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7

INTRODUÇÃO

Nesta monografia cujo tema será: O trabalho do Gestor Escolar, toma um

significado especial, porque propões uma reorganiza!o da estrutura escolar, em que

o gestor dei"a de ser o #nico a tomar decisões e passar a di$idir o direito e a

responsabilidade de di$idir com pais, alunos e professores%

&alaremos no 'ap(tulo ), sobre a educa!o no 'onte"to Educati$o, que

entraremos inicialmente na hist*ria da educa!o brasileira%

No 'ap(tulo +, trataremos do Gestor Escolar, na qual abordaremos trabalho

do mesmo nas escolas p#blicas%

á no 'ap(tulo -, mostraremos relatos de e"peri.ncias como gestor escolar,

realizadas nas escolas p#blicas do /istrito &ederal%

0lguns problemas e tensões aparecem quando se aplica o enfoque da gest!o

pelas escolas, com o prop*sito de melhorar a efici.ncia e a equidade% 1sto se

relaciona com a dificuldade de conciliar autonomia, participa!o e autocontrole%

O trabalho do gestor escolar realizados nas escolas pode produzir maior

qualidade e efici.ncia da educa!o, mas para que funcione eficientemente precisa ser

concebida tendo em conta as condiões espec(ficas das sociedades em que 2 aplicada%

O entendimento do conceito de gest!o já pressupõe, em si, a id2ia de

participa!o de todos, decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em

conjunto% 3ortanto, o gestor 2 menos comandante e mais habilidoso, capaz de

identificar os interesses em conflito% Ele pode descobrir um caminho mais $iá$el de

a$ano coleti$o, e ainda o co4responsá$el para a solu!o dos problemas emergentes%

/essa dimens!o, o trabalho de gestor depende muito da imagem instrucional%

5er 6transparente nas suas condutas, utilizar os recursos p#blicos com probidade e

responder pelos recursos patrimoniais, humanos, financeiros e f(sicos, contribuem

para a postura de um dirigente comprometido com o bem p#blico%

Este tema 2 importante para uma refle"!o sobre o trabalho do gestor acerca da

situa!o e perspecti$a no 8rasil, e tendo como foco de preocupa!o o atendimento 9

popula!o prestado pela escola p#blica, e que se estabeleam padrões m(nimo de

qualidade a serem alcanados com os objeti$os democráticos da escola%

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0final, acompanhado de pessoas que acreditam no imenso $alor para o pa(s com

uma melhor educa!o, o gestor e todos os que acompanham entrará no futuro com uma

institui!o reno$ada, din;mica e atuante consubstanciada numa escola de qualidade%

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<

CAPÍTULO 1

A Educação no Contexto Educativo

1.1 !i"t#$ico da Educação %$a"i&ei$a

O ensino brasileiro 2 eficiente=

Esta resposta $em sendo moldada, ou tal$ez respondida atra$2s da hist*ria da

educa!o brasileira%

3roblemas e dilemas continuam, mas para que possamos tentar elucidá4los

precisamos saber quais s!o suas ra(zes, com isso um estudo sintetizado sobre os

mo$imentos de democratiza!o faz4se necessário%

0s leituras feitas re$elam um quadro de desigualdade social que cerca a

educa!o brasileira%

>ários mo$imentos permearam a educa!o brasileira em prol da democratiza!o

da escola, tendo como determinantes os fatores sociais, pol(ticos e econ?micos de cada

2poca%

0t2 a d2cada de -@, o ensino tinha caráter e"clusi$amente proped.utico e elitista, impregnado do elemento literário e li$resco% Naquela2poca os estudos human(sticos de cultura geral esta$am centrados em

procedimentos antidemocráticos, sustentados pela elite aristocrática daeduca!o: o pri$il2gio para educa!o já nascia para tal% 0s funões eramnitidamente definidas e hierarquias das na organiza!o escolar% A'hiraldelli,)<<), p% +<B%

/iante deste quadro, podemos perceber que a desigualdade social e educacional já era $igente, s* tinha direito a educa!o quem nascia com uma situa!o financeira

estabilizada%

/e acordo com 'hagas A)<C:C@B, com a consolida!o do capitalismo industrial

no 8rasil, o atraso cient(fico4tecnol*gico de$eria ser superado e a constru!o da escola

brasileira insere4se na perspecti$a de todo o desen$ol$imento nacional, isso implicou a

defini!o de processos aut?nomos de desen$ol$imento econ?mico4social, pol(tico4

cultural e institucional, mobilizando os intelectuais a e"igirem a e"pans!o do sistemaeducacional $igente%

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)@

5egundo 'hiraldelle unior A)<<)B, o per(odo entre )<-@ 9 )<-7, 2poca de

efer$esc.ncia das ideologias democráticas, foi decisi$o para atacar a aristocratiza!o de

ensino brasileiro que, at2 ent!o, n!o tinha a estrutura de um sistema nacional%

Despaldada nos princ(pios de indi$idualidade, liberdade, democracia ediferenas indi$iduais da sociedade capitalista que determinou a organiza!o

baseada na propriedade pri$ada, a concep!o pedag*gica liberal defende aescolariza!o como forma de ascens!o social% O pensamento pedag*gicoatende que a fun!o da escola 2 a adapta!o ao social: lei do esforo adesigualdade social justa% AFa$ier, )<<@, p%)B%

/e acordo com Fa$ier A)<<@B, a escolariza!o era uma forma de ascens!o

social, ou seja, o status social era determinado pelo seu grau e escolaridade, somente

quem tinha um padr!o de $ida mais ele$ado poderia alcanar um estudo mais adequado%0 Hend.ncia 3edag*gica Iiberal, que ampara nos ditames de uma sociedade de

classes de$idamente estratificada, apoia e justifica os interesses de uma minoria

dominante da sociedade desigualitária e injusta, quando trabalha em prol de uma

economia liberal em que pre$alecem a concentra!o de renda e, em consequ.ncia, a

injustia social, ad$inda, da( sua nomenclatura tem como objeti$o primordial manter o

