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Sumário
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................7
2 APRESENTAÇÃO DA OBRA..........................................................................................8
2.1 Descrição......................................................................................................................8
2.2 Finalidade.....................................................................................................................9
2.3 Localização e implantação...........................................................................................9
2.4 Quantidades................................................................................................................10
2.5 Licenças ambientais e prefeitura................................................................................11
2.5.1 Licenciamento ambiental junto à (CETESB) Companhia ambiental do estado de São Paulo..........................................................................................................................11
2.5.2 Documentos ambientais junto ao DEPAV (Departamento de parques e áreas verdes). 12
2.5.3 Documentação junto à prefeitura........................................................................13
2.5.4 Normatizações de projeto...................................................................................14
3 PROJETO ARQUITETÔNICO........................................................................................18
4 PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL...............................................................19
4.1 Considerações Gerais.................................................................................................21
4.2 Principais Componentes.............................................................................................24
4.3 Elaboração do projeto.................................................................................................26
5 PROJETO DE CONCRETO ARMADO..........................................................................30
5.1 Considerações Gerais.................................................................................................30
5.2 Principais Componentes.............................................................................................34
5.3 Elaboração do projeto.................................................................................................39
6 ESTUDOS PRELIMINARES..........................................................................................40
6.1 Topografia..................................................................................................................40
6.2 Sondagens...................................................................................................................42
7 DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES...............................44
7.1 Instalações hidro sanitárias.........................................................................................44
7.1.1 Instalações hidro sanitárias – Alvenaria estrutural.............................................45
7.1.2 Instalações hidro sanitárias – Concreto armado..................................................45
7.2 Instalações elétricas....................................................................................................46
7.3 Combate a incêndio....................................................................................................49
7.4 Telecomunicação de dados e voz...............................................................................51
7.5 Fundações...................................................................................................................51
8 LOGISTICA DE EXECUÇÃO........................................................................................53
6
9 LOCAÇÃO DA OBRA....................................................................................................55
10 EXECUÇÃO DAS FUNDAÇÕES...................................................................................56
11 EXECUÇÃO DA ESTRUTURA.....................................................................................59
11.1 Alvenaria estrutural................................................................................................59
11.1.1 Marcação.............................................................................................................60
11.1.2 Elevação..............................................................................................................62
11.1.3 Vantagens e desvantagens...................................................................................64
11.2 Concreto armado.....................................................................................................64
11.2.1 Locação dos pilares.............................................................................................64
11.2.2 Execução da forma e montagem do escoramento...............................................66
11.2.3 Montagem das armaduras...................................................................................69
11.2.4 Concretagem.......................................................................................................71
11.2.5 Vantagens e desvantagens do concreto armado..................................................74
12 EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS COMPLEMENTARES.................................................75
12.1 Instalações hidro-sanitária......................................................................................75
12.2 Instalações elétricas................................................................................................77
12.3 Telecomunicação de dados e voz...........................................................................79
12.4 Climatização...........................................................................................................80
12.5 Revestimento externo (Fachada)............................................................................81
12.6 Esquadrias metálicas (Caixilhos)............................................................................82
12.7 Impermeabilização..................................................................................................83
12.8 Pisos internos e externos.........................................................................................84
12.9 Revestimentos internos...........................................................................................85
12.10 Pintura.....................................................................................................................86
12.11 Louça e metais sanitários........................................................................................87
12.12 Sinalização..............................................................................................................87
13 ESTUDO DE CASO.........................................................................................................89
14 RESULTADOS.................................................................................................................91
14.1 Análise dos resultados............................................................................................91
14.2 Análise dos custos finais.........................................................................................91
15 CONCLUSÕES................................................................................................................94
16 BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................95
7
1 INTRODUÇÃO
Devido ao crescimento da concorrência no setor da construção civil, uma das grandes
prioridades das empresas do ramo da construção é a economia na execução de um
empreendimento; construir deixou de ser simplesmente uma materialização de formas e
volumes e passa cada vez mais a ser uma questão de custos e controles e isso não poderia ser
diferente na construção de obras prediais, pois as empresas precisam economizar para
viabilizar o repasse do imóvel para seus clientes. Isso mostra a importância de atuar na
relação preço e qualidade, ou seja, oferecer maior qualidade pelo mesmo preço.
No Brasil, onde a demanda por habitações para a população de baixa renda é
crescente, a redução de custos de edificações tem sido objetivo de pesquisadores e
profissionas da área, bem como de empresas construtoras. Ambos desenvolvem sistemas
construtivos e novos materiais visando alcançar tais metas. Os edifícios residenciais de 12
pavimentos, que por suas características de facilidade de construção, menor custo de
elevadores, aliadas, principalmente, ao uso de acabamentos com redução de quantidades e do
uso de materiais alternativos, são reconhecidos como construções de baixo custo, tornando-se,
assim, uma opção de moradia atraente à população de baixa renda. Isto ocorre,
principalmente, quando a construção de unidades é realizada em larga escala e em um mesmo
terreno, ou seja, vários blocos com as mesmas características construtivas e arquitetônicas.
Nas últimas décadas, a alvenaria estrutural com a utilização de blocos de concreto, tem
sido vista como uma das melhores soluções para empreendimentos com estas características,
cada vez mais distante do preconceito que a associava. Tal fator deve-se aos avanços dos
estudos dos projetos, bem como da tecnologia empregada na fabricação dos blocos, além da
normatização do método de fabricação.
Por outro lado, tem-se o concreto armado, onde concreto e aço unidos formam um
arranjo estrutural, chamado de “esqueleto”, que recebe alvenaria convencional, ou seja, não
estrutural, com a finalidade de fechamento e divisão dos ambientes.
Podemos observar, em ambos sistemas, aspectos positivos e negativos durante a
construção e ocupação. A proposta deste trabalho é estudar os aspectos técnicos construtivos
pertinentes a ambos sistemas, e de comparar os custos entre os dois sistemas construtivos à
partir de um estudo de caso, analisando os projetos de arquitetura e estrututra destes
empreendimentos. Tal estudo visa a realização de uma simulação da tomada de decisão por
parte de um empreendedor a respeito do sistema mais apropriado sob enfoque econômico e
financeiro.
8
2 APRESENTAÇÃO DA OBRA
2.1 Descrição
O empreendimento tem como publico alvo pessoas de classe média, devido a sua
localização. Ocupando um terreno com área total de 4.544,78m², onde serão construídas duas
torres residenciais denominadas Torre Unique e Torre Private de doze pavimentos com seis
apartamentos por andar sendo dois apartamentos com 72 m² e quatro apartamentos de 102 m².
Possuindo três e quatro dormitórios, sendo dez pavimentos tipo e um pavimento com
apartamentos duplex e apartamentos giardinos localizados no térreo. Serão construídos dois
subsolos destinados às vagas de garagem cobertas.
Os espaços de convívio social e lazer do empreendimento situa se da seguinte maneira
A portaria.
A entrada do empreendimento se dará pela rua: Francisco Marcondes vieira n° 105.
Será destinado à área comum:
Salão de festas.
Área destinada à realização de eventos para o público em geral, localizada no
pavimento térreo da Torre Private, equipada com copa e lavabos.
Sala de ginástica (Fitness).
Sala destinada a atividades físicas. Será executada no pavimento térreo da Torre
Private.
Brinquedoteca.
Sala destinada a lazer e jogos para crianças. Será executada no pavimento térreo da
Torre Unique.
Salão de jogos.
Salão destinado a lazer e jogos para adultos e adolescentes. Será executado no
pavimento térreo, da Torre Unique.
Paisagismo.
Será executado tratamento paisagístico, com áreas de lazer como:
-Piscina Adulta com raia e deck molhado
-Piscina Infantil
-Prainha
-Piscina para Biribol
-Praça da Fonte
9
-Quadra Recreativa
-Churrasqueira com forno de pizza
-Playground
Acessos.
Os portões de acesso externos de pessoas e veículos serão automatizados.
Proteção perimetral.
Será executada infraestrutura para CFTV em pontos estratégicos e infraestrutura para
Proteção Perimetral nos limites do empreendimento, ficando a cargo do condomínio, a
instalação dos sistemas de segurança.
2.2 Finalidade
O acirramento da concorrência e a globalização econômica têm colocado o cliente no
centro das estratégias empresariais e do processo econômico. Para responder ao crescimento
da concorrência, a indústria contemporânea cada vez mais se confronta com as necessidades
de ampliar a produtividade, reduzir custos e, sobretudo, melhorar o atendimento aos clientes e
a qualidade dos produtos, ao mesmo tempo em que reduz os impactos ambientais dos
produtos e processos, sendo estas as finalidades básicas do empreendimento.
Além disso, a velocidade das transformações tecnológicas, sociais e econômicas tem
obrigado as empresas a se manterem flexíveis e ágeis frente a novos desafios. O
empreendimento abriga as atividades humanas, proporcionado o bem estar e o conforto de
seus moradores.
2.3 Localização e implantação
Figura: 1. Fonte: Google mapas.
10
Figura: 2 Projeto de implantação da obra. Fonte: Autor.
2.4 Quantidades
Torres e construções anexas (portaria) da implantação em Alvenaria Estrutural
Área de Terreno: Total = 4.544,78m²
02 Torres: Térreo + 10 pavimentos tipo + Duplex + Ático/Cobertura Geral
Tipologias de Apartamentos:
Torre Unique
Giardino 04 dorms. (final 4 ) – 197,20m² (01 unidade)
Giardino 04 dorms. (final 6) – 176,59m² (01 unidade)
Giardino 03 dorms. (final 5) – 132,01m² (01 unidade)
Torre Private
Giardino 04 dorms. (final 4) – 168,21m² (01 unidade)
Giardino 04 dorms. (final 6) – 187,87m² (01 unidade)
Torre Unique e Private
Tipo 04 dorms. (finais 1, 3, 4 e 6) – 102,80m² (28 unidades por torre)
Tipo 03 dorms. (finais 2 e 5) – 72,07m² (14 unidades por torre)
Duplex 04 dorms (finais 1, 3, 4 e 6) – 188,07m² (04 unidades por torre)
Duplex 03 dorms (finais 2 e 5) – 125,83m² (02 unidades por torre)
Quantidade de unidades tipo por torre: 42
Total de unidades do empreendimento: 101
11
Total de vagas do empreendimento: 202 + 01 Zelador + 01 D.F. + 12 Motos. Não há
vagas extras.
2.5 Licenças ambientais e prefeitura
2.5.1 Licenciamento ambiental junto à (CETESB) Companhia ambiental do estado
de São Paulo.
Licença prévia (LP) – É pertinente à fase preliminar do planejamento do
empreendimento e contém os requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização,
instalação e operação, observado os planos municipais, estaduais ou federais de uso do solo.
Licença de instalação (LI) – Autoriza o início de implantação do empreendimento, de
acordo com as especificações constantes do plano de controle ambiental aprovado (LP).
Licença de operação (LO) – Autoriza, após as verificações necessárias, o inicio da
atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos e instalações de controle de
poluição, de acordo com o previsto nas licenças prévias e de instalação. Operar fonte
poluidora sem a devida licença de operação constitui crime ambiental.
Relatório ambiental preliminar (RAP) – No estado de São Paulo e para aqueles casos
previstos no art. 2º da resolução CONAMA 01/86, o empreendedor deverá requerer a licença
ambiental prévia, junto à secretaria do meio ambiente, devidamente instruída com o RAP,
conforme roteiro de orientação estabelecido pelo SMA. O conteúdo das informações a serem
contempladas no RAP irá variar de acordo com o tipo, porte e de inscrição do
empreendimento.
Estudo ambiental simplificado (EAS) – É um estudo técnico elaborado por equipe
multidisciplinar que oferece elementos para a análise da viabilidade ambiental de
empreendimentos ou atividades consideradas potencial, ou efetivamente causadoras de
degradação do meio ambiente.
Estudo de análise de risco (CETESB) – visa realizar uma estimativa qualitativa ou
quantitativa dos riscos, empregando- se técnicas cientificas, de forma a promover a
combinação das frequências com a magnitude dos eventos indesejados.
12
2.5.2 Documentos ambientais junto ao DEPAV (Departamento de parques e áreas
verdes).
Cabe ao Departamento de Parques e Áreas Verdes (DEPAVE):
Projetar, contratar projetos e gerenciar obras e serviços de construção civil e
ajardinamento para viveiros, parques urbanos, parques lineares e parques naturais, praças,
jardins e demais logradouros públicos ou outras unidades a ele subordinadas;
Promover a produção de mudas ornamentais em geral e a execução de arborização e
ajardinamento em vias públicas e de implantação de viveiros, parques, praças, jardins e
demais logradouros públicos;
Promover pesquisa, estudo, experimentação e divulgação das atividades ligadas às
suas atribuições, funções e objetivos, estabelecendo normas e padrões dos serviços a serem
executados;
Promover, em conjunto com as demais unidades da Secretaria, a administração,
preservação, conservação e manejo de parques ou de outras unidades a ele subordinadas, com
todos os seus equipamentos, atributos e instalações, provendo suas necessidades, dispondo
sobre as modalidades de uso e conciliando o manejo com a utilização pelo público;
Orientar outros órgãos da Prefeitura, dando-lhes suporte técnico em matéria de sua
competência;
Executar a política referente ao Sistema de Áreas Verdes - SAV;
Promover a preservação e a conservação da fauna, com acompanhamento médico-
veterinário curativo, profilático, biológico, sanitário, nutricional e reprodutivo;
Estimular o reflorestamento, a arborização e o ajardinamento, com fins ecológicos e
paisagísticos, no âmbito do Município de São Paulo;
Promover, supletivamente, no âmbito do Município de São Paulo, a proteção e o
equilíbrio da paisagem e do meio físico ambiente, no que se refere aos recursos naturais e
demais fatores que, dentro do campo de interesse de suas atividades, influam na qualidade da
vida humana.
Principais documentos.
PCA, Nos casos de plantio externo, o NLPFV poderá solicitar ao interessado Projeto
de Compensação Ambiental (PCA) referente ao plantio compensatório com a anuência da
Subprefeitura em relação às áreas e logradouros que receberão o plantio compensatório, antes
de ser submetido ao colegiado da Câmara de Compensação Ambiental. O plantio externo
deverá ser realizado com mudas de mesmo DAP.
13
TCA, Após o despacho autoriza tório, deverá ser elaborado pela Assessoria Jurídica
desta Pasta, o TCA - Termo de Compromisso Ambiental, que será assinado pelo diretor do
Departamento de Parques e Áreas Verde - Depave / SVMA e pelo interessado.
No Termo de Compromisso Ambiental - TCA, além das cláusulas e obrigações que
decorrerão do despacho autoriza tório, deverão constar, obrigatoriamente, dentre outros
requisitos:
a) que a remoção dos exemplares arbóreos pretendidos, seja por corte ou transplante, nos
casos pendentes de autorização por outros órgãos municipais e/ou estadual e/ou federal,
somente poderá ser realizada após a manifestação destes órgãos;
b) multa pelo descumprimento das obrigações assumidas, no valor de R$ 100,00 por muda.
2.5.3 Documentação junto à prefeitura.
Alvará de aprovação de novas edificações.
O alvará de aprovação de novas edificações deve ser pedido junto à coordenadoria de
planejamento e desenvolvimento urbano supervisão de uso do solo e licenciamentos, divisão
de aprovação de projetos. Esse documento aprova o projeto de uma obra, prescrevendo em 1
(um) ano a partir da data de publicação do despacho de deferimento.
Documentação exigida para o alvará de aprovação.
Requerimento padronizado, devidamente preenchido, com identificação de seu
objetivo.
Notificação-recibo do IPTU atual (cópia).
Levantamento planialtimétrico do terreno, realizado por profissional legalmente
habilitado, numerado na sequência das demais folhas do projeto, conforme item 3.A.6 do
Decreto 32.329/92, em 2 (duas) vias.
Título de Propriedade (cópia) ou Comprovante de Posse do Imóvel (cópia) registrado
no Registro de Imóveis.
Peças gráficas em 2 (duas) vias.
Autorização do órgão responsável pela preservação (CONPRESP /
CONDEPHAAT/IPHAN), quando necessário.
Guia quitada de arrecadação da taxa e preço público devido ao órgão municipal.
R.G. (cópia) e CPF (cópia) do requerente. Se for empresa, são necessários CNPJ
(cópia) e Contrato Social da Empresa (cópia).
CREA do profissional (cópia) e Ficha de Inscrição no C.C.M. (cópia).
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Alvará de execução de novas edificações.
O alvará de execução de novas edificações deve ser pedido junto à coordenadoria de
planejamento e desenvolvimento urbano supervisão de uso do solo e licenciamentos, divisão
de aprovação de projetos. Esse documento autoriza o início da execução de uma obra nova,
tendo prazos legais para prescrever após a sua emissão.
Documentação exigida para o alvará de execução.
Requerimento padronizado, devidamente preenchido, com identificação de seu
objetivo.
Notificação-recibo do IPTU atual (cópia).
Levantamento planialtimétrico do terreno, realizado por profissional legalmente
habilitado, numerado na sequência das demais folhas do projeto, conforme item 3.A.6 do
Decreto 32.329/92, em 3 (três) vias.
Título de Propriedade (cópia) registrado no Registro de Imóveis, se não apresentado
quando do pedido de Alvará de Aprovação.
Peças gráficas em 3 (três) vias.
Guia quitada de arrecadação da taxa e preço públicos devidos ao órgão municipal.
R.G. (cópia) e CPF (cópia) do requerente. Se for empresa, são necessários CNPJ
(cópia) e Contrato Social da Empresa (cópia).
CREA do profissional (cópia) e Ficha de Inscrição no C.C.M. (cópia).
Alvará de Aprovação de Edificação Nova. Planta Aprovada.
2.5.4 Normatizações de projeto.
Documentação do lote.
Antes de iniciar um projeto você deve verificar se a documentação do imóvel está em
ordem.
O título de propriedade, registrado no Cartório de Registro de Imóveis em nome de
quem pretende construir ou reformar, é documento obrigatório para a maioria dos pedidos
junto à prefeitura.
Apenas nas seguintes situações a legislação municipal não exige título de propriedade,
registrado no Cartório de Registro de Imóveis:
Na solicitação de Alvará de Licença para Residência Unifamiliar, desde que o lote
tenha área de até 400m2;
Na solicitação de Ficha Técnica;
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Na solicitação de Diretrizes de Projeto;
Na solicitação de Alvará de Aprovação;
Na solicitação de Alvará de Alvará de Autorização;
Na Comunicação de serviços ou ocorrências que não impliquem em alteração física do
imóvel. (item 2.3.1 do Código de Obras e Edificações, alterado pela lei 11.948/95)
Importante: Observar que não são aceitas divergências superiores a 5% nas dimensões
e áreas constantes do título de propriedade e aquelas obtidas no levantamento planialtimétrico
do imóvel.
