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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - UCS CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS MÁRCIO DANIEL BECKER PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO: ACADEMIA VITALY

TCC MARCIO 2010 11 11

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Page 1: TCC MARCIO 2010 11 11

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL - UCS

CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

MÁRCIO DANIEL BECKER

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

ACADEMIA VITALY

São Sebastião do Caí

2010

Page 2: TCC MARCIO 2010 11 11

MÁRCIO DANIEL BECKER

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO:

ACADEMIA VITALY

Relatório de estágio de conclusão de curso de graduação apresentado ao Departamento de Administração da Universidade de Caxias do Sul, Núcleo Universitário do Vale do Caí, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas.

Orientadora: Profa. Ms. Cláudia Felippe Ramos

São Sebastião do Caí

2010

Page 3: TCC MARCIO 2010 11 11

AGRADECIMENTOS

Agradeço a meu Pai Inácio, mãe Hilária, pela

minha Vida e também por terem aceitado e

principalmente acreditado no meu potencial

enquanto jovem.

A meus irmãos pelo apoio e pelas palavras

de carinho a mim direcionadas nos momentos de

angústia e aflição. Ao Pedro, pela compreensão e

carinho recebidos nesta etapa.

A meus amigos que estiveram presentes

nesta caminhada, sempre respeitando as minhas

decisões, mesmo que estas pudessem ser

incompreensíveis em alguns momentos.

A Graciele e Lisine Rohr por terem aberto as

portas da empresa para a execução deste.

Page 4: TCC MARCIO 2010 11 11

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a mim mesmo, pela

minha força de vontade e gana para vencer na Vida.

Pois sempre acreditei que a cada raiar de

um novo dia as coisas pudessem ser melhores.

Page 5: TCC MARCIO 2010 11 11

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Um agradecimento muito especial à orientadora Profa. Cláudia Felippe Ramos, pessoa dedicada, atenciosa, que aceita desafios e muito ajudou, sem medir esforços para a realização deste trabalho. Reconhecimento e carinho pela confiança depositada!

Page 6: TCC MARCIO 2010 11 11

RESUMO

Diversas alterações nos cenários mundiais destas últimas décadas provocaram, e continuam provocando profundas mudanças nos processos de reestruturação gerencial em praticamente todos os setores da atividade humana. Diante disto, este trabalho se propõe a analisar a importância do Planejamento Estratégico como ferramenta auxiliar para o gerenciamento das empresas, dentro do mercado extremamente competitivo que atualmente se apresenta. O estudo foi realizado na Academia Vitaly. Relevantes fatores para a elaboração do trabalho foram o contexto histórico de estratégia e planejamento, aspectos conceituais referentes ao assunto e pesquisas baseadas em linhas de pensamento de renomados autores da área. O objetivo foi a estruturação de um roteiro para o desenvolvimento passo a passo de um plano estratégico objetivo e de fácil implementação.

Palavras-chave: Estratégia; Planejamento; Planejamento Estratégico.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Organograma proposto para a Academia Vitaly......................................................24

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Faturamento mensal do primeiro semestre (*valores expressos em Reais)..............17

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Pontuação das oportunidades..................................................................................74

Quadro 2: Pontuação das ameaças............................................................................................74

Quadro 3: Pontuação dos pontos fortes....................................................................................75

Quadro 4: Pontuação dos pontos fracos....................................................................................75

Quadro 5: Estratégias - Oportunidades.....................................................................................80

Quadro 6: Estratégias - Ameaças..............................................................................................80

Quadro 7: Estratégias – Pontos Fortes......................................................................................81

Quadro 8: Estratégias – Pontos fracos......................................................................................81

Page 8: TCC MARCIO 2010 11 11

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................11

2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...............................................................12

2.1 DADOS CADASTRAIS.............................................................................12

2.2 HISTÓRICO.............................................................................................12

2.3 SERVIÇOS...............................................................................................13

2.4 MERCADO...............................................................................................14

2.4.1 Micro ambiente...............................................................................14

2.4.2 Macro ambiente..............................................................................15

2.5 PARTICIPAÇÃO NO MERCADO.............................................................16

2.6 EVOLUÇÃO DAS VENDAS.....................................................................16

2.7 CAPACIDADE PRODUTIVA....................................................................17

2.8 GESTÃO DE PESSOAS..........................................................................17

2.9 GESTÃO FINANCEIRA............................................................................17

3 ÁREA ADMINISTRATIVA................................................................................18

3.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO..........................................................18

3.1.1 Objetivos, missão e visão...............................................................19

3.1.2 Filosofia e princípios.......................................................................20

3.1.3 Planos estratégicos, táticos e operacionais....................................20

3.1.4 Padrões de controle da administração...........................................21

3.1.5 Indicadores de desempenho..........................................................21

3.1.6 Reuniões de avaliação...................................................................22

3.2 INOVAÇÃO..............................................................................................22

3.3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES................................................................22

3.3.1 Atividades de implantação de sistemas..........................................22

3.3.2 Sistemas de informações gerenciais..............................................23

3.3.3 Comunicação interna......................................................................23

3.4 ORGANIZAÇÃO.......................................................................................23

3.4.1 Organograma.................................................................................23

3.4.2 Níveis hierárquicos.........................................................................24

3.4.3 Relacionamento e liderança...........................................................25

3.4.4 Especialização................................................................................25

3.5 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS...............................................25

3.5.1 Pontos fortes..................................................................................25

Page 9: TCC MARCIO 2010 11 11

3.5.2 Pontos fracos..................................................................................26

4 ÁREA DE MERCADO......................................................................................27

4.1 PESQUISA DE MERCADO......................................................................27

4.1.1 Finalidades da pesquisa de marketing na empresa.......................27

4.1.2 Tipos de pesquisas realizadas na organização..............................28

4.1.3 Tipos de levantamentos efetuados.................................................28

4.2 SERVIÇOS...............................................................................................28

4.2.1 Classificação dos serviços na empresa..........................................28

4.2.2 Estágio no CVP (Ciclo de Vida dos Serviços)................................29

4.2.3 Decisão mix de produtos/serviços..................................................29

4.2.4 Decisão sobre a marca...................................................................30

4.2.5 Lançamento de novos produtos/serviços.......................................30

4.3 PREÇO.....................................................................................................31

4.3.1 Critérios utilizados para fixação de preços nos serviços................31

4.3.2 Preços da empresa em relação ao mercado..................................31

4.3.3 Estado da demanda em relação ao preço......................................32

4.3.4 Aprovação do crédito......................................................................32

4.4 COMUNICAÇÃO......................................................................................32

4.4.1 Principais ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa. .33

4.4.2 Meios de comunicação utilizados...................................................33

4.4.3 Propaganda....................................................................................33

4.5 VENDAS...................................................................................................33

4.5.1 Critérios utilizados para o planejamento das vendas.....................33

4.5.2 Técnicas para determinação das quotas de vendas......................34

4.5.3 Análise de vendas..........................................................................34

4.5.4 Equipe de vendas – tipo do vendedor............................................34

4.5.5 Funções exercidas pelo vendedor..................................................34

4.5.6 Motivação.......................................................................................34

4.5.7 Treinamento...................................................................................35

4.5.8 Reuniões de venda.........................................................................35

4.6 PÓS VENDA............................................................................................35

4.6.1 Serviços oferecidos ao cliente........................................................35

4.7 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS...............................................36

4.7.1 Pontos fortes..................................................................................36

4.7.2 Pontos fracos..................................................................................36

Page 10: TCC MARCIO 2010 11 11

5 ÁREA DE MATERIAIS.....................................................................................37

5.1 PLANEJAMENTO DE AQUISIÇÃO DE MATERIAIS...............................37

5.1.1 Elementos considerados nas necessidades de materiais..............37

5.2 CRITÉRIOS PARA AQUISIÇÃO DOS MATERIAIS.................................38

5.2.1 Aprovação dos pedidos de compra................................................38

5.2.2 Especificação do material...............................................................38

5.2.3 Aprovação dos fornecedores..........................................................38

5.2.4 Normas para solicitação dos materiais...........................................39

5.2.5 Políticas de compras de materiais..................................................39

5.2.6 Controle dos Materiais....................................................................39

5.3 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS...............................................40

5.3.1 Pontos Fortes.................................................................................40

5.3.2 Pontos Fracos................................................................................40

6 OPERAÇÃO....................................................................................................41

6.1 LAYOUT DA LOJA (PLANTA BAIXA)......................................................41

6.2 FLUXO DE ATENDIMENTO....................................................................42

6.3 ESTACIONAMENTO................................................................................42

6.4 HORÁRIO DE ATENDIMENTO................................................................42

6.5 INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR.......................................................43

6.6 GERÊNCIA DE RECLAMAÇÕES............................................................43

6.7 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS...............................................43

6.7.1 Prontos Fortes................................................................................43

6.7.2 Pontos Fracos................................................................................44

7 FINANCEIRO..................................................................................................45

7.1 CONTABILIDADE.....................................................................................45

7.2 CUSTOS..................................................................................................45

7.3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA.............................................................46

7.4 ANÁLISE FINANCEIRA - VERTICAL E HORIZONTAL...........................47

7.5 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS...............................................47

7.5.1 Pontos Fortes.................................................................................47

7.5.2 Pontos Fracos................................................................................47

8 RECURSOS HUMANOS.................................................................................49

8.1 ESTILO DE ADMINISTRAÇÃO................................................................49

8.2 ROTATIVIDADE E ABSENTEÍSMO.........................................................50

8.3 SISTEMA DE SELEÇÃO..........................................................................51

Page 11: TCC MARCIO 2010 11 11

8.4 REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS...........................................................51

8.5 MOTIVAÇÃO............................................................................................52

8.6 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS...............................................52

8.6.1 Pontos Fortes.................................................................................52

8.6.2 Pontos Fracos................................................................................52

9 ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL E PROPOSTA DE ESTÁGIO....................53

9.1 PONTOS FORTES E FRACOS IDENTIFICADOS NO DIAGNÓSTICO. .53

9.2 TEMA DA PROPOSTA E A CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA....54

9.3 OBJETIVOS.............................................................................................55

9.3.1 Geral...............................................................................................55

9.3.2 Específicos.....................................................................................55

9.4 JUSTIFICATIVA.......................................................................................55

10 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................57

10.1 ESTRATÉGIA...........................................................................................57

10.2 PLANEJAMENTO.....................................................................................58

10.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO..........................................................60

11 METODOLOGIA..............................................................................................68

11.1 MÉTODO DE PESQUISA........................................................................68

11.2 ETAPAS DA PESQUISA..........................................................................68

11.3 VARIÁVEIS ENVOLVIDAS NO ESTUDO................................................68

12 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA E RECOMENDAÇÕES..........................70

12.1 ANÁLISE SWOT.......................................................................................71

12.1.1 Pontos fortes...............................................................................72

12.1.2 Pontos fracos..............................................................................72

12.1.3 Oportunidades.............................................................................73

12.1.4 Ameaças.....................................................................................73

12.1.5 Pontuação...................................................................................73

12.2 Apresentação da análise swot - cruzamento............................................75

12.2.1 Oportunidades.............................................................................75

12.2.2 Ameaças.....................................................................................76

12.2.3 Pontos fortes...............................................................................76

12.2.4 Pontos fracos..............................................................................76

13 OBJETIVOS E DESAFIOS EMPRESARIAIS..................................................78

13.1 ESTRATÉGIAS........................................................................................79

14 PLANO DE AÇÃO, INDICADORES E CONTROLE........................................82

Page 12: TCC MARCIO 2010 11 11

14.1 OPORTUNIDADES..................................................................................82

14.2 AMEAÇAS................................................................................................83

14.3 PONTOS FORTES...................................................................................84

14.4 PONTOS FRACOS..................................................................................85

15 DELIMITAÇÕES DO ESTUDO........................................................................88

CONCLUSÃO........................................................................................................89

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO.........................................................................91

Page 13: TCC MARCIO 2010 11 11

12

1 INTRODUÇÃO

O trabalho que segue tem por objetivo demonstrar as diversas áreas da

Academia Vitaly. Foram coletadas informações junto à empresa que se fazem

presentes no diagnóstico. Paralelo às informações coletadas na empresa,

buscaram-se informações referentes a cada assunto junto a autores de cada área,

desta forma confrontando as práticas aplicadas na empresa com as sugestões dos

teóricos.

No primeiro capítulo, serão apresentadas informações que compõem a

caracterização da empresa. Algumas informações sobre faturamento, serviços

oferecidos na academia, análise macro e micro-ambiental. No segundo capítulo

serão apresentadas informações sobre a área administrativa, trazendo dados sobre

o planejamento estratégico da organização, sistemas de informações presentes na

mesma, bem como a forma como a empresa esta organizada. Serão apresentadas

informações também sobre a área comercial, de materiais, de operacionalização dos

serviços, área financeira e por último da área de recursos humanos. Por fim, será

apresentada a proposta de estágio para o TCC III.

Sabemos da relevância da empresa possuir todas as suas áreas funcionais

em harmonia, uma vez que o sucesso desta dependerá destas áreas. Mesmo em

pequenas e micro-empresas, o planejamento é de fundamental importância para se

manter no mercado de forma competitiva.

Page 14: TCC MARCIO 2010 11 11

13

2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

2.1 DADOS CADASTRAIS

Razão social: Academia RK.

Nome fantasia: Academia Vitaly.

Endereço: Rua Dr. Alfredo Seitenfus, número 182, Bairro Centro.

Cidade: Tupandi-RS.

CEP: 95775-000.

Telefone: 51 3635-8164.

I.E.: Isenta.

CNPJ: 10.587.344/0001-00

Proprietários: Graciele Rohr e Lisiane Rohr.

2.2 HISTÓRICO

A Academia Vitaly, localizada no centro da cidade de Tupandi-RS, foi

fundada em Setembro de 2008, sob coordenação da professora Graciele Rohr e de

sua sócia Lisiane Rohr. A Academia Vitaly surgiu fundamentada nas suas atividades

principais que são o JUMP e a HIDROGINÁSTICA. No início de suas atividades,

outras três modalidades foram oferecidas: dança, yoga e judô. Estas, sob a

coordenação de profissionais que sublocavam o espaço para sua atuação.

Devido à grande demanda, em abril de 2009 foi equipada a sala de

musculação. As atividades de jump, dança, yoga e judô foram suspensas em função

da falta de espaço físico. Atualmente a Academia conta com duas salas principais:

em uma é desenvolvida a Hidroginástica e a outra é destinada para a Musculação.

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14

Atualmente conta com um quadro de três colaboradores; Graciele Rohr,

formada em Educação Física pela UNISINOS – Universidade do Vale do Rio dos

Sinos, professora da disciplina de Educação Física na rede Municipal de Ensino, que

atua no período da manhã; Lisiane Rohr, formada em Pedagogia pela UNISINOS,

professora de Séries Iniciais também da rede Municipal de Ensino no período da

tarde, ocupa o cargo de Secretaria no período das 17h30min até o fechamento da

academia à noite; Adriane Altenhoffen, estudante do curso de Educação Física na

FEEVALE, atua alguns dias da semana no monitoramento das atividades físicas

desenvolvidas pelos alunos.

2.3 SERVIÇOS

Para uma melhor compreensão do objetivo central da Academia Vitaly, é de

importante conhecer bem a diferença entre produtos e serviços.

