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ESPM estimula a mobilidade nos campi Compras coletivas atinge a maioridade Gestão da TI se adapta aos novos tempos SAÚDE DE PRIMEIRA LINHA Consultas a distância e atendimento controlado por TI começam a organizar clínicas e hospitais Ano 8 | nº 82 | agosto de 2012 www.tiinside.com.br

Revista TI Inside - 82 - Agosto de 2012

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Revista TI Inside - 82 - Agosto de 2012

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ESPM estimula a mobilidade nos campi

Compras coletivas atinge a maioridade

Gestão da TI se adapta aos novos tempos

saúde de PRIMeIRa

LINHaConsultas a distância

e atendimento controlado por TI começam a organizar

clínicas e hospitais

Ano 8 | nº 82 | agosto de 2012 www.tiinside.com.br

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>editorial Ano 8 | nº 82 |agosto de 2012 | www.tiinside.com.br

A TI que salva vidas

>sumário

Os números dos investimentos na área de Saúde no Brasil são superlativos. Diretamente proporcionais à complexidade de estabelecer políticas públicas e privadas

para atendimento da população, gestão da administração da cadeia que envolve o setor, investimentos em tecnologias e soluções inovadoras para suprir todos os tipos de carências.

Para se ter uma ideia, o Ministério da Saúde informa que, em 2010, o país gastou 8% do PIB, o que equivale a cerca de R$ 160 bilhões/ano. Segundo dados da consultoria IDC, os hospitais públicos e privados devem investir R$ 72 bilhões em tecnologia da informação ao longo de 2012. Já a Abimo, entidade que representa os fabricantes de equipamentos hospitalares, laboratoriais e odontológicos, informa que em 2011 o segmento faturou cerca de R$ 10 bilhões, um expressivo crescimento de 17,7% em relação ao ano anterior.

Mas mesmo esses números superlativos são pequenos se comparados com os Estados Unidos, onde o investimento chegou a 17% da PIB. O que podemos comemorar, no entanto, é que o abismo entre os hospitais clínicas de primeira linha, com tratamentos altamente sofisticados, está diminuindo em relação às grandes filas, a burocracia e a qualidade duvidosa do atendimento público. A matéria de capa dessa edição, feitas pela editora Jackeline Carvalho em parceria com a repórter Danielle Mota, constata diversos projetos utilizando recursos de tecnologia da informação e comunicação que prometem reduzir as diferenças no

atendimento à saúde dos brasileiros.

Comumente os projetos têm início da implantação do prontuário eletrônico do paciente (PEP), uma ferramenta considerada até comum inclusive nos hospitais públicos, mas que possui um alto grau de importância, porque exige ou acompanha a organização e a informatização da retaguarda dos hospitais. E arrumando a casa internamente as instituições ganham visibilidade dos recursos – financeiros, de medicamente e de equipamentos - que podem dispor em benefício do atendimento ao paciente.

Outra reportagem dessa edição mostra que TI também está de cara nova e isso não apenas nos hospitais. Com a consumerização e conceitos de big data e de mobilidade, os usuários ganharam autonomia e aumentaram as dores de cabeça dos CIOs e suas equipes. Mas os sistemas de gestão dos departamentos, uma espécie de ERP setorial, também avançaram e prometem simplificar rotinas.

Uma simplicidade que só o uso intensivo da tecnologia e da internet podem proporcionar. Que o digam os novatos sites de compras eletrônicas, que aos dois anos de idade no Brasil, colhem resultados de gente grande. São mudanças nunca antes observadas. Um laboratório para nenhum usuário ou especialista botar defeito.

Boa leitura!Claudiney Santos

Diretor/[email protected]

Capa: EDITORIA DE ARTE COnvERgE/hAvESEEn/lUCADP/vlADISlAv gAJIC/ShUTTERSTOCk.COM

NEWS4 T-Systems sob nova direçãoIdeval Munhoz assume o comando da empresa no país

6 Google Chrome conquista seu espaçoNavegador ultrapassa um terço do mercado

8 Só para lojasMegasul anuncia software e-Procurement

10 artigoEntendendo as vantagens da migração para o modelo IaaS

INFRAESTRUTURA12 Gestão de TISistemas de monitoramento se adaptam à era da consumerização, big data e da mobilidade

14 acesso wirelessESPM estimula uso de devices nos campi

MERCADO18 Sistemas de energiaFabricantes apontam caminhos para a redução do consumo e da sustentabilidade em data centers

SERVIÇOS32 Supply ChainAutomação da gestão da cadeia de suprimentos volta à cena

INTERNET36 Compras coletivasSites conquistam brasileiros e já movimentam quase R$ 150 milhões por mês

Instituto Verificador de Circulação

Presidente Rubens glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski

EditorClaudiney Santos

RedaçãoJackeline Carvalho

(Comunicação Interativa)

ColaboradoresMarcelo vieira Danielle Mota

TI Inside Online

Erivelto Tadeu (Editor) Bruna Chieco, Fabiana Rolfini e

gabriela Stripoli (Repórteres) leandro Sanfelice (vídeorepórter)

ArteEdmur Cason (Direção de Arte); Débora harue Torigoe

(Assistente); Rubens Jardim (Produção gráfica); geraldo José nogueira (Edit. Eletrônica);

Alexandre Barros e Bárbara Cason (Colaboradores)

Departamento ComercialManoel Fernandez (Diretor)

Carla gois (gerente de negócios); e Ivaneti longo (Assistente)

Gerente de Circulação Patrícia Brandão

Gerente de Inscrições gislaine gaspar

Marketing harumi Ishihara (Diretora)gisella gimenez (gerente)Gerente Administrativa

vilma Pereira

TI Inside é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 603,

CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP.

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Centro Empresarial liberty Mall - CEP: 70712-903 - Fone/Fax: (61) 3327-3755 - Brasília, DF.

Jornalista ResponsávelRubens glasberg (MT 8.965)

ImpressãoIpsis gráfica e Editora S.A.

não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista, sem autorização

da glasberg A.C.R. S/A

CENTRAL DE ASSINATURAS 0800 014 5022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira

Internet www.tiinside.com.brE-mail [email protected]

REDAÇÃO (11) 3138-4600E-mail [email protected]

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GESTÃO22 CapaA nova saúde do Brasil

>news

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A Caixa Econômica Federal contratou a multinacional Indra para a prestação de serviços de TI por um período de quatro anos, em um acordo de R$ 94 milhões. A empresa espanhola prestará serviços

técnicos especializados para o desenvolvimento, manutenção, documentação e sustentação de programas de tecnologia da informação para atender demandas relacionadas às áreas de empréstimo/financiamento e risco de crédito.

Além de garantir a estabilidade operacional dos sistemas, os serviços prestados pela Indra estabelecerão um padrão de gestão dos negócios sustentável e de alta eficiência, propiciando a otimização de recursos, o aprimoramento da qualidade dos serviços, a redução de custos operacionais e maior competitividade.

Uma equipe de 140 profissionais da Indra atuará nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, bases estratégicas do banco, oferecendo uma estrutura técnica para atender a demandas de desenvolvimento de software, executar manutenções corretivas e evolutivas, elaborar documentação e garantir o funcionamento e a estabilidade dos sistemas envolvidos nas duas áreas do banco.

A locaweb informa que obteve expressivos ganhos de eficiência operacional, disponibilidade e agilidade em sua performance a partir de uma

solução de storage fornecida pela Itautec. Segundo o data center, os ganhos de tempo e de economia, sem prejudicar a performance, chegam a 50%.

O projeto, implementado ao longo do primeiro semestre de 2011, desenvolveu servidores customizados para aumentar a densidade de armazenamento de dados no data center da locaweb. A Itautec fornece o hardware, que apoia soluções de computação em nuvem e conta com a tecnologia SSD (Solid-State Drive), pela qual o armazenamento é feito via chips de memória e, por isso, tem menor consumo de energia e maior velocidade na entrada e saída de dados (I/O – Input/Output), o que é essencial em aplicações de storage.

“Conquistamos 50% de ganho de tempo, na comparação com a solução convencional, antes feita internamente por nossos técnicos. Além disso, a solução desenvolvida pela Itautec é 50% mais econômica, sem prejuízo à performance dos nossos serviços”, observa Marcelo leal, arquiteto de storage da locaweb.

A grande vantagem desta abordagem com servidores está nos menores custos operacionais e na manutenção dos requisitos técnicos, o que só é possível graças a uma solução baseada em um software da locaweb, desenvolvido internamente na empresa e que viabiliza o uso dos servidores para fins de armazenamento, com alta eficiência.

Caixa terceiriza desenvolvimento com Indra

Ganho de eficiência

Monitoramento no iPhone

A Allianz Seguros amplia as funções de seu aplicativo para iPhone e agrega o monitoramento em tempo real do trânsito em

20 cidades do país, além de rodovias, para auxiliar o motorista na hora do rush. Em um só lugar, o usuário pode visualizar câmeras das estradas e a situação do trânsito nas grandes cidades. O Allianz Cliente está disponível gratuitamente na App Store para qualquer pessoa que tenha iPhone. Para os segurados, informações sobre toda a rede credenciada de oficinas e médicos da companhia também estão disponíveis. Contam com o serviço de condição de tráfego as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo horizonte, Recife, Salvador, goiânia, Cuiabá, Brasília, Porto Alegre, Fortaleza, Barueri, Diadema, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Osasco, guarulhos e vitória.

T-Systems sob nova direção

Depois da experiência de implantar duas grandes empresas de TI indianas no mercado brasileiro (Satyam e hCl), Ideval Munhoz (foto), recém-empossado managing director T-Systems, tem agora o desafio

de aumentar as receitas de serviços da empresa alemã T-Systems no país (fatura mundialmente 9,2 bilhões de euros) onde já conta com uma operação totalmente estruturada, que soma mais de 2 mil funcionários e 11 sites espalhados em diversas cidades.

Para isso, a empresa fez um alinhamento em grupos de negócios, que envolve os mercados de infraestrutura, gerenciamento de aplicações, outsourcing transformacional, telecom, varejo, finanças e manufatura, com foco especial no segmento automotivo. Ela soma no Brasil cerca de 1500 clientes, dos quais 50 são grandes corporações e as demais são atendidas pelos serviços de EDI (Exchange Data Interface) da cadeia automotiva.

Munhoz explica que vai investir em soluções inovadoras, como o recente centro de desenvolvimento criado para desenvolver soluções baseadas em tecnologia de radiofrequência ( RFID) e em mercado promissores, como o da cadeia da saúde, onde

contabiliza 280 hospitais globalmente.O setor de energia é outra vertical importante, pois segundo Munhoz,

já existe um projeto piloto de medidores inteligentes em andamento com uma operadora de energia local. Além disso, ele está de olho no mercado de gestão de aeroportos, uma vez que a T-Systems tem 78 clientes nos Estados Unidos, Alemanha e Ásia. Outra área de interesse é a de arenas esportivas, pois ela participou da gestão da Copa do Mundo de 2006, know how que está à disposição da administração da Fifa para a Copa de Mundo de 2014 no Brasil.

Também irá contribuir para os resultados o seu centro de desenvolvimento da empresa situado na cidade de Blumenau, que tem 30% de sua receita em serviços offshore, empregando 220 pessoas e que será expandido para chegar a 480 no total.