Classificação da atividade ou uso que se pretende instalar no imóvel
Uso Residencial – ver artºs 3º ao 12 do Decreto nº 45.817/05
Uso Não Residencial - ver artºs 13 ao 21 e Quadros 02 a 04 do Decreto nº 45.817/05
Restrições urbanísticas que devem ser observadas
A legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo estabelece diferentes restrições,
em função do tipo de atividade a ser desenvolvida e a zona de uso onde está localizado o
imóvel.
Zoneamento.
A zona de uso poderá ser obtida consultando os mapas e a lei de zoneamento de cada
Subprefeitura, no site da Secretaria de Desenvolvimento Urbano
Para os imóveis localizados nas zonas mistas deve-se também saber a Classificação da Vias
Sabendo o zoneamento, a classificação das vias, no caso das zonas mistas e atividade
pretendida, verifica se a atividade é permitida, as condições de instalação e parâmetros de
incomodidade nos Quadros 2 anexos à Parte III da Lei nº 13.885/04.
Quais as restrições urbanísticas que devem ser observadas no projeto (frente e área
mínimas de lote, recuos, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento, etc.), nos Quadros .
Os coeficientes de aproveitamento pretendidos quando acima de básico, são passíveis de
cobrança de outorga onerosa, desde que haja estoque disponível no distrito onde se localiza o
imóvel.
Consulte os estoques para usos residenciais e não residenciais
Nas áreas de Operação Urbana, a contrapartida financeira acima do coeficiente básico
será cobrada através das leis específicas das respectivas Operações Urbanas
Em algumas vias o recuo de frente a ser observado é especial.
Consulte o a Lei 9334/81 para saber se este é o caso da via em frente ao móvel onde se
pretende construir. Largura da via Verifique a largura da via em frente ao imóvel e consulte o
Quadro 4 de Largura de Vias, anexo à Parte III da Lei nº 13.885/04.
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Classificação do tipo de obra a ser feita
O Código de Obras e Edificações classifica a obra ou serviço a ser executado de
acordo com o tipo e características: Obra Nova construção de nova edificação em lote
totalmente vago ou com a demolição total do existente Reforma alteração de edificação
existente por supressão ou acréscimo na área construída, ou modificação na estrutura, ou na
compartimentação vertical, ou na volumetria, com ou sem mudança de uso.
A construção de novo bloco em lote já edificado também é considerada como reforma.
Apresentação do projeto.
O projeto de arquitetura deve ser encaminhado com os seguintes elementos que
possibilitem sua análise:
Selo/folha de rosto Todas as peças gráficas, incluindo o levantamento planialtimétrico
deverão apresentar selo/folha de rosto, no padrão Prefeitura.
Levantamento planialtimétrico elaborado por profissional habilitado, necessário
quando a análise do projeto depender da verificação da topografia do imóvel, deve ser
representado em folha separada, numerada na sequência das demais folhas do projeto, em
escala conveniente.
· Levantamento planialtimétrico
De acordo com o item 3.A. 6 do Decreto 32.329/92, o levantamento planialtimétrico
deve conter, no mínimo, as seguintes informações:
Indicação da linha Norte/Sul ;
Indicação das medidas de cada segmento do perímetro que define o imóvel, indicando
as extensões reais levantadas no local (R) e as constantes do título de propriedade (E)
se a titulação da área for constituída por mais de um título, devem ser demarcados os vários
imóveis que a compõem, relacionando-os com os títulos de propriedade, indicando suas áreas
e os respectivos números de contribuinte a indicação da área real do imóvel, resultante do
levantamento, bem como da constante do título de propriedade Importante: Não serão aceitas
divergências superiores a 5% entre as medidas de escritura e real. Havendo divergência
superior a 5% deverá ser apresentado título de propriedade retificado nos termos do subitem
3.6.2.2 do COE. Indicação dos ângulos entre os segmentos que definem o perímetro do
imóvel, ou seus rumos apresentação de curvas de nível, de metro em metro, ou de planos
devidamente cotados em terreno que apresente desnível não superior a 2,00m (dois metros)
demarcação do perímetro das edificações eventualmente existente no imóvel, indicando em
nota se as mesmas serão demolidas locação de árvores existentes no imóvel, com indicação da
área de projeção de suas copas, em atendimento à Lei 10.365, de 22 de setembro de 1987
17
Se for necessário o corte ou transplante de árvores para implantação do
empreendimento, deverá ser solicitada autorização junto ao
Departamento de Áreas Verdes – Depave da Secretaria do Vede e Meio Ambiente – SVMA
A planta de implantação deve conter a indicação das árvores a serem mantidas,
retiradas ou transplantadas, de acordo com a autorização concedida.
demarcação de córregos, águas e faixas de galerias no imóvel ou em suas divisas.
A consulta prévia ao Convias da Secretaria de Infraestrutura Urbana - SIURB para a
demarcação em plantas das faixas não edificáveis obrigatórias agiliza a tramitação do projeto
e evita surpresas que podem implicar na reformulação do projeto locação de postes, árvores,
boca de lobo, fiação e mobiliários urbanos existentes em frente ao imóvel.
indicação de largura da(s) via(s) pública medida no centro da testada do imóvel com a
indicação das dimensões dos passeios.No caso de variação na medida, deve ser indicada a
largura da via em pelo menos 3 (três) pontos da quadra .Observe que em função da largura da
via o uso pode não ser permitido. Para saber se a via comporta o uso pretendido, consulte o
Quadro 4 Anexo à Parte III da Lei 13.885/04. São aceitas diferenças de até 5% para menos
entre a largura exigida e aquela obtida no local. Indicação da existência de calçada e tipo de
pavimentação quando se tratar de terrenos com acentuado aclive ou declive, o levantamento
deverá conter dados genéricos de implantação das eventuais edificações vizinhas,
correspondendo a uma faixa de, no mínimo, 3.00m (três metros) de largura ao longo das
divisas.
Peças gráficas representando o projeto elaborado pelo profissional habilitado, em
escala conveniente (de preferência na escala 1:100) e contendo, no mínimo, plantas, cortes
transversais e longitudinais e elevações que permitam a perfeita compreensão da obra
pretendida.
Peças Gráficas. As peças gráficas devem conter, no mínimo, os seguintes elementos:
Implantação.
Plantas de todos os andares e ático da edificação, com legenda de acordo com o
Desenho 1-I do Anexo 18 do Decreto 32.329/92
Cortes, no mínimo, um transversal e um longitudinal, com legenda de acordo com o
Desenho 1-I do Anexo 18 do Decreto 32.329/92
Elevações.
Detalhes considerados necessários à perfeita compreensão do projeto
Quadro de áreas detalhado por andar, indicando as áreas computáveis e não
computáveis.
18
“Deverá constar sempre a seguinte nota:” Este projeto atenderá à Lei 11.228/92 e
Decreto 32.329/92. Em função do tipo de projeto outras Notas poderão ser necessárias,
Memória de cálculo das áreas, apresentada em folha à parte das peças gráfica, assinada
pelo autor do projeto, necessária para a verificação das áreas consideradas, em função da
complexidade do projeto. Importante: As folhas que fazem parte do jogo de plantas devem ser
dobradas de forma que resultem em um formato A 4, com Selo/ Folha Rosto no padrão da
Prefeitura.
Das ART`s.
ART - Execução de Obra (Resp. Técnico)
ART - Escavação (Corte/Aterro)
ART – Arquitetura.
ART – Fundações.
ART – Estrutura.
ART – Elétrica.
ART – Hidráulica.
ART - Pressurização/Ar Condicionado.
ART – Paisagismo.
ART - Execução TCA.
ART - Outros projetos, quando for o caso.
3 PROJETO ARQUITETÔNICO
Dentro do pananorama legislativo da prefeitura de São Paulo e do estilo da MCA
arquitetos associados o projeto do edifício Fatto Exclusive foi desenvoldido em um modelo da
arquiterura moderna. Visando atender as necessidades humanas e proporcinar conforto e bem
estar ao seus morradores.
Os apartamentos também seguem em seus projetos as ideias modernistas. Além da
fachada em mono capa cor marfim, são dois modelos de apartamentos, com três e quatro
quartos, em dois blocos em que esses tipos se misturam. Não se segregam as pessoas pelo
tamanho de seus imóveis. A ideia da possibilidade de convívio harmônico das diferenças é
colocada na arquitetura. Os apartamentos apresentam-se muito iluminados e ventilados, tanto
pela questão das grandes janelas frontais como pela possibilidade de se ter uma ventilação
cruzada, pois a disposição dos mesmos em linha, com a circulação vertical bastante reduzida
19
possibilitou esse recurso para o conforto dos moradores. A circulação vertical reduzida é uma
questão que foge aos parâmetros usuais dos projetos modernos, pois não há grandes
circulações e nem perda de área com isso, ajudando a racionalizar a construção.
As janelas utilizadas são de alumínio com pintura eletroestática, criando um excelente
sistema de aberturas, com uma área de ventilação bastante grande em cada um dos vãos. É
interessante observar que a fachada não tem linhas retas “virando” pelas laterais, e de certa
maneira quebrando o caixote que tradicionalmente se formava com o volume da construção.
Além disso, a solução construída propunha certa ambiguidade na nova construção, onde as
laterais e os fundos permaneciam com pequenas janelas, à maneira tradicional das nossas
construções.
As Fachadas principais, e laterais formam um jogo de elementos verticais e
horizontais. Devido ao grande tamanho do edifício, a MCA arquitetura reforçou os elementos
horizontais que dividem os pavimentos, fazendo que eles saiam um pouco do plano das
janelas, e pintando de na cor terra os elementos verticais, que dividem as janelas, formando
um grid. Assim o autor conseguiu quebrar a verticalidade do edifício, buscando um equilíbrio
necessário. Conseguindo assim uma grande mobilidade interna do pavimento, pelo menos em
sua porção frontal.
Outra situação peculiar do prédio é a existência de um apartamento duplex de
cobertura onde se possibilita a criação de um jardim. O apartamento ocupa a área central
próximo às caixas d’água, em um volume único que segue as formas puras do projeto. Ao
seguir outro dos preceitos modernos.
4 PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL
Com o advento da industrialização e da produção em grande escala dos elementos
componentes das alvenarias e com os aperfeiçoamentos nas técnicas de projeto e execução de
estruturas com esses novos materiais, a alvenaria pode ser definida, segundo Bussab e Cury
(1990) como “construções formadas por blocos industrializados de diversos materiais,
suscetíveis de serem projetados para resistirem a esforços de compressão única ou ainda a
uma combinação de esforços, ligados entre si pela interposição de argamassa e podendo ainda
conter armadura envolta em concreto ou argamassa no plano horizontal e/ou vertical”.
Na alvenaria estrutural, as paredes são os elementos estruturais, devendo resistir às
cargas como fariam os pilares e vigas utilizados em obras de concreto armado, aço ou
madeira. O projeto ideal considera a distribuição das paredes de forma que cada uma atue
20
como elemento estabilizador da outra. O processo construtivo em alvenaria estrutural é
empregado na construção de edifícios que se caracterizam por uma estrutura suporte de
sistema tridimensional segundo métodos racionais e de confiabilidade determinável
(ARAÚJO,1995).
Prudêncio; Oliveira; Bedin (2002) classificou a alvenaria estrutural em três categorias:
a) Alvenaria estrutural não armada: são aquelas constituídas de blocos, assentados com
argamassa, podendo conter armaduras com finalidade construtivas ou de amarração, não
consideradas na absorção dos esforços calculados.
b) Alvenaria estrutural armada: são aquelas onde paredes são constituídas de blocos
assentados com argamassa, cujas cavidades são preenchidas continuamente com graute, que
envolve quantidade suficiente de armaduras dimensionadas para absorver esforços calculados,
além daquelas armaduras com finalidade construtiva ou de amarração.
c) Alvenaria parcialmente armada: São aquelas em que algumas paredes são
constituídas segundo as recomendações da alvenaria armada e as demais de acordo com as
prescrições da alvenaria estrutural não armada.
Ainda há certo receio por parte das construtoras e projetistas em utilizar a alvenaria
como opção para o sistema estrutural do edifício, quer por puro preconceito quer por simples
desconhecimento. Um dos fatores que contribui para a pouca aceitação por parte desses
profissionais relaciona-se às experiências feitas por algumas construtoras, que utilizaram a
alvenaria estrutural e verificaram o surgimento de várias manifestações patológicas. Esses
problemas foram e têm sido solucionados por meio de pesquisas realizadas em algumas
universidades brasileiras. A partir desses estudos puderam-se identificar a inadequação do
processo de construção, a retração dos blocos de concreto e a má elaboração de projetos,
como algumas das principais dessas patologias. Atualmente, esses problemas foram
solucionados com o desenvolvimento do processo de construção, a elaboração de projetos
mais rigorosos, e a produção de blocos em especial a atenção à etapa de cura.
Texto interessante foi publicado na revista Techne, do qual se extrai a seguinte parte:
“O estigma que define a alvenaria estrutural como um sistema construtivo muito limitado, ou
seja, que impõe limites severos para o desenho arquitetônico e impossibilita mudanças de
layout na planta do apartamento, vem sendo quebrado. Varias construtoras de São Paulo tem
utilizado o sistema de alvenaria estrutural na construção de edifícios de alto padrão, nos quais
são permitidas alterações nas plantas dos apartamentos. Isto foi conseguido graças à
criatividade dos arquitetos, à evolução dos procedimentos de cálculo e à melhora dos
componentes utilizados. Como exemplo, cita-se a construção de um edifício de São Paulo de
21
quatorze pavimentos e um subsolo”. De acordo com a publicação da revista o
empreendimento dispõe de apartamentos de 139 m² de área útil e três opções de plantas. A
flexibilidade de plantas foi obtida com a utilização de paredes estruturais e de vedação, sendo
que quase 50% das paredes do edifício não têm função estrutural.
Outra importância da alvenaria estrutural que estimula suas aplicaçãos e o reduzido
tempo de execução, como resultado do grau de utilização ao qual se pode chegar,
principalmente no caso de alvenaria modulada. Esta característica está diretamente
relacionada ao processo construtivo no qual há menos perda de materiais, redução de equipe
de operários e possibilidade de utilização de pré-moldados como, por exemplo, vergas,
contravergas, contra-marcos, e escadas.
O sucesso verificado com as construções pioneiras confirma a viabilidade de emprego
da alvenaria estrutural no Brasil, tendo-se o bom-senso de adequar tal sistema construtivo à
realidade do país. Neste contexto, inserem-se as pesquisas desenvolvidas nas universidades,
que, por sua vez, têm a obrigação de estudar e divulgar a aplicação de novas tecnologias.
Como resultado direto dessas pesquisas tem-se a construção de edifícios mais modernos, que
se adequam às necessidades e inovações impostas pelo mercado, como garantia de sua
segurança.
4.1 Considerações Gerais
A principal característica de alvenaria estrutural é ter toda a carga do edifício
transferida das lajes para as paredes portantes, que trabalham basicamente à compressão. O
elemento estrutural básico é o bloco, sendo sua resistência medida em relação à sua área
bruta. Os blocos são comercializados pela sua resistência características (Fbk). A resistência
característica é um valor de resistência com a probabilidade de ocorrência de 5%, ou seja, em
um dado conjunto de blocos, 95% deles possuirão resistência superior à resistência
característica.
Para determinação da capacidade de carga de uma parede, é utilizado o ensaio de
compressão de um prisma de dois blocos. Normalmente o valor obtido neste ensaio é em
torno de 70% da resistência característica do bloco. O ensaio de parede caracteriza o
comportamento da estrutura e, a partir dele, se obtém o fator de eficiência de parede (Fef),
determinado pela relação entre a resistência da parede e a resistência do bloco (Fef:
Fparede/Fbk). Normalmente os valores obtidos estão em torno de 0,5.
22
Como o conjunto bloco-argamassa fica submetido ao estado triplo de tensões,
recomenda-se que a espessura da junta seja sempre mantida com 1,0 cm, pois juntas maiores
diminuem a resistência da parede. Outro valor importante é o preenchimento completo do
septo do bloco e das juntas verticais com a argamassa, pois estudos revelaram que o não
preenchimento destas juntas reduz a resistência da parede em 20%. Caso a obra queira adotar
o procedimento de não preenchimento de junta, este parâmetro deve ser assumido
inicialmente pelo projeto.
Com relação à metodologia de cálculo, a NBR 19561-1:2011 utiliza o método
semi probabilística , apresentando fórmulas em função da resistência do prisma, e a Norma
Inglesa BS 5628 define coeficientes de segurança separados para majorar cargas e minorar
resistências.
Há alguns anos a alvenaria estrutural vem sendo usada, porém, foram observados
muitos problemas no seu método construtivo, que acabaram tendo que ser reparados nessas
obras. Esses problemas devem-se a mão-de-obra não especializada ou sem conhecimentos
necessários, materiais sem qualidade ou usados erroneamente, isso tudo porque não existiam
pesquisas profundas, direcionadas a esse assunto (Bedin, 2003). A indústria de construção
civil no Brasil está numa fase bastante favorável e vem crescendo cada vez mais, juntamente
com a inserção de novos sistemas construtivos e é urgente que se usem tecnologias
inovadoras, proporcionando qualidade e ao mesmo tempo, menor custo que os sistemas
construtivos convencionais aplicados no país. Destes sistemas, a alvenaria é um processo
construtivo presente em todas as regiões, tendo seu uso como vedação ou como estrutura, a
chamada alvenaria estrutural (Pedroso, 2004). A alvenaria estrutural armada é um processo
construtivo bem importante para quem quer economia e agilidade na sua obra. Infelizmente
esse processo construtivo não é tão bem discutido, principalmente os métodos de
construtibilidade que podem fazer com que este método seja mais econômico e mais rápido
que o método construtivo convencional, logo este ultimo acaba sendo mais usado (Manzione,
2004). Está havendo um uso crescente do sistema, o que indica seu sucesso baseado na
competitividade quanto aos custos, em comparação com o sistema tradicional ou
convencional de construções de edifícios. Além disso, esse sistema está sendo usado em obras
de alto padrão o que dá uma visão totalmente contrária da que havia antigamente onde se via
que o sistema só seria viável em construções habitacionais populares. O desenvolvimento das
técnicas de projeto estrutural e o aprimoramento de seu nível de detalhamento, certamente
têm contribuído para a consolidação deste cenário de crescimento do uso do sistema embora,
muito ainda precisa ser feito em termos de pesquisa e divulgação das experiências bem
23
sucedidas na área para que a alvenaria estrutural de blocos de concreto atinja uma fatia de
mercado compatível com suas potencialidades (Bedin, 2003).
Os problemas na interface projeto-execução têm origens no modo de organização da
produção no Brasil, em barreiras de ordem cultural e organizacional nas empresas e em
deficiências na formação profissional de engenheiros e arquitetos.
