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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE As 5 forças competitivas de M. Porter e a TV Globo Por: Sérgio Luiz da Silva Carrez Orientador Prof. Dr. André Gustavo Guimarães da Cunha Co-Orientador Profª Dra. Fabiane Muniz Rio de Janeiro 2004

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … LUIZ DA SILVA CARREZ.pdf · Porter Capítulo 4 • Como a TV Globo utiliza as 5 forças contra a concorrência Capítulo 5 • Conclusão

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

As 5 forças competitivas de M. Porter e a TV Globo

Por: Sérgio Luiz da Silva Carrez

Orientador

Prof. Dr. André Gustavo Guimarães da Cunha

Co-Orientador

Profª Dra. Fabiane Muniz

Rio de Janeiro

2004

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Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia para a

conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato

Sensu” em Docência do Ensino Superior Finanças

e Gestão Corporativas.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus Pais Mário Carrez e Ivonete Carrez

que sempre estiveram em todas as minhas

conquistas com o todo o apoio e carinho

DEDICATÓRIA

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4

Dedico essa minha conquista a minha esposa Ádila

e aos meus filhos Letícia e Gabriel

que com muito amor me conduziram

para mais essa conquista.

RESUMO

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5

O modelo instituído por Michael Porter em 1986 teve como base

fundamental a analise da estrutura e a busca pelo lucro.

Um dos pressupostos básicos é que a empresa deva possuir uma estratégia

competitiva, assim ele criou as 5 forças competitivas básicas que são:

Ameaça de entrantes, Poder de negociação dos compradores, Poder de

negociação dos fornecedores, Produtos substitutos e Rivalidade entre

concorrentes.

Baseado nisso podemos concluir que a Tv Globo se utilizou e se utiliza

dessa estratégia para chegar e se manter na liderança.

Se falarmos da “Ameaça de Entrantes” veremos que a Tv Globo se utiliza da

economia de escala, da diferenciação do produto, da necessidade de capital

entre outros fatores. A Tv Globo também se utiliza de um forte poder de

negociação com os fornecedores já que adquiri grandes quantidades de

materiais (Ex.: madeira para cenários, tecidos, ...) forçando a diminuição da

margem do fornecedor sem que perca a qualidade, pois esta qualidade é

muito importante no produto final da empresa.

O problema da Tv Globo, se assim podemos chamar, é a grande diferença

em audiência que ela mantém em relação aos seus concorrentes que para

alguns setores da política nacional se apresenta como monopólio. Como

contra partida ela mantém uma forte área social, entre outras, que faz com

que esses setores, não favoráveis, não tenham muito com agir para diminuir

essa liderança e dividindo o mercado como eles desejam.

Como nada agrada a todos, apesar dela se manter imparcial quanto a sua

relação na política a Tv Globo acaba desagradando novamente esse setor

não favorável que tenta agir novamente para diminuir sua possível

“influência” na sociedade.

A Tv Globo tem em seu setor publicitário um forte e poderoso método de

captar recursos financeiros e com isso manter seu alto nível de qualidade

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em suas produções, e como isso é um ciclo ela ao conseguir esse excelente

nível de qualidade atrai e mantêm as grandes empresas em seus espaços

publicitários.

O que ela espera é sempre manter esse excelente nível atingido para inibir

seus “parceiros” publicitários a investir em um concorrente e com isso

evitando o crescimento dessa concorrência.

Se verificarmos dentro das 5 forças de Michael Porter, mais

especificamente, na Rivalidade entre concorrentes, encontraremos alguns

itens utilizados pela Tv Globo para manter e atingir bons níveis de

lucratividade, como, “ Concorrência de preço”, “Batalha de publicidade” e “

introdução e aumento de serviços”.

Podemos concluir que a Tv Globo se utiliza fortemente e com grande

eficácia das 5 forças de Michel Porter para se manter na liderança da

audiência e também manter o bom nível de lucratividade da empresa.

.

SUMÁRIO

Capítulo 1

• A TV Globo usa Porter?

Capítulo 2

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• Qual o sistema utilizado pelas outras empresas de

Comunicação Capítulo 3

• Qual a vantagem da TV Globo em utilizar as 5 forças de Porter

Capítulo 4

• Como a TV Globo utiliza as 5 forças contra a concorrência

Capítulo 5

• Conclusão Capítulo 6

• Bibliografia

INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é discutir os conceitos de competição entre as

empresas de telecomunicações do país, e a necessidade de monitorar

continuamente todas as informações na interação da empresa com seu

entorno.

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A analise da estrutura setorial é fundamental na definição de uma estratégia,

com foco nos seus concorrentes diretos ou indiretos, considerando que

outros aspectos, sociais e situação econômica, normalmente afetam todas

as empresas de um mesmo setor de negócios.

Para melhor entendimento de toda essa conjuntura estaremos estudando e

analisando a situação de competição em um determinado setor de negócios,

com a analise das cincos forças competitivas de Michael Porter.

CAPÍTULO I

O MODELO DE MICHAEL PORTER

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O modelo instituído por Michael Porter em 1986 teve com base

fundamental a análise da estrutura industrial, já que no ponto de vista de

Michael Porter essa estrutura tem uma forte influência na determinação das

regras competitivas que deverão ser observadas e compreendidas.

Um dos pressupostos básicos da proposta de Michael Porter é

que cada empresa deva possuir uma estratégia competitiva. O

desenvolvimento dessa estratégia pode ser explicita por meio de um

processo de planejamento ou implícita através das atividades dos vários

departamentos funcionais dessa empresa.

O desenvolvimento da estratégia determina como a empresa

irá competir, quais deverão ser suas metas e as políticas necessárias para

sua realização.

Segundo Michael Porter a rentabilidade de uma industria

dependem das cinco forças competitivas básicas que são demonstradas no

diagrama abaixo e nas suas definições. Segundo Michael Porter o conjunto

dessas 5 forças determina o potencial de lucro final da industria.

Entrantes Potenciais

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Ameaça de novos entrantes Poder de Negociação

Poder de Negociação

Ameaça de serviços ou

produtos substitutos

Conforme a pressão conjunta das 5 forças de Michael Porter,

exercidas nos preços, custos e investimentos em diferentes graus de

intensidade determinam a lucratividade.

