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Sistema dos Recursos Trabalhistas

Sistema Dos Recursos Trabalhistas

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Esta é uma obra indispensável para todos aqueles que se dedicam ao estudo ou à aplicação do processo do trabalho: advogados, juízes, membros do Ministério Público, professores e acadêmicos de Direito.Na primeira parte do livro, o autor trata de generalidades acerca do tema; na segunda, efetua um aprofundado estudo das diversas modalidades de recurso.Em ambos os casos, os assuntos são examinados com a autoridade de quem exerceu a magistratura do trabalho por mais de vinte anos e se dedica ao ensino do Processo do Trabalho há mais de três décadas.

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  • Sistema dos RecursosTrabalhistas

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  • 1. edio 1987

    2. edio 1988

    3. edio 1989

    4. edio 1991

    5. edio 1991

    6. edio 1992

    7. edio 1993

    8. edio 1995

    9. edio 1997

    10. edio 2003

    11. edio 2011

    12. edio 2014

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  • MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

    Advogado. Juiz aposentado do TRT da 9.a Regio. Fundador da Escola da Associao dos Magistrados do Trabalho do Paran. Membro do Instituto

    Latino-Americano de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social; daSocit Internationale e Droit du Travail et de la Scurit Sociale; do Insti-

    tuto dos Advogados do Paran; da Academia Brasileira de Direitodo Trabalho; da Academia Paranaense de Letras Jurdicas; do Instituto dos

    Advogados de So Paulo; Professor Emrito ma Faculdade de Direitode Curitiba UNICURITIBA

    Sistema dos RecursosTrabalhistas

    12.a Edio

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  • Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Teixeira Filho, Manoel Antonio

    Sistemas dos recursos trabalhistas / Manoel Antonio Teixeira Filho. 12. ed. So Paulo : LTr, 2014. Bibliografi a.

    Direito do trabalho Brasil 2. Recursos (Direito) 3. Recursos (Direito) Brasil I. Ttulo.

    )18(133:559.743-UDC 75230-41

    ndice para catlogo sistemtico:

    1. Brasil : Recursos : Direito processualdo trabalho 347.955:331(81)

    R

    EDITORA LTDA.

    Todos os direitos reservados

    Rua Jaguaribe, 571

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    So Paulo, SP Brasil

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    Produo Grfi ca e Editorao Eletrnica: Peter Fritz Strotbek

    Projeto de Capa: Fabio Giglio

    Impresso: Graphium

    Maio, 2014

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    Verso impressa - LTr 5068.1 - ISBN 978-85-361-2959-4Verso digital - LTr 7804.5 - ISBN 978-85-361-3018-7

  • Rosangela,ao Manuel Neto e

    ao Joo Lus razo de tudo.

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  • 7SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    ndice Sistemtico da Matria

    Prembulo ............................................................................................................................... 17

    Prembulo 12. edio ......................................................................................................... 21

    Primeira Parte Generalidades

    Captulo I O Reexame das Decises Judiciais ao Longo dos Tempos ............................ 251. Escoro histrico ................................................................................................................ 25 1.1. Babilnia ...................................................................................................................... 27 1.2. ndia ............................................................................................................................. 28 1.3. Hebreus ........................................................................................................................ 28 1.4. Egito .............................................................................................................................. 28 1.5. Isl ................................................................................................................................. 29 1.6. Grcia ............................................................................................................................ 29 1.7. Roma ............................................................................................................................. 29 1.8. Direito cannico............................................................................................................ 31 1.9. Direito reinol portugus ................................................................................................ 31 1.10. O direito processual moderno .................................................................................... 33 a) O processo civil. Portugal e Brasil ......................................................................... 33 b) A legislao processual trabalhista. O advento da CLT ......................................... 35 b.1.) o anteprojeto de 1952 ................................................................................... 38 b.2.) o anteprojeto de 1963 ................................................................................... 39 b.3.) o anteprojeto de 1991 ................................................................................... 41

    Captulo II Propedutica ................................................................................................... 421. Recurso e impugnao das resolues judiciais .................................................................. 42 1.1. Recursos ........................................................................................................................ 44 1.2. Aes autnomas de impugnao ................................................................................. 44 1.3. Medidas saneadoras ...................................................................................................... 45 1.4. Providncias corretivas ................................................................................................. 45 1.5. Providncias ordenadoras do procedimento ................................................................. 45 1.6. Atos protetivos de direitos ............................................................................................ 452. Duplo grau de jurisdio ..................................................................................................... 46 2.1. Duplo grau e Constituio ............................................................................................ 513. O princpio da lesividade da deciso ................................................................................... 55 4. Etimologia e conceito de recurso ...................................................................................... 57 4.1. Etimologia ................................................................................................................. 57 4.2. Conceito .................................................................................................................... 58

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  • 8 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

    5. Finalidade dos recursos e fundamento do direito de recorrer .......................................... 63

    6. Natureza jurdica .............................................................................................................. 64

    7. Classifi cao dos recursos................................................................................................. 66

    8. Recurso e direito intertemporal ........................................................................................ 72

    9. Atos judiciais sujeitos a recurso ....................................................................................... 74

    9.1. Sentenas ................................................................................................................... 77

    9.1.1. Somente o decisum impugnvel .................................................................... 82

    9.2. Irrecorribilidade das decises interlocutrias ............................................................ 86

    9.3. Irrecorribilidade dos meros despachos de expediente ............................................... 87

    10. Condio jurdica da sentena recorrvel ......................................................................... 88

    11. Sentenas irrecorrveis ...................................................................................................... 89

    a) Salrio mnimo ............................................................................................................. 90

    b) Momento de determinao da alada ........................................................................... 91

    c) Valor determinante da alada ....................................................................................... 92

    d) Falta e fi xao do valor da causa .................................................................................. 94

    e) Matria constitucional .................................................................................................. 94

    f) Recurso pelas pessoas jurdicas de direito pblico ....................................................... 95

    g) Reunio de autos .......................................................................................................... 97

    h) Ao rescisria ............................................................................................................. 97

    i) Embargos de declarao ................................................................................................ 98

    12. A pessoalidade dos meios recursais .................................................................................. 98

    12.1. Que meios o processo do trabalho reserva para a sanao das decises que impli- carem a reformatio in peius? ..................................................................................... 101

    13. O princpio da unirrecorribilidade ................................................................................... 102

    14. Os princpios da variabilidade e da fungibilidade ............................................................ 103

    14.1. Variabilidade ............................................................................................................ 103

    14.2. Fungibilidade .......................................................................................................... 105

    14.3. Sntese dos princpios recursais examinados .......................................................... 107

    15. Forma de interposio dos recursos ................................................................................. 107

    15.1. A interposio de recurso mediante fac-smile ........................................................ 110

    15.2. A interposio de recurso por meio eletrnico ....................................................... 111

    16. Pressupostos recursais ...................................................................................................... 112

    16.1. Subjetivos (intrnsecos) ........................................................................................... 112

    a) Legitimao ......................................................................................................... 112

    b) Interesse .............................................................................................................. 114

    c) Capacidade .......................................................................................................... 118

    d) Representao ..................................................................................................... 118

    16.2. Objetivos (ou intrnsecos) ....................................................................................... 120

    a) Recorribilidade do ato ........................................................................................ 120

    b) Regularidade formal do ato ................................................................................ 120

    c) Adequao .......................................................................................................... 121

    d) Tempestividade ................................................................................................... 122

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  • 9SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    d.1.) Princpio da utilidade dos prazos .............................................................. 125 d.2.) Princpio da continuidade .......................................................................... 127 d.3.) Princpio da inalterabilidade ...................................................................... 127 d.d.) Princpio da peremptoriedade ................................................................... 127 d.e.) Princpio da precluso ................................................................................ 128 e) Representao ..................................................................................................... 133 f) Depsito pecunirio ........................................................................................... 137 g) Custas ................................................................................................................. 146 h) Delimitao de matrias e valores ...................................................................... 158 i) Prequestionamento ............................................................................................. 158 j) Transcendncia ................................................................................................... 159 k) Falta de impugnao dos fundamentos da deciso ............................................ 159 l) Sentena em conformidade com Smula ........................................................... 160 m) Recurso em confronto com Smula ................................................................... 160 n) Deciso recorrida em harmonia com Smula ou com jurisprudncia dominante 161 o) Repercusso geral ............................................................................................... 16217. Juzo de admissibilidade ................................................................................................... 16218. Recurso pelas pessoas jurdicas de direito pblico ........................................................... 16719. Recurso e litisconsrcio .................................................................................................... 16920. Recurso interposto por terceiro ........................................................................................ 17221. Recurso interposto por ambas as partes ........................................................................... 17422. Recurso total e recurso parcial .......................................................................................... 17623. Aceitao tcita da sentena ............................................................................................. 17924. Desistncia do recurso ...................................................................................................... 18125. Renncia ao direito de recorrer ........................................................................................ 18426. Efeitos dos recursos .......................................................................................................... 186

    a) Efeito devolutivo .......................................................................................................... 186

    b) Efeito suspensivo.......................................................................................................... 187

    c) Efeito expansivo ........................................................................................................... 188

    d) Efeito translativo .......................................................................................................... 188

    e) Efeito substitutivo ........................................................................................................ 190

    27. As questes de fato no propostas perante o rgo de primeiro grau .............................. 201

    28. As nulidades arguidas no recurso ..................................................................................... 204

    28.1. Princpio da transcendncia .................................................................................... 206

    28.2. Princpio da instrumentalidade ............................................................................... 208

    28.3. Princpio da convalidao ....................................................................................... 210

    28.4. Princpio da proteo .............................................................................................. 210

    29. Efi ccia e substitutividade da deciso proferida pelo juzo recursal ................................. 213

    29.1. Recurso admitido .................................................................................................... 213

    29.2. Recurso no admitido .............................................................................................. 214

    30. Recurso extraordinrio e execuo da sentena ............................................................... 215

    31. O retorno dos autos ao juzo de origem ........................................................................... 217

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  • 10 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

    32. Os recursos no processo cautelar...................................................................................... 220 32.1. Sentena .................................................................................................................. 220 32.2. Liminar .................................................................................................................... 221 32.2.1. Em primeiro grau de jurisdio ................................................................... 221 32.2.2. Nos tribunais ............................................................................................... 222 32.3. Modifi cao ou revogao ....................................................................................... 222

    Segunda Parte Dos Recursos em Espcie

    Captulo I Recurso Ordinrio ........................................................................................... 2291. Breves notas histricas ........................................................................................................ 2292. Cabimento do recurso ......................................................................................................... 235 2.1. Das decises de primeiro grau ...................................................................................... 236 2.2. Das decises dos tribunais ............................................................................................ 2393. Forma de interposio. Fundamentao ............................................................................. 2414. Devolutibilidade .................................................................................................................. 2445. Questes anteriores sentena ............................................................................................ 2466. Declarao do efeito em que o recurso recebido .............................................................. 2487. Processamento do recurso e tcnica do julgamento ............................................................ 249 7.1. No procedimento ordinrio .......................................................................................... 249 a) Interposio .............................................................................................................. 249 b) Medidas preliminares ............................................................................................... 251 c) Julgamento ................................................................................................................ 255 7.2. No procedimento sumarssimo ..................................................................................... 257 7.2.1. Distribuio imediata .......................................................................................... 258 7.2.2. Sem revisor.......................................................................................................... 258 7.2.3. Prazo para o visto do relator ............................................................................... 259 7.2.4. Pauta de julgamento ........................................................................................... 259 7.2.5. Parecer do Ministrio Pblico ............................................................................. 259 7.2.6. O acrdo ............................................................................................................ 260 7.2.7. Especializao de turma ...................................................................................... 263

    Captulo II Recurso de Revista ......................................................................................... 2651. Escoro histrico ................................................................................................................. 2652. Consideraes propeduticas .............................................................................................. 2663. Cabimento do recurso ......................................................................................................... 268 3.1. Divergncia jurisprudencial ......................................................................................... 269 3.2. Violao de literal disposio de lei federal ou afronta direta e literal da Constituio da Repblica ................................................................................................................. 276 3.3. O prequestionamento ................................................................................................... 279 a) na mesma relao jurdica processual ...................................................................... 280 b) no plano dos recursos de natureza extraordinria ................................................... 2804. O problema da transcendncia ............................................................................................ 282 4.1. A Medida Provisria .................................................................................................... 282

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  • 11SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    4.2. O Projeto de Lei n. 3.267/00 ........................................................................................ 285

    4.3. As Inconstitucionalidades da Medida Provisria n. 2.226/01 ...................................... 286

    4.3.1. Violao do art. 62, da Constituio Federal .................................................... 286

    4.3.2. A falta de previso constitucional para o TST exercer a seleo prvia de recur- sos de revista a serem julgados .......................................................................... 287

    4.3.3. Violao aos arts. 22, I, 48 e 68, 1., da Constituio .................................... 288

    4.3.1.1. A arguio da inconstitucionalidade .................................................... 288

    4.3.1.2. A situao da Medida Provisria n. 2.226/01, em face da Emenda Constitucional n. 32/2001 .................................................................... 289

    4.4. Inconvenincias da Medida Provisria n. 2.226/01 ..................................................... 289

    4.4.1. Utiliza-se do vago critrio da transcendncia ................................................ 289

    4.4.2. Equipara, impropriamente, o TST ao STF......................................................... 290

    4.4.3. Preocupa-se, unicamente, com o TST, no com os jurisdicionados.................. 291

    4.4.4. Dota o TST de um autoritarismo sobre os demais rgos da jurisdio trabalhista 292

    4.4.5. Impede a evoluo da jurisprudncia ............................................................... 292

    4.4.6. Difi culta a uniformizao da jurisprudncia nacional ...................................... 293

    4.4.7. Pode conduzir, na prtica, a uma discriminao entre iguais ........................... 293

    4.4.8. Concede ao TST o poder de dizer s pessoas o que importante e o que no importante para elas .......................................................................................... 293

    4.4.9. A sustentao oral, nas sesses em que se decidir sobre a transcendncia, poder resumir-se a um discurso ao vento ........................................................ 294

    5. Processamento do recurso ................................................................................................... 294

    5.1. No procedimento ordinrio .......................................................................................... 294

    5.2. No procedimento sumarssimo ..................................................................................... 296

    Captulo III Embargos ....................................................................................................... 302

    1. Conceito e aspectos histricos ............................................................................................ 302

    2. Cabimento do recurso ......................................................................................................... 303

    3. Processamento ..................................................................................................................... 310

    Captulo IV Embargos Infringentes .................................................................................. 312

    1. Cabimento ........................................................................................................................... 312

    2. Processamento ..................................................................................................................... 312

    Captulo V Agravo de Petio ........................................................................................... 314

    1. Lineamentos histricos........................................................................................................ 314

    2. Cabimento ........................................................................................................................... 314

    a) Deciso ........................................................................................................................... 315

    a.1) Despacho com contedo decisrio .......................................................................... 316

    b) Deciso interlocutria .................................................................................................... 317

    c) Sentena .......................................................................................................................... 318 d) Execuo ............................................................................................................................. 320

    e) Sntese ............................................................................................................................. 321

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  • 12 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

    2.1. O problema da impugnao da deciso qie julga exceo de pr-executividade ......... 322 2.2. Inadmissibilidade do recurso de revista das decises proferidas no julgamento de agravo de petio .......................................................................................................... 323 2.3. Inadmissibilidade do agravo de petio ....................................................................... 324 a) Das decises proferidas nas aes de alada ............................................................ 324 b) Quando o devedor no houver oferecido embargos execuo ............................. 326 b.1.) Impugnao .................................................................................................... 326 b.2.) Embargos ........................................................................................................ 326 b.3.) Depsito em dinheiro ..................................................................................... 328 b.4.) Efeito da interposio ..................................................................................... 330 b.5.) Custas ............................................................................................................. 333 b.6.) Processamento ................................................................................................ 335

    Captulo VI Agravo de Instrumento ................................................................................. 338 1. Histrico ............................................................................................................................ 338 2. Cabimento ......................................................................................................................... 338 3. No cabimento .................................................................................................................. 342 a) Indeferimento de prova ................................................................................................. 342 b) Deferimento ou indeferimento de prova ...................................................................... 342 c) Admisso ou denegao da interveno de terceiros .................................................... 343 d) Deciso que admite recurso de revista ......................................................................... 343 e) Deciso que rejeita embargos execuo ..................................................................... 343 f) Deciso denegatria de agravo de instrumento ............................................................. 344 4. Traslado ............................................................................................................................. 344 5. Juzo de apresentao ........................................................................................................ 349 6. Juizo de retratao ............................................................................................................. 350 7. Efeito ................................................................................................................................. 351 8. Devoluo ......................................................................................................................... 351 9. Processamento .................................................................................................................. 35310. Agravo retido ..................................................................................................................... 355

    Captulo VII Embargos de Declarao .............................................................................. 357 1. Antecedentes histricos .................................................................................................... 357 2. Os embargos de declarao na CLT .................................................................................. 359 3. Conceito e fi nalidade ........................................................................................................ 360 4. Natureza jurdica ............................................................................................................... 361 5. Inalterabilidade do julgado ............................................................................................... 363 6. Pronunciamentos jurisdicionais embargveis ................................................................... 364 7. Matria no embargada ..................................................................................................... 368 8. Prazo para o oferecimento ................................................................................................ 370 9. Interrupo do prazo para recurso .................................................................................... 37210. Causas para a oponibilidade dos embargos ....................................................................... 374 10.1. Obscuridade ............................................................................................................. 375 10.2. Contradio ............................................................................................................. 375

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  • 13SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    10.3. Omisso ................................................................................................................... 377 10.4. O problema da dvida .............................................................................................. 37911. Embargos protelatrios ..................................................................................................... 38012. Embargos sentena declarativa ....................................................................................... 38713. Embargos simultneos ...................................................................................................... 38814. Erros de escrita ou de clculo ........................................................................................... 38915. Processamento .................................................................................................................. 390 15.1. Em primeiro grau ..................................................................................................... 390 15.2. Nos tribunais ............................................................................................................ 39516. Embargos de declarao e prequestionamento ................................................................. 396 16.1. Negativa de prestao jurisdicional ......................................................................... 397 17. Uma nova faceta dos embargos declaratrios ................................................................... 398

    Captulo VIII Agravo Regimental ..................................................................................... 401 1. Consideraes introdutrias ............................................................................................. 401 2. Cabimento ......................................................................................................................... 402 2.1. No TST ....................................................................................................................... 402 2.2. Nos Tribunais Regionais............................................................................................. 403 3. Formao do agravo .......................................................................................................... 404 4. Juizo de retratao ............................................................................................................. 404 5. Processamento .................................................................................................................. 404

    Captulo IX Agravo ............................................................................................................ 406 1. Cabimento ......................................................................................................................... 406 2. Processamento .................................................................................................................. 408

    Captulo X Pedido de Reviso do Valor da Causa ............................................................ 410 1. O valor da causa ................................................................................................................ 410 2. Pressupostos ...................................................................................................................... 413 3. Natureza jurdica ............................................................................................................... 414 4. Efeito ................................................................................................................................. 414 5. Processamento .................................................................................................................. 415

    Captulo XI Recurso Extraordinrio ................................................................................. 417 1. Aspectos histricos ........................................................................................................... 417 2. Natureza jurdica ............................................................................................................... 419 3. A matria na CLT .............................................................................................................. 420 4. Pressupostos ...................................................................................................................... 421 4.1. Contrariedade Constituio .................................................................................... 423 4.2. Declarao de inconstitucionalidade ......................................................................... 425 4.3. Julgar vlida lei ou ato do governo local contestado em face da Constituio .......... 426 4.4. Julgar vlida lei local contestada em face da lei federal ............................................. 427 4.5. Repercusso geral ....................................................................................................... 4275. Smulas do STF sobre a matria ......................................................................................... 428

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  • 14 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

    6. Interposio e processamento ............................................................................................. 440 6.1. No tribunal a quo ......................................................................................................... 440 6.2. No STF ......................................................................................................................... 443

    Captulo XII Correio Parcial .......................................................................................... 4461. Notulas histricas ............................................................................................................... 446 1.1. A correio no direito estrangeiro antigo .................................................................... 446 1.2. A correio parcial no Brasil ........................................................................................ 4472. Natureza jurdica ................................................................................................................ 4483. Cabimento .......................................................................................................................... 449 3.1. Ato atentatrio boa ordem processual ...................................................................... 450 a) Converso do julgamento em diligncia ................................................................. 453 b) Indeferimento de provas .......................................................................................... 453 c) Indeferimento de reunio de autos .......................................................................... 454 d) Designao de audincia ......................................................................................... 454 3.2. Inexistncia de recurso especfi co ............................................................................... 456 a) Recursos .................................................................................................................. 456 b) Mandado de segurana ............................................................................................ 456 c) Correio parcial ..................................................................................................... 4574. Pressupostos, propriamente ditos ....................................................................................... 457 4.1. Competncia ................................................................................................................ 457 4.2. Legitimao .................................................................................................................. 458 4.3. Prazo ............................................................................................................................ 4595. Procedimento ...................................................................................................................... 4596. Recurso cabvel ................................................................................................................... 461

    Captulo XIII Recurso Adesivo ......................................................................................... 4621. Origem ................................................................................................................................ 4622. Denominao ...................................................................................................................... 4623. Fisiologia do instituto ......................................................................................................... 4634. Pressupostos de admissibilidade ......................................................................................... 470 4.1. Existncia de recurso principal .................................................................................... 470 4.2. Sucumbncia parcial .................................................................................................... 4705. Cabimento .......................................................................................................................... 4716. Singularidades ..................................................................................................................... 4727. Processamento .................................................................................................................... 475

    Captulo XIV Reclamao ................................................................................................. 4761. Cabimento .......................................................................................................................... 4762. Finalidade ........................................................................................................................... 4773. Legitimidade ....................................................................................................................... 4774. Competncia ....................................................................................................................... 4775. Atuao do Ministrio Pblico, como fi scal da lei .............................................................. 4776. Processamento ..................................................................................................................... 477

    Bibliografi a .............................................................................................................................. 479

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  • Ningum ignora o quo necessrio e frequente o uso daapelao porque, sem dvida, corrige a iniquidade ou a

    injustia dos julgadores, embora, s vezes, reforme para piorsentenas que foram bem proferidas, porquanto o julgar por

    ltimo no razo para julgar melhor.

    Ulpiano

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  • 17SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    Prembulo

    I

    A escolha do ttulo deste livro foi precedida de minuciosa refl exo imposta por nosso esprito cientfi co sobre ser real ou meramente imaginria a existncia, no plano do processo do trabalho, de um sistema relativo aos recursos nele admissveis.

    Essa investigao, como convinha aos mtodos jurdicos, iniciou-se pelo estudo do signifi cado do termo sistema, quando menos para verifi car se no o caracterizava eventual polissemia, capaz de difi cultar a percepo de seu verdadeiro sentido na ordem processual. Originrio do grego systema, o vocbulo expressa o conjunto de partes, ordenadas entre si, de modo a constituir um todo, em regra harmonioso. Sugere, em suma, a ideia central de combinao de meios ou tcnicas destinados a obter certo resultado, prtico ou especulativo.

    luz dessa orientao lxica, e de sua irradiao no particularismo da cincia processual, lanamo-nos ao exame das diversas modalidades recursrias, previstas na CLT, dissecando-as sob a ptica das suas razes ontolgicas e fi nalsticas para depois verifi carmos se havia, entre elas, um relacionamento de carter orgnico.

    A concluso que da extramos foi quanto efetiva existncia de um sistema recursal trabalhista, em que pese ao fato de estar marcado por certas defi cincias tpicas a par de inadequado tratamento cientfi co de cada meio que, entretanto, no chegam a comprometer-lhe a efi ccia nem a frustrar os objetivos projetados pelo legislador.

    Com efeito, se levarmos em conta de critrio que a CLT destinou: a) ao recurso ordinrio (art. 895) a impugnao s sentenas proferidas no processo de conhecimento (embora seja tambm interponvel das prolatadas no cautelar); b) ao agravo de petio (art. 897, a) o ataque s decises proferidas na execuo; c) ao agravo de instrumento (art. 897, b) a fi nalidade genrica de destrancar recursos denegados pelo juzo de admissibilidade a quo; d) aos recursos de revista e de embargos (arts. 896 e 894, respectivamente) a tarefa de, no mbito de sua rea de incidncia, servir s causas da uniformizao da jurisprudncia trabalhista nacional e da preservao da incolumidade da legislao federal, veremos que o conjunto integrado desses meios impugnativos revela os traos de peculiar sistematiza-o elaborada pelo legislador de 1943 com as imperfeies tcnicas j denunciadas.

    Esse sistema complementado pelos recursos a que denominamos referidos, com-preendendo: a) o agravo regimental; b) os embargos de declarao; c) a correio parcial; d) o pedido de reviso (Lei n. 5.584/70, art. 2., 1.) e o extraordinrio.

    Com recursos referidos queremos designar todos aqueles que se encontram apenas mencionados (referidos) no texto da CLT, sem que tenham sido disciplinados por

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  • 18 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

    inteiro, como seria desejvel, notadamente no que respeita aos casos de cabimento e ao procedimento.

    O agravo regimental (de duvidosa natureza recursria) si estar regulamentado pelas normas interna corporis dos tribunais; por esse motivo, a sua fi nalidade varia de Regimento para Regimento, conquanto seja possvel afi rmar que, no geral, tende a buscar a reforma das decises proferidas pelo Corregedor, nessa qualidade, bem como dos despachos do relator que impliquem o indeferimento, de plano, de iniciais de ao rescisria, de mandado de segurana, de habeas corpus, ou, ainda, que deneguem ou concedam medidas liminares.

    Os embargos declaratrios (que, sob o rigor doutrinrio, no se trata de recursos) destinam-se a expungir imperfeies formais dos pronunciamentos jurisdicionais, como quando se apresentam obscuros, omissos, ou contraditrios.

    O pedido de reviso (recurso sui generis) foi institudo pela Lei n. 5.584/70 (art. 2., 1.), tendo como escopo especfi co a modifi cao do valor da causa, atribudo pelo juiz de primeiro grau, sempre que indeterminado na pea vestibular. Esse recurso , peculiarmente, julgado por rgo monocrtico, representado pelo Presidente do Tribunal competente.

    Ao recurso extraordinrio (o nico, dentre todos, verdadeiramente constitucio-nalizado) (Const. Fed., art. 102, III) atribui-se a elevada incumbncia de promover a salvaguarda da supremacia constitucional, violada em seu esprito ou literalidade por ato inferior.

    O sistema recursal trabalhista, de que estamos a nos ocupar, foi acrescido, via Smula n. 196 do TST, do recurso adesivo, de origem eminentemente fornea (prev-o, apenas, o CPC), porquanto nem sequer est referido na CLT embora por motivos cronolo-gicamente justifi cveis. Nossa antipatia por essa fi gura decorre do fato de a doutrina, em opinio segundo entendemos equivocada, vir-lhe reconhecendo efi ccia para afrontar e desconstituir os efeitos da coisa julgada material atributo que as leis s reconhecem ao rescisria.

    De lamentar-se, por outro lado, a supresso decorrente da Lei n. 5.442, de 24 de maio de 1968 dos embargos de nulidade e infringentes do julgado, a que ainda se refere a letra-morta do art. 652, c, da CLT, pelos quais se permitia ao prprio rgo de primeiro grau rever as decises por ele proferidas e, se fosse o caso, modifi c-las; com isso, abreviava-se, muitas vezes, a formao da res iudicata, na medida em que o reexame, como dissemos, era realizado pelo prprio juzo de proferimento da deciso impugnada.

    No processo do trabalho, p. ex., no raro surgem casos em que o rgo de primeiro grau convence-se, em face das razes do recurso ordinrio interposto da sentena por ele proferida, da existncia da nulidade processual alegada pelo recorrente; nada obstante, impede-o de eliminar a causa nulifi cante a regra imperativa inscrita no art. 463 do CPC, a teor da qual o juiz, ao publicar a sentena de mrito, cumpre e acaba o ofcio jurisdicional, somente podendo alter-la em virtude de embargos declaratrios opostos

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  • 19SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    ou para corrigir-lhe inexatides materiais (de escrita, de clculo etc.). Ao juiz s resta, diante disso, resignar-se e ordenar a remessa dos autos ao rgo ad quem, para a virtual reforma da sentena.

    Situaes como a narrada aconselham a que, de lege ferenda, restituam-se ao pro-cesso do trabalho os embargos de nulidade e infringentes do julgado, como instrumento apto a ensejar que o prprio rgo prolator da sentena possa, nos casos a serem previs-tos (e em especial os concernentes a nulidades), rever as sentenas por ele proferidas, modifi cando-as, se dessa necessidade convencer-se, com o que se estar, de um lado, ensejando que a coisa julgada se constitua com maior rapidez e, de outro, contribuindo para o desafogo dos tribunais.

    Os embargos em foco, alis, no mbito do primeiro grau de jurisdio, estavam previstos no art. 839 do CPC de 1939; j o CPC de 1973 admite esses embargos unica-mente nos graus superiores da jurisdio (arts. 530 a 534), tendo, porm, pressupostos e fi nalidade diversos.

    II

    Havero, por certo, de notar os perspicazes leitores que, ao longo de todo o livro, empregamos o vocbulo Smula ao designarmos o instrumento especfi co de que se vale o TST para realizar a cristalizao formal da sua jurisprudncia uniforme. Isso no resulta, como possam supor, de uma nossa inscincia a respeito da Resoluo Administrativa n. 44/85 daquela Corte, que bem sabemos alterou a nomenclatura desse instrumento para Enunciado; nossa atitude decorre, sim, de fundada reao a essa novidade, sem que nisso nos tenhamos deixado presidir por qualquer laivo de xenofobia ou por ocasional esprito heterodoxo. Apenas no cremos que, fora de princpio, o novo deva ser sempre aceito s porque de novo se trata; a ser assim, teramos de comear a temer pela sorte das boas tradies, em muitas das quais esto fi ncadas as pilastras de nossa cultura jurdica.

    O substantivo Smula (do latim summula), do ponto de vista lxico, indica a pequena suma, a eptome, o resumo que se faz de alguma obra, com preciso e clareza; transposto para o tecnicismo da linguagem processual, representa a sedimentao compendiada da jurisprudncia dos tribunais. Sob esse aspecto, o termo pode ser visto como uma espcie de abreviativo e no corruptela da expresso: Smula da Jurisprudncia Uniforme do Tribunal Superior do Trabalho. Do mesmo radical defl uem o verbo sumular (fazer a smula de) e o substantivo sumulista (aquele que faz smulas), no estando dicionarizada a adjetivao do vocbulo (v. g., direito sumular, atividade sumular e o mais).

    No Brasil, o verbete est entranhado na tradio processual e judiciria, bastando lembrar que a prtica, em nosso meio, da adoo de smulas foi inaugurada pelo STF, mediante emenda ao seu Regimento Interno, realizada em 28 de agosto de 1963; a Smula do Excelso Pretrio foi aprovada na sesso plenria de 13 de dezembro do mesmo ano, sendo publicada, ofi cialmente, como anexo norma interna corporis daquele sodalcio.

    No TST, elas penetram tambm por fora de emenda regimental. Consulte-se, a respeito, a Emenda n. 16 (Revista LTr, 1970, p. 100).

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  • 20 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

    As primeiras Smulas do TST foram aprovadas em grupo, alis pela Resoluo Administrativa n. 28/69, publicada no DOG de 21 de agosto de 1969 (Parte III, p. 13.393).

    J enunciar, verbo transitivo (do latim enuntiare), signifi ca a expresso de uma ideia, de um pensamento, de um problema; da o adjetivo enunciado dizer daquilo que foi mani-festado por palavras: o enunciado de uma tese, de uma proposio, de um discurso, de uma norma legal etc.

    Quando deslocado para o campo jurdico, todavia, o termo revela-se vago, impreciso, difano, no identifi cando, como exige o rigor tcnico, o ato ou a coisa a que pretende referir-se; afi nal, o enunciado pode ser de um despacho, de uma sentena, de um acrdo, de qualquer ato jurisdicional ou administrativo. Como dele diria Julliot de La Morandire, na esfera jurdica: cela ne signifi e rien. Segue-se que a nica transigncia possvel, nessa matria, quanto ao uso da palavra com funo caracteristicamente elptica: enunciado(= da Smula da Jurisprudncia Uniforme do TST); fora disso, pelo que nos dado opinar, ser fazer perigosa concesso acirologia.

    Nossa defesa da permanncia do vocbulo smula no deve ser interpretada como reacionarismo retrgrado ou como um obstinado amor logomaquia; se assim agimos quem sabe at de maneira insulada porque estamos conscientes da necessidade de preservar-se a linguagem jurdica da infi ltrao de certas palavras inadequadas, capa-zes de lhe comprometer a exao cientfi ca, com serem, v. g., de signifi cado impreciso, anfi bolgico, metafrico e o mais.

    Smula, portanto, e no, data venia, Enunciado.

    Salvo se Enunciado da Smula.

    Ou Enunciado, por elipse.

    Curitiba, abril de 1986.

    O Autor

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  • 21SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    Prembulo 12. Edio

    No julgamento do Recurso Extraordinrio n. 405.031-AL, realizado em 15-10-2008 (acrdo publicado em 16-4-2009), sendo Relator o Ministro Marco Aurlio, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucionais as normas do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho, que dispunham sobre a fi gura da Reclamao, por entender que somente mediante lei que se poderia institu-la.

    Eis a ementa do acrdo:

    RECLAMAO REGNCIA REGIMENTO INTERNO IMPROPRIEDADE. A criao de instrumento processual mediante regimento interno discrepa da Constituio Federal. Consideraes sobre a matria e do atropelo da dinmica e organicidade prprias ao Direito.

    Tempos depois, o TST, por seu Tribunal Pleno, editou o Ato Regimental n. 2, de 15 de setembro de 2011 (DEJT de 16 do mesmo ms e ano), revogando os arts. 69, I, a, e 196 a 200, do seu Regimento Interno, que disciplinavam a competncia, o cabimento e o processamento da Reclamao.

    A despeito disso, para efeito de registro histrico, mantivemos o Captulo XIV, da Segunda Parte deste livro, que se ocupava da Reclamao.

    Curitiba, abril de 2014.

    O Autor

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  • Primeira Parte

    Generalidades

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  • 25SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    Captulo I

    O Reexame das DecisesJudiciais ao Longo dos Tempos

    1. Escoro histrico

    A aptido para formular juzos de valor a respeito das coisas do mundo sensvel em geral constitui, sem dvida, um dos mais signifi cativos predicados da racionalidade humana; da por que o notvel fi lsofo Ren Descartes fundador do moderno racio-nalismo (penso, logo existo) pde afi rmar, com inegvel acerto, que o poder de bem julgar e de distinguir o verdadeiro do falso, que propriamente o que se denomina o bom-senso ou a razo, igual, por natureza, em todos os homens(1).

    Esse atributo, todavia, adquire extraordinria importncia quando, ajustado ptica do ordenamento jurdico em vigor, utilizado na apreciao dos prprios atos humanos, ou dos fatos da vida em sociedade pois se sabe que o homem, a partir de certo momento de sua histria, tornou-se julgador dos seus semelhantes, na ordem terrena, seja para reconhecer-lhes a existncia de um direito; seja para compeli-los a respeitar a esfera jurdica alheia, seja para o que mais fosse necessrio ou conveniente.

    Pode-se sustentar, por isso, que o homem, a par de reconhecidamente gregrio, tambm um ente capaz de julgar.

    As fontes revelam, a propsito, que no curso da Histria a fi gura do julgador precedeu, em muito, do legislador(2); com efeito, o ofcio de julgar, bem antes da existncia da judicatura de natureza institucional, foi cometido aos sacerdotes (cujas decises supunham-se consoantes com o desejo das divindades) ou aos ancios (que eram, pela longa vivncia, profundos conhecedores dos costumes do grupamento social a que os indivduos em confl ito se achavam integrados). S mais tarde foi que o Estado avocou, em carter monopolstico e como medida tendente a preservar a estabilidade das relaes sociais, o encargo de compor heteronomamente as lides, instituindo, para essa fi nalidade, um poder especfi co: o Judicirio.

    A falibilidade, contudo, sempre se fez inerente natureza humana; sendo assim, a possibilidade de haver equvoco ou qualquer outra erronia (involuntria, ou no) nas decises proferidas pelos julgadores logo afl orou conscincia de todos, e, em particular, do legislador, como algo to natural e inevitvel quanto o prprio ato de pensar. Tambm

    (1) Discurso sobre o mtodo. Trad. Paulo M. Oliveira. Rio de Janeiro: Athena, s.d., p. 9.

    (2) CINTRA; GRINOVER; DINAMARCO. Teoria geral do processo. So Paulo: Revista dos Tribunais, 1979. p. 5.

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  • 26 MANOEL ANTONIO TEIXEIRA FILHO

    no se perdeu de vista a circunstncia de alguns julgamentos serem at mesmo suscetveis de sofrer fortes infl uncias de fatores subjetivos, como a emoo, ou de certas injunes externas, como, v. g., as presses do poder constitudo, da Igreja, a ingerncia das classes dominantes, os interesses de grupos etc.

    Parece-nos razovel reconhecer nessa espcie de conscincia de falibilidade das decises humanas a causa essencial e remota de haver-se permitido e em alguns casos tornado obrigatrio o reexame dos pronunciamentos jurisdicionais por rgo, em regra, hierarquicamente superior. Do ponto de vista eminentemente objetivo, todavia, no h negar que essa reviso dos julgamentos surgiu para atender aos inomitveis im-perativos de justia e de credibilidade das resolues judiciais, como forma de preservar a prpria paz social. Os jusnaturalistas, porm, sustentam que os recursos decorrem do direito natural; dentre eles, citamos Gouvea Pinto. No concordamos, data venia, com esse entendimento. Pode-se dizer que o anseio de justia seja algo que se relacione com o direito natural; no h, todavia, como vislumbrar nesse direito o fundamento do instituto recursal, uma vez que embora infrequente h casos em que uma sentena justa substituda por um acrdo injusto, conforme j advertia Ulpiano.

    Seria inescusvel omitir, por outro lado, que esse revisionamento teve, em deter-minadas pocas, um escopo marcadamente poltico, bastando lembrar a atuao dos Prncipes, no sculo XV, que, ao se tornarem antifeudais, passaram a empenhar-se, com denodo, na centralizao e no consequente monoplio da atividade legislativa e da administrao da justia, como estratagema sutil para provocar o enfraquecimento dos feudos. Tal fato levou Glasson e Tissier a afi rmarem, com razo, que lhistoire du droit dappel est troitement mle lhistoire des progress du pouvouir royal (Trait Thorique et Pratique dOrganisation Judiciaire de Comptence et de Procdure Civile, vol. I, p. 81). Em traduo livre: A histria do direito de apelao est estreitamente ligada ao progresso do poder real.

    Nesse quadro de prepotncia e de despotismo, avultava-se, como uma espcie de senhor da justia, a fi gura do rei; qualquer julgamento somente poderia ser realizado por ele, ou mediante sua delegao de poderes. Ao monarca fi cava reservado, em qualquer hiptese, o direito de rever as decises prolatadas por seus prepostos; essa prerrogativa o fazia, evidncia, todo poderoso diante dos senhores feudais, dos suseranos, e, em sentido mais amplo, dos reinis em geral.

    Vale ser mencionado, como espelho fi el e expressivo desse perodo, o 1. do Ttulo V, Livro III, das Ordenaes Filipinas, que estatua: Porm, ns poderemos mandar em todo caso por simples petio trazer perante ns per nosso especial mandado qualquer feito, ainda que seja da almotaceria, quando houvermos por nosso servio, porque assim foi usado pelos Reis, que ante ns foram. A almotaceria era um tribunal antigo, presidido por um almotacel, cuja competncia era para taxar, avaliar e fi xar os preos dos gneros alimentcios, ao qual igualmente se atribua o encargo de cuidar da exatido dos pesos e medidas (do rabe: Al muhtaaib = mestre de aferio).

    A reapreciao dos julgados, entretanto, no data do perodo reinol, como se possa supor; em verdade, quase to antiga quanto o prprio direito material dos povos, a

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  • 27SISTEMA DOS RECURSOS TRABALHISTAS

    despeito de no se poder cogitar, em rigor, nos albores da civilizao humana, da fi gura do recurso, conforme a posio que esse salutar instituto ocupa no quadro da moderna cincia processual. De qualquer maneira, como pondera Alcides de Mendona Lima, o que importa, efetivamente, estabelecer, nas fontes histricas, que, em essncia, a ideia de recurso se acha arraigada no esprito humano, como uma tendncia inata e irresistvel, como uma decorrncia lgica do prprio sentimento de salvaguarda a um direito, j ameaado ou violado em uma deciso(3).

    Dessa linha de entendimento no discrepa Othon Sidou, para quem A reanlise das apreciaes destinadas a fazer justia h de perder-se, pois, na aurora da vida coletiva, conferindo aos recursos, sentido lato, a mais natural contemporaneidade com as sen-tenas, o que vale dizer, nasceu com o direito(4). Observa com propriedade Mattirolo: Se per appello sintende in genere il mezzo di chiedere e di ottenere la riparazione di una sentenza ingiusta, ben si pu dire che esso coavo alle pi remotte civilit; perch in tutti i tempi si sentido il bisogno di protestare contro una sentenza ingiusta, ed al bisogno si provveduto com mezzi conformi alle idee ed alle condizioni dei tempi(5).

    Estabelecidas essas consideraes, convm efetuarmos, a seguir, a ttulo de ilustrao, um escoro histrico das principais legislaes que dispuseram, segundo as suas peculia-ridades, sobre a impugnao das decises inferiores, cujos meios se foram aprimorando na sequncia dos sculos, e mesmo dos milnios, at atingirem o atual estdio dos recursos.

    1.1. Babilnia

    Mandado elaborar pelo fundador da dinastia amorita, entre os anos 2123 a 2080, antes de Cristo, o Cdigo de Hammurabi constitui, at onde sabemos, o mais antigo texto legislativo conhecido pelo homem. Trata-se de um monlito insculpido em uma estela de diorito, medindo 2,25 metros de altura, por 1,90 de circunferncia, na base, que atual-mente est a enriquecer o acervo do famoso museu do Louvre, em Paris. Nele, segundo Jayme de Altavila (Origem dos Direitos dos Povos. 3.a ed., So Paulo: Melhoramentos, 1963. p. 29), ressalta a fi gura de Schamasch, o Deus-Sol, atribuindo juventude e capacidade de Hammurabi (tambm denominado Khamu-Rabi, de origem rabe) a codifi cao que remonta a milnios.

    Conforme demonstram as suas disposies, os juzes eram nomeados pelo prprio rei, admitindo-se, inclusive, a revogao das suas sentenas, no sem graves consequncias morais para o julgador que as houvesse proferido; sem embargo, estava expresso no art. 5.

    (3) Os jusnaturalistas, porm, sustentam que os recursos decorrem do direito natural; dentre eles, citamos Gouvea Pinto. No concordamos, data venia, com esse entendimento. Pode-se dizer que o anseio de justia seja algo que se relacione com o direito natural; no h, todavia, como vislumbrar nesse direito o fundamento do instituto recursal, uma vez que embora infrequente h casos em que uma sentena justa substituda por um acrdo injusto.

    (4) Tal fato levou Glasson e Tissier a afi rmarem, com razo, que lhistoire du droit dappel est troitemente mle lhistoire des progress du pouvouir royal (Trait thorique et pratique dorganisation judiciaire de comptence et de procdure civile, vol. I, p. 81).

    (5) Trattato di diritto giudiziario civile italiano, vol. IV, p. 404, apud BERMUDES, Sergio. Comentrios ao Cdigo de Processo Civil. So Paulo: Revista dos Tribunais, 1977. p. 14.

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    desse vetusto Cdigo que, Se um juiz dirige um processo e profere deciso e redige por escrito a sentena, se mais tarde o processo denota erro e aquele juiz, no processo que dirigiu, convencido de ser causa do erro, ele ento deve pagar doze vezes a pena que era estabelecida no processo e se dever publicamente expuls-lo de sua cadeira de juiz (reconstituio do texto efetuado por Bonfante, apud Othon Sidou, obra cit., p. 9).

    Como se percebe, essa penalidade infamante, que o Cdigo de Hammurabi infl igia ao juiz que incidisse em erro (e reconhecesse, mais tarde, que lhe havia dado causa), decorria do fato manifesto de se haver feito, em atitude insensata, tbua rasa do trusmo da falibilidade humana, sobre a qual estivemos a discorrer h instantes.

    A punio violenta aos julgadores pode mesmo ser apontada como uma das caractersti-cas de certas legislaes priscas, como o caso da prsica; com apoio nela, Cambises mandou que se esfolasse vivo um juiz considerado corrupto, tendo a sua pele sido utilizada para estofar a cadeira do litigante prejudicado por ele. Como se no bastasse, o fi lho deste foi designado para exercer as mesmas funes do magistrado submetido a essa execrvel imolao.

    1.2. ndia

    Embora o Cdigo de Manu (Manava Dharma Sastra) houvesse institudo a fi gura do juiz-instrutor, as fontes indicam que o julgamento defi nitivo incumbia ao rei, prevalecendo, dessa forma, aquilo que fosse por ele decidido. Manu foi uma espcie de Ado do paraso indiano. Esse Cdigo integra a coleo dos livros bramnicos, estando compreendido em quatro compndios: o Maabrata, o Romaina, os Purunas e as Leis de Manu.

    Essa singularidade evidencia que o referido Cdigo tambm previa a reapreciao dos julgados inferiores.

    1.3. Hebreus

    Organizados, inicialmente, sob um governo teocrtico, os hebreus entendiam que o juzo nico apenas poderia ser realizado por Deus, nunca pelos homens; por isso, no deferiam ao monarca a funo de julgar.

    Os seus rgos judicantes eram compostos de trs ou mais pessoas: o Din Mirphat (tribunal dos vinte e trs), por exemplo, era dotado de competncia para apreciar, em grau de apelao, as decises proferidas pelo Din Mammona (tribunal dos trs), com o que se constata, igualmente, nessa legislao, a possibilidade de reexame das decises do rgo secundrio (Din Mammona).

    1.4. Egito

    Posteriormente vigsima-primeira dinastia, as cidades egpcias de Helipolis, Mnfi s e Tebas passaram a contar com tribunais compostos de sacerdotes, a quem se cometia o ofcio de julgar (secretamente, alis); acima deles havia, em Tebas, uma Corte Suprema constituda de trinta membros, cuja competncia era para conhecer, em grau de recurso, as causas cveis decididas pelos rgos inferiores.

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