Muitas vezes, a distância entre projetar e executar vem do fato de essas atividades
pertencerem a territórios distintos: “projetar o produto” é território do incorporador e
“executar o produto” é território do construtor. Este modo de produção faz com que o projeto
de arquitetura seja contratado em separado dos demais, gerando o desenvolvimento
sequencial do projeto.
Como a indústria imobiliária privilegia o projeto do produto, o incorporador se baseia
em informações mercadológicas pra decidir sobre o projeto, sem considerar os aspectos
tecnológicos e construtivos. Assim, com relação à alvenaria estrutural, que tem como
premissa fundamental a manutenção do módulo, as adaptações feitas para viabilizar o sistema,
após o lançamento dos empreendimentos, levam a solução pouco otimizadas ou muitas vezes
adequadas, pois não respeitam as condições básicas do sistema. Mesmo que no início do
processo não se saiba ainda qual sistema construtivo será adotado, a simples utilização dos
conceitos de coordenação modular irá garantir, por si só, o sucesso da alvenaria estrutural.
Antes da concepção do projeto, o arquiteto deverá escolher o módulo básico (15 ou 20) e
trabalhar com o conceito de módulo desde o estágio inicial da concepção. Embora a
modulação seja um conceito bastante antigo em Arquitetura, há uma forte tendência em se
privilegiar o maior coeficiente de aproveitamento possível, o que leva normalmente à adoção
de dimensões dos ambientes sem nenhum compromisso com a modularidade, porem dentro da
lógica de se lançar a maior área possível. Esta lógica é simplista, pois, ao impedir a adoção da
modulação como premissa, acaba-se aumentando os custos de construção, inviabilizando o
produto. Há também impedimento de natureza estética, pois muitos acreditam que a adoção
do módulo é uma maneira de restringir a criatividade.
Uma vez adotado o sistema de alvenaria estrutural, é importante considerar os
seguintes aspectos no projeto: definir o uso do sistema antes de lançar o produto; escolher o
módulo básico (20 ou 15) antes da concepção do projeto; evitar o uso excessivo de blocos
compensadores; utilizar o número mínimo de componentes; evitar amarrações de paredes com
o uso de grampos; conhecer o sistema construtivo; entregar as especialidades de projeto;
procurar simetria e ortogonalidade no partido; rever as possíveis alterações futuras,
viabilizando unidades personalizadas; proibir a quebra dos blocos com o embuti mento das
24
instalações; tomar cuidados especiais com pavimentos de cobertura e transição (pilotis) e
evitar junta a prumo.
A coordenação modular é a técnica de permitir, a partir de um módulo básico,
estabelecer as dimensões dos ambientes tanto no sentido horizontal (modulação horizontal)
como vertical (modulação vertical). Embora os blocos modulares facilitem a coordenação
modular, os blocos não-modulares são também utilizados.
A alvenaria estrutural possui três classificações em função da norma NB 15961-
1:2011: a) Alvenaria armada (tradicional) – trabalha com grautes armados com espaçamento
máximo definido, mesmo que as tensões atuantes na alvenaria sejam baixas. Os cantos não
são amarrados por interpenetração, sendo apenas grampeados a cada três fiadas. Este processo
não redistribui as tensões e ocasiona patologias nestes encontros de cantos, gerando também
um consumo bastante elevado de graute.
b) Alvenaria não-armada – não há grautes verticais armado; os cantos são armados
com blocos modulados, gerando transferência de carga e redistribuição de tensões.
c) Alvenaria parcialmente armada – trabalha com grautes armados nas regiões de
concentração de tensões. Os cantos são amarrados com blocos modulados, gerando
transferência de cargas e redistribuição de tensões. A resistência dos blocos é definida
conjuntamente com o uso de grautes.
4.2 Principais Componentes
Os principais componentes da alvenaria estrutural são: bloco de concreto; argamassa
de assentamento; graute e armadura.
Recomenda-se a utilização dos “blocos técnicos” para alvenaria estrutural, ou seja,
aqueles que atendam a todos os requisitos da norma NBR 6136 e que sejam fabricados por
processo de vibroprensagem e cura a vapor, não sendo recomendados os blocos fabricados
informalmente em canteiros de obra ou em fábricas sem os requisitos adequados. Os blocos
são elementos vibroprensados e constituídos de uma mistura de cimento Portland, agregados e
água. Devem apresentar um aspecto homogêneo e compacto, com arestas vivas, sem trincas e
textura com aspereza à aderência de revestimentos. Sua resistência é especificada pelo Fbk,
sendo que o índice mínimo para paredes internas e externas com revestimento é 4,5 MPa e o
índice mínimo para paredes externas sem revestimento é 6,0 MPa. Com relação às dimensões,
podem-se classificar os blocos em dois grupos distintos: blocos modulares (com comprimento
igual a duas vezes a largura mais a junta) e bloco não modulares.
25
Figura 3. Família de Blocos Fonte: Glasser – Catálogo da linha de blocos estruturais, 2011.
A grande vantagem da utilização dos blocos modulares é a utilização de técnica de
coordenação modular e a eliminação do uso de blocos com medidas especiais, reduzindo-se
assim a diversidade de elementos na obra e facilitando o trabalho da mão-de-obra.
A principal função da argamassa é ser um adesivo que une os blocos, servindo para
transferir esforços entre eles e acomodar pequenas deformações do conjunto, o que torna a
resistência uma característica secundária. As principais funções da argamassa são: unir os
blocos, vedar o conjunto, compensar imperfeições, distribuir cargas e absorver deformações.
Suas principais características são: boa trabalhabilidade; capacidade de retenção de água
suficiente para que uma elevada sucção do bloco não prejudique suas funções primárias;
obtenção rápida de algumas resistências, após o processo de assentamentos para resistir aos
esforços da própria construção; adequada aderência para absorver esforços de cisalhamento;
ser durável e não afetar a durabilidade de outros materiais; suficiente resiliência (baixo
módulo de deformação) para acomodar as deformações naturais de retração por secagem,
deformações de origem térmicas e movimentos estruturais de pequena amplitude. Quanto à
resistência da argamassa, entende-se que ela deva ser da mesma ordem de grandeza da
resistência do bloco. Recomenda-se a utilização de argamassas industrializadas para o
assentamento de bloco, porem é bom lembrar que, neste caso, deverão ser adotadas
argamassadeiras de eixo horizontal em vez de betoneiras convencionais, pois as
argamassadeiras permitem a incorporação adequada de ar.
26
O graute é um micro concreto de alta plasticidade, cuja função principal é aumentar a
resistência da parede à compressão, através do aumento da seção transversal do bloco.
Quando combinado com o uso de armaduras em seu interior, o graute combaterá também os
esforços de tração. Sua resistência será determinada pelo calculista da estrutura, de acordo
com a resistência do bloco. Conforme a NBR 10837, o graute deve ter sua resistência
característica duas vezes maior que a resistência do bloco; assim, um bloco de 4,5 MPa irá
requerer um graute de 9,0 MPa. Sob o aspecto de produtividade de alvenaria, a operação de
grauteamento diminui o ritmo da produção, por isso é desejável que o calculista estrutural
procure reduzir o mínimo necessário o uso do graute, o que vai também gerar economia de
material.
É bom esclarecer que não se deve confundir o graute com pilaretes de convencionais,
uma vez que sua função não é trabalhar como pilares. As barras de aço são utilizadas
justamente com o graute e têm como função combater os esforços de tração. Esta tensão
provocada pelos esforços de tração deve ser compatível com a deformação da alvenaria,
sendo adotadas tensões bem baixas.
4.3 Elaboração do projeto
Os projetos arquitetônico, estrutural, elétrico, hidro sanitário de segurança, e combate
a incêndio dependem um do outro na alvenaria estrutural, ocorrendo uma compatibilização
entre os mesmo e é nessa fase que se identifica as interferências entre eles. No projeto aplica-
se a coordenação modular, onde se ajusta as dimensões, usando a dimensão básica de unidade,
evitando cortes e desperdícios. Devem-se usar as unidades com o comprimento sendo o dobro
da largura, o que reduz a quantidade de blocos especiais, que podem ser chamados de
módulos básicos. Logo depois de escolhido o módulo básico, lança-se a primeira fiada na
malha modular (figura 1).
27
Figura 4 – Malha modular para definir a primeira fiada.
Os cantos e amarrações devem receber uma atenção especial, pois são pontos de
transferência de cargas entre paredes e de concentrações de tensões, onde existem as
amarrações em “L” e em “T”. Porém, em encontros de paredes que não é possível a
amarração dos blocos, adota-se telas, estribos ou grampos metálicos de duas em duas ou três
em três fiadas. Às vezes usam-se compensadores para ajustar a modulação, que devem ser
usados o mínimo possível, pelo fato desses elementos serem mais caros e exige maior atenção
na conferência das peças. Para a modulação vertical, devemos escolher a situação piso a piso
ou piso a teto. Na modulação piso a teto, as paredes externas devem ter na sua última fiada o
bloco “J” (figura 2), que encaixa a laje dentro dele, porém não é o mais aconselhável, pois a
aba do bloco quebra com frequência. A outra opção é o uso do bloco canaleta (figura 3) nas
paredes externas na última fiada, onde a laje se apóia sobre ele e nas paredes internas, sempre
terminaram com esse tipo de bloco.
Figura 5 – Exemplo de bloco “J”, com dimensões 14x11x19x19 Fonte: /www.maski.com.br/blocos-de-
concreto-linha-estrutural.html#desce
28
Figura 6 - Exemplo de bloco canaleta ou "U", com dimensões 14x19x39 Fo
/www.maski.com.br/blocos-de-concreto-linha-estrutural.html#desce.
Na modulação piso a piso devem-se usar blocos “jotinhas” nas paredes externas da
última fiada e compensadores nas internas, porém essa modulação não é aconselhável por
adicionar mais dois tipos de blocos na obra. Os três projetos que devem ser realizados são os
de primeira fiada, segunda fiada e paginação. Os projetos de primeira e segunda fiada devem
conter os eixos de locação com medidas acumuladas a partir da origem e até a face dos
blocos, dimensões internas dos ambientes com medidas sem acabamento, indicações dos
blocos estratégicos com cores diferentes, indicações de elementos pré-fabricados,
posicionamento de shafts e furação de lajes, representação diferente entre as paredes
estruturais e as de vedação, numeração das paredes e indicação de suas vistas, indicação dos
pontos de grout, medidas dos vãos das portas e representação das cotas de forma direta
evitando a obtenção de medidas por diferenças, como mostrado na figura 7.
Figura 7 - Modelo de projeto de 1ª Fiada Fonte: Autor.
O projeto de paginação deve indicar a posição de todos os blocos, identificar com
cores diferentes os blocos especiais e compensadores, representar com cores as tubulações
29
elétricas e caixinhas, representar todos os pré-moldados leves (vergas, quadros etc.), cotas dos
vãos das portas e janelas, cotas dos níveis dos pavimentos e a espessura das lajes, indicar os
pontos de grout com textura mais escura, indicar as barras de aço verticais e horizontais,
indicar as canaletas e vergas, legenda e tabela com resumo de quantidades de blocos, aço,
grout e pré-moldados, como pode observar-se na figura 8.
Figura 8 - Projeto de paginação. Fonte: Autor
As lajes na alvenaria estrutural armada devem ser apoiadas sobre as paredes, onde
existem alguns tipos de laje como as pré-lajes do tipo cômodo, que contêm armadura passiva
e são moldadas no local. Elas são executadas em formas com elementos de instalações, furos,
shafts, dentre outros elementos já pré-dimensionados, tudo feito em projeto. A outra opção de
laje é a convencional, onde se montam as formas na alvenaria, de maneira que a laje fique
apoiada nas mesmas. As escadas podem ser pré-moldadas, tipo jacaré ou maciças, metálicas,
de madeira e convencionais. Como não são permitidos rasgos na alvenaria estrutural armada,
os projetos elétricos e telefônicos empregam descidas de eletrodutos em cada ponto de
comando, iluminação ou telefônico. Para facilitara execução, prevêem-se blocos com
aberturas dos pontos, feitos em centrais no próprio canteiro. As tubulações hidro-sanitárias e
de incêndio são previstas para serem colocadas entre paredes de vedação, que não tenham
função estrutural. Outra opção é a aplicação de blocos especiais, que possam abrigar tubos
com até 40 mm, porém essa opção não é aconselhável, por ter que adicionar mais tipos de
blocos, aumento o custo da obra.
30
5 PROJETO DE CONCRETO ARMADO
5.1 Considerações Gerais
No sistema estrutural, em concreto armado, considera-se que vigas, pilares e lajes,
componham o conjunto denominado de “elementos estruturais básicos”. Neste sistema, as
cargas externas atuantes são adicionadas ao seu (das lajes) peso próprio, que segundo o tipo
de laje o seu comportamento específico distribuem essas cargas à s periferias que são as
vigas, que por sua vez e segundo também seu comportamento específico, levam as referidas
cargas (somadas às cargas das paredes e ao seu peso próprio) até os apoios que são os pilares.
Os pilares, ao receberem as cargas das vigas, as transmitem aos lances de pilares inferiores e
assim ocorres e todos os pavimentos, tomando-se a somatória de cargas de todos os
pavimetnos em cada pilar como resultado final de valor de carga aplicado à fundação.
Os aços para o concreto armado são fornecidos mais comumente em barras com
aproximadamente 12m de comprimento, são empregados como armadura ou armação de
componentes estruturais. Nesses componentes estruturais, tais como blocos, sapatas, estacas,
pilares, vigas, vergas e lajes, as armaduras têm como função principal absorver as tensões de
tração e cisalhamento e aumentar a capacidade resistente das peças ou componentes
comprimidos.
O concreto tem boa resistência à compressão, da ordem de 25 MPa, podendo chegar a
60 MPa ou mais, enquanto que o aço tem excelente resistência à tração e à compressão da
ordem de 500 MPa chegando, em aços especiais para concreto protendido, a cerca de 2000
MPa. No entanto, a resistência à tração dos concretos,e muito baixa, cerca de 1/10 de sua
resistência à compressão, o que justifica seu emprego solidariamente com o aço. O concreto
armado é portanto conseqüência de uma aliança racional de materiais com características
mecânicas diferentes e complementares.
Além deste fator, deve-se acrescentar a proteção oferecida pelo meio alcalino
resultante das reações de hidratação do cimento presente no concreto, que apassivando o aço,
aumenta sua durabilidade.
Nas pecas comprimidas, mesmo considerando a elevada resistência à compressão dos
aços para concreto armado (da ordem de 500 MPa), o concreto também é necessário, pois
alem de protetor, atua como fator de elevação da rigidez da peca, impedindo que esta perca
estabilidade geométrica pela flambagem. Isto significa dizer que para suportar uma dada carga
de compressão, em função da possibilidade de flambagem da peça, seria necessário uma seção
31
de armadura exageradamente superior aquela suficiente para resistir unicamente aos esforços
de compressão, ou seja, seria preciso aumentar o momento de inércia da seção transversal da
peca.
Assim, pode-se dizer que a união racional do aço com o concreto com suas
características próprias, traz as seguintes vantagens para o concreto armado:
Concreto Aço Concreto Armado
Boa resistência à compressão Excelente resistência à tração Versatilidade
Meio alcalino Necessita Proteção Durabilidade
Rigidez Esbeltez Economia
Quadro 1 – Concreto X Aço Fonte: do autor
O concreto armado, então é uma composição resultante do “trabalho solidário” da
armadura (aço) e do concreto. Essa solidariedade deve ser garantida pela aderência completa
entre os materiais, a fim de que as suas deformações sejam iguais ao longo da peca de
concreto.
Para que se atinja todos esses objetivos, quais sejam, qualidade, aderência,
versatilidade e economia, é necessário estabelecer uma serie de cuidados e regras praticas que
deverão ser cumpridas pelos projetistas, construtores, armadores e montadores de estrutura.
Concreto simples: Definição.
Concreto e um material de construção resultante da mistura de um aglomerante
(cimento), com agregado miúdo (areia), agregado graúdo (brita) e agua em proporções exatas
e bem definidas.
Atualmente, e comum a utilização de um novo componente - os “aditivos”, destinados
a melhorar ou conferir propriedades especiais ao concreto.
A pasta formada pelo cimento e agua atua envolvendo os grãos dos agregados,
enchendo os vazios entre eles e unindo esses grãos, formando uma massa compacta e
trabalhável.
A função dos agregados e dar ao conjunto condições de resistência aos esforços e ao
desgaste, além de redução no custo e redução na contração.
Apos a mistura, obtém-se o concreto fresco, material de consistência mais ou menos
plástica que permite a sua moldagem em formas.
32
Ao longo do tempo, o concreto endurece em virtude de reações químicas entre o
cimento e a agua (hidratação do cimento).
A resistência do concreto aumenta com o tempo, propriedade esta que o distingue dos
demais materiais de construção.
A propriedade marcante do concreto e sua elevada resistência aos esforços de
compressão aliada a uma baixa resistência a tração. A resistência a tração e da ordem de1/10
da resistência a compressão.
A Viabilidade do Concreto armado:
Devido a baixa resistência a tração, procurou-se adicionar ao concreto outros materiais
mais resistentes à tração, melhorando suas qualidades de resistência.
A utilização de barras de aço juntamente com o concreto, só e possível devido as
seguintes razoes:
Trabalho conjunto do concreto e do aço, assegurado pela aderência entre os dois
materiais:
Na região tracionada, onde o concreto possui resistência praticamente nula, ele sofre
fissuração, tendendo a se deformar, o que graças a aderência, arrasta consigo as barras de aço
forçando-as a trabalhar e consequentemente, a absorver os esforços de tração.
Nas regiões comprimidas, uma parcela de compressão poderá ser absorvida pela
armadura, no caso do concreto, isoladamente, não ser capaz de absorver a totalidade dos
esforços de compressão.
Os coeficientes de dilatação térmica do aço e do concreto são praticamente iguais:
- concreto: (0,9 a 1,4) x 10-5 / 0C (mais frequente 1,0 x 10-5 / 0C)
- aço: 1,2 x 10-5 / 0C
Esta diferença de valores e insignificante.
- adota-se para o concreto armado = 1,0 x 10-5 / 0C
O concreto protege de oxidação o aço da armadura garantindo a durabilidade da
estrutura:
O concreto exerce dupla proteção ao aço:
- proteção física: através do cobrimento das barras protegendo-as do meio exterior
- proteção química: em ambiente alcalino que se forma durante a pega do concreto,
surge uma camada quimicamente inibidora em torno da armadura.
Concreto Armado: Definição
33
Concreto Armado e um material de construção resultante da união do concreto simples
e de barras de aço, envolvidas pelo concreto, com perfeita aderência entre os dois materiais,
de tal maneira que resistam ambos solidariamente aos esforços a que forem submetidos.