Para Kotler e Armstrong (1993, p. 413), “serviço é um ato ou desempenho

(...) que uma parte pode oferecer a outra (...)”.

É importante também destacar aqui a diferença entre os aspectos tangíveis

e intangíveis dos serviços, uma vez que os serviços devem combinar ambos os

aspectos. Para Cobra (2001, p. 16):

Cada serviço oferecido ao mercado deve combinar aspectos tangíveis,

perfeitamente identificados e valorizados pelos consumidores, com aspectos

intangíveis, que as pessoas não vêem, mas que contenham uma vasta

quantidade de prêmios, visando agregar aos serviços um atendimento que

encante os clientes levando-os, se possível, ao deslumbramento...

Os serviços oferecidos atualmente aos seus clientes são a musculação e a

hidroginástica. Nos meses de maio, junho, julho e agosto, esta última não foi

oferecida, por conta do elevado custo de manter a água das piscinas aquecida.

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15

2.4 MERCADO

Na atualidade, as empresas estão sofrendo inúmeras modificações a cada

dia. Para que possam manter-se neste mercado em constante mutação, é preciso

que os gestores tenham conhecimento dos fatores que influenciam a mesma. Para

tal, faz-se necessário que sejam conhecedores do Micro e Macro ambiente.

2.4.1 Micro ambiente

Kotler (1992, p.47) observa que:

O microambiente consiste em forças próximas à empresa que afetam sua

capacidade de servir seus clientes – a empresa, os fornecedores, os canais

de marketing, os mercados de clientes, os concorrentes e o público.

Inúmeras são as ameaças que pairam sobre uma empresa de serviços,

podendo citar as seguintes:

▫ Ameaça de novos concorrentes;

▫ Poder de barganha dos fornecedores da empresa de serviços;

▫ Poder de barganha dos compradores de serviços;

▫ Ameaça de serviços substitutos;

▫ Rivalidade entre os concorrentes existentes.

Neste sentido, Cobra (2001, p. 40) assevera que:

Para neutralizar as ameaças, a empresa precisa ter recursos financeiros, a

fim de obter barganha com os fornecedores e estar apta a enfrentar as

ameaças de serviços substitutivos e a ação dos concorrentes existentes.

Deve, ainda, estar preparada para derrubar a barganha dos compradores de

serviços.

Perfil de clientes: o grupo de alunos da academia é bastante diversificado,

desde crianças até idosos. Entre os jovens, a grande maioria busca a atividade física

para uma melhoria no padrão estético. Já os alunos com 50 anos ou mais, em sua

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16

maioria buscam a atividade física por orientação médica. O grupo é composto por 45

homens e 87 mulheres, a maior parte composta por industriários e de origem alemã.

A academia possui dois tipos de fornecedores, os esporádicos e os

habituais. Os esporádicos são responsáveis pela venda dos equipamentos para a

montagem da infra-estrutura da academia,. Os principais são: Index Fitness,

Evidence Engenharia de Fitness, Data Fitness, Logon Sistemas, Compumaq, Móveis

Steimebel, Lojas Solar, Art Fitness e Casa & Conforto. Os habituais são os que

oferecem à empresa os materiais de expediente do dia-a-dia, neste caso, fornecidos

pelo Supermercado Muller. No setor das academias de ginástica, os fornecedores

não possuem muito poder sobre os compradores, uma vez que existem no mercado

inúmeras empresas que fornecem estes equipamentos.

A empresa tem na cidade um concorrente direto que possui cerca de 10

alunos. No entanto, a estrutura deste é bastante retrógrada, equipamentos antigos,

muitas vezes fora de linha. Segundo informações coletadas junto a um aluno, não

existe profissional que oriente os alunos no momento do seu treino. Em Bom

Principio e Harmonia, cidades próximas, existe uma única academia. Estas, por sua

vez, atendem exclusivamente o público local, salvo exceções. O que se percebe, no

entanto, é uma grande influência dos concorrentes indiretos, uma vez que no

município existem diversos grupos organizados que costumam se reunir durante a

semana para jogos de futebol de salão ou vôlei, bem como aulas de artes marciais.

Também existe uma diminuição, mesmo não significativa, no fluxo de jovens que

freqüentam a academia no início das aulas, abrangendo os alunos da rede de

ensino médio e também universitários.

2.4.2 Macro ambiente

Kotler (1992, p.47) afirma que:

O macro ambiente consiste em forças sociais maiores que afetam todo o

microambiente, - forças demográficas, econômicas, naturais, tecnológicas,

políticas e culturais.

Page 18: TCC MARCIO 2010 11 11

17

Percebe-se que os fatores naturais não exercem grande força sobre a

empresa, uma vez que ela não se apropria de recursos naturais. As mensalidades

dos pacotes são acessíveis. O fator que poderia desfavorecer a empresa é o da

tecnologia no sentido de desenvolver medicamentos ou mesmo tratamentos

estéticos que possam trazer um resultado físico maior num curto espaço de tempo, o

que os treinos por si só não conseguem fazer.

2.5 PARTICIPAÇÃO NO MERCADO

O único concorrente da cidade possui cerca de 10 alunos. Considerando que

a Academia Vitaly conta atualmente com 132 alunos, ela detém cerca de 93% da

população que freqüentam academias. Possui um faturamento médio mensal de R$

2 500,00 (dois mil e quinhentos reais), representado somente pela musculação, no

entanto, este faturamento tende a subir para R$ 3 700,00 (três mil e setecentos

reais), assim que as atividades da hidroginástica forem retomadas. Estima-se que,

com a retomada das aulas de hidroginástica, o número de alunos deve saltar para

158

2.6 EVOLUÇÃO DAS VENDAS

É de suma importância que o empresário faça um acompanhamento da

evolução das vendas. Desta forma, ele terá como visualizar em quais momentos

houve um aumento ou mesmo a diminuição do faturamento, podendo assim traçar

um plano para manter estes valores mais ou menos estáveis ou mesmo criar

estratégias para aumentar o faturamento continuamente.

Na tabela 1 é apresentado o faturamento mensal do primeiro semestre de

2009. Nos primeiros três meses o faturamento foi gerado somente pelas receitas

oriundas da hidroginástica; já no mês de abril, houve um aumento de 173,50 %

comparado ao mês de março, devido ao início das aulas de musculação. No mês de

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18

maio houve uma queda de 21,87 %, ocasionado pela paralisação das aulas da

hidroginástica

JaneiroFevereir

oMarço Abril Maio Junho

1 200,00 1 250,00 1 170,00 3 200,00 2 500,00 2 450,00

Tabela 1: Faturamento mensal do primeiro semestre (*valores expressos em Reais)

Fonte: Informações disponibilizadas pela empresa.

2.7 CAPACIDADE PRODUTIVA

A academia possui a capacidade de atender 90 alunos por dia, sendo que

em cada horário podem ser atendidos o máximo de 10 alunos. Segundo a sócia

Graciele Rohr, este seria o número ideal para que não haja ociosidade nos

equipamentos e também para que o educador consiga atender com qualidade.

2.8 GESTÃO DE PESSOAS

Por ser uma empresa pequena, conta com um quadro funcional bastante

enxuto, com 3 funcionários, Graciele Rohr, educadora física; Lisiane Rohr, recepção

e Adriana Altenhofen, estagiária do curso de educação física.

2.9 GESTÃO FINANCEIRA

A gestão financeira da empresa é feita de forma manual, através de um

arquivo de Excel, em que são inseridas informações sobre as entradas e saídas da

empresa. A parte contábil é terceirizada, ficando a cargo do Escritório de

Contabilidade Carlos Muller, situado em Tupandi.

Page 20: TCC MARCIO 2010 11 11

19

3 ÁREA ADMINISTRATIVA

Polidoro (2003) assegura que o planejamento é um processo que está

presente na tomada de decisões que acabam tendo uma repercussão no futuro.

Este conceito pressupõe atitudes gerenciais voltadas ao desenvolvimento de

atividades que visem à melhoria contínua. Partindo-se disso, verifica-se a

necessidade constante de se usar ferramentas administrativas que permitam este

desenvolvimento.

A área administrativa da Academia Vitaly, bastante enxuta, conta com um

quadro funcional pequeno, composto por 3 funcionários. Muitas estratégias e

ferramentas não são utilizadas da forma correta, as que são, em muitos casos o são

de forma inadequada.

3.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Ackoff (1983, p. 1) esclarece que:

Planejamento é a definição de um estado futuro desejado e de meios eficazes de alcançá-lo. É um instrumento usado pelo sábio, mas não só por ele. Quando utilizado por homens de capacidade inferior, este instrumento se transforma num ritual irrelevante que produz paz de espírito a curto prazo, mas não o futuro que se deseja.

Como não existe uma única forma de planejar, o planejamento sofrerá

mudanças ao longo do tempo, levando em conta sempre as características da

organização e as situações na qual ela é desenvolvida.

Batemann (1998, p. 122) ressalta:

Planejamento é o processo consciente e sistemático de tomar decisões sobre objetivos e atividades que uma pessoa, grupo, uma unidade de trabalho ou uma organização buscarão no futuro. Planejamento não constitui uma resposta informal ou casual a uma crise; constitui um esforço que tem um propósito, sendo liderado e controlado por administradores, que freqüentemente recorrem ao conhecimento e experiência dos empregados em toda a organização.

Page 21: TCC MARCIO 2010 11 11

20

3.1.1 Objetivos, missão e visão

Para Pagnoncelli e Vasconcelos Filho (2001, p. 228) a visão é o “sonho ou

desafio estratégico”, ela formaliza no presente e projeta no futuro a vontade dos

proprietários e acionistas de uma empresa.

Batemann (1998, p. 122) observa que a visão explicita o direcionamento a

longo prazo da empresa e seu intento estratégico. Já a missão segundo o mesmo

autor, elucida que é o propósito e os valores básicos da organização. É a razão da

existência da organização. “Os objetivos são alvos ou fins que o administrador

deseja atingir”.

O autor supracitado afirma, ainda, que:

Quando apropriado, os objetivos devem ser também quantificados e associados a um horizonte temporal. Elas devem ser aceitáveis para os administradores e para os empregados encarregados de atingi-los, devendo ser consistentes tanto dentro quanto entre as unidades de trabalho. (p.123).

Nesta mesma linha de pensamento, Polidoro (2003) acrescenta que os

objetivos determinam muitas vezes como a organização será no longo prazo, para

tal, serão estabelecidos sobre fatores controláveis ou influenciáveis que necessitam

ser quantificados, desta forma terão como fundamentar o plano de metas.

Quanto a Objetivos, Missão e Visão a empresa não os possui estruturados e

normatizados. Percebe-se que estas ferramentas do Planejamento se fazem

presentes no campo teórico. Sabe-se, no entanto que é de fundamental importância

que Objetivos, Missão e Visão estejam escritos e expostos para que todas as

pessoas saibam o propósito de existir da empresa, bem como para orientar os

funcionários que metas a empresa possui. As sócias sintetizam missão e visão

como sendo “... a busca constante do bem-estar do aluno”., premissa esta que

orienta todas as atividades que são desenvolvidas na academia.

Com relação aos objetivos, a empresa visa investir na sua infra-estrutura

(aquisição de ar-condicionado split – em fase de cotação de orçamentos) e na

construção de mais uma sala de aula, para que se possam oferecer aulas de dança

para os alunos. Percebe-se, no entanto, que não possuem objetivos claros,

mensuráveis e específicos sobre qual a fatia de mercado que se pretende possuir, o

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21

que impede de se criar um plano de marketing adequado com segmentação de

mercado (industriários, profissionais liberais, agricultores, obesos, crianças, idosos),

por conseqüência não será possível fazer projeções adequadas sobre os lucros

desejados pela empresa no longo prazo.

3.1.2 Filosofia e princípios

Polidoro (2003, p.22) ressalta que:

Os princípios ou valores de uma organização são elementos balizadores das atuações organizacional e individual, relativamente ao negócio. Consolidam a identidade empresarial a apontam um jeito de ser.

A empresa não tem Filosofia e Princípios estruturados. Possui sua filosofia de

trabalho focado na preocupação em oferecer serviços de orientação física

adequados, atendendo a individualidade de cada aluno.

3.1.3 Planos estratégicos, táticos e operacionais

Bateman (1998) expõe que o planejamento estratégico envolve a tomada de

decisões no longo prazo, estes planos possuem orientação externa forte. Os

responsáveis pelo desenvolvimento são os altos executivos, mesmo que não

implementem pessoalmente o plano.

O mesmo autor afirma que o planejamento tático traduz objetivos e planos

específicos que são importantes para uma determinada área funcional, como

Recursos Humanos ou mesmo Marketing. O autor elucida que o planejamento

operacional identifica normalmente as ferramentas que serão necessárias nos níveis

mais baixos da empresa, refere-se a planos normalmente mais curtos e envolvem

tarefas rotineiras.

Concernente aos níveis de planejamento, a empresa tem como objetivo

aumentar seu espaço físico, aquisição de equipamentos para melhorar as aulas (ar

condicionado) Contudo, estes planos não possuem data específica para

Page 23: TCC MARCIO 2010 11 11

22

implantação, o que mostra “certo grau” de fragilidade na objetivação dos planos.

Uma vez que não estejam mensurados, será difícil de serem analisados e

implantados.

3.1.4 Padrões de controle da administração

A empresa conta com um sistema chamado “BIO DIGITAL FIRE”. Este

sistema permite monitoramento de todos os alunos que freqüentam a academia

durante o dia, bem como possibilita verificar o horário em que o mesmo entrou. Este

acesso se dá através da leitura da digital do aluno, aquela que foi colhida no

momento em que foi feito o cadastramento do aluno no sistema. Este sistema

integra outras inúmeras rotinas administrativas, mas que não estão sendo usadas

pela empresa. Controles, como caixa, contas a pagar e outros são feitos de forma

manual, fazendo-se anotações em uma agenda ou então em planilha eletrônica do

Excel.

3.1.5 Indicadores de desempenho

Os indicadores de desempenho são utilizados para monitoramento dos

resultados que os alunos vêm obtendo com os treinos. É realizada uma avaliação

inicial do aluno quando este inicia suas atividades na academia, onde são coletadas

informações como peso, altura e índices de gordura. Com base nestas informações

e no objetivo do aluno, a orientadora cria um treino para cada aluno. Passados três

meses, o aluno será reavaliado com vistas a verificar se os objetivos propostos no

início estão sendo alcançados.

Com relação a outros indicadores, eles são inexistentes na empresa. Não

contam com indicadores para a área administrativa, de pessoas e de marketing.

Page 24: TCC MARCIO 2010 11 11

23

3.1.6 Reuniões de avaliação

A empresa costuma fazer reuniões quinzenais, com toda a equipe de

funcionários quando se discutem questões ligadas aos alunos, tais como cuidado no

monitoramento dos treinos dos alunos objetivando o uso da mesma metodologia,

questões de comportamento nas dependências da academia, entre outros.

Questões ligadas à área administrativa ou relacionadas à tomada de decisões são

sempre realizadas exclusivamente entre as duas sócias, Lisiane e Graciele, sem

data e dias pré-determinados. São convocadas conforme a necessidade.