AnTASK6550_Kyocera-TIINSIDE_agosto.pdf 1 13/08/12 13:10

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A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) apontou uma queda de 9,7% nas exportações de produtos de informática no primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado. As exportações de produtos de telecomunicações, por sua vez, tiveram uma

redução ainda maior, de 34,6% nos seis primeiros meses do ano, na mesma base de comparação.Quando analisadas as importações para o período, foram os produtos de informática que

registraram elevação de 5,5% de janeiro a junho deste ano em relação aos mesmos meses de 2011. Em contrapartida, a importação de produtos de telecomunicações foi 13,7% inferior na mesma base de contraste, de acordo com os dados da Abinee.

A associação alertou para a desaceleração na produção física industrial do setor eletroeletrônico como um todo nos seis primeiros meses do ano. O declínio foi de 10%, um reflexo das vendas fracas no mercado interno. Segundo o presidente da Abinee, humberto Barbato, os empresários ainda estão cautelosos em relação ao ambiente econômico, além de terem as exportações prejudicadas por problemas pontuais, como a situação econômica da Argentina.

Exportação de equipamentos cai quase 10%HUMbERTO bARbATO,

PRESIDENTE DA AbINEE: OS

EMPRESáRIOS AINDA ESTÃO

CAUTElOSOS EM RElAÇÃO AO

AMbIENTE ECONôMICO, AléM

DE TEREM AS ExPORTAÇõES

PREjUDICADAS POR PROblEMAS

PONTUAIS, COMO A SITUAÇÃO

ECONôMICA DA ARGENTINA

Dos usuários de internet em todo o mundo, mais de um terço (33,8%) utiliza o

navegador do google, o Chrome. Foi o que constatou o levantamento da StatCounter para o mês de julho. O software da Microsoft, Internet Explorer (IE), está na segunda colocação, com 32%, seguido do Mozilla Firefox, com 23,7% e uma tendência evidente de queda. Já o Safari, da Apple, está na

quarta posição com 7,1% de participação de mercado.

Em março, o produto do google ultrapassou o rival pela primeira vez no cenário global. A posição ocupada pelo programa varia de acordo com cada país. na América do Sul, é líder desde o fim do ano passado. na China e na Alemanha, em contrapartida, ocupa apenas o terceiro posto, ultrapassado de longe pelo Firefox e o IE.

Google Chrome conquista seu espaço

O faturamento mundial do mercado de outsourcing de TI (ITO) deve totalizar US$ 251,7 bilhões este

ano, o que representa um singelo crescimento de 2,1% com relação a 2011, quando o faturamento foi de US$ 246,6 bilhões, segundo dados do gartner.

De acordo com a consultoria, o segmento com maior expansão neste mercado é o de serviços de computação em nuvem, que este ano deve crescer 48,7%, para US$ 5 bilhões, ante os US$ 3,4 bilhões movimentados no ano passado. Por outro lado, os serviços de data center, que representaram 34,5% do mercado de outsourcing de TI em 2011, tendem a diminuir 1% este ano. Já o segmento de aplicações, ou application outsourcing (AO), deve movimentar US$ 40,7 bilhões, um aumento de 2% em relação a 2011, quando faturou US$ 39,9 bilhões.

Em relação às projeções de mercado por áreas geográficas, o gartner estima que a Ásia-Pacífico cresça 1% este ano e 2,5% em 2013, impulsionada pela grande entrada de capital na Ásia nos últimos cinco anos. no caso da Europa, devido as incertezas econômicas do atual cenário, a projeção é que o mercado de outsourcing registre queda de 1,9% este ano.

Nuvem puxa mercado de ITOMercado global de outsourcing de tI deve movimentar Us$ 251,7 bilhões este ano

MaRKeT sHaRe

33,8%

23,7%7,1%

32%

Google Chrome

Mozilla Firefoxapple safari

Microsoft Internet explorer

>news

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Para complementar seu portfólio de soluções dedicadas à automação do setor varejista, a Megasul

Sistemas, companhia de Tecnologia da Informação especializada neste setor, anuncia o lançamento do software e-Procurement, que visa complementar ao processo de compras identificando as necessidades de reposição de estoques, otimizando giros e evitando rupturas no fornecimento.

“O e-Procurement, disponível em plataforma web, permite que se formalize o processo de tomada de compras junto aos potenciais fornecedores através da publicação da coleta de preços. Os fornecedores, por sua vez, acessam a página web, formalizam sua cotação e as condições de fornecimento para a necessidade de reposição requerida, reduzindo o tempo em relação à operacionalização”, comenta Michele Tiergarten, diretora comercial da Megasul.

Em comparação com sistemas de cotações convencionais, o e-Procurement da Megasul vai além da tradicional cotação. Funcionando de

forma integrada ao ERP da Megasul, a solução faz uma varredura das informações, antecipando de forma inteligente os produtos que estão em falta no estoque.

“As informações extraídas do ERP são altamente confiáveis e baseadas em critérios-chave, como histórico de compras, movimentação de vendas e disponibilidade de estoques. É esse processo de antecipação de dados que inibe ações duvidosas no processo de compra”, esclarece Michele.

Segundo ela, a seleção automática dos fornecedores que já participaram de cotações passadas e o envio automático de e-mails convite para a participação na cotação atual são ferramentas que dão agilidade na composição das ofertas a serem analisadas.

Para a Megasul, a coleta detalhada de informações por fornecedor e a possibilidade de informar condições especiais de negociação são fatores que descongelam a relação comprador-vendedor, bem como mantém o processo organizado e transparente.

Só para lojas

A getnet, fornecedora de soluções para negócios com transações eletrônicas, inaugurou seu novo data

center Tier 3 na cidade de Campo Bom, no Rio grande do Sul. Segundo Rubens gil Filho, diretor de negócios da empresa, o investimento na infraestrutura foi de R$ 10 milhões, em 2011, e a projeção é que os aportes em tecnologia cheguem a R$ 200 milhões, em 2012. “A capacidade de processamento do novo data center garante a sustentabilidade e crescimento do negócio até 2020”, destaca o executivo.

Segundo a empresa, o data center aumenta em três vezes a capacidade instalada e permite um nível de 99.982% de disponibilidade. A classificação Tier 3 (Padrão TIA 942) permite alta disponibilidade e segurança, implicando em manutenções sem parada no ambiente produtivo. Além disso, o núcleo de infraestrutura e produção da empresa conta com 200 técnicos próprios que fazem a monitoração transacional e a monitoração de processos de retaguarda diariamente, durante 24 horas. A capacidade instalada atual permite até 600 transações por segundo.

GetNet investe R$ 10 milhões em novo data center

A Alog Data Centers do Brasil, empresa que faz parte da plataforma Equinix, iniciou a

segunda fase das obras de expansão de seu data center localizado em Tamboré, na grande São Paulo, com investimento de R$ 30 milhões. A inauguração da primeira fase ocorreu há um ano e a expansão estava prevista para iniciar apenas no último trimestre do ano, o que foi antecipado.

A expectativa é que a segunda fase seja inaugurada no primeiro trimestre de 2013, o que gerará capacidade para mais 350 racks, totalizando a disponibilidade de 750 racks. A estrutura do data center se direciona a projetos modulares de colocation, serviços de hosting e computação em nuvem. Atualmente, o data center segue as orientações do ITIl com a certificação Tier III.

Alog ingressa na segunda fase de expansão do DC

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>artigo

Analisando as empresas brasileiras a partir de 2005, podemos notar uma grande quebra de paradigma em relação à cultura de propriedade de equipamentos

de tecnologia. Isto quer dizer que houve a quebra da resistência à opção de alugar ao invés de comprar. Com a dificuldade do crédito, principalmente com a crise de 2007, as corporações foram obrigadas a enxergar novas possibilidades. Então, notou-se que o modelo denominado Infrastructure as a Service (IaaS) ou infraestrutura como serviço encaixava-se muito bem nesse novo cenário, porque, além de eficiente é bastante funcional também do ponto de vista financeiro.

Atualmente, cerca de 30 das 500 maiores empresas listadas pela edição Maiores e Melhores da Revista Exame já trabalham sob o modelo IaaS; em nível nacional são mais de 2.000. na verdade, estamos vivendo o início do momento de glória do IaaS e acreditamos que o pico de demanda ocorrerá nos próximos anos, dado o crescimento econômico do país e os eventos esportivos que serão aqui sediados.

Independentemente do modo como estão sendo organizados, esses eventos já estão obrigando o país a se adequar em termos de infraestrutura física. vamos precisar de novos aeroportos, estádios, pontes, etc, e essas obras demandam um backoffice muito forte, pois as empresas prestadoras de serviços precisarão montar rapidamente ambientes de TI com serviços flexíveis. nosso cenário econômico de reestruturação está possibilitando às companhias enxergarem os planejamentos no longo prazo. Isso está trazendo certo conforto e otimismo para nossa área.

Outro fator favorável ao modelo IaaS é que, com a pressão para diminuição dos orçamentos de TI, as empresas vêm buscando novas alternativas para manterem seus ativos funcionais e atualizados dentro

da necessidade de seus core business. A integração desse serviço é completa e

transparente e vai da compra no fabricante até a configuração de equipamento em cada usuário. Ou seja, o controle, a manutenção e a gestão durante toda a sua vigência ocorrem de uma forma clara. O cliente tem toda essa operação correndo em seu backoffice e a enxerga de forma estratégica. Então, por essa razão, ele não se preocupa, por exemplo, com estoque de peças, reposição, máquina em sua sede e outras espalhadas por suas filiais – tudo isso é responsabilidade de seu prestador de serviços de IaaS.

Help desk interno e no IaaSA diferença entre o atendimento realizado

internamente pelas companhias e a contratação de IaaS é o SlA. Um compromisso com prazos rigidamente estabelecidos em contrato, para atendimento aos usuários e que, se não cumprido, o prestador estará sujeito à pesadas multas.

no IaaS, dificilmente a empresa não será atendida naquele período estipulado por contrato. Isso para o usuário é muito importante porque, normalmente, nas equipes internas, a hierarquia era o que determinava a prioridade de atendimento.

As bases do modelo IaaS preveem

soluções rápidas para os problemas técnicos, pois o fio condutor do serviço é a disponibilidade.

Em relação aos custos, é necessário avaliar o enfoque do que será considerado como valor. Se houver apenas uma comparação do custo da compra e do custo do modelo, sem dúvida, o IaaS será considerado mais caro, porque não estamos falando apenas de uma máquina, mas também do software, da equipe de suporte, da disponibilidade, do financiamento, da taxa de juros e do gerenciamento. Entretanto, visualizando e somando todas as variáveis envolvidas em um contrato e a gestão desse parque, com certeza o IaaS acaba sendo mais barato e vantajoso.

Existe ainda uma vantagem fiscal, mas que só é permitida para empresas de lucro real. no modelo IaaS, as empresas passam a ter um crédito em relação ao PIS/COFInS sobre o valor pago mensalmente ao fornecedor, o que não é possível, por exemplo, no leasing operacional. O modelo IaaS também permite a depreciação total do contrato dentro da sua vigência, alocando todos os custos da operação como despesa, uma vantagem contábil considerável.

hoje, o IaaS é comprovadamente funcional e as empresas conseguem ficar mais confortáveis conforme a sua variação operacional; isso fortalece o modelo e faz dele uma tendência em ascensão. Mas como toda novidade que surge em TI, o IaaS precisa primeiro provar seu valor, o que vem acontecendo mais claramente nesse último ano. Acreditamos ser apenas questão de tempo para que os bons resultados que são entregues diariamente aos executivos de TI e de finanças tragam segurança para que outras empresas experimentem esse novo paradigma.