As cinco forças competitivas – Ameaça de novos entrantes,

Ameaça de serviços ou produtos substitutos, Poder de negociação dos

compradores, Poder de negociação dos fornecedores e a Rivalidade entre

os concorrentes – refletem, conforme M. Porter “o fato de que a

concorrência em uma indústria não está limitada aos participantes

estabelecidos. Clientes, fornecedores, substitutos, e os entrantes

. Substitutos

Rivalidade entre

concorrentes

Compradores

Fornecedores

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potenciais são todos concorrentes para as empresas na industria,

podendo ter maior ou menor importância, dependendo de circunstâncias

particulares”.

1 – Ameaça de Entrada

A ameaça de novos entrantes caracteriza-se com a

possibilidade de entrada de novas empresas que trazem recursos

geralmente substanciais, como nova capacidade de produção e um

grande desejo de ganhar parcela do mercado.

Para M. Porter mesmo a aquisição de uma empresa, já

existente em uma industria por companhias provenientes de outros

mercados, deve ser encarada com uma entrada, já que, muito

provavelmente, com esta aquisição seja injetados nesta indústria novos

recursos e nova capacidade gerencial, visando um aumento da parcela de

mercado da empresa já existente.

A intensidade da força representada pela ameaça de novos

entrantes depende de barreiras de entrada estabelecidas pelas empresas

já presentes na indústria. São seis a fontes principais de barreiras de

entrada:

( 1 ) – Economias de Escala: Referem-se aos declínios nos custos

unitários de um produto à medida que o nível de produção aumenta,

obrigando as empresas entrantes a ingressarem em larga escala ou

sujeitarem-se a uma desvantagem de custo. Pode estar presente em

quase toda a função de uma empresa, incluindo fabricação, compras,

pesquisa e desenvolvimento, rede de serviços, marketing, utilização de

forças e vendas e distribuição. Também pode estar presente nas

economias de escopo ( utilização dos mesmos fatores para produzir bens

diferentes ) e economias monetárias ( obtenção de fatores de produção

com menores preços ). A integração vertical é também um tipo de barreira

de entrada que gera economias de escala nos estágios de produção ou

de distribuição, uma vez que nesta situação a empresa entrante deverá

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ingressar de forma integrada ou enfrentar uma desvantagem de custo,

assim como uma possível exclusão de insumos ou mercados para o seu

produto se a maioria dos concorrentes estabelecidos estiver integrado.

( 2 ) – Diferenciação do Produto: A diferenciação tem origem na

identificação de uma marcha da empresa, seja através do serviço ao

consumidor, nas diferenças dos produtos, pelo esforço de publicidade ou

por ter entrada primeiro na indústria, entre outros, que desenvolvem um

sentimento de lealdade em seus compradores. A diferenciação cria uma

barreira de entrada, dado que os novos entrantes são forçados a

investirem pesado para romper os vínculos estabelecidos entre os clientes

e as empresas existentes.

( 3 ) – Necessidade de Capital: A necessidade de investir recursos

financeiros em grande quantidade pra poder competir cria barreira de

entrada. O capital é essencial para os investimentos em instalações de

produção, para manter estoques, cobrir prejuízos iniciais e até mesmo

para atividades de risco como, por exemplo, pesquisa e desenvolvimento

ou publicidade inicial.

( 4 )– Custo de Mudança: São os custos com os quais se defronta o

comprador para mudar de um fornecedor para outro. Podem incluir

aquisição de novos equipamentos, custo de treinamento de empregados,

custo com testes e qualificações de nova fonte, e até mesmo custos

psíquicos de desfazer um relacionamento. Quando são altos constituem

uma barreira de entrada.

( 5 ) – Acesso aos Canais de Distribuição: Uma nova empresa precisa

ao entrar numa indústria, assegurar a distribuição para o seu produto,

fazendo desconto de preços para convencer o varejista a ceder espaço

através de promessas de promoções e coisa semelhante. Se o acesso

aos canais de distribuição ( atacado e varejo ) for limitado e quanto maior

for o controle dos concorrentes sobre esses canais, mais difícil será a

entrada na indústria.

( 6 ) – Desvantagem de Custo Independente de Escala: Michael Porter

enuncia alguns fatores que apresentam vantagens plenas de custos para

as empresas estabelecidas em uma indústria, impossíveis de serem

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igualadas pelos entrantes potenciais, independente de economia de

escala. Tais fatores são os seguintes : (a) tecnologia patenteada do

produto ( que são protegidos por patentes ou segredos ); (b) acesso

favorável às matérias-primas ( as empresas estabelecidas têm o controle

das fontes de matérias-primas mais favoráveis, ou têm sob controle a

preços muito mais baixos do que o total ); (c) localizações favoráveis; (d)

subsídios oficiais ( subsídios preferenciais do governo ); (e) curva de

aprendizagem ou experiência ( os custos declinam na medida em que

uma empresa acumula experiência de fabricação do produto). O

Governo, através de uma política governamental, pode também agir de

maneira a limitar ou impedir a entrada de novas empresas na indústria

com controles, por exemplo: limites ao acesso de matéria-prima e licenças

de funcionamento.

2 – Poder de Negociação dos Compradores:

Conforme Michael Porter, os compradores competem com a indústria

forçando os preços para baixo, barganhando por melhor qualidade ou

mais serviços e jogando os concorrentes uns contra os outros, podendo

até comprometer a rentabilidade da indústria. A maior ou menor pressão

dos compradores no que se refere à redução dos preços depende de

certas características do grupo de compradores em relação à sua

situação no mercado, bem como da importância relativa de suas compras

em comparação com seus negócios totais.

Portando, um grupo de compradores tem grande poder de barganha nas

seguintes circunstâncias:

A – Volume de compra ou Grau de concentração dos compradores em

comparação com a industria ofertante: se uma parcela grande das vendas

é adquirida por um determinado comprador, isto faz com que aumente a

sua importância nos resultados.

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B – Participação do produto nos custos totais: quando mais significativos

foremos custos pelos quais os compradores adquirem os produtos de que

necessitam, maior será a pressão para comprarem os produtos ao preço

mais favorável possível. Ao contrário, quando o produto vendido pela

indústria representa uma fração pequena dos custos, o comprador é

menos sensível ao preço.

