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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MONOGRAFIA
LAPAROTOMIAS EXPLORATÓRIAS EM EQUÍDEOS E SUÍNOS – REVISÃO DE
LITERATURA E ESTUDO RETROSPECTIVOS DA CASUÍSTICA DO HOSPITAL
VETERINÁRIO DA UFCG
LUCAS MARQUES DE MELO NETO
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
MONOGRAFIA
LAPAROTOMIAS EXPLORATÓRIAS EM EQUÍDEOS E SUÍNOS- REVISÃO DE
LITERATURA E ESTUDO RETROSPECTIVOS DA CASUÍSTICA DO HOSPITAL
VETERINÁRIO DA UFCG
Lucas Marques de Melo Neto
Graduando
Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto
Orientador
Patos
Fevereiro de 2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS-PB
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
LUCAS MARQUES DE MELO NETO
Graduando
Monografia submetida ao Curso de Medicina Veterinária como requisito parcial para
Obtenção do grau de Médico Veterinário.
APROVADA EM 23/02/2018. MÉDIA: 8,2 (OITO VÍRGULA DOIS)
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dr. Eldinê Gomes de Miranda Neto
Orientador
Prof. Dr. Pedro Isidro da Nóbrega Neto
Examinador I
Prof. Msc. Thiago Arcoverde Maciel
Examinador II
DEDICATÓRIA
Ao único que é digno de receber toda honra e toda glória, Deus;
Aos meus pais por me proporcionarem todo auxílio na realização do meu sonho;
A meu avô Lucas Marques de Melo (in memorian) que está no céu muito orgulhoso por eu
continuar seus passos no convívio e cuidado com os animais;
Dedico.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por me dar forças todos os dias na busca da
realização de um sonho; à minha mãe, Alvarita de Melo, que em todos os momentos esteve ao
meu lado me apoiando e me dando condições de trilhar meu caminho no curso; ao meu pai,
Pedro Batista por todo o apoio e ensinamentos.
Aos meus irmãos, Pedro Filho e Polyana Melo por estarem sempre à disposição nos
momentos que precisei. A minha sobrinha Laura Melo, por sempre me dar muito apoio e
carinho em todos os momentos da minha vida.
A minha namorada, Isa Maria, por todo amor dedicado a mim, onde em todos os
momentos do curso foi guerreira ao meu lado dos momentos mais difíceis aos mais
proveitosos; à minha sogra, Maria Célia e ao meu sogro Noroaldo, por toda consideração
disponibilizada a mim.
A todos os meus tios e tias em especial a meu tio George Beltrão e minha tia Judite
Melo, por todo o apoio consideração e carinho demonstrados à minha pessoa.
Aos meus primos e primas, em especial a Elias filho por estar sempre me dando forças e bons
conselhos.
A todos os meus colegas de curso, por estarem presentes em um dos melhores e mais
desafiadores momentos de minha vida.
Ao meu orientador, professor Eldinê Gomes, por toda consideração me auxiliando no
trabalho de conclusão de curso, onde em todos os momentos que o solicitei o mesmo sempre
esteve à disposição para tudo.
Aos professores, Pedro Isídro, Sônia Corrêa, Assis, Sônia Lima, Carlos Peña, Silvano,
Otávio Brilhante, José Fabio, João Paulo e todos os demais, por toda dedicação na
transmissão de conhecimento passada ao longo do curso.
A todos os funcionários da instituição em especial ao Médico Veterinário Josemar
Marinho, com quem ao longo do tempo pude construir uma amizade sincera e absorver muito
conhecimento na rotina clínica da medicina veterinária.
Aos componentes da banca, por se fazerem presentes a este momento, atendendo ao
nosso chamado, dando-nos prova do vosso compromisso para comigo e para com a
instituição.
Agradeço principalmente aos animais, por cada dia de convivência e aprendizado,
onde estando próximo a eles me sinto na presença do Criador.
SUMÁRIO
Pág
LISTA DE GRÁFICOS......................................................................................... 7
RESUMO............................................................................................................... 8
ABSTRACT........................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 10
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 12
2.1 Abordagem Geral da Equideocultura................................................................ 12
2.2 Síndrome Cólica................................................................................................ 13
2.3 Afecções Digestivas.......................................................................................... 14
2.4 Epidemiologia.................................................................................................... 16
3 CRIPTORQUIDISMO EM EQUÍDEOS............................................................ 18
3.1 Classificação...................................................................................................... 18
3.2 Sinais Clínicos.................................................................................................... 19
3.3 Métodos de Diagnóstico..................................................................................... 20
3.4 Tratamento......................................................................................................... 20
3.5 Profilaxia............................................................................................................ 20
4 ABORDAGEM GERAL DA CRIAÇÃO SUÍNA............................................... 21
4.1 Anestesia em suínos........................................................................................... 22
4.2 Principais Cirurgias Abdominais Realizadas em Suínos................................... 23
4.2.1 Herniorrafia Inguinal...................................................................................... 23
4.2.2 Cesariana......................................................................................................... 24
5 CRIPTORQUIDISMO SUÍNO............................................................................ 24
5.1 Etiologia.............................................................................................................. 25
5.2 Diagnóstico diferencial....................................................................................... 25
5.3 Terapia e Profilaxia............................................................................................. 26
6 MATERIAL E MÉTODOS................................................................................... 27
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................... 28
9 CONCLUSÃO....................................................................................................... 32
REFERÊNCIA.......................................................................................................... 33
8
LISTA DE GRÁFICOS
Pág.
Gráfico 1- Levantamento das principais laparotomias exploratórias em
equídeos. Atendidos na Clínica Médica de Grandes Animais no
Hospital Veterinário da UFCG, no período de fevereiro de 2007 a
fevereir de 2017................................................................................. 29
Gráfico 2 - Levantamento das principais laparotomias exploratórias em
suínos. Atendidos na Clínica Médica de Grandes Animais no
Hospital Veterinário da UFCG, no período de fevereiro de 2007 a
fevereiro de 2017............................................................................. 30
9
RESUMO
NETO, LUCAS MARQUES DE MELO. Laparotomias exploratórias em equídeos e
suínos-Revisão de literatura e estudo retrospectivos da casuística do Hospital
Veterinário da UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE. 35 páginas
Patos- PB, 2018. (Trabalho de Conclusão de Curso de Medicina Veterinária).
