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Stewardship de Antimicrobianos como parte da Estratégia de Prevenção de Infecção AMECI - BH/MG 25/11/2017 [email protected]

Stewardship de Antimicrobianos como parte da Estratégia ... - …ameci.org.br/wp-content/uploads/2018/03/Aula-ameci-25-11-2017-.pdf · Infectious Diseases Society of America (IDSA)

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Stewardship de Antimicrobianos

como parte da Estratégia de Prevenção de

Infecção

AMECI - BH/MG

25/11/2017

[email protected]

1- MSD

a) Recebo valores por aulas e artigos

• História

• Princípios básicos

• Revisão das estratégias utilizadas (reflexões)

• Resultados e Interface com o CIH

• Mensagens

Agenda

“Se uma ideia ou projeto não puder ser explicada de forma simples e rápida, ela

não interessa...”

História

1940 / 1980

Spellberg D & Gilbert DN. CID. 2014;59 (S2):s71.

✓ 1948 – Percepção de poder vencer as doenças infecciosas com a Penicilina

✓ 1950 – Resistência??!! Resposta da indústria com novas drogas

✓ 1962 - “One can think of the middle of the 20th century as the end of one of the most important social revolutions in history, the virtual elimination of the infectious diseases as a significant factor in social life” – F. M. Burnet (Nobel 1960)

História

Spellberg D & Gilbert DN. CID. 2014;59 (S2):s71.

✓ 1965 – “Round table: are new antibiotics needed?”

Finland M, Kirby WM, Chabbert YA, et al. Antimicrob Agents Chemother 1965; 5:1107–14.

✓ 1980 – “I cannot conceive of the need for . . . more Infectious

Disease specialists . . . unless they spend their time culturing each other”

Petersdorf RG. The doctors’ dilemma. N Engl J Med 1978; 299:628.

Petersdorf RG. Whither infectious diseases? memories, manpower, and money. J Infect Dis 1986; 153:189

História

1980 / 1990

História

Estudo SENIC

– “Study on Efficacy of Nosocomial Infection Control”

– CDC (Centers for Disease Control and Prevention - EUA) entre 1974 e 1983

– 5.100 hospitais

– Redução de 32% nas IH nos hospitais que implementaram

1. Vigilância ativa;

2. Um profissional de Controle de Infecção para cada 250 leitos;

3. Um epidemiologista hospitalar;

4. Vigilância de Infecção de Sítio Cirúrgico (SWIs) e retorno das taxaspara os cirurgiões.

Haley, R. W., Culver, D.H., White, J.W, et al Am. J. Epidemiol, 1985

História

“Many physicians in the USA, as in other

countries, felt that choice of antimicrobials

was the right – some seemed to believe the

divine right – of doctors to do whatever in

their opinion was best for the patients”

1- Hampton Jr. Br Med J (clin Res Ed.), 1983; 287:1237

História

Anos 2000

História

• Estudo “ICUs Michigan”

– 108 UTIs, Michigan

– Redução de 70% nas IPCS associada ao CVC nos hospitais que implementaram um

“bundle”.

1- Pronovost P, et al . N Engl J Med, 2007

História

História

História

Prevenir Infecção Detecção PrecoceTratamento

Apropriado

Emergência de

Resistência Bacteriana

Implementar evidências atuais

Inovações

Programas de “Antibiotic Stewardship”

Ferramentas de diagnóstico rápido

Sepsis

Transmissão entre

Instituições

Prevenção

Cuidados Agudos

Resposta

Com Fronteiras Claras

Eliminação

Toda Cadeia de Saúde e Comunidade

Estratégias de Contenção

Pensar Globalmente

Modelo Holístico de Cuidado“Visão da Dra. Denise Cardo – CDC EUA”

17

Início

2013

• Consiste na otimização do uso de antimicrobianos através

da seleção, dose e duração do uso destes medicamentos,

resultando em um melhor desfecho clínico para o

tratamento ou prevenção das infecções, com mínima

toxicidade para o paciente, e um mínimo impacto no

desenvolvimento de resistência.

• Visa um conjunto de ações

envolvendo equipe multidisciplianar.

Conceitos

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

BE

NE

FÍC

IOS

ANTIMICROBIAL STEWARDSHIP PROGRAM

RE

SU

LTA

DO

SP

AS

SO

-A-P

AS

SO

Promoção do uso racional de antimicrobianos –

Primeiro passo no Programa de Racionalização

de Antimicrobianos

▪ Garantir que todas as prescrições tenham dose,

duração e indicação corretas.

▪ Obter culturas antes de iniciar o antibiótico.

▪ Ter um “timeout de antibióticos” reavaliado o uso

após 48-72 horas.

Programas de racionalização de antimicrobianos

são um lucro para todos os envolvidos

▪ Estudo da Universidade de Maryland mostrou que um

programa de Racionalização de Antimicrobianos economizou

um total de US$ 17 milhões em oito anos.

▪ Melhorar a assistência ao paciente e tempo de permanência hospitalar, beneficiando pacientes e o hospital.

Aumenta

✓ Desfecho clínico favorável

Diminui

✓ Resistência microbiana

✓ Infecção por Clostridium Difficile

✓ Custos

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

• Contextualização

– Do que se trata?

– A quem interessa? Por que interessa?

– O que eu ganho com isso?

– Como se faz?

– Como eu provo que funciona?

– Alguns exemplos

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Impacto na

Prática

Por que da

Necessidade de

Gerenciar o seu

Uso

Relação com o

Uso de

Antibióticos

Resistência

Bacteriana

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Impacto na

Prática

Por que da

Necessidade de

Gerenciar o seu

Uso

Relação com o

Uso de

Antibióticos

Resistência

Bacteriana

Resistência

Bacteriana

Resistência

Bacteriana

Resistência

Bacteriana

Resistência

Bacteriana

Resistência

Bacteriana

AL

392.000

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Impacto na

Prática

Por que da

Necessidade de

Gerenciar o seu

Uso

Relação com o

Uso de

Antibióticos

Resistência

Bacteriana

Impacto na

Prática

Tratamento das infecções é empírico

American Thoracic Society (ATS) / Infectious Diseases Society of America (IDSA)

Terapia Antimicrobiana Inapropriada:

“Uso de ATM com pouca ou nenhuma atividade “in vitro” contra micoorganismos identificados causando infecção no sítio da infecção”

ATS. 2005. Am J Respir Crit Care Med 171: 388

Impacto na

Prática

Alvarez-Lerma F. Intensive Care Med. 1996;22:387-394.

Dupont H, et al. Intensive Care Med. 2001;27:355-362.

Kollef MH, et al. Chest. 1999;115:462-474.

Antibiótico inicial inadequado

inadequadoAntibiótico inicial adequado

Luna CM, et al. Chest. 1997;111:676-685.

Rello J, et al. Am J Respir Crit Care Med. 1997;156:196-200.

Ruiz M, et al. Am J Respir Crit Care Med. 2000;162:119-125.

Importância da Antibioticoterapia Inicial

MORTALIDADE (%)

Importância da Antibioticoterapia Inicial

MORTALIDADE (%)

Kang C,I et al. Antimicrob Agents Chemother. 1996;49:760.

Harbarth S, et al. Am J Med. 2003;115:529.

Micek ST, et al. Pharcotherapy. 2005;25:26.

Leibovici L, et al. J Intern Med. 1998;244:379.

Ibrahim EH, et al. Chest. 2000;118:146.

Hyle EP, et al. Arch Intern Med. 2005;165:1375.

Lodise TP, et al. Clin Infect Dis. 2003;36:1418

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Fração sobreviventes Início antibioticoterapia efetiva

TEMPO PARA INÍCIO DE ANTIBIÓTICO EFETIVO

E MORTALIDADE EM 2.731 PACIENTES

COM CHOQUE SÉPTICO

82.7%

42%

7.46%

7.6%/hora

12%/hora

%

Kumar A, et al. Crit Care Med 2006; 34:1589

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Impacto na

Prática

Por que da

Necessidade de

Gerenciar o seu

Uso

Relação com o

Uso de

Antibióticos

Resistência

Bacteriana

✓ Mecanismos pelos quais o uso de ATMspode induzir resistência(Fraimow HS. Crit Care Clinic, 2011)

✓Seleção de cepas mutantes após exposição ao ATM

Relação com o

Uso de Antibióticos

✓ Mecanismos pelos quais o uso de ATMs pode induzir resistência (Fraimow HS. Crit Care Clinic, 2011)

✓ Superinfecção por uma nova bactéria resistente após exposição ao ATM

Relação com o

Uso de Antibióticos

✓ Mecanismos pelos quais o uso de ATMs pode induzir resistência(Fraimow HS. Crit Care Clinic, 2011)

✓ Transferência de um gene que confere resistência a uma bactéria sensível

Relação com o

Uso de Antibióticos

✓ Inúmeros estudos documentam a correlação do uso de ATMs com desenvolvimento de resistência

(Owens Jr. 2008)

(Albrich WC. EID, 2004)

Relação com o

Uso de Antibióticos

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Impacto na

Prática

Por que da

Necessidade de

Gerenciar o seu

Uso

Relação com o

Uso de

Antibióticos

Resistência

Bacteriana

✓ 130 hospitais – EUA em 2002/03 – 50 ATMs – 59,8% dos pacientes usou pelo menos 1 dose

(Polk RE. CID, 2007)

✓ 32 hospitais – UE em 21 países em 2008 – 32% das crianças internadas recebiam ATMs

(Amadeo B. JAC, 2010)

✓ Utilização em países da AL – 1997-07(Wirtz VJ. Rev Panam Salud Publica, 2010)

✓ 323 hospitais – EUA em 2010 – 55,7% dos pacientes receberam ATMs

(Fridkin S. MMWR, 2014)

✓ Uso no HCor(“point prevalence” – 3 dias 2013) ✓ Total: 47% utilizavam ATMs para tratamento✓ UTI adulto: 87%✓ UTI pediátrica: 71%

Por que da

Necessidade de

Gerenciar o seu Uso

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

✓ IDSA – 50% do uso é inapropriado(Dellit. CID, 2007) (Ohl. IDCNA, 2014)

✓ Porque são frequentemente utilizados de forma inadequada

• Quando são utilizados sem indicação• Quando são utilizados por tempo maior que o necessário• Quando se utilizam em doses inadequadas• Quando se utilizam antimicrobianos de amplo espectro para

microorganismos muito sensíveis• Quando se utilizam antimicrobianos inadequados para determinada

infecção

Por que da

Necessidade de

Gerenciar o seu Uso

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Impacto na

Prática

Por que da

Necessidade de

Gerenciar o seu

Uso

Relação com o

Uso de

Antibióticos

Resistência

Bacteriana

Controle das IAAS e Resistência Bacteriana

Higienização das mãos

Limpeza do ambiente

Métodos de barreira

Isolamento e precauções

Uso racional de antimicrobianos

Adapted: Slayton RB, et al. MMWR. 2016.

http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm6430.pdf

Controle das IAAS e Resistência Bacteriana

Higienização das mãos

Limpeza do ambiente

Métodos de barreira

Isolamento e precauções

Uso racional de antimicrobianos

Adapted: Slayton RB, et al. MMWR. 2016.

http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm6430.pdf

Controle das IAAS e Resistência Bacteriana

Higienização das mãos

Limpeza do ambiente

Métodos de barreira

Isolamento e precauções

Uso racional de antimicrobianosUso racional de

antimicrobianos

Adapted: Slayton RB, et al. MMWR. 2016.

http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm6430.pdf

Controle das IAAS e Resistência Bacteriana

Higienização das mãos

Limpeza do ambiente

Métodos de barreira

Isolamento e precauções

Uso racional de antimicrobianosUso racional de

antimicrobianos

Adapted: Slayton RB, et al. MMWR. 2016.

http://www.cdc.gov/mmwr/pdf/wk/mm6430.pdf

Elementos Essenciais de um Programa

Front-End Strategy

Pré-autorização e Restrição

• Redução imediata do

consumo e dos custos (A-II)

• Controle de surtos (B-II)

• Segundo Cochrane, efetiva no

início

• Porém:

‒ Utiliza mais recursos

‒ Pode retardar o Tx adequado

‒ Conflitos

‒ “gaming the system”

Back-End Strategy

Auditoria prospectiva e

“feedback”

• Estratégia mais adaptável

• Informação disponível

• Permite de-escalonamento

• Segundo a Cochrane, mais

efetiva a longo prazo

• Porém:

‒ Recomendação pode não ser

aceita, mas restitui a autonomia

Elementos EssenciaisGuideline 2016 - IDSA

Elementos Essenciais de um Programa

- Estratégias (Intervenções, otimização, diagnóstico micro/lab, mensuração e pop. Especiais)

Barlam TF, et al. CID. 2016.

Elementos EssenciaisGuideline 2016 - IDSA

Elementos Essenciais de um Programa- Estratégias (Intervenções, otimização, diagnóstico micro/lab, mensuração e pop. Especiais)

Guideline for Implementing an Antibiotic Stewardship Program. 2016. CID DOI: 10 1093/cid/ciw118

• Pré-autorização X Auditoria e “feedback”

• Programa educacional

• Guias terapêuticos adaptados à realidade local para Síndromes Infecciosas

• Estratégias específicas para controle de C. dif.

• Incorporação de Sistemas de Suporte à decisão

Elementos EssenciaisGuideline 2016 - IDSA

Elementos Essenciais de um Programa- Estratégias (Intervenções, otimização, diagnóstico micro/lab, mensuração e pop. Especiais)

Guideline for Implementing an Antibiotic Stewardship Program. 2016. CID DOI: 10 1093/cid/ciw118

• Ajustes de doses para vancomicina e aminoglicosídeos

• Pk/Pd para Beta lactâmicos

• Swicth EV – VO

• Avaliação de alergia aos Beta lactâmicos

• Redução do tempo de tratamento

Elementos EssenciaisGuideline 2016 - IDSA

Elementos Essenciais de um Programa- Estratégias (Intervenções, otimização, diagnóstico micro/lab, mensuração e pop. Especiais)

Guideline for Implementing an Antibiotic Stewardship Program. 2016. CID DOI: 10 1093/cid/ciw118

• Antibiograma estratificado

• Testes de susceptibilidade seletivos ou em cascata

• Paineis virais rápidos para respiratório

• Métodos diagnósticos rápidos em sangue

• Procalcitonina

• Bio-marcadores para infecção fúngica

Elementos EssenciaisGuideline 2016 - IDSA

Elementos Essenciais de um Programa- Estratégias (Intervenções, otimização, diagnóstico micro/lab, mensuração e pop. Especiais)

Guideline for Implementing an Antibiotic Stewardship Program. 2016. CID DOI: 10 1093/cid/ciw118

• DOT x DDD

• Custo sobre prescrição ou administração x aquisição

• Desfechos por diagnósticos sindrômicos

Elementos EssenciaisGuideline 2016 - IDSA

Elementos Essenciais de um Programa- Estratégias (Intervenções, otimização, diagnóstico micro/lab, mensuração e pop. Especiais)

Guideline for Implementing an Antibiotic Stewardship Program. 2016. CID DOI: 10 1093/cid/ciw118

• Unidades hemato/oncológicas e neutropenia febril

• Antifúngico em imunossuprimidos

• Neonatal

• Casas de repouso

• Pacientes em cuidados paliativos

Elementos EssenciaisGuideline 2016 - IDSA

http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/noticias/98-consulta-restrita-n-01-2016-gvims-ggtes-anvisa-gt-antimicrobiano

Acesso ao pdf pelo link - http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/diretriz-nacional-para-o-uso-de-antimicrobianos-em-servicos-de-saude

• Protocolos clínicos– Realidade local

– Comunitário / Nosocomial

• Auditoria de ATMs

• Formulários

• Farmácia clínica

• Monitoramento– Consumo

– Desfecho

– Adequação

– Microbiologia

• Educação

Elementos Essenciais

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

Dia 1 Dia 3 Dia X (8 a 10)

CPOE ou

Manual

Formulário

Protocolo

Local

Escolha do ATB

empírica

Fase I

Exe

mp

lo d

e F

luxo

Scott II, R.D. & Roberts, R.R. The Attributable Costs of Resistant Infections in Hospitals Settings:

Economic Theory and Applications. In: Owens, R.C. Jr. & Lautenbach, E. Informa Heathcare, 2008. p.271

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

Dia 1 Dia 3 Dia X (8 a 10)

CPOE ou

Manual

Formulário

Protocolo

Local

Escolha do ATB

empírica

Prescrição

avaliada

Farmácia

Avaliação

do ID

Recebe o

ATB

Depende do

Programa

Fase I Fase II

Exe

mp

lo d

e F

luxo

Scott II, R.D. & Roberts, R.R. The Attributable Costs of Resistant Infections in Hospitals Settings:

Economic Theory and Applications. In: Owens, R.C. Jr. & Lautenbach, E. Informa Heathcare, 2008. p.271

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

“Time-out”

Pro-calcit.

Culturas

Molecular

Reavaliação

Condição

clínica

Descalona

IV-VO

Stop

Dia 1 Dia 3 Dia X (8 a 10)

CPOE ou

Manual

Formulário

Protocolo

Local

Escolha do ATB

empírica

Prescrição

avaliada

Farmácia

Avaliação

do ID

Recebe o

ATB

Depende do

Programa

Fase I Fase II Fase III

Exe

mp

lo d

e F

luxo

Scott II, R.D. & Roberts, R.R. The Attributable Costs of Resistant Infections in Hospitals Settings:

Economic Theory and Applications. In: Owens, R.C. Jr. & Lautenbach, E. Informa Heathcare, 2008. p.271

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no HCor

“Time-out”

Pro-calcit.

Culturas

Molecular

Reavaliação

Condição

clínica

Descalona

IV-VO

Stop

Dia 1 Dia 3 Dia X (8 a 10)

CPOE ou

Manual

Formulário

Protocolo

Local

Escolha do ATB

empírica

Prescrição

avaliada

Farmácia

Avaliação

do ID

Recebe o

ATB

Depende do

ProgramaComplementação

Tempo

adequado

Feedback

Indicadores

Desfecho

Fase I Fase II Fase III Fase IV

Exe

mp

lo d

e F

luxo

Scott II, R.D. & Roberts, R.R. The Attributable Costs of Resistant Infections in Hospitals Settings:

Economic Theory and Applications. In: Owens, R.C. Jr. & Lautenbach, E. Informa Heathcare, 2008. p.271

Antimicrobial Use Metrics and Benchmarking to Improve Stewardship Outcomes

Methodology, Opportunities, and Challenges

Ibrahim OM & Polk RE. Infect Dis Clin N Am. 2014;28: 195.

✓ Stewardship: melhorar a qualidade da prescrição do ATM

✓ Medindo consumo para avaliar se minha intervenção funcionou

✓ Medindo o desfecho.

✓ Historicamente: custo

✓ Recentemente: CDI e Resistência

✓ J.McGowan: “Inicialmente processo , mas desfecho é fundamental para a manutenção dos programas”

Antimicrobial Use Metrics and Benchmarking to Improve Stewardship Outcomes

Methodology, Opportunities, and Challenges

Ibrahim OM & Polk RE. Infect Dis Clin N Am. 2014;28: 195.

✓ Recomendações para mensuração do uso de ATM e as suas consequências:

✓ Devem conter indicadores de processo e resultado (uso e desfecho)

✓ Devem conter: ✓ “benchmarking” de uso na instituição e entre instituições, identificando as

intervenções mais efetivas e eficientes na otimização do uso

✓ Desenvolvimento de medidas claras, bem definidas e validadas de processo e desfecho

✓ Desfechos devem ser coletados após as intervenções para garantir a sustentabilidade do programa (custos, dias de ATM, mudanças em práticas de prescrição e MDRs e CDI)

✓ Embora os programas visem adesão aos guias de tratamento locais, eles são apenas “proxys” do desfecho clínico (o que realmente importa)

Antimicrobial Use Metrics and Benchmarking to Improve Stewardship Outcomes

Methodology, Opportunities, and Challenges

Ibrahim OM & Polk RE. Infect Dis Clin N Am. 2014;28: 195.

✓ Recomendações para mensuração do uso de ATM e as suas consequências (cont.):

✓ A instituição deve ter um processo multidisciplinar para rever o Stewardship (uso, perfil de sensibilidade, formulário de ATM, etc.)

✓ A variável mais mensurada nos estudos é a mudança no padrão de consumo relacionada com total no consumo.

✓ “Show me the Money” e desfecho clínico

✓ Ligar o consumo a possibilidade de “overuse and misuse”

Chen DK, et al. 1999. N Engl J Med; 341(4): 233

DECREASED SUSCEPTIBILITY OF STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE TO FLUOROQUINOLONES IN CANADA

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Rita D Olan. AJN, 2017; 117(8)

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Rita D Olan. AJN, 2017; 117(8)

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Rita D Olan. AJN, 2017; 117(8)

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

Rita D Olan. AJN, 2017; 117(8)

Fevereiro 2017Davey P, et al. Cochrane Databases of Systematic Reviews. 2017.

✓ 221 estudos (58 RCT e 163 NRCT)

✓ EUA 96, EU 87, América do Sul 8, 4 Brasil

✓ Atualizou outras revisões anteriores

✓ Melhora a adesão aos protocolos com estratégias facilitadoras em 15%

✓ De 43% para 58%

✓ Reduz o tempo de tratamento (1,95 dia)

✓ Reduz o tempo de permanência (1,12 dia)

Davey P, et al. Cochrane Databases of Systematic Reviews. 2017.

Interventions to improve antibiotic prescribing practices forhospital inpatients (Review)

✓ Quais foram as estratégias:

✓ Facilitadores na prescrição SEM restrição

✓ Restrição SEM facilitadores

✓ Restrição E facilitadores

✓ Nenhuma intervenção

✓ Objetivo principal:

✓ Efetividade e segurança das intervenções para melhorar a prescrição de antimicrobianos em pacientes internados usando estratégias facilitadoras e restritoras

Davey P, et al. Cochrane Databases of Systematic Reviews. 2017.

Interventions to improve antibiotic prescribing practices forhospital inpatients (Review)

✓ Quais foram as intervenções✓ Auditoria e feedback definido como um

resumo da performance sobre o assunto em questão num período definido de tempo

✓ Educação através de encontro ou distribuição de material educativo

✓ Divulgação educacional através de detalhamento acadêmico

✓ Revisão individual dos casos através de recomendação para mudança

✓ Lembretes fornecido verbalmente, no papel ou no local de trabalho (posters, mensagens), além de mensagens no computador

✓ Influência na prescrição de antimicrobianos através de mudança para computador ou utilização de testes rápidos para diagnóstico ou biomarcador

Davey P, et al. Cochrane Databases of Systematic Reviews. 2017.

Interventions to improve antibiotic prescribing practices forhospital inpatients (Review)

✓ Quais foram as intervenções restritivas

✓ Antibiograma seletivo

✓ Restrição de alguns antimicrobianos

✓ Autorização prévia

✓ Substituição

✓ Interrupção na prescrição eletrônica

✓ Objetivos primários:

✓ Adesão aos guias terapêuticos e políticas

✓ Tempo de tratamento com antimicrobianos

✓ Decisão de tratar

✓ Duração total do tratamento

Davey P, et al. Cochrane Databases of Systematic Reviews. 2017.

Interventions to improve antibiotic prescribing practices forhospital inpatients (Review)

✓ Objetivos secundários

✓ Mortalidade

✓ TMP

✓ Outros desfechos clínicos (ISC e IRA)

✓ CDI

✓ Colonização ou infecção por bactéria resistente

✓ Consequências indesejadas

✓ Retardo no início de Tx

Davey P, et al. Cochrane Databases of Systematic Reviews. 2017.

Interventions to improve antibiotic prescribing practices forhospital inpatients (Review)

Redução de prescrição desnecessária

Redução de tempo de tratamento

Redução de Mortalidade

Redução do Tempo Médio de Permanência

Estratégias Facilitadores com e sem feedback

✓ 221 estudos (58 RCT e 163 NRCT)

✓ EUA 96, EU 87, América do Sul 8, 4 Brasil

✓ Atualizou outras revisões anteriores

✓ Melhora a adesão aos protocolos com estratégias facilitadoras em 15%

✓ De 43% para 58%

✓ Reduz o tempo de tratamento (1,95 dia)

✓ Reduz o tempo de permanência (1,12 dia)

✓ Reduz a incidência de C dif

✓Pouco impacto na resistência

Davey P, et al. Cochrane Databases of Systematic Reviews. 2017.

Interventions to improve antibiotic prescribing practices forhospital inpatients (Review)

Baur D, et al. 2017. www.thelancet.com/infection Published online June 16, 2017 http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(17)30325-0

The Effect of Antimicrobial stewardship on the Incidenceof MDR GN

Baur D, et al. 2017. www.thelancet.com/infection Published online June 16, 2017 http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(17)30325-0

The Effect of Antimicrobial stewardship on the Incidenceof MRSA

Baur D, et al. 2017. www.thelancet.com/infection Published online June 16, 2017 http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(17)30325-0

The Effect of Antimicrobial stewardship on the Incidenceof C. difficile

Baur D, et al. 2017. www.thelancet.com/infection Published online June 16, 2017 http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(17)30325-0

The Effect of Antimicrobial stewardship on Antibiotic ResistanceAccording to Study Characteristics

Baur D, et al. 2017. www.thelancet.com/infection Published online June 16, 2017 http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(17)30325-0

Schuts EC, et al. 2016.

www.thelancet.com/infection Published online March 2, 2016 http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(16)00065-7

35% de redução de mortalidade

Consumo de Antimicrobianos UTI Adulto, ano 2016

Consumo de Antimicrobianos UTI Adulto, ano 2016NMCIH/CCD/COVISA

• Polimixina –aumento de 34% entre 2013 / 15

• Carbapenens –aumento de 24% entre 2013 / 15

Evolução do Consumo de Antimicrobianos para Gram negativos naUTI Adulto, Comparando o ano de 2013 (pré implantação do PGUA)

com 2014, 2015 e 2016 (1º e 2º semester) e 2017 1º Trimestre

Redução

5%Redução

38%

Evolução do Consumo de Antimicrobianos para Gram negativos naUTI Adulto, Comparando o ano de 2013 (pré implantação do PGUA)

com 2014, 2015 e 2016 (1º e 2º semester) e 2017 1º Trimestre

Redução Global

de 15% no Consumo de

Antimicrobianos

Evolução do Consumo de Antimicrobianos para Gram negativos na UTI Pediátrica, Comparando o ano de 2013 (pré implantação do PGUA) com 2014, 2015, 2016 (1º e 2º Semestre) e 1º Semestre de 2017

Redução Global

De 30% no Consumo de

Antimicrobianos

UTI Adulto 2013 2014 2015 2016

Total pacientes 1.772 1.680 1.596 1.816

TLOS 4,78 5,25 4,63 5,00

Age Média (dp) 69,16 (15,39) 69,88 (15,17) 68,67 (16,56) 67,93 (16,99)

Age Mediana 71 72 71 71

Mortality 7,05% (125/1625)

7,08% (119/1680)

6,58% (105/1491)

5,73%(104/1.816)

SAPS III geral 10,22% 10,09% 9,88% 11,53%

Ajusted Mortality 0,70 0,71 0,74 0,68

Mortality ICU Adult 2013 – 2016

Evolução Temporal da Densidade de Incidência de Clostridium difficile por 10.000 pacientes/dia,

HCor 2013-2017 (1º semestre)

Evolução Temporal da Densidade de Incidência de Clostridium difficile por 10.000 pacientes/dia, além do número absolute de

isolados, de acordo com origem hospitalar ou comunitáriaHCor 2013-2017 (1º semestre)

Agente/ antimicrobiano% Res. (n)

2011Hcor

% Res. (n)2012/13

Hcor

% Res. (n)2014HCor

% Res. (n)2015HCor

% Res. (n)2016HCor

Staphylococcus aureusOxa R.

29%(26)

35%(46)

39%(22)

36%(44)

30%(26)

Klebsiella pneumoniae4 cefalosp.Carbapen.

73,5%26%(19)

66,5%22,2%(52)

67%57%(26)

41%32%(22)

75%56%(26)

E. Coli4 cefalosp.Carbapen.3 quinolona

9%0%

21%(32)

0%0%

25%(45)

6%0%

17%(20)

18%2 (erta)%

20%(50)

26%0%

46%(56)

Pseudomonasaeruginosa

Aminoglic.2 cefalosp.Carbapen.Pip/Tazo

4%46%54%

100%(17)

10,5%21%

47,4%22,3%(21)

0%20%30%30%(17)

0%37%25%37%(8)

25%20%40%40%(15)

Prevalência de Resistência em pares de Agentes/antimicrobianos isolados em Hemocultura

Evolução temporal HCor 2011-2016

Schuts EC, et al. 2016.

www.thelancet.com/infection Published online March 2, 2016 http://dx.doi.org/10.1016/S1473-3099(16)00065-7

35% de redução de mortalidade

INTERVENÇÕES –

JULHO - DEZEMBRO

2016

CORRECT

indication?

AVALIADOS POR

INFECTOLOGISTA

ICU ADULT 631 78%

(494/631)

35%

(223/631)

Corrigindo a trajetória

INTERVENÇÕES –

JANEIRO – MARÇO

2017

CORRECT

indication?

AVALIADOS POR

INFECTOLOGISTA

ICU ADULT 321 50%

(160/321)

41%

(131/321)

INTERVENÇÕES –

ARIL - JUNHO

2017

CORRECT

indication?

AVALIADOS POR

INFECTOLOGISTA

ICU ADULT 551 69%

(380/550)

40%

(221/550)

Corrigindo a trajetória

INTERVENÇÕES –

JANEIRO – MARÇO

2017

CORRECT

Indication?

AVALIADOS POR

INFECTOLOGISTA

ICU ADULT 321 50%

(160/321)

Pulmonar

155/321 – 48%

Urinário

55/321 – 17%

Pele e TM

26/321 – 8%

Abdominal

26/321 – 8%

Outros

59/321 – 18%

41%

(131/321)

Corrigindo a trajetória

INTERVENÇÕES –

ABRIL – JUNHO

2017

CORRECT

Indication?

