81
Agradecimentos 3 AGRADECIMENTOS A Deus, por tudo: o que sou, o que tenho e o que Ele tem reservado para mim, pois “TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE” Aos meus avós, Agnelo, Maria de Loudes, Sebastião (in memoriam) e Maria do Patrocínio que são minhas inspirações, um exemplo a seguir Aos meus pais, Waldir e Francisca com todo apoio e dedicação sempre foram meus alicerces, por tudo que me ensinaram que fez me tornar o que hoje sou. As minhas irmãs, por todo o carinho e incentivo recebido. Ao meu marido, Rick, um companheiro de todas as horas, pelo amor, paciência e motivação, não só nesta etapa, mas em tudo na minha vida. A toda minha família pelas orações e conselhos em especial a minha madrinha Nilce que sempre esteve ao meu lado, torcendo pelo meu sucesso. A todos da DGTL pela ajuda e paciência, em especial ao Paulo e ao Carlos que disponibilizaram todo material necessário para a realização deste trabalho Tratamento de águas residuárias de processos de galvanoplastia estudo de caso: Banho de Joias PAULA.T.N.M. (2013)

Thaty TCC

Embed Size (px)

DESCRIPTION

*

Citation preview

Anexos47AGRADECIMENTOS

A Deus, por tudo: o que sou, o que tenho e o que Ele tem reservado para mim, pois TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE

Aos meus avs, Agnelo, Maria de Loudes, Sebastio (in memoriam) e Maria do Patrocnio que so minhas inspiraes, um exemplo a seguir

Aos meus pais, Waldir e Francisca com todo apoio e dedicao sempre foram meus alicerces, por tudo que me ensinaram que fez me tornar o que hoje sou.

As minhas irms, por todo o carinho e incentivo recebido.

Ao meu marido, Rick, um companheiro de todas as horas, pelo amor, pacincia e motivao, no s nesta etapa, mas em tudo na minha vida.

A toda minha famlia pelas oraes e conselhos em especial a minha madrinha Nilce que sempre esteve ao meu lado, torcendo pelo meu sucesso.

A todos da DGTL pela ajuda e pacincia, em especial ao Paulo e ao Carlos que disponibilizaram todo material necessrio para a realizao deste trabalho

Ao professor Alexandre Rocha pela dedicada orientao

A todos aqueles que torceram e acreditaram no sucesso deste trabalho o meu MUITO OBRIGADO!

Agradecimentos3

Tratamento de guas residurias de processos de galvanoplastia estudo de caso: Banho de Joias PAULA.T.N.M. (2013)

RESUMO

PAULA, T.N.M DE. Tratamento de guas residurias de processos de galvanoplastia um estudo de caso em banho de jias. Monografia Instituto Superior de Cincias Aplicadas, Departamento de Engenharia Ambiental, Limeira, 2013.

Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficincia nos tratamentos de efluentes de galvanoplastia, no qual foi realizado um estudo de caso em uma fbrica de jias da cidade Limeira, denominada DGTL. Os efluentes galvnicos so uma mistura de substncias nocivas ao meio ambiente principalmente os metais pesados, todavia as concentraes so variveis conforme o processo produtivo, devido a essa variabilidade a definio de uma metodologia de tratamento se torna complexa. Avaliando o processo produtivo determinamos substncias qumicas com maior variao de concentrao e definimos os parmetros a serem considerados sendo eles o cobre, nquel, zinco, cromo hexavalente, cianeto e sulfato. .Para facilitar esse processo realizamos testes fsico-qumicos utilizando seis metodologias de tratamento contendo diferentes combinaes de produtos qumicos em diferentes efluentes galvnicos, para verificar a eficincia do tratamento avaliando quantitativamente e qualitativamente de acordo com o Decreto Estadual n8468 de 1976 e a norma da concessionria de abastecimento Foz do Brasil de Limeira o TARESC 2010. Os testes forma positivos a todas as metodologias, entretanto apenas uma apresentou um intervalo considervel a variabilidade que o efluente galvnico possui atendendo a legislao.

Palavras-chaves: Galvanoplastia Tratamento Efluentes Jias

Resumo3

ABSTRACT

This work aims to evaluate the efficiency in the treatment of effluents from electroplating, in which a case study was performed in a factory of jewels of the city Limeira, called DGTL. The galvanic effluents are a mixture of substances harmful to the environment mainly heavy metals, however concentrations are variable according to the productive process, due to this variability the definition of a methodology of treatment becomes complex. Evaluating the productive process we determined chemical substances with greater variation of concentration and define the parameters to be considered being they the copper, nickel, zinc, hexavalent chromium, cyanide and sulfate. To facilitate this process we ran tests using six physical-chemical treatment methodologies containing different combinations of chemicals in different galvanic effluents, to check the efficiency of the treatment evaluating quantitatively and qualitatively in agreement with the State Decree no. 8468 of 1976 and the standard of the concessionaire of supply Foz do Brasil of Limeira the TARESC 2010. The tests positive manner to all the methodologies, however, only one showed a considerable interval variability that the effluent galvanic has given the legislation.

Keywords: Electroplating Effluent Treatment Jewelry

Abstract3

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 : Relao da Ao que os Produto Qumico causam no Tratamento27