Para a composição do concreto armado, pode-se indicar esquematicamente:
1) cimento + agua = pasta
2) pasta + agregado miúdo = argamassa
3) argamassa + agregado graúdo = concreto
4) concreto + armadura de aço = concreto armado. Nesse item pode-se fazer uma nova
subdivisão em função da forma de trabalho da armadura:
- concreto + armadura passiva = concreto armado
- concreto + armadura ativa = concreto protendido; neste caso a armadura (ou a
cordoalha) e preliminarmente submetida a esforços de tração visando melhorar o desempenho
estrutural da peca a ser concretada.
Deve-se destacar a possibilidade de utilização da “argamassa armada” (algumas vezes
também chamada de “micro concreto”) que tem a mesma origem do concreto armado só com
a ausência do agregado graúdo. Normalmente, como armação; são utilizadas as tradicionais
telas soldadas. Os elementos de argamassa armada são caracterizados pela pequena espessura
- da ordem de 20 mm em media.
Atualmente, esta sendo cada vez mais empregado nas estruturas o “Concreto de Alto
Desempenho” - CAD. E um concreto obtido com um aditivo superfluidificante e com a adição
de sílica ativa. O CAD e um concreto com propriedades superiores as do concreto tradicional,
sobretudo quanto a durabilidade e a resistência. Ele e mais resistente, menos poroso, mais
impermeável, mais resistente a ambientes agressivos, apresentando maior proteção para as
armaduras e possui maior durabilidade. Enquanto as resistências características (fck) dos
concretos tradicionais normalmente não ultrapassam 21 MPa, com o CAD e possível se
atingir resistências superiores a 100 MPa.
Alternativa existente e a possibilidade de se adicionar as misturas de argamassas e de
concretos determinadas fibras sintéticas, de materiais poliméricos (propileno), vidro (com
restrições), poliéster ou náilon, fibras de aço e carbono. Estas fibras melhoram o
comportamento dos elementos com elas fabricados, trazendo vários benefícios técnicos como:
redução da retração plástica, aumento das resistências ao impacto, a abrasão, ao fogo e a
penetração de substancias químicas e da agua. Entretanto, não possuem função estrutural e
não devem substituir as armaduras convencionais.
34
5.2 Principais Componentes
Os primeiros materiais a serem empregados nas construções foram a pedra natural e a
madeira, sendo o ferro e o aço empregados séculos depois. O concreto armado só surgiu mais
recentemente, por volta de 1850.
Para um material de construção ser considerado bom, ele deve apresentar duas
características básicas: resistência e durabilidade. A pedra natural tem resistência à
compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem baixa resistência à tração. A madeira
tem razoável resistência, mas tem durabilidade limitada. O aço tem resistências elevadas, mas
requer proteção contra a corrosão.
O concreto armado pode ter surgido da necessidade de se aliar as qualidades da pedra
(resistência à compressão e durabilidade) com as do aço (resistências mecânicas), com as
vantagens de poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e proporcionar a
necessária proteção do aço contra a corrosão.
O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, agregado miúdo
(areia) e agregado graúdo (pedra ou brita), e ar. Pode também conter adições (cinza volante,
pozolanas, sílica ativa, etc.) e aditivos químicos com a finalidade de melhorar ou modificar
suas propriedades básicas.
Esquematicamente pode-se indicar que a pasta é o cimento misturado com a água, a
argamassa é a pasta misturada com a areia, e o concreto é a argamassa misturada com
a pedra ou brita, também chamado concreto simples (concreto sem armaduras).
As figuras 1 a Figura 6 mostram fotografias do cimento, dos agregados miúdo e
graúdo, da pasta de cimento, da argamassa que compõe o concreto e do concreto.
A definição para o Concreto Simples, conforme a NBR 6118/03 (item 3.1.2) é:
Elementos de concreto simples estrutural: elementos estruturais elaborados com concreto que
não possui qualquer tipo de armadura ou que a possui em quantidade inferior ao mínimo
exigido para o concreto armado.
Cimento. Agregado miúdo.
35
Agregado graúdo (pedra ou brita). Pasta de cimento e água.
Argamassa. Concreto simples.
Figura 9. Fonte: Internet.
Conceito de Concreto Armado.
O concreto é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão,
porém, apresenta baixa resistência à tração (cerca de 10 % da sua resistência à compressão).
Assim sendo, é imperiosa a necessidade de juntar ao concreto um material com alta
resistência à tração, com o objetivo deste material, disposto convenientemente, resistir às
tensões de tração atuantes. Com esse material composto (concreto e armadura – barras de
aço), surge então o chamado “concreto armado”, onde as barras da armadura absorvem as
tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão, no que pode ser auxiliado
também por barras de aço (caso típico depilares, por exemplo).
No entanto, o conceito de concreto armado envolve ainda o fenômeno da aderência,
que é essencial e deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura, pois não basta
apenas juntar os dois materiais para se ter o concreto armado. Para a existência do concreto
armado é imprescindível que haja real solidariedade entre ambos o concreto e o aço, e que o
trabalho seja realizado de forma conjunta.
Em resumo, pode-se definir o concreto armado como “a união do concreto simples e
de um material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos resistam
solidariamente aos esforços solicitantes”. De forma esquemática pode-se indicar que concreto
armado é:
Concreto armado = concreto simples + armadura + aderência.
36
Com a aderência, a deformação εs num ponto da barra de aço e a deformação εc no
concreto que a circunda, deve ser iguais, isto é: εc = εs . A Figura 11 mostra uma peça de
concreto com o concreto sendo lançado e adensado, devendo envolver e aderir à armadura
nela existente.
Figura 10 Preenchimento de uma fôrma metálica com concreto aderente à armadura.
A NBR 6118/03 (item 3.1.3) define:
Elementos de concreto armado: “aqueles cujo comportamento estrutural depende da
aderência entre concreto e armadura e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das
armaduras antes da materialização dessa aderência”.
Armadura passiva é “qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de
protensão, isto é, que não seja previamente alongada”.
A armadura do concreto armado é chamada “armadura passiva”, o que significa que as
tensões e deformações nela aplicadas devem-se exclusivamente aos carregamentos aplicados
nas peças onde está inserida.
Como armadura tem-se que ter um material com altas resistências mecânicas,
principalmente resistência à tração. A armadura não tem que ser necessariamente de aço, pode
ser de outro tipo de material, como fibra de carbono, bambu, etc.
O trabalho conjunto, solidário entre o concreto e a armadura fica bem caracterizado na
análise de uma viga de concreto simples (sem armadura), que rompe bruscamente tão logo
surge a primeira fissura, após a tensão de tração atuante alcançar e superar a resistência do
concreto à tração (Figura 12a). Entretanto, colocando-se uma armadura convenientemente
37
posicionada na região das tensões de tração, eleva-se significativamente a capacidade
resistente da viga.
Figura: 11. Fonte internet.
O trabalho conjunto do concreto e do aço é possível porque os coeficientes de
dilatação térmica dos dois materiais são praticamente iguais. Outro aspecto positivo é que o
concreto protege o aço da oxidação (corrosão), garantindo a durabilidade do conjunto. Porém,
a proteção da armadura contra a corrosão só é garantida com a existência de uma espessura de
concreto entre a barra de aço e a superfície externa da peça (denominado cobrimento), entre
outros fatores também importantes relativos à durabilidade, como a qualidade do concreto,
por exemplo.
Normas Técnicas
No Brasil o órgão responsável pelas atividades normativas e a ABNT – Associação
Brasileira de Normas Técnicas.
Ha diversos tipos de normas técnicas:
- Procedimento (NB) - Especificação (EB) - Método de Ensaio (MB) -
- Padronização (PB) - Terminologia (TB) - Simbologia (SB) - Classificação (CB)
Quando uma norma qualquer dos tipos acima e registrada no INMETRO – Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - recebe um numero colocado
apos a sigla NBR, que significa norma brasileira registrada.
As principais normas relacionadas com estruturas de concreto armado, além de
diversas outras, são:
NBR 6118 Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado
NBR 7187 Calculo e Execução de Pontes de Concreto Armado
38
NBR 6119 Calculo e Execução de Lajes Mistas
NBR 6120 Cargas Para o Calculo de Estruturas de Edificações
NBR 7188 Cargas Moveis em Pontes Rodoviárias
NBR 7189 Cargas Moveis em Pontes Ferroviárias
NBR 5984 Norma Geral do Desenho Técnico
NBR 7191 Execução de Desenhos para Obras de Concreto Simples ou Armado
NBR 49 Projeto e Execução de Obras de Concreto Simples
NBR 51 Projeto e Execução de Fundações
NBR 116 NBR 7197 Calculo e Execução de Obras de Concreto Protendido
NBR 599 NBR 6123 Forcas Devidas ao Vento em Edificações
NBR 5732 Cimento Portland Comum
Outras Especificações para Cimentos ver Capitulo2 (item 2.1.1)
NBR 7480 Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras para Concreto
NBR 7211 Agregados para Concreto
NBR 722 Execução de Concreto Dosado em Central
NBR 565 Telas de Aço Soldadas para Armaduras de Concreto
NBR 780 Fios de Aço para Concreto Protendido
NBR 781 Cordoalhas de Aço para Concreto Protendido
MB 1 NBR 7215 Ensaio de Cimento Portland
NBR 5738 Confecção e Cura de Corpos de Prova de Concreto
Cilíndricos ou Prismáticos
NBR 5739 Ensaio de Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos de
Concreto
NBR 6152 Determinação das Propriedades Mecânicas a Tração de
Materiais Metálicos
NBR 215 Determinação do Inchamento de Agregados Miúdos para
Concreto
NBR 256 Consistência do Concreto pelo Abatimento do Tronco de
Cone
NBR 7187 Cálculo e Execução de Ponte em Concreto Armado
NBR 7212 Execução de Concreto Dosado em Central
NBR 7807 Símbolo Gráfico para Projeto de Estruturas - Simbologia
NBR 8681 Ações e Segurança nas Estruturas
NBR 8953 Concreto para Fins Estruturais – Classificação por Grupos de
39
Resistencia
NBR 9062 Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-moldado
NBR 11173 Projeto e execução de Argamassas Armadas
NBR 12317 Controle Tecnológico de Materiais Componentes do Concreto
NBR 12654 Controle tecnológico dos Materiais Componentes do
Concreto.
Algumas entidades com trabalhos na área de concreto:
· ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland
· IBRACON – Instituto Brasileiro do Concreto
· IBTS – Instituto Brasileiro de Telas Soldadas.
5.3 Elaboração do projeto
O concreto armado é um material que pela sua própia concepção se adpta a qualquer
forma estrutural atendendo portanto, portanto, a inuméras concepções arquitetônicas, como
atestam as edificações existentes pelo país.
Como exemplos marcantes podem ser citados os edifícios públicos construidos em
concreto armado na cidade de Brasília. Nos quias o arquiteto Oscar Niemeyer e Lúcio Costa
tiveram todas as suas concepções arquetetônicas com projetos estruturais compatíveis.
A decisão para se pojetar a estrutura portante do edifíco foram enfluênciadas pelos
fatores técinos e econômicos . Entre eles pode se destacar a facilidade, no local, tipo de solo
encontrado nas sondagens, de se encontrar os materiais e equipamentos necessários para a sua
construçõa, além da capacidade do meio técnico para desenvolver o projeto.
O projeto estrutural de edifícios consiste, resumidamente, nas seguintes etapas:
concepção do sistema estrutural (horizontal e vertical) do edifício, juntamente com o pré-
dimensionamento das dimensões dos elementos, determinação e análise dos deslocamentos e
esforços solicitantes da estrutura, considerando-se obrigatoriamente os efeitos da ação do
vento, dimensionamento e detalhamento das armaduras e desenhos finais.
Nos últimos anos ocorreu um grande avanço no desenvolvimento dos programas
computacionais para projeto estrutural, e hoje, praticamente a totalidade dos projetos, é
desenvolvida por meio dos programas.
Fases do projeto
40
Planta de locação dos pilares. Nessa fase são definidas as distâncias entre eixos dos
pilares, conforme figura 12.
Figura: 12 planta de locação dos pilares. Fonte autor.
Planta forma do pavimento tipo, nesta planta é locada todas as vigas e os panos das
lajes, com suas respectivas distâncias conforme a figura 13.
Figura: 13planta forma pavimento tipo. Fonte autor.
6 ESTUDOS PRELIMINARES
6.1 Topografia
A descrição geométrica de uma superfície do espaço físico real é normalmente feita a
partir de uma função do tipo f=f(x, y, z) onde z é uma função implícita z=z(x, y). No caso da
cartografia terrestre, o plano cartográfico representa, de uma forma biunívoca, a superfície
física da Terra, onde M=x (distância à meridiana) e P=y (distância à perpendicular) são as
coordenadas planimétricas ou coordenadas cartesianas do plano cartográfico; e, h=z é a
coordenada altimétrica (também designada por cota e representada por C). O relevo da
41
superfície é habitualmente definido através de curvas de nível C=C(M,P) (C=cte para cada
nível), constituindo o chamado modelo altimétrico do terreno ou modelo numérico do terreno
(DTM – Digital Terrain Model).
Apesar da superfície e a sua representação cartográfica serem contínuas, o processo de
às determinar é sempre feito a partir de dados discretos, ou seja, a partir de um conjunto finito
de pontos coordenados. Este conjunto de pontos coordenados é definido em duas categorias,
os pontos fundamentais ou de apoio, que dos quais fazem parte os pontos das chamadas redes
geodésicas e Levantamentos Topográficos Carlos Antunes.
Topográficas, e os pontos de pormenor, que servem para definir a forma e posição dos
elementos topográficos em relação a um referencial cartográfico. Para se ter uma
representação cartográfica da superfície terrestre é fundamental que, de acordo com a função
atrás referida, se determine dois tipos de coordenadas: planimétricas (M,P) e altimétrica
(h=h(M, P)). Devido a esta divisão o problema da determinação das coordenadas dos
pontos era normalmente resolvido a partir de duas operações distintas de coordenação, a
planimetria e a altimetria. Estas operações podem ser realizadas em simultâneo ou em
separado, dependendo das circunstâncias e das imposições feitas à sua determinação, bem
como, do tipo de equipamento a utilizar.
A determinação de pontos coordenados resulta de uma operação encadeada, donde um
ponto novo é sempre localizado relativamente a outros já conhecidos, dando lugar à chamada
operação de transporte de coordenadas. No princípio da cadeia encontram-se os pontos
conhecidos da rede geodésica – os vértices geodésicos, e no fim da cadeia estão os pontos de
pormenor. Isto, porque não é lícito localizar novos pontos a partir de pontos de pormenor e
porque, os vértices geodésicos não estão localizados nas zonas de levantamento de pormenor.
Entre os pontos da rede geodésica e os de pormenor, encontram-se os pontos de apoio
topográfico, que vão constituir pequenas redes locais de pontos de coordenadas conhecidas ou
redes de apoio (esqueleto do levantamento). Será a partir destes que é feita a localização e
determinação dos pontos de pormenor. Os conjuntos de pontos da rede geodésica classificam-
se em pontos de 1ª, 2ª e 3ªordem, de acordo com a sua importância e precisão das
coordenadas. Os pontos de apoio topográfico (redes de triangulação cadastral e topográfica)
classificam-se também em 1ª e 2ª ordem, coincidindo a 1ª ordem topográfica com a 4ª ordem
geodésica.
O levantamento topográfico da obra em questão foi realizado pela empresa JM
topografia conforme figura 14.
42
Figura: 14 levantamentos planialtimétrico. Fonte autor.
6.2 Sondagens
Sondagens do tipo SPT (Standard Penetration Test).
A Sondagem a Percussão – SPT (Standard Penetration Test) tem por objetivo medir a
resistência do solo, obtenção de amostras para a determinação do perfil estratigráfico do solo,
observação do nível do lençol freático, além de possibilitar a execução de vários ensaios In
Situ aproveitando-se a perfuração.
No Brasil possui metodologia normatizada pela NBR-6484/01 – Solo - “Sondagens de
Simples Reconhecimento dos Solos”.
Para a execução das sondagens à percussão utiliza-se o equipamento usualmente
denominado de tripé com roldana. O mesmo consiste em um cavalete de quatro pernas,
fabricadas com tubo Ø 2 ½”, com uma roldana de 8’’ acoplada em seu topo, de forma a,
juntamente com a corda de sisal, levantar o martelo de 65 kg e auxiliar no manuseio da
composição de hastes por força manual.
Nas sondagens a percussão é utilizado um amostrador-padrão do tipo Terzaghi-Peck,
com diâmetro interno de 34,9 mm e diâmetro externo de 50,8 mm. Após o posicionamento do
amostrador em cada uma das cotas de amostragem, são marcados sobre as hastes de
perfuração três segmentos de 15 cm, contados a partir do topo do tubo de revestimento. Para
efetuar a cravação do amostrador, um martelo de 65 kg é erguido a uma altura de 75 cm acima
do topo da cabeça de bater, e em seguida deixado cair livremente. Então, são anotados os
números de golpes necessários à cravação de cada 15 cm do amostrador.
Os resultados do ensaio SPT são expressos pela soma do número de golpes
necessários à cravação dos primeiros e dos últimos 30 cm. O índice de resistência à
penetração (N) consiste no somatório correspondente aos últimos 30 cm do amostrador. Nos
43
casos em que não ocorre a penetração dos 45 cm, os resultados são apresentados sob a forma
de frações ordinárias.
As amostras são coletas a cada metro de perfuração, acondicionadas em recipientes, no
qual deve constar a identificação sobre o local da coleta, para serem encaminhadas ao
laboratório e ser feita à descrição táctil-visual das mesmas, definindo assim a classificação
quanto ao tipo de material encontrado na sondagem.
O nível do lençol freático é anotado no inicio da perfuração e também ao final da
execução do mesmo deve-se esgotar o furo e proceder à medida do nível do lençol freático
após o período de 24hs.
As sondagens da obra em questão foram executadas pela empresa Engensoda.
Conforme figuras 15 e 16.
Figura: 15 locações dos pontos de sondagens. Fonte autor.
Figura: 16 perfil estratigráfico 4. Fonte autor
44
7 DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS COMPLEMENTARES
7.1 Instalações hidro sanitárias
Normatizações e legislações aplicáveis.
Código de Edificações do Município de São paulo (Lei Complementar Nº 608, de
05/11/2001);
NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria;
NBR 7198/1993 – Instalações Prediais de Água Quente;
NBR 7229/1993 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos;
NBR 8160/1983 – Instalações Prediais de Esgotos Sanitários;
NBR 13969/1997 – Tanques sépticos – Unidades de tratamento complementar e
disposição final dos efluentes líquidos – Projeto, construção e operação.
Definições de instalações hidro sanitárias.