3.2 INOVAÇÃO

A academia pretende aumentar seu espaço físico, possibilitando assim

oferecer aulas de danças, sugestão esta dada por inúmeros alunos, uma vez que na

cidade elas não são oferecidas em lugar algum. Existe também possibilidades de

inovações no que se refere à aquisição de novos equipamentos para as aulas de

musculação, como bicicletas ergométricas e um elíptico.

3.3 SISTEMA DE INFORMAÇÕES

3.3.1 Atividades de implantação de sistemas

No momento, a empresa não está em fase de implantação de sistemas. O

que se percebe é a necessidade de se começar a usar as ferramentas de apoio. O

sistema que a empresa possui é muito completo, oferecendo inúmeras ferramentas

que apoiarão a tomada de decisão das sócias. Bastando para tal, somente usá-los

de forma adequada.

Page 25: TCC MARCIO 2010 11 11

24

3.3.2 Sistemas de informações gerenciais

O sistema utilizado pela empresa é o “BIO DIGITAL FIRE”. Ele integra o

controle de acesso dos alunos através da catraca, monitorando as entradas,

pagamentos das mensalidades e possibilidade de impressão de vários relatórios que

podem auxiliar as sócias na tomada de decisões.

3.3.3 Comunicação interna

Para Bowditch e Buono (1992, p. 80), “a comunicação constitui a base para

quase todas as atividades nas organizações”. Segundo o autor, “ela pode ser

definida como sendo a troca de informações entre um transmissor e um receptor e a

percepção do significado entre os indivíduos envolvidos no processo”.

A comunicação na empresa analisada ocorre em sua maior parte do tempo

através de bate papos informais. No entanto é utilizado um quadro mural em que

são afixados alguns recados e orientações sobre atividades físicas e também sobre

alimentação. A academia possui também uma página pessoal na internet e uma

comunidade no Orkut. Para divulgação de novos pacotes e serviços oferecidos

utilizam o e-mail e também o telefone.

3.4 ORGANIZAÇÃO

3.4.1 Organograma

Antes de definir o termo organograma, é importante termos em mente a

definição concisa do que significa o termo cargo. Segundo Chiavenato (2004, p.

189):

Page 26: TCC MARCIO 2010 11 11

25

O cargo é uma composição de todas as atividades desempenhadas por uma empresa – o ocupante – que podem ser englobadas em um todo unificado e que figura em certa posição formal do organograma da empresa.

Assim sendo, Chiavenato (2004) evidencia que as pessoas para ocuparem

um cargo, deverão ter seu cargo definido no organograma. A posição deste cargo no

organograma define seu nível hierárquico.

Abaixo, na figura 1, será apresentada uma proposta de organograma para a

Academia Vitaly.

Figura 1 - Organograma proposto para a Academia VitalyFonte: Elaborado pelo autor com base nos dados da pesquisa.

3.4.2 Níveis hierárquicos

Chiavenato (2004) explica que se pode definir nível hierárquico como sendo

a posição do cargo no organograma.

Ainda Chiavenato (2004, p.74), esclarece que:

[...] os cargos são representados no organograma através de retângulos, cada qual com dois terminais de comunicação: o superior, que o liga ao cargo acima e define sua subordinação, e o inferior, que o liga com os cargos abaixo e define seus subordinados [...].

Os diferentes níveis hierárquicos da Academia Vitaly, bem como as pessoas

que representam cada função, são:

Page 27: TCC MARCIO 2010 11 11

26

GERENTE GERAL E ORIENTADORA FÍSICA – Graciele Rohr;

GERENTE ADMINISTRATIVA E RECEPCIONISTA – Lisiane Rohr;

ESTAGIÁRIA – Adriane Altenhofen.

3.4.3 Relacionamento e liderança

O relacionamento entre os funcionários é bastante tranqüilo, o que se

justifica, por ser uma empresa de pequeno porte. Costuma-se trocar idéias com

freqüência. Porém, estas práticas são sempre feitas de forma informal.

3.4.4 Especialização

Com relação à especialização dos serviços oferecidos aos seus clientes,

verifica-se que não existe um público alvo. A academia atende a todos os públicos,

desde crianças até idosos. No entanto, procura-se, sempre que possível, alocar os

alunos em horários em que as faixas etárias sejam mais próximas, o que permite

uma melhor dinamização das atividades.

3.5 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

3.5.1 Pontos fortes

▫ Indicadores de desempenho: pode-se verificar a preocupação constante no

bem estar do aluno bem como seu progresso nos treinos;

▫ Análise de desempenho: os treinos e os resultados são monitorados com

freqüência, a fim de verificar se houve progresso, estagnação ou mesmo

retrocesso nos resultados esperados;

Page 28: TCC MARCIO 2010 11 11

27

▫ Reuniões de avaliação: é importante que elas ocorram. Desta forma, os

profissionais envolvidos terão um norte para executarem suas atividades;

▫ Sistema de informações gerenciais: sistema biométrico instalado que

permite o acesso dos alunos às salas de treinos através de catraca.

Tecnologia esta usada normalmente em academias de grandes centros.

3.5.2 Pontos fracos

▫ Ausência de Objetivos, missão e visão estruturados;

▫ Falta de filosofia e princípios estabelecidos;

▫ Deficiência nos diversos níveis de planejamento;

▫ Uso inadequado ou mesmo a não utilização dos indicadores de

desempenho, principalmente na área administrativa;

▫ Não uso das ferramentas de controle.

Page 29: TCC MARCIO 2010 11 11

28

4 ÁREA DE MERCADO

4.1 PESQUISA DE MERCADO

4.1.1 Finalidades da pesquisa de marketing na empresa

Segundo Kotler e Armstrong (1993), a pesquisa de marketing pode ser

definida como o instrumento que liga o consumidor, o cliente e o público ao

profissional de marketing através de informações. Uma vez que os profissionais

tenham posse destas informações, eles identificarão as oportunidades e os

problemas de marketing, monitorando, avaliando e propondo soluções para

aumentar a competitividade.

Pride (2001, p. 107) esclarece que a pesquisa de marketing “compreende o

projeto, a coleta, a interpretação e o relatório sistemático de informação para ajudar

os profissionais a resolver problemas de marketing específicos ou tirar proveito de

oportunidades de marketing”.

Kotler e Armstrong (1993) reforçam que todos os profissionais de Marketing

necessitam de pesquisas.

Nesta linha de pensamento, Churchill e Peter (2000, p. 116) ressaltam:

Os profissionais de marketing precisam de informações sobre seu ambiente, em especial informações sobre clientes e concorrentes. Precisam saber como os mercados-alvo respondem a um composto de marketing atual e como reagiriam a mudanças nele. Precisam saber como os concorrentes estão se saindo e prever o que eles planejam fazer no futuro.

No caso da academia de ginástica analisada, não é desenvolvida nenhuma

pesquisa de marketing, não se estabelece nenhuma forma de intervenção junto ao

mercado para verificação da real demanda do mercado. O que acontece é que a

população procura a academia solicitando algum serviço e, no caso da academia

ainda não oferecer este serviço, se o mesmo for demandado por vários clientes, é

estudada a viabilidade do fornecimento do mesmo. Este estudo pode ser

considerado bastante empírico, sem se levar em consideração algumas

informações.

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29

4.1.2 Tipos de pesquisas realizadas na organização

Percebe-se uma grande deficiência por parte da empresa no que se refere

aos tipos de pesquisas realizadas na organização. Todas as pesquisas são feitas de

forma informal. Não são aplicadas pesquisas de mercado e não existe nenhuma

intervenção direta no mercado. Desta forma, a empresa distancia-se bastante das

práticas comuns de verificação da concorrência e das práticas que os mesmos

utilizam.

Importante salientar, no entanto que a empresa não possui concorrente

muito forte no município, o que em termos “poderia” justificar a ausência destas

pesquisas.

4.1.3 Tipos de levantamentos efetuados

A empresa não possui o hábito de realizar levantamentos no mercado O que

faze feito são levantamentos informais junto aos alunos sobre quais serviços

poderiam ser oferecidos na academia. No entanto, estão muito longe de utilizar esta

ferramenta em toda a sua dimensão.

4.2 SERVIÇOS

4.2.1 Classificação dos serviços na empresa

Hidroginástica

Aeróbica

Musculação

JUMP

Page 31: TCC MARCIO 2010 11 11

30

4.2.2 Estágio no CVP (Ciclo de Vida dos Serviços)

Segundo Churchill e Peter (2000), o Ciclo de Vida dos produtos1 e serviços

pode ser definidos como um modelo dos estágios do histórico de vendas e lucros de

um produto ou serviço.

Para Etzel, Walker e Stantom (2001, p. 233), o ciclo de vida de um produto

“consiste de demanda agregada sobre um longo período de tempo para todas as

marcas que compõem a categoria de um produto genérico”.

Limeira (2003, p. 98) explica que o ciclo de vida do produto é “uma

ferramenta de decisões de marketing que pressupõe que um produto percorre

quatro fases distintas ao longo de sua presença no mercado: introdução,

crescimento, maturidade e declínio”.

Existe na academia a chamada sazonalidade de alguns dos serviços

oferecidos, como é o caso da hidroginástica que não é oferecido no inverno. Os

demais serviços são oferecidos normalmente.

4.2.3 Decisão mix de produtos/serviços

Para Churchill e Peter (2000, p. 252), linhas de produtos são “grupos de

produtos que compartilham características, canais, clientes ou usos comuns”.

Para Etzel, Walker e Stantom (2001, p. 224)., linhas de produtos são “grupos

de produtos, direcionados a usos essencialmente similares e tendo características

físicas similares”.

A decisão do mix de serviços é elaborado pela empresa estudada, de acordo

com a demanda do mercado, os clientes vão solicitando os serviços, a empresa

verifica a quantidade de clientes ou possíveis clientes que solicitaram o serviços,

uma vez atingido um número adequado de interessados, é aberto a modalidade na

academia.

1 Leia-se serviços, uma vez que as mesmas técnicas podem ser usadas na Administração de Serviços.

Page 32: TCC MARCIO 2010 11 11

31

4.2.4 Decisão sobre a marca

Para Churchill e Peter (2000, p. 244), marca é “símbolo ou qualquer outra

característica que identifique o bem ou serviço de um vendedor como distinto dos

bens ou serviços de outros vendedores”.

Não existe nenhuma política ligada à escolha de marcas na empresa em

questão.

4.2.5 Lançamento de novos produtos/serviços

Para Churchill e Peter (2000, p.285), “o processo desenvolvimento começa

com a geração de novas idéias”. As idéias de novos produtos podem advir de muitas

fontes, incluindo clientes, equipe de vendas e demais funcionários.

Kotler (1992, p. 279) afirma que:

O processo de desenvolvimento de novos produtos divide-se em oito estágios: “geração de idéias, triagem de idéias, desenvolvimento e teste de conceito, desenvolvimento da estratégia de marketing, análise comercial, desenvolvimento de produto, teste de mercado e comercialização”.

Pride (2001, p.209) ressalta que o processo de desenvolvimento de novos

produtos divide-se em sete fases “geração de idéia, seleção, teste de conceito,

análise comercial, desenvolvimento de produto, mercado-teste e comercialização”.

Conforme o exposto, o lançamento de novos serviços da Academia Vitaly é

feito de acordo com a demanda estabelecida pelo mercado, uma vez havendo o

número adequado de interessados é aberta a modalidade de serviço na academia.

4.3 PREÇO

Para Churchill e Peter (2000, p. 169), “a estratégia de preço pode induzir a

seleção de um determinado produto que aumente ou diminua o custo total de

compra”.

Page 33: TCC MARCIO 2010 11 11

32

Kotler e Armstrong (1993, p. 31) ensinam que preço “significa a soma de

dinheiro que os clientes devem pagar para obter o produto”.

4.3.1 Critérios utilizados para fixação de preços nos serviços

Para Churchill e Peter (2000, p. 314):

Para determinar os preços apropriados para seus produtos, os profissionais de marketing podem aplicar conceitos econômicos como curvas de demanda (representação gráfica da quantidade de um produto demandada em vários níveis de preços) e análise marginal (técnica para encontrar os maiores lucros possíveis pela mensuração do efeito econômico de produzir e vender cada unidade adicional do produto).

Os critérios utilizados para a fixação dos preços nos serviços é feito de

acordo com as práticas de preços realizados no mercado, os valores aplicados em

academias de musculação são normalmente padrão, havendo uma pequena

variância.

4.3.2 Preços da empresa em relação ao mercado

Os preços praticados pela empresa estão de acordo com os praticados

pelos concorrentes que oferecem os mesmos serviços em outras cidades. No

município existe uma academia de musculação. No entanto, a mesma não oferece

um serviço de acompanhamento aos seus alunos, conseguindo desta forma aplicar

preços mais baratos.

4.3.3 Estado da demanda em relação ao preço

A demanda pelos serviços tem aumentado bastante nos últimos meses, em

virtude da mudança do inverno para a primavera, estação esta que se antecipa ao

verão, período em que os clientes quase que em sua totalidade querem estar “bem”

esteticamente. O que se percebe é que não existe uma rejeição por parte dos alunos

Page 34: TCC MARCIO 2010 11 11

33

com relação ao preço aplicado pela academia, uma vez que este é bastante

convidativo face ao atendimento oferecido.

4.3.4 Aprovação do crédito

O sistema de pagamento é o de mensalidades. Por conseguinte, não existe

nenhuma política de aprovação de crédito de seus clientes. O aluno faz sua

matrícula, efetua seus pagamentos e freqüenta as aulas normalmente. O que se

percebe é que os alunos que estão em situação financeira delicada normalmente

deixam de freqüentar as aulas.

4.4 COMUNICAÇÃO

Para Churchill e Peter (2000, p. 449), “comunicação é a transmissão de uma

mensagem de um emissor para um receptor, de modo que ambos a entendam da

mesma maneira”. Dessa forma, um anúncio impresso, um cupom, um Spot de rádio,

um comercial de televisão ou qualquer outra comunicação de marketing devem

transmitir claramente o significado pretendido.

Nas palavras de Limeira (2003, p. 275), “o profissional de marketing precisa

saber antecipadamente como o consumidor irá decodificar sua mensagem, quais os

meios de comunicação que o atingem e qual será sua resposta ao estimulo da

comunicação”.

4.4.1 Principais ferramentas de comunicação utilizadas pela empresa

A principal ferramenta de comunicação que a empresa possui é o boca-a-

boca, ou seja, a propaganda que o próprio cliente faz.

Page 35: TCC MARCIO 2010 11 11

34

4.4.2 Meios de comunicação utilizados

A empresa possui uma página no Orkut, em que são fornecidas algumas

informações sobre a empresa. Costumam mandar e-mails informando quais os

serviços que são oferecidos pela academia.

4.4.3 Propaganda

Para Churchill e Peter (2000),, propaganda é qualquer anúncio ou

comunicação persuasiva veiculada nos meios de comunicação de massa durante

determinado período e num determinado espaço pagos ou doados por um individuo,

companhia ou organização.

Na academia analisada, não são usadas ferramentas específicas de

propaganda. O processo de propaganda é boca-a-boca, os alunos comentam com

seus amigos, estes por sua vez são influenciados a conhecer a academia.