TABELA 2: Variaes das Concentraes dos Principais Banho30

TABELA 3: Diferenas entre o Decreto e o TARESC31

TABELA 4 : Cronograma dos Testes35

TABELA 5: Resultados quantitativos do Teste 142

TABELA 6: Resultados quantitativos do Teste 244

TABELA 7: Resultados quantitativos do Teste 346

Lista de Tabelas3

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Tanque de Desengraxe17

FIGURA 2: Demonstrao do Processo de Deposio Metlica18

FIGURA 3: Tanque de galvanoplastia18

FIGURA 4: Eletrodeposio19

FIGURA 5: Pea Banhada de Cobre Alcalino21

FIGURA 6: Pea Banhada de Nquel22

FIGURA 7: Pea Banhada de Ouro23

FIGURA 8: Fluxograma-Processo Produtivo DGTL29

FIGURA 9: Fluxograma Estao de Tratamento de Efluente DGTL33

FIGURA 10: Prottipo da ETE DGTL34

FIGURA 11: Tratamento M1 e M236

FIGURA 12: Tratamento M3 e M437

FIGURA 13: Tratamento M5 e M638

FIGURA 14: Floculao M1 e M241

FIGURA 15: Efluente Tratado M1 e M241

FIGURA 16: Floculao M3 e M443

FIGURA 17: Efluente Tratado M3 e M443

FIGURA 18: Floculao M5 e M645

FIGURA 19: Efluente Tratado M5 e M645

Lista de Figuras3

LISTA DE GRFICOS

Grfico 1: Anlise de Eficincia do Tratamento para Cobre47

Grfico 2: Anlise de Eficincia do Tratamento para Nquel48

Grfico 3: Anlise de Eficincia do Tratamento para Zinco49

Grfico 4: Anlise de Eficincia do Tratamento para Cromo Hexavalente50

Grfico 5: Anlise de Eficincia do Tratamento para Cianeto51

Grfico 6: Anlise de Eficincia do Tratamento para Sulfato52

Lista de Grficos3

SUMRIO

AGRADECIMENTOS4

RESUMO5

ABSTRACT6

LISTA DE TABELAS7

LISTA DE ILUSTRAES8

LISTA DE GRFICOS9

1 INTRODUO12

2 OBJETIVOS13

2.1 Objetivo Geral13

2.2 Objetivo Especfico13

3 FUNDAMENTAO TEORICA13

3.1 Galvanoplastia13

3.1.1 Histria13

3.1.2 Histria das Jias em Limeira15

3.1.3 Processo Inicial16

3.1.4 Eletrodeposio17

3.1.5 Processo Final23

3.2 Efluentes Galvnicos24

3.2.1 Caracterizao24

3.2.2 Segregao24

3.2.3 Tratamento25

3.3 Resduos28

4 MATERIAIS E METODOS28

4.1 Caracterizao28

4.2 Legislao para Lanamento de Efluentes na Rede Coletora de Esgoto31

4.3 Estao de Tratamento de Efluentes da DGTL32

4.4 Materiais33

4.5 Metodologias35

4.5.1 Testes de Tratabilidade 136

4.5.2 Teste de Tratabilidade 237

4.5.3 Teste de Tratabilidade 338

4.5.4 Procedimentos39

5 RESULTADOS E DISCURSSO40

5.1 Teste 140

5.2 Teste 242

5.3 Teste 344

5.4 Eficincia de Tratabilidade46

6 CONCLUSO52

7 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS55

8 ANEXOS56

8.1 Norma TARESC 201056

Sumrio4

1Introduo

Limeira considerada o maior plo da Amrica Latina em fabricao de jias folheadas. De acordo com o SINDIJOIAS (Jornal de Limeira, 2013) a cidade possui cerca de 460 empresas no setor de jias folheadas.O processo utilizado na produo de jias folheadas a galvanoplastia que consiste em um tratamento de superfcie no qual as peas brutas (que no possuem banho de ouro ou prata) recebem uma camada de revestimento, obtida com a imerso da pea em uma soluo contendo o on que se deseja depositar sobre a superfcie sob efeito de uma diferena de potencial (NASCIMENTO, 2006)A galvanoplastia geralmente utiliza-se de solues qumicas contendo produtos txicos como o cianeto no processo de tratamento superficial, que aps saturao as solues devem ser direcionadas para uma Estao de Tratamento de Efluentes (ETE) antes do descarte na rede coletora de esgoto ou no corpo hdrico, conforme o Decreto Estadual n 8468 de 1976.As jias so feitas geralmente de lato, ou de outros metais mais baratos e pouco resistentes, aps o processo de revestimento a pea adquire maior resistncia, conferindo-lhe melhor aspecto e durabilidade.Durante o tratamento de superfcie, a cobertura feita por metais como zinco, cobre, ouro, e prata, todavia o processo utiliza cianetos, que aps o ciclo de preparo da pea as solues antes de serem descartadas devem ser tratadas, mas caso no haja um correto tratamento deste efluente industrial, o mesmo causar srios danos ao meio ambiente, principalmente ao corpo hdrico onde sero despejadas, por possurem grande variedade de metais pesados dissolvidos e sais de cianetos No efluente galvnico h uma diversidade de substncias qumicas que possui coeficientes de solubilidade e interaes distintas o que dificulta o processo de tratamento sendo o mais usual o fsico-qumicos, todavia no h constncia na eficincia do mesmo, logo a separao das guas dos banhos facilitaria essa questo. O tratamento de efluente quando finalizado h a formao de duas fases, o sobrenadante que a fase lquida, e o precipitado, fase slida sendo a gua tratada e o lodo galvnico respectivamente, o que no determina a eficincia do tratamento, logo anlises de monitoramento quantitativas se tornam necessrias para verificar se a gua tratada est atendendo os limites exigidos pelo Decreto n 8468/76 para o descarte na rede coletora de esgoto ou no corpo hdrico.Os resduos slidos so classificados como resduo perigoso Classe I, segundo a NBR-10.004 (ABNT, 2004). O principal resduo gerado no processo de galvanizao o lodo galvnico, que tem concentrao elevada de metais pesados.Devido s problemticas no tratamento de efluentes da galvanoplastia e a dificuldade das empresas em atender as legislaes, pretende-se propor alternativas de tratamento viveis e efetivas.A fbrica de jias utilizada neste estudo ser a DGTL Indstria e Comrcio de Bijuterias LTDA localizada na rua Piau, centro da cidade de LimeiraIntroduo2

2 OBJETIVOS

2.1 GeralDeterminar uma metodologia de tratamento para efluentes galvnicos com a utilizao mnima de insumos viabilizando o reuso da gua tratada no processo2.2 Especfico Reduzir a quantidade de produtos qumicos utilizados no tratamento Reduzir o consumo de gua da empresa Aumentar a eficincia de tratamento Diminuir os riscos ambientaisObjetivos3

3 fundamentao terica

3.1 Galvanoplastia3.1.1 Histria

A galvanoplastia iniciou-se 1000 a.C, com vasos decorados com lminas de chumbo encontrados na Itlia. Alm disso, no Imprio Romano, havia inmeras peas de cobre que eram recobertas por ouro e prata fundidos, ou seja, j ocorria o revestimento da superfcie de objetos, para adquirirem maior resistncia ou beleza. (CASAGRANDE, 2009)Devido ser encontrado na natureza na sua forma metlica (pepitas) e maleabilidade para manusear, o ouro foi o primeiro metal a ser trabalhado. As tcnicas aplicadas eram o martelamento do ouro e a mistura de p de ouro com o mercrio, ambas artesanais, a primeira ocorria entre duas folhas reforadas (de origem vegetal) at chegar espessura de lminas que eram aplicadas com um tipo de cola como revestimentos de objetos, a segunda com aplicao de calor a mistura formava uma pasta com a qual recobriam uma superfcie desejada, que recebia polimento como acabamento final. (DOS SANTOS, 2010)Em 1741 foi descoberto pelo qumico francs Melouin a galvanizao a fogo ou galvanizao a quente, e patenteado pelo engenheiro Sorel, em 1837, utilizando o zinco logo a zincagem o processo mais antigo e mais utilizado na proteo de objetos feitos de ferro ou de ao. O processo o mesmo utilizado para outros materiais, porm o zinco possui uma temperatura de fuso de aproximadamente 419C e, por isso, a soluo (substrato) deve estar a uma temperatura entre 430 e 460C, acelerando a reao entre ferro e zinco. (DOS SANTOS, 2010)O anatomista e mdico italiano Luigi Galvani(1737-1798) observou a contrao de msculos de rs mortas quando em contato com diferentes metais, sem que houvesse aplicao de corrente eltrica externa, levando-a concluir que certos tecidos geravam eletricidade por si prprios eletricidade animal, semelhante a gerada por mquinas ou raios. Em 1799 os experimentos de Galvani foram repetidos pelo fsico Italiano Alessandro Volta (1745 1827), que percebeu que o tecido muscular da r, umedecido em soluo salina, conduzia uma corrente entre diferentes metais, o que sugeria que a eletricidade observada por Galvani era produzida pelos objetos de metal que prendiam as pernas da r. Ao modificar o experimento o fsico descobriu que a eletricidade resultava da reao qumica entre um fio de cobre e uma barra de ferro em soluo salina no havendo necessidade de um elemento biolgico para o fenmeno. Assim Volta produziu uma bateria ao empilhar vrios discos de cobre e zinco, separados por disco de papel ou papelo molhados, em gua salgada, prendendo este conjunto com um arame de cobre. Ao fechar o circuito, a eletricidade fluiu atravs da pilha, que passou a ser denominada de pilha galvnica ou voltaica. Mesmo rudimentar, a bateria de Volta possibilitou descobertas importantes no campo eletroqumico, inclusive a eletrodeposio.(CASAGRANDE, 2009)Em 1805 Luigi Brugnatelli realizou a eletrodeposio de ouro utilizando uma pilha voltaica. A publicao de seu trabalho foi rejeitada na Academia de Cincias da Frana pelo ditador Napoleo Bonaparte logo Luigi reportou seu experimento no Jornal Belga de Fsica e Qumica: Nos ltimos tempos, dourei completamente duas grandes medalhas de prata, atravs de uma ligao com fio de ao, ligado ao plo negativo da pilha voltaica e mantendo um depois o outro imerso em soluo amoniacal nova e bem saturada. Em 1840 a Inglaterra descobriu que cianeto de potssio um eletrlito adequado para eletrodepositar ouro e prata, atravs de uma corrente eltrica sendo mtodo barato de produzir jias. (DOS SANTOS, 2010)

