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 ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE ALEGRETE - RS: CARACTERÍSTICAS E ANÁLISE DO ATERRO SANITÁRIO Gihad Mohamad    [email protected] Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA Avenidade Tiarajú, 810   Bairro Ibirapuitã 97546-550   Alegrete    RS Carlos Alexandre da Conceição    Conceiçã[email protected] Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA RESUMO  A geração de resíduos sólidos tem aumentado, tornando-se um problema da sociedade moderna, pois é um problema social, econômico, político, ambiental e principalmente de saúde. Neste trabalho, serão descritos a caracterização dos resíduos, o sistema de impermeabilização, a drenagem superficial, drenagem de gás, transporte, disposição das células, cobertura diária, monitoramento e comentário sobre o licenciamento ambiental do lixão de Alegrete   RS, com o objetivo de avaliar e propor melhorias a serem adotadas para a manutenção, uso de nova área ou destino dos resíduos, assim como, melhorias para auxiliar na coleta e separação. Realizar-se-á um levantamento e análise da atual situação do lixão, verificando a situação quanto à capacidade e manutenção do local, com o objetivo de identificar a situação dos resíduos depositados. Também, pretende-se avaliar e descrever o sistema de funcionamento da usina de reciclagem que funciona no lixão, a quantidade de trabalhadores e condições de trabalho em que estão exercendo essa atividade e, caso possível, propor melhorias. Por fim, busca-se neste trabalho, incentivar melhorias e aprimoramentos que evitem à contaminação dos recursos naturais e saúde da população, com o intuito de melhorar a qualidade da coleta, separação e evitar que ocorra a proliferação de doenças. Palavras-chave: Resíduos, Coleta, lixão, recursos naturais, separação. INTRODUÇÃO No Brasil, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, são produzidos, em média, 90 milhões de toneladas de lixo por ano e cada brasileiro gera, aproximadamente, 500 gramas de lixo por dia, podendo chegar a mais de 1 kg, dependendo do local em que mora e do poder aquisitivo, segundo dados do instituto brasileiro de estatísticas (IBGE 2010). Na cidade de Alegrete-RS, o lixo produzido é levado para um lixão onde é depositado e passa por um processo de coleta seletiva, que serve como fonte de renda da população daquela região. Grande parte deste lixo é formada por não recicláveis, os quais ficam depositados no local. Porém, como a coleta seletiva ainda não ocorre plenamente, é comum encontrarmos no aterro sanitário plásticos, vidros, metais e papéis. O aterro sanitário esta construído, em um local próximo da cidade, o que pode causar problemas de mau cheiro e da possibilidade de contaminação do solo e de águas subterrâneas. Existem, atualmente, normas rígidas que regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle da quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental. Portanto, visando uma melhoria no local, são necessários estudos que possibilitem uma melhor utilização do aterro sanitário, que é muito importante, pois solucionam parte do problema causado pelo excesso de lixo gerado nas cidades.

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ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DEALEGRETE - RS: CARACTERÍSTICAS E ANÁLISE DO ATERRO

SANITÁRIO

Gihad Mohamad – [email protected]

Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA

Avenidade Tiarajú, 810 – Bairro Ibirapuitã

97546-550 – Alegrete – RS

Carlos Alexandre da Conceição  – Conceiçã[email protected]

Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA

RESUMO 

A geração de resíduos sólidos tem aumentado, tornando-se um problema da sociedademoderna, pois é um problema social, econômico, político, ambiental e principalmente de saúde. Nestetrabalho, serão descritos a caracterização dos resíduos, o sistema de impermeabilização, a drenagemsuperficial, drenagem de gás, transporte, disposição das células, cobertura diária, monitoramento ecomentário sobre o licenciamento ambiental do lixão de Alegrete  – RS, com o objetivo de avaliar epropor melhorias a serem adotadas para a manutenção, uso de nova área ou destino dos resíduos,assim como, melhorias para auxiliar na coleta e separação. Realizar-se-á um levantamento e análiseda atual situação do lixão, verificando a situação quanto à capacidade e manutenção do local, com oobjetivo de identificar a situação dos resíduos depositados. Também, pretende-se avaliar e descrever

o sistema de funcionamento da usina de reciclagem que funciona no lixão, a quantidade detrabalhadores e condições de trabalho em que estão exercendo essa atividade e, caso possível,propor melhorias. Por fim, busca-se neste trabalho, incentivar melhorias e aprimoramentos queevitem à contaminação dos recursos naturais e saúde da população, com o intuito de melhorar aqualidade da coleta, separação e evitar que ocorra a proliferação de doenças.

