Seminário Hérnia Inguinal FINAL3

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Hrnia Inguinal

Hrnia Inguinal

Ana Carolina Bargas RegaHrnia uma protruso anormal com revestimento peritoneal, atravs de um orifcio congnito ou adquirido de cobertura msculo aponeurtica do abdome que resulta na incapacidade de manter o contedo visceral da cavidade abdominal em seu stio habitual.Conceito:

Protrusao atraves de um orificio abdomnal . O abdome j no restringe mais todo conteudo visceral como deveria

2EpidemiologiaCondio de alta prevalncia que todas as faixas etrias de ambos os sexosAs hrnias inguinais so as mais frequentes na prtica clnica, totalizando 75% das hrnias de parede abdominal 80 mil afastamentos trabalhistas em 2010 3 lugar na lista de doenas que mais comprometem a profisso(Ministrio da Previdncia Social, pelo Portal IG)

Anatomia da regio InguinalPele Tecido celular subcutneoParede anterior do Canal InguinalParede posterior do Canal InguinalEspao pr peritonealPeritnioVsceras

1Pele 2 subcutaneo

3 aponeurose do oblquo ExternoLigam ing borda espessa da ap vai da crista iliaca ate o tubrculo pbico vem de cima p baixo de lat p medial de dentro p foraFenda na aponeurose anel inguinal externoCanal ing atras da aponeurose do obli extFuniculoesp se anuncia pelo anel iext e vai ate o saco escrotal

4Anatomia da regio InguinalParede anterior do Canal Inguinal aponeurose do m. oblquo externo ligamento inguinal

Anatomia da regio InguinalParede posterior do Canal Inguinal m. oblquo interno m. transverso abdome fscia transversalis

http://www.sms.rio.rj.gov.br/servidor/media/hernioplastiainguinal.pdfAnatomia da regio inguinal

Estruturas que passam no Canal Inguinal:

do homem: Funculo espermticoConduto peritneo vaginal obliteradom. CremsterDucto deferente+arteria+veiaRamo genital do n. genito-femoralPlexo pampiniforme

da mulher: Ligamento redondo do tero.

Passam pelo Funculo espermtico: msculo cremster +vasos deferentes+ ducto deferente+ ramo genital do nervo genitofemoral

7Tipos de hrniaAs hrnias inguinais podem ser divididas quanto ao seu mecanismo de formao IndiretasDiretas

As hrnias inguinais podem ser divididas quanto ao seu mecanismo de formao em indiretas e diretas:

8Hrnia IndiretaDecorrente do no fechamento do Conduto Peritnio vaginal (processus vaginalis)alterao congnita.O saco hernirio avana pelo Canal Inguinal e se pronuncia atravs do Anel Inguinal Interno

mais comum no sexo masculino

Faixa Etria mais acometida: infncia e adultos jovens.

http://www.medfoco.com.br/hernia-inguinal-direta-e-indiretaAlterao congnita que acontece 9 Patncia completa do Conduto Peritneo vaginal: o saco hernirio pode insinuar-se para dentro da bolsa escrotalHrnia nguino escrotal

Hrnias Inguinoescrotais

Hrnia DiretaHrnia Direta: condio adquirida que resulta do enfraquecimento dos tendes dos mm. da parede posterior do Canal Inguinal.

Hrnia DiretaOcorre no Tringulo de Hasselbach que a rea mais frgil da fscia transversalis menor revestimento msculo-aponeurtico

Limite superolateral vasos epigastricosMedial bainha do reto abdominalInferior ligamento inguinal

13Limites do Tringulo de HasselbachLimites do Tringulo de Hasselbach:Borda/ Bainha do m. Reto AbdominalLigamento InguinalVasos Epigstricos Inferiores

Hrnia DiretaFatores associados ao desenvolvimento TabagismoIdade avanadaDesnutrioDoenas crnicas debilitantesHipertrofia prosttica benignaIntensa atividade fsicaDficit na produo de colgenoSntese inadequada do colgeno tendo dos mm. Reto abdominal e Obliquo internoClassificao de Gilbert:Tipo I:hrnia Indireta com anel interno no dilatado

Tipo II: hrnia Indireta com anel interno dilatado e 2cm

Tipo IV:hrnia Direta com destruio da parede posterior

Tipo V:hrnia Direta recorrente no tubrculo pbico ou diverticular

Tipo VI:hrnia combinada (Direta\ Indireta)

Tipo VII:hrnia Femoral.

