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JULHO 2016 VOL 12, NÚMERO 2 EDIÇÃO EM PORTUGUÊS REVISÃO DE PSORÍASE Saber mais | Cuidar melhor International Psoriasis Council 1034 S. Brentwood Blvd., Suite 600 St. Louis, MO 63117 Tel 972.861.0503 Fax 214.242.3391 www.psoriasiscouncil.org Nesta número 1 Revisão dos cinco principais artigos clínicos • Análise de associação em genoma inteiro da artrite psoriásica e da psoríase cutânea revela diferenças entre as arquiteturas genéticas das duas doenças • Estudo de fase 2 do guselkumabe em comparação com adalimumabe para psoríase em placas • Diferenças entre a persistência de agentes biológicos usados para tratamento da psoríase: estudo prospectivo de observação de coorte do registro BADBIR (British Association of Dermatologists Biologic Interventions Register) • Antígenos de melanócitos desencadeiam autoimunidade em psoríase humana • Células T(H)17 promovem a mortalidade de microrganismos e detecção de DNA pela imunidade inata através da interleucina 26. 2 Carta do presidente 8 Foco na psoríase: Resumo da 74ª Reunião Anual da Academia Americana de Dermatologia em Washington, D.C. 20 ‘Hot Topics’ em psoríase: mudanças na situação global do tratamento da psoríase 24 Relatório Global de Psoríase da OMS 2016 26 Notícias do IPC • Tratamento de pacientes • Pesquisa • Educação e divulgação • Na mídia • Novos Conselheiros do IPC • Próximos eventos 1. Estudo identifica 16 regiões de risco genético para artrite psoriásica e 12 para psoríase envolvendo apenas a pele Genome-wide association analysis of psoriatic arthritis and cutaneous psoriasis reveals differences in their genetic architecture. Stuart PE, Nair RP, Tsoi LC, et al. Am J Hum Genet. 2015 Dec 3;97(6):816-36. doi: 10.1016/j.ajhg.2015.10.019. Epub 2015 Nov 28. Resumo Esse estudo multicêntrico procurou identificar diferenças em fatores de risco genéticos para artrite psoriásica (AP) e psoríase envolvendo apenas a pele (PC). Até agora, quase 70 lócus genéticos para psoríase vulgar (PV) foram identificados em uma série de estudos de associação em todo o genoma (GWAS) e meta-análises em todo o genoma (GW). Entretanto, os pesquisadores identificaram uma necessidade de estudos genéticos mais potentes e abrangentes de AP e PC. Inicialmente, foi realizado um GWAS em grande escala de artrite psoriásica com 1430 portadores da doença e 1417 indivíduos não afetados (controles). Os resultados desse estudo foram associados com cinco estudos publicados de associações em psoríase, incluindo uma meta-análise exploratória de 3061 casos de AP, 3110 casos de PC, 9293 casos de PV e 13.670 controles sem a doença. Para fins desse do estudo, a PC foi definida como sintomas cutâneos na ausência de AP por pelo menos 10 anos. A fim de identificar marcadores com associações promissoras para analisar as descobertas, uma grande amostra de até 13.857 indivíduos foi genotipada, permitindo replicação e independente e validação dos dados. Depois de realizar uma análise abrangente e com potência adequada das associações genéticas entre AP e PC, os pesquisadores identificaram cinco lócus genéticos independentes que apresentavam associação diferencial com ambos os fenótipos de psoríase. Três lócus genéticos apresentaram associação mais estreita com PC que com AP (rs12189871, próximo do HLA-C; rs4908742, próximo do TNFRSF9; e rs10888503, próximo do LCE3A) e dois deles foram mais associados com AP que com PC (rs12044149, próximo de REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOS: JULHO A DEZEMBRO DE 2015 Cont. página 3

Saber mais Cuidar melhor REVISO D PSORÍASE · simpósio foi apenas um dos vários eventos educativos que o IPC promoverá no mundo inteiro este ... MD, FRCP, FMedSci Presidente

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J U L H O 2 0 1 6 V O L 1 2 , N Ú M E R O 2

E D I Ç Ã O E M P O R T U G U Ê S

REVISÃO DE PSORÍASES a b e r m a i s | C u i d a r m e l h o r

International Psoriasis Council1034 S. Brentwood Blvd., Suite 600St. Louis, MO 63117

Tel 972.861.0503 Fax 214.242.3391

www.psoriasiscouncil.org

Nesta número1 Revisão dos cinco principais

artigos clínicos • Análise de associação em genoma

inteiro da artrite psoriásica e da psoríase cutânea revela diferenças entre as arquiteturas genéticas das duas doenças

• Estudo de fase 2 do guselkumabe em comparação com adalimumabe para psoríase em placas

• Diferenças entre a persistência de agentes biológicos usados para tratamento da psoríase: estudo prospectivo de observação de coorte do registro BADBIR (British Association of Dermatologists Biologic Interventions Register)

• Antígenos de melanócitos desencadeiam autoimunidade em psoríase humana

• Células T(H)17 promovem a mortalidade de microrganismos e detecção de DNA pela imunidade inata através da interleucina 26.

2 Carta do presidente

8 Foco na psoríase: Resumo da 74ª Reunião Anual da Academia Americana de Dermatologia em Washington, D.C.

20 ‘Hot Topics’ em psoríase: mudanças na situação global do tratamento da psoríase

24 Relatório Global de Psoríase da OMS 2016

26 Notícias do IPC • Tratamento de pacientes • Pesquisa • Educação e divulgação • Na mídia • Novos Conselheiros do IPC • Próximos eventos

1. Estudo identifica 16 regiões de risco genético para artrite psoriásica e 12 para psoríase envolvendo apenas a pele Genome-wide association analysis of psoriatic arthritis and cutaneous psoriasis reveals differences in their genetic architecture. Stuart PE, Nair RP, Tsoi LC, et al. Am J Hum Genet. 2015 Dec 3;97(6):816-36. doi: 10.1016/j.ajhg.2015.10.019. Epub 2015 Nov 28.

ResumoEsse estudo multicêntrico procurou identificar diferenças em fatores de risco genéticos para artrite psoriásica (AP) e psoríase envolvendo apenas a pele (PC). Até agora, quase 70 lócus genéticos para psoríase vulgar (PV) foram identificados em uma série de estudos de associação em todo o genoma (GWAS) e meta-análises em todo o genoma (GW). Entretanto, os pesquisadores identificaram uma necessidade de estudos genéticos mais potentes e abrangentes de AP e PC. Inicialmente, foi realizado um GWAS em grande escala de artrite psoriásica com 1430 portadores da doença e 1417 indivíduos não afetados (controles). Os resultados desse estudo foram associados com cinco estudos publicados de associações em psoríase, incluindo uma meta-análise exploratória de 3061 casos de AP, 3110 casos de PC, 9293 casos de PV e 13.670 controles sem a doença.

Para fins desse do estudo, a PC foi definida como sintomas cutâneos na ausência de AP por pelo menos 10 anos. A fim de identificar marcadores com associações promissoras para analisar as descobertas, uma grande amostra de até 13.857 indivíduos foi genotipada, permitindo replicação e independente e validação dos dados.

Depois de realizar uma análise abrangente e com potência adequada das associações genéticas entre AP e PC, os pesquisadores identificaram cinco lócus genéticos independentes que apresentavam associação diferencial com ambos os fenótipos de psoríase. Três lócus genéticos apresentaram associação mais estreita com PC que com AP (rs12189871, próximo do HLA-C; rs4908742, próximo do TNFRSF9; e rs10888503, próximo do LCE3A) e dois deles foram mais associados com AP que com PC (rs12044149, próximo de

REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOS: JULHO A DEZEMBRO DE 2015

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Prezados colegas,

Apresentamos a edição de julho de 2016 de nossa newsletter, a Revisão de Psoríase do IPC.

Primeiramente, gostaria de parabenizar a Organização Mundial de Saúde (OMS) por publicar o Relatório Global de Psoríase 2016 no início deste ano. Observando uma

resolução promulgada em 2014 por seus estados-membro, a OMS reconheceu a psoríase como uma doença não-transmissível grave e elaborou o relatório para promover a conscientização da importância global da doença e das diversas maneiras como ela afeta as vidas das pessoas. O relatório apresenta diversas recomendações a responsáveis por políticas, profissionais de saúde e todas as outras pessoas interessadas em psoríase para promover o acesso à assistência médica de qualidade, com diagnóstico precoce e tratamento apropriado, para pessoas que convivem com essa doença debilitante e, muitas vezes, estigmatizante. O relatório destaca a importância do Atlas Global de Psoríase do IPC, que vem sendo elaborado em parceria com a Federação Internacional de Associações de Psoríase (IFPA) e a Liga Internacional de Sociedades de Dermatologia (ILDS) para determinar a magnitude da extensão global da psoríase.

O primeiro objetivo do projeto é reunir dados sobre a prevalência mundial da psoríase, que poderão ser usados para reivindicar tratamentos melhorados, expandir o acesso ao tratamento e ajudar aos pacientes com psoríase a ganhar o reconhecimento que merecem. O relatório da OMS nos ajudará a expandir nossos esforços para promover o entendimento da psoríase no mundo inteiro. Para mais informações sobre o relatório, leia a página 24.

Neste número, também apresentamos artigos destacando o progresso que continuamos fazendo em nosso trabalho de expandir os conhecimentos sobre a psoríase. Uma de nossas iniciativas é apresentada na matéria na página 20 sobre o simpósio “Hot Topics”, realizado neste mês de março no encontro anual da Academia Americana de Dermatologia (AAD) em Washington, D.C. Com o título Desafios Globais no Tratamento da Psoríase, o evento contou com especialistas do mundo inteiro, que discutiram diversos assuntos, entre eles o relato da evolução clínica pelos pacientes, o manejo da psoríase na América Latina e no Oriente Médio e o futuro do tratamento da psoríase.O simpósio foi apenas um dos vários eventos educativos que

o IPC promoverá no mundo inteiro este ano. Organizamos também um simpósio sobre moléculas grandes na 27ª reunião anual da Sociedade de Dermatologia Investigativa em maio e um simpósio “Hot Topics” sobre a psoríase na América Latina no congresso da Reunión Annual de Dermatólogos Latinoamericanos (RADLA) em junho. Em setembro, o IPC patrocinará um simpósio sobre medicina P4 no congresso anual da Sociedade Europeia de Pesquisa Dermatológica em Munique. O simpósio será copatrocinado pelo Conselho Internacional de Eczema e dermatite atópica no congresso anual da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia em Viena.

Esta edição contém mais informações sobre esses eventos e atualizações sobre as atividades de nossos grupos de trabalho (tratamentos tópicos, tratamentos sistêmicos e biossimilares), os títulos de quatro novas publicações do IPC em revistas científicas, mais um número de nossa série Cinco Principais Artigos com resumos e comentários de artigos publicados recentemente sobre pesquisa em psoríase em um resumo de tópicos relacionados à psoríase discutidos na reunião de março da AAD.

Também noticio com pesar a perda de nosso estimado colega, o professor italiano Sergio Chimenti, um especialista conceituado no mundo inteiro por suas contribuições como médico, pesquisador, educador e mentor. Sentiremos falta de sua vitalidade e de seu espírito provocador.

Finalmente, gostaria de agradecer à Conselheira do IPC Drª. Helen Young (Manchester, Reino Unido) e ao Dr. Andrew Johnston (Ann Arbor, Michigan, Estados Unidos) por seu trabalho como coeditores científicos desta edição da Revisão de Psoríase do IPC. Como sempre, sou muito grato aos membros do conselho e aos conselheiros por seu compromisso com o IPC e por contribuir com seu tempo e conhecimentos para promover nossa missão e atingir nossas objetivos.

Atenciosamente,

Chris Griffiths, MD, FRCP, FMedSci Presidente do Conselho Internacional de Psoríase Manchester, Reino Unido

CARTA DO PRESIDENTE

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IL23R; e rs9321623, próximo de TNFAIP3). A GW também identificou uma associação significativa entre AP e três regiões.

COMENTÁRIO É bem sabido que a psoríase vulgar (PV) e a atrite psoriásica (AP) apresentam um forte componente genético. Em populações de ascendência europeia, estima-se que a herdabilidade da PV seja de 50% a 90%. A genética parece contribuir ainda mais para a AP, e estima-se que nesse caso a herdabilidade atinja 80% a 100%. Embora já haja muitos trabalhos sobre as associações genéticas da PV, as pesquisas sobre AP são relativamente poucas. Até agora foram identificados 13 lócus genéticos associados com AP em significância compatível com (p ≤ 5 x10-8). Esse estudo buscou contribuir para reduzir esse desequilíbrio e descreveu cinco sinais com associações diferentes para AP e PC, todos sabidamente localizados em regiões associadas

com PV. A maior associação diferencial foi um sinal observado na região do MHC classe I entre HLA-C e HLA-B. Isso significa que o transporte do alelo de risco de PV reduziu quase pela metade o risco de desenvolver AP ao mesmo tempo que PC. Outras pesquisas sugerem que a chave para essa observação é um resíduo de glutamina na posição 45 do HLA-B, que aumenta a suscetibilidade a AP e não a PC mais que qualquer outro alelo clássico de proteína HLA, aminoácido, polimorfismo de um nucleotídeo (SNP) ou indel (inserção/deleção) na região. Esse estudo sublinha a necessidade de amostras cada vez maiores para garantir que as pesquisas possuam a potência estatística apropriada. Para obter dados mais precisos sobre a associação entre genótipo e fenótipo, serão necessárias amostras maiores e dados bem documentados sobre o fenótipo clínico.

