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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 1 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016 ÓRGÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES FEDERAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO • Fundada em 02/12/1981 R. Álvaro Alvim, 21/2º andar CEP:20031-010 • Sede Própria • Tel/Fax: (21)2532-0747 - 2240-2420 • MENSAL • ano XXXIII - Nº 344 - DEZEMBRO 2015/JANEIRO 2016 • IMPRESSO 2016 Seja bem-vindo

ÓRGÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES FEDERAIS NO … · donça Rodrigues. Ela foi a primeira corregedo-ra-geral da União no governo Morre em Brasília Anadyr de Mendonça Rodrigues

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JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br1 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

ÓRGÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES FEDERAIS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO • Fundada em 02/12/1981R. Álvaro Alvim, 21/2º andar CEP:20031-010 • Sede Própria • Tel/Fax: (21)2532-0747 - 2240-2420 • MENSAL • ano XXXIII - Nº 344 - DEZEMBRO 2015/JANEIRO 2016 • IMPRESSO

2016 Seja bem-vindo

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 2DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Márcio Alemany Presidente

A APAFERJ soma seu es-forço à coirmã ANPPREV

na luta pela conquis-ta dos honorários e aguarda a reunião de 18 de janeiro, às 14h para, de forma afina-da, continuar prestan-do sua colaboração/contribuição. A hora é esta, sem adiamentos ou perda de tempo. O pontapé inicial da formidável dupla Meire e Mota está promoven-do uma revolução para que se efetive a unida-de de ação política a

favor de uma Advocacia Pública ainda mais forte e coesa na luta de sua histórica missão, provida de todas as garantias constitucionais para seu exercício institucional. A luta pela aprovação da PEC nº 443/09 não esfriou como muitos pensam e o PL nº 4254 de 2015 foi lenitivo ou mero engodo para que fiquemos paralisados e conformados com es-ses aumentos ridículos impostos pelo Governo. Pretendem essa parali-sia e ainda penalizam os Advogados Públicos ina-tivos com a supressão do merecido pagamento do subsídio. Sabiam que não ficaríamos de braços cruzados, mas prosseguem no curso do proselitismo para a obtenção do obstinado

massacre aos inativos, sempre os culpados por todos os males, fazen-do a média desejável da gestão temerária já exibida e conhecida nas páginas dos jor-nais. Alguém tem que pagar essa conta, então e mais uma vez que paguem os inativos. O MAPA – Movimento dos Advogados Aposenta-dos da AGU – foi criado para que essa defesa houvesse e doravante permanecesse até a Vitória Final. Pena que na hora exata em que as fusões das demais Associações que con-gregam a nossa corpo-ração de Advogados Públicos começam a acontecer, nos vimos forçados a criar esse MAPA, que não terá o chamado exercício

paralelo, mas sim mais específico em sua ur-gente missão. Teria sido melhor para todos nós, ativos e inativos, que tivéssemos uma ação uníssona, com mani-festação unânime de todas as Associações na defesa legítima dos inativos. Ativos hoje, amanhã inativados. Mas como já dissemos, sem perda de tempo, viven-ciaremos novamente a mesma rotina de nossas lutas, indo ao Congresso Nacional na busca de que se cumpra o texto Constitucional, prática exercida nesses últimos trinta e cinco anos de nossa Entidade Ma-ter. Sempre repetimos nessas ocasiões, ao lembrar que os que che-garam após inúmeras conquistas, já encon-

traram a “mesa pos-ta” e a “cama feita”. Os Procuradores da União inativos, pois, são merecedores do recebimento desses honorários que fica-ram entesourados nos cofres dos Governos que se sucederam por todas essas décadas. E, se usaram esse dinheiro, foi de forma indevida, deveriam ter partilhado o mesmo com quem o produziu, hoje, em sua maioria, inativados, que não devem ser excluídos ou ainda com direi-to apenas a valores pré-fixados em crité-rio não divulgado ou acerto de única con-veniência. Estaremos sempre unidos em mais essa luta que não será inglória.

Honorários já

O vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores Fede-rais (ANPAF), Rogério Filomeno Machado, es-teve presente na reunião organizada pelo Movi-mento dos Advogados Públicos Aposentados (MAPA), na tarde dessa segunda-feira (18), em Brasília.

Os representantes do Movimento expuseram a reivindicação de que as Associações lutem pela inclusão dos inativos e pensionistas na percep-ção dos honorários su-

cumbenciais, no texto do PL 4254/2015.

Na ocasião, o vice--presidente da ANPAF ressaltou que o momento é delicado, pois o Gover-no ficou irredutível para a inclusão dos inativos na percepção dos hono-rários. Entretanto, afir-mou que as Entidades Representativas decidi-ram, desde o princípio, que assinariam o acordo com o intuito de lutar até o fim no Congresso para que esses membros re-cebam essa parcela. “Te-mos que nos unir e apre-

sentar uma Emenda que a AGU aprove, para que os parlamentares vejam que o Governo apoia e com isso deem essa aprovação”, explicou.

Estiveram presentes no encontro diversos representantes dos ina-tivos, entre eles a fun-dadora da ANPAF, Dra. Maria Santíssima Mar-ques, o diretor financeiro da ANPAF, José Expedi-to de Freitas, o ex-presi-dente da Associação Ro-berto Giffoni e o vice-pre-sidente da APAFERJ, Rosemiro Robinson.

Nova reuniãoAo final da reunião, os

representantes do MAPA decidiram que haverá um novo encontro, ainda sem data marcada, que contará

ANPAF participa de reunião com o Movimento dos Advogados Públicos Aposentados (MAPA)

com a presença de espe-cialistas para que seja pro-movido um debate acerca da redação da proposta de Emenda ao Projeto de Lei a ser apresentada.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br3 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Atendendo ao convite do Movimento dos Advogados Pú-blicos Aposentados da AGU – MAPA, a APAFERJ, repre-sentada pelo Vice-Presidente, Dr. Rosemiro Robinson Silva Junior e pela Diretora Adminis-trativa Adjunta, Dra. Maria Au-xiliadora Calixto, participou, em 18 de janeiro do ano em curso, da reunião realizada na sede da ANPPREV, quando foi tratada a seguinte pauta:• PL 4254/2015,• Os direitos dos advogados públicos aposentados sobre os honorários advocatícios de su-cumbência.• Ações coordenadas a serem desenvolvidas no Congresso Nacional para inclusão desses direitos no PL.

Como é notório, o referido PL resultou da atuação conjunta do Advogado-Geral da União, Dr. Luiz Inácio Adams e do Ministro do Planejamento, Orçamentos e Gestão, Dr. Nelson Barbosa,

contendo a Ementa a seguir:“Altera a remuneração de

servidores públicos, estabele-ce opção por novas regras de incorporação de gratificação de desempenho às aposentado-rias e pensões, altera os requi-sitos de acesso a cargos públi-cos, reestrutura cargos e car-reiras, dispõe sobre honorários advocatícios de sucumbência em que forem partes a União, suas autarquias e fundações, e dá outras providências”.

Registre-se que a extrema iniquidade que enodoa o PL sob análise está inserta nos incisos I e II do § 3º do artigo 31, ex-cluindo aposentados e pensio-nistas do rateio dos honorários, menoscabando o profícuo tra-balho exercido por esses apo-sentados durante uma geração e, fundamentalmente, afron-tando os expressos termos da Constituição Federal, que insti-tuiu a PARIDADE entre ativos e inativos, cabendo ressaltar que

APAFERJ Defende os Direitos dos Advogados Públicos Federais Aposentados

as Emendas Constitucionais nos. 41 e 47, posteriores à Car-ta Magna, mantiveram íntegro o conceito de PARIDADE nela estabelecido.

Evidencie-se que, desde a primeira hora, a APAFERJ e a ANPPREV repudiaram a es-drúxula proposta governamen-tal, defendendo, de modo vee-mente, os irrecusáveis direitos dos Advogados Públicos Fede-rais Aposentados, de que re-sultou a criação do Movimento liminarmente mencionado, com a finalidade precípua de lutar pela supressão da cláusula in-justa e inconstitucional.

A nota da ANPAF, a respeito da matéria publicada nesta edi-ção, menciona alguns dirigen-tes que participaram da aludida reunião, cabendo acentuar que a representação da APAFERJ, na medida em que porfia pelos direitos dos aposentados, está lutando também pelos direitos dos que se encontram em ativi-dade, os aposentados de ama-nhã.

Torna-se profundamente in-

tolerável e absurdo que o Go-verno Federal, mais uma vez, pretenda marginalizar e excluir os aposentados e pensionistas vítimas prediletas dos atos go-vernamentais, servindo como exemplo a Emenda Constitu-cional nº 41/2003, que menos-prezou, sem qualquer cerimô-nia, duas Cláusulas Pétreas da Constituição Federal: o direito adquirido e o ato jurídico perfei-to, impondo aos aposentados e pensionistas o pagamentos da contribuição previdenciária e, ainda, reduzindo drasticamente os valores das pensões.

Fiquem certos os associados da APAFERJ de que esta Asso-ciação, irmanada à ANPPREV, que iniciou a campanha contra a prevalência da injustiça e da iniquidade, lutará, sem esmore-cimento, até a última instância, pelos legítimos e cristalinos di-reitos dos aposentados e pen-sionistas, no sentido de que seja restabelecido o império da Lei, do Direito e da Justiça, pi-lares de verdadeiro Estado De-mocrático de Direito.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 4DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Por Felipe Recondo Brasília

Morreu na noite na terça-feira 5 de janeiro, em Brasília, aos 80 anos e em decorrência de um câncer, Anadyr de Men-donça Rodrigues.

Ela foi a primeira corregedo-ra-geral da União no governo

Morre em Brasília Anadyr de Mendonça Rodrigues

Fernando Henrique Cardoso. Antes, atuou como advogada, procuradora da República e subprocuradora-geral da Repú-blica. O último cargo ocupado por ela foi de corregedora-geral do Distrito Federal, em 2006.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, lembrou

que Anadyr de Mendonça teve papel de destaque na estrutu-ração da Procuradoria-Geral Federal (PGF).

“A doutora Anadyr de Men-donça Rodrigues foi uma incansável lutadora pela Ad-vocacia-Geral da União, sua estruturação e valorização.