Classificao das hrnias:A fim de determinar e padronizar a teraputica, facilitar comunicao entre os cirurgies e comparar resultados de diferentes tcnicas.

16Classificao de Nyhus:Tipo I: hrnia Indireta com anel inguinal profundo normal (at 2cm)

Tipo II: hrnia Indireta com anel inguinal interno alargado mas parede posterior preservada

Tipo III: defeito na parede posteriorA- hrnia DiretaB- hrnia Indireta com alargamento do anel inguinal interno e destruio da parede posterior (Mista)C- hrnia Femoral

Tipo IV: hrnias recidivadas:A- Direta C- FemoralB- Indireta D- Mistas

Classificao das hrnias: Diagnstico predominantemente clnico incomum a solicitao de exames Complementares sendo a Ultrassonografia de parede abdominal a mais difundida e Tomografia Computadorizada e Ressonncia Magntica reservados apenas aos casos de dvida diagnstica ou diagnostico diferencial com outros patologias abdominais.Anamnese+Exame Fsico: S=75% E=96%;

18Diagnstico diferencial das massas abdominais inguinaisHidroceleVaricoceleAdenite inguinalLipomasTumores de testculoCisto SebceoHrnia femoral

HidroceleVaricoceleLipoma

Cisto de cordo espermticoExame clnico: AnamnesePesquisa de fatores desencadeantes, ou ainda presena de hrnia contralateral ou em outros orifcios hernirios.Fatores desencadeantes: Hipertrofia prosttica, ascite, tosse crnica,tumoraes abdominais volumosas, gestao

Queixas comunsDor mal definida em regio Inguinal associada aos esforosSensao de pesoAbaulamento da regio Inguinal que pode, ou no, retornar cavidade abdominalExame clnico: Anamnese

O paciente deve estar de p para que se observe abaulamento da regio inguinal sob duas condies: em repouso e durante a Manobra de Valsalva.Em seguida a identificao da hrnia deve-se definir se a hrnia Direta ou Indireta para isso utilizam-se algumas manobras importantes

Exame clnico: InspeoManobra de Valsalva

Exame clnico: diferenciando hrniasAtravs da palpao da bolsa escrotal, o examinador introduz o dedo na sua poro mais inferior e invagina ento o saco hernirio para o interior do canal inguinal at encontrar o orifcio inguinal Externo.Solicita-se que o paciente realize a Manobra de Valsava

Exame clnico: diferenciando hrniasCaso a protruso seja sentida na polpa digital, a partir do assoalho do canal inguinal, suspeita-se de hrnia DiretaCaso seja palpada protruso na ponta do dedo, suspeita-se hrnia como indireta

Manobra de Landivar: Palpao com ocluso do anel inguinal interno, na sua topografia cutnea combinada a manobras de aumento da presso abdominal;Aparecimento da hrnia>>> hrnia DiretaNo aparecimento >>> hrnia Indireta

Exame clnico: diferenciando hrnias

Cirrgico uma vez que a evoluo tende ao crescimento da hrnia e aumento da incidncia de complicaesConduta expectante ou Watchfull Waiting, sugerida aos pacientes idosos ou doentes assintomticos/oligoassintomticos(Sabinston Textbook of surgery, 19 edio- 2012)

TratamentoSituao clnica X TeraputicaA deciso quanto ao momento cirrgico adequado ou a tcnica a ser empregada dependem basicamente da situao clnica:

Hrnia redutvel: o saco hernirio retorna cavidade abdominal espontaneamente atravs de manobra manual ou de TaxeHrnia encarcerada: aquela cuja reduo impossvelObstruo intestinalHrnia estranguladaencarceramento leva ao comprometimento vascular, acompanhada de dor intensa e sinais flogsticos na regio, nuseas , vmitos, obstruo intestinal

Situaes clnicas X TeraputicaHrnia redutvel: programao de cirurgia eletivaHrnia encarcerada: excluda a presena de estrangulamento ou obstruo intestinal, Manobra de Taxe Analgesia venosa + posio de TrendelemburgCaso permanea irredutvel indicar tratamento cirrgico em carter de urgncia devido ao alto risco de estrangulamento.Hrnia estrangulada: indicao de cirurgia de emergncia j que estruturas intra abdominais esto em sofrimento isqumico

O quadro evolui com dor intensa e sinais flogsticos na regio Inguinal29Hrnia Estrangulada

Abordagem preferencialmente atravs da regio inguinal, o que permite a identificao da vscera isqumica seguida de enterectomia +hernioplastia.