3.1.2Histria das Jias em Limeira

A primeira fbrica de jias na cidade de Limeira foi fundada na dcada de 40, o que trouxe grande crescimento econmico para a cidade, na poca as colees de peas eram feitas em cermica com ouro e prata inspirada no plo de Santa Gertrudes. (VELOZO, 2009)No ano de 1950, foi inaugurada a Indstria de Jias Cardoso, na poca, maior indstria do setor no pas com mais de cem funcionrios na qual grande parte da produo ainda era manufaturada. A partir de 1959 surgiram outras fabricas de jias, como: Irmos Gullo, Unio Jias, Jias Piratininga e Brigatto Jias, aumentando o mercado de distribuio trazendo melhoramento nos processos e introduo de novas tecnologias. (ASSOCIAO LIMEIRENSE DE JOIAS)Na dcada de 1960, com a instabilidade econmica do Pas e o constante aumento no preo do ouro, o setor de jias entrou em declnio. Devido reduo do poder aquisitivo da populao, as jias folheadas e bijuterias mais baratas passaram a ser mais procuradas. Acompanhando e se adaptando nova tendncia, empresas comearam a ser criadas na cidade e a tradio ganhou fora. Os funcionrios comeavam a trabalhar bem jovens, aprendiam uma profisso e montavam negcio prprio, gerando centenas de pequenas empresas familiares. (ALMEIDA, 2012)Segundo a SINDIJOIAS atualmente Limeira localizada no estado de So Paulo possui 456 empresas relacionadas ao seguimento de jias folheadas e apenas 33% destas empresas operam diretamente com a galvanoplastia. A cidade um dos principais plos do pas, tendo representatividade de 37% de toda produo nacional equivalente a R$ 211,75 milhes, por isso Limeira denominada Capital dos Folheados, todavia h muitas outras empresas que trabalham de maneira clandestina, no havendo nenhum controle ou fiscalizao ambiental, pois a maioria destas est funcionando em casas convencionais o que dificulta a fiscalizao dos rgos ambientais. (SANTOS;YAMANAKA;PACHECO, 2005)

3.1.3 Processo Inicial

O processo de tratamento de superfcie apresenta vasto campo de aplicao. Para fins decorativos, temos alm das bijuterias, metais sanitrios, peas automotivas, emblemas e outros tipos de peas em que a esttica primordial. Alm desta funo esttica em muitas aplicaes existe a necessidade de fornecer s peas caractersticas de resistncia abraso, corroso, entre outros problemas que so solucionados com o uso da galvanoplastia. (SANTOS;YAMANAKA;PACHECO, 2005)Independente da forma de deposio metlica, os processos de galvanoplastia, de uma forma geral possui uma preparao da superfcie para receber a camada de revestimento, envolvendo limpeza e nivelamento para sua uniformizao, podendo ser por meio mecnico ou qumico. (CASAGRANDE, 2009)O desengraxante pode ser qumico ou eletroltico, processos de preparo da superfcie de deposio metlica, que servem para remover leos e sujidades que fixam na pea, conforme podemos verificar na Figura 1, o qumico so compostos alcalinos combinados com a ao de diversos sais, hidrxidos, carbonatos, silicatos, trifosfatos, boratos, pirofosfatos, que so misturados com materiais sintticos tensoativos e sabes, que deslocam a sujidade da superficie da pela suspendendo ou emulsificando-a podendo ainda reagir com ela para formar sabes solveis em gua, todavia o eletroltico a reverso de corrente eltrica sendo elas catdica e andica, a primeira forma grande quantidade de hidrognio que se desprende em grande volume produzindo uma ajuda mecnica dessas sujidades, a segunda por sua vez as peas funcionam como plo positivo, neste processo ocorre o fenmeno de oxidao das impurezas. (FREITAS; FERREIRA;SUTIL; LANDO, 2012)

Figura 1: Tanque de DesengraxeFonte Acervo do Autor

3.1.4 Eletrodeposio

O principio da galvanoplastia, de modo geral, pode ser representado pela seguinte equao:MZ+ + ze M

Os ons metlicos Mz+, que se encontram na soluo, carregados positivamente com a valncia z, so transformados em tomos metlicos M, atravs do recebimento de nmero de eltrons correspondentes e, sendo tomos metlicos, sob certas condies, formam uma camada metlica sobre um objeto qualquer. (CASAGRANDE, 2009).A deposio metlica a tecnologia responsvel pela transferncia de ons metlicos de uma dada superfcie slida ou meio lquido, para outra superfcie, seja ela metlica ou no, sendo espontnea ou forada. O processo em geral usual na galvanoplastia a eletrodeposio que uma reao forada de deposio metlica utilizando a corrente eltrica (ROSSETI, 2008)A eletrodeposio uma reao qumica de deposio metlica por meio da eletricidade, gerando uma diferena de potencial demonstrada nas seguintes equaes:

Reao de ReduoAu3+ + 3 e- Au

Reao de OxidaoAu Au+ + e-

O anodo sofre uma reao de oxidao liberando os ons metlicos positivos na soluo eletroltica, sendo atrada para a pea devida sua carga negativa se aderindo a sua superfcie, ocorrendo uma reao de reduo conforme a Figura 2 (DOS SANTOS, 2010)

Figura 2: Demonstrao do Processo de Deposio MetlicaFonte: Dos Santos, 2010

Na Figura 3 visualizamos um tanque de galvanoplastia que contm uma soluo de sal metlico e aditivos para ajuste da condutividade e controle de pH, onde dois eletrodos so imersos por uma corrente de baixa tenso, a pea a ser tratada o ctodo e o nodo um eletrodo inerte contendo o sal metlico ou barra ou cesta de esfera do mesmo metal do sal metlico para que se mantenha a concentrao dos ons metlicos na soluo. As primeiras interaes ocorridas a dissociao da gua, liberando os tomos de hidrognio no ctodo e de oxignio no nodo, sofrendo alteraes de acordo com a densidade da corrente eltrica facilitando a eletrodeposio (Figura 4) no qual os ons metlicos so transferidos pela corrente eltrica do eletrlito para o ctodo. Tal processo pode ser repetido no mesmo ctodo por eletrlitos diferentes, ou seja, a mesma pea pode receber mais de um revestimento. (CASAGRANDE, 2009)