4.5 VENDAS

4.5.1 Critérios utilizados para o planejamento das vendas

A empresa não utiliza critérios para o planejamento de vendas.

4.5.2 Técnicas para determinação das quotas de vendas

A empresa não utiliza técnicas para determinação das quotas de vendas.

Page 36: TCC MARCIO 2010 11 11

35

4.5.3 Análise de vendas

É disponibilizado pelo sistema da academia um relatório com a relação dos

alunos que freqüentam a academia ordenados por ordem de data Percebe-se que

estas informações não são comparadas com a relação de faturamento.

4.5.4 Equipe de vendas – tipo do vendedor

As vendas dos pacotes da academia são feitas por todos dentro da

organização, desde a secretária até a orientadora física.

4.5.5 Funções exercidas pelo vendedor

A empresa não dispõe de pessoa especializada em vendas. Elas acabam

sendo feitas pelos próprios funcionários.

4.5.6 Motivação

Com as inúmeras mudanças que vem acontecendo nas empresas, verifica-

se que cada vez mais se torna importante que as equipes estejam motivadas. Esta

tarefa de motivar as equipes torna-se por vezes bastante complexo.

Weiss (1991) propõe como meio de obter motivação o chamado “contrato

psicológico”, uma espécie de acordo não-explicíto para mediar a relação entre

supervisor e subordinado. Tal acordo deve conter três “cláusulas” fundamentais:

expectativas mútuas, responsabilidades mútuas e conseqüências mútuas do

sucesso ou do fracasso.

Page 37: TCC MARCIO 2010 11 11

36

Na academia, por ser um espaço de valoração do bem-estar, é

imprescindível que a equipe esteja motivada, uma vez que os alunos buscam não

somente o “corpo-perfeito”, mas também alguém com quem possam conversar e

desabafar. Assim sendo, a equipe precisa estar motivada e aberta às pessoas e por

conseqüência a seus anseios.

4.5.7 Treinamento

Não são fornecidos treinamentos às pessoas envolvidas na área de vendas.

4.5.8 Reuniões de venda

Não são realizadas reuniões para que se discutam especificamente

questões relacionadas às vendas, este assunto normalmente é debatido em

reuniões em que são tratados outros assuntos.

4.6 PÓS VENDA

4.6.1 Serviços oferecidos ao cliente

Como diferencial, a academia oferece a seus alunos o acompanhamento por

meio de avaliações físicas, em que o aluno terá um retorno sobre seu progresso nas

atividades.

Page 38: TCC MARCIO 2010 11 11

37

4.7 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

4.7.1 Pontos fortes

▫ A empresa não possui problemas com o ciclo e vida dos produtos;

▫ Os valores dos pacotes cobrados na academia são bastante acessíveis

quando comparados a outras academias.

4.7.2 Pontos fracos

▫ Falta de planejamento do setor de vendas;

▫ Falta de organização ao que se refere às ferramentas de promoção de

vendas.

Page 39: TCC MARCIO 2010 11 11

38

5 ÁREA DE MATERIAIS

Segundo Ballou (1993, p. 59), o objetivo da área de materiais é satisfazer às

necessidades dos sistemas de produção ou operação, alimentando assim as linhas

de produção de uma indústria ou um processo operacional de um banco, hospital ou

outra empresa prestadora de serviços.

Arnold (1999, p. 26) afirma que:

Administração de Materiais é uma função coordenadora responsável pelo planejamento e controle do fluxo de materiais. Seus objetivos são: maximizar a utilização dos recursos da empresa e fornecer o nível requerido dos serviços ao consumidor. A Administração de Materiais pode fazer muito para melhorar os lucros de uma empresa.

O objetivo será analisar a área de materiais da Academia Vitaly.

5.1 PLANEJAMENTO DE AQUISIÇÃO DE MATERIAIS

5.1.1 Elementos considerados nas necessidades de materiais

Quando a empresa sente necessidade em adquirir algum material ela

sempre faz uma análise dos materiais necessários e considera alguns elementos,

tais como: preço, qualidade, durabilidade, facilidade na obtenção dos materiais,

escolha do melhor fornecedor, prazo de entrega, entre outros. No caso da

Academia, são considerados estes elementos. No entanto, percebe-se que estas

informações não estão mensuradas, ou seja, para cada item que necessita ser

comprado, a empresa adota um critério. Quanto mais caro o item for, maior será a

análise e vive-versa.

Page 40: TCC MARCIO 2010 11 11

39

5.2 CRITÉRIOS PARA AQUISIÇÃO DOS MATERIAIS

5.2.1 Aprovação dos pedidos de compra

Por ser um número pequeno de produtos que precisam ser adquiridos, a

empresa não possui nenhum setor especifico responsável pelas compras. Uma vez

verificada a necessidade de aquisição de algum produto, o mesmo é comprado com

o fornecedor que oferecer o melhor preço, aliada à melhor qualidade. Não existem

formulários específicos para a aquisição dos materiais.

5.2.2 Especificação do material

Com relação às especificações dos materiais não existe nada estruturado.

Percebe-se que a empresa, uma vez verificada a necessidade de determinado

material, ela fará uma pesquisa junto a algumas empresas a fim de verificar a

qualidade dos mesmos, aliado a um preço adequado.

5.2.3 Aprovação dos fornecedores

Não existe uma política de análise de aprovação dos fornecedores. Os

responsáveis costumam verificar junto a outras instituições do mesmo segmento,

empresas que possam suprir suas necessidades. Uma vez tendo estes nomes é

contatado o fornecedor, verificando com ele o preço dos insumos, prazos de

pagamentos e analisado se houve empatia neste processo, pois a empresa acredita

que se houver um bom atendimento nesta primeira etapa, os fornecedores serão

responsáveis, oferecendo assistência quando necessário, entregando os produtos

nos prazos estabelecidos, dentre outros itens.

Page 41: TCC MARCIO 2010 11 11

40

5.2.4 Normas para solicitação dos materiais

A empresa não possui normas estabelecidas para solicitação dos materiais.

A necessidade da compra é verificada e em seguida já se inicia o processo de

aquisição dos mesmos. Diferente do que ocorre em outras empresas, em que todas

as solicitaçõe são encaminhadas ao responsável pelas compras. Depois de

analisadas as propostas de alguns fornecedores, é escolhido aquele que atenda às

especificações e é feito o pedido.

5.2.5 Políticas de compras de materiais

Quanto às políticas de compras de materiais, a academia leva em

consideração o quesito qualidade, aliado a um pós venda adequado e também custo

de obtenção competitivo.

5.2.6 Controle dos Materiais

O controle dos materiais dentro da empresa é feito de forma manual. Não se

dispõe de software especifico para tal. Isso se deve ao fato de a empresa ser de

pequeno porte e se enquadrar no setor de serviços, em que o controle de materiais

é bastante pequeno. A grande maioria dos materiais usados dentro da empresa são

insumos necessários à prestação dos serviços.

Page 42: TCC MARCIO 2010 11 11

41

5.3 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

5.3.1 Pontos Fortes

▫ Busca constante dos melhores fornecedores, através de análises como

preço, prazos de entrega e também de qualidade, informações estas

solicitadas junto a outras empresas do mesmo setor.

5.3.2 Pontos Fracos

▫ Nenhum ponto fraco a considerar no que se refere aos materiais dentro da

empresa, uma vez que a empresa possui poucos fornecedores. Mesmo

assim, adota uma política adequada de compra e armazenamento dos

materiais, tanto de expediente quanto os de maior relevância, como

equipamentos para a musculação.

Page 43: TCC MARCIO 2010 11 11

42

6 OPERAÇÃO

6.1 LAYOUT DA LOJA (PLANTA BAIXA)

Segundo Contador (1998, p. 155), o Layout, ou mesmo, arranjo físico

representa a disposição das máquinas, equipamentos e também os insumos que

uma determinada área possa utilizar, com a disposição adequada destes itens a

empresa minimiza o volume de transporte de materiais nos fluxos de produção.

Sempre que se monta a estrutura física de uma empresa, devem-se levar

em consideração alguns aspectos importantíssimos, tais como:

▫ Produto ou serviço que será fabricado ou oferecido;

▫ Quantidade de serviços (modalidades) de exercícios ou atividades que

serão oferecidas;

▫ Roteiro de operacionalização dos treinos;

▫ Serviços de Suporte (banheiros, recepção e sala de avaliação);

▫ Tempo de duração dos treinos.

Slack et. al.(1996, p. 210) defende que o arranjo físico acaba sendo tudo

aquilo que aos clientes notam em primeiro lugar quando entra em um determinado

espaço.

Existem basicamente quatro tipos diferentes de arranjo físicos, são eles:

arranjo físico posicional, por processo, arranjo físico celular e por produto. No caso

em estudo, a academia apropria-se do arranjo físico por processo, uma vez que

mantém todos os recursos similares da operação juntos, ou seja, o aluno tem à sua

disposição no mesmo ambiente todos os equipamentos necessários para a

operacionalização dos seus treinos, desde as bicicletas ergométricas, aparelhos de

musculação diversos, colchonetes e outros itens. Conclui-se, portanto, que o arranjo

físico da Academia Vitaly está adequado às suas necessidades. O fluxo de

operacionalização é adequado, o que causa uma maior facilidade na circulação dos

alunos no momento em que estão malhando.

Page 44: TCC MARCIO 2010 11 11

43

6.2 FLUXO DE ATENDIMENTO

Como visto no item anterior, é imprescindível que a empresa tenha um

arranjo físico adequado, o que facilitará em muito as atividades na mesma. O arranjo

físico deve melhorar a operacionalização dos serviços, mas também deve facilitar o

fluxo de atendimento dos alunos.

Na academia, o aluno entra na recepção, um ambiente bastante acolhedor.

Para que possa ter acesso à sala de musculação e de hidroginástica, ele precisará

passar pela catraca, dispositivo este acionado pela coleta da biometria. Uma vez

liberada a catraca, o aluno terá acesso à sala de musculação, sala de hidroginástica,

banheiros e sala de avaliação. A sala de hidroginástica localiza-se próxima aos

banheiros, o que facilita a limpeza do espaço nos dias em que a hidroginástica é

oferecida, oportunizando maior segurança aos alunos que circulam por todo o

espaço.

6.3 ESTACIONAMENTO

A academia não possui estacionamento exclusivo para seus clientes. Os

clientes estacionam seus veículos em via pública, o que só é possível graças a

empresa estar localizada numa cidade pequena de interior. Caso fosse num centro

urbano maior, teria que obrigatoriamente oferecer a seu cliente uma alternativa para

a guarda dos veículos.

6.4 HORÁRIO DE ATENDIMENTO

O horário de atendimento é algo essencial nas empresas. É preciso que os

horários possam atender às expectativas dos clientes. Verifica-se que na cidade de

Tupandi uma demanda dos alunos para que os exercícios sejam oferecidos no

período da tarde e noite. É pequena a demanda para o funcionamento da academia

Page 45: TCC MARCIO 2010 11 11

44

no período da manhã. Pressupondo, então, esta necessidade, a Academia Vitaly

definiu seu horário de atendimento da seguinte forma:

Segunda-Feira a Sexta-Feira: 13h30min às 21h30min.

Sábados: 13h30min às 16h30min.

6.5 INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR

É importante que as empresas tenham algum setor ou pessoa responsável

para fornecer informações aos consumidores. Este departamento deve servir de elo

entre as diversas áreas, fornecendo as informações necessárias para a melhoria dos

processos já existentes ou mesmo para implantação de novos. No caso da

Academia Vitaly, estas informações ficam concentradas na recepção, cabendo à

recepcionista informar aos demais as questões levantadas.

6.6 GERÊNCIA DE RECLAMAÇÕES

A empresa não possui uma gerência especifica de reclamações. O cliente

poderá questionar alguma coisa para seu orientador de atividades durante os treinos

ou mesmo dirigir-se à recepcionista.

6.7 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

6.7.1 Prontos Fortes

▫ Preocupação com a melhoria gradual nos processos (impulsionada pela

melhoria dos arranjos físicos);

Page 46: TCC MARCIO 2010 11 11

45

▫ Fluxo de atendimento bem estruturado e de fácil compreensão, o que

favorece a circulação das pessoas no ambiente.

6.7.2 Pontos Fracos

▫ Falta de espaço para estacionamento;

▫ Necessidade de uma maior comunicação entre os setores referente ao

fornecimento de informações para o consumidor (que estas informações

sejam padronizadas) e necessidade de análise das reclamações recebidas.

Page 47: TCC MARCIO 2010 11 11

46

7 FINANCEIRO

Segundo Hoji (2001, p. 21):

Para a administração financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado em longo prazo, pois dessa forma estará sendo aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades por ações ou sócios de outros tipos de sociedades).

7.1 CONTABILIDADE

Para Hoji (2001, p. 118): “Com base em dados contábeis, pode-se administrar

os prazos médios de recebimentos e pagamentos. A administração do ciclo

financeiro contribui significativamente para a redução dos encargos financeiros e

maximização do lucro”.

Os serviços de contabilidade na academia são terceirizados. A modalidade de

tributação é o simples. A empresa não costuma fazer o apuramento do balanço

anual. O que se tem como instrumento de análise é a relação de faturamento

fornecido pelo contador, o que inclusive acaba sendo utilizado pelas instituições

financeiras para concessão de crédito.

7.2 CUSTOS

O custo do pacote de musculação é calculado com base no preço praticado

pelos concorrentes, levando em consideração uma margem para que se possa ter

certa lucratividade. Esta margem esta vinculada à quantidade de alunos

freqüentadores das aulas de musculação. Para se chegar ao ponto de equilíbrio

seriam necessários cerca de 150 alunos pagantes em dia com as mensalidades..

Page 48: TCC MARCIO 2010 11 11

47

7.3 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Hoji (2001, p. 79) define fluxo de caixa como:

[...] um esquema que representa as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo. Em um fluxo de caixa, deve existir pelo menos uma saída e pelo menos uma entrada (ou vice-versa). Um fluxo de convencional é formado por (a) uma única entrada e várias saídas ou (b) uma única saída e várias entradas. Num fluxo de caixa desse tipo, existe somente uma única entrada interna de retorno (TIR) que iguala a zero o VPL (Valor presente líquido).

Na Acadenia Vitaly, a área financeira é centralizada na função de secretaria,

função esta exercida pela sócia Lisiane. No entanto, a outra sócia também tem um

papel importante na tomada de decisões. A parte de cobrança, caixa e contas a

pagar ficam centralizadas nesta mesma pessoa. A participação da outra sócia se dá

no que se refere à análise de investimento. Ambas as sócias participam ativamente

do processo de tomada de decisões, principalmente no que se refere aos

planejamentos de longo prazo.

Não se faz uso de nenhum sistema de informação gerencial para auxiliar na

administração da empresa. Todas as informações são anotadas em cadernos, para

uma posterior análise se este for o caso. Utiliza-se também uma planilha no Excel,

em que são inseridas informações relativas às entradas de caixa do mês (somatório

total) e também as saídas do mês, verificando assim se houve lucro ou prejuízo.

Um dos maiores desafios da empresa é o de separar os recursos das sócias

(rendas advindas de suas atividades profissionais da escola) com as receitas da

empresa. Atualmente é utilizada parte dos recursos das sócias para cobrir dividas da

empresa feitas junto aos Bancos quando a empresa iniciou suas atividades.

