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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA Engenharia Ambiental TRATAMENTO DE EFLUENTES DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

Tratamento de Efluentes da indústria de laticínios

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Page 1: Tratamento de Efluentes da indústria de laticínios

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Engenharia Ambiental

TRATAMENTO DE EFLUENTES DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

Page 2: Tratamento de Efluentes da indústria de laticínios

II

Toledo

2010

Acadêmicos:

Caroline Coldebella

Fernando Ignácio Baena Alves

Jéssi Cauana Heck

Marcelo Magno Teixeira

Mayara Cereja Pastoriza

TRATAMENTO DE EFLUENTES DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

Trabalho apresentado como requisito

parcial de avaliação da disciplina de

Engenharia Ambiental, do curso de

Engenharia Química, da UNIOESTE

– Campus Toledo.

Professor: Márcia Fagundes

Page 3: Tratamento de Efluentes da indústria de laticínios

III

Toledo

2010

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS................................................................................... IV

RESUMO......................................................................................................... V

Tratamento de Efluentes da Indústria de Laticínios.................................. 1

1. Introdução.................................................................................................. 1

2. Processo

produtivo...................................................................................

2

2.1 Composição e característica dos resíduos dos laticínios......................... 3

3. Tratamento dos

efluentes.........................................................................

5

3.1 Sistema de remoção de sólidos grosseiros.............................................. 6

3.2 Tanque de equalização............................................................................. 7

3.3 Sistema de tratamento físico-químico....................................................... 8

3.4 sistema de tratamento biológico............................................................... 9

3.5 Desidratação do lodo................................................................................ 10

3.6 Medição de vazão..................................................................................... 11

4. Otimização do processo para redução dos efluentes de laticínios..... 12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................... 14

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IV

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fluxograma de limpeza CIP SBRT (2007)................................... 2

Figura 2 – Fluxograma de produção.............................................................. 3

Figura 3 – Esquema do tratamento de efluentes........................................... 6

Figura 4 - Peneira com escovas rotativas..................................................... 7

Figura 5 – Peneira estática............................................................................ 7

Figura 6 – Tanques de equalização............................................................... 8

Figura 7 – Flotodecantador............................................................................ 9

Figura 8 – Lodo ativado com aeração........................................................... 10

Figura 9 – Centrífuga de lodo........................................................................ 11

Figura 10 – Calha Parshall............................................................................ 11

Page 5: Tratamento de Efluentes da indústria de laticínios

V

RESUMO

As indústrias de laticínios geram efluentes industriais com grande

concentração de matéria orgânica. Assim, a matéria orgânica constitui-se um

dos poluente das águas residuárias de um laticínio. Segundo os órgãos de

controle ambiental, é preciso tratar esse efluente gerado, de modo que, ao ser

lançado em um corpo d’água, não desequilibre as características deste. O

presente trabalho mostra o processo produtivo de um laticínio, bem como o

tratamento de efluente convencionalmente utilizado por este tipo de indústria. É

mostrado também uma otimização do processo para que seja gerado menores

volumes de efluentes.

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1

Tratamento de Efluentes da Indústria de Laticínios

1. Introdução

A utilização de água pelas indústrias pode ocorrer de diversas formas,

tais como: incorporação ao produto; lavagens de máquinas, equipamentos,

tubulações e pisos; em sistemas de resfriamento e geração de vapor; esgotos

sanitários dos funcionários; etc. Exceto pelos volumes de águas incorporados

aos produtos e pelas perdas por evaporação, as águas tornam-se

contaminadas por resíduos do processo industrial ou pelas perdas de energia

térmica, originando assim os efluentes líquidos. Nos laticínios, o consumo de

água se dá em grande maioria nos processos de higienização (máquinas,

equipamentos, pisos, etc.)