6status quo da sociedade liberal estratificada%

No final da d2cada de J@ e já na de @ A)<J4)<)B, o descalabro educacionaln!o poderia ser maios, gerado pela inquieta!o social e instabilidade pol(tica,

intelectuais realistas a ser$io de uma consci.ncia educacional, influenciados pelo

e"poente má"imo das ideias progressistas da Escola No$a, preparam os caminhos para

as grandes mudanas na educa!o% 0n(sio Hei"eira, um dos e"poentes do mo$imento,

constatando a fora da tradi!o seleti$a, elitista e antidemocráticas das escolas

brasileiras inating($eis para apreciá$el parcela da popula!o% O mo$imento denuncia o

clientelismo e a infiltra!o da pol(tica na educa!o, que se ser$e dela como instrumento

de poderosa ala$anca para a recompensa de leitores%

Na d2cada de @, e nos meados da de 7@ A)<@4)<7JB, surgem os mo$imentos de

educa!o popular e a I/8 A)<)B, que foi atualizada em )<7), marca definiti$amente o

per(odo% &oram intensas as manifestaões sociais em fa$or da democratiza!o da escola%

Os pressupostos das ideias de 3aulo &reire conduzem a se perceber e educar como

forma da conscientiza!o das massas, para transforma!o da estrutura social, portanto,

ela tem papel significati$o nesse processo%

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))

3aulo &reire, defensor árduo da Escola 3rogressista Iibertadora, se opunha ao

que ele chama$a de educa!o bancária Aum professor 6depositante e um aluno

6depositário numa $erdadeira transa!o bancáriaB%

0 repress!o de )<C sufoca as manifestaões populares considerando ase"peri.ncias educacionais sub$ersi$as 9 ordem estabelecida%

De$igorada no final da d2cada de 7@, as manifestaões populares lutam pela

melhoria qualitati$a do ensino, e o atendimento ao direito social 9 educa!o se $incula 9

necessidade de desen$ol$imento da tecnologia moderna% Neste horizonte 2 que se

desen$ol$e a teoria tecnicista, que se fundamentou no estruturalismo e na $is!o

sociol*gica de uma sociedade, cujas estruturas ignoram o hist*rico e consideram os

fatores de mudana como marginais no sistema social% 0 escola tecnicista que propagaum ensino cientificamente planejado, $isando resultados programados em

comportamentos obser$á$eis, opera dinamicamente como e"imia preparadora de m!o4

de4obra para o sistema industrial global da sociedade liberal, al2m de super$alorizar a

6legisla!o educacional como ponto de apoio e de defesa racional de sua atua!o

educati$a%

Os esforos de supera!o dos problemas e dos males do ensino empreendidos

pelos mo$imentos de democratiza!o escolar buscam soluões criticando a pedagogia

liberal Aque sustenta a id2ia de que a escola tem por fun!o preparar os indi$(duos para

o desempenho de papeis sociais, de acordo comas aptidões indi$iduaisB% O

entendimento de que a compet.ncia t2cnica embora necessária n!o efeti$e, na prática, o

compromisso de organiza!o dos meios materiais Aecon?micosB e planos concretos de

a!o que efeti$am a educa!o das consci.ncias intensificou as lutas%

Em )<<C uma $is!o cr(tico4reproduti$ista surge e"ercendo papel significati$o

como impulsionadora da cr(tica 9 pedagogia autoritária e tecnicista% 0t2 ent!o, a $is!o

da escola como ala$anca para o progresso e como instrumento de chances indi$iduais

para os talentosos e compromissados com os estudos, 2 considerado ing.nua para

di$ersos te*ricos%

0 $iol.ncia simb*lica 2 e"ercida atra$2s do poder de persuas!o das ideias

transmitida mediante foras simb*licas leg(timas como instrumento de poder%

Embora n!o contenha uma proposta pedag*gica a teoria da reprodu!o e"plica o

mecanismo de funcionamento da escola em absoluta forma de constitui!o sem,

contudo, modificá4la% Kostra a necessidade l*gica, social e hist*rica da escola na

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)+

sociedade capitalista e$idenciado como os determinantes materiais s!o desconhecidos e

mascarados%

/esse paradigma epistemol*gico estruturalista de$eriam conceitos que

conduzem a estrutura educacional a se pautar na objeti$idade, mediada pelodeterminismo econ?mico que coloca em segundo plano as aspiraões necessárias e as

disposiões humanas%

0 teoria cr(tico4reproduti$a contribuiu para disseminar o pessimismo e o

desanimo entre os educadores tornando remota a articula!o dos sistemas de ensino para

supera!o da marginalidade e a possibilidade de cumprir as promessas de justia e de

bem4estar social%

No final da d2cada de 7@ e in(cio da de @ A)<7<4)<@B, estudos e pesquisas sedesen$ol$eram a partir das ideias de Kar" e Gramsci, sobre a educa!o no sentido de

fa$orecer estrat2gias de mudanas substanciais e consolidar a uni$ersaliza!o do ensino%

Entende4se que o saber 2 objeto espec(fico da escola, e como meio de produ!o está

sujeito 9s contradiões das foras produti$as%

Neste horizonte de lutas, a educa!o s* pode dar certo se a gest!oescolar dedicar4se 9 tarefa de equacionar prioridades, estabelecer planosfuncionais de melhoria qualitati$a e efeti$amente $alorizar o diálogo, num

fazer pol(tico que transcende o partidarismo, optando por um no$o paradigmade gest!o em que a participa!o efeti$a e a co4responsabilidade e"ijammelhores ser$ios educati$os e, as con$icões que alimentam essa luta

possam de fato democratizar as escolas% A8raga, )<<<, p%-<B%

Essa $is!o enfatiza que para alcanar uma educa!o de qualidade o gestor tem

de estar atento as necessidades que a educa!o precisa% >alorizar a educa!o 2 um de$er

do gestor, uma participa!o efeti$a nas ati$idades escolares e busca por melhorias tem

de estar em propriedade nas con$icões de qualquer profissional minimamente

en$ol$ido na prática pedag*gica%

O hist*rico educacional retrata caminhos comple"os n!o s* para os educadores

esta$am em sala de aula, mas para os gestores que precisa$am assegurar ensino de

qualidade acima de qualquer fac!o ideol*gica%

0tualmente, as escolas est!o mais aut?nomas quanto ao trabalho pedag*gico e

social a desempenhar% Lma das causas desta mudana 2 de ordem social, na qual, no$as

demandas e"istenciais se fazem presentes%

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)-

0 escola segundo a 'onstitui!o &ederal de )<, faz parte de uma das tr.s

instituiões responsá$eis pela educa!o brasileira%

Em seu artigo +@J ressalta que:

0 educa!o, direito de todos e de$er do Estado e da fam(lia, ser Mpro$ida e incenti$ada com a colabora!o da sociedade, $isando ao plenodesen$ol$imento da pessoa, seu preparo para o e"erc(cio da cidadania e suaqualifica!o para o trabalho% A'&, )<<, art% +@JB%