Os recursos financeiros da empresa são oriundos das receitas geradas pela

própria empresa. Empregam-se também recursos próprios (rendas derivadas da

atividade exercida na escola) e também da obtenção de empréstimos junto aos

Bancos. Atualmente a empresa possui empréstimos na Cooperativa de Crédito

Sicredi e no Banco do Brasil.

Page 49: TCC MARCIO 2010 11 11

48

7.4 ANÁLISE FINANCEIRA - VERTICAL E HORIZONTAL

Para Gitman (1997, p.81), o caixa “representa um reservatório de liquidez

que é aumentado pelas entradas de caixa e diminuído pelas saídas de caixa”.

Enquanto para Groppelli e Nikbakht (1998, p. 21), o fluxo de caixa é entendido como

“uma medida de liquidez da empresa que consiste no lucro líquido mais despesas

não desembolsáveis tais como despesas de depreciação”.

Na Academia Vitaly, a análise financeira é feita de forma bastante manual.

Percebe-se que não existe uma preocupação muito grande com este assunto. Isto

pode ser observado na seguinte prática: as sócias usam o dinheiro que recebem na

escola municipal para pagar as contas da academia, muitas vezes deixando de lado

projetos próprios, para cobrir as despesas da academia.

7.5 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

7.5.1 Pontos Fortes

▫ Mesmo com o uso de ferramentas inadequadas para a organização

financeira da empresa, bem como o uso dos recursos pessoais das sócias

ser um prática não muito indicada, verifica-se que isto permitiu que a

empresa cumprisse em dia seus compromissos junto às instituições

financeiras.

7.5.2 Pontos Fracos

▫ Falta de subsídios (ferramentas) para o estudo da atual situação

econômica e financeira da empresa. Dificuldade na mensuração dos

custos, fluxo de caixas e índices que pudessem medir o grau de viabilidade

Page 50: TCC MARCIO 2010 11 11

49

do negócio. Uso exagerado de recursos próprios, oriundos de outra prática

profissional para o pagamento de despesas da academia.

Page 51: TCC MARCIO 2010 11 11

50

8 RECURSOS HUMANOS

Com as inúmeras mudanças que tem ocorrido com uma rapidez enorme nas

organizações, é preciso que as mesmas comecem a dar maior importância para a

Área de Recursos Humanos, uma vez que o diferencial maior destas empresas será

o seu Capital Intelectual, ou seja, o seu funcionário.

O crescimento das empresas acarreta um maior uso de recursos às

operações, com o aumento de capital, incremento de tecnologia e de atividades de

apoio. Para que se possam tornar competitivas é preciso que tudo isso seja usado

com eficiência e eficácia. Partindo deste pressuposto verifica-se que as pessoas tem

um papel importante nesse crescimento, passando a ser um diferencial competitivo.

Neste capítulo serão abordados os estilos de Administração (autoritário,

consultivo, participativo); Rotatividade e Absenteísmo; Sistema de seleção;

Remuneração e Benefícios; Motivação e por fim elencaremos os pontos fortes e

fracos da organização na área de Recursos Humanos.

8.1 ESTILO DE ADMINISTRAÇÃO

Quando se propõe um estudo aprofundado da área de recursos humanos é

necessário que se saiba qual o estilo de administração presente na empresa. Ele

servirá de rumo para que os funcionário possam saber como devem se portar ao seu

superior e como pode ser seu envolvimento na tomada de decisões.

Chiavenato (2004) evidencia que existem 4 tipos diferentes de estilos de

administração, a saber:

1. Sistema autoritário – coercitivo: não há confiança nos subordinados. Não

se sentem motivados a discutir possibilidades de melhorias e podem sentir-

se coagidos. As informações são de cima para baixo, em que, por

conseqüência, as decisões serão sempre tomadas na cúpula da empresa.

2. Sistema autoritário – benevolente: difere-se da primeira somente no que se

refere às motivações, aqui geradas por recompensas.

Page 52: TCC MARCIO 2010 11 11

51

3. Sistema consultivo: o estilo administrativo envolve razoável confiança nos

subordinados. Eles se sentem relativamente livres para discutir seus

trabalhos com os superiores e são motivados por recompensas, punições

ocasionais e algum envolvimento.

4. Sistema participativo: o estilo de administração envolve total confiança nos

subordinados. Sentem-se motivados para discutir seus trabalhos com os

superiores e são motivados por fatores econômicos.

Observa-se, na Academia Vitaly, que a administração é de estilo Consultivo,

uma vez que existe uma constante troca de informações entre as sócias e a

estagiária. Esta troca de informações, não requer necessariamente aceitar as

sugestões feitas pelas mesmas. Segundo informações coletadas junto às sócias,

existe pouco envolvimento por parte da estagiária. Não existe pró-atividade,

qualidade essencial no profissional de sucesso nos dias de hoje.

8.2 ROTATIVIDADE E ABSENTEÍSMO

Chiavenato (2004, p. 86), afirma que:

Absenteísmo ou ausentismo é a freqüência e ou duração do tempo de trabalho perdido quando os empregados não vêm ao trabalho. O absenteísmo constitui a soma dos períodos em que os funcionários se encontram ausentes do trabalho, seja por falta, atraso ou a algum motivo interveniente.

Na Academia Vitaly os índices de Absenteísmo é nulo, uma vez que as

atividades são desenvolvidas pelas sócias e pela estagiária. Por sua vez, esta

cumpre sua carga horária semanal em dois dias, o que diminui muito os riscos do

funcionário se ausentar do trabalho.

Sobre rotatividade, o autor supracitado expõe que é resultado da saída de

alguns funcionários e a entrada de outros para substituí-los.

Assim como o absenteísmo, a rotatividade também tem seus índices

zerados na academia em questão, decorrente do fato de a equipe ser formada pela

estagiária e pelas sócias.

Page 53: TCC MARCIO 2010 11 11

52

8.3 SISTEMA DE SELEÇÃO

Segundo Tachizawa et al. (2004), o recrutamento de pessoal2, objetiva atrair

candidatos para dentro das empresas, através de dois sistemas de recrutamento, a

saber: o Interno e o Externo. Independente do tipo de recrutamento a ser usado, é

essencial conhecer a situação do mercado de trabalho (em equilibro, de oferta ou de

procura).

O sistema de seleção da Academia Vitaly é feito através de contatos junto às

Associações dos Estudantes dos municípios da região, a fim de selecionar alguns

candidatos. Segundo as sócias, existe uma deficiência bastante grande de

profissionais nesta área. Os que estão buscando sua qualificação, na grande maioria

das vezes já se encontram atuando na área.

8.4 REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS

Quando se fala em plano de carreira logo vem à mente a possibilidade de

crescimento futuro e gradual. Normalmente, ao ingressar em uma organização é

apresentado um plano de carreira subjetivo, que dependerá de avaliações de

desempenho unilaterais.

Saviani (1997, p. 10) elucida que:

O comportamento das empresas com estas promessas de crescimento é muito tênue e sem nenhum contato formal que possibilite a visualização de um cronograma ou então, um processo que alinhave concretamente os sonhos profissionais de cada indivíduo.

Inexiste na Academia Vitaly qualquer plano de remuneração e benefícios

estruturados. Tampouco é possibilitado ao funcionário projetar um crescimento na

organização, uma vez que as áreas administrativas, de pessoal, marketing e

operação estão interligados (exercidas pela mesma pessoa).

2 Sistema de seleção

Page 54: TCC MARCIO 2010 11 11

53

8.5 MOTIVAÇÃO

Saviani (1997, p. 59) afirma “[...] que não se consegue criar motivação em

pessoas que sentem estarem no caminho inverso de suas aspirações. Sendo assim,

a auto-realização e os sonhos alcançados representam os primeiros passos

significativos para a motivação.

Os níveis de motivação na Academia Vitaly são satisfatórios, pois as

atividades transcorrem dentro de um fluxo considerado correto. A motivação está

intimamente ligada às ferramentas de trabalho que possibilitem realizar as tarefas de

forma adequada.

8.6 PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

8.6.1 Pontos Fortes

▫ Competência de seus recursos humanos;

▫ Competência no trabalho em equipe;

▫ Elevados padrões de qualidade dos serviços que prestam;

8.6.2 Pontos Fracos

▫ Sistema de Seleção ineficiente;

▫ Inexistência de uma política de remuneração, bem como de benefícios.

Page 55: TCC MARCIO 2010 11 11

54

9 ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL E PROPOSTA DE ESTÁGIO

9.1 PONTOS FORTES E FRACOS IDENTIFICADOS NO DIAGNÓSTICO

Inúmeros foram os aspectos identificados ao longo desta análise, aspectos

estes encontrados nas diferentes áreas da empresa. Verificaram-se, como pontos

fortes:

▫ Constante preocupação com o bem estar do aluno durante os

treinamentos;

▫ Monitoramento dos resultados;

▫ Profissionais envolvidos realizam reuniões de avaliação;

▫ Existência de um sistema de informações gerenciais;

▫ Inexistem problemas com o ciclo e vida dos produtos;

▫ Valores acessíveis dos pacotes cobrados;

▫ Constante busca dos melhores fornecedores;

▫ Preocupação com a melhoria gradual nos processos;

▫ Fluxo de atendimento bem estruturado e de fácil compreensão;

▫ Cumprimento dos compromissos junto às instituições financeiras;

▫ Competência dos recursos humanos;

▫ Competência no trabalho em equipe;

▫ Elevados padrões de qualidade dos serviços prestados.

Os pontos fracos identificados foram:

▫ Ausência de Objetivos, missão e visão estruturados;

▫ Falta de filosofia e princípios estabelecidos;

▫ Deficiência nos diversos níveis de planejamento;

Page 56: TCC MARCIO 2010 11 11

55

▫ Uso inadequado dos indicadores de desempenho;

▫ Não uso das ferramentas de controle;

▫ Falta de planejamento do setor de vendas;

▫ Falta de organização quanto às ferramentas de promoção de vendas;

▫ Falta de espaço para estacionamento;

▫ Necessidade de maior comunicação entre os setores no que tange ao

fornecimento de informações para o consumidor;

▫ Falta de subsídios para o estudo da atual situação econômica e financeira

da empresa;

▫ Dificuldade na mensuração dos custos, fluxo de caixas e índices que

medem o grau de viabilidade do negócio;

▫ Uso exagerado de recursos próprios, oriundos de outra prática profissional

para o pagamento de despesas da academia;

▫ Sistema de Seleção ineficiente;

▫ Inexistência de uma política de remuneração, bem como de benefícios.

9.2 TEMA DA PROPOSTA E A CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

A temática envolvida na realização do trabalho de conclusão girará em torno

do planejamento estratégico da empresa analisada - Academia Vitaly - uma vez que

os maiores gargalos são verificados na área administrativa, conforme verificado no

decorrer do estudo.

Optou-se por focar o Planejamento Estratégico neste trabalho pela sua

importância que o mesmo possui nas organizações, no sentido de norteá-la no curto

e longo prazo, foram verificados fatores críticos também na área administrativa, em

virtude da falta de tempo proponho que seja feito um estudo futuro na área

financeira.

Page 57: TCC MARCIO 2010 11 11

56

O planejamento estratégico pretendido corresponde a um conjunto de

providências a serem tomadas dentro da empresa para as situações analisadas e

que necessitam ser modificadas. A intenção do planejamento é o desenvolvimento

de processos e técnicas administrativas, capazes de avaliar as situações futuras

decorrentes de posições tomadas no presente.

9.3 OBJETIVOS

9.3.1 Geral

▫ Propor a elaboração de um Planejamento Estratégico para a Academia

Vitaly..

9.3.2 Específicos

▫ Desenvolver a Missão, Visão e Valores do negócio.

▫ Desenvolver a Análise SWOT.

▫ Definir objetivos estratégicos e indicadores.

9.4 JUSTIFICATIVA

O Planejamento Estratégico tem sido um instrumento de gestão bastante

utilizado pelas empresas para alavancar seus negócios e garantir a sua perenidade.

É de fundamental importância a empresa possuir ferramentas de apoio

econômicas, financeiras, de recursos humanos e de operação, uma vez que serão

elas que fornecerão as informações que servirão de base para a tomada de

decisões. O que é perceptível é que a empresa analisada - Academia Vitaly - até

Page 58: TCC MARCIO 2010 11 11

57

possui alguns indicadores, mas os mesmos não são usados, o que pode ser

ocasionado pela ausência de informações sobre suas aplicabilidades ou mesmo

influenciado pela ausência de necessidade de identificação das sócias.

. Estudo realizado pelo Sebrae em 2002 e 2005 mostra que houve um

aumento na taxa de sobrevivência das empresas, aumento de 51% para 78%.

Apesar destes números, a taxa de mortalidade que é de 22% continua elevada

quando comparado às economias de primeiro mundo em que os índices oscilam

entre 10% e 15%. Diante do exposto acima verifica-se o quanto é importante a

empresa implementar o Planejamento Estratégico, usando-o como ferramenta de

desenvolvimento no curto e longo prazo.

Page 59: TCC MARCIO 2010 11 11

58

10 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo tem como finalidade fornecer embasamento teórico que

contribua para uma visão mais consistente do tema. O referencial teórico utilizado

para este trabalho foi dividido em: Estratégia, Planejamento, Planejamento

Estratégico.

10.1 ESTRATÉGIA

A palavra estratégia vem do Grego e significa a arte da liderança. O conceito

de “estratégia” é originário de um panorama de guerra. Segundo Christensen e

Rocha (1995, p.291), a origem do termo “estratégia” encontra-se na teoria militar, de

onde foi adotado, denotando a utilização do combate para atingir a finalidade da

guerra. Chiavenato (2003, p.23) ressalta que “As constantes lutas e batalhas ao

longo dos séculos fizeram com que os militares começassem a pensar antes de agir.

A condução das guerras passou a ser planejada com antecipação”. Ao assistir um

filme de guerra destacamos nitidamente a estratégia aplicada.

Barbosa e Brondani (2005, p.109) observam que:

No contexto organizacional, a estratégia corresponde à capacidade de se trabalhar contínua e sistematicamente o ajustamento da organização às condições ambientais que se encontram em constante mudança, tendo sempre em mente a visão de futuro e a perpetuidade organizacional. No significado em geral sobre “estratégia” observa-se que seu norte principal diz respeito a ser capaz de posicionar-se corretamente frente às situações principalmente quando se está diante de incertezas e turbulências do ambiente, seja ele no plano financeiro, seja no âmbito de suas atividades internas e processuais.

Porter (1992), afirma que a estratégia está diretamente relacionada, e em

constante interação da organização com o ambiente e seu público, lembrando que o

ambiente é mutável, e a estratégia deve ser adaptativa, incluída necessariamente

em um processo contínuo e interativo, em que objetiva envolver a organização em

um conjunto que conduza a uma posição única, direcionada pela sua dinâmica de

atividades e competências.

Page 60: TCC MARCIO 2010 11 11

59

Montgomery e Porter (1998) corrobora com a idéia anterior afirmando que a

essência da estratégia é lidar com a competição. Ao longo da história, se percebe

nas organizações uma visão errada a respeito disso. A competição é vista como

algo ruim para as empresas. Para o autor, a competição é algo inerente ao mercado,

derivado de sua economia.