O setor de laticínios tem convivido com o consumo de água de limpeza,

que representa mais de 80% da demanda de água nestas agroindústrias,

sendo posteriormente tratada em sistema de tratamento de resíduos. Os

sólidos solúveis e suspensos, tratados nestes sistemas, representam parte da

matéria prima ou resíduos de sanitizantes. Considerando os diferentes estágios

de geração de efluentes na indústria de laticínios, as etapas de limpeza

também acrescentam às águas compostos tanto derivados do leite, quanto

estranhos à sua composição (BRIÃO, 2007).

Nas indústrias de laticínios, qualquer etapa do processamento gera

grandes volumes de efluentes (“águas brancas”), devido ao processo de

higienização. Esta água de processo, a qual contém frações diluídas de

produtos lácteos, contribuem significativamente para as perdas não acidentais

Page 7: Tratamento de Efluentes da indústria de laticínios

2

de leite ou de produtos lácteos e para a produção total do efluente (BALLANEC

et al., 2002).

A operação de higienização das indústrias de laticínios tem como

objetivo primordial a remoção de resíduos orgânicos e minerais aderidos às

superfícies, constituídos principalmente por proteínas, gorduras, carboidratos e

minerais. Em geral, a higienização dos laticínios utiliza o sistema de limpeza

“Cleaning In Place” (CIP). O Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas – SBRT

(2007) descreve as etapas que envolvem o sistema CIP de limpeza, conforme

o fluxograma ilustrado na Figura 1.

Figura 1 - Fluxograma de limpeza CIP SBRT (2007)

2. Processo produtivo

Supondo uma indústria de laticínios que tenha como produtos finais o

leite em pó, leite pasteurizado, leite esterilizado (UHT), creme de leite e

manteiga tem-se o seguinte fluxograma de produção.

Pré-enxágue

Circulação com soda

Enxágue

Circulação ácida

Sanitização

Enxágue

Enxágue

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3

Figura 2 - Fluxograma de produção.

2.1 Composição e característica dos resíduos dos laticínios

A variedade de produtos das indústrias de laticínios é grande,

abrangendo desde o processamento do leite até a elaboração de produtos

mais trabalhados, tais como queijos diversos, requeijão, cremes, sorvetes,

iogurtes, leite em pó, leite condensado etc.

No processamento do leite para consumo “in natura”, as operações

geradoras de águas residuárias são: lavagem e desinfecção de equipamentos

(tanques, centrifugas, pasteurizador, homogeneizador, tubulações, latões, etc),

quebra de embalagens contendo leite, perda nas envasadoras e lubrificação

Leite

Recepção

Resfriamento

Armazenamento

Concentração

Armazenamento

Secagem

Acondicionamento

Envase

Pasteurização

Leite fluido integral, desnatado, semi-desnatado

Creme

Leite em pó

Expedição

Leite pasteurizado

Envase

Expedição

Leite esterilizadoHomogeneiz

ação

Esterilização

Envase

Acondicionamento

Expedição

Creme de leite

Pasteurização

Armazenamento

Manteiga

Envase

Acondicionamento

Expedição

Batedeira

Acondicionamento

Envase

Expedição

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dos transportadores. Em média, produz-se cerca de 3,25 litros de água

residuária para cada litro de leite processado. Tem-se, em média, a geração de

2,0 kg ou mais de DBO por cada 1.000 kg de leite processado.

Na obtenção de creme, o creme separado do leite por centrifugação

passa por uma mistura, sendo a seguir, pasteurizado e homogeneizado.

Nessas fases do processamento, as águas residuárias são constituídas,

principalmente, por leite, materiais sólidos (substâncias graxas), detergentes,

desinfetantes e lubrificantes. Águas residuárias de características semelhantes

são geradas na fabricação de leite em pó, possuindo, entretanto, uma maior

carga orgânica.

Além do soro, as águas residuárias de laticínios podem conter leite,

leitelho ou “soro da manteiga” (líquido resultante da batedura do leite),

coágulos, detergentes e desinfetantes, areia, lubrificantes, açúcar, pedaços de

frutas, essências e condimentos diversos, diluídos nas águas de lavagem de

equipamentos, tubulações, pisos e demais instalações da indústria. Dentre as

substâncias usadas para limpeza de equipamentos e utensílios, encontram-se

os alcalinos, os fosfatos, os ácidos, os complexantes e os tensoativos. Entre os

principais agentes alcalinos utilizados, destaca-se o hidróxido de sódio ou soda

cáustica, que apresenta um pH próximo a 13, quando em solução a 1%; já

entre os agentes ácidos inorgânicos, estão os ácidos nítrico, fosfórico e

clorídrico. Dentre os sanitizantes químicos mais usados em laticínios estão os

compostos à base de cloro, iôdo, amônia quaternária, ácido peracético,

peróxido de hidrogênio, clorhexidina, irgasan, entre outros.

A DBO do leite integral é cerca de 100.000 mg L-1 e exigem uma alta

demanda de oxigênio para sua decomposição, mesmo em pequenas

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quantidades, porém seu valor nas águas residuárias irá depender do tipo de

processamento a que o leite foi exposto e do tipo de produto manufaturado.

Tem-se, em média, 2,0 kg ou mais de DBO por cada 1.000 kg de leite

processado, sendo que, em média, a água residuária contém 4.200 mg L-1 de

DBO.

O efluente gerado na higienização compõe um licor rico em gorduras,

carboidratos (principalemente lactose) e poteínas (principalmente caseínas)

que passam a ser contaminantes quando são lançados diretamente em corpos

receptores. Porém este licor possui uma promissora aplicação em subprodutos

lácteos, substituindo-se parcialmente a matéria-prima por este licor. A adição

de sólidos de origem láctea é permitida pela legislação brasileira e já vem

sendo executada comercialmente por algumas empresas do ramo. Somente o

efluente do enxágue inicial seria aproveitado para ser inserido em subprodutos,

pois os enxágües posteriores carregam consigo os resíduos de hidróxido de

sódio ou ácido nítrico, soluções usadas na limpeza do sistema.

3. Tratamento dos efluentes

Os efluentes as serem tratados são oriundos do sistema produtivo de

leite pasteurizado, UHT, leite em pó e demais derivados. Por se tratar de

despejos com as mesmas características físico-químicas, estes podem ser

tratados em conjunto.

Faz-se necessária apenas a separação do soro dos demais despejos

líquidos, devido à grande concentração de matéria orgânica presente, o que

dificulta o seu tratamento e estabilização pelos processos convencionais de

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tratamento biológico. Para um correto tratamento e disposição do soro, este

será armazenado em tanques para posterior reaproveitamento em alimentação

animal, produção de lactose e proteínas, produção de leite em pó modificado,

ou até mesmo a preparação e disposição como adubo agrícola.

O tratamento dos despejos industriais é realizado através da remoção de

sólidos e gorduras através das operações unitárias de peneiramento e flotação,

e posterior remoção da carga orgânica através de processos biológicos de

tratamento.

Figura 3 – Esquema do tratamento de efluentes.

3.1 Sistema de remoção de sólidos grosseiros.

Os despejos industriais enviados para a Estação de Tratamento de

Efluentes (ETE) poderão conter materiais sólidos e por isso passarão por uma

peneira que possui sistema de limpeza automática da tela, onde será feita a

remoção destes sólidos grosseiros (pedaços de embalagens, plásticos, etc.)

para a proteção contra a obstrução das bombas e tubulações. Este

Peneiramento

Efluentes gerados

Tanque de equalizaçãoTratamento

Físico-químicoTratamento biológico

Medição de vazão

Secagem do lodo

Medição de vazão

Decantação

Corpo receptor

Disposição no solo

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peneiramento pode ser feito por simples ação da gravidade em peneiras

estáticas ou com o auxílio de escovas rotativas.

