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ANO 14 EDIÇÃO Nº 79 Novembro/Dezembro 2010 COOPERATIVA TRITÍCOLA REGIONAL SANTO ÂNGELO LTDA Supermercado da COTRISA de Caibaté mudou de endereço O Supermercado COTRISA de Caibaté, depois de ter funcionado por diversos anos junto a Unidade de recebimento de grãos, no município de Caibaté, foi transferido no mês de dezembro para novo endereço, que fica na Rua 15 de Maio, no centro da cidade, a uma quadra da praça Viro Klimann. COTRISA 54 anos A Cooperativa Tritícola Regional Santo Ângelo Ltda. – COTRISA foi fundada em 21 de dezembro de 1956 por 65 agricultores com o objetivo de servir de apoio à triticultura na região das Missões e, pelas informações até então obtidas, foi a primeira Cooperativa de produção de trigo do Brasil. Soja: alerta a lagartas e percevejos da soja Pg. 10 Pg. 2 Pg. 3 Manejo da cultura da soja Pg. 6 EDIÇÃO 79.p65 23/12/2010, 13:45 1

Supermercado da COTRISA de Caibaté mudou de endereçocotrisa.com.br/administrador/informativos/edicao79.pdf · na região das Missões e, pelas informações até então obtidas,

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Novembro/Dezembro 2010

ANO 14EDIÇÃO Nº 79

Novembro/Dezembro2010

COOPERATIVATRITÍCOLA

REGIONAL SANTOÂNGELO LTDA

Supermercado da COTRISA deCaibaté mudou de endereço

O Supermercado COTRISA de Caibaté, depois de ter

funcionado por diversos anos junto a Unidade de

recebimento de grãos, no município de Caibaté, foi

transferido no mês de dezembro para novo endereço, que

fica na Rua 15 de Maio, no centro da cidade, a uma quadra

da praça Viro Klimann.

COTRISA 54 anosA Cooperativa Tritícola Regional Santo Ângelo Ltda. –COTRISA foi fundada em 21 de dezembro de 1956 por 65agricultores com o objetivo de servir de apoio à triticulturana região das Missões e, pelas informações até entãoobtidas, foi a primeira Cooperativa de produção de trigodo Brasil.

Soja: alerta a lagartase percevejos da soja

Pg. 10

Pg. 2

Pg. 3

Manejo da culturada soja Pg. 6

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Novembro/Dezembro 2010COTRISA

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CENTRO ADMINISTRATIVORua Florêncio de Abreu, 1557 - CEP 98.804-560 - Cx. Postal 257

Fone: (055) 3312-0300 - Fax (055) 3313-1585Site www.cotrisa.com.br

e-mail: [email protected] - SANTO ÂNGELO - RS

CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTERoberto Haas

VICE-PRESIDENTEAmando Dalla Rosa

SECRETÁRIOJúlio César Terra Dias

EFETIVOS Valdemar CargneluttiAlessandro M. PettenonNewton José MumbachValdir Antônio Benetti

SUPLENTES Antônio Rainoldo Weber

CONSELHO FISCAL

EFETIVOS Sérgio Antônio Warpechowski

Ciro Nei RopkeGilson Aloísio Thomas

SUPLENTES Ricardo Wilhem BerwangwerLuiz Santana de OliveiraPaulo Hatwig Spies

COORDENADORES DE ÁREAS DE NEGÓCIO EAPOIO

Grãos Roberto HaasInsumos Zecarlos LibardoniVarejo Norma Avrella ZalamenaAdministrativa Amando Dalla RosaFinanceira Luciana Moro de SouzaTécnica Zecarlos LibardoniOperacional Zecarlos Libardoni

UNIDADES DE RECEBIMENTO DE PRODUTOS

- Catuípe - Caibaté- Roque Gonzales - Comandaí-Guarani das Missões - Entre Ijuís- -Coimbra - São Paulo das Missões-Parque Industrial - Vitória das Missões-Eugênio de Castro - Carajazinho-São Miguel das Missões - São Pedro do Butiá-Rincão dos Pires - Esquina Gaúcha-Mato Queimado - Santa Cruz-Restinga Seca

Conselho Editorial:Roberto Haas e Amando Dalla RosaEditor:Nery VierDiagramação Eletrônica e Apoio:Nery Vier e José RauberCoordenação Depto. de ComunicaçãoNery VierPeriodicidadeBimestralTiragem5.000 exemplaresDistribuição GratuitaGráfica do Jornal A TRIBUNA

COTRISA 54 anosAmando Dalla Rosa - Vice-presidente - Administrativo

A Cooperativa Tritícola Regional Santo Ângelo Ltda.– COTRISA foi fundada em 21 de dezembro de 1956por 65 agricultores com o objetivo de servir de apoioà triticultura na região das Missões e, pelas informaçõesaté então obtidas, foi a primeira Cooperativa deprodução de trigo do Brasil.Nestes 54 anos a COTRISA teve 7 presidentes:Alfredo Leopoldo Fett, Garibaldi Carrera Machado,Jandyr Schau de Araújo, José Florentino Barasuol,Elvino Walter, Luiz Vilmar Denardin e atualmente oRoberto Haas.Na esteira dessas lembranças, temos que estendertodas as considerações e agradecimentos a esses ex-Presidentes e a todos os ex-Conselheiros que por aquipassaram, nesse encargo honorifico, que exigeabnegação, dedicação, decoro, integridade,imparcialidade, compromisso social e renúncia ainteresses pessoais ou de grupos.Portanto, neste momento que comemoramos mais umaniversário, reiteramos nosso compromisso de buscartodas as alternativas a fim de superar as dificuldades, ehomenageamos a todos os Conselheiros que aquidedicam seu precioso tempo e seu cuidado, dedicamosnossos parabéns e nossos agradecimentos por tão bemdesempenharem essa nobre função, de Conselheiro daCOTRISA.E nessa comemoração dos 54 anos da COTRISA nãopoderíamos deixar de expressar a todos os nossosassociados, nosso agradecimento pela participaçãoativa na cooperativa. Agradecemos também aos nossos clientes,fornecedores, instituições financeiras, órgãosgovernamentais e entidades de classes.E ainda, a nossa equipe de funcionários por seuempenho, comprometimento, dedicação e esforçopessoal que tem contribuído para a evolução constantedesta cooperativa, o que é motivo de orgulho paratodos.Finalizando, agradecemos a Deus por mais um ano deatividades junto a grande família COTRISA.

COTRISA HOJENeste dia 21 de dezembro de 2010, a COTRISAcompletou 54 anos de trabalho, persistente nocumprimento dos princípios e valores docooperativismo, com destaque para o 5º princípio:educação, formação e informação, com ações focadasna assistência técnica, na produção vegetal e animalvisando à sustentabilidade dos negócios. Entre tantasações a cooperativa destaca-se: no fornecimento decorretivos, fertilizantes, sementes, defensivos, produtosveterinários, rações, mercadorias nos supermercadose recebimento, beneficiamento, armazenagem,industrialização e comercialização de trigo, milho e soja,e recebimento de leite.O produtor associado e sua família tem construído amarca da cooperação através de atos cooperativos nacompra de insumos, entrega de produção, aquisiçãode mercadorias nos supermercados, rações, produtosveterinários e ferragens na sua cooperativa.Na Assembleia Geral Extraordinária da COTRISA em5 de novembro de 2009, os associados decidiram efirmaram um acordo que deu vida para a COTRISAchamado: Acordo de Cooperação COTRISA eCAMERA.Na busca da reestruturação foram realizadas váriasações na readequação dos negócios da cooperativa,sendo que no dia 27 de outubro de 2010 realizou-se oencerramento da Assembleia Geral Extraordináriainiciada em 27 de agosto de 2010, onde os associadosdecidiram arrendar mais unidades da COTRISA paraempresa Camera Agroalimentos S/A.Quanto ao patrimônio da COTRISA a situação atual éa seguinte:UNIDADES QUE A COTRISA CESSOU OARRENDAMENTO:. Unidade do Rincão dos Pires. Unidade de Cerro LargoIMÓVEIS VENDIDOS:· Centro Administrativo – CENTRAD, Rua