Figura 3: Tanque de galvanoplastiaFonte Acervo do Autor

Figura 4: EletrodeposioFonte Acervo do Autor

A massa de metal depositada pode ser determinada de acordo com as leis de eletrolise estabelecidas por Michael Faraday. A primeira Lei estabelece que a massa de uma substncia eletrolisada diretamente proporcional quantidade de carga eltrica (Q) que atravessa a soluo. Q = i x tQ = quantidade de carga (coulombs C)i = intensidade da corrente (amperes A)t = tempo (segundos s)

Define-se 1 C (Coulomb)como a carga liberada por uma corrente eltrica de um ampere fluindo atravs de uma dada seo (dimetro = 1,0 cm) condutora durante um segundo; 96.500 coulombs correspondem a 1 faraday (F). A segunda Lei determina que a massa de diferentes metais depositados pela eletrlise, utilizando a mesma quantidade de carga eltrica, diretamente proporcional ao equivalente-grama do elemento. (PINTO, 2012)m = Q x Em = massa (g)E = equivalente-grama

O estudo quantitativo da eletrolise pode ser feito pela equao geral da eletrolise que expressa as duas leis de Faradaym =E x i x t

96500

No setor de galvanoplastia, consideram-se, ainda, o rendimento da soluo eletroltica e a rea da superfcie recoberta; por exemplo, para o recobrimento de uma pea de 70 cm em banho de Cu, cuja eficincia correspondente a 95 %, so aplicados 4,00 A, durante cinco minutos. O clculo da massa de Cu depositado :

Cu 2+(aq) + 2 e- Cu (s)

E =63,5=31,75 g

2

m =4,00 x 300 x 31,75x 0,95=0,38 g

96500

se a densidade da pea de 8,92 g cm -3, ento, o volume do material depositado

V =m=0,38=0,04 cm

d8,92

a espessura na deposio metlica

0,04 cm=6,0 x 10 -4 cm=6,0 m

70 cm

Essas equaes matemticas fornecem um indicio da espessura da camada formada. Entretanto, na prtica, o simples clculo da espessura no se aplica s peas recobertas no processo industrial, por se tratar de superfcies com geometria irregular, em que a facilidade de depsito maior em determinadas reas que em outras. (PINTO, 2012)Os principais banhos utilizados no processo produtivo (Figura 9) de uma fbrica de jias so o cobre alcalino, o cobre cido, o nquel, ouro e a prata. Cada banho possui uma composio qumica, e este possuem variaes de concentrao de matria-prima de acordo com o tipo e espessura do revestimento. (SANTOS;YAMANAKA;PACHECO, 2005)Na galvanoplastia o cobre utilizado como camada intermediria de outros revestimentos, principalmente sobre o ao, que simplificar todos os processos posteriores de deposio, o nquel por sua vez depositado sobre o cobre devido ser pouco reativo, se torna uma barreira impedindo a migrao do cobre e conseqentemente a contaminao da camada final.(MOREIRA; CARVALHO, 2012)O banho de cobre separado em duas fases, a primeira a alcalina, uma soluo pouco reativa com boa aderncia, formando uma fina camada de cobre com espessura variando de 2 a 3 mcrons, constituda de sais de cianeto numa corrente eltrica podendo chegar at 860 A/m conforme a Figura 5 , entretanto a segunda fase a cida, reativa composta por sais de sulfato responsvel pela formao de uma camada mais espessa na pea a evitando a visualizao de poros.(MOREIRA; CARVALHO, 2012)

Figura 5: Banho de Cobre AlcalinoFonte : Acervo do Autor

O banho de nquel conforme demonstrado na Figura 6 obtido em uma soluo aquosa, com cido brico que servir como tampo mantendo o pH entre 3,5 e 4,0 e sais de nquel responsveis pela deposio metlica com a aplicao da corrente eltrica direta entre um nodo e a pea. A eficincia do processo de deposio diminui conforme o consumo de corrente pela reao de reduo do hidrognio no ctodo ficando numa faixa de 96%, variando de acordo com as condies de eletrodeposio o pH, por exemplo, interfere na reao ctodo/banho, na qual ocorre o aumento de pH formando hidrxidos metlicos que tendem a se precipitar, devido ao consumo de ons H+ com formao de H2 no ctodo. (MOREIRA; CARVALHO, 2012)

Figura 6: Banho de NquelFonte: Acervo do Autor

Na indstria de bijuterias, separam-se os banhos de deposio de ouro em pr-ouro, ouro e cor final. Os banhos de pr-ouro e cor final so chamados banhos flash, de deposio rpida e camada baixa. O banho de pr-ouro fornece a base de ancoragem para que camadas mais espessas de ouro sejam depositadas. Sua espessura no excede os 0,2 mcrons, o banho seguinte, chamado de banho de ouro, fornece camadas acima dos 0,2 mcrons. Os componentes bsicos so os mesmos do banho de pr-ouro, variando na aditivao e na concentrao. O ltimo banho chamado banho de cor como mostra a Figura 7. Nesse banho entram sais de nquel, cobre, prata ou cobalto que fornecem cores que vo do amarelo ao verde. Todos os banhos de ouro alcalino so baseados nos sais complexos de cianeto, ouro e potssio a uma densidade de corrente para o banho oscilam entre 11 a 86 A/dm. Entretanto a deposio da prata so necessrios os mesmos processos do ouro porm o complexo de sais so de cianeto, prata e potassio numa corrente entre 11 e 120 A/dm. (SANTOS;YAMANAK;PACHECO, 2005)

Figura 7: Banho de OuroFonte: Acervo do Autor

3.1.5 Processo Final

Na finalizao aplicada a ultima cobertura da pea, a pintura, tendo como objetivo apenas proteger a superfcie, fornecendo a pea maior resistncia e durabilidade, sendo que para alguns processos galvnicos tambm so responsveis pela cor. Para evitar reaes que causam manchas nas peas devido presena de resduos do banho final, recomendado que a pea seja lavada na gua corrente anterior a pintura. A pintura uma tcnica bastante antiga e nos ltimos anos, o desenvolvimento tecnolgico neste setor tem sido intenso, possibilitando melhor qualidade na formao da pelcula final. (SEBRAE-MG, 2008)Os mecanismos de proteo so definidos tomando-se o ao como substrato de referncia. Nesse sentido h trs mecanismos de proteo: barreira, inibio e eletroqumico. A barreira uma pelcula introduzida na pea em um meio corrosivo com alta resistncia at que abaixe a corrente de corroso a nveis desprezveis, a inibio por sua vez so pigmentos inibidores que formam uma camada sobre a superfcie do metal, impedindo a sua passagem para a forma inica, e o eletroqumico a mistura com da tinta com outro metal para proteger catodicamente o superfcie ligando-se a ela num sistema andico. (SEBRAE-MG, 2008)