“A Controladoria-Geral da União (CGU) recebe, com imenso pesar, nesta quarta-feira (06), a notícia do falecimento de Anadyr de Mendonça Rodrigues, ocupante do cargo, no período de 2001 a 2002, de ministra de Estado da então Corregedoria-Geral da União – denominação inicial da CGU antes da mudança de estrutura do órgão, em janeiro de 2003.

Anadyr sempre teve pos-tura competente e ilibada à frente de suas atribuições, seja enquanto ministra, advogada-geral da União e sub-pro-curadora geral da República, principalmente no propósito de combater a corrupção e promover a defesa do patrimônio público.

Aos familiares e amigos, a CGU externa seu profundo sen-timento de solidariedade.”

Abaixo, a nota da AGU.“A Advocacia-Geral da União (AGU) externa profundo pe-

sar pelo falecimento da jurista Anadyr Mendonça Rodrigues, 80, ocorrido na noite desta terça-feira (5), em Brasília, em decorrência de um câncer. A instituição se solidariza com a família.

Anadyr é apontada como uma das mais importantes figu-ras do mundo jurídico e também da advocacia pública. Na Advocacia-Geral, teve passagem rápida, porém marcante. Entre 2000 e 2001, ela ocupou o cargo de coordenadora dos Órgãos Vinculados, unidade responsável pela defesa das autarquias e fundações federais antes da estruturação da Procuradoria-Geral Federal (PGF), braço da AGU que atual-

Buscou sempre a unidade na instituição e demonstrou o caráter precípuo da função essencial à Justiça, que é a defesa da segurança jurídica do Estado”, afirmou o advoga-do-geral da União, Luis Inácio Adams.

Veja abaixo a nota da CGU.

mente exerce essa função.Foi também a primeira

mulher a assumir interi-namente o cargo de ad-vogada-geral da União, durante viagem ao exterior do então ministro Gilmar Mendes. Deixou o cargo de coordenadora na advoca-cia pública para tornar-se ministra da Corregedoria-Geral da União, onde teve atuação marcante e perma-neceu até 2002.

“Dra. Anadyr de Men-donça Rodrigues foi uma incansável lutadora pela

Advocacia-Geral da União, sua estruturação e valorização. Buscou sempre a unidade na instituição e demonstrou o ca-ráter precípuo da função essencial à Justiça, que é a defesa da segurança jurídica do Estado”, declarou o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams.

O ministro também destacou a forte ligação da jurista com a AGU. “Mesmo quando assumiu o cargo de corregedora-ge-ral, ela manteve seus laços com esta instituição, buscando, sempre em atuação conjunta, a probidade e a ética na admi-nistração pública”, afirmou.

CarreiraGraduada em direito e administração, advogada militante

de 1956 a 1961, Anadyr de Mendonça Rodrigues foi asses-sora Fazendária do Distrito Federal, advogada da Secretaria de Abastecimento de Brasília, procuradora da República, subprocuradora-geral da República e corregedora-geral da União. O último cargo público ocupado por ela foi o de corre-gedora-geral do Distrito Federal, em 2006.”

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br5 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Allam SoaresProcurador Federal

A Humanidade tem um novo e terrível inimigo, que justifica seu ódio às nações democráticas devido à ocupação das terras islâmicas à época das Cruzadas. Acontece que, de lá para cá, adeptos do Islã e Cristãos mantive-ram, ressalvadas questões pontuais, um clima de respeito, só quebrado no início da 1ª década do século XXI.

As nações e a ONU não reconhecem o ISIS como um Estado. Mas, hoje, ele já tem um território au-tônomo com autoridade e leis próprias. Regula-se por normas (sharia), que se baseiam numa peculiar interpretação do Alco-rão. Esse Califado ocupa terras, que pertencem ao Iraque e à Síria, com uma população estimada em 9 milhões de pessoas, numa área de 180.000 km 2. Creem que haverá uma batalha derradeira que levará a um julgamento final, como escrito num de seus textos sagrados (Hadiz). Enquanto isso não ocorre, vão aplicando, a seu modo, o Corão, cru-cificando infiéis, cortan-do as mãos de ladrões, escravizando as mulheres daqueles que consideram inimigos, destruindo obras de arte e, claro, cometen-do bárbaros atentados como o massacre em Pa-ris. A tristeza, a raiva, mas

também o medo perpassam o mundo civilizado, que tem dificuldades para enfrentar esse novo inimigo.

Em 15 de maio de 1940, o Grande Estadista inglês foi acordado por um telefonema de Reynaud, que, desespe-rado, lhe diz que a França fora derrotada, pois perdera batalha decisiva. A Frente fora assim penetrada. Como Presidente do Conselho Fran-cês, chegou a levantar a hi-pótese de abandonar a luta. Churchill, então, vai a Paris para, pessoalmente, aferir a situação militar. Numa reunião do Conselho Supre-mo dos Aliados, encontra-se com Reynaud e Daladier que, abatidos, declaram estar aberto aos alemães o cami-nho para entrar em Paris. Winston, cheio de raiva, diz que a única saída é continuar o combate a Hitler. E então, num discurso misto de inglês com francês, vaticinou que, graças ao domínio dos mares, ao poder industrial anglo-a-mericano – contando com a intervenção dos EUA – a Ale-manha nazista seria destruí-da: “Nesse dia, destruiremos suas cidades, minaremos seus rios, incendiaremos suas colheitas e suas florestas, até o momento em que o regime hitleriano soçobrará e em que nós teremos libertado o mundo desta praga”. (em Churchill, de François Bédari-da, Ed. Babel, 2011, p.254)

Em seguida, quando termina a Operação Dynamo, ele proclama esse seu mais importante discurso: “Não se ganham guerras com retira-das. Mesmo que sejam ne-cessários vários anos, mesmo que estejamos sozinhos [...], nós não cederemos, nós não falharemos. Marcharemos

Um novo líder

até o fim, nos bateremos na França, nos mares e nos oceanos, nos bateremos nos ares com uma força e uma confiança cada vez maiores, defenderemos nossa Ilha seja qual for o preço a pagar, combateremos nas praias, combateremos nos aeró-dromos, combateremos nos campos e nas ruas, combate-remos nas colinas, nunca nos renderemos”. (idem, p.256)

Mas o Governo Pétain assina o armistício com o di-tador nazista e Londres vê-se transformada na Capital da Liberdade, sendo Churchill consagrado como Líder Na-cional do Parlamento Inglês. Mesmo assim, ainda havia os que acreditavam num acordo com os nazistas e sugerem que se recorra aos préstimos do fascista Mussolini, visando a um acordo de paz, com a entrega de partes do então território britânico. No dia seguinte à derrota da França, Winston lança seu discurso mais inflamado e mostra a todos sua tenacidade indo-mável e sua recusa à capitula-ção. “Do desfecho dessa luta depende nossa civilização, nossas tradições libertárias e nossos costumes. Em breve, todo o poder inimigo se aba-terá sobre nós. Hitler sabe que, se não nos reduzir à impotência, perderá a guerra. Se nós conseguirmos fazer--lhe frente, toda a Europa recuperará um dia a liberda-

de. Mas se cairmos, o mundo inteiro, incluindo os Estados Unidos e tudo o que amamos soçobrará no abismo de uma nova barbárie pervertida, mais sinistra e mais longa que as antigas. Afirmemos pois nosso sentimento de dever, conduzindo-nos de tal modo que, mesmo se o Império Britânico e sua comunidade de nações ainda durasse mil anos, os homens continua-riam sempre dizendo: Essa foi a hora mais bela de sua histó-ria”. (ibidem, p. 261/262)

O que levou a Comunida-de Democrática a enfrentar e vencer a barbárie nazista? De início, um chefe excep-cional que obteve a unidade do povo inglês e, depois, a co-ligação formada por ele com liberais, direita e esquerda, à exceção de pequeno grupo fascista francês, esquerdistas independentes, os derrotis-tas e os neutros, que tinham a ilusão de que, se não se opusessem aos hitleristas, estes os deixariam em paz.O atual momento internacio-nal está a exigir uma outra efetiva coligação democráti-ca, que também não terá o apoio de grupos semelhantes àqueles já descritos, mas que bem conduzida poderá triun-far. Triunfar na luta contra os terroristas – não contra os adeptos do Islamismo – ter-ror esse que se esconde sob um falso manto da religião Islâmica, inclusive com a par-

ticipação de estrangeiros, mascarados de seguidores do Islã. Portanto, impõe-se o surgimento de um líder que não persiga interesses meramente financeiros, ganhos mesquinhos, nem vise à simples procura do poder ou ao controle de outros países. Um líder assim terá, certamente, um genuíno respeito aos direitos democráticos de todos os povos. Enfim, para vencer, precisa-se de um Churchill.

PS: Quando se pensou em fazer uma sala de

teatro no Leblon, iria ser dado a ela o nome de

Fernanda Montenegro, ao que ponderou um dos

responsáveis que seria injusto com Marilia Pera, estrela do mesmo brilho

de Fernanda. Resolveu-se, então, fazer duas salas

com os nomes dessas duas grandes atrizes. Não sei se

é verdadeira a narrativa, mas, como o jornalista do filme “O Homem que Ma-

tou o Facínora”, de John Ford, acho que “quando a realidade se converte em

lenda, imprime-se a lenda”. Lenda ou fato, é justa a homenagem a Marilia

Pera – a mais completa artista brasileira. Meu

sentido aplauso, de pé.Allam

“Se Hitler tivesse invadido o infer-no, eu faria no mínimo uma referên-cia favorável ao diabo, na Câmara

dos Comuns.” (W. Churchill – Transmissão pelo Rádio,

Londres, 22.06.1941)

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 6DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

A primeira festa dos aniversariantes do ano de 2016 foi marcada por dois

belos acontecimentos.O primeiro pelo fato de

há quase um ano nenhum associado ter recebido a Medalha do Mérito da

APAFERJ, e para alegria de todos, o Dr. Egídio Antonio

da Silva foi o agraciado. O segundo acontecimento

é que a sua neta Joana Fernandes A. da Silva de

dois anos de idade se tornou a mais jovem madrinha ao

condecorar o avô. Ao Dr. Egídio Antonio da

Silva os parabéns dos seus colegas da APAFERJ.

