro Peres, country manager da empresa, explica que, se considerado o governo (nas suas três esferas de administração direta: municipais, estaduais

e federal), a participação atual no bolo do faturamento local de TI é de 10%, enquanto o setor financeiro (grandes bancos à frente) colabora com 18% de todos os investimentos brasileiros em Tecnologia.

Em 2008 o segmento bancário investiu R$ 16,2 bilhões em tecnologia, 9% acima dos aportes realizados em 2007 (14,86 bilhões de reais), segundo a pesquisa “O Setor Bancário em Números”, divulgado anualmente pela Febraban. Deste total, 40% do montante, ou R$ 6,45 bilhões, foram destinados a novas tecnologias e sistemas. O estudo com dados desse ano deve ser divulgado antes do final do mês. Para a Febraban, o setor financeiro investe, em média, o triplo do que é gasto pelos outros setores da economia.

CongressoO CIAB terá três dias de congresso,

com 29 painéis de discussões e palestras

que receberão 1,6 mil congressistas de instituições financeiras do Brasil e exterior. Além do tema principal (geração Y), o congresso abordará temas como Redes Sociais, Inovação, Cloud Computing e SaaS, mobilidade, segurança e prevenção a fraudes, etc. e reunirá 120 especialistas e personalidades em três auditórios, dos quais 15 keynotes speakers internacionais.

O evento registra também a 6ª edição do Espaço Inovação com a apresentação de 24 empresas de pequeno porte que foram selecionadas pelo ITS (Instituto de Tecnologia de Software) em função de suas soluções inovadoras, além do Espaço Empreendedor, que reúne 12 empresas com limitação de faturamento de até R$10 milhões ao ano e um espaço especial para empresas estrangeiras que não tenham representação no Brasil.

O Brasil teve a maior alta no ranking de uso de tecnologias da informação e comunicação (TICs) entre os países da América Latina no primeiro trimestre deste ano. Foi o nono

trimestre consecutivo que o país avançou mais que os demais da região no Indicador da Sociedade da Informação (ISI), medição feita pela consultoria everis em parceria com a IESE Business School da Espanha. No período, o Brasil atingiu 4,48 pontos no ISI, uma alta de 3,4% sobre igual trimestre de 2009.

O estudo aponta que o PIB per capita do país aumentou 5,3% em um ano e atingiu US$ 8.619. Pela primeira vez, o PIB per capita brasileiro obteve o segundo lugar no ranking, superando o México e abaixo apenas do Chile. O parque de servidores do país representa a maior expansão regional. Seu índice para mil habitantes atingiu 3,6 unidades, aumento de 9,2% em um ano. Além disso, a quantidade de computadores pessoais por mil habitantes subiu 13,7%.

Entre as variáveis analisadas, destaca-se a recuperação do

índice de gasto total em TIC por pessoa, que superou os US$ 400 por ano, um aumento de 25,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No que diz respeito ao Ambiente da Sociedade da Informação (ESI, em espanhol), o desempenho econômico da região foi positivo. Também foi relevante a queda da inflação, que caiu para 4,5%, em comparação aos 5,8% do ano anterior.

De acordo com o relatório ISI, se o índice do Brasil mantiver o ritmo de crescimento, poderá atingir marcas inéditas. No primeiro trimestre de 2011, o indicador terá a possibilidade de obter 4,55 pontos – 1,5% a mais que neste ano. O ISI brasileiro seria melhor do que a média regional e, pela primeira vez, os indicadores de Brasil e América Latina atingiriam praticamente o mesmo valor. Mesmo com previsão de uma relativa redução das atividades econômicas, a taxa de desemprego no Brasil poderá apresentar resultado muito melhor do que em outros países.

Brasil tem maior alta em ranking de TiCs na ALFoi o nono trimestre consecutivo que o país avançou mais que os demais da região no Indicador da sociedade da Informação (IsI), medição feita pela everis

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>gestão

2009Internações 15.094Cirurgias 11.044Atendimentos de emergência 132.153medicina diagnóstica – exames realizados 1.123.896Total Geral de atendimentos 1.223.672

Fonte: Relatório de Responsabilidade Social do Hospital Samaritano - 2008 - 2009

Raio-x

“A integração do módulo de prontuário

eletrônico do Tasy com o sistema de

imagens digitais – PACs, nos

permite utilizar o conceito de prontuário

eletrônico em sua plenitude”

SérGio LoPEz BEnTo, do HoSPiTAL

SAMAriTAno

criação de um registro eletrônico dos pacientes. Os ganhos englobam tanto a área administrativa como a assistencial, já que todo o hospital está integrado em uma mesma plataforma online.

Sobre o retorno financeiro (ROI), Bento diz ser esta apenas uma das análises que devem ser feitas no caso de um projeto de informatização hospitalar. O desafio está em obter ganho na eficiência operacional (aumento de faturamento, redução de custos, otimização de estoques, aumento do tempo dos profissionais da assistência na sua atividade fim etc.), aliado ao ganho na qualidade assistencial. “Em uma instituição hospitalar filantrópica, o retorno financeiro tem o objetivo de suportar e perenizar a operação da instituição. Não há a preocupação em atingir um determinado nível de ROI, mesmo porque são organizações sem proprietários e que não distribuem seus resultados”, informa.

Segundo Klaiton Simão, gerente de tecnologia da informação do Hospital Samaritano, a administração ganhou eficiência em gestão com processos padronizados, confiabilidade na geração dos dados e maior qualidade nos controles. “Hoje há um maior domínio sobre o fluxo da operação, porque com ações padronizadas todos sabem como fazer o seu trabalho. Consequentemente, os gestores conseguem avaliar as atividades e os resultados de maneira adequada”, explica Simão.

Responsável por mais de 15 mil internações, 11 mil cirurgias, 132 mil atendimentos de emergência e 1 milhão de exames clínicos, o

Hospital Samaritano de São Paulo tem todos os motivos para comemorar o primeiro ano de operação do novo sistema de gestão hospitalar, o Tasy, da WHEB Sistemas, integrado ao também recente sistema de imagens médicas digitais, o IMPAX da AGFA Healthcare.

Os projetos receberam juntos investimentos de R$ 5 milhões, em mão de obra e infra-estrutura de software, hardware e instalações. “A implantação de sistemas integrados de gestão hospitalar é uma tendência irreversível na moderna gestão hospitalar. Isso porque o volume de dados gerados na atividade diária de um hospital nas áreas assistenciais, de apoio e administrativas é enorme. Não há como tratar tais dados e transformá-los em informação gerencial sem o recurso da informática”, explica o Superintendente Geral de Operações do Hospital Samaritano, Sérgio Lopez Bento.

Antes da implantação do Tasy, o Hospital utilizava duas plataformas: uma para a área administrativa outra para a área assistencial, sem o recurso de prontuário eletrônico de pacientes. Com a implantação do Tasy, foi possível integrar todo o Hospital em uma única plataforma, dando uma visão global e unificada para os gestores. Além disso, foi possível incluir todo o processo de cuidado do paciente dentro do sistema, segundo o executivo.

prontuárioUm dos destaques do projeto é a

integração do módulo de prontuário eletrônico do Tasy com o sistema de imagens digitais – PACS. “Isto nos permite utilizar o conceito de prontuário

Hospital samaritano completa um ano de utilização do sistema integrado de gestão hospitalar e imagens digitais

A gestão de quem cuida da saúde

eletrônico em sua plenitude, ou seja, todos os dados do paciente, inclusive imagens médicas, estão dentro do sistema”, ressalta Bento.

A integração, diz ele, torna os processos assistenciais mais ágeis e confiáveis, já que disponibiliza as informações em rede, gerando indicadores de gestão da produção assistencial. Além disso, o sistema trouxe melhor qualidade ao atendimento do paciente, ao reunir todo o histórico de cada pessoa atendida no Tasy.

Após o período de adaptação e familiarização com o programa, o Hospital aponta grande avanço na otimização dos processos internos e na

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Entretanto, a sua evolução provou ganhos substanciais que tanto a Big Frango como o varejo atingiram. “Ganha o consumidor por produtos mais frescos, ganha o varejo pelo aumento da rentabilidade devido ao aumento de giro de estoque e ganha a Big Frango pelo aumento de vendas e maior satisfação do consumidor final”, salienta.

Como funciona A Big Frango abate cerca de 400

mil aves por dia (20% atacadista, 30% exportação e 50% varejo) e produz aproximadamente 200 produtos, trabalha com planilha aberta e gerencia a mercadoria a partir de um leitor de código de barras contido na embalagem da carne.

A ferramenta funciona de modo automático e em tempo real, gerando as informações necessárias para a Big Frango gerenciar a quantidade de produtos necessária para repor o estoque de cada cliente. “Assim, podemos atender às reais necessidades de nossos clientes. Se a demanda aponta para determinado produto, enviaremos mais dele e promoveremos uma ação de marketing para alavancar a venda dos de menor giro”, diz o diretor de marketing da companhia.

A ferramenta da Neogrid, segundo ele, também melhora a comunicação entre a Big Frango e as cadeias interna e externa. “O vendedor passa a ser consultor, já que acompanha o ritmo da comercialização. Antes, ele esperava terminar o estoque para realizar um novo pedido, e isso sem possuir parâmetros precisos de sua realidade”.

O sistema foi desenvolvido em conjunto pelas duas companhias, a fim de se adequar às necessidades do segmento alimentício.

Boa parte das companhias que fazem distribuição de produtos para diversas localidades sofrem com o mau gerenciamento de estoques. Isso pode

acarretar perda no número de vendas por problemas de disponibilidade no varejo; excesso de pedidos emergenciais pela falta de controle do giro dos produtos; venda de produtos de maior ganho abaixo do potencial; dentre outros problemas.

Para superar esses obstáculos, a fornecedora de carnes Big Frango recorreu à tecnologia da informação, e desenhou um projeto de integração baseado em tecnologia Neogrid, capaz de gerenciar estoques em varejistas do Brasil. O objetivo principal era balancear a cadeia interna, composta pelas três fábricas e seis centros de distribuição (CDs), com a cadeia externa, formada por CDs de redes varejistas e lojas, a fim de promover uma melhor rentabilidade em ambas as partes.

Segundo Sérgio Vrenna, diretor de marketing da companhia, o contrato foi firmado há menos de um ano e abrange os Estados de São Paulo; Paraná; Rio de Janeiro; Minas Gerais; Espírito Santo e Santa Catarina. “Aumentar o giro de estoque, repondo o que foi consumido e entregando produtos mais frescos, foram pontos importantíssimos para que tivéssemos aumento médio de vendas de 45% nas redes Muffato, Walmart e Carrefour”, afirmou.

EtapasEle salienta que o sistema foi

adotado primeiramente em algumas localidades para experimentação e aprimoramento. “Com o resultado positivo, estamos pensando em

A fornecedora de carnes Big Frango registrou aumento de 45% em vendas, após adotar uma plataforma automatizada de gestão de demanda

entre penas, asas e TI

expandir o uso em todos os pontos de venda que estamos presentes”, diz Vrenna, sem informar datas.

Ao aproximar a Big Frango de seus canais e clientes, a ferramenta forneceu recursos para a composição de informações como: demanda de produtos nas lojas e o giro de cada mercadoria. Dados essenciais para que não haja excesso de carne, segundo o executivo.

Antes da adoção do sistema, os dados eram obtidos de forma “manual” e, devido a complexidade da operação e a falta de visibilidade dos produtos que estavam na gôndola pela indústria, não era possível reagir rapidamente ao consumo. Com a tecnologia, a empresa consegue visualizar as informações do ponto de venda e realizar a reposição a partir do real consumo, sem falta ou excessos. “Desta forma, os estoques nas lojas estão mais balanceados, atendendo de maneira responsável às variações do consumo, não deixando que ocorra a falta de produtos e, consequentemente, aumentando o giro de estoque e as vendas do varejo e Big Frango”, afirma Sérgio Vrenna.

Para ele, no início do projeto parecia utopia a reposição pelo real consumo.

FAUSTo FErnAndES

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roGério GonçALvES, do GrUPo vr: A EMPrESA BUSCAvA UMA SoLUção CAPAz dE SUPorTAr A SEGUrAnçA rEqUEridA PELA MoBiLidAdE dE SEUS ProFiSSionAiS E qUE PoSSiBiLiTASSE A ConTinUidAdE doS nEGóCioS

>gestão>gestão

O Grupo VR mantém parte da operação terceirizada, e foi preciso prover acesso a esses fornecedores. “O que estávamos buscando era uma solução que fosse fácil de usar e que não demandasse do usuário uma habilidade especializada”, diz o supervisor.

A solução da Check Point é um gateway de segurança para internet, que proporciona acesso SSL VPN, segurança endpoint abrangente e prevenção integrada contra invasões. Ao combinar conectividade SSL VPN e segurança em uma mesma solução, o VR pôde distribuir com grande eficácia SSL VPNs de maneira confiável para diversos usuários e, ao mesmo tempo, garantir a confidencialidade e a integridade das informações críticas para o sucesso da empresa.

Os resultadosPara o Grupo VR, a principal

vantagem de adotar o Connectra foi a facilidade de utilização. Segundo Gonçalves, é uma solução simples, que superou com eficiência a complexidade dos demais sistemas. “Os usuários não têm dificuldade de utilizar a tecnologia. Tudo o que têm de fazer é acessar o portal na internet e clicar nos aplicativos de que precisam”, conclui.

Por meio do portal integrado do Connectra, os usuários podem acessar aplicativos de internet, aplicativos de rede, compartilhar arquivos e e-mails. Para obter uma flexibilidade extra, os administradores ainda podem personalizar o design do portal, incluindo suporte para múltiplos idiomas.

Criado há mais de 30 anos e precursor na adoção de tecnologias e soluções diferenciadas no setor de benefícios, o Grupo

VR dá mais um passo em sua história ao prover mobilidade com 100% de segurança a seus colaboradores e fornecedores terceirizados, assegurando ao mesmo tempo a confidencialidade e a integridade de suas informações.

O Grupo VR desenvolve negócios em diversos setores da economia, entre os quais benefícios e tecnologia. A Smart.Net, marca de tecnologia do grupo, é destaque em processamento de benefícios, com cerca de 5 milhões de cartões ativos e mais de 700 milhões de transações anuais.

Por meio de projeto implementado pela EZ-Security, integradora especializada em segurança da informação e disponibilidade, a organização, após uma avaliação criteriosa de soluções de acesso remoto de diversos fabricantes, optou pela solução Connectra, da Check Point.

Rogério Gonçalves, supervisor do Security Office do Grupo VR, explica que, para a companhia, o mais importante era que a solução garantisse a segurança da rede para todos os tipos de ambientes. A empresa buscava uma solução capaz de suportar a segurança requerida pela mobilidade de seus profissionais e que possibilitasse a continuidade dos negócios.

O projetoAntes de habilitar as funções de

Grupo VR instala solução que garante segurança de acesso a partir de links compartilhados como se estivesse em rede dedicada

Acesso remoto sem susto

Acesso Remoto do Roteamento e Acesso Remoto, as empresas precisam examinar cuidadosamente a infra-estrutura da rede de forma que possa configurá-lo da melhor maneira para atender às necessidades de segurança e funcionalidade. A Segurança do Roteamento e Acesso Remoto pode ser considerada em três partes: a proteção do servidor que executa o Roteamento e Acesso Remoto, a proteção do tráfego de rede entre o servidor e seus clientes e o uso de métodos de autenticação segura.

“Antes de testar o Connectra, a maioria das soluções apresentadas pelos outros fornecedores incluía links dedicados. O VR desejava uma solução que proporcionasse a segurança de um link dedicado, porém sem o alto custo que essa ferramenta emprega”, explica Gonçalves.

JACkELinE CArvALHo

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>infraestrutura

A área de engenharia do Facebook revelou, recentemente, que os data centers do portal já precisam de uma rede Ethernet de 100 gigabits,

e poderiam usar até conexões de 1 terabit por segundo. Uma necessidade crescente de largura de banda que reflete a explosão no tráfego de rede que outras empresas e fornecedoras de tecnologia tentam solucionar, segundo o Fórum de Exploração de Tecnologia da Aliança Ethernet.

O Facebook monta seus próprios data centers a partir de servidores de baixo custo disponíveis no mercado, ligados via Ethernet padrão. Assim, a rede de conexão desses sistemas é fundamental para toda a infraestrutura da empresa. E, por outro lado, reflete um problema que os fornecedores empenhados em evoluir o padrão Ethernet ainda precisam resolver.

A tecnologia Ethernet caminha rumo à largura de banda de 100 Gbps (bits por segundo), com uma opção intermediária de 40 Gbps, especificação que não deve ficar pronta antes do final do ano. Apesar disso, a tecnologia já registra algumas iniciativas comerciais como a apresentada pela Extreme Networks, a primeira a demonstrar comercialmente produtos Ethernet 40G, com quatro módulos de porta para a sua borda Summit X650 de switches Black Diamond (modulares), na conferência Interop, que aconteceu em abril.

Toda a mobilização dos fornecedores ocorre pela relevância que as redes Ethernet corporativa vêm conquistando, independente dos backbones das operadoras de telecomunicações. Os servidores do Facebook utilizam, por exemplo, uma grande quantidade de

Fabricantes e integradores evoluem produtos para absorver uso intensivo de som e imagem nos arquivos corporativos, nos portais institucionais e nas redes sociais

JACkELinE CArvALHo

largura de banda, pois resolvem coletivamente problemas como a cópia de segurança de bancos de dados.

Mas não apenas esse modelo de conexão demanda empenho da indústria de Ethernet. A convergência entre dispositivos fixos e móveis e até mesmo de mídias e aplicativos compõem um cenário de grande desafio. O padrão Ethernet está, por exemplo, no centro das redes do prestador de serviços de infraestrutura, para suportar conexões móveis, e principalmente ao longo de links de backhaul móvel de microondas.

CronologiaMundialmente, os provedores de

serviços de comunicação investiram US$ 21,6 bilhões em produtos Ethernet no ano passado, número que deverá chegar a US$ 32 bilhões em 2014, segundo a consultoria Infonetics. “As tecnologias e produtos Carrier Ethernet são permanentes e parte crescente das redes dos prestadores de serviços”, aponta estudo da consultoria.

Com a migração para IP, os produtos são utilizados, atualmente, em quase todas as partes da rede de um provedor de serviços, para acesso dos clientes, backhaul móvel, o núcleo móvel, banda larga e backhaul de banda larga e de transporte óptico. “Hoje, exceto para circuitos onde se quer trabalhar com enlaces transparentes, ou seja, com o envio de dado sem nenhuma alteração, para os demais, o padrão é IP”, consagra Orlando Neves, vice-presidente da área de dados da Global Crossing.