Florêncio de Abreu 1557, em Santo Ângelo.· Unidade do Parque Industrial II , Rua MariaTonetto Araújo, em frente a AFUCOTRISA, em SantoÂngelo.IMÓVEIS ARRENDADOS PARA A CAMERAAGROALIMENTOS S/A E QUE PERMA-NECEM COMOPATRIMÔNIO DA COTRISA:· Unidades de Coimbra, Comandaí, Eugênio deCastro, Carajazinho, Santa Cruz, Catuípe, Vitória dasMissões, São Miguel das Missões, Caibaté e MatoQueimado.IMÓVEL ARRENDADO PARA A COTRIJUÍ EQUE PERMANECE COMO PATRIMÔNIO DACOTRISA:· Indústria de massas, Rua Tiradentes 1507, emSanto Ângelo.IMÓVEIS QUE PERMANECEM COM ACOTRISA (VER MAPA ABAIXO):· Unidade do Parque Industrial I e novo CentroAdministrativo, Rua Maria Tonetto Araújo S/N, aolado da FUNDIMISA em Santo Ângelo – RS, e asunidades de Entre Ijuis, Esquina Gaúcha, RestingaSeca, Guarani das Missões, São Pedro do Butiá, SãoPaulo das Missões e Roque Gonzáles.· No varejo opera com 15 Supermercados:· Santo Ângelo (2 supermercados), Catuípe, EntreIjuis, Eugênio de Castro, Coimbra, São Miguel dasMissões, Vitória das Missões, Caibaté, MatoQueimado, Guarani das Missões, Cerro Largo, SãoPedro do Butiá, São Paulo das Missões e RoqueGonzales. Em todos os Supermercados existemFarmácias Veterinárias e no Entre Ijuis Agropecuáriae Ferragens.· AFUCOTRISA, Rua Maria Tonetto Araújo, emSanto Ângelo – RS· Moinho de trigo, na Rua Florêncio de Abreu, 2335em Santo Ângelo – RS· Fábrica de rações, junto ao Parque Industrial I,Rua Maria Tonetto Araújo S/N, ao lado daFUNDIMISA em Santo Ângelo – RS.A COTRISA está passando por uma readequação e

revitalização nos negócios, recursos humanos,infraestrutura, logística e operacional visando àredução de custos e aumento das receitas comatividades focadas no cumprimento de sua Missão.Ao produtor associado cabe a missão de persistir narealização de atos cooperativos: compra de insumospara produção vegetal e animal, entrega da produção,aquisição de mercadorias, rações e produtosveterinários.Toda produção de trigo, milho, soja e outras culturasentregues nas Unidades da COTRISA e nas Unidadesarrendadas para a CAMERA, o produtor associadoestá realizando o processo “ganha – ganha – ganha”,ou seja ganha o produtor (a família) em realizar bonsnegócios, ganha a COTRISA que se fortalece em suasatividades e ganha a CAMERA que amplia os seusnegócios e oportuniza alternativas sustentáveis paraos produtores nas atividades da agropecuária, comfoco no lema do Acordo de Cooperação entreCOTRISA e CAMERA: “da semente ao sabor coma marca da cooperação”.Vamos trabalhar com Fé, entendimento, sabedoria,fortaleza, cooperação e com esperança para o melhor.Feliz 2011

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Novembro/Dezembro 20103

COTRISA

Supermercados COTRISA realizaramo 5º sorteio da promoção de Vale-compras

No dia primeiro de dezembro todosos Supermercados da COTRISArealizaram o quinto sorteio dapromoção, “Sorteio de Vale-compras”.Esta promoção iniciou no dia primeirode julho e estava inicialmenteprogramada para encerrar no final desetembro, mas a coordenação da áreade supermercados juntamente com adireção da cooperativa decidiram emprorrogar a promoção até o final dedezembro de 2010. Neste sentido todosaqueles que realizarem suas comprasnos supermercados COTRISA até ofinal deste mês de dezembro irãoparticipar do último sorteio de vale-compras no valor de R$ 150,00 queserá realizado no dia 3 de janeiro de2011. Este último sorteio será realizadono dia 3 de janeiro de 2011 porque odia primeiro de janeiro será num sábado.

Com o sorteio realizado no diaprimeiro de dezembro já foramsorteados um total de 165 vale-comprasno valor de R$ 150,00 e foi distribuídoentre os clientes o valor de R$24.750,00.

Para o próximo sorteio, no dia 3 dejaneiro de 2011 irão participar todosaqueles que comprarem nossupermercados da cooperativa duranteeste mês de dezembro. Os cupons dos

meses anteriores foram eliminados.Cada R$ 30,00 em compras dá direitoa um cupom para concorrer ao vale-compras que cada um dossupermercados irá sortear. Nestesentido reforçamos o convite a todospara continuar fazendo as compras nossupermercados COTRISA paraparticipar do sexto sorteio no dia 3 dejaneiro de 2011.

GANHADORESDO QUINTO SORTEIO

Os ganhadores do quinto sorteiorealizado no dia primeiro de dezembroforam: São Miguel das Missões:Caroline Alles e Samir RodrigoOliveira; Ca-tuípe: Arno Schreiber eDaiane Cristina Dudar; Entre Ijuis:Eliete Wisniewski, Ivone Mantai eClaudio Bar-bosa; Coimbra: EsterDuarte e Giseli Prendel de Oliveira; SãoPaulo das Missões: Paulo M. Werlee Jair Lermen; Roque Gonzales:Valdecir Malmmam e Nilson IttnerNeitzke; Mato Queimado: Rosane deOliveira Rohden e Edilio Valcir Limana;Guarani das Missões: Paulo Zmorae Rodrigo Ribeiro; Vitória dasMissões: Jandira Bonini e EtildaSomavilla; Cerro Largo: LeniMumbach Birck e Marcelo Schneider;Caibaté: Marilene Simon Pithan e

Supermercado da COTRISA deCaibaté muda de endereço

O Supermercado COTRISA de Caibaté, depois de ter funcionado pordiversos anos junto a Unidade de recebimento de grãos, no município de Caibaté,foi transferido no mês de dezembro para novo endereço, que fica na Rua 15 deMaio, no centro da cidade, a uma quadra da praça Viro Klimann . O motivo datransferência de endereço foi o arrendamento da unidade de Caibaté para aCAMERA conforme decisão dos associados na última Assembleia GeralExtraordinária realizada no dia 27 de agosto de 2010 e concluída no dia 27 deoutubro de 2010.

O atendimento ao público iniciou no dia 14 de dezembro com toda equipe defuncionárias do mercado e a presença do vice-presidente Amando Dalla Rosa,da coordenadora dos supermercados Norma Avrella Zalamena, do supervisorGelson Martin Scheuermann e funcionários da área de mercado de Santo Ângeloque ajudaram na instalação do mercado no novo endereço.Ao meio dia também

compareceu o Padre Cenir Luis Sturm que deixou uma mensagem de valorizaçãodo trabalho e da vida e deu a benção no novo mercado.

Este novo endereço com certeza vai beneficiar a comunidade de Caibaté, umavez que, a COTRISA poderá dar um atendimento melhor aos associados e demaisclientes estando com o mercado mais perto das residências dos clientes. O mercadojunta a Unidade de recebimento de grãos ficava um bastante retirado da cidade ecom isso muitos tinham dificuldades em ir fazer suas compras de supermercadojunto a COTRISA.

O gerente do Supermercado Valmir Lunkes convida a todos os produtoresassociados e comunidade de Caibaté, para realizarem suas compras nosupermercado na COTRISA para aproveitar os bons preços e promoções quesempre são oferecidos a comunidade em geral. Lembra também que todos serviçosprestados e produtos disponibilizados junto ao mercado serão mantidos.

