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RP em Foco JORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA PUCPR ANO 2 - Nº 8 - OUT/NOV 2014 Estrelas do cinema mundial vivem papel de Relações Públicas nas telonas P. 07 Campanha para doação de medula óssea vira sucesso na internet P. 09 A 2° edição do Evento RP em FOCO discute a Comunicação nos meios digitais P. 22

RP em Foco - Edição VIII - 2014

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Laboratório Jornal do curso de Relações Públicas da PUCPR

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RP em FocoJORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA PUCPR ANO 2 - Nº 8 - OUT/NOV 2014

Estrelas do cinema mundial vivem papel de Relações

Públicas nas telonasP. 07

Campanha para doaçãode medula óssea vira

sucesso na internetP. 09

A 2° edição do Evento RP em

FOCO discute a Comunicação

nos meiosdigitais

P. 22

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RP em Foco - Jornal laboratório desenvolvido na disciplina de Jornal de Empresa II, pelo 6º período do curso de Comunicação Social - Relações Públicas da Escola de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Reitor: Prof. Dr. Waldemiro Gremski Decana da Escola de Comunicação e Artes:Coordenadora do curso de Relações Públicas: Profª. MSc Francieli MognonCoordenação do Projeto: Profª. MSc Gisele Passos Lima Romanel – DRT 0658 PR / CONRERP nº 3720 [email protected]

Profª. MSc Sabrina Oliveira – [email protected]ção: alunos do 6º período de Relações Públicas – Ana Beatriz Bubola Pereira, Bruna Marcante Dias, Carina Bruzamolin,

Emanuella Marçallo de Camargo, Fernanda Botareli, Fernanda Labres de Oliveira, Fernandoo Yukio Nishino, Gabriella Car-neiro Leão de Camargo, Guilherme Cesar Danelhuk, Isabelle Raissa da Luz, Jaqueline Kogin Primon, Juliana Rasera, Lorena dos Santos Sagati, Lucas Passarelli de Abreu, Luiz Felipe Boll, Luiz Fernando Bianchi, Luiza Lima Andrade, Marcela Gomes Cassou, Mariana Zipperer Ribas, Mariane Veloso Keretch, Rodrigo Martins Rocha, Victoria Regina Pulcherio Roballo Vasques Conde, Vinicius Antonio Amorim Machado e Yannick Brasil Coelho.Diagramação: alunos do 6º período de Relações Públicas - Ana Beatriz Bubola Pereira, Bruna Marcante Dias, Carina Bru-zamolin, Carolina Nóbrega Jankowski, Daniel Sobocinski Keinert, Dayane Lacerda, Eduardo Robazza Pinow, Emanuella Marçallo de Camargo, Fernanda Botareli, Fernanda Labres de Oliveira, Fernandoo Yukio Nishino, Gabriella Carneiro Leão de Camargo, Guilherme Cesar Danelhuk, Isabelle Raissa da Luz, Jaqueline Kogin Primon, Juliana Rasera, Lorena dos Santos Sagati, Luiz Felipe Boll, Luiz Fernando Bianchi, Luiza Lima Andrade, Marcela Gomes Cassou, Mariana Zipperer Ribas, Mariane Veloso Keretch, Rodrigo Martins Rocha, Victoria Regina Pulcherio Roballo Vasques Conde, Vinicius Antonio Amorim Macha-do e Yannick Brasil Coelho.Diagramação da Capa:Revisão:Distribuição gratuita e dirigidaTiragem: 500 exemplares.

Quer ler as edições anteriores do RP em Foco?

EDITORIAL

Boa leitura!Profª. Gisele Passos

EXPEDIENTE

O movimentado ano de 2014 chegou ao fim. Foi um ano repleto de eventos e momentos diferenciados que puderam testar a nossa capacidade de adaptação, nossa flexibilidade e, por que não dizer, a curiosidade e senso de oportunidade. Estou falando dos eventos esportivos, das atividades acadêmicas, das Eleições, enfim, foram vários os acontecimentos do ano. O volume de eventos é uma característica do nosso tempo e precisamos es-tar preparados para viver assim. Essa edição retrata um pouco dessas atividades. Destacamos o evento RP em Foco que, no curso de Relações Públicas da PUCPR, é um dos principais pontos de contato dos alunos com o mercado; transformamos a cobertura tradicional do evento em algo mais descontraído, a partir das fotos tiradas pelas próprias responsáveis pela editoria RP em Imagens. Aproveitamos esta edição para divulgar o prêmio POP, do ConreRP, que acontece em dezembro e mostramos um pouquinho da estrutura do Labora-tório de Comunicação e Artes da PUCPR. Os profissionais de Relações Públicas têm vez no perfil, que traz um pouco da trajetória da RP Débora Alcântara no segmento de moda, e de Nazen Carneiro, no segmento de cultura. Ressaltamos também o storytelling, técnica que tem sido cada vez mais utilizada na narrativa organi-zacional. Outras matérias interessantes também estão nesta publicação, como informações sobre o Desafio do Balde de Gelo e a indicação de diversos filmes que retratam a profissão que escolhemos: as Relações Públicas. Reforço a importância do RP em Foco, que é uma publicação de estudantes de RP que preserva o olhar fresco de nossos estudantes sobre a área. Aproveite a visão deles e se informe! Vale a pena!

Guilherme Cesar Danelhuk, Isabelle Raissa da Luz e Mariane Veloso Keretch.alunos do 6º período de Relações Públicas, Profª Gisele Passos e Profª Francieli Mognon.

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Os responsáveis pelos projetos culturais devem estar ligados nas funções de Relações Públi-cas. Essa é uma das característi-cas de Nazen Carneiro, 31 anos, Relações Públicas formado pela Universidade Federal do Para-ná, responsável por trazer novas culturas à cidade de Curitiba. A atividade de Carneiro ganha mais projeção ao se considerar que Relações Públicas é uma profissão abrangente, aborda diversas áreas, além de ser mul-tifuncional. Atualmente, o pro-fissional da área está destacan-do-se e ganhando espaço em projetos culturais.

As atividades do âmbito cultu-ral estão sendo desenvolvidas e novas culturas de todo o mun-do estão chegando nas cidades brasileiras. Para aproveitar esse mercado, é necessário traçar planos estratégicos, reconhecer tendências e obter aproximação com a imprensa. O RP em Foco mostra mais sobre a atuação do Relações Públicas na cultura por meio da experiência de Na-zen Carneiro.