A instalação hidro sanitárias é o conjunto de tubulações, conexões e peças, aparelhos
sanitários, reservatórios e dispositivos existentes a partir dos ramais prediais, destinados ao
abastecimento dos pontos de utilização de água da edificação, em quantidade suficiente,
mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de abastecimento.
O sistema de alimentação de água de uma edificação é constituído pela tubulação
principal, que conduz a água desde o sistema de abastecimento do local (público ou privado)
até o reservatório/caixa d’água.
Do reservatório a água é distribuída pelas tubulações/encanamentos para diversos
pontos de consumo que chamamos de instalações hidros sanitárias (pia, lavatório, vasos
sanitários, torneiras, bebedouros, registros, entre outros) que são regulamentadas pelas normas
técnicas da ABNT. Existe no mercado uma vasta opção de tubos para o transporte de água
fria. Para a escolha, deve-se optar pelo material com característica de longa vida útil
(durabilidade), redução de procedimentos de manutenção e resistência à pressão de serviço.
Geralmente são utilizados nas instalações tubos de PVC. No entanto, podem-se utilizar
também tubos de cobre e polietileno para condução, inclusive de água quente.
Dimensionamento.
Dimensionamento é o ato de determinar dimensões e grandezas. As instalações de
água fria devem ser projetadas e construídas de modo a:
45
- Garantir o fornecimento de água de forma continua, em quantidade suficiente,
compressões e velocidades adequadas para o sistema de tubulações e peças de
utilização(chuveiro, torneiras, etc) funcionem perfeitamente;
- Preservar rigorosamente a qualidade da água do sistema de abastecimento;
- Garantir o máximo de conforto aos usuários, incluindo a redução dos níveis de ruído
nas tubulações.
O dimensionamento das instalações prediais de água fria envolve basicamente duas
etapas:
Dimensionamento dos reservatórios
Dimensionamento das tubulações.
7.1.1 Instalações hidro sanitárias – Alvenaria estrutural
Não são permitidas passagens de fluídos em paredes de alvenaria estrutural, exceto
quando a instalação e manutenção não exigirem cortes. As alternativas para o
encaminhamento das tubulações são as seguintes: Horizontal: Pelas paredes hidráulicas
(vedação); Encaminhamento pelo forro, ou junto ao teto ou parede, encobertas por sanca de
gesso; Vertical: Furos verticais dos blocos das paredes hidráulicas (vedação); Tubulações
externas protegidas por carenagens; Tubulações em shafts. Como podemos observar na figura
17.
Figura: 17. Tubulações hidro sanitárias passando pelo shafts e paredes de vedação.
7.1.2 Instalações hidro sanitárias – Concreto armado
Não são permitidas passagens de fluídos em pilares. As alternativas para o
encaminhamento das tubulações são as seguintes: Horizontal: Pelas paredes vedação e
46
passagem em vigas vale salientar que sempre que possível deve se evitar ao máximo essas
passagens, e quando se utilizar deste recurso, o projetista estrutural deve ser consultado.
Encaminhamento pelo forro, ou junto ao teto; Vertical: Furos verticais dos blocos das paredes
hidráulicas (vedação); Tubulações externas protegidas por carenagens; Tubulações em shafts.
Como podemos observar na figura 18.
Figura: 18. Passagem das tubulações em vigas. Fonte autor.
7.2 Instalações elétricas
Normatizações e legislações aplicáveis.
Normas Gerais
NBR 8662:84 - Identificação por cores de condutores elétricos nus e isolados.
NBR 9311:86 - Cabos elétricos isolados – designação.
NBR 11301:90 - Cálculo da capacidade de condução de corrente de cabos isolados em
regime permanente (fator de carga 100%).
NBR NM 280:02 - Condutores de cabos isolados (IEC 60228, MOD)
Normas Específicas.
NBR 6251:06 - Cabos de potência com isolação extrudada para tensões de 1 kV a 35
kV - Requisitos construtivos.
NBR 7285:01 - Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno
termofixo para tensões até 0,6/1kV - sem cobertura.
NBR 7286:01 - Cabos de potência com isolação sólida extrudada de borracha
etilenopropileno(EPR) para tensões de isolamento 1kV a 35kV.
NBR 7287:92 - Cabos de potência com isolação sólida extrudada de polietileno
reticulado (XLPE) para tensões de silamento de 1kv a 35kv.
47
NBR 7288:94 - Cabos de potência com isolação sólida extrudada de cloreto de
polivinila(PVC) ou polietileno (PE) para tensões de 1kV a 6kV.
NBR 8182:03 - Cabos de potência multiplexados auto-sustentados com isolação
extrudada de PE ou XLPE, para tensões até 0,6/1 kV - Requisitos de desempenho
NBR 13248:00 - Cabos de potência e controle com isolação sólida extrusada e com
baixa emissão de fumaça para tensões de isolamento até 1kv
NBR 13418:95 - Cabos resistentes ao fogo para instalações de segurança
NBR NM 247-03h02min - Cabos isolados com policloreto de vinila (PVC) para
tensões nominais até 450/750 v, inclusive - Parte 3: Condutores isolados (sem cobertura) para
instalações fixas (IEC 60227-3, MOD).
Definições de instalações elétricas.
Projetar uma instalação elétrica de uma edificação consiste em:
Quantificar e determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia elétrica.
Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos;
Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de comando,
de medição de energia elétrica e demais acessórios. Projeto de instalações elétricas para
fornecimento de energia elétrica em tensão secundária de distribuição a unidades
consumidoras residenciais è Potência instalada < 75kw è Tensão padronizada 380/220V
urbano e 440/220V rural è Arquitetos e Eng. Civis: fins residenciais
Definições
Unidade consumidora: qualquer residência, apartamento, escritório, loja, sala,
dependência comercial, depósito, indústria, galpão, etc., individualizado pela respectiva
medição; Ponto de entrega de energia: É o ponto de conexão do sistema elétrico público
(CELESC) com as instalações de utilização de energia elétrica do consumidor; Entrada de
serviço de energia elétrica: Conjunto de equipamentos, condutores e acessórios instalados
desde o ponto de derivação da rede de energia elétrica pública (CELESC) até a medição
(desenhos 3 e 4 CELESC); Potência instalada: É a soma das potências nominais dos
aparelhos, equipamentos e dispositivos a serem utilizados na instalação consumidora. Incluem
tomadas (previsão de cargas de eletrodomésticos, TV, som, etc.), lâmpadas, chuveiros
elétricos, aparelhos de ar-condicionado, motores, etc. Aterramento: Ligação à terra, por
intermédio de condutor elétrico, de todas as partes metálicas não energizadas, do neutro da
rede de distribuição da concessionária e do neutro da instalação elétrica da unidade
consumidora.
48
Partes componentes de um projeto elétrico: O projeto é a representação escrita da
instalação e deve conter no mínimo:
· Plantas;
· Esquemas (uni filares e outros que se façam necessários);
· Detalhes de montagem, quando necessários;
· Memorial descritivo;
· Memória de cálculo (dimensionamento de condutores, condutos e proteções);
· ART.
Critérios para a elaboração de projetos
· Acessibilidade;
· Flexibilidade (para pequenas alterações) e reserva de carga (para acréscimos de
cargas futuras).
· Confiabilidade (obedecer a normas técnicas para seu perfeito funcionamento e
segurança) Etapas da elaboração de um projeto de instalação elétrica são:
Informações preliminares
Plantas de situação
Projeto arquitetônico
Projetos complementares
Informações obtidas do proprietário
Quantificação do sistema
Levantamento da previsão de cargas (quantidade e potência nominal dos pontos de
utilização – tomada, iluminação, elevadores, bombas, ar-condicionado, etc.)
Desenho das plantas
Desenho dos pontos de utilização
Localização dos Quadros de Distribuição de Luz (QLs)
Localização dos Quadros de Força (QFs)
Divisão das cargas em circuitos terminais
Desenho das tubulações de circuitos terminais
Localização das Caixas de Passagem dos pavimentos e da prumada
Localização do Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT), Centros de medidores, Caixa
Seccionadora, Ramal Alimentador e Ponto de entrega.
Desenho das tubulações dos circuitos alimentadores
Desenho do Esquema Vertical (prumada)
Traçado da fiação dos circuitos alimentadores
49
Dimensionamento de todos os componentes do projeto, com base nos dados
registrados nas etapas anteriores + normas técnicas + dados dos fabricantes.
Dimensionamento dos condutores
Dimensionamento das tubulações
Dimensionamento dos dispositivos de proteção
Dimensionamento dos quadros
Quadros de distribuição
Quadros de distribuição de carga (tabelas)
Diagramas unifilares dos QLs
Diagramas de força e comando de motores (QFs)
Diagrama unifilar geral
Memorial descritivo: descreve o projeto sucintamente, incluindo dados e
documentação do projeto.
Memorial de cálculo, contendo os principais cálculos e dimensionamentos.
Cálculo das previsões de cargas
Determinação da demanda provável
Dimensionamento de condutores, eletrodutos e dispositivos de proteção.
Especificações técnicas e lista de materiais
ART junto ao CREA local
Análise e aprovação da concessionária (possíveis revisões).
7.3 Combate a incêndio.
O projeto de combate a incêndio atende as especificações do corpo de bombeiros do
estado de São Paulo, dividido em:
Iluminação de emergência. Conforme instrução técnica Nº 18/2011.
A instrução técnicas Nº 18/2011 fixa as condições necessárias para o projeto e
instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações e áreas de risco, atendendo
ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
A iluminação de emergência será atendida por blocos autônomos, com autonomia
mínima de 1 hora, atendo as instruções técnicas. Sendo esses blocos alimento por baterias de
chumbo-ácido selada ou níquel- cádmio, isenta de manutenção confirme item 5.2 da instrução
técnica nº 18/2011. Foi atendido o nível mínimo de iluminamento de 3 lux em locais planos
50
(corredores, halls, áreas de refúgio) e 5 lux em locais com desnível (escadas ou passagens
com obstáculos).
Saídas de emergência. As saídas de emergência do empreendimento atende a
instrução técnica Nº 11/2011. Sendo atendidos os requisitos mínimos necessários para o
dimensionamento das saídas de emergência para que sua população possa abandonar a
edificação, em caso de incêndio ou pânico completamente protegidas, em sua integridade
física, e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de
pessoas, atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 56.819/2011 – Regulamento de
segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
Sistema de detecção e alarme de incêndio. Todos os sistemas de detecção de fumaça e
alarme de incêndio atende a instrução técnica Nº 19/2011. Atendendo os requisitos mínimos
necessários para o dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, na
segurança e proteção de uma edificação.
Sinalização de emergência. Todas as sinalizações de emergência atentem a instrução
técnica Nº 20/2011. Atendendo as condições exigíveis que devem satisfazer o sistema de
sinalização de emergência em edificações e áreas de risco, conforme o Decreto Estadual nº
56.819/11 – Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do
Estado de São Paulo.
Sistema de proteção por extintores de incêndio. O sistema de proteção por extintores
atende aos critérios para proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco por meio de
extintores de incêndio (portáteis ou sobrerrodas), para o combate a princípios de incêndios,
atendendo às exigências do Decreto Estadual nº 56.819/11 – Regulamento de segurança
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo.
Todos os extintores instalados em paredes ou divisórias, a altura de fixação do suporte
varia, no máximo, entre 1,6 m do piso e de forma que a parte inferior do extintor permaneça,
no mínimo, a 0,10 m do piso acabado. Cada pavimento possui no mínimo, duas unidades
extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C.
Sistemas de hidrantes e de mantinhos para combate a incêndio. Todos os sistemas de
hidrantes do empreendimento atendem a instrução técnicas Nº 22/2011. Atendendo as
condições necessárias exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e
manuseio, bem como as características, dos componentes de sistemas de hidrantes e/ou de
mangotinhos para uso exclusivo de Combate a Incêndio em edificações.
51
7.4 Telecomunicação de dados e voz
Funções.
Com Sistema de Dados permite levar internet para todos os condôminos (usuários), ou
até mesmo implantar uma intranet, uma rede de dados interna do próprio condomínio, onde
poderia ser implantado um sistema de comunicação interna para comunicados, avisos,
relatórios, enfim seria um meio de comunicação entre a administração, sindico e condôminos
muito mais eficiente e barata por não se utilizar mais papeis, tintas gráficas etc.
Com o Sistema de Voz, os moradores do condomínio podem fazer comunicação entre
si via ramal, onde não seria gerada pulsos telefônicos por se tratar de ligações internas, entre
ramais o mesmo se dá para as demais dependências do condomínio.
A comunicação entre a portaria e os condôminos se daria via ramal, gerando assim uma
redução de 100% entre as ligações entre portarias e condôminos e vice-versa.
7.5 Fundações
Com posse dos relatórios definitivos de sondagem foi desenvolvido o projeto de
fundação do empreendimento, optando se pela solução técnica mais adequada para o tipo de
solo existente. Sendo elas, Sapata isolada para os térreos externos, sapata corrida nos pilares
de divisa e hélice continua para o corpo das torres.
Diretrizes para elaboração do projeto.
Investigações Geotécnicas
O engenheiro de fundações deve iniciar o seu projeto com um conhecimento tão
perfeito quanto possível do solo aonde irá se apoiar a fundação. Os problemas causados em
uma superestrutura por insuficiência de infra-estrutura são graves na maioria das vezes, e
sempre de correção onerosa. É recomendável negligenciar economias nas investigações
geotécnicas, para evitar desperdício ou reforço nas fundações, que poderia ser evitado com a
realização de ensaio complementar, cujo valor torna-se irrelevante quando comparado ao
valor total do empreendimento.
O projetista deve saber acerca da extrema complexidade do solo, cujo comportamento
é função das pressões com que é solicitado, e depende do tempo e do meio físico, não sendo
possível definir precisamente a relação tensão-deformação. Uma investigação tão completa
52
quanto possível da natureza do solo é indispensável, no entanto, sempre haverá risco em
relação às condições desconhecidas.
A amplitude das investigações geotécnicas é função de diversos fatores, como o tipo e
tamanho da obra e o conhecimento prévio das características do terreno, obtidas através de
dados disponíveis de investigações anteriores de terrenos vizinhos ou de mapas geológicos.
Através dessas investigações geotécnicas são obtidas as características do terreno de
fundação, natureza, propriedades, sucessão e disposição das camadas; e a localização do
lençol freático, de maneira que se possa avaliar mais corretamente a tensão admissível do
solo.
Para fins de projeto e execução, as investigações geotécnicas do terreno de fundação
devem seguir as especificações da NBR 6122:1996.
Escolha do tipo de fundações
A qualidade e o comportamento de uma fundação dependem de uma boa escolha, que
melhor concilie os aspectos técnicos e econômicos de cada obra. Qualquer insucesso nessa
escolha pode representar, além de outros inconvenientes, custos elevadíssimos de recuperação
ou até mesmo o colapso da estrutura ou do solo.
O engenheiro de fundações, ao planejar e desenvolver o projeto, deve obter todas as
informações possíveis referentes ao problema: estudar as diferentes soluções e variantes;
analisar os processos executivos; prever suas repercussões; estimar os seus custos e, então,
decidir sobre as viabilidades técnica e econômica da sua execução.
Os fatores que influenciam na escolha do tipo de fundação são analisados a seguir.
Estruturas de Concreto - Projeto estrutural de sapatas 3
Relativos à superestrutura
Devem ser analisados aspectos como: o tipo de material que compõe a superestruturas,
por exemplo, concreto armado ou protendido, estrutura pré-fabricada, estrutura de madeira,
metálica ou alvenaria estrutural; quanto a função da edificação, edifício residencial,
comercial, galpão industrial, ponte, silos; e com relação as ações atuantes, como grandeza,
natureza, posição e tipo.
Características e propriedades mecânicas do solo
As investigações geotécnicas são primordiais e muito importantes para a definição do
tipo de fundação mais adequado. Delas obtém-se dados do solo, tais como: tipo de solo,
granulometria, cor, posição das camadas resistência, compressibilidade, etc.
Posição e característica do nível d’água
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Dados sobre o lençol freático são importantes para o estudo de um possível
rebaixamento. Consideráveis variações do nível d’água podem ocorrer por causa das chuvas.
Um poço de reconhecimento muitas vezes é uma boa solução para observação dessas
possíveis variações.
Aspectos técnicos dos tipos de fundações
Muitas vezes surgem algumas limitações a certos tipos de fundações em função da
capacidade de carga, equipamentos disponíveis, restrições técnicas, tais como: nível d’água,
matacões, camadas muito resistentes, repercussão dos prováveis recalques, etc.
Edificações na vizinhança
Estudo da necessidade de proteção dos edifícios vizinhos, de acordo com o
conhecimento do tipo e estado de conservação dos mesmos; como também a análise da
tolerância aos ruídos e vibrações são indispensáveis.
Custo
Depois da análise técnica é feito um estudo comparativo entre as alternativas
tecnicamente indicadas. De acordo com as dificuldades técnicas que possam elevar os custos,
o projeto arquitetônico poderá ser modificado. Um outro ponto relativo ao custo é o
planejamento de início e execução, pois, algumas vezes, uma fundação mais cara, garante um
retorno financeiro mais rápido.
Limitações dos tipos de fundações existentes no mercado
Determinadas regiões optam pela utilização mais frequente de alguns poucos tipos que
se firmaram como mais convenientes localmente; o mercado torna-se limitado, sendo,
portanto, necessária uma análise da viabilidade da utilização de um tipo de fundação
tecnicamente indicada, mas não existente na região.
O problema é resolvido por eliminação escolhendo-se, entre os tipos de fundações
existentes, aqueles que satisfaçam tecnicamente ao caso em questão.
8 LOGISTICA DE EXECUÇÃO
Na definição da estratégia logística foram consideradas as informações relativas à
execução da obra determinadas a partir do orçamento, cronograma e planejamento, sendo esse
último apoiado na ferramenta MS Project. Foi considerado o prazo da obra, 24 meses,
contados a partir de 01 de Junho de 2011 sendo a sua conclusão prevista para 31 de julho de
2013, o número de operários no pico da obra alcança 250 homens, o corpo administrativo é
54
composto de 01 chefe de escritório, 01 almoxarife, 02 estagiários, 01 técnico em edificações,
01 técnico de segurança e 01 engenheiro.
O desenvolvimento dos estudos do canteiro de obra deste empreendimento foi apoiado
em três fases. Em cada fase foi detalhada uma estrutura de canteiro, considerando áreas de
vivência, de armazenamento, administrativa e locação dos equipamentos relacionados à
movimentação dos principais materiais.