Cerca de 30 das 500 maiores empresas listadas pela edição Maiores e Melhores da Revista exame já trabalham sob o modelo Infrastructure as a service (Iaas); em nível nacional são mais de 2.000

Entendendo as vantagens da migração para o modelo IaaS

* Diego Peron, presidente da Agasus

NO IAAS, DIFICIlMENTE A

EMPRESA NÃO SERá ATENDIDA NAqUElE

PERíODO ESTIPUlADO POR

CONTRATO

*DIEGO PERON

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>infraestrutura

Os departamentos de TI e suas derivações não são mais os mesmos. E isso aconteceu praticamente sem que o CIO percebesse ou ao

seu total descontrole. Aos poucos, a decisão de compra de novos equipamentos e sistemas foi migrando de um ambiente planejado, com decisões amplamente discutidas e orçamentos estabelecidos, para um espaço em que os usuários escolhem o querem, quando e como utilizam.

Em paralelo, a área de TI também observa que a ampla disponibilidade de tablets, smartphones e outros dispositivos portáteis e conectados à internet também faz surgir uma nova era de produção de informações, batizada de big data. São dados não estruturados que podem ou não servir de informações para as empresas e que, portanto, não podem ser desprezados. Um cenário que, a moda antiga, exigiria um alto controle estratégico, mas que nos dias atuais podem se perder, caso as empresas não estejam preparadas para dominá-los.

Está aí, então, o atual desafio dos sistemas de gerenciamento de ambientes de TI: suportar o CIO e sua equipe no entendimento, nas decisões e nas correções de falhas de um ambiente extremamente ativo e alheio aos muros da empresa. Dados corporativos podem estar no servidor local, mas também na nuvem ou mesmo o smartphone do executivo de vendas, por exemplo, e isso precisa ser controlado de alguma forma, reconhecem os três maiores fornecedores de software de gestão de TI ouvidos para essa reportagem: CA, hP e IBM.

“há um outro fenômeno em curso, a

virtualização, que está aumentando a complexidade da TI. O mundo virtual demanda uma gestão maior, porque as empresas passam a não enxergar aquilo que gerencia”, afirma Silvio Maemura, diretor da unidade hP Software. Segundo ele, o gartner estima que o crescimento médio desse segmento seja de 14% ao ano, com forte tendência de desempenho ainda maior a medida que a adesão à computação em nuvem se consolida.

“Antes a TI ditava as regras do que seria ou não usado dentro das empresas. hoje, ao contrário, com a consumerização, vemos usuários, funcionários e executivos, demandando da TI. Quer usar iPad e se vira para isso”, resume Mario de Figueiredo Costa, gerente de soluções de colaboração e social business da IBM Brasil. “Enquanto era possível controlar, TI padronizava em poucos dispositivos. Agora há a demanda de um software único para controle de end points, seja ele qual for”, relata.

E não apenas isso. Os sistemas precisam monitorar o desempenho das conexões, a qualidade e a performance dos aplicativos, emitir alertas de segurança, além de todas as funções que já desenvolviam no passado. Um desafio que a CA Technologies começou a encarar em junho de 2005, quando iniciou a compra de empresas especializadas em seus segmentos para compor a plataforma substituta do CA Unicenter, a Infrastructure Management, hoje na versão 2.0.

“O Unicenter morreu dentro da CA depois dessas aquisições. hoje temos share, segundo a IDC, porque essas soluções incluem mobilidade, consumerização, big data, redes sociais, e tudo isso trabalha tentando entender vontades do usuário/consumidor e orientar produtos a essas vontades”, diz Rosano Moraes, vice presidente da unidade de negócios enterprise management da empresa.

Os esforços renderam frutos e agora, em 2012, a IDC reconheceu a CA Technologies como líder mundial no segmento de gestão de infraestrutura de TI e também de telecomunicações. no estudo “Worldwide network Management Software and Appliance 2012-2017 Forecast and 2010 and 1h11 vendor Shares*, a consultoria calcula que a receita mundial do mercado de software e aplicações de gerenciamento de redes em 2011 foi da ordem de US$2,5 bilhões, o que significou um crescimento de 9,1% em relação a 2010.

A estimativa é que este segmento da TI cresça a uma taxa CAgR (Compound Annual growth Rate) de 7,5% – de 2012 a 2017, alcançando US$ 4 bilhões. neste segmento, a CA Technologies alcançou um market share

Antes voltados a ambientes controlados, soluções agora precisam suportar o CIo nos desafios da consumerização, big data e da convergência da tI com telecomunicações

jACkElINE CARVAlHO

“o mundo virtual demanda uma gestão maior,

porque as empresas passam

a não enxergar aquilo que

gerenciam”SIlVIO MAEMURA,

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Fabricantes reinventam os sistemas de gestão de TI

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de 14,1% em 2010; e de 13,1% no primeiro semestre de 2011.

ReconhecimentoO autor do relatório, lee Doyle,

gerente geral e vice-presidente de Produtos e Serviços de Infraestrutura e Segurança de Rede na IDC, assim resumiu a oferta da CA: “a CA Technologies acredita que a relação entre desempenho e disponibilidade de infraestruturas e aplicações é a peça fundamental para assegurar o gerenciamento consistente e de alta qualidade das operações de serviços de negócios. Assim, a oferta de gestão de rede/infraestrutura da empresa concentra-se fortemente no gerenciamento unificado e proativo de desempenho, no isolamento inteligente de falhas na infraestrutura e na análise de causa raiz, na análise do fluxo da rede, na entrega de aplicações, no gerenciamento de sistemas físicos e virtuais, e no monitoramento unificado da comunicação. Em conjunto com o CA Application Performance Management (para o gerenciamento da experiência do usuário final, o monitoramento de transações e da nuvem, e para as análise profundas de aplicações), o CA Infrastructure Management é um marco para o portfólio de soluções de Service Assurance da CA Technologies”.

Para a hP, segundo Maemura, a

fabricante criou um conjunto de software dedicado a gerir serviços de tecnologia. Uma espécie de ERP para tecnologia, composto de diversos módulos – gestão de mobilidade, da segurança e da operação. E assim, como o produto da CA Technologies, o novo portfólio tem forte influência de sistemas desenvolvidos por empresas incorporadas pela hP.

Maemura conta que o IT Performance Suite foi configurado nos últimos quatro anos, com forte esforço de integração no último biênio. A plataforma incorporou o Openview – dedicado à gestão de rede e hoje representante de algo como 1% do pacote. Segundo ele, os segmentos de serviços de TI – provedores de serviços gerenciados e data centers, por exemplo, são atualmente os maiores consumidores dessas soluções, juntamente com o segmento financeiro que, cada vez mais, convive com mobilidade e virtualização e já observa o fenômeno cloud computing com bons olhos.

“O terceiro segmento é telecom, porque cada vez mais os serviços nessa área são dominados por dados e não mais voz. As empresas, assim, têm que garantir que o serviço de transporte da informação sejam eficientes”, diz Maemura. O quarto segmento, na visão dele, é governo, que gradativamente migra serviços para a internet. “O Serpro é um dos grandes clientes da hP no Brasil. Usa toda a suíte, porque provê serviços para vários órgãos públicos”, conta o executivo, reforçando que quanto mais complexo é o ambiente de TI, maior a necessidade de gestão.

“Antes a tI ditava as regras do que seria ou não usado dentro das empresas. Hoje, ao contrário, com a consumerização, vemos usuários, funcionários e executivos, demandando da tI. Quer usar iPad e se vira para isso”MARIO DE FIGUEIREDO COSTA, DA IbM

ROSANO MORAES, DA CA TECHNOlOGIES: SOlUÇõES INClUEM MObIlIDADE, CONSUMERIzAÇÃO, bIG DATA, REDES SOCIAIS, E TUDO ISSO TRAbAlHA TENTANDO ENTENDER VONTADES DO USUáRIO/CONSUMIDOR E ORIENTAR PRODUTOS A ESSAS VONTADES

Na tentativa de resolver rapidamente os problemas de qualidade na rede de celular, a

TIM Brasil contratou a Amdocs – especialista no fornecimento de sistemas voltados à experiência do cliente -- para oferecer serviços de gestão nas divisões de negócios wireless, tradicional e de banda larga. Como resultado, a operador espera atender às necessidades de seus clientes e inovar serviços, ao mesmo tempo em que reduz os seus custos operacionais.

De acordo com o contrato, a Amdocs gerenciará os sistemas de suporte operacional (OSS) de todas as linhas de negócios da TIM Brasil, executando o desenvolvimento e manutenção de aplicativos e assumindo a responsabilidade pelos sistemas

legados e todos os contratos de empresas terceiras, fornecedoras de OSS. Na área de sistemas de suporte empresarial (BSS) da empresa, a Amdocs gerenciará os seus produtos usados nas divisões da TIM Brasil, que incluem o conjunto de soluções completas, do pedido ao pagamento, para o novo serviço de banda larga residencial via cabo. O novo centro de operações da Amdocs em São Carlos desempenhará um papel fundamental no fornecimento de serviços de gestão à TIM Brasil.

“O departamento de TI precisa evoluir, acompanhando o crescimento da empresa. Estamos padronizando os sistemas da TIM e a Amdocs é nossa parceira nesse projeto”, disse Luigi Longarini, diretor de TI da TIM Brasil.

TIM BRasIL IMPLaNTa Novos seRvIços de GesTão

alternativa para garantir qualidade de desempenho e, consequentemente, boa experiência ao usuário, independente de onde ele esteja – ou seja, mesmo estando conectados a redes com baixo controle – é dar foco à aplicação, não simplesmente à infraestrutura. Igualmente importante, Maemura pontua a segurança, de modo a evitar que comportamentos “maliciosos” na rede degradem o desempenho do acesso.

“Mesmo com todos esses cuidados, o usuário pode descobrir que há coisas que precisam ser corrigidas. E as vezes vamos constatar que o problema está no código da aplicação”, pondera.

Pensando nessas nuances, a

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>infraestrutura

A ESPM identificou, no ano passado, um comportamento diferente entre seus alunos: a maioria já portava um dispositivo móvel com acesso à internet.

Um fato que, somado às necessidades administrativas da instituição, a demanda de professores dentro e fora da sala de aula e a mudança de hábitos dos funcionários, acendeu a luz de alerta da equipe de TI para a necessidade de rever a infraestrutura de rede da instituição, antes que o aumento dos acessos provocasse um colapso.

A conclusão da análise, segundo Paulo Marsula, CIO da instituição, foi de que a rede não estava defasada, mas apresentava lacunas que não suportavam o aumento do fluxo de informações. “Constatamos que o perfil de uso da rede havia mudado, com um tráfego mais intenso de informações e um grande volume de imagem e acesso a redes sociais, a exemplo do youtube”, conta.

