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JUNHO 2012 ANO 4 NMERO15
QUALITAS:FIATCHRYSLERDEFINENOVASESTRATGIAS
MONTADORAS:TECNOLOGIASPARAOSCARROSDOFUTURO
VWSOCARLOSELEVAAPRODUODEMOTORES
ROBERTO CORTESGARANTE PRESTGIO DA MAN
AutomotiveAutomotive
PRMIO AUTOMOTIVE BUSINESS
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34 MATRIA DE CAPA | PRMIO REI
Vencedora de seis das 16 categorias da premiao, a fabricante de caminhes e nibus foi o grande destaque. Entenda como Roberto Cortes, profissional do ano, conduz a empresa garantindo novo recorde de crescimento a cada ano
8 ALTA RODA ESPAO PRIORITRIO Carro pequeno por fora e grande por dentro
12-30 MERCADOIVECO RENOVA TECTORSemipesado entra na briga
LAND ROVEROito marchas em parte da linha diesel
CITRON DS3Ofensiva premium
INOVAO DA SKFRolamentos de plstico
CHEVROLET SONIC De olho nos jovens
PEUGEOT 508O sed mais sofisticado da marca
CAMINHES DAFOtimismo com o Brasil
LEGISLAO DE AIRBAGSTakata ter nova planta
ROBERTO CORTES,O REI QUE GARANTE
O PRESTGIODA MAN
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32 VW | INVESTIMENTO SO CARLOS MAIS PRODUTIVA Unidade faz 3,8 mil motores por dia
40 PRMIO QUALITAS FIAT CHRYSLER DEFINE NOVAS ESTRATGIAS
48 LANAMENTO FIAT ATUALIZA LINHA Novos Siena EL, Palio Weekend e Strada
52 PRMIO TOYOTA RECONHECIMENTO AOS FORNECEDORES Yazaki e Guidi so campes em qualidade
54 MATERIAIS TECNOLOGIA PARA O CARRO DO FUTURO Montadoras buscam leveza e sustentabilidade
54 Ao60 Pneus62 Vidros64 Borracha66 Plsticos68 Reciclveis72 Tratamento de superfcie74 Pintura77 Lubrificantes
80 LOGSTICA OPERADORES FOCAM EM EMERGENTES Solues para driblar falta de infraestrutura
82 IMPLEMENTOS RODOVIRIOS SETOR CONFIANTE NO 2 SEMESTRE Inteno reverter queda
86 COBIA UTILIDADES ESSENCIAIS Para todos os estilos
Coletor deadmisso
Novo Siena EL
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EDITORIAL
Paulo Ricardo [email protected]
REVISTA
www.automotivebusiness.com.br
Editada por Automotive Business, empresa associada All Right! Comunicao Ltda.
Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuio direta a executivos de fabricantes
de veculos, autopeas, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias,
empresas de engenharia, transporte e logstica e setor acadmico.
DiretoresMaria Theresa de Borthole Braga
Paula Braga PradoPaulo Ricardo Braga
EditorPaulo Ricardo Braga
(Jornalista, MTPS 8858)
RedaoCamila Franco, Giovanna Riato, Mrio
Curcio, Paulo Ricardo Braga, Pedro Kutney e Sueli Reis
Colaboradores desta edioFernando Calmon, Igor Thomaz, Jairo Morelli,
Luciana Duarte, Marta Pereira, Natalia Gmez, Sueli Osrio
Design grfico
Ricardo Alves de Souza
Fotografia, produo e capaEstdio Luis PradoTel. 11 5092-4686
www.luisprado.com.br
PublicidadePaula B. PradoCarina CostaGreice Ribeiro
Monalisa Naves
Atendimento ao leitor, CRM e database
Josiane Lira
Comunicao e eventosCarolina Piovacari
Media Center e WebTV Marcos Ambroselli
ImpressoMargraf
DistribuioACF Accias, So Paulo
Redao e publicidadeAv. Ira, 393, conjs. 51 a 53, Moema,
04082-001, So Paulo, SP, tel. 11 5095-8888
A entrega de trofus aos vencedores do Prmio REI Reconhecimento Excelncia e Inovao, no Sheraton WTC, em So Paulo, dia 30 de maio, recebeu trs centenas de profissionais da indstria automobilstica brasileira para conhecer, no ambiente agradvel e luxuoso do Club A, os vencedores em 16 categorias.
O Prmio REI promoveu a eleio final entre os leitores da newsletter Automotive Business, enviada diariamente a 25 mil endereos de e-mail, e entre os participantes do III Frum da Indstria Automobilstica, que ocorreu dia 9 de abril, no Golden Hall do WTC, em So Paulo. Os finalistas foram selecionados por 22 jurados.
A MAN Latin America foi a grande vencedora. Roberto Cortes, CEO da companhia, foi apontado Profissional do Ano por um jri independente. Eleita Empresa do Ano, concorrendo com Delphi, Fiat Automveis e Iveco, a MAN LA foi vitoriosa tambm em outras quatro categorias: Caminho; Eltrico e Hbrido; Engenharia, Tecnologia e Inovao; e Manufatura.
O Automvel do Ano foi o Hyundai Elantra e o Comercial Leve o Range Rover Evoque. O Caminho do Ano foi o VW Constellation 24.280 6x2, com motor MAN D08 e tecnologia EGR. O MAN 17.280 6x2 hbrido, com tecnologia Kers, semelhante quela dos carros de Frmula 1, deu MAN o prmio REI nas reas de Eltrico e Hbrido e Engenharia, Tecnologia e Inovao.
A Cummins, autora do programa Pano Pra Manga, recebeu o prmio REI na categoria Responsabilidade Socioambiental. A campanha criada pela Agncia Fiat para o Fiat 500, tendo Dustin Hoffman como protagonista, valeu montadora o Prmio REI de Marketing e Propaganda. A ID Logistics conquistou o prmio de Logstica com a reengenharia para dar flego fbrica da Meritor em Osasco, aps a recuperao da crise iniciada em 2009.
Na rea de Autopeas os vencedores foram a Meritor, em Metlicos (cards que dispensam manuteno), Bosch, em Powertrain e Sistemistas (Flex Start, que elimina o tanquinho nos motores EC5 da PSA Peugeot Citron), Saint-Gobain, em Qumicos (para-brisa com propriedades acsticas que neutralizam rudos em baixa e alta frequncias), e Delphi, em Eletrnicos (nova central eltrica Mapec 3.0 para mercados emergentes).
Automotive Business foi conhecer a DAF, na Holanda e Blgica, com o editor do portal, Pedro Kutney. Acompanhamos passo a passo tambm a entrega do Prmio Qualitas, com a jornalista Giovanna Riato.
At a prxima edio.
A MAN, ROBERTO CORTESE TANTOS OUTROS REIS
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Fernando Calmon jornalista especializado na
indstria automobilstica [email protected]
Leia a coluna Alta Roda tambm no portal
Automotive Business.
patrocinadora
necedores, tero que se aproximar de arquitetos de interiores ao criar futu-ros modelos. Especialis-tas ouvidos pela Automo-tive News indicam os ca-minhos traados de forma geral: bancos mais finos; controles, comandos e bo-tes menores na cabine; li-nhas do teto repensadas; motores e cmbios com-pactos que exigem me-nos espao sob o cap (de quebra adicionam espao ao habitculo); mudanas na arquitetura dos chas-sis para colocar eixos dian-teiro e traseiro o mximo possvel nas extremidades.
A questo no se resol-ve apenas reposicionando as colunas da carroceria para conseguir lugar extra para cabeas e pernas. As colunas precisam ser tam-bm mais finas sem per-der resistncia. Trata-se de uma luta por cada cen-tmetro aqui ou acol. En-tre os exemplos esto o novo Beetle cujo desenho do teto foi achatado, jun-tamente com o maior en-tre-eixos, e o Toyota iQ, de apenas trs metros de comprimento, que reposi-cionou desde o tanque de combustvel at a caixa de direo, alm de compac-tar o sistema de ar-condi-cionado.
Especialista em bancos, a francesa Faurecia admi-
te que inspirao possa vir das cadeiras de escritrio, compactas e confortveis. Mas h dvidas se os com-pradores aceitariam dese-nhos arrojados nos ban-dos dianteiros, que pro-porcionam ganho sensvel de espao para as pernas do passageiro atrs. Pre-cisa combinar com quem senta na frente, tambm desejoso de conforto...
A empresa trabalha nu-ma nova gerao de ban-cos prevista para estrear em 2014. No ter estru-tura convencional metlica e ser fabricado em resi-na e termoplsticos, o que tambm diminuir a mas-sa do conjunto. A retirada das trelias de metal leva-r a menor necessidade de espuma para manter o n-vel ideal de maciez e con-forto. O resultado aparece na forma de encostos bem mais finos e assentos que permitem espao adicio-nal para os ps de ocupan-tes do banco traseiro.
Se aplicada a nova tec-nologia aos bancos dian-teiros e traseiro, o ganho potencial de espao lon-gitudinal na cabine pode-r chegar a 5 cm e, em al-guns casos, a 7,5 cm. O melhor cenrio a alcanar: diminuir o comprimen-to total do carro e aumen-tar o espao para todos os ocupantes.
um dos maiores de-safios que os fa-bricantes de vecu-los tero pela frente en-colher o tamanho exter-no dos carros, sem com-prometer espao e con-forto internos. O objeti-vo de diminuir o consumo de combustvel e con-sequentemente emisses de CO2, um dos gases de efeito estufa no pode depender exclusivamente de motores, transmisses e novos materiais leves. Economizar peso depende tambm de dimenses ex-ternas menores.
Essa batalha concen-tra-se especialmente nos EUA, onde h rigorosas metas compulsrias de economia de combustvel no mdio e longo prazos, e existe uma cultura de desperdcio de espao nos automveis. Na realidade, essa uma preocupao mundial porque rearranjar o habitculo a fim de me-lhorar a vida a bordo es-t entre as prioridades de qualquer mercado. Mes-mo naqueles onde carros menores so os preferidos por seu menor preo, co-mo o caso do Brasil e v-rios outros. Afinal, conges-tionamentos e escassez de lugares para estacionar so comuns.
Engenheiros, tanto de fabricantes como de for-
ALTA RODA
ESPAOPRIORITRIO
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FERnAndO CAlmOn
BMW permanece es-pera de definio sobre cotas de importao que a Abeiva negocia com o governo desde o ano pas-sado. Se anunciadas pa-ra incentivar quem quer construir fbricas no Bra-sil, a marca alem anun-ciar a unidade fabril em Santa Catarina at fi-nal de julho. Chances de produo aqui vo alm de 80%, admite fonte da empresa.
VENDAS de importa-dos continuam em queda acentuada, superior a 35% em relao ao mesmo pe-rodo de 2011. A depres-so se acentua porque era tempo de dlar barato e sem IPI adicional. Algumas revendas, especialmen-te de marcas chinesas, fe-charam as portas. Consu-midor tambm ficou cau-teloso, menos propenso a aceitar marcas novas.