A primeira fase, período considerado entre Julho e Dezembro de 2011, iniciando com
a implantação do canteiro, data de partida das atividades da obra, sendo estabelecido limite o
mês de dezembro quando é estimado o número máximo de trabalhadores. Como o
empreendimento estará na fase inicial dos serviços, gabarito, fundação e início da estrutura,
foi utilizada como solução a ocupação do terreno onde está implantado o stand de vendas do
empreendimento. As dificuldades para implantação do canteiro ficaram evidentes nas
limitações de acesso e mobilização de equipamentos e mão de obra. A vizinhança e o
posicionamento da rede elétrica em frente à obra impossibilitaram a utilização de
equipamentos de grande porte, como a grua. As dificuldades de acesso ao canteiro são muitas,
por isso, toda essa sistemática de chegada do material exige um aprofundamento nos estudos
logísticos. Havendo a necessidade de previsão de espaços para estacionamento de caminhões
e bomba das concrete iras, de caminhões transportadores de aço e de blocos. A figura 19
detalha melhor o projeto de ocupação do canteiro. Algumas considerações foram feitas para o
descarregamento dos materiais, entre eles estão o aço, que é descarregado manualmente, pois
o posicionamento da rede elétrica impede a utilização de equipamentos para guindar a carga,
as bombas e os caminhões de concreto que deverão ficar estacionados ao longo da via, sem
comprometer a circulação de veículos na rua, e os blocos que deverão ser transportados
através dos paletes. Vale ressaltar a condição obrigatória para a implantação dessa
movimentação através dos paletes, pois o acesso para o trânsito dos equipamentos tem que ser
pavimentada estando à superfície lisa, assim os blocos deverá ser descarregado e distribuído
no pavimento antes da marcação das paredes, antecedendo os trabalhos do pedreiro.
55
Figura: 19. Logística de execução da obra. Fonte autor.
9 LOCAÇÃO DA OBRA
Marcar ou locar uma obra consiste exatamente em medir e assinalar no terreno a
posição das fundações, paredes, colunas e outros detalhes fornecidos pelo projeto de
arquitetura, materializando os principais pontos através de piquetes.
A locação ou marcação da obra faz-se tomando como base os dados fornecidos pelas
plantas de situação, de fundação e baixa do pavimento térreo (do subsolo em certos casos).
Quanto maior o porte da obra, mais precisa deverá ser a marcação.
Para pequenas residências necessita-se apenas uma trena, um nível, um prumo e um
fio de aço.
Para locar obras de médio ou grande porte, necessita-se de outros instrumentos de
topografia de maior precisão (Estação Total e Nível).
A locação inicial da obra foi executada pela empresa JMS topografia sendo
delimitados os principais pontos do empreendimento tais como os quatros pontos de divisa
formando uma poligonal fechada. Posteriormente foram locados todos os eixos de marcação
da obra e todos os pontos de fundação. Com os eixos de marcação locados foram executados
os gabaritos onde foram marcadas as coordenadas x e y de todas as fundações. Como mostra
a figura 20.
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Figura: 20. Locação das fundações. Fonte: Autor
10 EXECUÇÃO DAS FUNDAÇÕES
As fundações do empreendimento foram moldadas “in loco”, do tipo hélice continua.
A execução é efetua basicamente por três etapas, sendo elas:
Perfuração.
A perfuração consiste em cravar a haste de perfuração com a hélice no terreno, por
rotação, por meio de torque apropriado do equipamento para vencer a sua resistência. Para
evitar que durante a introdução da haste com o trado haja entrada de solo ou água no interior
da haste tubular, existe, em sua extremidade inferior, uma tampa metálica provisória, que é
expulsa ao início da fase de concretagem.
O avanço é sempre inferior a um passo por giro e a relação entre avanço e a rotação
decresce ao aumentarem as características mecânicas do terreno. A metodologia de perfuração
permite a sua execução em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático
e atravessa camadas de solos resistentes com índice de SPT de 30g a mais de 50g dependendo
do tipo de equipamento utilizado. A velocidade de perfuração produz em média 250m de
estaca por dia dependendo do diâmetro, da profundidade, da resistência do terreno e
principalmente do fornecimento contínuo do concreto.
57
Figura: 21. Perfuração da estaca. Fonte: Autor.
Concretagem.
Alcançada a profundidade desejada, sempre determinada por processos estáticos em
função das sondagens executadas no local da obra, a haste para de girar e o concreto é
bombeado através do tubo central, preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela
hélice, que é extraída do terreno sem girar por intermédio da ajuda do guindaste.
O preenchimento da estaca com concreto é normalmente executado até a superfície do
terreno. As operações de introdução do trado no solo (perfuração) e a concretagem ocorrem
de maneira contínua e ininterrupta de tal sorte que as paredes onde se formará a estaca estão
sempre suportadas; acima da ponta da hélice, pelo solo que se encontra entre as pás da hélice
e abaixo da ponta da hélice, pelo concreto que esta sendo bombeado, sempre com pressão
positiva, para evitar descontinuidade do fuste. À medida que o trado vai sendo retirado do
solo, um limpador mecânico remove o solo confinado entre as pás da hélice, e uma pá
carregadeira remove esse solo para fora da área da execução da estaca para permitir a
colocação da armadura.
58
Figura: 22. Retirada do excesso de terra. Fonte: Autor.
Colocação da armadura na Estaca
O método executivo da estaca hélice contínua exige a colocação da armadura após o
término da concretagem do fuste da estaca. A armadura, em forma de gaiola, é introduzida na
estaca por gravidade sendo empurrada pelos operários ou com auxílio de um pilão de pequena
carga ou de vibrador. As estacas submetidas apenas a esforço de compreensão levam uma
armadura no seu topo, em geral variando entre 4,00m e 6,00m de comprimento. Esta
armadura visa a proporcionar uma perfeita ligação entre a estaca e o bloco de coroamento das,
ou seja, com a estrutura. Outra finalidade desta armadura no trecho superior é a de garantir
sua integridade estrutural, na fase de escavação para a execução dos blocos que geralmente é
feito com auxílio de escavadeiras mecânicas que batem nas estacas durante sua operação, por
mais cuidadoso que seja o operador.
Para as estacas submetidas à ação de esforços horizontais e momentos fletores, no seu
topo; o comprimento da armadura deve abranger todo o trecho do fuste da estaca onde atua o
diagrama do momento. Neste caso para a eficiência da instalação da armadura, a mesma deve
ser, convenientemente enrijecida dotada de barras grossas e a espira helicoidal devidamente
amarrada e soldada nas barras longitudinais.
Para as estacas trabalhando a tração é preferível, de ponto de vista executivo, arma-las
com uma ou mais barras longitudinais em feixes de barras emendadas por luvas rosqueadas.
59
Como neste tipo de armadura não existem estribos pode-se armar a estaca em todo o
comprimento sem maiores dificuldades.
Figura: 23. Colocação da armadura. Fonte: Autor.
11 EXECUÇÃO DA ESTRUTURA
11.1 Alvenaria estrutural
A alvenaria estrutural requer precisão, equipamentos e ferramentas adequadas na sua
execução. O canteiro também deve ser planejado, organizado e preparado para conter centrais
de produção e estoque, a fim de facilitar o transporte horizontal e vertical. As ferramentas
para execução de uma alvenaria estrutural são: colher de pedreiro, fio traçante, esticador de
linha, broxa, esquadro, régua técnica prumo-nível, nível a laser ou alemão, escantilhão,
argamassadeira, carrinho porta-argamassadeira, andaime metálico, carrinho “paleteiro”,
carrinho “jericão”, bisnaga, palheta e funil para grout, mostrado na figura 24.
60
Figura: 24. Ferramentas utilizadas no levante da alvenaria estrutural Fonte: Livro Projeto e execução de
Alvenaria de Leonardo Manzione.
11.1.1 Marcação
Para começar a marcação deve-se identificar o nível mais alto da laje, com o auxílio
do nível alemão, assentado assim o bloco de referência do nível. Deve-se lembrar que todo o
assentamento da alvenaria estrutural contém um centímetro de junta, tanto horizontal quanto
vertical.
Em seguida marca-se os eixos de locação com o fio traçante, tendo em mãos o projeto
de primeira fiada. Com isso, assentam-se os blocos estratégicos, localizados nos cantos e
encontros de paredes. É importante que a marcação utilize as cotas acumuladas, de projeto. Já
se tem o nível e os eixos de locação marcados na laje, então, o responsável pela marcação
deve verificar o esquadro. Lembrando que, no caso da marcação da primeira laje-tipo sobre
uma estrutura de transição ou baldrame, com as visitas que podem ser deixadas na laje ou com
o auxílio de trenas, determinado-se por baixo da laje o posicionamento das vigas. Neste
momento, seria aconselhável usar aparelhos a laser, que emitem feixes verticais, ganhando
tempo na execução deste serviço. Esticando a linha, na parte superior dos blocos de
referência, permite-se a alinhamento e nivelamento dos blocos de primeira fiada, onde com o
auxílio de uma broxa, molha-se a superfície que ficará em contato com a argamassa da
primeira fiada, com o intuito também de limpar a mesma. Após o molhamento da superfície,
61
com o auxílio de uma colher de pedreiro, espalha-se a argamassa de assentamento, assenta e
nivela os blocos da primeira fiada, esticando novamente a linha e utilizando a régua técnica.
Após o assentamento de toda a primeira fiada da alvenaria estrutural, deve distribuir os
escantilhões nos cantos da alvenaria, assentado e aprumando-os, para que o esteja no mesmo
nível da primeira fiada, assim, as demais fiadas estarão niveladas como a primeira. Para
garantir o prumo do edifício, deve-se fixar um sarrafo, geralmente de madeira, nos cantos do
pavimento em execução, amarra-se o arame com um bloco de concreto, garantindo um fio de
prumo bem esticado, como pode ser analisado na figura 25.
Figura:25. Demonstração do serviço de marcação da primeira fiada Fonte: Livro Projeto e execução
de Alvenaria de Leonardo Manzione.
É importante que nessa primeira fase, o responsável pela execução do serviço de
levante da alvenaria verifique a locação e confira os vão para portas, observe os pontos de
aplicação do grout e cheque o assentamento dos blocos que tenham as chamadas “visitas”
para vazamento do grout, confira o posicionamento dos conduítes elétricos e verifique todas
as cotas.
62
11.1.2 Elevação
Na etapa de elevação da alvenaria estrutural é importante que sejam verificados
constantemente o prumo, nível, alinhamento e planicidade da mesma. Além disso, é
indispensável que os profissionais que estão executando o serviço, tenham em mãos os
projetos de primeira e segunda fiada e das elevações, o assentamento não pode ser executado
debaixo de chuva e tem que evitar que os blocos sejam molhados durante a elevação, não se
deve cortar blocos para ajustar medidas e verificar se as paredes estruturais não estão
amarradas com as não-estruturais, pois uma deve ser independente da outra, com uma
amarração com grampos, por exemplo.
Inicia-se a elevação pelas paredes externas, executando os chamados castelos (figura
26), que tem a função de servir como referência para o assentamento dos blocos
intermediários, e durante a própria elevação, deve-se atentar para os blocos especiais de
instalações, 15 fabricados nas centrais do próprio canteiro de obra. Nessa etapa também são
colocados os gabaritos metálicos para os vãos de portas, janelas ou qualquer outro tipo de vão
aberto, que garantem a perfeição das medidas dos vãos.
Figura: 26. Exemplo de "castelos”: Fonte: Livro Alvenaria estrutural de blocos de concreto da ABCP
63
A aplicação do grout na posição vertical deve ser feita em duas etapas, onde a primeira
será realizada na sexta ou sétima fiada e a outra na última fiada da alvenaria. Antes da
aplicação deve limpar as canaletas e colocar a armadura de modo que ela fique posicionada na
vertical obedecendo às prescrições de projeto (figura 27) e durante a aplicação tem que
observar se o grout está saindo nos furos abaixo da alvenaria, onde, se isso não acontecer, o
que estiver impedindo a passagem do grout deve ser removido, desobstruindo a passagem.
Após a aplicação do grout o mesmo pode ser vibrado com um vibrador de agulha de pequeno
diâmetro, porém, o mais comum e econômico é adensá-lo com o auxilio de uma barra de aço.
Figura: 27. Barra de aço dentro do bloco limpo, esperando o grout. Fonte: Autor.
Durante a elevação devem ser instalados os pré-moldados leves previstos em projeto,
e ao após a execução da alvenaria, evitando criar mais uma etapa de trabalho desnecessária.
Para evitar esperdícios a argamassa deve ser espalhada com palhetas nas juntas horizontais e
bisnagas nas juntas verticais. Vale lembrar que todas as juntas devem ser preenchidas, pois o
não preenchimento dos mesmos reduz a resistência da alvenaria estrutural. Além disso, é
importante raspar as rebarbas de argamassa que ficaram na parede, e atentar para que as juntas
fiquem com um centímetro, evitando esperdícios para medidas maiores e garantindo a
segurança para medidas menores.
64
11.1.3 Vantagens e desvantagens
Desde que a alvenaria estrutural armada voltou a ser usada maciçamente nos anos 80,
pôde-se observar as vantagens e as desvantagens nesse sistema construtivo, se comparado
com o sistema construtivo convencional. Devido à simplificação das técnicas de execução, à
economia de formas e escoramentos e na redução de mão-de-obra de carpintaria a execução
em alvenaria estrutural armada pode levar a uma economia entre 10% e 30% do custo
estrutural, segundo Manzione (2004). A maior agilidade na execução é evidente devido à
simplificação das técnicas executivas, que veremos mais adiante. Em obras sem equipamentos
de içamento, podem ser utilizados pré-moldados leves como escada tipo jacaré (face inferior
em forma de degraus, igual à face superior), contra marcos em concreto, vergas e lajes pré-
moldadas em minipainéis. Já em obras que tem esse tipo de equipamento (exemplo: gruas),
pode-se usar pré-moldados pesados, além de viabilizar o transporte de pallets.
As maiores desvantagens desse sistema estrutural consistem na limitação arquitetônica
de obras arrojadas e na impossibilidade de possíveis adaptações arquitetônicas para o
proprietário, já que a alvenaria é a própria estrutura, não podendo derrubar uma parede para
aumentar um cômodo, por exemplo. Considera-se economicamente viável a aplicação do
sistema de alvenaria estrutural em edificações com até 15 pavimentos (em torno de 35 metros
de altura), onde, a partir daí, é recomendável efetuar estudos comparativos com a estrutura
convencional de concreto armado.
11.2 Concreto armado
11.2.1 Locação dos pilares
A locação dos eixos dos pilares consiste em Locar o ponto zero no gabarito para, a
partir deste, demarcar os demais pontos.
Marcar os eixos dos pilares no gabarito anotando o número do pilar e evidenciando-o
com um prego.
Cruzar arames nos dois sentidos do pilar, localizando-o com um prumo de centro, e
cravando um piquete de madeira destacado com areia, tendo como base à marcação dos
pilares, fazer a marcação do bloco com um gabarito de madeira, verificando seu prumo em
dois pontos por eixo.
65
O desmonte do gabarito só deverá ocorrer após a construção de todas as peças objeto
da locação, Se possível, mantenha uma distância aproximada de 3,0 metros entre a face da
edificação e a face do gabarito / tabeira, verificar a distância entre os eixos e as divisas.
Nos pavimentos superiores a locação dos pilares é feita através da transferência dos
eixos com o auxilio de um prumo de centro tendo como referencia o eixo do pavimento
inferior como podemos observar na figura 28. Após a transferência dos eixos são locados os
gastalhos para posteriormente serem montadas as formas dos pilares. Conforme figura 29.
Figura: 28. Barra de aço para transferência dos eixos. Fonte: Autor.
66
Figura: 29. Locação dos gastalhos. Fonte: Autor.
11.2.2 Execução da forma e montagem do escoramento
Todo o sistema de formas da obra foi adquirido no sistema de formas prontas onde
todas as peças são entregues já cortadas nas medidas especificadas no projeto, na execução
são apenas montadas todas as peças. Execução da forma dos pilares. Após a locação do gastalho de pé de pilar, o qual
deverá circunscrever os quatro painéis, devendo ser devidamente nivelado e unido. É comum
que o ponto de referência de nível esteja em pilares junto ao elevador; limpeza da armadura
67
de espera do pilar (arranques); controle do prumo da fôrma do pilar e da perpendicularidade
de suas faces; posicionamento das três faces do pilar, nivelando e aprumando cada uma das
faces com o auxílio dos apruma dores (escoras inclinadas), figura 30; passar desmoldante nas
três faces, posicionamento da armadura segundo o projeto, com os espaçadores e pastilhas
devidamente colocados figura 30; fechamento da fôrma com a sua 4ª face figura 30;
nivelamento, prumo e escoramento da 4ª face.
Figura: 30. Execução da forma dos pilares. Fonte: Autor.
Montagem de Fôrmas de Vigas e Lajes. Após a execução dos pilares tem início a
montagem das fôrmas de vigas e lajes, seguidos os procedimentos descritos a seguir:
Montagem dos fundos de viga apoiados sobre os pontaletes, cavaletes ou garfos;
posicionamento das laterais das vigas; posicionamento das galgas, tensores e gravatas das
vigas; posicionamento das guias e pés-direitos de apoio dos painéis de laje; posicionamento
dos travessões; distribuição dos painéis de laje; transferência dos eixos de referência do
pavimento inferior; fixação dos painéis de laje; colocação das escoras das faixas de laje;
alinhamento das escoras de vigas e lajes; nivelamento das vigas e lajes; liberação da fôrma
para a colocação da armadura e colocação de instalações embutidas.
68
Figura: 31. Execução da forma das vigas. Fonte: Autor.
Figura: 31. Execução da forma das lajes. Fonte: Autor.
Montagem dos escoramentos. Todos os escoramentos da obra são metálicos
fornecidos por uma empresa especializada. Sendo compostos por torres metálicas e escoras
pontuais que juntamente com seus acessórios adaptam-se perfeitamente ao projeto.
Os Escoramentos Metálicos utilizam os perfis metálicos disponíveis em diversos
comprimentos. Projetados para trabalhar sobre torres de cargas e escoras pontuais, podem
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atender desde estruturas de edificações leves quanto grandes concentrações de carga. Sendo
sempre respeitados os espaçamentos entre escoras especificados no projeto.
O processo de montagem acontece da seguinte forma. Primeiro são montados os
pontaletes com as cruzetas para a sustentação das formas de fundo de vigas, na sequencia são
montadas todas as torres metálicas e posteriormente colocados as vigas de sustentação para
apoio das formas da laje. Após a conclusão da montagem das formas os escoramentos são
nivelados para a altura correta e travados.
Figura: 32. Escoramento metálico pronto para receber a forma. Fonte: Autor.