Segundo ele, o IP tem uma série de vantagens. “Uma das principais é o fato de, enquanto em um enlace transparente tem-se o canal totalmente ocupado, no IP é possível trafegar múltiplos aplicativos, como

videoconferência, dados e telefonia”, diz. O atual cenário justifica a expansão

da demanda por 40 Gigabits, na visão de Jonathan Fratta, gerente de produtos da unidade Business Solution da D-Link, empresa que colocou o padrão 40 Gigabit em seu roadmap mas ainda não definiu datas de lançamento, por estar focada em soluções para as redes corporativas. De acordo com ele, os núcleos das redes corporativas evoluem para backbones de 10 Gigabits, ficando a alta velocidade restrita aos data centers ou ambientes de telcos, para criar uma infraestrutura de operadora de telefonia.

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na velocidade da luz

A Padtec, fornecedora de sistemas ópticos para backbones (sistemas DWDM),

produziu na segunda semana de maio, a sua primeira plataforma de 40 Gbps, quatro vezes superior ao modelo atual da linha LightPad. A evolução da plataforma é resultado de um desenvolvimento conjunto da equipe brasileira e da equipe israelente da CivCom, comprada em 2008 pela Padtec.

Com faturamento de R$ 130 milhões no ano passado, com lucro de R$ 9 milhões, a Padtec responde por 30% do mercado nacional de sistemas de comunicação óptica para backbones, fornecendo para todas as grandes operadoras. Também está presente em vários países da América Latina e seu objetivo, ao comprar a CivCom, foi complementar sua linha de produtos e ganhar músculos para entrar no mercado asiático, especialmente Índia, Filipinas e Indonésia.

SuRpReSa

DON TAPSCOTTCunhou a expressão wikinomics para designar a nova economia emergente das redes sociais criadas pela geração Y.

e mais

NICHOLAS CARR Um dos pensadores mais influentes na área de TI e negócios do mundo. Autor do artigo IT doesn’t matter e do livro Does IT matter?. Crítico dos modelos de negócios criados pela computação em nuvem (cloud computing).

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>tecnologia

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CLAUdio FErrEirA

A prática de gestão de ativos de TI começa a avançar em todos os segmentos da economia e não apenas no setor financeiro ou nas companhias que estão sob a vigilância de regulamentações como a Basiléia e a sarbanes-oxley. Conheça o mercado, as ferramentas, quem investe e histórias de implementação de soluções

Quem é quem no ambiente de Ti

Práticas como a virtualização e a consolidação de servidores expuseram ainda mais a necessidade das

corporações contabilizarem e entenderem seus ativos de TI. Quem usa as aplicações, como elas são utilizadas, quem paga a conta da infraestrutura, quando adquirir mais licenças ou cancelar um contrato de serviços ou de manutenção... Todas essas questões acabam aflorando na medida em que o controle e a gestão de ativos são realizados.

As soluções de gestão de ativos oferecem às empresas informações necessárias para monitorar, gerenciar e manter de forma eficiente sua infraestrutura de TI e o ciclo de vida das aplicações e máquinas, combinando práticas como a gestão de inventário, finanças e contratos de ativos. Como efeito positivo, as soluções oferecem uma visão abrangente para quem precisa otimizar os processos, reduzir custos, aumentar o ROI ou mesmo a produtividade dos funcionários e reduzir riscos – conforme regulamentações como Basiléia e Sarbox, que acabam sendo drivers importantes para os projetos em setores como bancos e multinacionais, respectivamente.

Se antes as plataformas eram mais simples no que diz respeito à gestão, em um novo ambiente consolidado e virtualizado, os

servidores suportam diferentes serviços e fazem com que o rateio e a contabilização dos custos e da utilização da infraestrutura sejam mais complexos. Em resumo, não é algo linear ou fácil de controlar, e a gestão de ativos se transforma em algo extremamente complexo. Porém, há um conjunto de ferramentas e práticas que amenizam a questão.

“A prática deve ser entendida como parte de um conceito maior. Muitas empresas não têm processos para ordenar as informações do controle de ativos. E a maioria das corporações ainda trabalha apenas no inventário, processo que acaba deixando a gestão de ativos como algo incompleto. É uma área onde existem muitas oportunidades e todos os segmentos da econômica têm avançado no Brasil”, admite Juan Carlos Cerrutti, vice-presidente da Novell para a América Latina. O avanço da economia previsto para 2010 e 2011 no País serve ainda como propulsor para que alguns investimentos, como o próprio controle dos ativos, saiam do papel.

Maduro ou não?A maturidade do mercado e o

avanço dos investimentos, no entanto, ainda geram controvérsias. Alexandre Araújo, diretor da Inspirit, acredita na forte demanda para este ano, enquanto Rosano Moraes, vice-presidente de service assurance da CA, ainda vê o mercado em fase de amadurecimento. “Até 2008, as empresas faziam apenas o scan dos ativos. Hoje, o CIO pós-crise continua buscando otimizar custos e aplicar melhor o seu portifólio para crescer os serviços. E a gestão de ativos passa a vista com outra força”, conclui.

O diretor de tecnologia da Sensedia, Kleber Bacili, ainda vê o mercado em desenvolvimento, e cita as diferentes perspectivas de abordagem da questão dentro das corporações. “Existe o controle dos ativos físicos, como móveis, estações de trabalho e servidores, mas há também o controle de licenças de software de uso comum e, o mais avançado deles, que é o controle da produção intelectual, em TI, normalmente retratado por aplicativos de negócio, sistemas,

componentes e serviços de software. O controle dos ativos de produção intelectual é o elemento que representa parte do negócio da empresa e, quando bem gerenciado, pode ser reutilizado, algo que

normalmente aumenta a agilidade e competitividade da empresa”, argumenta.

A transformação ou aumento da maturidade das corporações, relacionada à prática de gestão de ativos, é fruto, em grande parte, dos investimentos em virtualização e

consolidação de servidores e, agora, também de cloud computing. “Todos esses investimentos trazem novos desafios e aceleram a adoção do controle dos ativos. O próprio conceito de Green IT também pode ser encarado como uma forma de gerenciar melhor a infraestrutura, a partir do momento em que se gerencia a energia consumida e o espaço dos data centers, que é um grande ativo das empresas”, explica Joaquim Campos, gerente da linha Tivoli para segurança e gestão de ativos da IBM.

O advento das máquinas virtuais, resultantes da virtualização dos servidores, muda a correlação dos ativos disponibilizados nas empresas. “É preciso não apenas contabilizar o que se tem, mas usar bem a infraestrutura. Como nas máquinas físicas, as virtuais também têm picos de demanda e capacidade ociosa que precisam ser contabilizadas”, explica Silvio

Maemura, diretor da unidade de software & solutions da HP Brasil.

Bancos, sempre elesNa prática, quem usa fortemente

o controle de ativos é, como em várias questões em TI, a área financeira. São empresas com essa preocupação, por conta do uso intensivo, como forma de gerenciar seus custos e ainda como um modo de cumprir as regras estabelecidas pela regulamentação da Basiléia. “A rentabilidade dos bancos é resultado direto dos ativos, o que acaba influenciando a TI. O segundo segmento que mais utiliza são as telcos, porque também têm uma pressão de custos muito forte e buscam otimizar os ativos”, garante Maemura, da HP Brasil.

Outro setor lembrado pelo executivo é o do Governo, no qual as empresas de processamento de dados buscam maior controle. Sem esquecer das corporações que precisam responder ao controle da Sarbanes-Oxley, mais notadamente as multinacionais. Em uma

“É preciso não apenas contabilizar o que se tem, mas usar bem a infraestrutura. Como nas máquinas físicas, as virtuais também têm picos de demanda e capacidade ociosa que precisam ser contabilizadas”SiLvio MAEMUrA, dA HP BrASiL

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comparação, enquanto a Basiléia se preocupa com a contabilização, a Sarbox se preocupa com um balanço que reflita os seus ativos. “Em ambos, se busca a transparência”, finaliza Maemura.

Campos, da IBM, aponta que mesmo com a Basiléia os bancos têm uma cultura de gestão de ativos que extrapola as requisições da regulamentação do setor (veja mais no Box: Caixa de ativos). “Como eles eram regidos pelos mainframes, tinham um maior controle. Com a multiplicidade de plataformas, eles tiveram que evoluir nos últimos anos e os bancos têm processos muito maduros. As normatizações são mais uma conseqüência do que o efeito. A regulamentação serve para consolidar e padronizar”, aponta.

Para o executivo, setores como energia e utilities, fortemente apoiados em ativos, também têm investido na prática. “Alguns processos de controle dos ativos nestes setores são quase que seculares, para suportar graus de confiabilidade altos, e a TI acabou sendo incorporada nessa cultura”, compara Campos. A ideia de convergência de ativos operacionais com TI em um mesmo ambiente também é dominante entre as telcos, donas de uma operação baseada na convergência entre TI e redes.

aperte para descerMesmo as empresas de médio

porte vão partir para a gestão de ativos como um meio para controlar seus gastos. “Estamos no movimento de descida da pirâmide. Usar virtualização e otimizar os recursos e custos não é mais algo exclusivo das grandes empresas. Muitos projetos vão pelo apelo da virtualização, da flexibilidade, mas se cria uma grande bagunça em alguns casos. Os técnicos usam as máquinas virtuais e não transferem os ativos não usados, assim como as máquinas ociosas não

são desativadas ou transferidas”, conclui Maemura.

No entanto, Bacili, da Sensedia, não é tão otimista quanto a essa descida da pirâmide. “As médias empresas têm investido pouco para estabelecer a prática de gestão de ativos. Mesmo nas empresas maiores, algumas são mais desenvolvidas que outras. Porém, temos observado uma preocupação crescente com a gestão dos ativos de conhecimento”, finaliza.

As empresas com menos de 500 funcionários são tratadas de forma diferenciada pela HP. Como característica, elas ainda fazem o controle de forma incipiente e manual. “Elas identificam apenas os ativos físicos mais evidentes. Algo como um contrato de manutenção é um ativo, e os elementos vão se multiplicando. As empresas menores não têm a maturidade para mapear tudo”, garante Maemura.

Outra razão ou não para investir em gestão de ativos, adianta Moraes, da CA, é a maior ou menor dependência de TI. “Quem precisa da tecnologia acaba investindo mais. Porém, todos os segmentos possuem projetos. Um setor como o de telecomunicações, que se preocupa com consumo e investimento, até como forma de gerar novos negócios, precisa trabalhar a gestão de ativos”, exemplifica.

Razão e sensibilidadeA otimização dos custos se

transformou em uma motivação extra, junto com a redução dos investimentos. A compra excessiva de licenças, um sistema desnecessário ou uma solução que precisa ser adquirida demandam mapeamentos e uma melhor administração. “E agora existe um momento do mercado no qual se precisa saber como trabalhar com o Windows Server ou com o Windows 7, por exemplo. Muitas empresas fazem a migração de plataformas e a primeira coisa a se fazer é a gestão de ativos”, garante Cerrutti, da Novell.

Outra vertente defende que a velocidade e as exigências dos clientes internos nas corporações também atua de forma positiva na adoção da gestão de ativos. “Os SLAs se tornaram mais pesados para todos e o controle da infraestrutura é

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Com a premissa de adquirir uma ferramenta para a centralização dos processos de governança de componentes e serviços de software, a Caixa Econômica Federal buscou no mercado uma solução e gerenciamento

de ativos de software. A escolha então recaiu no Sensedia Repository, que permite o armazenamento, busca, visualização e captura de componentes de software e seus artefatos relacionados, propiciando um ambiente de gestão centralizado destes componentes. O projeto foi encabeçado pela área de arquitetura de soluções da Caixa e o investimento total em licenças, instalação, transferência de conhecimento e garantia, conforme termos do edital específico, foi de algo como R$ 250 mil. E o projeto visou o atendimento do grande volume de desenvolvimento da área de TI gerado nos diversos pólos de tecnologia e de produção do banco, localizados em: Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. O processo de instalação e configuração da ferramenta já está em andamento e os próximos passos serão a operacionalização da solução e a transferência de conhecimento para os mais de 60 profissionais envolvidos. Na questão específica do gerenciamento, a solução oferece a atribuição de atividades de acordo com o perfil do usuário, identificação dos componentes mais acessados e bem como os responsáveis por estes acessos, e ainda possibilita a criação de regras para envio de alertas por e-mail.

caixa de ativoS

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ainda mais necessário. O tempo de gestão e o relacionamento entre os dispositivos tendem a ser mais complexos e quem conseguir isto, com qualidade, faz a diferença”, argumenta Araújo, da Inspirit.

Muitas empresas buscam uma gestão inteligente, na qual TI não pode parar, e as melhores práticas veem gestão de ativos como um componente importante nesse jogo, com reflexos no business. Até porque alguns ativos proporcionam despesas ou mesmo nenhum lucro e precisam ser controlados de forma efetiva, o que é considerado um modelo de gestão evoluído.

Em um ambiente consolidado, a continuidade da redução de custo só vai aparecer quando a empresa gerir da melhor forma o seu ambiente, que evolui da infraestrutura para outros itens. “Quem tem serviços apoiados por TI precisa de processos maduros em tecnologia. ITIL e Cobit existem e estão consolidados, o desafio é reciclagem das pessoas”, admite Campos, da IBM. Não por acaso a posição do gestor ainda é algo em formação.

Ferramental à vistaA oferta de soluções de gestão

de ativo cresce e mesmo quem oferece serviços também tem suas “armas”. “Estamos muitos focados nas nossas ferramentas de ativos que trazem embutidas as melhores práticas. O ideal é que elas tenham processos prévios, mas nem sempre isso é verdade”, critica Maemura.

O dirigente da HP aponta que o grau de maturidade das ferramentas é bem evoluído, porém, enfatiza, nenhuma é capaz de mapear tudo de TI e todas possuem pequenas deficiências. “O controle do iPad, por exemplo, ainda não foi contemplado pelas soluções. Todos têm que correr atrás disso. É uma defasagem natural, tanto que lançamos releases novos a cada 6 meses”, explica.

Campos, da IBM, faz a correlação entre processos e soluções como forma de respeitar os diferentes graus de maturidade entre as corporações. “Trabalhamos com nossa solução, o Tivoli Foundation Manager, e outras mais simples baseadas em processos mais básicos e com implementação mais dinâmica”, enumera.

Ao todo, a IBM soma mais de 150 clientes no país e se beneficia da aquisição da empresa RMO, dona de um laboratório de desenvolvimento local, que segue

ativo, com 150 desenvolvedores voltados para a integração de gestão de ativos em geral e de TI. Lá são criadas ferramentas para verticais da economia, como uma outra camada de solução.

Mais das soluçõesO ferramental da CA, por

exemplo, abrange o controle financeiro dos ativos, quanto ele custa, sua depreciação, quanto uma linha de negócios está custando em TI, e ainda o mapeamento de todos os elementos de infraestrutura e as aplicações. Outra possibilidade enumerada pela empresa é a de

Operadora logística e especializada em transporte de cargas aéreas e marítimas, a DHL Global Forwarding possui mais de 813 terminais, armazéns e escritórios, em mais de 200 países. No Brasil são 12 os escritórios e os diversos pontos

alocados em vários clientes. A empresa buscou garantir o melhor funcionamento de sua infraestrutura de TI local, composta por 60 servidores e 700 estações de trabalho, com mais de 30 aplicações de software relacionados à sua atividade de negócios, e o principal problema identificado era a ausência de controle e monitoramento eficiente de toda a rede corporativa. “Não possuíamos método eficaz para detecção de problemas relacionados às atividades e uso dos servidores, links de comunicação e sistemas corporativos, e não contávamos com uma aplicação especialista para a gerência destas atividades na nossa rede”, relembra Gustavo Orlandini, analista de tecnologia da DHL. A companhia buscou no mercado um apoio profissional para diagnosticar e apresentar uma solução que pudesse atender às expectativas da equipe de TI. A escolha recaiu na Dedalus. “Queríamos uma consultoria como apoio e ter alguém focado no projeto de instalação e customização de uma ferramenta que esperávamos ser a ideal para os nossos objetivos. A Dedalus foi escolhida porque mostrou técnicos especializados, com cases de sucesso relevantes e também apresentou o melhor projeto”, afirma o executivo. Resposta aos problemasEntre servidores e ativos de rede foram implementados aproximadamente 60 itens com mais 700 serviços monitorados simultaneamente em tempo real, com a aplicação Nagios, com PNP+RRD Tool para planejamento de capacidade dos servidores e serviços de monitoração de switches e ativos de rede que utilizam protocolo SNMP. Este ambiente funciona sobre sistema operacional Linux Red Hat. Para eficácia do projeto, foram utilizadas ainda as melhores práticas de ITIL e PMI. Orlandini revela que a empresa utilizava uma ferramenta de monitoramento de difícil gerenciamento e customização que também era compartilhada com outra divisão da empresa, o que gerava vários inconvenientes. “De fato, não tínhamos gerenciamento eficaz”, confessa. “Com o trabalho da Dedalus, hoje contamos com uma aplicação especializada, gerenciada localmente e que pode ser customizada conforme nossa necessidade. São mais de 700 ativos de TI monitorados e todos os incidentes são comunicados via e-mail para o time de infraestrutura, além do envio de SMS para os casos críticos e urgentes”, conclui. Além disso, garante o executivo, o dashboard fica disponível para o service desk e para o time de infraestrutura acompanhar em tempo real o ambiente. “A partir dos reports da ferramenta, conseguimos criar relatórios de Capacity plan, KPIs, disponibilidade, desempenho e problemas”, completa.

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levantamento do inventário, que permite, por exemplo, levantar a “usabilidade” dos sistemas, com a

gestão de custo e o atendimento ao usuário atrelados. Assim, ressalta seu dirigente, o analista faz uma correlação de eventos, e isso facilita a montagem de SLAs de qualidade do atendimento interno. Dentre os clientes da Inspirit estão 500 das 2 mil maiores empresas do Brasil, como Weg, Klabin, Globosat, Polenghi, Camargo Correa.

entender o portifólio de ativos a partir dos eventos virtuais, físicos e lógicos.

“A nossa solução é diferente de outras que pegam o ativo (redes ou servidores), pegam as métricas e montam o SLA, nossa solução faz o contrário. Buscamos métricas como número de contratos feitos, e criando uma cadeia que forma o SLA final, para cada conjunto técnico e de negócios”, garante Moraes, da CA. Outro detalhe enfatizado por ele é que o departamento saiba quanto custa a sua linha de negócios, para melhoria da relação de uso dos ativos. “O usuário tem que saber quanto e como consome TI. Quando implementamos um projeto com esse perfil, a relação dos custos tende a melhorar muito”, conclui.