PALIO Weekend 2013 re-cebeu retoques na parte frontal e melhorias inter-nas. Duas chamam a aten-o e antes eram motivos de queixas: bancos diantei-ros apresentam outra es-trutura, regulagem de al-tura facilitada e assentos com maior apoio para as coxas, alm de bom apoio para p esquerdo do moto-rista. Preos de R$ 41.490 (Attractive 1.4) a R$ 51.550 (Adventure 1.8).
PICAPE Strada tambm recebeu as mesmas modi-ficaes, assim como o Pa-lio EL (inclusive friso croma-do na grade inspirado no Fiat 500), substituto da ver-so Fire. Nos trs modelos, ponto destoante a protu-berncia, acima da tampa do porta-luvas, onde se alo-ja o sistema de bolsa infl-vel. nica soluo possvel, pois no foram projetados para incluir airbags.
PLANOS da Ford so de produzir novo Fiesta ha-tch em So Bernardo do Campo (SP). Em Cama-ari (BA) ficam EcoSport e Ford Fiesta atual (ha-tch e sed). Novo Fiesta sed, em princpio, conti-nuaria a vir do Mxico pa-ra equilibrar exportaes e importaes. No entan-to, sed tambm poderia ser feito aqui no Brasil, se importaes continuarem restritas.
QUANDO o novo Citron C3 chegar, em agosto, o modelo atual lanado em maio de 2003 e quase sem mudanas at hoje ser descontinuado. Estratgia oposta da marca princi-pal do grupo, pois a Peuge-ot continuar vendendo o 207 (206 retocado), depois de lanar o 208 em janeiro do prximo ano. Mesmo na Europa, 206 e 207 convive-ram por uns tempos.
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FrdriC drouin, diretor-geral da peugeot para o Brasil e amrica latina
RODA VIVA
ESPAOSO e com es-tilo atraente (um pouco menos elegante quan-do visto de traseira), Peugeot 508 tem pre-o bastante competitivo: R$ 119.900,00. Apesar de seu interior de primei-ra classe (s extintor de incndio atrapalha os ps no banco ao lado do mo-torista) e conjunto mo-triz condizente, a concor-rncia em modelos desse porte deixa pouco espao para marcas generalistas.
NADA empolgante o novo compacto da Toyo-ta, Etios, a ser lana-do em setembro. Proje-to atrasou mais de trs anos. Estilo, em especial do sed, pouco atrativo. Ao contrrio de outro ja-pons, Nissan Micra, dis-pensou motor de 1 litro e seu imposto menor. Pai-nel interno tem proble-mas estticos e de fun-cionalidade.
VERSO Sporting, do Bravo, tem decorao discreta e altura de sus-penso igual da ver-so realmente espor-tiva, a T-Jet. Com te-to solar de srie e ou-tros equipamentos cus-ta R$ 58.140, apenas R$ 5 mil sobre a verso de entrada, Essense. Melho-rias no cmbio automati-zado: estratgia de troca de marchas bem til em ultrapassagens.
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De olho na principal categoria do mercado de caminhes do Brasil, a de semipesados, na faixa de 16 a 23 toneladas de peso bruto total (PBT), a Iveco lanou a nova gerao do Tector, o terceiro da famlia Ecoline (Euro 5), e com ele projeta crescer um ponto porcentual ao ano na participao deste mercado, que corresponde a 35% dos veculos comerciais vendidos no Pas.
A aposta no mercado brasileiro se fundamenta pela sua importncia na Amrica Latina, explica o presidente da Iveco para a regio, Marco Mazzu: O Brasil representa 70% do mercado de caminhes na Amrica Latina, ou seja, para ser grande na regio preciso ser grande aqui.
A Iveco encerrou 2011 com 20% de participao no mercado latino-
americano, ao entregar 34 mil unidades, volume 30% maior do que o registrado no ano anterior. No Brasil, os negcios crescem mais do que a mdia do mercado desde 2007, informa Mazzu, quando a marca iniciou seu plano de acelerao das vendas em toda a regio.
Apesar do cenrio atual de desacelerao do mercado de caminhes, o presidente da Iveco aposta em retomada a partir do segundo semestre. Mesmo assim, admite que as vendas totais devem cair entre 15% e 20% com relao a 2011, quando foram vendidas 173 mil unidades no Pas.
SEMIPESADOSEm 2008, quando o Tector foi lanado, a categoria de semipesados representava 3% das vendas da Iveco no Brasil, ndice que chegou a 7,4%
MErcADO
no ano passado, informa o diretor comercial Alcides Cavalcanti, que projeta vendas entre 4,5 mil e 4,8 mil unidades do novo produto em 2012, das quais 60% devem ser da verso de entrada.
Disponvel em duas opes de acabamento, Iveco Tector e Iveco Tector Attack, os preos partem de R$ 147 mil para a verso Attack 4x2, e atingem R$ 255 mil, caso do top de linha 6x2.
rENOVAO Da linha Euro 5, alm do Tector, esto no mercado as novas verses do leve Daily, entre 3,5 e 7 toneladas de PBT, e o Trakker, caminho pesado fora de estrada para at 74 toneladas. A linha Ecoline demandou dois anos de desenvolvimento e aporte total de R$ 200 milhes, parte do ciclo de investimento de R$ 470 milhes. n
IVECO AVANA EM SEMIPESADOS COM NOVO TECTOR
SUELI REIS, de Salvador (BA)
MArCA lANA MODElO EurO 5 DE OlhO NO MAIOr fIlO DO MErCADO DE CAMINhES NO PAS
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MRIO CURCIO
Os Range Rover Sport e Discovery 4 equipados com motor turbodiesel V6 usam agora uma transmisso ZF automtica de oito marchas, o que pode at parecer exagero, mas os carros ficaram muito agradveis de dirigir e bastante silenciosos, mesmo em estrada. O cmbio de oito marchas, que substitui o de seis velocidades, j utilizado no Range Rover Vogue, semelhante transmisso ZF que equipa a verso automtica da picape VW Amarok.
O Ranger Rover Sport com o novo conjunto motor-cmbio tem preo sugerido de R$ 337,9 mil e o Land Rover Discovery 4 parte de R$ 243,9 mil. O motor 3.0 turbodiesel produz agora 256 cavalos, 11 cv a mais que o anterior, e se enquadra no Proconve L6, programa que rege os limites de emisses de poluentes para veculos leves a diesel.
mercado
FlvIO PadOvan, presidente da Jaguar Land Rover AL e Caribe
Carros esto mais potentes e agradveis de dirigir
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o avano dos RanGE ROvER SPORT
e dISCOvERY 4
evoQUe QUeBra paradigmas Depois de apresentar os novos Land Rover diesel de oito marchas, Padovan falou sobre o crescimento da Land Rover no mercado na-cional, num caminho contrrio ao dos demais importadores sem fbrica no Brasil, que registraram queda de 16,3% no acumulado janeiro-maio. A alta da Land Rover foi motivada especialmente pelo sucesso do Range Ro-ver Evoque, que teve mais de 2,5 mil unidades emplacadas do fim de 2011 at o comeo de junho. um carro que quebrou paradigmas para a Land Rover. O Evoque tem o poder de atrair clientes que no eram consumidores da marca, assim como ocorreu com o Freelander. Sua procura nas con-cessionrias acabou gerando a venda de outros modelos, afirma Padovan.
Os dois carros foram apresentados pelo presidente da Jaguar Land Rover para a Amrica Latina e Caribe, Flvio Padovan, dias antes das medidas anunciadas pelo governo para estimular as vendas no setor. O executivo, que tambm preside a Abeiva, queixava-se da tributao incidente sobre os veculos vindos do exterior, que eleva em quase 200% os valores finais dos veculos. Na poca, Padovan aguardava medidas especficas do governo que ajudassem os sem-fbrica, mas estas no vieram.
PerFormaNceTanto o Discovery 4 como o Range Rover Sport so muito bons de dirigir. O primeiro transporta sete pessoas e traz muito espao interno. O Range Rover Sport o que tem a tocada mais precisa em curvas fechadas ou alta velocidade. Segundo a Land Rover, ele acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos, marca muito boa
para um veculo de mais de 2.500 kg. A mxima de 200 km/h.
O Discovery 4 leva 9,3 segundos para atingir os 100 km/h e tem mxima de 180 km/h. Os dois carros so dotados de trao integral, reduzida e recursos eletrnicos como o Terrain Response, que facilita o controle do veculo mesmo em piso muito ngreme e escorregadio. No console central, um comando giratrio substitui a alavanca do cmbio. As marchas so trocadas por shift pads, aquelas borboletas instaladas atrs do volante. Outra novidade que equipa os novos utilitrios esportivos so as telas de oito polegadas nos encostos de cabea, acompanhadas por fones de ouvido sem fio.n
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MERCADO
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A Citron d mais um passo em sua ofensiva no mercado nacional com o DS3, compacto que estreia a linha de luxo da fabricante francesa no Brasil. O modelo pretende atrair os clientes que buscam diferenciao, exclusividade e uma dose de esportividade.
Por R$ 79,9 mil, a novidade vai disputar espao no mercado com outros carros de imagem, como Audi A1, Mini Cooper e Hyundai Veloster. A pretenso vender 250 unidades do DS3 por ms dentro de um segmento que, segundo a Citron, emplaca 2,3 mil carros por ms.
O volume ambicioso, j que os concorrentes da Audi e da Mini registraram mdia mensal de 100 a 150 unidades at abril. Os adversrios, no entanto, tm preos mais altos. O
compacto chegou s concessionrias no incio de junho com uma fila considervel de 1,3 mil interessados.
PERSONALIZAO Importado da Frana, o DS3 chega ao mercado nacional com diversas opes de personalizao. A possibilidade de tornar cada veculo nico uma das grandes apostas para impulsionar as vendas. O DS3 um carro para quem gosta de chamar a ateno. Ele tem grande potencial de mercado. Atrai as mulheres por ser bonito e os homens interessados em potncia e performance, analisa Cla Tiepo, gerente de produto e mercado da marca.
Mesmo com dimenses compactas, com 3,95 metros de comprimento, 1,71 m de largura e 1,48 m de altura, o carro promete
conforto para at cinco ocupantes e oferece porta-malas de 280 litros. A propulso fica a cargo do motor 1.6 de 16 vlvulas desenvolvido em parceria com a BMW, com turbo de alta presso, injeo direta de combustvel e 165 cv de potncia. O DS3 vem de srie com freios ABS, ESP, sigla em ingls para programa eletrnico de estabilidade, alm de seis airbags, incluindo laterais e de cortina. O nico opcional disponvel o revestimento de couro para os bancos, por R$ 2,9 mil. H ainda as diversas opes de personalizao, como os adesivos de teto, disponveis nas concessionrias a partir de R$ 700 mais a mo de obra.
VENDAS NO BRASIL Depois de ampliar a participao no mercado em 2010 e 2011, com o lanamento do Aircross e do C3 Picasso, a montadora francesa perdeu espao no primeiro quadrimestre de 2012. Houve reduo de quase 0,7 ponto porcentual de participao, para 2,1%. A empresa, dcima colocada no ranking, viu as vendas encolherem 26,4% na comparao com o mesmo perodo do ano passado, para 22,1 mil unidades.