0ssim sendo, a responsabilidade da fam(lia do estado e da escola se transformam

numa co4responsabilidade necessária para a forma!o do homem cidad!o do amanh!%

1.' E"co&a co(o O$)ani*ação Educativa

de $ital import;ncia, refletir sobre o caráter pol(tico e administrati$o dentro

das práticas educati$as% Em leituras feitas em particular 3aro A)<<7B re$ela que para que

haja sucesso no ambiente escolar, 2 necessário que haja uma boa rela!o entre as

práticas pol(ticas e administrati$as%

Homando a escola como local onde se busca, de forma sistemática eorganizada, a apropria!o do saber historicamente produzido e entendendo aadministra!o em seu sentido mais geral e abstrato da utiliza!o racional derecurso para a realiza!o de fins determinados, consideram4se objeto da a!oadministrati$a as práticas escolares realizadas com o prop*sito de buscar racionalmente o objeti$o pedag*gico da escola% A3aro, )<<7, p% 7)B%

'ontudo, as di$ersas ati$idades en$ol$idas na prática escolar destaca,4se as

ati$idades de $ital import;ncia para o funcionamento da escola, que s!o as ati$idades decaráter administrati$o e est!o entre elas a dire!o da escola, os ser$ios de secretaria, as

ati$idades complementares e de assist.ncia escolar%

Essas ati$idades citadas s!o realizadas pelo diretor e profissionais da escola%

No entanto, os profissionais en$ol$idos na prática escolar, enfrentam grandes

problemas para organizar de forma plaus($el a ati$idades escolares% 0s precárias

condiões de funcionamento da escola p#blica, que se $. com falta de material, espao

f(sico impr*prio para suas funões, m*$eis e equipamentos deteriorados, forma!o

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)C

inadequada do corpo docente, escassez de professores e demais funcionários, falta de

recursos materiais e financeiros para acabar com as mais elementares necessárias%

0s ati$idades de secretaria est!o sujeitas as mesmas necessidades sem contar

com a burocracia em que est!o e"postos todos os dias, que sobrecarreguem o ser$iotanto o ser$io do pessoal da secretaria quanto os dias de dire!o, que sequer sabem agir

diante das ordens contradit*rias $indas dos *rg!os superiores%

Entretanto as ati$idades de ensino e aprendizagem, tamb2m est!o inclu(das na

organiza!o da escola% 0s ati$idades de ensino aprendizagem desen$ol$idas dentro e

fora de sala de aula, a coordena!o pedag*gica e orienta!o educacional, s!o de e"trema

import;ncia para o sucesso escolar%

0 a!o administrati$a de$e trabalhar o uni$erso escolar como um todo, n!o por partes, já que muito identificam a administra!o como o controle e super$is!o do

trabalho alheio%

3ara se conhecer, analisar e controlar o que se passa dentro da escrita e

direcionar as ino$aões necessárias ao bom desempenho de suas funões, 2 preciso

e"aminar a escola por meio de uma concep!o sist.mica%

/e acordo com Iuc A+@@CB, escolas constituem uma organiza!o sistemática

aberta, isto 2, em um conjunto de elementos Apessoas com diferentes pap2is, estrutura de

relacionamento, ambiente f(sico etc%B, que interagem e se influenciam mutuamente,

conjunto esse relacionado na forma de troca de influ.ncias ao meio em que se insere%

0 escola tem uma fun!o de promo$er a melhoria da suacomunidade, pela educa!o de seus filhos, e que ao faz.4lo recebeinflu.ncia dessa comunidade, adaptando seus objetos, programas,m2todos e t2cnicas 9s necessidades% 0 escola 2 uma unidade de umsistema educacional maior, formado por um conjunto de escolas queinfluenciam direta ou indiretamente% AIuc, +@@C, p% )@B%

3ortanto, quando se pensar em algo setor escola, de$e4se pensar em suas

relaões com os demais setores, bem como com a comunidade%

Puanto maior e melhor for o entendimento das funões e condiões de

funcionamento das partes do sistema e de como interagem, maiores ser!o as

probabilidades de se tirar $antagens de seus esforos e resultados%

0s unidades de estrutura social de uma institui!o se constituem em pap2is

sociais% 5egundo Iuc A+@@CB, papel 2 a e"press!o da posi!o que corresponde 9

localiza!o da pessoa no sistema%

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)J

0 di$is!o do trabalho corresponde ao agrupamento de funões, seguindo

determinados crit2rios, de forma a permitir que a carga total de trabalho seja

desempenhada satisfatoriamente pelas pessoas dispon($eis para o sei desempenho%

O trabalho coleti$o tem sido apontado por pesquisadores e estudiosos como ocaminho mais prof(cuo para o alcance das no$as finalidades da educa!o escolar,

porque a natureza do trabalho em geral na produ!o de outros produtos%

Pualquer papel social 2 determinado por uma s2rie de fatoresinterferentes, esses fatores interferentes s!o, por e"emplo, a a$alia!o dasnecessidades e caracter(sticas da escola, a quantidade e forma!o dos seusrecursos humanos, a e"pectati$a mantida por pessoas que participam domesmo sistema social, a pr*pria concep!o do papel pelo seu ocupante%AIuc, +@@CB%

'ontudo, esse 2 um fator significati$o na determina!o de pap2is, enquanto

desempenho, paralelamente 9s e"pectati$as dos co4participantes, que 2 carregada dia a

dia no relacionamento interpessoal mantido%

O papel do professor constitui4se basicamente em ajudar o educando a aprender

em todos os aspectos, hábitos e atitudes, $alores, ideais ou qualquer tipo de

aprendizagem ainda n!o desen$ol$ida e julgada importante e necessária para o

educando tanto pessoal como socialmente% ADeeder, )<C-B%0 concep!o de que o professor 2 a figura cha$e na escola e de que na sua

pessoa está centrada a possibilidade de eficácia do processo educati$o 2 $eiculada por