A técnica de laparotomia exploratória em equídeos e suínos constitui um importante meio de
diagnóstico e tratamento para diversas enfermidades que a cada dia vem sendo apresentadas
na rotina. A utilização adequada da técnica necessita de um conhecimento geral anatômico,
fisiológico, clínico e terapêutico para que a manobra cirúrgica possa ser exercida com o
máximo de segurança possível, tendo em vista que normalmente animais submetidos ao uso
da técnica são apresentados ao clínico em caráter de urgência. O presente trabalho busca
apresentar uma revisão e um levantamento de dados a respeito das principais laparotomias
exploratórias realizadas no Hospital Veterinário do campus de Patos-PB envolvendo equídeos
e suínos, no período de fevereiro de 2007 a fevereiro de 2017, no qual foram atendidos 2729
animais envolvendo estas duas espécies, sendo 2552 equídeos e 177 suínos, dos quais 185
foram encaminhados ao centro cirúrgico para utilização da técnica de laparotomia
exploratória, correspondendo a 119 equinos, 64 suínos e 2 asininos. A técnica exerce um
papel de grande importância na clínica médica e cirúrgica das duas espécies relatadas,
demonstrando evolução a cada dia, onde diversos protocolos clínicos, cirúrgicos e anestésicos
vem sendo demonstrados e provados através de resultados positivos.
Palavras-chave: Abdomen, equino, cirurgia, exploração, porco.
10
ABSTRACT
NETO, LUCAS MARQUES DE MELO. Exploratory laparotomies in equines and pigs -
Review of the literature and retrospective study of the casuistry of the Veterinary
Hospital of the FEDERAL UNIVERSITY OF CAMPINA GRANDE. 35 pages. Patos- PB,
UFCG, 2018. (Work of Completion of Veterinary Medicine Course).
The exploratory laparotomy technique in equines and swine is an important means of
diagnosis and treatment for several diseases that are being presented in the routine. The
adequate use of the technique requires a general anatomical, physiological, clinical and
therapeutic knowledge so that the surgical maneuver can be exercised with the maximum
possible safety, considering that normally animals submitted to the technique are presented to
the clinician in character of urgency. The present work aims to present a review and a data
collection regarding the main exploratory laparotomies performed at the Veterinary Hospital
of the campus of Patos-PB involving equines and swine from February 2007 to February
2017, in which 2729 animals were treated involving These two species were 2552 equidae
and 177 pigs, of which 185 were referred to the surgical center for use of the exploratory
laparotomy technique, corresponding to 119 horses, 64 pigs and 2 asinines. The technique
plays a very important role in the medical and surgical clinics of the two species reported,
showing evolution every day, where several clinical, surgical and anesthetic protocols have
been demonstrated and proved through positive results.
Key words: Exploration, pig, surgery.
1 INTRODUÇÃO
11
Animais de grande porte estão sujeitos ao desenvolvimento de diversas enfermidades
que trazem preocupação aos clínicos na sua etiologia, diagnóstico e tratamento. Equídeos e
suínos apresentam algumas peculiaridades anatômicas características, estando sujeitos a
alterações morfofisiológicas.
De acordo com Auer e Stick (2006), equídeos acometidos com enfermidades
digestivas como casos de abdômen agudo, são um dos problemas mais desafiadores e
interessantes encontrados na prática. O diagnóstico rápido e preciso pode salvar vidas.
Cavalos com sintomatologia de cólica se enquadram em vários grupos como,
encaminhamento cirúrgico imediato ou eutanásia, tratamento clínico intensivo e possível
cirurgia ou tratamento clinico sem possibilidade de cirurgia, que geralmente está associado a
um quadro de resposta clínica satisfatória do animal ou a falta de condições financeiras do
proprietário.
Além de enfermidades digestivas, os equinos também apresentam deficiências
reprodutivas, o criptorquidismo apresenta alterações comportamentais, como libido
exacerbada e índole de garanhão por parte do animal acometido, resultando no
encaminhamento do animal ao atendimento especializado.
Diferentemente dos equídeos, os suínos são animais voltados à produção,
normalmente sua incidência de atendimento clinico é inferior comparado a outras espécies,
tendo em vista seu valor comercial e grande demanda na parte industrial. Cotidianamente
suínos encaminhados ao atendimento médico, chegam em caráter de urgência, onde
normalmente os criadores fazem uma primeira tentativa de tratamento na propriedade
tomando como base o empirismo, após o qual os animais não apresentam resposta satisfatória
e estão aptos para o consumo, são levados ao abate; E quando não apresentam características
para a comercialização de sua carcaça, são encaminhados ao médico veterinário.
Devido a essa problemática onde na atualidade diversas espécies mudaram totalmente
seu estilo de vida, surgem enfermidades cada vez mais complexas e de difícil resolução
clínica, por esse motivo surgem às opções de tratamento cirúrgico, sendo a laparotomia
exploratória uma manobra cirúrgica de extrema importância clínica, tanto na resolução de
enfermidades, quanto como meio de diagnóstico. Essa técnica que consiste na incisão através
da parede abdominal para acessar a cavidade, sendo rotineiramente utilizada em equinos e
suínos.
12
E tendo apresentado resultados satisfatórios ao longo dos anos e demonstrado a cada
dia um avanço nas formas de diagnóstico e nas técnicas cirúrgicas empregadas para diferentes
modelos de laparotomia exploratória.
Objetiva-se com o presente trabalho apresentar a casuística de laparotomias
exploratórias realizadas em equídeos e suínos no Hospital Veterinário da Universidaed
Federal de Campina Grande localizado na cidade de Patos, Paraíba no período de
fevereiro/2007 a fevereiro /2017.
13
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Abordagem Geral da Equideocultura
Os equídeos são animais herbívoros monogástricos, ou seja, apresentam um único
estômago, sendo em condições naturais, utiliza forragem como sua principal forma de
alimentação. A digestão desta espécie possui particularidades que devem ser analisadas com
cautela para que ocorra melhora no manejo e máximo aproveitamento de nutrientes. Para a
abordagem correta é de grande valia o domínio exato sobre a anatomia do sistema digestório, do
seu funcionamento e das possíveis modificações que possam ocorrer, para se avaliar quanto à
predisposição equina à dor abdominal (MOORE et al., 2005).
Com o surgimento da equideocultura moderna e coerente, o equino passou a ser uma
espécie com alta diferenciação, principalmente com o surgimento e estímulo dos esportes
equestres, sendo por estas razões forçada a oferta de alimentos em quantidades diversas vezes
insuportáveis para a capacidade que seu trato digestório comporta (THOMASSIAN, 2005).