AVALIADOS POR

INFECTOLOGISTA

ICU ADULT 550 69%

(380/550)

Pulmonar

65%

Urinário

6%

Pele e TM

5%

Abdominal

12%

Outros

12%

40%

(221/550)

MALDI-TOF (MATRIX ASSITED LASER DISORPTION IONIZATION –TIME OF FLIGHT) ESPECTROMETRIA DE MASSA (MS)

Evolução do Consumo de Antimicrobianos para Gram negativos na UTI Adulto, Comparando o ano de 2013 (pré implantação do PGUA) com 2014, 2015

Comparando com perfil de sensibilidade aos carbapenêmicos de alguns gram negativos, exceto Klebsiella sp

Redução

68%

Redução

39%

Redução

24%

Evolução do Consumo de Antimicrobianos para Gram negativos na UTI Adulto, Comparando o ano de 2013 (pré implantação do PGUA) com 2014, 2015

Comparando com perfil de sensibilidade de Klebsiella sp

Piora

Significativa

Do perfil de Sens.

Kleb. sp

Pico epidêmico

Densidade de infecção por KPC por 1.000 pac./diaHCor de Julho de 2013 a Setembro de 2014

Realidade São Paulo – COVISA 2014

Serviço de Controle de Infecção Hospitalar-Hcor - Análise de clonalidade

Serviço de Controle de Infecção Hospitalar-Hcor - Análise de clonalidade

Avaliar o ambiente e os profissionais de saúde quanto a possibilidade de reservatórios passíveis de atuação

Limpeza

Protocolos de isolamento e precauções

Higienização das mãos

Serviço de Controle de Infecção Hospitalar-Hcor - Análise de Microbioma de Ambiente

Identificação Molecular em larga escala

Extração e isolamento de marcador

Análises de Bioinformática

Amostra

Sequenciamento do DNA por NGS

Serviço de Controle de Infecção Hospitalar-Hcor - Análise de Microbioma de Ambiente

Pico epidêmico

Intervenção

Densidade de infecção por KPC por 1.000 pac./diaHCor de Julho de 2013 a Junho de 2015

122 Deloitte PowerPoint timesaver

Portanto…

Avaliar desfecho clínico e…

© 2012 Deloitte Touche Tohmatsu Limited

“The Creative Destruction of Medicine” by Eric Topol

Nova Medicina

Super

convergência

Medicina no modelo atual

Sensores “wireless” Mobilidade + banda larga

Internet

Redes Sociais

“Big data” + poder da TIAnalytics

Genômica

Métodos de Imagem

Sistemas de Informação

A systematic review of the use of theory in randomized controlled trials of audit and feedback

• É conhecida a distância entre a pesquisa e a prática na saúde

• “Audit and Feedback” é a intervenção mais utilizada para diminuir essa distância

• Resumo da performance clínica (audit) num período de tempo determinado, e o retorno deste resumo a grupos individuais, equipes ou organizações

• 140 RCT – 70% de melhora a 9% de piora

Couquhoum et al. 2013. Implementation Science; 8: 66

A systematic review of the use of theory in randomized controlled trials of audit and feedback

• Uma meta regressão mostrou quais características melhoraram as intervenções:

– A fonte é um supervisor ou um colega;

– Ocorre mais de uma vez;

– É verbal e escrita

– Objetiva mais diminuir o comportamento indesejado do que aumentar o objetivo desejado; e

– Inclui alvos explícitos e planos de ação

Couquhoum et al. 2013. Implementation Science; 8: 66

Médico Paciente Hospital Público

Hospital(privado)

Convênio Indústria farmacêutica

Sociedade

Foco Individual Individual Coletivo Coletivo Grupo de cuidados

Clientespotenciais

População

Resultado Ausência da doença

Ausência da doença

Reduzir os custos

Qualidade Reduzir os custos de cuidado

Venda de produtos

Maximizar a saúde

Prazo Curto Curto Curto Curto Curto Médio Longo

Motivação Profissionalismo Bem estar pessoal

Bem social Lucro Lucro Lucro Bem social

Conduta Tratamento Tratamento Tratamento com o

mínimo consumo de

recursos

Tratamento com

consumo de recursos

Contençãode custos

Utilização de novas drogas e manutenção da

vida útil das drogas vigentes

Reduzir forças que

levam a resistência

Programa de Gerenciamento do usode Antimicrobianos no Hcor

A quem interessa?

Scott II, R.D. & Roberts, R.R. The Attributable Costs of Resistant Infections in Hospitals Settings:

Economic Theory and Applications. In: Owens, R.C. Jr. & Lautenbach, E. Informa Heathcare, 2008. p. 7