Vice-presidente e funcionários no momento da bênção do Pe. Cenir O novo endereço fica na rua 15 de Maio, perto da praça de Caibaté

Paulo Freiberger; São Pedro do Butiá:Denise Klassen e Léo CanísioArenhardt; Santo Ângelo – RuaConde de Porto Alegre: PedroEduardo, Lúcia F. Freitas e Ana M.Rebelatto; Eugênio de Castro: JulianaSilva e João Roberto Gorgem; SantoÂngelo – Rua Florêncio de Abreu:

Carla de Queiroz, Luis A. Salla e LariCarlos Heldt.

SUPERMERCADOS COTRISAONDE VOCÊ COMPRA,ECONOMIZA E PARTICIPA DESORTEIOS E PROMOÇÕES OANO INTEIRO.

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Novembro/Dezembro 20104

COTRISA

COTRIJUÍ começa produzir e colocar nosmercados as massas MASSOLINI

No dia 19 de novembro a COTRUJUÍ reinauguroua indústria de massas recentemente adquirida daCOTRISA. A indústria está localizada na ruaTiradentes, 1507, em Santo Ângelo. A localização é amesma , quando era da COTRISA, uma vez que oprédio continua sendo da COTRISA e as máquinasforam adquiridas pela COTRIJUÍ.

O ramalhete de trigo que ilustra as embalagens dosdiferentes tipos de massa alimentícia industrializada pelaCOTRIJUI, é a essência da marca escolhida para onovo produto. Massolini, no dialeto italiano, define-secomo um feixe ou ramalhete. A fábrica, localizada àRua Tiradentes, número 1507, no perímetro centralde Santo Ângelo, está projetada para produzirduzentas toneladas de massas/mês.

A COTRIJUI, cujos produtos industrializados sãoexportados para diversos países na Europa e Mercosule Hong Kong, além de mercados já em prospecçãono restante da China e África, continua valorizando oconsumo interno ao investir na indústria de massas.Juntamente com as marcas Leviesti e Casabella (arroz),TCHÊ (carne suína e derivados), cereais COOPER ea linha de matinais + Saúde, as Massas Massolini agoravão preencher espaços em supermercados e redevarejista, mercê da ação de vinte e quatro

Representantes e seus prepostos, cobrindo o estadodo Rio Grande do Sul.

O Presidente da COTRIJUÍ, Carlos DomingosPoletto afirmou que também com os produtos eserviços da indústria de massas a cooperativa sepropõe alcançar a satisfação de seus associados,parceiros de negócios, funcionários e clientes.Garantiu que a COTRIJUÍ será mais uma aliada nabusca do fortalecimento do sistema cooperativo edo agronegócio também em Santo Ângelo, como temsido em mais de quarenta municípios de sua área deação.

Carlos Poletto disse também que a continuidadeda fábrica foi possível pelo entendimento entre aCOTRIJUÍ e a COTRISA, a cuja direção econselheiros agradeceu. Sobre o porque produzirmassas o presidente afirmou que a vocação emproduzir alimentos para agregar mais renda àprodução, aliada à logística de distribuição dascentenas de produtos do portfólio das indústrias daCOTRIJUÍ para o Brasil e exterior já existente,facilitou a tomada de decisão.

Massas Massolini estarão nas gôndolas dosdistribuidores nos tipos Rigatoni (embalagens de 500ge 1 kg); Fusilli (500g e 1 kg); Spagheti, Ninho eCaseira, estas em embalagens de 500g.

Rui Polidoro Pinto, Presidente da FECOAGRO-RS que também participou da inauguração lembroualguns episódios conjuntos da COTRISA eCOTRIJUÍ na defesa e pelo fortalecimento docooperativismo, nos últimos cinqüenta anos. “Agoradão mostras mais uma vez ao unirem interesses paradar continuidade a um projeto tão importante”,referindo-se à indústria de massas. Concluiuafirmando que “este fato é um marco muito importantena vida do Rio Grande do Sul, pois mostra que aparceria é possível quando mãos são estendidas napreservação do interesse maior, que é a coletividade”.

Como convidados, participaram do descerramentoda fita que simbolizou o início das atividades da fábrica, juntamente com a direção da COTRIJUÍ, o Vice-Presidente da COTRISA, Amando Dalla Rosa, o Vice-Prefeito Adolar Queiroz e o Presidente daFECOAGRO, Rui Polidoro Pinto.

Um coquetel com pratos à base de MassasMassolini com diferentes molhos congraçou os presentesao final da cerimônia.

Momento da inauguração da indústria

Inauguração teva a participação de diversas auto-ridades de Santo Ângelo e Ijuí

A indústria vai produzir diversos tipos de massas

Plantio direto contribui para reduçãodos gases de efeito estufa

O plantio direto na palha é uma das alternativasmais eficientes para o desenvolvimento da agriculturasustentável, pois permite não apenas melhorar aprodutividade das culturas, incorporando matériaorgânica, mas principalmente reduzir a erosão do soloe a emissão dos gases de efeito estufa. A afirmação foifeita pelo chefe da Divisão de AgriculturaConservacionista do Ministério da Agricultura,Maurício Carvalho, durante a 12ª reunião da CâmaraTemática de Agricultura Sustentável e Irrigação.

Um dos principais pontos de discussão da reuniãofoi a agenda do governo federal para a redução dosgases de efeito estufa, como o recém-lançadoPrograma Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Estãoprevistos investimentos de R$ 2 bilhões na adoção de

práticas sustentáveis no campo, como o plantiodireto, que dispensa o revolvimento do solo comgrades e arados, com a semeadura direta na palhada cultura da safra anterior. Esse procedimentopreserva os nutrientes do solo, aumentando aprodutividade da lavoura. Com o ABC, o Ministérioda Agricultura pretende ampliar, em dez anos, aárea atual com uso da técnica em oito milhões dehectares, passando de 25 milhões para 33 milhõesde hectares. Esse acréscimo vai permitir, nesseperíodo, a redução da emissão de 16 a 20 milhõesde toneladas de CO2 equivalentes.

“Queremos mostrar que o governo estáestabelecendo instrumentos para a adoção dessessistemas sustentáveis de agricultura, como o plantio

direto na palha, integração lavoura-pecuária e a rotaçãode culturas, parte das metas estabelecidas pelo ABC”.Ele mostra que o programa é uma proposta claracolocada para a sociedade e que agora precisa dedivulgação e de capacitação de técnicos, o que vaimelhorar a produtividade e a sustentabilidade do sistemaagrícola como um todo.

Fonte: Mapa – Só Notícias

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Novembro/Dezembro 20105

COTRISA

Resultado/ Produtividade do trigo atingiu a expectativa dos técnicos e produtores

As culturas na área de ação da COTRISA

TRIGOCom a colheita do trigo concluída nos 13 municípios

da região de abrangência da COTRISA, aprodutividade média final da cultura registrou umincremento de 15% em relação à obtida na safrapassada, chegando a 42 sacas por hectare.

O coordenador técnico da cooperativa, engenheiroagrônomo Zecarlos Libardoni, recordou que no anopassado a produtividade média do trigo foi de 35,8sacas por hectare e em 2008, 43 sacas por hectare.

Na região de atuação da COTRISA, foi plantadauma área de 39,3 mil hectares. A produtividade médiainicial foi estimada em 38 sacas por hectare. A médiada atual safra ficou em 42 sacas por hectare, ou seja,9% a mais que a inicial projetada

No município de Santo Ângelo, segundo oengenheiro agrônomo e assistente técnico dosassociados do município Élvio Vicente Contri, nestasafra de 2010 foram cultivados 5,3 mil hectares. Aprodutividade média projetada era de 40 sacas porhectare. Mas, a produtividade alcançou a média de45 sacas por hectare, o que significa um índice de 11%a mais que a inicial estimada. Élvio Contri destaca quefoi uma das melhores produtividades já obtidas nomunicípio, resultando numa boa qualidade de grãos,em decorrência do clima favorável em todo o ciclo da

cultura e a tecnologia adequada e variedades utilizadaspelos produtores.