Festa dos Aniversariantes

Caro associado, na última terça-feira do mês fazemos uma festa em comemoração aos aniversáriantesCOMPAREÇA! Com a sua presença haverá mais alegria e confraternização.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br7 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Carmen Lucia Vieira Ramos LimaProcuradora Federal

A intimidade com os seres e a natureza, face aos temores da

destruição total pelas armas nucleares (pois: “em lugar de mil flores, mísseis”. Drummond: Corpo), consoante crítica sagaz, serve de base para construção e multiplicação de exem-plos poéticos límpidos, ajudando a criar nítida consciência ecológica, objetivo que estamos a buscar.

Ah, “... as minhocas arejam a terra; os poe-tas, a linguagem” (Livro de Pré-Coisas, do ideá-rio maravilhoso de M. Barros. Essas pré-coisas de poesia...

Nesse segmento, Ru-bem Braga, poeta e cro-nista cachoeirense que dispensa apresentação, dizia o quanto a poesia é necessária para a har-monização de mentes, corações e natureza. Ao que Carlos Drummond, quiçá pelo mesmo en-tendimento, acresceu “... a escola enche o me-nino de matemática, de geografia, de linguagem. A escola não o atende em sua capacidade de viver poeticamente o conhecimento e o mun-do”. Preservar em cada

indivíduo, em cada alma o fundo mágico, lúdico, intuitivo e criativo signi-fica manter basicamente identificada a sua sensibi-lidade poética com o meio ambiente. Grande ser humano, Drummond.

Mário Quintana, outro expoente literário brasilei-ro, aconselhava “Eu acho que todos deveriam fazer versos... O exercício da arte poética representaria como que um esforço de auto-superação” (Caderno H, 101).

Não se pode menos-prezar, esquecer o pa-pel da poesia no campo político – social, cuja força revolucionária não desmerece o seu aspecto lúdico e telúrico: Castro Alves, Gonçalves Dias, entre outros, transmitem em seus versos energia, conhecimento, atitude. Difícil ignorar o significa-do de palavras tão fortes, tão dignas, tão musicais! São desarmantes, singelas e, ao tempo que atacam

as fraquezas, sociologi-camente fortalecem (e fortaleceram) populações sofridas e sem esperan-ça...

Certo é que preservar a natureza é como pre-servar a própria vida, em toda parte onde lhe for preciso dar estímulo e amparo. Imprescindível, pois se torna o desenvol-vimento da sensibilidade dos indivíduos, desde pequeninos, adequada-mente aproveitada pelos pais e mestres, numa aprendizagem onde ho-mem e natureza se encon-trem e o meio ambiente se torne campo fértil de troca de conhecimento e brincadeira, pois, “toda a natureza é um serviço”, assim nos ensina Gabriela Mistral, professora no in-terior das matas chilenas. (Prêmio Nobel de Litera-tura).

O termo ECOLOGIA, proposto por Hackel, em 1869, deriva do grego “oi-kos” = casa, habitação e

“logos” = tratado, ou seja, visa o estudo dos organis-mos vivos e seu ambiente. É uma divisão básica da biologia. É ciência para o presente – URGENTE, eis que interessa à sobrevi-vência da espécie huma-na, dos seres vivos. “Nun-ca penso no futuro – dizia A. Einstein – ele chega bastante cedo”.

Que pode a justiça, a Educação, fazerem em prol da Ecologia? Segundo Gilberto Freyre, a forma-ção de uma consciência ecológica é primordial, sendo que há interdepen-dência entre a Ecologia urbana e a rural, e dife-renças na sua abordagem instrumental. Ruschi tornou-se ferrenho lu-tador contra a poluição ambiental, buscando melhores condições para a vida nas cidades e mais qualidade de vida. Pre-servar o meio ambiente é o objetivo que se quer atingir. No final do séc. XX um novo “jus publicum”

expôs a complexidade de um Direito Ambien-tal ou Ecológico, regras e instrumentos jurídi-cos que assegurasse um comportamento humano minimamente respeitador do meio ambiente.

Desafio? Albert Sch-weitzer dizia que “o sentido da vida como ecologia” tem apoio fi-losófico na Doutrina de Reverência pela Vida.

Do poeta romano Horácio “Naturam si furca expellas...”, resume triste ato e triste consequência, pois está alertando: “a natureza maltra-tada volta-se um dia para cobrar caro”. As cobranças estão mais evidentes, transparen-tes e, a cada dia, mais implacáveis. E sem sinais prévios...

Que 2016 seja um ano de Paz e Luz, com Deus nos corações. Abraços.

EDUCAÇÃO / JUSTIÇA / ECOLOGIA

Reflexões:• “Democracia? É dar a todos, o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, isso depende de cada um”. (Mário Quintana, “Caderno H”).• “O segredo é não cuidar só das borboletas, mas cuidar do jardim para que elas venham até você”. (Idem).• “Pássaros – eu os quero nas árvores ou voando longe de minhas mãos” (C. Lispector, Água Viva).• “Vi um rio indo embora de andorinhas...” (Manoel de Barros, poeta do Pantanal). “Rolinhas casimiras!” (Barros, Arranjos para assobio). “Sabiá... Seu canto é o próprio sol tocado na flauta” (Idem). Poesia e música.

“Se queres ser mestre na fé, faze-te discípulo da natureza”.(Padre Vieira, Sermões)

À memória de Augusto Ruschi, zoólogo / naturalista internacional, especialista em beija-flores e outras espécies (Santa Teresa / ES / Brasil, séc. XX). Neste grande homem, homenageio o meu Estado do Espírito Santo, seus passarinhos, matas, pedras, águas... pessoas e poetas em geral (nosso manan-cial de sensibilidade e reflexão).

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 8DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Ronaldo de Araújo MendesProcurador Federal

O Filme “O Grande Dita-dor”, realizado por Charles

Chaplin levou dois longos anos de árduo trabalho, custou Dois Milhões de Dólares, tirados do próprio bolso do Autor. O filme, exibido em dois cinemas, ao mesmo tempo, manteve-se em Cartaz, em Nova Iorque, por quinze se-manas, e, como veio a verificar-se depois, foi o de maior renda entre todos os outros filmes do Autor.

Na época, devido, creio eu, aos meios muito escassos de comunicação (Jornais e Rádios), a Huma-nidade vivia mergu-lhada nas Trevas, e não é para menos, os países, na sua quase totalidade eram domi-nados por Ditadores, na sua maioria os mais cruéis.

Na Alemanha, Hi-tler; na Itália, Musso-lini; na Rússia, Stalin; em Portugal, Salazar; na Espanha, Franco; na Argentina, Peron; no Brasil, Getúlio Var-gas, o melhor deles, etc...

Alguns desses

Ditadores eram tão perversos, a ponto de ter existido, um deles, na América Central, de que não me lembro o nome, que se apossava das Fazendas de Fa-zendeiros bem sucedi-dos, e, para não des-pertar suspeitas, nas vésperas de mandar assassiná-los, aparecia de surpresa, no recinto dos mesmos, tomando, de forma hipócrita, chá com eles.

Minha mente, dian-te de tantas maldades perpetradas por tais Ditadores, Reis, Dés-potas e outros procu-rou um meio de en-tendê-los e, só achou explicação para tais maldades nos livros de “Nostradamus” e de “Zacarias do Antigo Testamento”. O pri-meiro assevera que de cada 100 pessoas que nascem “63%” não va-lem de nada, “37%” é que equilibram, e como as estatísticas variam um pouco, o Profeta Bíblico Zacarias fala em dois terços, os que não prestam, e, “um terço” os que prestam. Complementando tais estatísticas, diz São Paulo em sua Epístola aos Romanos, capítulo 3 e seguintes, dentre outras asseverações, todos pecaram e care-cem da Glória de Deus.

Países Democráti-cos eram raros, mesmo assim, vez ou outra, os radicais passavam por cima das poucas

democracias que exis-tiam, acusando de comunistas todos os que contrariavam suas investidas não demo-cráticas, razão pela qual o próprio Charles Chaplin fôra injustiçado e expulso dos Esta-dos Unidos, na época, da chamada “caça às bruxas” perpetrada pelo então Senador Mc Carthy, nos anos cin-quenta, acompanhado e aplaudido por outros radicais invejosos que nem ele. As injustiças foram tamanhas que, mais tarde, ou seja, 20 anos depois, o próprio governo Americano, reconhecendo tal erro, o convidara a voltar, e o fizera cheio de Meda-lhas de honra ao Méri-to, mas, ao fazê-lo, não voltara como simples cidadão, e sim como SIR, ou seja, Nobre In-glês, porque a Rainha da Inglaterra revoltada com a injustiça, filha da Ignorância e da Inveja, que o infligiram!..., o consagrou SIR, isto é “NOBRE INGLES”.

O Filme, apesar

de ser muito evoluído espiritualmente para aquela época, fôra muito importante, pois, através dele, Charles Chaplin alertava toda a Humanidade para não aceitar servir de marionete pelos fa-bricantes de Guerras, ipso facto, conclamava a todos lutarem, sim, pela Instituição da Democracia no mundo inteiro, Diz ele, dentre outras considerações, ao seguinte:

“Sinto muito, mas não pretendo ser Im-perador, Governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar a todos: bran-cos, negros, judeus, gentios.

Todos nós devería-mos ajudar uns aos outros. Desejamos viver para a felicida-de do próximo, e, não para seu infortúnio. Por que havemos de odiar

e desprezar uns aos outros?

Neste Mundo há espaço para todos. A Terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades. O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... le-vantou no mundo as muralhas do ódio... e tem nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocida-de, mas nos sentimos enclausurados, den-tro dela.

Não devemos nos desesperar, os ho-mens que odeiam de-saparecerão, os Dita-dores sucumbirão e o poder que do povo arrebataram haverá de retornar ao Povo. Enquanto os homens morrem, a liberdade sobrevirá, porque ela não é transitória igual ao homem, mas infi-nita e sempre ao lado de Deus.

Soldados! Não vos entregueis a esses brutamontes... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas ideias e os vossos sentimen-tos, que vos utilizam

Um Discurso Universal

Hannah (Paulette Goddard) é uma linda moradora do gueto, ao qual o barbeiro Cha-

plin se apaixona.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br9 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

como carne para canhão! Não sois máquinas! Homens é que sois! E com o amor da humanida-de em vossas al-mas? Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar...