Apesar da queda, a fabricante tem a meta de vender 100 mil unidades no Brasil este ano, com 2,7% de participao no mercado. O volume representa expanso de 11% sobre o resultado do ano passado. Cla afirma que, com o desconto no IPI, a marca no ter dificuldade para alcanar o objetivo. Devemos superar esse volume, acredita. n
Meta vender 250 unidades do coMpacto preMiuM por Ms
CITRON DS3 esQuenta disputa peLo Mercado de LuXo
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GIOVANNA RIATO
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A SKF apresenta rolamentos de suspenso fabricados com plsticos de engenharia para veculos de passeio e SUVs. Eduardo Mendes, gerente de vendas automotivas, informa que o produto, disponvel no mercado internacional h alguns anos, comea a ganhar espao no Brasil. Apresentamos o novo rolamento para as fabricantes locais, demonstrando as vantagens competitivas, mas ainda no h contrato fechado. As negociaes esto em andamento.
Os novos rolamentos levam pouco ao em sua estrutura em comparao
com os tradicionais. Eles so fabricados h dois anos na planta da SKF em Cajamar (SP) e so, por enquanto, dedicados exportao para Estados Unidos e Coreia do Sul. H expectativa de que os primeiros clientes locais comecem a despontar este ano. Por se tratar de uma tendncia mundial, nossa proposta tem despertado interesse de montadoras para plataformas globais que sero lanadas em dois ou trs anos.
SUELI REIS
eMpresa oferece roLaMento a Montadoras no BrasiL
SKF inova coM pLstico
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Mendes ressalta que a empresa conversa com todas as montadoras que produzem veculos no Brasil e bate porta de newcomers como a JAC.
A SKF apresentou o portflio de produtos, incluindo
rolamentos de plstico, durante
workshop com potenciais fornecedores
da montadora chinesa em Camaari (BA), onde a JAC
pretende construir sua fbrica. n
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Saiba mais sobre o workshop
QUEM DEVE PARTICIPAR?Profissionais de planejamento, estratgia, marketing, vendas e finanas de montadoras, autopeas e servios empenhados na elaborao de levantamentos e estudos que daro forma final ao planejamento de 2013.
INFORMAES E INSCRIESwww.automotivebusiness.com.br - [email protected] 11 5095-8888 /8882/8883
PROGRAMA 8h30 s 17h00
PLANEJAMENTO 2013O que determinar o ritmo das empresas do setor automotivo em 2013?LETCIA COSTA, Scia-Diretora, Prada Assessoria
ESTRATGIAS EM ENGENHARIA, PRODUTO, P&D E INOVAOPlanejamento de produto e da inovao. P&D. Fontes de recursos. Capacitao profissionalBRUNO JORGE SOARES, Projects Leader, ABDI
LUC DE FERRAN, Consultor
VALTER PIERACCIANI, Scio-Diretor, Pieracciani
COMPETITIVIDADE NA INDSTRIA AUTOMOBILSTICAOs desafios da produtividade e da competitividade localSTEPHAN KEESE, Scio-Diretor, Roland Berger
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Patrocnio
O workshop ser realizado em momento oportuno para rever estratgias e avanar nos levantamentos e estudos que daro forma final ao planejamento de 2013. O programa traz profissionais experientes na leitura das tendncias na economia, familiarizados com as transformaes na indstria automobilstica brasileira. Voc receber informaes valiosas, incluindo projees para a economia e a indstria, alm de anlises que permitiro compreender os movimentos na rea de desenvolvimento de produto, engenharia e cadeia de suprimentos.
TEMAS EM PAUTA. Evoluo da economia global e brasileira - cenrios e indicadores. A indstria automobilstica global e brasileira - anlise e projees. Engenharia e planejamento do produto. Pesquisa e desenvolvimento, inovao. Fontes de recursos, capacitao de pessoal. Planejamento da cadeia de suprimentos. Evoluo e projees para a indstria de autopeas. Produtividade e competitividade - desafios para a indstria brasileira. O novo regime automotivo - as regras e o que muda para as empresas em 2013
PLANEJAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOSO impacto da globalizao e do regime automotivo na estratgia de suprimentos e logstica automotivaOSIAS GALANTINE, Diretor de Compras, Grupo Fiat Chrysler
PROJEES PARA A INDSTRIA AUTOMOBILSTICAEstatsticas para autopeas e montadoras. O efeito do programa de eficincia energticaPAULO CARDAMONE, Managing Director, IHS Automotive South America
OS CENRIOS PARA A ECONOMIAA evoluo da economia internacional, das commodities e dos principais indicadoresOCTAVIO DE BARROS, Diretor de Pesquisas e Estudos Econmicos, Bradesco
O IMPACTO DO NOVO REGIME AUTOMOTIVOQuais as regras e benefcios do novo regime? O que muda para as empresas?PAULO BEDRAN, Diretor, Departamento de Indstrias de Equipamento de Transporte, SDP, do MDIC, e Coordenador do Conselho de Competitividade do Setor
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MERCADO
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C omearam em junho as vendas do Chevrolet Sonic, primeiro automvel trazido da Coreia do Sul pela General Motors do Brasil. O carro feito na fbrica de Bupyong-Gu, em Incheon. O modelo vem em duas verses de acabamento, LT e LTZ, e duas carrocerias, hatch e sed. O motor Ecotec 1.6 16V, com duplo comando de vlvulas varivel, produz at 120 cavalos quando abastecido com etanol. A transmisso pode ser manual de cinco marchas ou automtica, com seis.
Os preos esto entre R$ 46,2 mil e R$ 53,3 mil para o hatchback e entre R$ 49,1 mil e R$ 56,1mil para o trs-volumes. Por causa de seu porte e faixa de preo, o Sonic brigar com os nacionais Honda Fit e City e com os mexicanos New Fiesta hatch e sed. do Mxico, alis, que o Sonic passar a ser importado at o fim do ano, o que em tese favoreceria a reduo do preo ao consumidor, mas a General Motors no admite essa possibilidade: Seria pouco srio baixar o preo quatro ou cinco meses depois do lanamento, afirma o diretor de marketing, Gustavo Colossi.
Ele tambm descarta a produo do carro no Brasil: Seria preciso fazer grandes modificaes em uma fbrica,
DUAS oPES: hatch (acima) e sed
vm da Coreia do Sul. Depois sero
trazidos do Mxico
MRIo CURCIo, de Indaiatuba (SP)
O CARRO fOi desenvOlvidO nA COReiA dO sul, em veRses sed e hAtCh, COm A pARtiCipAO de engenheiROs bRAsileiROs
CHEVRoLET SoNIC QueR COnQuistAR JOvens
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mercado
o Sonic vendido em mais de cem mercados e tambm utiliza o nome Aveo. Foi desenvolvido pelo estdio de design da Coreia do Sul, mas teve a participao da engenharia da General Motors do Brasil. Durante seu desenvolvimento, engenheiros rodaram 1,7 milho de quilmetros em 360 prottipos. Para o Brasil, o carro recebeu modificaes em freios, direo e suspenso, alm da adequao do motor para utilizar etanol ou gasolina em qualquer proporo. Segundo a GM, o reservatrio de gasolina para partida a frio (tanquinho) o ni-co componente brasileiro instala-do no carro.
O interior bem desenhado ga-rante boa posio de dirigir e o desempenho propiciado pelo motor Ecotec 1.6 vai atender a maioria de seus compradores. As suspenses tm bom acerto e agradam mesmo quando o piso bastante irregular. A transmis-so automtica permite trocas sequenciais por um boto es-querda da alavanca. No h op-o por aquelas borboletas atrs do volante. A distncia entre eixos de 2,5 metros garante bom espao in-terno. O porta-malas do sed comporta 477 litros (86 litros a menos que o do Chevrolet Co-balt). O do hatch leva 265 litros, apenas cinco litros a mais que o do Chevrolet Celta. Ambos os So-nic tm banco traseiro rebatvel.
Desde a verso LT o carro traz direo hidrulica, ar-condiciona-do, airbags dianteiros, computa-dor de bordo, freios com ABS e programa eletrnico de estabili-dade. Vidros, travas e retroviso-res tm acionamento eltrico. A opo LTZ traz tambm controles de udio no volante, faris de ne-blina e opo automtica, entre outros itens.
engenhARiA bRAsileiRA e tAnQuinhO nO pROJetO glObAl
por isso a vinda do Mxico ser um caminho natural. Automotive Business tambm ouviu o vice-presidente da GM do Brasil, Marcos Munhoz. Antes de falar sobre a rentabilidade dos primeiros carros que esto vindo da Coreia do Sul, ele faz uma pausa, reflete e franze a testa: , o dlar estava a R$ 1,60 quando surgiu a inteno de import-lo, disse o executivo na metade de maio, quando a moeda americana comeava a beirar os R$ 2. n
INTERIoR TEM ESTILo ATUAL, porta-luvas com entrada uSB e bom espao
MoToR 1.6 fLEx Do SoNIC produz 120 cv com etanol
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MERCADO
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Francs bem equipado, com trs anos de garantia, enFrentar bmW srie 3, Hyundai azera, mercedes-benz classe c e VolksWagen passat
PEUGEOT 508 aposta na soFisticao
Por causa do acabamento e equipamentos, a Peugeot acredita que o 508 concorrer com os modelos BMW Srie 3, Hyundai Azera, Mercedes-Benz Classe C e Volkswagen Passat. Devemos conquistar mais clientes dos coreanos, diz Battaglia, referindo-se aos Hyundai. O 508 tem trs anos de garantia e uma lista de itens bastante completa. Os bancos vm com regulagens eltricas para motorista e passageiro da frente. O ar-condicionado traz quatro ajustes independentes de temperatura. As sadas de ar para o banco traseiro tm ainda controle de intensi-
dade de ventilao. O teto solar eltrico tambm de srie.Um item interessante neste carro o Head Up Display, um visor-espelho
colocado acima do painel e que reflete informaes do piloto automtico e a velocidade em que o carro trafega. Com ele o motorista ajusta o contro-lador de velocidade sem desviar os olhos da estrada. A tecnologia Peugeot inclui tambm sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, medidores de vaga e navegador GPS. Os itens de segurana incluem seis airbags, pro-grama eletrnico de estabilidade, freios antitravamento com Assistncia Frenagem de Urgncia (AFU) e Repartidor Eletrnico de Frenagem (REF). O volante ajustvel em altura e profundidade, mas essas regulagens so manuais e no eltricas, como ocorre em outros modelos do segmento. A abertura da porta e a partida dispensam o uso convencional da chave, s preciso ter o chaveiro por perto (no bolso, por exemplo).
um pacote de tecnologias aVanadas
O 508, sed mais sofisticado da Peugeot, chegou ao mercado brasileiro por R$ 119.990, em verso nica, equipada com motor 1.6 THP dotado de turbo, injeo direta, 165 cv e cmbio automtico de seis marchas. O modelo pea-chave para a Peugeot no Pas. Utiliza uma plataforma moderna e sintetiza os valores da
marca, afirma o diretor-geral da Peugeot no Brasil e Amrica do Sul, Frdric Drouin, lembrando que os seds executivos de luxo so um segmento de tradio
para a Peugeot na Europa. Segundo a fabricante, 85% dos
compradores do 508 so do sexo masculino. Os casados e com filhos tambm esto acima dos 80%. So profissionais liberais ou executivos com carreira de sucesso, diz o diretor de marketing, Frederico Battaglia.