Segundo levantamento realizado pelos técnicos dasunidades da COTRISA, em determinadas lavouras,houve produtividade média que atingiu 62 sacas porhectare na região de abrangência da cooperativa. Opotencial produtivo do trigo neste ano superou asexpectativas. Há relatos de casos de agricultores quecolheram uma média ainda superior aos 62 sacas porhectare.

Na avaliação dos técnicos o trigo nesta safra de2010 demonstrou mais uma vez que é uma culturaimportante para a nossa região no período de inverno.Quando o clima é favorável e o produtor utilizar boatecnologia ele responde com altas produtividades.

Após ter realizado uma boa colheita, o agricultorestá preocupado com a sua comercialização,principalmente por preços melhores para que o balançoeconômico da cultura seja positivo.

MILHOAs lavouras de milho na região apresentam-se nas

fases de grão leitoso e enchimento de grãos. Ascondições climáticas, na avaliação dos técnicos dacooperativa tem influenciado positivamente na fasevegetativa e negativamente nas fases posteriores aopendoamento. Devida a estiagem ter ocorrida na fase

crítica da cultura, as lavouras não irão atingir aprodutividade projetada pelo agricultor. A cultura domilho necessita de chuvas dentro do normal, ou seja7 a 8 milimetros por dia, para atingir seu potencialprodutivo. No mês de novembro a média foi de 45milimentos, muito abaixo da necessidade. A colheitadeve iniciar na primeira quinzena de janeiro mas comsignificativas perdas em produtividade.

SOJADados do último balanço do Departamento Técnico

da COTRISA (Detec), indicam que praticamente todaárea prevista para a soja foi semeada dentro doperíodo recomendado para o plantio. “A culturaapresenta um bom aspecto vegetativo e que se ascondições forem favoráveis com relação ao clima e oprodutor utilizar as tecnologias durante todo o ciclo,as lavouras deverão apresentar uma produtividadeestimada pelos técnicos de 39 sacas por hectare”,comenta o agrônomo Zecarlos Libardoni.

Na área de abrangência da COTRISA foramcultivados 267.000 hectares representando umcrescimento de 1,0% na área em comparação a 2009/2010.

Libardoni, chama a atenção dos produtores para aimportância dos cuidados neste período e sempreconsultar o assistente técnico que dará a orientaçãocorreta sobre o manejo de pragas, doenças e invasoras.

Cuidados com doenças e pragas apósimplantação das lavouras

Após a implantação das lavouras de soja, oagricultor deve ter alguns cuidados para que a plantaatinja o potencial produtivo de acordo com a tecnologiaimplantada. Esses cuidados, segundo o coordenadortécnico da COTRISA, agrônomo Zecarlos Libardoni

referem-se ao controle de pragas, doenças einvasoras.

MANEJO DE INVASORASLibardoni, explica que no manejo de ervas daninhas

(invasoras) é preciso identificar a intensidade e os tiposde invasoras para que se possa definir o controle e oherbicida a ser utilizado, principalmente no sentido decontrolar a BUVA que é resistente ao glifosato.

MANEJO DE PRAGASNo controle de pragas, observar o nível de dano

econômico (prejuízo x benefício) e o inseticidaespecífico para os diferentes insetos que atacam a sojaem nossa região, entre eles, o cascudinho, brocas,lagartas, percevejos e ácaros.

MANEJO DAS DOENÇASConforme o coordenador do Detec, quando do

manejo de doenças que prejudicam a cultura da soja,deve-se levar em consideração sempre o controlepreventivo, pois com a presença dos fungos nas folhasda planta, o prejuízo estará ocorrendo.

O agrônomo, ressalta que neste aspecto éimportante o planejamento com a assistência técnicapara o controle do oídio, doenças de final de ciclo eferrugem. Acrescenta que para o controle dessasdoenças, o agricultor deve observar a fase (estádio)em que se

encontra a cultura e o fungicida específico para cadasituação.

Nas unidades da COTRISA, há a disposição doassociado o assistente técnico, auxiliando o produtorna tomada de decisão, bem como disponibilizar osinsumos necessários para o controle das pragas,invasoras e doenças nas lavouras de soja.

Com uma assistência técnica qualificada, oassociado terá condições de obter boas e corretasinformações, resultando numa maior produtividade.Conforme dados do Detec, na área de ação daCOTRISA deverão ser cultivados 267.000 hectarescontra 261.500 hectares da última safra.

Controle preventivo evita prejuízo com doençase pragas

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Novembro/Dezembro 20106

COTRISA

Manejo da cultura da sojaEngenheiro Agrônomo Tiago Margutti

Figura 1: Oídio Figura 2: Ferrugem Asiática

A soja é uma cultura de grande importância econômica para a região, sendocultivada em grande parte das unidades de produção, considerada uma das principaisatividades geradora de renda. Estamos convivendo com um período onde as previsõesclimáticas não são muito favoráveis ao desenvolvimento da cultura, e pensando dessaforma, quais são os principais cuidados que devemos tomar com a cultura, no que dizrespeito a stand de plantas, controle de pragas e manejo de doenças?

A preocupação inicial está voltada para o controle de pragas como piolho de cobra,grilo, cascudinhos, formigas, lagartas, dentre outras, visando à manutenção do standde plantas. Outra dúvida que está surgindo aos agricultores é em relação ao manejode doenças, quais poderão atingir a cultura em condições de pouca umidade, comomostram as previsões climáticas, ou em condições normais de umidade, qual o critériodeve ser utilizado, para se obter o máximo potencial produtivo?

Levando em consideração essas dúvidas, é importante frisar que a metodologia decontrole preventivo apresenta melhores resultados técnicos e econômicos, pois o

controle é mais eficiente e o residual dos produtos é maior. De maneira geral deve-se tomar cuidado com algumas doenças como, oídio (Microsphaera diffusa),podridão cinza da raiz (Macrophomina phaseolina), favorecidos por clima seco,e outras que dependem de mais umidade (período maior de molhamento foliar),como por exemplo, ferrugem Asiática ( Phakopsora pachyrhizi), mancha olho derã (cercospora sojina), mancha parda (Septoria glycines), mancha alvo(Corynespora cassiicola), crestamento bacteriano (Pseudomonas savastanoip.v. glycinea), míldio (Peronospora manshurica) dentre outras. Vale lembrartambém que em anos secos ocorre maior incidência de ácaros, podendo causarredução na produtividade da soja. Pensando nisso a COTRISA dispõe de profissionaiscapacitados para orientar as dúvidas de seus associados, além de produtos para ocontrole dessas pragas e doenças.

EDIÇÃO 79.p65 23/12/2010, 13:466

Novembro/Dezembro 20107

COTRISA

Mastite, doença do bolsoO estudo da etiologia da mastite tem

merecido atenção de váriospesquisadores, visando a elaboração deestratégias efetivas de controle, uma vezque a mastite é considerada a doençaque provoca as maiores perdaseconômicas.

Os patógenos da mastite, sãoclassificados em dois grupos distintos:contagiosos e ambientais. Os agentescontagiosos necessitam do aninal paraa sobrevivência, multiplicam-se naglândula mamária, canal do teto ou sobrea pele. São transmitidos de uma vacainfectada a outra, ou de um quartoinfectado a outro, principalmente durantea ordenha. Os agentes ambientais sãooportunistas, estão presentes noambiente em que o animal vive (pasto,cama, água, lama, vegetais emdecomposição, entre outros). A infecçãoda glândula por microrganismosambientais pode ocorrer no períodoentre ordenhas ou durante a ordenha.

