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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES NAS OPERAÇÕES DOS CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO Por: ALEXANDRE GONÇALVES BRAGA Orientador Prof. JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES NAS OPERAÇÕES DOS

CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO

Por: ALEXANDRE GONÇALVES BRAGA

Orientador

Prof. JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES NAS OPERAÇÕES DOS

CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Logística Empresarial.

Por: Alexandre Gonçalves Braga

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AGRADECIMENTOS

Aos parentes e amigos de turma.

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DEDICATÓRIA

Dedico à minha esposa, minha mãe e aos

meus irmãos.

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo discutir o modo de operação no

Centro de Distribuição e seus sistemas de informações. Com a finalidade de

destacar a importância dos sistemas informações nas operações do CD da

empresa analisada, visto que, no cenário atual a empresa tem um acentuado

trabalho humano nas suas operações de recebimento, movimentação de

material, estocagem e distribuição, com a implementação de sistemas de

informações como: WMS, ERP, ERP + WMS, RFDC e Picking, essas

atividades teriam uma redução significativa de tempo, custos, além de uma

redução do tempo de entrega ao consumidor final.

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METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada através de levantamento bibliográfico,

coletando-se material em livros, periódicos e monografias, em revistas do

gênero, bem como por meio de materiais disponíveis na Internet, limitando-se

ao assunto para embasamento doutrinário para a comprovação da hipótese

deste trabalho.

Neste trabalho foram citados autores consagrados que falam do

tema como: Moura, Ballou, Souza, além de sites especializados e visita aos

setores envolvidos da empresa analisada.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - Centro de Distribuição 13

1.1- A importância dos centros de distribuição no cenário vigente 13

1.2- Sistemas de movimentação de cargas no cenário vigente 18

1.3- Equipamentos de recebimento 18

1.4- Equipamentos de estocagem 19

1.5- Equipamentos de Picking 20

1.6- Equipamentos de embalagem 20

1.7- Equipamentos de expedição 21

1.8- Equipamento de distribuição 22

CAPÍTULO II - O Mapeamento das Atividades 23

2.1 - Recebimento das Mercadorias 23

2.2 - Movimentação de Materiais 24

2.3 - Estocagem 24

2.4 - Recebimento dos pedidos pela área comercial da empresa 24

2.5 - Ordenando os pedidos 25

2.6 - Separação física 25

2.7 - Conferência dos pedidos 25

2.8 - Faturamento dos pedidos 25

2.9 - Expedição 26

CAPÍTULO III – Sistemas de informações 27

3.1 – Warehouse Management System 27

3.2 – Enterprise Resource Planning 30

3.3 – Enterprise Resource Planning + WMS 31

3.4 – Radiofrequency Data Collection 32

3.5 – Picking 33

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CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ANEXOS 41

ÍNDICE 42

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INTRODUÇÃO

Uma das etapas críticas da distribuição física está no gerenciamento

e administração dos produtos que são armazenados em Centros de

Distribuição (CD). O Warehouse Management System (WMS) é um sistema

especialista que gerencia as operações dos CDs, buscando atender as

necessidades inerentes dessas operações. Este sistema especialista, quando

atua integrado ao sistema gestor da empresa (Enterprise Resource Planning -

ERP) permite ter informações a respeito de produtos, clientes, filiais, pedidos e

definição de rotas. As operações podem, ainda, ficar mais ágeis quando o

sistema WMS dispõe do uso de Radiofrequency Data Collection (RFDC), pois

informações são disponibilizadas em tempo real. Dessa forma, muitas

empresas adotam estes sistemas objetivando o aprimoramento das operações

logísticas e do gerenciamento do CD. Vem ocorrendo uma série de

implantações do WMS em diversos segmentos empresariais.

As maiores dificuldades enfrentadas hoje nos centros de distribuição

são referente à movimentação de recebimento do pedido, recebimento de

mercadorias, controle de qualidade, movimentação de materiais,

armazenagem, picking e expedição. São críticas, também, as informações

relacionadas aos produtos como quantidade, prazo e a rapidez no atendimento

aos pedidos. Todas essas operações são complexas e necessitam de

sistemas informatizados para melhor gestão.

A partir das mudanças socioeconômicas das últimas décadas no

Brasil, com a consolidação da moeda, inflação estável, abertura de mercado e

mudanças nos padrões de consumo da população, as empresas comerciais de

forma geral foram forçadas a fazer ajustes nos seus diversos processos

operacionais e de gestão para continuarem competitivas e saudáveis.

Uma das muitas atividades que sofreram mudanças e que, neste

caso, obtiveram novo status, foi a Gestão Logística. Antes vista como mera

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atividade de estocagem de bens, a Gestão Logística foi elevada de um

patamar tático-operacional a um patamar estratégico, funcionando como

elemento de integração de todos os elos da cadeia de suprimentos e

interagindo de forma visceral com os demais setores das organizações e do

mercado.

A correta gestão dos mercados, das necessidades específicas de

cada região, assim como a gestão do fluxo de materiais e bens acabados, bem

como sua disponibilização ao consumidor final no tempo certo, com o melhor

preço e ao menor custo, obrigou as organizações a reestruturarem sua rede

logística, redistribuindo regionalmente unidades produtivas e operando centros

de distribuição que, colocados em pontos estratégicos, permitem diminuir ao

máximo a distância entre os polos produtores e o consumidor final.

Em função dessa atividade logística, de seu modo de gestão, da

existência de questões de infraestrutura, da cultura logística e de o conceito de

operar em cadeia ainda não estarem completamente amadurecidos e

disseminados no Brasil, alguns processos e estruturas empresariais, apesar de

já possuírem uma logística funcional, ainda apresentam lacunas e falhas que

necessitam ser corrigidas para que – com processos otimizados – garantam

níveis máximos, eficiência de oferta e maximização de resultados.

Uma das questões básicas do gerenciamento logístico é a de como

estruturar sistemas de distribuição que sejam capazes de atender de forma

econômica a mercados geograficamente distantes das fontes de produção e

que sejam capazes de oferecer níveis de serviço cada vez mais altos, em

termos de disponibilidade de estoque e tempo de atendimento.

Nos dias de hoje, com o mercado cada vez mais competitivo, a

tecnologia da informação torna-se um diferencial cada vez maior entre as

empresas na busca pelo melhor atendimento e, consequentemente, um melhor

nível de serviço.

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O objetivo deste trabalho é mapear as operações do Centro de

Distribuição, desde a colocação do pedido até a entrega ao cliente final. No

entanto, um dos maiores problemas enfrentados pela empresa analisada é a

falta de investimento em sistema de informações capazes de atender as

necessidades das áreas envolvidas. Esta atualmente com sistemas de

informações obsoletos, não integrados às outras empresas do grupo, gerando

uma grande dificuldade de controle de gestão, análise de decisão e

planejamento.

Postas as observações supracitadas, o presente trabalho se propõe

a analisar nos capítulos, a importância dos centros de distribuição no vigente

cenário empresarial, o mapeamento das atividades das operações no centro

de distribuição da empresa analisada, a importância dos sistemas de

informações na gestão de um CD de uma empresa.

Portanto este trabalho destaca no capítulo I a importância dos

centros de distribuição e suas atividades, com as mudanças socioeconômicas

das últimas décadas no Brasil, com a consolidação da moeda, inflação

instável, abertura de mercado e mudanças nos padrões de consumo da

população, as empresas comercias de forma geral foram forçadas a fazer

ajustes nos seus diversos processos operacionais e de gestão para

continuarem competitivas e saudáveis, uma das muitas atividades que

sofreram mudanças foi a gestão logística. Elevada de um patamar tático-

operacional, antes vista como mera atividade de estocagem de bens, para um

patamar estratégico, funcionando como elemento de integração de todos os

elos da cadeia de suprimentos e interagindo de forma visceral com os demais

setores das organizações e do mercado.

No capítulo II, fala do mapeamento das atividades, como é feito hoje

o recebimento das mercadorias, a movimentação de materiais, a estocagem,

além da separação dos produtos para a entrega ao cliente final, uma vez que

na empresa analisada não trabalha com o picking e todo o trabalho de

separação e contagem é feito por conferentes.

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Já no capítulo III, aborda os sistemas de informações como o

Warehouse Management System (WMS), Enterprise Resource Planning

(ERP), Radiofrequency Data Collection (RFDC), Picking e sua importância no

cenário vigente, pois o cliente está cada vez mais exigente quanto a um bom

nível de serviço.

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CAPÍTULO I

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

1.1 – A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS DE DISTRUIÇÃO NO

CENÁRIO VIGENTE.

Em uma época onde a globalização acaba com fronteiras e as

ferramentas eletrônicas e virtuais permitem uma maior aproximação entre

polos produtores e polos consumidores, a atividade logística ganha cada vez

mais importância e destaque. Deste modo, a busca por redução nos custos

totais da Cadeia de Suprimentos, bem como redução nos prazos de entrega e

ainda de melhoria na qualidade dos serviços prestados, se tornou

fundamentalmente objeto de diferencial competitivo entre as diversas

empresas do setor. Estas atividades, perpassam necessariamente por uma

otimização nos processos de recebimento, estocagem e distribuição. É aonde

se insere a importância dos Centros de Distribuição como fator vital para o

melhor andamento de toda esta Cadeia de Abastecimento.

O Centro de Distribuição é o armazém que gerencia o fluxo de

materiais e informações, consolidando estoques e processando pedidos para a

distribuição física. O CD pode manter o estoque necessário para controlar e

equilibrar as variações entre o planejamento de produção e a demanda;

permite acumular e consolidar produtos de vários pontos de fabricação de uma

ou de várias empresas, combinando o carregamento para clientes ou destinos

comuns; possibilita entregas no mesmo dia a clientes-chave e serve de local

para a customização de produtos, incluindo embalagem, etiquetagem e

precificação, entre outras importantes atividades.

Por definição, Centro de Distribuição é um espaço onde se

depositam matérias primas, produtos semiacabados ou acabados à espera de

serem transferidos para outra etapa do ciclo da cadeia de distribuição. Ou seja,

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onde são recebidas cargas consolidadas de diversos fornecedores a fim de

serem distribuídas aos Pontos de Venda mais próximos.

A missão do centro de distribuição é gerenciar todas as atividades

de suprimento visando alcançar um satisfatório nível de serviço e qualidade ao

custo mais baixo possível. Entregar mais e cada vez melhor, buscando sempre

o menor preço.

Com a prospecção de novos mercados, novas fronteiras geográficas

surgem e com o aumento das distâncias entre os polos produtores e

consumidores têm como consequência os riscos de ruptura no atendimento

por falta de produtos, nesse contexto os Centros de Distribuição tornaram-se o

grande fator de diferenciação competitiva, tendo como principal finalidade

agregar valor por meio da disponibilidade imediata de produtos, com

flexibilidade para atender as demandas de forma personalizada e com a

velocidade exigida pelo consumidor.

O Centro de Distribuição - diferente do armazém geral – tem como

finalidade gerenciar o fluxo de produtos e informações associadas, de modo

que possa contribuir para a redução das distâncias, diminuindo os prazos de

entrega, contribuindo para o atendimento das necessidades dos consumidores.

Com o fim do ambiente inflacionário, as empresas evidenciaram a

ineficiência de seus processos e perceberam imediatamente o reflexo pelos

altos custos de produção e grandes desperdícios envolvidos na distribuição de

seus produtos. A competição se tornou mais agressiva pela globalização dos

mercados, pela diversidade dos produtos e pelo novo perfil do consumidor.

Estes fatores estão provocando grandes mudanças nas

organizações, fazendo as empresas reverem sua estratégia competitiva. Para

tanto, as empresas estão optando cada vez mais pelo uso de centros de

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distribuição, objetivando a garantia de entrega rápida e eficaz,

consequentemente reduzir custos e combater desperdícios.

Segundo Hill (2003), os centros de distribuição são projetados para

colocar produtos em movimento, e não apenas para armazená-los. São

depósitos grandes e automatizados, projetados para receber produtos de

várias fábricas e fornecedores, receber os pedidos, atendê-los com eficiência e

expedir os produtos para consumidores de uma determinada região o mais

rápido possível.

A implementação de um Centro de Distribuição pode racionalizar os

níveis de estoques contribuindo para a redução do custo logístico total, pois o

estoque centralizado permite acompanhar melhor os níveis de estoque e

controlar as necessidades de reabastecimento. Aliado ao CD, a distribuição

física percebe os benefícios da localização geográfica do CD junto ao principal

mercado consumidor, tendo em vista a redução das distâncias, menor trajeto

percorrido, volume maior de entregas, melhor ocupação do veículo, otimizando

tempo e custos.

A maior parte do volume de atividades em um CD consiste na

movimentação de produtos e no registro das informações. As operações de

distribuição usualmente abrangem as funções de recebimento, estocagem,

separação de pedidos, embalagem, etiquetagem e expedição. O cross-docking

transbordo de produtos diretamente da doca de recebimento para a doca de

expedição, sem estocar também é muito utilizado. Um centro de distribuição

dispõe de funções de apoio que incluem escritórios, áreas para manutenção de

empilhadeiras, (pit stop), descanso para motoristas, etc.

Conforme Moura (2002), a principal finalidade dos CDs consiste em

oferecer melhores níveis de serviço ao cliente, através da redução do lead time

(tempo de ressuprimento) pela disponibilidade dos produtos o mais próximo do

ponto de venda, na localização geográfica junto ao principal mercado

consumidor, oferecendo condições para agilizar o atendimento dos pedidos.

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Dessa maneira aumenta-se a frequência de pedidos, reduzindo os

volumes e minimizando os custos de inventário, o que acaba contribuindo para

a redução dos custos totais de logística e proporciona melhores níveis de

serviço, colocando a empresa tomadora de serviço em um novo patamar de

competitividade. Através desse nível de serviço a empresa pode aumentar sua

participação no mercado (aumento de market share) e também consolidar sua

imagem no mercado.

Diversas vantagens foram identificadas na literatura quanto à

adoção do CD no sistema logístico. Essas vantagens obtidas pela

centralização de estoque podem beneficiar todos os elos da cadeia:

fornecedor, empresa e consumidor.

Bowersox e Closs (2001) identificam também duas vantagens na

adoção do CD no sistema logístico: a capacidade de agregar valor ao produto

e os tipos de operações realizadas no CD – consolidação, break bulk, cross

docking e formação de estoque. Os CDs podem ser utilizados para postergar

ou adiar a produção, desempenhando atividades leves de fabricação ou

processamento, atividade apontada pelos autores com a finalidade de agregar

valor ao produto. Um CD com capacidade para embalar e etiquetar produtos,

por exemplo, permite a postergação de acabamento final de produtos até que

o destino deles seja conhecido. A postergação pode proporcionar duas

vantagens: minimização de riscos, pois o empacotamento final não é efetuado

até ser recebido o pedido para um cliente, e a redução de estoque, pois se

estoca apenas produtos básicos mais as etiquetas e as embalagens. A

combinação de menor risco com menor estoque reduz o custo total do sistema

logístico, mesmo quando o custo de embalar no CD é maior do que o custo de

embalar na fábrica.

O tipo de operação realizada no CD tem como objetivo obter

vantagens econômicas e de serviço para a empresa. A escolha dessa

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operação deve se adequar ao CD para que se obtenha os melhores

resultados.

A consolidação de cargas é caracterizada por receber e consolidar

produtos de vários fornecedores, para envio a um cliente específico, numa só

entrega. A vantagem está refletida em fretes menores e na eliminação de

congestionamento em áreas de recebimento de mercadorias em instalações

de clientes.

O break bulk e o crossdocking são similares às operações de

consolidação, exceto pelo fato de não existir estoque. Numa operação break

bulk, são recebidas do fornecedor quantidades para atender a diversos

clientes, e essas quantidades são separadas e enviadas a clientes individuais.

O crossdocking também é similar, exceto pelo fato de envolver mais de um

fornecedor. As cadeias varejistas fazem intenso uso de crossdocking para

repor estoques de alta rotação. As vantagens econômicas decorrem da

redução de manuseio, pois os produtos não são estocados, e do uso mais

eficiente da área de carregamento, já que os veículos recebem cargas

completas.

A operação com formação de estoque possui a vantagem de

estocar produtos sazonais e promocionais, essencial a certos tipos de

negócios. A formação do estoque proporciona regulação de fluxo, permitindo

eficiência na produção nas restrições impostas por condições de suprimento e

clientes. O prazo de entrega pode ser reduzido, substancialmente, por esse

estoque estar próximo de mercados estratégicos.

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1.2- SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NO

CENÁRIO VIGENTE

Moura (2005) considera a função movimentação de materiais o

estudo dos movimentos dentro da companhia, diferenciando da movimentação

externa que é comumente conhecida por transporte. O fluxo da movimentação

de materiais está relacionado com o transporte de matérias-primas e produtos

acabados, com o armazenamento (estocagem, seleção de pedidos,

montagem, embalagem, expedição) e distribuição das matérias-primas e

produtos acabados, no âmbito interno da empresa.

A Associação Brasileira de Movimentação de Materiais - ABMM

considera movimentação de materiais uma operação ou conjunto de

operações, que implique mudança na posição de qualquer material ou produto

para processamento ou serviço, sua armazenagem interna ou externa dentro

de uma mesma unidade fabril, depósito ou terminal.

Desta forma, o objetivo da Movimentação de Materiais é transportar

e estocar os materiais do início ao término do processo, sem retrocesso e com

um mínimo de transferências, e entregá-los nos locais apropriados de trabalho

ou centros de produção, de modo a evitar congestionamentos, atrasos e

manuseios desnecessários (MOURA, 2005).

1.3- EQUIPAMENTOS DE RECEBIMENTO NO CENÁRIO

VIGENTE

No Recebimento são realizadas as atividades de descarregamento

das cargas e conferência físico-fiscal das mercadorias entregues pelos

fornecedores. Para isto, é necessária a utilização de três Classes de Materiais

como Veículos Comuns e Especiais, Materiais Patrimoniais Diversos, Materiais

e Equipamentos de Informática, conforme enumerado a seguir: niveladora de

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docas, coleta de dados do recebimento, empilhadeira para desembarque de

mercadorias e paleteiras para desembarque de mercadorias.

1.4 – EQUIPAMENTOS DE ESTOCAGEM NO CENÁRIO

VIGENTE

Na etapa de estocagem os equipamentos mais utilizados são: Porta

pallet central para estocagem e Drive-through, estrutura que utiliza menor

espaço físico, com maior capacidade de estocagem, com isso, os produtos são

alocados por meio de WMS, no local mais apropriado para a armazenagem

temporária desta mercadoria que acaba de ser recebida, observando dois

princípios de Classificação de Materiais: quanto ao mercado fornecedor e

quanto ao valor de consumo.

No WMS, a discriminação ocorre primeiramente quanto ao mercado

fornecedor. Entre os itens nacionais, que são correspondentes a 80% do

material estocado. Os importados, que representam 15% das cargas em

estoque e os importados fornecidos pelo mercado externo, isto é, 5% de

mercadorias que visam atender a uma clientela específica.

A partir de então, segregam-se as mercadorias em virtude do

Método Activity Based Costing, também conhecido por Lei de Pareto. Onde

são identificados os produtos de maior giro, dentre cada mercado fornecedor,

que é quando se verifica que um pequeno grupo de produtos corresponde à

grande parte da movimentação em um armazém. Ou seja, onde 20% dos

produtos correspondem a 80% do valor em estoque, 30% represente 15% e os

50% de produtos restantes, equivalham a 5% do valor total.

Para comportar esta inteligência de estocagem, sem gerar grandes

impactos de custos, o Porta-Pallet Central é a solução ideal visto que utiliza da

verticalização da armazenagem, otimizando o espaço disponível com total

segurança de operação.

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1.5 – EQUIPAMENTOS DE PICKING NO CENÁRIO VIGENTE

A atividade de picking é quando ocorre a Separação dos Pedidos, e

pode ser definida como a atividade responsável pela coleta do mix de

produtos, em suas quantidades corretas na armazenagem para satisfazer às

necessidades de demanda. Na atividade de picking existe uma área reservada

para esta atividade são necessários alguns equipamentos como: Scanner de

mão para leitura e Flow-racks.

As mercadorias são alocadas observando princípios do Método ABC

de Gestão de Estoques, ou seja, as mercadorias em estoque de alta

prioridade, de maior demanda, são destinadas a endereços que observem este

princípio, visando à máxima utilização do espaço disponível, a máxima

utilização de equipamentos de distribuição e a utilização da gravidade.

No Centro de Distribuição, esta atividade é considerada como uma

das mais críticas, pois o custo de mão-de-obra associado gira em torno de

30% a 40% do custo total. Aliado ao custo, o tempo dessa atividade influi de

maneira substancial no tempo de ciclo de pedido, ou seja, o tempo entre a

recepção de um pedido do cliente e a entrega correta dos produtos.

1.6 – EQUIPAMENTOS DE EMBALAGEM NO CENÁRIO

VIGENTE

Embalagem é uma função técnico-econômica com o objetivo de

proteger e distribuir produtos ao menor custo possível. Uma das formas de

Embalagem utilizadas por algumas empresas é a Quaternárias, que visam

além de proporcionar a melhor utilização de espaço no CD, promover a

proteção dos produtos durante a movimentação dos mesmos, além das

Embalagens Terciárias, de papelão, que são utilizadas visando facilitar a

distribuição ao atacadista ou ao cliente final.

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A embalagem dos produtos no Armazém é regra geral, grosseira

(nível quaternário), enquanto que a embalagem do produto ao momento da

distribuição externa possui caráter protetor, ou seja, de preocupação maior

ainda com a integridade física do produto e caráter de comunicação, possuindo

informações diversas sobre o produto como peso, medidas e indicações de

manuseio. Visto que a este nível de embalagem, a mercadoria sofre

Movimentação Manual, ou com auxílio de pequenas paleteiras para

deslocamentos curtos.

Visando um melhor aproveitamento do espaço da embalagem e

redução nos custos, é encurtado ao máximo o espaço entre o produto e a

embalagem, sendo utilizados ainda plásticos-bolha e sacos de vácuo para

evitar qualquer movimentação indesejável do produto no interior da

embalagem terciária ao longo da Cadeia Logística.

1.7 – EQUIPAMENTOS DA EXPEDIÇÃO

A expedição consiste, basicamente, na verificação e no

carregamento das mercadorias nos veículos, esta atividade se realiza depois

da mercadoria ser devidamente embalada. A expedição inclui as seguintes

tarefas:

· Verificar se o produto que o cliente pediu está pronto para ser expedido;

· Preparar os documentos da remessa (informação relativa aos artigos

embalados, local para onde vão ser enviados);

· Pesagem, para determinar os custos de envio da mercadoria;

· Juntar as encomendas por operador logístico (transportadora);

· Carregar os caminhões (tarefa muitas vezes realizada pelo transportador).

Deste modo, são utilizados equipamentos da ordem de pesagem e

movimentação visando reduzir ao máximo o uso de tempo e força despendidos

na movimentação de materiais, como balanças eletrônicas de medição,

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balanças transpaletes, plataformas eletrônicas de pesagem e máquina

envolvedora aplicando filme streeh com capacidade para suportar as

mercadorias envolvidas no processo.

1.8 – EQUIPAMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO

Na distribuição normalmente são utilizados os mesmos matérias de

movimentação de cargas utilizadas no recebimento. Visto que o processo de

distribuição é quando se faz o caminho inverso, saída do CD para o

consumidor final. Sendo assim, são utilizados, também, carrinhos de mão

práticos e dobráveis para o desembarque das mercadorias nos respectivos

destinos.

O movimento dos materiais e especialmente dos veículos dentro do

CD dar-se-á através da rigorosa observação de critérios de segurança, e

normas regulamentadoras de segurança do trabalho, que se preocupem em

delimitar no pavimento a zona de circulação de veículos e a zona destinada ao

trabalho e circulação de colaboradores de toda ordem.

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CAPÍTULO II

MAPEAMENTO DAS OPERAÇÕES NO CENTRO DE

DISTRIBUIÇÃO DA EMPRESA ANALISADA

1.1 – RECEBIMENTO DE MERCADORIAS

O funcionário do estoque faz a verificação dos documentos

apresentados com os pedidos solicitados pelo departamento de compras,

através de telas específicas do sistema ERP da empresa. Os dados

constantes nos documentos são digitados em telas específicas do ERP, a fim

de dar início ao recebimento das mercadorias, caso não haja divergência,

basicamente, as divergências são: divergência de valores, divergência de

quantidade e divergência na descrição do produto.

No setor de recebimento físico, as NFs são passadas para o

encarregado do recebimento, a fim de distribuí-las aos conferentes para servir

de guia para o recebimento. Os pallets vazios são transportados pelas

empilhadeiras, através da solicitação verbal dos conferentes que informam o

tipo (existe 4 tipos de pallets) e sugerem a quantidade de pallet necessária

para a paletização da mercadoria recebida. A paletização é realizada

conforme o conhecimento do funcionário, ou seja, ele identifica a melhor forma

de ocupação do pallet e o monta, não existindo um padrão de palatização. As

mercadorias com dois volumes ou mais, podem ser paletizadas no mesmo

pallet ou em pallets diferentes, porém sem um padrão definido na forma,

quantidade e tipo de separação dos volumes.

O controle de qualidade também é acionado para realizar os devidos

procedimentos de controle e garantia de qualidade dos produtos recebidos. É

responsabilidade da qualidade de controlar e verificar se a quantidade de

volumes de um determinado produto está de acordo com as informações da

Logística. Porém isso não é feito, pois existe a alegação de que esse

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procedimento trava a operação do recebimento. São escolhidos aleatoriamente

produtos, que são levados ao setor da qualidade para análise de superfície e

dos produtos.

1.2 – MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

Após a conferência dos produtos no recebimento, os pallets são

retirados dos boxes e disponibilizados próximos á parede que separa o

recebimento da estocagem, ainda na área do recebimento. Não é realizado

nenhum controle de pallet e mercadoria na transferência dos setores

recebimento e armazenagem.

1.3 – ESTOCAGEM

O controle e o acompanhamento são realizados pelo pessoal

responsável pela organização do CD, sem o uso de sistemas informatizados.

Os pallets são estocados conforme a disponibilidades de endereços, através

de um simples controle de localidade. O CD está segmentado por corredores e

produtos.

1.4 – RECEBIMENTO DOS PEDIDOS DA ÁREA COMERCIAL

Os pedidos são recebidos pelo callcenter das seguintes formas: fax,

E-mail, 0800 e optclick (site disponibilizado para alguns clientes). Após a

digitação pelo callcenter é gerado um número para o pedido, os pedidos são

direcionados para o departamento financeiro, onde é gerado um número de

delivery e verificado os status do cliente e pendências. Concluindo todas essas

verificações, os pedidos são direcionados para uma impressora dentro do

estoque.

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1.5 – ORDENANDO OS PEDIDOS

O pedido é anexado e colocado no quadro de prioridades da

seguinte maneira: motoboy, carro da empresa analisada, sedex, malote e

transportadora.

Motoboy: atendido dentro de 4 horas após a colocação do pedido pelo cliente.

Nosso carro: Pedidos acima de 500 peças. (Rio e Grande Rio).

Sedex/Sedex Malote: Pedidos colocados até as 11:00 horas e contendo até

500 peças, são atendidos no mesmo dia.

Transportadora: acima de 500 peças são atendidas no próximo dia útil.

1.6 – SEPARAÇÃO FÍSICA

O colaborador verifica o resumo do pedido e calcula o tamanho da

caixa. O mesmo percorre o estoque se baseando no corredor, estante,

descrição do produto, código e quantidade. Depois da separação o pedido

segue para a esteira onde é feita a conferência.

1.7 – CONFERÊNCIA DOS PEDIDOS

A conferência é feita através do código de barras e quantidade do

item. Após essa etapa o pedido é liberado no sistema e é feita uma nova

conferência na expedição comparando apenas a quantidade total física com a

do pedido.

1.8 – FATURAMENTO DOS PEDIDOS

Após o pedido chegar a expedição é conferido a quantidade total de

peças anotado na caixa os quatro últimos números da delivery e quantidade

total do pedido, em seguida é destacada a primeira página do picklist e

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entregue ao faturamento, para que seja efetuado o fechamento do pedido.

Depois de fechado o pedido entra em processo de emissão de nota fiscal,

onde passa pela interface, após ser liberado pela interface, segue para a

aprovação da SYNCRO e SEFAZ, até a emissão do DANFE (documento

auxiliar de nota fiscal eletrônica).

1.9 – EXPEDIÇÃO

Durante a emissão do DANFE as caixas são encaminhadas para a

estante, assim que o DANFE é liberado ele é entregue na expedição, onde são

localizadas as caixas dos respectivos pedidos para efetuar o despacho da

mercadoria ao seu destinatário no caso de sedex e sedex malote. Já no caso

de motoboy, carro da empresa analisada e transportadora segue para

processo de emissão de minutas.

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CAPÍTULO III

SISTEMAS DE INFORMAÇÕES

3.1 – WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM

Os sistemas WMS são sistemas de gerenciamento de depósitos. As

primeiras versões de WMS surgiram no mercado americano durante meados

da década de 70 como soluções para operações de distribuição e estocagem

altamente automatizadas.

Sua função inicial era permitir o controle e gerenciamento em tempo

real dos materiais e recursos dos depósitos convencionais. Baseados em

plataformas de minicomputadores, estes pacotes WMS utilizavam

comunicação por rádio frequência para permitir transmissão de dados on-line

entre os operadores de empilhadeiras e os demais funcionários do depósito. A

maior parte destes sistemas era desenvolvida para as necessidades

específicas de cada cliente.

A partir de meados da década de 80, mais de 100 firmas já

ofereciam pacotes WMS (Alves, 2000). Nesta época já era possível adquirir

softwares com as funções básicas do sistema, de forma a reduzir custo e risco.

Como os usuários logo aprenderam, porém, é virtualmente impossível achar

uma versão “plug and play” de WMS. Praticamente toda implantação de WMS

acaba exigindo um grau de customização.

Ainda nos anos 90 a customização é um mal necessário, embora já

tenha sido bastante reduzida. O desenvolvimento de padrões para os códigos

de barra; uma maior variedade de terminais RFDC (Radio Frequency Data

Communications); a melhor performance dos computadores e sua drástica

redução de custo; e o desenvolvimento de novas tecnologias, como base de

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dados relacionais e softwares orientados a objetos, têm permitido esta

redução.

Atualmente, as empresas buscam os sistemas WMS com a

finalidade de aperfeiçoar o trabalho da mão-de-obra, a movimentação das

mercadorias e o fluxo de informações, além de aumentar a eficiência ao longo

de toda a cadeia de distribuição.

Segundo Alves (2000), dentre as funções típicas de um WMS básico

estão, recebimento, estocagem e recolhimento para embarque, picking,

expedição e acompanhamento do inventário. À medida que o sistema fica mais

complexo, pode-se incluir também:

• Amostragem para o controle de qualidade e movimentação para inspeção;

• Reposição das áreas de picking avançado;

• Planejamento e agendamento de pedidos;

• Formação de kits de produtos;

• Monitoramento do tempo nas prateleiras;

• Monitoramento por lote ou número de série;

• Agendamento do carregamento;

• Subsistemas de ranqueamento e valoração de frete;

• Etiquetagem;

• Monitoramento dos padrões de desempenho da força de trabalho;

• Interfaces com equipamentos automáticos de movimentação de materiais.

O WMS não é um sistema de arquivamento e armazenamento de

dados históricos. Ele não é planejado para emitir longos relatórios, gráficos e

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modelos, e outros documentos. Na verdade, dota-lo destas funções pode

provocar um impacto negativo em seu tempo de resposta. A geração de

relatórios mais sofisticados com base nos dados obtidos pelo WMS deve ser

executada off-line, em um PC (Personal Computer) ou mainframe.

O WMS não exige um depósito automatizado. Este requisito é

comum hoje devido a outras razões competitivas. O WMS deve fazer o

gerenciamento dos recursos de trabalho e equipamento. A especificação

destes recursos deve ser feita com base nos objetivos de desempenho e

exigências dos clientes do depósito.

Os CDs estão com um número de projetos de automação na

armazenagem cada vez maiores, desde a simples inclusão de sistemas de

códigos de barras para controle de mercadorias e endereços, até a

complexidade de toda a operação sem que haja nenhuma intervenção humana

(LACERDA, 2000). Lacerda (2000) afirma, ainda, que a busca por estes

sistemas é uma reação às demandas de um novo cenário de negócios, cuja

exigência dos clientes é grande. Há forte competição entre o mercado

concorrente, levando as empresas, muitas vezes, a programarem mudanças

radicais nas estruturas de armazenagem e distribuição.

As informações que abastecem um WMS são provenientes de

transportadoras, fabricantes, sistemas de informação de negócios, clientes e

fornecedores. Todas essas informações dão base para que o WMS possa

receber inspecionar, estocar, separar, embalar (se for o caso) e expedir

produtos de uma forma mais eficiente (RIBEIRO; SILVA; BENVENUTO, 2005).

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3.2 – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING

ERP “é um termo que abrange uma gama de atividades suportadas

por um software modular, também conhecido como software de gestão”

(GOMES; RIBEIRO, 2004, p.180).

O ERP pode ser interpretado como uma forma de gerir por software

de maneira que sua arquitetura facilite o fluxo de informações entre todas as

atividades de uma empresa, como fabricação, logística, finanças e recursos

humanos. “Normalmente, é composto por um banco de dados único, operando

em uma plataforma comum que interage com um conjunto de aplicações”

(SOUZA, 2003).

Para Souza (2003), “os módulos típicos de um ERP são: Finanças,

Contabilidade, Planejamento e Controle da Produção, Recursos Humanos,

Custos, Vendas, Marketing Alguns até oferecem o módulo de Logística”. No

entanto, muitas empresas, diante da complexidade das operações logísticas,

preferem adquirir um software especialista de WMS, em vez de usar o módulo

Logístico do software generalista ERP.

Mesmo assim, alguns cuidados devem ser tomados quando se opta

por esta configuração: as bases de dados devem pertencer na mesma

plataforma; a interação entre sistemas deve ser perfeita e de preferência em

tempo real; deve haver possibilidades de customizações em ambos os

sistemas para adequação as operações da empresa, entre outras.

Muitas empresas, com o intuito de integrar os processos de negócio,

através de uma base de dados única e centralizada, investem nos Sistemas de

Gestão Integrada, os ERP's. Integrando os processos logísticos, financeiros,

de produção, de administração de RH e de contabilidade, entre outros, as

empresas ganham em velocidade e acuracidade de informação para um

adequado gerenciamento de seus recursos.

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3.3 – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING + WMS

Uma das possíveis soluções logísticas que podem ser feitas com o

objetivo de atender às necessidades específicas de um sistema logístico, e que

não poderiam ser atendidas com a aplicação isolada das soluções.

Porém, observa-se que ainda há muito desconhecimento sobre as possíveis

soluções oferecidas pelo mercado, bem como de suas funcionalidades e

características específicas. E se essa falta de conhecimento é uma realidade,

pode-se imaginar qual não é o impacto sobre as possíveis combinações destas

soluções.

Integrando soluções logísticas, o potencial de desenvolvimento de

novos sistemas cresce significativamente, e neste contexto é que serão

exploradas o que chamamos de soluções integradas, como: Kanban + MRP,

Código de Barras + Radiofrequência, Pessoas + Sistemas, Estruturas Porta-

Paletes de Trânsito Interno + Estruturas Porta-Paletes do tipo "Push-Back",

entre outros.

A integração destas soluções, além de possibilitar novos

sistemas logísticos, quebra o paradigma de que soluções diferentes são

concorrentes, e não complementares.

Desta forma, em função das necessidades de cada negócio, se

torna muito interessante e viável a integração da solução ERP com a solução

WMS e, desta forma, as acuracidades das informações dos estoques e a

possibilidade da informação em tempo real para rastreamento de um

determinado pedido, além das informações gerenciais que podem ser

fornecidas pela solução WMS, incrementam a Tecnologia da Informação

utilizada pela empresa.

Agora, importante salientar que toda integração do WMS com o

ERP deve ser avaliada em relação à sua viabilidade técnica e econômica, pois,

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em muitos casos, o simples controle de entradas e saídas de estoque, bem

como a informação sobre localização que existe no cadastro dos itens no ERP,

pode ser suficiente para a empresa atender aos seus clientes de forma

adequada e manter a produtividade em um nível elevado.

Portanto, não se deve fazer esta integração em função de outras empresas

estarem fazendo. Deve-se avaliar com cuidado a viabilidade técnica e

econômica da mesma.

3.4 – RADIOFREQUENCY DATA COLLECTION

Embora ainda não seja tão difundida como o código de barras, a RF

tem agora um impacto maior em muitas aplicações onde o código de barras e

os cartões magnéticos não são indicados, como nos casos de necessidade de

identificação à distância ou quando não existe uma “linha de visão” para o

objeto a ser lido. As aplicações mais comuns são: pedágios de estradas e

acessos para estacionamentos, leitura em estradas de ferro e caminhões

durante estocagem dinâmica, identificação de fretes em containers em

terminais intermodais, leituras Work-in-process, entre outras.

A comunicação de dados por rádio frequência permite o tempo real,

a comunicação em duas vias de dados entre dois terminais, um dos quais é

normalmente móvel (hand-held ou instalado em veículos) e o outro é o

computador central localizado à distância. Os dados, que são comumente

informações de inventário, podem ser lidos dos códigos de barras nos

terminais móveis, ou ser digitados. A entrada de dados através da voz também

é possível.

Os terminais manuais (hand-helds) podem ser usados, por

exemplo, para receber matérias-primas ao mesmo tempo em que os terminais

instalados nas empilhadeiras já fazem diretamente a armazenagem ou colete

de produtos no estoque ou o picking de produtos acabados. Esta tecnologia

permite aos gerentes e operadores executar suas tarefas em tempo real. Além

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dos dados de inventário, os sistemas de comunicação de dados por RF

também transmitem sequências de distribuição de trabalho aos operadores

diretamente do computador central, eliminando perdas de tempo em

deslocamentos. Os cinco benefícios mais citados no caso de comunicação por

RF são: melhoria de precisão de dados em todas as etapas; redução de

manuseio de papéis; operação em tempo real; maior produtividade e menor

tempo de resposta aos pedidos.

O WMS pode aperfeiçoar os negócios de uma empresa com redução

de custo e melhoria do serviço ao cliente (BANZATO, 1998). Banzato explana

sobre as vantagens de uso do WMS, principalmente quando atrelado ao ERP.

Banzato afirma, ainda, que quando o WMS é utilizado com sistema de

codificação em barras, e a leitura for por equipamentos de Radiofrequency

Data Collection (RFDC), as operações tendem a ser mais ágeis e precisas,

pois trabalham em tempo real.

A automação dos processos de recebimento de produtos garante

eliminação de erros na digitação, conferência e consulta a pedidos.

Oferecendo maior agilidade e eficiência nos processos de captação e entrada

dos dados. Os benefícios da automação nesta área são: agilidade no fluxo de

informações; aumento da eficiência e produtividade; redução de custo e

tempo; redução de erros de digitação (PROXION, 2006).

3.5 – PICKING

O picking, ou seleção de pedido de um cliente, refere-se ao

processo de retirada do estoque dos produtos relacionados em um pedido.

Este pedido pode ser de venda, no caso de um cliente solicitar uma

determinada mercadoria, ou de ressuprimento, utilizado para atender a

demanda interna da própria empresa.

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Para Rodrigues (1999), o picking é a coleta do mix correto de

produtos, em suas quantidades corretas, da área de armazenagem, para

satisfazer as necessidades do consumidor. Ainda segundo Rodrigues (1999), a

estratégia de picking é a forma como é organizado o processo de separação

de pedidos, planejando a quantidade de operadores por pedido, o número de

diferentes produtos pegos em cada coleta e os períodos para agendamento ou

agrupamento de pedidos durante um turno.

Segundo Ballou (2001), entre 50 e 70% do tempo total gasto para

completar as atividades do ciclo do pedido num CD, que é um dos pontos

fundamentais no nível de serviço para o cliente, refere-se à entrada,

preparação e seleção dos pedidos. Já para Rodrigues (1999), a movimentação

de um operador durante a atividade de picking consome 60% do tempo do

ciclo do pedido. Constata-se assim que, para ambos os autores, a forma de

como organiza-se a estratégia de picking está associada diretamente com o

tempo de movimentação. Isto faz com que esta atividade seja prioritária dentro

do CD, justificando aumento de esforços, principalmente em sistemas de

separação.

Dentro da área de estocagem faz-se necessário a separação de

uma área para picking. O tamanho desta área variará de acordo com o

tamanho das unidades de separação, a quantidade de pedidos expedidos por

dia, a variedade de itens e o tempo disponível para entrega da mercadoria,

Lima (2002).

Ainda segundo Lima (2002), quanto maior for o giro das mercadorias

maior é o tempo de deslocamento do operador na área de estocagem. Para

minimizar este deslocamento, em alguns momentos é possível criar uma área

de estocagem intermediária entre a área de estoque e o picking. Também para

melhorar a produtividade do picking surgiram alguns métodos de organização

de trabalho para deslocamento dos operadores. Os métodos mais comuns são

os algoritmos: para definição de rota de coleta, desenvolvidos para minimizar a

distância média percorrida durante a seleção de pedidos; para lógicas de

endereçamento, utilizadas para reduzir a distância média de movimentação; e

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para a organização do trabalho, com objetivo de maximizar a quantidade de

pedidos selecionados em cada deslocamento.

Quanto mais fracionados forem os pedidos, mais pedidos existem

por dia, maior será a quantidade de itens a serem separados, menor será o

tempo para a entrega dos produtos e, por conseqüência, mais complexa será a

operação. Também quanto mais complexa a operação, menor será a

produtividade do picking e maiores serão as chances de erros nos pedidos.

Para Rodrigues (1999), a estratégia de picking está associada

diretamente com o tempo de movimentação. Desta forma, as estratégias de

picking devem levar em consideração o número de operadores responsáveis

pela separação de cada pedido, o número total de pedidos, a quantidade por

pedido e o tempo necessário para a operação. Estes métodos podem ser,

segundo Lima (2002):

Picking discreto: cada pedido é iniciado e completo por apenas um

operador, sendo que apenas um produto é coletado por vez. Apresenta um

baixo índice de erro, pois é operacionalmente bastante simples. Por outro lado,

apresenta uma baixa produtividade, decorrente do tempo excessivo gasto com

o deslocamento do operador.

Picking por zona: a área de armazenagem é dividida em zonas,

cada zona armazena determinados produtos e cada operador é responsável

por uma determinada zona. Neste processo cada operador separa os itens do

pedido que estão armazenados sobre sua “responsabilidade” e os coloca

numa área comum de consolidação, para que o pedido possa ser “montado” e

completado. Isto significa que mais de um operador pode estar envolvido na

separação dos produtos de um único pedido. A maior vantagem deste método

é que reduz o deslocamento dos operadores, cada um opera apenas numa

zona. Sua maior dificuldade é balancear a carga de trabalho entre as zonas,

pois existem diferenças nos giros dos produtos e no desempenho dos

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equipamentos. As zonas mais equipadas necessariamente terão maior

produtividade.

_ Picking por lote: os pedidos são acumulados, juntam-se as

quantidades totais de cada produto e então o operador vai até a área de

estocagem para coletar a soma dos pedidos. Esse método permite um

aumento na produtividade do deslocamento do operador, desde que haja baixa

variedade e baixo volume de itens em cada pedido. Por outro lado, aumentam

as chances de erros na separação e ordenação dos pedidos devido à sua

maior complexibilidade.

Rodrigues (1999) acrescenta ainda o Picking por onda, que é similar

ao picking discreto. Neste método, cada operador é responsável por um tipo de

produto de cada vez, com diversas programações por turno. Desta forma, os

pedidos são coletados em períodos específicos ao longo do dia. Como

vantagem permite uma maior sincronia entre a operação de picking com a

expedição, através de uma programação da hora de coleta e despacho de

cada pedido. Também permite a possibilidade de combinação entre estas

estratégias de a ou até mesmo a utilização de mais de uma delas

simultaneamente. De qualquer maneira, independentemente da estratégia a

ser adotada, a grande dificuldade após a escolha está na importância do

balanceamento da linha, para que nenhum operador ou equipamento fique

sobre ou subcarregado. Esta análise deve ser realizada periodicamente e

sempre que necessário deverão ser feitas alterações para que o sistema

permaneça balanceado.

A busca constante pela maior produtividade, velocidade e precisão

durante o picking fazem com que as empresas invistam em novas tecnologias.

A simples implantação de tecnologia não garante melhorias operacionais, mas

proporciona o desenvolvimento de novos processos. Como exemplos de novas

tecnologias existem o A-frame3 e o picking by-light4. O A-frame apresenta alta

produtividade e precisão, sendo capaz de separar muitos pedidos num curto

espaço de tempo, reduzindo assim o quadro de pessoal (Lima, 2002). Já o

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sistema de picking bylight concilia o aumento de performance com a

flexibilidade, pois os operadores não precisam se locomover para realizar a

separação dos materiais.

A utilização de tecnologia de informação durante o picking pode ser

observada quando há a utilização de radiofrequências (Lima, 2002). Nesses

casos, o operador recebe através de um terminal de mão ou de braço o

próximo endereço para onde ele deve se dirigir e as quantidades necessárias a

serem separadas. Com isso economiza-se tempo de deslocamento. Para

melhorar ainda mais a eficiência e minimizar os erros, faz-se a leitura do

código de barras dos produtos a serem selecionados.

A embalagem também tem papel fundamental no processo de

seleção de pedidos, já que para atender melhor ao cliente, muitas vezes as

embalagens são fracionadas em unidades menores conforme cada pedido.

Caso haja necessidade, estes pedidos podem ser reembalados em cargas

mistas para então serem entregues aos clientes finais. Segundo Hope (2002),

as embalagens interferem positivamente à medida que protegem o produto e

permitem ser fracionadas nas quantidades necessárias, sem que para isso

suas caixas precisem ser abertas.

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CONCLUSÃO

Os centros de distribuição tornaram-se o grande fator de

diferenciação competitiva, tendo como principal finalidade agregar valor por

meio da disponibilidade imediata de produtos, com flexibilidade para atender

as demandas de forma personalizada e com a velocidade exigida pelo

fornecedor.

Neste trabalho destacamos a importância dos sistemas de

informações como: WMS, ERP, ERP + WMS, RFDC e o picking, atualmente as

empresas buscam os sistemas WMS com a finalidade de aperfeiçoar o

trabalho da mão-de-obra, a movimentação das mercadorias e o fluxo de

informações, além de aumentar a eficiência ao longo de toda a cadeia de

distribuição.

O ERP pode ser interpretado como uma forma de gerir por software

de maneira que sua arquitetura facilite o fluxo de informações entre todas as

atividades de uma empresa. Outra solução logística seria é a integração entre

os sistemas como WMS + ERP.

Neste trabalho percebe-se a importância dos sistemas de

informações nas operações do centro de distribuição, pois no decorre do

trabalho percebemos como é acentuado o trabalho humano na empresa

analisada, o que causa erros e perda de tempo nas operações do CD, outro

ponto que podemos destacar é o ganho com informações detalhadas no

gerenciamento do estoque, diminuição da obsolescência, aumento do giro e

diminuição do tempo de procura da mercadoria.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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HOPE, Eduardo. A Embalagem na Separação de Pedidos.

<http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0311065_05_cap_03.pdf>

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http://www.ilos.com.br >. Acesso em: 19/11/2011.

MOURA, Reinaldo A. Administração de Armazéns. Instituto IMAM, 2000 MOURA, Reinaldo A. Sistemas e Técnicas de Movimentação e

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ANEXOS

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I – CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO

1.1 - A importância dos centros de distribuição no cenário vigente 13

1.2 - Sistemas de movimentação de cargas no cenário vigente 18

1.3 - Equipamentos de recebimento 18

1.4 - Equipamentos de estocagem 19

1.5 - Equipamentos de Picking 20

1.6 - Equipamentos de embalagem 20

1.7 - Equipamentos de expedição 21

1.8 - Equipamentos de distribuição 22

CAPÍTULO II - O Mapeamento das Atividades 23

2.1 - Recebimento das Mercadorias 23

2.2 - Movimentação de Materiais 24

2.3 - Estocagem 24

2.4 - Recebimento dos pedidos pela área comercial da empresa 24

2.5 - Ordenando os pedidos 25

2.6 - Separação física 25

2.7 - Conferência dos pedidos 25

2.8 - Faturamento dos pedidos 25

2.9 - Expedição 26

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CAPÍTULO III – Sistemas de informações 27

3.1 – Warehouse Management System 27

3.2 – Enterprise Resource Planning 30

3.3 – Enterprise Resource Planning + WMS 31

3.4 – Radiofrequency Data Collection 32

3.5 – Picking 33

CONCLUSÃO 38

ANEXOS 41

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ÍNDICE 42