O novo sed, contudo, no ser capaz de elevar a participao da
Peugeot no Brasil, j que a pretenso de vendas modesta, cerca de 200 unidades at o fim do ano. Frdric Drouin pe f mesmo no recm-lanado 308: Com ele, devemos atingir um volume de vendas maior que o de 2011. Acredito que cresceremos mais que o mercado. O modelo tambm ganha a verso 308 CC (conversvel) e para o Salo do Automvel vem o 308 THP. No salo a Peugeot mostrar tambm o 208, novo hatch cuja produo comear no fim do ano. Vendas, contudo, s em 2013.
AO VOLANTEO 508 um carro muito agradvel de guiar. Oferece estabilidade em curvas, conforto em piso irregular
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O MRIO CURCIO, de campos do Jordo (sp)
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Automotive Business Em que ms comearo a produo e as vendas do 208? Que motores ele ter e qual ser seu principal concorrente? Frdric Drouin Por causa da estratgia que envol-ve o produto, no posso falar de motores e outros de-talhes, apenas que ele comear a ser produzido no fim deste ano e que as vendas tero incio no primeiro semestre de 2013. Ele ter vrios concorrentes de di-ferentes marcas.
AB Recentemente, a Peugeot mostrou o sed 301, desenvolvido para mercados emergentes. Ele ser pro-duzido no Brasil? Pelas caractersticas do modelo, ele teria espao aqui e concorreria com Renault Logan, Nissan Versa, Chevrolet Cobalt... Drouin Costumo brincar e dizer que o Brasil no mais um pas emergente, por isso o carro no ser fei-to aqui. Na verdade, no ser produzido aqui nem na Argentina porque isso demandaria um grande investi-mento. Nossa prioridade ser fortalecer a Peugeot nos segmentos em que j atua. (nota da redao: a consul-toria Polk assegura que o carro ser fabricado em 2014 e estima 16,4 mil unidades no primeiro ano).
drouin conFia em retomada da peugeot
Em Campos do Jordo (SP), durante a apresentao do Peugeot 508, que comeou a ser vendido no in-cio de junho, o diretor-geral da Peugeot para o Brasil e Amrica Latina, Frdric Drouin, concedeu entrevista a Mrio Curcio, de Automotive Business, sobre a reto-mada da marca no Pas e expectativas pela chegada do hatch 208 em 2013.
AB O que vai ocorrer com a linha 207 com a produ-o do 208? Drouin O 207 permanecer em produo. A linha ser reposicionada.
AB As vendas no Brasil deram sinais de enfraqueci-mento nos primeiros meses do ano. Isso j teve algum reflexo negativo na matriz? Drouin No, estamos mais do que nunca acreditando no potencial brasileiro. O poder de reao do mercado (s medidas anunciadas pelo governo em 21 de maio) foi impressionante, acima do esperado.
AB A Peugeot perdeu participao em relao a 2011 nos primeiros meses e no ter outro lanamento de volume como o 308 at o fim do ano. Como a marca deve terminar 2012? Drouin Esperamos participao maior do que no ano passado por causa do 308 (que chegou rede em mar-o). Devemos crescer acima do mercado, mas no d para arriscar um porcentual. Vai depender da evoluo do setor com as medidas adotadas. Mas teremos um crescimento importante em 2013 por causa do 208.
e seu motor 1.6 THP propicia boas aceleraes e retomadas na estrada. Segundo a Peugeot, o carro vai de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e atinge 220 km/h. O cmbio automtico de seis marchas permite trocas manuais, com borboletas atrs do volante.
O espao dianteiro bem amplo e aproveitado com porta-objetos e porta-copos. O conforto traseiro tambm grande, no s pelas sadas de ar-condicionado como tambm pelo bom espao para as pernas e apoios de brao. O porta-malas de 473 litros est mais para o volume de seds mdios. n
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PEDRO KUTNEY, de Eindhoven (Holanda)
processos De MANUFATUrA e proDUTos VIro DA HoLANDA pArA A FBrIcA BrAsILeIrA Do GrUpo, QUe coMeA A FAzer cAMINHes eM 2013 No pArAN
pAccAr repLIcA MODELO DAF No BrAsIL
N o poderia haver momento mais apropriado para nos instalarmos no Brasil, afirma Harrie Schippers, presidente da octogenria fabricante holandesa de caminhes DAF Trucks, que em 1996 foi comprada pela americana Paccar. No ano passado, o grupo confirmou a construo de fbrica no Pas, em Ponta Grossa (PR), que recebe
investimento de US$ 200 milhes para comear a produzir modelos da DAF a partir do segundo semestre de 2013. Segundo Schippers, a empresa aposta em crescimento substancial do mercado brasileiro de caminhes nos prximos anos, por isso o cenrio atual de retrao das vendas no preocupa nem altera os planos. A situao vista como passageira, em virtude da mudana da legislao
de emisses no Brasil, que tornou os veculos mais caros e afugentou compradores.
No estamos no Brasil por causa do mercado de 170 mil unidades no ano passado nem por 200 mil, mas pelo nvel de 300 mil/ano que dever ser alcanado no futuro. Existem muitos projetos de infraestrutura em andamento que vo necessariamente consumir muitos caminhes, avalia o
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Temos capacidade suficiente aqui, por isso no necessrio no momento investir em uma fbrica de motores no Brasil, explica Harrie Schippers, presi-dente da DAF Trucks A marca se tornou uma referncia em powertrain para o grupo Paccar. Os caminhes Pe-terbilt e Kenworth, fabricados nos Estados Unidos e M-xico, s usavam propulsores da Cummins at dois anos atrs, quando a companhia inaugurou uma fbrica em Columbus, Mississipi, que hoje produz o MX, projetado pela DAF, e fornece cerca de 30% das duas marcas. J a DAF fabrica motores em Eindhoven desde 1957 antes disso usava os da inglesa Leyland, que passou a produzir sob licena.
Na ltima dcada, a DAF construiu uma boa repu-tao de robustez e economia em torno de seus mo-tores na Europa, projetados para rodar 1,6 milho de quilmetros. Fomos os primeiros a introduzir os turbo-compressores de duplo estgio com intercooler, o que tornou nossos motores mais econmicos do que os da concorrncia, explica o diretor de desenvolvimento Ron Borsboom. Assim, com engenharia prpria, a criatura acabou engolindo o criador: em 1998 a Paccar/DAF
comprou a Leyland, de quem antes usou a tecnologia de motores. Hoje, na antiga fbrica da Leyland em Lan-cashire, Inglaterra, so montados os caminhes leves da linha DAF LF.
Com a reputao de motores confiveis e econmi-cos e cabines amplas e confortveis, alm da rede de 1,1 mil pontos de venda e manuteno, a DAF vem ga-nhando importantes pontos de participao na Europa. De ltima colocada no mercado europeu de caminhes acima de 6 toneladas em 1998, com fatia pouco menor de 10%, a marca holandesa subiu para 14,2% em 2011, com cerca de 50 mil unidades, e hoje a terceira mais vendida na Unio Europeia, atrs das alems Mercedes--Benz e MAN. Considerando s as vendas de cavalos mecnicos, a DAF foi a primeira no ano passado, com 28 mil emplacamentos na regio.
essa reputao da DAF (e possivelmente o bom desempenho) que a Paccar espera replicar no Brasil. Somos conhecidos na Europa por fazer produtos de primeira linha e vamos competir principalmente com os modelos da Volvo e da Scania no mercado brasileiro, informa o diretor comercial Michael Kuester.
A BoA repUTAo Dos MoTores
diretor comercial Michael Kuester, que chegou no ano passado ao escritrio brasileiro, em So Paulo. Ele refora que a inteno ganhar 10% de participao no mercado. Para isso Kuester costura a formao da rede de concessionrios DAF, com 20 a 25 grupos empresariais, que devero comear com 30 a 35 lojas em 2013 e, da por diante, o plano abrir 10 novos pontos por trimestre, at chegar perto de 100.
Lanamos um novo motor Euro 5, o melhor que j fizemos. Portanto, estamos preparados para atuar no mercado com um timo produto quando as vendas voltarem ao normal. H muitos ingredientes para o sucesso no Brasil, confia o holands Schippers. Por isso, na sede da DAF em Eindhoven, na Holanda, atualmente o Brasil est entre os trs principais assuntos do dia a dia da
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HARRiE ScHiPPERS, presidente da DAF Trucks
diretoria e engenharia. Isso ocorre porque cabe subsidiria europeia da Paccar boa parte do projeto da fbrica brasileira, que replicar da DAF
modelos de manufatura, produtos e distribuio, incluindo o prprio nome comercial: DAF Caminhes Brasil Representao e Servios Ltda.
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os motores fabricados em Eindhoven, na Holanda, que a DAF enviar para os caminhes que produzir no Brasil, tero boa poro brasileira: os blocos de ferro fundido em liga de ferro-grafite usados no propulsor sero comprados da Tupy, de Santa Catarina. Essa uma forma de ganhar em peso na localizao de componen-tes para os caminhes brasileiros, explica Harrie Schippers, presidente da DAF Trucks, em aluso ao fato de que o BNDES considera peso e valor dos componentes para identificar o ndice de nacionalizao mnimo de 60% para concesso dos financiamentos pelo Finame.
Mas isso no significa que os blocos da Tupy sero usados s nos motores enviados ao Brasil. Podemos usar para todos os modelos feitos aqui, dependendo da competitividade dos custos, conta o executivo, informando que j este ano, mesmo antes do incio da produo no Paran, dever comprar cerca de 2 mil blocos da fundio catarinense. Atualmente, o maior fornecedor do componente para a DAF est na Alemanha.
MoTor HoLANDs coM corpo BrAsILeIro
Hoje, cerca de 40 pessoas em Eindhoven, das reas de engenharia de produto, manufatura e compras, trabalham no projeto Brasil. Segundo Ron Borsboom, diretor de desenvolvimento de produto, os maiores desafios agora so adaptar suspenses e motores realidade das estradas e combustvel brasileiros, alm de elevar rapidamente o nmero de fornecedores locais de componentes para os caminhes que sero produzidos em Ponta Grossa preciso comear com no mnimo 60% em peso e valor para poder financiar os veculos com os planos atrativos do BNDES/Finame.
Para adaptar produtos, em 2011 um caminho DAF rodou milhares de quilmetros pelo Brasil para mapear as esburacadas estradas brasileiras e suprir a engenharia na Holanda com dados para a recalibrao de todas as suspenses. Este ano chegaram mais quatro pesados XF, que foram emprestados e vo ficar no mnimo um ano com frotistas em Mato Grosso e So Paulo. O plano chegar a 15 veculos de testes at o fim deste ano. No fazemos isso para convencer o frotista a comprar nossos modelos, mas para test-los ao mximo, para que estejam completamente adaptados ao Pas quando comearmos a vend-los no
mercado brasileiro, explica o diretor comercial Kuester.
O modelo de manufatura no Paran seguir os padres da DAF na Holanda, mas com nveis de robotizao e verticalizao muito menores. Em Eindhoven so usados muitos robs nos 700 metros da linha, para compensar a falta de mo de obra especializada, o que parece no ser problema em Ponta Grossa.