Quais foram as influências para a criação de projetos cul-turais? Tive contato com as mais di-ferentes formas de arte, tanto brasileiras como de vários ou-tros países. Essa experiência me colocou numa posição passível de ser a “ponte” entre artistas, arte e público. Depois disso to-mei atitude para concretizar as ideias, mas de certa forma já realizo isso desde os meus 17 anos.

Como a profissão de Relações Públicas potencializa os proje-tos culturais?Eu escolhi a profissão de Rela-ções Públicas quando já tinha dado os primeiros passos na produção de eventos culturais. O curso potencializou minha

qualidade de discernimento e pesquisa de públicos, me en-sinando a ter a melhor abor-dagem e melhores práticas da área. Aprendi, também, a utili-zar as mídias e compreender o funcionamento da indústria do entretenimento através do estu-do da Comunicação.

Você tem interesse ou planeja um novo projeto?Sim. Estou engajado num novo projeto o qual recentemente me associei: a Revista “Groove Mag”. Trata-se de uma revista voltada à “Cultura de DJs”, que tem sede em Curitiba e alcance nacional, abordando eventos, artistas e fatos ligados à área. Confira o projeto por meio do link: http://goo.gl/mzfm3l

ENTREVISTA

A RELAÇÕES PÚBLICAS COMO INSTRUMENTO NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS A profissão pode influenciar diretamente na maneira de agir,

empreender e ser notado no mercado culturalPor Bruna Dias

A Free Zone atrai pessoas para se divertirem e apreciar música,com Djs tocando na calçada

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O projeto Free Zone e Pub Crawl atraem públicos dife-rentes?Sim, bastante. Embora haja públicos em comum, são dois focos diferentes de atuação. En-quanto o Free Zone Curitiba é um projeto cultural com foco no público curitibano, e o Pub Crawl Curitiba é uma empre-sa de turismo receptivo, como foco no público de turistas e viajantes, visitantes da cidade de Curitiba.

Conheça o Facebook dos projetos:

www.fb.com/freezone.curitiba www.fb.com/pubcrawlctba

Como funciona o projeto e qual é o objetivo do Pub Crawl Brasil? O Pub Crawl Brasil é basica-mente um roteiro diversificado de bares e casas noturnas, em que pessoas participam de um tour divertido nas noites mais badaladas das grandes cidades.Sendo assim, o Pub Crawl Bra-sil é um veículo para divulgar informações de todos eventos Pub Crawl existentes no Bra-sil. Sendo assim, o objetivo do Pub Crawl Brasil é estabelecer-se como um guia de turismo das cidades onde acontecem o evento no país.

Já o Pub Crawl Curitiba é di-ferente: o da capital paranaen-se produz o evento, enquanto o Pub Crawl Brasil realiza o informativo de quais cidades existem esse evento.

“Eu escolhi a profissão de Relações Públicas quando já tinha dado os primeiros pas-sos na produção de eventos

culturais. O curso potencializou minha qualidade de discerni-

mento e pesquisa de públicos”

Quais os recursos que são uti-lizados para que os projetos sejam bem aceitos e participa-tivos pelo público?Ter canais acessíveis e resposta rápida ao público significa dar a eles o poder de conhecer me-lhor o seu produto, graças à um bom feedback. Comunicar em várias mídias e utilizar lingua-gem mais apropriada e adapta-da é essencial. Para isso, é pre-ciso conhecer melhor o público e ir de encontro a suas deman-das, ao invés de querer criar de-mandas.

Em Curitiba, qual a repercus-são desse trabalho?Falando sobre o “Free Zone Curitiba” a repercussão é posi-tiva desde sua primeira edição, em novembro de 2010. Além da resposta do público através das redes sociais e outros meios, o projeto foi comentado por vá-rios veículos de destaque, como a revista “House Mag” (maior revista especializada em música eletrônica do país).

Cada projeto necessita de um posicionamento diferenciado? Como você divulga cada um deles?Sim, como ambos os produtos têm posicionamento de mer-cado diferentes, cada um deles recebe um planejamento espe-cífico e dirigido. Mas, nós im-pulsionamos os dois projetos igualmente, através das redes sociais e também por ferramen-tas de assessoria de imprensa.

O Relações Públicas Nazen Carneiro, responsável pelos os projetos culturais

Free Zone e Pub Crawl Brasil

O Projeto Pub Crawl Curitiba faz parte do roteiro centro histórico, segundo o

blog “Curitiblogando”.

Colaboração:Lorena Sagati, Mariana Zipperer Ribas

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Acontece no dia 2 de dezembro, no dia nacional das Relações Pú-blicas, mais uma edição do prê-mio que se consagrou como um dos maiores da área de comuni-cação, o Prêmio de Opinião Pú-blica (POP). Esta edição celebra os 100 anos de Relações Públicas.

Criado pelo Conrerp 2ª região - SP/PR em 1979, o POP traz novas atrações e homenageia os participantes. A premiação che-ga à 33ª edição, busca valorizar o profissional da área e mostra cases de sucesso que foram im-plantados com êxito pelos co-municadores que o produziram. Segundo um dos criadores do prêmio, Nemércio Nogueira, a ideia do POP surgiu no final da década de 1970. ‘’Quando eu era presidente do Conselho Regional de Profissionais de Relações Pú-

blicas eu sentia muito claramente a necessidade de demonstrar aos empresários e executivos (nos-sos clientes e empregadores) a relevância profissional de nosso trabalho. Pareceu-me então que uma forma adequada de alcançar essa meta seria a criação de um prêmio que distinguisse os tra-balhos profissionais bem feitos e não simplesmente O Homem de RP do Ano’’, comenta.

O evento fará uma retrospectiva dos 34 anos em que ocorre, re-lembrando os seus melhores mo-mentos. Além disso, contará com fotos e vídeos exclusivos sobre os 100 anos de Relações Públicas. A assessora de imprensa do POP, Vanessa Silva, conta que os ven-cedores do Prêmio ganham, além de credibilidade e prestígio, o re-conhecimento entre os profissio-nais e empresas da área. “No POP você concorre com empresas, agências e profissionais de gran-de reconhecimento no mercado. Muitas empresas deixam o logo do Prêmio em evidência junto ao nome da instituição, demonstran-

do o respeito que o prêmio ocupa no mercado’’, conclui Vanessa.

Para participar do evento, cada case foi fundamentado em pes-quisas, e em resultados que com-provem a eficácia da aplicação da teoria e das ferramentas usadas para elaborá-lo. Os interessados deveriam cadastrar seus projetos até o dia 10 de outubro.