Segundo Oliveira (2006, p.177) “estratégia é definida como um caminho, ou

maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar preferencialmente, de

maneira diferenciada, os desafios e os objetivos estabelecidos, no melhor

posicionamento da empresa perante seu ambiente”. Pode-se inferir dessas palavras

que a estratégia é de grande importância para a organização pois através dela o

sucesso organizacional poderá ser alcançado,. Porém, outros fatores, como por

exemplo a competência dos tomadores de decisões, devem andar juntos para que o

efeito esperado seja alcançado.

Tiffany e Perterson (1998, p.260) propõem a definição padrão de estratégia

no cenário empresarial, da seguinte forma:

• Descreve como concretizar as metas e os objetivos definidos para a empresa; • Leva em consideração os valores pessoais e sociais que cercam a empresa; • Orienta na alocação e no emprego dos recursos humanos e financeiros; • Cria uma vantagem de mercado sustentável, apesar da concorrência intensa e obstinada.

As estratégias de uma empresa podem ser produto de um processo

consciente e planejado ou estarem colocadas de forma implícita, mas internalizadas

na cultura da empresa e de seus dirigentes.

10.2 PLANEJAMENTO

O planejamento é um processo, um conjunto de tarefas que são

desempenhadas para alcançar as metas comuns e determinar os objetivos,

estruturando a melhor maneira de atingi-los. Dessa maneira, há uma concentração

de esforços e utilização mais eficiente de recursos.

Page 61: TCC MARCIO 2010 11 11

60

Planejar constitui a formulação ordenada de objetivos e ações alternativas,

que resultem na escolha sobre a melhor ação. Refere-se a implicações futuras de

decisões presentes, pois é um processo de decisões recíprocas e independentes

que buscam alcançar objetivos estabelecidos antecipadamente..

Hindle (2002, p.142) relata que um dos conceitos mais antigos do

planejamento nasce ainda na pré-história com os “homens das cavernas” embora

não cientificamente comprovado. Eles agiam de forma que pudessem otimizar ao

máximo o tempo, combinando assim o tempo de preparo do alimento com o

momento em que todos pudessem estar presentes para a refeição já que naquela

época não havia nenhum método de conserva de alimentos. Assim, eram

desenvolvidos conceitos muito semelhantes ao que hoje se chama cientificamente

de planejamento, controle de orçamento, estoque, produção, logística etc.

Segundo Silva (2001, p.89) o planejamento - parte fundamental da

administração - apresenta suas raízes nas mais antigas civilizações, quando o

homem se viu diante da necessidade de realizar tarefas e organizar recursos

disponíveis. Para exemplificar sua afirmação, o autor descreve civilizações como os

Sumérios, os Egípcios, os Babilônios e Chineses entre outros. Os sacerdotes dos

templos Sumérios, por exemplo, coletavam e administravam grandes somas de bens

e valores, incluindo rebanhos, propriedades rurais e rendas, através do enorme

sistema tributário. Para apresentar breve noção das obras antigas, sugerindo a

complexidade do planejamento exigida na época, o autor descreve a construção da

pirâmide de Quéops no Egito, com cerca de cem mil habitantes, operando por vinte

anos em pelo menos dois milhões e trezentos mil blocos de pedra de duas toneladas

e meia cada, além de vários outros materiais. Sem planejamento, seriam

impossíveis estas realizações.

Este conceito sofreu uma série de refinamentos e hoje sem planejamento

uma empresa não sobrevive. A elaboração de um Planejamento Estratégico

aumenta a probabilidade de que, no futuro, a organização esteja no local certo, na

hora certa. Um plano estratégico oferece uma visão de futuro. Independente do

porte da organização, o plano estratégico indica a direção certa.

Page 62: TCC MARCIO 2010 11 11

61

Stoner e Freeman (1999, p.137) observam que:

O termo administração se refere ao processo de fazer com que as atividades sejam realizadas eficientes e eficazmente com e através de outras pessoas. Sem planos, os administradores não podem saber como devem organizar as pessoas e os recursos; podem até mesmo não ter uma idéia clara sobre o que precisam organizar. Sem um plano, não podem liderar com confiança ou esperar que os outros o sigam. E sem um plano, os administradores e seus seguidores têm pouca chance de alcançar seus objetivos ou de saber quando e onde saírem do caminho.

10.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Oliveira (2006) afirma que o planejamento estratégico corresponde a um

conjunto de providências a serem tomadas dentro das empresas para as situações

que tendem a ser diferentes do que as do passado. A organização tem plenas

condições e possibilidades de agir sobre as variáveis e fatores de modo que possa

exercer influências. Segundo o autor, o planejamento é um processo contínuo, um

exercício que deve ser executado pela empresa independente da vontade de seus

executivos. A intenção do planejamento é definida como o desenvolvimento de

processos e técnicas administrativas, capazes de avaliar as situações futuras

decorrentes de posições tomadas no presente. Percebe-se desta forma que o

planejamento reduz a incerteza envolvida nos processos de tomada de decisões.

Para Drucker (1984, p. 45),

Planejamento estratégico é um processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas.

Para Almeida (2003), planejamento estratégico é uma técnica administrativa

que procura ordenar as idéias das pessoas, de forma que se possa criar uma visão

do caminho que se deve seguir (estratégia). Após ordenar as idéias, são ordenadas

as ações, que é a implementacao do Plano Estratégico, para que, sem desperdício

de esforços, caminhe na direção certa.

Page 63: TCC MARCIO 2010 11 11

62

Kotler (1992, p.63) assevera que “planejamento estratégico é definido como o

processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os

objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado”. O

objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos

da empresa de modo que gere lucros e crescimento satisfatórios.

O mercado está em constante mudança. É fundamental acompanhá-las,

mesmo que não seja uma tarefa fácil. Importante para o sucesso organizacional é

manter-se atento, e, através de um planejamento estratégico bem elaborado, prever

algumas dessas mudanças. O plano formal não deve ser algo imutável e inflexível,

mas um meio para minimizar as dúvidas sobre o ambiente de atuação e uma forma

de adaptação a esse meio.

Tiffany e Perterson (1998, p.262), observam que quando um plano estratégico

se apresenta deficiente é porque ele não foi corretamente adequado ao problema ou

objetivo em questão. Eles reforçam a idéia afirmando que “uma estratégia funciona

quando existe um processo que garanta a adequação consistente do planejamento

com as operações contínuas do seu negócio”. Um dos motivos dessa falta de

adequação do plano ao objetivo poderia ser a forma como o plano é apresentado

aos tomadores de decisões das organizações. Continuam os autores: “A estratégia

funciona melhor quando o planejamento estratégico é integrado a todos os aspectos

do seu negócio, todos os dias da semana, todas as semanas do ano”.

Peleteiro (2010) define as seguintes discussões contidas em um processo de

Planejamento Estratégico:

▫ Definição do negócio, missão e visão – muitas empresas têm a tendência

de encontrar a resposta no produto/serviço da organização. Isto pode levar

a uma missão míope do que realmente é o negócio. O correto é analisar o

benefício resultante do produto/serviço. A declaração de missão deve

refletir a razão de ser da empresa, geralmente é uma declaração curta,

que destaca as atividades da empresa. Já a visão da empresa é a

definição de onde a empresa quer estar em um determinado período de

tempo. Estas três etapas são fundamentais para o processo de definição

do planejamento estratégico.

Page 64: TCC MARCIO 2010 11 11

63

▫ Análise de ambiente interno e externo – Esta etapa é fundamental para

definir metas e estratégias, pois é da análise de ambiente que as

estratégias são formuladas. A análise do ambiente é a definição das

forças, fraquezas, ameaças e oportunidades da empresa que afetam a

empresa no cumprimento da sua missão.

▫ Formulação de Estratégias – As estratégias são descritas com base na

análise do ambiente levantada, após uma priorização de principais

objetivos e agrupamento por temas. A estratégia precisa estar voltada

para o futuro da organização, porém para ser bem descrita necessita estar

de acordo com as etapas anteriores (missão, visão, negócio e ambiente).

▫ Implementar projetos e controlar – É denominado de Plano de Negócios o

resultado deste planejamento. Esta etapa garante a execução de tudo o

que foi levantado e priorizado. Não adianta definir um desafiador

planejamento se não houver implementação e acompanhamento e para

isto o Plano de Negócios precisa apresentar a força de trabalho, bem

como também a definição do comprometimento de quem participa destas

discussões - fundamental para uma boa análise e definições dos objetivos.

Algumas empresas optam por efetuar algumas etapas deste planejamento

com a participação de empregados de diversos setores, promovendo um

comprometimento de todos, é a chamada gestão participativa.

Ficar atento ao mercado e suas mudanças é outro aspecto relevante para o

sucesso da implementação do planejamento estratégico. Como exemplo pode-se

apontar uma empresa que define a estratégia para ganhar um percentual de

mercado e certo tempo depois dois de seus maiores concorrentes se unem em uma

fusão. A estratégia precisa ser revista diante desta mudança de cenário. O

planejamento estratégico não pode ser fixo, o processo precisa ser “vivo” e com a

disciplina bem aplicada trará bons resultados para uma organização.

Tiffany e Perterson (1998, p.261) estabelecem que o plano estratégico deverá

responder em que mercados e segmentos sua empresa planeja competir; que

produtos e serviços ela desenvolverá; qual será a vantagem competitiva de sua

empresa nesses mercados e produtos; e, como ela sustentará essa vantagem

Page 65: TCC MARCIO 2010 11 11

64

competitiva ao longo do tempo. As respostas a essas perguntas farão manter o rumo

da estratégia pretendida, sem que se desvie do alvo principal.

O plano estratégico e as operações cotidianas da organização deverão estar

bem adequados, integrando todos os aspectos do negócio durante todo o tempo.

Os mesmos autores comentam que, embora cada empresa possua suas

particularidades - que deverão estar presentes no plano estratégico -, é comum que

empresas do mesmo setor possuam estratégias semelhantes.

De modo geral existem três estratégias básicas de atuação: concorrência de

preços, diferenciação e focalização. Normalmente as empresas trabalham com uma

mistura das três, muito embora tendam a priorizas uma das estratégias básicas.

▫ A concorrência de preços (onde se é líder em preço baixo) só é possível

com baixos custos. Por isso a atenção da empresa é voltada para buscar

eficiência crescente em seu sistema operacional. Porém, como para o

consumidor o custo tem que ser associado ao benefício que o produto lhe

proporciona, deve buscar os preços baixos oferecendo um produto

superior ao dos concorrentes.

▫ A diferenciação (onde se é líder em inovação) depende da capacidade de

ofertar um produto singular e com valor real, ou seja, melhor que o dos

concorrentes, com preço normalmente maior, mas que os clientes estejam

dispostos a pagar.

▫ A focalização identifica as necessidades e exigências de um mercado

limitado, usando um produto singular ou de baixo custo para conquistar os

clientes desejados. Quando identificado tal mercado, adota-se uma das

estratégias genéricas anteriores.

Kotler e Keller (2006, p.50) salientam que o processo de planejamento

estratégico de mercado integra a gestão estratégica da organização, e contempla as

seguintes etapas:

▫ Missão do negócio.

▫ Análise SWOT - Análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças)

e Análise do ambiente interno (forças e fraquezas).

Page 66: TCC MARCIO 2010 11 11

65

▫ Estabelecimento de metas.

▫ Formulação de estratégias.

▫ Elaboração de programas.

▫ Implementação.

▫ Feedback e controle.

Souza e Yonemoto (2010) definem as etapas citadas por Kotler e Keller

anteriormente:

Visão: Qual a perspectiva da empresa em relação ao seu futuro? Quais os

propósitos pretende atingir, o que pretende ser, como imagina ser

reconhecida nos próximos anos?

Valores: Quais são as crenças e valores que a empresa associa (ou pretende

associar) ao cumprimento de seus propósitos junto aos seus clientes

(mercado), fornecedores, intermediários, colaboradores internos ou

externos, ética dos negócios, etc.

Missão: Qual o projeto e a abrangência do seu negócio quanto a produtos e

mercados? (Foco da empresa).

Após a definição dos parâmetros iniciais do processo, a etapa seguinte

consiste nas análises ambientais da empresa, abrangendo a situação interna

(ambiente organizacional) e externa (micro e macro ambientes de marketing),

conduzidas de maneira que sejam avaliadas as condições da empresa para cumprir

com suas metas estratégicas.

Kotler (1992) define o micro ambiente de marketing ou ambiente tarefa como

sendo o representado pelos fornecedores, intermediários, concorrentes e o mercado

da empresa, enquanto que o macro ambiente se constitui do conjunto dos ambientes

demográfico, econômico, natural, tecnológico, político legal e sociocultural.

O resultado destas análises é a identificação dos pontos fortes da empresa

na análise interna - e das situações favoráveis na análise externa - como sendo

aqueles que podem contribuir positivamente para o cumprimento de sua missão,

manutenção dos seus valores, e, alcançar sua visão de futuro. Enquanto isso, os

pontos fracos e situações desfavoráveis, se constituem daqueles cuja contribuição é

Page 67: TCC MARCIO 2010 11 11

66

percebida como negativa para atenderem as mesmas condições (missão, valores

e visão).

Análise SWOT3: é uma poderosa ferramenta de marketing, utilizada para fazer

análise de cenário ou análise de ambiente, sendo usado como base para

gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas

podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de

análise de cenário

Análise do Ambiente Externo (Oportunidades e Ameaças): Segundo Kotler e

Keller (2006), uma unidade de negócios tem de monitorar importantes

forças macroambientes (econômicas, demográficas, tecnológicas, político-

legais e sociculturais) e significativos agentes microambientais (clientes,

concorrentes, distribuidores, fornecedores) que afetam sua capacidade de

obter lucros. Ela deve estabelecer um sistema de inteligência de marketing

para acompanhar tendências e mudanças importantes. Já a administração

precisa identificar as oportunidades e as ameaças associadas a cada

tendência ou acontecimento.

Análise do Ambiente Interno (Forças e Fraquezas): Uma coisa é perceber

oportunidades atraentes, outra é ter capacidade de tirar o melhor proveito

delas. A empresa precisa avaliar periodicamente suas forças e fraquezas

internas.

Estabelecimento de metas: Depois de ter realizado uma análise da SWOT, a

empresa pode estabelecer metas específicas para o período de

planejamento. Essa etapa do processo é denominada estabelecimento de

metas. A unidade de negócios estabelece esses objetivos e então pratica a

administração por objetivos (APO). Para que este sistema APO funcione,

os vários objetivos da unidade devem atender quatro critérios: os objetivos

devem ser organizados hierarquicamente, do mais importante para o

menos importante; sempre que possível, os objetivos devem ser

estabelecidos quantitativamente; as metas devem ser realistas e os

objetivos devem ser consistentes.

3 A sigla SWOT, vem das iniciais das palavras inglesas Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças), pois estes são justamente os pontos a serem analisados.

Page 68: TCC MARCIO 2010 11 11

67

Formulação de estratégias: Metas são ações específicas mensuráveis que

constituem os passos para se atingir os objetivos. Quando todos os

objetivos são alcançados a missão da empresa está atendida. Para atingir

suas metas, todos os negócios devem preparar estratégias, as quais

consistem em uma estratégia marketing, uma estratégia de tecnologia e

uma estratégia de busca de recursos compatíveis. As metas são

resultados abrangentes com os quais a empresa assume um compromisso

definitivo e para atingir suas metas, a empresa deve estar disposta a

comprometer os recursos, dinheiro e pessoas necessários para alcançar

os resultados almejados.