C – Padronização ou não diferenciação dos produtos: neste caso, os

compradores diante de muitas opções de vendedores jogam uma

empresa contra a outra na certeza de poder contar sempre com

fornecedores alternativos, forçando os preços para baixo.

D – Poucos custos de mudança: os compradores aumentam os seus

poder de negociação quando o vendedor se defronta com custos de

mudança. Por outro lado, altos custos de mudança prendem o comprador

a determinados fornecedores.

E – Lucratividade dos compradores: quando os lucros dos compradores

são reduzidos, criam-se condições para eles buscarem a redução nos

custos das compras. Porém, compradores com elevada margem de

lucratividade são, em geral, menos sensíveis ao preço.

F – Ameaça de integração para trás: os compradores criam uma posição

em que podem negociar concessões quando eles são parcialmente

integrados ou representam uma ameaça real de integração para trás.

G – Importância da qualidade dos produtos: os compradores são menos

sensíveis aos preços quando a qualidade do seu produto é afetada pelo

produto da indústria.

H – Disponibilidade de informações: Quando o comprador tem todas as

informações relativas à demanda, os preços reais de mercado, aos custos

dos fornecedores, ele aumenta o seu poder de negociação em relação a

uma situação de informação deficiente.

Estas fontes de informações, que dão poder de negociação ao comprador

da indústria, podem ter origens nos consumidores, compradores

industriais e comerciais.

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Os consumidores tendem a ser mais sensíveis aos preços quando

compram produtos não diferenciados, mas que representam uma

despesa relativamente alta em relação às suas vendas.

Os compradores industriais e comerciais são representados pelos

atacadistas e varejistas, que, além de sujeito às mesmas regras dos

consumidores, podem reforçar o seu poder de barganha em relação aos

fabricantes.

3 – Poder de Negociação dos Fornecedores:

Os fornecedores podem ameaçar as empresas de uma indústria ao

elevarem os seus preços ou diminuírem a qualidade dos produtos e

serviços fornecidos e, com isto, podem comprometer a rentabilidade de

uma indústria caso ela não consiga repassar os aumentos em seus

próprios preços.

As condições que tornam os fornecedores poderosos tendem a refletir

aquelas que tornam os compradores poderosos. Michael Porter cita as

seguintes circunstâncias que caracterizam um grupo de fornecedor

poderoso:

A – Grau de concentração dos fornecedores: quando os fornecedores são

formados por poucas companhias e mais concentrados do que a indústria

para a qual vendem, dispõem de maior capacidade de exercer uma

influência sobre os preços, qualidade e condições.

B – Inexistência de substitutos para seus produtos: a ausência de

produtos substitutos aumenta o poder de negociação dos fornecedores

concentrados

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C – Importância da indústria para o fornecedor: os fornecedores terão

mais influência sobre as indústrias quando a venda para uma determinada

indústria não for significativa em relação ao volume total de suas vendas.

D – Importância dos insumos para a indústria compradora: quando o

insumo é importante para o sucesso do processo de formação do produto

do comprador, ou para a qualidade do produto fabricado, aumenta o

poder de negociação do fornecedor.

E – Diferenciação dos insumos ou custo de mudança para o comprador:

os fornecedores podem neutralizar a possibilidade de o comprador jogar

um fornecedor contra o outro através da diferenciação de seu produto

como também através da elevação dos custos de mudança (

equipamentos, assistência técnica, etc ). Caso os custos de mudança

incidam sobre os fornecedores o efeito é inverso.

F – Ameaça de integração para frente: esta circunstância se verifica

quando a indústria se recusa a melhorar as condições de compra em

relação aos fornecedores dos produtos utilizados pela indústria. Michael

Porter sugere ainda que, além de considerar os fornecedores com outras

empresas, os recursos humanos (mão de obra especializada, por

exemplo) também devem ser reconhecidos com fornecedores que

exercem grande poder em muitas indústrias.

4 – Produtos Substitutos:

A identificação de produtos substitutos é conquistada através de pesquisa

na busca de outros produtos que possam desempenhar a mesma função

na indústria.

Os produtos substitutos podem limitar ou mesmo reduzir as taxas de

retorno de uma indústria ao forçarem o estabelecimento de um teto nos

preços que as empresas podem fixar com lucro.

Em sentimento amplo, todas as empresas em uma indústria estão

competindo com as indústrias de produtos substitutos, de modo que

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“quando mais atrativa a alternativa de preço-desempenho oferecido

pelos produtos substitutos, mais firme será a pressão sobre os

lucros da indústria.” ( Porter, 1986,p.39)

Assim, a força competitiva dos produtos substitutos representa uma

ameaça constante para as empresas estabelecidas de uma indústria.

Segundo Michael Porter “ os produtos substitutos que exigem maior

atenção são aqueles que (1) estão sujeitos a tendências de

melhoramento do seu “trade off” de preço-desempenho com produto

da indústria, ou (2) são produzidos por indústrias com lucros altos.”.

5 – Rivalidade entre os concorrentes existentes:

A rivalidade entre os concorrentes de uma indústria pode ser definida

como a disputa por posição entre as empresas que já atuam em um

mesmo mercado. Ela é caracterizada pelo uso de táticas como:

concorrência de preços, batalha de publicidade, introdução e aumento de

serviços ou das garantias dos compradores.

Segundo Michael Porter, as empresas de uma indústria são mutuamente

dependentes e, portanto, os movimentos competitivos de uma empresa

têm efeitos imediatos nos seus concorrentes, o que estimula a

competitividade.

Conforme Porter, a concorrência de preços, por exemplo, é altamente

instável, e muito provavelmente deixe toda a indústria em pior situação

do ponto de vista da rentabilidade. A redução de preços é facilmente

imitada pelos concorrentes rivais; uma vez igualados, eles reduzem as

receitas de todas as empresas, a menos que, a elasticidade de preço da

indústria seja bastante alta.

A intensidade da rivalidade pode ser analisada levando-se em

consideração a interação de vários fatores, que são:

A – Concorrentes numerosos e bem equilibrados: quando é grande o

número de empresas em uma indústria, ou quando são poucas, porém

equilibradas em relação a tamanhos e recursos, a rivalidade aumenta. Por

outro lado, quando a indústria é dominada por algumas outras empresas,

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altamente concentradas, as empresas líderes podem impor regras ou

coordenar as ações das demais empresas através de meios como

liderança de preços.