Segundo Vanessa, os critérios de avaliação da premiação estão de-finidos no regulamento, disponí-vel no site. Cada critério possui

33ª edição do POP Prêmio deOpinião Pública acontece em dezembro

Um dos eventos mais representativos da área ganhaedição especial dos 100 anos de Relações Públicas

RP EM PAUTA

Por Luiz Fernando Bianchi

Troféu Prêmio Opinião Pública

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Relações Públicas para EMBRATURna Copa do Mundo da África (2010) Objetivo: Elaborar, coordenar e executar um projeto de relações públicas que contemple um conjunto de iniciativas de divulgação e relacionamento junto aos principais públicos-alvo presentes na Copa da África, com o objetivo de divulgar o Brasil e seus produtos turísticos, aproveitando o gancho do País ser sede de megaeventos esportivos nos próximos 06 anos.

Juruti Sustentável: comunicaçãopelo engajamento social (2009)

Objetivo: Desenvolver relacionamento com a comunidade de Juruti e demais públicos paraenses tendo como base a sustentabilidade. Disseminação das práticas sustentáveis como fator integrante da es-tratégia de negócios da Alcoa.

Amanco: Projeto conduzimos água. Levamos Vida

Objetivo:- Anunciar a chegada de um dos maiores líderes mundiais de tubos e conexões.- Mostrar Amanco como investidor e não como mais um fabri-cante de tubos.- Criar impacto e relevância para a Amanco, como fonte primá-ria de informação.- Elaborar uma estratégia agressiva que integrasse valores e re-conhecimento, reforçando seus atributos: qualidade, ética, tec-nologia e visão de futuro.- Mostrar a Amanco como protagonista em Condução e Contro-le de Água, Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social e Ambiental.

Projeto MudaMundo (Revap – maio a agosto/2011)

Objetivo: Promover ações de desenvolvimento do conceito de cida-dania, por meio de atividades educacionais e programas de capaci-tação.

pesos diferentes. Os jurados ava-liam cada case, dando notas para estes critérios, valendo a média final entre as notas obtidas para chegar ao vencedor.

Você pode obter mais informações sobre o POP por meio do site

’’www.premioopiniaopublica.com.br ‘’, além de informações sobre os cases premiados nas edições

anteriores do evento.

Colaboração:Daniel Keinert

Vinicius Machado

Vanessa Silva assessora de imprensa do POP

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Confira mais sobre os casespremiados com o POP:

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De lobista à assessor de super-herói, RPs tem filmes interessantíssimos para refletir

RP NAS TELONAS

Por Eduardo Robazza

Nada melhor do que um domin-go nublado, uma coberta, choco-late e vários filmes e séries para assistir e relaxar. E que tal juntar Relações Públicas com tudo isso? Não, não é de um RP querendo ficar em casa comendo chocolate que esse texto trata. E sim, Rela-ções Públicas com cinema. Será que essa mistura dá certo? É o que a equipe do RP em Foco foi conferir no mundo Hollywoodia-no! Há uma repleta lista de filmes que retratam Relações Públicas no cinema. Entretanto, nem to-dos passam uma imagem positiva da profissão.

É o caso do filme Obrigado por Fumar (2006), do diretor Jason Reitman. A obra tem como pro-tagonista o Nick Taylor (Aaron Eckhart), porta–voz das grandes empresas de cigarro dos Estados Unidos. Defensor dos fumantes, Nick utiliza dados e informações manipuladoras com o objetivo de diminuir os riscos do uso do ta-baco, além de promover o fumo do cigarro em programas de tele-visão.

O filme é interessante para ana-lisar o comportamento de Nick. O protagonista vive em um dile-ma entre o seu trabalho ser como qualquer outro, mas ao mesmo tempo promover o mal estar da saúde das pessoas. É aí que en-tra o seu comportamento de um Relações Públicas. O “jogo de cintura’’ de Nick Taylor, a sua in-fluência com as palavras e o seu contorno de muitas “crises’’ ao longo da trama, faz com que seja um excelente filme para refletir. sobre RP.

Outro filme que tem a manipula-ção de informações e o seu jogo de influências é o Mera Coinci-dência (1997), do diretor Barry Levinson. A trama conta a his-tória de um candidato (Michael Belson) à presidência dos Estados Unidos que entrou em um escân-dalo sexual poucos dias antes da eleição. Desesperado, ele conta com que o seu assessor Conrad Bean (Robert DeNiro) possa re-verter a situação.

É aí que está elaborado todo o enredo da história. Bean cria jun-to com a ajuda de um produtor (Dustin Hoffmann) de filmes de Hollywood, uma guerra na Albâ-nia, para que o candidato a presi-dente possa interferir e se tornar um ‘’ herói’’. Por mais que o filme passe uma ideia dos RPs serem “lobistas’’, a obra é interessante para se observar que a verdade não significa nada se não estiver sendo filmada.

2005 Twentieth Century Fox Film

Corporation

Cena do filme “Obrigado Por Fumar”

CULTURA

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Colaboração: Ana Beatriz Bubola e Dayane Lacerda

O sucesso de bilheteria, Hancock (2008), conta a história de John Hancock (Will Smith), um super – herói com superpoderes, mas que tem sérios problemas com a bebida e dorme na rua. Após salvar o Relações Públicas, Ray Embrey (Jason Bateman), de ser atropelado por um trem, este se oferece para ajudar Hancock a melhorar a sua imagem perante a sociedade.

É necessário falar mais sobre esse filme? Isso é ser RP na sua essência! O filme além de divertidíssimo, também apresenta a profissão de forma clara e precisa ao grande público. Ray Embray torna a imagem de Hancock, que era totalmente negativa em Los Angeles, positiva, fazendo-o virar no grande herói da cidade.

Uma obra que não tem o mesmo lado cômico e de ficção de Hancock, mas que também retrata Relações Públicas de uma forma correta é o filme Tudo Pelo Poder (2011). Da mesma forma que Mera Coincidência, fala sobre eleições, mas de uma forma mais dramática. O assessor de imprensa Stephen Myers (Ryan Gos-ling), do candidato à presidência dos Estados Unidos, Mike Morris (George Clooney) – também diretor do filme, vive em uma trama marcada por jogo de poder e influências políticas. Tudo isso para evi-tar que vaze um escândalo de seu candidato na grande mídia, para que Mike Morris não seja prejudicado nas eleições. O filme é bastante rea-lista e está longe de ter uma ideia romântica sobre a profissão. Mostra como Stephen Myers consegue contornar as crises que o presidente acaba se envolvendo, utilizando as ferramentas de trabalho de um RP.

Muitos filmes com RPs que são protagonistas já foram feitos nos Esta-dos Unidos. Relações Públicas pode até sofrer críticas que a profissão é manipuladora. Mas, desde que não se perca o bom senso e a ética de trabalho, sempre com uma pitada de bom humor, criatividade e muito trabalho, os futuros RPs do Brasil pode fazer da profissão um filme de sucesso no país.