Soldados! Não batalheis em nome da escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo ca-pítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro de nós, não de um só homem ou um grupo de ho-mens, mas de todos os homens sem dis-tinção. Homens vós tendes o poder de criar máquina. O po-der de criar felicida-de! O poder de criar esta vida livre e bela tornando-a maravi-lhosa! Portanto em nome da Democra-cia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um Mundo Novo! Um Mundo melhor! Que assegure tra-balho para todos! E, ipso facto, dê futuro à mocidade e segu-rança a velhice.

É prometendo tais coisas que desalma-dos têm subido ao poder. Uma vez no poder não cumprem o que prometeram. Os Ditadores ainda são piores, além de não cumprirem o que prometeram, ainda escravizam o Povo. Lutemos por um Mundo Novo, um

mundo melhor, sem ga-nância, sem ódio, sem prepotência! Lutemos por um Mundo em que a ciência, a razão e o progresso conduzam a vitória de todos sem distinção! Soldados em nome da democracia, unamo-nos!

Hannah minha mãe (fotografia junta) estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah?! O Sol vai rompendo as nuvens que se disper-sam! Estamos saindo das trevas para a luz! Vamos entrando num mundo novo um mun-do melhor, em que os homens estão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal come-ça a voar. Voa para o arco íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos Hannah! Ergue os olhos!”.

Uma semana após a estreia deste Filme, REPITO EM LETRAS MAISCULAS “O Gran-de Ditador”, Charles Chaplin foi levado a presença do ex-Pre-sidente dos Estados Unidos Herbert Hoo-ver e apresentado ao mesmo.

Ad argumentan-dum tantum, ou seja, somente para argu-mentar, esclareço que Charlie Chaplin, aos 5 (cinco) anos de idade, o dono do Teatro no qual sua mãe repre-sentava, perdido no espaço, diante das vaias perpetradas pela plateia, devido sua

mãe, débil e caduca, ter esquecido parte do papel sob a sua responsabilidade, fechou imediata-mente as cortinas, e após, abri-las de novo, mas com novo personagem, o filho dela Charlie Chaplin. Ele se saiu, tão bem, que acompanhado de moedas lançadas no palco, os espec-tadores pediam “Bis”, mas ele se referindo à plateia, disse que só repetiria após apanhar todas as moedas que foram lançadas em sua direção, o que acon-teceu! Ao agir dessa forma, foi porque, o dono do Teatro, já havia desconfiado dos dons artísticos da criança!

Finalmente, en-tendo que o Discur-so feito por Charlie Chaplin na estreia do Filme o “O Grande Ditador”, deveria ser lido todos os dias nas escolas, na entrada e na saída delas, em forma de “catecismo espiritual”.

Autores Consultados: Obra: “O Pensamen-

to Vivo de Chaplin de Martin Claret Edito-

res”. Obra: “chamada dos Grandes Huma-nistas a respeito dos

personagens que mudaram o Mundo – Charlie Chaplin, De Pam Brown, editora Globo. Obra Charlie Chaplin”. HISTÓRIA DA MINHA VIDA- Li-vraria José Olympio

-Editora.

Novo presidente, Lamachia assume

Conselho Federal da OAB em fevereiro

A partir do dia 1º de fevereiro, o Conselho Fede-ral da Ordem dos Advogados do Brasil, estará com nova diretoria, liderada pelo advogado Claudio La-machia.

No próximo dia 31 de janeiro, a partir das 17h, acontece a última sessão plenária presidida pela atual gestão do Conselho Federal da Ordem dos Ad-vogados do Brasil. O encontro marca oficialmente o fim do mandato de Marcus Vinicius Furtado Coêlho e a eleição da nova diretoria, cuja posse acontece no dia seguinte, a partir das 9h.

Marcus Vinicius aponta o saldo do triênio como bastante positivo. “Tenho certeza de que cumpri-mos com nossas missões. Trabalhamos de maneira séria pela advocacia brasileira, com conquistas que entraram para a história. Aos colegas da nova dire-toria, o nosso total apoio”, deseja.

A futura diretoria da OAB, que contou com o apoio das 27 seccionais, tem Lamachia (RS) como presi-dente; Luis Cláudio Chaves (MG) como vice-presi-dente; Felipe Sarmento (AL) como secretário-geral; Ibaneis Rocha (DF) como secretário-geral adjunto; e Antonio Oneildo Ferreira (RR), que permanece na função de diretor-tesoureiro. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB.

Seja um colaborador do seu jornal. Envie artigos, monografias, casos pito-rescos de sua vida forense, biografias de

Prezado Associado,

juristas famosos e tudo que se re-lacione com as-suntos jurídicos. Os trabalhos após analisa-dos, poderão ser publica-dos.Obs: Os tex-tos não de-verão ultra-passar duas laudas, espaço dois.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 10DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016 10JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.brDEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Associados, Diretores e Funcionários festejam o Natal e saúdam o Novo Ano

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br11 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 201611 JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 12DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Ano NovoVocê sabia que o ano-novo

se consolidou na maioria dos países há 500 anos? Desde os calendários babilônicos (2.800 a.C.) até o calendário gregoriano, o réveillon mudou muitas vezes de data.

A primeira comemoração, chamada de “Festival de ano-novo” ocorreu na Mesopotâmia por volta de 2.000 a. C. Na Babilônia, a festa começava na ocasião da lua nova indicando o equinócio da primavera, ou seja, um dos momentos em que o Sol se aproxima da linha do Equador onde os dias e noites tem a mesma duração.

No calendário atual, isto ocorre em meados de março (mais precisamente em 19 de março, data que os espiritualistas comemoram o ano-novo esotérico).

Os assírios, persas, fenícios e egípcios comemoravam o ano-novo no mês de setembro (dia 23). Já os gregos, celebravam o início de um novo ciclo entre os dias 21 ou 22 do mês de dezembro.

Os romanos foram os primeiros a estabelecerem um dia no calendário para a comemoração desta grande festa (753 a.C. - 476 d.C.) O ano começava em 1º de março, mas foi trocado em 153 a. C. para 1º de janeiro e mantido no calendário juliano, adotado em 46 a. C. Em 1582 a Igreja consolidou a comemoração, quando adotou o calendário gregoriano.

Alguns povos e países comemoram em datas diferentes. Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. No Japão, o ano-novo é comemorado do

dia 1º de janeiro ao dia 3 de janeiro.

A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa de ano-novo ou Rosh Hashaná, - “A festa das trombetas” -, dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de setembro ao início de outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A contagem corresponde ao aniversário da Hégira (em árabe, emigração), cujo Ano Zero corresponde ao nosso ano de 622, pois nesta ocasião, o profeta Maomé, deixou a cidade de Meca estabelecendo-se em Medina.

Contagem decrescente os últimos minutos do dia 31 de Dezembro seja: 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1. Feliz 2016!!!!!! A passagem de Ano Novo é o fim de um ciclo, início de outro. É um momento sempre cheio de promessas. E os rituais alimentam os nossos sonhos e dão vida às nossas celebrações. Na passagem de Ano Novo, não podemos deixar de aproveitar a oportunidade para enchermos o coração de esperança e começar tudo de novo. E para que a festa corra muito bem, há algumas tradições e rituais que não podemos esquecer...

Itália: O ano novo é a mais pagã das festas, sendo recebido com Fogos de artifícios, que deixam todas as pessoas acordadas. Dizem que os que dormem na virada do ano dormirão todo o ano e na noite de São Silvestre, santo cuja festa coincide com o último dia do ano. Em várias partes do país, dois pratos são considerados essenciais. O pé de porco e as lentilhas. Os italianos se reúnem na Piazza Navona, Fontana di Trevi, Trinitá dei Monit e Piazza del Popolo.

Estados Unidos:A mais famosa passagem de Ano Novo nos EUA é em Nova Iorque, na Time Square, onde o povo se encontra para beber, dançar, correr e gritar. Há pessoas de todas as idades e níveis sociais. Durante a contagem regressiva, uma grande maçã vai descendo

no meio da praça e explode exactamente à meia-noite, jogando balas e bombons para todos os lados.

Austrália:Em Sydney, uma das mais importantes cidades australianas, três horas antes da meia-noite, há uma queima de fogos na frente da Opera House e da Golden Bridge, o principal cartão postal da cidade. Para assistir ao espectáculo, os australianos se juntam no porto. Depois, recolhem-se a suas casas para passar a virada do ano com a família e só retornam às ruas na madrugada, quando os principais destinos são os “pubs” e as praias.

França:O principal ponto é a avenida Champs-Elysées, em Paris, próximo ao Arco do Triunfo. Os

Deus JanoSegundo a mitologia romana, mas também etrusca, Jano (do latim Janus ou Ianus) era o porteiro celestial, sendo representa-do com duas cabeças, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas, sendo absoluto somente a Divindade.Jano foi a inspiração do nome do primeiro mês do ano (janei-ro, do latim januarius), o qual foi acrescentado ao calendário por Numa Pompílio (715-672 a.C.), sucessor de Rômulo, per-sonagem histórico-mítico que, segundo Plutarco, teria fundado Roma em 21 de março.