– Drª. Helen Young

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CONSELHO DIRETOR DO IPC

DiretoresChristopher EM Griffiths,

Presidente, Reino UnidoAlexa B. Kimball, Vice-

Presidente e Presidente-Eleita, Estados Unidos

Hervé Bachelez, Secretário, França

Craig L. Leonardi, Tesoureiro, Estados Unidos

Christy Langan, Chief Executive Officer, Estados Unidos

MembrosJonathan Barker,

Reino UnidoRobert Holland III,

Estados UnidosAlan Menter, Presidente e

Fundador, Estados Unidos

Ricardo Romiti, BrasilBruce Strober,

Estados UnidosPeter van de Kerkhof,

Presidente Anterior, Países Baixos

CONSEJEROS DEL IPC

ÁfricaEgitoMahira Hamdy El SayedÁfrica do SulGail Todd

ÁsiaÍndiaMurlidhar RajagopalanIrãOmid ZargariIsraelArnon D. CohenJapãoAkimichi MoritaHidemi NakagawaKuwaitNawaf Al-MutairiFilipinasVermén Verallo-RowellCingapuraWei-Sheng ChongColin Theng

OceaniaAustráliaPeter Foley

EuropaÁustriaGeorg StingRobert StrohalDinamarcaLars IversenLone SkovClaus ZachariaeFrançaCarle PaulAlemanhaMatthias AugustinUlrich MrowietzAlexander NastJörg PrinzKristian ReichRobert SabatWolfram SterryDiamant ThaçiIrlandaBrian KirbyItáliaAlberto GiannettiGiampiero Girolomoni

Paolo GisondiLuigi Naldi Carlo PincelliPaíses BaixosMenno Alexander de RieElke MGJ de JongErrol PrensMarieke B. SeygerEspanhaEsteban DaudénCarlos FerrándizLluís Puig SanzSuéciaMona StåhleSuíçaWolf-Henning BoehnckeMichel GillietReino UnidoIan BruceChristine BundyArthur DavidBurden Robert ChalmersAndrew FinlayElise KleynRuth MurphyFrank O. NestleAnthony OrmerodNick ReynoldsCatherine SmithRichard Warren

Helen Young

América do NorteCanadáRobert BissonnetteMarc BourcierWayne GulliverCharles W. LyndeRichard LangleyYves PoulinRonald VenderEstados UnidosApril ArmstrongAndrew BlauveltKristina CallisDuffin Clay CockerellKevin CooperJT ElderCharles EllisJoel GelfandKenneth GordonAlice GottliebJohann GudjonssonFrancisco KerdelGerald KruegerJames KruegerAndrew JohnstonMark LebwohlNehal MehtaAmy Paller

David PariserMark PittelkowCaitriona RyanLinda SteingoldNicole L. WardJashin Wu

América do SulArgentinaEdgardo ChouelaCristina EcheverríaFernando StengelBrasilGladys Aires-MartinsAndré Vicente Esteves de

CarvalhoChileClaudia de la CruzFernando ValenzuelaColômbiaCésar GonzalezAngela LondoñoMéxicoNancy Podoswa

Cont. da Página 1

Para obter mais cópias da Revisão de Psoríase do IPC ou saber mais sobre o IPC, acesse www.psoriasiscouncil.org.

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2. Estudo do guselkumabe: ação seletiva sobre IL-23 mostra-se altamente eficaz no tratamento da psoríaseA phase 2 trial of guselkumab versus adalimumab for plaque psoriasis. Gordon KB, Duffin KC, Bissonnette R, et al. N Engl J Med. 2015 Jul 9;373(2):136-44. doi: 10.1056/NEJMoa1501646

ResumoNesse ensaio clínico de fase 2 patrocinado por empresa, os investigadores compararam a eficácia, posologia e segurança do guselkumabe, um tratamento específico contra a interleucina 23 (IL-23) com o adalimumabe e o placebo. Um grupo de 293 pessoas com psoríase em placas moderada a grave foi randomizado para receber um dentre cinco esquemas de tratamento com guselkumabe, adalimumabe 80 mg na semana 0 seguido de 40 mg na semana 1 e depois em semanas alternadas ou placebo. Os esquemas de guselkumabe foram os seguintes: (1) 5 mg nas semanas 0 e 4 e depois a cada 12semanas; (2) 15 mg a cada 8 semanas ; (3) 50 mg nas semanas 0 e 4 e depois a cada 12 semanas; (4) 100 mg a cada 8 semanas; ou (5) 200 mg nas semanas 0 e 4 e depois a cada 12 semanas. No grupo placebo, os indivíduos receberam placebo por 16 semanas e depois passaram a receber guselkumabe 100 mg a cada 8 semanas. O adalimumabe não foi mascarado. O tratamento durou 40 semanas e foi seguido por um período de acompanhamento de 12 semanas. O principal critério de avaliação foi a proporção de indivíduos que atingiu escores de 0 ou 1 no Physicians Global Assessment (PGA) e os critérios secundários foram índice Psoriasis Area Severity Index (PASI) de 75 e redução do Dermatology Life Quality Index (DLQI) na semana 16. Na semana 16, a proporção de indivíduos com escore PGA de 0 ou 1 foi de 34% no grupo guselkumabe 5 mg, 61% no grupo guselkumabe 15 mg, 79% no grupo guselkumabe 50 mg, 86% no grupo guselkumabe 100 mg e 83% no grupo guselkumabe 200 mg, contra 58% com adalimumabe e 7% com placebo. A incidência de PASI 75 e a redução do DLQI na semana 16 foram significativamente maiores nos grupos tratados com guselkumabe em comparação com o grupo tratado com placebo. Na semana 40, a proporção de indivíduos com escore PGA 0 ou 1 foi 71% com guselkumabe 50 mg, 77% com guselkumabe 100 mg e 81% com guselkumabe 200 mg, contra 49% com adalimumabe. Os escores PGA atingiram 0 ou 1 e a melhora até PASI 75 começaram a aparecer 4 semanas após o início do guselkumabe. Em seguida, a proporção de pacientes com escores PGA 0 ou 1 continuou aumentando

e atingiu o máximo na semana 20 na maioria dos grupos tratados com guselkumabe. Uma ligeira perda de eficácia foi observada perto do final de cada intervalo de tratamento e foi mais consistente entre pacientes que haviam recebido guselkumabe a cada 12 semanas que entre aqueles tratados com guselkumabe a cada 8 semanas. Anticorpos antiguselkumabe não-neutralizantes foram observados em 6% dos indivíduos tratados com guselkumabe ao final do estudo (semana 52).

O evento adverso mais comum durante o estudo foi a infecção, mas não houve nenhum caso de tuberculose ou outra infecção oportunista durante o estudo. Ao todo, entre as semanas 16 e 52 do estudo a proporção de indivíduos com um ou mais eventos adversos foi maior no grupo tratado com adalimumabe (61%) que o grupo que recebeu guselkumabe (49%). Nos grupos tratados com guselkumabe, não houve evidências de nenhuma relação entre a dose administrada e a frequência de relatório de eventos adversos. Um caso de câncer (neoplasia cervical intraepitelial grau 3) foi relatado em uma paciente tratada com guselkumabe. Três pacientes tratados com guselkumabe (1 no grupo 5 mg e 2 no grupo 100 mg) sofreram eventos adversos cardiovasculares graves, incluindo um caso fatal de infarto do miocárdio. Não foi observado nenhum caso de anafilaxia ou doença do soro associado ao guselkumabe.

COMENTÁRIO Esse estudo apresenta mais evidências da importância da via Th17 na patogênese da psoríase. Evidentemente, a IL-23 é um importante alvo terapêutico e o antagonismo seletivo dessa citoquina é altamente eficaz em pacientes com psoríase moderada a grave. O guselkumabe antagoniza a atividade da IL-23 através da subunidade p19, permitindo assim uma ação anticitoquina mais seletiva e, talvez, ação mais específica contra psoríase que outros tratamentos. O significado dos três eventos adversos cardíacos graves é difícil de interpretar, e o estudo de fase 3 deverá caracterizar melhor a utilidade clínica desse tratamento. – HY

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3. Pesquisadores usam registro de pacientes no Reino Unido para avaliar a eficácia e a segurança do primeiro tratamento com agentes biológicos em casos de psoríaseDiff rential drug survival of biologic therapies for the treatment of psoriasis: a prospective observational cohort study from the British Association of Dermatologists Biologic Interventions Register (BADBIR). Warren RB, Smith CH, Yiu ZZ, et al. J Invest Dermatol. 2015 Nov;135(11):2632-40. doi: 10.1038/jid.2015.208. Epub 2015 Jun 8.

ResumoEsse ensaio investigou a eficácia clínica, segurança e utilidade prática dos agentes biológicos em pacientes que nunca haviam recebido esses medicamentos usando um registro prospectivo longitudinal de farmacovigilância para avaliar a “sobrevida da droga” como indicador desses fatores do tratamento. Uma coorte de mais de 3500 indivíduos com psoríase crônica em placas tratados com agentes biológicos pela primeira vez foram identificadas no banco de dados do British Association of Dermatologists Biologic Interventions Register (BADBIR). O BADBIR obtém dados prospectivos de farmacovigilância de pacientes tratados com agentes sistêmicos tradicionais e biológicos em diversos centros de dermatologia em todo o Reino Unido e na Irlanda. Os dados de sobrevida do medicamento após o início do tratamento estavam disponíveis para um período com duração mediana de 1,2 e 1,5 ano. A sobrevida da droga foi definida como o tempo entre o início e o fim do tratamento.

O fim do tratamento foi definido com qualquer hiato de tratamento com mais de 90 dias de duração (exceto tratamento temporários ou intermitentes por motivos clínicos). O adalimumabe foi o agente biológico mais prescrito aos pacientes do registro e, portanto, foi considerado a referência de comparação dos outros agentes biológicos. Em geral, as taxas de sobrevida da droga durante o primeiro ano de tratamento foram de 77%; no terceiro ano, a taxa caiu para 53%. O ustequinumabe apresentou taxas de sobrevida significativamente maiores que os inibidores de TNF-a e essa diferença persistiu após controle para possíveis vieses sistêmicos. O adalimumabe apresentou a maior taxa de sobrevida nos indivíduos tratados com inibidores de TNF. Alguns preditores importantes de falha do tratamento medicamentoso foram

sexo feminino, DLQI mais elevado no momento de ingresso no registro e tabagismo em atividade. Um dos preditores da sobrevida da droga foi a presença de artrite psoriásica como comorbidade. O ustequinumabe apresentou a maior taxa de sobrevida de droga, com razão de chances (RC) de 0,48 e intervalo de confiança (IC) de 95% de 0,37 a 0,62. Entretanto, na comparação com adalimumabe, indivíduos que tomaram etanercepte (RC 1,63; IC 1,45–1,84) ou infliximabe (RC 1,56; IC 95% 1,16–2,09) apresentaram mais chances de interromper o tratamento.

COMENTÁRIO Pacientes e clínicos desejam que os agentes biológicos produzam respostas duradouras e previsíveis. Isso é essencial para que esses medicamentos caros efetivamente produzam resultados e melhorem a qualidade de vida dos pacientes com psoríase. Identificar a droga certa da primeira vez em pacientes também pode ser mais custo-eficiente para a economia como um todo. Entretanto, a segurança de longo prazo e a utilidade prática dos tratamentos não podem ser devidamente avaliadas em ensaios clínicos, pois esses estudos são restritos por critérios de inclusão e tamanho e são projetados para avaliar critérios de eficácia específicos, que nem sempre refletem a experiência prática. Conforme ilustrado por esse estudo, os registros de farmacovigilância podem ser usados para analisar a experiência prática com os tratamentos e responder a importantes perguntas clínicas. O BADBIR é um recurso especialmente apropriado para estudar populações com psoríase porque é um registro de grande porte com um processo rigoroso de coleta de dados, análise independente de dados, inclusão de covariáveis importantes e alta validade externa porque conta com a participação de vários centros de dermatologia. – HY

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4. Estudo identifica o papel de autoantígenos restritos a melanócitos no desenvolvimento da psoríaseMelanocyte antigen triggers autoimmunity in human psoriasis. Arakawa A, Siewert K, Stöhr J, et al. J Exp Med 2015 Dec 30;212(13):2203-12. Epub 2015 Nov 30.

ResumoNessa publicação, Jörg Prinz e sua equipe identificaram um autoantígeno restrito por melanócitos que desencadeia ativação de células T CD8+ na psoríase. Os autores começaram a estudar diversos tipos de células cutâneas usando uma linhagem celular ‘repórter’ contendo um receptor de células T com um rearranjo de cadeias β (Vβ13) que era sobreapresentado em lesões psoriásicas. Os pesquisadores constaram que apenas os melanócitos, mas não os queratinócitos, de indivíduos positivos para HLA-C*06:02 ativavam as células repórter. Em pele com lesões psoriásicas, as células T CD8+ estavam próximas dos melanócitos, e a deficiência na apoptose de melanócitos sugere que essas células eram alvos da imunidade de células T CD8+ não-citotóxicas. Para demonstrar que essa interação era ativada pela apresentação de peptídeos antigênicos, foi usada uma biblioteca de combinações de peptídeos para rastrear peptídeos com nove unidades reconhecidas por esse receptor de células T na presença de HLA-C*06:02. Foi obtido um conjunto de oito peptídeos contendo uma motivo com sequência conservada. Embora não se tenha encontrado nenhuma proteína contendo exatamente essa sequência, o motivo conservado foi usado para rastrear o proteoma humano e identificou 180 peptídeos candidatos, 6 dos quais eram capazes de ativar a linha celular repórter que apresentava HLA-C*06:02. Esses seis peptídeos de nove unidades possuíam um motivo de aminoácidos conservado em comum, que também continha resíduos sabidamente associados à ancoragem de HLA-C*06:02. Quando a proteína parental de um desses peptídios (ADAMTSL5, que depois se constatou é expresso sobretudo em melanócitos) foi integralmente expressa em linhas de melanoma positivas para HLA-C*06:02+, foi detectada ativação da linhagem de células repórter. Algumas evidências de que o peptídeo ADAMTSL5 atua como autoantígeno público são o aumento da proporção de células T CD8+ positivas para IL-17A e IFN-γ nas CMSP estimuladas por peptídeos de pacientes com psoríase

em comparação com os controles. É interessante notar que essa reatividade não se restringiu apenas a pacientes positivos para HLA-C*06:02.