O personagem de Jason Bateman exercendo a profissão de Relações Públicas aconselha seu assessorado

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Pacientes que lutam contra o câncer viram sucesso na internet

Por Guilherme Danelhuck

Hospital Nossa Senhora das Graças chama a atenção e comove pessoaspara doar medula óssea em campanha viral na web

Com o refrão ‘’ O que não te mata, faz você mais forte’’, a música Stronger da cantora Kelly Clark-son ganhou novos intérpretes em uma campanha realizada pelo Hospital Nossa Senhora das Gra-ças (HNSG), ajudando a aumentar

o número de pessoas cadastradas com intuito de doar medula óssea. Antes da campanha havia poucos cadastros, e isso dificultava encon-trar pessoas compatíveis.

A campanha surgiu quando o mé-dico responsável do setor de hema-tologia assistiu ao vídeo stronger, interpretado por pacientes do hos-

pital Seattle (Washington) e teve a ideia de reproduzir o vídeo. Todos ficaram animados e ansiosos para começar a produção.

Durante a produção do vídeo, mais de 50 pessoas mobilizaram- se e ajudaram a fazer a campanha tornar-se um viral na internet. Pa-cientes, familiares, médicos, cola-boradores e voluntários, foram os principais responsáveis por fazer acontecer a campanha. A coorde-nadora do Setor de Comunicação e Marketing do HNSG, Melise Bo-chnia, afirma que depois do suces-so do vídeo, além de aumentar o número de pessoas cadastradas e dispostas a doar, uma nova família chamada Stronger foi formada.

‘’Uma família cheia de cumplicidade e animada que torce um pelos ou-

tros. Depois do vídeo , nos sentimos compromissados a escolher outras

causas e disseminar outras ideias, e esta família está junto a cada novo vídeo. Trata-se de uma corrente de

boa vontade pelo bem’’, Melise Bochnia, coordenadora de Comuni-

cação e Marketing do HNSG.

Como se cadastrar?

Para se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Me-dula Óssea (REDOME), o candi-dato a doador deverá procurar o hemocentro.

Para doar:- Deve ter entre 18 e 54 anos de idade e ter boa saúde. -Será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (característi-cas genéticas importantes para a seleção de um doador).

- Os dados do doador são inse-ridos no cadastro do REDOME.

- O transplante de medula ós-sea é um procedimento se-guro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.

Para mais informações acessar:www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=677

CASE RP

Pacientes também participaramativamente da campanha

Campanha contribuiu para aumentar a autoestima de pacientes.

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Depois de ter visto o vídeo na in-ternet, o administrador e também maratonista Marcelo Alves ficou muito sensibilizado com a propos-ta e imediatamente buscou mais informações de como se tornar um doador.

Marcelo ressalta a importância de ser um doador. “Se você está sau-dável, está com saúde porque não ajudar alguém que precisa? Não tem custo algum e você está do-ando o que tem de melhor, está doando um pouco da sua saúde, um pouco de vida’’. Marcelo, além de ser um doador, também aju-dou que a campanha se espalhasse mundialmente levando uma ban-deira dela para vários lugares em que vai competir, até mesmo no Polo Norte.

Em menos de 48 horas após sua postagem na internet, o vídeo já tinha mais de 26 mil acessos. A mídia local também foi responsá-vel por fazer a campanha virar su-cesso, pois a iniciativa logo após o vídeo ser lançado foi foco de inú-meras matérias sobre a campanha. Depois de tanta repercussão as

pessoas ficaram mais sensibiliza-das e com vontade de doar, assim o número de pessoas cadastradas au-mentou em 180%. “O vídeo Stron-ger também ajudou muito na au-toestima dos pacientes. Eles foram reconhecidos até na rua’’, afirma a Relações Públicas do HNSG, Ana Clara Biscaia.Ana Clara também afirma que o cadastro de medu-la óssea é muito importante, pelo fato que existem poucos doadores compatíveis. Quanto mais cadas-trados tiver, maior é a chance de salvar novas vidas.

Veja onde se tornar um doador em Curitiba:

Biobanco do HC/UFPRQuando: de segunda a sexta, das 7h30 às 18 horas; e aos sábados, das 7h30às 12h30.Endereço: Av. Agostinho Leão Junior, 108, Alto da Glória.Informações: (41) 3360-1875.

Centro de Hematologia eHemoterapia do ParanáQuando: de segunda a sexta, das 8 às 17 horas.Endereço: Travessa João Prosdócimo, 145, Alto da XV.Informações: 0800-645-4555.

HemobancoQuando: de segunda a sexta,8 às 18 horas.Endereço: Rua Capitão Souza Franco, 290, Batel.Informações: (41) 3023-5545.

Hospital Erasto GaertnerQuando: de segunda a sexta,das 9 às 17h30.

Colaboração: Isabelle luz e Mariane Keretch

O maratonista Marcelo Alves tornou-se propagandista da campanha ao redor do mundo

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Endereço: Rua Dr. Ovande do Amaral, 201, Jardim das Américas.

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RP EM IMAGENS

RP EM FOCO POR DENTRO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL

Evento RP em foco reúne profissionais para debater e apresentar os cenários da Comunicação Digital dentro do universo

das Relações PúblicasA segunda edição do RP em Foco aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de Setembro, e trouxe como tema principal a “Comunicação Digital”. Realizado pelo curso de Relações Públicas da PUCPR, o evento anual tem como objetivo reunir profissionais da área que atuam no mercado de trabalho, dando a oportunidade de passar suas experiências para os estudantes por meio de palestras, workshops e oficinas, motivando-os a unir a teoria com a prática, a criatividade, as ideias inovadoras e o espírito empreendedor de cada um.

No primeiro e segundo dia do evento foram realizadas quatro palestras na parte da manhã, duas por dia, tra-zendo profissionais da Gazeta do Povo, Prefeitura de Curitiba, Embrapa, Escola de Criatividade entre outros, além de contar com a apresentação dos pôsteres dos alunos do 8º período no intervalo. No terceiro dia, os estudantes puderam escolher participar da Oficina em Estratégia de Negócios por meio das redes sociais, do Workshop Mercado de Eventos ou do Workshop S.O.S Blogger. Veja os melhores momentos do Evento e aguar-de que em 2015 tem mais!