Palavras-chave: Resíduos, Coleta, lixão, recursos naturais, separação.

INTRODUÇÃO

No Brasil, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, são produzidos, em média, 90milhões de toneladas de lixo por ano e cada brasileiro gera, aproximadamente, 500 gramas de lixopor dia, podendo chegar a mais de 1 kg, dependendo do local em que mora e do poder aquisitivo,segundo dados do instituto brasileiro de estatísticas (IBGE 2010). Na cidade de Alegrete-RS, o lixoproduzido é levado para um lixão onde é depositado e passa por um processo de coleta seletiva, queserve como fonte de renda da população daquela região. Grande parte deste lixo é formada por nãorecicláveis, os quais ficam depositados no local. Porém, como a coleta seletiva ainda não ocorreplenamente, é comum encontrarmos no aterro sanitário plásticos, vidros, metais e papéis. O aterrosanitário esta construído, em um local próximo da cidade, o que pode causar problemas de maucheiro e da possibilidade de contaminação do solo e de águas subterrâneas. Existem, atualmente,normas rígidas que regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle daquantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental.Portanto, visando uma melhoria no local, são necessários estudos que possibilitem uma melhorutilização do aterro sanitário, que é muito importante, pois solucionam parte do problema causadopelo excesso de lixo gerado nas cidades.

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1. JUSTIFICATIVA

O tema deste trabalho está vinculado ao grande problema encontrado pelas cidades dointerior, que é o destino dos resíduos sólidos, que devido à falta de projeto, controle e informação,

vêm tornando-se um problema cada vez maior para a população. Devido a isso, notamos anecessidade de maiores estudos e informações sobre a correta manutenção dos aterros sanitários,ou lixões, para que assim eles tenham uma melhor utilização e maior tempo de vida útil.

A escolha por este tema se justifica pela deficiência de formação e preparo de profissionais nosdiferentes níveis que atuam na área de construção civil no planejamento e execução do controlecorreto da manutenção das construções de aterros e lixões, e, além disso, na identificação,diagnóstico e solução de problemas relacionados ao aumento no número de lixões.

Pretende-se, portanto, verificar e levantar dados sobre a coleta de lixo, analisar a situação atualda estrutura física e material usado no atual depósito de resíduos, a situação de capacidade dadisposição das células do local e monitoramento efetuado pelo município. Conhecidas, ou estimadas,as características deste local, poder-se-á propor parâmetros que auxiliem no aumento da vida útil dolocal, e melhore a qualidade do serviço prestado a comunidade.

2. OBJETIVOS

O trabalho tem como objetivos:

Descrever o tipo de coleta de lixo, sistema de armazenamento e quantidade de lixo produzido nomunicípio;

Caracterização do volume de resíduo produzido pela população; Analisar a situação e propor, se necessário, melhorias no sistema de drenagem de gás e

superficial, impermeabilização, Tratamento de percolado e estabilidade do local; Verificar a disposição das células, cobertura diária e monitoramento do local. Aprimorar e discutir conhecimentos sobre sistemas de coleta, transporte e armazenamento de lixo. 

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Diante do aumento da degradação do meio ambiente, sejam na área rural ou urbana,percebe-se a necessidade da criação de meios eficazes que venham a contribuir para uma melhoriana qualidade de vida da população. Com isso, percebe-se a necessidade de melhorias no tratamentodos resíduos gerados pelas pessoas, visto que estamos sofrendo grandes mudanças climáticas eambientais devido ao descaso em relação ao tratamento que é dado ao planeta.

Segundo Ambuquerque & Strauch (2008), os problemas decorrentes dos resíduos e materiais,os quais as comunidades estão produzindo e que os avanços da tecnologia não têm solucionado,porque esbarram em processos políticos e no pensamento econômico, resultando em empurrar oproblema para frente e para outras gerações. Porém, este problema diz respeito à saúde dacomunidade e do meio ambiente e do ponto de vista econômica, valorizam apenas a “produtividade”e “consumo”. 

Com o crescimento natural da população e a adoção de um modo de vida em que os produtossão principalmente industrializados, com mudanças nos padrões de consumo, e, portanto, nospadrões de produção e de geração de resíduos, se impõe. Segundo Sisinno & Oliveira (2006), com aimposição de um modelo consumista, como paradigma econômico e modernidade, é crescente autilização de embalagens descartáveis de alumínio, de ferro, de vidro, de plástico e de papel, o quegera a necessidade de uma formulação de modelo de gerenciamento de resíduos sólidos.

De acordo ao SNIS (2009), é necessário realizar um estudo sobre as condições da prestaçãode serviço de coleta e manejo de resíduos sólidos e só após a obtenção de dados com valoresmédios da quantidade e tipo de resíduos gerados pelo município é que devemos estudar e viabilizarmeios para o seu tratamento.

Schneider et. al. (2004), descreve que a maioria dos municípios brasileiros não trata nemdispõe adequadamente seus resíduos sólidos, sendo que estes acabam em depósitos a céu aberto,que atraem não apenas vetores e animais, como também seres humanos. Por isso, a sociedadecaminha para um consenso global em que a coleta, o tratamento e a disposição final dos resíduossão indispensáveis à manutenção da saúde pública, além de minimizar a possibilidade decontaminação do solo, do ar e das águas subterrâneas.

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Para a implantação de um aterro sanitário, é necessária uma série de orientações e seqüênciaque devem ser estudadas, sejam levantamentos básicos até elaboração de projetos e manutenção.Segundo Lima (2004), os planos de execução devem estar de acordo com o projeto e com ocronograma. Assim, os prazos e etapas de execução dos serviços devem ser obedecidosregularmente, procurando-se manter um ciclo de atividades interruptas, para evitar a rápida

desorganização do aterro encarecendo o processo.Lima (2004) descreve formas de classificação de um aterro sanitário que podem ser quanto à

forma, como: método de trincheira ou vala, área e rampa, ou quanto à disposição que pode ser emcélulas, sanduíche ou descarga.

4. METODOLOGIA

Um sistema de coleta e aproveitamento de resíduos é constituído por quatro componentesbásicos: área de coleta; sistema de coleta, separação e tratamento dos resíduos, e armazenamentofinal.

Este trabalho desenvolveu-se no município de Alegrete-RS, como método avaliativo dadisciplina de Projeto Integrado do Campus Alegrete  – UNIPAMPA (figura 1), sendo realizado durante

o segundo semestre de 2010, através da coleta de dados sobre a coleta, transporte, reciclagem earmazenamento no lixão da cidade (figura 2).

A coleta de resíduos sólidos é realizada em dois turnos. Sendo os dados de coleta e transporte,apresentados no gráfico 1, obtidos na secretária de obras e infraestrutura do município durante acoleta de dados.

Figura 1 – Localização dos Campi da Universidade Federal do Pampa, UNIPAMPA (2009).

Figura 2 – Área de depósito dos resíduos, vista da distância em relação à cidade.

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 Gráfico 1 – Dados da coleta de resíduos do município de Alegrete (2010).

Conforme dados da secretária de obras do município de Alegrete (2010), são geradas mais de1400 toneladas de lixo, dos quais aproximadamente 3% são recicladas pela cooperativa doscatadores (figura 3), o que é muito pouco se comparado a cidade de Caxias do Sul que recicla maisde 15% dos resíduos gerados, conforme reportagem do Jornal do Comércio (2008). Esta cooperativaconta com aproximadamente trinta (30) pessoas para fazer a separação do material que pode serreciclado e vendido para empresas de reciclagem. A coleta deste resíduo é feita pelo municípioatravés de três (3) caminhões compactadores com capacidade de 4000 Kg e um (1) com capacidadede 5500 Kg, que fazem um revezamento de turno noturno e diurno para que possa ser feita amanutenção dos veículos.

O aterro do município é classificado como aterro de superfície, pois é executado em regiãoplana, seu método operacional é o de trincheira (figura 3), no qual as células são preenchidas com oresíduo, o qual a cada período de tempo é coberta por um material de cobertura (cascalho). Este tipode sistema deve obedecer às técnicas que vão desde o levantamento básico até a elaboração de

projeto de aterro.

Figura 3 - Compactação da trincheira.

Para a implantação e uso de um aterro (figura 4), são necessários: levantamento de dadosgerais, escolha do terreno, levantamento topográfico e geotécnico, além de outros estudos. Os dadosgerais vão desde o tipo de resíduos, sistema de tratamento e coleta, dados populacionais, tipologiade resíduos, taxa de produção per capta , densidade e peso específico, dados pluviométricos, etc.

23 22 22 23

92 92

44

126,5

020

40

6080

100

120140

Mercedez

01

Mercedez

02

Mercedez

03

Volks

   Q   u   a   n   t   i   d   a   d   e    (   C   a   r   g   a   s    /   t   o

   n   e    l   a   d   a   s    )

Veículos que fazem a coleta

COLETA DE RESÍDUOS

cargas (mês)

Volume (toneladas)

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Figura 4 – Distribuição da área do aterro do município de Alegrete.

O preparo do leito do aterro e impermeabilização, quando se fizer necessário, deve ser feito naparte inferior das células, para evitar a contaminação do lençol freático e a migração de gases. Podeser realizado com argila, betume ou lençol sintético, além de estar a uma distância mínima de dois (2)metros do lençol freático, que é o caso do aterro sanitário do município. Conforme verificado,constatou-se que o aterro não estava recebendo tratamento para impermeabilizar o solo, o que podevir a contaminar as camadas inferiores e o lençol freático daquela região.

Os resíduos são descarregados em um galpão (figura 5), onde é selecionado e separado, entreresíduos recicláveis e não recicláveis, os quais são transportados até células de aproximadamente

cinco (5) metros de profundidade, onde são compactados por um trator esteira até atingir a altura donível do aterro para receber uma camada de cascalho.

Figura 5 – Local de descarga e separação dos resíduos.

Existem cálculos gerais da célula de lixo, usados no dimensionamento de células que podemprever o volume de lixo gerado por habitante de uma cidade. Estes critérios são utilizados porcalculistas e projetistas de aterros para o dimensionamento.Cálculo da célula, para verificação do volume de lixo compactado por dia no município:- População urbana: 69610 habitantes (Censo 2010)

-Taxa de produção per capta: 0,6Kg/hab.dia (Considerando a eficiência da coleta de 80 a 100%)- Peso específico do lixo compactado: 0,6 t/m³

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- Quantidade de lixo: 

 

-Volume do lixo:

 

Conforme avaliação dos sistemas para drenagem de gases e percolados (chorume), os quaisse encontram em condições variadas de disposição, e em alguns lugares, em situação precária,constatou-se o seguinte:

a) Drenagem de percolados:

O sistema de drenagem realizado no aterro é constituído tubos de concreto (Figura 6), quesão distribuídos ao redor das trincheiras, por onde é captado o chorume para ser conduzido até alagoa Anaeróbica. Pelo resultado da vistoria realizada no local, constatou-se uma má distribuiçãodeste sistema, acarretada pela geometria irregular do local. Também se constatou um problema nainterligação dos drenos, o que pode acarretar um problema na vazão final, devido a futurasampliações que podem vir a serem realizadas no local.

Figura 6 – Sistema de drenagem de percolados e ligação do sistema.

b) Sistema de drenagem de gases

A drenagem de gases resultantes do processo de digestão anaeróbica é constituída portubos metálicos (figura 7), os quais se encontram em uma má distribuição espacial e em avançadoestado de corrosão. Os gases captados por essa tubulação não recebem o tratamento adequado,ou seja, deveriam ser aproveitados na geração de energia elétrica, térmica ou queimados. Osistema necessita de uma readequação que deve ser tal forma, que atenda as necessidadesespecíficas para cada caso ou célula do local.

Figura 7 – Tubo metálico usado para de gases.

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 O sistema utilizado para tratamento dos percolados do aterro é o sistema Australiano de

Lagoas de Estabilização, que consiste de uma lagoa anaeróbica com uma lagoa facultativa (figura8). Foi contatada a ausência da remoção da carga orgânica do chorume, que deve ser retirada dalagoa após o período estabelecido para sua detenção (aproximadamente 45 dias), evitando assim o

lançamento de contaminantes nos cursos d’água próximo ao local.

Figura 8 – Sistema Australiano de lagoas de estabilização usado no aterro de Alegrete.

5. RESULTADOS OBTIDOS

A maior quantidade de resíduos é gerada pela região central da cidade, sendo realizada coletaem dois turnos, por três (3) caminhões com capacidade de 4000 kg compactados e um (1) comcapacidade para 5500 Kg, esses veículos são antigos e necessitam de constante manutenção. São

coletadas 1400 toneladas de lixo por mês, conforme dados da secretária de infra-estrutura domunicípio (2010).No processo de verificação da situação do aterro, constata-se a necessidade de melhorias, as

quais podem evitar uma série de problemas, sejam ambientais, ou de saúde pública. As células doaterro não recebem uma camada de impermeabilização do solo, o que é necessário para evitar acontaminação do solo e do lençol freático. Os resíduos não recebem um tratamento durante acompactação, sendo o ideal receber camadas de aterro e brita entre as camadas de lixo, o quefacilitaria o escoamento do chorume. O sistema de drenagem e gases, conforme analisado, éinadequado para o local, sendo necessário um sistema maior e com mais eficiência.

Por fim, o aterro encontra-se com sua capacidade esgotada, onde existe apenas uma célulapara deposição de resíduos, que deverá ser esgotada em pouco tempo. Assim, torna-se necessário acriação de um novo sistema para o depósito destes resíduos, além de melhorias na infra-estrutura dolocal.

6. CONCLUSÕES

Neste trabalho foi verificado a situação da coleta de resíduos do município, que conta com4(quatro) caminhões, a qual coleta aproximadamente 1400 toneladas por mês, que são gerados poruma população de aproximadamente 79000 habitantes.

Pretende-se contribuir para uma maior sensibilização da população que os resíduos geradoscausam sérios problemas de saúde e grandes impactos ambientes, devendo ser tratados de maneiraconsciente e sustentável. Portanto, separar os resíduos facilita a coleta e separação, aumentando otempo de vida dos aterros sanitários e facilitando o trabalho das pessoas que dependem do lixo parasobreviver. São necessários melhorias no gerenciamento do aterro sanitário de Alegrete, as quaismelhorariam o sistema de tratamento, evitando futuros problemas ambientais decorrente dos líquidose gases que são gerados na decomposição dos resíduos.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Albuquerque, P. P.; Strauch, M. Resíduos  – Como lidar com recursos naturais. União Protetora deAmbiente Natural – UPAN. Ed. Oikos. São Leopoldo, RS, 2008. 142p.SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento. Diagnóstico do Manejo de ResíduosSólidos Urbanos  – 2007. Informações e indicadores sobre os serviços de abastecimento de água,esgoto sanitário e manejo de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Ed. SNIS. Brasília, DF, 2009. 262p.IBGE  –  Instituto Brasileiro de Estatística e Pesquisa. Busca de dados. <http://www.ibge.gov.br>Acessado em: 06 novembro 2010.Jornal do comércio. Busca de dados. <http://jcrs.uol.com.br> Acessado em 06 novembro 2010.Lima, L. M. Q. LIXO: Tratamento e Biorremediação. Ed. Hemus - 3ª Edição. São Paulo, SP, 2004.265p.Schneider, V. E.; Emmerich, R. C.; Duarte, V. D.; Orlandin. S. M.; Manual de Gerenciamento deResíduos Sólidos em Serviços de Saúde. Ed. EDUCS – 2ª Edição. Caxias do Sul, RS, 2004. 319p.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724/05. Informação edocumentação  – Trabalhos acadêmicos  – Apresentação. Rio De Janeiro, 2005.  ______. NBR 10520/02. Informação e documentação  – Citações em documentos -Apresentação. Rio De Janeiro, 2002.  ______. NBR 6022/02. Informação e documentação  – Referências - Elaboração. Rio De Janeiro,2002.