COMENTÁRIO A associação entre psoríase e a herança de determinadas moléculas de HLA é conhecida há várias décadas. Mais recentemente, confirmou-se que o gene mais associado à psoríase em placa (PSORS1) é o HLA-C*06:02. O HLA C*06:02 exerce diversos efeitos importantes sobre a evolução natural da doença, mas, apesar de todos os conhecimentos disponíveis sobre a imunologia das moléculas de HLA, o papel do HLA C*06:02 na psoríase ainda não foi bem explicado. Os HLA dos tipos formam uma família de moléculas de HLA tipo I clássicas e, portanto, são essenciais para a apresentação de antígenos peptídicos derivados do interior da célula, que podem ser proteínas autólogas expostas ou proteínas de um vírus em replicação. Os HLA-A apresenta uma amostra do conteúdo celular na superfície celular e permite a vigilância imune pelas células T CD8+. Em particular, o HLA-C está envolvido em interações com células NK para evitar que vírus reduzam a apresentação de HLA classe I e assim contornem a detecção pelo sistema imune. Existem fortes evidências de que as células T CD8+ são importantes na psoríase, mas ainda não se sabe quais são as fontes e a natureza dos antígenos apresentados às células T, se a apresentação de peptídeos antigênicos pela HLA-C*06:02 é essencial, se as células T restritas por HLA-C*06:02 podem ser identificadas nem por que as placas psoriásicas ocorrem apenas na pele. Esse estudo responde a várias dessas perguntas. Os autores demonstraram uma resposta de células T restrita por HLA-C e identificaram a proteínas análogas a ADAMTS 5 (ADAMTSL5) restritas à pele como fonte do antígeno reconhecido no contexto do HLA-C*06:02. Sem nenhuma dúvida, esse é um grande avanço, embora levante dúvidas sobre a maneira como o vitiligo e a psoríase podem ocorrer em uma mesma área de pele. – Dr. Andrew Johnston

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5. Estudo esclarece o papel pró-inflamatório da IL-26 na psoríase e outras doenças autoimunesT(H)17 cells promote microbial killing and innate immune sensing of DNA via interleukin 26. Meller S, Di Domizio J, Voo KS, et al. Nat Immunol. 2015 Sep;16(9):970-9. doi: 10.1038/ni.3211. Epub 2015 Jul 13.

ResumoEsse artigo descreve novas funções da interleucina (IL)-26, uma citoquina da superfamília da IL-10 produzida por células Th17. Usando sequenciamento e análise tridimensional de proteínas, os autores demonstraram que, em relação a outras proteínas de sua classe, a IL-26 possui carga positiva incomumente alta em pH fisiológico e que essa carga se agrega na superfície da proteína, produzindo uma molécula anfipática na qual algumas áreas contêm aminoácidos catiônicos e outras contêm resíduos hidrofóbicos.

Ensaios de difração de raios x mostraram que, ao contrário de outros membros da superfamilia IL-10 (p.ex. IL-22), a IL-26 não forma dímeros, mas sim complexos multiméricos longos.

Como vários peptídeos antimicrobianos possuem estruturas catiônicas anfipáticas, os autores investigaram a possibilidade de que a IL-26 pode matar bactérias diretamente. Foi constatado que 5 a 10 µM de IL-26 são eficazes em inibir o crescimento de diversas cepas de bactérias Gram-negativas e de Staphylococcus aureus (Gram-positivos). Esse achado foi corroborado por um modelo in vivo de infecção pulmonar em camundongo, que mostrou que a IL-26 pode reduzir significativamente os títulos bacterianos.

Assim como ocorre em outros peptídeos antimicrobianos, a IL-26 possui capacidade de se ligar ao ácido lipoteicoico constituinte da parede celular de bactérias Gram-positivas e aos LPS constituintes da membrana externa de bactérias Gram-negativas. A IL-26 também matou bactérias por porificação e destruição da integridade da membrana celular bacteriana, segundo observações de microscopia eletrônica. Os autores mostraram que as células Th17 e, em menor grau, Th1 são as principais fontes de IL-26, e os meios condicionados de culturas de células Th17 podem matar Pseudomonas aeruginosa de forma dependente de IL-26. A

microscopia confocal revelou que a IL-26 formou complexos com o DNA liberado após a morte das bactérias, impedindo sua degradação e aumentando sua imunogenicidade. Esses complexos de IL-26 e DNA foram endocitados por células dendríticas plasmocitoides, se ligaram ao sensor de DNA endossômico TLR9 e iniciaram a liberação de IFN-α, contribuindo assim para a ativação imune.

COMENTÁRIO Na última década, a importância das células Th17 para a defesa imune das barreiras epiteliais (p.ex. a pele) foi reconhecida, mas as células Th17 também foram implicadas em diversas patologias como a doença de Crohn, esclerose múltipla e psoríase. Embora as células Th17 sejam conhecidas por sua capacidade de enfrentar infecções extracelulares fúngicas ou bacterianas, esse achado corrobora a função das células Th17 ao demonstrar que elas possuem atividade bactericida direta e, talvez, uma capacidade antiviral até agora não reconhecida. A IL-26 é sobrexpressa em lesões psoriásicas. Antes, acreditava-se que ela era agia apenas em células epiteliais e não em células imunes; mas esse estudo revelou que, depois de matar bactérias diretamente, a IL-26 pode se ligar ao DNA liberado pela bactérias mortas no espaço extracelular e, assim, estimular as células dendríticas plasmacitoides via TLR9 para promover respostas antimicrobianas. A IL-26 não é a única citoquina com atividade antimicrobiana direta. A formação topológica de uma área grande e com carga positiva na superfície da citoquina é uma característica comum das citoquinas antimicrobianas, e pelo menos 17 citoquinas humanas possuem essa capacidade. Uma dessas citoquinas é a CCL20, conhecida por apresentar suprarregulação acentuada em pele psoriásica e que é produzida por células Th17. Em resumo, esse trabalho consolida a posição das células Th17 como sentinelas imunes e ‘soldados’ das barreiras epiteliais. – AJ ■

REVISÃO SEMESTRAL DOS CINCO PRINCIPAIS ARTIGOS: JULHO A DEZEMBRO DE 2015

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Entre os tópicos relacionados à psoríase, foram discutidos tratamentos novos e emergentes, o uso de PASI75 ou PASI90 como meta de tratamento e o uso de biossimilaresRebecca Hartman, MD, MPH e Kathryn Shahwan, MD.

Rebecca I. Hartman, MD, MPH é residente segundanista de dermatologia no Harvard Combined Dermatology Residency Training Program em Boston, Massachusetts. Ela concluiu a graduação e se formou em medicina na Universidade da Pensilvânia e possui mestrado em saúde pública pela Universidade de Harvard.

Kathryn Shahwan, MD é ‘fellow’do Departamento de Dermatologia do Massachusetts General Hospital sob orientação da Drª. Alexa Kimball. Depois de concluir seu ‘fellowship’, a Drª. Kathryn Shahwan concpluirá sua residência em dermatologia na Universidade de Minnesota.

A psoríase, suas comorbidades e novos tratamentos foram o principal destaque de várias sessões da 74ª Reunião Anual da Academia Americana de Dermatologia, realizada em Washington, D.C. em março de 2016. Apresentamos a seguir um resumo dos principais tópicos discutidos.

Patogênese da psoríase A patogênese da psoríase envolve uma complexa interação entre o sistema imune inato, a ativação de células T, sinalização por citoquinas, ativação de células endoteliais, recrutamento de células imunes e proliferação de queratinócitos. Os principais tipos celulares envolvidos são as células TH1, TH22 e TH17, mas uma deficiência em células T regulatórias também pode estar envolvida.

As citoquinas inflamatórias secretadas por esses células T e por células dendríticas (TNF-α, IL-17, IL-12 e IL-23) estão fortemente associadas à patogênese da psoríase, e agentes biológicos que agem sobre esses mediadores são altamente eficazes. A inibição da via JAK/STAT é outro alvo terapêutico interessante porque essa via é responsável pela transdução de sinais de diversas citoquinas inflamatórias. Isso facilita a

ativação de células T por células dendríticas e a expressão de genes que participam da psoríase.1

Genética A psoríase possui alta herdabilidade, com até 70% de concordância em gêmeos idênticos e história familiar em 33% dos pacientes. Atualmente existem cerca de 65 lócus genéticos associados com as manifestações cutâneas da doença, a maioria dos quais são polimorfismos de um nucleotídeo que afetam pouco a doença e estão agrupados em vias inflamatórias.2 Alguns genes de suscetibilidade apresentaram correlação com o fenótipo da psoríase (p.ex. idade de início e morfologia).3,4 Observou-se também sobreposição genética entre a psoríase, doença cardiovascular e doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal.2

O alelo de HLA que confere o maior risco de desenvolvimento de psoríase é o Cw6. Mais de 60% dos pacientes com psoríase possuem um ou dois alelo de HLA-Cw6.5 Pacientes positivos para HLA-Cw6 normalmente começam a apresentar a doença mais cedo6 e apresentam psoríase mais grave.7 Uma descoberta recente que destaca a importância do HLA-Cw6 para a patogênese da psoríase é o ADAMTSL5, que foi identificado recentemente como autoantígeno em pacientes positivos para HLA-Cw6.8 É interessante notar que pacientes com o alelo HLA-Cw6 também respondem melhor e mais rapidamente ao ustequinumabe.9 Diversas outras variantes de polimorfismos de um nucleotídeo também apresentaram correlação com a resposta a inibidores de TNF-α.10,11,12 Pesquisas futuras continuarão a explorar a farmacogenética, correlações entre fenótipo e genótipo e o papel da epigenética na psoríase.2

FOCO NA PSORÍASE: RESUMO DA 74ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE DERMATOLOGIA

A psoríase possui alta herdabilidade, com até 70% de concordância em gêmeos idênticos e história familiar em 33% dos pacientes.

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Psoríase e comorbidades A psoríase já está bem estabelecida como doença sistêmica com várias comorbidades como a artrite psoriásica, obesidade, síndrome metabólica, fígado gorduroso não-alcoólico, doença cardiovascular e insuficiência renal crônica,13 doença ulcerosa péptica,14 apneia do sono, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), doenças autoimunes, alguns tipos de câncer, enxaqueca,15 transtornos psiquiátricos, doença periodontal,16 deficiência de vitamina D17 e complicações da gravidez.18,19 Nos Estados Unidos, estima-se que o tratamento das comorbidades clínicas de pacientes com psoríase custa US$36,4 bilhões por ano.20 Pacientes com psoríase também apresentam expectativa de vida menor e mortalidade mais elevada por doença cardiovascular e câncer.21

Artrite psoriásicaDeve-se pesquisar artrite psoriásica regularmente em todos os pacientes, pois 40-60% deles desenvolverão doença articular erosiva. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para evitar danos e deformidades permanentes.22 Os profissionais de saúde devem perguntar a todos os pacientes sobre se apresentam dor articular que piora ao longo do dia e examinar as articulações para identificar sinais de sinovite, dactilite e entesite. Pacientes com sintomas preocupantes devem realizar exames laboratoriais para identificar marcadores inflamatórios, exames de imagem e avaliação reumatológica.23

Obesidade e síndrome metabólica Pacientes com psoríase apresentam muito mais chances de serem obesos, sobretudo aqueles com doença grave.24 Indivíduos obesos também são mais propensos a desenvolver psoríase. Por outro lado, quem se exercita regularmente apresenta risco menor de psoríase.25 A psoríase também confere um risco maior de síndrome metabólica, incluindo diabetes,26 hipertensão27 e hiperlipidemia.28

Esteatohepatite não-alcoólicaO fígado gorduroso não-alcoólico (FGNA) ocorre em cerca de 60% dos pacientes com psoríase e é um fator de risco cardiovascular independente que pode progredir para cirrose terminal.29 Pacientes com FGNA e psoríase concomitante apresentam risco 60% maior de doença avançada.30 Estudos preliminares sugerem que os inibidores de TNF-α podem alentecer a progressão do FGNA, mas são necessárias mais pesquisas.31

Doença cardiovascularPacientes com psoríase apresentam risco significativamente mais elevado de doença cardiovascular, incluindo infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico. Nesses casos, o escore de Framingham subestima o risco desses eventos.32 Exames de PET com FDG mostram inflamação vascular significativa em pacientes com psoríase, superior à atribuída aos fatores de risco cardiovascular clássicos.33

O tratamento com inibidores de TNF-α mostrou-se capaz de melhorar marcadores de aterosclerose como espessura das camadas íntima e média e rigidez arterial.34,35 Estudos de observação também sugerem que o tratamento com metotrexato e TNF-α diminui o risco de eventos cardiovasculares graves,36 e o adalimumabe e o ustequinumabe mostraram-se capazes de melhorar a função cardíaca.37 Dados de estudos clínicos randomizados e bancos de dados de pacientes ainda estão sendo analisados. Existe também um projeto financiado pelo National Institutes of Heath chamado Vascular Inflammation in Psoriasis Trial (VIP Trial), que está avaliando os efeitos do adalimumabe sobre biomarcadores e exames de PET com FDG.38

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Nos Estados Unidos, estima-se que o tratamento das comorbidades clínicas de pacientes com psoríase custa US$36,4 bilhões por ano.

Pacientes com psoríase devem ser examinados regularmente para detectar artrite psoriásica, pois 40-60% deles desenvolverão doença articular erosiva. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para evitar danos e deformidades permanentes.