Tradições de Ano Novo no mundo:

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br13 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

10 curiosidades sobre o Ano Novo1. O Ano Novo é o feriado mais antigo do mundo. Ele já era comemorado na Babilônia 4 mil anos atrás.2. Até 153 a.C., o Ano Novo era comemorado em 15 de março. Nesse ano, os romanos declararam dia 1º de janeiro como o Dia do Ano Novo. Julio César, quando adotou o calendário juliano em 46 a.C., manteve a data. Quando o calendário gregoriano foi implantado, em 1582, o dia 1º de janeiro continuou a ser reconhecido como o Dia do Ano Novo. Desde o início, a escolha foi totalmente arbitrária: não há nenhum motivo agrícola ou astronômico. O calendário gregoriano é quase universal. Mesmo em alguns países não cristãos, ele foi adaptado às próprias tradições ou adotado apenas para uso civil, mantendo-se outro calendário para fins religiosos. Alguns países ainda comemoram a passagem do ano na primavera, época de renovação das colheitas.3. As promessas feitas na passagem de ano, tão comuns e tão descumpridas, não são uma tradição recente. Os babilônios já as faziam há 4 mil anos. Mas em vez de resolverem levar uma dieta a sério ou parar de fumar, eles juravam de pés juntos que, tão logo acabassem as festas, devolveriam equipamentos de agricultura que haviam sido emprestados por amigos.4. A tradição de usar um bebê como símbolo do Ano Novo foi adotada pelos gregos por volta do ano 600 a.C. Eles desfilavam com um bebê dentro de um cesto para homenagear Dionísius, o deus do vinho. O ritual era a representação do espírito da fertilidade, pelo renascimento anual de Dionísius.5. Foi na França, em 1885, que se usou pela primeira vez a expressão “fim de século”.6. Em algumas culturas, o Ano Novo é também comemorado como a Festa da Circuncisão de Cristo.7. Na Dinamarca, era sinal de sorte encontrar louças quebradas na porta de entrada de casa no dia do Ano Novo. Por isso, os dinamarqueses costumavam quebrar pratos na véspera do Ano Novo e colocá-los na porta da casa dos amigos. Por ser pouco prática, hoje a tradição quase não é mais praticada.8. Em 1995, os moradores de Talca, pequena cidade do Chile, iniciaram a tradição de passar a véspera do Ano Novo junto aos familiares mortos. Lá, as famílias comemoram a data no cemitério, perto das covas dos parentes. Isso já é praticado por cerca de cinco mil pessoas.9. Quando o calendário romano foi criado, o mês de janeiro foi nomeado em homenagem ao deus Janus (“porta”, em latim). Janus tem duas faces, uma virada para a frente e a outra virada para trás. Ele passa a mensagem de “abertura de novos tempos”.10. Os romanos começaram a tradição de trocar presentes na véspera do Ano Novo. Eles davam mudas de árvores sacradas uns aos outros, como símbolo de boa sorte. Até hoje a tradição permace, apesar de os amuletos serem outros (calcinhas da sorte, pingentes etc.).

franceses assistem à queima de fogos, cada um com sua garrafa de champanhe (para as crianças sumos e refrigerantes). Outros vão ver a saída do Paris-Dacar, no Trocadéro, que é marcada para a meia-noite. Outros costumam ir às festas em hotéis.

Brasil:No Rio de Janeiro, precisamente na praia de Copacabana, onde a passagem do Ano Novo reúne milhares de pessoas para verem os fogos de artifício. As tradições consistem em usar branco e jogar flores para “Yemanjá”, rainha do mar para os brasileiros.

Inglaterra:Grande parte dos londrinos passa a meia-noite em suas casas, com a família e amigos. Outros vão à Trafalgar Square, umas das praças mais belas da cidade, à frente do National Gallery. Lá, assistem à queima de fogos. Depois, há festas em várias sítios da cidade.

Alemanha:As pessoas reúnem-se no Portal de Brandemburgo, no centro, perto de onde ficava o Muro de Berlim. Tradicionalmente, não há fogos de artificio.

Curiosidade:Em Macau, e para todos os chineses do mundo, o maior festival do ano é o Novo Ano Chinês. Ele é comemorado entre 15 de Janeiro e 15 de Fevereiro de acordo com a primeira lua nova depois do início do Inverno. Lá é habitual limparem as casas e fazerem muita comida (Bolinhos Chineses de Ano Novo - Yau Gwok, símbolo de prosperidade). Há muitos fogos de artifício e as ruas ficam cobertas de pequenos pedaços de papel vermelho.Cada cultura comemora seu Ano Novo. Os muçulmanos têm seu próprio calendário que se

chama “Hégira”, que começou no ano 632 d.C. do nosso calendário. A passagem do Ano Novo também tem data diferente – 6 de Junho, foi quando o mensageiro Mohammad fez a sua peregrinação de despedida a Meca.As comemorações do Ano Novo judaico, chamado “Rosh Hashanah”. É uma festa móvel no mês de Setembro (este ano foi 6 de Setembro). As festividades são para a chegada do ano 5763 e são a oportunidade para se deliciar com as tradicionais receitas judaicas: o “Chalah”, uma espécie de pão e além do pão, é costume sempre se comer peixe porque ele nada sempre para frente.O primeiro dia do ano é dedicado à confraternização. É o Dia da Fraternidade Universal. É hora de pagar as dívidas e devolver tudo que se pediu emprestado ao longo do ano. Esse gesto reflecte a nossa necessidade de fazer um balanço da vida e de começar o ano com as contas acertadas.

Tradições Portuguesas:As pessoas valorizam muito a festa de Ano Novo, porque sentem o desejo de se renovar. Uma das nossas tradições é sair às janelas de casas batendo panelas para festejar a chegada do novo ano. Nos dias 25 de Dezembro e 1º de Janeiro, costumamos comer uma mistura feita com as sobras das ceias, que são levadas ao forno. O ingrediente principal da chamada “Roupa Velha” é o bacalhau cozido, com ovos, cebola e batatas, regados a azeite.Para as superstições, comer 12 passas durante as 12 badaladas na virada do ano traz muita sorte, assim como subir numa cadeira com uma nota (dinheiro) em uma das mãos. Em várias zonas do litoral, há pessoas que mesmo no frio do Inverno conseguem entrar na água e saudar o Ano Novo.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 14DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

A ocupa-ção recente da UERJ pe-los seus es-tudantes por cerca de três semanas foi amplamente divulgada na mídia e redes sociais. Essa ocupa-ção contribui para dar visibilidade à situação dramática que atinge a UERJ, com corte de ver-bas, atraso constante no pagamento das bolsas dos cotistas e residentes e nos salários dos ter-ceirizados que prestam serviços em favor da universidade, a saber, vigilantes, ascensoristas e serventes de limpe-za. Todavia, pode-se constatar nas matérias veiculadas nos meios de comunicação social que certas questões não fo-ram esclarecidas de for-ma completa. Em razão de minha experiência real com essa ocupação estudantil, o objetivo do presente artigo é trazer à tona dados concretos da ocupação, bem como tecer algumas conside-rações jurídicas.

O ponto que gerou maior celeuma foi a im-possibilidade de ingresso na UERJ de professores e alunos, em decorrência de piquetes efetuados pelos alunos. Muitos alegaram lesão ao direito constitucional de ir e vir. Ainda que, como regra geral, tal direito deva ser

respeitado, não se pode, contudo, esquecer que a educação, por ser um direito social (art. 6º. da Carta Magna de 1988) constitui uma dimensão dos direitos fundamen-tais). Dessa forma, deve haver ponderação entre esses dois direitos fundamentais, em lugar de se tratar o direito de ir e vir de forma isola-da e absoluta. Tanto é assim que a M.M Juíza da 6ª. Vara de Fazenda Pública negou o pedido liminar de reintegração de posse postulado pela Procuradoria da UERJ, sob o fundamento de que, mesmo com a lesão ao direito de ir e vir, a situação grave da UERJ – com atraso no pagamento de bolsas e salários, aliada à falta de verba necessária de custeio –, demanda uma solução conciliatória, ao invés da retirada coer-citiva dos estudantes por meio de mandado judicial.

Neste sentido, é bom também lembrar que o salário tem natureza ali-mentar e o valor social do trabalho é um dos fundamentos da Repú-

blica brasi-leira (art. 1º, inciso IV da CF/88).

Releva acrescentar um aspecto vital, pouco comentado na mídia. Trata-se do regime insti-

tucional de cotas vigente na UERJ – a primeira universidade brasileira a adotar tal ação afirmati-va –, instituída pela Lei nº. 3.524/2000. Isso sig-nifica que o pagamento de bolsa aos cotistas é uma imposição legal, tanto à UERJ, quanto ao Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Ora, se tal pagamen-to não estava ocorrendo de forma constante e regular, a nosso ver a UERJ não poderia funcionar, uma vez que sem as bolsas, os co-tistas não têm dinheiro para sobreviverem. Abrir as portas em tais condi-ções, data venia, consti-tuiria uma violação à Lei nº. 3524/2000.

Assim sendo, repu-tamos a ocupação da UERJ pelos seus alu-nos como um ato legíti-mo, ainda que drástico. O Direito não pode fechar os olhos a uma universidade que pede socorro.

Rodrigo LychowskiProcurador Federal

Professor de Direito do Trabalho da UERJ, Rio

de Janeiro.

Conhecí a Ministra Anadyr de Mendonça Rodrigues nos idos dos anos setenta, quando fui nomea-do pelo Professor Henrique Fonsêca de Araújo, então Procurador-Geral da República, para cargo em comissão de nível superior. A PGR ainda estava instalada na Espla-nada dos Ministérios, Bloco A, em Brasí-lia-DF, no momento que fui ao Gabinete do Procurador-Geral, estavam Dra. Anadyr e o antigo Secretário--Geral da PGR, Dr. Inácio Correa Leite Jr. Desde aquela época passei a ad-mirar a Dra. Anadyr, por seu notável saber jurídico, seus arra-zoados e pareceres belíssimos. Eram uma aula de Direi-to. Depois, no inicio dos anos 2000, nos reencontramos na Corregedoria-Geral da União, seu Asses-sor era o Dr. Clenio Castenhoz, vieram a Aracaju e na sua comitiva visitamos a Corregedoria da União, quando usei da palavra e fiz refe-rências elogiosas e merecidas à Ministra. Ela foi pioneira como mulher, no exercício de cargos relevantes, como Sub-Procura-

dora Geral da Repú-blica, Corregedora--Geral da União, e revolucionou a Advo-cacia Pública com a criação da Procura-doria Geral Federal. Participei de vários Congressos de Pro-curadores Federais acompanhando a Mi-nistra nos conclaves em todo o Nordeste. A amizade sincera e fraternal duradoura durante todos esses anos fez com que eu frequentasse seu Gabinete da CGU no Anexo do Palácio do Planalto, onde era recebido com fidal-guia e respeito. To-dos nós Procuradores Federais devemos à Dra. Anadyr não só a criação da PGF, mais ainda a legislação que desde o inicio beneficiou toda a Classe. DESCANSE EM PAZ, Dra. Anadyr de Mendonça Rodri-gues, sua memória será lembrada por nós, por todos nossos familiares, e amigos, colegas do “Parquet”. Nosso profundo pe-sar aos seus descen-dentes.

Givaldo Rosa DiasProcurador Federal

Membro da Diretoria Nacional da ANPAF-

-Associação Nacional dos Procuradores

Federais.

Homenagem à Dra. Anadyr de

Mendonça Rodrigues

Breves considerações sobre a ocupação estudantil da UERJ

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br15 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

José Salvador IorioProcurador Federal

O recente evento de remoção do calçamento “Pé de Moleque” do

Período Colonial, feito na Rua da Constituição (Rua dos Ciganos), com reaproveitamento das pedras que os navios traziam como lastro, há mais de 200 anos, reacendeu a preocupa-ção da preservação dos marcos históricos que ainda existem.Existe uma postura de que o velho não pode obstar o novo, “a moder-nidade”. Mas esquecem que esses “velhos” (pré-dios, calçamentos, pra-ças, monumentos etc.) são marcos históricos e cada um que sucumbe é uma parte da nossa me-mória que cede. O velho e o novo se completam, dão o contraste perfeito à historia do passar dos anos. Os poucos sítios históricos que possuí-mos, são o exemplo desse perfeito coexistir. Para se “dar passagem” ao novo, ao moderno, não se faz necessário a destruição do antigo. No Velho Mundo a preocu-pação em preservar os prédios históricos é leva-da a sério, e não permite que estes sejam macu-lados ou destruídos. A

história do povo assim é preservada e “se mostra” diariamente.Vemos em algumas in-tervenções no Rio que a nova prática do “retrofit” (melhorar / aperfeiçoar em inglês) está sendo aplicada de forma errônea. Não é simplesmente reconstruir por completo prédios, equipamentos e áreas urbanas. O “retrofit” tem sim a intenção de adaptar, customizar, explorar novas possibilidades e usos, me-lhorando as áreas urbanas e seus prédios, mas também de manter as características do que foi retrofitado; é um renascimento do bem retro-fitado, mas sem se esquecer da preservação da memória e da história.Hoje, o clamor revitaliza-do pela manutenção dos “sinais” da história - até como reflexo dos ataques extremistas perpetrados pela organização jihadista, Estado Islâmico (EI), contra sítios arqueológicos na Síria e no Iraque, que a UNESCO denunciou como barbárie, comparando-os a “crimes de guerra” – deveria conta-giar os brasileiros, fazendo--os buscar a manutenção de sua própria história; inclu-sive do calçamento “Pé-de--moleque”, questionando até a solução proposta de apenas manter-se parte do calçamento e não totalmen-te.Muitos alegam que o “pre-ço” pago pela manutenção do antigo é muito alto, no entanto esquecem que os marcos históricos, em todo o mundo, tornam-se pontos turísticos procurados e visi-

tados. Por conseqüência, a história se torna uma ótima fonte de divisas, geradora de empregos e cidadania. No Rio temos diversos bairros que têm história, mas que, muitas vezes, nem mesmo os moradores deste lindo município conhecem. A Glória com seus prédios e cantos, Santa Tereza e seu casario, a Lapa e seus Arcos (antigo aqueduto da cidade onde atualmente passa o tradicional bondinho que serve à comunidade), o Centro com suas estreitas ruas e a confeitaria Co-lombo, o Catete... Todos os bairros com seus belos recantos, sua intensa vida artística, cultural e tradi-ções, as oficinas e ateliês de artesanato e pintura. Ah, e a vida boêmia, seus bares, botecos, tudo com real potencial turístico.Agora, nem tudo são flores. Lamenta-se a ausência do Palácio Monroe, cuja arquitetura havia sido reconhecida mundialmen-te, do Mercado Municipal na Praça XV, que era um importante entreposto construído em estrutura de ferro importada da Europa, com uma torre em cada um dos cantos e ao centro um pavilhão octogonal e um relógio em ferro trabalhado, do Convento da Ajuda que foi demolido para dar lugar a um parque de diversões e eventos, e sua construção à época recebeu a alcunha de “Mafuá”, do Hotel Avenida que possuía belos salões e um belo terraço, ponto de encontro de políticos e a maioria dos Prefeitos do interior, já que o Senado e a

Câmara distavam a poucas quadras. E o que falar da descaracterização da Av. Rio Branco? Esta era ladeada por verdadeiros palácios de grande beleza arquitetôni-ca no estilo europeu, com elementos neogóticos e neoclássicos entre outros, e que hoje não existem mais.Cabe aqui pontuar que Os-car Niemayer ao se referir a estes mesmos prédios antigos da Av. Rio Branco - que foram e são demolidos com a desculpa de que são impróprios, inadequados ou ineficientes - informava que a arquitetura destes era perfeita em termos de ocu-pação de espaço, e orien-tação de implantação que favorecia o aproveitamento de luz natural e a ventilação vinda do mar.Em uma rápida consulta na internet, pode-se verificar os sítios históricos ainda existentes (“persistentes”) no Rio, dentre eles: Praça. XV onde há o Paço Imperial e o Chafariz da Pirâmide do mestre Valentim, na Rua Primeiro de Março suas inúmeras e históricas igrejas revestidas de artes e beleza, Arcos dos Teles com seus casario preservado, Palácio Tiradentes onde existiam a Cadeia Velha e a Câma-ra, Largo da Misericórdia, antigo Ponta do Calabouço onde se mantêm preser-vada a mais antiga relíquia histórica, a Ladeira da Misericórdia, que em 1567 o primeiro caminho a ligar a várzea ao Morro do Castelo (demolido) para onde a ci-dade havia sido transferida, por questões de segurança, do Morro Cara de Cão, e

seu prolongamento a Rua da Misericórdia (ou Caminho de Manuel Brito pois se estendia até a sesmaria deste - penín-sula depois nomeada de Praia de Nossa Senhora, e Prainha).Criando-se legislação que torne obrigatória a inclu-são de cláusula em todos os contratos, sejam estes relativos a concessões de serviços públicos e/ou obras públicas ou priva-das, que trate da obriga-toriedade de conserva-ção dos bens históricos, assim como da obriga-toriedade de notificação de achados históricos, onerando contratado e contratante que não o fizer, o Rio, através de seus representantes do legislativo e executivo, pode proteger todo esse patrimônio histórico dos tempos do Brasil Colô-nia e seguintes. Caberá então concluir o caminho com a educação / cons-cientização da popula-ção, mostrando o valor da história para a educa-ção, formação da cidada-nia, respeito ao coletivo e, inclusive, os benefícios financeiros. Um povo sem história, sem passado, sem suas raízes, se torna um povo sem rumo, sem origem, fragilizado no sentimento de pátria.

OBS.: No presente comen-tário,tivemos a colaboração da Arquiteta Norma Regina Iorio, que fez rápida revisão

na parte histórica, melhor detalhando o valor desses

sítios históricos.

Preservando nossa história

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 16DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

Existimos em Função do Futuro

Tentai apreender a vossa consciência e sondai-a. Vereis que está vazia, só encontrareis nela o futuro. Nem sequer falo dos vossos projetos e expecta-tivas: mas o próprio gesto que surpreendeis de passagem só tem sentido para vós se pro-jetardes a sua realização final

O Que o Futuro nos ReservaO começo de um novo ano invariavelmente nos remete a pensar no futuro. E neste ano de 2016 não é diferente, pois as

notícias que nos chegam de várias partes do mundo não nós tranquilizam.Assim sendo, coletamos as opiniões de alguns dos maiores nomes da literatura universal, acerca deste tema – tabu que

é o futuro.

Karl JaspersAlemanha 23 Fev 1883 // 26 Fev 1969 Filósofo/Psiquiatra

O Futuro do HomemO homem pode sempre mais e coisa diversa daquilo que se esperaria dele. O homem é inacabado e inacabável e sempre aberto ao futuro. Não há homem total e não o haverá jamais. Por isso há dois modos de pensar o fu-turo do homem. Posso con-cebê-lo como um processo natural, análogo àquele que respeita aos objetos, e for-mular probabilidades. Ou então posso imaginar as situações que vão ocorrer sem saber a resposta que lhes dará o homem, sem saber como, através delas, mas espontaneamente, ele se encontrará a si próprio.

Karl Jaspers, in ‘Panorama das Ideias Contemporâ-

neas’

Johann Wolfgang von GoetheAlemanha 28 Ago 1749 // 22 Mar 1832 Escritor, Cientista, Mestre de Poesia, Drama e Novela A Ilusão da Distância e do Futuro

Dá-se com os longes o que se dá com o futuro. Todo um mundo vago se abre à nossa alma, a nossa sensibilidade perde-se nele como o nosso olhar, e nós aspiramos, ah, a entregar todo o nosso ser, para que a volúpia de um sentimen-to grande, único, majestoso o encha completamente . - E, ai de nós, quando para lá corremos e o ali se tor-na aqui, tudo continua como dantes, e nós ficamos com a nossa pobreza e as nossas limitações, e a nossa alma suspira pelo conforto que lhe escapou.

Johann Wolfgang von Goethe, in ‘Werther’

Futuro Condicionado pelo Passado

O presente estaria cheio de todos os futuros, se já o pas-sado não projetasse sobre ele uma história. Mas, infelizmen-te, um único passado propõe um único futuro - projeta-o diante de nós como um ponto infinito sobre o espaço.

André Gide, in ‘Os Frutos da Terra’

para fora dele, fora de vós, no ainda-não. Mesmo esta taça cujo fundo não se vê - que se poderia ver, que está no fim de um movimento que ainda não se fez -, esta folha branca cujo reverso está escondido (mas poderia virar-se a folha) e to-dos os objetos estáveis e sóli-dos que nos rodeiam ostentam as suas qualidades mais ime-diatas, mais densas, no futuro. O homem não é de modo ne-nhum a soma do que tem, mas a totalidade do que não tem ain-da, do que poderia ter. E, se nos banhamos assim no futuro, não ficará atenuada a brutalidade informe do presente? O aconte-cimento não nos assalta como um ladrão, visto que é, por na-tureza, um Tendo-sido-Futuro. E, para explicar o próprio passa-do, não será a primeira tarefa do historiador procurar o futuro?

Jean-Paul Sartre, in “Situações I”

Jean-Paul SartreFrança21 Jun 1905 // 15 Abr 1980 Escritor/Filósofo

André GideFrança22 Nov 1869 // 19 Fev 1951 Escritor

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br17 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

A presidente Dilma Rousseff sancionou sem vetos, na quin-ta-feira (14), a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016. É o primei-ro orçamento com emendas im-positivas, no qual o Poder Exe-cutivo é obrigado a executar as emendas parlamentares ao orça-mento da União (EC 86/15).