A Novell e seus dirigentes salientam a experiência da empresa com o desenvolvimento de soluções de gestão de ativos. “O diferencial é a integração do ZAM (Zenworks Asset Management) com o Configuration Manager. Alguns produtos fazem a cobertura de gestão, mas não essa integração, ou acabam por exigir conhecimentos como os de um contador”, compara.

Mais e maisJá a Inspirit e o seu ServiceDesk

Plus enfatizam a complexidade do

E a Sensedia oferece uma solução para governança de ativos de conhecimento, mais especificamente, ativos de TI como sistemas, processos de negócio, componentes e serviços (SOA) e todas as dependências e relacionamentos entre esses elementos. “Trata-se da solução com maior abrangência tecnológica em termos de tipos de ativos suportados no mercado”, garante Bacili.

Todos os executivos das empresas consultadas estão otimistas quanto a evolução do mercado, seja pela própria continuidade dos investimentos e práticas como virtualização ou mesmo na adoção de novas plataformas como Windows 7. O mercado de service desk, no qual a gestão de ativos tem uma boa parcela,

por exemplo, é um mercado calculado em US$ 170 milhões no Brasil. “Acredito que a descida da pirâmide está se acelerando e tem uma relação boa com o crescimento do País e do dos setores, as empresas médias estão nos chamando. Há 5 ou 6 anos quem nos chamava eram os bancos, e agora tem muita empresa de outros segmentos”, garante Campos, da IBM.

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Mas quem deve exercer o papel de administrador da gestão de ativos? O perfil do profissional deve combinar TI com outros conhecimentos como

finanças e até algo próximo de biblioteconomia para a montagem do inventário da forma mais organizada possível. Para Rosano Moraes, vice-presidente de service assurance da CA, o gestor deve combinar TI com finanças e conhecer diversas práticas auxiliares. “É preciso que se tenha conhecimento bem amplo, de compras a depreciação, realocação e descarte de equipamentos, por exemplo”, garante. Os conhecimentos em finanças não precisam ser avançados e muitas vezes já estão disponíveis nas ferramentas de governança, assegura o diretor de tecnologia da Sensedia, Kleber Bacili. É necessário ter informações como o investimento para adquirir ou desenvolver o ativo, a taxa e o tempo médio de depreciação e levar essas informações em consideração nas análises financeiras – valor do acervo de ativos e retorno sobre o investimento. “A habilidade mais importante, no entanto, é conseguir identificar quais são os

tipos de ativos a serem gerenciados e determinar formas de obter informações precisas sobre eles”, aponta Bacili. Dentro da ideia do gestor combinar conhecimento do ferramental de TI e os aspectos financeiros, ele precisa ter controles específicos e melhores práticas na cabeça. Se antes o ITIL já era importante, em um ambiente como esse o gestor precisa ter um conhecimento profundo dos processos. E isso se reflete mesmo fora das corporações, dentro das equipes dos prestadores de serviço. Na HP, por exemplo, o consultor da área deve ter um background financeiro forte, porque o tema está ligado a gestão de custos. “Tudo tem um custo (máquinas e software), os robôs que fazem a prospecção dos ativos trazem em um BD tudo e os sistemas financeiros transformam as informações em custos. Nos bancos, junto com a pessoa de tecnologia que cuida da gestão de ativos eles colocam alguém de finanças, porque a questão interessa ao CFO também, além do CIO”, garante Silvio Maemura, diretor da unidade de software & solutions da HP Brasil.

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O iníciO de uma nOva era Ao contrário do setor de telecomunicAções, que é tecnologicAmente muito dinâmico, As redes de energiA pouco evoluírAm nos últimos Anos. essA ApAtiA, entretAnto, tem diAs contAdos. concessionáriAs de energiA já discutem A Adoção do conceito de smArtgrids, que dotArá A rede elétricA de umA cApAcidAde de AdicionAr vAlor à simples distribuição de energiA.neste especiAl, AnAlisAmos o potenciAl dA tecnologiA e os desAfios de integrAção e definição dos modelos de negócio.

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Quando se fala em redes inteligentes de ener-gia, algumas coisas são certas. A primeira é que estas redes precisam estar plenamente integradas com redes de telecomunicações, o

que significa que as concessionárias de energia terão que construir sua infraestrutura de comunicações ou contratar de quem tem. “Smartgrids não têm necessa-riamente a ver com meios de comunicação, mas com inteligência para tornar as redes de energia mais efi-cientes. A infraestrutura de telecom entra como parte do processo. A tecnologia é conseguir colocar tudo junto, de forma eficiente, até o último nó, até a última milha. No caso, o assinante”, diz Bruno Regueira, exe-cutivo de desenvolvimento de negócios para smartgrids e utilities da IBM.

“O conceito básico é que as redes sejam bidirecionais para viabilizar o fluxo de ele-tricidade e informação, com foco na quali-dade. No caso dos serviços de energia, o que se busca com smartgrids é a valoriza-ção da rede, com novos produtos e com inteligência nos serviços”, diz Paulo Magalhães, consultor com longa experiên-cia no setor elétrico .

Algumas empresas de energia, como Eletropaulo, CPFL, Light, Cemig e Copel, já estão automatizadas até os transformadores de baixa tensão, em cerca de 60% na média. Uma rede inteligente prevê a automação ao longo de toda a rede elétrica, desde a geração, transmis-são, distribuição e chegando ao cliente final, diz o consul-tor. “As empresas elétricas sempre colocaram muito foco nas subestações, sem dúvida o ponto mais crítico de toda a cadeia, mas a ideia de smartgrids se move, na minha opinião, mais no sentido dos clientes finais, principal-mente os de baixa tensão”.

São vários os serviços possíveis com as redes inteli-gentes. Alguns já começam a existir, como PLC (Powerline Communications, que é a oferta de banda larga pela rede elétrica), medição inteligente de consu-midores de baixa tensão, monitoramento remoto, supervisão da rede. “Da forma como são as redes de energia hoje, sem quase nenhuma automação, só se fica sabendo que um consumidor está sem energia quando ele liga para o call center”, diz Magalhães.

Isso significa que as empresas de energia, que têm décadas de existência, precisarão de novos equipamen-tos, desde o relógio de medição do assinante até novos transformadores e subestações.

Etapas“Para que as empresas de energia cheguem a um

estágio em que se possa dizer que suas redes são inte-ligentes, há algumas etapas a serem cumpridas. Primeiro, é preciso capturar a informação da rede, o que requer uma infraestrutura de telecomunicações. Depois, é necessário processar e analisar a informação, o que demanda novos sistemas de TI. E por fim existe a intervenção direta nos serviços e produtos oferecidos, o que precisa dos dois”, diz Petrônio Nogueira, líder da área de mídia e telecomunicações da Accenture. Tudo isso para dizer: chegar nas smartgrids é uma tarefa mais complicada do que parece.

“As empresas de energia têm que atingir e manter indicadores regulamentados pela Aneel na rede de média tensão e no cliente individu-al. Redes inteligentes podem ajudar nesse objetivo, ainda que não haja uma política do governo que obrigue as empresas a atuar em smartgrids”, explica Paulo Magalhães, ao apontar as razões que levariam empre-sas de energia a investir para tornar o cená-rio das redes inteligentes realidade. Segundo o especialista, para ter uma nova rede, totalmente inteligente, depende-se de um upgrade gradual para trazer melhorias para o sistema e garantir qualidade, evitar interrupções etc.

“Colocar inteligência na rede é algo que traz retorno alto para as elétricas, pois basicamente o tempo de interrupção no fornecimento diminui, e conse-quentemente aumenta o faturamento”.

Outra razão que pode fazer com que empresas de energia e outras utilities se movam em direção às redes inteligentes é a crescente pressão por operações susten-táveis e eficientes do ponto de vista energético.

“Há uma discussão mais de fundo que é a da susten-tabilidade e de buscar redes mais eficientes. Não é apenas ter lares e redes mais inteligentes, mas uma gestão de energia mais inteligente”, diz Nogueira, da Accenture.

Para Magalhães, há também um filão econômico associado ao consumo sustentável. “Há os pequenos consumidores de energia, onde existe muito desperdí-cio. A maior parte desses consumidores sequer tem consciência de quanto estão perdendo. Até o momen-to, as concessionárias de energia vêm atuando basica-mente apenas no provimento de energia via mercado livre e em eficiência energética a grandes consumido-res”, diz Paulo Magalhães.

Já estamos trabalhando

em uma regulamentação

de medidores inteligentes,

onde se prevê conectividade

bidirecional desses

equipamentosPaulo Silvestri,

da Aneel

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Caminho longoAs redes inteligentes oferecem às empresAs de energiA oportunidAdes de novos negócios, prometem A convergênciA com empresAs de telecomunicAções e AjudArão o mundo A trAtAr melhor o meio Ambiente. mAs o cAminho Até lá é longo e complicAdo.

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ria e a qualidade da oferta final de energia ao consumi-dor. Uma nova política, que vise também a atualização das redes de energia em busca de um consumo mais eficiente e inteligente, é algo que deve sair desse debate.

“É uma discussão ainda inicial. Já estamos trabalhan-do em uma regulamentação de medidores inteligentes, onde se prevê conectividade bidirecional desses equipa-mentos”, explica o superinten-

dente. “O desafio é que as empresas de energia têm que seguir parâmetros de confiabilidade que nem sempre estão disponíveis no mercado”, conclui.

As redes inteligentes de energia, que começam a ser implementadas em todo o mundo, têm como uma das principais características o fato de trafegarem informações de forma bidirecional, por meio de uma infraestrutura paralela de telecomunicações e TI. Essa infraestrutura será construída pelas próprias empresas de energia ou contratada de provedores de telecom. É aí que também no mundo regulatório os setores de energia e telecomunicações se cruzam, tanto que algumas empresas de energia estão pleite-ando junto à Anatel faixas de espectro específicas para a operação de smartgrids.

Outra questão importante é a do financiamento das redes inteligentes de energia. Uma das ideias é utilizar os recursos destinados ao programa de ele-trificação Luz para Todos para viabilizar o desenvol-vimento das smartgrids (isso, é claro, quando o programa do governo federal atingir todos os seus objetivos). Até hoje, mais de R$ 6 bilhões foram investidos pela CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), recursos que podem ser aportados de forma similar em políticas públicas de smartgrids se elas chegarem a ser desenvolvidas.

Outra possibilidade para que se estabeleça uma política de desenvolvimento das redes inteligentes de energia seria utilizar o Plano Nacional de Banda Larga, recentemente anunciado, para fomentar investimentos em smartgrids e o compartilhamento de redes entre os dois setores.

Mas isso traz à tona pontos de atritos entre os seto-res de telecom e de energia que até hoje atrapalham.

Basta lembrar que as principais experiências com PLC no Brasil aconteceram entre 2001 e 2003. “O serviço não decolou ainda porque ainda há uma espécie de divisão entre as elétricas e as teles que impede a formação de uma parceria efetiva para lançar comercialmente o PLC em grande escala”, diz Magalhães. Não é o único problema, contudo. Justamente a regulamentação do setor elétrico proí-be a concessionária de energia de vender o serviço de dados, sempre com o argumento da modicidade tarifária. E por isso o PLC ainda não encontrou o espaço que deveria no Brasil. Resta saber se será a mesma coisa com as redes inteligentes.

Nenhuma empresa de energia tem hoje um crono-grama para implementar smartgrids no Brasil, diz Magalhães. “Vai ser um processo bottom-up e não top-down, começando com iniciativas como PLC e medição inteligente por segmentos”, explica.

E é justamente a questão da medição inteligente que levanta talvez a principal barreira e o que pode ser o maior motivador para que as redes inteligentes che-guem ao Brasil: regulamentação e políticas públicas, respectivamente.

“Hoje existem desafios regulatórios a serem venci-dos”, destaca Regueira, da IBM.

“Lá fora as coisas estão mais evoluídas por conta da legislação. Por exemplo, pode-se vender serviços associados à energia, como o gerenciamento de servi-ços em horários mais baratos. Mas isso só é possível em um ambiente com flexibilidade na tarifação”, lem-bra o executivo.

Aqui, os ganhos auferidos não podem ser revertidos para o operador. Se isso acontecesse, as empresas de energia teriam mais interesse em investir, certamente.

O primeiro desafio, segundo os especialistas, é adaptar a regulamentação atual a um ambiente de redes inteligentes, que permitirão serviços adicionados além da mera distribuição de energia. Hoje, tudo o que a operadora de energia faz, de acordo com a regula-mentação, deve ter como foco a qualidade do serviço e a modicidade tarifária, ou seja, a redução de custos ao consumidor. Princípios como sustentabilidade, inova-ção e desenvolvimento de novas oportunidades de negócio não são norteadores da atividade regulatória.

Estudo regulatórioPaulo Henrique Silvestri Lopes, superintendente de

regulação e serviços de distribuição da Aneel, explica que em abril o Ministério de Minas e Energia editou a Portaria 440, que cria o grupo de trabalho para “anali-sar e identificar ações necessá-rias para subsidiar o estabele-cimento de políticas públicas para a implantação de um Programa Brasileiro de Rede Elétrica Inteligente.”

A portaria do Ministério de Minas e Energia cria um grupo de trabalho que busca estudar a realidade dos proje-tos de smartgrids no Brasil e no mundo, propor a adequa-ção das regulamentações, identificar fontes de recursos para incentivar a produção de equipamento no país e estudar a possibilidade de que os usuários possam também gerar e consumir energia simultaneamente. A ideia, ao final de 180 dias, é estabelecer os parâme-tros para uma política de smartgrids. Um relatório final está previsto, conforme a portaria, para a segun-da quinzena de novembro.

Hoje, explica Paulo Silvestri, da Aneel, a agência de energia e o marco regulatório do setor têm como principal parâmetro de trabalho a modicidade tarifá-

lá fora pode-se vender serviços associados a energia, mas isso só é possível em um ambiente com flexibilidade na tarifaçãoBruno Regueira, da ibm

há uma discussão mais de fundo que é a da sustentabilidade e de buscar redes mais eficientes. não é apenas ter lares e redes mais inteligentesPetrônio Nogueira, da Accenture

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O conceito de smartgrids, que é a evolução das redes de energia elétrica para uma rede inteli-gente, está em alta em todo o mundo; mas, na prática, a convergência desse mundo com o

setor de telecomunicações ainda não está bem clara. Muitos pontos ainda carecem de definição. O fato é que será um processo de médio a longo prazo e, como não existe um padrão consolidado, a tendência é a de que cada país tenha uma solução própria em relação à sua realidade regulatória. Outro ponto pacífico é que a implantação de uma rede elétrica inteligente demandará vultosos investimentos na troca dos equipamentos para tornar realidade os benefícios com relação à eficiência energética, à flexibilidade de tarifas e ao aproveitamento energético, como no caso da geração distribuída, do carro elétrico e de fontes alternativas de energia.

Para se ter uma ideia, os custos atuais de medidores inteligentes, que permitem ao operador de energia acom-panhar em tempo real o uso de energia pelo consumidor, variam de de R$ 500 a R$ 1 mil cada, um montante mais do que significativo quando se tem no horizonte mais de 65 milhões de medidores instalados no Brasil. Fora o custo de preparar a infraestrutura para que as informa-ções sejam transmitidas e processadas.

Para que tudo isso seja possível é preciso uma infraes-trutura robusta de telecomunicações para suportar a automação da rede elétrica com a comunicação entre os vários dispositivos inteligentes da rede com as subesta-ções de energia e as casas dos usuários, e ainda a presta-ção de novos serviços para o usuário final, como serviços de monitoramento e segurança ou mesmo automação residencial, com controle de temperatura e iluminação, por exemplo. A terceira frente de investimentos será em sistemas de TI capazes processar, registrar e operar essa avalanche de informações.

O Brasil começa agora a dar os primeiros passos em direção à evolução de suas redes elétricas para smartgri-ds. Em meados de abril, o Ministério de Minas e Energia anunciou a criação de um grupo de trabalho para definir, até novembro, diretrizes para uma política pública para um programa nacional de redes de energia inteligentes (ver matéria na pág. 22). E, na opinião do presidente da Associação de Empresas Proprietárias de Infra estrutura e de Sistemas Priva dos de Telecomunicações (Aptel) e chefe de gabinete da presidência da Ele trobrás, Pedro Jatobá, “as operadoras de telecomunicações tradicionais serão fatalmente envolvidas na discussão e precisam enxergar o set or de energia como um grande se tor de oportunidade e de negócios”.

Dois caminhosAs elétricas poderão seguir dois caminhos distintos na

implantação de uma infraestrutura de telecomunicações para atender a essa rede inteligente de energia: investir em uma rede própria ou fazer parceria com uma opera-dora tradicional de telecomunicações, ou ainda uma combinação das duas opções.

O investimento em uma infraestrutura própria de telecomunicações não é novidade para o setor elétrico. Jatobá lembra que as primeiras redes de telecom das elétricas nasceram de uma incompatibilidade sobre os requisitos de uma rede para atender às necessidades de integração dos diversos sistemas regionais e de automa-ção das linhas de transmissão da Eletrobrás há duas décadas, quando ambos os setores ainda eram estatais. “A Embratel havia se proposto a construir uma rede para atender a Eletrobrás, mas não houve entendimento sobre os requisitos da rede, como disponibilidade e garantia de serviço. Assim, a opção foi pela construção de redes pró-prias”, conta.

Dessa forma, praticamente todas as elétricas de trans-missão possuem em algum nível redes de telecomunica-ções associadas, geralmente redes metropolitanas de fibra óptica que fazem a comunicação entre as subesta-ções de energia e os centros de operação das empresas. Algumas dessas redes, inclusive, deram origem a impor-tantes empresas de telecom, capazes de vender capacida-

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Utilities dão os primeiros passosno horizonte há dois possíveis cAminhos: A construção de umA rede própriA ou A pArceriA com operAdorAs de telecom. ou AindA umA combinAção entre As duAs opções.

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de de rede para operadoras de telefonia fixa, móvel e provedores de serviços, como a AES Eletropaulo Telecom, a Copel Telecom e a Cemig Telecom, apenas para citar alguns nomes.

Essas redes metropolitanas em fibra óptica, no entan-to, não são, no que se refere à infraestrutura de telecomu-nicações, nem de perto suficientes para permitir a migra-ção das elétricas para smartgrids. Isto porque ainda seriam necessários investimentos vultosos para construir a última milha aos usuários finais e conectar os mais de 65 milhões de domicílios com medidores de energia no Brasil. Vale destacar ainda que a regulamentação atual do setor elétrico incentiva as empresas a fazerem investi-mentos em ativos. “Uma vez que o investimento é reco-nhecido pela agência reguladora, a empresa é remunera-da pela tarifa. Claro que isso não significa que o consumi-dor vá pagar por toda infraestrutura para suportar smartgrids, mas com incentivos governamentais e mudanças no ambiente regulatório é possível chegar a uma solução”, avalia Jatobá.