3.2 Efluentes Galvnicos

3.2.1 Caracterizao

Os efluentes lquidos so provenientes do descarte de banhos qumicos, desengraxantes, decapantes, passivadores e gua de lavagem podendo ser coloridos, cidos ou alcalinos. (SANTOS; MARTINS; JUNIOR, 2012)A gua o principal insumo utilizado nas industrias de galvanoplastia, com exceo do desengraxe por solventes, todos os outros banhos so solues aquosas, alm disso durante todo o processo de revestimento a pea imersa em solues aquosas para serem lavadas, sendo esta etapa a grande responsvel pela maior parte dos efluentes gerados contendo grandes quantidades de metais pesados, sais, cidos ou hidrxidos, sendo estas substncias nocivas ao meio ambiente. (SANTOS;YAMANAKA;PACHECO, 2005)Devido a dificuldade de se obter informaes reais, sobre todos os processos existentes dentro de empresas que trabalham com tratamento de superfcie, o primeiro passo para se definir qualquer tipo de processo de controle ambiental a caracterizao dos resduos, bem como sua composio qumica e estado fsico. A caracterizao dos efluentes lquidos, nos d um bom perfil do potencial poluente da empresa, identificando assim a presena dos elementos mais provveis desta tipologia, em galvanizao: Cr6+, Cr3+, CN-, Fe, Zn, Cu, Ni, Sn, SO-24; em fosfatizao: fosfatos, Fe, Zn, CN; Cr3+ ;em anodizao: Al, Sn, Ni, F; (PONTE, 2003)As caractersticas sensoriais dos efluentes tambm so importantes notadamente pois so de fcil percepo, o odor e a cor, sendo estes, resultado das reaes qumicas da mistura das substncias qumicas presentes nos efluentes de todo processo fabril, podendo ser substncias orgnicas ou inorgnicas. (GANDHI, 2004)

3.2.2 Segregao

Os resduos lquidos provenientes dos processos de tratamento de superfcie de metais podem ser agrupados basicamente em dois grupos principais: os concentrados e os diludos. Os concentrados so descartados periodicamente e os diludos so descartados, geralmente de forma contnua. Estes devem ser segregados de acordo com suas caractersticas qumicas, atravs de tubulaes para os tanques de armazenamento, necessitando de um sistema de equalizao antes de serem submetidos ao tratamento. Este procedimento proporciona um ganho de consistncia ou parcial estabilidade em suas caractersticas fsico qumicas, facilitando desta forma, um bom desempenho do tratamento. Grandes variaes dificultam a operao da instalao de tratamento, pois as oscilaes bruscas das caractersticas fsicas qumica dos resduos lquidos causam o desbalanceamento dos sistemas de dosagem de reagentes ocasionado dificuldades na operao da unidade e padronizao dos resultados finais. (PONTE, 2003)

3.2.3 Tratamento Todo processo de galvanoplastia gera grandes quantidades de efluentes, tornando a gua um dos seus principais insumos. Devido ao elevado teor de diversos produtos qumicos, interaes intermoleculares e caracteristicas distintas dos mesmos, a segregao dos efluentes se torna uma alternativa atrativa para a definio de um tratamento, reduo de produtos qumicos e padres de qualidade do efluente superior ao exigido pela legislao podendo possivelmente reutilizar a gua no processo produtivo. (COELHO, 2009)Os sistemas de tratamentos de efluentes objetivam primordialmente atender legislao ambiental e em alguns casos ao reuso de guas. Para a definio do processo de tratamento dos efluentes industriais so testadas e utilizadas diversas operaes unitrias. Os processos podem ser classificados em fsicos, qumicos e biolgicos em funo da natureza dos poluentes a serem removidos e ou das operaes unitrias utilizadas para o tratamento. (GANDHI, 2004)O processo de tratamento fsico no interfere na composio qumica do efluente basicamente remove slidos em suspenso, sedimentveis e flutuantes com o auxilio de equipamentos ou da gravidade, e o qumico reage com o efluente devido a adio de coagulantes e oxidantes, por exemplo, alterando sua composio, mas para alguns efluentes que h variadas substncias, h necessidade da combinao dos processos, para que ocorra o tratamento, neste caso denominamos de fsico- qumico.(GANDHI, 2004)As solues galvnicas possuem altas concentraes de metais pesados, decapantes, desengraxantes surfactantes, sais, fosfatizantes entre outros aditivos, dificultando o tratamento, pois geralmente h mais de um tipo de eletrodeposio na mesma fbrica, todavia seus efluentes so misturados e tratados simultaneamente. (SANTOS;YAMANAKA;PACHECO, 2005) Como h altas taxas de carga inorgnica presente nos efluentes galvnicos o tratamento feito por processo, fsico-qumico, para a precipitao dos metais e sais. A reao qumica entre as substncia do efluente e as do tratamento deve haver equilibrio estequiometrico para um efetivo tratamento. (PONTE, 2003)H trs tipos de classes de produtos utilizados no tratamento fsico-qumico, os de controle de potencial hidrogeninico, ou pH (cidos e bases), os coagulantes (reagentes) e os floculantes (precipitadores). Para seleo dos produtos a serem utilizados no tratamento, so necessrias simulaes de tratamento de acordo com a reatividade e caractersticas das substncias qumicas presentes.(NUNES, 2001)Os tipos de tratamentos fsico-qumicos mais utilizados so precipitao qumica com uso de coagulantes e precipitao qumica pela variao de pH. Precipitao com Coagulantes: So adicionados ao efluente, produtos qumicos como sais de alumnio e de ferro, que reagem com a alcalinidade formando hidrxidos que desestabilizam as partculas, de flocos de poluentes inorgnicos, matrias insolveis, metais pesados, matrias orgnicos no biodegradveis e slidos em suspenso. Estes podem, ainda formar flocos densos com melhor sedimentao, ou de baixa densidade ficando dispersos em todo o efluente, podendo ser removidos pela filtrao ou pela adio de um auxiliar de precipitao. Precipitao com Variao de pH: So adicionados produtos qumicos cidos ou alcalinos provocando uma desestabilizao nas ligaes qumicas do efluente precipitando as substncias. Com a variao de pH possvel precipitar metais pesados elevando o pH , por exemplo o Cal Qumica na forma de hidrxidos, carbonatos, ou fosfatos. O conhecimento da faixa de pH timo na precipitao de slidos torna-se o mtodo mais seguro, h tambm precipitaes em pH cidos para corantes e curtumes por exemplo, mas geralmente a precipitao ocorre na fase alcalina. s vezes para alcanar melhor eficincia no processo acrescenta-se um pouco de coagulantes. (NUNES, 2001)

Na Tabela 1 mostrado a listagem dos produtos mais utilizados para os tratamentos:

CoagulantesOxidantesAuxiliares de FloculaoRemoo de CorRedutoresCorreo de pH de efluentes cidosCorreo de pH de efluente Alcalino

Sulfato de AlumnioCloroPolmeroCloroBissulfito de SdioCal Qumicacido Sulfrico

Cloreto FrricoHipoclorito de SdioSlica AtivadaOznioMetabissulfito de SdioCarbonato de Clciocido Clordrico

Sulfato FrricoOznio-Carvo AtivadoSulfato FerrosoHidrxido de SdioCorreo de pH de efluente Alcalino

Polmero CatinicoDixido de Cloro-CoagulantesDixido de EnxofreCarbonato de Sdio

Policloreto de AlumnioPerxidos-Remoo de CorRedutoresCorreo de pH de efluentes cidos

Tabela 1 : Relao da Ao que os Produto Qumico causam no TratamentoFonte: Nunes, 2001