Os parlamentares terão direito a R$ 9 bilhões em emendas in-dividuais. Isso dará uma cota de R$ 15,3 milhões para cada um dos 513 deputados e 81 senado-res. Além disso, há previsão de R$ 4,5 bilhões para emendas de bancadas.

Para o relator do orçamento, deputado Ricardo Barros (PP--PR), o orçamento impositivo é uma conquista do Parlamento. “Consagra emenda impositiva de bancada, que é uma inova-ção importante para o parlamen-to. Cada estado escolheu uma emenda impositiva e uma obra importante e ela será executa-da impositivamente, decisão de bancada. Essa é uma decisão fundamental”, afirmou.

Receitas. O Orçamento da

União de 2016 estima que as receitas federais somarão R$ 2,954 trilhões, incluindo o orça-mento das estatais e os recursos levantados com a venda de títu-los públicos. A lei conta com uma arrecadação de R$ 10 bilhões com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) a partir de setembro.

Na avaliação de Ricardo Bar-ros, o governo terá um grande desafio de consolidar as receitas em razão dos vetos da lei de re-patriação de recursos do exterior (Lei 13.254/16) e da necessida-de de aprovar a proposta que recria a CPMF (PEC 140/15) no Congresso Nacional.

“É um orçamento que agora tem como principal desafio con-solidar as receitas que o governo colocou na proposta: repatriação e CPMF. O relator da receita [se-nador Acir Gurgacz (PDT-RO)] não queria incluir a CPMF, mas o Executivo derrotou o parecer no voto e inseriu o tributo”, comen-tou Barros. “É preciso saber ago-ra se tudo isso se ajusta e avaliar a parte do projeto da repatriação que foi vetada”, completou.

Despesas. A meta de supe-ravit primário foi fixada em R$ 24 bilhões para a União, e em R$ 6,5 bilhões para estados e municípios, em um total de R$ 30,5 bilhões (0,5% do PIB), sem a possibilidade de abatimento.

Do total de despesas, o Or-çamento estabelece ainda a destinação de R$ 500 milhões para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite o zika vírus (responsável pelos casos de microcefalia), a den-gue e a febre chikungunya.

Além de salário mínimo de R$ 880, o texto sancionado es-tima queda no PIB (- 1,9%), in-

Ricardo Barros considera que a obrigatoriedade de executar as emendas parlamentares é uma conquista

Orçamento de 2016 é sancionado sem vetos

Lei orçamentária deste ano será a primeira a ter a obrigação constitucional de executar as

emendas de autoria de parlamentares

flação de 6,47%, câmbio do dó-lar a R$ 4,09 e taxa básica de juros de 13,99%.

Fundo Partidário. O orça-mento também garante a trans-ferência de R$ 819 milhões para o Fundo Partidário. No projeto original que havia envia-do ao Legislativo no ano passa-do, o Executivo tinha proposto um repasse de R$ 311 milhões. Em 2016, haverá eleições mu-nicipais e será o primeiro pleito após a decisão do Supremo Tri-bunal Federal (STF) de proibir a doação empresarial para cam-panhas políticas.

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 18DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta: – Quantos rins nós temos? – Quatro! Responde o aluno. – Quatro? Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripu-diar sobre os erros dos alunos.

– Tragam um feixe de capim, pois temos um asno na

sala, ordena o professor a seu auxiliar.

– E para mim um cafezinho! Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.

O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era Aparício Torelly Apo-relly (1895-1971), o ‘Barão de Itararé’.

Por PAULA SPANPor muitos anos, o paciente

de 77 anos controlou sua diabe-tes tipo 2 tomando doses diárias de uma droga que diminui o açúcar no sangue. Como muitos idosos, hoje ele enfrenta diversos problemas médicos, incluindo alta pressão sanguínea e doença renal severa. Ainda assim, com quatro medicamentos vendidos sob prescrição médica, mais Tylenol para a dor na lombar, o paciente vai razoavelmente bem.

Ah, e ele é um exemplo hipotético, inventado por pes-quisadores da Universidade de Michigan e pelo Sistema de Atenção à Saúde de Veteranos, em Ann Arbor. O caso fictício foi enviado para profissionais de atendimento básico em centros médicos com perguntas sobre seu tratamento.

Os pesquisadores acredita-vam que a maioria das 600 pes-soas consultadas sobre o caso – médicos e enfermeiros – reco-nheceria que o paciente corria risco de desenvolver uma taxa perigosamente baixa de açúcar, conhecida como hipoglicemia. Mas não. Cerca da metade deles disse que não se preocu-pava com danos causados pelo regime de tratamento.

Há cada vez mais evidências de que idosos com diabetes, hipertensão e outras condições deveriam ser tratados de forma

menos agressiva. No entanto, como demonstraram este e outros estudos, transmitir essa mensagem aos médicos é uma tarefa difícil.

“Em nosso sistema de saúde, temos mais medo de deixar de fazer algo do que de fazer de-mais”, disse Jeremy Sussman, pesquisador no hospital de Ann Arbor.

Pelas diretrizes atuais, a maioria dos pacientes idosos com diabetes não precisa fazer seu nível de açúcar cair drasti-camente. As leituras da pressão sanguínea também poderiam subir até 150 milímetros de mercúrio para pressão sistólica. A meta anterior era mantê-la abaixo de 140.

Para complicar a questão, um grande teste de controle intensivo de pressão sanguínea relatado no “The New England Journal of Medicine” descobriu que pacientes aleatórios subme-tidos a uma meta extremamente baixa de pressão – 120 milí-metros de mercúrio ou menos – na verdade tiveram menores índices de mortes. O benefício foi verificado em pacientes com mais de 75 anos.

No entanto, o novo teste não incluiu pessoas com diabetes, que têm maior risco de pro-blemas cardiovasculares. Um estudo de 2008 descobriu que terapia intensiva para reduzir a

Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furio-so mestre:

– O senhor me perguntou quantos rins ‘NÓS TEMOS’. ‘NÓS’ temos quatro: dois meus e dois seus. ‘NÓS’ é uma ex-pressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie--se com o capim.

Moral da História:A vida exige muito mais

compreensão do que conheci-mento.

As vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros...

E haja capim!!!

Excesso de remédios prejudica idososglicose no sangue, na verdade, resultava em maior mortalidade.

Em idosos com diabetes, por exemplo, manter o açúcar no sangue muito baixo pode fazer mais mal do que bem. “As pessoas podem se sentir fracas, que vão desmaiar”, disse Tan-ner Caverly, principal autor da pesquisa de Michigan, publicada em “JAMA Internal Medicine”. Se ocorrerem, tais desmaios e quedas podem ter consequên-cias devastadoras.

Um grande estudo feito nos EUA por Sussman e colegas, publicado no “JAMA Internal Medicine”, revelou que a desin-tensificação raramente ocorre entre pacientes com mais de 70 anos. Revendo dados de mais de 211 mil pacientes, os pesqui-sadores descobriram que menos de 19% daqueles com pressão muito baixa tinham reduzido sua medicação. Somente 27% da-queles com açúcar muito baixo o haviam feito.

“Houve um enorme esforço para evitar o subtratamento”, disse Sussman. “Agora talvez muitas pessoas estejam sendo supertratadas.”

Muitos idosos ainda não apro-veitam as vacinas, que estão entre as proteções à saúde mais simples. Além disso, os america-nos mais velhos são submetidos a colonoscopias e mamografias em excesso. No ano passado,

um estudo descobriu que mais da metade dos moradores de lares de idosos com demência avançada, uma doença terminal, recebiam medi-camentos de valor questionável; cerca de um quinto tomavam estatinas para reduzir o colesterol.

“Quando você envelhece, os benefícios diminuem e os riscos aumentam”, disse Sei Lee, da Universidade da Califórnia em San Francisco. “O que era bom para você aos 55 anos pode ser ruim aos 75.”

Às vezes, os pacientes resis-tem. Sussman lembrou de um veterano de cerca de 80 anos que se orgulhava do modo como havia administrado sua doen-ça, testando seu sangue várias vezes por dia, injetando insulina, mantendo a glicose abaixo de 7. Mas ele havia perdido peso com a idade, e Sussman sugeriu que ele parasse com as injeções de insulina e começasse a tomar uma pílula. O homem experi-mentou, mas não se sentia con-fortável com o novo tratamento. Então, voltou a tomar injeções.Muitos médicos, por enquanto, podem não sugerir mudanças de tratamento. “Uma coisa é descobrir algo diferente e anima-dor e fazê-lo”, refletiu Sussman.“É mais difícil emocionalmente olhar para algo que você fez por muito tempo, pensar que talvez não seja tão bom e parar.”

ARROGÂNCIA DO MESTRE

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br19 DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016

A P A F E R JR. Álvaro Alvim, 21/2º andar. CEP: 20031-010. Centro. Rio de Janeiro - Sede Própria e-mail: [email protected]: www.apaferj.org.brTel/Fax: (21)2532-07472240-2420

DIRETORIAPresidente - José Marcio Araujo de AlemanyVice-Presidente - Rosemiro Robinson Silva JuniorDiretor Administrativo - Miguel Carlos Melgaço PaschoalDiretor Administrativo Adjunto - Maria Auxiliadora CalixtoDiretor Financeiro - Fernando Ferreira de Mello Diretor Financeiro Adjunto - Dudley de Barros Barreto FilhoDiretor Jurídico - Hélio ArrudaDiretor Cultural - Carlos Alberto MambriniDiretor de Patrimônio - Rosa Maria Rodrigues MottaDiretor de Comunicação Social - Antonio Carlos Calmon N. da Gama

CONSELHO REVISORNATOS:1. Wagner Calvalcanti de Albuquerque2. Rosemiro Robinson Silva Junior

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Jornal da APAFERJEditor Responsável: Carlos Alberto Pereira de Araújo Reg. Prof.: 16.783Corpo Editorial: Antonio Calmon da Gama, Carlos Alberto Mambrini, Fernando Ferreira de Mello, Miguel Carlos Paschoal, Rosemiro Robinson Silva Junior.Supervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanyEditoração e Arte: Jane Fonseca - [email protected]ão: Monitor MercantilTiragem: 2.000 exemplares

Distribuição mensal gratuita. Os artigos assinados são de exclusiva

responsabilidade dos autores

As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas, desde que citadas as fontes.