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Um detalhe importante é que muitos clínicos e cardiologistas desconhecem a associação entre psoríase e doença cardiovascular e, por isso, não realizam exames de rotina nessa população de pacientes.39 Todos os pacientes com psoríase devem ser examinados regularmente para identificar fatores de risco modificáveis como obesidade, hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia. A Fundação Nacional de Psoríase recomenda verificar a pressão arterial, frequência cardíaca e índice de massa corporal de todos os pacientes a cada dois anos e rastrear anomalias lipídicas e diabetes a cada 2, anos, dependendo dos fatores de risco. Os pacientes também devem ser incentivados a manter um peso saudável, evitar o fumo, minimizar o uso de álcool, seguir uma dieta balanceada e se exercitar regularmente.40

Apneia do sonoCerca de metade dos pacientes com psoríase apresentam apneia do sono.41 Indivíduos com apneia do sono possuem 2,3 vezes mais risco de desenvolver psoríase que a população geral.42

DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)Pacientes com doença psoriásica correm mais risco de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica, mesmo após ajuste para fatores de risco como idade e história de tabagismo. O prognóstico também é pior que o de controles, com aumento significativo da mortalidade.43

Doenças autoimunesPacientes com psoríase apresentam risco maior de outras doenças autoimunes, como doença inflamatória intestinal, doença celíaca,44 uveíte e esclerose múltipla.45 Isso talvez se deva a fatores de risco genéticos comuns.2

Doenças malignasPacientes com psoríase são mais propensos a câncer de pele não-melanoma, linfoma e câncer de pulmão. Embora não haja associação entre psoríase e câncer de próstata, cólon ou mama, todos os pacientes devem ser incentivados a concluir as triagens conforme apropriado para a idade.46

Distúrbios psiquiátricosPacientes com psoríase têm maior incidência de tabagismo47 e abuso de álcool48 que a população geral, assim como risco maior de depressão, transtornos de ansiedade e suicídio.49 É interessante notar que pacientes com depressão geralmente apresentam níveis elevados de TNF- α e IL-6,50 e vários estudos mostraram melhora dos escores de depressão em pacientes com psoríase tratados com inibidores de TNF-α.51,52,53

Tratamento da psoríaseAgentes tópicosOs agentes tópicos são uma importante classe de tratamentos antipsoriásicos, e até 80% dos pacientes recebem apenas tratamentos tópicos.

A associação de um corticoide tópico com outro agente tópico (p.ex. tazaroteno, lactato de amônio ou análogos da vitamina D) pode reduzir os efeitos colaterais relacionados à atrofia induzida por corticoides e tornar o tratamento mais eficaz. A aplicação regular de uma associação de corticoide tópico e um análogo da vitamina D é mais eficaz que o uso apenas conforme necessário.54

O veículo contribui significativamente para a eficácia de tratamentos tópicos. Tecnologias mais novas vêm desafiando a noção tradicional de que pomadas aplicadas sob oclusão penetram melhor a pele e são mais eficazes. A pomada e o creme de calcipotrieno são eficazes mas irritam a pele, e isso levou ao desenvolvimento de novas formulações. Foi inventada recentemente uma formulação de espuma em aerossol de calcipotrieno e betametasona, que se mostrou mais eficaz e com perfil de segurança semelhante ao do tratamento combinado.55 Além de

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Pacientes com psoríase apresentam risco maior de outras doenças autoimunes, como doença inflamatória intestinal, doença celíaca, uveíte e esclerose múltipla. Isso talvez se deva a fatores de risco genéticos comuns.

Vários estudos mostraram melhora da depressão em pacientes com psoríase tratados com inibidores de TNF-a.

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novas formulações, outros tratamentos tópicos estão em desenvolvimento, incluindo um inibidor tópico de JAK.56.

FototerapiaA fototerapia continua sendo bastante utilizada e pode ser especialmente útil em pacientes com psoríase moderada a grave que apresentam contraindicações ou não desejam tratamentos sistêmicos. A luz ultravioleta B de banda estreita (NB-UVB) é a modalidade mais usada, frequentemente em associação com tratamentos tópicos. Também já foram estudadas associações de NB-UVB com metotrexato, ciclosporina, etanercepte, adalimumabe e ustequinumabe, mas não existe nenhum dado de segurança de longo prazo disponível; portanto, deve-se limitar o uso concomitante das duas modalidades.57 O uso prolongado de NB-UVB não é comprovadamente capaz de elevar o risco de melanoma ou de câncer de pele não-melanoma, mas pacientes expostos a NB-UVB e PUVA (associação do fotossensibilizante psoraleno com ultravioleta A) apresentaram ligeira redução do risco de carcinoma de células basais.58 Alguns pacientes podem usar cabines domésticas de NB-UVB, mas esse tipo de tratamento é mais útil na fase de manutenção.59

A fototerapia direcionada com um laser excímero é ideal para pacientes com acometimento de pequena porcentagem da área corporal, placas localizadas persistentes que não responderam a outros tratamentos e para tratamento de locais específicos como escalpo, palmas das mãos e solas dos pés.57

Tratamentos sistêmicosO metotrexato, a ciclosporina e a acitretina já são usados há bastante tempo como tratamentos de primeira linha para psoríase moderada a grave, mas estão associados a

toxicidade sistêmica, especialmente com uso prolongado. Com o desenvolvimento dos agentes biológicos, esses agentes vêm sendo menos usados, mas seu uso ainda é comum como tratamento inicial devido ao seu baixo custo, início de ação relativamente rápido e disponibilidade de cobertura por seguro-saúde. As drogas mais antigas também podem ser usadas por pacientes que não podem pagar por agentes biológicos ou nos quais seu uso é contraindicado.60

Novos medicamentos oraisNovos medicamentos orais estão sendo lançados e oferecendo opções de tratamento que não requerem injeções subcutâneas.

O tofacitinibe é um inibidor da Janus quinase (JAK)1/3 que bloqueia a transdução de sinais de IL-7, IL-15, IL-21 e outras citoquinas. Assim como o etanercepte, o tofacitinibe produziu escore PASI 75 em 64% dos pacientes após 12 semanas na dose mais elevada de 10 mg 2x/dia. Entretanto, o Food and Drug Administration (FDA) ainda não aprovou o tofacitinibe para essa indicação.61 Alguns estudos estão avaliando sua utilidade contra artrite psoriásica. Quanto ao perfil de segurança do tofacitinibe, houve aumento da incidência de nasofaringite e infecções do trato respiratório alto, aumento de CPK sérico e hipercolesterolemia,62 mas este último evento se reverteu com a interrupção do medicamento.63

Observou-se também um aumento do risco de herpes zoster com tofacitinibe, mas não houve reativação de outros vírus como o citomegalovírus (CVI) e o vírus Epstein-Barr.62 Cabe notar que existem outros inibidores de JAK orais em desenvolvimento como o barcitinibe, que produziu resposta PASI 75 em 59% dos pacientes na semana 6 na dose mais elevada (100 mg 2x/dia).64

O apremilaste é um inibidor de fosfodiesterase 4 (PDE4), uma enzima que degrada o cAMP (composto envolvido da produção de citoquinas inflamatórias) e foi aprovado para

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Novos tratamento orais estão oferecendo aos pacientes novas opções que não requerm injeções subcutâneas.

Foi inventada recentemente uma formulação de espuma em aerossol de calcipotrieno e betametasona, que se mostrou mais eficaz com perfil de segurança semelhante ao do tratamento combinado.

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tratamento de psoríase e artrite psoriásica. Na semana 16, o apremilaste produziu respostas PASI 75 em um terço dos pacientes, e essa resposta se manteve durante 32 semanas.65 A droga também é comprovadamente eficaz em tratar artrite psoriásica,66 psoríase ungueal e do escalpo.67 Cerca de 41-47% dos pacientes com psoríase do escalpo tratados com apremilaste apresentaram escore Scalp Physician Global Assessment (ScPGA) de 0 ou 1 até a semana 16, contra 17% dos que receberam placebo. Da mesma forma, até a semana 16 33% dos pacientes tratados com apremilaste atingiram escore Nail Psoriasis Severity Index de 50, contra 15% com placebo. Os principais efeitos colaterais do apremilaste são gastrintestinais (GI) e incluem náusea e diarreia.65 Alguns pacientes também podem apresentar perda ponderal. Outros agentes anti-PDE4, estão em desenvolvimento, alguns deles com ação específica sobre determinadas isoformas de PDE4.

Agentes biológicosÀ medida que se obtêm mais conhecimentos sobre a patogênese molecular da psoríase, novos tratamentos direcionados continuarão a oferecer resultados cada vez melhores.

Tratamentos com ação sobre IL-17A IL-17A é uma citoquina produzida por diversos tipos celulares que participa tanto do sistema imune inato como da imunidade adquirida, especialmente nas células Th17, A IL-17 promove respostas inflamatórias em queratinócitos e é considerada distal a duas outras citoquinas descobertas recentemente: o TNF-α e o IL-12/IL-23p40. Portanto, a IL-17 é um alvo bastante interessante para inibição em casos de psoríase. Alguns agentes anti-IL-17 disponíveis atualmente são o secuquinumabe e o ixequizumabe, que foi aprovado mais recentemente. O brodalumabe age sobre o receptor de IL-17RA e é outro agente anti-IL-17 comprovadamente eficaz. O Food and Drug Administration dos EUA vem

analisando uma proposta das empresas Valeant e AstraZeneca para continuar o desenvolvimento do brodalumabe. A decisão final é aguardada para novembro.

As drogas -IL-17 são altamente eficazes na clínica e produzem respostas duradouras. Após 12 semanas, o secuquinumabe produziu respostas PASI 75, 90 e 100 em 82%, 59% e 29% dos pacientes. Essa resposta se manteve até a semana 52, e o efeito máximo foi observado na semana 16.68 Da mesma forma, o ixequizumabe produziu resultados impressionantes na semana 12, com respostas PASI 75, 90 e 100 em 89%, 71% e 35% dos pacientes com respostas sustentadas até a semana 52.69 O brodalumabe também apresentou eficácia semelhante após 12 semanas: houve respostas PASI 75, 90 e 100 em 86%, 70% e 44% dos paciente.70 As respostas duradouras se mantiveram por até 144 semanas.71

Além de eficazes, esses tratamentos agem rapidamente. O secuquinumabe começou a agir duas vezes mais rápido que o etanercepte para produzir uma resposta PASI 50, que ocorreu em metade dos pacientes depois de apenas três semanas de tratamento.68 Da mesma forma, metade dos pacientes tratados com ixequizumabe atingiu resposta PASI 75 ate a semana 4. Outro resultado impressionante é que foram observadas melhoras significativas do escore PASI depois de apenas uma semana de tratamento.69

Da mesma forma que com outros agente biológicos, o ganho ponderal pode reduzir a eficácia do tratamento, mas esse efeito é minimizado quando se usam doses elevadas de secuquinumabe (300 mg)72 ou ixequizumabe (75 ou 150 mg)73. Os agentes anti-IL-17 e os inibidores de TNF-α produzem perfis de efeitos colaterais e taxas de infecções graves semelhantes, mas existem algumas diferenças significativas. A inibição de IL-17 está associada com um risco ligeiramente maior de infecções por Candida, que ocorrem em 5% dos pacientes tratados com secuquinumabe 300 mg.68 Ao contrário da inibição de TNF-α, o bloqueio de IL-17 pode proteger contra o câncer.74 Não se observou nenhum aumento do risco de infarto ou de doença maligna com a inibição de IL-17. O secuquinumabe não é eficaz contra a doença de Crohn. Alguns dados sugerem que

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Outra perspectiva é a inibição seletiva da subunidade IL-23p19.

A interleucina 17 (IL-17) é um alvo bastante interessante para inibição em casos de psoríase. Alguns agentes anti-IL-17 disponíveis atualmente são o secuquinumabe e, aprovado mais recentemente, o ixequizumabe.

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o secuquinumabe pode desencadear exacerbações em pacientes com doença de Crohn preexistente, mas não existe nenhuma evidência de que o secuquinumabe leve ao surgimento da doença de Crohn. Portanto, recomenda-se cautela ou receitar secuquinumabe a pacientes com histórico de doença de Crohn.68

Tratamentos com ação sobre IL-23Outra perspectiva é a inibição seletiva da subunidade IL-23p19. Os antagonistas de IL-12/IL-23 disponíveis atualmente (p.ex. ustequinumabe) atingem seus objetivos sobretudo através do antagonismo da IL-23. Portanto, agentes como o guselkumabe e o tildraquizumabe, que inibem apenas a IL-23, provavelmente permitirão abordagens mais direcionadas. Na semana 16, respostas PASI 75 foram obtidas por 80% dos pacientes tratados com guselkumabe75 e 74% dos pacientes tratados com tildraquizumabe.76 Os efeitos colaterais observados mais frequentemente com esses medicamentos foram nasofaringite e infecções do trato respiratório alto.75,76

O composto experimental BI 655066, que também age na subunidade IL-23p19, mostrou-se altamente eficaz até agora, com respostas PASI 75, 90 e 100 de mais de 90%, 80% e 50% após 36 semanas. Essa resposta pareceu ser durável: mais de 225 se passaram antes da resposta PASI 90 ser perdida em metade dos pacientes. Talvez até mesmo uma dose única de BI 655066 possa gerar uma resposta clínica duradoura, pois 75% dos pacientes incluídos na fase de acompanhamento prolongado mantiveram uma resposta PASI 100 por até 66 semanas após uma dose única.77

Medindo os efeitos dos agentes biológicosComo os agentes biológicos vêm se mostrando cada vez mais eficazes contra psoríase, um destaque de uma das sessões sobre psoríase foi o debate sobre se a PASI 75 deve continuar sendo o critério de avaliação padrão para tratamentos biológicos da psoríase, como defende o Conselheiro do IPC Dr. Robert Bissonnette, ou se o PASI 75 deve ser substituído pelo PASI 90, como recomenda o Conselheiro do IPC Dr. David Pariser.

Defendendo seu ponto de vista de que o PASI 75 deve continuar sendo o critério padrão, o Dr. Robert Bissonnette ponderou que o PASI 75 é uma boa métrica indicativa de melhora e serve como padrão para comparar agentes biológicos mais novos com os mais antigos. Ele adicionou

que a meta definitiva é eliminar a doença e que a eliminação apresenta a melhor correlação com a melhora da qualidade de vida. Portanto, deve-se buscar obter respostas PASI 100 e, ao mesmo tempo, usar o PASI 75 para comparar a eficácia dos tratamentos.