O segundo caminho, em uma primeira avaliação, seria o mais lógico. Uma parceria com operadoras de telecomunicações que já têm essa última milha instalada, através de tecnologias fixas ou móveis, pouparia as elétri-cas de desembolsar grandes quantias na construção de uma infraestrutura própria. Mas é exatamente nesse ponto que se encontra um problema: a ausência de con-trole sobre esta rede terceirizada. “Se as operadoras de telecomunicações quiserem entrar nesse negócio, não podem atender às empresas elétricas como atendem aos clientes tradicionais. É um outro negócio. Precisamos de disponibilidade, de uma QoS para requisitos industriais. Se for para nos atender como atendem a um cliente comercial, esqueça. Nós vamos construir a nossa (rede)”, adverte Jatobá.

O gerente da divisão de estudos elétricos da Copel, Julio Omori, concorda: “Esse meio de comunicação tem de ter uma confiança superior à normal. Trabalhamos com energia em alta tensão e, na hora em que formos estabelecer a comunicação de um ponto com outro da rede, ela precisa atender a certos requisitos de tempo e de disponibilidade”, explica.

De uma maneira geral, cada uma das empresas de energia tem predileção por um dos dois caminhos, mas ninguém ainda bateu o martelo. Essa definição só deve acontecer após a divulgação das diretrizes gerais do aguardado programa nacional de redes elétricas inteli-gentes e da conclusão dos estudos internos realizados pelas elétricas. “Estivemos analisando as outras conces-sionárias e o que verificamos é que elas ou não têm um parceiro forte na área de telecom ou não encontraram uma maneira de viabilizar esse negócio. Estão pensando em iniciar seu próprio braço de telecomunicações”, afir-ma Omori.

No caso da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE), a concessionária está dando início agora aos seus estudos sobre os custos e as possibilidades de migração para smartgrids e, segundo o coordenador de TI do grupo, Paulo Porto, uma equipe está, inclusive, prospectando a eventual criação de uma empresa de telecomunicações.

Para a Copel, concessionária de energia elétrica do

estado do Paraná, a evolução das redes de energia para smartgrids terá papel fundamental para o futuro dos negócios de seu braço de telecomunicações, a Copel Telecom. E ao que tudo indica a empresa deve apostar em uma infraestrutura própria de telecomunicações, inclusive na última milha.

A Copel já tem alguns medidores inteligentes instala-dos em grandes clientes de alta tensão e está usando a tecnologia GPRS para a comunicação até o ponto de aces-so de fibra óptica de sua rede. O executivo ressalva, con-tudo, que a utilização das redes das operadoras celulares na última milha tem problemas de confiabilidade, uma vez que a empresa de energia não tem o controle de prio-ridade da rede. “Precisaremos de pontos de conexão com os dispositivos e nossa ideia é aproveitar a rede de fibra óptica da Copel Telecom, que hoje já faz a automações das subestações. Inicialmente, nosso plano é que todos os consumidores atendidos em alta tensão, os grandes con-sumidores industriais, sejam supridos com telemedição por fibra óptica; assim, com medidores inteligentes e a

conexão em fibra, poderemos fornecer alguns serviços de telecomunicações para o usuá-rio final”, revela Omori, que é o coordenador do grupo de smar-tgrid da Copel. Ele detalha que a ideia da concessionária é implantar um ponto de fibra óptica de alta confiabilidade a cada 100 medidores e 50 dis-positivos de rede. “A partir desse ponto, teríamos concen-tradores e estamos estudando várias tecnologias de acesso para fazer a comunicação entre

eles e os medidores inteligentes, os dispositivos de rede e os futuros geradores de energia”. Entre os novos serviços estão a oferta para o cliente do sensoriamento do consu-mo de energia dentro da casa, monitoramento e controle de segurança patrimonial e mesmo automação residen-cial, com controle de temperatura, luminosidade, segu-rança, e alertas de vazamento de gás ou incêndio.

A aposta mais alta da Copel no momento para chegar à casa dos clientes é a construção de uma rede WiMesh, que de maneira simplista pode ser explicada como uma malha de hotspots WiFi na qual os roteadores funcionam como repetidoras criando assim diversas rotas de comu-nicação. “Assim, se um medidor não se comunica com outro, a rede WiMesh busca rotas alternativas até chegar ao ponto concentrador conectado à fibra óptica, que leva-rá a informação para o nosso centro operacional”. Na sequência das preferências da Copel vêm as tecnologias de acesso sem fio via rádio ou mesmo uma parceria com uma operadora de telefonia celular. Nenhuma tecnologia de acesso ainda foi descartada, entretanto.

Outra possibilidade sendo estudada pela Copel é a tecnologia Broadband over Power Lines (BPL), uma evo-lução da Power Line Communication (PLC) que vem sendo testada em um projeto-piloto com 40 usuários no interior do Paraná. Os testes iniciados no ano passado, segundo Omori, apontam ainda alguns pequenos proble-mas de interferência eletromagnética de sinais na comu-

com medidores inteligentes e a conexão em fibra, poderemos fornecer alguns serviços de telecomunicações para o usuário finalJulio Omori, da copel

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nicação, mas de maneira geral funciona bem. O padrão Zigbee, um conjunto de especificações para a comunicação wire-less entre dispositivos eletrônicos a curta distância, também poderá ser uma alter-nativa. “O Zigbee é uma tendência para automação residencial, com uma série de vantagens, mas ainda não fomos muito a fundo porque não está entre as nossas prioridades.”

De acordo com os estudos iniciais da Copel, o custo estimado para uma migra-ção para smartgrid no Paraná em um nível inicial, sem cobrir áreas rurais nem baixa renda, passa dos R$ 5 bilhões. Um grande passo em direção a concreti-zação da evolução das redes da Copel está prestes a ser dado. A concessioná-ria deve anunciar em breve o nome da cidade na região metropolitana de Curitiba que será seu piloto de smart-grid, com implantação em 100% dos domicílios. “Será o nosso campo de testes e o abriremos para fornecedores de equipamentos de energia e de telecomunicações que quiserem fazer testes em conjunto com a Copel”, afirma. Faltam acertar os últimos detalhes com os cerca de dez fornecedores nacionais e internacionais, das áreas de energia e telecomunicações, que participarão dos primei-ros testes. Mais do que o piloto de rede inteligente, a cidade será o campo permanente de testes para toda nova tecnologia para a Copel.

Carrier de carrierHá também quem sinalize não pretender deixar o

modelo de carrier de carrier para entrar na briga pela oferta de serviços diretamente para o usuário final. É o caso das empresas de telecomunicações do Grupo AES. “Somos um provedor neutro de serviços de rede e circui-to especializado para operadoras de telefonia fixa, móvel e provedores de serviços como call center, data center e ISPs. Não vamos prestar o serviço para o usuário final. Nosso modelo é prover a infraestrutura para provedores de serviço atenderem a seus usuários através da nossa rede”, garante o diretor de operações AES Com Rio e da AES Eletropaulo Telecom, Emerson Hioki.

A recente parceria anunciada em março entre a AES Eletropaulo Telecom e a Intelig, agora TIM, reflete esse posicionamento estratégico no qual a primeira entrou como a fornecedora de infraestrutura e a segunda, como a provedo-ra do serviço de banda larga e telefonia com a tecnologia BPL. “A AES Eletropaulo Telecom nos procurou com a proposta de oferecer uma últi-ma milha em três bairros de São Paulo através da combina-ção de duas tecnologias: um anel de fibra óptica, que che-gava até 300 prédios pré-sele-

cionados, que atendiam a requisitos técnicos mínimos de qualidade das ins-talações elétricas, e BPL Indoor”, conta o diretor comercial da Intelig, Alexandre Torres. A solução de BPL Indoor trans-forma o sinal óptico em elétrico, que é injetado através do relógio do cliente de tal forma que esse sinal pode ser recupe-rado através de um modem plugado em qualquer tomada do cliente. Mas trata-se da oferta pura e simples de um servi-ço de telecom pela rede elétrica, e não de um serviço de rede inteligente.

“Fizemos uma meta para o primei-ro mês e a atingimos, e a expectativa agora é de expansão geográfica”, reve-la Torres. Estudos de geomarketing estão sendo realizados de forma a con-

ciliar os interesses da Intelig com os interesses da AES. “O ideal é que a gente vá para locais onde já exista uma base de telefones TIM e que também tenha um bom consumo de energia elétrica. Estamos em uma fase de cruzar as bases e teremos novidades no segundo semestre deste ano”.

Evidentemente, não é porque as empresas de telecom do Grupo AES não prestarão o serviço para o usuário final que não terão papel fundamental na evolução da companhia elétrica para uma rede inteligente. Nem mesmo está descartada a expansão dessas redes metro-politanas de fibra óptica até a última milha, se assim o Grupo AES definir para atender as necessidades da Eletropaulo. As opções são as mesmas para chegar até o usuário final: investir na construção da infraestrutura de última milha ou chegar com parcerias com operadoras de telecomunicações.

“Analisando sobre a ótica de custos, o modelo que mais temos visto é o sistema sem fio em uma solução de complementaridade conectando o backhaul de fibra ópti-ca até o centro de medição do cliente”, comenta Hioki. Segundo ele, o grupo já está desenvolvendo estudos para avaliar os investimento para arcar sozinha com os custos de montar uma infraestrutura de telecomunicações den-tro da casa de cada usuário e que o resultado está da casa dos bilhões.

As redes metropolitanas de fibra da AES estão bas-tante capilarizadas, chegando bem próximas às casas dos usuários. “Nossa rede está muito desenvolvida para para atender operadoras de celular, estruturas corpora-tivas, data centers e, ultimamente, com a parceria com a Intelig/TIM, residências. A partir daí, são várias possi-bilidades em estudo para a última milha, desde wireless e BPL até chegar com fibra à casa do usuário, se for economicamente viável”, explica Hioki.

A escolha da tecnologia vai depender do tipo de servi-ço a ser prestado. “Se for apenas para a medição do consumo de energia, uma solução wireless até atende bem. Mas se através desse meio de comunicação forem prestados outros tipos de serviço, como segurança, auto-mação residencial, vigilância, conectividade, voz e vídeo, isso vai demandar uma tecnologia mais apropriada”.

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Paulatinamente, as concessionárias de energia elétrica vão apresentando as suas visões, na forma de projetos-piloto, sobre como deve ser aplicado o conceito de smartgrid no Brasil,

seja para uma oferta mais plural de produtos e ingresso em novos segmentos, como os de serviços de telecomunicações, leitura remota de consumo, ou mesmo em busca de maior eficiência, para reduzir custos e aumentar a produtividade.

O conceito de rede inteligente, ou smartgrid, é amplo. E igualmente plural é a estimativa de mudan-ças que ele provocará dentro das empresas que resol-verem adotá-lo, em parte ou por completo. Para facilitar a compreensão e a adoção do conceito, con-vencionou-se es tratificar o smartgrid em três compo-nentes: smart metering; smart operation; e smart network. Ou seja, a medição, a operação e a rede ganham inteligência para operarem de forma auto-mática e gerarem informações bidirecionais que per-mitam incorporar novos serviços e, obviamente, cobrar por eles de uma forma diferente da atual.

Como define Glauco Brito, gerente de utilities da Atos Origin Brasil, “estamos diante de um conceito amplo, que traz impacto significativo se considerada a sua abrangência”. Cyro Vicente Boccuzzi, sócio-presi-dente da ECOee – Expertise, Consultoria e Ordenamento em Energia Eficiente, explica que o conceito de smar-tgrid não se restringe à telemedição e transporte de dados para os sistemas da empresa. “O conceito reúne todo o sensoriamento para avaliar vibrações, as condições do cabos, gerenciar as manutenções, as condi-ções de contato da chave de energia e toda a parafernália pendurada na rede elétrica”.

Mudanças a vistaTudo começa pela medição remota

de consumo, que exigirá uma infraes-trutura de TI capaz de interpretar os dados entrantes. Aqui os especialistas ainda não conseguem estimar quanto o volume de dados deve crescer, mas a julgar pelos números apresentados pela Aneel (Agencia Nacional de Energia Elétrica), a expansão será bem grande.

Projetos de SmartCity, uma pro-posta de teste global de tecnologias

que permitam a economia de energia e a redução de emissão de CO2, estão em andamento nas cidades de Málaga, Estocolmo, Dubai, Malta, Ohio e Colorado. Em Málaga, na Espanha, por exemplo, um projeto visa introduzir um novo modelo de gestão urbana da energia, para melhorar a eficiência energética, redu-zir as emissões de CO2 e mudar o consumo para energias renováveis. O projeto de 31 milhões de euros envolve onze empresas sob a liderança da com-

panhia energética Endesa, cujo objetivo é o de gerar respostas aos desafios ambientais enfrentados pelos consumidores.

A SmartCity está sendo realizada em Playa de la Misericordi, envolven-do 300 clientes industriais, 900 pres-tadores de serviços e 11 mil famílias, durante um período de quatro anos. Fontes de energia renováveis serão ligadas à rede mais perto dos clientes, casando geração com consumo, sendo instalando paineis fotovoltaicos em edifícios públicos, utilizando microge-ração em alguns hoteis e instalando microssistemas eólicos na região.

Haverá sistemas de armazenamen-to de energia em baterias, de modo que uma parte da energia possa ser utilizada mais tarde, em edifícios com

A integração muda tudoos novos serviços e A personAlizAção do Atendimento trAzidos pelAs smArtgrids compõem umA equAção cujo resultAdo é A mAior necessidAde de trAtAmento e ArmAzenAmento dAs informAções. umA provA de fogo pArA A equipe de sistemAs.

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a medição, a operação e a rede ganham

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Paulatinamente, as concessionárias de energia elétrica vão apresentando as suas visões, na forma de projetos-piloto, sobre como deve ser aplicado o conceito de smartgrid no Brasil,

seja para uma oferta mais plural de produtos e ingresso em novos segmentos, como os de serviços de telecomunicações, leitura remota de consumo, ou mesmo em busca de maior eficiência, para reduzir custos e aumentar a produtividade.

O conceito de rede inteligente, ou smartgrid, é amplo. E igualmente plural é a estimativa de mudan-ças que ele provocará dentro das empresas que resol-verem adotá-lo, em parte ou por completo. Para facilitar a compreensão e a adoção do conceito, con-vencionou-se es tratificar o smartgrid em três compo-nentes: smart metering; smart operation; e smart network. Ou seja, a medição, a operação e a rede ganham inteligência para operarem de forma auto-mática e gerarem informações bidirecionais que per-mitam incorporar novos serviços e, obviamente, cobrar por eles de uma forma diferente da atual.

Como define Glauco Brito, gerente de utilities da Atos Origin Brasil, “estamos diante de um conceito amplo, que traz impacto significativo se considerada a sua abrangência”. Cyro Vicente Boccuzzi, sócio-presi-dente da ECOee – Expertise, Consultoria e Ordenamento em Energia Eficiente, explica que o conceito de smar-tgrid não se restringe à telemedição e transporte de dados para os sistemas da empresa. “O conceito reúne todo o sensoriamento para avaliar vibrações, as condições do cabos, gerenciar as manutenções, as condi-ções de contato da chave de energia e toda a parafernália pendurada na rede elétrica”.

Mudanças a vistaTudo começa pela medição remota

de consumo, que exigirá uma infraes-trutura de TI capaz de interpretar os dados entrantes. Aqui os especialistas ainda não conseguem estimar quanto o volume de dados deve crescer, mas a julgar pelos números apresentados pela Aneel (Agencia Nacional de Energia Elétrica), a expansão será bem grande.

Projetos de SmartCity, uma pro-posta de teste global de tecnologias

que permitam a economia de energia e a redução de emissão de CO2, estão em andamento nas cidades de Málaga, Estocolmo, Dubai, Malta, Ohio e Colorado. Em Málaga, na Espanha, por exemplo, um projeto visa introduzir um novo modelo de gestão urbana da energia, para melhorar a eficiência energética, redu-zir as emissões de CO2 e mudar o consumo para energias renováveis. O projeto de 31 milhões de euros envolve onze empresas sob a liderança da com-

panhia energética Endesa, cujo objetivo é o de gerar respostas aos desafios ambientais enfrentados pelos consumidores.

A SmartCity está sendo realizada em Playa de la Misericordi, envolven-do 300 clientes industriais, 900 pres-tadores de serviços e 11 mil famílias, durante um período de quatro anos. Fontes de energia renováveis serão ligadas à rede mais perto dos clientes, casando geração com consumo, sendo instalando paineis fotovoltaicos em edifícios públicos, utilizando microge-ração em alguns hoteis e instalando microssistemas eólicos na região.

Haverá sistemas de armazenamen-to de energia em baterias, de modo que uma parte da energia possa ser utilizada mais tarde, em edifícios com

A integração muda tudoos novos serviços e A personAlizAção do Atendimento trAzidos pelAs smArtgrids compõem umA equAção cujo resultAdo é A mAior necessidAde de trAtAmento e ArmAzenAmento dAs informAções. umA provA de fogo pArA A equipe de sistemAs.

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a medição, a operação e a rede ganham

inteligência para operarem de forma

automática e gerarem informações

bidirecionais que permitam incorporar

novos serviços e, obviamente, cobrar por

eles de uma forma diferente da atual.

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controle de ambiente, áreas públicas de iluminação e transporte elétrico.

Do mesmo modo, para incenti-var a utilização de veículos elétri-cos, estações de recarga serão ins-taladas e uma pequena frota de veículos será oferecida.

Todos os clientes que participam do projeto receberão medidores inte-ligentes para tornar mais fácil o consumo sustentável. A instalação de uma infraestrutura de telecomu-nicações inteligente e avançada e sistemas de controle remoto permiti-rão ajustes automáticos em tempo real à rede de distribuição para uma nova forma de gestão da energia e um melhor serviço. O projeto visa uma economia de energia de 20% e menos 6 mil toneladas de emissões de CO2 por ano na área do projeto.

O orçamento da SmartCity é parcialmente financia-do pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (ERDF, na sigla em inglês), com apoio da Junta de Andaluzia e do Centro para o Desenvolvimento de Tecnologia Industrial do Ministério da Ciência e Inovação (CDTI na sigla em inglês). Outros parceiros do projeto são Enel, Acciona, IBM, Sadiel, Ormazábal, Neo Metrics, Isotrol, Telvent, Ingeteam e Greenpower. Outros participantes incluem diversas universidades, bem como centros de pesquisa nacionais e regionais.