$ários dos seus analistas e teorizadores%

0 eficácia do processo educati$o centra4se no professor, seus

conhecimentos, suas habilidades e suas atitudes em rela!o ao aluno a quem

de$e moti$ar% Horna4se, pois, de $ital import;ncia promo$er, antes de

qualquer coisa, o desen$ol$imento desse professor, orientá4lo e assisti4lo na promo!o de um ambiente escolar e processo educati$o significati$o para o

educando%

Em s(ntese, $alorizar o professor significa criar condiões para que ele e"era

plenamente sua fun!o de educador, isto 2, seja aquela pessoa que au"ilia cada

educando a descobrir a si mesmo e seu pr*prio caminho%

0 equipe t2cnico4administrati$a tem como fun!o principal coordenar e orientar

todos os esforos no sentido de que a escola, como um todo, produza os melhores

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)

resultados poss($eis no sentido de atendimento 9s necessidades dos educandos e

promo!o do seu desen$ol$imento% AIuc, +@@CB%

Enfim, há muito que fazer% Nesta tentati$a de traduzir a compet.ncia da equipe

pedag*gica, fica claramente e$idenciado o significado de trabalho coleti$o na escola,n!o 2 poss($el trabalhar fragmentadamente o objeto do trabalho da escola, n!o dá e n!o

2 desejá$el estabelecer fronteiras claramente delimitadas sobre o que compete a quem,

mas dá para identificar claramente que este trabalho precisa de compet.ncias

espec(ficas%

Hrabalhar para que os fins educacionais se realizem numa pol(tica onde todos os

en$ol$idos na prática escolar, sejam elas o corpo docente, comunidade escolar, ou

demais funcionários da escola, possam melhorar a educa!o torna4se tarefa de todos n!os* do administrati$o, conseguindo com isso, uma educa!o de qualidade que rodos t.m

direito%

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)7

CAPÍTULO '

+e"tão E"co&a$

'.1 A natu$e*a do t$a,a&-o eda)#)ico na a,o$da)e( do )e"to$ e"co&a$

5e no processo de trabalho, como diz 3aro A+@@CB, o homem relaciona4se com a

natureza e com outros homens, homem nenhum 2 capaz de produzir sua e"ist.ncia, sem

que para isso use o trabalho como fonte de sua e"ist.ncia e tome a mesma caracter(stica

necessária social%

necessário, portanto que na produ!o social de sua e"ist.nciaatra$2s do trabalho, o homem produza mais do que o necessário para suasubsist.ncia, ou seja, para al2m daquilo que 2 necessário para a e"ist.ncia desua fora de trabalho% A3aro, +@@C, p%-@B%

Entende4se, que para o autor o trabalho n!o se basta para atender a subsist.ncia,

mas, sobretudo, para produzir sociabilidade% 0 consci.ncia em sociedade 2 que faz a

e"ist.ncia ter sentido e significado%

Puando transportamos esses conceitos para o trabalho pedag*gico algumas

no$as especificaões precisam ser feitas, 2 preciso ter presente que se trata de um

trabalho n!o material% Kar", entendeu que o trabalho pedag*gico escolar n!o pudesse

ser submetido sen!o formalmente na sociedade capitalista, em $irtude da natureza deste

trabalho, com isso, a a$alia!o deste trabalho% 0 aula propriamente $oltada para o

esforo do profissional que o está realizando% 0 aula, propriamente dita, 2 o instrumento

pelo qual o trabalho pedag*gico 2 a$aliado%

Na sociedade a aula 2, de fato, considerada o produto do processo deeduca!o escolar% a aula, enquanto mercadoria, que se paga no ensino

pri$ado% tamb2m a aula que se tem como ser$io prestado pela escolaAp#blica ou pri$adaB e que a$alia como boa ou ruim% A Op% 'it%% +@@C, p%-+B%

0 respeito do que foi citado podemos obser$ar que independentemente do

conte#do do seu trabalho, o professor da escola pri$ada 2 um trabalhador produti$o, na

medida que seu trabalho gera lucro para o proprietário da escola% Ka escola p#blica o

empregador 2 o Estado% Este n!o aplica a educa!o para alcanar lucro, o dinheiro gaston!o 2 empregado como capital, já que seu objeti$o n!o 2 lucro% O trabalho do professor

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)

da escola p#blica 2 considerado, portanto inferior, ou seja, n!o produti$o% 3ara afirmar

que:

69 luta dos professores para melhores condiões de trabalho especialmente os professores de escola p#blica, que 2 o que entende as amplas camadastrabalhadoras da popula!o, parece esta carecendo de elabora!o te*ricasmais profundas e rigorosas que possam apontar caminhos mais seguros na

busca de um ensino uni$ersal e de qualidade% AOp% 'it%+@@C, p%-JB%

N!o de$emos esquecer que $i$emos num regime capitalista, que especula o

lucro e a competi$idade% Na prática em tal regime, a educa!o propriamente dita 2

relegada a um segundo plano% Neste conte"to, torna4se indispensá$el a luta de educador

pela $aloriza!o do seu trabalho e, por e"tens!o, por uma remunera!o condigna, que

n!o dei"a de ser, at2 certo ponto, a e"press!o dessa $aloriza!o%

5egundo 3aro A+@@CB, os educadores, de$em lutar n!o por melhorias salariais,

mas tamb2m por uma educa!o de qualidade%

N!o se quer que os trabalhadores do ensino renunciem aosmecanismos tradicionais de luta por melhores salários e condiões maisadequadas de trabalho, mas 2 preciso que as atente para outro aspecto dee"trema rele$;ncia n!o apenas para os interesses dos professores, mastamb2m para a melhora na qualidade do ensino% A3aro, +@@C, p%-B%

0 luta por uma remunera!o condigna de$e inserir4se na luta mais ampla de toda

a sociedade por condiões menos desiguais e mais justas de $ida: melhor distribui!o de

renda nacional e dos bens, para cuja produ!o todos os trabalhadores contribuem com

seu esforo% Hal conquista s* será poss($el na medida em que todas as pessoas

conseguirem participar mais ati$amente das decisões nacionais% 5* dessa forma as

decisões representar!o sempre mais os interesses de todos%

'.' +e"tão De(oc$/tica 0 Ad(ini"t$ativa.