A ESPM está posicionada no ensino das áreas de Comunicação, Marketing e gestão, com quatro campi (dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e outro em Porto Alegre), possui 1200 funcionários e 12 mil alunos. Como praticamente todos os estudantes da Escola são alunos “antenados” no mundo tecnológico – muitas vezes usuários de mais de um dispositivo, segundo Marsula, foi constatada a necessidade de permitir o acesso à internet em qualquer lugar da instituição, de forma que todos os professores, alunos e funcionários pudessem utilizar seus notebooks, smartphones, tablets, entre outros gadgets, dentro dos campi.

Outra necessidade identificada após a constatação de aumento constante e significativo do tráfego de dados foi a de centralização do gerenciamento da rede e a integração dos campi. Durante a verificação do status dos arquivos, gerenciamento e tráfego de informações, a Escola concluiu que seu ambiente de rede era totalmente heterogêneo, com um mix

de equipamentos de diversos fabricantes, não havendo nenhum tipo de gerenciamento centralizado.

SeleçãoPar definir novo fornecedor, Amadeo

h. Magedanz, gerente de Infraestrutura de TI, conta que, como a base da rede dos dois campi de São Paulo era formada de equipamentos da antiga 3Com, empresa comprada pela hP, foi natural padronização da rede com os equipamentos hP, obviamente após a análise de outras marcas.

A fabricante propôs uma solução padronizada de rede lAn, wireless e de gerenciamento para todas as unidades da Escola. Assim, a gestão passou a ser feita por meio do sistema IMC (Intelligent Management Center), já implantado. A ferramenta oferece visibilidade e gestão remota de todos os sites e é capaz de gerenciar redes cabeadas e sem fio. na ESPM, são cerca de 100 os pontos de rede administrados pelo IMC.

Ao longo do projeto de migração, o time da hP dividiu o projeto em três fases para manter o acesso aos conteúdos educacionais e materiais de pesquisa em todos os ambientes da Escola sem

interrupções. A primeira etapa se concentrou em São Paulo, onde fica a matriz e foi desenvolvida ao longo do mês de outubro.

Foram instalados dois backbones de 10 gb/s, switches da série hP A12500 para o core da rede e de switches hP série A5500 para as bordas da rede lAn, além do Access Points hP série 2620 para Wi-Fi e de controladores de acesso hP WX5004. Cada sala de aula da ESPM em São Paulo recebeu um ponto de acesso (Access Point) para garantir que os estudantes possam utilizar seus laptops, smartphones e tablets durante as aulas.

O próximo desafio será implantar a infraestrutura de redes da hP nas cidades de Porto Alegre e Rio de Janeiro até julho de 2012, para que até o final do ano que vem todas as unidades da ESPM possam contar com o ambiente padronizado.

De acordo com Magedanz, o projeto está levando a ESPM para uma nova era tecnológica. “A ESPM fez um grande avanço em sua infraestrutura de redes com as soluções da hP. hoje, podemos dizer que estamos com uma solução integrada e uniforme. Do nosso data center até a parte de distribuição e gerenciamento de rede, nós estamos realmente em um patamar diferenciado”, comemora.

BYODSegundo Marsula, a equipe de TI

buscou “uma solução que atendesse a todos os alunos, que não têm mais apenas um device, mas dois ou três”. A infraestrutura de alta velocidade e amplamente disponível, em todos os espaços da ESPM, estimula, segundo os executivos, o uso da rede por parte dos alunos e, consequentemente, a aquisição de novos devices.

“Eles preferem usar os seus dispositivos pessoais, a consumerização”, diz Amadeu, ao responder a questão sobre a compra institucional de tablets para os alunos, como fizeram outras instituições de ensino. “E neste ponto a rede gera benefícios. hoje o aluno chega mais cedo no campus para usar a rede. E usa bastante”, finaliza.

na era do BYod (bring your own device), instituição de ensino troca infraestrutura de rede em seus quatro campi para acelerar a navegação de alunos, professores e funcionários na internet

jACkElINE CARVAlHO

AMADEO H. MAGEDANz,

GERENTE DE INFRAESTRUTURA

DE TI E PAUlO MARSUlA, CIO DA ESPM (SENTADO)

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ESPM estimula a consumerização

Untitled-2 1 06/08/2012 18:05:43

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Redução do consumo passa por sistemas de energia e refrigeração mais eficientes com soluções físicas, serviços e melhores práticas

Com a proliferação de grandes data centers em todo o mundo, e a um ritmo particular-mente intenso no Brasil, a necessidade de

energia elétrica cresce. CIOs, CTOs e CFOs precisam conhecer e gerenciar o consumo não só pela eterna obrigação de reduzir custos, mas também devido à cobrança pública por mais sustentabilidade nas corporações.

“Esses dois drivers são importantes”, pondera o gerente de desenvolvimentos de negócios em energia e utilities na América do Sul da logica, Marcello Martino. “A energia não está barata e os recursos estão cada vez menos disponíveis. Depois vem a sustentabilidade, o componente social. Todas as empresas estão preocupadas e investindo cada vez mais em soluções sustentáveis. É importante mostrar aos consumidores e acionistas essa preocupação.”

A logica é uma multinacional de origem inglesa que atua no Brasil desde o início dos anos 2000 fornecendo soluções para o setor de utilities (como smart grid) e para empresas de outros segmentos interessadas em gerenciar e reduzir o consumo de energia. A forte demanda vem de vários setores da indústria e mesmo do governo, inclusive de municípios, preocupados com o mau uso do recurso.

“Participamos do projeto de um porto na Europa no qual estávamos preocupados com os atendimentos emergenciais. Esse sistema gerenciava energia, acesso, deslocamento, equipes de segurança, tudo em uma plataforma distribuída, com novos tipos de iluminação controlada por uma

corporação. A partir daí cria-se um desenho eficiente da solução, com inteligência embarcada em plataformas de gestão que integram todos os componentes do data center, desde os painéis de meia e baixa tensão, transformadores, servidores, UPS, ar-condicionado de precisão, controle de acesso, iluminação etc.

“Todos os nossos produtos e soluções, hardware e software, são concebidos para garantir um uso mais eficiente de energia. Tipicamente conseguimos obter até 30% de redução quando participamos do projeto desde o desenho até a instalação”, diz o vice-presidente da unidade de negócios de TI da Schneider Electric, Jesús Carmona.

Mas se a redução de custos é um fator importante, a sustentabilidade na construção de grandes infraestruturas de TI, pelo menos no Brasil, ainda é mais clichê do que realidade. Segundo Carmona, há “tanta demanda por

MARCElO VIEIRA

Consumo deenergia x sustentabilidade

>mercado

central, ou mesmo de forma automática. Também conseguimos fazer a otimização dos custos em uma estrada que se iluminava de acordo com o fluxo”, conta Martino.

Calcular o retorno sobre o investimento (ROI) de soluções de gestão e economia de energia nem sempre é simples, pois podem ser considerados tanto os benefícios tangíveis (no qual se incluem principalmente recursos econômicos) como os intangíveis (ou seja, aqueles que impactam a imagem da empresa, ou a produtividade dos funcionários e equipamentos). “Cada vez mais esses benefícios intangíveis ganham importância e se tornam passíveis de medição”, diz Marcello Martino. “Tipicamente projetos de gestão energética se pagam em dois ou três anos.”

Fator BrasilPara a gigante do setor de energia,

Schneider Electric, a economia depende do entendimento do padrão de consumo e da necessidade da

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centros de dados que a agilidade na construção é prioridade e o cliente sacrifica eficiência por rapidez na implementação. Ou seja, compra uma solução mais rápida, que responde a necessidade a curto prazo, mas não necessariamente a médio e longo.”

Carmona acha que já existe conhecimento suficiente para construir data centers verdes no país, e os clientes gostariam de tê-los, mas não estão dispostos a pagar mais por isso. Apenas a eficiência energética desperta interesse, mas por questões de redução de custos.

RefrigeraçãoAinda em data centers, pontos

centrais da infraestrutura de TI de empresas cada vez mais conectadas, observa-se o crescimento da importância dos sistemas de refrigeração. Segundo um estudo da Panduit, refrigeração, iluminação, transformadores e perdas energéticas correspondem a 48% dos gastos com energia de um centro de dados. Os outros 52% são de responsabilidade dos equipamentos de computação.

“A principal preocupação dos CIOs é não ter pontos com concentração de ar quente dentro dos data centers, mas isso está muito mais ligado a distribuição de ar do que ao próprio ar-condicionado”, explica Marcos Santamaria, engenheiro de aplicação das Indústrias Tosi e instrutor do Datacenter Dynamics. “O segundo maior consumidor dentro do data center são os equipamentos de ar condicionado. Portanto a eficiência deles é essencial para reduzir custos.”

A Tosi atua no mercado de equipamentos de refrigeração para o setor de tecnologia há pouco mais de dois anos, a partir da participação em um projeto de data center para um grande banco multinacional. O carro chefe da empresa são os chillers (coração do sistema de ar condicionado, responsável pela troca térmica), que contam com compressores centrífugos com mancais magnéticos. Esse tipo de equipamento de precisão substitui o óleo pela mesma tecnologia dos trens de levitação, o que reduz o atrito e, consequentemente, os custos de manutenção e o consumo de energia.

Segundo Santamaria, um data center operando 24/7 que adote esse tipo de equipamento tem um ROI

calculado entre um ano e meio e dois anos. Essa eficiência também pode ser útil a hotéis, hospitais e outros estabelecimentos que operam em tempo integral, pois esse regime de funcionamento encurta o tempo de retorno do investimento.

“O nosso grande mérito foi miniaturizar o compressor centrífugo e aplicar um chiller”, explica Santamaria. “Outra diferença é que não existiam esses compressores com condensação a ar, só a água. hoje posso ter chillers operando com compressores centrífugos e condensação a ar. Do ponto de vista energético se consome um pouco mais, mas eles eliminam o uso de outro recurso natural que muitos não levam em conta: a água.”

A expectativa da Tosi é grande,

primeiro por estar explorando o mercado de data centers do zero, e depois pela grande expansão verificada nos últimos anos. grandes instituições estão atualizando seus centros de dados ou construindo novos para atender essa demanda.

CorredoresDurante muito tempo, boa parte dos

profissionais de data center acreditou que a eficiência energética estava ligada somente à capacidade dos equipamentos de ar-condicionado, quando na verdade o posicionamento dos equipamentos desempenha papel igualmente importante no fluxo de ar. A Panduit é uma das empresas cujas soluções se preocupam com a gestão da capacidade energética do centro de dados, fazendo com que o fluxo de ar assuma papel essencial dentro do rack.

“Esse modelo mais sustentável de data centers usa o sistema de corredores quentes (para onde o ar que sai dos servidores e switches é expelido) e frios (no qual ocorre a entrada de ar). A meta é levar os equipamentos o mais próximo possível de uma eficiência ideal, e para isso há acessórios adequados”, diz Diogo Avelino, engenheiro de sistemas responsável pela área de pré-venda da Panduit.

Entre as soluções comercializadas pela empresa estão sistemas de confinamento que preservam a área do corredor frio, isolando o ar gelado para os servidores e switches. Para o corredores quentes existem chaminés acopladas na parte superior do rack, tornando a temperatura do ambiente o mais uniforme possível. Os Cool Bots, por sua vez, são produtos que organizam os cabos que saem do rack para baixo do piso elevado, evitando a retenção e a circulação irregular de ar.