B – Crescimento lento da indústria: normalmente, para as empresas que

procuram expansão da participação do mercado, o crescimento lento da

indústria transforma a concorrência em um jogo, provocando uma

situação muito mais instável do que quando a condição é de um

crescimento rápido da indústria.

C – Custos fixos ou de armazenamento altos: as empresas com custos

fixos elevados, quando existe excesso de capacidade, provocam uma

forte pressão que resulta numa rápida escalada de redução de preços.

D – Ausência de diferenciação ou custo de mudança: a diferenciação cria

um sentimento de lealdade no comprador, o que gera um isolamento

contra a concorrência. Por outro lado, a ausência de diferenciação faz

com que a escolha dos compradores se baseie em grande parte no preço

e no serviço, o que vem a resultar numa intensidade da competitividade

entre as empresas da indústria.

E – Capacidade da produção aumenta em grandes incrementos: as

economias de escala podem proporcionar acréscimos excessivos na

capacidade de produção, rompendo o equilíbrio entre oferta e procura da

indústria, o que poderá determinar períodos alternados de

supercapacidade e reduções de preços para a indústria.

F – Concorrentes divergentes: são situações entre as empresas

concorrentes de uma indústria em que os objetivos e estratégias são

muito diferentes no que diz respeito à competição, ocorrendo um

relacionamento de choque contínuo ao longo do processo.

G- Grandes interesses Estratégicos : são situações em que os objetivos

de determinadas empresas consistem no estabelecimento de uma

posição sólida no mercado em sacrifício da lucratividade, aumentando

assim a instabilidade e a concorrência na indústria.

H – Barreiras de saídas elevadas: algumas empresas operando em

prejuízo não abandonam a indústria na esperança de conseguir o retorno

do seu investimento. Dada a dificuldade de saída destas empresas, a

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rentabilidade de toda a indústria pode ser permanentemente reduzida,

pois as empresas com excesso de capacidade de produção são forçadas

a competirem, contribuindo para aumentar a rivalidade existente.

Caracterizam situações com estes acordos trabalhistas muitos altos,

restrições de ordem governamental e social, inter-relações como acesso

ao mercado, etc.

A partir das cinco forças competitivas apresentadas acima, a empresa

possui condições de elaborar a sua estratégia competitiva, assumindo

ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição em sua indústria e,

assim, obter um retorno sobre o investimento maior para a empresa.

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Capítulo 2: A TV GLOBO USA AS 5 FORÇAS DE MICHAEL PORTER ?

Quando Michael Porter instituiu em 1986 as 5 forças visada, entre outras

coisas, que cada empresa tivesse sua própria estratégia competitiva e

também suas barreiras contra seus concorrentes.

Observemos o quadro abaixo com a evolução anual da audiência (todas

as Tv’s ligadas ou não) e share (somente as Tv’s ligadas) alcançados pela

TV Globo. ( Segunda a Domingo, das 7 h às 24 h – Fonte: Ibope ).

ANO AUDIÊNCIA SHARE

1998 21 51

1999 22 51

2000 21 50

2001 20 50

2002 22 54

2003 23 54

Esses números apresentados são mais de 3 vezes superiores à do

primeiro concorrente.

Se observarmos também outros números abaixo, colhidos de produções

apresentadas na emissora, podemos concluir que a TV Globo apresenta

barreiras contra seus concorrentes.

NOVELAS

. Mulheres Apaixonadas – Exibida em 2003 (204 capítulos), alcançou

média geral de 48 pontos de audiência e 71% de share.

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. Celebridade – Estréia em outubro/03. Com 69 capítulos exibidos até o

final do ano, registrou 41 pontos de audiência e 66% de share.

. Kubanacan – Até o capítulo 207 registrou média de 37 pontos de

audiência e 62% de share.

. Agora é que são elas – Fechou com média de 31 pontos de audiência e

55% de share.

. Chocolate com pimenta – Estreou em setembro/03 e já é um sucesso.

Com 99 capítulos exibidos até o final do ano, atingiu a marca de 35

pontos de audiência e 65% de share.

. O cravo e a rosa – Sucesso pela segunda vez: 28 pontos de audiência

e 64% de share na sua exibição no Vale a pena ver de novo.

. Anjo mau – Repete o sucesso de O cravo e a rosa e mantém a mesma

audiência, na casa dos 28 pontos e 66% de share.

MINISSÉRIES

. A casa das sete mulheres – média de 28 pontos de audiência e 56%

de share.

. Cidade dos homens – média de 33 pontos de audiência e 57% de

share

ENTRETENIMENTO

. Big Brother III – o programa principal (3ª feira) do Big Brother III atingiu

média de 43 pontos com 65% de share. A final do BBB III obteve 52

pontos de audiência e 74% de share.

. A Grande família – média de 39 pontos de audiência e 62% de share.

Chegou a atingir 47 pontos de audiência e 72% de share em 24/julho

(homenagem a Rogério Cardoso).

. Casseta e Planeta – média de 35 pontos de audiência e 55% de share.

. Zorra total – média de 31 pontos de audiência e 55% de share.

. Malhação – média de 29 pontos de audiência e 60% de share

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JORNALISMO

. Jornal Nacional – média de 39 pontos de audiência e 62% de share.

Chegou a atingir 48 pontos de audiência e 68% de share em 11/Ago/03.

. Fantástico – média de 35 pontos de audiência e 58% de share

. Praça TV 2ª edição – média de 34 pontos de audiência e 59% de share.

. Globo Repórter – média de 33 pontos de audiência e 55% de share.

ESPORTE

. Futebol

- Eliminatórias da Copa do Mundo _ 43 pontos e audiência e 67%

de share.

- Copa do Brasil _ 43 pontos de audiência e 63% de share

- Taça Libertadores _ 39 pontos de audiência e 58% de share

- Campeonato Paulista _ 36 pontos de audiência e 58% de share

- Copa das Confederações _ 33 pontos de audiência e 63% de

share

- Amistosos da Seleção Brasileira _ 31 pontos de audiência e 64%

de share.

OUTROS DESTAQUES

. Tela Quente – fechou o ano de 2003 com média de 32 pontos de audiência

e 60% de share. Chegou atingir 47 pontos de audiência e 74% de share com

o filme “As Panteras”.