Figura 4 – Peneira com escovas rotativas.

Figura 5 – Peneira estática.

3.2 Tanque de equalização

Os efluentes oriundos do tratamento preliminar seguem até um tanque,

provido de agitação mecânica para promover a equalização e homogeneização

do efluente, frente às diferenças nas características de cada tipo de despejo

gerado, em função dos diferentes tipos de processamento do leite. Esta etapa

é fundamental para um perfeito funcionamento das etapas seguintes etapas de

tratamento, onde todas as variações bruscas, tanto de carga como de vazão

devem ser minimizadas.

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Homogeneizado o efluente, este será recalcado à vazão constante para

o tratamento físico-químico.

Figura 6 – Tanques de equalização.

3.3 Sistema de tratamento físico-químico

O sistema de tratamento físico-químico tem a finalidade de abater parte

da carga orgânica, sólidos em suspensão e gorduras presentes nos despejos

líquidos. O processo de flotação das gorduras presentes nos despejos ocorre

naturalmente devido a sua massa específica ser menor do que a água. No

entanto, a fim de se aumentar a eficiência e diminuir o tempo necessário para

esta separação, utilizam-se produtos químicos para acelerar esta

desestabilização quimicamente. A adição destes produtos visa a diminuição do

Potencial Zeta das partículas a fim de facilitar a formação de coágulos.

Além da flotação da gordura, também ocorre a decantação de sólidos

sendo necessário a previsão de um sistema que possibilite a remoção destes.

Para tanto se utiliza um equipamento denominado de flotodecantador, que

contempla das duas operações unitárias que ocorrem nesta etapa de

tratamento.

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Figura 7 – Flotodecantador

3.4 Sistema de tratamento biológico

O sistema de tratamento biológico é responsável pela remoção de

aproximadamente metade da matéria orgânica presente nos despejos de

laticínios.

Os processos biológicos são baseados na remoção desta matéria

orgânica através do metabolismo de oxidação e de síntese das células dos

microorganismos envolvidos.

O sistema mais utilizado atualmente é do tipo lodo ativado, onde a

matéria orgânica é decomposta através da ação de uma biomassa presente no

sistema. Esta biomassa é composta por microorganismos aeróbios específicos

para este fim. A conversão da matéria orgânica é realizada dentro de um

tanque de aeração com oxigênio disponível para o metabolismo da biomassa,

fornecido através de aeração mecânica.

O efluente oriundo deste tanque de aeração passa por um decantador

de lodo onde a biomassa é concentrada e separada da corrente líquida,

retornando novamente para o tanque de aeração a fim de manter a

concentração desta dentro dos padrões exigidos para a correta operação do

sistema.

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Figura 8 – Lodo ativado com aeração.

3.5 Desidratação do lodo

Os sólidos e a gordura removidos no flotodecantador e o excesso de

lodo biológico extraído do decantador secundário constituem um material rico

em matéria orgânica, que pode ser utilizado na adubação orgânica de solos.

Devido à grande quantidade de água presente neste material, é

aconselhável a desidratação deste, através de uma operação unitária

apropriada. Dentre os diversos sistemas e equipamentos existentes para este

fim, o mais utilizado e com melhor eficiência empregado atualmente é a

centrifugação, que é o indicado para o sistema em questão.

Sendo assim, estes sólidos serão enviados para um tanque de acúmulo

e posteriormente desidratados em um centrífuga, resultando em uma

considerável redução de volume, facilitando o transporte deste até o seu

destino final. O líquido remanescente deste processo retorna para o tanque de

equalização.

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Figura 9 – Centrífuga de lodo.

3.6. Medição de vazão

O controle da vazão do efluente a ser tratado, bem como a quantidade

de efluente tratado lançado no corpo receptor necessita ser quantificada, tanto

para um correto controle do sistema quanto para informação aos órgãos de

fiscalização ambiental.