“Sem mexer em nenhum equipamento, só remodelando o espaço do data center e fazendo investimentos a curto prazo, é possível reduzir o consumo de energia em até 33%”, garante Avelino.

Dono de uma das energias elétricas mais caras do mundo, a preocupação com o consumo energético nas infraestruturas de TI no Brasil pode encontrar paralelos em países mais desenvolvidos. Estima-se que em 2025 mais de 10% da energia elétrica vendida nos EUA será para atender data centers. hoje são 3%. “Um ambiente sustentável deixou de ser simplesmente desejável para tornar-se uma necessidade”, diz o especialista da Panduit.

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“data center brasileiro sacrifica eficiência por rapidez na implementação”jESúS CARMONA, SCHNEIDER ElECTRIC

“todas as empresas estão preocupadas e investindo cada vez mais em soluções sustentáveis”MARCEllO MARTINO, DA lOGICA

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>gestão

Hospitais de primeira linha, com tratamentos altamente sofisticados, ainda contrastam com as grandes filas, a burocracia e a qualidade duvidosa do atendimento público. no entanto, projetos utilizando recursos de tecnologia da informação e comunicação prometem reduzir as diferenças no atendimento à saúde dos brasileiros

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Mesmo com a estabilidade econômica registrada nos últimos anos, o Brasil não ampliou e nem reviu os

recursos direcionados à saúde da população, investindo bem menos que a metade de nações como os Estados Unidos, por exemplo. Para se ter ideia, segundo o Ministério da Saúde, em 2010 o país gastou 8% do PIB em saúde, o que equivale a cerca de R$ 160 bilhões/ano. Já os EUA investem 17% do seu PIB neste segmento. Um retardo que, somado ao aumento da população e ao crescimento da classe C, evidencia problemas crônicos do setor, mas também mostra avanços feitos na área de tecnologia da informação e comunicações, na tentativa de barrar o caos.

“O país está começando a tomar passos importantes para ser uma referência no setor de saúde, mas ainda há muito que se fazer. Temos clientes com um alto nível de integração de processos e sistemas, e outros que ainda precisam atender necessidades básicas para, então, buscar uma solução de tecnologia da informação. Apesar disso, temos um mercado grande no Brasil que começa a receber atenção global”, conta Francisco Sapori, diretor geral de healthcare IT da gE healthcare América latina.

É consenso que a aceleração dos aportes nos recursos de TIC no setor de saúde pode minimizar a negatividade dos baixos investimentos, pois contribui para a estruturação de dados, de forma que se construam informações mais completas, com forte impacto no processo decisório de um hospital. E a experiência da Mv – um dos grandes provedores de sistemas integrados de gestão hospitalar no Brasil – mostra que esse movimento tem apenas 10 anos.

Como lembra luciano Regus, diretor geral da companhia, na década de 90 a maioria dos grandes hospitais de alguma forma desenvolveram os seus sistemas próprios para processar os seus dados. Já em 2000 iniciou-se o processo de substituição desses sistemas por plataformas integradas de gestão, e nesta atual década a tendência é de otimização de todos estes sistemas, com os investimentos partindo mais do setor público que não investiu nos últimos anos.

Com a informatização e a automação

dos processos, os especialistas defendem que o setor de saúde ganha agilidade e precisão na tomada de decisão, inclusive de compra de novos equipamentos para a operação. “Se eu tenho um sistema que me ajuda a obter informações sobre o tipo de patologia mais recorrente, quais as áreas médicas mais requisitadas, o volume de pacientes atendidos por dia, é possível gerar o conhecimento necessário para definir qual equipamento hospitalar comprar, quais profissionais contratar, o investimento que devo reservar para

DANIEllE MOTA E jACkElINE CARVAlHO

A nova saúde do brasil

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“o país está começando a tomar passos importantes para ser uma referência no setor de saúde, mas ainda há muito que se fazer”FRANCISCO SAPORI, GE HEAlTHCARE AMéRICA lATINA

“o sabará tinha todo o sistema em papel e entraram no projeto de hospital sem papel por entenderem que é uma tendência. o grande lance é a comunhão entre a instituição e as operadoras de saúde/convênios em não terem mais papéis”MIlTON AlVES, DO HOSPITAl SAbARá

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ãOcriação de novos leitos, qual recurso

destinar ao estudo de novos tratamentos, etc.”, defende a advogada Patrícia Peck, especialista em direito digital.

Assim, o setor, na visão dela, ganha muito com o prontuário eletrônico do paciente (PEP), por exemplo, porque gera desde economia, devido a diminuição do volume de papel, até mais agilidade no acesso à informação dos dados de saúde do paciente, algo que ainda pode ser superado com a implantação do PEP unificado. “hoje, tecnologia na saúde diminui fraude, elimina papel e permite aumentar o espaço para leitos”, classifica.

Mas essa ainda não é a realidade predominante, e o resultado do baixo investimento brasileiro é visto pela Tv. Perda de vidas por falta de atendimento, hospitais sucateados, grandes filas, ausência de médicos generalistas e especialistas, população descontente, são denúncias comuns, primeiro pela falta de recurso e depois pela má aplicação dos parcos orçamentos dos hospitais públicos, além, é claro, das grandes dimensões brasileiras.

“A geografia do país contribui para as divergências, pois contamos com uma grande diversidade de culturas, necessidades e estruturas, dificultando muito uma maior padronização de soluções”, afirma lucrecia Oliveira, diretora da Benner Sistemas, unidade de negócios especializada em software de gestão empresarial da globalweb Data Services Corp. “Encontramos nos grandes centros soluções não estruturadas de gestão e uma crescente demanda pela implantação de prontuário eletrônico do paciente, realidade ainda um pouco distante quando se visita o interior do país”, completa.

ações Mas o caos da saúde pública tem

levado à mobilização, como se registra em instituições públicas e privadas de grande porte e que, aos poucos, está sendo disseminado por todo o sistema. Os novos projetos de tecnologia da informação na área da saúde visam não só automatizar os processos de atendimento como a gestão da retaguarda das instituições, e puxam os orçamentos de TI, fazendo com que, juntos hospitais públicos e privados tracem uma estimativa de investimento de R$ 72 bilhões em tecnologia da informação ao longo de 2012.

Uma fração desses aportes, segundo os especialistas, ainda estará orientada à

gestão hospitalar, caso do hospital Felício Rocho, de Belo horizonte, que integrou a maioria das funções cotidianas – automatizadas até então por diversos sistemas de gestão hospitalar – em apenas um pacote integrado, fornecido pela Mv. A plataforma, segundo a gerente de tecnologia da informação do hospital, Cássia Amorim Pereira, substitui

sistemas de fornecedores distintos e que não continham todos os recursos e funcionalidades necessários para a gestão clínica e administrativa do hospital, pois não eram integrados. “Uma mesma

nota fiscal era lançada em dois sistemas distintos, gerando retrabalho e inconsistência de informação”, exemplifica Cássia.

Dessa forma, o hospital Felício Rocho, que conta com 1700 funcionários e corpo clínico de 530 médicos, registrava perda de produtividade dos setores, além de não contar com sistemas de prontuário eletrônico; de custos e orçamento; e ferramentas de business intelligence (BI).

Tudo superado depois da instalação da plataforma Mv. Com 320 leitos e realizando 1.400 internações e 3.500 procedimentos cirúrgicos mensais, o hospital de Bh conta hoje com um sistema que agiliza e organiza o processo de faturamento, fornecendo ferramentas de controle e, consequentemente, melhoria de resultados. Além disso, a plataforma gerou melhorias no controle dos processos, beneficiando todas as áreas da instituição - enfermagem, administração, farmácia, bloco cirúrgico e atendimento.

Cássia Pereira lembra, por exemplo, que a implantação do novo sistema foi decisiva para eliminar o problema de legibilidade por meio do prontuário

eletrônico. “Os documentos e prescrições médicas informatizados garantem controle rigoroso dos processos, e a segurança do paciente”, explica.

Até o controle de acesso nas portarias passou a ser realizado pelo sistema da Mv, assim como a gestão de estoque, que ganhou mais precisão. “O sistema avisa quando os produtos estão vencendo, e se é necessária a reposição”, diz, ao destacar que os painéis de leitos, distribuídos nas 14 Unidades de Internação, CTIs e Bloco Cirúrgico, passaram a permitir a visualização das principais informações dos pacientes, o gerenciamento de leitos pelos enfermeiros e o status das cirurgias. Esses painéis, segundo ela, também foram instalados nas diretorias para a apresentação dos indicadores, que podem ser acessados pelos gestores de cada área em tempo real.

Esforços públicosÉ claro que a iniciativa privada

concentra boa parte dos investimentos

seGuNdo o MINIsTéRIo da saúde, eM 2010 o País GasTou 8% do PIB eM saúde, o que equIvaLe a CeRCa de R$ 160 BILHões/aNo

>gestão

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em TI, mas há também projetos bem sucedidos do setor público, como o do governo no Distrito Federal que deve concluir o projeto de integração dos 14 hospitais, 17 laboratórios, uma UPA e 63 centros de saúde no final deste ano. A iniciativa envolve e permitirá não apenas uma melhor gestão da saúde, mas também o uso de informações integradas para análise de dados e realização de ações preventivas junto à população.

A tecnologia implementada pela Intersystems conta com um portal onde todos os exames realizados pelos cidadãos que passam pela rede pública são armazenados e registrados no Prontuário Eletrônico de cada um. Atualmente, cerca de 3 milhões de pessoas têm seu histórico médico registrado no sistema, incluindo consultas, diagnósticos e exames realizados nos estabelecimentos da rede de saúde.

RetaguardaOutro exemplo, e desta vez para

suprir demandas internas, de administração dos materiais utilizados pela sala cirúrgica, o Instituto Central do hospital das Clínicas da FMUSP – que atende, em média, 5000 consultas diariamente e tem quase mil leitos – adotou o controle eletrônico do fluxo de estoque e a utilização dos materiais. A medida trouxe maior produtividade, pois agilizou o trabalho dos enfermeiros e profissionais do almoxarifado, além de acelerar as atividades dos gestores, que podem visualizar dados mais confiáveis e fazer comparações, em prol de maior assertividade na compra dos materiais.

Segundo a gerente de TI do Instituto, Maria lorena Escamez, anteriormente à solução tudo era feito manualmente, por meio de formulários, com a seguinte dinâmica: a área de almoxarifado do Centro Cirúrgico passava o material para a sala cirúrgica; e após o uso, era preenchido o formulário e após (laudo) com as quantidades e a devolução dos rótulos anexados. “O procedimento, no entanto, era lento e pouco confiável. não tinha como extrair dados confiáveis, pois o levantamento tinha que ser feito manualmente”, detalha.

Além disso, Maria diz que havia perda de produtividade. “Quando havia preenchimento de dados errados, era necessário refazer toda a documentação e colher novas assinaturas”, conta. A solução, então, também teve o objetivo de controlar efetivamente o laudo de

Órtese, Prótese e Materiais Especiais – OPM, que, segundo Maria, são materiais de elevado custo.

Atualmente, diz ela, é possível comparar o que o hospital gasta de material com os reembolsos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, assim, levantar facilmente informações para a melhoria do fluxo financeiro. “O resultado foi a efetiva redução de custos de material e do desperdício”, afirma.