Elaboração e a implementação de programas: Hooley, Saunders e Piercy (2005)

estabelecem que, uma vez escolhidos o posicionamento competitivo e a

estratégia central, a tarefa da administração de marketing é implementar

aquelas decisões mediante o esforço de marketing.

Feedback e controle: São várias as definições para feedback e controle

encontradas na literatura estudada. Hooley, Saunders e Piercy (2005)

específicam que, enquanto a estratégia de marketing está sendo

executada, um papel importante do departamento de marketing é monitorar

e controlar esse esforço. Em outros autores foi definida que a estrutura do

plano de marketing deve conter as condições necessárias ao seu controle,

indicando as projeções com que foi elaborado, possibilitando a

comparação com o realizado; informando a base de dados e as fontes de

consulta; indicando a freqüência de acompanhamento (diária, semanal,

mensal, semestral); definindo o formato dos relatórios; apresentando as

datas críticas de atenção; elaborando os processos de alimentação,

disseminação e decisão que integrarão o Sistema de Informações de

Marketing (SIM). O detalhamento destes procedimentos deve incluir que

espécie de informações e “feedback” devem ser prestados periodicamente

a cada responsável, permitindo a comparação dos resultados reais com os

planejados por área de atuação, Deverá haver um cuidado quanto ao

formato da apresentação das informações de controle, para que se possa

compreendê-los facilmente, destacando os aspectos relevantes, poupando

Page 69: TCC MARCIO 2010 11 11

68

tempo de leitura, atribuindo foco à análise e assertividade nas eventuais

decisões de correção de rumos.

Page 70: TCC MARCIO 2010 11 11

69

11 METODOLOGIA

11.1 MÉTODO DE PESQUISA

O presente trabalho constitui-se de um estudo de caso, com utilização de

método exploratório, como subsídio para a busca das informações necessárias para

o desenvolvimento desta monografia. A metodologia pode ser definida como o

processo de estudo de uma determinada situação, para numa etapa seguinte se

fazer um estudo e como término do processo deverá ser proposta uma solução para

o problema analisado.

11.2 ETAPAS DA PESQUISA

Este trabalho foi montado sobre três eixos centrais: O primeiro eixo fora o

estudo feito na empresa Academia Vitaly, que teve como foco fazer o levantamento

de todas as informações relativas às diversas áreas que compõem a organização,

tais como: Administrativa, Mercado, Materiais, Operacional, Financeiro e de

Recursos Humanos, buscou-se elencar em cada uma das áreas os pontos fortes e

fracos. No segundo eixo da monografia buscou-se fazer uma pesquisa bibliográfica

acerca dos assuntos em discussão e no terceiro eixo será proposto um

planejamento estratégico para a empresa, dando-se maior destaque à questão da

Identidade da empresa, que compreende seus Objetivos, Missão, Visão e Valores.

11.3 VARIÁVEIS ENVOLVIDAS NO ESTUDO

O levantamento das informações foi feito dentro da empresa, através de

visitas em que se pôde verificar a real situação da empresa, sua forma de trabalho e

de atendimento aos seus clientes. Esta interação foi facilitada pela proximidade que

existe entre as sócias da empresa e o autor do trabalho. Todas as informações

Page 71: TCC MARCIO 2010 11 11

70

necessárias para a realização desta foram cedidas de forma transparente, sem

necessidade de modificação de valores ou quaisquer outras dificuldades.

Page 72: TCC MARCIO 2010 11 11

71

12 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA E RECOMENDAÇÕES

Como visto anteriormente, este trabalho voltou-se para a execução de um

planejamento estratégico para a empresa analisada - Academia Vitaly - uma vez que

no decorrer do estudo identificou-se que os maiores gargalos concentram-se na área

administrativa. O planejamento estratégico pretendido corresponde a um conjunto de

providências a serem tomadas dentro da empresa para as situações analisadas e

que necessitam ser modificadas, no sentido de norteá-la a curto e longo prazo. A

intenção do planejamento é o desenvolvimento de processos e técnicas

administrativas, capazes de avaliar as situações futuras decorrentes de posições

tomadas no presente. Especificamente, o objetivo é desenvolver a Missão, Visão e

Valores do negócio, desenvolver a Análise SWOT e definir objetivos estratégicos e

indicadores.

A missão deve atender aos critérios de concisão, consistência e

credibilidade. Segundo Oliveira (2006, p.325), Missão é a “razão de ser da empresa.

Conceituação do horizonte, dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar no

futuro. Explicita a quem a empresa atende com seus produtos e serviços”.

Oliveira (2006, p.69) ensina que:

A visão pode ser considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Representa o que a empresa quer ser em um futuro próximo ou distante.

A Identificação dos Valores da instituição, segundo o mesmo autor, tem

como principal objetivo, definir as novas práticas gerenciais com que a instituição se

identifica e introduzir novos valores para se façam parte da nova cultura da

Instituição, ou seja, mudança. Esta é uma das mais importantes funções das

lideranças em todos os níveis.

Neste contexto, então, definiu-se como:

MISSÃO: Contribuir para a melhoria da qualidade de vida e bem estar dos clientes

gerando a promoção da saúde emocional, física e social.

VISÃO: Ser referência na promoção da qualidade de vida e bem estar aos clientes.

Page 73: TCC MARCIO 2010 11 11

72

VALORES:

Seriedade: Nossos profissionais acreditam no que fazem e entendem que a

atividade física é assunto sério. O que faz de nós pessoas comprometidas com o

trabalho que assumimos.

Responsabilidade: Sistema organizado de forma a cumprir compromissos

firmados com o cliente. Dentro deste contexto procura-se traçar metas alcançáveis e

reais.

Respeito: Temos o cliente como indivíduo, respeitando sua individualidade

biológica e eventuais limitações no âmbito afetivo, cognitivo e motor.

Confiança: Tratamos com empatia e amizade nossos clientes e todo o tempo

estaremos dispostos a atender suas necessidades, sabendo que além de uma

empresa somos uma Família.

12.1 ANÁLISE SWOT

Vimos que a Análise Swot é uma poderosa ferramenta de marketing,

utilizada para fazer análise de cenário ou análise de ambiente, sendo usado como

base para gestão e planejamento estratégico de uma empresa, mas podendo,

devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário.

Nesta etapa, o objetivo é de mapear e interpretar as interações entre

oportunidades e ameaças (ambiente externo) versus forças e fraquezas (ambiente

interno) da instituição. Utiliza-se a "Matriz SWOT", onde, em inglês, S (strength)

significa força (pontos ffortes); W (weakness), fraqueza (pontos fracos); O

(opportunities), oportunidades e T (threats), ameaças.

O objetivo da SWOT é definir estratégias para manter pontos fortes, reduzir

a intensidade de pontos fracos, aproveitando oportunidades e protegendo-se de

ameaças.

A seguir é apresentada uma análise onde estão relacionadas as vantagens

competitivas identificadas na Academia Vitaly e que auxiliaram na execução do

Page 74: TCC MARCIO 2010 11 11

73

planejamento estratégico, identificando também suas fraquezas, oportunidades e

riscos (ou ameaças) inerentes ao negócio.

12.1.1 Pontos fortes

a) Indicadores de desempenho: pode-se verificar a preocupação constante no bem estar do aluno bem como seu progresso nos treinos através de uma equipe qualificada;

b) Reuniões de avaliação: a empresa costuma fazer reuniões de avaliação, em que as sócias e também a estagiária expõem suas idéias a fim de tentar solucionar os problemas e também trazer sugestões a serem implantadas, tornando-se assim a empresa pró-ativa;

c) Sistema de informações gerenciais: Acesso as salas de aula pelos alunos através de catraca;

d) Preços acessíveis comparados com a concorrência;

e) O arranjo físico é muito bom, possui espaços bem ventilados, com bastante iluminação, salas de treinos amplas, as aulas de hidroginástica são dadas em um espaço coberto;

f) A equipe é motivada, com índice de rotatividade zero.

12.1.2 Pontos fracos

a) Não possuem rotinas administrativas, conseqüentemente é necessário analisar os fluxos de caixa, monitorar a quantidade de alunos que freqüentam os treinos, bem como as entradas e saídas de caixa;

b) É preciso que haja uma padronização das informações, que todos os funcionários entendam os processos da mesma forma, para que não haja informações distorcidas;

c) Nos aspectos financeiros é preciso que não sejam utilizadas as rendas derivadas da atividade de docência exercidas pelas sócias junto a Escola do Município;

d) Não existe um processo de recrutamento e seleção dos funcionários;

e) Não existe divulgação para promoção da empresa (propaganda).

Page 75: TCC MARCIO 2010 11 11

74

12.1.3 Oportunidades

a) Oferta de outras atividades físicas (lançamento de novos serviços);

b) Abertura de novas filiais em municípios vizinhos;

c) Possibilidade de segmentação de público alvo para direcionar atividades físicas específicas;

d) Firmar parcerias com outros segmentos, convênios (empresas de roupas esportivas, nutricionista);

e) Aumento da expectativa de vida da população;

f) Mudança de perfil da população da terceira idade.

12.1.4 Ameaças

a) Restrição de horários de atendimento;

b) Desaquecimento da economia;

c) Sazonalidade;

d) Falta de equipamentos;

e) Novos concorrentes;

f) Falta de profissionais qualificados;

g) Espaço físico restrito.

12.1.5 Pontuação

Conforme Lakatos e Marconi (1983, p. 94), após listar os fatores críticos de

sucesso e instituir pesos aos mesmos, deve-se pontuar o grau de domínio da

empresa sobre eles. A pontuação para estes itens virá da análise das forças e

fraquezas do ambiente interno da empresa analisada e das oportunidades e

ameaças do ambiente externo. A análise “SWOT” deverá ser realizada através de

Page 76: TCC MARCIO 2010 11 11

75

uma escala, baseada no método de Lickert. Recomenda-se a utilização do modelo

de Slack (1993), para medir o grau de favorabilidade do item analisado em relação à

estratégia ou novo negócio analisado. Este modelo apresenta uma escala de 1 a 9,

que pode ser dividido em alto (9, 8 e 7), médio (6, 5 e 4) e baixo (3, 2, e 1) grau de

favorabilidade em relação ao item analisado.

Nos quadros 1, 2, 3 e 4, a seguir, são apresentadas as pontuações

atribuídas para os itens estudados na análise SWOT:

Oportunidades Pontuação

Oferta de outras atividades físicas (lançamento de novos serviços) 9

Abertura de novas filiais em municípios vizinhos 3

Possibilidade de segmentação de público alvo para direcionar atividades físicas específicas

8

Firmar parcerias com outros segmentos, convênios (empresas de roupas esportivas, nutricionista.

7

Aumento da expectativa de vida da população 5

Mudança de perfil da população da terceira idade  6

Quadro 1 - Pontuação das oportunidadesFonte: Elaborado pelo autor

Ameaças Pontuação

Restrição de horários de atendimento 6

Desaquecimento da economia 4

Sazonalidade 9

Falta de equipamentos 8

Novos concorrentes 9

Falta de profissionais qualificados  5

Espaço físico restrito 7

Quadro 2: Pontuação das ameaçasFonte: Elaborado pelo autor

Pontos Fortes Pontuação

Page 77: TCC MARCIO 2010 11 11

76

Indicadores de desempenho 4

Reuniões de avaliação 5

Sistema de informações gerenciais 4

Preços acessíveis 9

Ambiente 9

Equipe motivada 7

Quadro 3: Pontuação dos pontos fortesFonte: Elaborado pelo autor

Pontos Fracos Pontuação

Não possuem rotinas administrativas 7

Padronização das informações 9

Falta de Capital 9

Sem processo de recrutamento definidos 6

Propaganda 8

Quadro 4: Pontuação dos pontos fracosFonte: Elaborado pelo autor

12.2 APRESENTAÇÃO DA ANÁLISE SWOT - CRUZAMENTO

12.2.1 Oportunidades

Oferta de outras atividades físicas (lançamento de novos serviços): Oferecer

outras atividades além das que a academia já possui, é a oportunidade de atrair

novos clientes e também de criar um diferencial frente à concorrência

Possibilidade de segmentação de público alvo para direcionar atividades

físicas específicas: Na busca por resultados, uma das grandes exigências para

a competitividade é a satisfação plena dos clientes. Nesse sentido, há certas

questões a serem tratadas: Como iremos tratá-los e como identificar suas

necessidades e ofertar-lhes um nível de atendimento adequado.

Page 78: TCC MARCIO 2010 11 11

77

Firmar parcerias com outros segmentos, convênios (empresas de roupas

esportivas, nutricionista. A parceria é uma forma de agregar valor aos serviços

oferecidos.

12.2.2 Ameaças

Sazonalidade: A influência do inverno diminui a procura por esportes nessa época.

Novos concorrentes: Devido à possibilidade da abertura de novas academias na

região.

Falta de equipamentos: A academia ainda não possui grande número de

equipamentos devido ao alto valor de investimento.

12.2.3 Pontos fortes

Preços acessíveis: Se tratando de um empreendimento enxuto o custo é baixo em

relação a maioria da concorrência

Ambiente: Criar um ambiente agradável que motive as pessoas à pratica de

exercícios, através de um layout e música adequados.

Equipe motivada: Possui preocupação constante em manter toda a equipe

motivada e unida, criando um bom ambiente para todos que freqüentam a

academia.

12.2.4 Pontos fracos

Falta de Capital: Se tratando de estabelecimento ainda em expansão todo o seu

retorno é utilizado para as melhorias no processo.

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78

Padronização das informações: Ainda não possuem nenhum procedimento para

coleta de informações de seus clientes e também dos processos da academia,

Propaganda: Conforme salientado no item acima, ainda possui falta de capital por

se tratar de um estabelecimento novo.

Page 80: TCC MARCIO 2010 11 11

79

13 OBJETIVOS E DESAFIOS EMPRESARIAIS

Após análise da matriz SWOT, pode-se definir que os objetivos da empresa,

quanto à sua análise externa e interna são:

▫ Ampliação da oferta de serviços;

▫ Abertura de novos mercados;

▫ Firmar parcerias;

▫ Diminuir a sazonalidade;

▫ Fortalecer a marca no mercado;

▫ Adquirir mais equipamentos;

▫ Manter e fortalecer os preços praticados pela empresa sem prejudicar a

qualidade do serviço;

▫ Promover um ambiente agradável com layout adequado para fortalecer a

marca;

▫ Motivar constantemente a equipe de trabalho;

▫ Proporcionar capital de giro;

▫ Padronizar informações e disseminá-las a fim de que toda equipe

caminhe numa única direção;

▫ Investir em propaganda.

Page 81: TCC MARCIO 2010 11 11

80

13.1 ESTRATÉGIAS

De acordo com Maximiano (2006, p. 329), estratégia é “a seleção dos meios

para realizar objetivos“. Hamel e Prahalad (1995) definem a estratégia como o

processo de construção do futuro, aproveitando competências fundamentais da

empresa. Bateman e Snell (1998) definem o termo como o padrão de alocação dos

recursos para realizar os objetivos da organização.