E para atingir os nveis de nacionalizao exigidos no mercado brasileiro, ser obrigatrio abrir mo da produo prpria de muitas partes, para compr-las de fornecedores locais j instalados como o caso, por exemplo, dos eixos, que sero feitos no Brasil pela Meritor e Suspensys, e das cabines, encomendadas Automotiva Usiminas, ao contrrio da estratgia
adotada na Europa, onde a DAF produz eixos e cabines na sua fbrica de Westerlo, na Blgica. Na Holanda, alm da montagem final dos caminhes, a DAF faz motores, todas as partes estampadas (pequenas e grandes), monta as travessas dos chassis e fabrica at as coroas e pinhes dos eixos de trao.
O processo de homologao dos caminhes DAF est adiantado: em maio, tcnicos do Inmetro j estiveram no centro de testes em Eindhoven. Seguindo a legislao brasileira de emisses Proconve P7, eles certificaram (estranhamente, usando diesel S50 europeu) o motor Paccar MX Euro 5 de 12,9 litros, que produzido na Holanda e ser enviado a Ponta Grossa em verses de 410 e 460 cavalos para equipar o pesado DAF XF brasileiro, o primeiro a ser feito no Paran. n
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A lei 11.910, de 2009, que torna obrigatrio o uso de airbags frontais (para motorista e passageiro) em todos os veculos oferecidos no mercado brasileiro a partir de 2014, inclusive importados, abriu um leque de oportunidades no Pas. A legislao determina que a partir de 2012 a obrigatoriedade recaia sobre 30% dos veculos. No ano que vem o ndice sobe para 60% e, em 2014, 100% dos modelos devero sair das fbricas com airbags instalados. Com 50% do mercado, a Takata arregaa as mangas e entra no processo de expanso de seus negcios para acompanhar o crescimento da demanda.
SUELI REIS, de San Jos, Uruguai
Lei qUe determina obrigatoriedade de airbagS em 100% doS vecULoS at 2014 Leva empreSa a inaUgUrar pLanta no UrUgUai e a pLaneJar qUarta fbrica no braSiL
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LegiSLao abre portaS para TAKATA
Os esforos da empresa de origem japonesa para garantir fornecimento e flego para esse mercado nos prximos anos comearam no Uruguai, em maro, com o incio das operaes da fbrica inaugurada na provncia de San Jos, prxima a Montevidu, para a qual destinou US$ 12 milhes. A unidade complementar a produo brasileira de sistemas de airbags com o fornecimento das bolsas do conjunto, que por sua vez sero enviadas planta de Jundia (SP), para montagem final, onde tambm so feitos volantes e cintos de segurana.
A produo de bolsas a primeira fase da filial uruguaia, explica o
presidente da Takata para Amrica do Sul, Shigeru Otake. O plano a mdio prazo incluir a montagem de todo o sistema de airbags para abastecer as montadoras instaladas no Brasil e na Argentina. Em 2012 a nova linha deve entregar 1,2 milho de bolsas, um quinto de sua capacidade total, de 6 milhes de unidades por ano. O executivo acrescenta que a produo uruguaia ser responsvel pelo abastecimento de bolsas inflveis de toda a regio da Amrica do Sul e no Mxico, onde tambm produz o conjunto.
EXPANSOA Takata volta a ateno para construir uma fbrica em Pernambuco e atender a Fiat, que est se instalando em Goiana, por meio de um contrato de parceria. O vice-presidente da Takata Amrica do Sul, Airton Evangelista, lembra que esta ser a primeira unidade da empresa na regio Nordeste e a quarta no Brasil. As demais esto em Jundia (SP), Piarras (SC) e Mateus Leme (MG). A Takata negocia a localizao da fbrica, que poder ser em Pernambuco (onde valores dos imveis foram avaliados como altos) ou no sul da Paraba.
Outros novos projetos fazem parte da carteira de pedidos da Takata, como o Etios da Toyota, cuja fbrica foi construda em Sorocaba (SP). Evangelista afirma que alm dos novos produtos feitos no Brasil e da legislao em vigor, outros fatores devem impulsionar a produo. Ele estima que a demanda por airbags no Brasil alcance o volume de 10 milhes de unidades at 2014. n
TAKATA NO URUGUAI: nova planta abastecer
Amrica do Sul com bolsas inflveis
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INVESTIMENTO | MOTORES
No mesmo dia em que come-morou a marca de 7 milhes de motores produzidos em So Carlos (SP) desde 1996, a Volkswagen inaugurou, em maio, uma nova rea de usinagem em sua fbrica no interior paulista, que eleva em 15% a capacidade de produo da planta, de 3,3 mil para 3,8 mil unida-des por dia. O investimento, de R$ 90 milhes, representa uma pequena
Fbrica de motores recebe investimentos e nova ala pode duplicar capacidade
PEDRO KUTNEY, de So Carlos (SP)
vW prepara SO CARLOS para o Futuro
parte do programa de R$ 8,7 bilhes que a empresa investe na operao brasileira de 2010 a 2016.
Mas a expanso programada para So Carlos muito maior: desde o in-cio deste ano, uma nova fbrica j es-t em construo dentro do mesmo terreno, quase to grande quanto a atual, capaz de duplicar a capacidade da unidade. A Volkswagen ainda no confirma, mas a prxima linha pode
comear a operar a partir de 2013 para produzir uma nova famlia de motores 1.0 de trs cilindros e bloco de alumnio. Estes iro equipar alguns dos novos carros da marca no Brasil, como o compacto Up!, que, especu-la-se, ser feito em Taubat (SP).
Por enquanto, a diretoria da Volkswagen apenas confirma que as novas edificaes servem para expan-so de capacidade e, assim mesmo,
ExPANSO NA VW recebeu aporte de R$ 90 milhes
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o investimento no teria data para ser concludo, pois depender do ritmo do mercado. Essa uma preparao para o futuro, mas os altos e baixos dos negcios ainda no nos permi-tem dizer quando [as edificaes] fi-cam prontas, disse Antonio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen do Brasil.
O mercado d sinal de enfraque-cimento neste momento, mas acre-ditamos que vai voltar, a estaremos prontos para crescer, completou o executivo antes de saber das medi-das de incentivo ao consumo de ve-culos, anunciadas dias depois. Com a variao do mercado, vamos reava-liar a capacidade que precisamos pa-ra definir o tamanho do investimento na nova fbrica de motores, explicou Andreas Hemman, diretor da unidade de So Carlos.
EXPANSO ESTRATGICASo Carlos tem importncia estra-tgica crescente para o plano de ex-panso da Volkswagen no Brasil, pois continuar a ser o nico polo forne-cedor de motores que alimenta todas as trs fbricas de automveis no Pas (So Bernardo do Campo, Taubat e So Jos dos Pinhais) e tambm uma na Argentina (Pacheco).
A unidade no interior paulista j a terceira maior planta de motores do grupo no mundo atrs apenas de Salzgitter, na Alemanha, e Gyr (Au-di), na Hungria e pode subir alguns degraus com a nova linha que est em construo. Precisamos que a f-brica seja cada vez mais competitiva, por isso estamos fazendo os investi-mentos aqui, diz Megale.
Hoje, So Carlos fabrica os mo-tores EA 111, com trs capacidades volumtricas: 1.0, 1.4 e 1.6, que equi-pam a maioria dos carros nacionais da marca. Os propulsores usam blo-cos de ferro fundido fornecidos por Tupy, Teksid e WHB; os cabeotes de alumnio vm tambm da WHB.
A produtividade em So Carlos vem crescendo ano a ano. Em 2011 foi atingido o recorde de 879.708 moto-res produzidos, nmero 3% maior do que em 2010. Deste total, 212.686, quase um quarto da produo, foram exportados. O ritmo atual de 70 mil unidades por ms, com 800 empre-gados e 400 prestadores de servios nmero que dever crescer quando a prxima unidade for inaugurada. Para este ano, no entanto, Hemman prefe-re no arriscar um nmero de produ-o: difcil prever com a oscilao atual do mercado. n
ExPANSO pode duplicar capacidade de So Carlos
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Prmio rei
PRMIO REI: man La foi a gRandE vEncEdORa
A MAN Latin America foi a gran-de vencedora do Prmio REI 2012, promovido por Automo-tive Business para reconhecer a exce-lncia e a inovao nas realizaes de profissionais e empresas da indstria automotiva. Roberto Cortes, CEO da companhia, foi apontado Profissional do Ano por um jri independente, em disputa com os presidentes Carlos Gomes, da PSA Peugeot Citron, Cle-dorvino Belini, da Fiat Chrysler, e Jos Luiz Gandini, da Kia Motors.
Eleita Empresa do Ano, concor-rendo com Delphi, Fiat Automveis e Iveco, a MAN LA foi vitoriosa tambm
em outras quatro categorias: Cami-nho, Eltrico e Hbrido, Engenharia, Tecnologia e Inovao e Manufatura. A conquista refletiu os bons resulta-dos obtidos pela empresa, em merca-do vigoroso at o fim de 2011, com o lanamento de novos veculos e tec-nologias e investimentos expressivos no parque industrial de Resende, RJ.
VENCEDORESOs vencedores do Prmio REI 2012 em 16 categorias foram anunciados em cerimnia no Club A, no Shera-ton WTC, em So Paulo, na noite de quarta-feira, 30 de maio. O Autom-
vel do Ano foi o Hyundai Elantra e o Comercial Leve o Range Rover Evo-que. O Caminho do Ano foi o VW Constellation 24.280 6x2, com motor MAN D08 e tecnologia EGR. O MAN 17.280 6x2 hbrido, com tecnologia diesel hidrulica que adota o concei-to de recuperao de energia cintica (Kers) dos carros de Frmula 1, com reduo de consumo de combustvel de at 15%, deu MAN o prmio REI nas reas de Eltrico e Hbrido e En-genharia, Tecnologia e Inovao.
A Cummins, autora do programa Pano Pra Manga, que oferece treina-mento e capacitao profissional aos
Companhia foi eLeita empresa do ano
e roberto Cortes o profissionaL do ano
RObERtO cORtEs, entre Paula Braga e Paulo Braga e Galeno Galro, diretor da Mobil
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A festa do Prmio REI surpreendeu a maioria dos presentes pelo ambiente agradvel e luxuoso do Club A, nas instalaes do WTC, em So Paulo. Com a presena de trs centenas de convidados, a maioria dos quais relacionada s 64 empresas finalistas, o programa teve pouco discurso e muita festa para acompanhar a entrega de trofus e placas. Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America, que compareceu ao evento acompanhado da esposa Sandra, subiu seis vezes ao palco para receber os trofus em seis
categorias e, na ltima oportunidade, quando comemorou o ttulo de Profissional do Ano, demonstrou estar emocionado. um momento especial de minha carreira, que coroa muitas outras conquistas, admitiu. Ao lado dele estavam todos os diretores da MAN Latin America, dispensados de uma reunio do board na Alemanha para acompanhar a entrega do Prmio REI. A Bosch tambm foi chamada duas vezes para receber o trofu, graas ao Flex Start, nas categorias Sistemista e Powertrain.