. Cinema Especial – grandes sucessos de bilheteria e critica do cinema

mundial, como Gladiador, Beleza Americana e Homens de honra, entre

outros, foram exibidos pela primeira vez na TV brasileira, com ótima

audiência.

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. Criança Esperança – repetiu o sucesso dos anos anteriores, alcançando,

em 2003, 36 pontos de audiência e quase 70% de participação sobre o

número total de ligados.

. Especiais de Fim de Ano – além dos tradicionais especiais de fim de ano,

com Roberto Carlos e Retrospectiva, merecem destaque às estréias dos

novos programas Papo de anjo, Sob Nova Direção, A Diarista e Carol e

Bernardo.

AUDIÊNCIA INTERNET

.O site Rede Globo foi líder o ano todo na subcategoria Multicategory

Entertrainment. Fonte Ibope NetRatings.

. Médias mensais de acesso no período jan/dez de 2003 – Fonte

WebTrends:

- Esporte na Globo – média mensal de 2.912 mil acessos. Atingiu

3.857 mil acessos em agosto de 2003.

- Mulheres Apaixonadas – 2.570 mil acessos no mês de setembro

- Mais Você – média mensal de 1.900 mil acessos

- Home Rede Globo – 1.317 mil acessos em média por mês

- Malhação – média de 976 mil acessos por mês. Atingiu 1.176 mil

acessos em outubro

- Chocolate com Pimenta – média mensal de 685 mil acessos, com

892 mil em outubro.

- Celebridade – média mensal de 513 mil acessos até outubro. Em

dezembro chegou a 888 mil acessos.

- Agora é que são elas – 615 mil acessos em agosto

- Fantástico – média mensal de 397 mil acessos. Atingiu 900 mil

acessos em agosto.

- Casseta e Planeta – média mensal de 450 mil acessos

- A Casa das Sete Mulheres – atingiu 822 mil acessos em março

- Beijo do Vampiro – 594 mil acessos

- Sitio do pica-pau Amarelo – média mensal de 403 mil acessos

- Vídeo Show – média mensal de 383 mil acessos, com 523 mil

acessos em junho.

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- Big Brother III – media mensal de 11.497 mil, atingindo 15.340 mil

acessos em março.

Após todos esses números apresentados, na qual a TV Globo em quase

toda sua grade apresenta números 3 vezes superiores ao do primeiro

concorrente, concluímos que ela se utiliza das 5 forças de Michael Porter

para manter o seu perfil de liderança.

CAPÍTULO 3: QUAL O SISTEMA UTILIZADO PELOS

CONCORRENTES DA TV GLOBO.

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25

Verificamos no capítulo anterior que a TV Globo apresenta números que a

concorrência continua tentando diminuir a grande diferença nos números da

audiência, com melhorias em suas produções, tanto na qualidade do que

aparece na tela quanto por trás da tela.

Essa melhoria que é chamada de “por trás da tela” visa um poder melhor de

negociação com seus fornecedores e com seus compradores.

Visa também diminuir a diferença usando produtos substitutos, com menos

custos, mas com qualidade. Nesse assunto podemos usar como exemplo o

SBT – Sistema Brasileiro de Televisão – do empresário Silvio Santos que ao

importar telenovelas, principalmente mexicanas tenta ter uma qualidade de

ponta, mas com grande redução de custo, já que não precisa dispor de

vários profissionais que são utilizados em uma produção nacional.

Os números apresentados até o momento informam que essa estratégia

utilizada pelo SBT não está sendo competitiva, pois não teve uma boa

aceitação no nosso mercado nacional.

Outro ponto que nos demonstra que o SBT tenta se utilizar também das 5

forças de Michael Porter é quando essa emissora faz um grande acordo com

uma empresa Americana para fornecimento de grandes produções

cinematográficas a elevado custo, mas com isso ela conseguiu apresentar

números expressivos em sua audiência.

Se verificarmos outras emissoras podemos concluir que elas também se

utilizam dessas 5 forças de Michael Porter, seja adquirindo produtos de boa

qualidade ou produzindo seus próprios produtos ou também melhorando

seus poderes de negociação com os fornecedores de maior relevância e

com os compradores.

CAPÍTULO 4: QUAL A VANTAGEM DA TV GLOBO EM

UTILIZAR AS 5 FORÇAS DE MICHAEL PORTER.

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De acordo com as informações que veremos abaixo, podemos concluir e

afirmar que a TV Globo se utiliza e tira muitas vantagens das 5 forças de

Michael Porter , tanto no mercado quanto com seus concorrentes

COMERCIALIZAÇÃO

. De acordo com estudo realizado em dezembro/03 pela empresa Singular, a

TV Globo se destacou com tendo a melhor equipe comercial entre todas as

redes de televisão do Brasil. Além disso, quando comparada a todos os

veículos de todos os meios de comunicação, a Globo teve a liderança em

mais da metade dos atributos pesquisados. Foi líder em Política Comercial,

Equipe Comercial, Profissionais Melhor Preparados, Práticos e Objetivos nas

Visitas, Melhor Trabalho Pós Venda e Melhores Festas para o Mercado.

. Na opinião dos leitores da publicação Meio & Mensagem, colhida pela

pesquisa Veículos Mais Admirados, no estudo Prestígio de Marca, realizado

pela Troiano Consultoria de Marca: o Índice de Prestígio da Marca (IPM) da

Rede Globo atingiu o mais alto nível dos últimos três anos. Além disso,

apresentou expressiva superioridade entre todas as redes de televisão nos

atributos Atendimento Comercial, Competência dos Profissionais, Conteúdo

Editorial, Credibilidade e Eficácia.

. 2003 apresentou crescimento nominal de 24% nas vendas sobre 2002,

enquanto as últimas estimativas indicavam crescimento de 10% para o

mercado e 12% para o meio TV. O ano também apresentou crescimento de

7% sobre o orçamento de receita.

. Por meio de ações pontuais sobre clientes com desvios de comportamento

de compra de mídia e da intensificação das relações com clientes e

agências, conseguimos ampliar o market share em 2003, no período de

janeiro a setembro.

. Comercialização dos principais projetos de comunicação para 2004, no

valor bruto de R$700 milhões, com destaque para Futebol, Fórmula 1,

Olimpíadas, Carnaval, Big Brother e a série Um só coração.

. Merchandising – apoio do Governo do Maranhão na produção da novela

Da Cor do Pecado e do Governo do Rio Grande do Sul na minissérie A Casa

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das 7 Mulheres e na novela Chocolate com Pimenta. Foram desenvolvidas

1.400 ações de merchandising ao longo do ano, com ocupação de toda a

grade.

. Institucional

- Petrobrás 50 anos – grande projeto institucional para

comemoração dos 50 anos da Petrobrás, com visibilidade em

vários produtos da TV Globo (cross media): merchandising em

vários programas, mídia da Globo Internacional, ações com

esportes no Esportes Espetacular, ações na Auto Esporte,

visibilidade na internet através da Globo.com, além da mídia no

intervalo comercial;

- Ação Global – depois de 10 anos de sucesso, passou a contar

com um parceiro comercial, a Caixa Econômica Federal, que

desenvolveu várias ações em conjunto com a CGDC e a CGCOM,

como CPF e abertura de conta-corrente para população de baixa

renda.

. Esporte / Auto Esporte

- Desenvolvidas 231 ações entre Esporte Espetacular e Auto

Esporte;

- Esporte Espetacular 30 anos – projeto de comemoração do

aniversário do programa teve a Olumpikus como patrocinadora do

projeto, com visibilidade em vários produtos TV Globo. Foram

desenvolvidas ações no Esporte Espetacular, merchandising no

Vídeo Show e Caldeirão do Huck, mídia na Globo Internacional,

ações diferenciadas na Globo.com e mídia no intervalo comercial;

- Na linha de parcerias, foi fechado com a Goodyear, acordo de

utilização do novo dirigível (maior que o anterior), que, além de

disponibilizar toda a sua tecnologia para transmissões ao vivo e

cobertura de eventos/jornalismo, contou com telão para

mensagens institucionais e comerciais da TV Globo. Com a Nokia

foi fechado acordo para compra de equipamentos de telemetria e

câmera on board, juntamente com a Engenharia e o Esporte.

. Promoções

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- Foram desenvolvidas 211 ações promocionais ao longo do ano.

- Foi desenvolvido e administrado a promoção Jogada da Sorte, do

Campeonato Brasileiro de Futebol, com o Clube dos 13 e a Caixa

Econômica Federal, bem como a promoção Quero ser um Big

Brother, com objetivo de promover o programa nos meses de

novembro e dezembro, dando a oportunidade a 2 sorteados de

participar do programa.

- Foi fechado com as empresas de telecomunicações toda a

operação de 0300, SMS e Portal de Voz para interatividade nos

programas da TV Globo, gerando novas receitas não oriundas do

mercado publicitário.

. Globo Shopping – Avançou nesta operação, que consiste em fornecer,

com bases nas necessidades das produções, produtos cenográficos a custo

zero, visando, em futuro imediato, a comercialização destes produtos pelos

canais das organizações Globo ( Globo.com, Som Livre, etc.).

. Globo.Com – desenvolvidos vários projetos, utilizando a TV como principal

atrativo e criando diferencial entre os portais concorrentes. Criado o

merchandising on line, no qual o cliente participa da ação em um

determinado programa ( ex.: Texaco no Carga Pesado ).

MERCADO INTERNACIONAL

Tv Globo Internacional

. canal totalmente em português, com transmissão 24 horas, dirigidos a

Brasileiros e Lusófonos no exterior ( exceto Portugual ) – cerca de 5,5

milhões de pessoas.

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. Primeiro canal brasileiro em rede mundial e de maior crescimento no

mercado de canais étnicos nos EUA, tendo batido o recorde de assinantes

adquiridos em seu primeiro mês em funcionamento.

. 200 mil assinantes nos EUA, Japão, Timor Leste, Coréia do Sul, Europa

(menos Portugual), África do sul, Angola, Moçambique, Austrália, Chile,

Colômbia, Panamá (como um canal premium e/ou à la carte, (modelo onde o

canal não faz parte do pacote básico do operador)).

. Também presente em toda América Latina em vários operadores a cabo,

com destaque para Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru, Guatemala,

Honduras, Paraguai e Uruguai.

. A partir de janeiro de 2004 o canal foi distribuído via cabo por operadores

nos EUA (RCN em Boston) e. a partir de fevereiro na Suíça (Cablecom em

Zurique e Telegenéve em Genebra). A programação da TV Globo já pode

ser assistida, na integra, em mais de 40 países do mundo, nos 5

continentes.

. Em 2003 foi criado o programa Planeta Brasil, produzido e exibido

exclusivamente para a TVGi, que traz matérias sobre a vida dos imigrantes

brasileiros no mundo, além de prestar serviços à comunidade com porta-voz

das principais noticias consulares.

. A TV Globo Internacional promoveu o Brazilian Day in New York, exibido

com exclusividade no canal. Trata-se de maior evento étnico da cidade de

Nova York, com presença de mais de 1 milhão de pessoas. Destaque para

oportunidade de branding e comercialização de cotas comerciais.

. As ações de marketink cooperativo com o operador Echostar, nos EUA,

trouxeram bons resultados. Promovemos a Globo Summer Tour nos 10

estados de maior população de brasileiros no país, fortalecendo a marca,

aproximando a Globo do assinante e promovendo vendas. Além disso, a

empresa participou de todos os grandes eventos e também foram feitos

anúncios durante todo o ano nos principais veículos de imprensa dedicados

à comunidade.

. Na Europa foram realizadas várias ações de marketing, além do esforço

promocional e de vendas em eventos e shows de cantores brasileiros em

diversos países.

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VENDAS INTERNACIONAIS

. Em 2003, a Divisão de Negócios Internacionais da TV Globo comemorou

30 anos de presença no mercado internacional. A novela que inaugurou a

trajetória internacional da Globo foi O Bem amado, Exportada para o México

em 1973.

. O Clone e Esperança foram as duas grandes novelas de destaque na

Argentina, líderes de audiência nos seus respectivos horários. Produções

ainda não lançadas internacionalmente, como Mulheres Apaixonadas e

Chocolate com Pimenta, já foram solicitadas para a grade de programação

2004, o que indica a expectativa de sucesso do nosso produto no mercado

local.

. A formalização de novos importantes volumes deals (Panamá, Equador,

Uruguai, Bolívia, Costa Rica, Romênia, Ucrânia, Moçambique, Nicarágua,

Peru, Chile, Paraguai e Argentina) veio reforçar a estratégia de fidelização

dos clientes.

. Importantes conquistas no Leste Europeu: a abertura de novos mercados,

como Bulgária, República Tcheca, Eslovênia e expansão no já tradicional

mercado russo através da diversificação da carteira de clientes.

.A melhoria nos processos pós-vendas através da intensificação do apoio

promocional teve grande contribuição para a retomada da liderança de

audiência na SIC-Portugual e para o lançamento de Laços de Família na

Telemundo-Eua Hispânico.

. Fortalecimento da marca Globo através de diversas ações de marketing,

como a nova campanha institucional Made in Brazil, a festa de Lançamento

da novela O Beijo do Vampiro (Nova Orleans-Natpe), a presença constante

nos principais eventos (Mipcom, Miptv e ATF) e a conquista de diversos

prêmios no Inte 2003 (o Oscar da novela latina), entre eles o de Melhor

Telenovela do ano com O Clone e Melhor Produtor de Telenovela do Ano –

TV Globo.

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. A produção de um documentário sobre Carnaval para o Discovery Channel

United States mostrou pela primeira vez em inglês o espetáculo do Carnaval

para audiências nos EUA e Canadá.

. Realização da primeira campanha institucional produzida por um cliente,

nos moldes do merchandising social da TV Globo, com lançamento de

Regala Esperanza, Regala Vida (doação de medula óssea) durante a

exibição de Laços de Família nos EUA (Telemundo).

JORNALISMO

. O RJTV criou os quadros Bate Papo, que mostra entrevistas semanais de

Edney Silvestre com pessoas, famosas e anônimas, que ajudam a melhorar

o cotidiano dos cariocas, e a coluna semanal Já É, feita pela repórter

Mariana Gross, sobre o dia-a-dia de jovens. No segundo semestre investiu

em séries que valorizam a cidadania e a solidariedade, com a contagem

regressiva para o Dia D de combate à dengue, as séries Rio Generoso e

Rio Solidário e o engajamento na campanha Natal Sem Fome.

. SPTV reformulou o quadro Fiscal do Povo, mudando sua linguagem.

Agora, uma pessoa da comunidade conta, sem interferência do repórter, seu

problema na cidade. Algo como o “Repórter por 1 dia”. O VT ficou muito

mais atraente e a forma de cobrança, antes com um simples link, ganhou

cara nova. Autoridade e povo ficam no mesmo lugar e são intermediados

pelo repórter Márcio Canuto.

. Cobertura SP 450 Anos – várias séries foram criadas nos jornais locais

para enaltecer e discutir as faces da metrópole:

- Em 9 de julho os três jornais locais iniciaram o ano de

homenagens com ancoragens diferenciadas. O SPTV teve

orquestra de violas no estúdio. O SPTV 1ª edição foi apresentado

do topo do tradicional edifício Itália, com a banda Ira tocando ao

vivo no heliponto do prédio. O SPTV fez homenagem especial com

orquestra e coral ao vivo na Estação Júlio Prestes;

- Concursos de vídeos (caseiros) onde a população contou a

história dos bairros em que residem. Os finalistas foram exibidos

na Cinemateca da Cidade;

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- Estação da Luz – Sonia Bridi contou em VTs especiais no SP1 a

história, a transformação que vive e o futuro da estação que

sedará o museu Estação da Luz da Nossa Linguagem;

- Casarões da Cantareira – casarões antigos que têm, marcada em

suas paredes, parte da história da formação da cidade, com

imagens belíssimas;

- Eleição da árvore de SP – Marcio Canuto percorreu a cidade

mostrando as árvores preferidas dos telespectadores e, pela

internet, houve a votação da mais bonita;

- SP Desafio 450 Anos – nesta gincana gigante foram apresentadas

provas de recuperação de espaços públicos, que deveriam se

cumpridas pelos participantes. Praças foram pintadas, árvores

plantadas, obras de arte entregues para a população;

- São Paulo Grandiosa – quadro que mostrou de forma curiosa os

grandes números que traduzem a cidade, como orelhão mais

usado, o número de pessoas que chegam à cidade diariamente,

números da construção civil, favelas, etc.;

- Pílulas Declare o seu Amor a SP – personalidades declararam seu

amor à cidade em pílulas gravadas em locais escolhidos por elas.

. Também no SPTV, a série Pior Motorista de São Paulo se transformou

em quadro que discute os problemas da “capital do trânsito”, com frota de

mais de 5 milhões de carros. Flagrantes, analises e possíveis soluções são

abordadas nas reportagens. O quadro resultou em um fórum sobre o tema

no serviço social de transporte e serviço nacional de aprendizagem do

transporte, em julho de 2003. Reportagens exibidas foram usadas como

base para discussão, envolvendo especialistas.

. O DFTV promoveu diversas mudanças: deu nova roupagem à agenda

cultural, que passou a ser mais ampla, criativa e moderna; realizou séries de

reportagens em datas especiais, como o aniversário da capital; convocou

intelectuais e comentaristas para assinar crônicas que projetam um novo

olhar sobre a capital, revelado em textos e imagens caprichados. A previsão

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do tempo também foi reformulada, com informações mais precisas (do INPE

de São José dos Campos), cenário próprio e apresentadora exclusiva.

. O Bom Dia Brasil criou as colunas Visões Urbanas, com crônicas feitas

pelo repórter Edney Silvestre, e Coisas do Gênero, por Renata

Vasconcelos. O bloco de esporte do Bom Dia Brasil contou duas novidades:

a participação de Arnaldo César Coelho, comentando algum lance curioso

ou polêmico relacionado à arbitragem da rodada do fim-de-semana no

campeonato brasileiro, e os comentários de Sérgio Noronha quando há um

jogo da seleção brasileira ou um campeonato em fase decisiva. Ainda no

Bom Dia Brasil, destaque para a participação de Marcos Uchoa analisando

o assunto internacional mais importante da semana.

. O Jornal Hoje adotou forma mais informal/coloquial de apresentação,

bastante conversada, ajustando-se perfeitamente à expectativa do público, e

começou a conquistar uma faixa etária mais resistente: a dos pré-

adolescentes, adolescentes e jovens. Criou os quadros Bandas de

Garagens, um espaço para o público jovem (com retorno fantástico e

recorde 11.638 acessos ao site em um único mês); Tribos Urbanas, espaço

para reflexão sobre o comportamento dos jovens pelo país; e Seus Direitos,

destacando as principais dúvidas do consumidor, sempre do ponto de vista

legal. Foram consolidados os quadros Bem Viver, com exemplos de

pessoas na terceira idade que continuam lutando por uma vida melhor e

sendo exemplos de dignidades e saúde; e Decoração, que mostra

ambientes repletos de idéias que o telespectador pode adaptar para sua

própria casa.

. No Jornal Nacional, destaque para as charges do Chico, das páginas do

Globo para o JN. Estrearam em janeiro com grande repercussão de público.

A coluna do Franklin Martins mostrou o que de mais relevante na política

se deu na semana. O JN criou também o Brasil Rural, espaço para as boas

noticias da agricultura brasileira. Para o mercado financeiro foi criado novo

display, oferecendo apoio de vídeo aos números que os apresentadores

anunciam. Por fim, a série Atitude Saúde apresentou reportagens de

estímulo à educação física e alimentar.

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. No Jornal da Globo a maior novidade ficou com os dias dedicados ao

“Trabalho”. Durante as sextas feiras o jornal ofereceu aos milhões de

brasileiros desempregados informações sobre as oportunidades de vagas,

de empregos temporários, os concursos públicos e os programas gratuitos

de qualificação profissional, sempre procurando agregar serviço à

informação jornalística. Através de reportagens feitas pelas emissoras e

afiliadas em todo o Brasil, o telespectador teve acesso às ferramentas

essenciais para que os cidadãos excluídos do mercado de trabalho

pudessem enfrentar esse grave problema social brasileiro. Na página do

jornal na internet foram disponibilizados endereços úteis de cursos,

concursos e/ou empresas de recrutamento com vagas disponíveis. A partir

de setembro o JG começou a exibir a série Destino-Verão, mostrando os

lugares preferidos por brasileiros e estrangeiros nas férias de verão, sempre

dentro do país.

. O Fantástico estreou os seguintes quadros: Dias de Glória, em que, na

pele da personagem “Glória”, Denise Fraga reconta fatos registrados pelos

telejornais; Homem Objeto, versão para a televisão de peça de sucesso no

teatro, com textos de Luis Fernando Veríssimo encenados por João Falcão;

Chico Anysio, trazendo a cada domingo um dos seus inúmeros

personagens; Brasil Total, no qual o fantástico funciona como vitrine,

mostrando para todo o país produções realizadas por equipes baseadas nos

estados, com personagens e apresentadores que nunca tiveram a chance

de ser dirigir ao resto do Brasil; mais uma edição da série Regina Case, em

que ela funciona como espécie de defensora bem-humorada da cidadania; O

Bicho está Solto, série da BBC com registros espetaculares da vida animal

e O Homem e o Tempo, série que desvenda o que se esconde por trás dos

fenômenos climáticos.

. O Esporte Espetacular criou o quadro Jogos de Aventura, com dois

grupos disputando uma competição de esportes radicais em lugares

belíssimos, O programa também passou a exibir ao vivo os X-Games, jogos

radicais que são um filão relativamente novo no Brasil e estão empolgando o

telespectador.

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. O Globo Esporte criou o personagem Pitaco, com nome escolhido pelo

público através da internet. Trata-se de um bonequinho mordaz que aparece

no canto do vídeo, levantando uma plaquinha onde se lê, entre outras

coisas, “piu-piu”, “mentira”, “maluco”, “ninguém merece” etc. Ainda no GE,

com a nova mascote Raposinha (cujo bordão “ninguém me pega” fazia

alusão à disparada do cruzeiro na tabela, já que o símbolo do time mineiro é

uma raposa), foi possível criar uma espécie de corrida atrás do líder. A

resposta foi tão boa que o GE fez uma eleição na internet para a escolha da

mascote preferida do programa. Foram mais de 100 mil votos e a raposa

liderou até o final, quando perdeu para o Pitaco.

. Na transmissão da Maratona SP2003 foi inaugurado o novo kit para

telemetria em esportes, utilizando sistema ultraportátil baseado em

tecnologia celular. O novo sistema revoluciona o modelo de captação das

informações de velocidade e posição, permitindo agregar ao pacote de

dados as informações do batimento cardíaco do corredor. Permite ainda que

os familiares do corredor que está com o kit acompanhem esses dados pela

internet e não apenas no momento em que ele foi focalizado ou entrevistado

na TV. Este projeto é o embrião de um conjunto de novas aplicações que

poderão ser desenvolvidas utilizando a tecnologia de telefonia celular. O kit

foi utilizado nas provas de stock car, ciclismo e na corrida São Silvestre.

. A Globo News lançou novo programa de política, mostrando os bastidores

de poder. Fatos e Versões é ancorada por Franklin Martins e Cristiana

Lobo. Produção da Globo News Brasília.

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CONCLUSÃO Após essa gama de informações e números passados, colhidos da própria

emissora, números com da audiência e share que chegam a 3 vezes o

numero do primeiro concorrente e também números de produtos

comercializados pela TV Globo em todo o nosso território nacional e também

em territórios internacionais, números por si só expressivos, como por

exemplo, um crescimento nominal de 24% em suas vendas em 2003 sobre

as vendas de 2002, enquanto as ultimas estimativas indicavam um

crescimento de 10% para o mercado e 12% para o meio de

telecomunicação.

Outra parte que mostra todo o potencial da TV Globo e que podemos citar é

a cobertura da Guerra do Iraque onde a empresa utilizou repórter próprio,

Marcos Uchôa, que transmitiu primeiramente do Kuwait e depois do próprio

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Iraque, e para isso utilizou a tecnologia NERA de transmissão de som e

imagem por Up Link próprio.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Porter, Michael E.. “Estratégia Competitiva”, Rio de Janeiro : 1986

Porter, Michael E.. “Vantagem Competitiva”, Rio de Janeiro: 1992

Porter, Michael E.. “Competição – Estratégias essenciais”, Rio de Janeiro :

1999

Perfil da Liderança : 2004 – base 2003

Reportagens diversas: Internet : 2004