Essa realidade se agrava com o crescimento do número de equinos submetidos ao
regime de manejo intensiva, vivendo como ”pets” em meios adversos as suas condições
primordiais de habitat e alimentação. Medidas de prevenção que deveriam vir
primordialmente, quando se procura a concpção moderna e evolução frequentemente não são
privilegiadas ou implementadas (ALVES, 2013).
No tocante à cólica, na atualidade ocorre maior disposição de recursos para a habilitação
profissional e admissão de diversos tratamentos clínicos ou cirúrgicos. Contudo, quando é
analisada a realidade a respeito da prática de medidas de prevenção da cólica, que deveria
predominar em relação a procedimentos terapêuticos, é observado o contrário (ALVES, 2013).
Peculiaridades anatômicas tornam o equino mais predisposto a alterações
morfofisiológicas, responsáveis pelos sinais de desconforto, conhecido como cólica. Tais
características são demonstradas pela diminuta capacidade volumétrica estomacal,
incapacidade de vômito, extenso mesentério no jejuno, contribuindo para as torções, regiões
com diminuição brusca do diâmetro do lúmen, como a flexura pélvica e a passagem para o
cólon menor, favorecendo o acúmulo alimentar e fragilidade na mucosa retal, predisposta a
rupturas (FEITOSA, 2014).
Visto que o homem, através do método de criação intensiva, que espontaneamente tem
como objetivo uma melhor performance do animal, altera a natureza fisiológica
disponibilizando condições contrárias ao cavalo, que em última observação, seriam as
14
encarregadas pelo desenvolvimento de graves enfermidades digestivas (THOMASSIAN,
2005).
Com isso, a síndrome cólica obteve importância, pois modificações na dieta alimentar,
associada a características anatômicas do equino, ocasionou o aparecimento de mecanismos
fisiopatológicos (MENDES; PEIRÓ, 2014).
2.2 Síndrome Cólica
Na clínica médica de equinos, as palavras abdome agudo ou síndrome cólica são
utilizadas para apresentar um grupo de manifestações de sinais clínicos de desconforto
abdominal. Os sinais são decorrentes de desordens do trato gastrointestinal, no entanto,
algumas enfermidades com início em outros órgãos podem acarretar sinais de dor abdominal,
como por exemplo, hepatite, peritonite, bloqueio uretral, desordens no trato genital, abscesso
intra-abdominal e torção do útero (FERREIRA et al., 2009).
A dor abdominal aguda ou cólica equina constitui-se um dos acometimentos mais
frequentes deparados pelo médico veterinário. É de ocorrência cosmopolita, com diferenças
regionais quanto aos tipos dessa enfermidade. No Brasil, são as emergências mais comuns
entre os equídeos, sendo mais ocorrentes até mesmo que as afecções traumáticas. Constitui-se
um conjunto de múltiplas condições, consequentes ou determinadas por disfunções
digestórias, promovendo distúrbios neuro-circulatórios graves (RADOSTITS et al., 2002;
FERREIRA et al., 2009).
Com relação aos prejuízos ocasionados pela cólica, é considerada a enfermidade que
ocasiona maiores índices de morte na espécie, e que os animais de maior valor econômico e
zootécnico são os que mais vão a óbito, pela maior tendência consequente dos manejos
contrários a fisiologia orgânica destes animais (ALVES, 2013).
15
2.3 Afecções digestivas
Entre os principais tipos de afecções digestivas, podem se destacar a cólica pélvica ou de
impacto, terminologia utilizada quando ocorre uma obstrução intestinal por uma massa
consistente de alimento. Normalmente tem ocorrência no intestino grande em uma das flexuras.
Este tipo é naturalmente comum, sendo na maioria dos casos solucionados com facilidade
através de medidas terapêuticas adequadas (CAMPELO; PICCINNI, 2008).
Um dos casos mais complexos deve-se ao deslocamento intestinal, uma vez que, uma
parte do intestino migra para uma posição incomum no abdome. Conhecida por volvo ou torção
que ocorrem quando parte do conteúdo intestinal se torce. Com exceção de casos raros, onde
esses tipos promovem cólica com um bloqueio total das vísceras e requisita cirurgia imediata.
Em estágios aumentados de abdome agudo por deslocamento, a sintomatologia pode ser parecida
com a apresentada por um equino com causas de cólica simples. Neste caso requer a importância
de um exame completo e objetivo de toda a casuística de cólica (CAMPELO; PICCINNI, 2008).
As torções intestinais decorrem de rotação da alça sobre seu próprio eixo, enrolando o
mesentério com seus vasos ao redor da alça. Já que, os encarceramentos podem ocorrer no
forame omental ou epiplóico, em defeitos mesentéricos, ou ainda, estrangulamento no anel
inguinal externo em hérnia ínguino - escrotal. As alças intestinais, geralmente a porção do trecho
final do jejuno e íleo, se insinuam nessas regiões, ficam encarceradas e podem sofrer
estrangulamento. A hipertrofia da camada muscular da região distal do íleo é umas das causas de
cólica por obstrução simples do intestino. Pode causar estenose parcial do lúmen e, completa
obstrução. A patogenia proposta é que neurogenicamente se induz hipertrofia crônica da válvula
ileocecal, levando a hipertonicidade muscular ileal, que resulta em hipertrofia muscular
(CORREA, et al., 2001).
Dentre outras causas que podem desencadear episódios de abdome agudo em equídeos,
está a formação de enterólitos que podem estar localizados em qualquer segmento o intestino
grosso e são formados preferencialmente de fosfato amoníaco magnesiano em torno de um foco
primário. Da mesma forma a ingestão de areia, devido ao pastejo em locais arenosos e a oferta de
água em rios, pode causar um tipo de cólica, conhecida pela denominação de “sablose” (COHEN
et al., 2000; SMITH, 2006; FERREIRA et al., 2009).
Vários fatores têm associação com a enterolitíase em equídeos, sendo inclusa a formação
do núcleo orgânico primário, a dieta alimentar, altos índices no consumo proteico, ou de cálcio e
magnésio, havendo interrelação entre a oferta de alfafa e a formação de enterólitos. Assim como,
a elevada alcalinidade intestinal, a constituição do solo onde vive o animal, a espécie e a raça.
16
Equinos árabes e pôneis possuem maior predisposição a formação de enterólitos (COHEN et al.,
2000; SMITH, 2006).
A faixa etária dos equinos também é considerada um fator de predisposição e segundo
alguns estudos, verificou-se que equídeos com idade de 2 a 10 anos são mais propensos à cólica,
demonstrando 2,8 vezes mais chance de desenvolver esta síndrome do que outros com menos de
dois anos de idade, e estão na idade na qual os equinos são submetidos a exercícios físicos e, por
consequência, a oferta de ração é maior. Outros tipos de cólica parecem mais frequentes em
animais de menor idade como a intussuscepção em potros, a cólica criada por larvas de
Cyathostominae em equídeos abaixo de 16 anos, as cólicas espasmódicas em equinos adultos e
os lipomas estrangulantes em animais de idade avançada (COHEN et al., 2000; SMITH, 2006).
Nas condições de alimentação em períodos de estiagem, ocorre comumente oferta de
forragens de baixa qualidade e um maior quantitativo na administração de concentrado, gerando
grandes possibilidades quanto à ingestão de corpos estranhos (THOMASSIAN, 2005; SMITH,
2006). Alterações inadequadas na composição alimentar, troca de pasto ou de dieta sem uma
prévia habituação também podem desencadear compactações ou timpanismos intestinais por
modificação da flora cecal e colônica. Com isso, a síndrome cólica passou a ser mais ocorrente,
pois modificações na dieta alimentar, associada às características anatômicas do equino,
ocasionou o aparecimento de mecanismos fisiopatológicos (MENDES; PEIRÓ, 2014).
As cólicas parasitárias podem ocasionar a obstrução por um alto número de parasitas
popularmente conhecidos como vermes. Isto é apresentado no geral em equinos com pouca
idade em consequência de uma grande infestação de equorum Parascarus que possa
consequentemente acarretar compactação e por consequência ruptura do intestino. Cavalos
altamente parasitados podem fazer com que os parasitas comprimam a parede do intestino
levando a um quadro de peritonite com fatalidade. Um bloqueio intestinal completo requer o
encaminhamento cirúrgico (CAMPELO; PICCINNI, 2008).
A invasão e migração de larvas de Strongylus vulgaris nas bordas intestinais e vasos
mesentéricos ocasiona modificações nos movimentos peristálticos com espasmos e dilatação
do intestino em função da diminuição da atividade propulsiva, tendo como resultado crises de
cólica (RADOSTITIS et al. 2002; THOMASSIAN 2005).
A patogenia da obstrução do ceco, pode desenvolver-se após uma sobrecarga de
alimento ou desregulação nos movimentos intestinais. Além disso, o cólon rotineiramente
com distensão pode diminuir ou perder sua funcionalidade motora de transporte durante a
absorção ocasionando desidratação do conteúdo alimentar (CORREA, et al., 2001;
CÂMARA, et al., 2008).
17
A obstrução pela presença de corpo estranho tem maior ocorrência em equinos de
menor idade, podendo ser considerado como diagnóstico diferencial de cólicas obstrutivas
sem a presença de estrangulação (RADOSTITS, et al., 2002).
Cólicas por compactação geralmente tem ocorrência em locais de grande transição de
movimentos intestinais, esfíncteres entre diversos segmentos intestinais ou em locais de
diminuição intestinal. Sendo mais comuns no ceco, a flexura pélvica e o cólon dorsal direito
(THOMASSIAN, 2005; WHITE, 2006).
A cólica por distensão é uma enfermidade que na maioria dos casos não apresenta
necessidade de intervenção cirúrgica, obtém resposta à maioria das terapêuticas clínicas
empregadas, aparenta ser o tipo mais costumeiro na clínica de equinos. São incluídas nessa
categoria as cólicas espasmódicas, distensões gasosas e impactações com obstrução parcial.
As variações na motilidade têm importância significativa na evolução da distensão e quanto a
anormalidades neuroendócrinas que influenciam nos movimentos peristálticos. O
peristaltismo diminuído, secundário ao espasmo ou ao íleo paralítico que provoca distensão
estomacal ou intestinal, com gás ou fluidos, ocasionando o aumento da pressão intramural e
dor (THOMASSIAN, 2005; SMITH, 2006).
A evolução da síndrome de cólica em equinos não é dependente de um único fator de
ameaça, na maioria dos casos. Os estudos realizados apresentam um conjunto de condições
que são envolvidas na instalação dessa síndrome em equinos. Esses aspectos isolados ou em
conjunto, podem ser internos ou externos, podem relacionar-se de várias formas causando
alterações na fisiologia que podem ocasionar o aparecimento de quadros de cólica. Pesquisas
devem ser realizadas planejando programas de prevenção específicos, pois as despesas com o
tratamento de equinos com cólica são muito elevadas (RADOSTITS, et al., 2002;
THOMASSIAN, 2005; SMITH, 2006).
Episódios de dor abdominal devem ser tratados com extrema urgência, sendo
necessária uma abordagem imediata do paciente, visando o aplacamento dos sintomas,
enquanto se pesquisa a causa primária e a elaboração do protocolo terapêutico especifico
(COHEN et al., 2000; SMITH, 2006).
2.4 Epidemiologia
O manejo alimentar, a quantidade ofertada, qualidade, a regularidade e as
mudanças inesperadas na alimentação são fatores importantes para ocorrência de quadros de
cólica. A frequência da oferta de ração deve ser a maior possível, para que seja respeitada a
18
fisiologia equina e manter o trato gastrointestinal preenchido. A rotina de ofertar grandes
volumes de concentrados aos equinos predispõe a um aumento nos índices dessa enfermidade
(THOMASSIAN, 2005; WHITE, 2006).
Dietas com elevados níveis de fibras causam um aumento na probabilidade de ocorrer
impactação. Resultados de estudos retrospectivos com equídeos indicam uma grande
associação entre alterações alimentares e cólica e, que a oferta de alimentos incluindo o feno
de Capim Coast-Cross, que geralmente tem menor digestibilidade que o feno de leguminosas,
podem ocasionar uma predisposição a quadros de dor abdominal (COHEN et al., 2000).
A compactação é o acúmulo de alimento desidratado em qualquer parte do trato
gastrointestinal. As compactações estão entre as enfermidades digestivas mais rotineiras na
espécie equina, se tornando o principal motivo de cólica nos cavalos. A compactação forma-
se prioritariamente em locais onde ocorre estreitamento do diâmetro intestinal, com, por
exemplo, a flexura pélvica e transição do cólon dorsal direito para o transverso (FERREIRA
et al., 2009).
Outros fatores causadores de cólica incluem alimentações ou dietas que apresentam
fermentação acarretando grande produção de gás, fibra diminuta na dieta e a consequente
distensão na parede do intestino e a elevação do peristaltismo, podendo resultar em
deslocamento das alças intestinais. A excitação natural do equino e ansiedade ou cansaço pela
prática de exercício também podem levar ao quadro de cólica (COHEN et al., 2000; SMITH,
2006; WHITE, 2006).
Como características predisponentes ou determinantes à cólica, os equinos estão
expostos a dois fatores, ou seja, a grande exigência e a alta sensibilidade às alterações
ocorridas no manejo alimentar e ambiental. Também influenciam no desencadeamento da
síndrome da cólica, a diminuição, ou oscilação no nível de exercício físico, alterações bruscas
na dieta, alterações nas condições de pastagens, dieta com grande oferta de concentrados,
forragens ou alimentos de má qualidade, excessivo consumo de ração, privação na ingestão de
água e estresse decorrente do transporte para participação em competições ou outras
finalidades (SMITH, 2006; WHITE, 2006; FERREIRA et al., 2009).
19
3 CRIPTORQUIDISMO EM EQUÍDEOS
Segundo Pedro et al. (2016) o criptorquidismo é uma das enfermidades reprodutivas
mais frequentes em equídeos, tem como sinal a não descida de um ou ambos testículos para a
bolsa escrotal. Essa afecção característica apresenta-se em duas formas, abdominal ou
inguinal.
A migração ou deslocamento dos testículos nos mamíferos se da por um processo de
retorno do gubernaculun testis, que se expande ao polo caudal do testículo direcionado ao
anel inguinal externo. A tração se amplia devido ao regresso do ligamento em sua porção
extra-abdominal do gubernaculun, levando o testículo a caminho do canal e para sua posição
anatômica correta no interior do saco escrotal (THOMASSIAN, 2005).
A regressão do é hormônio dependente, sendo que a carência de gonadotrofina pode
ter responsabilidade pelo atraso na descida testicular. Outra causa do criptorquidismo em
equinos é a existência de constrição do anel inguinal, e o deslocamento tardio, o que impede o
testículo de migrar para o centro da bolsa escrotal (THOMASSIAN, 2005).
Em equinos ocorre uma predisposição de criptorquidia unilateral esquerda. Isso é
explicável pela lenta descida do testículo esquerdo, agregado ao fechamento continuado do
anel inguinal. Testículos criptorquídicos são mais propensos a neoplasias que aqueles em
condição fisiológica normal (FEITOSA, 2014).
3.1 Classificação
A criptorquidia pode apresentar-se de forma uni ou bilateral. (RADOSTITS et al.,
2002).
Os equinos com criptorquidia unilateral apresentam características sexuais secundárias
normais, apesar de manifestarem concentração espermática diminuída, embora os testículos
produzam e secretem testosterona em níveis próximos dos normais (THOMASSIAN, 2005).
Quando o cavalo apresenta criptorquidismo bilateral, o animal é infértil, normalmente é
mais estressado que garanhões normais, os tornando mais arredios e com aumento exacerbado
da libido, devido à maior produção de hormônios masculinos no testículo retido
(THOMASSIAN, 2005).
20
3.2 Sinais clínicos
Nos machos, o aumento da libido é denominado satiríase, é apresentada devido a
maior produção de esteroides, com grande incidência em animais jovens, em dietas de
superalimentação, resultando em aumento do desejo sexual com proximidade com as fêmeas
em cio (FEITOSA, 2014).
Animais acometidos demonstram temperamento semelhante a de um garanhão hígido,
considerando-se que o testículo retido tem sua produção hormonal contínua. Se ocorrer a
reclusão de apenas um testículo, geralmente a produção espermática é constante, todavia se
ambos apresentarem retenção, o animal pode se tornar infértil (PEDRO et al., 2016).
Os testículos dos criptorquídeos são menores, menos consistentes à palpação e tem
coloração escura. Sendo estas deformações verificadas pelos pesos médios de 64,3g nos
testículos abdominais, 57,8g nos inguinais e 232,7g nos escrotais, com tamanhos variando de
57 x 40 x 17mm, 55 x 34 x 26mm e 102 x 64 x 46mm, respectivamente. Demonstram redução
no diâmetro dos túbulos seminíferos e na quantidade de camadas de células espermatogênicas,
tornando-se “afuncionais” sob o ponto de vista espermatogênico, tendo espermatócitos
primários como os estágios mais maduros de células espermatogênicas. (CATELLAN et al.,
2004).
Com frequência, os animais que apresentam esta enfermidade na forma unilateral
possuem o testículo que ficou retido hipoplásico e de consistência mole, apesar de demonstrar
decomposição fibrótica em seus condutos, essencialmente na cauda do epidídimo
(THOMASSIAN, 2005).
Testículos retidos são sujeitos ao desenvolvimento neoplásico, o que também aumenta
o risco de ocorrência de tumores na gônada presente no escroto. Teratomas, seminomas,
tumores de células intersticiais ou de Leydig, tumores de células de Sertoli e carcinomas
relacionados ao seminoma, são tumores demonstrados em gônadas criptórquidas. Neoplasias
dos testículos criptórquideos podem induzir a torção e estrangulamento do seu cordão
espermático (CATTELAN, 2004).
21
3.3 Métodos de diagnóstico
Ao exame clínico é observada primariamente a ausência de um ou ambos os testículos
dentro da bolsa escrotal, sendo considerados criptorquídeos equinos que apresentarem esta
condição a partir do segundo ano de vida. O testículo incluso pode ser palpado por via
transretal (THOMASSIAN, 2005).
Uma das formas de diagnóstico é a execução da palpação externa da bolsa escrotal,
palpação por via transretal para análise do anel inguinal, além da medida da dosagem sérica
de hormônios andrógenos, exame ultrassonográfico e laparoscopia (PEDRO et al., 2016).
3.4 Tratamento
Tendo em vista que o tratamento hormonal, realizado na tentativa de induzir o
deslocamento dos testículos, não produz nos equinos os mesmos resultados satisfatórios
obtidos na criptorquidia do homem, o procedimento mais eficaz para esta enfermidade é a
realização cirúrgica da orquiectomia pelas vias inguinal, pré-inguinal, pré-pubica,
paramediana, paraprepucial, pela fossa paralombar ou pela técnica transendoscopica
(THOMASSIAN, 2005).
3.5 Profilaxia
Acredita-se que deiscência testicular incompleta ou defeituosa seja uma alteração
genética, se tornando padrão de hereditariedade em equinos, supostamente dominante, à
medida que em outas espécies é uma característica autossômica recessiva simples, interligada
ao sexo. Em equinos o criptorquidismo também configura um caráter hereditário, com padrão
poligênico transmissível (RADOSTITS et al., 2002).
É indicado que os animais com criptorquidismo sejam descartados em um programa
de seleção de reprodutores (PEDRO et al., 2016).
22
4 ABORDAGEM GERAL DA CRIAÇÃO SUÍNA
O suíno doméstico Sus Scrofa é um mamífero procedente do javali e membro da
família Cetartiodactyla. Indícios genéticos moleculares indicam que teve origem no sudeste
Asiático durante as oscilações climáticas do início do Plioceno entre 5,3 e 3,5 milhões de
anos. Ainda é indeterminado onde verificou-se a primeira domesticação, no entanto os
primeiros achados arqueológicos (8000-5000 a. C) foram observados no oriente médio e leste
do mediterrâneo (FERREIRA et al., 2014).
Nas encostas da montanha Taurus, o porco ao que tudo indica foi criado por volta de
8000 a.C, se tornando a mais antiga criação domesticada descoberta, além do cão. O
adestramento teve início quando os primeiros homens formaram colônias para cultivo de
cereais, após terem sido nômades por milhares de anos (FERREIRA et al., 2014).
Os porcos foram trazidos para o Brasil em 1532, por Martin Afonso de Souza, que
trouxe de Portugal as raças, Alentejana, Transtagana, Galega, Bizarra, Beiroa e Macau. Essas
raças lusitanas deram origem, ao longo de 400 anos de melhoramento genético. Com a
fundação da Associação Brasileira de Criadores de suínos (ABCS), no ano de 1958, foi
iniciado o controle genealógico e a importação de raças exóticas, com a finalidade de
melhorar a produtividade da criação e elevar a produção de carne (FÁVERO; FIGUEIREDO,
2009).
Dessa forma os criadores passaram a investir nas raças Duroc Jersey, Wessex
Saddleback, Hampshire, Berkshire, Poland China, Large Black, Montana e Tamworth. Na
década de 60 teve início a grande importação onde foram introduzidas as raças brancas
compostas por Landrace e Large White, além de alguns exemplares de Pietrain (FÁVERO;
FIGUEIREDO, 2009).
De 1995 a 2012, a população mundial de suínos teve um aumento de 4,4%, passando
de 900 para 940 milhões de animais. O Brasil ocupa a terceira colocação mundial com relação
ao número de cabeças e detém 4,2% do rebanho global (BRASIL, 2012).
A suinocultura é uma prática pecuária bem fortalecida nacionalmente, com um
mercado interno em grande expansão. O Brasil conta com tecnologia de ponta acessível em
todos os meios de produção de suínos, genética, nutrição, sanidade, manejo, instalações e
equipamentos. A situação atual da atividade demonstra uma diminuição significativa nas
margens de lucro, por isso, expandir de forma economicamente efetiva passou a ser exigência
para a sobrevivência no setor (DIAS et al., 2011).
23
A atividade passa por uma fase de adaptação às condições do mercado consumidor,
atentando-se cada vez mais com a segurança alimentar, diminuição do uso de antibióticos,
proteção do ambiente e noções de bem-estar animal. Na suinocultura moderna e do futuro,
certamente não haverá mercado para uma gestão amadora, sendo de extrema necessidade uma
observação detalhada dos dados zootécnicos, a extrapolação econômica dos mesmos, e acima
de tudo uma interpretação global de toda metodologia de produção interna e externa (DIAS et
al., 2011).
4.1 Anestesia em Suínos
De acordo com Tranquilli; Thurmon; Grimm (2013), a imobilização e anestesia em
suínos representa um desafio especial. Deve ser dominado um amplo conhecimento de sua
fisiologia e contenção física, e o procedimento anestésico é de fundamental importância para
a segurança em seu manuseio.
Essa técnica tem demonstrado pouco desenvolvimento nos últimos anos, este talvez
devido à criação industrial, em que o animal, ao menor problema apresentado, desde que bom
para o consumo, é encaminhando ao abate (MASSONE, 2008).
A morfologia do animal dificulta sua contenção, principalmente quando são animais
adultos. Seu corpo é constituído de forma que na vida selvagem ele possa se deslocar através
de arbustos e fugir por pequenas aberturas, escapando de seus predadores, por isso nenhuma
parte do seu corpo facilita a apreensão e contenção (TRANQUILLI; THURMON; GRIMM,
2013).
Os métodos anestésicos encontram sua maior aplicação em pequenas criações ou em
reprodutores, machos e fêmeas, que se tornam alvos de maiores cuidados devido a sua
importância no desenvolvimento do rebanho ou um bom modelo biológico para a realização
de procedimentos experimentais (MASSONE, 2008).
Os suínos apresentam acúmulo de gordura corpórea. Para a indução anestésica a
maioria dos fármacos é aplicada pela via endovenosa na veia auricular central ou ventrolateral
(TRANQUILLI; THURMON; GRIMM, 2013).
As tranquilizações são de extrema importância tendo em vista que, nas aglomerações
de animais, ocorrem casos de canibalismo ou disputas corriqueiras nos transportes coletivos,
causando desde mutilações a graves lesões nos animais (MASSONE, 2008).
24
Com o surgimento da azaperona, tem-se observado evolução na tranquilzação suína,
sendo dispensada em primeira instância, a maioria dos outros anestésicos, com exceção as
fenotiazinas e benzodiazepinas, as quais são de uso rotineiro (MASSONE, 2008).
Os suínos são animais de extrema sensibilidade à contenção e à anestesia. Em algumas
ocasiões estes eventos acarretam hipertermia maligna, provocando rigidez muscular,
taquipneia, taquicardia e hipertermia retal seguida pela dispneia, arritmias cardíacas, apneia e
morte. O procedimento pré-anestésico deve incluir jejum alimentar de 12 horas e hídrico de 4
a 12 horas. A indução anestésica profunda promove relaxamento dos tônus da mandíbula e
ausência do reflexo ao pinçamento da membrana interdigital. Os reflexos oculares não são
bons indicadores de aprofundamento. (DAMY et al., 2010).
Nas cirurgias eletivas ou que envolvam órgãos abdominais são facilitadas quando os
suínos são submetidos a jejum prévio, do contrário, ocorrera um rápido acumulo de gases no
trato gastrointestinal. Abdome distendido pode ocasionar muita pressão no diafragma
reduzindo a capacidade residual dos pulmões diminuindo a ventilação dos alvéolos bem como
dificultar a manobra de órgãos intra-abdominais (TRANQUILLI; THURMON; GRIMM,
2013).