De acordo com trabalhos feitos naUniversidade de Wisconsin - EUA, adesinfecção dos tetos pós-ordenha(“imersão dos tetos”) é considerada aprática mais eficaz a prevenção deinfecções intramamárias em vacas em

lactação. A imersão dos tetos, após aordenha, em um germicida é uma daspráticas mais largamente utilizada peloscriadores no mundo todo. No controleda mastite, noventa e cinco por cento(95%) dos criadores no estado deWisconsin (EUA) utilizam este métodode prevenção. Estudos comprovam quea não-imersão dos tetos está ligada àqueda da produção e da qualidade doleite, devido ao aumento das célulassomáticas.

Na prática, a imersão de tetos deveser feita antes da ordenha e após aordenha. A Imersão dos tetos pré-ordenha tem por objetivo diminuir aspopulações de bactérias que vivem napele dos tetos. Esse procedi-mento sedestina principal-mente ao controle dacontaminação por bacté-riascontagiosas, tais como Staphylococcusaureus, Streptococcus agalactia eMycoplasma bovis, que entram emcontato durante a ordenha. Já para ocontrole de bactérias ambientais, taiscomo Escherichia coli e Streptococcusambientais (S.dysgalactia e S. uberis) aimersão dos tetos pós-ordenha éfundamental, e deverá ser feita, comprodutos germicidas formadores de uma

Méd.Vet.João Almir Bondan - Suporte Técnico Semei

Propriedade dos associados Edegar e Carlos Alberto Araújo-Santo Ângelo

película protetora que permaneça entreuma ordenha e outra. Assim, fica claroporque a imersão de tetos no pré e pós-ordenha gera um leque de proteçãobastante amplo.

A imersão dos tetos só dá resultadosquando são utilizados produtos eficazes.Embora existam vários princípios ativos,produtos com ácido cloroso foramtestados sob as condições estabelecidaspelo Conselho Nacional de Mastite(NMC) e provados como superiores

aos demais. A eficácia da prática deimersão dos tetos é maior quando sãobanhados em vez de pulverizados,aplicando-se o produto em pelo menos50% de sua superfície imediatamenteapós a retirada da ordenhadeira. Osprodutos devem ser devidamentemanipulados para serem eficazes. Alémde respeitar a data de validade dosprodutos, as instruções devem sercuidadosamente seguidas, em caso demistura do produto.

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Novembro/Dezembro 20108

COTRISA

Demanda chinesa compensagargalos agrícolas do Brasil

A safra 2010/11 será de boa rentabilidade para amaioria dos agricultores brasileiros, com o apetite daChina por produtos como soja e milho garantindo amanutenção das cotações das commodities empatamares elevados capazes de amenizar ineficiênciasde logística e infra-estrutura do Brasil.

A avaliação é de José Roberto Mendonça deBarros, fundador da consultoria MB Associados, queatende as principais empresas do agronegócio do país,e foi feita num momento em que o mercado decommodities agrícolas especula sobre medidas daChina para controlar a sua inflação de alimentos, quepoderiam arrefecer os preços internacionais.

Para o economista, ex-secretário de PolíticaEconômica do Ministério da Fazenda, mesmoconsiderando a correção dos futuros da bolsa deChicago, a soja ainda é negociada acima de 12 dólarespor bushel, um preço dos mais altos historicamente orecorde foi atingido em julho de 2008, acima de 16dólares. E o principal motivo é a demanda atual.

“A grande mudança é a seguinte: o salário real naChina do trabalhador da base da pirâmide está subindo20 por cento este ano, e provavelmente vai continuarsubindo nos próximos anos. É uma mudança doparadigma chinês de crescimento”, declarouMendonça de Barros, comentando o que considera oprincipal fator da sustentação das commoditiesagrícolas.

“Ora, quando tem milhões de pessoas que passama ganhar 20 por cento a mais, a demanda de alimentosobe 30. Então a demanda chinesa o caso da soja é o

mais óbvio de todos está explodindo, porque temmais dinheiro na mão do consumidor final”,acrescentou.

O comandante da MB Associados, com atuaçãono setor agrícola desde 1978, ressaltou que a “fúria”dos chineses por alimentos impediu que os preços dasoja (principal produto do agronegócio do país)caíssem neste ano apesar de os três principaisprodutores (Estados Unidos, Brasil e Argentina) teremcolhido safras recordes.

“Os chineses venderam estoques estratégicos devários produtos e ainda assim a inflação de comidaestá acima de 10 por cento (ao ano)”, disse.

A busca incessante da China nos mercadosinternacionais para alimentar sua população tambémincluirá importações de milho, outro fator que deverásustentar os preços dos grãos, os chineses jáimportaram mais de 1 milhão de toneladas, um volumenão registrado em mais de dez anos.

“Deve continuar em 2011, o fundamento deampliação de demanda. Os chineses vão importarmilho, essa é uma mudança estrutural...”, notou ele,indicando que nos próximos anos, considerando asrestrições da China em termos de terras agricultáveise disponibilidade de água, o país terá de importartambém produtos prontos como as carnes, ummercado que o Brasil é dos mais competitivos.

A China passou a comprar frango do Brasil esteano, antes o produto chegava ao país somente via HongKong. E o Brasil, que tem se consolidado no mercadoglobal de milho, tem potencial de ser importante

fornecedor do cereal aos chineses.AMEAÇA CLIMÁTICA

Mendonça de Barros, salientou ainda que,dependendo das condições climáticas, os preçospoderão subir ainda mais durante a temporada 2011.

“Pode ter preços fortes dos alimentos, parteestrutural, parte ainda pelas dificuldade para recomporos estoques que se reduziram em 2010... (Se tiveralgum problema climático) vai ser difícil para a situaçãointernacional e bom para o preço.”

Essa situação, preocupa do ponto de vista dainflação de alimentos, tem garantido bons resultadospara o setor agropecuário do Brasil, que exportou umvalor recorde em 2010.

Esta situação viabiliza as regiões do Brasil degrandes produtoras como o Mato Grosso, que sofremcom altos custos logísticos, que por vezes chegam a“comer” 40 por cento da receita dos agricultores, disseele, lembrando que apenas com preços nas alturas osprodutores do Centro-Oeste brasileiro conseguemconviver com um câmbio que reduz os ganhos em real.

“A combinação do dólar fraco com transporte altoé que mata o Mato Grosso”, declarou ele, alertandoque, se as commodities mudarem de direção, como jáaconteceu no passado, as margens do setor voltarãoa se apertar num país com câmbio fraco, logísticadeficitária, tributos pesados e com alguns custos deprodução em alta.

“Só estamos tendo um cenário positivo porque ospreços estão pagando essas ineficiências”,acrescentou.

Opinião: Ignorar a alta dascommodities agrícolas é um grande risco

As autoridades econômicas brasileiras vêmtratando com certa superficialidade o impacto doaumento dos preços das commodities agrícolas sobrea inflação.

Assumem que variações desses preços sãoeminentemente temporárias e, portanto, reversíveis nocurto prazo.

Por isso, não seria necessário acionar osinstrumentos de contenção da inflação mesmo diantedos sinais de alta captados pelos índices.

Parecem seguir o exemplo de outros países,especialmente os mais desenvolvidos, onde ascommodities são excluídas dos cálculos da inflação.Continuam agindo assim mesmo após a explosão dospreços dos ativos (inclusive commodities), que, nãocontrolada, ensejou a atual crise financeira.

No Brasil, uma economia ainda bastante indexada,essa estratégia pode ser perigosa. Além do mais, háfundamentos consistentes para um movimentoduradouro dos preços reais das commodities para

patamares consideravelmente elevados.No exterior, apesar da lenta recuperação dos

países desenvolvidos, os emergentes e os emdesenvolvimento deverão prosseguir em marchabatida, acenando para uma demanda firme porprodutos agropecuários.

Na esfera cambial, o dólar permanecendo baixolastreia os níveis elevados dos preços das commodities.