Flexibilidade“Este ambiente exige a instalação de uma infraes-

trutura que traga flexibilidade no futuro, porque tere-mos um aumento significa-tivo do volume de dados. A leitura remota feita para os clientes industriais será agora estendida para as residências”, alerta Glauco Brito, da Atos Origin Brasil. Outros especialistas sinali-zam que os carros elétricos apontam para a necessida-de de prever a mobilidade do consumo dentro da rede, o que pode ser minimizado pela instalação de prédios elétricos, para abasteci-mento dos veículos.

Segundo Brito, a leitura remota, quando utilizada para gerar faturas, permite a aplicação de tarifas diferenciadas, mas por outro lado exige a integração do sistema de leitura com a aplicação de faturamento. “A maioria usa o sistema CCS, da SAP, que já está preparado para algumas coisas, mas será preciso prever a integração”, orienta.

Além da medição remota, o smartgrid permite auto-matizar a operação da rede de energia, um dos ganhos

ocasionados pelo conceito. Hoje, por exemplo, para monitorar a entrega na casa do cliente, a concessionária tem como opções a monitoria fre-quente do segmento de rede do qual quer obter informações de desempe-nho ou esperar que um grupo de clientes do mesmo segmento de rede alerte sobre a queda do serviço. As redes inteligentes, ao contrário, entregam informações em tempo real, permitindo que a companhia elétrica melhore o tempo de resposta e seja mais precisa na identificação de falhas.

Tal mudança impacta tanto o faturamento quanto a manutenção e a operação da rede. Porém, exige novamente uma base de dados flexí-vel e integrada. “Há várias empresas se movimentando para prover siste-

mas já integrados ou ambientes de middleware que facilitem esta troca e transmissão de informações. Eles estão avaliando o processo de como adequar os siste-mas de forma a prover uma pré-integração ou algo que facilite este processo”, diz Brito.

Fabio C. Paiano, diretor de tecnologia e soluções da Imagem, concorda com o executivo da Atos Origin, e acrescenta que o nível de preparo das concessioná-rias de energia para esta nova realidade varia muito. “Algumas estão avançadas em GIS (sistema de geo-processamento), o Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados, ou abreviadamente SCADA (proveniente do seu nome em inglês Supervisory Control and Data Aquisition), sistema de gestão da base de consumido-res (CRM) e o próprio ERP, passando outras platafor-mas e aplicativos; Outras iniciarão os seus projetos de smartgrid do zero. “Quem está na situação de sistema proprietário ou legado terá que investir muito”, enfa-tiza. Outro fato citado por ele é que o smart operation (operação inteligente) exige a instalação de um sof-tware para gerir a distribuição de energia elétrica, algo que “nenhuma concessionária possui no Brasil”.

Os especialistas entrevistados para esta reporta-gem destacam três aspectos a serem observados pelas concessionárias de energia ao estabelecer uma base de sistemas para smartgrid: não há um fabri-cante com solução completa; smartgrid pressupõe integração e padronização; e por fim é preciso prepa-rar a base as redes de comunicação, os servidores e os sistemas de armazenamento de dados para o aumento de volume de informações. “Hoje uma ope-radora tem um poste com um transformador, que representam uma linha em ativos contábeis e um item no sistema de geoprocessamento, por exemplo. Com as smartgrids, este mesmo arquivo vai gerar informações sobre tensão, temperatura e todo o his-tórico de manutenção”, observa Cyro Vicente Boccuzzi, sócio-presidente da ECOee.

este ambiente exige a

instalação de uma

infraestrutura que traga

flexibilidade no futuro, porque

teremos um aumento

significativo do volume de

dadosGlauco Brito,

da Atos origin brasil

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três aspectos devem ser observados pelas

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padronização, e preparar a base, as

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controle de ambiente, áreas públicas de iluminação e transporte elétrico.

Do mesmo modo, para incenti-var a utilização de veículos elétri-cos, estações de recarga serão ins-taladas e uma pequena frota de veículos será oferecida.

Todos os clientes que participam do projeto receberão medidores inte-ligentes para tornar mais fácil o consumo sustentável. A instalação de uma infraestrutura de telecomu-nicações inteligente e avançada e sistemas de controle remoto permiti-rão ajustes automáticos em tempo real à rede de distribuição para uma nova forma de gestão da energia e um melhor serviço. O projeto visa uma economia de energia de 20% e menos 6 mil toneladas de emissões de CO2 por ano na área do projeto.

O orçamento da SmartCity é parcialmente financia-do pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (ERDF, na sigla em inglês), com apoio da Junta de Andaluzia e do Centro para o Desenvolvimento de Tecnologia Industrial do Ministério da Ciência e Inovação (CDTI na sigla em inglês). Outros parceiros do projeto são Enel, Acciona, IBM, Sadiel, Ormazábal, Neo Metrics, Isotrol, Telvent, Ingeteam e Greenpower. Outros participantes incluem diversas universidades, bem como centros de pesquisa nacionais e regionais.

Flexibilidade“Este ambiente exige a instalação de uma infraes-

trutura que traga flexibilidade no futuro, porque tere-mos um aumento significa-tivo do volume de dados. A leitura remota feita para os clientes industriais será agora estendida para as residências”, alerta Glauco Brito, da Atos Origin Brasil. Outros especialistas sinali-zam que os carros elétricos apontam para a necessida-de de prever a mobilidade do consumo dentro da rede, o que pode ser minimizado pela instalação de prédios elétricos, para abasteci-mento dos veículos.

Segundo Brito, a leitura remota, quando utilizada para gerar faturas, permite a aplicação de tarifas diferenciadas, mas por outro lado exige a integração do sistema de leitura com a aplicação de faturamento. “A maioria usa o sistema CCS, da SAP, que já está preparado para algumas coisas, mas será preciso prever a integração”, orienta.

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Fabio C. Paiano, diretor de tecnologia e soluções da Imagem, concorda com o executivo da Atos Origin, e acrescenta que o nível de preparo das concessioná-rias de energia para esta nova realidade varia muito. “Algumas estão avançadas em GIS (sistema de geo-processamento), o Sistemas de Supervisão e Aquisição de Dados, ou abreviadamente SCADA (proveniente do seu nome em inglês Supervisory Control and Data Aquisition), sistema de gestão da base de consumido-res (CRM) e o próprio ERP, passando outras platafor-mas e aplicativos; Outras iniciarão os seus projetos de smartgrid do zero. “Quem está na situação de sistema proprietário ou legado terá que investir muito”, enfa-tiza. Outro fato citado por ele é que o smart operation (operação inteligente) exige a instalação de um sof-tware para gerir a distribuição de energia elétrica, algo que “nenhuma concessionária possui no Brasil”.

Os especialistas entrevistados para esta reporta-gem destacam três aspectos a serem observados pelas concessionárias de energia ao estabelecer uma base de sistemas para smartgrid: não há um fabri-cante com solução completa; smartgrid pressupõe integração e padronização; e por fim é preciso prepa-rar a base as redes de comunicação, os servidores e os sistemas de armazenamento de dados para o aumento de volume de informações. “Hoje uma ope-radora tem um poste com um transformador, que representam uma linha em ativos contábeis e um item no sistema de geoprocessamento, por exemplo. Com as smartgrids, este mesmo arquivo vai gerar informações sobre tensão, temperatura e todo o his-tórico de manutenção”, observa Cyro Vicente Boccuzzi, sócio-presidente da ECOee.

este ambiente exige a

instalação de uma

infraestrutura que traga

flexibilidade no futuro, porque

teremos um aumento

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três aspectos devem ser observados pelas

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padronização, e preparar a base, as

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Independente da especialização, os fornecedores de plataformas de software e aplicativos estão extremante ativos na definição e desenvolvi-mento de sistemas alinhados com a demanda

das empresas de energia e suas redes inteligentes (smartgrids). E não é para menos. Nos Estados Unidos, por exemplo, um estudo realizado pela IDC Energy Insights indica que as utilities de energia elétrica vão aumentar em 4% os gastos e investimen-tos em tecnologia da informação e comunicação (TIC) em 2010. Isto porque a indústria se recupera da recessão e contará com recursos federais.

“A previsão é que os investimentos em tecnolo-gia irão variar entre 5% e 10% do investimento total de smartgrid. Será a parte mais onerosa de toda a solução”, destaca Alejandro Erro, responsável pela área de vertical utilities da SAP Brasil e América Latina.

“Muitas empresas no Brasil têm projetos-piloto de smartgrid, porém mais focados na parte do medidor do que no conceito de integração de todas as áreas”, afirma o executivo da SAP. A empresa está há quatro anos desenvolvendo alternativas de integração dos seus sistemas com os novos desen-volvimentos e aplicações de smartgrid.

Um dos resultados desse empreendimento é a ferramenta Advanced Metering Infrastructure (AMI), com a qual a SAP traduz impressões apreendidas em projetos-piloto ao redor do mundo, de forma a auxi-liar as concessionárias e os consumidores a obterem

informações sobre o uso da eletricidade. Em sua segunda versão, o ambiente está em operação nas brasileiras Cemig e CPFL, entre outras, e vem ganhando funcionalidades. Permite, por exemplo, a realização de leitura remota e a coleta de informa-ções sobre o estado do medidor, ou seja, se ele está sendo fraudado ou apresenta defeitos, além da cone-xão e desligamento do equipamento.

Corrida do ourofornecedores de plAtAformA de softwAre AcelerAm o desenvolvimento dos AplicAtivos envolvidos no conceito smArtgrid e nA expAnsão do mercAdo.

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Rumo ao futuroSegundo Alejandro Erro, o próximo passo na

evolução do produto é a integração do perfil de con-sumo do cliente, de forma a melhorar os controles e permitir a redução dos gastos. “O terceiro passo seria trabalhar a geração de energia elétrica, agre-gando as microgeradoras de energia à rede. Este seria o terceiro passo, porque requer muita regula-mentação”, pondera o executivo, ao dizer que a integração com o sistema de faturamento (billing) foi feita na primeira fase.

Também na arena das plataformas integradas de aplicativos, a Convergys possui a solução Smart CIS, voltada não apenas à bilhetagem de serviços, mas também à oferta de uma infraestrutura capaz de prover a comunicação bidirecional entre consu-midores e concessionárias de energia elétrica. A solução reúne um conjunto de sistemas que lhe ser-vem de base: o Rating and Billing Manager and Customer Service Manager.

No campo da integração, chave para a eficiência na adoção do con-ceito smartgrid, empresas como NEC, Accenture, Logica e Telvent, estão trilhando o caminho das plataformas de middleware, para simplificar a adoção de novos aplicativos e manter em funcionamento o legado, de acor-do com o projeto da concessionária. “A maneira de transportar e de con-solidar informações nesta rede vai mudar, e há particularidades que exi-gem know-how”, esclarece Julian Nakasone, diretor de novos negócios da NEC, empresa que criou, em abril, uma unidade de negócios para desenvolver e explorar o mercado de smart grid que está em formação.

Para a Telvent, empresa especializada no desen-volvimento de soluções e serviços para gestão de redes de energia, representada no Brasil pela con-sultoria Imagem, o primeiro passo a ser dado por uma concessionária é a identificação dos objetivos da empresa nesta área, juntamente com a aplicação que vai gerar retorno de investimento. “Os dri-vers são vários. Na Europa, por exemplo, o motor principal é a eco-nomia do consumidor residencial; aqui no Brasil pode ser a recupera-ção de perdas ou a melhoria dos índices de continuidade de solu-ção”, alerta Fabio C. Paiano, dire-tor de tecnologia e soluções da Imagem.

Identificada a alavanca para os investimentos, a Telvent recomenda que a concessionária parta para uma avaliação da compatibilidade dos seus planos

com as regras em vigor para, então, iniciar o proje-to e a geração das vantagens. “A regulamentação no Brasil ainda não está pronta. Por isso, ninguém está fazendo investimentos e projetos definitivos”, declara Paiano.

Segundo ele, em termos de sistemas, as conces-sionárias precisarão investir em duas frentes: uma para atualização do legado para sistemas de mercado; e outra de novas categorias, ou seja, aquelas que as concessionárias ainda não possuem mas nas quais terão que investir. “Por exemplo, em smart operation, as empresas precisam de um software para gerenciamento de distribuição, algo que nenhuma con-cessionária possui no Brasil. Ou o concentrador de dados de medidores – o metering data management - componente que não existe, porque atualmente não há medição em larga escala.

A Logica, por sua vez, desenvol-veu o Advanced Metering Infrastruc ture, um midd-leware que faz a integração entre a camada do software de medição e a camada do software de negócio. Pilotos do AMI estão em operação para

construir o controle da medição, garantir a integridade dos dados e promover a inte-gração da informação, seja com os siste-mas de bilhetagem, os aplicativos de gestão integrados ao billing ou com os ERPs.

Como contribuição aos negócios em for-mação, além dos serviços de consultoria, a Accenture incluiu o Brasil no lançamento mundial do INDE (Intelligent Network Data Entreprise).

O sistema permite coletar, gerenciar e analisar a montanha de informações envia-das pelos medidores eletrônicos. Ele funcio-na entre o sistema de relacionamento com clientes, os antigos sistemas legados, organi-zando as informações e as enviando para as corretas áreas das empresas. “O volume de

informação que as distribuidoras vão lidar vai crescer exponencialmente”, disse Roberto Falco, gerente geral de utilites da Accenture no Brasil.

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nos eua, um estudo realizado pela

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4% os gastos e investimentos em ti em 2010.

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>especial

Muito tem se debatido a respeito de sistemas que tratam os documentos fiscais eletrônicos. Depois de atendida as exigências do CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária), que

obriga a emissão de notas fiscais eletronicamente, as empresas agora enfrentam outro paradigma: como tratar estes documentos com a segurança necessária, para que não haja vazamentos de informação e dificuldades futuras com auditorias e fiscalização, sem um aumento significativo nos custos?

Para muitas empresas, a regra sempre foi manter os documentos fiscais em ambientes internos, e controlados, que, por meio de sistemas de gestão parametrizáveis, estabelecem quando e quais usuários podem ter acesso às informações, tidas como vitais para a garantia da vantagem competitiva frente à concorrência.

O problema é que, com a adoção do novo modelo fiscal eletrônico brasileiro, há a necessidade de transitar, via internet, seja para envio ou recepção, as NFes, os CT-es e outros documentos fiscais eletrônicos, o que abre uma brecha nos sistemas de segurança da informação, em empresas que continuam replicando este modelo. Vale ressaltar que a NFe pode ter caráter sigiloso, portanto, ressalvado por políticas do SOX e, assim, invalidando o uso de meios de comunicação falíveis e passíveis de tentativas de ações fraudulentas.

Grandes companhias têm aversão a manter seus documentos fiscais eletrônicos fora de seus sistemas internos, porém, enviam e recebem diariamente milhares de NFes via e-mail, sem proteção alguma. Dados publicados dão conta de que no ano de 2009, a Symantec encontrou cerca de 2,5 milhões de ameaças virtuais e a projeção para 2010 é de impressionantes 3 milhões, sendo grande parte deles, com único objetivo de roubar informações.

Outra possibilidade, apoiada pela lei, é a de disponibilizar os documentos eletrônicos em sites ou portais próprios, o que, em teoria, bloqueia o acesso à área interna dos ambientes de informações. Mas, esta alternativa já se mostra ineficiente, pois os custos para se implementar uma solução com softwares, hardware e operação são proibitivos.

Tracemos um exemplo de uma empresa com cerca de 1/2 milhão de documentos emitidos ou recebidos por mês;

admitindo que ela tenha cerca de 20 mil (clientes ou fornecedores) usuários de um portal próprio. Para operá-lo, a empresa precisa ter uma equipe mínima de quatro pessoas, entre operadores, programadores e help desk, isto sem falar do atendimento ao público. Se esta mesma empresa tiver 5% de documentos com problemas (falta de XML, restrições na SEFAZ, ou dificuldades de acesso ao portal), teremos então 25 mil chamadas para o SAC do portal. Neste cenário, o número de profissionais sobe para no mínimo 16, sem mencionar outras dificuldades como ataques de rackers e adequação a modificações na legislação.

Pensando do lado das empresas de médio e pequeno porte, além da dificuldade em obter e operar sistemas de

gestão, seja pela falta de capacidade financeira, seja pela falta de profissionais habilitados, imagine ter de gerenciar centenas de logins e senhas, para entrar nos portais de seus fornecedores e recuperar seus documentos fiscais? Ou pior, como guardar estes documentos de forma segura e recuperá-los rapidamente, quando solicitado seu reenvio pelo cliente ou pela fiscalização?

Segundo mostram os últimos dados de mercado, do universo total das empresas obrigadas a

emitirem a nf-e, cerca de 70% ainda não se adequaram. E, do restante, mais de 50% está atendendo as exigências apenas parcialmente, ou seja, emitindo, mas não enviando ou disponibilizando o XML.

O certo é que, quando a fiscalização começar (lembrando que ela sempre se inicia pela ponta mais fraca) teremos a real dimensão da problemática da custódia dos documentos fiscais emitidos e recebidos, e, neste aspecto, as empresas que estiverem mais preparadas, contando com

serviços especializados na guarda e gerenciamento do ciclo de vida desses documentos, não sofrerão com custos adicionais, seja por autuações ou perda de competitividade.

Renato Lui é sócio diretor da CCDE - primeira empresa do Brasil especializada na convergência e difusão de documentos fiscais eletrônicos.

Falsa sensação de segurançasomente quando a fiscalização começar teremos a real dimensão da problemática da custódia dos documentos fiscais emitidos e recebidos

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Segundo os últimos dados de mercado, do universo total das empresas obrigadas a emitirem a nfe, cerca de 70% ainda não se adequaram. E, do restante, mais de 50% está atendendo as exigências apenas parcialmente, ou seja, emitindo, mas não enviando ou disponibilizando o XML

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Brenntag implanta três módulos do sped o projeto, cuja implementação teve início em outubro do ano passado, faz parte de uma série de medidas colocadas em prática para adequação às exigências que o Fisco impôs aos contribuintes desde a instituição do sistema Público de escrituração digital (sPed), em 2007

Instalada no Brasil há 14 anos e com operações em Guarulhos (SP), no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia, a Brenntag, distribuidora de produtos químico, colocou em operação, em março, o seu sistema de recebimento de Nota

Fiscal Eletrônica (NF-e). O projeto, cuja implementação teve início em outubro do

ano passado, faz parte de uma série de medidas colocadas em prática para adequação às exigências que o Fisco impôs aos contribuintes desde a instituição do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), em 2007.

Antes do processo de recepção, a Brenntag já havia concluído outro os projetos de emissão da NF-e e de adoção do SPED Fiscal – ambos implementados no ano passado –, além do Sistema Contábil e do SPED Contábil, em 2008. Em todas essas iniciativas, a empresa contou com a parceria da Alliance, especializada em soluções fiscais.