4.2 Principais Cirurgias Abdominais Realizadas em Suínos
4.2.1 Herniorrafia inguinal
A herniorrafia inguinal nos leitões é um procedimento rotineiro, pois hérnias inguinais
são observadas em suínos jovens durante a orquiectomia. Essas hérnias geralmente não se
reduzem naturalmente, e se a técnica de castração simples for executada, ocorre muitas vezes
eviscerações pós-castração (TURNER; MCILWRAITH, 2002).
A expressão hérnia inguinal relaciona-se á passagem de parte do conteúdo abdominal
pelo interior do canal inguinal. Toda via a passagem do conteúdo para a região escrotal pelo
canal inguinal seja designada “hérnia escrotal”, a palavra “hérnia inguinal” também é
utilizada para caracterizar as duas situações (TURNER; MCILWRAITH, 2002).
Em vida, o diagnóstico das hérnias pode ser executado por via de palpação precisa
com paciente em estação ou decúbito. Dessa maneira, é analisado se o animal apresenta
desconforto, sensibilidade ao toque e também deve ser considerada a temperatura local e
eficácia de redução da saculação. O parecer para casos acima descritos e rotineiramente
25
favoráveis, através da intervenção cirúrgica ou não, sempre relacionados com a dimensão do
anel da hérnia (TURNER; MCILWRAITH, 2002).
4.2.2 Cesariana
A cesariana na porca tem indicação para tratamento da distocia, inércia uterina, tecido
gorduroso em excesso na região do canal do parto, comprimento relativo desproporcional dos
fetos nas fêmeas pequenas e imatura, monstros fetais e má formações do conduto reprodutivo
relacionado a fraturas pélvicas antecedentes, ou trauma no período de trabalho de parto
anterior. A cesárea também é adotada para a produção de bacorinhos isentos de patógenos
específicos (TURNER; MCILWRAITH, 2002).
Com frequência fêmeas submetidas à cesariana encontram-se hipotensas se o parto é
prolongado, e não é raro elas entrarem em choque. É aconselhável a administração de fluidos
e grandes quantidades de eletrólitos balanceados e antibióticos antes da cirurgia
(TRANQUILLI; THURMON; GRIMM, 2013).
O procedimento tem maior êxito quando realizado com antecedência no processo do
parto. Porém, o cirurgião de grandes animais corriqueiramente é apresentado a um paciente
prostrado que já foi sujeito a muitas tentativas de retirada manual dos fetos. Normalmente
ocorre dano tecidual significativo dos canais de parto e os fetos enfisematosos poderão ser
observados em tais casos. Estas matrizes constantemente estão em quadro de choque
endotóxico, tornando a cirurgia de risco (TURNER; MCILWRAITH, 2002).
5 CRIPTORQUIDISMO SUÍNO
O criptorquidismo é uma deformidade inerente de mamíferos machos em que um ou
ambos os testículos não conseguem deslocar-se para a posição anatômica correta do escroto,
ocorrendo em 0.5 a 1% de todos os suínos comercializados anualmente no Canadá.
Considerando que machos e fêmeas são comercializados em proporções equivalentes, a
incidência média entre machos fica em torno de 1 a 2% (FREDEEN; NEWMAN, 1968).
26
5.1 Etiologia
O criptorquidismo é um defeito hereditário que causa uma interrupção da função do
gubernaculum, evitando assim a descida de um ou ambos os testículos. Como regra geral,
nenhum processo vaginal é formado. Os testículos que são retidos na cavidade abdominal não
mostram espermiogênese no canal seminal, bainhas laterais e veias seminais (PLONAIT;
BICKHARDT, 1988).
Também foi descrito um criptorquidismo aparentemente não hereditário tardio, no
qual os leitões tinham ambos os testículos no escroto ao nascer, mas durante o
desenvolvimento juvenil, então, um testículo não era mais palpável. O testículo ausente foi
parcialmente degenerado ou encontrou-se na cavidade abdominal (PLONAIT; BICKHARDT,
1988).
O resultado final nesses casos é a criptorquidia abdominal permanente ou
descendência testicular tardia. A localização anormal do gubernaculum pode assumir três
formas. A parte extra-abdominal do gubernaculo não se expande para além do canal inguinal,
mas, em vez disso, empurra-se de volta para dentro da cavidade abdominal. Crescimento
ocorre parcialmente no canal inguinal e é parcialmente intraabdominal. A reação é
parcialmente extra-abdominal, se isso ocorrer, a descida progredirá ainda mais, e os testiculos
podem até atingir a abertura inguinal interna (MORROW, 1980).
5.2 Diagnostico diferencial
São feitos testes, geralmente quando não são palpáveis durante as primeiras semanas
neonatais. Com cerca de três meses de idade pode ser realizado um exame mais detalhado,
determinar o grau de hipoplasia testicular e possível fusão de dobras genitais (MORROW,
1980).
A palpação da região inguinal e escrotal deve ser realizada para confirmar a presença
de gônadas ou uma hérnia inguinal. Uma história completa sobre o tratamento da matriz com
esteróides e a condição física dos outros filhotes na ninhada podem fornecer uma ajuda
importante na marcação de um diagnóstico clínico (MORROW, 1980).
27
5.3 Terapia e profilaxia
A castração de criptorquidas é necessária para o abate. Em grandes animais, está
desabilitada nas condições de produção não especializada porque a abertura e o fechamento
da cavidade tornam-se difíceis, de modo que, após um exame clinico e diagnóstico
confirmativo, a castração deve ser realizada por laparotomia no flanco ou na região inguinal.
Após a orquiectomia deve-se realizar o fechamento da musculatura, seguida pela redução do
espaço morto e dermorrafia. A principal medida profilática é a castração e descarte dos
reprodutores que apresentam essa enfermidade (MORROW, 1980).
28
6 MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada através do levantamento das fichas clínicas do arquivo do HV-
UFCG, a respeito das principais afecções diagnosticadas, tratadas pela técnica de Laparotomia
Exploratória em equídeos e suínos, atendidos no Setor de Clínica Médica e Cirúrgica de Grandes
Animais do Hospital Veterinário do CSTR/UFCG, PATOS – PB, no período de fevereiro/2007 a
fevereiro /2017.