11.2.3 Montagem das armaduras
Todas as armaduras da obra são recebidas já cortada e dobrada conforme o projeto de
armação, na obra é montado os kits na bancada secundária (caso haja) ou cavaletes instalados
sobre a fôrma do pavimento-tipo. Atentar para o fato de que em nós com grande densidade de
armadura o encaixe entre as diversas peças pode ser complexo. Por isso, recomenda-se não
deixar os estribos firmemente amarrados no momento da montagem sobre a bancada, de
modo a facilitar a emenda entre as peças quando da colocação na fôrma. A sequência de
montagem na bancada deve ser a seguinte: posicionar duas barras de aço. Colocar todos os
estribos, fixando somente os das extremidades. Em seguida, posicionar as demais barras e
amarrá-las aos estribos das extremidades. Depois de posicionar os demais estribos, conferir os
70
espaçamentos e o número de barras longitudinais e de estribos. Amarrar firmemente o
conjunto nas quatro faces. A amarração deve estar firme o suficiente para impedir a
movimentação do conjunto quando do transporte e/ou da concretagem.
Colocar espaçadores a uma razão média de cinco peças por metro quadrado, atentando
para que seja considerada a área em todas as faces. Posicionar na fôrma as peças já montadas,
evitando ao máximo choque de armadura com os painéis, de modo a prolongar sua vida útil.
Uma maneira de se minimizar eventuais problemas com pilares consiste em elevar os estribos
da base da armadura do pilar que interferem nos arranques da peça subjacente, posicionando a
armadura na fôrma e, em seguida, retornando os estribos à sua posição definitiva, para
amarrá-los nos arranques de acordo com os espaçamentos definidos no projeto de armação.
Colocar um estribo no topo dos arranques e outro na altura da laje, garantindo a
posição das barras longitudinais. Garantir, sempre, o acesso do vibrador em regiões com
“congestionamento de ferragem”, verificando a posição e a distância entre as barras.
Figura: 32. Montagem das armaduras das vigas. Fonte: Autor.
71
Figura: 32. Armadura da laje pronta para ser concretada. Fonte: Autor.
11.2.4 Concretagem
Todo o concreto da obra foi fornecido por empresa especializada na produção e
bombeamento de concreto usinado.
Antes do lançamento do concreto é necessário fazer algumas verificações importantes
tais como: Escoramentos: Verificar a posição e fixação dos escoramentos, pois eles suportarão
todo o peso da estrutura (Fôrmas, ferragens e concreto); evitando assim o aparecimento de
deformações prejudiciais a forma de sua estrutura.
Fôrmas: Conferir as medidas, travamento, a posição, a limpeza e o vedamento das
juntas eliminando a ocorrência de brocas. Deixe abertas, em caso de pilares e cortinas,
próximas ao fundo para facilitar a limpeza.
Acesso: Preparar o local para que toda a operação de concretagem realize sem
impedimentos; facilite o trafego evitando transtornos na entrada e saída de veículos.
Recebimento do concreto. Conferir a nota fiscal antes de se iniciar a descarga do
concreto, conferir atentamente os dados contidos na nota fiscal: Endereço da Obra, Cliente,
Volume, FCK.
Lançamento do concreto. O tempo de lançamento deve ser fixado de forma que o fim
do adensamento não ocorra após o inicio de pega do concreto e das camadas ou parte
contíguas a essa remessa. Lembre-se que seu concreto já é aditivado, e possui uma vida útil
72
compatível com o tempo de transporte e lançamento, o tempo de lançamento sempre dentro
de limite de duas horas e meia.
Adensamento. O objetivo do adensamento do concreto lançado é torná-lo mais
compacto, retirando o ar do material, incorporado nas fases de mistura, transporte e
lançamento. O adensamento exige certa energia mecânica. O processo mais comum e simples
é o adensamento manual, indicado para pequenos serviços e/ou obras de pequeno porte. Nas
obras onde se exige maior qualidade e responsabilidade é necessário promover o adensamento
por meio de equipamentos de vibração. Em geral, são usados vibradores de imersão e de
superfície para o acabamento (réguas vibratórias). O concreto deve ser adensado
imediatamente após seu lançamento nas fôrmas, levando em conta que tanto a falta de
vibração como o excesso pode causar sérios problemas para o concreto. Os seguintes
cuidados são importantes nesta fase da execução do concreto:
a) lançar o concreto em camadas de no máximo 50 cm (30 cm é o recomendável)
ou em camadas compatíveis com o comprimento do vibrador de imersão;
b) aplicar o vibrador sempre na vertical;
c) vibrar o maior número possível de pontos da peça;
d) introduzir e retirar o vibrador lentamente, fazendo com que a cavidade deixada
pela agulha se feche novamente;
e) deixar o vibrador por 15 segundos, no máximo, num mesmo ponto (o excesso de
vibração causará segregação do concreto);
f) fazer com que a agulha penetre 5 cm na camada já adensada;
g) evitar encostar o vibrador na armadura, pois isso acarretará problemas de
aderência entre a barra e o concreto;
h) não aproximar muito a agulha das paredes da fôrma (máximo 10 cm), para evitar
danos na madeira e evitar bolhas de ar.
Cura do concreto. O concreto deve ser protegido durante o processo de endurecimento
(ganho de resistência) contra secagem rápida, mudanças bruscas de temperatura, excesso de
água, incidência de raios solares, agentes químicos, vibração e choques. Deve-se evitar bater
estacas, utilizar rompedores de concreto, furadeiras a ar comprimido próximo de estruturas
recém concretadas, assim como, evitar o contato com água em abundância e qualquer outro
material que possa prejudicar o processo de endurecimento e de aderência na armadura. Para
evitar uma secagem muito rápida do concreto e o conseqüente aparecimento de fissuras e
redução da resistência em superfícies muito grandes, tais como lajes, é necessário iniciar a
cura úmida do concreto tão logo a superfície esteja seca ao tato. A seguir são listados alguns
73
dos métodos mais comuns para a cura do concreto, que podem ser usados isoladamente ou em
concomitantemente:
a) molhar continuamente durante 7 dias (no mínimo 3 dias) a superfície concretada
(pilares e vigas);
b) manter uma lâmina de água sobre a superfície (lajes e pisos);
c) espalhar areia, serragem ou sacos (arroz, estopa, cimento etc.) sobre a superfície
e mantê-los umedecidos (lajes e pisos);
d) manter as fôrmas sempre molhadas (pilares, vigas e escadas);
e) molhar e cobrir com lona;
f) utilizar produtos apropriados para cura de concreto (película impermeável).
Prazo para desforma. A desforma do concreto deve ser planejadas, de modo a evitar o
aparecimento de tensões nas peças concretadas diferentes das que foram projetadas para
suportarem, como por exemplo, em vigas em balanço ou marquises. Nas concretagens usuais,
em que não foram utilizados cimentos de alta resistência inicial os prazos são:
Elemento a ser
desmoldado
Prazo (dias)
Concreto Armado
comum
Concreto Armado
+ Aditivos
Faces laterais de vigas e
pilares3 -
Faces inferiores de vigas
e lajes, retirada de
algumas escoras e
encunhamentos
7 -
Faces inferiores de vigas
e pilares com
desmoldagem quase total
e retirada de escoras
esparsas
14 7
Desmoldagem total 21 11
Vigas e arcos com vão
maior que 10 m28 21
74
Quadro 2. Tempo para a retirada do escoramento.
Figura: 33.Concretagem da primeira laje tipo. Fonte: Autor.
Figura: 34. Ré escoramento após os 14 dias. Fonte: Autor
11.2.5 Vantagens e desvantagens do concreto armado.
75
Apenas para efeito de comparação, examinam-se agora as vantagens e desvantagens
do concreto armado:
Vantagens:
a) Economia - o concreto se revela mais barato que a estrutura metalica, exceto em
casos de vãos muitos grandes. Em muitos casos os agregados podem ser obtidos no próprio
local da obra. Não exige mão de obra especializada.
b) Durabilidade - a resistência do concreto aumenta com o tempo.
c) Adaptação a qualquer tipo de forma.
d) Manutenção e conservação praticamente nulas.
e) Resistencia ao fogo.
f) Impermeabilidade.
g) Monolitismo.
h) Resistencia ao desgaste mecânico (choques, vibrações).
i) Facilidade de execução (fácil emprego e manuseio).
Desvantagens:
Entretanto, apesar de tantas vantagens, o concreto armado apresenta também seriam
desvantagens, como:
a) Grande peso-próprio 2500 kg / m3 (pode ser reduzido com utilização de agregados
leves)
b) Reforma e demolições difíceis ou ate impossíveis.
c) Baixo grau de proteção térmica.
d) Demora de utilização (o prazo pode ser reduzido com a utilização de aditivos).
12 EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS COMPLEMENTARES.
12.1 Instalações hidro-sanitária
Instalações prediais hidro-sanitárias representam um conjunto de instalações
destinadas ao fornecimento de água na quantidade e qualidade necessária para atender as
necessidades da construção e promover a retirada da água utilizada, e a sua condução até um
local de despejo adequado (TANAKA, 1986 e CREDER, 1991).
Estas instalações compreendem água fria, água quente, esgoto sanitário, águas pluviais
gás e eventualmente, dependendo da finalidade da edificação sistemas de combate a incêndio.
A definição e o dimensionamento de cada sistema estão definidos pelas normas técnicas
76
(ABNT, 1982, 1983 e 1993). Tanto a bibliografia quanto as Normas Técnicas apresentam
cada sistema de forma isolada, o que dificulta o processo de ensino, já que os sistemas que
conduzem a água até os pontos de consumo são analisados de forma dissociada de aqueles
sistemas que a retiram a das áreas molhadas da habitação. As técnicas de dimensionamento
por pesos para água fria e por UHC no caso do esgoto são essencialmente similares, por
apresentadas de forma totalmente segregada.
O procedimento de execução utilizado para a realização dos serviços hidro-sanitários
segue os seguintes passos.
Todas as aberturas e furos necessários nas lajes, vigas e paredes de concreto para a
passagem de tubulações serão locados previamente na concretagem das mesmas;
Todas as deflexões, ângulos, derivações necessárias à execução da tubulação serão
feitas por conexões adequadas para o caso, conforme podemos observar na figura 35.
Figura: 35. Instalações hidro-sanitárias. Fonte: Autor
Todo os transpasse de laje, as tubulações serão fixadas através de chumbamento de
concreto ou grout. A execução deve obedecer às instruções e recomendações do fabricante;
É proibido curvar os tubos, é obrigatório usar sempre a conexão adequada;
77
Os declives das tubulações devem ser respeitados conforme projeto ou no caso de não
haver projeto, conforme recomendações do fabricante; conforme figura 35.
Todas as tubulações de água após serem executadas deverão ser testadas a uma
pressão pelo menos igual a duas vezes a pressão de serviços e não deverão acusar vazamentos
durante período mínimo de 1 hora aferidos no manômetro conforme norma NBR 5626/1998;
Os pontos de esgoto e água fria bem como os registros e outros que ficarem a mostra
após o acabamento devem ser chumbados respeitando a espessura do revestimento da parede
para não ser necessária a colocação de canoplas especiais (nunca estão no custo);
Todos os ralos sifonados devem ser fixados por baixo com fita metálica ou outro
suporte. Todos os ralos devem ser protegidos com tela após o teste da impermeabilização e só
podem ser retirados após a limpeza final e instalação da grelha;
As tubulações aparentes deverão ser fixadas com braçadeiras de modo a não
apresentarem deformações. As caixas de inspeção de esgoto e águas pluviais poderão ser pré-
moldadas ou executadas em alvenaria revestida com o máximo de caimento e colocação de
tampas de concreto. Verificar se o projeto está aprovado junto à concessionária (SABESP,
DAE, SAAE, etc.). Seis meses antes do final da obra, checar providências de ligação de água,
gás e esgoto junto ás concessionárias.
12.2 Instalações elétricas
Definições gerais.
O uso da eletricidade requer uma rede complexa de ligações que começa no poste da
concessionária e termina em soquetes e tomadas. Para que tudo isso funcione direito, é
necessário um projeto elétrico, elaborado por profissional especializado. Desenvolvido a
partir do projeto de arquitetura, ele define os pontos de luz e eletricidade da edificação, de
acordo com as necessidades de cada ambiente e considerando os aparelhos eletroeletrônicos a
ser instalados, determinando o porte da instalação, estabelecendo circuitos e especificando os
materiais a ser utilizados.
As instalações elétricas consomem entre 12 a 17% do custo total da construção.
Assim, é importante que esse dinheiro seja bem empregado. Os principais elementos
utilizados são:
• poste de recepção - indispensável para a entrada de energia na casa, ele deve
atender às especificações da concessionária. Pode ser produzido em ferro ou concreto. Os de
ferro têm formato circular e são indicados para uma potência máxima de 12kW. Já os de
78
concreto não possuem limite de potência e podem ser encontrados prontos ou concretados na
própria obra. Nesse caso, seu projeto deve ser aprovado pela concessionária. Para não haver
riscos de energização, o poste deve receber um isolante de porcelana (braquete), instalado no
topo e ligado ao cabo que traz a energia do poste público. A ele também estão ligados os
cabos que levam a energia do poste até a caixa de medição.
• caixa de medição - colocada do lado de fora da casa, ela é dividida em duas
partes. De um lado fica o medidor de consumo instalado pela concessionária e, paralelamente,
o dispositivo de proteção - disjuntor ou chave seccionada acoplada a fusíveis. Em caso de
sobrecarga ou curto-circuito, o dispositivo interrompe a corrente elétrica. Para regiões
litorâneas e úmidas a caixa deve ser produzida em fibra de vidro. Para as demais, os modelos
metálicos não apresentam inconvenientes.
• quadro geral - os de metal ou fibra de vidro são melhores, devendo ser
descartados aqueles produzidos em materiais combustíveis, como, por exemplo, madeira.
Nesse quadro, os circuitos que compõem a instalação devem estar agrupados separadamente,
conforme indica a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): um para iluminação,
outro para tomadas em geral, mais um outro para tomadas de cozinha, além de um circuito
exclusivo para cada aparelho com potência superior a 1.000W, como microondas, lava-louças
e chuveiros, devido a alta carga que possuem. Essa distribuição é mais segura e tem um
caráter prático: se alguma tomada sofrer pane, a iluminação do ambiente não será
comprometida, facilitando o conserto.
• fusíveis e disjuntores - são essenciais para proteger a instalação contra
sobrecargas ou curto-circuitos. Os antigos e tradicionais fusíveis contêm um condutor
metálico que se rompe (queima) quando a intensidade da corrente é superior à sua capacidade,
de acordo com a instalação. Depois de queimado ele pode ser substituído, mas, no caso de
voltar a queimar, é conveniente buscar um eletricista para descobrir a causa dessas contínuas
interrupções de corrente. São fabricados em papelão resistente (tipo cartucho), cerâmica e
resina, não havendo grandes diferenças quanto ao funcionamento. Os disjuntores atuam da
mesma forma, mas têm a vantagem de não requerer substituição: eles desligam a corrente
quando percebem alterações e podem ser rearmados em seguida. São considerados mais
práticos e eficazes do que os fusíveis.
Método executivo.
As tubulações e caixas foram fixadas na forma antes da concretagem quando
embutidos; as sobreposições de mangueiras obedecem à altura mínima do concreto da laje;
79
tubulações enterradas são envelopadas em concreto; as caixas durante a concretagem são
tampadas para impedir entupimento.
As tubulações de laje são lacradas com maçarico para evitar entupimento, as caixas,
quadros e outros que ficarem aparentes obedecem ao nivelamento e a prumada da parede e
devem ser chumbadas ou aparafusadas. As fiações são feita antes de forros e se possível antes
de azulejos e pintura de parede, em terraço a fiação deve ser feita após a impermeabilização;
A quantidade de fios na tubulação deve obedecer às condições da ABNT e do projeto;
todas as emendas serão eletricamente perfeitas, isoladas ou soldadas;
Não são executadas emenda no interior da tubulação; as alturas de interruptores
tomadas e outros pontos devem respeitar o projeto ou na falta à altura padrão a ser definida
pela Diretoria Técnica, a fiação deve ser testada por inteiro, executar as tomadas baixas
sempre de pé;
O QDL deverá contemplar lista de disjuntores com identificação de circuitos;
Checar se o projeto elétrico esta aprovado na concessionária;
Dez meses antes do final da obra, executar pedido estudo de rede;
As hastes do para-raio deverão ser soldadas às cordoalhas e não fixadas através de
conectores;
Não utilizar fio com bitola inferior a 2,5mm, a não ser quando autorizado pela
Diretoria Técnica.
80
Figura: 36. Passagem dos eletrodutos antes da concretagem. Fonte: Autor
12.3 Telecomunicação de dados e voz
Toda a infraestrutura de tele comunicação de dados e voz é executada em paralelo com
as instalações elétricas. Sendo encaminhadas pela mesma bandeja nos sobre solos, nas torres
são separadas e cada um segue em sua prumada.
Prumadas: As prumadas são utilizadas para interligar os andares de um prédio. Do
local do rack deverá haver uma prumada para atender cada andar que demande o envio de
cabos para conexão. Esta prumada deverá ser um eletroduto de PVC preto, sem caixa de
passagem no lado externo do prédio. Para tanto deverão ser utilizadas curvas longas.
Os eletrodutos deverão ser instalados utilizando abraçadeiras apropriadas que
permitam uma boa fixação dos mesmos.
A prumada deve entrar na parte traseira das canaletas do cabeamento estruturado.
Caso as canaletas sejam pequenas, utilizar canaletas com a base maior. Observar que, se numa
canaleta houver a necessidade da chegada de duas ou mais prumadas, estas deverão ser
instaladas umas ao lado das outras. Recomenda-se que em instalações novas, a ocupação deve
ser de até 40% da capacidade do duto e em reformas ou ampliações, esta ocupação pode
chegar a 60% da capacidade do duto, garantindo assim que os cabos não se dobrem ou torçam
mais que o necessário.
81
12.4 Climatização
A climatização do empreendimento se dará através de maquinas refrigeradoras de ar
do tipo Springer, compostas, por uma maquina condensadora localizada na sacada e uma
maquina evaporadora localizada suíte do apartamento.
Generalidades
A instalação de um sistema de ar condicionado, com condicionadores individuais do
tipo Split system é composta de fases de instalação, onde são agregados componentes
necessários ao perfeito funcionamento do sistema, conforme segue:
Unidade condensadora
Unidade evaporadora
Rede frigorígena
Rede elétrica
Rede de drenagem
Descrição.
A seguir será feita a apresentação de cada item, sua função e as necessidades básicas
que deverão ser disponibilizados.
Unidade condensadora
Também conhecida por unidade externa, destinada a mudança do estado do
refrigerante de gasoso para liquido. Será instalada externamente em local de fácil acesso, e
distância pré-definida pelo fabricante do equipamento, e prevista no projeto.
Unidade evaporadora
Também conhecida por unidade interna, destinada ao resfriamento do ar no local a ser
condicionado. Podem ser instaladas em paredes, no piso, sob o forro, semi-embutida no forro,
embutidas no forro (duto).
Rede frigorígena
Construídas em tubos de cobre isoladas termicamente, destinadas a conduzir o
refrigerante entre a unidade condensadora e a unidade evaporadora.