Também preocupada com a produtividade, a Santa Casa de Maceió adotou o sistema de compras eletrônicas da Bionexo desde 2009 e contabiliza resultados positivos contínuos, chegando, em 2011, a 26,40% de economia nos gastos com medicamentos e insumos. hoje as compras realizadas pela instituição no sistema chegam a 92%, e

além da economia alcançada, o uso da ferramenta eletrônica garante não só agilidade como o registro detalhado de todo o processo, facilitando a organização das informações, o trabalho interno e a prestação de contas.

prontuário eletrônicoJunto com os sistemas de prontuário

eletrônico, as aplicações de business intelligence (BI), os sistemas de indicadores clínicos, assistência de enfermagem, mobilidade e PACs, são os campeões de demanda, atualmente. Importante alavanca na decisão de automação de processo em hospitais, a implantação do prontuário eletrônico do paciente (PEP) tem aparecido como o primeiro passo para o fim do uso do papel nas instituições de saúde, não só para cortar custos, mas também para aumentar a produtividade e a segurança do paciente.

Em parceria com a seguradora SulAmérica, o hospital Sabará, em São Paulo, é uma das instituições que está próxima a atingir o objetivo do “papel zero” em todas as fases de atendimento ao paciente, inclusive na prescrição e administração de medicamentos, procedimentos que passam a ser controlados por assinaturas eletrônicas, reconhecidas por certificados digitais.

“O Sabará tinha todo o sistema em papel e entraram no projeto de hospital sem papel por entenderem que é uma tendência. O grande lance é a comunhão entre a instituição e as operadoras de saúde/convênios em não terem mais papéis”, conta Milton Alves, diretor de TI do Sabará. O projeto será finalizado em 31 de agosto, quando a expectativa é que tudo esteja digitalizado e seja assinado digitalmente. “Todos os médicos e o corpo de enfermagem estão recebendo os cartões de certificação e simulando processos”, declara o executivo.

Carlos nogueira, diretor geral da Intersystems para América latina, uma das maiores fornecedores de sistemas para a área de saúde, classifica os investimentos em recursos de TI e comunicação pelo sistema de saúde brasileiro em três fases: “num primeiro momento houve uma corrida por sistemas de gestão voltados à otimização de processos administrativos internos. Depois, as instituições passaram a direcionar seus investimentos para sistemas de gestão clínica, aqueles que envolvem os

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lUCIANO REGUS, DA MV: NA DéCADA DE 90 A MAIORIA DOS

GRANDES HOSPITAIS DE AlGUMA FORMA

DESENVOlVERAM OS SEUS SISTEMAS PRóPRIOS PARA

PROCESSAR OS SEUS DADOS. já EM 2000

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Para ganhar tempo, reduzir custos e riscos no atendimento a pacientes, duas importantes instituições de saúde, instaladas em São Paulo,

decidiram equipar médicos e enfermeiros com dispositivos móveis que controlem medicamentos e horários de administração à beira do leito. O hospital Paulistano comprou tablets e o Sírio libanês optou por PDAs, mas ambos com o mesmo objetivo: aumentar a segurança do paciente.

no hospital Paulistano, que reúne mil colaboradores, um número igual de internações por mês e realiza 700 cirurgias, o sistema de prescrição médica eletrônica, instalado nos tablets, permite a comunicação direta do médico com a farmácia, que dispensa os medicamentos.

Segundo o gerente de TI do hospital, Márcio lessa, após a prescrição médica, e nos horários indicados, a medicação é automaticamente solicitada à farmácia, que identifica o produto pelo código de barras. no leito, o profissional de enfermagem utiliza o tablet para consultar todas as informações referentes ao paciente, que porta uma pulseira também codificada para a sua identificação.

Com isso, o hospital, que já tem o sistema funcionando em quatro setores - o décimo andar, UTI, Ala vIP e Oncologia, totalizando 80 colaboradores envolvidos diretamente - ganhou produtividade. “Anteriormente, o processo de prescrição de medicação era controlado manualmente, o que provocava, por exemplo, dificuldade de interpretação da

letra dos médicos e, em caso de dúvidas o corpo de enfermagem perdia tempo para entrar em contato com o médico e solicitar esclarecimento”, explica o gestor de TI.

Resultado semelhante obteve o corpo de enfermagem do hospital Sírio libanês, que investiu R$ 1 milhão no seu projeto de PDAs e já observa ganhos de eficiência. Desde março de 2012, o hospital gerencia a administração de medicamentos a pacientes de forma eletrônica, usando 160 Personal Digital Assitant (PDAs), da Motorola. Cerca de 2000 colaboradores revezam o uso dos equipamentos, no atendimento a pacientes ocupantes dos 370 leitos da instituição.

Margareth Ortiz de Camargo, superintendente de tecnologia da informação da Instituição, informa que o

projeto teve o objetivo principal de conceder mobilidade ao corpo de enfermagem, possibilitando ganhos de agilidade, produtividade e “aconchego ao paciente”, a partir da premissa de segurança já existente na Instituição. “O grande diferencial é a mobilidade”, explica Margareth.

Checagem eletrônicaPara que não haja falhas, o processo

segue a seguinte rotina: dentro do sistema de informação é realizada a prescrição do médico; a enfermagem faz o aprazamento (designa os horários corretos que a medicação será aplicada, seguindo a orientação do médico); e as informações são cadastradas no sistema. Dessa forma, no momento que a medicação chega ao leito: “nós bipamos a pulseira do paciente, o crachá do profissional e o código de barras do medicamento. Isso me remete ao sistema, que vai ainda checar a dose e o horário”, explica Margareth.

Segundo ela, esse conjunto de regras garante que o paciente receba a medicação na dose certa, acrescentando confiabilidade e, consequentemente, diminuindo potencialmente a possibilidade de erros.

A metodologia de segurança, no entanto, não é uma novidade de 2012. Já em 2008, a Instituição fazia o mesmo processo, mas por meio de um desktop localizado ao lado do leito do paciente. Todavia, Margareth ressalta o custo como um entrave do antigo método. “Eu uso um computador inteiro e ainda tenho que pagar a licença de uso dos software

Hospital Paulistano e Hospital sírio-Libanês adotam dispositivos móveis para gerenciar medicamentos oferecidos a pacientes

MARGARETH CAMARGO, DO SíRIO

lIbANêS: DESDE MARÇO, HOSPITAl

GERENCIA A ADMINISTRAÇÃO DE

MEDICAMENTOS A PACIENTE USANDO

PDAS DA MOTOROlA

Mobilidade à beira do leito

prontuários eletrônicos dos pacientes. Já numa terceira fase, que eu diria ser a atual, o que tem se discutido bastante são sistemas que promovam o compartilhamento das informações de saúde entre diferentes instituições, sejam elas hospitais, laboratórios ou clínicas”.

Mesmo já em um nível mais elevado, a advogada Patrícia Peck alerta que o

setor ainda carece de um padrão de integração consolidado para a troca eficiente de informações. “Os benefícios: são maior agilidade na troca de dados; disponibilidade da informação; geração de

conhecimento a partir de dados estruturados, e otimização de recursos. “Isso tudo pode contribuir para melhorar o atendimento na área da saúde”, conclui.

IdC: HosPITaIs PúBLICos e PRIvados deveM INvesTIR R$ 72 BILHões eM TeCNoLoGIa da INFoRMação ao LoNGo de 2012

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telemedicina e medicina robótica aproximam médicos e pacientes promovendo a universalização do atendimento de qualidade

Procedimentos na telinha

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) aplicadas à área da saúde passam por um momento de grande maturação.

Aos médicos e enfermeiros, elas se apresentam como fortes aliadas na busca pela diminuição de falhas e maior segurança para o paciente. Assim, as práticas de telemedicina, medicina robótica e adoção de sistemas que auxiliam na aplicação e cálculos cirúrgicos já não são experiências e se apresentam como facilitadoras e até mesmo meios de tornar mais barato e rápido o acesso a um atendimento de maior qualidade.

Raphael Castro, gerente comercial da Wareline do Brasil, cita como exemplo, o fato de um médico hoje conseguir orientar, de dentro de um hospital em São Paulo, uma cirurgia que está sendo feita em Manaus e ainda contar com sistemas de monitoramento que possam dar a ele a dimensão exata de uma incisão, além de imagens com alta definição de todos os diagnósticos do paciente.

A telemedicina, segundo ele, tem se destacado pois promove a interoperabilidade de todos os agentes de relacionamento com o paciente, como operadoras, médicos, hospitais, clínicas, laboratórios e o governo, possibilitando uma visão mais ampla dos serviços de saúde para, principalmente, colocar técnicas mais avançadas e tratamentos cada vez mais seguros à disposição do paciente.

João Aguiar, system engineer da Polycom, afirma, porém, que o conceito vem avançando nos últimos anos, mas ainda carece de melhor conhecimento para ampliar sua adoção. “Diversos hospitais e universidades já adotaram a telemedicina como ferramenta de discussão de casos e educação continuada, mas a falta de infraestrutura impede o avanço para as regiões que mais carecem de informação e especialistas”, comenta.

Para ele, a telemedicina não se apresenta como uma alternativa, mas como a base para que o conhecimento seja amplo a todas as regiões. Além disso, pode ser uma ferramenta fundamental na redução dos custos do sistema de saúde como um todo e atuar

no diagnóstico rápido de AvCs. O exame de fundo de olho apresentado aos especialistas remotamente evita que o paciente sofra com deslocamentos exaustivos e possíveis sequelas profundas, o que onera o custo do sistema de saúde.

O núcleo de Telessaúde (nUTES) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) investiu em uma sala de telepresença imersiva com tecnologia Polycom, visando melhorar a qualidade do atendimento em saúde para a população do Estado e trazer eficiência e rapidez aos serviços prestados. A solução, instalada no hospital das Clínicas (hC) da UFPE, propicia a colaboração a distância, por meio da troca de informações de vídeo e áudio

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da Microsoft, e isso gera custos à Instituição”, afirma.

Além disso, ela conta que os pacientes relatavam alguns incômodos, como as luzes do aparelho ligadas durante toda a noite, e a entrada de um técnico de informática no quarto, caso o computador apresentasse algum problema. “Em 2008, achamos que era esse o caminho, conseguimos fazer a segurança, a ideia foi boa, mas o mecanismo não estava legal, precisávamos dar mais mobilidade”, conta.

nessa época, Margareth relata que a mobilidade para o processo de administração à beira de leito já era pensada pela equipe de TI, “mas quando estudamos tecnicamente o hardware e o software que a gente tinha naquela época, o hardware não correspondia”, justifica. Ela destaca a importância de fazer testes antes de decidir pela solução, principalmente por conta da quantidade de leitos existentes no hospital.

Outra barreira encontrada na época

era a rede wireless. A Instituição não contava com todo o espaço do hospital com instalação de rede sem fio. E por conta desses entraves, o hospital atrasou o projeto de mobilidade. Em 2009, a equipe passou seis meses estudando qual seria o melhor hardware para esse tipo de aplicação, e iniciou a implantação total de rede wireless. A partir do final daquele ano, o desenvolvimento da solução começou a acontecer, e foi finalizado após um ano e meio.

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>gestãoem hD entre a instituição e outras unidades da rede de saúde no Brasil e no mundo.