O EvEntO, no Club A, teve patrocnio da Mobil e show do cantor Joo Pinheiro
FORTES EMOES PARA ROBERTO CORTES
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moradores do bairro do Jardim Cum-bica, em Guarulhos (SP), recebeu o Prmio REI na categoria Responsabi-lidade Socioambiental. A campanha criada pela Agncia Fiat para o Fiat 500, tendo Dustin Hoffman como protagonista, valeu Fiat o Prmio REI de Marketing e Propaganda. A ID Logistics conquistou o prmio de Lo-gstica com a reengenharia para dar flego fbrica da Meritor em Osas-co, aps a recuperao da crise ini-ciada em 2009.
Na rea de Autopeas os vence-dores foram a Meritor, em Metlicos (cards que dispensam manuteno), Bosch, em Powertrain e Sistemistas (Flex Start, que elimina o tanquinho nos motores EC5 da PSA Peugeot Citron), Saint-Gobain, em Qumicos (para-brisa com propriedades acsti-cas que neutralizam rudos em baixa e alta frequncias), e Delphi, em Eletr-nicos (nova central eltrica Mapec 3.0 para mercados emergentes).
ELEIOO Prmio REI promoveu a eleio final entre os leitores da newsletter Automotive Business, enviada dia-riamente a 25 mil endereos de e--mail, e entre os participantes do III Frum da Indstria Automobilstica, que ocorreu dia 9 de abril, no Gol-den Hall do WTC, em So Paulo. Os finalistas foram selecionados por 22 jurados, que analisaram duas cente-nas de cases enviados por empresas relacionadas indstria automobils-tica e apontaram as quatro melhores sugestes em cada categoria para a segunda etapa de votao.
A MAN LA, recordista em cases selecionados, colocou 8 finalistas na relao de 64. Entre as empresas de autopeas, o destaque ficou pa-ra a Delphi, com representantes em 5 categorias, o mesmo nmero que obteve na primeira edio do Prmio REI, em 2011.
os venCedores
PROFIssIOnaL dO anOroberto Cortes, Ceo da man Latin america
EMPREsa dO anOman Latin america
caMInHO dO anOVolkswagen Constellation 24.280 6x2
ELtRIcO E HbRIdOman Latin america, com a tecnologia
diesel hidrulica que recupera energia (Kers)
EngEnHaRIa, tEcnOLOgIa E InOvaO
man Latin america, com a tecnologia diesel hidrulica
ManUFatURaman Latin america, com os avanos
do consrcio modular
RObERtO cORtEs,Ceo da MAn Latin America
PRMIO REI
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REsPOnsabILIdadE sOcIOaMbIEntaL
Cummins, com o programa pano pra manga
soraia senhorini franco, gerente regional de
responsabilidade social corporativa para a amrica do
sul da Cummins
aUtOPEas QUMIcOssaint-Gobain sekurit, com o para-brisa que reduz rudos
Jos Luiz redondo, diretor-geral da saint-Gobain sekurit
aUtOPEas MEtLIcOsmeritor, com cards que dispensam manuteno
slvio barros, diretor-geral, e Luiz marques, gerente de
marketing da meritor
cOMERcIaL LEvE range rover evoque
adriano resende, diretor de marketing da Jaguar Land
rover
aUtOMvELhyundai elantra
dborah encarnato, gerente de comunicao, e amauri moura,
assessor, hyundai Caoa
aUtOPEas ELEtRnIcOsdelphi, com a evoluo da mapecGbor dek, presidente da delphi
LOgstIcaid Logistics, com a
reorganizao da fbrica da meritor em osasco, sp
rodrigo bacelar, gerente de desenvolvimento comercial e
marketing
aUtOPEas POWERtRaInbosch, com o sistema flex startGerson fini, vice-presidente da
diviso gasolina da bosch
MaRKEtIng E PROPagandafiat, com a campanha do 500 estrelada por dustin hoffman
elisa sarti, assessora de imprensa da fiat
aUtOPEas sIstEMIstasbosch, com o flex start
besaliel botelho, presidente da bosch
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prmio rei
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O PREstgIO dO REIe as sUrpresas da Lder
roberto Cortes, Ceo da man, Garante os inVestimentos
em resende e no esConde qUe haVer sUrpresas
importantes para a operao brasiLeira
Qual a receita para tornar-se o profissional de maior destaque no setor automotivo? No caso de Ro-berto Cortes, alado a essa posio de prestgio pelos leitores da news-letter Automotive Business e pelos participantes do III Frum da Indstria Automobilstica, ao ser eleito Profis-sional do Ano, no foram poucos os ingredientes. O primeiro foi obter a aprovao do investimento de R$ 1 bilho para os prximos cinco anos no Brasil, com o objetivo de aumen-tar a oferta de veculos comerciais das marcas Volkswagen e MAN, atuando inclusive em nichos de mercado ainda no explorados e aumentando a capa-cidade produtiva.
Em misso rdua, Cortes coman-dou a MAN Latin America, eleita Em-presa do Ano, a emplacar pelo nono ano seguido a liderana nas vendas de caminhes em 2011 (50.829 uni-dades, com 29,7% de participao) e alcanar um notvel crescimento no segmento de nibus, com participa-o de 32,2%.
O executivo comandou a reno-vao completa do portflio de ca-minhes e nibus na passagem da legislao de emisses para Euro 5, o lanamento do motor MAN D08 fabricado no Brasil e surpreendeu o mercado ao apresentar a soluo EGR para tratamento de emisses, como alternativa ao SCR. Com de-
terminao, Cortes colocou em mar-cha um vigoroso plano de expanso da operao em Resende, no sul flu-minense, tendo em vista o incio da produo dos caminhes da marca MAN, deu partida construo do
Parque de Fornecedores e do futuro Centro Logstico de Vendas. Ao mes-mo tempo, estimulou a implantao de um amplo processo para revigorar os processos de lean manufacturing no consrcio modular em Resende. De forma reservada, negociou com o governo do Estado do Rio de Janei-ro novos aportes na fbrica, relacio-nados produo e lanamento de uma nova famlia de veculos leves, conhecidos internamente como Phe-vos e desenvolvidos na Alemanha com a participao de engenheiros brasileiros.
Cortes colocou a MAN LA entre as melhores empresas para trabalhar no Pas, estimulou a criao do progra-ma Novos Horizontes e a ampliao do Formare. A preocupao com tec-nologias de baixo carbono levou ao lanamento de prottipos inditos no Brasil, como o nibus flex GNV-Diesel e o caminho hbrido-hidrulico, que valeu empresa o Prmio REI em du-as categorias.
A queda nas vendas de caminhes a partir de janeiro, depois de recor-des sucessivos em 2011, no desani-mou Cortes. Depois de cinco meses de dificuldades, ele prefere olhar para o futuro do que lamentar as perdas recentes. Nosso programa de inves-timentos j anunciado para Resende est mantido, assegurou a Automo-tive Business, ao receber o Prmio
RObERtO cORtEs, Ceo da MAn Latin America
nosso proGrama
de inVestimento
J anUnCiado
para resende
est mantido
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REI, referindo-se ao programa de R$ 1 bilho em aportes at 2016, que dar capacidade empresa para montar quase 100 mil veculos co-merciais por ano.
DETERMINAOFoi mostrando idntica determinao ao longo da carreira que Antonio Ro-berto Cortes, 57 anos, tornou-se o pri-meiro brasileiro a presidir uma opera-o do Grupo Volkswagen na Amrica do Sul. Ele agora o primeiro latino--americano a fazer parte do manage-ment board do grupo alemo MAN. Com passagens pelas reas financei-ras e de negcios de cinco empresas multinacionais, economista formado pela Universidade Mackenzie, ps-gra-duado em finanas pelo Instituto Mau de Tecnologia e tem especializao pelo Insead, escola de negcios com sede em Fontainebleau, na Frana.
Cortes comeou a trabalhar na indstria automotiva em 1979. Em 1986 participou da criao da Auto-latina, joint-venture entre a Ford e a Volkswagen no Brasil e na Argentina, e de 1989 a 1990 trabalhou como gerente-executivo de estratgia de ne-gcios na matriz da Ford em Detroit, nos Estados Unidos. Com o fim da Autolatina em 1994, foi convidado pe-la Volkswagen da Alemanha a assumir a posio de controller corporativo da Volkswagen na Amrica do Sul.
CAMINHES E NIBUSEm 1998, assumiu tambm a respon-sabilidade pela rea de tesouraria da Volkswagen do Brasil. No mesmo ano, recebeu a tarefa de comandar uma equipe multifuncional encarregada de transformar a Operao Caminhes e nibus da marca numa unidade de negcios com maior autonomia em decises e estratgias. Com esta nova responsabilidade, passou a acumular a direo de Controladoria e Tesoura-ria com a de Negcios de Caminhes
Fonte: MAN Latin America
totALdoM.
exp.
O cREscIMEntO REcORdE da Man nO bRasIL
1999 2000 2001 2002 2003
16% Avg
. ANNuA
L growt
h
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
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2313623848 23850
3432535860 37198
47105
53519
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65630
72102
1594 1351 1405 27145725
8868 9932 86235194
8331 952710801
e nibus. A partir de junho de 2000, recebeu o comando geral da Volkswa-gen Veculos Comerciais e de Cami-nhes e nibus para as operaes na Amrica do Sul.
Em 2002, passou a ocupar o car-go de vice-presidente executivo da Volkswagen Veculos Comerciais e CEO da Volkswagen Caminhes e nibus.
PRESIDENTE VWCO E MAN Em 2007, tornou-se presidente da Volkswagen Caminhes e nibus. E em maro de 2009, passou a acumu-lar a presidncia da MAN Latin Ameri-
ca, tornando-se membro do Manage-ment Board do Grupo MAN, sediado em Munique, na Alemanha.
Cortes participa dos Conselhos Ad-ministrativos do Banco Volkswagen, Fundao Volkswagen e Volkswagen Previdncia Privada VWPP. Tambm dirigente da Cmara de Comrcio e Indstria Brasil-Alemanha Seo Rio de Janeiro, e membro do Grupo de L-deres Empresariais Lide, associao de empresrios destinada a fortalecer o pensamento, o relacionamento e os princpios ticos de governana cor-porativa no Brasil. n
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FIAT CHRYSLER PREMIA FORNECEDORES
A Fiat Chrysler premiou os vencedores da 23 edi-o do Qualitas Awards no dia 26 de abril, em ce-rimnia no Rio Centro, no Rio de Janeiro (RJ), que reuniu mais de 700 pessoas. A companhia reconheceu os melhores fornecedores da Amrica Latina levando em conta aspectos como qualidade, inovao, desenvolvi-mento e capacidade de atender a demanda. Com o tema Juntos Somos Mais Fortes, o Qualitas incluiu, pela pri-meira vez, fornecedores da Chrysler na Amrica Latina, alm dos j tradicionalmente envolvidos parceiros da Fiat, FPT Industrial, Iveco e CNH (marcas Case e New Holland) do Brasil, da Argentina e da Venezuela.
Foram homenageadas 48 empresas nas categorias Qumicos, Metlicos, Mecnicos, Materiais Indiretos, Lo-gstica e Eltricos, alm das eleitas da categoria Cinco
Estrelas: a Petronas Lubrificantes, a Sumidenso e NGK-I, agraciadas com esse ttulo por receberem o Qualitas por cinco anos consecutivos. Esta foi a quarta vez seguida que a NGK, fornecedora de velas de ignio, conquistou o prmio mximo entre os fornecedores do grupo.