Por Fernanda Botareli

O Reitor da PUCPR, Prof. Dr. Waldemiro Gremski, esteve presente na abertura do even-to, prestigiando os alunos, organizadores e professores, ressaltando que a PUCPR procu-ra formar profissionais completos, criativos e empreendedores, juntamente do pró-reitor de graduação Vidal Martins e a professora e coor-denadora do curso de Relações Públicas, Fran-cieli Mognon, idealizadora do evento.

A primeira palestra do Evento foi com o profissional Jean Sigel, o tema da palestra era “Você é criativo? Hábitos criativos para o desenvolvimento pessoal e profissional”. Na palestra, Jean questionou os presentes sobre o que seria criatividade, perguntando também quem se con-siderava criativo. Embora estando entre profissionais de Relações Públicas, apenas três se consideravam extrema-mente criativos, ao final, a professora Sabrina de Oliveira juntou-se a ele e fez algumas perguntas e curiosidades sobre a palestra.

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Para tornar o intervalo do primeiro dia do evento mais agradável, os alunos contaram com a presença dos músicos Gui Sales e Dabliu Junior apresentan-do algumas canções a voz e violão.

A segunda palestra do dia foi conduzida pela profissional Raissa Alencar Pompeu, da Embrapa, e tinha como tema “O RP e a comunicação digital na área governamental”. A palestrante citou os desafios encontrados pelo profis-sional de RP ao lidar nessa área e apresentou um pouco de suas experiências e dificuldades na área Digital dentro da Embrapa, mostrou a segmentação das redes sociais da empresa, destacando que cada rede social atingia deter-minado tipo de público. Ao final da palestra, o profes-sor Tarcis Prado Junior juntou-se a ela para salientar um pouco mais sobre o tema e fazer algumas perguntas.

No intervalo do segundo dia do evento, além de contar com a apresentação musical do Dabliu Junior, os alunos tiveram acesso a apresentação dos pôsteres do pessoal do 8º período de RP, entendendo um pouco mais sobre os temas dos TCC’s e Monografias. Gabriel Abreu, está concluindo sua monogra-fia e apresentou seu pôster no evento, com o tema Relações Públicas e Marketing no contexto teórico prático no Brasil, e ao seu lado a professora e coordenadora do curso de RP, Francieli Mognon.

O segundo dia começou com tudo: três palestrantes, Marcus Yabe, José Godoy e Karina Borio, do grupo GRPCOM, Gazeta do Povo, trouxeram o tema “Os desafios e estratégias do uso das multiplataformas na comunicação junto aos diversos públicos”, e apresen-taram algumas das estratégias de comunicação usadas pela empresa. Karine Borio destacou que mercado de trabalho quanto mais agilidade e estratégias para rea-lizar as ações, mais chances de dar certo, além de fo-mentar a questão que a troca de informações no even-to favorece na construção de carreiras. O professor do curso de RP, Marcos José Zablonski, subiu ao palco e mediou a conversa entre os estudantes e os profissio-nais da Gazeta do Povo.

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A última palestra do evento trouxe um assunto de grande interesse a todos, com o tema “Comunica-ção Pública nos meios digitais: um novo olhar e uma nova abordagem. Caso da prefeitura de Curi-tiba.” Conduzida por Claúdio Castro, Marcel Bely, Marcos Giovenna e Alváro Borba, que são os res-ponsáveis pelas redes sociais da prefeitura de Curi-tiba, contaram como foi a transição para essa nova linguagem, a qual a “Prefs”, como é conhecida pelos internautas, utiliza em suas publicações, a impor-tância de estar sempre presente (ou seja, fazendo várias publicações ao dia), a transparência e a ver-dade em seus posts, o contato próximo, a rapidez em aproveitar uma chance e transformá-la em ten-dência, mostrando a forma de divulgar a cidade não só para os que moram nela, mas também para os turistas e os demais brasileiros.

Finalizando o segundo dia do evento, foram sor-teados livros da área para os alunos presentes, e o pessoal responsável pelas redes sociais da pre-feitura de Curitiba, os professores e estudantes juntaram-se e posaram para a foto registrando o momento.

Para encerar a programação do RP em foco, na sex-ta feira foram realizados no LABCOM Workshops e oficinas, as quais os alunos escolheram uma das três opções para participar, o Workshop S.O.S Blo-gger, articulado por Débora Alcântara (representa-da na foto), trazendo o tema: Como o profissional de Relações Públicas atua na comunicação visual? E usando como exemplo o case “ Blog Tudo Orna” , mostrando que o profissional de RP tem as habi-lidades para atuar nessa área, usando da comuni-cação estratégica em forma geral para conquistar seus objetivos. Houve também o Workshop Merca-do de Eventos, articulado por Suzana Nogiri e Flá-via Ribas, mostrando uma área que tem dado cada vez abertura para os RP’s, e a Oficina Estratégia de Negócios através das Redes Sociais, articulado por Elias Teixeira, onde mostrou o quanto a imagem do próprio RP é importante para a sua carreira e suces-so profissional.

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Colaboração: Jaqueline Primon e Juliana Rasera.

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Você no RP em FocoAlunos e professores marcam presença e mostram seu carinho pelo

Curso e pela profissão de Relações Públicas

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A forma mais fácil de se vender algo a alguém é ter uma boa história para se contar. Com os seus mínimos de-talhes, uma narrativa bem aprofundada pode impressio-nar o mais apurado ouvinte.Ligações interpessoais são es-tabelecidas durante o entrela-çar da história transmitindo elementos culturais, regras e valores éticos, ou até mesmo um novo produto a ser lançado.

Para os interessados, em inglês a expressão storytelling

está relacionada com a ca-pacidade de narrar histórias relevantes, a mesma atrela-da com o marketing torna-se uma poderosa arma para atrair mais públicos a sua empresa.O storytelling deve ser tratado como aptidão que, sendo bem desenvolvida, pode ser aplica-do como ferramenta e ser usada como estratégia de marketing.

Mestre e doutor em Administra-ção e Marketing pela PUCPR o professor Karlan Muniz destaca que “contar uma estória serve

para vários propósitos, entre elas o entretenimento, a geração de experiência ou para vivên-cia e a persuasão do receptor. A educação utiliza as histórias como ferramentas de ensino, se você parar para pensar, pra-ticamente todas as áreas que envolvem direito, psicologia e comunicação social de for-ma geral sempre usaram esse recurso para transmitir in-formações visando algum tipo de efeito de conheci-mento e/ou comportamento”.

Com a promessa de alcançar um número maior de pessoas, a ação de storytelling traz o lado criativo e espontâneo de narrar uma história. Para as empresas, é uma forma de atrelar marketing e promoção.