0 constitui!o A )<B, que defende a gest!o democrática do ensino p#blico,

$em mostrar que há $ários segmentos na comunidade escolar e estabelecer no$as

relaões internas na escola e criar uma no$a estrutura organizacional fa$orá$el a

participa!o da comunidade no processo de gest!o%

5egundo 0m2lia A)<<<B, o termo gest!o democrática se refere 9 má"ima do

esforo humana coleti$o e solidário, em busca da aglutina!o de diferentes foras, para

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)<

$iabilizar e orientar a a!o administrati$a rumo 9s prioridades e 9 solu!o de problemas,

com $istas 9 realiza!o dos fins%

>i$e4se hoje um processo bastante rico de repensar da gest!o

escolar, a diferente% Ela de$erá ser capaz de remo$er os entra$es dasestruturas centralizadas, para criar condiões facilitadoras de maior capacidade de decis!o, ampliando a participa!o de professores, alunos e paisna reorganiza!o institucional do sistema de ensino% 0 gest!o democráticasurge como estrat2gia capaz de fortalecer a escola, enquanto meio de buscada qualidade e equidade, que de$e consolidar o mo$imento cr(tico, comrela!o as possibilidades de umas prá"is escolares $oltadas para atransforma!o social% A8raga, )<<<, p%7+B%

'ontudo, a gest!o democrática pensa na escola, como uma institui!o que possa

contribuir para a transforma!o social, capaz de desen$ol$er uma consci.ncia cr(tica,

le$ando as camadas mais pobres um saber historicamente acumulado% Kas na prática o

que se obser$a 2 uma ideologia onde os dominantes pregam uma injustia social onde

nega4se uma educa!o de qualidade aos dominados, ou seja, a classe trabalhadora,

causando uma grande injustia social%

/e acordo com 3aro A+@@CB, se queremos uma escola transformadora,

precisamos transformar a escola que temos a(%

0 transforma!o da escola passa necessariamente por suaapropria!o por parte das camadas trabalhadoras% nesse sentido que

precisam ser transformados o sistema da autoridade e a distribui!o do pr*prio trabalho no interior da escola%

0 esse respeito, podemos analisar a gest!o administrati$a, que muitas $ezes se

mostra um sistema hierárquico que pretensamente coloca todo o poder nas m!os do

diretor, que 2 considerado autoridade má"ima dentro da organiza!o escolar%

Na concep!o de 'urQ A)<-B, a gest!o escolar de$e incorporar e dinamizar a

refle"!o sobre as posturas tomadas no interior da escola, em termos do caráter

centralizado do processo decis*rio, e articular propostas de contribui!o coleti$a, onde a

soma de esforos transponha o relacionamento hierárquico% 0 centraliza!o encobre a

fun!o pol(tica do ato pedag*gico, compromete o bem4estar social e le$a a resultados

desastrosos, e"pressos no fracasso escolar%

'omo o responsá$el por todo o trabalho pedag*gico na institui!o escolar, o

gestor precisa se conscientizar do realismo pol(tico que molda o sistema escolar seja

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+@

pela luta dos professores por salários mais dignos, condiões de trabalho plaus($eis ou o

desejo da comunidade em ter uma escola que atenda os seus interesses sociais%

Em s(ntese, a gest!o administrati$a de$e englobar4se numa gest!o democrática

onde $alorizar as necessidades do grupo, formando diálogos, compartilhando esforos,$alorizando opiniões, $isando construir a identidade pr*pria da escola e sua autonomia,

com o intuito de fazer nascer uma no$a dimens!o de con$i$.ncia solidária, onde as

relaões participati$as superem os ideais corporati$istas e consolidem a $ontade

coleti$a%

'. +e"tão Pa$ticiativa.

0 gest!o participati$a 2 normalmente entendida como uma forma regular e

significante de en$ol$imento dos funcionários de uma organiza!o no seu processo

decis*rio AIiert, )<7)B%

Em organiza!o inclusi$e em escolas os funcionários s!o en$ol$idos no

estabelecimento de objeti$os, na tomada de decisões, na solu!o de problemas, enfim,

em todas as situaões que a organiza!o está sujeita%

0o se referir a escolas o conceito de gest!o participati$a en$ol$e al2m dos

professores e outros funcionários, os pais, os alunos, e qualquer outro representante da

comunidade que esteja interessado na escola e na melhoria do processo pedag*gico%

/e acordo com Iuc, A)<<B, gest!o 2 um trabalho associado de pessoas onde a

id2ia de participa!o 2 fundamental para que a mesma acontea%

O entendimento de gest!o já pressupõe, em si a id2ia da participa!o, isto 2, do trabalho associado de pessoas analisando situaões,decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em conjunto% 1sso

porque o ."ito de uma organiza!o depende da a!o construti$a e conjunta deseus componentes pelo trabalho associado mediante reciprocidade que criaum todo orientado por uma $ontade coleti$a% AIuc, )<<, p%-JB

0 abordagem participati$a na gest!o escolar demanda maior participa!o de

todos os interessados nos processos decis*rios da escola, en$ol$endo4os tamb2m na

realiza!o das m#ltiplas tarefas de gest!o% Esta abordagem tamb2m amplia a fonte de

habilidades e de e"peri.ncias que podem ser aplicadas na gest!o das escolas%

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+)

0 conquista da autonomia pressupõe a luta contra o autoritarismo em duas

frentes: na frente e"terna, juntamente com todos os companheiros de trabalho e

educandosR na frente interna, num trabalho de crescimento pessoal, que tamb2m

depende da con$i$.ncia social%3or fim, cabe lembrar que toda pessoa tem um poder de influenciar sobre o

conte"to de que faz parte, e"ercendo4o independentemente da sua consci.ncia desse fato

e da dire!o e inten!o de sua ati$idade% No entanto, a falta de consci.ncia dessa

interfer.ncia resulta em uma falta de consci.ncia do poder de participa!o que tem, de

que decorrem resultados negati$os para a organiza!o social e para as pr*prias pessoas

que constituem o ambiente escolar%

'..1 A vi"ão de !e&oi"a L2c34 "o,$e )e"tão.

Seloisa ITc, uma das maiores defensoras d democratiza!o do ensino e da

constru!o social da escola, acredita na descentraliza!o do ensino e numa gest!o

democrática onde todos en$ol$idos no processo educacional sejam eles, pai,

professores, gestores e a comunidade, possam participar das decisões da institui!o%

0 respeito dessa autonomia buscou4se uma gest!o aut?noma mediante a

implementa!o de diretrizes e princ(pios que fortalecessem a escola e possibilitassem a

descentraliza!o das decisões do poder central para a escola% Nesse processo a

autonomia foi entendida, conforme define Iuc:

Lm processo que se constr*i no dia a dia, mediante a!o coleti$acompetente e responsá$el, realizada mediante a supera!o de naturaisambiguidades, contradiões e conflitos% AIuc, +@@J, p%+JB%

Nessa perspecti$a, a profissionaliza!o da gest!o escolar, a moderniza!o dos

procedimentos administrati$os, a re$is!o de funões, o realinhamento das decisões e a

participa!o dos di$ersos segmentos da escola no seu gerenciamento, tornam4se o ceme

do no$o estio de gest!o, cujo conceito nos 2 apresentado p* Iuc:

A%%%B ultrapassa o de administra!o escolar, por abranger uma s2rie deconcep!o n!o abarcadas por este outro, podendo4se citar a democratiza!odo processo de constru!o social da escola e realiza!o de seu trabalho,

mediante a organiza!o de seu projeto pol(tico4pedag*gico, ocompartilhamento do poder realizado pela tomada de decis!o de forma

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++

coleti$a, a compreens!o da quest!o din;mica e confliti$a e contradit*ria dasrelaões interpessoais da organiza!o, o entendimento dessa organiza!o, oentendimento dessa organiza!o como uma entidade $i$a e din;mica,demandando uma atua!o especial de liderana e articula!o, a compress!ode que a mudana de processos educacionais en$ol$e mudanas nas relaõessociais praticamente na escola e nos sistemas de ensino% AITc, +@@@, p%)B%

ITc A+@)@B acredita que a constru!o do projeto pol(tico pedag*gico 2 uma

sa(da para o sucesso da gest!o% O impacto do projeto nas equipes escolares pode ser

a$aliado por meio da atua!o dos gestores e partir dos no$os desafios% 0 e"ecu!o, o

acompanhamento e a a$alia!o do plano de trabalho da escola resultam em um trabalho

participati$o para repercutir positi$idade o desempenho da escola%

0 autonomia para definir as prioridades e implantas as metas definidas no

conte"to escolar assegura mudanas realizadas na melhoria das condiões defuncionários da escola e do processo ensino aprendizagem% 0 necessidade de colocar o

aluno como foco do processo educati$o, e"ercer a gest!o participati$a a$aliar o

trabalho realizado e mobilizar os diferentes segmentos da escola prop(cia a

oportunidade de re$er padrões de comportamento e estilo de liderana, no conte"to

escolar% 0 descentraliza!o de recursos financeiros possibilita in$estimentos dirigidos 9s

suas prioridades e com maior economia% O pensar coleti$o sobre ensino4aprendizagem

refora a responsabilidade da equipe escolar conforme ITc%

'..' A vi"ão de A(5&ia %$a)a "o,$e )e"tão e"co&a$.

0m2lia EloQ 5antana 8raga, faz uma cr(tica a gest!o escolar, ela acredita que o

sucesso para a gest!o 2 a democratiza!o%

&undamentada por elementos hist*ricos para encorpar a discuss!o osfundamentos pol(ticos4ideol*gicos que sedimenta a prática pedag*gica, ela enfatiza a

import;ncia da cr(tica para a efici.ncia da gest!o%

O sentido cr(tico n!o significa ser antag?nico, 0m2lia ressalta a import;ncia da

criati$idade para se ter conhecimento e habilidades para se compreender os

determinantes hist*ricos da gest!o afirmando que:

/o ponto de $ista pedag*gico acredita4se nas possibilidades de

mudanas atra$2s da educa!o, concebendo4as como elemento que 2determinado da estrutura social, se hou$er um trabalho de organiza!o dos

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+-

meios materiais e planos concretos de a!o para o e"erc(cio pleno daeduca!o das consci.ncias, por meio da prática educati$a% AOp% 'it, +@@+,

p%C)B%

0m2lia ao analisar os pressupostos básicos para uma gest!o escolar democrática,

mostra que nesse sentido, a gest!o torna4se de grande rele$;ncia como base para

compreens!o do processo social global, e o homem de$e ser considerado

potencialmente capas de modelar o futuro para concretizar projetos% A8raga, +@@+B%

Entretanto, se n!o hou$er uma participa!o coleti$a, os problemas relati$os 9

estrutura organizacional afetar!o a constru!o e a reconstru!o do processo

democrático%

5abe4se que a deteriora!o de qualquer ser$io pode estar ligada auma gest!o que n!o delega poderes e funões, que n!o confia, n!o encoraja en!o estimula, sendo, portanto incapaz de re$igorar as pessoas o cotidiano desuas ati$idades% Em face dessa premissa a gest!o participati$a de$e ser o ei"ode toda organiza!o% AOp% 'it% +@@+, p%C+B%

O conte"to social precisa ser refletido e incorporado pela escola para respaldo

direcionando e encaminhando de forma institucional e pedag*gica% 0s decisões de$em

representar os interesses comuns, comprometidos com o desempenho democrático, em

busca da reunifica!o do saber e do poder%

5e a escola 2 um destinado a transmiss!o de conhecimento, 2inadiá$el que se recupere e sua fun!o prec(pua de difusora do saber,indispensá$el a uma cidadania cr(tica e responsá$el% Hrabalhando 6juntocom, o gestor escolar estará $iabilizando, criando e efeti$ando um clima de

participa!o essencial para a democratiza!o da escola e minimiza!o do processo seleti$o, aliado da desigualdade das oportunidades educacionais%AOp% 'it% +@@+, p%C-B%

5e o gestor forar as mudanas qualitati$as na escola, dinamizando e reforando

relaões coleti$as fa$orá$eis 9 adequa!o de ideias e $alores que estimulem a

consci.ncia cr(tica, re$elará um processo educati$o de imposi!o da presena do ser

humano como agente hist*rico determinante de uma no$a realidade, ou seja, o

surgimento de uma no$a concep!o de mundo, que se identifique com os elementos

decisi$os, para uma a!o aberta, onde a con$i$.ncia li$re, justa e responsá$el

potencialize a tomada de consci.ncia pelo acesso ao saber e elimine as barreiras da

democratiza!o do ensino pela desoculta!o das desigualdades que impregnam a

educa!o% A'urQ, )<JB%

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+C

Em se tratando de gest!o como um processo pol(tico:

O gestor da educa!o terá rele$;ncia pol(tica, 9 medida que os $(ciosda racionalidade burocrática forem equacionados e os atos forem

confrontados com as foras sociais que lutam pelo acesso e perman.ncia noensino, que s!o direito p#blico e subjeti$o% 'omo responsá$el pelo trabalho pedag*gico precisa se conscientizar do realismo pol(tico que emerge nosistema escolar: seja pelas lutas dos professores por melhores condiões detrabalho, seja pela disputa das classes populares, por uma escola que esqueaseus interesses e necessidades sociais, ou ainda, pela tend.ncia de maior controle por parte dos detentores do poder, por $erem ameaados os crit2riosde sustenta!o da racionalidade burocrática% A8raga, +@@+, p%CCB%

Neste conte"to, a gest!o escolar de$e fa$orecer a discuss!o dos problemas e a

participa!o cada $ez mais crescente nas decisões e no destino do fazer pedag*gico%

3or fim, $alorizar a opini!o de todos os en$ol$idos no processo escolar, 2 a

cha$e para uma gest!o democrática de qualidade% 0 con$i$.ncia humana se constr*i por

meio de conflitos permanentes% 0ssim, a gest!o escolar de$e e"plorá4los a fazer uma

s(ntese das ideias, buscando superar as di$erg.ncias, para con$ergir as aões de todos,

orientando4se por crit2rios alicerados no respeito, na liberdade, na equidade sociel e no

estilo democrático, politicamente efeti$o e rele$ante para edifica!o da qualidade de

$ida humana, no coleti$o%

'.. A vi"ão de Pa$o "o,$e )e"tão.