Aethra, CSN, Moura e Takata Petri receberam menes honrosas por projetos de responsabilidade social, pro-positividade (participao em programas de reduo de custos e otimizao do valor), inovao (apresentao de solues tcnicas inovadoras para o cliente) e desenvolvi-mento (novos produtos e projetos).
INTEGRAO ACELERADAO encontro reforou a estratgia de integrao global e re-gional das cadeias produtivas do grupo. Estiveram presentes
GRUPO DEFINE NOVAS ESTRATGIAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS
QUALITAS AWARDS | FIAT CHRYSLER
GRUPO pediu mais mais qualidade aos parceiros
GIOVANNA RIATO, do Rio de Janeiro (RJ)D
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QUALITAS AWARDS | FIAT CHRYSLER
FOI DEFINIDO UM
PROCESSO NICO
PARA TODAS AS
COMPRAS MUNDIAIS,
BATIZADO DE
ONE VOICE
OSIAS GALANTINE, diretor de compras Fiat Chrysler e do Group
Purchasing na Amrica Latina
Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat Chrysler para a Amrica Latina, Osias Galantine, diretor de compras Fiat Chrysler e do Group Purchasing na Amrica Latina, e Vilmar Fistarol, CEO mundial do Group Purchasing.
Fistarol destacou o trabalho em curso para ampliar o nmero de for-
necedores em comum entre as mar-cas. O plano aumentar o compar-tilhamento dos atuais 57% para 65% em 2014. Com isso, o investimento anual em compras dever saltar para US$ 90 bilhes nos prximos anos, inflado pela aquisio da Chrysler. Antes da incorporao da compa-
nhia, as compras ficavam em torno de US$ 30 bilhes. O crescimento do grupo, com a abertura de novas f-bricas, tambm vai impulsionar o re-sultado. Com a chegada da Chrys-ler, no houve apenas mudanas. Foi uma evoluo. O Fiat Group Purcha-sing se transformou em Group Pur-chasing, tornando nossos volumes de compras muito maiores, explica.
Alm do alinhamento de processo e de uma estratgia mundial, a aqui-sio da Chrysler exige uma mudan-a cultural importante em todas as empresas envolvidas. Estamos fa-lando em compartilhar tecnologias, experincias e boas prticas, ampliar a cadeia de compras para um nvel global. Estamos falando da inteli-gncia coletiva do Grupo Fiat. So alguns aspectos que, se ainda no se tornaram realidade, iro se tornar em breve e contribuiro muito para o desenvolvimento dos nossos polos de fornecimento, observou Galanti-ne. Para ele, todos estes passos tm um objetivo principal, compartilhado por toda a cadeia produtiva: a com-
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AS MUDANAS NA CADEIA DE SUPRIMENTOSFornecedorescompartilhados ENTRE FIAT E CHRYSLER
AVANARO DOS ATUAIS 57% PARA 65% EM 2014
Volumedecompras DA FIAT CHRYSLER SALTAR DE US$ 30 BILHES PARA US$ 90 BILHES
ComprasdogruponaAmricaLatina SOMARO US$ 10,2 BILHES EM 2012
Aintegraocomosparceiros SER GUIADA PELO NOVO PROGRAMA ONE VOICE
AFiatChrysler exigir PATAMARES MAIS ELEVADOS DE QUALIDADE NO BRASIL
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QUALITAS AWARDS | FIAT CHRYSLER
INVESTIMENTOS EM PARCERIA COM OS FORNECEDORES
Em discurso durante a cerimnia do Qualitas Awar-ds, o presidente do Grupo Fiat Chrysler para a regio, Cledorvino Belini, pediu que os fornecedores invistam em qualidade. Segundo ele, apenas com a colaborao de toda a cadeia possvel garantir que o cliente fique satisfeito com o produto final.
O dirigente mostrou viso otimista para o mercado. Depois da retrao nas vendas durante o primeiro tri-mestre, ele espera recuperao nos prximos meses. A combinao de reduo dos juros e crescimento da renda vai nos trazer boas notcias no segundo semes-tre, aposta.
Belini estima que as vendas de veculos crescero 4% no Brasil este ano, para 3,7 milhes de unidades. O mercado latino-americano deve evoluir impulsionado tambm pela demanda aquecida na Argentina e chegar
a 5,8 milhes de unidades. O presidente mostrou ainda disposio para avanar com o projeto da nova fbrica em Goiana (PE), que ficar pronta em 2014.
O executivo destacou que um dos meios para atingir a meta de competitividade e se destacar no crescente mercado o investimento contnuo nas plantas da Fiat, Iveco, CNH e FPT industrial na Amrica Latina. Na regio, o grupo agregou uma fbrica da Chrysler na Venezuela e ter, em breve, uma planta da FPT e da CNH na Argen-tina, outra da CNH em Montes Claros (MG), uma nova unidade industrial da Fiat em Goiana (PE) e a fbrica Ive-co de veculos militares em Sete Lagoas (MG). Todas as fbricas esto sendo dotadas de capacidade produtiva, novas tecnologias e processos mais eficientes, a fim de desenvolver e produzir novos produtos, design, inovao, confiabilidade e qualidade, afirmou.
Em seu pronunciamento, ele destacou o otimismo de sua ges-to com relao economia do continente. De acordo com o exe-cutivo, o desenvolvimento econ-mico, a consolidao da democra-cia, a melhor distribuio de renda e utilizao dos recursos naturais levam o grupo a crer em um avan-o lento, porm seguro e crescen-te na Amrica Latina.
Belini reforou as perspectivas do grupo com relao ao crescimento do mercado automotivo na regio, de 3% a 4%, em 2012. A Amrica Latina pode chegar a 5,8 milhes de veculos este ano, observou, ressaltando a importncia dos mer-cados brasileiro e argentino neste volume, sem esquecer a mensa-gem principal aos fornecedores: Temos grandes perspectivas para o futuro da nossa indstria no Brasil e no continente, mas para que elas nos favoream, preciso trabalhar sempre em cadeia, em parceria, finalizou.
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QUALITAS AWARDS | FIAT CHRYSLER
COMPRAS SALTARO
PARA US$ 90 BILHES,
COM A CHRYSLER.
ANTES FICAVAM EM
TORNO DE
US$ 30 BILHES
VILMAR FISTAROL, CEO Mundial, Group Purchasing, Fiat Chrsysler
petitividade estrutural, abrangendo todos os elos da cadeia. Somente na Amrica Latina, onde a organizao tem 23 fbricas, a expectativa do di-retor para 2012 que o volume de compras chegue a US$ 10,2 bilhes.
A integrao exigir tambm uma mudana cultural, avalia o executivo. A companhia j trabalha para tornar vivel a transformao. Dentro do no-vo formato, foi definido tambm um processo nico para todas as com-pras mundiais, batizado de One Voice. A ideia que o contato da empresa com os parceiros siga a mesma orien-tao em qualquer parte do mundo, adaptada para cada regio.
A estratgia vai impactar toda a rea de compras do grupo, que conta com 50 unidades distribudas em 20 pases. A diviso responsvel por abastecer as f-bricas da companhia com os insumos e componentes para os cerca de 800 pro-dutos do portflio, com atuao em ou-tros 900 projetos em desenvolvimento.
O investimento acompanha o programa de expanso das vendas. Durante a cerimnia de entrega do Qualitas, a companhia destacou a necessidade de os fornecedores da regio acompanharem os investi-mentos da empresa, que tem R$ 10 bilhes anunciados para at 2014. Fistarol alerta que a nova fase trar desafios para os fornecedores. Para os mais ousados, mais aguerridos, certamente a integrao representa oportunidade. Aos que no conse-guem nos acompanhar mundo afo-ra, representa um risco. Esperamos, no entanto, explorar muito mais as oportunidades do que os riscos.
Segundo a companhia, impor-tante que os parceiros trabalhem pa-ra alcanar patamares mais elevados de qualidade, o que garantiria Fiat Chrysler melhores resultados com os clientes e negcios aquecidos em to-da a cadeia de suprimentos. Fistarol aponta que a regio oferece a vanta-gem de ter os grandes fornecedores locais j bem estabelecidos.
O Brasil ainda tem desafios para superar na opinio do executivo. Se-gundo ele, os fornecedores nacionais ainda no chegaram aos padres mundiais de qualidade. Ainda temos muito o que melhorar, avalia, con-siderando aspectos como inovao, desenvolvimento e capacidade de abastecimento.
O novo regime automotivo, que determina investimentos em pesqui-sa e inovao e maior participao de peas produzidas localmente nos veculos, pode ser uma ferra-menta importante para alavancar esse avano. O Grupo Fiat garante que as medidas no resultaram em mudanas significativas no plano de compras da montadora. Apesar disso, a companhia reconhece que importante incentivar que a produ-o local acompanhe a expanso do mercado. n
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Assista entrevista exclusiva com Vilmar Fistarol.
www.automotivebusiness.com.br/abtv.aspx
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EMPRESA INVESTE R$ 400 MILHES PARA RENOVAR DE UMA S VEZ PORTFLIO, OFERECER NOVO VISUAL E ALGUMA SOFISTICAO
Depois de lanar o novo Uno em 2010 e a quinta gera-o do Palio em 2011, a Fiat decidiu fazer de uma s vez a renovao da parte que ainda faltava de seu portflio de compactos, quando apresentou verses repagi-nadas do sed Siena EL, da perua Palio Weekend e da picape Strada incluindo tambm as linhas Adventure dos dois lti-mos, que tm interior e exterior distintos.
So referncias em seus segmentos e representam parte significativa da fora comercial da Fiat, justificou o presidente da empresa para a Amrica Latina, Cledorvino
Belini. Ele destacou que j foram vendidos 4,7 milhes de unidades dos trs modelos. Para renovar todas as 15 ver-ses atuais deles, a montadora investiu R$ 400 milhes parte do programa de R$ 10 bilhes de 2011 a 2014.
A empresa tambm aproveitou para marcar territrio em sua prxima casa industrial no Pas: Pernambuco, que abrigar sua nova fbrica. Em Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado, nascer um novo polo automotivo, no qual a Fiat o vetor estruturante, lembrou Belini. O Nordeste um mercado cada vez mais importante, com 53 milhes de
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NOVOS SIENA EL, PALIO WEEKEND E STRADA
PEDRO KUTNEY, de Recife (PE)
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habitantes e PIB de US$ 250 bilhes, o que equivale a um pas que teria a quarta maior economia da Amrica do Sul, ressaltou. Por isso mesmo, quan-do comear a produzir em Goiana, em 2014, a montadora ir renovar outra parte importante de seu portflio com um produto que dever substituir o an-tigo Mille, de olho nos consumidores emergentes dessa regio do Brasil.