Segunda opiniãoDe acordo com a Dra. Magdala de

Araújo novaes, coordenadora do nUTES e do grupo de Tecnologias da Informação em Saúde (TIS) da UFPE, graças a essa oferta de telessaúde dentro do hC, é possível ampliar os serviços de assistência, educação e suporte aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a sala possibilita a discussão clínica entre médicos a distância, a obtenção de uma segunda opinião para casos complexos, teleeducação, entre outros serviços. “São recursos que nos permitirão atenuar a carência de especialistas em locais afastados e a renovação de processos na educação

continuada para profissionais da área médica, sem a necessidade de

deslocamento”, explica Magdala. A RedenUTES, que encabeça este

projeto, oferece para mais de dois mil profissionais de saúde, educação a distância, e promove a atualização das últimas descobertas na área. Os planos da instituição para o futuro prevêem a ampliação da cobertura do sistema, atingindo unidades de saúde da família localizadas nos 185 municípios que compõem o Estado de Pernambuco. A iniciativa incentivará as parcerias com a rede pública de saúde, criará novos processos colaborativos, fortalecerá a integração ensino-serviço para aprimoramento da formação dos futuros médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas e promoverá a implantação de pontos de telessaúde em outras unidades da rede e de novos serviços, como o telediagnóstico.

Preocupado com o envelhecimento da população, dr. Luiz Tizatto, CEO da Unicare Saúde, conta que a empresa oferece um serviço que consiste em

aparelhos de captura de sinais vitais como pressão sanguínea, oximetria, temperatura, peso, nível de glicemia, que são conectados via bluetooth a um receptor que transmite as informações a uma central onde os dados são analisados e armazenados -- por sinal de internet ou rede celular, a exemplo de um celular comum.

Dessa forma, o paciente é monitorado 24 horas por dia, sem interrupções. Atualizados a cada 30 segundos, os dados podem ser acessados pelos profissionais autorizados de qualquer computador com acesso a internet, tablet ou smarthphone, em tempo real e de forma eficaz. Todos os dados são criptografados e a segurança da informação é tratada como prioridade.

“O objetivo não é substituir a consulta médica, mas complementar o atendimento oferecendo uma orientação de qualidade a distância”, observa Tizatto, lembrando que as aplicabilidades da tecnologia são imensas. Ela pode ser usada tanto em monitoramento de pacientes crônicos que sofrem de diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, doença broncopulmonar obstrutiva crônica, como em tratamento de antibioticoterapia, por exemplo. Nesse caso, o paciente recebe a infusão intravenosa anteriormente no hospital e posteriormente em domicilio com monitoração contínua, o que evita reinternações, aumenta o seu conforto e racionaliza custos. “Nos Estados Unidos e Europa, o serviço já é amplamente difundido sendo, muitas vezes, custeado pelo governo através de programas de prevenção e promoção a saúde”, informa o CEO da Unicare Saúde.

Segundo ele, a expectativa é que em 2050, de 20% a 30% da população do mundo, dependendo da região, será

maior de 65 anos. Assim como o envelhecimento da população cresce, cresce o número de condições crônicas e seus custos. O setor da saúde todo enfrenta uma situação insustentável e tem que lidar com um enorme desafio.

“A solução de telemedicina integra nossa cadeia de serviços dando agilidade e precisão às informações coletadas na casa do paciente que, integradas a um serviço de home care, gerenciamento de pacientes crônicos e APH (Atendimento Pré Hospitalar), otimizam a resposta da central de saúde, ajudam a manter os pacientes mais estáveis e possibilitam a educação e acompanhamento em tempo real do paciente por familiares, médicos e pelo próprio usuário que na maioria dos casos faz um ciclo de feedback positivo”, diz.

A Unicare aliou-se à Vivo|Telefônica para desenvolver uma solução totalmente nacional e voltada para realidade brasileira que estimule a prevenção e promoção de saúde através do uso de tecnologia interagindo com o paciente. Trata-se de ferramenta de educação, acompanhamento dos sinais vitais em tempo real e um sistema de social network que permite aos mesmos interagirem com pessoas em situações semelhantes possibilitando a troca de informações e o comprometimento do paciente com o auto cuidado.

O projeto teve orçamento inicial de R$ 1 milhão e prevê aportes contínuos buscando atualização e o desenvolvimento de uma inteligência baseada nos dados e situações coletados a fim de prever situações de agravos a saúde que podem ser evitadas através de uma intervenção precoce.

Sendo usado atualmente por 85 pacientes, o projeto tem expectativa de retorno em 4 a 5 anos, com ganhos de qualidade de vida dos usuários, prevenção e controle de doenças crônicas.

INovação

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gestão eficiente dos parceiros passa por investimento em tecnologia, mas melhora produtividade e rentabilidade das empresas, afirmam especialistas

Automação da cadeia de suprimentos volta à cena

DANIEllE MOTA

As empresas sabem da importância de Supply Chain, mas ainda não realizam os investimentos necessários.” A

afirmação do gerente de marketing de Operações da neogrid, luiz Fernando Melo gripp, não está sustentada apenas em uma opinião. A empresa realizou uma pesquisa, em maio de 2012, com 152 executivos de SCM - todos de empresas de Bens de Consumo, sendo que 80% dos entrevistados eram de empresas de grande porte. Como resultado, 96% dos executivos disseram que processos de colaboração entre indústria e varejo “contribuem” ou “contribuem muito” para superar desafios. no entanto, 82% dos executivos afirmam que a sua empresa “não pratica” ou ainda “pratica de forma modesta” a colaboração com a cadeia de suprimentos

atender um determinado mercado. Dessa forma, ele comenta que o

resultado é a dificuldade de as empresas tomarem decisões assertivas sem um planejamento suportado por ferramentas analíticas, que permitam considerar de maneira integrada as questões inerentes à cadeia de suprimentos.

A integração também é valorizada por Melo gripp, da neogrid. “Informação e tecnologia são a base para importantes tomadas de decisão, e em relação a ambas, um dos principais desafios é fazer com que as empresas entendam que, com o compartilhamento de informações, todos os elos da cadeia serão beneficiados, gerando uma relação ganha-ganha”, considera.

Mesmo com todas as dificuldades,

A pesquisa também constatou que as principais carências do setor são: menores custos logísticos; informações mais precisas; atrasos de fornecimento; falta de visibilidade e alta oscilação da demanda. Como obstáculos, Oscar Porto, diretor de negócios da gapso – empresa especializada na oferta de sistemas analíticos de planejamento na área de supply chain - relata os vários fatores relacionados ao tamanho do país (como diversidade de modalidades de transportes, mercados com características diferentes, empresas com produção em várias fábricas e vários centros de distribuição) e, principalmente, o modelo tributário extremamente complexo, que muitas vezes é o fator determinante para saber como

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“Informação e tecnologia são a base para importantes tomadas de decisão, e em relação a ambas, um dos principais desafios é fazer com que as empresas entendam que com o compartilhamento de informações todos os elos da cadeia serão beneficiados, gerando uma relação ganha-ganha”lUIz FERNANDO MElO GRIPP, NEOGRID

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o segmento de Supply Chain vem apresentando crescimento no país, situação decorrente, principalmente, do atual momento econômico. “Com a globalização da economia e a introdução de e-commerce, o segmento ganhou espaço, uma vez que para ser competitivo neste novo cenário as empresas precisam racionalizar seus processos produtivos em toda a cadeia e, para isso conhecer a realidade das operações é fundamental”, argumenta Marlene Diaz, diretora de Sourcing do Mercado Eletrônico.

Segundo ela, as melhores práticas do setor foram amadurecidas inicialmente na indústria automobilística. “E hoje percebemos os demais setores da economia se estruturando”, afirma, acrescentando que o crescimento do segmento de supply chain é um caminho sem volta.

Porto retoma as constatações da pesquisa feita pela neogrid: “o mercado brasileiro começa a entender a importância desses procedimentos, e estamos percebendo uma preocupação maior das empresas em estruturar processos decisórios e em incorporar ferramentas de inteligência”, afirma.

Segundo ele, o próprio crescimento do Brasil e as mudanças que temos vivenciado nos últimos anos aceleraram a necessidade de se começar a pensar e estruturar processos da cadeia logística e produtiva com apoio da tecnologia de decisão. E a mudança vem em boa hora, na leitura de Roque Cifu, consultor de logística da Accenture, já que em diversos setores industriais as atividades de supply chain consomem até 70% das vendas líquidas das empresas. “Pode-se concluir que ter eficiência no supply chain é fundamental para a sobrevivência de muitas empresas”, pondera.

OutsourcingDiante dessa necessidade, vem

ganhando espaço nos planejamentos estratégicos das corporações a prática do outsourcing da gestão dos processos de supply chain. Marlene Diaz, diretora de sourcing do Mercado Eletrônico, ressalta que o modelo gera ganho de eficiência na resposta adequada dentro das variações de demanda, sem impactar o custo fixo de uma empresa.

experiência desse fornecedor em determinada operação”, indica.

A gapso, por exemplo, possui experiência em outsourcing no transporte aéreo de passageiros para plataformas das empresas exploradoras de petróleo. “A nossa unidade de logística, a gols, oferece sistemas web especializados. Assim, os fornecedores das operadoras podem cadastrar a demanda de transporte pela internet, e toda a coordenação de vôo é feita pela gols”, intera.

SaaSDe acordo com Marlene, a

evolução tecnológica torna, em termos de custos e complexidade, as soluções mais acessíveis, o que ela considera ser vantajoso especificamente para os processos do segmento de supply chain, que “demandam um nível de integração entre empresas e softwares extra-empresa como nenhum outro”, posiciona.

Por isso, a oferta de software como serviço (SaaS) também tem atraído atenções. Trata-se de um modelo baseado em custos baixos e que preserva os benefícios das soluções. Para Porto, porém, a contratação dos softwares de gestão do supply chain nesse modelo ainda é algo incipiente, apesar de já haver movimentos positivos.

Ele comenta que os sistemas da gapso, que são utilizados em operações de logística offshore, já contemplam o modelo. no entanto, afirma que “muitas empresas ainda não se sentem seguras em trabalhar com essa oferta, apesar de já abrirem precedentes para que os serviços sejam incorporados em processos que não são o core do negócio.”

Cifu explica ainda que a procura por soluções SaaS ocorre mais regularmente para atividades de planejamento da cadeia logística, como o planejamento da demanda. Segundo ele, este serviço pode ser baseado em cloud computing, se as necessidades exigirem mais flexibilidade para guardar dados, pois, entre outras vantagens, o cliente pode pagar apenas pelo espaço ou capacidade que utilizar.

no caso do Mercado Eletrônico, por exemplo, as ofertas visam integrar o fluxo de informações das áreas

“Estamos vivendo tempos de demanda em alta, o que leva as organizações a buscar este tipo de solução para dedicar seu pessoal interno a temas mais próximos do seu negócio principal”, acredita.