29
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi realizado um levantamento nas fichas clinicas dos equídeos e suínos atendidos na
Clínica Médica de Grandes Animais no Hospital Veterinário da UFCG, no período de
fevereiro de 2007 a fevereiro de 2017. Nesse período foram atendidos 2729 animas
envolvendo estas duas espécies, sendo 2552 equídeos e 177 suínos, dos quais 185 foram
encaminhados ao centro cirúrgico para utilização da técnica de laparotomia exploratória,
correspondendo a 121 equideos, 64 suínos.
Os principais procedimentos cirúrgicos efetuados em equídeos no Hospital
Veterinário, através da técnica de laparotomia exploratória de acordo com a pesquisa foram,
intervenção cirúrgica para afecções gastrointestinais, criptorquidectomia, cesariana, reparo de
evisceração e cistotomia (Gráfico 1)
30
GRÁFICO 1 - Levantamento das principais laparotomias exploratórias em equídeos,
atendidos na Clínica Médica de Grandes Animais no Hospital Veterinário da UFCG, no
período de fevereiro de 2007 a fevereiro de 2017.
Nos suínos os procedimentos cirúrgicos mais realizados no HV, de acordo com o
levantamento, foram criptorquidectomia, herniorrafia inguino escrotal, cesariana, laparotomia
exploratória para o tratamento de alterações de origem digestiva e reparo de evisceração, de
acordo com os anos analisados (Gráfico 2)
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Ano
Afecções Digestivas Criptorquidectomia Cesariana Rep.Eviceração Cistotomia
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GRÁFICO 2 - Levantamento das principais laparotomias exploratórias em suínos, atendidos
na Clínica Médica de Grandes Animais no Hospital Veterinário da UFCG, no período de
fevereiro de 2007 a fevereiro de 2017.
De acordo com as fichas clínicas e cadernos de cirurgia analisados no Hospital
Veterinário, verificou-se que a cirurgia mais frequente durante os anos observados foi a
laparotomia exploratória para correção de desordens gastrointestinais confirmando a teoria
exposta por Thomassian (2005) e Alves (2013), onde o equino passou a ser uma espécie com alta
diferenciação, principalmente com o surgimento e estímulo dos esportes equestres, ocasionando
uma grande exigência nutricional e uma oferta forçada de alimentos em quantidades diversas
vezes insuportáveis para a capacidade que comporta seu trato digestório. Essa realidade se
intensifica com o aumento do número de cavalos submetidos ao regime de criação intensiva.
Medidas preventivas que devem vir primordialmente, frequentemente não são implementadas.
Ocasionando assim, como foi abordado, um aumento no número de procedimentos cirúrgicos
realizados.
A rotina clínica e cirúrgica do Hospital Veterinário se assemelha com o que foi
descrito por Auer e Stick (2006), expondo que equídeos acometidos com enfermidades
digestivas se enquadram em vários grupos como, encaminhamento cirúrgico imediato ou
eutanásia, tratamento clínico intensivo e possível cirurgia ou tratamento clinico sem
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Nú
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Ano
Criptorquidectomia Hernia ignosescrotal Cesariana Lap.Exp Reparo Evisceração
32
possibilidade de cirurgia, que geralmente está associado a um quadro de resposta clínica
satisfatória do animal ou a falta de condições financeiras do proprietário.
Com relação ao grande número de animais criptorquidas submetidos à técnica
cirúrgica pode ser observado um aumento ao decorrer do período analisado, sendo contrário
ao que foi descrito como medida profilática por Pedro et al., (2016), demonstraram que o
descarte de animais criptorquídeos de um programa de seleção de reprodutores deve ser
estabelecido tendo em vista que, este defeito reprodutivo apresenta condição de
hereditariedade. A casuística de criptorquidismo verificada no presente levantamento leva a
crer que a seleção genética não está respeitando os programas de seleção e hereditariedade,
trazendo assim para a equideocultura uma grande quantidade de animais acometidos,
ocasionando dificuldades de manejo, de acordo com Feitosa (2014), a libido é exacerbada,
devida a maior produção de esteroides, resultando em aumento do desejo sexual e
comportamento incontrolável de garanhão hígido.
A realidade do atendimento e encaminhamento cirúrgico da espécie suína, demonstrou
uma casuística inferior à espécie equina demonstrando uma grande relação com o que foi
apresentado por Massone (2008), que cita a técnica cirúrgica e anestésica nesta espécie tem
demonstrado pouco desenvolvimento nos últimos anos, fator relacionado a criação industrial,
em que o animal, ao menor problema apresentado, desde que apto ao abate, não é tratado e
sim encaminhado ao abatedouro. Onde diferente dos equinos a suinocultura apresenta grande
demanda comercial tornando escasso o atendimento a esta espécie.
O elevado número de suínos portadores de criptorquidismo, encaminhados ao centro
cirúrgico do Hospital Veterinário-UFCG para a realização da técnica de laparotomia
exploratória, aparentemente denotam que os programas de reprodução se apresentam falhos,
tomando rumo contrário ao que é exposto por Morrow (1980), que apresenta como principal
medida profilática a castração e descarte dos reprodutores diagnosticados com essa
enfermidade. Segundo Fredeen; Newman (1968), as carcaças analisadas com criptorquidia
são desvalorizados no mercado. Assim o criador tem um estímulo econômico para a seleção
de métodos de manejo que possam diminuir a incidência de criptorquideos em seus rebanhos.
Tornando assim a criação equilibrada e com visão comercial de carcaça mais qualificado,
onde os suínos após o nascimento são submetidos ao manejo sanitário, nutricional e
reprodutivo correto sem que ocorra defeitos de relação hereditária com o que diz respeito à
reprodução.
33
8 CONCLUSÃO
O acesso cirúrgico através da laparotomia exploratória exerce um papel de fundamental
importância na clínica médica e cirúrgica das duas espécies relatadas.
Onde enfermidades de caráter digestivo e reprodutivo demonstraram maiores índices de
encaminhamento cirúrgico para a execução da técnica.
No Hospital Veterinário a casuística para correção de enfermidades através da técnica
apresentou uma oscilação no número de procedimentos realizados no período analisado, pode ser
observada evolução em novas técnicas e protocolos clínicos, cirúrgicos e anestésicos.
Fator de essencial relevância tendo em vista que a cada dia casos mais complexos são
atendidos no centro, podendo ser observados como fatores predisponentes, a evolução genética e
deficiências de manejo nas propriedades, tornando os animais susceptíveis a alterações
morfofisiológicas e nutricionais. Sendo um motivo que exerce grande influência na casuística
das enfermidades descritas.
34
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