Enquanto isso no acontece, a Fiat comea a construir sua imagem em Pernambuco, com produtos criados pela inteligncia nacional, confor-me destacou o governador Eduardo Campos, ao se referir aos trs produ-tos lanados pela marca no Estado. A Fiat teve a coragem de vir para Mi-nas Gerais em momento em que ne-nhuma outra empresa se interessava e agora repete essa ousadia ao vir pa-ra Pernambuco, comparou Campos.
estRatGIaOs trs modelos tm importncia estra-tgica para a manuteno da liderana da marca no mercado brasileiro, pois so opes complementares aos seus carros de maior volume, caso do Uno e
Palio. Siena e Palio Weekend represen-tam 8,4% das vendas da Fiat no Pas e ajudam a mant-la no topo do segmento de automveis, no qual tem participao de 21,8%. J a Strada diretamente res-ponsvel pelo primeiro lugar em empla-camentos de comerciais leves, com fatia de 23,6%. No topo desse ranking h 12 anos seguidos, a Strada detm 47,7% das vendas de picapes compactas, que representam 35% dos licenciamentos de veculos utilitrios.
Com a chegada das novas verses,
executivos da fabricante estimam que as vendas do conjunto todo cres-am cerca de 10%, algo como 2 mil unidades/ms a mais. Siena e Palio Weekend, que hoje vendem perto de 3,5 mil/ms (cada modelo), pas-sariam ao patamar de 4 mil a 4,5 mil/ms. J a Strada saltaria de 11 mil para 12 mil/ms. Foi um de-safio renovar todos de uma vez, mas com isso esperamos ganhar mais mer-cado, pois dessa forma eliminamos o adiamento da compra pelo consumi-
os carros foram
dEsEnvolvidos no
cEntro dE Estilo
dE BEtim. ficamos
mais prXimos
dos cliEntEs E
podEmos proJEtar
os produtos QuE
ElEs dEsEJamCLAUDIO DEmARIA, diretor de desenvolvimento de produto da Fiat amrica latina
OS TRS modelos tm importncia estratgica para a marca mineira
A STRADA responsvel pela liderana da Fiat em comerciais leves da marca
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famlia tEm assinatura do cEntro dE Estilo dE BEtim
o painel e volante dos novos Siena EL, Palio Weekend e Strada passaram por mudanas significativas e tm duas verses, uma para a linha Adventure e outra para as demais verses. O interior dos modelos abriga as mudanas mais significativas da linha. A ideia foi oferecer maior sofisticao e exclusividade, com possibilidade de vrias configuraes de painel, volante e tecidos dos ban-cos, explica Claudio Demaria, diretor de desenvolvimento de produto da Fiat Amrica Latina.
Os carros foram 100% desenhados e desenvolvidos no centro de estilo de Betim. Essa uma grande vantagem, pois ficamos mais prximos dos clientes e podemos proje-tar os produtos que eles desejam, complementa. Todos os carros ganharam mais equipamentos, sofisticao e funcionalidades, garante Demaria. Entre esses incremen-tos, por exemplo, esto acionamento eltrico de travas e vidros, direo assistida e computador de bordo. Airbags frontais e freios com ABS agora so de srie na Strada e Weekend Adventure j em cumprimento legislao, que prev a obrigatoriedade de instalao desses equipa-mentos de segurana ativa em 60% dos veculos fabrica-dos em 2013 e em 100% a partir de 2014.
Desta vez, no entanto, no houve mudanas de plata-forma, como ocorreu com o novo Palio e Grand Siena, que cresceram para todos os lados. No caso dos novos Siena EL, Palio Weekend e Strada, as dimenses e po-wertrain continuam os mesmos de antes.
Edison Mazzucato, diretor de marketing do produto, calcula que os equipamentos agregados como de srie s novas verses topo de linha, anteriormente compra-dos como opcionais, custariam de R$ 1,9 mil a R$ 2 mil, mas a Fiat s acrescentou a metade desses valores.
O Siena EL, menor do que o expandido Grand Siena lanado em abril, passa a ser o sed de entrada da Fiat e substitui a verso Fire. O preo j tinha cado R$ 2.850 e agora comea em R$ 28.150 para o modelo com motor 1.0. Com motorizao 1.4 o valor sobe para R$ 30.970.
A Palio Weekend ser vendida em quatro verses bsi-cas: Attractive 1.4 (R$ 41.490), Trekking 1.6 (R$ 43.360), Adventure 1.8 (R$ 51.510) e Adventure Dualogic 1.8 (R$ 53.390) com cmbio automatizado.
J a nova Strada tem nove verses bsicas (Working, Trekking e Adventure), com trs motorizaes (1.4, 1.6 e 1.8, respectivamente) e trs tipos de cabine (simples, estendida e dupla). A mais barata, 1.4 Working cabine simples, comea por R$ 31.490. A mais cara, 1.8 Adven-ture Dualogic cabine dupla com cmbio automatizado, parte de R$ 54.060.
dor, que normalmente espera pela pr-xima gerao de produtos quando um s elemento da famlia renovado, explica Edison Mazzucato, diretor de marketing de produto.
A estratgia empregada pela Fiat para manter a liderana no Pas ser lder nos segmentos de maior volu-me. Para continuar assim, a marca vem agregando valor a cada gerao que renova, com remodelao cons-
tante de design (externo e interno) e incluso de equipamentos sem mexer substancialmente no preo dos pro-dutos. Com os trs agora relanados a tendncia a mesma.
Siena EL, Strada e Weekend tive-ram o design alinhado nova iden-tidade visual chamada de Family Feeling Fiat, uma forma de tornar todos os carros facilmente reco-nhecveis pelo consumidor. Parte
marcante dessa identidade est no bigodinho cromado com o crcu-lo vermelho no centro que abriga a marca Fiat, instalado na grade dian-teira. Comeou a ser usado no novo Palio e agora est presente tambm nos outros trs modelos da mesma famlia a exceo a verso de entrada da Strada, a Working, que manteve o desenho anterior da gra-de dianteira. n
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PRMIO TOYOTA
YAZAKI E GUIDI FORAM BEST SUPPLIERS
Em abril a Toyota premiou seus 46 melhores forne-cedores no Brasil e Argentina. Como de costume, a montadora faz a avaliao em trs categorias: quali-dade, logstica e custos, com dois nveis de classificao em cada uma, de excelncia, para os que superam as m-tricas estabelecidas, e de certificao, para aqueles que ficam dentro dos limites.
MONTADORA RECONHECEU OS MELHORES DO BRASIL E
ARGENTINA NAS CATEGORIAS QUALIDADE, LOGSTICA E CUSTOS
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Yazaki (no Brasil) e Guidi (na Argentina) foram conside-rados os melhores fornecedores este ano, pois obtiveram as classificaes mais altas em todas as trs categorias de avaliao.
Em qualidade, foram reconhecidos dez fornecedores que superaram as mtricas (excelncia) e outros dez que ficaram dentro das metas (certificao). Em logstica, sete recebe-ram o reconhecimento de excelncia e oito de certificao. Em custos foram apenas dois excelentes e sete certificados.
SHUNICHI NAKANISHI, presidente da Toyota Mercosul, e Fumio Inaoka, presidente da Yazaki do Brasil Ltda.
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OS PREMIADOS
BEST SUPPLIERSYazakiGuidi
QUALIDADEEXCELNCIA3MAssociated SpringBosch BrakesEldoradoHenkelNGKNitto DenkoNSKTokai RikaThyssenKrupp
CERTIFICAOBasfBridgestoneBudaiDelgaFumagalliJCIRassiniTRWTycoSumidenso
LOGSTICAEXCELNCIA3MFumagalli
HenkelNitto DenkoNSKRegaliTokai Rika
CERTIFICAOBorlemBudaiHutchinsonNGKRassiniResilSchaefflerTyco
CUSTOSEXCELNCIAContinentalLog & Print
CERTIFICAOBosalBroseJCINitto DenkoRassini-NHkResilTyco
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materiais | ao
A adoo de aos de alta resis-tncia pelas montadoras que desejam produzir veculos mais leves comea a se transformar em realidade na indstria brasileira. Com o objetivo de reduzir a emisso de poluentes e aumentar a segurana nos veculos, as fabricantes de carros esto consumindo um volume maior desses materiais, levando as siderr-gicas a trabalhar em novos projetos para atender a demanda crescente e garantir que no falte a matria-prima.
Uma das fabricantes de ao que lideram este processo no Brasil a ArcelorMittal, maior siderrgica do mundo. Em meados de 2011, a com-panhia lanou o projeto S-in Motion,
Uso de prodUtos siderrgicos leves e de alta resistncia avana no setor aUtomotivo
NATALIA GMEZ
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ltimos 12 meses,
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uma das montadoras que esto utilizando mais aos de alta resistncia em seu processo produtivo a Fiat. Segundo o gerente de pesquisa, inovao e mate-riais da Fiat, Jos Guilherme da Silva, este material tem se tornado cada vez mais necessrio e comum. Esses aos propiciam elevadas caractersticas mecnicas e, por isso, reduo de espessura e peso, diz. Ele conta que os projetos da montadora preveem cada vez mais a utilizao de aos de alta ou ultrarresistncia nos seus modelos.
No entanto, o gerente destaca que esta tecnologia ain-da est comeando no Brasil e que falta capacidade de
transformar tais aos para utilizao nos veculos. A Fiat tem adotado nos seus ltimos modelos cerca de 16% em peso de ao estampado a quente, mas ele revela que no Brasil o volume menor devido pequena disponibi-lidade das tecnologias de transformao.
Segundo ele, tudo isto est sendo equacionado numa ao conjunta com os parceiros tecnolgicos da Fiat e os prximos modelos faro uso mais abrangente dessas solues. A montadora tem um programa contnuo de parceria com as aciarias para o desenvolvimento desses materiais, cujos resultados tm sido rpidos e de sucesso.
ao de alta resistncia cresce na fiat
Fonte: ArcelorMittal Brasil
PArTIcIPAO DOs AOs DE ALTA rEsIsTNcIA NA cArrOcErIA
8% a 10%
20%
25%
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que permite reduzir o peso de um veculo modelo em at 20%, sem au-mentar o custo de produo. Neste prottipo, a participao dos aos de alta resistncia na carroceria foi am-pliada de 6% para 25%. O projeto foi apresentado para as montadoras em diversas verses e, desde ento, as vendas deste tipo de material aumen-taram consideravalmente.
Das dez plataformas de autom-
veis lanadas desde julho do ano passado, nove continham este tipo de material na sua composio. At 2010, este montante no passava de 30% das plataformas, segundo o responsvel pelo desenvolvimento de novos negcios e marketing da ArcelorMittal, Jesse Wili Paegle Filho. Ele explica que estes insumos tm resistncia superior a 600 Mpa e so produzidos tanto por estampagem a
quente quanto a frio. So conheci-dos mundialmente como Advanced High Strength Steel (AHSS).
Entre os veculos que levam a nova tecnologia no Brasil, o executivo es-tima que este tipo de ao represente 8% a 10% do volume total de ao. medida que a oferta do material avance, este nmero poder se apro-ximar de 20% em 2018. A previso da ArcelorMittal que o volume che-gue a 25% em 2025. Alm de garan-tir mais leveza aos veculos, o mate-rial aumenta os nveis de segurana dos automveis.
O executivo explica que as mon-tadoras esto procurando unificar as plataformas dos veculos em to-do o mundo para obter ganhos de
escala e por isso os fornecedores brasileiros precisam se adaptar aos padres dos Estados Uni