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ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS MARQUÊS DE POMBAL EDUCAÇÃO FÍSICA UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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Page 1: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS MARQUÊS DE POMBAL

EDUCAÇÃO FÍSICA

UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Page 2: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Corrida de Barreiras Definição: corrida de velocidade em que o corredor tem de ultrapassar um conjunto de 10 obstáculos – barreiras – em sucessão para se atingir a meta.

NA CORRIDA DE BARREIRAS A BARREIRA NÃO SE SALTA, TRANSPÕE-SE

A corrida de barreiras tem de ser desenvolvida segundo duas técnicas:

A técnica de transposição das barreiras

A técnica de corrida entre barreiras

Componentes Críticas

DA PARTIDA À PRIMEIRA BARREIRA

Após a partida, o atleta deverá adquirir uma postura vertical de modo a que chegue à primeira barreira com a maior velocidade possível.

O ritmo de 8 apoios (4 passadas) permite entrar facilmente no ritmo entre barreiras; TRANSPOSIÇÃO DAS BARREIRAS

a) ATAQUE

Elevação do Joelho Orientar o pé na vertical “mostrar a sola da sapatilha” Realizar a extensão da perna de ataque Inclinar o tronco em frente

b) TRANSPOSIÇÃO DA BARREIRA

Após a passagem da perna de ataque, a coxa da perna de impulsão/transposição passa rasante e paralelamente à barreira.

A coxa cria um ângulo de 90 º com o tronco. O pé passa rasante e paralelo á barreira. O tronco está orientado para a frente, ligeiramente inclinado à frente.

c) RECEPÇÃO

Contactar o solo com a parte anterior do pé; O apoio deve ser activo e breve. a) b) c)

Page 3: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

CORRIDA ENTRE BARREIRAS

Corrida contínua sem quebra acentuada da velocidade; Deve usar-se sempre o mesmo número de passadas para transpor as barreiras com a

mesma perna de ataque; Ritmo de passada mais utilizado é o de 4 apoios (3 passadas).

APÓS PASSAGEM DA ÚLTIMA BARREIRA

Corrida terminal até à meta

Lançamento do Peso O lançamento do peso pode ser dividido em quatro fases fundamentais: a preparação, o deslizamento, o lançamento propriamente dito ou arremesso e a recuperação do equilíbrio.

A fase da preparação tem início quando o atleta se coloca na parte posterior do círculo de

lançamento, de costas para o local para onde vai lançar. Nesta fase, é importante apoiar o peso

na base do maxilar, mantendo o cotovelo alto e o membro superior livre descontraído. Os apoios

devem ser colocados na mesma linha, com o peso do corpo sobre a perna correspondente ao

braço do lançamento, que deve estar fletida.

O deslizamento consiste na realização de um pequeno salto que origina o deslocamento à

retaguarda. Este deslocamento deve ser rápido e rasante, e resulta de uma impulsão para trás da

perna de impulsão. Os ombros mantêm-se virados para o ponto de partida. Após a impulsão, os

pés apoiam-se rapidamente um a seguir ao outro (primeiro o pé de impulsão e depois o da perna

livre) e juntos rodam na direção do lançamento.

A fase do lançamento tem início quando os dois pés se encontram em apoio no solo, após

o deslizamento. O peso do corpo é suportado pela perna de impulsão e o tronco mantém-se um

pouco arqueado. De seguida, a bacia roda para a frente, através da extensão rápida da perna de

impulsão, acompanhada pela extensão da perna livre e do bloqueio da bacia. O cotovelo deve

manter-se elevado. A recuperação do equilíbrio acontece após o lançamento do engenho, e

caracteriza-se pela execução de um salto, colocando a perna de impulsão para a frente.

Page 4: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Salto em Comprimento

Page 5: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO
Page 6: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS MARQUÊS DE POMBAL

EDUCAÇÃO FÍSICA

UNIDADE DIDÁCTICA DE GINÁSTICA

Page 7: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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CARACTERIZAÇÃO DA MODALIDADE

A Ginástica que se pratica na Escola consiste num conjunto de exercícios, com e sem

aparelhos, que permite aos alunos conhecer o seu corpo e desenvolver as capacidades físicas e

mentais.

Em termos competitivos os atletas executam elementos gímnicos em aparelhos variados.

GINÁSTICA ARTÍSTICA

A Ginástica Artística implica todo um tipo de trabalho algo distinto se o comparamos

com outras modalidades desportivas, tanto de ordem física quer de ordem psicológica.

Por outro lado, os exercícios executados nos aparelhos e as diferenças existentes entre

estes condizem a um trabalho perfeitamente diferenciado caracterizando-se por movimentos a

partir da Suspensão e Apoio. A estética associada à performance conferem-lhe o qualificativo de

Artístico.

No aspecto competitivo, os exercícios executados nos diferentes aparelhos compõem-se

de elementos codificados segundo um determinado valor (Código de Pontuação), e que

analisados segundo a sua combinação e execução permitem um julgamento o mais completo

possível com um principio e fim perfeitamente definidos.

GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA

Solo – Superfície com elasticidade formando

um quadrado com 12m de lado. Os Ginastas

executam um conjunto de elementos

demonstrando força, flexibilidade e

equilíbrio, combinando a execução e

expressão em saltos múltiplos (mortais) e

piruetas.

Cavalo com arções – Colocado a uma altura

de 1,05m, os Ginastas executa movimentos

contínuos e suaves sem apoiar as pernas,

como círculos e tesouras, percorrendo todas

as partes do aparelho.

Page 8: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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Argolas – Colocadas a uma altura de 2,55m,

os Ginastas incluem no seu exercício uma

variedade de movimentos demonstrando

apoios em força e equilíbrio e balanços à frente

e atrás, terminando com uma saída acrobática.

Cavalo – Este aparelho é colocado

longitudinalmente a uma altura de 1,35m. O

Ginasta, após uma corrida de aproximação de 25m,

executa um salto potente combinando movimentos

com uma ou mais rotações finalizando com uma

recepção controlada.

Paralelas – Constituídas por dois banzos

paralelos a uma altura de 1,75m. O Ginasta

executa exercícios onde predominam os

balanços, apresentando combinações de

elementos de força e equilíbrio. O Ginasta deve

percorrer os banzos tanto num plano superior

como inferior.

Barra fixa – O Ginasta executa contínuos

balanços, combinando elementos de

dificuldade superior à frente e atrás soltando

e agarrando a barra com as mãos, não

devendo tocar com o resto do corpo.

Colocada a uma altura de 2,55m, permite

uma saída acrobática espectacular.

Page 9: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA

Solo – Aparelho igual ao da Ginástica

masculina, no entanto a execução tem um

acompanhamento musical. A Ginasta

combina elementos Gímnicos com

movimentos de dança muito expressivos.

Trave olímpica – Colocada a uma altura de 1,25m, a

trave tem 5m de comprimento e 10cm de largura. A

Ginasta deve percorrer todo o espaço, executando uma

combinação artística de elementos Gímnicos, em corrida,

em marcha, sentada e deitada, demonstrando elegância,

flexibilidade, ritmo, equilíbrio, confiança e autocontrole.

Na saída do aparelho, executa elementos acrobáticos

espectaculares.

Paralelas assimétricas – Constituídas por dois banzos

paralelos a alturas diferentes, o superior a uma altura de

2,45m do solo e o inferior a 1,65m. Os balanços

predominam neste aparelho. As ginastas incluem

movimentos em ambas as direcções, executando elementos

com piruetas com passagens pelos dois banzos tanto pela

parte superior como inferior.

Cavalo – Aparelho e execução iguais ao da

ginástica masculina. Colocado transversalmente

a uma altura de 1,25m.

Page 10: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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APARELHOS DE GINÁSTICA

Banco sueco Boque

Plinto Trampolim sueco

Trampolim Reuther Barra Fixa

Page 11: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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Trave olímpica Mini-trampolim

Espaldares Colchão ou tapete

REGRAS DE SEGURANÇA

Hoje em dia, a segurança é vista como um ponto fundamental no ensino dos diferentes

elementos gímnicos. Encarada como um dos pontos a ter em conta na preparação e elaboração

das sessões, apresenta um vasto conjunto de regras que professor e alunos deverão seguir, para

que não se coloque em risco a sua integridade física.

Actualmente, sabe-se que os materiais a utilizar apresentam um menor risco de acidentes,

devido à sua quantidade e, principalmente, à qualidade. No entanto, é necessário que se proceda

à sua correcta utilização, não descurando os factores de perigo que poderão estar subjacentes.

Utilização: cada aparelho só deve ser utilizado para fins a que se destina, não devendo, portanto,

utilizar-se sem respeitar as suas condições de montagem.

Transporte: Os aparelhos devem ser deslocados com cuidado para evitar a sua degradação e

para prevenir acidentes. Assim:

Page 12: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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Quando têm de ser suportados, devem ser transportados por um número suficiente de

alunos para não os arrastarem nem se magoarem; normalmente os aparelhos quadrados

são transportados com um aluno em cada extremidade.

Quando têm rodízios, estes devem ser postos a funcionar e os aparelhos deslocados com

moderação.

Quando são muito pesados, devem ser desmontados para se transportarem (se possível),

ou então devem ser levados por um maior número de alunos, e com a ajuda/orientação do

professor, para salvaguardar os acidentes e a saúde dos alunos.

Page 13: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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CONTEÚDOS

Rolamento à FRENTE SALTADO

Rolamento à RECTAGUARDA com pernas juntas e em extensão

Aspectos mais importantes na realização da habilidade gímnica

Flexão do tronco à frente, seguido de desequilíbrio à rectaguarda, com apoio inicial das mãos junto às coxas Apoio final das mãos junto à cabeça, executando repulsão dos membros superiores. Termina, de pé, na mesma direcção do ponto de partida, em equilíbrio, com as pernas unidas e em extensão (plano inclinado). Termina, de pé, na mesma direcção do ponto de partida, em equilíbrio, com as pernas unidas e em extensão (solo)

Page 14: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

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Roda

POSIÇÕES DE FLEXIBILIDADE – PONTE

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POSIÇÕES DE FLEXIBILIDADE – AVIÃO

SALTO ENGRUPADO NO MINI-TRAMPOLIM

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ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS MARQUÊS DE POMBAL

EDUCAÇÃO FÍSICA

UNIDADE DIDÁCTICA DE VOLEIBOL

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Page 19: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

William G. Morgan, que viria a ser um inventor do desporto hoje denominado Voleibol,

nasceu em Lockford, New York em 1870. O seu interesse pelas actividades físicas levou-o a obter o

diploma de Professor de Educação Física no Springfield College, indo exercer a sua actividade

profissional em Heiyoke, Massachussets nos Estados Unidos, dirigindo a secção de Educação Físico

da Young Men Cristian Association (YMCA).

Tinha a seu cargo classes de homens de negócios de idade pouco avançada, que através das

aulas de YMCA procuravam obter uma certa movimentação e recreação, como compensação para as

suas actividades profissionais. Procurando satisfazer estes objectivos, William G. Morgan utilizou

inicialmente o Basquetebol, que tinha surgido recentemente, considerando-o, porém, enérgico e

demasiado fatigante para os seus alunos, pensou no ténis. No entanto, o grande número de alunos e

as necessidades da material que implicava, obrigaram-no a pô-lo também de parte.

Na sua mente permaneceu sempre a ideia de rede a dividir o espaço do jogo, elevando-a a

uma altura aproximada de 1,90 metros e utilizando como bola a câmara de ar de uma bola de

Basquetebol, Morgan iniciou um novo jogo! Este consistia em manter a bola em movimento,

batendo-a com os mãos por cima da rede. Assim, surgiu, em 1895, uma nova modalidade desportiva,

inicialmente denominada “Minonette”’,

Como a bola utilizada de início era muito leve, e a bola normal de Basquetebol, igualmente

experimentada, era grande e pesada, Morgan deu conhecimento das suas dificuldades à empresa A.

G. Spalding & Brothers. Depois de vários testes, atendendo às sugestões de Morgan, a referida firma

fabricou uma bola cujas dimensões originais se têm mantido inalteráveis através dos tempos e que

sempre têm estado de acordo com o desenvolvimento e evolução do jogo; esta era uma bola de

couro, com câmara de ar em borracha, sendo as medidas da sua circunferência entre 63,5 e 686 cm e

com um peso entre 252 e 336 grs. Nos primeiros tempos a prática do jogo ficou restrita a HolYoke e,

particularmente, ao ginásio onde Morgan leccionava.

Pouco tempo depois, o Dr. Luther Suliek do Spingfield College, durante uma reunião de

professores de Educação Física realizada na referida Universidade, convidou Morgan a efectuar uma

demonstração. Este preparou duas equipas, cada uma formada por cinco jogadores, que realizaram

uma exibição que agradou plenamente ao grupo de professores que a presenciou. Depois desta

primeira apresentação publica, Morgan entregou o estudo das regras de jogo ao referido grupo de

professores, dando-lhes inteira liberdade para procederem a quaisquer alterações. Tendo observado o

novo jogo, o Dr. A. T. Halstead sugeriu que o seu nome fosse mudado para “Volley-ball” (bola no

ar), designação que perdurou e é universalmente aceite.

Estavam assim lançadas as bases de um jogo que, sofrendo variadas e profundas alterações,

em breve se iria expandir e popularizar por todo o mundo.

Page 20: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

O primeiro artigo publicado sobre este artigo foi escrito por J.Y. Carneron e dizia o seu autor:

“ o Voleibol é um novo jogo, exactamente apropriado para o ginásio ou recinto coberto, mas pode

também ser praticado ao ar livre. Qualquer número de pessoas o pode praticar. O jogo consiste em

conservar uma bola em movimento, sobre uma rede alta, de um lado para o outro”.

Ainda no seu artigo, Mr. Cameron oferece-nos uma amostra de como eram as primeiras regras:

1 – Game:

a) Um Game era composto por nove innings.

2 - Inning:

a) O inning consistia quando urna partida era jogada por um só jogador de cada lado e havia

um Serviço para cada um.

b) Quando três ou mais jogadores disputavam uma partida, havia três serviços para cada lado.

O servidor continuava com o serviço até que a sua equipa deixasse

de passar a bola para o campo contrário. Os serviços eram feitos por cada um dos jogadores com

rotação.

3- Dimensões do campo:

a) Largura - 7,625 metros

b) Comprimento - 15,35 metros

4 - Rede:

a) Largura - 0,61 metros

b) Comprimento - 8,235 metros

c) Altura - 1,98 metros

Expansão do Voleibol em Portugal

Tendo surgido pela primeira vez nos Estados Unidos, o Voleibol expandiu-se depois

praticamente por todo o mundo. Os países próximos foram os primeiros a serem influenciados, e

assim o Canadá iniciou a sua prática.

O México recebeu-o mais tarde, em 1917. Neste mesmo ano fez a sua aparição no Peru, por

intermédio dos membros de uma missão norte-americana encarregada de organizar os programas de

instrução primária naquele país. Daí irradiou por toda a América do Sul e Central, tendo surgido no

Brasil em 1917.

O Voleibol foi introduzido na Ásia em 1908, tendo sido as Filipinas e o Japão os primeiros

países Asiáticos a praticá-lo.

De um modo geral, a propaganda e a difusão do voleibol no Continente Americano e na Ásia

foi obra da Young Men Christian Association (YMCA), através dos seus núcleos internacionais

Page 21: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

existentes nos diversos países.

Durante a primeira guerra mundial as tropas norte-americanas deslocaram-se para a Europa e

nela estacionaram. Foram elas que deram a conhecer aos Europeus o Voleibol e foi neste Continente

que a sua aceitação e expansão se deu em maior escala. Adoptado e querido nos povos dos países do

Leste Europeu o Voleibol dispõe hoje, nestes países, de milhões de praticantes e neles se encontram

as melhores equipas mundiais.

Em Portugal, o Voleibol foi introduzido pelas tropas americanas que estiveram estacionadas

nos Açores em 1914. O Engenheiro António Cavaco, natural da Ilha de São Miguel, veio para

Lisboa cursar engenharia, e teve um papel preponderante na divulgação do Voleibol, nomeadamente

nas Escolas Superiores e Faculdades, com mais incidência na Associação de Estudantes do Instituto

Superior Técnico, equipa que dominou o Voleibol Nacional até à década de 60.

O interesse dos praticantes pela nova modalidade e a necessidade de organizar regularmente

competições, levaram à criação da Associação de Voleibol de Lisboa, em 28 de Dezembro de 1938,

presidida por José Morgado Rosa.

Seguidamente outras associações se criaram nas cidades do Porto, Coimbra, Funchal e mais

tarde em Portalegre. O primeiro clube a ser oficialmente filiado foi o de Campolide Atlético Clube

juntamente com a Associação Cristã da Mocidade, Os Belenenses, Sporting, Técnico, Benfica, Clube

Internacional de Futebol, A.A. Instituto Comercial, A. A. Faculdade de direito, Associação do Monte

Estoril, e outros.

O primeiro torneio de Voleibol, assim como o primeiro Campeonato de Lisboa organizado

pelo AVL realizaram-se em 1939/40 e tiveram como equipa vencedora a equipa do Técnico.

Portugal participou no primeiro Campeonato da Europa em Roma, em 1948, e classificou-se

em 4º lugar entre 6 equipas.

A antiga Mocidade Portuguesa ao incluir o Voleibol no programa das suas actividades

desportivas, em 1939, consagrou-o definitivamente. A sua evolução e prática estendeu-se por todo o

país. As Forças Armadas e, particularmente a extinta Escola de Educação Física do Exército.

contribuíram igualmente para a sua difusão. A antiga Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho

(FNAT), actual Inatel, em 1943, inclui o Voleibol no seu programa de actividades físicas para

trabalhadores. A expansão do Voleibol por todo o país, levou a caiação da Federação Portuguesa de

Voleibol a 7 de Abril de 1947.

O passo decisivo para o reconhecimento mundial do Voleibol, como desporto de competição

foi dado a 20 de Abril de 1947, com a criação da Federação Internacional de Voleibol. Portugal foi

um dos catorze países fundadores, juntamente com a Bélgica, Brasil, Egipto, França, Holanda,

Hungria, Itália. Polónia, Roménia, Checoslováquia, Uruguai, Estados Unidos e Jugoslávia. A estes

países juntaram-se outros em 1959 o número de filiações era superior a 40.

Page 22: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Como facto prestigiante para o nosso país, é de notar que durante vários anos a vice-

presidência da Federação Internacional pertenceu a Portugal, tendo desempenhado esse cargo o

então Inspector de Desportos da Direcção Geral dos Desportos, Dr. Salazar Carreira.

Voleibol como modalidade Olímpica

Com a criação da Federação Internacional de Voleibol e como corolário da grande expansão

que o jogo tinha em todo o mundo, realizaram-se em 1949 os primeiros Campeonatos Mundiais de

Voleibol, que se efectuaram em Praga (Checoslováquia), sendo o título alcançado pela equipa deste

país. Outros se têm seguido e é interessante notar que os países Campeões Mundiais se situam no

Leste Europeu, prova concludente da aceitação que teve o Voleibol por parte destes países. O

primeiro campeonato mundial feminino realizou-se em 1952, em Moscovo e as representantes da

URSS sagraram-se campeãs.

Sendo o Voleibol praticado por milhões de pessoas, gerou um movimento no sentido da sua

inclusão no grupo dos desportos que fazem parte do programa Olímpico. Em 1957, realizou-se em

Sófia um torneio, a que assistiram os membros do Comité Olímpico Internacional, reunidos naquela

cidade, e foi então decidido permitir a participação do voleibol nos jogos Olímpicos.

O Voleibol apareceu então pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964. É

importante salientar que esta foi a primeira modalidade a ter um quadro de participação masculina e

feminina em simultâneo, estando desde daí, presente nos restantes Jogos Olímpicos.

A primeira equipa campeã olímpica em Voleibol feminino foi a da URSS, enquanto o título

masculino foi conquistado pelo Japão.

Page 23: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO
Page 24: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Definição

O voleibol é um jogo desportivo colectivo, jogado sobre um terreno de dezoito metros de

comprimento por nove metros de largura, dividido por uma rede em duas áreas de jogo iguais e

opondo duas equipas compostas por seis jogadores.

Objectivo e Filosofia de jogo

O objectivo do jogo é fazer a bola cair ou tocar no campo adversário, passando por cima da

rede e não deixar que ela caia no nosso campo. Daqui resulta a filosofia do jogo que envolve a luta

entre duas equipas, que implica:

• A interpretação comum das acções do adversário

• A apresentação (ao adversário) de uma gama de pontos fortes, procurando esconder os

fracos

• A procura de imposição do ritmo de jogo relativamente ao adversário e domínio estratégico

Caracterização do Voleibol face aos outros Desportos Colectivos

Quando se fala na caracterização de determinado desporto (neste caso o Voleibol), não se

pretende com isso elegê-lo como o melhor e mais indicado de todos os desportos conhecidos, antes

pelo contrário, pretende-se esclarecer sobre quais as vantagens e desvantagens que o mesmo implica,

para que, com o conhecimento destas, se possa agir de uma forma mais correcta e pedagógica.

Assim, dentro das vantagens mais notadas, apontamos:

Espaço de jogo pequeno, empregando um número relativamente grande de pessoas;

Instalação fácil e não dispendiosa;

A essência do jogo não se modifica se reduzir o número de jogadores ou o terreno de jogo;

A finalidade do jogo é simples e não se põe em perigo simplificar as regras, ou ao adoptar

estas ao nível técnico e táctico em cada fase de aprendizagem;

Em competição, não se pode jogar em superioridade numérica;

O Voleibol não permite uma rigidez e fixação de lugares ou funções;

O tipo de contacto do jogador com a bola é diferente de qualquer outro desporto;

A sustentação da bola é outra característica do Voleibol - a bola não pode ser agarrada nem

tocar no o solo;

Para além de não haver o factor tempo a intervir no desenrolar da partida, também não pode

haver empates;

Page 25: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO
Page 26: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Regras Fundamentais do Jogo

Espaço

Dimensões da área de jogo:

O terreno de jogo é um rectângulo com l8m x 9m e com linha a 3 m da rede que delimita

a zona de ataque e a zona de defesa.

A zona de serviço tem 9m de largura e situa-se para além da linha de fundo.

Número de jogadores

O Voleibol tradicional é jogado com duas equipas de seis jogadores de cada lado e do

mesmo sexo. Eles podem ser substituídos, mas apenas uma vez em cada partida (set), embora o

número total de substituições, por partida, seja de seis.

O Voleibol pode também ser jogado com equipas (mistas, ou não) de dois, de três ou quatro

elementos, quer no interior, quer no exterior (Voleibol na Escola e Voleibol de praia).

Altura da rede

A altura oficial da rede, para os escalões de juniores e de seniores, é de 2.24 m para o sexo

Page 27: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

feminino e de 2.43 m para o sexo masculino. No entanto para os escalões mais baixos a altura da

rede é obviamente mais baixa.

O Início do Jogo

O jogo é iniciado com o serviço realizado por uma das equipas. O serviço é

considerado válido quando a bola passa directamente por cima da rede, podendo tocar nela, com o

jogador que o realizou atrás da linha final.

A Pontuação

Um jogo de Voleibol é jogado à melhor de cinco partidas (sets), isto é, a equipa vencedora é

aquela que ganha três sets. Os 4 sets iniciais terminam aos 25 pontos com a diferença de 2 pontos,

enquanto que o último set, o 5º, termina aos 15 pontos com a diferença de 2 pontos.

A marcação de pontos é contínua (contagem directa), qualquer que seja a equipa a servir. É

ponto sempre que a bola cai no campo, dentro das linhas que o limitam, quando um jogador coloca a

bola fora do seu campo e do campo adversário ou quando um jogador comete uma falta.

Como regra da pontuação pode-se afirmar que “uma equipa pontua sempre que ganha uma

jogada”.

Rotação

Deve ser realizada quando a equipa ganha o serviço à

outra equipa e antes de o executar. A equipa em causa executa a

rotação na direcção dos ponteiros do relógio. Nos jogos (6x6) a

rotação é efectuada conforme mostra a figura.

Número de Toques

A cada equipa só é permitido realizar três toques e a cada jogador não é permitido realizar

dois toques consecutivos. Esta regra é alterada quando há uma situação de bloco, isto é, quando um

jogador efectua a acção técnica de bloco pode realizar outro toque logo de seguida e

consequentemente a equipa nesta situação poderá optar por dar quatro toques. Se a bola for tocada,

por um jogador, em duas partes distintas do seu corpo é falta, excepto, por exemplo, na recepção (em

manchete) ao serviço da equipa adversária.

Page 28: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Área da Linha dos 3 Metros

Um jogador só pode realizar as acções técnicas remate e bloco acima do bordo superior da

rede se a chamada for realizada à frente da área da linha dos 3 metros e se estiver nas posições 2, 3

ou 4. Caso isto não se verifique o serviço é da equipa adversária.

Violação da Rede e da Linha Divisória

Penetração por Baixo da Rede

É permitido tocar o campo contrário com qualquer parte do corpo acima do pé, desde que

não interfira na jogada do adversário.

Contacto com a Rede

O contacto de um jogador com a rede não é falta, excepto se interfere com a jogada.

Os jogadores podem tocar os postes, cabos ou quaisquer outros objectos fora das varetas,

incluindo a própria rede, desde que essa acção não interfira na jogada.

Não há falta se a bola enviada à rede ocasiona o contacto desta com um jogador adversário.

Jogar a bola:

A bola deve ser batida. Não pode ser agarrada ou lançada.

A bola enviada para o campo adversário deve passar por cima da rede.

Cada equipa tem o direito a três toques para enviar a bola para o campo contrário

Um jogador não pode tocar duas vezes consecutivas na bola.

Uma equipa perde ponto ou o serviço quando a bola toca o solo fora do campo, é

agarrada ou transportada por um jogador, ou toca num objecto fora da área do jogo.

Cada equipa deve jogar sempre na sua área e espaço de jogo. Contudo, a bola pode ser

recuperada mesmo fora do campo.

Uma equipa perde o ponto ou o serviço quando o seu jogador toca na rede ou penetra no

campo adversário.

A bola, ao passar a rede, pode tocá-la.

O serviço tem que ser feito atrás da linha de fundo sem a pisar nem as linhas que a

delimitam.

No serviço, se a bola, depois de ter sido lançada ou largada pelo servidor, cai no solo

sem o ter tocado, é considerado tentativa de serviço.

Sempre que uma equipa executa a recepção ao serviço contrário e ganha a jogada tem

direito a servir, mas os jogadores devem efectuar uma rotação no sentido dos ponteiros do

relógio.

Page 29: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Arbitragem

O jogo é dirigido por uma equipa de arbitragem, da qual se destacam:

Primeiro árbitro – dirige o jogo e as suas decisões são soberanas. Está colocado numa

cadeira, num plano superior à rede, de modo a dominar com mais facilidade a parte superior da rede

e a área de jogo.

Segundo árbitro – auxilia o primeiro árbitro sempre que este o solicite; informa-o de

qualquer falta que este não assinale. Coloca-se do lado oposto ao primeiro árbitro.