Por sua vez, o Dr. David Pariser defende que o critério PASI se correlaciona melhor com as métricas de qualidade de vida e, portanto, a PASI 90 oferece melhoras mais significativas nesse tipo de critério que o PASI 75. A análise das respostas PASI 90 também permite diferenciar os tratamentos, pois vários agentes produzem respostas semelhantes segundo PASI 50 mas não segundo PASI 90. Por exemplo, os agentes anti-IL-17 mais novos claramente produzem mais respostas PASI 90 que outros agentes.

Ambos os palestrantes apresentaram seus casos bem, e a plateia ficou dividida igualmente entre as duas posições. Mesmo assim, uma importante conclusão é que os agentes biológicos para psoríase vêm produzindo resultados cada vez melhores, quaisquer que sejam as métricas de eficácia utilizadas. Atualmente, obter respostas PASI 100 ou eliminação completa da doença é uma meta de tratamento exequível para pacientes e profissionais de saúde.

Mantendo a eficácia dos agentes biológicosOs agentes biológicos demonstraram claramente que são altamente eficazes, mas, infelizmente, sua eficácia terapêutica pode diminuir com o tempo. Alguns possíveis motivos são reduções do nível da droga devido à imunogenicidade, esquemas posológicos inferiores ao ideal, má adesão ao tratamento e alteração da fisiopatologia da doença devido aos efeitos do tratamento.

A imunogenicidade também ocorre em pacientes tratados com agentes biológicos, mas é difícil comparar as incidências de imunogenicidade de agentes biológicos

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Um destaque de uma das sessões sobre psoríase foi o debate sobre se a PASI 75 deve continuar sendo o critério de avaliação padrão para tratamentos biológicos da psoríase.

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diferentes porque os ensaios para anticorpos variam entre si. Os anticorpos podem ser neutralizantes in vitro ou não neutralizantes. Os anticorpos neutralizantes para o adalimumabe estão associados a reduções dos níveis séricos da droga e ausência de resposta ao tratamento, mas o uso concomitante de metotrexato 10 mg/semana pode reduzir o risco de surgimento de anticorpos neutralizantes.78 Por outro lado, o etanercepte possui um domínio funcional semelhante ao receptor nativo de TNF e, portanto, os anticorpos são não-neutralizantes e não prejudicam a resposta ao tratamento.79 Contudo, a associação de metotrexato e etanercepte também torna o etanercepte mais eficaz, e isso provavelmente se deve a outros motivos que não a imunogenicidade.80

O registro espanhol BIOBADADERM analisou as diferenças em sobrevida associada a drogas para tratamentos biológicos.81 A ciclosporina e a acitretina apresentaram o maior risco global de interrupção e perda de eficácia, enquanto o ustequinumabe apresentou o menor risco. Dados semelhantes do registro prospectivo global PSOLAR também constataram que o ustequinumabe apresenta persistência de longo prazo melhor que a do infliximabe, adalimumabe e etanercepte.82 Uma meta-análise constatou que o infliximabe apresentou associação mais estreita com anticorpos antidroga que outros inibidores de TNF-a como o adalimumabe, certolizumabe, golimumabe e etanercepte.83

Segurança dos agentes biológicosRisco de infecçãoOs registros vêm fornecendo cada vez mais dados sobre a segurança dos agentes biológicos. O PSOLAR é um registro prospectivo global com oito aos de duração, que

vem acompanhando mais de 12.000 pacientes.84 O registro constatou que o ustequinumabe não foi associado com aumento do risco de infecções graves, mas outros agentes biológicos aumentaram em cerca de duas vezes esse risco. O aumento do risco foi significativamente maior com o infliximabe. O OBSERVE-5 é um registro prospectivo com cinco anos de duração que vem acompanhando mais de 2500 pacientes e constatou incidência semelhante de infecções graves em pacientes tratados com etanercepte, drogas não-biológicas e fototerapia,85 e o ESPRIT é um registro prospectivo internacional com dez anos de duração com mais de 6000 pacientes tratados com adalimumabe. O estudo constatou uma taxa de infecções graves de um evento a cada 100 pessoas-ano de uso de adalimumabe.86

Da mesma forma, a SABER Collaboration realizou um estudo de coorte retrospectivo que analisou o uso de inibidores de TNF-α para várias indicações reumatológicas como psoríase, espondiloartropatias, artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal. Não foram encontrados riscos significativos de infecções graves, mas a análise de subgrupos identificou uma associação com infliximabe.87 A droga anti-IL-17 secuquinumabe parece apresentar um risco de infecções graves semelhante ao produzido pelo inibidores de TNF-α, mas o risco de infecção por cândida é maior, e essa infecção ocorre em 5% dos pacientes.68

Em geral, os estudos clínicos não parecem mostrar um aumento significativo do risco de infecção, exceto com infliximabe. Entretanto, a pesquisa de tuberculose deve ser realizada antes de se iniciar um agente biológico, e os pacientes devem prestar atenção a quaisquer sintomas de infecção.

Risco de malignidade Os dados do registro também estão sendo examinados para identificar associações entre tratamentos biológicos e o risco de malignidade. O registro PSOLAR não encontrou nenhum aumento significativo do risco de malignidade entre pacientes que usaram ustequinumabe ou outros agentes biológicos.84 O registro OBSERVE-5 também não observou nenhum aumento significativo do risco de malignidade, linfoma e câncer de pele não-melanoma entre pacientes tratados com etanercepte em comparação com a população geral.85 O registro ESPRIT observou uma taxa de malignidade entre paciente que usaram adalimumabe

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O registro BIOBADADERM na Espanha examinou diferenças entre a sobrevida de drogas para diversos tratamentos biológicos. Os riscos de interrupção e perda de eficácia foram maiores com a ciclosporina e a acitretina e menores com o ustequinumabe.

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de 1 evento por 100 pessoas-ano, nível semelhante à incidência de infecções graves.86 A SABER Collaboration também não observou aumento do risco de malignidade entre indivíduos que usaram inibidores de TNF-α para várias doenças autoimunes.88

As taxas de malignidade também foram baixas em pacientes que receberam inibidores de IL-17, com incidência de 0,8 por 100 pacientes-ano com o secuquinumabe,89 sendo que a maioria desses tumores foram câncer de pele não-melanoma. Não houve aumento significativo de malignidade com ixequizumabe.90 Embora os dados acima não sugiram aumento do risco de malignidade associado a agentes biológicos, cabe notar que pacientes com psoríase e outras doenças autoimunes apresentam risco maior de desenvolver linfomas. Pacientes tratados com agente biológicos (exceto agentes anti-IL-17) devem ser acompanhados a cada seis meses por seus médicos de atenção primária para pesquisa de câncer de pele não-melanoma e tumores sistêmicos.

BiossimilaresOs biossimilares provavelmente serão lançados em breve nos Estados Unidos e foram amplamente discutidos na parte noturna do evento. O FDA aprovou recentemente um biossimilar do infliximabe (Inflectra) para tratamento de psoríase, artrite psoriásica e outras indicações. Um biossimilar é um agente biológico altamente semelhante a um produto de referência e que não apresenta diferenças clinicamente significativas. Esses produtos não são realmente drogas genéricas porque sua composição é um pouco diferente da dos produtos de referência devido à complexidade da engenharia reversa envolvendo agentes biológicos. Os biossimilares visam a reduzir o custo do tratamento a expandir o acesso dos pacientes a tratamentos biológicos, mas ainda restam algumas dúvidas sobre seu uso clínico.

Pequenas mudanças realizadas durante a produção de biossimilares podem causar diferenças clinicamente significativas. Por exemplo, alguns tipos de linhagens

celulares e meios de crescimento podem alterar a glicosilação de proteínas, que pode, por sua vez, afetar a imunogenicidade e a depuração do medicamento. Portanto, um estudo clínico de um biossimilar precisa demonstrar que a eficácia e a imunogenicidade são equivalentes às dos produtos de referência. Existe ainda a dúvida sobre se a equivalência é garantida, ou seja, se é possível substituir um agente biológico por outro sem conhecimento do médico.

Uma pesquisa entre a plateia da sessão revelou que dois terços dos presentes receitariam um biossimilar. Metade da plateia tinha dúvidas quanto à eficácia dos biossimilares e 80% tinha receios quanto à segurança. O campo dos biossimilares está em franca evolução, assim como as atitudes dos médicos quanto a esses novos tratamentos.

Locais específicosA psoríase pode ser difícil de tratar quando ocorre em locais específicos como as unhas, escalpo, palmas das mãos e solas dos pés. Embora os agentes tópicos ainda sejam a primeira opção, os agentes biológicos podem ser empregados em casos mais difíceis ou graves. As diretrizes baseadas em evidências incluem fortes evidências que fundamentam o uso do infliximabe, etanercepte e adalimumabe em psoríase ungueal, do escalpo ou palmoplantar.91 O ustequinumabe foi recomendado para psoríase ungueal e, à medida que são obtidos novos dados, deverão ser obtidas mais evidências respaldando o uso de novas gerações de agentes biológicos em locais específicos. Foi descrita resolução completa de um caso de psoríase palmoplantar com ustequinumabe.92 O secuquinumabe

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Os biossimilares visam a reduzir o custo do tratamento a expandir o acesso dos pacientes a tratamentos biológicos, mas ainda restam algumas dúvidas sobre seu uso clínico.

A pesquisa de tuberculose deve ser realizada antes de se iniciar um agente biológico, e os pacientes devem prestar atenção a quaisquer sintomas de infecção.

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também se mostrou promissor contra psoríase palmoplantar, com um terço dos pacientes obtendo resolução total ou quase total após 16 semanas.93 Existem também evidências que suportam o uso de secuquinumabe para tratar doença ungueal.94

Psoríase pediátricaMuitos casos graves de psoríase pediátrica requerem tratamentos sistêmicos. O metotrexato continua sendo o medicamento sistêmico mais usado para pacientes pediátricos seguido de drogas biológicas como etanercepte, adalimumabe e ustequinumabe.95 Dados recentes constataram que o adalimumabe 0,8 mg/kg e cada 2 semanas produziu respostas PASI 75 em 58%, contra 32% com metotrexato.96 O perfil de segurança do adalimumabe nesse estudo foi semelhante ao do metotrexato. Alguns dados recentes sugerem que o ustequinumabe é seguro e eficaz para psoríase pediátrica.97 Na semana 12, 81% dos pacientes obtiveram PASI 75 e 61% atingiram PASI 90. Não houve nenhum evento adverso inesperado.

Como os agentes biológicos vêm sendo cada vez mais usados para tratar psoríase pediátrica grave, cada vez mais dados vêm sendo adquiridos sobre a sua eficácia e segurança nessa população. Agora já existem dados de segurança e eficácia de longo prazo sobre o uso de etanercepte para psoríase em crianças e adolescentes por até 264 semanas, com respostas PASI 75 e 90 sustentadas em 60-70% e 30-40% dos pacientes, respectivamente.98 Quase 90% dos pacientes apresentaram um evento adverso, sendo mais comuns a infecção respiratória alta, nasofaringite e cefaleia. Houve apenas um evento adverso sério relacionado ao tratamento: um episódio de celulite. Não houve nenhum relato de infecções oportunistas do malignidade, mas um acompanhamento mais prolongado ainda é necessário.

ResumoOs principais tópicos de discussão relacionados à psoríase na 74ª Reunião Anual da AAD são as comorbidades estabelecidas e emergentes, medicamentos orais e agentes biológicos desenvolvidos recentemente e o uso futuro de biossimilares para tratamento de doença psoriásica. Pesquisas futuras continuarão a explorar os efeitos do tratamento da psoríase sobre as comorbidades da doença, definir o uso da farmacogenética para prever o fenótipo e a resposta ao tratamento, avaliar a segurança

e a eficácia de longo prazo dos medicamentos existentes, identificar novos tratamentos direcionados e estabelecer a equivalência e a segurança dos biossimilares. ■

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FOCO NA PSORÍASE: RESUMO DA 74ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE DERMATOLOGIA

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O simpósio "Hot Topics" do IPC explora o tratamento da psoríase pelo mundoKathryn T. Shahwan, MD.

Especialistas em psoríase do mundo inteiro compareceram ao simpósio “Hot Topics” intitulado Mudanças na Paisagem do Tratamento da Psoríase no Mundo na 74ª reunião anual da Academia Americana de Dermatologia em março. Foram discutidos temas como a utilidade da evolução clínica relatada pelo paciente na prática clínica, comorbidades associadas á psoríase, uso de associações de tratamentos contra psoríase e os desafios do tratamento da psoríase na América Latina e no Oriente Médio. Apresentamos a seguir um resumo dos principais tópicos discutidos.

Utilidade na prática clínica da evolução relatada pelo próprio pacienteVárias métricas de avaliação usadas em pesquisas e na prática clínica buscam avaliar os efeitos dos tratamentos antipsoriásicos sobre a gravidade da doença e a qualidade de vida. Estudos que usaram métricas informadas pelo paciente como o questionário EuroQol de cinco dimensões (EQ-5D) ou a versão ‘Short Form’ (36) da pesquisa (SF-36) mostraram que a psoríase afeta enormemente a qualidade de vida — tanto quanto a depressão, diabetes, doença pulmonar crônica, doença cardíaca, insuficiência renal, insuficiência hepática, artrite e câncer.1,2

Embora os indicadores Psoriasis Area and Severity Index (PASI) e Physician Global Assessment (PGA) seja métricas bem estabelecidas e objetivas da gravidade da doença, elas não avaliam a experiência do paciente. Por exemplo, o PGA de ≤1, que significa pele limpa ou quase limpa, é um parâmetro bastante usado em ensaios clínicos.

Entretanto, pacientes com pele limpa apresentam chances significativamente menores de informar que a doença prejudica sua qualidade de vida que aqueles com pele quase limpa.3 isso sugere a necessidade de métricas relatadas pelos pacientes que analisem sintomas, comportamentos, comorbidades e o impacto sobre o bem-estar emocional, relacionamentos sociais e situação de emprego. No futuro, inovações em tecnologias de informação em saúde permitirão que os pacientes enviem essas informações eletronicamente, facilitando a inclusão dessas métricas na prática clínica.4

Psoríase e comorbidadesA psoríase é uma doença sistêmica com uma lista cada vez maior de comorbidades comprovadas, que já inclui artrite psoriásica, obesidade, síndrome metabólica, esteatohepatite não-alcoólica, doenças autoimunes, transtornos psiquiátricos, apneia do sono, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal, alguns tipos de câncer e doença cardiovascular.5 A artrite psoriásica tende a surgir 5 a 10 anos após o início da psoríase; portanto, muitas vezes os dermatologistas são o primeiro ponto de contato e devem examinar os pacientes em todas as consultas para pesquisar dor e rigidez articular, sinovite, dactilite e entesite. Pacientes com artrite psoriásica devem receber tratamento agressivo para evitar lesões articulares permanentes, e a interação contínua com o reumatologista é essencial.

A psoríase moderada a grave também aumenta os riscos de doença cardiovascular e mortalidade precoce. Postulou-se também que a doença psoriásica é um fator de risco cardiovascular independente devido à inflamação sistêmica, mas os pacientes também apresentam maior incidência de obesidade, diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia e uso de tabaco.6

Como essas condições são subdiagnosticadas nessa população de pacientes, é importante garantir que sejam pesquisadas regularmente e que os fatores modificáveis recebam tratamento apropriado.6 O tratamento da psoríase com metotrexato ou agentes biológicos também diminuiu o risco de eventos adversos cardiovasculares graves.7

FOCO NA PSORÍASE: RESUMO DA 74ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE DERMATOLOGIA

Estudos que usaram métricas informadas pelo paciente como o questionário EuroQol de cinco dimensões (EQ-5D) ou a versão ‘Short Form’ (36) da pesquisa (SF-36) mostraram que a psoríase afeta enormemente a qualidade de vida.

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Associações de tratamentos

Muitos pacientes com psoríase necessitam de associações de tratamento, sobretudo aqueles nos quais a monoterapia foi ineficaz ou que apresentam sintomas persistentes de artrite psoriásica apesar de melhoras na doença cutânea. As associações também permitem reduzir doses e, assim, tentar evitar a formação de anticorpos contra agentes biológicos.8 Os registros de pacientes revelaram que mais de 20% dos pacientes recebem mais de um medicamento9 e cerca de 25% dos pacientes que usam agentes biológicos também tomam metotrexato.10 Embora as associações sejam amplamente utilizadas, existem poucas pesquisas sobre a segurança e eficácia de combinações específicas, que consistem apenas em pequenos estudos de observação e registros de pacientes.9

O esquema Goeckerman, que associa coaltar tópico e UVB de banda larga, e o esquema Ingram, que associa ditranol tópico, banhos de coaltar e UVB de banda larga, produzem taxas de eliminação de 95%, mas requerem internação.9 A fototerapia, que inclui UVB de banda estreita e PUVA (UVA mais a droga fotossensibilizante psoraleno)

também é eficaz em associação com acitretina11,12 ou com metotrexato.13,14

A associação de vários agentes não-biológicos sistêmicos deixou de ser comum e é considerada desnecessária.9 Em um pequeno estudo que acompanhou 19 pacientes com psoríase, a associação de ciclosporina e metotrexato foi eficaz e permitiu reduzir as doses de ambos os agentes, mas esse esquema não é recomendado para uso prolongado devido ao risco de nefrotoxicidade.15 A associação de ciclosporina e acitretina não foi estudada, mas diretrizes baseadas em evidências indicam que ela provavelmente não é benéfica e aumenta o risco de dislipidemia.16 O apremilaste é um inibidor oral de fosfodiesterase 4 (PDE4), que foi estudado em associação com fototerapia, metotrexato, acitretina, ciclosporina, inibidores de TNF-α e ustequinumabe; 17% dos pacientes interromperam o tratamento devido a efeitos colaterais gastrointestinais, mas 81% dos que o mantiveram atingiram PASI 75.17

Por outro lado, os agentes biológicos são bastante usados em associação com outros tratamentos: o etanercepte

FOCO NA PSORÍASE: RESUMO DA 74ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE DERMATOLOGIA

Embora as associações sejam amplamente utilizadas, existem poucas pesquisas sobre a segurança e eficácia de combinações específicas, que consistem apenas em pequenos estudos de observação e registros de pacientes.

À esquerda: Peter van de Kerkhof (Países Baixos), Chris Griffiths (Reino Unido), Brian Kirby (Irlanda), Mahira El Sayed (Egito), Alan Menter (Estados Unidos) e Ricardo Romiti (Brasil) foram alguns dos diretores e conselheiros do IPC que fizeram apresentações no simpósio Hot Topics do IPC no congresso anual da Academia Americana de Dermatologia em março. Centro: Conselheiros do IPC Gerald Krueger (Estados Unidos) e Robert Chalmers (Reino Unido) acompanham atentamente a discussão Hot Topics, junto com o diretor Peter van de Kerkhof (à direita).

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vem se mostrando eficaz em associação com NB-UVB,18 acitretina19 e metotrexato;20 o adalimumabe foi estudado em associação com fototerapia, produzindo bons resultados;21 a ciclosporina foi associada com etanercepte ou com adalimumabe como ‘ponte’ antes do início de outras modalidades;22 e o infliximabe foi estudado apenas em associação com metotrexato, que aumentou em 6% a taxa de PASI 75 em pacientes com artrite psoriásica.23 É interessante notar que os dados do registro sugerem que o uso concomitante de metotrexato não prolonga o tratamento com etanercepte, adalimumabe ou infliximabe.10,24

Além disso, um pequeno estudo revelou uma diminuição significativa e mais rápida de PASI com uma associação de ustequinumabe e UVB de banda estreita em comparação com ustequinumabe isolado.25 O uso simultâneo de vários agentes biológicos não é uma prática comum, e os únicos dados disponíveis para essa indicação são relatórios de caso.

Tratamento da psoríase na América Latina e no Oriente MédioAlguns desafios para o tratamento da psoríase na América Latina são a baixa proporção de dermatologistas para pacientes e o risco de complicações infecciosas dos agentes biológicos, sobretudo a reativação da tuberculose.26

Segundo o Registro Brasileiro de Biológicos (BIOBADA), a incidência de tuberculose em pacientes tratados com

inibidores de TNF-α é de ceca de 286 por 100.000 pacientes-ano, contra apenas 37,2 por 100.000 pacientes-ano na população geral.27 Esses resultados na

América Latina evidenciam a importância de uma cuidadosa triagem para tuberculose em todos os pacientes antes de se iniciar um agente biológico.27

No Oriente Médio, alguns desafios são a falta de acesso ao tratamento dermatológico, falta de pesquisas em psoríase, dificuldades socioeconômicas e dificuldade em obter os medicamentos mais novos. O diagnóstico de psoríase frequentemente é tardio e, com isso, muitos pacientes apresentam com doença grave, recalcitrante e acompanhada de várias comorbidades. Um problema grave é a alta taxa de infecção por hepatite C, que, se não for tratada, limita enormemente as opções de tratamento.28

O futuro do tratamento da psoríaseNo futuro, o tratamento da psoríase girará em torno dos quatro Ps: previsão, prevenção, personalização e participação. O primeiro objetivo é prever quais indivíduos apresentam risco maior de desenvolver psoríase e de desenvolver comorbidades. A próxima meta é evitar, por meio de intervenção precoce, formas graves da doença e comorbidades como doença cardiovascular. A farmacogenética permitirá conduzir o tratamento de forma personalizada e direcionada, e os pacientes serão incentivados a participar do próprio tratamento por meio de tecnologias de informação em saúde e redes sociais. Essa abordagem exigirá pesquisas detalhadas e colaboração constante entre médicos, pacientes e empresas, mas melhorará a evolução clínica e tonará o tratamento mais eficiente e custo-eficiente. ■

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4. Van de Kerkhof P. Patient-reported outcomes their utility in clinical practice. IPC presents: Hot Topics in Psoriasis. Symposium session at the 74th Annual Meeting of the American Academy of Dermatology’s International Day; 2016 Mar 3; Washington, DC.

FOCO NA PSORÍASE: RESUMO DA 74ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE DERMATOLOGIA

A farmacogenética permitirá conduzir o tratamento de forma personalizada e direcionada, e os pacientes serão incentivados a participar do próprio tratamento por meio de tecnologias de informação em saúde e redes sociais.

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20. Gottlieb AB, Langley RG, Strober BE et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled study to evaluate the addition of methotrexate to etanercept in patients with moderate to severe plaque psoriasis. Br J Dermatol. 2012 Sep;167(3):649-57.

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22. Armstrong AW, Bagel J, Van Voorhees AS et al. Combining biologic therapies with other systemic treatments in psoriasis: evidence-based, best-practice recommendations from the Medical Board of the National Psoriasis Foundation. JAMA Dermatol. 2015 Apr;151(4):432-8.

23. Antoni C, Krueger GG, de Vlam K et al. Infliximab improves signs and symptoms of psoriatic arthritis: results of the IMPACT 2 trial. Ann Rheum Dis. 2005;64:1150-1157.

24. Warren RB, Smith CH, Yiu ZZ et al. Differential Drug Survival of Biologic Therapies for the Treatment of Psoriasis: A Prospective Observational Cohort Study from the British Association of Dermatologists Biologic Interventions Register (BADBIR). J Invest Dermatol. 2015 Nov;135(11):2632-40.

25. Wolf P, Weger W, Legat FJ et al. Treatment with 311-nm ultraviolet B enhanced response of psoriatic lesions in ustekinumab-treated patients: a randomized intraindividual trial. Br J Dermatol. 2012 Jan;166(1):147-53.

26. Romiti R. Challenges of psoriasis management in Latin America. IPC presents: Hot Topics in Psoriasis. Symposium session at the 74th Annual Meeting of the American Academy of Dermatology’s International Day; 2016 Mar 3; Washington, DC.

27. Yonekura C et al. Dados do Registro Brasileiro de Monitorizacao de Terapias Biologicas em Doencas Reumaticas (BiobadaBrasil). In press.

28. El Sayed M. Challenges of psoriasis management in the Middle East. IPC presents: Hot Topics in Psoriasis. Symposium session at the 74th Annual Meeting of the American Academy of Dermatology’s International Day; 2016 Mar 3; Washington, DC.

FOCO NA PSORÍASE: RESUMO DA 74ª REUNIÃO ANUAL DA ACADEMIA AMERICANA DE DERMATOLOGIA

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OMS publica relatório destacando a importância global da psoríaseEm fevereiro, a comunidade mundial de psoríase celebrou uma importante conquista: a Organização Mundial de Saúde publicou um relatório de 44 páginas intitulado WHO Global Report on Psoriasis, que apresenta o impacto total da doença, recomenda maneiras de melhorar o acesso ao tratamento e aborda as consequências sociais da doença.

O relatório foi elaborado em cumprimento de uma resolução de 2014 da Assembleia Mundial de Saúde da OMS, que reconheceu a psoríase como uma doença não-transmissível grave que merece atenção global.

O relatório “pretende empoderar responsáveis por políticas fornecendo soluções práticas para melhorar a assistência à saúde e a inclusão social de pessoas que vivem com psoríase na população” disse o Dr. Oleg Chestnov, Diretor Geral Adjunto da OMS para doenças não-transmissíveis e saúde mental no prefácio do relatório.

O relatório descreve as várias consequências da doença, como suas comorbidades, estigmatização e efeitos frequentemente debilitantes sobre a qualidade de vida.

A publicação também contém recomendações para governos, responsáveis por políticas, profissionais de saúde, pesquisadores pacientes e sociedade sobre como promover o acesso ao tratamento e melhorar a qualidade de vida.

Alguns dos destaques do relatório: • A psoríase apresenta prevalência de 0,09% e 11,4% em

diversos países, tornando-a um problema de saúde global.

• Pessoas com psoríase sofrem constantemente devido a diagnósticos errados ou atrasados, tratamento inadequado e falta de acesso ao tratamento.

Algumas recomendações do relatório: • Governos e responsáveis por políticas podem apoiar a

pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos para doenças não-transmissíveis como a psoríase, que são mais prevalentes em países de renda baixa ou média. Também é possível fornecer o acesso universal a medicamentos.

• Os sistemas de saúde precisam adotar uma abordagem de tratamento com foco no paciente, incluindo outras questões relacionadas à saúde e ao bem-estar.

• As instituições de saúde precisam aumentar a qualificação e a capacidade dos prestadores de atenção primária para o diagnóstico, tratamento e manejo da psoríase.

• São necessárias mais pesquisas em muitas áreas como a etiologia da doença, tratamentos para evitar e manejar os sintomas, tratamentos novos e acessíveis que possam ser usados no mundo inteiro, a associação entre psoríase e doenças cardiovasculares e obtenção de resultados de forma mais consistente.

O relatório completo da OMS está disponível em http://bit.ly/WHO_PSO_Report ■

RELATÓRIO GLOBAL DE PSORÍASE DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE 2016

O Presidente do IPC Professor Chris Griffiths disse, “O Relatório Global de Psoríase da OMS de 2016” destacou a importância do projeto Atlas Global de Psoríase, desenvolvido pelo IPC em parceria com a Federação Internacional de Associações de Psoríase (IFPA) e a Liga Internacional de Sociedades de Dermatologia (ILDS) para criar um banco de dados confiável documentando o impacto da doença no mundo inteiro e em cada país.

Segundo o Presidente da IFPA Lars Ettarp, o relatório é “um chamado à ação urgente para a comunidade internacional de psoríase.” Christopher Griffiths concordou e sublinhou que o relatório reforçará as metas do atlas global de criar um banco de dados de evidências que poderão ser usadas para promover a melhoria e o acesso ao tratamento, colher dados e pesquisas que poderão melhorar o uso de recursos e facilitar a comparação entre países e dentro de países colhendo evidências locais e regionais de forma consistente e, assim, permitindo tais comparações.

Outros conselheiros do IPC que fizeram comentários relevantes e participaram da revisão técnica foram Matthias Augustin, Ulrich Mrowietz, Wolf-Henning Boehncke, Mahira Hamdy El Sayed, Peter van de Kerkhof, Mark Lebwohl, Alan Menter, Jörg Prinz, Lone Skov e Mona Stahle.

Relatório da OMS promove o Atlas Global de Psoríase

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Psoríase e dermatite atópica:Duas Doenças ou um Único Espectro?

Essa discussão interativa explorará as semelhanças clínico-epidemiológicas entre ambas as doenças, novos tratamentos direcionados e a necessidade de melhora a classificação com base no imunofenótipo subjacente.

Quarta-feira, 28 de setembro de 201609:00 a.m.-1:00 p.m.

25º Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia

Viena, Áustria

Direção Chris Griffiths, MDUniversidade de Manchester

Amy Paller, MDUniversidade Northwestern Feinberg School of Medicine

Emma Guttman, MD, PhDIcahn School of Medicine eMount Sinai

PROGRAMA CONJUNTO

Para saber mais sobre esses programas e realizar sua pré-inscrição, acesse www.psoriasiscouncil.org/events.htm

§ A Medicina P4 é um modelo inovador e voltado para o paciente que prioriza o bem-estar e não a doença

§ Especialistas de psoríase do mundo inteiro discutirão os desafios práticos da Medicina P4 e as oportunidades que ela oferece para transformar o paradigma de tratamento atual

Medicina P4:previsão, prevenção, personalização do tratamento e participação do paciente

Medicina P4: Oportunidades e

Desafios no Tratamento da Psoríase

Quarta-feira, 7 de setembro de 20162:00 -5:30 p.m.

46ª Reunião da Sociedade Europeia de Pesquisa em Dermatologia

Munique, Alemanha

Direção Chris Griffiths, MDUniversidade de Manchester

Catherine Smith MDKing’s College, Londres

Você não pode perder esses simpósios dinãmicos

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TRATAMENTO DE PACIENTES

Grupo de trabalho em biossimilaresArnon Cohen (Israel) e Jashin Wu (Estados Unidos) foram nomeados novos codiretores do Grupo de Trabalho em Biossimilares do IPC durante uma reunião do grupo realizada no congresso anual da Academia Americana de dermatologia em março. Eles substituíram o Dr. Andrew Blauvelt (Estados Unidos), que vinha liderando o grupo desde 2014. Na reunião de março, o Dr. Andrew Blauvelt comentou dois manuscritos produzidos pelo grupo de trabalho: um manuscrito de análise pré-clínica publicado no British Journal of Dermatology e outro sobre projeto de ensaios clínicos. Ambos estão sendo analisados pela mesma publicação. Um terceiro manuscrito sobre a prática clínica está sendo preparado e será enviado este ano. Um quarto manuscrito, que analisa questões de saúde pública relacionadas a biossimilares, incluindo o impacto dos preços sobre o aceso dos pacientes, também deverá ser lançado no final deste ano. O IPC gostaria de agradecer à AbbVie, Amgen e Sandoz por patrocinar este grupo de trabalho em 2016. Para saber mais sobre o grupo e os projetos por ele realizados, acesse http://www.psoriasiscouncil.org/bioswg.htm.

Grupo de Trabalho em Tratamentos TópicosEm uma reunião deste grupo durante o congresso anual da AAD (realizado em março), o Diretor Lars Iversen (Dinamarca) apresentou os dois novos codiretores:

Vermén Verallo-Rowell (Filipinas) e Charles Lynde (Canadá). O grupo discutiu diversos tópicos, incluindo atualização sobre uma pesquisa relacionada ao uso de medicamentos e uma revisão das diretrizes internacionais. O IPC também produziu um importante manuscrito de pesquisa, que foi aceito para publicação pelo Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology. Os participantes também discutiram como o IPC pode contribuir melhor com conhecimentos e capacitação para o uso de tratamento tópicos. Foi gerada uma lista de projetos em potencial, que inclui, entre outras coisas, uma pesquisa sobre o uso de agentes tópicos em países do terceiro mundo, uma meta-análise do uso em áreas sensíveis e medicamentos tópicos em pediatria. O IPC gostaria de agradecer à Leo Pharma por seu apoio a esse grupo em 2016. Para saber mais sobre o grupo e seu trabalho, acesse http://www.psoriasiscouncil.org/ttwg.htm.

Lançado Grupo de Trabalho para América LatinaEm junho deste ano, o IPC formou seu primeiro Grupo de Trabalho para a América Latina durante a Reunión Anual de Dermatólogos Latinoamericanos (RADLA), realizada em São Paulo. O grupo de trabalho possui como codiretores o Diretor do IPC Ricardo Romiti (Brasil) e a Conselheira do IPC Claudia de la Cruz (Chile). Os membros discutiram um manuscrito que estão sendo elaborado: “Biosimilars in Psoriasis: Clinical Practice and Regulatory Perspectives in Latin America,” Claudia de la Cruz, André Vicente Esteves de Carvalho, Angela Maria Londoño Garcia, et al. O artigo

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Membros do novo Grupo de Trabalho para América Latina do IPC presentes ao Think Tank organizado pelo IPC em Miami. Da esquerda, César Gonzalez e Angela Londoño (Colômbia), Fernando Valenzuela (Chile), André Vicente Esteves de Carvalho (Brasil) e Claudia de la Cruz (Chile).

Arnon Cohen

Lars Iversen

Jashin Wu

Vermén Verallo-Rowell

Andrew Blauvelt

Charles Lynde

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é resultado de uma reunião de Mesa-Redonda “Hot Topics” sobre biossimilares na América Latina realizada em outubro durante o congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia. Também foram discutidos o desenvolvimento de novos programas educativos na região e a criação de um registro de Latino-americano psoríase.

Grupo de Trabalho em Tratamentos SistêmicosO Grupo de Trabalho em Tratamentos Sistêmicos tem como foco melhorar o uso global de tratamento s sistêmicos. O IPC relançou o grupo para compreender melhor e promover a utilização de drogas sistêmicas. Muitos pacientes com psoríase recebem pouco ou nenhum tratamento e convivem com os impactos físicos, psicológicos e emocionais de sua doença. A partir da experiência de seus membros, o grupo de trabalho procurará maneiras de abordar esses impactos. Os objetivo do grupo são discutir temas polêmicos, contestar opiniões correntes, identificar lacunas no conhecimento e contribuir com novas soluções baseadas em evidências para o uso global de tratamentos sistêmicos. O grupo começará abordando o tema Tratando Casos Moderados. O IPC gostaria de agradecer a AbbVie e a Janssen por patrocinarem este grupo de trabalho em 2016.

PESQUISA

IPC publica artigos em publicações de prestígio• O manuscrito European S3-Guidelines on the systemic

treatment of psoriasis vulgaris - Update 2015 - Short version - EDF in cooperation with EADV and IPC de Nast A, Gisondi P, Ormerod, AD, et al, foi publicado na edição de dezembro de 2015 do Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology. A primeira publicação online foi em 15 de outubro de 2015. Neste artigo, o IPC juntou-se ao Fórum Europeu de Dermatologia e à Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia para criar uma visão geral abrangente das diretrizes emetas do tratamento.

• Getting under the skin: Report from the International Psoriasis Council workshop on the role of stress in psoriasis, Julia Schwartz, Andrea W.M. Evers, Christine Bundy, Alexandra B. Kimball, publicado na edição de 2 de fevereiro de 2016 de Frontiers in Psychology. Esse artigo destaca a importância do estresse e da angústia na psoríase, identifica lacunas nas estratégias atuais de pesquisa e tratamento em pacientes com a doença.

• Biosimilars for psoriasis: pre-clinical analytic assessment to determine similarity, Blauvelt A, Cohen AD, Puig L, Vender R, van der Walt J, Wu JJ, appeared in the February 2016 issue of the British Journal of Dermatology, publicação inicial online em 30 de dezembro de 2015. Essa publicação discute a ciência por trás do desenvolvimento pré-clínicos dos biossimilares e sugere diversas maneiras de garantir que, no futuro, os biossimilares sejam produzidos com alta qualidade e de forma padronizada para preservar a segurança e a eficácia.

• Identification of key research needs for topical therapy treatment of psoriasis - a consensus paper by the International Psoriasis Council, Wu JJ, Lynde CW, Kleyn CE, publicado online em 10 de março de 2016 pelo Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology e aguardando inclusão em uma edição futura. Nesse artigo, membros do Grupo de Trabalho em Tratamentos Tópicos do IPC apresentam os resultados de suas análises das lacunas existentes nos conhecimentos sobre tratamentos tópicos contra psoríase e diversas combinações em relação a segurança e eficácia. O objetivo do artigo é contribuir para orientar pesquisas futuras nessa área terapêutica.

Os ‘abstracts’ desses artigos estão disponíveis em http://www.psoriasiscouncil.org/ipcpubs.htm

IPC apresenta ‘abstracts’ em três congressos globais• O ‘abstract’ do artigo Use of systemic agents in

pediatric psoriasis: characteristics, comorbidities, and reported adverse events in 446 patients foi apresentado no congtresso anual da Socidade de Pesquisa em Dermatologia (SID) em 12 de maio em Scottsdale, Arizona, e na 13ª Reunião da Sociedade Europeia de Dermatologia Pediátrica (ESPD) em Paris em 26 de maio. O artigo foi escrito por Inge MGJ Bronckers and M.M.B. Seyger da Centro Médico da Universidade Radboud (Países Baixos) e Dennis P. West da Northwestern University (Estados Unidos), et al. O artigo é uma análise retrospectiva das comorbidades de vários agentes sistêmicos na população pedia´trica.. A Conselheira do IPC Drª. Amy Paller, também da Universidade Northwestern, apresentou o ‘abstract’ no congresso da SID. A Drª Inge Bronckers, que apresentou o ‘abstract’ no congresso da ESPD, realizou a mairo parte

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do estudo sob asupervisão da Drª. Amy Paller, da Drª. Marieke Seyger, que também é Conselheira do IPC, e do Professor Dennis West. O artigo foi patrocinado pelo IPC, pela Aliança de Pesquisa em Dermatologia Pediátrica e pela Sociedade de Dermatologia Pediátrica.

• O ‘abstract’ do artigo Biosimilars in psoriasis: clinical practice and regulatory perspectives in Latin America oi apresentado no 5º Congresso da Rede Internacioal de Psoríase realizado em Paris de 7 a 9 de julho. A publicação foi escrita por Claudia de la Cruz (Clínica DermaCross, Santiago, Chile), André Vicente Esteves de Carvalho (Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Brasil), Angela Maria Londoño Garcia (Universidade CES, Medellin, Colômbia), et al. O artigo explora as complexidades do atual ambiente regulatório e as principais questões terapêuticas relacionadas ao uso de biossimilares para tratamento da psoríase na América Latina.

EDUCAÇÃO E DIVULGAÇÃOIPC lança Pesquisa Global sobre Interesse em Educação MédicaO IPC lançou recentemente uma pesquisa mundial para dermatologistas que cuidam de pacientes com psoríase. A pesquisa é sucinta e pretende identificar lacunas nos conhecimentos atuais, necessidades educativas e formatos de aprendizado preferidos entre profissionais responsáveis por tratar psoríase no mundo inteiro. Os resultados da pesquisa serão usados para criar materiais e recursos educativos com as informações mais atualizadas sobre psoríase em diversos formatos para atender a diversos estilos de aprendizado. Para participar da pesquisa, acesse www.psoriasiscouncil.org/edsurvey.htm ou leia o QR code à direita.

Simpósio do IPC destaca avanços em psoríase No início de maio, o IPC patrocinou um interessante simpósio intitulado Psoríase, o: Caminho em Frente Novos Insights Clínico-Patológicos” no Congresso Anual da Sociedade de Dermatologia Investigativa (SID) em Scottsdale, Arizona. O simpósio explorou os avanços em psoríase, tanto clínicos como moleculares. Os palestrantes apresentaram novos dados sobre os principais

componentes que promovem inflamação na psoríase pustulosa e em placas usando as melhores tecnologias disponíveis. Outro tema de discussão foi o impacto de agentes antipsoriásicos sistêmicos sobre as comorbidades cardiovasculares em nível protéico. A sessão incluirá também uma discussão retrospectiva do tratamento da psoríase pediátrica e das características, comorbidades e eventos adversos relatados em um registro internacional. O moderador será o Dr. Johann Gudjonsson (Universidade de Michigan, Ann Arbor), e os apresentadores a Drª. Amy Paller (Universidade Northwestern , Chicago), James Kruger (Universidade Rockefeller, Nova York), Rachel Clarke (Harvard Medical School, Boston), J.T. Elder e Andrew Johnston (ambos da Universidade de Michigan).

Hot Topics em Psoríase: América LatinaOs Conselheiros e especialistas regionais do IPC conduziram uma discussão dinâmica e informativa sobre drogas biossimilares e o estado dos conhecimento atuais sobre psoríase em um simpósio Hot Topics patrocinado pelo IPC-em 4 de junho na 34ª Reunión Anual de Dermatólogos Latinamericanos (RADLA) em São Paulo. Também foram discutidos a psoríase localizada e a psoríase moderada a grave, assim como vários estudos de casos. Foram moderadores do evento o Dr. Ricardo Romiti (São Paulo) e a Drª. Claudia de la Cruz (Santiago do Chile). Os palestrantes foram Fernando Valenzuela (Santiago do Chile), Marcelo Arnone e André Luis S. Hirayama (São Paulo), Angela Londoño (Medellin, Colômbia), Edgardo Chouela, Fernando Stengel e Matías Maskin (Buenos Aires), César Gonzalez

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Alguns conselheiros do IPC que reunidos no simpósio Hot Topics do IPC em 4 de julho: Simpósio Latino-Americano em São Paulo. Da esquerda para a direita, Fernando Stengel (Argentina) André Vicente Esteves de Carvalho (Brasil), Fernando Valenzuela (Chile), Ricardo Romiti e Marcelo Arnone (ambos do Brasil).

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(Bogotá, Colômbia) e André Vicente Esteves de Carvalho (Porto Alegre).

Revisão de psoríase em Amsterdã e DubaiNo início do ano, foram disponibilizadas cópias da Revisão de Psoríase do IPC aos frequentadores dos congressos da Academia de Psoríase realizados em Amsterdã (Países Baixos) e Dubai (Emirados Árabes Unidos). As publicações continham“excelentes insights sobre tudo o que está acontecendo em relação ao tratamento da doença”, disse um representante da empresa farmacêutica Leo Pharma, que patrocinou os eventos.

Se souber de alguma organização que tenha interesse em distribuir a Revisão dePsoríase do IPC a seus membros, entre em contato conosco pelo endereço [email protected].

Encontro com especialistas do IPC

CingapuraEm abril, os conselheiros e equipe do IPC foram a Cingapura para um Encontro com Especialistas que discutiu casos difíceis de psoríase. A sessão foi parte da 22ª Conferência Regional de Dermatologia, que é o congresso bienal da Liga de Sociedades de Dermatologia da ASEAN (LADS) e reúne sociedades de dermatologia de Cingapura, Malásia, Indonésia, Tailândia, Filipinas e Vietnã. Os moderadores do evento foram o Presidente do IPC Chris Griffiths (Reino Unido), os Conselheiros Colin Theng e Wei-Sheng Chong (Cingapura) e Vermén Verallo-Rowell (Filipinas). Esse

foi o primeiro evento do IPC em Cingapura e marcou o início da iniciativa do IPC de se expandir e patrocinar mais programas na Ásia.

Birmingham, Reino UnidoEm julho, no 96º Congresso Anual da Associação Britânica de Dermatologistas em Birmingham, Reino Unido, o IPC patrocinou um Encontro com Especialistas, uma discussão interativa de casos difíceis de psoríase e estratégias de tratamento. Alguns temas do debate foram “Espere o inesperado”, “Má resposta a vários biológicos” e “Infecções graves durante o tratamento com biológicos: tratamento agudo e acompanhamento” e “Melhorando a adesão dos pacientes ao tratamento da psoríase”.

Moderada pelo Presidente do IPC Professor Chris Griffiths (Manchester), o evento contou com a participação de Richard Warren e Chris Bundy (Universidade de Manchester); Catherine Smith (King’s College, Londres) e Nick Reynolds (Universidade de Newcastle, Newcastle upon Tyne).

NA MÍDIAParabéns à Conselheira do IPC Drª. Nicole Ward, que deu a aula Eugene M. Farber na reunião anual da Sociedade de Dermatologia Investigativa em Scottsdale (Arizona, EUA) em maio. A palestra foi intitulada “Modelos: o que Camundongos Transgênicos Podem Ensinar Sobre a Patogênese

da Psoríase” e descreveu a descoberta do modelo de camundongo KC-Tie2 e investigações atuais sobre o papel do sistema nervoso na patogênese da psoríase. Nicole Ward, que é professora adjunta da Universidade Case Western Reserve em Cleveland, Ohio, possui formação em neurociência e integrou seus conhecimentos messa área em suas pesquisas sobre psoríase. Suas descobertas indicam que os camundongos KC-Tie2 podem ser usados psoríase e foram publicadas na revista Molecular & Cellular Proteomics. A aula Farber é ministrada anualmente no congresso anual da SID e seu nome é uma homenagem a Eugene M. Farber (1917-2000), que dedicou grande parte de sua carreira a pesquisas em psoríase. A apresentação dessa aula é uma honraria reservada a palestrantes cujo trabalho contribui para a evolução da ciência da psoríase.

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o programa Encontro com Especialistas realizado pelo IPC em Cingapura (da esquerda para a direita), Wei-Sheng Chong (Cingapura); Vermén Verallo-Rowell (Filipinas), Chris Griffiths (Reino Unido) e Colin Theng (Cingapura).

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Conselheiro do IPC Ron Vender MD, FRCPC do Canadá, membro do Grupo de Trabalho em Biossimilares do IPC,foi entrevistado para um artigo publicado em fevereiro de 2016 na The Chronicle of Skin & Allergy e discutiu a recomendação do IPC de que é necessário um padrão mínimo para comparar

drogas biossimiares com os produtos originais. A matéria foi publicada antes da publicação do artigo do IPC Biosimilars for Psoriasis: Pre-Clinical Analytical Assessment to Determine Similarity na edição de 1º de novembro do British Journal of Dermatology. Ron Vender destacou que os dermatologistas precisam lembrar que os biossimilares não são idênticos às drogas originais. “Depende de estudos pré-clínicos definir a semelhança entre os biossimilares e o biológico original”, completou ele.

NOVO CONSELHEIRO DO IPCNawaf B.S.N. Al-MutairiFarwaniya, KuwaitO Professor Al-Mutairi é membro da Faculdade de Medicina da Universidade do Kuwait e diretor do Conselho de Dermatologia do Kuwait. Ele pertence a diversas sociedades profissionais, como a Sociedade Pan-Árabe de

Dermatologia, a Associação de Dermatologia do CCG, a Sociedade Internacional de Dermatologia e a Academia Americana de Dermatologia. Ele já publicou mais de 30 artigos de pesquisa, quase duas dúzias de relatos de caso, quase 20 artigos em revistas locais e regionais e um capítulo sobre infecções de pele em diabéticos para o livro-texto Infecções de Pele: Diagnóstico e Tratamento (Cambridge University Press, 2009); Neste ano, ele coeditou o livro Dermatologia Pediátrica Prática: Controvérsias em Diagnóstico e Tratamento (Springer International Publishing, Suíça, 2016), que analisa as principais controvérsias em dermatologia pediátrica e descreve abordagens baseadas em evidências ao diagnóstico e tratamento dessa doença.

PRÓXIMOS EVENTOS

Simpósio Satélite do IPC: Medicina P4A Medicina P4 é um sistema interdisciplinar de tratamento personalizado que pode revolucionar a medicina e será o foco de um interessante simpósio satélite do IPC, que será realizado em 7 de setembro (quarta-feira) durante o congresso da Sociedade Europeia de Pesquisa em Dermatologia ESDR) em Munique, na Alemanha. A Medicina P4 (previsão, personalização, prevenção, participação) tem como foco o paciente individual e enfatiza o bem-estar e não a doença. O simpósio do IPC discutirá as oportunidades e desafios da Medicina P4 no tratamento da psoríase. Os tópicos incluirão a predição da progressão da doença, prevenção de comorbidades, estratificação da psoríase para otimizar o tratamento, perspectivas das empresas sobre a medicina P4 e medicina P4 em doenças autoimunes e inflamatórias. Os moderadores da sessão serão o Presidente do IPC Professor Chris Griffiths (Universidade de Manchester) e a Conselheira do IPC Professora Catherine Smith (King’s College, Londres). Para saber mais, acesse http: // www.psoriasiscouncil.org/P4_esdr.htm.

Psoríase e dermatite atópicaO IPC e o IPC e o Conselho Internacional de Eczema (IEC) patrocinarão um simpósio conjunto intitulado “Psoríase e Dermatite Atópica: Duas Doenças ou Apenas um Espectro?” em 28 de setembro no congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV) em Viena, Áustria. O simpósio explorará as semelhanças clínico-epidemiológicas entre a psoríase e a dermatite atópica, assim como terapias direcionadas para ambas as doenças. O Presidente do IPC Professor Chris Griffiths apresentará uma introdução da sessão e os membros do IEC Drª. Amy Paller (Estados Unidos), que também é conselheira do IPC, e a Drª. Emma Guttman serão comoderadoras. Acesse http://www.psoriasiscouncil.org/IPC_IEC.htm para más información.

Newport Beach, California, EUAOs efeitos neurológicos de agentes biológicos e o uso desses medicamentos para psoríase pediátrica são alguns dos tópicos discutidos em um programa Encontro com Especialistas em 13 de agosto (sábado) em Newport Beach. O evento será realizado na 68ª Reunião Anual da Associação de Dermatologia do Pacífico. Serão discutidos dois casos: “O

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que fazer quando o agente biológico que você usa há cinco anos para de funcionar” e “mulher de 30 anos com psoríase pustulosa palmoplantar.” O moderador será Jashin J. Wu (Los Angeles) e o painel contará com a participação de Kristina Callis Duffin (Salt Lake City, Utah), Paul S. Yamauchi (Santa Monica, Califórnia); e Kelly M. Cordoro (San Francisco, Califórnia). O programa é aberto a todos os participantes do congresso. Para mais informações, acesse http://www. psoriasiscouncil.org/pda_mte.htm

Buenos Aires, ArgentinaEspecialistas em psoríase da Argentina, México, Chile e Brasil conduzirão ums discussão sobre casos difíceis no Encontro com Especialistas do IPC agendado para 25 de outubro (terça-feira) em Buenos Aires. O evento será parte do Congreso Ibero-Latinoamericano de Dermatología (CILAD), que será realizado de 25 a 29 de outubro. Os títulos de algumas apresentações são: Psoríase Cronica na Prática, Alcoolismo e Tratamentos Biológicos, Tuberculose Agentes Biológicos em 2016 e Tratamento Prolongado com Infliximabe. O Presidente do IPC Chris Griffiths (Manchester, Reino Unido) será o moderador da discussão. Participarão do painel Edgardo Chouela e Fernando Stengel (Buenos Aires), Nancy Podoswa (Cidade do México), Claudia de la Cruz (Santiago do Chile) e Ricardo Romiti (São Paulo). Para saber mais, acesse http://www.psoriasiscouncil.org/CILAD_mte.htm.

AGRADECIMENTOS

O IPC gostaria de agradece aos coeditores Dr. Andrew Johnston da Universidade de Michigan (Estados Unidos) e à Drª. Helen Young da Universidade de Manchester (Reino Unido) por suas contribuições para a redação e edição da edição de julho de 2016 da newsletter Revisão de Psoríase do IPC.

REVISÃO DE PSORÍASE DO IPC

AutoresRebecca I. Hartman, MD, MPHKathryn T. Shahwan, MDMary L. Bellotti

Equipe editorialMary L. Bellotti, editoraErika Fey, editoraRene Choy, design gráficoTina Rouhoff, assistente de design

�radução para o PortuguêsPaulo Mendes

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Gostaríamos de agradecer ao Conselho Diretor do IPC e aos Conselheiros do IPC em todo o mundo. Essas pessoas contribuem para o IPC voluntariamente, doando seu tempo e conhecimentos para promover a missão do IPC: saber mais e cuidar melhor. Somos imensamente gratos por toda a dedicação, insights e compromisso com nossos vários projetos e programas.

Diretores do IPC (da esquerda para a direita, fileira da frente): Craig Leonardi, Alexa B. Kimball, Christy Langan e Chris Griffiths. Fileira de trás: Bruce Strober, Peter van de Kerkhof, Hervé Bachelez, Ricardo Romiti, Alan Menter e Jonathan Barker. Bob Holland (não aparece na foto).

AGRADECEMOS SINCERAMENTE

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RECURSOSO International Psoriasis Council tem o prazer de levar a você as seguintes oportunidades educativas para expandir seus conhecimentos sobre como tratar pacientes com psoríase.

Saber mais | Cuidar melhorO International Psoriasis Council (IPC) é uma organização de voluntários de alcance global, sem fins lucrativos e dirigida por dermatologistas, que incentiva a inovação

em todos os aspectos da psoríase promovendo pesquisas, educação e atendimento aos pacientes. A missão do IPC é promover nossa rede global de líderes formadores

de opinião para promover os conhecimentos sobre a psoríase e as comorbidades associadas, melhorando o tratamento dos pacientes no mundo inteiro.

Leia este código com seu smartphone para conectar-se à Revisão de Psoríase do IPC online.

Para acessar sem smartphone, o link www.psoriasiscouncil.org/psoriasisreview

PROXIMOS EVENTOS DO IPC

13 de agosto de 2016Encontro com especialistas do IPC 68ª Reunião Anual da Associação de Dermatologia do Pacífico (Newport Beach, Califórnia, EUA)

7 de setembro de 2016Simpósio Científico do IPC: Medicina P4: Oportunidades e Desafios no Tratamento da psoríase46ª Reunião Anual da Sociedade Europeia de Pesquisa em Dermatologia, realizada em Munique, na Alemanha

28 de setembro de 2016Simpósio Conjunto do IPC e do Conselho Internacional de Eczema: Psoríase e dermatite atópica: Duas Doenças ou Apenas um Espectro? 25º Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia Viena, Áustria

25 de outubro de 2016Encontro com especialistas do IPCXIX Congreso Ibero-Latinoamericano de Dermatología (CILAD) Buenos Aires, Argentina

RECURSOS ONLINE DO IPCWebcasts de casos difíceisUma série de casos difíceis gravados ao longo de vários anos nos Programas Encontro com Especialistas que realizamos no mundo inteiro, agora organizados por assunto: • Psoríase e gravidez • Psoríase palmoplantar • Psoríase e doença de Hodgkin • Psoríase juvenil • E muito mais www.psoriasiscouncil.org/education/webcasts_date.htm

MEMBROS CORPORATIVOS EM 2016

Executive CouncilAbbVieAmgenJanssen Biotech Inc.

Executive CouncilEli Lilly and CompanyNovartis Pharmaceuticals Corporation

Director’s CouncilCelgene CorporationLEO PharmaSandoz BiopharmaceuticalsSunPharma

Os membros corporativos oferecem, sem impor condições, verbas para apoio à missão do IPC.