>itor Senrique 3aro, $. na gest!o democrática um dos pilares para a

transforma!o da educa!o no 8rasil%

0 participa!o efeti$a de pais, educadores e funcionários da escola torna4se de

fundamental import;ncia para que haja sucesso neste modelo de gest!o%Ele acredita que esse processo de transforma!o de$e constituir4se no pr*prio

processo da conquista da escola pelas camadas trabalhadoras%

Esta constata!o deri$a de uma $is!o n!o muito otimista a respeito da fun!o

desempenhada pela escola na sociedade de hoje% N!o há d#$idas de que podemos pensar

na escola como institui!o social que pode contribuir para a transforma!o social%

3ara enfatizar a import;ncia de se desen$ol$er a consci.ncia critica para

consegui concorrer a uma transforma!o social, mas infelizmente a escola n!o está

cumprindo com essa fun!o, ela 2 reprodutora de uma ideologia dominante 2 sem

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+J

negadora dos $alores dominantes e mera chancelada da injustia social, na medida em

que recoloca as pessoas nos lugares reser$ados pelas relaões que se d!o no ;mbito da

estrutura econ?mica%

5e queremos uma escola transformadora, precisamos transformar aescola como temos a(% E a transforma!o dessa escola passa necessariamente

por sua apropria!o por parte das camadas trabalhistas% nesse sentido que precisam ser transformados o sistema de autoridade e a distribui!o do pr*prio trabalho no interior da escola% A3aro, +@@+, p%)@B%

3ortanto, busca a autonomia da escola de$e consistir em conferir poder e

condiões concretas para que ela alcance objeti$os educacionais articulados com os

interesses das classes trabalhadoras% 3or isso 2 preciso, com elas, reorganizar a

autoridade no interior da escola% 0 esse respeito 3aro diz:

Na medida em que se conseguir a participa!o de todos os setores daescola educadores, alunos, funcionários e pais nas decisões sobre seusobjeti$os e seu funcionamento, ha$erá melhores condiões para pressionar isescalões superiores em adotar a escola de autonomia de recursos% AOp% 'it%+@@C, p%)+B%

'om isso, 3ara acredita que unidos, educadores e comunidade poder!o

conquistar uma educa!o de qualidade e assim formar uma consci.ncia cr(tica capaz dereorganizar democraticamente o ensino no 8rasil, esse processo de democratiza!o foi

entendido por 3aro da seguinte forma:

nesse sentido, portanto, que $ejo a necessidade de a escolaorganizar4se democraticamente com $istas a objeti$ostransformadores Aquer dizer: objeti$os articulados aos interesses dostrabalhadoresB% aqui subjaz, portanto, o suposto de que a escola s*

poderá desempenhar um papel transformador se esti$er juntos com osinteressados, se organizar para atender aos interesses embora nemsempre conscienteB das camadas 9s quais essa transforma!o fa$orece,ou seja, das camadas trabalhadoras% AOp% 'it% +@@C, p%)@B%

3or fim, a reconstru!o de um no$o modelo de gest!o onde haja um ensino

realmente $oltado para todos sem nenhum tipo de discrimina!o, onde a democracia

faa parte do cotidiano torna4se utopias uma gest!o democrática% 0 participa!o de

todos faz4se de fundamental import;ncia mas se a transforma!o da autoridade no

interior da escola for entendida como uma quimera, se a participa!o efeti$a das

camadas trabalhadoras nos destinos da educa!o escolar for uma utopia no sentido

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+

apenas de sonhos irrealizá$el, e n!o sentido que demos a pala$ra n in(cio, ent!o de nada

adianta continuarmos falando de escola como algo que possa contribuir para a

transforma!o social, e definiti$amente, de$emos dei"ar de cair as máscaras e as ilusões

com rela!o 9 escola que a( está e partir para outras soluões, ou ent!o cruzar os braose esperar passi$amente que os grupos dominantes, por meio de suas 6reformas e

6acomodaões de interesses, continuem nos fazendo engolir as soluões paliati$as que

os mant2m perenemente no poder%

'.6 Di(en"ão o&7tica e ad(ini"t$ativa da +e"tão E"co&a$.

Defletir sobre o caráter pol(tico e o administrati$o que se d!o no dia a dia da

escola pode soar bastante pretensioso, já que implica ter como objeto de analisar

praticamente tudo que se dá na unidade escolar%

/essa forma, o estabelecimento de objeti$os Apol(ticosB antecede e certamente, o

processo de atingir ati$idade Aadministrati$aB% 0l2m disso, a prática administrati$a s* se

faz sobre o m(nimo de condiões, propiciada pela disponibilidade dos recursos pelo

Estado brasileiro% Kas uma $ez, a prática pol(tica precisa anteceder a ati$idade

administrati$a, alimentando a luta pela conquista das condiões objeti$as que

possibilitaram a realiza!o do processo administrati$o% AOp%cit% +@@C, p%7<B%

/e acordo com a cita!o acima, a falta de condiões e recursos para o ensino

eficiente est!o sempre alicerados pelas burocracias da prática pol(tica, complicando

assim o sucesso do processo administrati$o% 0 prática administrati$a necessita do poder

pol(tico enquanto objeti$o que se põe, 2 algo que precisa ser con$enientemente

planejado%

O que se precisa, na $erdade, quando se $isa aparelhamento da escola p#blica

para busca efeti$a de dois objeti$os educati$os comprometidos com os interesses das

camadas trabalhadoras, 2 buscar integra!o de práticas pol(ticas com as ati$idades

administrati$as procurando tirar pro$eito do caráter e administrati$o das práticas que se