Juízes de linha – estes estão colocados na zona livre, distanciados de 1 a 3 metros de

cada ângulo do terreno e em frente ao prolongamento da linha à sua responsabilidade. Utilizam para

os seus sinais uma bandeira. A pedido do primeiro árbitro, devem assinalar a bola fora ou dentro, e as

bolas que passam a rede por fora do espaço de passagem.

Marcador – está colocado numa mesa atrás do segundo árbitro e frontalmente ao

primeiro árbitro. A sua principal função é o preenchimento do boletim de jogo onde são registados

os nomes e os dos jogadores a ordem de rotação das equipas, os pontos, os tempos de repouso

pedidos, as substituições, ou seja, todos os acontecimentos que se tenham passado ao longo do jogo.

Sinais da Arbitragem

Page 30: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

Terminologia

Deslocamentos – Movimentação de locomoção do jogador.

P.B.F. (Posição Base Fundamental) – Posição e orientação do jogador que está preparado

para entrar no jogo.

Passe – Transmissão da bola com as mãos.

Serviço por baixo e por cima – Envio da bola para o meio campo opositor com o batimento

da mão e com acção do membro superior.

Remate – Batimento da bola com uma mão para o campo opositor.

Jogada – Tempo de jogo entre dois serviços

Partida (set) – Tempo de jogo até uma equipa atingir os 25 pontos, com a diferença de dois

pontos (a 5ª partida termina aos 15 pontos)

Jogo – Termina quando uma equipa vence três partidas

Page 31: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO
Page 32: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

POSIÇÃO BASE FUNDAMENTAL

A Posição Base

Definição:

Atitude preparatória que o jogador adopta, de modo a poder responder com mais

eficácia às várias situações de jogo e a permitir a intervenção tecnicamente mais adequada.

Componentes críticas:

Membros inferiores semi-flectidos e afastados a uma distância igual à largura dos ombros

Tronco ligeiramente inclinado à frente

Cotovelos junto à bacia, membros superiores à frente do corpo e palmas das mãos

viradas uma para a outra

Olhar dirigido para a bola

Page 33: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

PASSE POR CIMA/PASSE DE DEDOS

Definição:

Consiste na transmissão da bola com as duas mãos. É utilizado para projectar a bola

com precisão quando animada de pequena velocidade e no plano superior (relativamente à

testa). E o gesto técnico utilizado como preparação do ataque – passe de ataque.

Componentes críticas:

Deslocamento prévio do jogador de modo que a bola seja tocada à frente e acima do

plano da testa

Contacto na bola efectuado com os dedos, com os membros inferiores e superiores semi-

flectidos

Extensão de todos os segmentos corporais, acompanhado o movimento de batimento da

bola

Colocação da bola no campo adversário, de preferência numa zona previamente definida

Colocação da bola jogável num companheiro

Page 34: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

PASSE POR BAIXO (MANCHETE)

Definição:

O Passe por Baixo (manchete) é o gesto técnico que permite a recepção da bola do

campo adversário (serviço, envio da bola ou remate) e, ao mesmo tempo, passar a bola a um

companheiro.

Componentes críticas:

Membros inferiores em acentuada flexão e tronco inclinado à frente

Membros superiores colocados na posição correcta

Contacto com a bola ao nível da parte interior dos antebraços

Extensão de todos os segmentos corporais, acompanhando o movimento de batimento da

bola

Colocação da bola jogável num companheiro

Page 35: UNIDADE DIDÁCTICA DE ATLETISMO

SERVIÇO POR BAIXO

Definição:

Envio da bola para o meio campo opositor com uma mão. É usado na reposição da

bola em jogo.

Componentes críticas:

Membros inferiores em flexão e ligeiramente afastados, com o pé contrário à mão

batedora avançado, e bola sustentada pela mão não batedora

Lançamento da bola na vertical

Movimento de trás para a frente do membro superior hábil (mão batedora), batendo na

bola com a mão aberta

Colocação da bola no campo adversário, de preferência numa zona previamente definida