ContingenteNo projeto, a Alliance alocou uma equipe de sete

profissionais, entre gerentes, consultores e desenvolvedores, enquanto que pela Brenntag atuaram 20 profissionais. De acordo com Sandra Serna, gerente de sistemas da Brenntag, foram necessárias aquisições de novos servidores para hospedar as novas plataformas fiscal e contábil implantadas. Sem revelar o montante destinado, ela diz que mais recursos serão destinados no decorrer deste ano para compra de mais hardware e equipamentos de rede.

O grande desafio na execução do projeto foi o prazo. A implantação do SPED Fiscal, por exemplo, foi realizada em tempo recorde. O processo teve início em setembro de 2008 e entrou em operação em janeiro do ano seguinte meses mais tarde. “Além de atender as novas obrigações, estávamos ao mesmo tempo implementando o novo sistema contábil”, diz Sandra.

A implantação do novo sistema contábil – em substituição a outro antigo, que não estava capacitado para dar suporte ao sistema exigido pelo Fisco – ocorreu entre outubro de 2007 e janeiro de 2008. Mas a

homologação final foi em abril daquele mesmo ano.

HistóricoQuando decidiu implantar o sistema e o SPED

Contábil, a Brenntag já era usuária da solução de gerencial fiscal GF Alliance. “Já tínhamos começado um processo de modelo fiscal com a Alliance. E, motivados pela facilidade de administração, confiabilidade e comprometimento, optamos mais uma vez por seus serviços”, conta Sandra.

Após a implantação da NF-e, SPED Fiscal e Contábil, foram realizados treinamentos na unidade da Brenntag localizada em esteio, onde fica a área financeira e contábil da companhia. Com uma carteira de 10 mil clientes no Brasil, a Brenntag processa grande volume de documentos fiscais. Todos os meses emite cerca de 6 mil NF-e, realiza 60 mil escriturações contábeis e 5.800 escriturações fiscais.

A redução de custos com trabalhos extras e o fechamento mensal são apontados por Sandra como alguns dos principais benefícios decorrentes do projeto. Por meio de uma interface, a solução da Alliance faz a atualização e o envio dos arquivos do SPED Fiscal diretamente para o órgão governamental responsável.

No que diz respeito ao SPED Contábil, Sandra diz que o fechamento mensal, que antes era em até 48 horas, passou a ser concluído em 24 horas. “Reduzimos o estresse da equipe interna. Após o fechamento, as informações precisam ser reportadas para a matriz, nos Estados Unidos, até o terceiro dia útil do mês. Os profissionais tiveram melhora na qualidade de vida”, observa Sandra.

O ganho de produtividade também é destacado. Com o sistema antigo, muitas das tarefas eram realizadas manualmente. Agora, com a solução da Alliance, tudo é feito de forma mais inteligente e funcional. De acordo com Sandra, a parceria com a Alliance vai continuar, para o atendimento de outras obrigações definidas pelo Fisco.

O balanço divulgado pelo Portal da Nota Fiscal Eletrônica indica que o Brasil alcançou a marca de 1,01 bilhão de emissões do documento fiscal.

Boa parte desse volume foi autorizada através do Sefaz Virtual, serviço da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul e da Companhia de Processamento de Dados (Procergs), que atende 12 Estados brasileiros, além do Distrito Federal.

O Paraná registrou 70 milhões de emissões de NF-e desde a sua implementação pela Secretaria da Fazenda, em setembro de 2008. A marca foi atingida na primeira semana de maio.

No mês de abril, o Fisco paranaense apurou a emissão de 7,3 milhões do documento fiscal. De acordo com a Secretaria da Fazenda, 98,2% desse volume foram autorizadas em menos de 15 segundos.

O Estado representa 7% do volume de autorizações de NFe no

País. Mas o sistema autorizador da Secretaria da Fazenda é o quarto maior processador. Os três primeiros são os Fiscos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

O Espírito Santo também registra marcas expressivas relativas à NFe. O levantamento da Secretaria da Fazenda indica que no Estado foram feitas 17,134 milhões de emissões por mais de 4,1 mil empresas do Estado, desde a sua implantação, em setembro de 2008.

O Brasil já contabiliza 181.054 empresas emissoras da NFe e a expectativa é de que 2010 será o ano de sua massificação. Nos meses de julho, outubro e dezembro estão prevista adesões de mais grupos de empresas na relação de obrigatoriedade de uso da NFe.

Até o final do ano, todas as empresas que praticam atividade de distribuição, comércio atacadista ou indústria, bem com operações interestaduais e de fornecimento para Administração Pública terão que emitir a NFe.

Brasil registra 1 bilhão de nFe emitidas

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>mercado

no primeiro trimestre de 2010, a empresa registrou crescimento pelo 17º trimestre consecutivo. Para explicar o fenômeno e falar sobre a briga pelo mercado de sistemas de gestão, conversamos com exclusividade com seu Ceo, Laércio Cosentino

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Dominar localmente um mercado no qual a SAP é quase sinônimo de sistemas de gestão empresarial, os ERPs, é um feito. O que dirá

então manter a liderança depois de deglutir uma série de concorrentes – RM, Datasul e Logocenter, em um total de 26 aquisições – e trazer resultados de crescimento na casa dos dígitos pelo 17o trimestre consecutivo? Um verdadeiro feito.

“Alguns concorrentes foram empilhando concorrentes, quando adquirimos outras empresas nós integramos equipes e sistemas em nosso processo de crescimento e agora estamos conquistando os resultados”, admite Laércio Cosentino. Para se ter uma ideia dos números do primeiro trimestre de 2010, a receita líquida ficou em pouco mais de R$ 260 milhões, com crescimento de 14% em comparação ao mesmo período de 2009. E o lucro líquido chegou a R$ 38,5 milhões, com aumento de 1,6% em comparação ao ano anterior. Ao todo, a empresa relata que possui 25,2 mil usuários corporativos ativos de suas ferramentas.

Em avaliações de market share, a Totvs segue na frente da SAP com algo entre 39% e 41%. Se a SAP domina no high-end e tenta conquistar as pequenas e médias empresas, a Totvs faz o caminho inverso: domina entre as PMEs e busca brechas nas grandes contas.

Conheça a seguir as ideias e a estratégia da Totvs para seguir crescendo e enfrentar as gigantes SAP e Microsoft, a revelação da montagem de ERP para o sistema financeiro e a filosofia de incorporação de concorrentes, entre outros temas.

TI Inside: a Totvs tem

conseguido resultados positivos constantes, chegando ao 17o trimestre de crescimento contínuo. Isso mostra que a estratégia está no caminho correto e que as pequenas e médias organizações ainda reúnem um grande potencial de clientes?

Laércio Cosentino: O mais importante é que a Totvs possui planejamentos de curto, médio e longo prazo. Mas não apenas para as PMEs como também para todos os tipos de empresa, nossa estratégia vai do entendimento de mercado ao treinamento de pessoas. Nossa história

Totvs não para é calcada em planejamento e entendemos o que o mercado precisa – quais as ferramentas que nossos clientes necessitam. Muitos concorrentes falam desde 2007, ou mesmo antes, que querem o mercado das PMEs e seguem assim até hoje, porém acabam endereçando a mesma solução que é empregada nas grandes empresas, com custos altos de implementação, para as companhias de menor porte. As pequenas e médias empresas têm a mesma obrigatoriedade que as grandes, mas carregam uma necessidade de maior dinamismo e menos recursos de investimento.

TI Inside: O resultado do

primeiro trimestre de 2010 também citou a entrada de 622 novos clientes, esse número alto pode estar relacionado a uma retomada acelerada da economia?

Cosentino: Sim, existe um fator positivo de retomada, mas também mostra a continuidade da nossa estratégia. E não basta ter um sistema de ERP. A nossa aposta na segmentação, com 10 verticais definidas, é a resposta para o mercado. Com sistemas aderentes, seja para o varejo ou para o ensino, por exemplo. Para montar essa diversidade tanto desenvolvemos internamente como compramos outras empresas que tinham foco nestes segmentos. Nossos concorrentes possuem sistemas globais e precisam de parceiros que trabalhem com soluções especialistas. E o cliente quer um responsável único: nós.

TI Inside: Essa estratégia é a que

norteou a aquisição da TotalBanco, de incorporar uma solução específica para o setor financeiro?

Cosentino: Exato. As empresas do setor financeiro possuem atualmente de

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15 a 20 contratos de empresas com sistemas específicos. No entanto, a tendência é que eles diminuam o número de contratos.

TI Inside: posso entender que

essa tendência para a Totvs significa criar um ERp para os bancos?

Cosentino: Já temos diversos módulos específicos para o setor financeiro e acho que em um ou dois anos poderemos terminar a integração com as aquisições que temos feitos para essa área e criar algo específico e mais completo.

TI Inside: Qual a visão de futuro

da Totvs para o mercado de ERp?Cosentino: Trabalhamos em três

níveis estratégicos distintos, para grandes, médias e pequenas empresas. E nossa visão leva em consideração todos os devices possíveis assim como nossas soluções são endereçadas para os três níveis.

TI Inside: Quais as diferenças

entre as estratégias por tamanho de empresa?

Cosentino: Tudo é diferente. Estamos na pirâmide inteira e não é com um único produto ou uma única estratégia que isto se torna viável. Quanto mais descemos na pirâmide falamos com o empreendedor que possui pouca infraestrutura e quanto mais subimos o interlocutor é um executivo que trabalha com grande estrutura de TI. São realidades distintas. Em setembro do ano passado criamos o full Totvs, um contrato que permite ao cliente usar todo o nosso portifólio, ele pode combinar assim o número de licenças.

TI Inside: O mercado fala em

crise da Sap mundial (veja na edição anterior da TI Inside entrevista com executiva da empresa no Brasil), como a Totvs vê a concorrência da empresa alemã, principalmente entre as pMEs, um desejo recorrente da Sap?

Cosentino: Respeitamos muito a SAP. É a maior empresa do mundo no setor, se posicionou fortemente na época de implantação da moeda do Euro, no Bug do ano 2000 e foi um grande motor do boom de gestão. No entanto, no cenário atual, com a força dos países emergentes e a ascensão

dos BRICs, o consumo está com a gente. Os fornecedores focados em países de primeiro mundo não conseguem crescer na mesma proporção que os emergentes, eles então têm que se reinventar. É muito diferente vender software de gestão na China, no meio da Índia ou no interior do Brasil. O foco dos fornecedores globais ainda está em grandes países, em empresas grandes. A SAP tem um desafio imenso e eles estão se mexendo para entender o que está acontecendo.

TI Inside: É interessante para a

Totvs entrar em outros países emergentes para aproveitar essa boa onda econômica?

Cosentino: Estamos trabalhando ativamente em empresas geradas no Brasil que estão no exterior e marcam presença nas BRICs. Porém, tratamos o

mercado internacional com muita cautela, ainda somos conservadores. Precisamos nos consolidar gradativamente, e estamos entrando na América Latina com mais força agora. O business do Brasil representa 94% do nosso negócio, e não vamos no descuidar do mercado local ao mesmo tempo em que estamos presentes na região latino-americana.

TI Inside: Falando em

participação de mercado, a FGV apontou em sua pesquisa que a Sap em 2009 teria conseguido atingir empresas de tamanho menor do que as antes verificadas. No geral, a empresa de origem alemã teria passado de 23% de participação de mercado, em 2008,

para 25% no último ano, isto se torna uma ameaça para a Totvs?

Cosentino: Eu discordo desses índices e essa pesquisa tem baixa amostragem. Trabalho com outras pesquisas.

TI Inside: E o avanço da

Microsoft em ERp, com a integração de sistemas de gestão de companhias adquiridas? Eles que sempre foram parceiros da Totvs.

Cosentino: Brinco que existem duas Microsofts. A corporação que ganha dinheiro e a que vende ERP. A participação deles é pífia no segmento de sistemas de gestão, aqui e no mundo. No dia-a-dia, para nós, se torna algo ambíguo. A Totvs pode trazer mais negócios para a Microsoft em bancos de dados, sistemas operacionais etc. do que a própria empresa com seu sistema de ERP. E seguimos parceiros deles.

TI Inside: a Totvs, assim como

a Microsoft, foi adquirindo diversas empresas de ERp e outras auxiliares a essa operação, como garantir que tudo foi integrado de uma forma interessante para os clientes finais?

Cosentino: Ao todo adquirimos 26 empresas, compramos e buscamos consolidar as operações. Temos alguns concorrentes que foram apenas empilhando suas compras, nós integramos equipes e sistemas. Ao todo, temos 1,2 mil módulos em nossas diversas soluções. As aquisições foram bem equacionadas, a Datasul, por exemplo, com quem sempre tivemos todo o respeito, resultou em uma aquisição feita com total transparência.

TI Inside: Nesse processo, a

saída do Jorge Steffens, CEO da Datasul, deixou o mercado confuso – quando anunciaram a união, Totvs e Datasul garantiram que as diretorias não seriam alteradas tão cedo – como explicar o acontecido?

Cosentino: Não, foi algo já previsto dentro da própria proposta de tempo de integração. A diferença é que a integração foi muito rápida, definimos tudo em 73 dias e ele saiu de forma natural.

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então têm que Se ReinventaR. é muito difeRente vendeR

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da índia ou no inteRioR do bRaSil”

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>mercado

Vários fatores impulsionam o ensino a distância, seja em cursos oferecidos por instituições públicas, privadas ou mesmo por iniciativas das corporações. Banda larga, web conference, videoconferência e redes sociais são alguns dos recursos tecnológicos que contribuíram para os investimentos 23% maiores em 2009, segundo o CensoeAd.BR

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Flexiblidade de tempo e localização geográfica, associadas à necessidade de constante estudo e atualização profissional, provoca o boom da

educação a distancia (EAD) no Brasil. Comparado ao ensino presencial, um em cada cinco ingressante em graduação no País o faz por meio desta modalidade. Tecnologicamente falando, vários fatores contribuem para esta expansão: a principal delas é a expansão da banda larga, que vem acompanhada de novas tecnologias como webconference e videoconferência, além da redução de custos de comunicação e melhor usabilidade dos portais.

Vejamos alguns exemplos: a Interagindo Educação a Distância, que oferece consultoria especializada no desenvolvimento de soluções em treinamento e educação a distância, acaba de lançar o portal de relacionamento da Lilly Oncologia. O E-Detailing, nome dado à iniciativa, concentra todas as informações técnicas sobre medicamentos para duas áreas de câncer (pulmão e mama), tornando-se assim uma ferramenta de relacionamento entre os médicos e profissionais da saúde e a empresa. Por meio do portal, a Lilly poderá se comunicar com os profissionais da saúde, médicos, farmacêuticos e representantes e traçar estratégia de negócios mais eficazes ao aliar tecnologia com ferramentas de gestão da informação e de relacionamento, além de realizar treinamentos e

reciclagem a distância. No portal, médicos e profissionais da

área de saúde podem ter acesso a diversas informações, como bulas dos medicamentos Alimta e Gemzar, eventos de interesse do setor, uma vasta biblioteca, além de poder compartilhar e conhecer casos clínicos. Existe também um espaço destinado ao 1º Prêmio Lilly de Prática Clínica em Câncer de Pulmão. Todas as informações disponibilizadas no Portal Lilly Oncologia seguem os mais rígidos padrões da legislação de publicação e divulgação de informações médicas e seu conteúdo é restrito aos profissionais cadastrados no sistema.

Em outro projeto de e-learding, o Grupo Algar enxerga ao menos três adjetivos para a Universidade

Educação sem limites

Corporativa que mantém oferecendo cursos à distância: é uma metodologia moderna, econômica e eficaz de atender às necessidades de ações de formação e educação continuada de suas empresas. Na cronologia da iniciativa interna, em 2000 foi elaborado e colocado à disposição o Programa Corporativo de Integração de Novos Talentos. Em 2002 foi ampliado o número de cursos com a elaboração de programas inteiramente a distância e outros mistos.

As aulas são oferecidas em banda larga, videoconferência e DTCOM (uma empresa especializada em treinamento corporativo). São cerca de 300 cursos por ano, em três canais de treinamento, 18 horas por dia, sete vezes por semana, diretamente via satélite, na TV da própria empresa. Como resultado, o Grupo enumerou seis objetivos para perseguir: ampliar o número de ações de formação; diminuir o tempo de capacitação de equipes e comunidades espalhadas por diversas regiões; tratamento personalizado ao aluno; aumento de quantidade de treinamentos, qualificação e produtividade dos associados e da cadeia de valor; conhecimento dos produtos e serviços pelos clientes e aumento da padronização com fornecedores e parceiros; redução de custos diretos como viagens, alimentação e hospedagem.

Um terceiro exemplo vem da Benner, fornecedora nacional de software de gestão, a qual não só utiliza a proposta de ensino a distancia para melhorar o desempenho de seus

“É possível cortar até 50% dos

gastos com cursos através das

ferramentas de educação a distância”

MArCELo CUrBETE, dA BEnnEr

JACkELinE CArvALHo

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colaboradores como fez da modalidade um negócio. Em via de mão dupla, a empresa está investindo fortemente em sua plataforma virtual de educação à distância “Benner Cursos”, destinada a capacitação dos usuários das soluções da companhia. O LMS (Learning Management System), ambiente virtual onde são realizados os treinamentos, ganhou novo design, com cores mais leves e menu de fácil acesso e visualização. Além disso, o conteúdo dos cursos agora também poderá ser acessado em tempo real pelos usuários via telefone celular, a qualquer hora e em qualquer lugar. Paralelamente, uma central de produção que funciona como uma fábrica de conteúdo foi criada para criar novos materiais, com recursos multimídia, totalmente dinâmicos, interativos e adaptáveis aos negócios de cada cliente.

Tempos modernosMarcelo Curbete, gestor da unidade

de Educação Interativa da Benner, avalia que as empresas, assim como a Benner, estão despertando para o conceito de educação a distancia, e as experiências no mercado demonstram que a eficiência e a redução de custos são reais e efetivas. “É possível cortar até 50% dos gastos com cursos através das ferramentas de educação a distância. Além da redução de despesas, o fator praticidade, que permite estudar e treinar sem precisar se deslocar fisicamente, incentivam a realização de treinamentos individuais e de equipes, especialmente os times de vendas”, diz.

O crescimento médio de quase 30% ao ano do mercado brasileiro de e-learning projeta uma movimentação financeira de R$ 1,1 bilhão em 2010 e, até 2013, a expectativa é chegar a R$ 2,5 bilhões. A oferta de novos cursos em todas as modalidades, segundo a ABED (Associação Brasileira de Ensino a Distância), dobrou em 2009, com uma estimativa de expansão de 90% no número de alunos, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). Em 2008, pelo menos 56 milhões de brasileiros usaram EAD, identificou o CensoEAD.BR.