d!o no cotidiano da escola% A3aro, +@@CB%

'ontudo, criar pro$id.ncias que dizem respeito 9 instala!o de uma estrutura

pol(tico4administrati$o adequada 9 participa!o nas tomadas de decisões de todos os

setores que a( tem presena em especial seus usuários sendo na fun!o pol(tica ou

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+7

administrati$a% /e acordo com 3aro A+@@CB, na falta de mecanismo de press!o e

controle pol(tico sobre o Estado, a escola p#blica s* poderá ser o que 2 hoje: uma

mistifica!o, uma nega!o do direito 9 educa!o%

3or fim, intelectuais e pol(ticos cr(ticos alertam para as inconsci.ncias esuposiões do potencial democrático das tend.ncias que o Estado tem demonstrado

neste fim de s2culo em rela!o 9 educa!o e as consequentes implicaões desta

tend.ncia nos modelos de gest!o escolar em curso% Nesse sentido, a d2cada de )<<@, a

fase em que a l*gica de mercado e seu caráter de seleti$idade tendem a ser

institucionalizado omitindo uma realidade social na qual a desigualdade está

profundamente arraigada% Em contra partida, gerou4se um debate sobre a necessidade de

se afirmar um acordo amplo entro os $ários setores sociais, para que sejam efetuadasreformas estruturais nas instituiões sociais e pol(ticas% No caso da educa!o p#blica,

isso implica um no$o modelo de gest!o que tem como proposta reestruturar o sistema

por interm2dio da descentraliza!o financeira e administrati$a, dar autonomia 9s

instituiões escolares e responsabilizá4las pelos resultados educati$os% 0 ino$a!o $em

acompanhada de pol(ticas $oltadas para a compensa!o das desigualdades e"tremas%

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+

CAPÍTULO

A $/tica da +e"tão E"co&a$8 U( $e&ato de exe$i9ncia.

'om o objeti$o de in$estiga!o da prática de gestores de algumas escolas

p#blicas do /&, realizou4se a aplica!o de questionários para se obter respostas

descriti$as dos mesmos%

O questionário constou de cinco questões, das quais tentam le$antar a $is!o que

oito gestores possuem sobre seu conte"to de trabalho%

0 primeira quest!o faz refer.ncia ao papel do gestor para uma educa!o dequalidade% /as oito respostas obte$e4se:

)4 3apel de gestor como promo$edor de est(mulos, portanto de ordem

comportamentalR

+4 'om o en$ol$imento do pessoal da equipeR

-4 Gest!o democráticaR

C4 Pualidade de ensino O gestor 2 o personagem mais importante no

andamento e desen$ol$imento da rela!o escola e comunidade, o gestor de$e

estimular e $alorizar a intelig.ncia coleti$a, pois esses s!o os pilares de uma

democracia%

0 segunda quest!o faz refer.ncia a rela!o do gestor, escola e comunidade% /as

oito respostas obte$e4se:

)4 Dela!o n!o autoritáriaR

+4 Dela!o participati$a tanto com a comunidade quanto com sua equipeR

-4 Gest!o democrática e participati$a 0 rela!o n!o autoritária 2 a cha$e

correta do gestor em todos os seguimentos da organiza!o escolar, o gestor

de$e manter uma imagem da educa!o $oltada para o bem4estar social da

comunidade e de todos os membros da sua equipe%

0 terceira quest!o trata das atribuiões do gestor, onde se destacaram:

)4 /escentraliza!o a administra!oR

+4 Equil(brio educacionalR

-4 Organiza!o do ambiente escolarR

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+<

C4 'riar condiões para que haja uma boa rela!o escola comunidade% O gestor

2 fundamental na articula!o entre comunidade e funcionários,

desen$ol$endo um trabalho autentico nos objeti$os de resultados positi$os%

0 quarta quest!o fala das dificuldades que o gestor enfrenta para alcanar uma

gest!o de qualidade% /as oito respostas obte$e4se:

)4 8urocracia dos *rg!os superioresR

+4 &alta de coopera!o do pessoal da equipeR

-4 3ouco en$ol$imento da comunidadeR

C4 &alta de segurana

J4 1ntroduzir a prática democrática O gestor 2 o mediador entre aadministra!o p#blica, a escola e os problemas sociais que en$ol$em a

comunidade, professores, alunos e toda a equipe pedag*gica com a

finalidade de obter sucesso democrático%

3or fim, a quinta quest!o faz refer.ncia de como o gestor pode promo$er os

objeti$os da escola% 0s principais respostas foram:

)4 3romo$er a participa!o escola4sociedadeR

+4 Dealizar uma gest!o democráticaR

-4 Dealizando uma gest!o administrati$aR

C4 >alorizando opiniões O gestor de$e promo$er reuniões e palestras

$alorizando as ideias de cada participante com o objeti$o de alcanar um

compartilhamento do processo decis*rio%

Hodos os gestores falam da import;ncia de en$ol$er a comunidade com a escola%

Lma gest!o onde a participa!o de todos, introduzindo uma gest!o democrática

e participati$a torna4se de $ital import;ncia para que haja uma educa!o de qualidade a

que todos os cidad!os t.m direito, fica e$idenciado que em todas as respostas

le$antadas, mas que as gestões de$em ser participati$as e democráticas, mas, contudo,

n!o se inclui nesta tarefa%

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-@

CONCLU:ÃO

0 educa!o 2 o caminho mais $iá$el para estabelecer o conceito de cidadania atodos os cidad!os%

Despeitar todos os tipos de preconceitos, a e"clus!o social, a dignidade humana,

saber con$i$er com as diferenas 2 o comeo de uma democracia%

8uscar soluões para os problemas enfrentados pelos gestores aumentam a

rela!o escola comunidade torna4se essencial para alcanar uma educa!o de qualidade%

0 meta essencial do gestor escolar 2 desen$ol$er um trabalho democrático social

compartilhando com a sociedade%

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-)

%I%LIO+RA;IA

%RA+A, 0m2lia EloQ 5antana Gest!o Escolar: do ideal democrático 9 prática pedag*gica do cotidiano% +U edi!o re$isada%V 8ras(lia4/&, Lni$ersa,+@@+%

L<C= , Seloisa, ;REITA:, Wátia 5iqueira de, +IRLIN+, Dobert 0 escola

participati$a o trabalho do gestor escolar% JU edi!oV Dio de aneiro4D, /3X0, +@@)%

PARO, >ictor Senrique Gest!o democrática da escola p#blica% -U edi!oV 5!o 3aulo4

53, 0plicada, +@@C%

Documents

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