No caso do tratamento de efluentes da indústria de laticínios, a medição

da vazão do efluente será realizada por um medidor tipo Calha Parshall.

Figura 10 – Calha Parshall.

Page 17: Tratamento de Efluentes da indústria de laticínios

12

4. Otimização do processo para redução dos efluentes de laticínios

O volume de efluente gerado pode ser minimizado inicialmente pela

redução de perdas nos processos, incluindo a utilização de equipamentos mais

modernos, uma otimização no arranjo geral da indústria, redução do consumo

de água nas lavagens de equipamentos e pisos industriais, redução de perdas

de produtos no processo e perdas de matéria-prima no descarregamento da

mesma. A manutenção também é fundamental para a redução de perdas por

vazamento e desperdício de energia.

Deve-se também evitar o uso excessivo de sanitizantes para que se

reduza a carga destes compostos no efluente gerado.

Na indústria de laticínios, os processos de separação com membranas

apresentam um grande potencial para o tratamento de efluentes, visto que

seria possível atingir a redução da carga orgânica. O reuso e o reciclo de

efluentes surge como uma alternativa para a minimização do lançamento de

efluentes, evitando a sobrecarga nos sistemas de tratamento e servindo como

uma ferramenta na redução de custos.

Os processos com membrana surgiram como uma nova classe de

processos de separação que utiliza membranas como uma barreira seletiva,

que separa duas fases, restringindo total ou parcialmente o transporte de uma

ou várias espécies presentes na fase. Uma membrana é uma fase permeável

ou semipermeável, frequentemente um fino polímero sólido que restringe o

movimento de certas espécies. A aplicação de processos com membranas tem

sido motivada pelas vantagens que os mesmos apresentam em relação às

operações clássicas. As principais vantagens são que esses processos

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geralmente são atérmicos, não envolvem mudança de fase, não necessitam de

aditivos químicos, são simples em conceito e operação, são modulares e

apresentam facilidade para realização de ampliação de escala, necessitam de

baixo consumo de energia, apresentam um uso racional de matérias primas e

recuperação de subprodutos.

As principais limitações da tecnologia de membranas são a fragilidade

das membranas e a deposição de substâncias na sua superfície. O uso de

pressões elevadas, como no caso da osmose inversa, as paradas para

limpezas e as limitações práticas do nível máximo de concentração a ser

atingido também podem ser citados como desvantagens do processo.

A osmose reversa (ou osmose inversa) é um processo de remoção de

água por alta pressão, para concentração de soluções com componentes de

baixo peso molecular, ou clarificação de efluentes, com alta eficiência

energética, que objetiva a separação de solutos iônicos, (orgânicos e

inorgânicos) e macromoléculas de correntes aquosas e utiliza alimentação

tangencia. A ultrafiltração é um processo de separação seletiva utilizado para

concentrar e purificar componentes de peso molecular médio a alto, tais como

proteínas lácteas, carboidratos e enzimas. A nanofiltração é um processo de

filtração entre ultrafiltração e osmose inversa que proporciona separações

altamente específicas de componentes com baixo peso molecular, tais como

açúcares de minerais dissolvidos e sais. A microfiltração é um processo de

separação de componentes em suspensão com alto peso molecular e de

compostos coloidais gerados pela dissolução de sólidos, em baixas pressões.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MATOS, A. T. - Tratamento de resíduos agroindustriais - Universidade Federal

de Viçosa, 2005.

GIORDANO, G. - Tratamento e Controle de Efluentes Industriais - UERJ.

WASEM, A. – Projeto de estação de tratamento de efluentes de uma empresa

de laticínios, UFRGS, Porto Alegre, 2005.

DAIANA, L.; JÚNIOR, J; PRISCILA, M; BATISTA, R.; TENÓRIO, P. –

Tratamento de efluentes de laticínios e derivados – São Luís, MA, 2009.