“O próprio MEC, através da Faculdade Aberta Brasileira, e a OAB são exemplos de grandes iniciativas em EAD”, diz a professora Marta de Campos Maia, doutora em educação a distancia e membro do Conselho

Científico da ABED. “Todas estas iniciativas vão fazendo com que as pessoas tenham contato com esta metodologia de educação, que, no início, sofreu pressão negativa por força

do desconhecimento”, enfatiza.Segundo ela, uma das

oportunidades para o avanço do EAD no País são as nossas dimensões e as dificuldades de mobilidade da população. Marta cita que em uma de suas falas o ministro da educação, Fernando Adad, reconheceu que 70% do território nacional não tem acesso ao ensino superior. “É um momento bom para a educação em geral. Além de o Brasil ser gigantesco, a oferta de educação estava restrita a alguns locais apenas”, diz a professora.

Outro dado favorável ao EAD é o fato de a maioria (54%) dos alunos que optam por esta modalidade ter 30 anos ou mais, faixa etária que se beneficia com a flexibilidade propiciada pelo EAD – pode realizar o curso em horários mais convenientes – e cuja maturidade contribui para o aprendizado.

“Estamos em um momento excepcional para educação formal”, conclui a professora Marta. Segundo o CensoEAD, 37% dos mais de 2 milhões de alunos cursam especialização; 20% deles fazem extensão, aperfeiçoamento e especialização, dando um total de 57% de alunos fazendo pós-graduação. Em graduação, a participação é de 27%, o que mostra que o aluno não só é mais adulto, como sente a necessidade de aperfeiçoamento. Curbete, da Benner, completa: “em 2010, os canais, parceiros de vendas da Benner, serão treinados e capacitados à distância em temas relacionados às soluções da companhia”.

Para oferecer total atendimento às companhias, a nova fábrica de conteúdo da Benner conta com uma equipe de profissionais formada por pedagogos, designers, desenhistas programadores e revisores. O setor está habilitado para produzir

conteúdos na modalidade rapid learning (modelo de criação, produção e disseminação de conteúdo rico, em alta velocidade), avatares (personagens virtuais), animações simples, áudio, vídeo, simulações, games e aplicações 3D. “Não basta ter prints de tela, é necessário planejamento e dinamismo pedagógico e equipe especializada, desde o desenvolvimento do conteúdo até a interatividade desse ambiente”, comenta Marcelo Curbete, gestor da unidade de Educação Interativa da Benner.

O portal de educação contém mais de 60 cursos e será ampliado para 100 em 2010. Entre eles estão cursos como SPED básico, Benner Report, para administradores dos sistemas da companhia, Saúde Autogestão, Medicina de Grupo, RH: Folha de Pagamento, além do mais recente Benner Integrator, uma ferramenta que permite a integração de soluções da companhia a outras já instaladas no cliente. O próximo a ser inserido na plataforma será o MGPB - Metodologia de Gerenciamento de Projetos Benner e Comunicação Eficaz no Ambiente Empresarial, ambos desenvolvidos pela Fábrica de Conteúdos.

meRcado de tRabalho

MArTA dE CAMPoS MAiA, dA ABEd: A MAioriA (54%) doS ALUnoS qUE oPTAM Por ESTA ModALidAdE TEr 30 AnoS oU MAiS, FAixA ETáriA qUE SE BEnEFiCiA CoM A FLExiBiLidAdE ProPiCiAdA PELo EAd

adeSãodados do Censo EAd 2009:

376 instituições que praticam EAD

estão credenciadas no Sistema de Educação do Brasil

1752 cursos

1.075.272 alunos

Fonte: CensoEAD.BR

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infraestrutura da corporação, foi desenvolvido um projeto de TI, onde a rede foi totalmente integrada e a comunicação entre os dispositivos ganhou backup e segurança.

E as pessoas?Mas o grande perigo de perder os

dados não está relacionado aos eventuais problemas “tectônitos” que vêm acontecendo ultimamente. O problema real está no interior das empresas – os funcionários. Conforme explica Vianna, o maior risco operacional está relacionado às pessoas que cometem erros de procedimentos, como é o caso de alguma programação sistêmica errada.

Apesar do desenvolvimento de inúmeras tecnologias antirisco, a melhor solução contra esses males ainda é ter

Os últimos acidentes naturais (terremotos, enchentes e erupções vulcânicas) parecem levar as previsões de

Nostradamus, de que o mundo vai acabar em 2012, à realidade. E apesar de ser uma teoria e de até hoje não haver provas do aparecimento de qualquer anticristo na Terra, muitas empresas reforçaram os seus sistemas de segurança, e outras até iniciaram um processo de avaliação sobre a melhor forma de cuidar de suas informações corporativas e estar preparadas para a chegada “do fim do mundo”. Assim, a modalidade “gestão de risco” ganhou corpo e reúne profissionais altamente especializados em segurança, para cuidar de uma malha que não pode ter falhas.

Segundo Carlos Vianna, líder da prática de finanças e performance da Accenture no Brasil, o processo de gestão de risco como um todo ganhou atenção nos últimos anos. “As perdas operacionais decorrentes de falhas ou problemas internos e externos das empresas vêm se acentuando nos últimos 20 anos. Além disso, algumas regulamentações setoriais exigem um certo rigor. Em resumo, todos precisam se proteger contra qualquer problema eventual”, alerta.

Atualmente, as empresas estão passando por um processo de mudança a fim de exercer o

no cenário atual, com problemas naturais, o maior rigor dos mercados e o aumento da criminalidade digital, gerenciar os riscos é uma tarefa primordial às empresas. Isso porque essas ameaças - internas e externas - estão mais presentes e especializadas, e perder as informações pode significar o óbito nos negócios

sobrevida aos negócios

controle interno no qual os profissionais de TI consigam entender e quantificar, de forma mais real, as perdas diárias que possam acontecer. No entanto, o representante da Accenture ressalta que para cada caso existe um processo específico de desenvolvimento, como a implementação do uso do sistema de Governança, Riscos e Conformidade (GRC).

Diante a análise de projetos voltados à autoproteção, a indústria financeira aparenta estar melhor preparada e com mais maturidade em relação ao que possa acontecer com os resquícios de perdas operacionais. “Mas percebemos que outras empresas também estão evoluindo em projetos nessa linha”, afirma Vianna. Uma dessas organizações é a Vale. Hoje, para toda a

benefícioS do geRenciamento de RiScon Prognósticos precisos de fluxo de caixa.n Análise total da vida útil para assegurar sustentabilidaden retorno em longo prazo e crescimento constanten descoberta de oportunidades de melhoramento durante

a fase conceitual n Gestão de custosn Aumento da conformidade, como procedimentos e política empresarialn determina como as estratégias de Gerenciamento de risco

podem melhorar o nível estruturaln Avaliação do impacto de risco sobre a segurança e a integridade do ativo.n Aumento da visibilidade do risco associado à condição e ao projeto intrínsecon Entende melhor a contribuição do ativo para desempenhar os negóciosn Melhora a abordagem para a identificação de exigências de manutenção

CArLoS viAnnA, dA ACCEnTUrE: invESTir EM ProJEToS dE GErEnCiAMEnTo dE riSCo GErA MELHoriAS nA CoordEnAção doS ATivoS dE TodA A inFrAESTrUTUrA E, PrinCiPALMEnTE, SEGUrAnçA dUrAnTE AS inSTALAçõES dE novoS APLiCATivoS

uma equipe de profissionais capacitados, que consigam entender o potencial de risco, por meio de um grande mapeamento com serviços de monitoramento constante. “Dificilmente esses riscos deixarão de ser tratados, se os problemas forem apontados de forma fundamentada”, diz Vianna.

Para desenvolver um projeto eficiente, os profissionais devem ter entre as exigências um melhor entendimento das áreas de alto custo no gerenciamento dos ativos, assim como saber quando é necessário realizar manutenções e reformas, para ter como resultado um controle de custos eficaz. Na gestão também é necessário compreender como questões chaves de risco podem influenciar na receita de ativos e no gerenciamento de custos e riscos. Por fim, fazer um reconhecimento das áreas de desempenho excepcionais e ruins da corporação.

Causa e efeitoCarlos Vianna enfatiza que investir

em projetos de gerenciamento de risco gera melhorias na coordenação dos

ativos de toda a infraestrutura e, principalmente, segurança durante as instalações de novos aplicativos. Entre os benefícios gerados também está aumento da vida útil dos ativos e a operacionalidade da comunicação por causa das constantes análises. Além disso, as soluções geram um aumento de receita com a redução dos gastos,

reduz o tempo ocioso dos dispositivos e dos gastos com manutenção.

Para consultorias de TI, como Gartner e IDC, o mercado no segmento de segurança é bastante promissor e as empresas especializadas estão investindo em grande escala no desenvolvimento de soluções e equipamentos adequados para suprir a crescente demanda. Outra influencia no aumento da demanda foi a criação de regras sobre segurança em TI, como a “Convenção da Basileia”, que obrigou as empresas investirem mais em projetos desse segmento. “Houve uma grande necessidade de se adequar às exigências do mercado”, diz.

Exemplo de que os negócios estão a pleno vapor foi o recente comunicado de que a Accenture comprou a empresa de consultoria de ameaças Risk Office. “Essa aquisição irá alavancar nossas estratégias para novos contratos e também servirá para entendermos melhor o segmento de consultorias, onde o Brasil é visto como uma potência para os negócios”, explica Vianna.

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>mercado

Todas as pesquisas e previsões sobre o mercado brasileiro de TI, e mesmo do mundo, apontam na mesma direção: o mercado vai crescer! mas será que no nível acima dos 10%, como garante o IsF ou em um patamar inferior? e ainda, como isso será traduzido na prática?

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Números conflitantes, previsões que evoluem positivamente de 10,6% a 7% ou ainda algo próximo dos 5%, esse é o

comportamento previsto para o mercado brasileiro. Muito bom, e isso é certo, mas em que patamar e do que é feito esse crescimento? Um forte empuxo de serviços é uma das explicações, como assinalam alguns estudos.

O ISF (Instituto Sem Fronteiras), por exemplo, entrevistou 1.140 empresas entre os meses de dezembro de 2009 e fevereiro de 2010, com o objetivo de identificar as tendências dos investimentos em TI para 2010. A partir dos dados coletados as informações foram entabuladas e o resultado é um estudo que dividiu os resultados – projeções de investimento – por segmentos verticais – financeiro, manufatura, comércio, utilidades, serviços, governo, óleo, gás e mineração e agribusiness, e trouxe detalhamento por faturamento das empresas e número de funcionários.

Em seu resultado geral, a pesquisa aponta que os gastos das empresas com tecnologia da informação devem registrar um crescimento médio de 10,6% neste ano, se comparados com 2009. Um mercado que, nesta taxa, pode chegar ao montante total de R$ 56,1 bilhões.

Do grupo de empresas

pesquisadas, algo como 63% delas pretendem elevar o orçamento em TI neste ano, contra apenas 12% que revelaram que reduzirão os investimentos. No ano passado, o crescimento médio dos investimentos das empresas, no estudo da ISF, foi de apenas 2,4%.

O diretor de pesquisas do ISF, Ivair Rodrigues, salientou que este ano será positivo para os fornecedores de infraestrutura e para algumas tecnologias em particular. “O principal motivo para a utilização da

volta aos trilhos?

virtualização é a uniformização, centralização e simplificação da gestão da infraestrutura de TI”, analisou.

aqui e na aLTecnologias como virtualização,

ERP – sempre ele – e gestão de telecom estão entre as práticas de maior investimento. Sem falar no quesito de serviços de TI em geral. De acordo com o estudo Brazil IT Services Tracker 2009, realizado pela consultoria IDC Brasil, o mercado brasileiro de serviços de TI fechou o ano de 2009 com mais de R$ 19 bilhões em receitas, um crescimento de 4,47% em relação a 2008, performance evolutiva que se mantém ou mesmo cresce este ano.

Para a IDC Brasil, em 2010, a

“o principal motivo para a

utilização da virtualização é a

uniformização, centralização e

simplificação da gestão da

infraestrutura de TI”

ivAir rodriGUES, do iSF

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expansão do mercado brasileiro de TI pode chegar aos 7%. Algo representativo e um salto, principalmente se comparado com o crescimento contabilizado em 2009 pela consultoria: apenas 0,6%. Dividindo em verticais, o setor financeiro colabora com 18% de todos os investimentos brasileiros em tecnologia enquanto o Governo (administrações municipais, estaduais e federal), fica com uma participação de 10%.

O estudo Worldwide Black Book, da IDC América Latina (veja mais sobre o crescimento do mercado global de TI no Box: E no mundo...), é realizado trimestralmente para divulgar os investimentos em hardware, software e serviços relacionados a TI. Em sua edição de março último, a pesquisa apontou que o gasto mundial em tecnologia diminuiu 7,5% em 2009, com forte relação com a crise econômica global.

Analisando apenas a América Latina, o valor total de despesas com tecnologia em 2009 para a IDC teve uma queda de 9% quando comparado a 2008 e o principal motivo foi a diminuição nos investimentos feitos no México e Brasil, países que em conjunto representam pouco mais de 65% do total empregado na região. Os investimentos em hardware representaram 57,4%, valor que é 3,7% menor do que em 2008. Por outro lado, os mercados de software e serviços chegaram a 14,9% e 27,7%, números que representam um aumento de 8,6% e 4,6% respectivamente. Veja mais no Box: Quem acredita em Cloud?

Tendências e mudançasPara 2010, o estudo da IDC

prevê que os investimentos em tecnologia na América Latina devem crescer 5,1% em relação ao ano passado. Este aumento virá, principalmente, da reativação de projetos de TI que ficaram parados em 2009 e das boas expectativas de consumo em massa para 2010. “O crescimento para o ano de 2010 na região latino-americana será impulsionado por uma reativação da demanda de hardware e serviços, duas categorias que sofreram com a recessão

econômica em 2009. Nos negócios de hardware esperamos investimentos em dispositivos móveis e servidores pequenos e médios. Já na categoria de serviços, os recursos devem ser empregados naqueles que estão relacionados à implementação, ao suporte e à manutenção de operações”, explicou Matías Berardi, gerente de investigação e consultoria da IDC América Latina.

A IDC aponta ainda que 2010 será o ano em que os provedores e os equipamentos de serviços e de redes de América Latina irão capitalizar e aumentar os investimentos em redes de nova geração – algo iniciado há alguns anos. Em um contexto macroeconômico desafiador e uma dinâmica de concorrência feroz, os provedores de serviços são pressionados a mudar, e a IDC crê que o transporte óptico, roteadores, switches, a infraestrutura de vídeo e o acesso às tecnologias da nova

geração gerarão crescente investimento este ano.

Já o vice-presidente e diretor de pesquisa do Gartner EXP, Mark McDonald, indica que em 2010 será vista uma recuperação do cenário a níveis pré-crise. “Com a transição, a empresa e a área de TI terão a oportunidade de se reposicionar e explorar as severas medidas corretivas tomadas durante a recessão”, admite.

Os CIOs consultados pelo Gartner na pesquisa “2010 CIO Agenda”, da unidade Gartner EXP (Executive Programs), vêem 2010 como uma oportunidade de acelerar a transição de TI, passando de uma função de suporte para um contribuinte estratégico focado na inovação e nas vantagens competitivas. “Eles queriam esta transformação há anos, mas só recentemente as mudanças econômicas, estratégicas e tecnológicas fizeram com que ela fosse viável”, conclui McDonald.

De acordo com o Gartner os gastos mundiais com TI devem crescer 5,3% em 2010 em relação ao ano anterior, atingindo a soma total de US$ 3,4 trilhões. A performance prevista no ano representa uma melhora significativa na

comparação com 2009, quando os gastos caíram 4,6%, em dados da consultoria. A pesquisa realizada pelo Gartner apontou ainda que todos os principais

segmentos do mercado de TI (hardware, software, serviços e telecom) devem apresentar crescimento em seus orçamentos em 2010. Resta saber agora se essa boa maré para a indústria segue em 2011. Em avaliações da consultoria, as empresas continuarão a registrar uma expressiva elevação com gastos na área em 2011, com gastos superando os US$ 3,5 trilhões – ou uma alta de 4,2% em relação a 2010.

A IDC considera que a base para a adoção de Cloud Computing começa a ser estabelecida dentro das empresas em 2010. Cloud permanece como um modelo que ainda requer um processo de maturação que incluirá uma

interconexão, segurança, níveis de serviço e uma evolução completa do centro de dados como se conhece na atualidade.

Na atualidade, Cloud é um modelo utilizado em sua maioria nos Estados Unidos, algo como 65% dos gastos na plataforma, no mundo, se realizam naquele país. A oferta atual de serviços de Cloud na América Latina e no Brasil se concentra praticamente em aplicações.

Como perspectiva, a IDC considera que em 2010 e 2011 as aplicações para produtividade de negócios serão as que mostrarão maiores assinaturas à adoção de serviços deste tipo. Este ano, ainda, os clientes prestarão mais atenção aos provedores capazes de mostrar os benefícios do modelo Cloud.

e no mundo...

quem acRedita em cloud?

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>mercado

Ambientes híbridos de cloud computing, aliados a partes que não são terceiradas configuram a tendência da nova infraestrutura de TI nas organizações

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A nova era da infraestrutura de tecnologia das empresas será marcada principalmente pelas

tecnologias de virtualização e computação em nuvem. Entretanto, ainda paira na cabeça dos executivos de TI (CIO) a dúvida sobre qual será a melhor forma de utilizar estas novas tecnologias melhorar o desempenho da área de informática das corporações e como alinhá-la aos negócios. Especialistas de mercado que participaram do 2o Software Innovation, evento promovido dia 28 de abril passado pela revista TI INSIDE e organizado pela Converge Comunicações, indicaram que os ambientes híbridos, que englobarão redes públicas e privadas de computação em nuvem, aliados a partes que serão mantidas no modelo tradicional, configuram o futuro dos departamentos de tecnologia.

João Alfredo Andrade Pimentel, diretor da Corpflex, afirmou que os três modelos de infraestrutura irão coexistir, ressaltando que o desafio do CIO será definir o modelo a ser adotado em cada segmento da infraestrutura. “O movimento da indústria é muito forte em direção a cloud computing e software como serviço”, analisou Pimentel, observando, entretanto, que nem todos os software e hardware estão preparados para o modelo de serviço

e cloud computing, a exemplo do mainframe e da linguagem de programação Cobol. “A meta é olhar todos os cenários e buscar a integração deles”, comentou o executivo.