Se, como parece possível imaginar neste momento,a China vier a atender aos clamores da maioria dospaíses e apreciar um pouco o yuan, elevando o poderde compra do país, mais uma força significativa passaráa sustentar a demanda mundial.

Do lado da oferta, o panorama é de preçoselevados e em alta contínua, pois as previsões apontampara a segunda redução consecutiva de produçãomundial de cereais, com expressiva queda de estoques.

No mercado interno, após o forte crescimentoeconômico de 2010, esperam-se taxas aindarelevantes para o PIB (em torno de 4,5%) e aumento

importante no salário mínimo, com expansão daspolíticas assistencialistas.

O IPR (Índice de Preços Recebidos) agropecuáriojá voltou ao recorde de 2008. A próxima safra, comprevisão de estabilidade da colheita em relação a 2010,não promete ajudar suficientemente o Brasil adesempenhar o papel que o mundo lhe reserva.

Face a essas perspectivas, as autoridadesbrasileiras deveriam considerar devidamente o que sepassa no mercado de commodities agropecuárias.

O enquadramento da inflação na meta de 4,5% vaiobrigatoriamente envolver uma mudança de preçosrelativos em prejuízo dos demais setores econômicos.

O que vem, ainda que moderadamente, facilitandoesse processo é o câmbio valorizado. Um crescimentodo PIB mais lento do que o desejado deve ser osegundo remédio, ainda que bastante amargo.

Gerado Barros

Gerado Barros é professor titular da USP/Esalqe coordenador científico do Cepea/Esalq/USP.

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Novembro/Dezembro 20109

COTRISA

Desenvolvimento de formulações de micoinseticidase de técnicas de aplicação apropriadas para o

controle biológico de insetos-pragaRoberto Teixeira Alves

A partir de uma forte pressão internacional para apreservação do meio ambiente, muitos governosadvogam uma redução do uso de agrotóxicos naprodução de alimentos. Existem também razõescomerciais para isso, principalmente para parte dospaíses produtores e exportadores de alimento, poisos consumidores têm demonstrado uma fortepreferência por alimentos produzidos sem ou com umaquantidade mínima de produtos químicos. Nessecontexto, o controle biológico, que utiliza inimigosnaturais para manter a população da praga abaixo dosníveis de dano econômico, é uma importanteferramenta para ser utilizada no manejo integrado dediferentes insetos-praga.

O Brasil é um grande exemplo de utilização decontrole biológico em grande escala, com o uso doBaculovirus anticarsia para o controle da lagarta-da-soja. Atualmente existem no país seis biofábricasdesse vírus, que é aplicado em mais de 1,4 milhão dehectares de soja por ano. Além disso, existem váriosprogramas de utilização de vespinhas parasitas de ovosde diferentes lepidópteros que, em sua fase larval,atacam o algodão, a soja e a cana-de-açúcar. Nonordeste do país, existem também biofábricas para aprodução de fungos para o controle da cigarrinha dacana-de-açúcar e do besouro do moleque-da-bananeira. Esse último é também produzido em SantaCatarina. Já o Sudeste e Centro-Oeste produzemfungos para o controle do percevejo-da-renda, queataca os seringais, e fungos para o controle decigarrinhas-das-pastagens.

Produtos a base de fungos benéficos utilizados nocontrole de insetos são chamados de micoinseticidase podem desempenhar um importante papel em umaagricultura moderna e sustentável. Para isso, o

desenvolvimento de formulações e de técnicas deaplicação apropriadas é essencial e necessita de ummaior conhecimento. Estudos laboratoriais sobreformulação de fungos em óleos adjuvantesemulsionáveis (para misturar com água) e sobre suapulverização para controle biológico de pragas foramdesenvolvidos pela Embrapa Cerrados para serviremde base para futuros trabalhos de campo sobre asinterações cultura-praga-micoinseticida-pulverização.

Os conídios do fungo Metarhizium anisopliae,formulados pela Embrapa Cerrados em óleosadjuvantes emulsionáveis, podem ser armazenados a27ºC por 35 semanas, o que mantém uma viabilidadeacima de 80% e por pelo menos 40 semanas a 10ºCcom viabilidade superior a 90%, o que pode serconsiderado excelente. É importante destacar que ummicoinseticida precisa possuir a característica de poderser armazenado nas prateleiras de uma revenda deprodutos agropecuários, ou em refrigeração (8ºC), porum período de tempo de pelo menos seis meses.

A adição de óleos adjuvantes emulsionáveisaumentou a infectividade de M. anisopliae emformulações à base de água sobre larvas do besouro-das-farinhas, Tenebrio molitor, quando comparada comágua mais espalhantes adesivos convencionais.Avaliou-se também o resíduo da pulverização deconídios de M. anisopliae var. acridum formuladosem óleo adjuvante emulsionável sobre folhas de trigo,que foi tão eficiente quanto o resíduo da pulverizaçãode formulações em óleos minerais puros para matargafanhotos.

As formulações com óleos adjuvantesemulsionáveis selecionados na pesquisa aumentarama tolerância de conídios de M. anisopliae contra osefeitos da radiação ultravioleta por até seis horas, o

que ajuda a preservar o fungo em melhores condiçõesno meio ambiente.

Comparações sobre o espalhamento de gotasdemonstraram que, quando a concentração de óleosadjuvantes emulsionáveis foi aumentada, oespalhamento também aumentou. Isso ajuda muito ofungo a controlar o inseto-praga mais rapidamente.Quando a concentração de óleos adjuvantesemulsionáveis foi aumentada, a viscosidade aumentoue a evaporação diminuiu, mantendo o fungo no alvodesejado por mais tempo.

Os resultados da pesquisa desenvolvida pelaEmbrapa Cerrados demonstraram que a vazão depulverizadores não foi afetada quando a concentraçãode óleos adjuvantes emulsionáveis foi aumentada ematé 10%. Todos os pulverizadores convencionaistestados podem aplicar formulações de fungo à basede água dentro da faixa apropriada de tamanho degotas (75-150 micrômetros) dentro do contexto deaplicações de gotas controladas (CDA), mas énecessário ajustar a pressão e utilizar o tipo de bicoapropriado para se atingir o alvo desejado. Nenhumadas combinações de pulverizadores e bicos testadosafetou a viabilidade do fungo.

Todos esses resultados são bastante úteis paraajudar os pesquisadores e produtores rurais aselecionar o tipo de equipamento apropriado para fazero melhor uso da nova formulação de micoinseticidaem óleos adjuvantes emulsionáveis, mantendo a mesmacobertura foliar com volumes reduzidos e econômicosde pulverização para atingir alta eficiência de trabalho.

Roberto Teixeira Alves (Pesquisador [email protected]) trabalha na EmbrapaCERRADOS

Uma nova crise global de alimentos a caminhoEm dezembro de 2007, o semanário britânico “The

Economist” anunciava em sua capa “O fim do alimentobarato”. O biênio 2007/8 assistiu ao que foi chamadode “crise global de alimentos”, caracterizada peloaumento generalizado dos preços de commoditiesagrícolas no mundo (e no Brasil).

Em termos quantitativos, podemos olhar para umíndice de preços calculado mensalmente pela FAO(Organização das Nações Unidas para a Agriculturae a Alimentação), baseado em uma cesta contendoarroz, milho, trigo, sementes oleaginosas, açúcar,laticínios e carnes.

O pico histórico desse índice foi de 211 pontos,em junho de 2008. A crise econômica mundial iniciadanaquela época derrubou o índice para 142 pontos,em janeiro do ano seguinte.

A partir do início de 2010, essa tendência deelevação voltou com grande força, tendo seintensificado nos últimos meses. No mês outubro, oíndice subiu 5%, situando-se no maior patamar emmais de dois anos.

A crise anterior ainda não foi igualada: o índice

continua abaixo de 200 pontos. Entretanto, a trajetóriaobservada nos últimos meses mostra uma intensidadede aumento similar à que levou ao pico de 2008.

Nesse cenário, as perspectivas são de nova criseglobal de alimentos?

Infelizmente, pelo menos para o início de 2011,existe uma conjugação de fatores apontando nessadireção.

Entre esses fatores estão a redução na oferta dealguns itens fundamentais, causada por problemasclimáticos em países produtores e exportadores; oaumento da demanda, em decorrência da recuperaçãoda economia mundial; a redução de estoques a níveisjá historicamente baixos; e o componente deespeculação no contexto de taxas de juros reaispróximas de zero nas economias centrais e queda dodólar nos mercados mundiais.

Na China, a inflação de alimentos anualizada estáem 8%, enquanto nos Estados Unidos está em 1,4%(o índice geral está próximo de zero).

No Brasil, a inflação de alimentos medida peloÍndice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S)

da Fundação Getulio Vargas está acumulada em quase6% em 2010.

Olhando para os valores acumulados no mesmoperíodo, os itens que puxaram o índice da FAO nomundo também estão em elevação no Brasil: milho,6,6%; pão francês (trigo), 8,9%; carnes bovinas,16,3%; e laticínios, 11,3%.

Alguns itens fundamentais, como arroz e açúcar,estão estabilizados nos últimos meses, mas empatamares elevados.

Esse é um assunto particularmente importante noBrasil, tanto pela ponderação dos alimentos no índicede preços que norteia a condução da política monetáriacomo pelo momento em que o acesso a uma dietamínima é o principal fator capaz de tirar da miséria umnúmero maior de brasileiros.

PAULO PICCHETTI, 48, doutor em economiapela Universidade de Illinois, é professor daEESP/FGV (Fundação Getulio Vargas) ecoordenador do IPC-S/Ibre/FGV).Fonte: Folha de São Paul

PAULO PICCHETTI

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10

COTRISANovembro/Dezembro 2010

Soja: alerta a lagartas e percevejos da sojaLagarta da soja e lagarta falsa medideira são duas

das pragas com as quais os produtores rurais devemficar atentos neste período de cultivo da soja. Opesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste(Dourados, MS), Crébio José Ávila, lembra que aslagartas causam a desfolha das plantas de sojapodendo levar à redução de produtividade.

Ele explica que, no manejo dessas pragas, éimportante o uso de produtos eficientes no controledas lagartas e também seletivos, ou seja, que tenhambaixa toxicidade para os inimigos naturais das pragas,garantindo assim a manutenção do equilíbrio biológicono agroecossistema da soja.

Depois das lagartas é preciso ficar atento àocorrência de percevejos na lavoura, especialmente,o percevejo marrom da soja que suga as vagens e assementes em formação, durante o estádio reprodutivoda cultura. Levando em consideração que o percevejoé a principal praga da soja, o pesquisador alerta queé necessário o monitoramento para a aplicação doinseticida no momento correto. “Para o controle doinseto, é interessante acrescentar sal de cozinha à caldainseticida, pois isso aumenta a eficiência de controledo produto químico”, orienta Crébio.

O pesquisador recomenda utilizar a concentraçãode 0,5% (500g de sal em 100 litros de calda) paraequipamentos terrestres e 1,0% no uso deequipamentos aéreos. O sal não é volátil, portanto,não atrai os percevejos de áreas vizinhas. Entretanto,o sal quando aplicado na mistura, afeta ocomportamento dos percevejos, causando um efeito

arrestante, isto é, aumenta o tempo de permanênciado inseto sobre a superfície pulverizada. Isso faz comque os percevejos permaneçam mais tempo na área,contaminando-se com mais facilidade.

Os inseticidas recomendados tanto para o controlede lagartas, quanto de percevejos, estão disponíveisnos sistemas de produção de soja da EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), noendereço eletrônico

http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Soja/SojaCentralBrasil2003/manejoi.htm

PRAGASA lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis, pode

apresentar até quatrogerações, durante asafra. Para completaruma geração, passampor quatro fases: ovo,larva, pupa e adulto. Afase larval é a maisimportante pelo dano quepode causar às plantas.As lagartas alimentam-sedas folhas de sojapodendo causar des-folhamento de até 100%.Quando o ataque é muitointenso, as lagartasassumem coloraçãopreta, com listrasbrancas, atribuindo-se ofenômeno a umamodificação fisiológicacausada pelacompetição por alimento.

As vistorias para avaliar a incidência da lagarta-da-soja coincidem com o ataque das mesmas àsplantas, ou seja, durante a fase vegetativa e, em algunscasos, até durante a floração e fase de enchimentodos grãos. No manejo, as lagartas devem sercontroladas quando forem encontradas, em média,40 lagartas grandes (igual ou maior que 1,5 cm) porpano-de-batida ou se a desfolha atingir 30% antesda floração e 15% tão logo apareçam as primeirasflores.

A aplicação preventiva de inseticidas (em misturacom dessecantes, herbicidas e fungicidas) não érecomendada, pois além do grave problema depoluição ambiental, a aplicação desnecessária podeaumentar o custo de produção. Na escolha doinseticida deve-se levar em consideração atoxicidade, o efeito sobre inimigos naturais e o custopor hectare. Além disso, o mesmo ingrediente ativonão deve ser usado em duas aplicações sucessivas,visando prevenir o surgimento de resistência do insetoao produto químico utilizado.

Já o percevejo é considerado a praga de maior

importância para a cultura da soja. Por se alimentaremdiretamente dos grãos, causam problemas sérios àsoja, afetando o rendimento e a qualidade dassementes. A colonização das plantas de soja pelospercevejos se inicia em meados ou final do períodovegetativo da cultura, ou logo após, durante a floração.

O monitoramento da lavoura deve ser realizado,no mínimo, uma vez por semana, a partir do início dodesenvolvimento de vagens (fase de “canivetinho”) atéa maturação fisiológica. O monitoramento deve serintensificado nos períodos mais críticos ou quandoocorrer invasão de percevejos adultos provenientesde cultivares de ciclo mais curto.

O pesquisador explica que, em geral, cultivaresprecoces escapam dos danos dos percevejos.Porém, ao se multiplicarem nessas cultivares,dispersam para as cultivares mais tardias onde causamos maiores prejuízos. “A época de semeadurainfluencia a dinâmica populacional dos percevejosdevendo-se evitar os plantios muito cedo, ou tardios,onde ocorrem as maiores concentrações dessesinsetos”, finaliza Crébio.

Lagarta e percevejos podem trazer sérios prjuízos a cultura da soja

Fonte: Página Rural

Por onde passa realmenteo lucro da atividade leiteira

Med. Veterinário Elvis BassoNos tempos de hoje, vivemos um avanço real

na cadeia leiteira, em relação a produtividade por animal,a produtividade por hectare de terra usado e ao sistemade manejo e sanitário dos rebanhos, porém, nem sempresomente alimentar e cuidar bem dos animais é sinônimode lucratividade, e nesse ponto o que venho observandoque mais de 90% dos produtores não fazem o que émais importante, ou seja, saber quanto custa o litro deleite produzido em sua propriedade.

A elaboração dos custos de maneira correta em umapropriedade, talvez seja uma das coisas maisimportantes para se ter sucesso na atividade, pois é aanálise desses resultados que vai determinar o rumoque a propriedade deve tomar, além de determinar acapacidade de investimento desta fazenda.

Os custos de uma fazenda leiteira deve ser analisadoatravés dos custos fixos ( energia elétrica, combustível,depreciação dos bens, pró-labore, mão obra contratadaou terceirizada), custo com alimentação (rações,

minerais, fertilizantes, herbicidas, cercas, aquisições deforrageiras), custos com sanidade (vacinas emedicamentos) e o custo com genética, desta forma épossível analisar qual setor de custo da propriedadetem os gastos mais elevados e em qual setor o produtordeve concentrar esforços para baixar o custo deprodução.