A eficincia do tratamento est inteiramente ligada ao tipo de operao escolhida, logo uma anlise do processo operacional capacita melhor tal escolha. Neste processo devemos avaliar os seguintes parmetros Demanda Qumica de Oxignio (DQO) e a Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO):4 DQO < 2DBO recomendam-se os tratamentos biolgicos convencionais devido a grande parte da matria orgnica ser biodegradvel5 3DQO> DBO recomendam-se os tratamentos fsico qumicos devido a grande parte da matria orgnica no ser biodegradvel6 DQO DBO recomendam-se a utilizao dos tratamentos fsico-qumicos e do biolgico respectivamenteNo caso da galvanoplastia os tratamentos fsico-qumicos, so mais adequados, devido a DQO ser mais significativa que a DBO. Alm disso, esse tipo de tratamento recomendado na remoo de poluentes inorgnicos, metais pesados, leos e graxas, cor, slidos sedimentveis, slidos em suspenso atravs de coagulao, matrias orgnicas no biodegradveis, slidos dissolvidos por precipitao qumica e compostos atravs de oxidao qumica, onde a galvanoplastia possui uma carga excedente. (NUNES, 2001)

3.3 Resduos

Durante o processo de galvanizao, como em todos os processos de produo, gerada uma grande variedade de resduos. Muitos deles so txicos e se transformam em problemas para as empresas e para o meio ambiente. Alguns desses resduos podem ser utilizados como coprodutos, tendo um valor agregado ao mesmo, entretanto h muitos que no tm aplicabilidade. (PINTO, 2012)Os principais resduos slidos gerados numa galvanoplastia o lodo galvnico, que contm sais metlicos precipitados na forma de hidrxidos, os produtos rejeitados, os resduos de polimento, notadamente o lodo do tratamento, so um dos problemas que mais afeta a atividade. Este resduo classificado como Classe I- Perigoso, pela ABNT NBR 10004, o que exige esta destinao controlada, atualmente, a alternativa mais usada a disposio em aterros especiais, com altos custos, em funo dos metais presentes no lodo. (SANTOS;YAMANAKA;PACHECO, 2005) As propriedades dos resduos gerados pelas indstrias galvnicas dependem do grau de pureza das matrias-primas utilizadas, da natureza das peas a serem revestidas, da concentrao dos banhos galvnicos e da eficincia do processo de tratamento de efluentes, entre outros (PUGAS, 2007)Reviso Bibliogrfica18

4 MATERIAL E MTODOS

Este trabalho foi desenvolvido em parceria com a DGTL Comercial LTDA -ME. A empresa possui 5 anos de atuao no mercado de galvanoplastia, atuando no segmento de bijuterias, possuindo linhas de produo manuais.

4.1 Caracterizao do Efluente

A linha de produo que foi objeto deste estudo est representada na Figura 8, que apresenta o fluxograma das etapas de tratamento.

Figura 8 : Fluxograma-Processo Produtivo DGTLFonte Acervo do AutorComo pode-se observar no fluxograma, as etapas de eletrodeposio h presena apenas dos metais cobre, nquel, ouro e prata, todavia h no processo a recuperao do ouro e da prata dos banhos usados logo para estes metais os resultados quantitativos sero insignificantes visto que apenas a gua de lavagem destes banhos transferem alguma carga, j os banhos de cobre e nquel no possuem recuperao, portanto h uma carga excedentes para estes metais no efluente.No processo produtivo h outras substncias qumicas para a composio dos banhos, conforme dados fornecidos pela DGTL temos as seguintes matrias-primas7 Metais: Ouro, Prata, Cobre e Nquel 8 Sais: Cloreto de Nquel, Sulfato de Nquel e Cobre, Cianeto de Sdio e Potssio9 cidos: Bricos, Sulfricos, Clordricos e Ntricos10 Base: Soda Caustica11 xidos: Perxido de Hidrognio12 Orgnicos: VernizO processo produtivo no funciona de maneira continua, pois a produo funciona conforme as encomenda dos distribuidores, havendo uma variao no seu ciclo produtivo, que influencia diretamente a concentrao de metais e sais inorgnicos no efluente gerado. A Tabela 2 que representa a concentrao varivel dos principais banhos realizados na DGTL consequentemente o mesmo ir ocorrer no reator de tratamento.

Banho de OuroBanho de Prata

MetaisVolume (Litros)Galvanoplastia (kg)MetaisVolume(Litros)Galvanoplastia (kg)

Ciclo NormalVariaesCiclo NormalVariaes

Cobre:Nquel:Ouro:95048010536,7376,21,511 a 7535 a 3108 a 20Cobre:Nquel:Prata:2502006013,1555,02,8511 a 3035 a 24030 a 65

Tabela 2: Variaes das Concentraes dos Principais BanhosFonte: Acervo do Autor

A estao de tratamento de efluente deve operar de acordo com as caractersticas que esse efluente possui para que o tratamento ocorra de maneira efetiva. Todo o efluente gerado durante a produo de bijouterias folheadas se mistura no tanque pulmo antes do tratamento, que dificulta a definio de uma metodologia de tratamento constante, pois h a necessidade do monitoramento continuo da estao.O tratamento do efluente ocorre com adio macia de quantidades elevadas de produtos qumicos para o tratamento, o que dificulta uma eficincia no tratamento, o ideal seria a separao dos efluentes, assim o tratamento ocorreria de maneira mais efetiva, alm disso o gasto com produtos qumicos seria menor

4.2 Legislao para Lanamento do Efluente na Rede Coletora de Esgoto

Ao final do tratamento a gua tratada pode retornar a linha de produo formando um ciclo, mas mesmo assim haveria um perodo de descarte devido saturao da gua. Desta maneira o consumo final de gua seria reduzido, entretanto geralmente a gua descartada na rede coletora de esgoto mas para ocorrer tal descarte h necessidade desta gua atender os padres de lanamento na rede coletora conforme o artigo 19 do Decreto Estadual 8468 de 1976.Todavia em Limeira a concessionria Foz do Brasil responsvel pela rede coletora de esgoto exige tambm que as empresas estejam cadastradas e de acordo com o Termo de Aceitao de Recebimento de Efluentes no Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto de Limeira (TARESC). Apesar de ser um controle interno da concessionria de Limeira a Foz do Brasil, o mesmo se torna obrigatrio caso a empresa no tenha outra opo de lanamento do efluente tratado, lembrando que para alguns parmetros a norma TARESC de 2010 define limites mais restritivos de alguns parametros do Decreto Estadual 8468/76, conforme a Tabela 3.

ParmetrosDecreto Estadual N8468/1976TARESC 2010

Arsnio1,5 mg/l1,0 mg/l

Cdmio1,5 mg/l1,0 mg/l

Chumbo1,5 mg/l1,0 mg/l

Cobre1,5 mg/l1,0 mg/l

Cromo Hexavalente1,5 mg/l1,0 mg/l

Mercrio1,5 mg/l1,0 mg/l

Prata1,5 mg/l1,0 mg/l

Selenio1,5 mg/l1,0 mg/l

Sulfato1000 mg/l500 mg/l

Tabela 3: Diferenas entre o Decreto e o TARESCFonte: Acervo do Autor

A norma TARESC de 2010 adotou tal medida para evitar perda no sistema de tratamento biolgico na ETE da Foz do Brasil, o que provocaria perda de eficincia no processo e o consequente lanamento de gua inadequada ao corpo hdrico causando contaminao e destruio do ecossistema aqutico.Devido s altas cargas de metais e sais aps o tratamento h uma gerao acentuada de lodo com metais e sais de forma precipitada, em aglomerados classificados segundo a NBR 10004 em Resduos Perigosos (classe I). Assim a ABNT NBR 100004 exige uma destinao controlada, para o lodo galvnico, que de acordo com o Certificado de Movimentao de Resduos de Interesse Ambiental a DGTL destinada uma parte de seus resduos para coprocessamento e os demais para aterro industrial.