De acordo com Pimentel, o CIO deverá analisar a estratégica, com foco em eficiência operacional e redução de custos, e a partir disto definir o modelo a ser adotado e se ele será ou não transferido para nuvem. Mesma visão tem o diretor técnico da Cipher, Alexandre Siqueira, segundo o qual em algumas situações o custo de uma operação em cloud computing pode ficar mais alto do que no modelo tradicional.

SigiloSobre a adoção de nuvens

públicas, Siqueira frisou que esta dependerá de quão crítica é a operação ou a aplicação. “Nenhuma empresa deixará informações sigilosas ou muito estratégicas nas mãos de terceiros”, pontuou. “Os CIOs precisarão avaliar os custos e a aplicação da tecnologia, para decidir sobre a estratégia de cloud computing”, complementou Henrique Sei, diretor de marketing de produtos da Dell.

Entre as qualidades de cloud computing, Pimentel salientou as facilidades de contratar, acessar e expandir, além da maior flexibilidade de recursos e o fato de ser dinamicamente escalável e automatizado. O diretor da Corpflex alegou ainda que os investimentos em computação em nuvem reduzem o TCO (custo total de propriedade), diminuindo a necessidade de aportes iniciais mais elevados, na comparação com o modelo tradicional.

Citando como fontes Gartner, IDC, Citrix e Wyse, o executivo analisou que ao aplicar a tecnologia de computação em nuvem, as corporações podem reduzir em 29% os custos operacionais de TI, em 40% as despesas com hardware e software e elevar em 78% a produtividade da equipe de TI.

Entre os problemas encontrados na realidade brasileira para a adoção em massa de soluções de cloud

JAir LorEnzETTi, dA M.oFFiCEr:

EMPrESA ConSEGUiU MAiS

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CUSToS E AS FALHAS, E oBTido MAior EFiCiênCiA

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Ambientes híbridos marcarão era do cloud computing

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computing, a mais citada é a qualidade da infraestrutura de telecomunicações, principalmente no que tange a internet em banda larga. “Este é um limitador que pode aumentar custos e acabar por inviabilizar a estratégia de cloud”, disse Thoran Rodrigues, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Stone Age.

alteraçõesEntre as muitas transformações

que a tecnologia de cloud computing vai viabilizar ao mercado, a principal é a mudança nas relações de trabalho dos profissionais de TI com as empresas. O sócio-diretor da consultoria TGT Consult, Pedro Bicudo, acredita que o setor passará por uma especialização nunca vista antes e o papel do diretor de tecnologia nas companhias mudará drasticamente.

Ele explicou que a venda de produtos por meio da nuvem acabará com o perfil técnico dos CIOs, e exigirá cada vez menos um executivo especialista para a área de TI. Bicudo conta que a computação em nuvem forçará os executivos de TI a dedicar mais tempo à leitura de contratos e à administração dos gastos e contas do departamento.

Porém, na visão do consultor da TGT, as atividades desse executivo está longe de se confundir com as do setor financeiro. Segundo ele, o CIO passará, cada vez mais, a ser responsável pela contratação de serviços e pela administração do funcionamento de cada um deles.

Ao mesmo tempo, avaliou Bicudo, os fornecedores começarão a se especializar nos ramos de negócios das empresas que atendem, já que a facilidade e a redução dos custos da compra de software e serviços que a computação em nuvem trará tornarão o mercado mais competitivo. Bicudo explica que a facilidade com que os serviços são contratados, e, consequentemente, dispensados, não deixarão escolha aos fornecedores, exceto se especializar em determinados segmentos de forma a atendê-los melhor.

Novo mercadoNa opinião do executivo, essa

nova forma de abordar a contratação de serviços trará muitos benefícios

para o mercado, pois a eliminação dos gastos com data center próprio, ou construção de um parque de TI, por exemplo, permitirão que mais startups apareçam no setor. “Por outro lado, isso criará relações mais frágeis, pois os contratos do tipo ‘paga-se pelo que se tem’, torna as relações entre empresas mais flexíveis e mais fáceis de se terminar”, finaliza ele.

A visão de Bicudo é corroborada pelo diretor de marketing de produtos da Dell, que salientou que o novo cenário do mercado de tecnologia é uma quebra de paradigma para a atuação dos diretores de TI. “O perfil do profissional de TI vai mudar para o lado mais de gestor”, cravou Sei.

Por fim, o arquiteto chefe da Microsoft Brasil, Otávio Pecego

Coelho, alertou que o ambiente de tecnologia pode alterar bastante e os gestores de TI têm de ficar atentos a estas alterações. “Existirão diversas ofertas e novas maneiras de entregar a TI. Um modelo não vai aniquilar o outro e eles coexistirão. Agora tem que se pensar em que parte de TI funciona melhor em cloud computing”, concluiu.

CaseA empresa de moda M5 Têxtil,

dona das marcas M.Officer, Miele e Carlos Miele, apostou na virtualização de sua infraestrutura de TI e agora exibe os resultados obtidos, como maior eficiência operacional e redução de custos.

Segundo o CEO da companhia, Jair Lorenzetti, o processo de virtualização demorou cerca de dois anos e meio para ser implantado e atualmente a empresa basicamente não tem nenhum servidor in house. “Todas as soluções estão na nuvem e tudo é serviço para nós”, explica o executivo, ao ressaltar que o modelo de cloud computing é híbrido, contando com nuvem privada e pública.

O projeto da M5 Têxtil mantém, na nuvem, 1.010 terminais ativos, que são utilizados para fornecer os sistemas, incluindo os de meios de pagamento para todas as 300 lojas que a empresa tem espalhadas pelo país e no exterior. No total, são cerca de 700 usuários atualmente. Lorenzetti conta que antes do projeto de virtualização a companhia enfrentava problemas na qualidade da informação, custos de manutenção, falta de mão de obra especializada, baixa velocidade para resolução dos problemas, falta de acesso remoto e problemas de indisponibilidade do sistema.

Com a adoção do cloud computing, ele afirma que a empresa conseguiu mais de 99% de disponibilidade do sistema, além de ter reduzido custos e as falhas, e obtido maior eficiência operacional. “Passamos a cuidar mais dos negócios e menos de tecnologia”, conclui Lorenzetti, frisando que o projeto auxiliou na evolução dos negócios da empresa.

* Colaborou pedro Canário

Ambientes híbridos marcarão era do cloud computing

“existirão diversas ofertas e novas maneiras de entregar a TI. Um modelo não vai aniquilar o outro e eles coexistirão. Agora tem que se pensar em que parte de TI funciona melhor em cloud computing”oTávio PECEG0, dA MiCroSoFT BrASiL

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Ceo da Ardexus, Chris Hamoen, visita o Brasil para divulgar plataforma e defende: “os projetos não precisam ser tão longos e complexos”

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O Brasil entrou definitivamente na mira de fornecedores de software e soluções de relacionamento, que teve forte crescimento após o

fenômeno da inclusão de consumidores de baixa renda ao mercado e da legislação de defesa do consumidor. Para entender de perto essas oportunidades, Chris Hamoen, CEO da empresa canadense Ardexus, esteve no Brasil, onde também manteve reuniões com seus parceiros de negócios.

De acordo com o executivo, um dos diferenciais mais significativos das suas soluções reside no fato de serem totalmente baseadas em metodologias publicadas. Ele oferece duas escolhas para aplicativos de CRM: o Ardexus Mode, que é uma versão completa para CRM, com vendas, marketing e serviços, e o Ardexus WebMode só para vendas e marketing. Ambos aplicam metodologia de vendas patenteada e publicada, a SalesWays OPM – Opportunity Portfolio Management, da Ardexus. Os dois produtos estão direcionados ao mercado B2B com foco entre cinco e mil usuários.

“Estamos priorizando o lançamento e a oferta do Ardexus Mode neste momento, como uma aplicação voltada para automação de vendas e marketing, única a ter embarcada uma metodologia publicada e fácil de usar na sua versão de prateleira”, explica o executivo.

A Ardexus tem também uma versão para a plataforma Lotus Domino da IBM, o que dá novas funções ao produto da Big Blue, devido à metodologia que incorpora, tais como o gerenciamento da carteira de oportunidades como um portifólio de investimentos; método consistente para a avaliação de liquidez e priorização das oportunidades; melhor uso do tempo e máximo esforço em

oportunidades com maior liquidez; melhor previsibilidade e assertividade nas previsões de venda.

Hamoen afirma que a implementação da ferramenta é feita em pouco tempo. “Usualmente se escuta que implementações levam meses, às vezes anos. Nossa abordagem é de que não precisa ser tão difícil. Muitos de nossos clientes não levam mais do que 60 dias para estar no ar. A metodologia embarcada e os programas de treinamento associados ajudam muito e potencializam recursos de customização que diminuem ou mesmo eliminam a necessidade de desenvolvimento, inclusive quando existe a necessidade de verticalização do produto para determinada indústria”.

Outra questão ressaltada por ele é em relação ao custo: “na plataforma Domino ela e baseada na web escalável, totalmente integrada com outras plataformas de e-mail como Microsoft Exchange e aberta a integração com sistemas legados e outras customizações cujos custos são

menos de 20% daqueles exigidos por outras plataformas”.

A oferta de software como serviços, o Ardexus WebMode, é foco da empresa no momento, com o sistema tendo oferecido tanto para instalação (on premise) quanto como serviço (cloud). “Isto dá flexibilidade aos nossos clientes para atingir seus objetivos com o CRM, em particular na automação de vendas e marketing”.

parceriasA Ardexus trabalha com diversos

parceiros, como a Salesways que oferece soluções em vendas, que usa a metodologia OPM na produção de livros, softwares e programas de treinamento, transforma a maneira que os vendedores usam suas habilidades e recursos. Ela potencializa os processos de vendas para maior assertividade, efetividade e melhores resultados.

“Ela apóia os profissionais de vendas a tratar suas oportunidades como um portifólio de investimentos, investindo menos tempo em ganhar mais negócios. Algumas vezes as empresas contratam treinamento para seus times de venda. Infelizmente na maior parte das vezes o conhecimento é perdido em poucas semanas e só resta a esperança dos gestores de que alguma coisa tenha sido retida”, explica Hamoen.

Quanto à questão da operacionalização, a empresa selecionou parceiros em cada plataforma de CRM (Plusoft, MS Dynamics, Salesforce.com, Oracle/Siebel), e para as empresas que querem utilizar o componente de software independentemente de funcionalidades de CRM, oferece o Sales Cycle Manager – On Demand, a ser lançado proximamente, que substituirá as atuais versões stand alone para Windows e Lotus Notes.

“Um dos diferenciais mais significativos das

suas soluções reside no fato de

serem totalmente baseadas em metodologias

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>e-business

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Ser ou não ser cross, eis a questão? A dúvida ainda povoa a cabeça de profissionais de marketing, mesmo no mercado digital. É interessante,

antes de entrarmos na questão propriamente dita, apontar que o primeiro bimestre de 2010 registrou um faturamento no mercado publicitário na web de R$ 144,7 milhões ou 33,9% de crescimento, segundo dados do Projeto Inter-Meios. Mas o segmento ainda nem chega a 5% do total do que é investido em marketing nos mais diversos canais de comunicação.

Em resumo, a participação da web no mercado publicitário ainda é baixa. Para se ter uma ideia do volume que é canalizado em uma campanha, do total de investimentos de uma marca de peso como a Bombril – que gastou algo como R$ 35 milhões em publicidade em 2009 – foram canalizados R$ 700 mil, ou 2%, para investimentos conjuntos em web e mobile.

Os investimentos realizados na web seguem em crescimento

Ideias e subsídios para definir os investimentos corporativos em novas campanhas

deve sempre, ou mesmo em casos específicos, ser cross com o offline, Vitor Knijnik, vice-presidente de criação da Energy, demonstra algumas dúvidas. “Buscamos ainda a melhor resposta. Temos feito um esforço de não separar o offline e o online, e se a campanha já vem pré-formatada é pior. Os maiores projetos devem começar em uma sala envolvendo a criação inteira, para ver se no start conseguimos saber o foco da ideia inicial, que pode partir de algo mais digital ou offline”, argumenta.

A mesma ressalva, com mais contundência, também faz parte do discurso de André Zimmermann, diretor geral da Havas Digital. “Na minha opinião, deve sempre haver uma coerência entre as mensagens lançadas pelos diferentes canais aos consumidores, porém não necessariamente a mesma campanha, com a mesma cara e os mesmos conceitos criativos. Deve-se sempre explorar o que cada meio pode proporcionar de melhor e adaptar-se à linguagem própria de cada canal”, conclui.

constante, mesmo que ainda baixos. “Um bom exemplo é a Citroen, que em 2008 começou a trabalhar em marketing móvel e em 2009 fez mais de 10 campanhas conosco”, relembra Fernanda Magalhães, gerente da Mobext.

Questionado se o marketing digital

Ações de marketing: cross ou segmentada?

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André ziMMErMAnn,

dA HAvAS diGiTAL:

MEnSAGEnS LAnçAdAS

PELoS diFErEnTES CAnAiS AoS

ConSUMidorES dEvEM SEr CoErEnTES

Conferência OutsourcingAmérica Latina 2010

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É o público?O que define então se a campanha

será cross ou não, o perfil do público que se quer endereçar o produto ou serviço pode ser uma premissa importante? “Depende do produto. Mesmo na web, atualmente, temos muitos extratos e perfis de público. É preciso ver como a ideia se adapta melhor. Às vezes o offline é muito caro para focar algumas campanhas e pode ser melhor fazer algo específico para o online”, alerta Knijnik.

Outro item a ser avaliado é a própria verba que se possui. Como se sabe, algumas empresas têm resistência em investir em web, e o que sobra é uma pequena parcela da verba total. Logo, isso força a adaptação da campanha a forma cross, até como forma de tornar as coisas mais baratas.

Para Zimmermann, no entanto, o cross deve ser pensado como a complementaridade que cada meio no plano de comunicação pode gerar, e não como uma mera replicação da mensagem pura e simplesmente. “Assim, toda campanha pode trabalhar os diversos meios, digitais e não digitais”, finaliza.

Outro elemento na equação é que em alguns casos existe uma divisão bem acentuada entre as equipes de criação digitais e offline, até mesmo quando ambas estão na mesma empresa, criando conflitos em relação à ideia de ser cross ou não. “Acho que estamos no momento em que o modelo é transitório. A agência Gringo, por exemplo, trabalhava apenas no digital e agora também cuida de campanhas offline, como as da Anador. Não faz sentido mais ser só digital, não acredito mais nesse modelo. A pressão se é cross ou não passa a ser pela carência de informação mesmo na ponta do cliente”, garante Knijnik.

para mudarNa projeção do executivo, os

departamentos, as consultorias de marketing e as agências digitais migram para o offline, com os dois movimentos em paralelo, em um futuro próximo. “O meio digital ainda é uma cultura específica, com interatividade, mais conteúdo, mistura entre conteúdo e

marca. Por outro lado, deixar a cultura digital confinada também não é mais viável”, alerta.

É certo que o digital ainda requer uma especialização, em função dos processos e da implementação, que diferem muito dos meios offline. Porém, a especialização não deveria ser empecilho para a integração das disciplinas. O Grupo Havas, por exemplo, possui empresas especialistas. A Havas Digital é a divisão digital do grupo e concentra todas as empresas digitais. No caso do Brasil eles possuem

agências mais focadas na comunicação na Internet (Media Contacts e Lattitud), uma empresa focada na comunicação em celulares (Mobext), além da Z+, agência focada no offline e na ativação.

Na prática, o cross pode até sair da web e evoluir para o offline, em um caso reverso, como aconteceu com a campanha de marketing do site hoteis.com. “A primeira coisa no nosso estudo foi que o maior concorrente deles não era ninguém do setor de web, mas a cultura do agente de viagens, da contratação dos pacotes de viagens, ou seja, estava no offline. Tínhamos que mexer com essa barreira, das pessoas criarem o seu roteiro de viagem, ou então lançaríamos algo bacana mas que não teria o menor impacto”, explica Knijnik, da Energy.

O mote da campanha foi investir contra a idéia dos pacotes, algo que seria usado na web e depois também no mundo offline. “A ideia, portanto, antecede a ferramenta. Tem uma necessidade natural de estar no meio .com, uma obrigação. Mas é preciso conhecer o código, que, no caso, era desmontar os modelos tradicionais de turismo”, garante o executivo.

Cross reversoUm conceito importante para

demonstrar a premissa levantada foi a criação de uma webserie chamada de Desempacotando. “Fizemos em Nova Iorque a 1a temporada, com o jornalista Ricardo Freire, da Folha de S. Paulo. Ele fez a viagem dele por meio do hoteis.com e mandamos uma outra pessoa em um pacote de uma grande operadora, e as duas histórias foram sendo comparadas”, revela Knijnik. A ação, de conteúdo, de acordo com o criador, obteve uma boa recepção, graças a abordagem do humor associado a dicas e uma realização estética eficiente.

Com a divulgação na própria web ganhando espaço e sendo sucesso, já foi gravada a 2a temporada da webserie nos mesmos moldes, desta vez no Rio de Janeiro, agora com o contraponto de um pacote de um agente de viagens. “Colocamos um gringo que faz o programa “empacotado” e novamente com o Ricardo Freire pelo hoteis.com. Deve entrar no ar até o final de maio”, explica.

No caminho reverso, a campanha do site evolui dos portais para outdoors, localizados próximos ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo, e também com uma série de páginas na revista Veja. Ambos explorando os problemas da cultura do pacote de viagens.

Questionado se uma empresa .com exige de pronto um cross reverso, Zimmermann acredita que isso no mínimo já pressupõe uma participação do investimento no meio digital maior do que a média do mercado, “porém a lógica de complementaridade dos meios é a mesma”. Como exemplo de cross tradicional ele cita uma campanha da Penalty que, por ser um cliente em comum da Z+ e da Havas Digital, tem todas as campanhas alinhadas entre as agências para extrair o melhor de cada meio e entregar uma comunicação completa e coerente ao consumidor.

Crescimento acima do mercado publicitário como um todo, mas com uma participação ainda

baixa quando se comparada com outros canais, essa é a situação do marketing digital. De acordo com os dados do Projeto Inter-Meios a expansão na web foi de 33,9% no período, contra 24% da publicidade no geral.

Já a participação da Internet é de 4,46% do bolo publicitário brasileiro, acima apenas dos 3,28% da TV paga e distante da TV aberta, responsável por 63,19% do investimento em mídia no Brasil. No total do faturamento de R$ 3,2 bilhões, a web representa meros R$ 144,7 milhões.

acima e abaixo

webSeRie “deSempacotando”

moStRa a integRação doS mundoS fíSico e viRtual a paRtiR de expeRiênciaS ReaiS

não Disponível

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