Venho observando nas propriedades da região epor que não no Estado, é que há produtoresextremamente preocupados com a média de produçãopor vaca, mas esquecendo que produzir leite é fácil, odifícil é ganhar dinheiro na atividade, então as vezesme deparo com pessoas dando extrema importânciaao preço do leite, claro que este tem importância, masna maioria das vezes independente do preço o produtornunca vai ter lucratividade, pois o problema maior é oseu custo alto de produção de sua propriedade.

Desta forma fica uma mensagem na busca de diasmelhores para a atividade leiteira, que não dependeO problema na atividade leiteira é o custo de produção

somente de chuva ou preço de leite, mas principalmenteda profissionalização da atividade, com a formação deverdadeiros empresários rurais, que evoluam de tiradoresde leite para produtores, assim num futuro muitosobservarão o ótimo negócio que é a atividade leiteira e olugar incrível que nos encontramos neste planeta.

EDIÇÃO 79.p65 23/12/2010, 13:4610

Novembro/Dezembro 201011

COTRISA

Brasil pode liderar mudançaglobal, diz Roberto Rodrigues

“O Brasil pode ser a grande locomotiva de umamudança global, liderando e ditando as regras doprocesso de produção lastreado na chamada economiaverde. Este é o tamanho da ambição que carrego. Éunanimidade em todo mundo de que é preciso produzircom sustentabilidade e sem agredir os recursosnaturais. E o Brasil tem a resposta de como isto podeser feito”, afirmou.

Preocupação – Segundo Roberto Rodrigues, emfunção das constantes viagens que precisa fazer paradar conta de sua extensa lista de compromisso, tempercebido um fenômeno preocupante que é acrescente perda, em proporções globais, deprotagonismo e de governança das grandesorganizações multilaterais. “As organizações einstituições mundiais, a exemplo da Organização dasNações Unidas (ONU), Organização das NaçõesUnidas para Agricultura e Alimentação (FAO), OMC(Organização Mundial do Comércio), e tantas outras,não estão dando conta de suas missões, pois não estãoconseguindo interferir nas decisões dos países. O quemanda no mundo hoje é o dinheiro. E isto representauma ameaça à democracia”, frisou.

Fatores - Segundo ele, dois fatores perturbam esseprocesso de perda de governança: a globalização daeconomia, em que o sistema financeiro exerce odomínio sobre as políticas públicas, e a crise financeiraque abalou a economia em 2008, fazendo com quemuitos países num movimento de defesa contra odesemprego e recessão, voltassem a construirbarreiras protecionistas. “Estamos vivendo ummomento curioso, já que a colisão entre a globalizaçãoe o neoprotecionismo produz uma ausência degovernança e estratégia. Além disso, no mundocontemporâneo, não temos líderes. Qual o principalnome, quem é o principal líder mundial atualmente?Ninguém sabe”, disse.

Economia Verde - A necessidade de produzir, semperder de vista a sustentabilidade e a menor emissãode carbono, a chamada Economia Verde, é na opiniãode Roberto Rodrigues, o único tema universal daatualidade, em que há consenso de opinião, ao menosem relação as necessidade de implantação deprocessos sustentáveis de produção. Outra opiniãoque é comum em todo mundo refere-se a crescentedemanda por alimentos. De acordo com RobertoRodrigues, estimativas recentes da OCDE(Organização para a Cooperação para o eDesenvolvimento Econômico) mostram que em 10anos será preciso aumentar em 20% a produçãoagropecuária mundial para atender a demandaexplosiva por alimentos. E a OCDE estabelece metas:a União Europeia terá que ampliar em 4% a produçãointerna, a Austrália em 7%, EUA e Canadá em 15%,e o Brasil em 40%. “Ou seja, para que o mundo possaaumentar 20% a produção de alimentos, o Brasil,sozinho, precisa ampliar 40% a produção agropecuáriaatual. Vejam o desafio que o mundo coloca no nossocolo. E não é um desafio trivial, mas algo que temoscondições de resolver. Temos a melhor tecnologia domundo e temos algo que ninguém tem, que é aagroenergia, ou seja, podemos produzir lastreados naeconomia verde. Nós temos uma resposta para aquestão dos alimentos, não precisamos prometernada. Podemos, portando, assumir uma posição deliderança global, estabelecendo as regras para quepossamos avançar num mundo diferente, melhor paranós, para nossos filhos e netos”, disse.

Lição de casa - Na avaliação de Rodrigues, paraassumir essa função de liderança mundial, o Brasilprecisa fazer a lição de casa. “Não temos umaestratégia interna. A OCDE e o mundo estãomostrando o caminho, mas não podemos avançarporque não temos estratégia. O problema não é política

agrícola. O problema é que os instrumentosnecessários para implementar a política agrícola estãodispersos em dezenas de órgãos, ministérios, bancos,emperrando todo o processo. E não há estratégia eunião para mudar isso”, frisou.

O momento é agora - Para o ex-ministro, o anode 2011 é o momento certo para que a estratégiaque o Brasil precisa possa ser desenhada. “Um novogoverno se instala em 2011. E quem pode desenharessa estratégia? Certamente o cooperativismonacional, em função do excelente grau deorganização, pode liderar esse movimento nacional.É isso o que espero dos cooperativistas. Acreditoque podemos liderar um movimento nacional paraimplantação de uma estratégia agrícola, possibilitandoque o Brasil transfira ao mundo seu conhecimento, epossa assumir um papel de liderança”, conclui.

Carreira - Engenheiro agrônomo formado pelaESALQ-USP em 1965, é professor universitário,especialista e empresário rural. Foi presidente daOCB por dois mandatos. Em CongressoInternacional de Cooperativismo, Roberto Rodriguesfoi eleito o primeiro presidente não europeu da ACI- Aliança Cooperativa Internacional. Como ministroda Agricultura no primeiro governo Lula, promoveua reestruturação do Mapa e trabalhou em prol daaprovação de modernas leis e regulamentações,ampliou o comércio agrícola brasileiro e implementouas bases de uma agricultura moderna. É doutorHonoris Causa e professor honorário deuniversidades nos Estados Unidos e na Rússia.Atualmente Rodrigues é coordenador do Centro deAgronegócio da Fundação Getulio Vargas epresidente do Conselho Superior do Agronegócioda Fiesp, além de produtor de cana e de grãos.

Fonte: OCEPAR

Dia de campo na unidade do Parque Industrial da COTRISAabordou cultivo de forrageiras de inverno

Foi realizado no dia 5 de novembro, em Santo Ângelo, um dia de campo naunidade de pesquisa de forrageiras do Parque Industrial da COTRISA. O iníciofoi às 14 horas com estações sobre forrageiras de inverno: aveia, azevém, trevovesiculoso, trevo branco, trevo vermelho e cornichão. Também foram abordados,consórcios de forregaeiros, novas cultivares de azevém, ressemeadura natural deazevém, trevo vesiculoso e vermelho.

De acordo com o chefe do escritório da Emater de Santo Ângelo, engenheiroagrônomo Álvaro Uggeri Rodrigues o potencial para pastagens na região dasMissões é muito grande. “Com base nesse potencial é que está se buscando

avaliar na região o desempenho de várias espécies de forrageiras, sua adaptaçãoe desempenho de massa. Queremos difundir os resultados deste trabalho, atravésdeste dia de campo, para que na medida do possível o produtor aplique estaspesquisas em sua propriedade e tenha melhores resultados, especialmente naprodução de leite”, afirma.

O evento teve a presença de pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul e daUnijui. Além de técnicos da EMATER, COTRISA e Secretaria Municipal daprefeitura de Santo Ângelo e também do próprio Secretário de Agricultura deSanto Ângelo, Diomar Formenton.

Técnicos de diversas entidades orientaram os produtores Várias espécies de forrageias estão sendo avaliadas na região

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Novembro/Dezembro 201012

COTRISA

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