O storytelling como arma de negócios

MERCADO E TENDÊNCIAS

Por Luiz Felipe Boll

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Identificar os elementos impres-cindíveis da história é um dos pas-sos mais importantes em se criar uma boa ação de storytelling. O efeito que a ação causa é de transportar o expectador para dentro da narrativa, imergin-do o mesmo dentro do mun-do da empresa, das memórias e dos segredos que a mesma pos-sa compartilhar naquela nar-rativa. “A mensagem tem um alto potencial de persuasão e é absorvida de forma mais enga-jada e menos resistente”, con-clui o professor Karlan Muniz.

Esse novo conceito de marketing traz para as empresas uma nova forma de ouvir, aprender, desco-brir, explorar, criar, comunicar e encantar. Essas fases consistem em ouvir o cliente, aprender so-bre o negócio, descobrir as suas histórias, explorar essas histó-

rias para poder criar conceitos, campanhas e peças que possam encantar o consumidor final.

Utilizando imagens, áudios e dese-nhos o storytelling tem a missão de propagar um conteúdo relevante, sendo de fácil compartilhamento. A contadora de histórias e artista Ailén Roberto sempre procurou utilizar a técnica em seu dia a dia. “Comecei nesse meio em 1999. Trabalhava como atriz em uma companhia, quando uma colega, que já era contadora de histórias, me convidou para participar com ela. Fui e Amei!”. Ailén ainda re-lata: “O melhor de contar histó-rias é exercitar esse lado ancestral e despertar nos ouvintes diversos sentimentos, imagens, texturas, narrativas. Quando você conta uma história está comunican-do, a única diferença é a forma”.

O storytelling pode ser desvenda-do por diversas maneiras, o que não se pode perder é a criativi-dade e a veracidade das histórias abordadas. É uma boa escolha para as empresas que querem puxar seus públicos para perto, como por exemplo, Thiago Be-rardi da empresa BDDB explica, “O storytelling é um recurso que liga a emoção humana à merca-doria e aos consumidores, sendo cada vez mais usado nas pro-pagandas. O transmídia story-telling é um conceito que revela a transmissão de uma história em diferentes tipos de mídias, sabendo que as histórias têm que ser adequadas e contadas de formas diferentes dependendo dos diferentes tipos de mídia em questão. As histórias não podem se repetir nos diferentes tipos de mídia mas devem se completar”.

Colaboração:Gabriella Camargo, Rodrigo Rocha, Elias Bonfim e Lucas de Abreu

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O DESAFIO DO BALDE DE GELOA mobilização social em tempos de Memes

Se o desafio gelado fosse traduzi-do em uma palavra seria: solida-riedade. Porém, apenas a solida-riedade ou também a necessidade de estar na mídia acima de tudo? De Bill Gates, George Bush e Oprah Winfrey à Ana Maria Bra-ga, Gisele Bündchen e Neymar Junior; quais foram os resultados, positivos e negativos do #IceBu-cketChallenge e o que ficou como experiência? Idealizada pela ALS Association, a campanha busca fundos para o tratamento e cons-cientização da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O RP em Foco reuniu informações sobre essa campanha, que viralizou o desafio e engajou milhões de pes-soas a uma causa caridosa.

A “bricadeira” é simples, uma pessoa desafia a outra a jogar um balde de água gelada sobre a sua própria cabeça, caso o desafio fosse recusado a pessoa desafiada deveria doar US$100 à ALS Asso-ciation. De um jeito ou de outro o desafio deveria ser repassado a

três amigos, e foi assim que a fe-bre do gelo começou. Mesmo que o desafio sugira uma escolha, a maior parte das celebridades op-tou por fazer o pacote completo: tomar um banho gelado e realizar a doação à associação.

Em um mundo onde nada se cria, e sim, tudo se copia. Antes do Desafio vieram outras duas brin-cadeiras semelhantes. Em 2012, na Austrália e no Reino Unido, era moda desafiar os amigos a in-gerir uma grande quantidade de bebida alcoólica enquanto faziam alguma coisa inusitada, e depois encorajar os amigos a realizar o mesmo em 24 horas. O Nekno-minate ou Neck And Nominate vitimou cinco pessoas, o que mo-bilizou as autoridades, porém não interrompeu o jogo. Em Março de 2014, foi a vez de um cão guia e lagoas quase congeladas entra-rem em cena. Foram os primeiros registros de pessoas se subme-terem ao frio extremo em bus-ca da solidariedade. O 24-Hour

Cold Water Challenge iniciou no Tennessee (EUA), e funcionou basicamente como o Desafio do Gelo. Cidadãos desafiavam-se a pular em lagos muito gelados ou colaborar com a compra de um cão guia à Madi, uma menina diagnosticada com diabetes que necessitava do cão para o seu tra-tamento.

Por Fernando Nishino

Bill Gates George Bush Oprah Winfrey Ana Maria Braga Gisele Büdchen Neymar Jr.

ATUALIDADES

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O início do #IceBucketChallenge No dia 14 de julho, o desafio que se iniciou com Jeremy McGrath, piloto de MotoCross, desafiando seus amigos famosos, começou a chamar a atenção da TV ame-ricana. Foi no Today Show que o jornalista Matt Lauer tornou o desafio nacionalmente conhe-cido. A partir deste momento a campanha tornou-se viral.

Numa era em que a mídia está fo-cada no que é tendência, é estraté-gico (para alguns) ser controverso e polêmico. Alguns pontos nega-tivos à campanha foram levan-tados por diversas pessoas, que aderiram à causa de uma maneira diferente. Criticando, porém con-tribuindo. Aspectos negativos fo-ram levantados, como a utilização de uma caridade pontual, ou seja, uma caridade que não é contínua, para a autopromoção de muitos. E também, sobre a doença em si, que foi minimamente divulgada durante toda essa explosão da mídia. Um terceiro aspecto é de

que não é possível comprovar a veracidade e a coerência dos par-ticipantes. Se todos que aceitaram o desafio realmente exerceram a solidariedade ou se simplesmente gravaram um vídeo para se au-topromover. No que foi referido a ‘é estratégico ser controverso e polêmico’, Rafinha Bastos, como sempre, conseguiu. Participou do evento de uma maneira diferen-ciada, despejando um balde vazio sobre sua cabeça. Em seu favor utilizou o momento crítico que São Paulo viveu naquele período, a situação em que os reservató-rios de água se encontravam.

Dados de um lado e controvér-sias do outro. O fato é que nunca na história foi visto repercussão maior para uma campanha so-lidária. Segundo o publicitário e motion designer Guilherme Nery, “o #IceBucktChallenge re-volucionou a solidariedade nas redes sociais. Por motivação cari-dosa ou simplesmente pessoal, a mobilização gerada foi histórica.”

Os números são expressivos, a mobilização foi global e as do-ações foram reais e significati-vas. Guilherme ainda afirma que “uma nova porta foi aberta para àqueles que conseguem encon-trar uma solução inovadora para um problema antigo.” De fato, esta não foi a primeira campanha que envolveu caridade e redes sociais, porém foi a de maior su-cesso na web e comprovadamente a que mais gerou mais contribui-ções para uma causa social.

Colaboração: Carina Bruzamolin e Victoria Conde

De acordo com o Relações Públicas e especialista em mídias sociais Tiago Gappmayer, os números são ex-pressivos e surpreendentes. “Números que quebram fronteiras entre o poder da mídia social e uma utilização consciente dela. Muito se sabe sobre a velocidade que os usuários têm em se comunicar uns com os outros, porém nem todos sabem como podem encontrar uma solução para um problema, seja lá qual for. Seja lá quão criativa ou inusitada será a solução”, conclui Gappmayer.

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Foram mais de

2 milhõesde vídeos relacionados publicados no YouTube

2,2 milhõesde menções no Twitter

E mais de 15 milhõesde publicações relacionadas aoDesafio do Gelo, no Facebook

Foram arrecadados US$ 31,5 milhõesO valor é 16x maior comparado ao mesmo período do ano passado

637.527 novos doadoresentre 29/7 e 20/08

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habilitações da comunicação. A partir de matérias práticas, os alunos têm a oportunidade de te-rem uma experiência mais apro-fundada em suas áreas, sempre buscando uma aproximação com o mercado de trabalho. Além disso, o LabCom auxilia alguns outros cursos da PUCPR com a execução e transmissão de vídeos e ainda acontece uma rádio web. O local conta com profissionais renomados e com experiência no mercado de trabalho, além de materiais que seguem a ten-dência da tecnologia. Celso Pe-truzalek, um dos colaboradores mais antigos do local, afirma que a maioria dos funcionários trabalham ou já trabalharam em meios de comunicação, por isso sabem bastante como ope-ra o mercado e que essa baga-gem que eles podem transmitir para os alunos, é um diferencial.

O laboratório tem uma grande funcionalidade para os alunos, se bem utilizado acrescentará mui-to na carreira de cada um. Sobre isso complementa Celso: “Tudo o que o aluno vai precisar no mercado, ele vai aprender aqui”.

Há cerca de um ano, com a co-laboração dos coordenadores de cada curso, houve uma re-formulação no LabCom, e um enorme investimento foi fei-to por parte da Escola de Co-municação e Artes da PUCPR.

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Com o surgimento das novas tecnologias, a comunicação está se tornando cada vez mais fácil e ágil. A internet e as redes sociais demandam dos comunicadores um jogo de cintura para acom-panhar o mercado e as mudanças que elas trazem. Com isso, ele tem que saber um pouco de tudo. Diante dessa perspectiva, o curso de Relações Públicas conta com um aliado importante para a formação dos seus alunos: o LabCom.

O laboratório de Comunicação e Artes surgiu há alguns anos com a intenção de auxiliar prefe-rencialmente, os alunos das três

O Laboratório de Comunicação e Artes conta com nova formulação e ajuda estudantes de todas as habilitações da comunicação a

crescerem profissionalmente por meio da tecnologia

A TECNOLOGIA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO PARA A COMUNICAÇÃO

Por Yannick Brasil

PUCPR

“O RP tem que saber fazer foto, vídeo, site,

blog, tem que fazer campanha e ainda edi-tar tudo isso. O mesmo

acontece com jornalistas e publicitários”.

Alunos do 6º período em aula prática

Técnico do LabCom na estação de áudio

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Foram substituídos todos os equipamentos por outros com tecnologia de ponta, como: as ilhas de edição digitais, tanto de som, quanto a de televisão; novas câmeras fotográficas 6D; labora-tórios com computadores Mac; entre outras. Julius Nunes, coor-denador do curso de jornalismo, e Petruzalek concordam que hoje o LabCom é um dos três melho-res espaços do gênero no Brasil.

Para os estudantes de Relações Públicas, a mudança no laborató-rio foi fundamental. Como gestor da comunicação, ele tem assumi-do diversas funções ao longo da execução de um projeto. Já foi o tempo em que as únicas matérias

estudadas eram comunicação in-terna e eventos. O momento pede que esse profissional entenda de fotografia, design, produção grá-fica e outras matérias pouco con-vencionais.

Um profissional de Relações Pú-blicas atualmente, não trabalha mais só com uma área, ele tem que ser multifacetado. “O RP tem que saber fazer foto, vídeo, site, blog, tem que fazer campanha e ainda editar tudo isso. O mesmo acontece com jornalistas e publi-citários”, assim, explica Julius. O laboratório funciona de segun-da a sábado, das 7h30 às 22h30. Além das aulas curriculares du-rantes os períodos da manhã e

noite, cursos de extensão ocor-rem durante todo o dia, inclusive à tarde. A adesão dos alunos ao Laboratório de Comunicação e artes ainda pode melhorar. “É ne-cessário mudar a cultura do alu-no, ele tem que viver mais e me-lhor a universidade. Nós temos a estrutura, o pessoal, o espaço, basta que os alunos utilizem esse espaço de uma forma melhor”, observa Julius.

A facilidade e velocidade com que a comunicação está se de-senvolvendo, faz com que surjam cada vez mais possibilidades de estarem todos conectados, po-rém é nessa mesma velocidade que as tecnologias tornam-se obsoletas. Por isso, os coorde-nadores constantemente atuali-zam o planejamento estratégico de investimentos a curto, médio e longo prazo e trabalha ampa-ra o investimento continuar. “A Escola de Comunicação e Artes preza pela tecnologia, fazendo com que os alunos tenham aces-so aos softwares mais atualizados, trazendo benefícios não só aos alunos, como também para os professores que trabalham com todo esse aparato”, finaliza Julius.

Colaboração: Carolina Nóbrega

LabCom conta com laboratório com computadores novos da Apple

Sala Lúdica: espaço diferenciado estimula a criatividade

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RP em FOCO: Porque optou por cursar Relações Públicas? Débora: Antes de decidir qual curso faria, visitei várias feiras de profissões que as próprias uni-versidades promovem, elas fo-ram decisivas. Foi dentro de uma feira de profissões que conheci o curso mais a fundo e me identi-fiquei muito! Conseguia me ver trabalhando na área. Hoje posso dizer que fiz a melhor escolha da minha vida!

RP em FOCO: Como foi cursar RP?