Como já foi dito anteriormente, o objetivo da SWOT é definir estratégias para

manter pontos fortes, reduzir a intensidade de pontos fracos, aproveitando

oportunidades e protegendo-se de ameaças.

De acordo com a FUNDAÇÃO NACIONAL DA QUALIDADE (FNQ, 2008, p.

15), para auxiliar no planejamento das ações a desenvolver, pode-se utilizar um

quadro chamado 5W 2H. Esse quadro é uma ferramenta utilizada para planejar a

implementação de uma solução, sendo elaborado em resposta às questões a seguir:

▫ O que (WHAT): Qual ação vai ser desenvolvida?

▫ Quem (WHO): Quem será o responsável pela sua implantação?

▫ Quando (WHEN): Quando a ação será realizada?

▫ Onde (WHERE): Onde a ação será desenvolvida (abrangência)?

▫ Por que (WHY): Por que foi definida esta solução (resultado esperado)?

▫ Como (HOW): Como a ação vai ser implementada (passos da ação)?

▫ Quanto (HOW MUCH): Quanto será gasto?

Neste sentido, apresentamos as estratégias estabelecidas para cada item da

análise SWOT efetivada. Elas estão descritas nos quadros 5, 6, 7 e 8, a seguir:

Page 82: TCC MARCIO 2010 11 11

81

OPORTUNIDADESEstratégia Quem Quando Onde Por que Como Quanto

1

Ampliação da oferta

de serviços

DireçãoDentro de

seis mesesAcademia

Aumentar faturamento, diversificar oferta de serviços

Oferta de outras

atividades físicas

(Pilates)

R$ 2.000,00

2Abertura de novos mercados

DireçãoJaneiro a

Junho/2011

Empresas, prefeitura, comunidade em

geral

Aumentar o nº de clientes, aumentar

faturamento

Pesquisa de mercado

R$ 200,00

3Firmar

parcerias

Gerente administra

tiva

Fevereiro a Abril/2011

Prefeitura, consultórios profissionais,

lojas de roupas

Ampliar conhecimento

, oferta de serviços

agregados, fidelização de

clientes

Parcerias com

nutricionistas,

fisioterapeutas, lojas de roupas e

artigos esportivos

-

Quadro 5: Estratégias - OportunidadesFonte: Elaborado pelo aluno

AMEAÇASEstratégia Quem Quando Onde Por que Como Quanto

1 Sazonalidade Direção Sempre MercadoAumento do faturamento

Criar alternativas para épocas de baixa demanda

2Fortalecer a marca no mercado

Equipe em geral

Sempre

Região em que atua (Vale do Caí)

Atração e fidelização de clientes

Divulgação da marca em jornais de

circulação da região,

panfletos, rádio. Oferecer

atendimento diferenciado.

R$450,00

3Aquisição de

mais equipamentos

Direção

Janeiro a Junho/

2011

Mercado de equipamentos específicos do ramo

Ampliar o número de equipamentos para proporcionar expansão do negócio

Compra de novos equipamentos

R$ 10.000,00

Quadro 6: Estratégias - AmeaçasFonte: Elaborado pelo autor

Page 83: TCC MARCIO 2010 11 11

82

PONTOS FORTESEstratégia Quem Quando Onde Por que Como Quanto

1Fortalecer os

preços praticados

Direção Sempre Empresa

Satisfazer os clientes atuais e atrair novos

clientes

Aumentar o número de usuários

R$ 450,00

2

Promover um ambiente agradável

Direção Sempre Empresa

Para fortalecer a marca e a imagem da empresa

Reestruturação do ambiente

interno

R$ 400,00

3

Motivar constantemente a equipe de trabalho

Direção Sempre Empresa

Para promover um bom atendimento ao cliente e um ambiente de trabalho agradável

Orientações e auxílio à

profissionalização da equipe

R$ 2.000,00

Quadro 7: Estratégias – Pontos FortesFonte: Elaborado pelo autor

PONTOS FRACOS

Estratégia Quem Quando Onde Por que Como Quanto

1Falta de Capital

Direção Sempre Academia

Para que não dependam e não misturem recursos pessoais com os da empresa.

Buscar aumentar o faturamento através da redução de custos e atração de novos alunos.

R$ 3.000,00

2Padronizaçã

o das informações

Equipe em geral

Sempre Academia

Proporcionar um melhor atendimento aos clientes com informações claras e precisas.

Elaboração de manuais

administrativos, treinamentos e cursos sobre

fluxo de caixa, gestão

financeira e administrativa.

R$ 500,00

3 Propaganda Direção Março/2011Meios de

comunicações locais.

Atrair clientes, tornar a empresa conhecida no mercado, diferenciação da concorrência.

Anúncios em jornais de circulação da região, divulgação nas rádios locais.

R$ 450,00

Page 84: TCC MARCIO 2010 11 11

83

Quadro 8: Estratégias – Pontos fracosFonte: Elaborado pelo autor

14 PLANO DE AÇÃO, INDICADORES E CONTROLE

Para Colenghi (2007), o planejamento estratégico é conseguido a partir do

esforço concentrado da direção da empresa, e tem como base fundamental a

missão e o negócio por ela definido, levando-se em consideração o levantamento,

análise e proposição de soluções mediante um plano de ação que objetive garantir a

qualidade desejada pelos clientes da organização.

A utilização de indicadores de desempenho para aferir os resultados

alcançados pelos administradores é uma metodologia que está relacionada ao

conceito de gerenciamento voltado para resultados (results oriented management -

ROM). Alguns autores da literatura especializada conceituam indicador de

desempenho como um instrumento de mensuração quantitativa ou qualitativa de

aspectos do desempenho. O conjunto de indicadores escolhidos deve ser coerente

com a visão, missão e a estratégia organizacional.

Estabelecidos os planos, é necessário a sua implementação e o

acompanhamento das ações propostas (controle).

Neste contexto, apresentamos a seguir, os planos de ação propostos para a

Academia Vitaly.

14.1 OPORTUNIDADES

Oferta de outras atividades físicas

▫ Contratação de um profissional de Pilates;

▫ Aquisição dos equipamentos (Bolas, Colchonetes, entre outros);

▫ Ampliação do espaço físico, através de construção de mais uma sala nos

fundos do empreendimento.

Indicador: 36 alunos mês.

Page 85: TCC MARCIO 2010 11 11

84

Controle: Mensal

Pesquisa de mercado

Pesquisa informal com perguntas abertas para interagir com a comunidade

com o intuito de captar as necessidades não atendidas que serão realizadas na

prefeitura, empresas, e junto ao programa de saúde familiar (PSF)

Coleta de informações através de caixa de sugestões na própria academia

por intermédio de formulário sem identificação

Questionário com perguntas fechadas em feiras e eventos, sendo os mesmos

tabulados, observando a necessidade de oferta de novos serviços.

Indicador: Mínimo de 05 idéias aproveitáveis

Controle: Mensalmente

Parcerias com nutricionistas, fisioterapeutas, lojas de roupas e artigos

esportivos.

Estabelecer contrato com os profissionais (nutricionista, fisioterapeuta) que

irão atender na academia durante uma semana por mês. O percentual cobrado

destes profissionais será de 5% sobre o seu faturamento.

Venda de espaços nas paredes da academia para colocação de propaganda

(banners, pintura) de outros estabelecimentos, sendo que o valor cobrado varia de

acordo com o tamanho do espaço.

Indicador: Aumento de 10% do Faturamento

Controle: Mensal

14.2 AMEAÇAS

Criar alternativas para épocas de baixa demanda

Page 86: TCC MARCIO 2010 11 11

85

Oferta de pacotes promocionais, como contrato de 6 meses, sendo o

pagamento com cheques pré-datados.

Indicador: mínimo 50% de clientes com contrato de 6 meses

Controle: Mensal

Divulgação da marca

Em jornais de circulação da região, panfletos, rádio, outdoor.

Desenvolvimento de uma linha de produtos próprios (camisetas, baby looks,

regatas, casacos, calças). Serão cobrados 5% sobre o custo do produto, para

contribuir no faturamento.

Indicador: Aumento do Faturamento em 5%, e aumento do número de alunos em

5%.

Controle: Trimestral

Compra de novos equipamentos

Aquisição de mais uma esteira, bicicleta ergométrica, aparelhos de

musculação.

Pesquisa de fornecedores e respectivos preços e produtos.

Buscar linhas de financiamento, com juros de no máximo 2%.

Indicador: Aumento do faturamento em 7%.

Controle: Mensal

14.3 PONTOS FORTES

Qualificação dos profissionais

Treinamentos, especializações.

Roteirização das atividades.

Page 87: TCC MARCIO 2010 11 11

86

Indicador: análise de satisfação dos clientes atuais, verificada na pesquisa de

mercado e pela quantidade de novos clientes, verificada no número de cadastros

efetuados.

Controle: Mensal

Reestruturação do Ambiente interno

Elaboração de um novo layout para disposição e oferta de equipamentos de

acordo com cada atividade.

Música ambiental.

Indicador: Pesquisa de satisfação, verificação do tempo gasto para realização das

atividades, comparado ao momento em que levava com o layout antigo.

Controle: diário

Orientações e auxílio à profissionalização da equipe

Valorização do profissional promovida através de bolsa auxílio

profissionalizante, atualização, reciclagem e aprimoramento.

Indicador: quantidade de atividades que cada profissional consegue orientar, além

das atuais; e pelo grau de satisfação dos clientes e também da equipe, verificados

na pesquisa de mercado.

Controle: Diário

14.4 PONTOS FRACOS

Buscar aumentar o faturamento através da redução de custos e atração de

novos alunos.

O custo do aquecimento das piscinas durante o período de inverno vem se

tornando muito elevado para a academia que, por vezes, já deixou de oferecer o

exercício da hidroginástica neste período. A idéia apresentada é o investimento no

Page 88: TCC MARCIO 2010 11 11

87

sistema de aquecimento solar para a diminuição deste custo. Com isto, a academia

poderá oferecer este serviço no inverno, incrementando seu faturamento neste

período e atraindo novos alunos.

A atração de novos alunos também poderá se dar através da propaganda

que será feita nos jornais e rádios, bem como de uma promoção com os alunos,

oferecendo àqueles que apresentarem um amigo para se matricular na academia

um desconto de 5% em duas mensalidades.

Indicador: aumento de no mínimo 10% no faturamento, para que possa pagar o

investimento.

Controle: Mensal

Elaboração de manuais administrativos, treinamentos e cursos sobre fluxo de

caixa, gestão financeira e administrativa.

A estagiária será matriculada no curso de fluxo de caixa oferecido pelo

SENAI4 e também executará a tarefa de mapear todos os processos dos serviços da

academia para que, com o auxílio da direção, seja possível elaborar os manuais

administrativos que conterão todos os passos dos trabalhos desempenhados na

academia.

Indicador: Pesquisa de satisfação com os alunos quanto ao atendimento,

informações prestadas.

Controle: Mensal

Anúncios em jornais de circulação da região, divulgação nas rádios locais.

Inicialmente, será feito um contrato de três meses para anúncios e conforme

o resultado esse prazo poderá ser prorrogado, nos seguintes jornais:

▫ Primeira Hora: possui sede na cidade de Bom Princípio e sua circulação é

por todo o Vale do Caí, uma vez por semana;

4 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. O SENAI é hoje um dos mais importantes pólos nacionais de geração e difusão de conhecimento aplicado ao desenvolvimento industrial.

Page 89: TCC MARCIO 2010 11 11

88

▫ Fato Novo: possui sede na cidade de São Sebastião do Caí e sua

circulação também é por todo o Vale do Caí nas quartas-feiras e

sábados;

Quanto às rádios, serão feitos anúncios diários nos programas de maior

audiência nas seguintes emissoras:

▫ Rádio Vale Feliz: possui sede na cidade de Feliz, abrangendo toda a

região do Vale do Caí, Serra e até Porto Alegre;

▫ Rádio Comunitária Caiense: possui sede na cidade de São Sebastião do

Caí e abrangendo somente a mesma.

Indicador: Aumento do faturamento em 5%; aumento do número de novos alunos

em 5%.

Controle: Trimestral

Page 90: TCC MARCIO 2010 11 11

89

15 DELIMITAÇÕES DO ESTUDO

No presente trabalho foi realizado um estudo de caso, utilizando-se o

método exploratório. Embora possa ser considerado limitado, por não oferecer

bases para generalizações, o estudo propicia oportunidades para se conhecer, com

maior profundidade, um contexto real e complexo, o qual pode fornecer informações

suficientes para outras pesquisas futuras.

Devido à utilização deste método, qualquer generalização para outras

empresas de contextos similares ou distintos não poderá ser aplicada. No limite,

pode-se propor a viabilidade de uma generalização de cunho analítico dos

resultados obtidos.

O estudo foi feito na área administrativa. Propõe-se que seja feito um estudo

futuro na área financeira

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90

CONCLUSÃO

Durante o desenvolvimento deste trabalho, procurou-se destacar a

importância do Planejamento Estratégico, colocando-o como uma ferramenta útil

para a gestão das organizações. Foram descritos alguns conceitos importantes que

em muito podem contribuir para a reflexão dos administradores, e que estão

diretamente relacionados ao processo de Planejamento Estratégico.

A simples elaboração de um plano estratégico não fará nenhum milagre, não

trará benefício algum para a organização. De nada adianta desenvolver um trabalho

esteticamente perfeito, elaborado com a assessoria dos melhores consultores do

mercado para servir como mero adorno. O Planejamento Estratégico, mais que um

documento estático, deve ser visto como um instrumento dinâmico de gestão, que

contém decisões antecipadas sobre a linha de atuação a ser seguida pela

organização no cumprimento de sua missão.

Para alcançar o efeito desejado, o planejamento estratégico necessita do

apoio e comprometimento de todo o corpo funcional da empresa por ocasião da

implementação das diversas ações estratégicas dele decorrentes. Baseado nessa

premissa, os atores das diversas fases do processo são os próprios integrantes da

organização.

A implementação de um planejamento estratégico ou até mesmo a simples

idéia da elaboração de um projeto deste porte dentro de uma organização, pode

trazer em um primeiro momento certa descrença por parte de alguns, o que é

perfeitamente normal, tendo em vista a pública e notória resistência do ser humano

a mudanças, principalmente dentro de grupos conservadores, defensores da tese do

“sempre foi feito assim para que mudar?”.

Ressalta-se aqui o pensamento de Derek (1999), defendendo que a

capacidade das empresas de ter hoje um desempenho eficaz depende de decisões

que foram tomadas no passado; as decisões que tomam hoje de seguir nessa ou

naquela direção modelam suas opções no futuro. O autor cita um antigo ditado: “O

passado está no presente, e o presente contém o futuro”.

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91

Cabe, portanto, aos gestores do processo de implantação do projeto, mudar

a opinião dos focos de resistência que por ventura existirem e mostrarem a

importância de que este tipo de planejamento proporcionará para a organização,

onde todos sairão ganhando com o aumento de eficiência e eficácia e

principalmente o acréscimo em competitividade que a empresa agregará para

enfrentar o dinâmico mercado do mundo globalizado.

Page 93: TCC MARCIO 2010 11 11

92

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