4.3 Estao de Tratamento de Efluentes DGTLA estao de tratamento de efluentes da DGTL representada pela Figura 9 composta de 2 tanques pulmes, sendo o primeiro com capacidade para 10 m e o segundo 5 m, um retor possui capacidade de 5 m, um tanque filtrante 3 m e um leito de secagem 6 m.Toda a gua do processo vai direto para o tanque pulmo 2, quando este atinge sua capacidade o efluente liberado para o reator e o novo efluente da produo direcionado para o tanque pulmo 1, como o reator opera por batelada quando o efluente atinge sua capacidade sua vlvula fechada para o inicio do tratamento, este processo favorece o tratamento, pois como ocorrem variaes constantes nas concentraes dos metais, a metodologia de tratamento pode possuir algumas variveis de acordo com o comportamento do reator.Aps o tratamento a gua liberada pela caixa coletora para o esgoto e o lodo para o tanque filtrante devido o lodo possuir grande quantidade de gua, em seguida a massa densa e transferida manualmente para o leito de secagem, para depois de seco ser embalado nas bombonas de resduos e direcionado ao coprocessamento.

Figura 9: Fluxograma da ETE DGTLFonte Acervo do Autor

4.4 Materiais O reator de tratamento da DGTL tem capacidade de 5000 litros por batelada ento foi montado um sistema de tratamento em pequena escala com capacidade de 5 litros utilizando um compressor, mangueiras de aqurio e baldes graduados, conforme mostrado na Figura 10

Figura10: Prottipo da ETE DGTL 1-Compressor 2-Juno da mangueira do compressor com a mangueira de aqurio 3-Balde com aerao produzida pela mangueira de aqurio 4-Sistema completo Fonte: Acervo do AutorA estequiometria das reaes deve ser mantida no interior do reator. Portanto se faz necessrio equipamentos e vidrarias graduadas, assim utilizadas uma balana analtica, Becker, basto de vidro, pipeta graduada, proveta e copos plsticos descartveis que utilizamos para as pesagens e borrifador de gua para quebra de espuma.Os produtos qumicos essenciais para se obter uma boa eficincia no tratamento so os coagulantes, pois so responsveis pela separao da gua dos solutos. Portanto devido ao baixo custo e serem os mais usuais nesses tratamentos utilizaremos o Cloreto Frrico 37%, o Policloreto de Alumnio 18% e o Polmero Catinico granulado variando em suas combinaes e dosagens para cada alquota. De maneira geral foi utilizado o cido Clordrico, Hidrxido de Sdio e Hidrxido de Clcio para a correo de potencial hidrogeninico (pH) e reao com o cobre,nquel e zinco, o Metabissulfito de Sdio para o cromo hexavalente, o Hipoclorito de Sdio para o cianeto e o Cloreto de Brio para o sulfato.

4.5 Metodologias

Conforme os estudos os efluentes galvnicos sofrem constantes variaes de concentraes de soluto (substncias dissolvidas), portanto foram realizados trs testes de tratabilidade contendo duas alquotas coletadas em dias diferentes, garantindo a utilizao de efluentes distintos em suas caractersticas, demonstrado na Tabela 4

DatasTeste 1 (T1)Teste 2 (T2)Teste 3 (T3)

04/10Metodologia 1 (M1)--

Metodologia 2 (M2)--

09/10-Metodologia 3 (M3)-

-Metodologia 4 (M4)-

15/10--Metodologia 5 (M5)

--Metodologia 6 (M6)

Tabela 4 : Cronograma dos TestesFonte: Acervo do Autor

Cada alquota ser tratada com um procedimento sendo um total de seis alquotas e procedimentos, contendo variaes de produtos qumicos, combinaes e quantidades baseando em observaes no processo produtivo da DGTL. Identificamos as substncias presentes podem estar presentes no efluente, sendo o cobre, nquel, cianeto e o sulfato, pontos crticos devido a restrio quantitativa para esses parmetros ser maior na legislao pela nocividade das substncias ao meio ambiente. Entretanto a empresa responsvel pelo tratamento de efluentes da DGTL monitora o cromo hexavalente e o zinco, mesmo sendo estes tambm considerados pontos crticos no foi identificado tais produtos na linha de produo, mas para verificar a necessidade de tratamento destes paramentros, consideraremos os mesmos nos testes. 4.5.1 Testes de Tratabilidade 1

O teste de tratabilidade T1 foi realizado com as metodologias de tratamento M1 e M2 nas quais a correo de pH com os produtos qumicos Hidrxido de Clcio, Hidrxido de Sdio foi realizada aps o adicionamento do Metabissulfito de Sdio e dos coagulantes Cloreto Frrico e Policloreto de Alumnio para M1 e Polmero para M2, o Hipoclorito de Sdio e o Cloreto de Brio, foram adicionados igualmente em ambas metodologias.O efluente analisado tinha como principal fonte geradora o processo de limpeza de peas brutas, que utiliza grandes quantidades de perxido de hidrognio, substncia extremamente reativa, logo durante o processo de tratamento houve intensa gerao de espuma resultado da intensa reatividade, como podemos verificar na Figura 11, no qual foi necessria a reduo da agitao por alguns minutos e com auxlio de um borrifador contendo gua, assim jateamos gua limpa na sua superfcie, desfazendo a espuma formada temporariamente, mas o suficiente para o controle da amostra. Alm disso o efluente estava com o pH muito baixo igual a 3, para a sua correo adicionou Cal Qumica e Soda Caustica substncias alcalinas que contriburam para a reduo da reatividade, devido a formao de sais com o aumento do pH

Figura 11: Tratamento do Efluente M1-Metodologia 1 M2-Metodologia 2Fonte Acervo do Autor

4.5.2 Testes de Tratabilidade 2O teste de tratabilidade T2 foi realizado com as metodologias de tratamento M3 e M4 nas quais a correo de pH com os produtos qumicos Hidrxido de Clcio, Hidrxido de Sdio foi realizada aps o adicionamento dos coagulantes Policloreto de Alumnio e Polmero para M3, todavia para M4 a correo de pH com os produtos qumicos Hidrxido de Clcio, Hidrxido de Sdio foi realizada anterior ao adicionamento do coagulante Polmero, o Hipoclorito de Sdio e o Cloreto de Brio, foram adicionados em menores propores que no Teste 1 em ambas metodologias.O pH inicial deste efluente foi extremamente cido com grau 1,0 devido a intensa atividade dos banhos que conferiu uma colorao turva, podendo ser visualizado na Figura 12. Alm disso, no havia ocorrido processo de limpeza de peas brutas neste dia, logo no tratamento no houve gerao de espuma significativa, pois no inicio do processo de tratamento a amostra se comportou de maneira estvel com a adio das substncias alcalinas, Cal Qumica e Hidrxido de Sdio 50 % havendo uma reao de neutralizao, formando sais solveis.