Débora: Sempre me dediquei na faculdade. Quando você gosta do assunto, estudar é um prazer.

As matérias mais difíceis foram estatística, pesquisa de campo e fotografia, mas nunca peguei de-pendência. Gostava muito quan-do tínhamos que fazer trabalhos em empresas reais, era inspirador.

RP em FOCO: Você utiliza o que aprendeu na faculdade de RP no dia a dia do blog?

Débora: O tempo todo! Quan-do alguma marca procura o blog para anunciar, por conta da mi-nha formação em comunicação, consigo propor um plano de ações para conseguir os melhores resultados. Faço uma pequena assessoria buscando fortalecer a marca, ajudo na divulgação de

algum evento ou de algum pro-duto e vendas. A formação em RP também ajuda na escrita, na escolha de editorias e pautas do blog, principalmente na parte de produção de conteúdo. Sempre estamos em contato com outros veículos e com assessorias de im-prensa. Além de tudo isso, ser RP também facilita muito na cons-trução da nossa própria imagem e no relacionamento com mídia. RP em FOCO: O que você acha que moda e RP têm em comum?

Débora: Moda tem uma rela-ção direta com comportamento e imagem. E isso nada mais é do que Relações Públicas.

RP em FOCO: Como é trabalhar em família?

Débora: Na vida tudo tem o lado positivo e o negativo. O lado bom de trabalhar em família é

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“ Como toda paixão, ela se sobressaiu à razão e

passamos a nos dedicar integralmente ao blog

Tudo Orna.”

DE RP A BLOGGERVocê já ouviu falar de Débora Alcântara? Ela é Relações Públicas,

blogger, adora moda, ama fotografia, está sempre com suas irmãs e é a criadora do blog curitibano Tudo Orna

PERFIL

A ideia de criar um blog surgiu sem grandes pretensões, sua primeira página na internet era apenas um lugar onde ela podia postar ideias sobre moda e fotografia, para dividir inspirações com ami-

gos e conhecidos. Algum tempo depois, com o “sucesso” de seus posts, Débora convidou suas irmãs Bárbara e Júlia Alcântara para participar dessa troca de ideias e inspirações online e as duas aceita-ram. Com o passar do tempo, as irmãs Alcântara sentiram a necessidade de tornar aquilo um pouco maior do que era e a partir daí surgiu o blog TUDO ORNA. Para Débora e suas irmãs, o que antes era um hobby virou uma profissão, mas antes de tudo uma paixão “E como toda paixão, ela se sobres-

saiu à razão e passamos a nos dedicar integralmente ao blog Tudo Orna.”

Por Marcela Cassou

Idade: 26 Estado civil: NoivaFormação: PUCPR

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que temos a mesma visão e valo-res, ou seja, nós queremos chegar ao mesmo lugar. Também existe uma relação de confiança, amor e admiração muito grande e isso só fortalece a nossa empresa. Porém, às vezes não conseguimos sepa-rar o pessoal do profissional, mas com o tempo isso se ajusta.

RP em FOCO: Dicas para futu-ros RP e futuros bloggers.

Débora: Para os futuros RPs a minha dica é sempre a mes-ma: antes de cuidar da imagem

de uma empresa ou organização, você precisa ser o seu próprio RP. Sempre que alguém perguntar o que um RP faz e qual sua im-portância para o mercado, você precisa ter a resposta na ponta da língua. Pois as pessoas que con-versam com vocês precisam sa-ber que você é a profissional ideal para administrar a imagem de qualquer marca! Nós, RPS, temos a responsabilidade de fortalecer a nossa profissão. Um RP que não reconhece a importância da pro-fissão não é capaz de cuidar de nenhuma organização.

Já para quem deseja criar um blog, seja o segmento que for, minha dica é: você deve estar preparado para empreender! Essa é uma coi-sa que ninguém conta na faculda-de, fala-se sobre layout, conteúdo, formas de ganhar dinheiro, mas ninguém diz que blog é uma em-presa como qualquer outra, você terá riscos e incertezas no cami-nho, além de muito investimento.

As irmãs Alcântara: Débora (ao centro) e suas irmãs Barbára (esquerda) e Júlia (direita)

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No momento, por conta de seu noivado, a revista que Débora mais lê é a

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“O extraordinário” é o livro que a blogueira considera inspirador Colaboração:

Emanuella CamargoLuiza Andrade

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Uma viagem de crescimento pro-fissional e pessoal além de muita diversão e lugares incríveis: esse foi o dia a dia dos estudantes dos cursos de Relações Públi-cas, Publicidade e Propaganda e Jornalismo da PUCPR, que fo-ram selecionados para realizar um Intercâmbio Cultural, em parceria com a Universidade de Vic (UVIC). Além do campus, os alunos tiveram a oportunida

de de visitar Londres e conhecer uma das maiores corporações de comunicação da Catalunya. A Corporação Catalã de Radio e Televisão inclui a Tv 3 e a Rádio Catalunya. A emissora conquis-tou a terceira posição no ranking de sua categoria na Espanha. De-vido a sua variedade na progra-mação, que conta com diversos segmentos – como jornais, nove-las, entretenimento para a família, esportes e informação – sua po-pularidade entre os cidadãos da Catalunya é respeitável. Sendo as-sim, há uma grande disputa para anunciar marcas no canal 3, em razão da visibilidade que alcança. Com mais de mil colaborado-res, a TV conta com uma gama de profissionais extremamen-te competentes que contribuem diariamente para o sucesso da empresa. Dentre esses estão os profissionais de Marketing e Bus

sines, como jornalistas, marketei-ros, publicitários, comitê de im-prensa e claro, Relações Públicas. Com tantos telespectadores a TV Catalunya utiliza métodos de pesquisa para aperfeiçoar seus serviços. Um exemplo disso é um aparelho colocado junto às televisões, com autorização dos proprietários, para analisar quais programas e quantas pessoas o assistem, coletando informações sobre a preferência dos programas e assuntos. Contam também com uma grande infraestrutura que engloba estúdios, platôs, equipa-mentos de ponta e muito mais. A visita técnica, deu oportuni-dade aos estudantes da PUCPR terem contato com todas as áreas da empresa, assim sendo a expe-riência foi bastante enriquece-dora e informativa para a vida estudantil e profissional de todos.

Iniciativa fez parte do intercâmbio cultural da PUCPR para aUniversidade de Vic, em uma província de Barcelona

Estudantes de Relações Públicasconhecem grupo de comunicação espanhol

Por Natalia Mazetto de Brito *

OPINIÃO

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** aluna do 4º período de Relações Públicas da PUCPR, que participou do intercâmbio em setembro de 2014

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