TRIÊNIO 2014 / 2016

ANIVERSARIANTES DE JANEIRO

Na última terça-feira do mês vamos fazer uma festa para comemorar

o seu aniversárioCOMPAREÇA!

Com a sua presença haverá mais alegria e confraternização.

03 - Aparecida Maria Nolasco Lima - Ibama/Agu03 - Regina de Moura Abelheira - C.P.II04 - Lyria Moreira Paiva - Mpas05 - Anna Lucia Tamm de Araujo Mo-reira - Incra06 - Reynaldo Freitas - Inss06 - Rita Cristina Zampa da Silva - Agu06 - Ronaldo de Castro A. P. e Albu-querque - Mpas07 - David dos Santos Andrade - Unirio07 - Milton Gomes Monteiro - Inpi08 - Ricardo José de Souza e Serpa - Agu08 - Ronaldo Lourenço Cataldi - M. Trans11 - Iranah da Silva L. dos S. Souza - Inss12 - Neisa Therezinha S. de Moraes - M. Saúde13 - Antonio Vidal Assimos - M. Saúde13 - Eduardo Henrique A. C. de Moraes - Agu15 - Felisbina de Jesus Amador Preto -

Inss16 - Maria Argentina L. de Macedo - M.saúde17 - Silene da Fonseca Monteiro - Inss19 - Helena Rosa Varella - Cnen19 - Hilda Afonso Echeverria Pinho - M. Faz20 - Elza Sebastiana Barreto - M. Saúde22 - Antonio Cesar Silva Mallet - Agu23 - Lucy Caminha de Almeida - Inss23 - Luiz Carlos Rabelo - M. Saúde24 - Egídio Antonio da Silva - Ufrj24 - Vanderlei José da Costa - C.P.II26 - Helio Rosalvo dos Santos - Inss26 - Ivana de Assis Doria - Ufrj27 - Ahyr Delício Mozer - Incra27 - Walter Faria Pacheco - Inss29 - Maria Conceição F. de Medeiros - Inss29 - Marlene Carneiro - C.P.II30 - Diniz Figueiredo dos Passos - C.P.II30 - Eloisa Elena de S. L. Ferreira - Inss31 - Rogerio Tompson de Lima - Inss

02 - Ana Maria Façanha Gaspar - Em-bratur02 - Edna Diehl Thomaz - C.P.II02 - Nelson Hamilton do Carmo - Inss02 - Paulo Sérgio Bruno - Agu04 - José Carlos de Saboia B.de Mello - M. Transp05 - Alexandrina Beatriz Távora Gil - M. Faz05 - Letice Santos de Sá e Benevides - Agu05 - Sandra Sampaio Sofia - Agu06 - Carlos Cardoso de O. P. do Rio - M. Agric.06 - José Maria Basílio da Motta - Ufrj06 - Newton Janote Filho - Fiocruz06 - Solange Maria Bezerra Ferrante - Agu06 - Victor Geammal - Incra07 - Rosa Maria Rodrigues Motta - Agu09 - Líbia Bessa Teixeira - Inss09 - Wagner C. de Albuquerque - M.saúde10 - Pedro Valentim de Carvalho - Inss10 - Sylvio Maurício Fernandes - Mog11 - Janayde Grice Feydit Elias - Agu11 - Luciana Eyer Mesquita de Barros - Agu12 - José Luiz de Andrade - Inss12 - Natalino Ferreira de Abreu - M.transp13 - Maria Eli Cardoso Lima - M.Saúde

13 - Norma Vachias - Ibge13 - Paulo Roberto N. da Silveira - Cnen13 - Waldir de Oliveira - Ibama15 - Maria Alice Alonso Ferreira - M. Saúde16 - José Carlos da Silva Damas - Inpi17 - Aline Rodrigues Santos - Inss17 - José Salvador Iorio - Mpas17 - Luiz Monteiro G. da Rocha - Cnen17 - Ruth Souza Santos - Inss18 - Edda de Gregório Costa - Incra18 - Neyde de Carvalho Cardoso - Inss20 - Cleber Pinheiro - Inss20 - Iza Geszikter Ventura - Incra21 - Livia Santos Machado - Inss21 - Rogeria Vivacqua R. Meirelles - Inpi22 - Marília Machado Ruas - Mpas22 - Vicente dos Santos Araujo - Ufrj23 - Jair Carvano - Inss23 - José Maria Soares Lamas - Cnen23 - Jurandir de Sá Palmeira - Inss23 - Oswalnir Fernandes - M. Saúde24 - Antônio Araújo - M. Saúde25 - Ariosto Zeferino Pinto - Ufrj25 - Lucia Rodrigues S. Lorosa - Ufrj26 - Sandra Quinteiro Corréa - Agu27 - Ana Lúcia Lemos Fradera - Inpi27 - Emília Maria de Araújo Miranda - Ufrj28 - Mauro Dias Pereira - Agu28 - Thereza de Jesus Silva - Agu

ANIVERSARIANTES DE FEVEREIRO

JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 20DEZEMBRO • 2015 / JANEIRO • 2016 JORNAL DA APAFERJ - www.apaferj.org.br 20NOVEMBRO 2015

PEÇO A PALAVRA

Rosemiro Robinson S. JuniorVice-Presidente

Meus caros e fiéis leitores: quando escre-vi o artigo de-

nominado PARIDADE, publicado na edição de novembro de 2015, cometi, inconscien-temente, um pecado quase imperdoável: esqueci os votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo, o que faço agora, tardiamente, mas com absoluta sinceridade.

É inegável admi-tir-se que o ano de 2015, que recente-mente findou, foi o ano do “quase”, em que obtivemos ex-pressiva vitória na votação no 1º turno, na Câmara dos De-putados, quando foi aprovada a PEC nº 443/2009, que cog-nominei de PEC da Redenção, tendo fi-cado comovido com a magnífica atuação de jovens Procuradores e Procuradoras, convic-tos da imensa impor-tância da supracitada PEC.

Lamentavelmen-te, apesar do imenso esforço despendido, com a finalidade de se reparar secular injustiça com que vêm sendo tratados os Advogados Públicos

Federais, voltamos ao status quo ante-rior, na esperança de que, no ano de 2016, atingiremos os nossos legítimos e relevantes objetivos, obtendo o reconhecimento, por parte do Congresso Nacional, da proce-dência de nossas rei-vindicações, lastrea-das na Lei, no Direito e na Justiça.

É de notar que a nossa infelicidade se concretizou, porque a votação ocorreu em momento altamente caótico e turbulento que vive o Brasil, mer-cê da inflação cres-cente, do aumento de desemprego e da fuga dos investidores ex-ternos, não se deven-do fazer abstração do triste quadro político e do câncer da cor-rupção, resultando em situação plenamente desfavorável para a obtenção dos nossos pleitos.

Contudo, inobstan-te não desconhecer a terrível realidade econômico-financeira que assombra os bra-sileiros, é da nossa obrigação continuar-mos na luta árdua e incessante, na certe-za de que um dia os governantes nos farão a ansiada e merecida justiça, conceden-do-nos o que de há muito nos é devido.

Evidencie-se que, durante a votação

liminarmente referida, alguns ilustres e eru-ditos parlamentares chegaram a classificar a PEC nº 443 como “pauta-bomba”, igno-rando que os efeitos financeiros da aludida PEC somente vigo-rariam 2 anos após a sua promulgação, fa-zendo tabula rasa dos fundamentos cons-titucionais, fáticos e lógicos que amparam nossas pretensões e menoscabando a ex-pressiva arrecadação carreada para o Erá-rio, em razão da de-dicada e competente atuação dos Advoga-dos Públicos Federais.

Se não bastasse isso, foi encaminhado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacio-nal o anteprojeto de lei regulamentando dispositivo do Códi-go de Processo Civil, no sentido de serem pagos àqueles Advo-gados os honorários de sucumbência, ex-cluindo os aposenta-dos, vítimas prediletas dos tecnocratas, que afrontam, uma vez mais, os expressos

termos do artigo 7º da Emenda Constitucio-nal nº 41/2003, que ra-tificou o § 8º do artigo 40 da Carta Magna de 1988.

Como se vê, a batalha que se avizi-nha será formidável e desgastante, compe-lindo-nos a atuar no Congresso Nacional em duas frentes: a primeira, com a reto-mada da campanha pela aprovação da PEC nº 443/2009 e a segunda, consistindo na inclusão no ante-projeto que cuida dos honorários de sucum-bência dos Advoga-dos Públicos Fede-rais Aposentados, os quais, durante uma geração, contribuíram para o crescimento e valorização do Estado, merecendo tratamento isonômico com sede constitucional.

É de lamentar, ain-da, que, em circuns-tâncias tão difíceis, alguns colegas fujam da batalha, afastando--se de sua Entidade representativa, em clara manifestação de egoísmo, insensi-

bilidade e ingratidão, desprezando o anti-go e sábio axioma: a União faz a Força, esquecidos, também, das inúmeras e memo-ráveis conquistas ob-tidas durante décadas de trabalho incessante e exaustivo.

Entretanto, para nosso gáudio, são bem poucos os deser-tores, permanecendo firmes e solidários os colegas que compõem a expressiva maioria dos associados, atitu-de que reforça o nos-so ânimo de continuar na liça, até conse-guirmos a vitória final, inspirados nos ines-quecíveis exemplos de colegas já falecidos e que, até o fim de suas vidas, honraram a nobre profissão que exercemos, crendo que a Esperança é a chama majestosa que afasta as trevas do Pessimismo.

Como escrevi alhu-res, a omissão é cô-moda, mas incompatí-vel com as obrigações inerentes ao verdadei-ro Advogado, que tem de porfiar, com deno-do, na defesa dos di-reitos dos seus repre-sentados, acreditando sempre que um dia, apesar de eventuais frustrações, haverá de prevalecer, soberana e irretocável, a perene trindade acima men-cionada: Lei, Direito e Justiça!

Lei, Direito e JustiçaInterpretatio cessat

in claris“A interpretação cessa

no que é claro”