Figura 12: Tratamento do Efluente M3-Metodologia 3 M4-Metodologia 4Fonte: Acervo do AutorNeste teste as correes finais do pH ocorreram em diferentes momentos, para M3 a correo foi realizada aps o adicionamento dos coagulantes e M4 de maneira inversa.Em M3 temos uma combinao de coagulantes, o Policloreto de Alumnio 18% e o Polmero Catinico respectivamente e M4 usou apenas o Polmero

4.5.3 Testes de tratabilidade 3O teste de tratabilidade T3 foi realizado com as metodologias de tratamento M5 e M6 nas quais a correo de pH com os produtos qumicos Hidrxido de Clcio, Hidrxido de Sdio foi realizada anterior aos coagulantes Policloreto de Alumnio para M5 e Cloreto Frrico e Polmero para M6, o Hipoclorito de Sdio e o Cloreto de Brio, foram adicionados em menores propores que no Teste 2 em ambas metodologias.Para a realizao deste teste foi aguardado um dia no qual tanto os banhos, quanto a limpeza ocorreram simultaneamente no qual o pH inicial foi igual a 4,0 . Neste teste o efluente apresentou caracterstica de tamponamento (quando a soluo no sofre variao de pH), que dificultou a correo do pH para 13, sendo necessria uma quantidade elevada de Cal Qumica e Soda Custica, para que ocorra a desestabilizao do sistema e variao do pH, possibilitando a sua correo, assim o efluente adquiriu uma colorao mais turva e densa conforme a Figura 13. Figura13: Tratamento do Efluente M5-Metodologia 5 M6-Metodologia 6Fonte: Acervo do Autor

A aparncia do efluente aps a desestabilidade do sistema demonstra que alguns resduos do efluente formaram aglomerados, facilitando a ao dos coagulantes na formao de flocos.

4.5.4 Procedimento

Para o inicio dos trabalhos o compressor foi ligado para manter uma homogeneidade no sistema, possibilitando a aferio do potencial hidrogeninico (pH) e coleta do efluente bruto para anlise.A precipitao dos metais cobre, nquel e zinco acontece em pH alto, sendo necessria a correo do pH com Hidrxido de Clcio (Cal Qumica) at atingir pH igual a 9,0, e Hidrxido de Sdio 50% (Soda Custica) finalizando a correo para pH de 13,mediante agitao por 5 minutos. Exceto para o T1 que a correo do pH s foi realizada aps o adicionamento de 500 mg de Metabissulfito de Sdio para a reduo de cromo hexavalente em cromo trivalente, agitando por 5 minutos. Devido ao alto consumo de cianeto e sulfato, em todos os testes ser utilizado Hipoclorito de Sdio e Cloreto de Brio. Para que ocorra reduo do cianeto em cianato foi adicionado em ambas as alquotas 15 ml, 10 ml e 5 ml de Hipoclorito de Sdio (Cloro) e precipitao do sulfato o Cloreto de Brio em ambas alquotas 60 g, 50 g, 40 g para o teste 1, 2 e 3 respectivamente, todavia para M1, M3 e M5 o Cloreto de Brio foi adicionado anterior ao Hipoclorito de Sdio sendo que M2, M4 e M6 o processo foi invertido, para todos o perodo de agitao de 30 minutos depois de cada adicionamento.A finalizao do tratamento diferente para cada alquota, logo em T1M1 adicionou 6,0 ml de Cloreto Frrico e 6,0 ml do Policloreto de Alumnio com intervalo de 5 minutos entre eles. Aps a agitao, desligou o compressor por 1 hora, separou o sobrenadante do lodo formado, acertou o pH 8,5 com Hidrxido de Sdio 50 % (Soda Custica), agitou por 5 minutos, desligou o compressor por 2 horas e coletou o sobrenadante.Em T1M2 utilizou um Becker para dissolver 200 mg de Polmero Catinico em 15 ml de gua e foi adicionado o contedo em M2, agitou por 5 minutos, desligou o compressor por 1 hora, separou o sobrenadante do lodo formado, acertou o pH 8,0 com cido Clordrico 37% (cido Muritico) agitou por 5 minutos, desligou o compressor por 2 horas e coletou o sobrenadante.No T2M3 adicionou 6 ml do Policloreto de Alumnio 18%, agitou por 5 minutos, em seguida adicionou o Polmero Catinico previamente preparado com 200 mg de Polmero Catinico em 15 ml de gua, agitou por 5 minutos desligou o compressor por 1 hora, separou o sobrenadante do lodo formado, acertou o pH 8,5 com cido Clordrico 37% (cido Muritico) e Hidrxido de Sdio 50% (Soda Custica) agitou por 5 minutos, desligou o compressor por 2 horas e coletou o sobrenadante. Acertou o pH para 8,0 / 8,5 com cido Clordrico e Soda CusticaPara as alquotas T2M4, T3M5 e T3M6 a correo do pH foi realizada anterior aos coagulantes. No T2M4 acertou o pH para 9 com cido Clordrico 37% (cido Muritico), agitou por 5 minutos, em seguida adicionou o Polmero Catinico previamente preparado com 200 mg de Polmero Catinico em 15 ml de gua, agitou por 5 minutos desligou o compressor por 1 hora e coletou o sobrenadante.No T3M5 adicionou cido Clordrico 37% (cido Mritico) e Hidrxido de Sdio 50% (Soda Custica) para acertar o pH para 8,5 , em seguida adicionou 12 ml do Policloreto de Alumnio 18%, agitou por 5 minutos, desligou o compressor por 1 hora, e coletou o sobrenadante. No T3M6 adicionou cido Clordrico 37% (cido Mritico) e Hidrxido de Sdio 50% (Soda Custica) para acertar o pH para 9 , em seguida adicionou 12 ml do Cloreto Frrico 38%, agitou por 5 minutos, em seguida adicionou o Polmero Catinico previamente preparado com 200 mg de Polmero Catinico em 15 ml de gua, agitou por 5 minutos, desligou o compressor por 1 hora, e coletou o sobrenadante.

Material e Mtodos30

5RESULTADOS E DISCUSSO

5.1 Teste 1Durante o tratamento o T1M1 e o T1M2 permaneceram com caractersticas semelhantes at o adicionamento dos coagulantes para M1 uma combinao de Policloreto de Alumnio 18% com o Cloreto Frrico 38% e M2 o Polmero Catinico, havendo ntida diferenciao na sua floculao e colorao conforme podemos observar na Figura 14.

Figura 14: FloculaoFonte: Acervo do Autor

O M1 apresentou uma mudana de colorao e formao de flocos finos e leves como uma mistura algodo, em contrapartida o M2 apenas formou flocos bem definidos e pesados, pois apesar de ambos terem ficado o mesmo tempo sem agitao, o M2 precipitou rapidamente os flocos homogeneamente, mas M1 no atingiu a precipitao total devido aparncia turva da gua, conforme a figura 15.

Figura 15: Efluente TratadoFonte: Acervo do AutorAs amostras dos sobrenadantes coletadas foram encaminhadas para o laboratrio externo no qual apresentaram os seguintes resultados para as metodologias conforme a Tabela 5Decreto Estadual n 8468/1976Amostra BrutaMetodologia (M1)Metodologia (M2)TARESC 2010

Cobre (mg/l)1,55091,00,51,0

Nquel (mg/l)2,059,50,30,52,0

Zinco (mg/l)5,0