Os benefícios gerados com a concentração das empresas no core business, direcionando, assim, a gestão de determinados componentes da operação às empresas especializadas são fartos. Porto elenca alguns: “a prática (outsourcing) resulta em menos preocupação e dor de cabeça, melhor qualidade de serviço e, indiretamente, é também uma maneira de aproveitar a própria

“estamos vivendo tempos de demanda em alta, o que leva as organizações a buscar este tipo de solução para dedicar seu pessoal interno a temas mais próximos do negócio principal da empresa”,MARlENE DIAz, MERCADO ElETRôNICO

>serviço

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relacionadas a supply chain, incluindo o fornecedor, especificamente por meio de soluções SaaS, com base em cloud computing. na prática, Marlene destaca como solução SaaS um catálogo previamente negociado, sendo disponibilizado para os requisitantes a partir de uma análise prévia de demanda, o que “agiliza o re-suprimento de peças de manutenção, e integra fornecedores e compradores”, informa.

Já a neogrid criou uma plataforma de colaboração global da cadeia de suprimentos baseada na nuvem (cloud computing). O modelo se volta à promoção da sincronização da cadeia de suprimentos e já conquistou empresas como Mexichem e a Basf. A última “consegue colaborar com suas transportadoras, dando mais agilidade aos processos”, garante Melo gripp.

pequenas e médiasAs vantagens destacadas pelo

outsourcing otimizando o segmento de supply chain das empresas são claras. no entanto, as pequenas e médias empresas (PMEs), “em termos de ferramentas analíticas de planejamento, estão ainda bastante longe desse tipo de tecnologia”, declara Porto.

Ele informa que muitas delas ainda estão no processo de consolidação dos seus sistemas transacionais (ERPs). “Imagino que nos próximos anos elas começarão a incorporar elementos dessa cultura que já estará bastante consolidada nas grandes corporações”, diz.

Marlene concorda. Para ela, a procura de pequenas e médias empresas por serviços de outsourcing é pequena, “o conceito de fazer fora o que não é core-business ainda é visto como algo difícil de mesurar resultados em curto prazo, principalmente porque tais empresas só estão avaliando o preço final, e não os benefícios de melhoria operacional”, explica.

no entanto, apesar de concordar que os números das PMEs, comparados às grandes corporações, são realmente menores, Melo gripp afirma que essa realidade está mudando. “É cada vez mais comum a prática de outsourcing nas pequenas e médias”, alega.

Os motivos principais para o início

trata-se de um segmento com alguns percalços, mas a previsão é superá-los com a adoção de soluções que integrem os processos e os negócios. As novas opções tecnológicas, como o uso de cloud computing, são alternativas cada vez mais utilizadas. As oportunidades de soluções de outsourcing desses serviços é uma realidade que também se expande.

“O contexto de SCM no Brasil vem evoluindo a passos largos pelo crescimento da economia e pela profissionalização da gestão dos negócios exigidas pela competição global”, posiciona Melo gripp.

Para Cifu, os competidores não só conhecem os desafios logísticos como depositam grande confiança nos sistemas de automação de processos. “Muitas empresas contam com supply chain integrado com dezenas de fornecedores locais e internacionais e entendem que o funcionamento de suas cadeias de suprimento depende de uma cadeia ampla de eventos, onde a existência de infraestrutura adequada exerce papel relevante”, destaca.

Porto acrescenta ainda que o Brasil

está vivendo um processo extremamente importante em relação ao supply chain. Por esse motivo, ele considera que as expectativas nesse setor são, de fato, promissoras, principalmente porque as empresas estão “sentindo a necessidade de incorporar inteligência nessas operações para depender menos das pessoas.”

Por outro lado, ele comenta que as companhias estão se conscientizando da importância de gerentes mais capacitados. E, a partir de todas essas mudanças, é possível, segundo ele, aproveitar de uma melhor maneira os benefícios e resultados que a tecnologia pode trazer.

“A adoção de melhores práticas no ambiente de supply chain implica mudanças culturais, processuais, capacitação de gestores e incorporação de novas ferramentas. não é um processo rápido, mas veio para ficar, alavancando o crescimento das empresas e do país”, finaliza Porto.

da inserção dessas empresas, segundo ele, são três: “o mito da complexidade já não existe mais, já que os projetos podem ser adotados gradativamente; os custos diminuíram, pois os recursos podem ser compartilhados e pode-se tirar

proveito do modelo SaaS; e “as empresas grandes, como já perceberam que os benefícios são grandes, começaram a estender seus projetos para seus parceiros de negócios, motivando as empresas de menor porte a aderirem”.

Para exemplificar, Cifu cita a terceirização da área de transporte como atividade da cadeia de abastecimento amplamente utilizada por pequenas e médias empresas. Segundo ele, a prática é antiga e tem se expandido para outras atividades, como armazenagem, separação e preparação dos pedidos e manufatura. “As empresas de todos os tamanhos utilizam o outsourcing, mesmo que não o chamem por este nome”, conclui.

Futuro promissorA indicação da pesquisa da

neogrid é um reforço para a afirmação dos especialistas na área de supply chain no Brasil. De fato,

“o supply Chain é uma das bolas da vez. A adoção

de melhores práticas implica

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processuais, capacitação de

gestores e incorporação

de novas ferramentas.

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É possível atingir a maturidade em apenas dois anos? Se falamos do acelerado mercado de compras coletivas no Brasil,

possivelmente a resposta é sim. Desde que os primeiros grandes players abriram operações no País, em meados de 2010, e após uma demanda explosiva, observa-se nos números desse mercado um misto de faturamento sólido e crescimento sustentável.

Segundo dados compilados pelo InfoSaveme, serviço que monitora mais de 400 sites de compras coletivas em atividade no Brasil, o setor faturou R$ 148,6 milhões só no mês de maio, com 2,1 milhões

de cupons vendidos a um ticket médio de R$ 69,12. Um mês antes, o faturamento havia sido de R$ 142 milhões. Em março, R$ 138 milhões. Só em 2011 foram 20,49 milhões de pedidos com faturamento de R$ 1,6 bilhão, e quase 10 milhões de novos consumidores.

“A adesão dos consumidores ao mercado de compras coletivas foi muito rápida no mundo todo, inclusive no Brasil. Acredito que a razão reside na atratividade do modelo tanto para empresários como para consumidores”, explica o vice-presidente para América latina do groupon, Patrick Schmidt. “Conforme esses negócios se tornam maduros, os

em dois anos, sites de compras coletivas conquistam o usuário brasileiro e já movimentam quase R$ 150 milhões mensais

MARCElO VIEIRA

Maturidade precoce?

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“A adesão dos consumidores ao

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inclusive no Brasil. Acredito que a

razão reside na atratividade

do modelo tanto para empresários

como para consumidores”

PATRICk SCHMIDT DO GROUPON

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consumidores ficam mais conscientes e seletivos sobre o quê e onde comprar. Por isso ainda vemos um crescimento sólido em vendas e assinantes.”

Além de afastar o risco de bolhas econômicas, outra boa consequência da maturidade atingida pelo mercado de cupons é a própria relação com os estabelecimentos parceiros. Se de início boa parte deles sofreu com a falta de planejamento das ofertas – que resultou em consumidores insatisfeitos e lojistas no prejuízo –, o aprendizado permitiu uma relação comercial mais sadia.

“no começo, um site colocava, por exemplo, uma oferta de mil cupons de massagem de um pequeno estúdio. Ele não tinha ideia de quanto ia vender e se o lojista ia conseguir atender”, explica heitor Chaves, sócio-fundador do portal Saveme. “nesses dois anos o site passou a saber quantos cupons vai vender em determinado dia, horário e preço. O mercado nasceu do zero e foi à R$ 1,6 bilhão de faturamento em um tempo muito curto, no qual a curva de aprendizado teve que ser acelerada.”

Esse princípio, segundo o empresário, valeu tanto para os sites quanto para os estabelecimentos, que começaram a entender como os cupons realmente funcionam e a desenhar melhor as ofertas. “Os estabelecimentos que lançaram mais de sete ofertas nesses anos são aqueles que hoje mais ganham dinheiro, pois aprenderam e continuam fazendo. Eles agora sabem que produto tem que mudar e como trabalhar com o consumidor quando ele chega na loja.”

Todos os gostosA e-bit, empresa do grupo

Buscapé especializada em informações de comércio eletrônico, realizou em fevereiro uma pesquisa de satisfação do consumidor de cerca de 120 sites. Os resultados, segundo a empresa, revelam que o usuário diferencia com clareza o papel do portal e dos parceiros. Bares, casas noturnas e restaurantes são os produtos favoritos: em uma escala de 1 a 5, a nota média dada pelos compradores aos estabelecimentos que vendem esses

os estabelecimentos. “Agregamos sites com apenas 20 ou 30 parceiros, e que trocando as ofertas durante o mês conseguem viver tranquilamente. Eles sabem que tipo de ofertas precisam fazer, possuem uma boa base de e-mails e relação com o consumidor (SAC)”, pondera.

Conhecer bem o local em que se atua é outro fator a ser considerado, mesmo no caso de um gigante do setor. “não existe mercado global para o groupon”, diz seu vice presidente para America latina, Patrick Schmidt. “Cada país e cada cidade é diferente, com seus gostos e tendências. O Brasil é um dos maiores mercados do mundo, com mais de 21 milhões de assinantes que economizam aproximadamente R$ 2 bilhões em descontos nos últimos dois anos.”

Para ter sucesso na operação, os especialistas recomendam como primeiro passo a construção de uma eficiente infraestrutura de atendimento ao usuário. Muitas das reclamações são originadas por

situações facilmente resolvidas. É importante ter atenção ao usuário, e uma vez que ele estiver fidelizado, as ofertas vão vender naturalmente. O primeiro passo é ter um atendimento e uma ferramenta que seja boa para o usuário.

O segundo é escolher bem os estabelecimentos que ele vai trabalhar. Sempre conhecer o estabelecimento. Será que meus amigos gostariam de ir a esse estabelecimento? Esses são os pilares para montar um site hoje.

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itens ficou em 4,2.Em todas as categorias, o site

em que a oferta foi comprada recebeu melhores avaliações do que os parceiros. Chegou-se a conclusão de que a probabilidade de o consumidor retornar ao site é

10% maior do que a de voltar ao lojista. “Daqui para frente o setor deve se estruturar e se profissionalizar cada vez mais, seguindo o fluxo natural de polarização com os grandes players. Os pequenos deverão ser adquiridos ou atuar no long-tail, explorando a segmentação”, explica a diretora da e-bit, Cris Rother.

Para heitor Chaves, do Saveme, a especialização é importante para aprimorar a curva de aprendizado de todos os envolvidos no negócio, e o segredo é saber trabalhar bem com

HEITOR CHAVES, DO SAVEME: EM DOIS

ANOS O SITE PASSOU A SAbER

qUANTOS CUPONS VAI VENDER EM

DETERMINADO DIA, HORáRIO E PREÇO.

O MERCADO NASCEU DO zERO E

FOI à R$ 1,6 bIlHõES DE

FATURAMENTO EM UM TEMPO MUITO

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ACElERADA

FaTuRaMeNTo aLToReceita mês a mês dos portais de compras coletivas, segundo o InfoSaveme:

Faturamento Mês Cupons VendidosR$ 148,6 milhões Maio 2,1 milhõesR$ 142 milhões AbrilR$ 138 milhões Março

eM doIs aNos os sITes de CoMPRas CoLeTIvas aPReNdeRaM a eNTeNdeR o CoNsuMIdoR. saBeM quaNTos CuPoNs vão veNdeR eM deTeRMINado dIa, HoRÁRIo e o PReço IdeaL

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