Podem ser instaladas embutidas em paredes ou forro, ou mesmo sobrepostas em
paredes, e haverá a necessidade de aberturas em paredes, pisos ou lajes para passagem dos
tubos, da Unidade Externa para a Unidade Interna.
82
Rede elétrica
Construídas em cabos elétricos flexíveis, condicionadas em eletrodutos, destinadas a
alimentação elétrica do sistema. O caminhamento do eletroduto seguirá o mesmo da rede
frigorígena. É executado um ponto de força de capacidade indicada no projeto, e esse ponto
de força poderá ser junto a Unidade Externa, ou junto a Unidade Interna, em função das
configurações técnicas de cada fabricante.
Rede de drenagem
Construídas em tubo de PVC marrom, isoladas termicamente, destinadas ao
esgotamento de água condensada na Unidade Interna. Em geral as redes de drenagem são
instaladas embutidas em paredes. Em instalações cujo sistema seja Quente/Frio, será
necessário ponto de dreno também para a Unidade Externa.
12.5 Revestimento externo (Fachada)
O revestimento externo do empreendimento foi executado em monocapa uma
argamassa industrializada, que serve para dar o acabamento nas fachadas dos edifícios. Pode
ser aplicada em superfícies de alvenaria, sozinha ou sobre as camadas de chapisco e emboço.
Processo de execução.
A primeira camada é aplicada estendendo-se metade da espessura da monocapa:5 a 10
mm pois tipo de acabamento final adotado foi raspado. A argamassa deve ser estriada e
apertada sobre a base com régua dentada. Em seguida, a segunda camada é colocada, também
sendo estriada. A última camada deve ser alisada para receber o acabamento final. No caso de
pilares e requadrações, são fixadas réguas com a ajuda dos sargentos para execução dos
cantos. Após a aplicação, é aguarde o tempo necessário para a argamassa atingir o ponto de
raspagem, que deve ser executada com régua. Confere se novamente o prumo e o esquadro
para a raspagem final. Os excessos de poeira e argamassa que ficam após a raspagem são
retirados com a vassoura, os frisos decorativos têm formatos variados (quadrado, retangular
ou trapezoidal) e são feitos no próprio revestimento ou com perfis de alumínio ou PVC. Após
a raspagem, é usada uma desempenadeira especial para dar o efeito desejado.
83
Figura: 37. Aplicação de monocapa. Fonte: Autor
12.6 Esquadrias metálicas (Caixilhos)
Os caixilhos utilizados foram fornecidos por empresa especializada na produção destes
materiais, sendo os modelos do tipo pronto onde despensa a utilização de contramarco. O
processo de instalação dar se da seguinte maneira.
Após a execução do revestimento externo, o qual dar acabamento nos requadros das
janelas é verificado as medidas a fim de garantir que o espaço existente é o suficiente pra a
colocação da janela. A tolerância destas é de 10 mm. Em seguida são colocadas as janelas no
local da aplicação são conferidos os níveis, o prumo e o esquadros, sendo fixadas com espuma
de poliuretano conforme figura abaixo.
84
Figura: 38. Colocação dos caixilhos. Fonte: Autor
12.7 Impermeabilização
Preparação do substrato
O substrato deve se apresentar firme, coeso e homogêneo.
O substrato é limpo, e fica isento de corpos estranhos, restos de fôrmas, pontas de
ferragem, restos de produtos desmoldantes ou impregnantes, falhas e ninhos. Todo e qualquer
elementos traspassantes ao substrato são previamente fixados.
O substrato deve estar úmido, porém deve estar isento de filme ou jorro de água.
Na existência de jorro de água promove se o tamponamento com cimento e aditivo de
pega rápida.
A aplicação é feita em demãos cruzadas, com o auxilio de uma trincha, rolo ou
vassoura de pêlos macia sobre a superfície previamente umedecida. Tem-se especial atenção a
detalhes, como tubulação emergente, arestas de rodapés, juntas e outras ocorrências que
provoquem descontinuidade do substrato, nesse caso é utilizado um selante apropriado,
previamente à aplicação das argamassas poliméricas.
85
12.8 Pisos internos e externos
No empreendimento em estudo, serão entregues pisos cerâmicos apenas nas áreas
moldas, sendo o processo executivo da seguinte forma.
Espalhe se o cimento colante para a colocação da primeira fileira, com o lado liso da
desempenadeira, e depois com o lado dentado, fazendo cordões. Em seguida aplica se
argamassa colante na superfície e no tardoz da placa cerâmica. Depois Posiciona se o
revestimento cerâmico, mantendo juntas com o auxílio de separadores plásticos, os
separadores plásticos, que determinam as dimensões da junta de assentamento.
Embora não se perceba, ocorre uma série de movimentações nas obras. Estas
movimentações devem- variação de temperatura e umidade, peso das estruturas, vento, etc. A
fim de controlar estes movimentos, diminuindo incidências de trincas e fissuras no
revestimento e descolamentos de placas, são usadas as juntas. Juntas são espaços deixados
entre duas placas cerâmicas ou entre dois painéis no piso. As juntas devem ser previstas e
executadas de acordo com a norma NBR 13753/96. O assentamento das placas cerâmicas
deve respeitar e acompanhar estas juntas.
Juntas de Assentamento,são espaços entre as placas cerâmicas que compõe o
revestimento, normalmente são preenchidas com argamassa de rejuntamento. Para placas
extrudadas, a largura recomendada das juntas é de 8 mm, podendo variar entre 6 e 10 mm.
Dependendo do tipo de paginação e disposição das placas, chegam até a 12 mm.
O assentamento das placas dar se da seguinte maneira Bate se com um martelo de
borracha , para a saída de bolhas de ar e melhor aderência das peças. Teste a aderência,
arrancando algumas peças logo após a colocação. O verso deve vir totalmente preenchido
com argamassa. Deixa se secar 72 horas antes de rejuntar.
Rejuntamento.
Antes de começar o rejuntamento, verificar se ficaram placas cerâmicas mal
assentadas, batendo com o cabo de martelo sobre as mesmas. Som cavo (oco) é sinal de falta
de argamassa ou má compactação. Estas devem ser substituídas imediatamente, as juntas
devem estar livres de restos de argamassa, poeira, terra, etc. Após a secagem da argamassa de
assentamento e antes da aplicação do rejunte, é necessário varrê-las e aspirá-las, para que o
rejunte não adira, deixando pontos falhos no acabamento.
As juntas devem estar bem uniformes, com largura de 8 mm e com profundidade
igual à espessura da placa.
86
Figura: 39. Assentamento de piso cerâmico. Fonte: Autor
12.9 Revestimentos internos
Sarrafeado
No caso do sarrafeamento, as faixas mestras e as taliscas permitem a execução de uma
superfície mais rigorosa e plana, na qual a pasta de gesso é aplicada posteriormente, entre as
mestras. Por fim, o gesso é sarrafeado com réguas de alumínio que cortam o excesso de pasta.
O processo de sarrafeamento oferece uma garantia melhor de alinhamento, pois tolera uma
menor variação de esquadro, de prumo, além de padronizar o empreendimento.
De qualquer forma, independente do método escolhido, é importante que a espessura
do revestimento não ultrapasse 5 mm: o aumento dessa medida pode ocasionar trincas no
gesso. Portanto, as patologias mais comuns podem ser originadas por trincas referentes ao
excesso de espessura, ou, ainda, por fissuras decorrentes de movimentações nas estruturas que
geram deformações na alvenaria. Já nos tetos, essas rachaduras podem ocorrer devido à
junção das lajes com a alvenaria, também sujeitas às tensões estruturais.
87
12.10Pintura
A pintura dos ambientes internos foi executada em tinta látex PVA, executada
conforme processos descritos abaixo.
Condições para início do serviço
Os revestimentos internos de paredes e tetos devem estar concluídos de preferência,
com uma antecedência de 30 dias. Os revestimentos de pisos também devem estar concluídos,
à exceção de carpetes têxteis ou de madeira. Todos os batentes, as portas e os caixilhos devem
estar instalados e acabados. As guarnições e os arremates precisam ser colocados antes da
última demão. Qualquer foco de umidade requer tratamento de modo que a superfície resulte
seca quando da execução da pintura.
Preparação da base
Protege se qualquer detalhe que não deva ser pintado, revestindo a superfície com fita
crepe e jornal. Eliminar todas as partes soltas ou mal aderidas, sujeiras e eflorescências por
meio de raspagem ou escovação da superfície. Remover manchas de óleo, graxa ou qualquer
agente de contaminação gorduroso, lavando o substrato com água e detergente.
Em paredes mofadas, remover cuidadosamente todas as colônias de mofo antes da
aplicação do sistema de pintura. Para tanto, escovar a superfície energicamente e lavá-la a
seguir com uma solução de água sanitária diluída (1 parte água sanitária : 1 parte de água),
deixando esta solução agir por cerca de 30 minutos. Após esse período, lavar novamente o
substrato com água limpa em abundância, aguardando secagem completa para dar início à
aplicação do sistema de pintura. Atentar para a proteção de caixilhos e outros acabamentos de
forma a evitar manchas. Corrigir imperfeições profundas do substrato com o mesmo tipo de
argamassa ou gesso utilizado na execução do revestimento. Imperfeições menores em pontos
localizados podem ser corrigidas com massa PVA, aplicada em camadas finas com
desempenadeira de aço e espátula. Nesse caso, antes da aplicação da massa, os pontos
localizados devem ser previamente selados com seladora à base de PVA ou fundo preparador
para paredes, à base de solvente. Após a aplicação da massa, deve-se aguardar um período de
cura de cerca de quatro horas para dar continuidade ao serviço. Lixar a base com uma lixa
grossa e eliminar totalmente o pó, escovando ou espanando a superfície. Havendo
necessidade, pode-se raspar a parede com uma espátula, principalmente se forem encontradas
incrustações de argamassa.
88
Caso o revestimento de piso já esteja acabado, é preciso protegê-lo com uma lona
plástica, a fim de evitar a aderência de pingos de tinta, selador ou fundo preparador.
Ocorrendo respingos, deve-se limpá-los imediatamente com água.
Trincas e fissuras devem ser cuidadosamente avaliadas e tratadas conforme
recomendações dos fabricantes de tintas ou projetos específicos quando for ocaso.
Pinturas com acabamento convencional
O acabamento convencional consiste na aplicação da pintura diretamente sobre a base
preparada, sem o uso de massa corrida. Esse tipo de acabamento foi aplicado devido ao
revestimento da parede ser em gesso liso.
12.11Louça e metais sanitários
Execução dos serviços
Colocação de bancadas
Fixa se a bancada através de mãos-francesas, posicionadas próximo aos extremos do
tampo. Colocar massa plástica sobre as mãos-francesas, para colagem da bancada e ajusto do
nivelamento (caso necessário).
Assenta se a bancada, tomando com referência o alinhamento entre o centro da cuba e
o ponto para instalação de torneira.
Colocação de Louças
Nivela se os aparelhos sanitários e fixá-los através de parafusos e buchas plásticas, em
seguida Fazer a ligação das louças através de engates, sifões, válvulas e demais acessórios nos
devidos pontos de água e esgoto. Calafetar os aparelhos sanitários.
Colocação de Metais
Instala se os metais sanitários indicados nos projetos são verificados se não há
vazamentos e Checar se não houve danos às peças durante o serviço. Efetuar a limpeza no
final do serviço.
12.12Sinalização
A comunicação visual do empreendimento contem os seguintes itens: Placa externa,
placas de segurança, placas de rotas de fugas, (porta corta-fogo), placas dos andares, placas de
leis dos elevadores, placas de sinalizações sociais, totens externos indicativos, descrições das
89
tubulações tais como gás, água quente e fria e esgoto, placas de advertência e seguem os
seguintes padrões.
Sinalização externa.
Sinalização de segurança.
Placas de rota de fugas.
Advertência.
90
13 ESTUDO DE CASO.
A proposta deste trabalho é a comparação de custos e processos entre dois edifícios
de doze pavimentos com sistemas estruturais diferentes, porém derivados da mesma planta
arquitetônica. Os tipos de edifícios a serem analisados são:
Bloco B – Sistema em Alvenaria Estrutural, resumindo-se em paredes em blocos
de concreto e lajes em concreto armado;
Bloco F – Sistema em Concreto Armado, resumindo-se em pilares, vigas e lajes
em concreto armado.
Figura: 40. Foto bloco B. Fonte: Autor.
91
Não será levado em conta o cronograma da obra, pois o prazo não interfere neste
sistema de Cooperativa. Em muitos casos, a alvenaria estrutural por ser mais racionalizada
que o concreto armado torna-se uma obra mais rápida acarretando retorno de capital ao
investidor também mais rápido mostrando-se mais vantajosa neste caso.
Pelo fato dos projetos de arquitetura, hidráulica e elétrica ser iguais, ou seja, utiliza-se
o mesmo projeto para ambos os processos construtivos, para efeito de comparação seus
respectivos custos não serão avaliados uma vez que se apresentariam em mesmo valor.
Em ambos os casos, a etapa de fundação profunda, não está sendo considerada por
causa da dificuldade de se estimar a profundidade das estacas. Além disso, sondagens
efetuadas no terreno mostram locais pontuais onde existem rochas, dificultando ainda mais
esta previsão.
No entanto, a parte da fundação que engloba os blocos e vigas baldrames fará parte
desta análise.
Pelos custos referentes à cobertura e acabamento, aos elevadores, não possuir
nenhuma particularidade que pudesse gerar custos diferentes de acordo com o sistema
construtivo, estes também não foram considerados. Entre os itens de acabamento podemos
citar: portas, louças e metais, caixilhos de alumínio, entre outros.
Na alvenaria estrutural, pesquisas mostram que pode-se trabalhar com a aplicação dos
azulejos diretamente na alvenaria não necessitando de reboco, deve-se apenas utilizar uma
argamassa mais flexível para absorver melhor os esforços. Neste estudo de caso, no entanto,
não foi considerado este fato, pois os apartamentos possuem na cozinha e no banheiro apenas
uma faixa de azulejo próximo a pia e o restante em massa única pintada.
Os itens objetos da pesquisa são:
a) Blocos e baldrames;
b) Estrutura;
c) Alvenaria;
d) Revestimento externo.
Enquanto os pilares, vigas, lajes e alvenaria de vedação são os principais elementos do
sistema construtivo convencional, na alvenaria estrutural as paredes cumprem a função de
integrar a vedação e a estrutura. Por cumprir esta dupla função (a de estrutura e a de vedação),
há uma redução significativa nas etapas e no tempo de execução da alvenaria estrutural, já que
toda a estrutura convencional é eliminada.
Foi considerado no item revestimento externo uma massa com espessura de 2 cm para
o sistema alvenaria estrutural e 3 cm para o sistema concreto armado. Isto acontece pois o
92
sistema alvenaria estrutura apresenta um menor desvios de prumo, quando utilizados blocos
de boa qualidade e mão-de-obra treinada.
14 RESULTADOS
Nesta fase do trabalho foi utilizado o sistema interno da empresa construtora para
obtenção dos custos. Este sistema é atualizado à partir da última compra efetuada pelo
comprador, por isso foram gerados relatórios em um mesmo dia para não haver distorção na
base de cálculo. A seguir será apresentado:
Comparativo dos resumos dos relatórios Blocos B e F.
14.1 Análise dos resultados
Após a apresentação dos resultados serão realizadas análises dos tópicos de maior
relevância. O Resumo Relatório de Orçamento reproduz sinteticamente os valores obtidos
nesta pesquisa, apresentando os custos por item total de cada edifício analisado, bem como os
percentuais de cada item.
14.2 Análise dos custos finais
Os custos finais dos edifícios analisados importaram, conforme demonstrado no
Resumo Relatório de Orçamento, em:
- Bloco B (Alvenaria estrutural) – R$ 887.439,96
- Bloco F (concreto armado) – R$ 1.068.808,33
Deve-se salientar que os valores acima referem-se a Custos Diretos dos itens
analisados, não estando inclusas as despesas com administração da obra, remuneração da
construtora, aquisição de terreno e outros custos indiretos.
O Bloco B (Alvenaria estrutural), segundo a metodologia utilizada neste trabalho, tem
um valor de custo 20,04% menor que o Bloco B (Concreto armado).
93
Tabela 1 – Custo Total/ Etapa (R$)
Custo Total/ Etapa (R$)
887.439,96
60.472,35
621.068,65
123.693,17
82.205,79
1.068.808,33
81.354,75
676.566,44
208.576,41
102.310,73
0 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000
TOTAL
Fundações
Estrutura
Alvenaria
Revestimento Externo
Bloco BAlv. Estrut.
Bloco F Conc. Arm.
Custo Total das Etapas (R$)
887.439,96
1.068.808,33
94
Tabela 2 - Custo Total das Etapas (R$)
Tabela 3 – Economia Líquida (R$)
Economia Líquida (R$)
181.368,37
20.882,40
55.497,79
84.883,24
20.104,94
0 50.000 100.000 150.000 200.000
TOTAL
Fundações
Estrutura
Alvenaria
Revestimento Externo
Economia Líquida
Custo Total/ Etapa X % Acumulado
2,4%
18,2%
20,4%
20,4%
8,6%
0,00
200.000,00
400.000,00
600.000,00
800.000,00
1.000.000,00
1.200.000,00
Fundações Estrutura Alvenaria RevestimentoExterno
TOTAL
Cu
sto
s (R
$)
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
Bloco BAlv. Estrut.
Bloco F Conc. Arm.
%Acumulado
95
Tabela 4 – Custo Total / Etapa X % Acumulado
Tabela 5 – Economia Líquida/ Etapa X %Relativa
15 CONCLUSÕES
Após a apresentação e análise dos resultados expostos no item anterior, pode-se
concluir o que segue:
- O custo direto do Edifício em Alvenaria Estrutural é, neste momento, segundo a
metodologia utilizada no trabalho, maior que o custo direto do Edifício em Concreto Armado;
- Em todos os itens analisados seus respectivos custos são sempre menores no Edifício
em Alvenaria Estrutural do que no Edifício em Concreto Armado;
- Como se constatou em entrevistas a empresas construtoras, o tempo de duração da
obra para construções residenciais é definido pelo poder de desembolsodo condomínio ou
pelas exigências do órgão financiador, e raramente em função da expectativa de “retorno de
investimento”.Assim sendo costuma-se optar pelo sistema construtivo que gere o menor custo
direto possível.
Economia Líquida/ Etapa X % Relativa
20.882,40
55.497,79
84.883,24
20.104,94
181.368,37
34,5%
68,6%
8,9%
20,4%
24,5%
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00
120.000,00
140.000,00
160.000,00
180.000,00
200.000,00
Fundações Estrutura Alvenaria RevestimentoExterno
TOTAL
Eco
no
mia
Líq
uid
a (R
$)
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
80,0%
% R
elat
iva
96
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