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    Sri

    eEstudosePesquisas

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    PIB DA BAHIA 1995-2008A NOVA BASE DAS CONTAS REGIONAIS

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    Governo da Bahia

    Governo do Estado da BahiaJaques Wagner

    Secretaria do PlanejamentoAntnio Alberto Valena

    Superintendncia de Estudos Econmicos e Sociais da BahiaJos Geraldo dos Reis Santos

    Diretoria de Indicadores e EstatsticasGustavo Casseb Pessoti

    Ficha Tcnica

    Coordenao de Contas Regionais e Finanas PblicasJoo Paulo Caetano Santos

    Equipe Tcnica (Temtica)Denis Veloso da Silva

    Gustavo Casseb Pessoti

    Joo Paulo Caetano Santos

    Margarida Maria de Andrade

    Coordenao de Documentao e Biblioteca

    NormalizaoRaimundo Pereira Santos

    Coordenao de Disseminao de InformaesMrcia Santos

    Padronizao e Estilo

    Editoria de ArteElisabete Cristina Teixeira Barretto

    Aline Santana (estag.)

    Reviso de LinguagemCalixto Sabatini

    Produo ExecutivaMaria Eunice dos Santos Silva

    Projeto GrficoElisabete Cristina Teixeira Barretto

    Julio Vilela

    EditoraoLudmila Nagamatsu Dias

    Av. Luiz Viana Filho, 435, 2 andar CAB CEP 41750-002 Salvador Bahia

    Tel.: (71) 3315-4822 / 3115-4707 Fax: (71) 3116-1781

    www.sei.ba.gov.br [email protected]

    Superintendncia de Estudos Econmicos e Sociais da Bahia.

    Pib da Bahia 1995-2008: a Nova Base das Contas Regionais.

    Salvador: SEI, 2010.

    152 p. il. (Srie estudos e pesquisas, 85).

    ISBN 978-85-85976-78-1

    1. Produto interno bruto Bahia. 2. Contas Nacionais. I. Ttulo.

    II. Srie.

    CDU 330.552(813.8)

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    GRFICOS

    1. Estrutura por grandes setores, base velha Bahia 2005

    2 . Estrutura por grandes setores, base nova Bahia 2005

    3. Evoluo do PIB: Bahia 1995/2008

    4. Evoluo da indstria baiana de transformao segundo subsetores de atividade:

    out./dez. 2008/out./dez. 2007

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    TABELAS

    1. Produto Interno Bruto Base nova e base velha Bahia 2002-2006

    2. Taxa de crescimento e composio setorial Bahia 1996

    3. Ranking dos principais produtos da agricultura Bahia 1996

    4. Taxa de crescimento dos grandes setores Bahia e Brasil 1997

    5. Taxa de crescimento dos principais setores de atividade da economia baiana 1998

    6. Taxa de crescimento e composio setorial Bahia 1999

    7. Variao do PIB baiano e das suas principais atividades Bahia 2000/1999

    8. Rendimento, produo e rea plantada dos principais produtos agrcolas na Bahia e sua

    participao no total do Brasil 2000/2001

    9. Taxas de crescimento do PIB Bahia 2002

    10. Exportaes principais segmentos Bahia 2004/2005

    11. Taxa de crescimento do PIB segundo atividades Bahia 2003-2006

    12. Estrutura do Produto Interno Bruto segundo grandes setores da atividade econmica

    Bahia 2004/2006

    13. Desempenho do comrcio varejista segundo grupos de atividade Bahia jan./dez. - 2006

    14. Exportaes principais segmentos Bahia jan./dez. 2005/2006

    15. Estimativas de produo fsica, reas plantada e colhida e rendimento dos principais

    produtos agrcolas Bahia 2005/2006

    16. Comportamento do mercado de trabalho formal Bahia 2007

    17. Estimativas de produo fsica, reas plantada e colhida e rendimento dos principais

    produtos agrcolas 2006/2007 Bahia

    18. Desempenho comrcio varejista Bahia 2007

    19. Exportao principais segmentos Bahia 2006/2007

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    20. Investimentos industriais realizados por atividade econmica no estado da Bahia 2007

    21. Taxa de crescimento do Produto Interno Bruto a preo de mercado Bahia e Brasil 2008

    22. Taxa de crescimento dos principais setores do PIB Bahia 2008

    23. Estimativas de produo fsica, reas plantada e colhida e rendimento dos principais

    produtos agrcolas Bahia 2007/2008

    24. Comportamento do emprego formal por setor de atividade econmica Bahia dez.

    2008 jan.-dez. 2008

    25. Desempenho do comrcio varejista segundo grupos de atividades Bahia jan.-dez. 2008

    26. Exportaes principais segmentos Bahia jan./dez. 2007/2008

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    CONVENES

    - Dado numrico igual a zero no resultante de arredondamento.

    .. No se aplica dado numrico.

    ... Dado numrico no disponvel.

    x Dado numrico omitido a fim de evitar a individualizao da informao.

    0; 0,0; 0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de um dado nu-

    mrico originalmente positivo.

    -0; -0,0; -0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de um dado nu

    mrico originalmente negativo.

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    11 APRESENTAO

    13 CONTAS REGIONAIS

    17 ASPECTOS METODOLGICOS

    17 METODOLOGIA RETROPOLAO

    18 ESTRUTURA DO SISTEMA ESTATSTICO E AS CONTAS REGIONAIS

    20 Regionalizao das informaes das pesquisas econmicas do IBGE

    28 REGIONALIZAO DAS INFORMAES DA DECLARAO DE INFORMAES ECONMICO-FISCAIS DA

    PESSOA JURDICA (DIPJ)

    29 REGIONALIZAES ESPECIAIS

    30 Transporte, armazenagem e correio

    32 Telecomunicaes (classe 64.20)

    32 CLCULO DA FUNO DA PRODUO FAMILIAR

    34 METODOLOGIA DAS CONTAS REGIONAIS ANO BASE 2002

    34 Agropecuria

    39 Indstria

    45 Servios

    56 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS LQUIDOS DE SUBSDIOS

    59 UM RESGATE SOBRE AS PRINCIPAIS MODIFICAES METODOLGICAS DA NOVA SRIE DAS

    CONTAS REGIONAIS DO BRASIL ANO BASE 2002

    61 REBATIMENTOS EM MBITO REGIONAL

    65 CONSIDERAES FINAIS

    69 ANLISE CONJUNTURAL E ECONMICA (19952008)

    70 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 1995

    71 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 1996

    73 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 1997

    75 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 1998

    77 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 1999

    80 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2000

    85 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2001

    91 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2002

    96 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2003

    SUMRIO

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    98 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2004

    102 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2005

    104 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2006

    110 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2007

    117 AVALIAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO DA BAHIA EM 2008

    129 REFERNCIAS

    135 GLOSSRIO

    137 APNDICE TABELAS E GRFICOS DE RESULTADOS

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    APRESENTAO

    A Superintendncia de Estudos Econmicos e Sociais da Bahia (SEI), por meio da Coordenao

    de Contas Regionais, apresenta a Srie de Estudos e PesquisasPIB da Bahia 1995-2008: a nova

    base das contas regionais. Neste volume, so apresentados os resultados setoriais do ProdutoInterno Bruto do estado da Bahia relativos ao perodo 1995-2008.

    Os clculos ora divulgados foram elaborados sob os princpios e procedimentos metodol-

    gicos que norteiam a nova base (ano 2002) das contas regionais do Brasil.

    A srie 2002 das Contas Regionais tem sua metodologia e base de dados completamente

    integradas ao Sistema de Contas Nacionais do Brasil. Nela esto incorporados os resultados

    de pesquisas agropecurias, como o Censo Agropecurio 1995-1996, assim como as pesqui-

    sas econmicas anuais da Indstria, da Construo Civil, do Comrcio e dos Servios. Fazem

    parte, tambm, os levantamentos domiciliares, tais como a Pesquisa Nacional por Amostra

    de Domiclios (PNAD) e a Pesquisa de Oramentos Familiares (POF), realizadas pelo IBGE.Complementando, so agregadas as informaes da Declarao de Informaes Econmico-

    fiscais da Pessoa Jurdica (DIPJ), fornecidas pela Secretaria da Receita Federal. O nvel adotado

    de desagregao das atividades econmicas compatvel com a Classificao Nacional de

    Atividades Econmicas (CNAE 1.0). A sua divulgao est expressa em 17 atividades econ-

    micas, todas ajustadas com os dados do Brasil, em valores constantes e correntes.

    O perodo anterior ao ano de 2002, que retroage at 1995, fruto de um processo de retro-

    polao da srie, realizado pelo IBGE, em parceria com os demais institutos de estatstica

    do Brasil, entre os quais a SEI. Para tal, partiu-se desse novo marco referencial, ano 2002,

    no qual se incorporou a estrutura de pesos das atividades econmicas e os novos avanosmetodolgicos, aumentando-se a comparabilidade dos dois perodos, sempre levando em

    considerando o nvel de desagregao das informaes existentes e adequando o perodo

    retropolado nova estrutura das atividades econmicas calculada para 2002.

    Desta forma, foi possvel manter uma srie integrada das Contas Regionais desde o ano de

    1995, perodo estrategicamente escolhido para o incio da srie, em virtude das questes

    relativas inflao e estabilidade do padro monetrio brasileiro.

    As tabelas divulgadas nesta publicao compreendem informaes sobre a composio e

    evoluo do PIB da Bahia, calculadas com base em estatsticas sobre o valor bruto da produo,

    consumo intermedirio e valor adicionado bruto de cada atividade econmica.

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    Ademais do extenso acervo de dados estatsticos, relativos aos diversos setores produtivos

    da economia baiana, esse trabalho rene, ainda, as anlises anuais do desempenho do PIB

    da Bahia e aspectos conjunturais/estruturais que marcaram o perodo 1995-2008.Enfim, por meio desse estudo, a SEI torna disponvel para o pblico em geral, pesquisadores,

    estudantes das esferas pblica e privada e, principalmente, para o sistema de planejamento

    estadual um valioso instrumento de anlise da economia baiana, apresentado em uma srie

    contnua dos ltimos 14 anos.

    Gustavo Casseb Pessoti

    Diretor de Indicadores e Estatsticas

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    CONTAS REGIONAIS

    INTRODUO

    A disponibilidade de indicadores que retratam a realidade socioeconmica regional vem-seconstituindo numa necessidade cada vez maior para os responsveis pela formulao de

    polticas pblicas.

    O atual contexto de crescente globalizao das economias tem contribudo decisivamente

    para as constantes transformaes que vm ocorrendo no mbito das atividades produtivas e

    das estratgias competitivas das empresas. Estas, procurando acompanhar a tendncia atual

    de formao de blocos econmicos de pases, com reflexos sobre a especializao produtiva

    de cada unidade da Federao ou regio, precisam conhecer as informaes referentes

    performance e s capacidades das economias de cada unidade produtiva, para poder definir

    suas estratgias de expanso e de localizao.

    Da mesma forma, essas informaes tm sido demandadas pelos estudiosos dos problemas

    relacionados com a questo federativa, que procuram entender a dinmica dos desequilbrios

    regionais que caracterizam a economia brasileira.

    O trabalho da SEI desenvolvido em parceria com o IBGE e com os demais rgos estaduais

    de estatstica, para a construo de um sistema de contas por unidade da Federao, me-

    todologicamente integrado e, portanto, comparvel no tempo e no espao, atendendo

    demanda por informaes regionalizadas.

    Para isso, a metodologia adotada nas Contas Regionais foi uniformizada por unidade da Fe-

    derao e integrada metodologia adotada pelo IBGE no Sistema de Contas Nacionais.

    Em virtude das particularidades das unidades federativas, decidiu-se que, em sua primeira eta-

    pa, a estimao do Sistema de Contas Regionais deveria restringir-se elaborao, apenas, da

    conta de produo das principais atividades econmicas, em consonncia com a metodologia

    nacional, apresentando as informaes referentes ao processo de gerao da renda regional,

    cujo valor-sntese foi expresso pelo Produto Interno Bruto (PIB). A atual disponibilidade dos

    dados para cada unidade da Federao torna mais factvel calcular o PIB regional de acordo

    com a tica da produo, a qual determina que o valor agregado bruto resulta da diferena

    entre o valor bruto da produo e o respectivo consumo intermedirio.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    Apesar dos avanos ocorridos, havia a percepo de que era necessrio atualizar a base do

    Sistema de Contas Nacionais e, por conseguinte, das Contas Regionais. A recomendao in-

    ternacional que se atualize o ano-base das Contas Nacionais, no mximo, a cada dez anos,e o atual Sistema de Contas Nacionais do Brasil tinha como base o ltimo ano de realizao

    dos censos econmicos, isto , 1985. A atualizao de base tem como um dos objetivos fun-

    damentais a atualizao da base de ponderao, tanto para o Brasil como para as unidades

    da Federao.

    A atualizao de uma srie de Contas Regionais, usualmente referida como mudana de base,

    , normalmente, compreendida como a atualizao dos pesos das atividades econmicas

    adotados no clculo do PIB dos estados e de seus componentes a preos constantes de um

    determinado ano. Quando se realiza a chamada mudana de base, incorpora-se, tambm,

    nova classificao de bens e servios, novas fontes de dados e resultados de pesquisas re-alizadas, visando ao estabelecimento de marcos estruturais que sero referncias para os

    prximos anos.

    Em geral, a escolha do ano-base deve recair sobre um ano para o qual se disponha de dados

    suficientes para a construo, a partir de uma metodologia homognea, da conta de produ-

    o de todos os estados. As Contas Regionais do Brasil foram revisadas adotando o ano de

    2002 como referncia.

    A escolha de 2002 como ano de referncia deveu-se, dentre vrios fatores, ao fato de que

    a Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) passou a adotar uma nova classifi-

    cao de atividades Classificao Nacional de Atividades Econmicas (CNAE-Domiciliar),que uma adaptao da Classificao Nacional de Atividades Econmicas (CNAE) para as

    pesquisas domiciliares) , ficando compatvel com os anos subsequentes. Nesse mesmo

    ano, a Pesquisa Anual da Indstria da Construo (PAIC) passou a ter um perfil semelhante

    ao das outras pesquisas econmicas anuais do IBGE Pesquisa Industrial Anual-Empresa

    (PIA-Empresa), Pesquisa Anual de Comrcio (PAC) e Pesquisa Anual de Servios (PAS) , isto

    , com estrato amostral e estrato certo, deixando de ser um painel. Dispe-se, tambm, da

    Pesquisa Industrial Mensal (PIM) (de Emprego e Salrio e de Produo Fsica) e da Pesquisa

    Mensal de Comrcio (PMC), cujos ndices tm importncia de destaque na revelao do de-

    sempenho real das atividades industriais e comerciais, respectivamente, da quase totalidade

    das unidades da Federao.

    Essa nova possibilidade de utilizao dos dados estatsticos (uso dos valores correntes das

    pesquisas) um novo paradigma, na medida em que, para a maioria das atividades, no ha-

    ver mais o procedimento de clculo das variveis da conta de produo atravs do mtodo

    de extrapolao.

    Esta publicao est organizada em trs captulos. O primeiro aborda a metodologia de re-

    tropolao do IBGE e a relao entre a estrutura do sistema estatstico e as Contas Regionais,

    apresentando os procedimentos de regionalizao das pesquisas utilizadas para a construo

    dos seus agregados.

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    CONTASREGIONAIS

    No segundo captulo, apresentada uma anlise das principais modificaes metodolgicas

    da nova srie das Contas Regionais do Brasil. Finalmente, no terceiro captulo, apresentada

    uma anlise, com base em releases anuais, do PIB baiano desde 1995 at o ano de 2008, naqual so avaliados os principais aspectos dos setores da atividade econmica.

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    ASPECTOS METODOLGICOS1

    METODOLOGIA RETROPOLAO

    As Contas Regionais, com referncia em 2002, passaram a divulgar os seus resultadosem 17 atividades2econmicas, mais desagregados do que no ano de referncia 1985,

    que divulgava 153 atividades econmicas. Alm disso, algumas atividades foram

    reclassificadas, em virtude da atualizao da Classificao Nacional de Atividades Econmicas

    (CNAE 1.0).

    Para que a retropolao da srie com referncia 2002 pudesse ser realizada, observou-se a

    correspondncia entre as atividades das duas referncias (2002 e 1985). Neste sentido, a srie

    foi classificada em nove atividades econmicas: Agropecuria;Indstria extrativa;Indstria de

    transformao; Produo e distribuio de eletricidade e gs, gua, esgoto e limpeza urbana;

    Construo civil;Comrcio;Intermediao financeira, seguros e previdncia complementar e ser-

    vios relacionados;Administrao, sade e educao pblicas e seguridade social eDemais servios4.

    A correspondncia entre as atividades encontra-se em anexo.

    A retropolao das Contas Regionais do novo ano de referncia foi estimada a partir do

    ano de 2002, retrocedendo at 1995, admitindo-se que as variaes em volume e preo das

    atividades na classificao proposta, entre 1995 e 2002, se mantiveram inalteradas. Os re-

    sultados obtidos foram ajustados s Contas Nacionais tanto em valores constantes quanto

    orrentes, considerando sua srie retropolada5(1995 e 2001).

    1 Estes foi retirado da srie Relatrios Metodolgicos n. 37 publicada pelo IBGE.2

    As atividades so:Agricultura, silvicultura e explorao florestal;Pecuria e pesca; Indstria extrativa;Indstria de transformao;Construo civil;Produo e distribuio de eletricidade e gs, gua, esgoto e limpeza urbana;Comrcio e servios de manutenoe reparao;Servios de alojamento e alimentao;Transportes, armazenagem e correio;Servios de informao;Interme-diao financeira, seguros e previdncia complementar e servios relacionados;Servios prestados s famlias e associativas;Servios prestados s empresas;Atividades imobilirias e aluguis;Administrao, sade e educao pblicas e seguridade so-cial;Sade e educao mercantis;e Servios domsticos.

    3 As atividades so: Agropecuria;Indstria extrativa mineral;Indstria de transformao;Eletricidade, gs e gua;Constru-o;Comrcio e reparao de veculos e de objetos pessoais e de uso domstico;Alojamento e alimentao;Transpor-tes e armazenagem;Comunicaes;Intermediao financeira;Atividades imobilirias, aluguis e servios prestados sempresas;Administrao pblica, defesa e seguridade social;Sade e educao mercantis;Outros servios coletivos, sociais epessoais;e Servios domsticos.

    4 Demais servios compreendem Servios de manuteno e reparao; Servios de alojamento e alimentao;Transpor-tes, armazenagem e correio;Servios de informao;Servios prestados s famlias e associativos;Servios prestados sempresas;Atividades imobilirias e aluguis;Sade e educao mercantis;e Servios domsticos.

    5

    Recomenda-se a leitura da Nota Metodolgica N 22 do Sistema de Contas Nacionais Reviso da Srie 1995-1999 (retro-polao) disponvel em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/pdf/22_retropolacao.pdf.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    A estimao dos valores constantes para cada atividade, ou seja, os valores aos

    preos do ano anterior, foi realizada deflacionando o valor adicionado bruto corrente do ano T

    considerando o respectivo ndice de preo para o ano de T-1 da srie com referncia em 1985.Esquematicamente:

    Valor adicionado bruto apreos constantes de T-1

    Valor adicionado brutocorrente do ano T

    ndice de preo do valoradicionado bruto do ano T-1

    Por analogia, o clculo do valor corrente do ano anterior (T-1) foi retropolado aplicando-se

    ao valor adicionado bruto de T aos preos de T-1 (valor constante de T) seu respectivo ndice

    de volume da srie de referncia em 1985. Assim:

    Valor adicionado brutocorrente do ano T-1

    Valor adicionado bruto apreos constantes de T-1

    ndice de volume do valoradicionado bruto do ano T-1

    O procedimento acima esquematizado foi realizado at o primeiro ano da srieregional retropolada (1995), sendo, em seguida, ajustado srie retropolada das Con-

    tas Nacionais. A diferena encontrada, em valores correntes e constantes, por atividade

    econmica, foi distribuda, segundo a nova estrutura de pesos, entre as unidades da

    Federao.

    A estimativa da srie retropolada dos impostos, lquidos de subsdios, sobre produtos,

    incluiu o valor da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que era

    considerado imposto sobre a atividade na referncia 1985 e que passou a ser considerado

    como imposto sobre produto na base 2002. O clculo dos valores constantes dos impostos

    entre 2001 e 1995 foi estimado com base na metodologia da srie com referncia em 2002.Neste sentido, foi possvel encadear as sries em valores constantes e correntes, para o valor

    adicionado bruto a preo bsico, total e as nove atividades, para os impostos, lquidos de

    subsdios, sobre produto e para o Produto Interno Bruto a preo de mercado, alm do clculo

    do Produto Interno Bruto per capita, para todas as unidades da Federao.

    ESTRUTURA DO SISTEMA ESTATSTICO E AS CONTAS REGIONAIS

    O programa de modernizao das estatsticas econmicas, a cargo do IBGE, est apoiado na

    convico de que a melhor informao produzida por uma instituio de estatstica aquela

    que til para a sociedade. Essa utilidade, por sua vez, est relacionada com o custo de sua

    preparao e com o tempo gasto para sua divulgao.

    Para alcanar esses novos objetivos, o IBGE priorizou a realizao de pesquisas anuais por

    amostragem, assim como recorreu ao uso de registros administrativos, tanto para manter

    seus cadastros de empresas atualizados, quanto para obter informaes socioeconmicas

    e contbeis.

    A fim de viabilizar o novo sistema estatstico, foi implantado o Cadastro Central de Empresas

    (Cempre), que rene todas as empresas juridicamente constitudas, isto , as empresas do setor

    formal. Consequentemente, esse modelo deixa de lado as unidades produtivas organizadas

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    em moldes familiares, ou seja, que atuam na economia sem a necessidade de organizao

    da sua atividade sob a forma de empresa.

    Essa nova orientao implica alteraes importantes na construo das Contas Nacionais eRegionais, na medida em que as fontes para a estimativa das atividades com forte presena

    de pequenas empresas e unidades familiares de produo so distintas das usadas para

    avaliar as atividades realizadas por grandes empresas. O recurso a fontes domiciliares cada

    vez mais frequente, embora a disponibilidade no seja igual para todos os estados (para a

    Regio Norte, at 2004, ainda no se dispunha de amostra na Pesquisa Nacional por Amos-

    tra de Domiclios (PNAD) para a sua rea rural). Brevemente, contar-se- com uma pesquisa

    domiciliar contnua, em fase de desenvolvimento pelo IBGE, que trar avanos para a anlise

    dos setores de produo ligados s famlias.

    No que diz respeito ao Cempre, do IBGE, cada empresa foi identificada a partir das seguintesinformaes cadastrais:

    a) Endereo.

    b) CNPJ.

    c) Cdigo de atividade econmica.

    d) Dados econmicos: receita de venda de bens e servios e pessoal ocupado. As empresas

    deste cadastro foram agrupadas de acordo com os grandes grupos de atividade (Indstria,

    Comrcio,Transporte,Construo,Serviose outros). A partir da montagem do cadastro,

    o IBGE no realizou mais censos quinquenais, mas sim pesquisas anuais por amostra, deforma a produzir informaes atualizadas e uniformes ao longo dos anos.

    A introduo das pesquisas anuais do IBGE no escopo de trabalho das Contas Nacionais e

    Regionais foi a mudana mais significativa no processo de produo dos agregados macroe-

    conmicos. As pesquisas econmicas, por serem anuais, atualizam automaticamente o perfil

    econmico regional, no sendo mais necessrias revises do ano de referncia para corrigir

    eventuais desvios da realidade, em virtude das mudanas na estrutura econmica. Desta

    forma, so obtidos os dados do valor bruto da produo e do consumo intermedirio sem

    necessidade de estimar os anos correntes, extrapolando por ndices de preo e de volume.

    As pesquisas econmicas por amostragem so realizadas com a finalidade de coletar infor-maes anuais relacionadas com a renda gerada (valor adicionado) nas unidades produtivas,

    a composio dessa renda, o emprego e a formao de capital. As unidades informantes

    dessas pesquisas so selecionadas a partir do Cempre, e seu desenho amostral distingue

    dois estratos:

    Estrato certo: composto pelas empresas com porte acima de determinado corte, segundo

    o nmero total de pessoas ocupadas na empresa (20 no Comrcioe nos Servios, e 30 na

    Indstriae na Construo civil), as quais so investigadas censitariamente.

    Estrato amostral: composto pelas empresas abaixo dos cortes anteriormente referidos, as

    quais so selecionadas por critrios de amostragem probabilstica.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    As amostras foram desenhadas por classe ou grupo da Classificao Nacional de Atividades

    Econmicas (CNAE 1.0), para garantir representatividade nacional s pesquisas anuais, podendo

    tambm gerar informaes representativas para alguns estados ou regies.Alm dos resultados das pesquisas econmicas do IBGE Pesquisa Industrial Anual-Empresa

    (PIA-Empresa), Pesquisa Anual da Indstria da Construo (PAIC), Pesquisa Anual de Comr-

    cio (PAC) e Pesquisa Anual de Servios (PAS) , as Contas Nacionais e Regionais passaram a

    incorporar os dados da Declarao de Informaes Econmico-fiscais da Pessoa Jurdica (DIPJ),

    obtidos pela Secretaria da Receita Federal, para complementar o universo das empresas.

    Regionalizao das informaes das pesquisas econmicas do IBGE

    No modelo atual das Contas Regionais, baseado nas pesquisas anuais do IBGE, a informao mais

    completa refere-se s empresas e, no caso da PIA-Empresa, tambm s suas unidades locais. Este

    modelo tem como vantagem o melhor conhecimento sobre os fatores produtivos necessrios

    para construo dos agregados com base nos dados contbeis das empresas, que, em ltima

    instncia, a informao mais prxima da sua estrutura administrativa e organizacional.

    No modelo anterior, baseado em censos, a informao servia melhor no que tange regio-

    nalizao, j que advinha do estabelecimento, que poderia no estar na mesma unidade da

    Federao da sede da empresa. No entanto, era mais difcil ao informante, j que ele teria que

    fornecer os dados em formato no habitual ao seu padro contbil.

    Para melhor adaptar as Contas Regionais ao novo modelo e por saber que se impem algu-

    mas limitaes no que concerne regionalizao, foi necessrio desenvolver alguns critrios

    para regionalizar os agregados com base em informaes fornecidas pelas pesquisas. Esses

    critrios diferem conforme a pesquisa.

    Pesquisa Industrial Anual-Empresa (Pia-Empresa)

    A pesquisa tem por objetivo identificar as caractersticas estruturais bsicas do segmento

    empresarial da atividade industrial6no pas, bem como sua distribuio espacial e as trans-

    formaes no tempo, atravs de levantamentos anuais, tomando como base uma amostra

    de empresas industriais. O mbito da PIA-Empresa inclui as empresas sediadas no territrio

    nacional, com cinco ou mais pessoas ocupadas em 31 de dezembro do ano de referncia do

    cadastro bsico de seleo da pesquisa.

    O estrato final certo formado pelas empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, e o estrato

    final amostrado, pelas empresas com cinco a 29 pessoas ocupadas.

    A pesquisa est organizada num esquema de unidades mltiplas com identificao das uni-

    dades locais, tendo a empresa como unidade central de investigao e ncleo em torno do

    6 Fazem parte do mbito da pesquisa as empresas que tm atividade principal compreendida nas sees C e D (indstriasextrativas e indstrias de transformao, respectivamente) da CNAE 1.0. Para maiores detalhes, ver o item Notas tcnicas

    da publicao Pesquisa Industrial 2006, n. 1: Empresa, divulgada em 2008.

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    qual se articulam as unidades. Para as empresas com mltiplas localizaes e/ou mltiplas

    atividades econmicas7, completa-se o enfoque centralizado na empresa com a identificao

    das unidades locais, por localizao geogrfica e atividade principal exercida, e a informaode um conjunto limitado de variveis referentes s atividades nelas exercidas. com base

    nessas informaes que foram criados os mtodos de regionalizao.

    O valor da produo (VP) e o consumo intermedirio (CI) foram estimados a partir da compati-

    bilizao das variveis contbeis constantes no questionrio da pesquisa com os conceitos do

    Sistema de Contas Nacionais, segundo as recomendaes internacionais contidas no manual

    System of National Accounts 1993(SNA 93).

    (A) Tratamento das empresas do estrato amostral com dados expandidos.

    Neste conjunto, a unidade de investigao a empresa e no h informao de unidade

    local, portanto seus agregados so autorregionalizveis.

    (B) Tratamento das empresas do estrato certo.

    Neste conjunto de empresas, so pesquisadas informaes para suas unidades locais e se

    podem identificar dois subconjuntos: empresas com unidades locais classificadas na mesma

    CNAE e localizadas em uma nica unidade da Federao; e empresas com unidades locais

    classificadas em CNAE diferentes e/ou localizadas em mais de uma unidade da Federao.

    (B.1) Empresas com unidades locais classificadas na mesma CNAE e localizadas em uma nica

    unidade da Federao.

    As empresas pertencentes a este conjunto foram tratadas como empresas de atuao

    nica, no sendo necessria a utilizao de qualquer critrio de rateio.

    (B.2) Empresas com unidades locais classificadas em CNAE diferentes e/ou localizadas em mais

    de uma unidade da Federao.

    As variveis destas empresas foram rateadas de acordo com as informaes de suas unidades

    locais, que permitiram criar uma funo de produo para cada unidade local. A partir dessas

    funes de produo, foi construda estrutura por unidade local para ratear cada agregado da

    empresa: valor da produo (VP), consumo intermedirio (CI) e valor adicionado (VA). Essas

    estruturas foram aplicadas conforme os seis mtodos seletivos descritos a seguir.

    Clculo I dos parmetros de rateio com base nos dados das unidades locais

    VPaux = V0196 + V0197 + V0198 + V0200 - V0199 (1)

    VClaux = V0201 + V0202 + V0203 (2)

    VAaux = VPaux - CIaux (3)

    SALaux = V0195 (4)

    POaux = V0194 (5)

    7 Embora a pesquisa tenha como mbito empresas que tm atividade principal compreendida nas sees C e D da CNAE

    1.0, suas unidades locais podem estar classificadas em outras sees.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    Em seguida, calculou-se para cada varivel da unidade local a sua participao no somatrio

    das unidades locais da empresa e se utilizou esta estrutura para ratear os agregados das

    empresas pelas unidades locais, como segue:Mtodo 1: Rateio por valor da produo e consumo intermedirio.

    VPUL = VP* ( ) (6)

    CIUL = CI*( ) (7)

    VAUL = VPUL - CIUL (8)

    VPaux

    CIaux

    CIaux

    CIaux

    Mtodo 2: Rateio por valor adicionado e consumo intermedirio.

    VAUL = VA* ( ) (9)

    CIUL = CI*( ) (10)

    VPUL = VAUL + CIUL (11)

    VAaux

    VAaux

    CLaux

    CIaux

    Aps esses dois mtodos de rateio, fazem-se testes verificando qual mtodo gera menor valor

    adicionado negativo, optando-se por este. As empresas que tm valor adicionado positivoe que apresentam unidade local com valor adicionado negativo nos dois mtodos foram

    separadas e passaram para os mtodos seguintes. A hiptese foi de que essas empresas no

    apropriam adequadamente os custos quando as unidades locais transferem seus produtos

    para a ponta da cadeia, ou seja, esto subvalorando as transferncias. Neste caso, as unidades

    locais industriais apresentam valor adicionado negativo, enquanto as unidades locais comer-

    ciais, valor adicionado positivo. As empresas que apresentam unidades locais agrcolas tm

    valor adicionado negativo, e as industriais, valor adicionado positivo.

    Com base nesta hiptese, calcularam-se novos parmetros de rateio com os dados das unidades

    locais, compondo o valor da produo da unidade local por seus custos, mais salrios e encargos, e

    se calculou o somatrio das transferncias destas unidades locais, distribuindo pelas unidades locais

    com valor adicionado positivo, de acordo com a receita lquida de vendas de cada unidade local.

    Clculo II dos parmetros de rateio com base nos dados das unidades locais

    TRANSF = V0201 + V0202 + V0203 + SALUL + ENC.SOCIAIS.UL - (V0196 + V0197 + V0198) -

    (V0200 - V0199) (12)

    PVENDA = (V0197 + V0198)/(V0197 +V0198) (13)

    VPaux = V0196 + V0197 + V0198 + V0200 - V0199 (14)

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    CIaux = TRANSF*PVENDA + V0201+ V0202+ V0203 (15)

    VAaux = VPaux - CIaux (16)

    Mtodo 3: Rateio por valor da produo e consumo intermedirio.

    VPUL = VP* (VPaux/VPaux) (17)

    CIUL = CI*(CLaux/CIaux) (18)

    VAUL = VPUL - CIUL (19)

    VAUL = VA*(VAaux/VAaux) (20)

    Mtodo 4: Rateio por valor adicionado e consumo intermedirio.

    CIUL = CI* (CIaux/CIaux) (21)

    VPUL = VAUL + CIUL (22)

    Mtodo 5: Rateio por valor adicionado e consumo intermedirio.

    VAUL = VA* (VPaux/VPaux) (23)

    CIUL = CI*(CIaux/CIaux) (24)

    VPUL = VAUL + CIUL (25)

    Mtodo 6: Rateio do valor adicionado por participao dos salrios

    VAUL = VA* (SALaux/SALaux) (26)

    CIUL = CI*(CIaux/CIaux) (27)

    VPUL = VAUL + CIUL (28)

    Aps realizar os quatro tipos de rateio, eleito o que tornar o valor adicionado das unidades

    locais positivo ou gerar o menor valor adicionado negativo possvel.

    Pesquisa Anual de Comrcio (PAC)

    A pesquisa tem por objetivo identificar as caractersticas estruturais bsicas do segmento

    empresarial da atividade de comrcio8no pas, bem como sua distribuio espacial e as trans-

    formaes no tempo, atravs de levantamentos anuais, tomando como base uma amostra

    de empresas comerciais. O mbito da PAC inclui as empresas sediadas no territrio nacional.

    Especificamente para as unidades da Federao da Regio Norte (Rondnia, Acre, Amazonas,

    8 Fazem parte do mbito da pesquisa as empresas com atividade principal classificada na Seo G (Comrcio, reparao deveculos, objetos pessoais e domsticos) da CNAE 1.0, excluindo os seguintes segmentos: Servios de manuteno e repara-o de veculos e motocicletas, Reparao de objetos pessoais e domsticose Representantes comerciais e agentes do comrcio.

    Para maiores detalhes, ver o item Notas tcnicas da publicao Pesquisa Anual de Comrcio 2006, divulgada em 2008.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    Roraima, Par, Amap e Tocantins), so consideradas apenas as empresas que esto sediadas

    nos municpios das capitais, com exceo do Par, onde so consideradas aquelas que esto

    sediadas nos municpios da Regio Metropolitana de Belm.O estrato final certo formado pelas empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, cabendo

    ressaltar que empresas com menos de 20 pessoas ocupadas no cadastro bsico de seleo

    so includas no estrato certo quando apresentam receita no mesmo patamar das empresas

    do estrato certo da pesquisa do ano anterior. O estrato final amostrado formado pelas em-

    presas com menos de 20 pessoas ocupadas.

    A unidade de investigao da PAC a empresa, o que gerou a necessidade do estabelecimento

    de critrios de rateio para as empresas que atuam em mais de uma unidade da Federao.

    A construo dos agregados, por empresa, do valor da produo (VP), consumo intermedirio

    (CI) e valor adicionado (VA) foi elaborada de acordo com os conceitos do Sistema de Contas

    Nacionais.

    Os mtodos de regionalizao das informaes das empresas foram estabelecidos com base nas

    variveis do Bloco III Dados de Regionalizao dos questionrios de ambos os estratos da pes-

    quisa, especificamente salrios, retiradas e outras remuneraes; e receita bruta de revenda.

    Mtodo 1: Tem-se, por hiptese, que a relao entre o valor da produo e a receita bruta de re-

    venda da empresa foi a mesma para todas as unidades da Federao em que a empresa atua.

    VPUF= receita.bruta.revenda.UF* (29)

    VAUF = ( ) * VA (30)

    CIUF = VPUF+ VAUF (31)

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    VP

    rec.bruta.revenda.emp.

    Mtodo 2: Nos casos em que a varivel receita bruta de revenda no foi informada para de-

    terminada unidade da Federao, o rateio tem como hiptese que a relao tcnica de custos

    e receitas da empresa (consumo intermedirio/valor da produo) foi a mesma para todas as

    unidades da Federao de atuao.

    VPUF = * VP (32)

    VAUF = * VA (33)

    CIUF = VPUF - VAUF (34)

    VAUF

    1 - CI

    VP

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    Pesquisa Anual de Servios (PAS)

    A pesquisa tem por objetivo identificar as caractersticas estruturais bsicas do segmento em-

    presarial da atividade de servios no financeiros9no pas, bem como sua distribuio espaciale as transformaes no tempo, atravs de levantamentos anuais, tomando como base uma

    amostra de empresas do setor. O mbito da PAS inclui as empresas sujeitas ao regime jurdico

    das entidades empresariais, excluindo-se, portanto, rgos da administrao pblica direta

    e instituies privadas sem fins lucrativos, sediadas no territrio nacional. Especificamente

    para as unidades da Federao da Regio Norte (Rondnia, Acre, Amazonas, Roraima, Par,

    Amap e Tocantins), so consideradas apenas as empresas que esto sediadas nos municpios

    das capitais, com exceo do Par, onde so consideradas aquelas que esto sediadas nos

    municpios da Regio Metropolitana de Belm.

    O estrato final certo formado pelas empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas e, no casoda atividade de servios de publicidade, pela empresas com 15 ou mais pessoas ocupadas.

    Tambm inclui as empresas que no cadastro bsico de seleo possuem menos de 20 pessoas

    ocupadas e atuam em mais de uma unidade da Federao. Cabe ressaltar que empresas com

    menos de 20 pessoas ocupadas no cadastro bsico de seleo so includas no estrato certo

    quando apresentam receita no mesmo patamar das empresas do estrato certo da pesquisa do

    ano anterior. O estrato final amostrado formado pelas empresas com menos de 20 pessoas

    ocupadas e que atuam em apenas uma unidade da Federao.

    A unidade de investigao da PAS a empresa, o que gerou a necessidade de regionalizao

    das informaes por unidade da Federao de atuao.A construo dos agregados, por empresa, do valor da produo (VP), consumo intermedirio

    (CI) e valor adicionado (VA) foi elaborada de acordo com os conceitos do Sistema de Contas

    Nacionais.

    Os mtodos de regionalizao das informaes das empresas foram estabelecidos com base nas

    variveis do Bloco III Dados de Regionalizao do questionrio da pesquisa, especificamente as

    variveis salrios, retiradas e outras remuneraes; e receita bruta de prestao de servios.

    Mtodo 1: Existindo informao das variveis referentes a salrios, retiradas e outras remunera-

    es e receita bruta de prestao de servios no ano, para as mesmas unidades da Federao.

    VAUF = * VA (35)

    VAUF = * VP (36)

    CIUF = VPUF - VAUF (37)

    RECEITA.UF

    RECEITA.UF

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    9 Fazem parte do mbito da pesquisa as empresas que tm atividade principal compreendida em um conjunto de ativi-dades com caractersticas econmicas diversificadas e genericamente referidas como setor produtor de servios, corres-pondendo a vrias sees da CNAE 1.0. Para maiores detalhes, ver o item Notas tcnicas da publicao Pesquisa Anual

    de Servios 2006, divulgada em 2008.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    Mtodo 2: Existindo informao de receita bruta de prestao de servios para mais

    unidades da Federao de atuao do que a informao de salrios, retiradas e outras

    remuneraes.

    VAUF = * VA (38)

    VPUF = * VP (39)

    CIUF = VPUF - VAUF (40)

    RECEITA.UF

    RECEITA.UF

    RECEITA.UF

    RECEITA.UF

    Mtodo 3: Existindo informao de salrios, retiradas e outras remuneraes para mais

    unidades da Federao de atuao do que a informao de receita bruta de prestao deservios.

    VAUF = * VA (41)

    VPUF = * VP (42)

    CIUF = VPUF - VAUF (43)

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    Pesquisa Anual da Indstria da Construo (PAIC)

    A pesquisa tem por objetivo identificar as caractersticas estruturais bsicas do segmento

    empresarial da atividade de construo10no pas, bem como sua distribuio espacial e as

    transformaes no tempo, atravs de levantamentos anuais, tomando como base uma amos-

    tra de empresas de construo. O mbito da PAIC inclui as empresas sediadas no territrio

    nacional, com pelo menos uma pessoa ocupada em 31 de dezembro do ano de referncia

    do cadastro bsico de seleo da pesquisa.

    O estrato final certo formado pelas empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, e o estrato

    final amostrado, pelas empresas com menos de 30 pessoas ocupadas.

    Os mtodos de rateio dos agregados valor da produo (VP), consumo intermedirio (CI)

    e valor adicionado (VA) da empresa foram realizados com base nas variveis do Bloco IV

    Regionalizao das Informaes do questionrio da pesquisa, especificamente as variveis

    obras e/ou servios da construo executados no ano; custos das obras e/ou servios da

    construo; e salrios, retiradas e outras remuneraes. Foram adotados seis mtodos sele-

    tivos, descritos a seguir.

    10 Fazem parte do mbito da pesquisa as empresas que tm atividade principal compreendida na Seo F (Construo)da CNAE 1.0. Para maiores detalhes, ver o item Notas tcnicas da publicao Pesquisa Anual da Indstria da Construo

    2006, divulgada em 2008.

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    Mtodo 1: Regionalizao do valor da produo e do consumo intermedirio, existindo

    informao para as mesmas unidades da Federao de custos das obras e/ou servios da

    construo e obras e/ou servios da construo executados no ano.

    VPUF= * VP (44)

    CIUF = * CI (45)

    VAUF = VPUF- CIUF (46)

    obras e/ou servios de construo executados no ano.UF

    obras e/ou servios de construo executados no ano.UF

    custo das obras e/ou servios da construo.UF

    custo das obras e/ou servios da construo.UF

    Mtodo 2: Regionalizao do valor adicionado e valor da produo, existindo informao para

    as mesmas unidades da Federao de obras e/ou servios da construo executados no anoe salrios, retiradas e outras remuneraes.

    VPUF= * VP (47)

    VAUF = * VA (48)

    CIUF = VPUF+ VAUF (49)

    obras e/ou servios de construo executados no ano.UF

    obras e/ou servios de construo executados no ano.UF

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    Mtodo 3: Regionalizao do valor adicionado e consumo intermedirio, existindo informaopara as mesmas unidades da Federao de custos das obras e/ou servios da construo e

    salrios, retiradas e outras remuneraes.

    VAUF = * VA (50)

    CIUF= * CI (51)

    VPUF = CIUF+ VAUF (52)

    custo das obras e/ou servios de construo.UF

    custo das obras e/ou servios de construo.UF

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    No caso de no existir informao de salrios, retiradas e outras remuneraes, custos das obras

    e/ou servios da construo e obras e/ou servios da construo executados no ano para as

    mesmas unidades da Federao, utilizou-se a mesma varivel para a repartio dos agregados

    da empresa considerando a varivel informada para o maior nmero de unidades da

    Federao.

    Mtodo 4: Regionalizao do valor da produo e do consumo intermedirio. Quando a in-

    formao da varivel obras e/ou servios da construo executados no ano ocorrer em maior

    nmero das unidades da Federao, esta informao prevalecer sobre as unidades da Fede-

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    rao que apresentarem menor incidncia das demais variveis (salrios, retiradas e outras

    remuneraes e custos das obras e/ou servios da construo).

    VPUF= * VP (53)

    VPUF = * VP (54)

    VAUF = VPUF- CIUF (55)

    obras e/ou servios de construo executados no ano.UF

    obras e/ou servios de construo executados no ano.UF

    obras e/ou servios de construo executados no ano.UF

    obras e/ou servios de construo executados no ano.UF

    Mtodo 5: Regionalizao do valor da produo e do consumo intermedirio, existindo in-

    formao de custos das obras e/ou servios da construo para mais unidades da Federao

    que as demais variveis (salrios, retiradas e outras remuneraes e obras e/ou servios daconstruo executados no ano).

    CIUF= * VP (56)

    CIUF = * VP (57)

    VAUF = VPUF- CIUF (58)

    custo das obras e/ou servios de construo.UF

    custo das obras e/ou servios de construo.UF

    custo das obras e/ou servios de construo.UF

    custo das obras e/ou servios de construo.UF

    Mtodo 6: Regionalizao do valor da produo e do valor adicionado, existindo informaode salrios, retiradas e outras remuneraes para mais unidades da Federao que as demais

    variveis (custos da obras e/ou servios da construo e obras e/ou servios da construo

    executados no ano).

    VPUF = * VA (59)

    VAUF = * VA (60)

    VAUF = VPUF - CIUF (61)

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    SALRIO.UF

    REGIONALIZAO DAS INFORMAES DA DECLARAO DE INFORMAES ECON-MICO-FISCAIS DA PESSOA JURDICA (DIPJ)

    As informaes da DIPJ so disponibilizadas pela Secretaria da Receita Federal e agrupadas

    por atividade econmica, de forma a no identificar o informante. Os dados da DIPJ, alm de

    complementar o universo das empresas, tambm foram utilizados para fornecer informaes

    para os segmentos que estavam fora do mbito das pesquisas: no caso da PIA-Empresa, as

    empresas industriais com at quatro pessoas ocupadas; no caso da PAC e da PAS, as em-

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    presas do interior da Regio Norte do Brasil; e as atividades no cobertas pelas pesquisas

    econmicas11da SEI.

    Os agregados de valor da produo, consumo intermedirio e valor adicionado por atividadeeconmica, obtidos atravs das informaes da DIPJ, podem ser tabulados por unidade da

    Federao, identificando-se se so referentes a empresas que atuam em apenas uma unidade

    da Federao ou em mais de uma unidade, mas sem identificar em quais unidades atuam.

    Para as Contas Regionais, somente foram adicionados os valores referentes parcela passvel

    de identificao da unidade da Federao de atuao, ou seja, adicionaram-se os agregados

    relacionados s empresas que atuam somente em uma unidade da Federao.

    REGIONALIZAES ESPACIAIS

    Para as empresas classificadas nas atividades de transporte, armazenagem e correio e servios

    de informao, especificamente telecomunicaes (classe 64.20 da CNAE 1.0), investigadas

    pela PAS, foram aplicados critrios distintos dos definidos acima para a regionalizao de seus

    agregados. Esses critrios encontram-se a seguir.

    Transporte, armazenagem e correio

    Transporte, armazenagem e correio abrangem as atividades relacionadas com o transporte,

    por conta de terceiros, por rodovias, ferrovias, gua, ar e dutos; a atividade de armazenagem

    de mercadorias e o correio. O transporte compreende as atividades realizadas por empresas

    e transportadores autnomos de carga, de mudanas e de passageiros.

    A construo das Contas Regionais esbarra em grandes dificuldades de ordem metodolgica

    para definir e calcular o conceito de produo regional da atividade de transporte. A natureza

    da prestao dos servios cria uma contradio entre a prpria atividade de transporte e as

    Contas Regionais.

    Enquanto o transporte se caracteriza por prestar o servio de deslocamento de pessoas e

    mercadorias no espao territorial, a noo de Contas Regionais busca delimitar o espao

    territorial onde se efetua a produo.

    Objetivando contornar esse problema, a avaliao do conceito de produo regional dostransportes deve levar em considerao a residncia do produtor, o local onde a atividade

    realizada e o ponto de partida e chegada da mercadoria ou do passageiro. Cada caso exigir

    um tratamento particular. As empresas que operam em apenas uma unidade da Federao

    tm os seus dados automaticamente regionalizados pelos levantamentos da PAS. Entretanto,

    quando a prestao de servios ocorre em mais de uma unidade da Federao, o tratamento

    11 Para maiores detalhes, ver: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Sistema de contas nacionais: Bra-sil, referncia 2000. Nota metodolgica no03: base de dados (verso para informao e comentrios): verso 1. Riode Janeiro: IBGE, 2006. Disponvel em: . Acesso em: out. 2008.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    diferenciado, por modal, tendo-se que utilizar informaes regionais que servem de pon-

    derao para a distribuio dos servios pelas diversas unidades da Federao.

    O segmento de transporte corresponde aos modais ferrovirio; rodovirio; aquavirio; areo;atividades anexas e auxiliares dos transportes e agncias de viagem; dutovirio; e correio.

    Cada modal recebeu um ou mais critrios de regionalizao.

    Transporte ferrovirio

    Transporte ferrovirio interurbano (classe 60.10): as empresas classicadas nesta CNAE tm

    a identificao da malha ferroviria em que atuam e seus agregados (valor da produo e

    consumo intermedirio) so particionados entre os estados, de acordo com a extenso da

    malha que passa em seu territrio.

    Transporte ferrovirio de passageiros, urbano e transporte metrovirio (classes 60.21

    e 60.22): para regionalizar as informaes das empresas que operam em mais de uma

    unidade da Federao, so utilizados os dados de passageiros transportados obtidos nos

    balanos contbeis.

    Transporte rodovirio

    Transporte rodovirio de cargas, em geral (classe 60.26), transporte rodovirio de produtos

    perigosos (classe 60.27) e transporte rodovirio de mudanas (classe 60.28): so regionali-

    zados com base nas informaes da Confederao Nacional do Transporte (CNT), quanto

    tonelada de carga embarcada por estado.

    Transporte rodovirio de passageiros, regular, no urbano (classe 60.24): tiveram suas es-

    truturas de partio elaboradas com base no ndice construdo, por estado, o qual levou em

    considerao a distncia percorrida dividida pelo nmero de viagens, sendo este resultado

    multiplicado pelo nmero de passageiros transportados.

    Transporte rodovirio de passageiros, regular, urbano (classe 60.23), transporte rodovirio

    de passageiros, no regular (classe 60.25) e transporte regular em bondes, funiculares, tele-

    fricos ou trens prprios para explorao de pontos tursticos (classe 60.29): so repartidos

    pela populao residente urbana do Censo Demogrfico 2000, projetando-se este nmero

    para os anos seguintes por meio das taxas mdias de crescimento da populao urbana das

    regies metropolitanas, obtidas da PNAD.

    Transporte aquavirio

    Transporte martimo de cabotagem (classe 61.11) e transporte martimo de longo curso

    (classe 61.12): tm definidos os critrios de regionalizao, para os quais foi utilizada a estru-

    tura obtida com base nas toneladas de cargas embarcadas por estado, cuja fonte a Agncia

    Nacional de Transportes Aquavirios (Antaq).

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    Transporte por navegao interior de carga (classe 61.22) e transporte aquavirio urbano

    (classe 61.23): regionalizados conforme estrutura obtida com base nas informaes relativas

    a outras navegaes da Antaq. Transporte por navegao interior de passageiros (classe 61.21): teve a sua regionalizao

    baseada nos dados oriundos da PAS.

    Transporte areo

    No setor de transporte areo de carga e de passageiros, observa-se que, caso no fosse

    respeitado o conceito de produo regional, baseado no critrio de residncia do produtor,

    o valor da produo regional desta atividade ficaria concentrado em poucas unidades da

    Federao. Tal procedimento implicaria assumir a hiptese de que os demais estados do Pas

    no tm atividade de transporte areo. Na verdade, o que se pode afirmar que esta umaatividade concentrada em um nmero bastante restrito de empresas, as quais, entretanto,

    atuam em todo o territrio nacional.

    Objetivando mensurar a participao da atividade de transporte areo, optou-se por adotar

    como parmetro de rateio as informaes relativas a passageiros e cargas, por unidade da

    Federao, sistematizadas pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroporturia (Infraero).

    O critrio utilizado foi o de ponto de partida, origem da carga ou do passageiro. Para esse

    fim, foram valorados os dados de carga e passageiro, com base nos seus respectivos preos

    mdios anuais.

    No caso das pequenas empresas de aviao, que operam apenas regionalmente, foram utili-zadas as informaes de origem dos voos no mbito regional, para, posteriormente, distribuir

    os dados da PAS.

    Atividades anexas e auxiliares dos transportes e agncias de viagem

    Movimentao e armazenamento de cargas (classe 63.1) e atividades relacionadas orga -

    nizao do transporte de cargas (classe 63.4): so repartidas por meio do ndice relativo

    movimentao de cargas, obtido da CNT.

    Atividades auxiliares dos transportes terrestres (classe 63.21), atividades auxiliares dos

    transportes aquavirios (classe 63.22) e atividades auxiliares dos transportes areos (classe

    63.23): so regionalizadas com base no resultado do somatrio dos valores agregados dos

    respectivos modais.

    Atividades de agncias de viagens e organizadores de viagem (classe 63.3): so regionalizadas

    conforme a estrutura obtida do somatrio dos valores agregados dos modais rodovirio,

    ferrovirio, hidrovirio e areo, anteriormente calculados.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    Transporte dutovirio

    O transporte dutovirio regionalizado com base na extenso da malha de dutos que passa

    pelas unidades da Federao, cuja fonte a Agncia Nacional de Petrleo, Gs Natural eBiocombustvel (ANP).

    Correio

    A atividade de correio tem estrutura de rateio calculada a partir da informao da receita

    operacional total do correio por estado, obtida na Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos

    (Correios).

    Telecomunicaes (classe 64.20)

    A atividade de servios de informao abrange telecomunicaes (classe 64.20), alm de

    atividades cinematogrficas e de vdeo (92.1), atividades de rdio e de televiso e atividades

    de agncia de notcias (classes 92.2 e 92.4), atividades de informtica e servios relacionados

    (72.1, 72.2, 72.3, 72.4 e 72.9).

    Os servios de telecomunicaes (classe 64.20) constituem-se em telefonia mvel e fixa, alm

    dos servios de acesso internet, correios eletrnicos etc. A proposta de regionalizao para

    os servios de telefonia mvel e fixa continuar o trabalho realizado na srie 1985-2004, ba-

    seado na construo de funes de produo por unidade da Federao, atravs dos balanos

    contbeis das empresas de telecomunicaes. Com base nessas funes, possvel criar chave

    de repartio dos valores da PAS, separadamente, para telefonia mvel e fixa 12.

    CLCULO DA FUNO DA PRODUO FAMILIAR13

    A produo familiar agrega todos os trabalhadores por conta prpria e empregadores do

    Sistema de Contas Nacionais, as ocupaes com vnculo associadas s matrculas do Cadastro

    Especfico do INSS e ao servio domstico remunerado, e a parcela de ocupaes sem vnculo

    correspondente s empresas no constitudas legalmente, tambm chamadas de empresas

    de empregadores informais.

    A fonte principal para a produo familiar a PNAD. Por ser uma pesquisa domiciliar, no tempreocupaes econmicas que permitam a estimao de agregados macroeconmicos para

    o clculo do PIB pela tica da produo, sendo a informao apropriada pela contabilidade

    nacional a posio na ocupao e o rendimento anualizado, este utilizado como proxydo

    valor adicionado da produo familiar.

    12 A separao das empresas classificadas na classe 64.20 entre telefonia mvel, fixa e demais, na PAS, possvel, conside-rando-se as informaes de receita obtidas no Suplemento de Telecomunicaes, da prpria pesquisa.

    13 Para maiores detalhes, ver: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Sistema de contas nacionais: Brasil,referncia 2000. Nota metodolgica no 23: expanso da produo (verso para informao e comentrios): verso 1. Riode Janeiro: IBGE, 2006. Disponvel em: . Acesso em: out. 2008.

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    Para a construo da funo da produo familiar, utilizaram-se os coeficientes tcnicos,

    relao entre o consumo intermedirio e o valor da produo (consumo intermedirio/valor

    da produo) e tambm do valor adicionado em relao ao valor da produo (valor adi-cionado/valor da produo) das empresas que compem o estrato amostral das pesquisas

    econmicas do IBGE. Outra opo seria a utilizao da pesquisa Economia Informal Urbana

    (Ecinf 2003), que tambm fornece a indicao para os coeficientes tcnicos. Essa pesquisa

    foi usada nos parmetros do Sistema de Contas Nacionais, mas, por ter sido nica no ano de

    2003, os coeficientes ficam constantes, fator este fundamental no caso das Contas Regionais,

    pela opo do coeficiente tcnico do estrato amostral, j que se tem informaes anuais

    classificadas pela CNAE 1.0.

    Assim, para estimar a funo da produo familiar:

    VP - CI = VA (62)

    O mtodo usual no trabalho de contas construir as relaes tcnicas pelos parmetros

    definidos e replic-las para a economia informal.

    Onde:

    VP = Valor da produo

    CI = Consumo intermedirio

    VA = Valor adicionado

    Pode-se, ento, afirmar que:

    = x (63)VA

    VP

    Logo:

    VP = (64)VA

    x

    Pode-se construir a funo da produo familiar por qualquer um dos dois parmetros (valor

    adicionado/valor da produo ou valor adicionado/consumo intermedirio) e, ainda, construir

    segundo outro parmetro, que a relao consumo intermedirio/valor da produo.

    Sabendo-se que se dispe da informao do valor adicionado e que se pode utilizar a relao

    consumo intermedirio/valor da produo das empresas do estrato amostral, dividindo todos

    os termos da equao (62) pelo valor bruto da produo, tem-se:

    1 - = (65)CI

    VP

    VA

    VP

    Logo:

    VP = (66)VA

    1 - CI

    VP

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    METODOLOGIA DAS CONTAS REGIONAIS ANO BASE 2002

    As prximas sees contm informaes por atividade econmica sobre classificao e proce-

    dimentos para a estimao dos agregados de valor bruto da produo, consumo intermedirio

    e valor adicionado, quanto aos valores correntes e constantes.

    Na srie 2002, aps a estimao do valor bruto da produo e do consumo intermedirio

    a preos correntes e constantes, realizado ajuste linear aos valores do Sistema de Contas

    Nacionais por atividade. A diferena entre a soma dos valores encontrados por unidade da

    Federao e o valor estimado pelo Sistema de Contas Nacionais de cada atividade distri-

    buda entre as unidades da Federao, garantindo-se a homogeneidade com os resultados

    do Sistema de Contas Nacionais.

    Agropecuria

    A atividade agropecuria na srie referida a 1985 era estimada apenas por uma funo de

    produo. O Censo Agropecurio 1985 foi a fonte bsica dos dados, no qual eram estimados

    o valor da produo e a atividade agropecuria, com os insumos agrupados para toda a

    agropecuria, existindo, assim, somente uma atividade.

    No novo ano de referncia (2002), foi replicada para as unidades da Federao a classificao

    utilizada no Sistema de Contas Nacionais, estando a agropecuria desdobrada em 12 atividades:

    sete da agricultura, trs da pecuria, uma da silvicultura e explorao vegetal, alm da pesca.

    Neste sentido, houve um ganho analtico em relao srie anterior (1985), pois, em vez deuma funo de produo, tem-se, neste novo formato, 12 funes de produo.

    A estrutura definida separa em atividades os produtos mais importantes da eco-

    nomia brasileira (soja, cana-de-acar, caf, ctricos e cereais) e agrupa em duas

    atividades os produtos no contemplados: outros produtos de lavoura permanente e

    outros produtos de lavoura temporria. As atividades agropecurias trabalhadas nas

    Contas Regionais espelham, em sua maior parte, a estrutura da CNAE 1.0. Os cdigos

    dos produtos do Censo Agropecurio 1995-1996 esto associados aos cdigos da

    Prodlist-Agro/Pesca 2003, que mantm correspondncia com os grupos de atividade

    econmica do censo e com os cdigos especficos de produtos do Sistema de ContasNacionais. Quanto s atividades, o tradutor estabelece correspondncia entre seus

    cdigos e a CNAE 1.0.

    Na srie 2002, no h correspondncia direta entre a classe 01.50 da CNAE 1.0 (produo

    mista: lavoura e pecuria). Desta forma, os estabelecimentos classificados nesta atividade

    foram reclassificados pelo critrio de predominncia, fazendo com que a atividade mista

    fosse absorvida pelas demais atividades agropecurias. Neste sentido, h uma ruptura com

    a proposta da CNAE 1.0.

    Para o consumo intermedirio, os insumos eram comuns a todas as atividades, j que o

    Censo Agropecurio 1995-1996 foi construdo pelo critrio de produo principal do esta-

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    belecimento. Com isto, contemplava a produo principal do estabelecimento e tambm as

    produes secundrias14.

    Agricultura, silvicultura e explorao florestal

    Classificao

    A agricultura corresponde diviso 01 da CNAE 1.0 e agrega sete atividades distintas, en-

    quanto a atividade de silvicultura, explorao florestal e servios relacionados corresponde

    diviso 02 da CNAE 1.0. A seguir so apresentadas as oito atividades trabalhadas e as res-

    pectivas classes:

    (i) Cultivo de cereais para gros: corresponde classe 01.11-2; (ii) Cultivo de cana-de-acar:

    corresponde classe 01.13-9; (iii) Cultivo de soja: corresponde classe 01.15-5; (iv) Cultivode outros produtos de lavoura temporria, horticultura e produtos de viveiro e servios

    relacionados: corresponde s classes 01.12-0, 01.14-7, 01.19-8, 01.21-0, 01.22-8 e 01.61-9; (v)

    Cultivo de frutas ctricas: corresponde classe 01.31-7; (vi) Cultivo de caf: corresponde

    classe 01.32-5; (vii) Cultivo de outros produtos de lavoura permanente: corresponde s clas-

    ses 01.33-3, 01.34-1 e 01.39-2; e (viii) Silvicultura, explorao florestal e servios relacionados:

    corresponde s classes 02.11-9, 02.12-7 e 02.13-5.

    Valores correntes

    Valor bruto da produo

    O valor da produo estimado com base na varivel de receita total ou valor

    bruto da produo do Censo Agropecurio 1995-1996, evoludo desde o ano de

    1996 com ndices de volume e de preo. Para os produtos classificados nas atividades

    agrcolas, utiliza-se a variao da quantidade produzida e o preo implcito por unida-

    de da Federao da pesquisa Produo Agrcola Municipal (PAM). Da mesma forma,

    obtm-se, atravs da pesquisa Produo da Extrao Vegetal e da Silvicultura (PEVS),

    os ndices para os produtos classificados nas atividades de silvicultura e explorao

    florestal.

    Os produtos que no tm seus ndices de evoluo obtidos diretamente pelas pesquisas se-

    guem os ndices de seus produtos similares ou, na falta destes, utilizam ndice mdio obtido

    com os ndices disponveis da atividade qual pertencem. Este procedimento semelhante

    ao adotado para a base 1985. O que diferencia o fato de serem agrupados em atividades

    diferentes, com funes de produo especficas.

    14 Para maiores detalhes, ver: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATSTICA. Sistema de contas nacionais: Brasil,referncia 2000. Nota metodolgica no 14: atividade agropecuria (verso para informao e comentrios): verso 1. Riode Janeiro: IBGE, 2006. Disponvel em: . Acesso em: out. 2008.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    Consumo intermedirio

    O consumo intermedirio no Censo Agropecurio 1995-1996 para as atividades agrcolas e

    silvicultura e explorao florestal foi construdo pelo critrio de produo principal do estabele-cimento. Com isto, contemplou a produo principal e secundria do estabelecimento, fazendo,

    entretanto, com que os insumos fossem comuns a todas as atividades15. Os insumos considerados

    como consumo intermedirio foram evoludos para os anos posteriores ao Censo Agropecurio

    1995-1996 com ndices especficos de volume e de preo por unidade da Federao:

    Adubos e corretivos, sementes e mudas, agrotxicos, aluguel de mquinas e equipamentos,

    servio de empreitada e transporte da produo, sacaria e outras embalagens, combustveis

    e lubrificantes e outras despesas: como ndice de volume, para as atividades da agricultura

    consideradas de lavoura temporria (cultivo de cereais para gros, de cana-de-acar, de

    soja e de outros produtos da lavoura temporria) foi utilizada a rea plantada da PAM dosprodutos classificados em cada atividade. Para as demais atividades da agricultura (cultivo

    de frutas ctricas, de caf e de outros produtos da lavoura permanente) e para a atividade de

    silvicultura e explorao florestal, foi utilizado o ndice de volume do valor bruto da produo

    da respectiva atividade. Como ndice de preo, utilizado o ndice de Preos Pagos pelos

    Produtores Rurais (IPP) mdio, da Fundao Getulio Vargas (FGV).

    Energia eltrica: para toda a agropecuria, foi utilizada a variao do consumo de energia

    eltrica rural e a variao da tarifa rural, obtidas nas distribuidoras de energia eltrica pelos

    rgos estaduais de estatsticas, como ndices de volume e de preo, respectivamente.

    Medicamentos para animais e raes industriais: para as atividades da agricultura e silvicultura

    e explorao florestal, foi utilizado como ndice de volume o ndice mdio dos respectivos

    insumos, calculados a partir das atividades pecurias. Como ndice de preo, foi utilizado

    o IPP mdio da FGV.

    Sal: para toda a agropecuria, foi utilizado o ndice de volume do valor bruto da produo da

    atividade de criao de bovinos vivos. Como ndice de preo, foi utilizado o IPP mdio da FGV.

    Outros alimentos: utilizou-se como ndice de volume o valor bruto da produo da atividade

    de criao de bovinos vivos, e como ndice de preo, o IPP mdio da FGV.

    Compra de ovos e pinto de um dia: como ndice de volume deste insumo, foi utilizado ondice de volume do valor bruto da produo da atividade de criao de aves, e como ndice

    de preo, o IPP mdio da FGV para todas as atividades agropecurias.

    Valores constantes

    A srie de valores constantes do valor da produo e do consumo intermedirio para a

    agricultura e silvicultura e explorao florestal obtida ao longo da construo dos valores

    correntes, pois os ndices de variao anual de quantidade (ndice de volume) das pesquisas

    15 Ver a nota metodolgica referenciada anteriormente.

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    agropecurias Produo Agrcola Municipal (PAM), Pesquisa da Pecuria Municipal (PPM)

    e Produo da Extrao Vegetal e da Silvicultura (PEVS) , quando aplicados aos valores

    correntes do ano T-1, fornecem os valores constantes do ano T.

    Pecuria e pesca

    Classificao

    A atividade da pecuria corresponde diviso 01 da CNAE 1.0 e se subdivide em trs outras ati-

    vidades. A atividade de pesca, aquicultura e servios relacionados corresponde diviso 05:

    (i) Criao de bovinos e outros animais: corresponde s classes 01.41-4, 01.42-2, 01.43-0,

    01.46-5, 01.62-7 e 01.70-8.

    (ii) Criao de sunos: corresponde classe 01.44-9.

    (iii) Criao de aves: corresponde classe 01.45-7.

    (iv) Pesca, aquicultura e servios relacionados: corresponde s classes 05.11-8 e 05.12-6.

    Valores correntes

    Valor bruto da produo

    As atividades da pecuria, exceto para os produtos bovinos vivos, sunos vivos e aves vivas,

    utilizam a varivel de receita total para estimar o valor bruto da produo. O valor bruto da

    produo dos produtos sunos vivos e aves vivas segue o mesmo algoritmo de construo

    utilizado na srie 1985, ou seja, considera os valores de venda, de compra e da variao do

    rebanho16.

    A construo do valor bruto da produo do produto bovinos vivos, na srie atual, diferente-

    mente da base 1985, utilizou o ciclo produtivo dos animais, tanto para os bovinos destinados ao

    abate quanto produo de leite, que, em mdia, aproximadamente trs anos. Foi utilizado,

    tambm, o peso do animal para abate, por unidade da Federao, para especificar as diferenas

    entre os tipos de gado criados no Brasil.

    A evoluo do valor bruto da produo utilizou as variaes de quantidade por unidade daFederao da PPM e o ndice de Preos Recebidos pelos Produtores Rurais, ou ndice de Preos

    Recebidos (IPR), da FGV, para a evoluo de seus agregados. Os produtos que no so acom-

    panhados diretamente pelas pesquisas seguem os ndices de seus produtos similares ou,

    na falta destes, utilizam ndice mdio obtido com os ndices disponveis da atividade qual

    pertencem. Esta metodologia no se aplica ao produto bovinos vivos, que tem calculado,

    anualmente, o valor da sua produo via ciclo produtivo.

    A atividade da pesca, aquicultura e servios relacionados foi estimada de forma descendente,

    isto , o valor bruto da produo calculado pelo Sistema de Contas Nacionais foi distribudo

    16 Ver a nota metodolgica referenciada anteriormente.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    entre as unidades da Federao, com base nas informaes sobre a quantidade pescada,

    provenientes da pesquisa Estatstica da Pesca, divulgada pelo Instituto Brasileiro do Meio

    Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama), para as empresas legalmente cons-titudas, e nas informaes sobre a produo referente s famlias, provenientes da estrutura

    do Censo Demogrfico 2000.

    Consumo intermedirio

    A construo do consumo intermedirio para as atividade da pecuria seguiu a mesma meto-

    dologia de construo das atividades agrcolas, ou seja, foi realizada pelo critrio de produo

    principal do estabelecimento, contemplando, assim, a produo principal e a secundria do

    estabelecimento. A evoluo dos insumos considerados por unidade da Federao seguiu

    os seguintes ndices:

    Adubos e corretivos, sementes e mudas, agrotxicos, aluguel de mquinas e equipamentos,

    servio de empreitada e transporte da produo, sacaria e outras embalagens, combustveis

    e lubrificantes e outras despesas: para as atividades da pecuria, foi aplicado o ndice de

    volume do valor bruto da produo considerando todas as atividades agrcolas. Como ndice

    de preo, foi utilizado o IPP mdio da FGV.

    Energia eltrica: para toda a agropecuria, foi utilizada a variao do consumo de

    energia eltrica rural e a variao da tarifa rural, obtidos nas distribuidoras de energia

    eltrica pelos rgos estaduais de estatsticas, como ndices de volume e de preo,

    respectivamente.

    Medicamentos para animais e raes industriais: para as atividades da pecuria (criao

    de bovinos vivos e outros animais, criao de sunos e criao de aves), foi utilizado como

    ndice de volume o ndice mdio do valor bruto da produo das respectivas atividades.

    Como ndice de preo, foi utilizado o IPP mdio da FGV.

    Sal: para toda a agropecuria, foi utilizado o ndice de volume do valor bruto da pro-

    duo da atividade de criao de bovinos vivos, e como ndice de preo, o IPP mdio

    da FGV.

    Outros alimentos: para as atividades da pecuria, foi utilizado o ndice de

    volume mdio da respectiva atividade, e como ndice de preo, o IPP mdioda FGV.

    Compra de ovos e pinto de um dia: como ndice de volume, foi utilizado o ndice do valor

    bruto da produo da atividade de criao de aves, e como ndice de preo, o IPP mdio

    da FGV para todas as atividades agropecurias.

    A estimao do consumo intermedirio da atividade da pesca, aquicultura e servios

    relacionados foi realizada utilizando a relao consumo intermedirio/valor da produ-

    o do Sistema de Contas Nacionais no valor bruto da produo de cada unidade da

    Federao.

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    Valores constantes

    O valor da produo e o consumo intermedirio a preos constantes da atividade de pecuria,

    assim como ocorre na atividade de agricultura, so obtidos ao longo da construo dos valo-

    res correntes, exceo feita para o produto bovino vivo, que tem o valor corrente estimado a

    cada ano. Neste produto, utiliza-se a variao da quantidade do rebanho de bovinos da PPM

    como ndice de volume, e o ndice de preo obtido de forma implcita.

    Para a atividade da pesca, por ser calculada de forma descendente, seus valores

    correntes por unidade da Federao so obtidos sem a necessidade da utilizao de

    ndices para sua evoluo. Desta forma, a obteno da srie dos valores constantes

    para o valor bruto da produo e o consumo intermedirio passa pela necessidade

    de definio de ndices de volume ou de preo. A srie de Contas Regionais refe-

    rncia 2002 utiliza como ndice de volume a variao da quantidade pescada total,proveniente da pesquisa Estatstica da Pesca, do Ibama, obtendo, de forma implcita,

    o ndice de preo.

    Indstria

    A atividade industrial consiste na agregao das atividades da indstria extrativa mineral,

    indstria de transformao, produo e distribuio de eletricidade, gs e gua, e esgoto e

    limpeza urbana, e construo civil. Na srie 2002, foram introduzidas a Pesquisa Industrial Anual-

    Empresa (PIA-Empresa) e a Pesquisa Anual da Indstria da Construo (PAIC), do IBGE.

    As novas pesquisas econmicas do IBGE podem ser trabalhadas, apuradas e introduzidas na

    construo das Contas Regionais em tempo hbil, sendo a vantagem deste procedimento

    fornecer o valor dos agregados anualmente, sem a necessidade de estimadores derivados

    (ndice de preo e de volume) para sua obteno.

    A classificao das atividades seguiu a CNAE 1.0, independentemente da importncia da

    atividade na unidade da Federao. Na srie 1985, a classificao para todas as unidades era

    fixa e os gneros industriais que no tinham importncia para os estados eram agrupados

    em uma rubrica chamada outros.

    Indstria extrativa mineral

    Classificao

    Esta atividade compreende todas as divises da Seo C (indstrias extrativas) da CNAE 1.0

    e cdigos correspondentes da CNAE-Domiciliar, e abrange as atividades produtivas dedica-

    das extrao mineral. Inclui as atividades complementares de beneficiamento associado

    extrao, realizado principalmente para melhorar a qualidade do produto e facilitar a sua

    comercializao, desde que o beneficiamento no altere as caractersticas fsicas ou qumicas

    dos minerais. So consideradas como atividades de beneficiamento: triturao, classificao,

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    concentrao, pulverizao, flotao, liquefao de gs natural etc. Tambm so includas na

    extrao mineral as atividades desenvolvidas por garimpeiros que trabalham por conta prpria

    (produo familiar).

    Valores correntes

    Os valores correntes do valor bruto da produo e do consumo intermedirio para o ano de

    referncia e anos posteriores so estimados com base nas informaes regionalizadas da

    PIA-Empresa, da DIPJ e da PNAD. Os agregados estimados atravs da PIA-Empresa e da DIPJ

    referem-se aos valores das empresas legalmente constitudas (setor formal), enquanto os

    estimados atravs da PNAD referem-se produo familiar.

    A atividade de extrao de petrleo e gs possui tratamento diferenciado no que se refere

    construo do valor da produo e do consumo intermedirio e regionalizao destesagregados entre as unidades da Federao. A produo de petrleo e gs foi tratada sepa-

    radamente e de maneira distinta da base 1985. Para descrever o procedimento, necessrio

    antecipar o prximo item e incluir, na descrio da extrao de petrleo e gs, a atividade

    de refino de petrleo, que, apesar de fazer parte das indstrias de transformao, teve um

    tratamento integrado com a extrao.

    No Brasil, a extrao de petrleo e o refino so atividades econmicas associadas, majorita-

    riamente, a uma s empresa, a Petrobras. Por esta razo, diferentemente da srie anterior, a

    produo das duas atividades (extrao de petrleo e gs e refino de petrleo) foi calculada

    a partir do valor adicionado desta empresa. Na srie anterior, as duas atividades eram estima-das separadamente, e o resultado no era comparado ao valor adicionado total da empresa.

    Nesta nova srie, o trabalho tem como ponto de partida o valor adicionado total da empresa,

    estimado com base nas informaes da PIA-Empresa, o qual ser desdobrado em valor adi-

    cionado da extrao de petrleo e gs e valor adicionado do refino de petrleo.

    Abaixo, o esquema bsico de clculo:

    (1) O valor adicionado da empresa foi calculado com base na remunerao dos fatores, isto ,

    o valor adicionado igual s remuneraes mais seu excedente operacional. A partir do

    clculo do valor adicionado, estimou-se o valor adicionado das atividades de extrao de

    petrleo e gs e refino de petrleo.

    (2) O prximo passo foi o clculo do valor bruto da produo destas duas atividades. O da

    extrao de petrleo foi estimado multiplicando-se as quantidades extradas de petrleo

    e gs, cuja fonte a Agncia Nacional de Petrleo, Gs Natural e Biocombustvel (ANP),

    pelo preo internacional do petrleo (tipo Brent) menos um redutor de qualidade de dois

    dlares. Assim:

    VP extrao = (quantidade extrada de petrleo e gs) * [(preo internacional do pretrleo) -

    (redutor de qualidade)] (67)

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    (3) O clculo do valor bruto da produo dos produtos do refino foi obtido multiplicando-se

    as quantidades produzidas e seus respectivos preos, cujas informaes so disponibili-

    zadas pela ANP:

    VP refino = (quantidade refinada do produto) * preo dos produtos refinados (68)

    (4) Aps o clculo do valor bruto da produo da extrao de petrleo e do refino, obtm-se

    o valor bruto da produo total da empresa. O consumo intermedirio total da empresa

    foi obtido por diferena:

    VP total = VPextrao + VPrefino (69)

    VA total = VPtotal - CItotal (70)

    (5) Com a funo de produo da empresa pronta, para o desdobramento do consumo

    intermedirio entre as atividades, elegeu-se o clculo do consumo intermedirio da

    atividade de refino para, por diferena, obter o consumo intermedirio da extra-

    o. Esta escolha deu-se pelo fato de se conhecer melhor as variveis de custos e

    despesas da atividade de refino, que so compostos, basicamente, pelo petrleo extrado

    mais o petrleo importado e margens de refino:

    CI refino = [(petrleo extrado + petrleo importado)/petrleo utilizado] +

    margens de refino (71)

    (6) Por diferena, obtm-se o consumo intermedirio da atividade de extrao de petrleo e

    gs:

    CI total - CIrefino = CIextrao (72)

    (7) Concludo este procedimento, regionalizou-se a funo de produo das duas atividades,

    tendo como base os dados da ANP para o volume de extrao de petrleo e gs por unidade

    da Federao e a produo das refinarias tambm por unidade da Federao.

    Com este procedimento, garante-se que a soma das funes de produo das duas ativida-

    des seja igual da empresa e que cada unidade da Federao recebeu a parte proporcional

    nas duas atividades.

    Valores constantes

    A srie de valores constantes foi construda com a utilizao de ndice de volume por unidade

    da Federao e a obteno do ndice de preo implicitamente. Para o setor formal, no caso

    das unidades da Federao abrangidas pela Pesquisa Industrial Mensal-Produo Fsica Re-

    gional (PIM-PF)17, utilizou-se esta pesquisa na construo dos valores constantes da funo de

    produo; para os demais, foram utilizados os dados do Departamento Nacional de Produo

    17 A pesquisa possui a seguinte abrangncia geogrfica: Amazonas, Par, Nordeste, Cear, Pernambuco, Bahia, Minas Ge-

    rais, Esprito Santo, Rio de Janeiro, So Paulo, Paran, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Gois.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    Mineral (DNPM), do Ministrio de Minas e Energia, e/ou do consumo de energia eltrica na

    indstria extrativa mineral. A produo familiar utiliza como ndice de volume a variao do

    pessoal ocupado por conta prpria da PNAD, classificado nesta atividade, no valor adicionadoe consumo intermedirio.

    Este procedimento idntico ao utilizado na base 1985. A diferena que nesta nova srie a

    pesquisa fornece valor corrente, sendo, desta maneira, o ndice de preo estimado de forma

    implcita a partir do ndice de volume calculado.

    Indstrias de transformao

    Classificao

    Esta atividade compreende as unidades produtivas classificadas na Seo D (indstrias detransformao) da CNAE 1.0 e cdigos correspondentes da CNAE-Domiciliar, e abarca as ativi-

    dades dedicadas fabricao de bens que implicam transformao fsica das matrias-primas

    utilizadas ao longo do processo de produo industrial.

    Por definio, a atividade das indstrias de transformao corresponde produo de bens.

    Segundo a CNAE 1.0, os servios industriais (de acabamento em produtos txteis, de insta-

    lao, manuteno e reparao etc.) includos no mbito da indstria [...] constituem parte

    integrante da cadeia de transformao dos bens que exigem equipamentos, tcnicas ou

    habilidade especfica caracterstica do processo industrial, e tanto podem ser realizados em

    unidades integradas como em unidades especializadas (INSTITUTO DE GEOGRAFIA E ESTA-TSTICA, 2004a, p. 90). Portanto, essas atividades devem ser classificadas no mesmo grupo

    ou classe do produto fabricado.

    Outra especificidade da atividade industrial refere-se ao fato de que pode ser realizada a partir

    de diversas formas de organizao institucional da produo. H nesta atividade uma forte

    presena de unidades produtivas de pequena escala, as quais podem ser organizadas em moldes

    distintos das empresas legalmente constitudas. Do ponto de vista das Contas Nacionais, assim

    como das Contas Regionais, deve-se considerar como produo industrial toda a atividade de

    transformao, independentemente da forma como essa produo organizada: empresa,

    microempresa ou produo familiar.Valores correntes

    O valor bruto da produo bem como o consumo intermedirio das indstrias de transforma-

    o para as empresas legalmente constitudas tm como fonte os valores estimados com base

    na PIA-Empresa e na DIPJ, anualmente. A produo familiar estimada a partir da informao

    de rendimento anualizado do pessoal ocupado por conta prpria da PNAD, classificado

    nesta atividade, que utilizado comoproxydo valor adicionado, e sua funo de produo

    estimada com base na relao consumo intermedirio/valor da produo das empresas que

    compem o estrato amostral da PIA-Empresa.

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    ASPECTOSMETODOLGICOS

    Valores constantes

    A opo para o desmembramento do ndice de valor obtido na atividade, tanto para o valor

    bruto da produo quanto para o consumo intermedirio, foi utilizar o ndice de volume e

    obter implicitamente o ndice de preo. Para as unidades da Federao abrangidas pela PIM-

    PF, utilizou-se seu ndice como ndice de volume para o setor formal. Para as demais unidades,

    a opo continua sendo o ndice utilizado na srie anterior, isto , a variao do consumo

    industrial de energia eltrica por gnero industrial. A variao do pessoal ocupado por conta

    prpria da PNAD, classificado nesta atividade, foi utilizada como ndice de volume do valor

    adicionado e consumo intermedirio da produo familiar.

    Produo e distribuio de eletricidade, gs e gua, e esgoto e limpeza urbana

    Classificao

    Esta atividade compreende as unidades produtivas classificadas na Seo E (produo e dis-

    tribuio de eletricidade, gs e gua) e na diviso 90 da Seo O (outros servios coletivos,

    sociais e pessoais) da CNAE 1.0, e abrange as empresas dedicadas :

    Gerao e distribuio de energia eltrica de origem hidrulica, trmica, nuclear, elica, solar

    etc.

    Produo e distribuio de gs atravs de tubulaes.

    Produo e distribuio de vapor e gua quente para calefao, energia e usos industriais.

    Captao, tratamento e distribuio de gua.

    Coleta, transporte, triagem e eliminao de resduos slidos domsticos, urbanos e

    industriais.

    Valores correntes

    A estimativa dos agregados da conta de produo por unidade da Federao no foi modifi-

    cada nesta atividade em relao srie anterior. A conta de produo desta atividade parte

    dos balanos anuais das empresas do setor, sendo o valor bruto da produo estimado com

    base nas informaes sobre a venda desses servios, e o consumo intermedirio, com base

    nas informaes sobre as despesas operacionais das empresas. Nos casos em que a usina

    hidreltrica esteja situada em rea de fronteira entre dois estados, assume-se que o valor da

    produo deve ser atribudo ao estado onde est situada a casa de fora da usina.

    A estimao dos agregados desta atividade realizada por todas as equipes estaduais,

    que levantam os balanos contbeis das empresas classificadas nesta atividade. A van-

    tagem deste procedimento que, alm da coleta dos balanos ser descentralizada, h o

    engajamento das equipes, que tm noo clara do elenco de empresas que atuam em

    seus estados.

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    PIB DABAHIA1995-2008:A NOVABASEDASCONTASREGIONAIS

    Valores constantes

    A srie de valores constantes obtida atravs das informaes de quantidades produzidas

    disponveis nos balanos contbeis das empresas. Para as atividades de gerao e distribui-

    o de energia, o ndice de volume utilizado foi a variao da quantidade de energia gerada

    e a variao da quantidade de energia distribuda, respectivamente, tanto para o valor da

    produo quanto para o consumo intermedirio. Na atividade de tratamento