A laparotomia exploradora indicada apenas nos casos de reduo indevida de saco hernirio estrangulado.Hernioplastia Abordagem anterior da regio InguinalInciso transversa ou oblquaAbertura dos planos subcutneo e do Oblquo ExternoCordo espermtico isolado da parede posterior e separado do saco hernirioReduo do saco hernirio DiretoAbertura do saco hernirio Indireto, reduo do contedo e ligadura alta prxima ao Anel Inguinal Interno e posterior resseco deste A forma de reforo da parede posterior o ele mento diferencial de cada tcnica:

Cirurgia: Reforo da parede posteriorTcnica de Bassini:Reforo realizado pela sutura do tendo Conjunto e do arco msculo aponeurtico do Transverso no ligamento inguinal a tcnica com o maior ndice de recidivashttp://mingaonline.uach.cl/scielo.php?pid=S0718-28642001000100017&script=sci_arttext

Cirurgia: Reforo da parede posteriorTcnica de ShouldiceReparo anatmico com menor ndice de recidiva, porm de maior complexidade, visto que se utiliza da imbricao de diversos planos de estruturas msculo aponeurticas

Tecnica q no usa protese reparo anatomico

Imbricao superposicao parcial dos planos musculares

33Cirurgia: Reforo da parede posteriorTcnica de Litchenstein ou Tension FreeA tela de polipropileno (Marlex) suturada ao longo do ligamento inguinal no tendo Conjunto e sob o Oblquo Interno feita abertura na tela para a passagem do cordo espermtico que "abraado" pela tela. ndice de recidiva menor que de tcnicas de reparo anatmico tecnicamente mais simples

Cirurgia: Reforo da parede posteriorTcnica de Stoppa:mtodo de reforo da parede abdominal com telaabordagem da regio inguinal pelo espao pr-peritonealaplicao de uma tela inabsorvvel de grandes propores entre a parede abdominal e o peritnioIndicao: hrnias bilaterais e recidivadas

indicadonos casos de hrnias bilaterais recidivadas, j que podemos atravs de uma nica inciso abordar toda a regio inguinal e fugir da fibrose e distoro anatmica de cirurgias anteriores

37Reparo LaparoscpicoReparo Pr Peritoneal Trans Abdominal (TAPP)Reparo Laparoscpico Extra Peritoneal Total (TEP)

Taxas de recidiva semelhantes s cirurgias convencionais

ComplicaesDe ferida operatria: seroma, hematoma, infecoUso de Antibioticoprofilaxia: ASA>3, Infeco crnica de pele, hrnia recidivadaIsqumicas: orquite isqumica por trombose no plexo Pampiniforme atrofia do rgoNeurolgicas: leso do nervo genitofemoral cursando com hiperestesia genital ; dor no hemiescroto e face interna da coxa ou grandes lbios. Dor crnica na virilha; seco, sutura ou grampo no nervo ilio inguinalRecidivas: condies que favorecem hrnias como hiperplasia prosttica ou tosse crnica devem ser tratadas antes da hernioplastiaLesao nervosa ocorre mais no reparo aberto e tb pode envolver nn ilio inguinal e ilio hipogastro Dor cronica na viriliha: complicao mais comum no tensionfree.

39Sabinston Textbook of surgery 18 ediohttp://www.who.int/surgery/Chapter8.pdfSens e esp do exame clinico: van den,Berg JC,de Valois,JC,Go,PM,Rosenbusch,G. Detection of groin hernia with physical examination,ultrasound,and MRI compared with laparoscopic findings. Invest Radiol 1999; 34:739http://education.surgery.ufl.edu/Lectures/Tension-Free_Hernioplasty.pdfhttp://mingaonline.uach.cl/scielo.php?pid=S0718-28642001000100017&script=sci_arttexthttp://saude.ig.com.br/noticias/h%C3%A9rnia/p1237807627951.htmlhttp://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-67202007000400001&script=sci_arttexthttp://www.portalesmedicos.com/publicaciones/articles/889/1/Caso-clinico-Conducta-a-seguir-ante-una-hernia-crural-irreductible.htmlMedcurso 2014-apostila 2 de cirurgia

Bibliografia: