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UNIVERSIDADE POTIGUAR UNP PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PPGA MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO MPA LEANDRO APARECIDO DA SILVA ARRANJOS PRODUTIVOS TÊXTEIS E SUAS RELAÇÕES COM A CADEIA DE SUPRIMENTOS NATAL/RN 2015

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UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO – PPGA

MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO – MPA

LEANDRO APARECIDO DA SILVA

ARRANJOS PRODUTIVOS TÊXTEIS E SUAS RELAÇÕES COM A CADEIA

DE SUPRIMENTOS

NATAL/RN

2015

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LEANDRO APARECIDO DA SILVA

´

ARRANJOS PRODUTIVOS TÊXTEIS E SUAS RELAÇÕES COM A CADEIA

DE SUPRIMENTOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Strictu Sensu do Mestrado Profissional

em Administração da Universidade Potiguar, como

requisito para obtenção do título de Mestre em

Administração.

Orientador: Prof. Dr. Domingos Fernandes

Campos

NATAL/RN

2015

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SILVA, Leandro Aparecido.

Arranjos produtivos têxteis e suas relações com a cadeia de suprimentos /

Leandro Aparecido da Silva. - Natal, 2015.

175 f.

Orientador: Domingos Fernandes Campos

Mestrado Profissional em Administração – Universidade Potiguar. Pró-

Reitoria Acadêmica – Núcleo de Pós-Graduação.

Bibliografia: 125 - 137 f.

1. Administração – Dissertação. 2. Micro e pequenas empresas. 3. Arranjos

produtivos. 4. Cadeias de suprimento. I. Título.

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LEANDRO APARECIDO DA SILVA

ARRANJOS PRODUTIVOS TÊXTEIS E SUAS RELAÇÕES COM A CADEIA

DE SUPRIMENTOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação Strictu Sensu do Mestrado Profissional

em Administração da Universidade Potiguar, como

requisito para obtenção do título de Mestre em

Administração.

Aprovada em: 25/06/2015.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Prof. Dr. Domingos Fernandes Campos

Orientador

Universidade Potiguar – UnP

_______________________________________

Prof. Dr. Osmildo Sobral dos Santos

Examinador Interno

Universidade Potiguar – UnP

_______________________________________

Profª. Drª. Patricia Whebber Souza de Oliveira

Examinador Externo

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

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AGRADECIMENTOS

Agradeço,

À Deus, por ter me dado condições de lutar e conseguir os objetivos pretendidos;

A minha esposa Priscila Raiane pelo carinho e confiança, pois além de ser uma

incentivadora pessoal incansável, foi também uma colaboradora imprescindível para o

término deste trabalho. Compreendeu, acompanhou e apoiou todos os passos com muito

amor. Tendo sabedoria e paciência nos momentos difíceis junto ao nosso filho Francisco

Neto;

Ao meu pai Francisco Pereira por todo apoio e incentivo desde o colegial até a

chegada deste momento. Por ensinar-me os valores morais que carrego e carregarei por

toda vida;

A minha mãe Verônica Dutra pelo esforço incomensurável e as renúncias que fez

para educar os filhos desde a alfabetização;

A minha sogra Dalva que me apoiou e me acolheu durante todo o curso, nesse

período e em todos os outros eu recebi o tratamento de um filho;

Ao Prof. Domingos Fernandes Campos, meu orientador, que me auxiliou em todas

as etapas desta pesquisa, compartilhando seu amplo conhecimento e proporcionando-me

horas de aprendizagem;

Aos professores Alípio Veiga, Kleber Nóbrega, Osmildo Sobral, Walid Abbas,

Rodrigo Leone e Fernanda Gurgel do Mestrado em Administração da Universidade

Potiguar (UnP), e a professora Patricia Whebber da Universidade Federal do Rio Grande

do Norte (UFRN), pelos ensinamentos;

Aos companheiros de mestrado que participaram dessa jornada;

À Glícia pela presteza;

Aos meus amigos que sempre me ampararam e compreenderam minhas ausências

aos encontros agendados;

Aos empresários do setor têxtil da região Seridó/RN que aceitaram contribuir para

a realização desta pesquisa, assim como a equipe de entrevistadores.

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“O maior inimigo do conhecimento

não é a ignorância,

mas sim a ilusão de conhecimento.”

(Stephen Hawking)

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RESUMO

SILVA, LEANDRO APARECIDO. Arranjos Produtivos Têxteis e Suas Relações com

a Cadeia de Suprimentos. 2015. 175 f. Dissertação de Mestrado. Universidade Potiguar

– UNP, Programa de Pós-Graduação em Administração Profissional, Natal, RN, Brasil,

2015.

Este estudo analisou a formação dos principais arranjos produtivos têxteis da região

Seridó/RN e suas relações com a cadeia de suprimentos. Os principais grupos têxteis são

compreendidos pelos setores de tecelagem, bonelaria e facção (confecções terceirizadas).

Essas empresas respondem por uma fatia considerável das riquezas geradas na região,

apresentando um alto índice de empregabilidade. O polo têxtil do setor de tecelagem é

considerado o maior produtor de panos de limpar pratos da região Nordeste do Brasil. O

setor de bonelaria é considerado o segundo maior produtor de bonés e chapéus do

território nacional. As facções da região representam a maior parcela de empresas de

confecção terceirizadas do estado do Rio Grande do Norte. Para o presente estudo, foi

desmembrado e caracterizado cada um dos setores têxteis pertencentes ao universo das

micro e pequenas empresas. Mensurou as ações das cadeias de suprimentos. E, utilizou a

pesquisa exploratória e descritiva aplicada de forma censitária. As entrevistas elencaram

novas variáveis analíticas e informações importantes sobre as cadeias produtivas,

contribuindo para elaboração do instrumento de pesquisa, que foi desenvolvido após

análise do estudo. Dentro de arranjos produtivos a pesquisa utilizou a colaboração de

vários autores. O modelo SCOR (Supply Chain Operations Reference) foi utilizado para

a medição de desempenho na cadeia de suprimentos. Em uma análise geral, pode-se

observar comportamentos dos arranjos produtivos mais atuantes em alguns setores do que

em outros. As tecelagens apresentam arranjos com baixos níveis de relacionamento pois

não realizam compras conjuntas e não adquirem cursos de capacitação e/ou mão-de-obra

especializada de forma conjunta, não concretizam trocas de equipamentos e

conhecimentos entre os integrantes do setor. Sua cadeia de suprimentos apresenta-se bem

atuante, com alta incidência de distribuidores locais, fluxo fluido de abastecimento,

produção e distribuição. O setor de bonelaria apresenta uma boa incidência

organizacional dentro do arranjo produtivo, com associação de classe atuante. A cadeia

de suprimentos desse setor apresentou um elevado desempenho, embora, se mostrando

inferior aos outros arranjos. As facções, de modo geral, apresentam destaque na atuação

do seu arranjo produtivo. Formam associações de classe que aproxima os empresários à

seus clientes, fortalecendo o arranjo como um todo. Boa parte da cadeia de suprimentos

desse setor, utiliza um sistema de informação que é integrado aos fornecedores.

Facilitando e agilizando os processos produtivos, indicando altos níveis de desempenho

na cadeia.

PALAVRAS-CHAVE: Micro e Pequenas Empresas (MPE’s), arranjos produtivos,

cadeias de suprimento, têxteis, tecelagens, facções, bonelarias.

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ABSTRACT

SILVA, LEANDRO APARECIDO. Textile Local Clusters and Their Relations with

the Supply Chain. 2015. 175 f. Dissertação de Mestrado. Universidade Potiguar – UNP,

Programa de Pós-Graduação em Administração Profissional, Natal, RN, Brasil, 2015.

This study analyzes the formation of the leading textile local clusters region Seridó/RN

and its relations with the supply chain. Textile companies of weaving sectors of caps and

hats manufacturers and outsourced sewing. Understand the main groups. These

companies account for a sizeable share of the wealth generated in the region, with a high

employment rate. The textile Polo weaving sector is the largest producer of cloth to clean

dishes in northeastern Brazil. The caps and hats manufacturers sector is the second largest

producer of caps and hats of the country. The outsourced sewing of the region represent

the largest share of outsourced manufacturing companies in the Rio Grande do Norte

state. For the present study, it was dismembered and characterized each of textiles sectors

belonging to the universe of micro and small businesses. The study examined the behavior

of local clusters each sector. Measured the actions of supply chain. In addition, he used

the exploratory and descriptive research applied census form. Interviews they raised new

analytical variables and important information about the production chain, contributing

to development of the survey instrument, which was developed after careful analysis of

the study. Local clusters within the research used the collaboration of several authors. For

performance measurement in supply chain, used the SCOR measurement model (Supply

Chain Operations Reference). In an overview, it can be observed behavior of local clusters

most active in some sectors than in others. The weaving have arrangements with lower

levels of relationship because it does not carry out joint purchases and do not acquire

training courses and / or labor-skilled labor jointly, not materialize exchange of equipment

and knowledge among others in the same industry. Your supply chain presents and active,

with a high incidence of local distributors, fluid flow supply, production and distribution.

The caps and hats manufacturers sector has good organizational focus within the local

clusters, with active trade association. The supply chain this sector showed a high

performance, though, proving inferior to other arrangements. The outsourced sewing, in

general, have featured in the performance of their productive arrangement. Form

associations approaching entrepreneurs to their customers, strengthening the arrangement

as a whole. Much of the supply chain in this industry uses an information system that is

integrated with suppliers. Facilitating and streamlining production processes, indicating

high performance levels in the chain.

KEYWORDS: Micro and Small Enterprises (EPC's), local clusters, supply chain, textile,

weaving, outsourced sewing, caps and hats manufacturers.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1– Diagnóstico das Abordagens de Modelos de Análise de Desempenho na

Cadeia de Suprimentos.................................................................................................... 57

Quadro 2 – Atributos de Desempenho Logístico em Arranjos Produtivos...................... 74

Quadro 3 – Atributos das Motivações Envolvidas em Arranjos Produtivos................... 75

Quadro 4 – Atributos das Ações Estratégias Envolvidas em Arranjos Produtivo........... 76

Quadro 5 – Atributos de Benefícios e Aprendizagem em Arranjos Produtivos.............. 77

Quadro 6 – Atributos de Externalidades, Densidade e Cooperação em Arranjos

Produtivos...................................................................................................................... 78

Quadro 7 – Municípios, Áreas, População e PIB............................................................ 83

Quadro 8 – Atributos para Caracterização dos Arranjos Produtivos Referentes ao

Abastecimento e Distribuição......................................................................................... 87

Quadro 9 – Atributos para Caracterização dos Arranjos Produtivos Referentes a

Produção......................................................................................................................... 88

Quadro 10 – Atributos de Caracterização dos Arranjos Produtivos Referentes a

Aprendizagem e Relacionamento................................................................................... 89

Quadro 11 – Atributos Utilizados na Pesquisa para Medição de Performance utilizando o

modelo SCOR 11.0......................................................................................................... 90

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Participação dos Municípios dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN....................................................................................................................... 93

Tabela 2 – Força de Trabalho dos Principais Setores Têxteis da Região Seridó/RN...... 94

Tabela 3 – Grau de Instrução dos Empresários dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN...................................................................................................................... 95

Tabela 4 – Presença de Administração de Terceiros dentro dos Principais Setores Têxteis

da Região Seridó/RN..................................................................................................... 95

Tabela 5 – Faixa Etária dos Empresários dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN...................................................................................................................... 96

Tabela 6 – Faixa Etária Média das Equipes dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN...................................................................................................................... 96

Tabela 7 – Gênero dos Empresários dos Principais Setores Têxteis da Região Seridó/RN

........................................................................................................................................ 97

Tabela 8 – Galpões dos Principais Setores Têxteis da Região Seridó/RN...................... 97

Tabela 9 – Média de Fornecedores por Empresa nos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN....................................................................................................................... 98

Tabela 10 – Produção Mensal dos Principais Setores Têxteis da Região Seridó/RN..... 98

Tabela 11 – Faturamento Anual por Empresa dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN...................................................................................................................... 99

Tabela 12 – Análise Comparativa dos Arranjos Produtivos dos Setores Referentes ao

Abastecimento e Distribuição....................................................................................... 107

Tabela 13 – Análise Comparativa dos Arranjos Produtivos dos Setores Referentes a

Produção....................................................................................................................... 110

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Tabela 14 – Análise Comparativa dos Arranjos Produtivos dos Setores Referentes a

Aprendizagem e Relacionamento.................................................................................. 113

Tabela 15 – Análise Comparativa de Medição de Performance da Cadeia de Suprimentos

dos Setores Utilizando Modelo SCOR.......................................................................... 116

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Sistema de Beamon de Medição na Cadeia de Suprimentos........................ 54

Figura 2 – Indicadores de Desempenho Sugeridos por Gunasekaran............................ 56

Figura 3 – Os Cinco Processos de Negócios do Modelo SCOR.................................... 65

Figura 4 – Processos Hierárquicos do Modelo SCOR................................................... 66

Figura 5 – Fluxograma da Cadeia Produtiva do Setor Têxtil e Confecção.................... 73

Figura 6 – Esquema Metodológico................................................................................ 79

Figura 7 – Ilustração do Mapa do RN com Destaque à Região Seridó/RN................... 84

Figura 8 – Ilustração da Cadeia Produtiva do Setor de Tecelagem............................. 102

Figura 9 – Ilustração da Cadeia Produtiva do Setor Boneleiro.................................... 104

Figura 10 – Ilustração da Cadeia Produtiva do Setor de Facções................................ 106

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LISTA DE TERMOS, ABREVIATURAS E SIGLAS

AP: Arranjo Produtivo

APL’s: Arranjos Produtivos Locais

EPC’s: Micro and Small Enterprises.

Frq: Frequência

GEM: Instituto Global Entrepreneurship Monitor

GCS: Gestão da Cadeia de Suprimentos

IFRN: Instituto Federal do Rio Grande do Norte

MEI: Microempreendedor Individual

MP: Matéria-Prima

MPE’s: Micro e Pequenas Empresas

Q: Variáveis Analíticas Utilizadas na Pesquisa

Qnt: Quantidade

RN: Rio Grande do Norte

SCOR: Supply Chain Operations Reference (Modelo de referência para a gestão da cadeia de

fornecimento)

SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SENAR: Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

SENAI: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SESC: Serviço Social do Comércio

SENAC: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial

UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte

V: Variáveis Elencadas na Revisão Bibliográfica Sobre Medição de Performance da Cadeia de

Suprimentos Utilizando o Modelo SCOR

VP: Variáveis Elencadas na Revisão Bibliográfica Sobre Arranjos Produtivos

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 17

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ........................................................................................... 17

1.2 PROBLEMA E QUESTÃO DE PESQUISA ................................................................................. 19

1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................................. 21

1.3.1 Geral ................................................................................................................................... 21

1.3.2 Específicos .......................................................................................................................... 21

1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................... 22

2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS ...................................................................................................... 25

2.1 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E O SETOR TÊXTIL ......................................................... 25

2.2 AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS ............................................................................................. 27

2.3 ESTRATÉGIA E COMPETITIVIDADE EM AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS ..................... 29

2.4 TIPOS DE ARRANJOS PRODUTIVOS ....................................................................................... 33

2.4.1 O Enfoque da Filière em Arranjos Produtivos ................................................................ 33

2.4.2 As Cadeias Globais de Valor em Arranjos Produtivos ................................................... 35

2.4.3 Os Clusters Empresariais em Arranjos Produtivos ........................................................ 36

2.4.4 Redes Flexíveis de Pequenas Empresas em Arranjos Produtivos .................................. 37

2.4.5 Os Condomínios Industriais em Arranjos Produtivos .................................................... 39

2.4.6 O Enfoque dos Arranjos Produtivos Locais (APL) ......................................................... 39

2.5 COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS E GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ........ 42

2.5.1 Gestão dos Processos na Cadeia de Suprimentos ............................................................ 48

2.5.2 Gestão do Relacionamento com os Clientes ..................................................................... 49

2.5.3 Gestão da Demanda na Cadeia de Suprimentos ............................................................. 49

2.5.4 Gestão do Estoque na Cadeia de Suprimentos ................................................................ 50

2.6 MODELOS PARA ANÁLISE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS .............................................. 50

2.6.1 Abordagem Bowersox e Closs ........................................................................................... 52

2.6.2 Abordagem de Beamon ..................................................................................................... 54

2.6.3 Abordagem Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu .................................................................. 55

2.6.4 Modelo SCOR .................................................................................................................... 56

2.6.5 Diagnóstico Sobre as Abordagens de Modelos de Análise de Desempenho na Cadeia de

Suprimentos ................................................................................................................................ 57

2.7 MEDIÇÃO DE DESEMPENHO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS (PMS) ............................... 58

2.7.1 Características e Questões Relacionadas a PMS ............................................................. 60

2.7.2 Moldando a PMS ............................................................................................................... 61

2.7.3 Viabilidade do Sistema de PMS ........................................................................................ 62

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2.8 DIFERENCIAÇÃO ENTRE CADEIAS PRODUTIVAS E CADEIAS DE SUPRIMENTOS ...... 63

2.9 MODELO REFERENCIAL DE OPERAÇÕES DE CADEIA DE SUPRIMENTOS (SCOR) ...... 64

2.9.1 Métricas do Modelo SCOR ............................................................................................... 67

2.9.2 Processos Relacionados ao Modelo SCOR ....................................................................... 68

2.9.3 Modelo SCOR - Práticas e Pessoas................................................................................... 69

2.9.4 Alterações do Modelo SCOR 11.0 .................................................................................... 70

2.9.5 Alterações nos Processos no Modelo SCOR 11.0............................................................. 71

2.10 CADEIAS PRODUTIVAS TÊXTEIS.......................................................................................... 72

2.11 VARIÁVEIS ELENCADAS NA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................ 74

3. METODOLOGIA .......................................................................................................................... 79

3.1 ESQUEMA METODOLÓGICO .................................................................................................... 79

3.3 UNIVERSO DA PESQUISA ......................................................................................................... 81

3.4 ENTREVISTAS ............................................................................................................................. 85

3.5 VARIÁVEIS ANALÍTICAS.......................................................................................................... 85

3.6 INSTRUMENTO DE PESQUISA ................................................................................................. 91

3.7 PLANO DE COLETA DE DADOS ............................................................................................... 92

3.8 TRATAMENTO DOS DADOS ..................................................................................................... 92

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ................................................................................................... 93

4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SETORES ......................................................................................... 93

4.1.1 Participação ....................................................................................................................... 93

4.1.2 Força de Trabalho ............................................................................................................. 94

4.1.3 Grau de Instrução ............................................................................................................. 95

4.1.4 Administração por Terceiros ............................................................................................ 95

4.1.6 Gênero dos Proprietários .................................................................................................. 97

4.1.7 Estrutura produtiva .......................................................................................................... 97

4.2 POLO DE TECELAGEM ............................................................................................................ 101

4.2.1 Cadeia Produtiva das Tecelagens ................................................................................... 101

4.3 POLO DE BONELARIA ............................................................................................................. 103

4.3.1 Cadeia Produtiva das Bonelarias ................................................................................... 103

4.4 POLO DE FACÇÃO .................................................................................................................... 105

4.3.1 Cadeia Produtiva das Facções ........................................................................................ 105

4.5 ANÁLISE COMPARATIVA DOS SETORES TÊXTEIS DA REGIÃO SERIDÓ/RN ............... 107

4.5.1 Comparativo dos Arranjos Produtivos dos Setores ...................................................... 107

5. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 119

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 125

APÊNDICES .................................................................................................................................... 138

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Apêndice A – Roteiro de Entrevista Aplicado aos Empresários Têxteis da Região Seridó/RN.. 138

Apêndice B – Módulo 1 do Questionário de Pesquisa Aplicado aos Empresários Têxteis da

Região Seridó/RN ............................................................................................................................. 140

Apêndice C – Módulo 2 do Questionário de Pesquisa Aplicado aos Empresários Têxteis da

Região Seridó/RN ............................................................................................................................. 141

Apêndice D – Diretrizes Norteadoras para o Alcance do Objetivo Geral .................................... 148

Apêndice E – Atributos de Confiabilidade, Receptividade, Agilidade e Eficiência do

Gerenciamento de Ativos do Modelo SCOR 11.0 .......................................................................... 152

Apêndice F – Tabelas com Frequência, Média e Moda das Variáveis sobre Arranjos Produtivos

e Medição de Performance das Tecelagens .................................................................................... 161

Apêndice G – Tabelas com Frequência, Média e Moda das Variáveis sobre Arranjos Produtivos

e Medição de Performance das Bonelarias ..................................................................................... 166

Apêndice H – Tabelas com Frequência, Média e Moda das Variáveis sobre Arranjos Produtivos

e Medição de Performance das Facções .......................................................................................... 171

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17

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

Nos últimos anos, no Brasil, tem-se observado um forte aumento no surgimento de

novas empresas optantes pelo Simples Nacional, um regime fiscal diferenciado e favorável aos

pequenos empreendedores. Em dezembro de 2012 existiam 7,1 milhões de empresas

assinaladas neste regime. Em dezembro do ano anterior este número ficou 26% acima do

apurado. Em 2011, a expansão já tinha sido de quase 30%. O aumento do número de novas

empresas, se associado à evolução na competitividade, tende a gerar impactos significativos na

economia brasileira, seja em termos de maior geração de empregos, melhores salários,

acréscimo da massa salarial e do arrecadamento de impostos, como também na melhor

repartição de renda e no aumento do bem-estar social. Constatou-se, pelos resultados

apresentados, que não somente a criação de empresas vem ganhando impulso, como também a

taxa de sobrevivência vem melhorando a cada ano. Tratando das Micro e Pequenas Empresas

(MPE’s), estas representam quase 100% do total de instituições privadas atuantes no Brasil, em

que os pequenos negócios (formais e informais) respondem por mais de dois terços dos

empregos do setor privado (SEBRAE-NA, 2013; SEBRAE-SP, 2012).

O setor têxtil é um ramo importante para a economia nacional e vem adquirindo

importância nas pequenas cidades do Rio Grande do Norte. Dentre estas, pode-se incluir as

cidades localizadas na região Seridó do estado, as quais comportam pequenas unidades fabris

que passaram a se abrigar nessa região, especialmente a partir da década de 1990. Com relação

ao perfil dessas indústrias têxteis, podemos destacar as bonelarias (empresas industriais

fabricantes de bonés e chapéus), as facções (empreendimentos industriais de confecção e

vestuário que prestam serviços exclusivamente para outras empresas de confecção, seja

comércio ou indústria) e as tecelagens (indústrias que tecem e fabricam artigos de cama, mesa

e banho). Essas atividades são constituídas não apenas pelo capital local, mas também a partir

de investimentos de grandes corporações, como a Hering, a Guararapes e a RM/NOR (Rafael

Mansur do Nordeste), as quais terceirizam a sua produção por meio das facções que são

instaladas nas cidades interioranas. A mão de obra de baixo custo, disponível nestas cidades,

constitui um componente atrativo para esses investimentos. Entretanto, a centralização dessas

unidades reforça a importância do desempenho que as pequenas cidades passam a exercer na

economia local e nacional (MEDEIROS, 2005).

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18

Existem mais de 200 tecelagens atuantes na região do Seridó, principalmente as

instauradas na cidade de Jardim de Piranhas (RN), que geram mais de 4.000 empregos diretos

e indiretos, oferecendo uma quantidade de postos de trabalho equivalente a um terço da

população local. A grande oferta de emprego é nutrida, especialmente, pela produção de mais

de 500 toneladas de panos de prato por mês, fazendo deste o maior polo do ramo na região

Nordeste do Brasil (PEGN, 2007).

Concernente às bonelarias da região Seridó do RN, sabe-se que estas constituem o

segundo maior polo produtivo de bonés do Brasil, empregando cerca de 2.400 pessoas e

produzindo cerca de 2,4 milhões de bonés por mês, com um faturamento estimado em quase

R$5 (cinco) milhões por essa produção. Atualmente, as cidades de Caicó (RN), Serra Negra do

Norte (RN) e São José do Seridó (RN) integram as cidades com o maior índice desse tipo de

indústria na região do Seridó (V&C, 2011).

Conforme dados da Associação Seridoense de Confecções-ASCONF, a região

Seridó/RN é o setor do estado do Rio Grande do Norte com a maior concentração de facções,

sendo responsável pela ocupação de mais de 1.800 empregos diretos e indiretos, movimentando

cerca de R$ 4 milhões/mês. A expectativa é que com o novo programa do governo do estado,

o Pró-Sertão, esses números sejam expandidos e 360 novas facções sejam criadas no RN,

gerando 20.000 empregos até dezembro de 2018 (FJA-RN, 2013).

De acordo com as constatações observadas anteriormente sobre a importância das

MPE’s para economia nacional e a importância dos principais setores têxteis para a geração de

emprego e renda na região Seridó/RN, observa-se a importância econômica das MPE’s têxteis

da região supracitada. Para Porter (2009), a competição global invadiu todas as áreas

geográficas, obrigando as empresas a concorrerem entre si, com o objetivo de nutrirem e

aumentarem seus níveis de prosperidade. A cadeia de suprimentos é determinada por alguns

autores como o meio de auxílio à vantagem competitiva (CHRISTOPHER, 2013; POZO, 2010).

De acordo com Ballou (2006), esta cadeia auxilia as empresas, independentemente de seu porte.

Deste modo, a procura pela integração das empresas com seus clientes e fornecedores por meio

da cadeia de suprimentos faz-se necessária, a fim de tornar a vida do microempresário mais ágil

e sólida de informações.

No fim dos anos 1990 e início dos anos 2000 percebe-se um importante crescimento do

enfoque sobre agrupamentos empresariais nas políticas públicas brasileiras, partindo

principalmente de estudos investigados no âmbito acadêmico, onde diversas instituições e

órgãos privados e públicos de fomento deliberaram ações de apoio aos Arranjos Produtivos

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Locais (APL’s), distribuídos no território nacional (BOTELHO; OLIVEIRA; CARRIJO,

2013).

Ultimamente, diversos estudos estão sendo realizados com a finalidade de expandir o

conhecimento sobre os APL’s que possam atuar em ações de apoio aos empreendedores,

partindo da premissa de que todo APL é uma entidade singular, onde as propriedades são

esquematizadas ao longo dos seus processos históricos de ampliação, apontadas pelas várias

interações que se fundam no local e a partir deste (BOTELHO; OLIVEIRA; CARRIJO, 2013).

Segundo Botelho, Oliveira e Carrijo (2013) são bastante corriqueiros estudos

estruturados a partir de pesquisas de campo, com técnicas baseadas em entrevistas em

empreendimentos e com instituições de apoio e coordenação centradas nos APL’s. Estes

estudos adquirem resultados importantes ao compreenderem as características principais dos

APL’s e dos relacionamentos que se desenvolvem no seu interior, responsáveis, em maior ou

menor grau, pela concorrência das empresas e pela ampliação regional.

O gerenciamento da cadeia de suprimentos vem se mostrando como uma tendência

nessa busca, por se tratar de um estudo que propõe processos enxutos, eliminação de

desperdícios e diminuição de estoques. A cadeia adéqua uma melhor gestão e integração de

entradas e saídas de materiais, propiciando uma vantagem competitiva perante seus

concorrentes (SANTOS; FORCELLINI, 2012; MARTINS, 2011).

1.2 PROBLEMA E QUESTÃO DE PESQUISA

Com base em levantamento da Consult (2006), o setor de MPE’s têxteis da região

Seridó/RN emprega direta e indiretamente 4.000 postos de trabalho. Entretanto, o histórico

dessas indústrias, problemas aglomerados devido a atos desordenados dos empresários e ao

crescimento desenfreado começaram a provocar prejuízos ambientais, falhas nos

procedimentos produtivos e, por conseguinte, produção de produtos de má qualidade (LEAL,

2007).

Mesmo com a substituição de maquinários antigos por maquinários considerados mais

modernos, na década de noventa, os problemas com a produção persistiram. Respondendo a

essa situação, no ano de 2003 alguns empresários tiveram a iniciativa de buscar o SEBRAE,

que passou a oferecer incentivos por meio da construção de novos conhecimentos e articulou

diversos órgãos e instituições com a finalidade de promover a sustentabilidade do setor na

região (LEAL, 2007).

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Dentro da literatura existem alguns autores com estudos voltados à análise da estrutura

de arranjos produtivos. Suzigan (2006) a descreve como um método de idenficicação e distinção

estrutural de arranjos, decompondo e classificando a estrutura destes e fundamentando em duas

variáveis: a sua relevância para a região e para a sua respectiva esfera produtiva. Para o autor,

estas variáveis estruturam os arranjos produtivos classificando-os em: núcleo de incremento

setorial-regional; vetor de incremento local; vetor avançado e embrião de arranjos produtivos.

A Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS) tem como enfrentamento a melhoria da

competitividade global e dos serviços e produtos segundo a percepção do cliente, de maneira

especial, por meio da sinergia entre as partes envolvidas. A visão sistemática associada ao

comprometimento dos membros com a criatividade e inovação são elementos permanentemente

exercitados para o alcance do diferencial competitivo. Para atingir tais objetivos, a GCS conta

com uma ampla gama de processos e dimensões que agem em conjunto para acrescentar valor

aos clientes e todos aqueles a que esta fizerem parte (CHAN; ZHANG, 2011; CHAN et al.,

2014; WAGNER; GROSSE-RUYKEN; ERHUN, 2012; SHEN et al., 2013; KATUNZI, 2011).

No que se refere a seus processos, estes vão desde o abastecimento da matéria-prima,

passando pela manufatura, até a entrega do produto final ao consumidor, envolvendo ações

como o planejamento e execução de compras de insumos, produção de bens e serviços e a sua

distribuição. O cumprimento destes processos envolve uma série de entidades, concebidas por

empresas que atuam inteiramente na associação de valor aos produtos, assim como outras

organizações e entidades que influenciam a tomada de decisões. Em se tratando das dimensões

gerenciais existentes nas cadeias de suprimentos, estas são classificadas nos níveis estratégico,

tático e operacional. Cada uma destas etapas está associada a distintos horizontes de tempo,

tamanho das implicações e âmbito das decisões a serem tomadas. A pluralidade de aspectos

envolvidos torna as cadeias de suprimentos ambientes gerenciais complicados, conflituosos e

incertos, mesmo quando se está restrito a uma organização específica. Dessa forma, os decisores

das cadeias têm recorrido a ferramentas de gestão que lhes deixem promover a melhoria do seu

desempenho. Destaca-se, ainda, a ausência de modelos de medição de performance voltados às

MPE’s, cuja aplicação é identificada somente em grandes corporações, havendo, dessa forma,

a necessidade de se utilizar modelos estruturados para a realização do diagnóstico de

performance da cadeia de suprimentos nas micro e pequenas empresas (KATUNZI, 2011;

POZO; TORRICELLI, 2013; JABBOUR et al., 2010).

Em levantamentos apresentados no estudo de Pozo e Torricelli (2013), a indústria têxtil

brasileira é considerada a quinta maior do mundo, e a de confecção é estimada como a quarta

no ranking. Ainda nesse estudo, destaca-se o desempenho negativo da indústria têxtil e de

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confecção no ano de 2011. Ponderando esses desempenhos negativos, é de relevante

importância que as MPE’s têxteis fiquem cientes de tais números e que busquem cada vez mais

as ferramentas adequadas para a melhoria do seu desempenho. Com esse estudo, o apoio

destinado a estas empresas está na orientação de quais são os obstáculos e problemas existentes

nas cadeias de suprimentos enfrentados pelas MPE’s têxteis (ENSSLIN et al., 2010; POZO;

TACHIZAWA; SOUZA, 2011; CHRISTOPHER, 2013).

Nesse contexto, emerge a questão da presente pesquisa: Como se organizam os

principais arranjos produtivos têxteis da região Seridó/RN e como estes se relacionam

com a cadeia de suprimentos?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Geral

Analisar a formação dos principais arranjos produtivos têxteis da região Seridó/RN e

suas relações com a cadeia de suprimentos.

1.3.2 Específicos

a) Caracterizar os principais arranjos produtivos têxteis da região Seridó/RN;

b) Compreender a estrutura e o funcionamento dos principais arranjos produtivos têxteis

da região Seridó/RN;

c) Descrever as relações das principais cadeias de suprimentos têxteis da região

Seridó/RN;

d) Avaliar o desempenho das empresas pesquisadas utilizando medidas do modelo SCOR

na gestão da cadeia de suprimentos.

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1.3 JUSTIFICATIVA

No contexto das políticas em favor das MPE’s, as alterações que se tem presenciado no

país têm proporcionado uma verdadeira insurreição no ambiente dessas organizações. Como

exemplos, cita-se a criação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 2006, a criação

do Microempreendedor Individual (MEI), em 2009, e o aumento dos limites de faturamento do

Simples Nacional, em 2012. O surgimento de novas empresas vem dando impulso em todo o

território nacional. Com isso, amplia-se a responsabilidade nos órgãos de apoio a essas

instituições, no sentido de viabilizar a sua sustentabilidade em longo prazo. É indispensável

monitorar não somente a criação de empresas, mas também as suas taxas de sobrevivência.

Acredita-se que o crescimento do número de novos empreendimentos e a melhora nas taxas de

sobrevivência são fatores que podem contribuir com o desenvolvimento econômico e social do

país (SEBRAE-NA, 2013).

Para Santos e Forcellini (2012) torna-se imprescindível o desenvolvimento das

organizações nesse novo cenário, bem como a identificação dos arranjos produtivos e o uso de

um sistema que permita integrar as empresas participantes da cadeia de suprimentos,

reavaliando as condicionantes que amparem os empreendimentos no enfrentamento dos

desafios do dia a dia, de forma eficiente e duradoura, indo de encontro à necessidade de

prosperidade dessas organizações. Essa necessidade se aplica à realidade competitiva das

empresas existentes no mercado brasileiro, que se veem na necessidade de integração e

aprimoramento do seu modelo de gestão, para suportarem seus objetivos estratégicos de

crescimento perante a concorrência globalizada (SANT ANNA, 2013).

Conforme assevera Campos (2008), os gestores da logística falham em algumas

situações ao optarem por medidas inadequadas para a escolha de seus processos decisórios.

Diante desses fatores, as mudanças constantes pertinentes às formas de gestão transformaram

as estruturas das empresas e organizações. A ampliação econômica exigiu das instituições

privadas e públicas uma gestão mais participativa com relação às ações da competitividade,

observando-se a importância da instalação de arranjos produtivos devido às vantagens que estes

proporcionam para as MPE’s (SANT ANNA, 2013).

Para Sant anna (2013) pesquisas e estudos referentes aos arranjos produtivos não são

recentes. Conhecidos como distritos industriais ou agrupamentos, este é um tema que vêm

ganhando atenção nos últimos anos, estando relacionado às forças oriundas das localidades e

regiões que carecem de desenvolvimento nas suas potencialidades e capacidades. A seriedade

atribuída pela literatura acadêmica à abordagem sobre arranjos produtivos de MPE’s orienta a

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escolha deste tema. Constatou-se que o mesmo vem recebendo importância nas ações

governamentais direcionadas para o incremento econômico e social das MPE’s em todo o

Brasil.

A relevância do setor têxtil para a economia e o incremento social da região Seridó/RN

é destaque em uma série de matérias veiculadas em mídias locais, setor esse que vai desde as

facções, incluindo as bonelarias e chegando às tecelagens (SÃO JOSÉ DO SERIDÓ-RN, 2013).

O governo do estado do Rio Grande do Norte criou, em parceria com o Sebrae/RN e a Federação

das Indústrias (FIERN), o Pró-Sertão, projeto que garante interiorizar a indústria têxtil no Rio

Grande do Norte por meio da abertura de 360 pequenas unidades de confecções (as

denominadas facções), no prazo de até dezembro de 2018. Esse projeto tem como objetivo

quadruplicar a quantidade de facções e multiplicar por oito o número de empregos gerados na

atividade, nos próximos cinco anos. Atualmente, existem 90 facções gerando cerca de 2,5 mil

empregos diretos e indiretos. A produção deverá ultrapassar 150 mil peças por dia e será

adquirida inicialmente por grandes corporações, como a Guararapes, que vê a criação das

facções no Rio Grande do Norte como uma maneira de sustentar o crescimento da rede de lojas

do grupo (a Riachuelo). A Hering, que é uma das pioneiras em terceirizar a costura de suas

peças no estado por meio das facções, também ampliará o abastecimento a estas utilizando esse

projeto. No nosso estado (RN), esta empresa chega a contratar em média 15 novas facções por

ano, no período dos últimos cinco anos, atualmente chegando ao montante de 90 unidades de

confecções. A pretensão da empresa é de manter o ritmo de contratos. O projeto será

desenvolvido na região do Seridó, por já ter tradição na atividade. O Governo do Rio Grande

do Norte apresentou esse projeto a uma plateia de pequenos empresários e prefeitos da região,

ressaltando o objetivo de buscar novos empreendedores que realizem parcerias com as

prefeituras locais (SENAR-RN, 2013).

A indústria boneleira do Rio Grande do Norte congrega 80 bonelarias, principalmente

na região Seridó/RN. A região é estimada como o segundo maior polo produtor de bonés do

país, com uma fabricação média mensal de 2,4 milhões de produtos. Com relação às tecelagens,

principalmente as do município de Jardim de Piranhas/RN, que detém aproximadamente 95%

das micro e pequenas indústrias têxteis desse setor na região Seridó/RN, ponderando sobre seu

papel no contexto do território, sabe-se que estas possuem um aglomerado de 250 unidades

fabris (SEBRAE-ASN, 2013; LEAL, 2007).

Esta pesquisa teve por intenção analisar a formação dos principais arranjos produtivos

têxteis da região Seridó/RN e suas relações com a cadeia de suprimentos. A pesquisa contribuiu

para uma melhor gestão destas cadeias das MPE’s, bem como para a caracterização dos

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principais arranjos produtivos têxteis dessas indústrias, aprimorando conceitos, legitimando

técnicas e dando suporte a decisões práticas. Dessa forma, é importante despontar sob a ótica

dos gestores de MPE’s o quanto estes estão preparados para analisar as barreiras existentes em

suas cadeias produtivas e de suprimentos, evidenciando, por meio do diagnóstico de

desempenho e da descrição dos arranjos produtivos, prováveis problemas enfrentados por suas

cadeias e quais as dificuldades dentro desses âmbitos (POZO; TORRICELLI, 2013).

Outra motivação que foi levada em consideração é que existem poucos trabalhos sobre

medição de performance da cadeia de suprimentos em MPE’s, e isto se comprova quando

Teixeira e Lacerda (2010) selecionam periódicos acadêmicos na área de GCS. Em sua pesquisa,

os autores entrevistaram acadêmicos de diferentes continentes para aferir suas percepções em

relação aos periódicos acadêmicos existentes no campo de produção e operações. Foram

considerados os periódicos em duas dimensões, consistindo em relevância e qualidade, onde a

relevância designa-se à importância do tema estudado para as dificuldades gerenciais e a

qualidade refere-se à importância dos problemas avaliados para a teoria e rigor metodológico

empregados nos artigos.

Arranjos produtivos e avaliação de performance das cadeias de suprimento podem ser

instrumentos capazes de suprir certas necessidades de gestão. Chan e Zhang (2011) acrescentam

ainda que, na gestão de negócios, a avaliação de performance na cadeia de suprimentos

aprovisiona uma abordagem para promover o entendimento da situação e identificar a

potencialidade de sucesso de estratégias gerenciais. Além disso, a avaliação de performance na

cadeia de suprimentos e a descrição de arranjos produtivos podem ser utilizados como uma

ferramenta capaz de implementar algumas estratégias de negócios (AMIR, 2011;

DISTELHORST; HAINMUELLER; LOCKE, 2014).

A associação de valor para os clientes por meio das operações das cadeias produtivas e

de suprimentos concebe uma oportunidade. Táticas como a redução de custos, ampliação da

rapidez e confiabilidade de entrega, bem como métodos ambientalmente corretos e

disponibilização de capital de giro devido à minimização de estoque, dentre outros, podem ser

adquiridas por meio da gestão das cadeias produtivas e de suprimentos (CHAN; ZHANG, 2011;

CHAN et al., 2014; POZO; TORRICELLI, 2013; POZO; TACHIZAWA; SOUZA, 2011;

KATUNZI, 2011; SANT ANNA, 2013).

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2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS

No presente capítulo serão expostos os fundamentos teóricos que orientam o estudo

sobre os arranjos produtivos e o desempenho na cadeia de suprimentos nas MPE’s. Serão

abordados pontos como a situação atual das MPE’s, o setor têxtil, a competitividade nas

empresas, aglomerações e arranjos produtivos, a gestão da cadeia de suprimentos e a medição

de performance nesta; além disso, será analisada a diferença entre cadeias produtivas e cadeias

de suprimentos. Por fim, a última parte deste capítulo destina-se à apresentação do modelo de

medição de performance da cadeia de suprimentos proposto para aplicação nas MPE’s têxteis

e as variáveis elencadas dentro do estudo bibliográfico.

2.1 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E O SETOR TÊXTIL

As Micro e Pequenas Empresas (MPE’s) compõem aproximadamente 99% das

organizações privadas atuantes no Brasil e são responsáveis por mais da metade dos empregos

gerados, chegando a quarenta por cento da massa salarial no país. Referente à categorização

destas empresas o SEBRAE adota critérios característicos, como quantidade de servidores e

receita bruta anual, consentindo, desta forma, que as organizações desfrutem dos incentivos e

benefícios previstos nas legislações, dentro dos limites. Justamente as MPE’s podem ser

rotuladas pelo seu faturamento, conforme Lei 9.841/99 e pela quantidade de funcionários.

(SEBRAE-SP, 2012; SEBRAE-NA, 2013).

Infelizmente existe uma grande dificuldade para que as MPE’s consigam se manter no

mercado, em uma pesquisa realizada pelo SEBRAE-NA (2013), adotando como referência

MPE’s brasileiras fundadas no ano de 2007, e as informações sobre estas organizações

disponíveis na Secretaria da Receita da Fazenda até o ano de 2010, a taxa de sobrevivência das

empresas com até 2 anos de fundação foi de 75,6%. Como a taxa de mortalidade é integrante à

da sobrevivência, pode-se descrever que a taxa de mortalidade de MPE’s com até 2 anos

encontra-se em 24,4% em uma amostra de organizações criadas em 2007.O Instituto Global

Entrepreneurship Monitor (GEM), evidencia que o Brasil é um país de alma empreendedora,

em pesquisa realizada pelo GEM (2010). Na pesquisa explana a tendência de desenvolvimento

da atividade empreendedora no Brasil, fundamentando-se em uma população adulta brasileira

de mais de 100 milhões de pessoas, representando uma faixa de aproximadamente 21,1 milhões

de brasileiros a frente de atividades empreendedoras. Em números totais o Brasil está atrás

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somente da China com 131,7 milhões de adultos à frente de ações empreendedoras no país

segundo o próprio GEM (2010).

Por anos o Brasil se manteve superior à média dos países analisados pela pesquisa do

GEM (2010), e dos 59 países integrantes, o Brasil se posicionou na decima colocação em

porcentagem da população adulta com alguma ação empreendedora. As MPE’s tendem a iniciar

com os chefes da família criando sua empresa, seus filhos trabalhando e aperfeiçoando com os

pais as técnicas do negócio. Posteriormente estes filhos adquirem seu próprio empreendimento,

contudo sem necessariamente a desistência dos pais no mercado, aumentando assim a

quantidade de organizações atuantes. Isto pode estar ligado a tendência de crescimento das

MPE’s atuantes na mesma atividade e/ou segmento, manifestando como um amontoado de

organizações se concentram geograficamente em um mesmo setor do mercado (POZO;

TORRICELLI, 2013).

As informações que apresentam as melhores características sobre o setor têxtil são do

SEBRAE-NA (2013). Este traz números históricos de crescimento até o ano de 2007. Segundo

informações do estudo a indústria têxtil e de vestuário é um dos mais importantes segmentos

da economia nacional, tanto na geração de empregos, quanto na importância de sua produção.

Em proporções monetários agregaram em 2005 a quantia de US$ 32,9 bilhões (trinta e dois

bilhões e novecentos milhões de dólares), que representaram 4,1% do PIB nacional e 17,2% do

PIB da indústria de transformação. Os empregos originados são da ordem de 1.523.000,

representando 1,7% da população economicamente ativa. Em vários países emergentes como o

Brasil, o setor têxtil é responsável por grande parte do desenvolvimento social e econômico.

Na década de 80 o Brasil alternou entre momentos de crescimento, estabilidade ou até

mesmo retração. A partir dos anos 90, com a abertura dos mercados à concorrentes

internacionais, foi necessário reformular grande parte do parque industrial nacional, processos,

produtos e preços, objetivando aprimorar a concorrência com os produtos estrangeiros.

Observou-se que a conexão com os mercados internacionais incentivou as indústrias brasileiras

a seguirem a tendência mundial de modernização, com o intuito de igualar-se ou pelo menos

amenizar a diferença em relações ao mercado, qualidade e competição. Esta melhoria foi vista

como ponto positivo para a indústria têxtil brasileira, pois além do progresso tecnológico

iminente, que está inteiramente relacionado ao crescimento do país como um todo, gerou-se um

contexto adequado para o surgimento de inúmeras MPE’s, e o póstumo fortalecimento desta

área tendendo não somente atender ao mercado interno, como também colaborar para que as

exportações apresentem maior expressão a nível internacional (ARRUDA; SANABIO, 2013).

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2.2 AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS

De acordo com Costa (2007), a observação do período após a década de setenta

apresenta um verdadeiro acordar com relação aos estudos das atividades de agrupamentos de

pequenos e médios empreendimentos, as quais ganharam destaque em função da crise do

paradigma fordista-keynesiano e promoção do método de produção flexível. Marshall (1985)

destaca a importância dos agrupamentos industriais produtivos, chamados de “distritos

industriais”, para o crescimento das pequenas empresas por estarem limitadas na manufatura

de produtos específicos e geograficamente próximas, exibindo economias externas e

diminuição nos custos de transação (ZDEBSKI, 2011).

Em seu estudo sobre os distritos industriais na Inglaterra Marshall (1985) denominou as

externalidades como retornos crescentes de escala, que são externos à corporação, mas internos

ao sistema local. Desta forma, o agrupamento de produtores especializados é consegue atrair

outros empreendimentos que operam na mesma indústria ou de setores correspondentes e de

apoio, gerando ganhos de escala. Conforme Suzigan et. al. (2006), as economias externas

assinaladas por Marshall podem ser incidentais, derivadas da existência de um vasto

contingente de mão de obra especializada e com aptidões específicas ao sistema local,

existência de um grupo de fornecedores especializados de matéria-prima, componentes e

serviços, e, por último, uma grande disseminação das informações, habilidades e

conhecimentos, por meio de spillovers (transbordamentos locais), relativos ao ramo de

atividade dos produtores locais.

Já para Mendonça (2008), as externalidades marshallianas podem ser adquiridas por

meio de vantagens aglomerativas da escala territorial local, reservadas aos ganhos de

especialização-localização e oriundas de economias externas às empresas, mas internas ao

agrupamento produtivo, sendo alistadas com a forma de organização da produção. Conforme

Fonseca Netto (2002) as externalidades marshallianas estão listadas com: a disponibilidade de

mão de obra especializada local/regional, o acesso local/regional de fornecedores de bens de

capital e de matérias-primas, o fácil acesso a mercados (domésticos e internacionais), a oferta

no local/região de recursos naturais específicos, o acesso a economias de escala, a

disponibilidade de infraestrutura física apropriada a produção, ligação à jusante, à montante e

horizontais extensivos no método de produção, proveitos tecnológicos via spillovers

(transbordamentos de conhecimento) e fácil acesso à informação.

Borin (2006) aborda o fenômeno da Terceira Itália que conglomera microrregiões do

País e fez insurgir outro grupo teórico importante, que exibe estudos oriundos dos agrupamentos

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produtivos tradicionais em pequenas e médias empresas, das quais boa parte são de empresas

familiares, sendo reconhecida como uma versão dos distritos industriais marshallianos. Para

Camagni (1991), existe uma nova visão denominada de milieu inovador que delibera este como

sendo o local ou uma complexa rede de relacionamentos sociais em uma determinada área

geográfica, intensificando a aptidão inovativa local adotando um método de aprendizado

sinergético e coletivo.

A noção de milieu inovador observa as relações geradas entre os distintos agentes de

um agrupamento local, que proporcionam a geração de um ambiente inovador, estimadas não

apenas as relações econômicas, mas também as culturais, sociais e psicológicas, essenciais a

um agrupamento específico. Ao se inserir em um agrupamento produtivo, o empreendimento

de menor porte passa a ter chances de se associar a uma gama de contatos locais envolvendo

produtores, usuários, setores elaboradores de conhecimento como universidades e institutos de

pesquisa e desenvolvimento, além de departamentos produtores de bens e serviços da economia.

Esses setores elaboradores do conhecimento incitam o aprendizado e a inovação indispensável

para modificar as indústrias tradicionais (LEMOS, 2003; NADVI, 1995; NADVI; SCHMITZ,

1997; UNCTAD, 1998).

Vários estudos sobre inovação referenciam Joseph Schumpeter, que nos anos cinquenta

conferiu importância ao papel das alterações tecnológicas na configuração de mercados e

empreendimentos, além de prover à inovação uma posição de destaque na teoria do

desenvolvimento econômico. Seus ensinamentos não entusiasmaram decisivamente o

pensamento dominador de sua época, sendo retomado por meio da linha evolucionista ou neo-

shumpeteriana (TIGRE, 1998).

O agrupamento admite o desenvolvimento de interdependências não comercializáveis,

na configuração de difusão de conhecimento tácito, sem codificação e intencional. As

externalidades schumpeterianas estão conexas com a concepção de um ambiente inovativo,

formado por: alta demanda de material humano envolvido em atividades de design e inovação,

alto grau de qualificação da mão de obra, periódicas trocas de informação pessoal entre

fornecedores e usuários, interação com universidades e centros de pesquisa, participação de

associações comerciais e de classe voltadas à qualificação da força de trabalho, habilitação

tecnológica dos empreendimentos, amparo de rotina às atividades técnicas e produtivas,

financeiras e comerciais, intensa cooperação entre empreendimentos competidores

(MENDONÇA, 2008; ALBUQUERQUE; NÓBREGA, 2013).

Tentando diminuir os custos de transação e distribuir as atividades humanas, as

sociedades criam instituições, compostas de um conjugado de regras formais e informais que

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para Bueno (2004), participam da matriz institucional das sociedades, onde a dinâmica sempre

será path dependency. A teoria institucional procurou debater a dependência como um conceito

essencial na configuração das redes, porém, a dependência é de recursos de legitimação e não

de recursos materiais. Assim, os empreendimentos procuram ganhar legitimidade no período

de estruturar-se em redes (BALESTRIN; VERSCHOORE, 2008).

Esses estudos enfocam as estruturas institucionais pelas quais as relações inter

organizacionais são principiadas, tratadas, esboçadas, coordenadas, monitoradas, ajustadas e

finalizadas. O ingresso a um ambiente institucional fortalecido e favorável pode contribuir para

a sobrevivência e o desenvolvimento dos agrupamentos produtivos, podendo ocorrer: a partir

da concepção de instituições que beneficiam a interação entre empreendimentos, diminuindo a

assimetria de informação e, por conseguinte, os custos de transação; por meio do uso de

aspectos culturais, encurtando os laços de confiança; enfocando o intercâmbio social,

identidade e alvos comuns, a geração de instituições políticas e sociais de apoio, incitando o

desenvolvimento de atividades de sociedade e decompondo as redes em sistemas mais extensos

de inovação e de produção, em um nível local, regional e até mesmo nacional; a diminuição

dos custos pertinentes à informação e à comunicação, reduzindo riscos relacionados à

introdução de novos produtos e restringindo o tempo da inovação, por meio das relações

estabelecidas entre usuários e produtores; por fim, o incremento de políticas para aproximar os

arranjos produtivos às instituições de ensino, pesquisa e setores econômicos, admitindo

oportunidades de aprendizado por interação.

Por último, é relevante salientar que as diferentes abordagens teóricas não necessitam

ser vistas como excludentes, mas sim como integrantes, com o objetivo de realizar uma leitura

mais ampla da complexidade do conceito de agrupamentos produtivos (STORPER, 1995;

PIORE; SABEL, 1984; BEST, 1990; MORGAN; SAYER, 1988; STORPER; SCOTT, 1993;

LUNDVAL, 1988; TIGRE, 2006, MAILLAT; KELBIR, 1999, CASSIOLATO; LASTRES;

MACIEL, 2003).

2.3 ESTRATÉGIA E COMPETITIVIDADE EM AGRUPAMENTOS PRODUTIVOS

Conforme destaca Soares (1999), a usabilidade da palavra estratégia em nível

empresarial pode ser deparada após a Segunda Guerra Mundial, quando a atmosfera dos

empreendimentos passou a ser instável, evidenciando que não era possível que todas os

empreendimentos apresentassem um crescimento indefinido, em um mercado cujos alcances

passaram a ser móveis. A essência da estratégia no universo dos empreendimentos consiste em

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afrontar a concorrência. A estratégia representa nesse sentido a preferência de um caminho de

ação, uma vez delineados os objetivos, para que as organizações possam aproveitar

adequadamente os recursos físicos, humanos e financeiros, tendo como foco o seu crescimento,

sua sobrevivência, manutenção e ampliação no mercado.

Ansoff e McDonnell (1993) conceituam estratégia como as normas e diretrizes para a

decisão, que guiam o processo de desenvolvimento de um empreendimento. As determinações

estratégicas são aquelas que admitem as empresas se ampliarem e perseguirem seus objetivos

da melhor maneira aceitável, considerando-se suas afinidades com o ambiente em que se insere.

Porter (1991) retrata que estratégia competitiva pode ser entendido como a procura de uma

posição competitiva adequada em uma indústria, o ambiente real onde ocorre a competição. A

estratégia competitiva procura estabelecer uma posição sustentável e lucrativa perante as forças

que determinam essa competição nas indústrias. De acordo ainda com o autor, estratégia pode

ser compreendido como criar uma posição específica e valiosa, abrangendo distintos grupos de

atividades. A estratégia está voltada para criação de objetivos de longo prazo e os meios para

obtê-los que comprometem o sistema como um todo. Este significado diferencia a estratégia

como o ambiente que une os objetivos em longo prazo, às ações e metas, adentro de um processo

sistêmico, que abrange toda o empreendimento, situando por sua vez, um elo com os recursos

indispensáveis para sua efetiva prática.

Nóbrega (2013) cita que uma estratégia pode replicar a ações que analisa ser essenciais,

e que necessitam ser compreendidas no começo da criação de quaisquer serviços ou negócios.

Mintzberg (2004) apresenta mais uma definição do termo estratégia, apresentada aos negócios,

compreendida no universo acadêmico como os "5 P's”, por meio de cinco definições de

estratégia, onde destes temos o plano que representa o direcionamento a ser seguido, o padrão

que compreende a consistência comportamental ao longo do tempo, a posição que delibera

sobre determinados produtos em determinados mercados, a perspectiva que é a forma como

organização faz as coisas e o pretexto que compreende manobras específicas para desajustar o

concorrente.

Os pontos de vista sistematizados por Mintzberg (2004) podem ser integrantes umas das

outras, consoante à circunstância em análise, não sendo conflitantes entre si. Normalmente

emprega-se em simultâneo, determinadas perspectivas avaliadas quando se define um conceito

de estratégia. Vale salientar que a estratégia abrange toda o empreendimento, buscando definir

o comando e orientando à empresa competitivamente. Seguindo o estudo da estratégia como

plano padrão, Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2010), relatou que os escopos plenamente

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realizados podem ser denominados de estratégias deliberadas e os não realizados de estratégias

irrealizadas.

Estratégia emergente aparece quando um padrão realizado não era ambicionado e foram

adotadas providências que convergiram com o tempo para determinado tipo de consistência ou

padrão. Nenhuma ou poucas estratégias são genuinamente deliberadas ou emergentes. Entende-

se a primeira como aprendizado zero e a segunda remete a controle zero. Uma representação

do processo de preparação de uma estratégia é a geração artesanal, pois a arte demanda as

qualidades habituais de desenvoltura, dedicação e perfeição, que despontam-se no domínio dos

detalhes (MINTZBERG, 1998; ALBUQUERQUE, 2013).

Zaccarelli et. al. (2008) asseguram que o conjunto de empreendimentos de um

agrupamento forma um sistema, que pode ser compreendido como uma entidade supra

empresarial, e que ainda essa entidade possa ser analisada como um abstraimento, ela oferece

comportamento com características específicas, que não existem nos empreendimentos

isoladamente. Esses autores definem entidade supra empresarial como um sistema estabelecido

pelo relacionamento entre um conjugado de negócios ligados a um produto, categoria, linha ou

mercado, que ofertam efeitos sistêmicos de ampliação da capacidade competidora do sistema e

de seus elementos em relação aos empreendimentos situados externos a ele.

Partindo de uma visão sistêmica de análise, conforme Cassiollato e Lastres (2003), a

competitividade dos empreendimentos não estar amarrado apenas a sua conduta individual, mas

sim a variações macroeconômicas, sociais e de infraestrutura, político-institucionais e

reguladoras em planos locais, nacionais e internacionais. Essa compreensão segundo os autores,

supõe que o bom emprego das sinergias coletivas provocadas pelas interações entre

empreendimentos destes com os demais indivíduos do ambiente onde se localizam, abrangendo

cooperação e métodos de aprendizado e inovação interativos, podem ser determinantes da

competitividade desses agrupamentos produtivos. Tal abordagem vem sendo constantemente

adotada em políticas dirigidas para aumento da competitividade de países e regiões

(ALBUQUERQUE; NÓBREGA, 2013).

Uma crescente importância tem sido conferida nos últimos anos à estabilização de

sistemas produtivos como fator de desenvolvimento à competitividade dos empreendimentos,

além, de determinados estudos despontarem que a participação de pequenas empresas nesses

sistemas permite o acesso a soluções e competências especializadas disponibilizadas em escala

local, o que admite o aprofundamento de métodos de aprendizado e favorece uma inserção mais

eficaz aos empreendimentos, numa competição que se intensifica e se torna mais globalizada.

Novas classes competitivas, impõem desafios característicos à sobrevivência de pequenos

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empreendimentos, normalmente mais vulneráveis no que se refere a canais de suprimento,

negociação e financiamento (BORIN, 2006).

Existem evidências de que a inserção de pequenos empreendimentos em sistemas

produtivos reforça suas probabilidades de crescimento e sobrevivência, na medida em que

beneficia a capacitação tecnológica e produtiva desses empreendimentos, ampliando suas

possibilidades aos canais. As benfeitorias que um agrupamento produtivo pode propiciar são

diversos, como, por exemplo, a entrada facilitada à matéria-prima e à mão de obra

individualizada, a economias de escala, a ampliação de barreiras aos novos entrantes, a

diminuição dos custos de transação, à minimização de custos em pesquisas, ao aumento do

desenvolvimento local, entre outros (LASTRES; CASSIOLATO, 2005; FERREIRA JUNIOR;

TEIXEIRA, 2007; ANDRIGHI; HOFFMAMM, 2008).

Entre os vários benefícios que podem ser identificados, os que preponderam na literatura

sobre os benefícios da proximidade geográfica referem-se à propagação da informação, à

permuta do conhecimento e ao aprendizado organizacional (BALESTRIN; FAYARD, 2003;

HOFFMANN, MOLINA-MORALES; MARTINEZ-FERNANDEZ, 2004). Segundo Garcia,

Motta e Amato Neto (2004), as vantagens competitivas dos empreendimentos em agrupamentos

industriais podem ser de duas naturezas: as economias externas puras, de estilo incidental, e as

ações conjuntas que são instituídas pelos agentes econômicos. Para esses autores, as economias

externas são derivadas do extenso processo de separação do trabalho deparado nos sistemas

locais de produção e da especialização dos fabricantes, o que origina a manutenção de

interações entre os indivíduos econômicos de maneira mais frequente, e, altera, por meio da

integração, ao desenvolvimento de um método local de aprendizado. Os benefícios são

adequados pelo grupo dos produtores, mesmo que de forma assimétrica, conforme a capacidade

de administração da cadeia local e global de produção.

Conforme Schmitz (1997), a concentração dos empreendimentos em agrupamentos

industriais é capaz de acomodar um maior escopo para o estabelecimento de atuações conjuntas

deliberadas, que são frutos de construções sociais específicas dos agentes locais e se

decompõem em importantes ganhos de competitividade para os empreendimentos. Amato Neto

(2000) lembra que a cooperação interempresarial pode viabilizar o acolhimento de uma cadeia

de necessidades dos empreendimentos que seriam de difícil satisfação se as organizações

operassem isoladamente.

Empresas e instituições locais podem reforçar sua capacidade competidora por meio de

ações conjuntas deliberadas, tais como a criação de cursos de capacitação gerencial e formação

de mão de obra profissional especializada, aquisição de matérias primas, geração de consórcios

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de exportação, captação de serviços especializados, criação de cooperativas de crédito, centros

tecnológicos de uso coletivo entre outros. A junção das economias externas fortuitas com as

adquiridas por ações conjuntas deliberadas deriva na chamada “eficiência coletiva”,

fundamental determinante da capacidade competitiva dos empreendimentos locais (SCHMITZ;

NADVI, 1999).

Costa (2007) retrata que o desenvolvimento de um arranjo produtivo não é algo simples.

As questões implementadas devem combinar com as especificidades locais e estarem política

e socialmente respaldadas, tanto na esfera interna quanto externa. O autor ressalta determinadas

ações a serem implementadas nos agrupamentos produtivos, com vistas ao seu incremento,

como: agrupamento dos empreendimentos em cooperativas e associações de maneira que as

compras efetivadas aos fornecedores possam ser conjunta, estrutura de armazenamento central,

aproveitar e reciclar resíduos, adquirir racionalmente os recursos naturais, atos de

responsabilidade social, realinhar as linhas de produção, utilizar coletivamente os

equipamentos, criar novos equipamentos, oferecer capacitação técnica, divulgar os produtos

dos aglomerados e as atividades dos empreendimentos, padronizar os produtos e as embalagens,

preparar estudos de mercados, organizar banco de potenciais clientes.

2.4 TIPOS DE ARRANJOS PRODUTIVOS

Serão discutidos neste tópico os distintos tipos de arranjos produtivos, observando uma

abordagem ampla instituída pelas cadeias produtivas. Tem-se então como compreensão sobre

arranjos produtivos os conjuntos de empresas de diferentes tipos que proporcionam relações

comerciais e físicas (permuta de bens e informações) entre elas, formando partes do processo

de alteração de matérias-primas em produtos acabados propostos aos mercados consumidores

(HANSEN, 2004).

2.4.1 O Enfoque da Filière em Arranjos Produtivos

A origem da análise da Filière inicia-se ao fim da década de sessenta. Determinadas

razões conduziram ao desenvolvimento deste enfoque de meso-análise econômica dos arranjos

de organizações industriais e comerciais, tentando compreender melhor sistemas e estruturas

econômicas, admitindo a formulação de teorias comportamentais sobre as mesmas, a partir do

anseio dos poderes públicos em definir intervenções estruturantes e eficazes ligadas ao

comércio internacional (DE BANDT, 1991).

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Para Batalha (1997) o enfoque da Filière não expõe uma definição única e específica,

possuindo diversos enfoques de acordo com o desígnio específico de análise. São adotadas

neste sentido como interpretações da Filière: uma sucessão de intervenções de transformação

sobre produtos e bens, separáveis e dissociáveis, onde são ligadas entre si por ligações

tecnológicos; um conjunto de inclusões comerciais e financeiras, que adequam as trocas que se

constatam entre os contínuos estágios do processo de transformação; um conjunto de ações

econômicas fundamentadas em um conjunto de estratégias organizacionais para valorização

dos ambientes de produção.

Ainda tratando da estruturação da Filière a ser analisada, Batalha (1997) recomenda o

método de jusante à montante, que parte do fim para o início. Partindo das condicionantes

estabelecidas pelo mercado consumidor final, fundamental indutor do comportamento do

subsistema, para erguer a noção da Filière a partir de um determinado serviço ou produto final,

até alcançar o primeiro elo da cadeia de empresas integrantes, etapa por etapa. Um outro

aspecto a tratar deste modelo de arranjo empresarial reverência os diversos mercados

intermediários que podem ser deparados no interior da cadeia, além do mercado consumidor

final da cadeia.

Analisando-se a amplitude do enfoque anterior, dois temas salientam-se no conceito da

Filière (KLIEMANN, 1985). O primeiro diz respeito aos contornos do espaço de análise a ser

observado, os dependerão do objetivo de quem administra a análise e, que poderão ser

modificados ao longo do tempo em decorrência dos fatores de influência sobre a cadeia,

conhecidos como fatores econômico-financeiros, políticos, tecnológicos, socioculturais e

jurídicos ou legais. O segundo está relacionado ao grau de detalhamento almejado. Constata-

se a possibilidade de gerir análises destes tipos de arranjos produtivos sob uma abordagem mais

dinâmica ou mais estática. No caso da abordagem dita dinâmica, procura-se verificar as

intercâmbios entre empresas da cadeia e seu ambiente ao longo do tempo. Já na abordagem de

caráter mais estático, a análise pode ser empregada para retratar, em um apontado período de

tempo, os encadeamentos econômicos e técnicos vigentes no segmento em análise.

De acordo com o enfoque da Filière a análise de arranjos produtivos proporciona a

identificação de questões expressivas para a melhoria de desempenho e de sua competitividade,

a partir da assimilação dos chamados “nós”, onde estes se constituem nos pontos chaves onde

são instituídas as políticas de toda a cadeia. Tem-se ainda os chamados estrangulamentos, ou

fraquezas da cadeia, conhecidos como os elos que afetam o desempenho da cadeia como um

todo por suas características específicas, do mesmo modo existem os pontos fortes.

Considerando a questão estratégica, constata-se que a análise de arranjos produtivos, na visão

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do enfoque da Filière, admite abordagens diferentes, entre as quais: análise técnico-econômica

de sistemas econômicos e análise de cadeia produtiva como apoio à descrição; análise de cadeia

produtiva como base à construção de políticas privadas e públicas; análise da cadeia produtiva

como base à julgamento das estratégias empresariais e de inovações na esfera tecnológica

(PIRES, 2001; HANSEN, 2004).

2.4.2 As Cadeias Globais de Valor em Arranjos Produtivos

As alterações proporcionadas pela globalização vivenciadas pela economia mundial ao

longo dos anos, abarcando a expansão e o investimento das organizações transnacionais e a

internacionalização dos mercados comerciais dentre outros aspectos, solidificou a estruturação

de arranjos empresariais chamados cadeias globais de valor (GEREFFI, 2001).

Mesmo distinguindo-se em termos de organização global dos arranjos produtivos,

especialmente, em cadeias coordenadas pelos produtores e em cadeias coordenadas pelos

consumidores, estes padrões de arranjos organizam-se a partir de uma série de intervenções

sequenciais de transformação do processo produtivo efetivadas por diferentes empresas em

distintos países, surgindo desta forma a sua característica global, desde a aquisição da matéria-

prima até o abastecimento do produto acabado ao consumidor final. O julgamento de tais tipos

de arranjos é considerado básico para ajuizar as relações econômicas internacionais e

comerciais, as tecnologias e estratégias empregadas, a identificação dos “gargalos” na produção

e os processos de gestão e coordenação das ações econômicas (GEREFFI, 2000; HANSEN,

2004).

Partindo deste julgamento, Hansen (2004) identifica uma semelhança existente entre o

enfoque da Filière e o de cadeias globais de valor. Kaplinsky e Morris (2000) aludem que

enquanto a proposta da Filière iniciou-se com uma análise de cadeias de agronegócios ficando

mais limitada as fronteiras de uma nação na ocasião a França, o enfoque de cadeias globais de

valor abrange produtos industrializados de maior tecnologia de diversos segmentos por meio

de arranjos distribuídos em diversos países e regiões do planeta. Observa-se, no entanto, que a

essência do elemento de análise é o parecido em ambos os casos. Com isso, tem-se que o

enfoque de cadeias produtivas proposto acima, poderá ser aplicado aos dois tipos de arranjos

acima analisados, pela clara tendência dos objetos de análise (HANSEN, 2004).

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2.4.3 Os Clusters Empresariais em Arranjos Produtivos

Um outro enfoque tratado por Porter (1999) sobre arranjos produtivos é o cluster, onde

este abrange arranjos geográficos de empresas de algum setor de atividades e outras

organizações correlatas. Diferente dos enfoques anteriores, os clusters são característicos de

determinadas regiões e segmentos não genéricos, como pode ser identificado em Hollywood e

no Vale do Silício, os dois na Califórnia, EUA. No entanto, estes abarcam tanto características

de competição como de cooperação.

Esta modalidade de arranjos se desenvolvem em direção aos clientes e vias de

distribuição e aproximam para si empreendimentos fabricantes de produtos complementares e

serviços afins. Os clusters oferecem alguns atributos que os estimulam, como maior acesso à

fornecedores, acesso a especializados sistemas de informações, acesso paralelo à instituições e

bens públicos, a excitação à inovação pela competição vivente e o avanço da motivação e da

avaliação de atuação das empresas participantes (HANSEN, 2004; PORTER, 1999).

A estimação dos clusters habita no fato de que a competição moderna estar amarrado ao

alto grau da produtividade e não do acesso a insumos ou da reserva de escala de empresas

isoladas, sendo esta produtividade condicionada ao grau de sofisticação da gestão das

instituições, à qual é intensamente influenciada pelas condições da atmosfera empresarial local

ligadas aos diferentes clusters. Desta forma, os clusters afetam o modo das organizações

competirem de três principais maneiras (PORTER, 1999): acrescendo a produtividade dos

empreendimentos sediados na região; sugerindo a direção e o compasso da inovação que

alimentam a produtividade futura; instigando a formação de novos empreendimentos, o que

robustece o desempenho do próprio cluster.

Organizações integrantes de um cluster podem conseguir avanços em sua produtividade

devido aos fatores antes listados. As oportunidades para a inovação são mais aparentes,

ocorrendo mais rapidamente a sua implementação por meio da proximidade de fornecedores e

parceiros (PORTER, 1999). Contudo, a abordagem deste enfoque possibilita sua análise de

acordo com distintas dimensões, onde estas questões relacionadas evidenciam algumas

propriedades importantes de um cluster, evidenciando sua importância, sobretudo regional e,

em menor escala nacional de arranjos produtivos (FERSTENSEIFER, 1995).

Para Schmitz (1995), cluster é um agrupamento geográfico e setorial de

empreendimentos que não implica essencialmente a especialização e cooperação entre firmas.

Para o mesmo autor, assim que um cluster gera formas de colaboração que levam à

intensificação da produção e da sua aptidão inovativa, um distrito industrial será instituído.

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Lastres e Cassiolato (2005) mencionam que cluster se refere à agrupamento territorial de

empresas, com particularidades similares, destacando, em algumas percepções, mais o aspecto

da competição do que o da cooperação.

2.4.4 Redes Flexíveis de Pequenas Empresas em Arranjos Produtivos

Outra enfoque acerca das modificações nas relações inter empresariais, está vinculada

à visão de redes flexíveis de pequenas empresas produtivas, tratado por Casarotto Filho e Pires

(1998). Este enfoque de arranjos produtivos de pequenas empresas, funda-se nas variações no

cenário competitivo global que dificultaram as condições de sobrevivência das pequenas e

médias empresas, obrigando as mesmas a formarem alianças com vistas a acessarem soluções

tecnológicas necessárias à sua manutenção e sobrevivência nos mercados contemporâneos.

Com a prática da análise estratégica, as alternativas básicas para as pequenas e médias

empresas seriam formadas pela sua inclusão em uma rede topdown, na categoria de

fornecedoras de uma grande companhia, ou integrar redes flexíveis de empresas de porte

parecido com o seu (HANSEN, 2004). Constata-se, por outro fluxo, que a existência das redes

flexíveis é mais corriqueiro em países ditos desenvolvidos. A alusão à flexibilidade prende-se

a ocorrência das redes assim constituídas serem formadas por pequenos empreendimentos mais

flexíveis e ágeis que as grandes companhias nas funções produtivas (CASAROTTO FILHO;

PIRES, 1998).

Constata-se nesse enfoque distintos tipos de consórcios e acordos firmados entre os

empreendimentos participantes. Os principais grupos de consórcios são representados segundo

Casarotto Filho e Pires (1998) por: Consórcio Setorial – empresas complementares e

competidoras firmam um acordo que consente o ganho de competitividade dos integrantes pela

propagação de informações e complementaridade produtiva; Consórcio Territorial – aglomera

empreendimentos de todos os segmentos e atividades de uma região, ocupando-se da promoção

do conjunto desses empreendimentos e das atividades informativas; Consórcio Específico –

reduz sua atuação às atividades específicas para alcançar um objetivo determinado.

Uma das propriedades essenciais destes consórcios formados pelas empresas que

compõem a rede, é o estabelecimento de um acordo entre os participantes sobre a configuração

operacional mirando o atingimento de objetivos comuns, assim como, a composição de uma

entidade pelos consorciados proposta a conseguir aquelas atividades que os mesmos não

poderiam satisfazer isoladamente. Alguns tipos de serviços comuns prestados aos

empreendimentos integrantes das redes pelos consórcios são os sistemas informatizados, o

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desenvolvimento de inovação tecnológica, o suporte financeiro, o controle de qualidade, a

promoção e venda territorial ou regional e a aquisição de investimentos externos. Analisa-se

que a convergência central é a de que as atividades primárias, as voltadas inteiramente à

produção do produto ou bem, sejam conseguidas pelas organizações integrantes da rede

(HANSEN, 2004; CASAROTTO FILHO; PIRES, 1998).

As rede topdown apresentam um formato de uma rede de empreendimentos liderados

por uma grande empresa (mãe) que apresenta um conglomerado de empreendimentos menores

como seus fornecedores diretos e indiretos. A rede flexível é constituída por um consórcio de

pequenos e médios empreendimentos onde cada um atua em determinado estágio do processo

produtivo, estabelecendo sua especialização, colaborando para a produção de um bem que

abona a sustentabilidade da cadeia como um todo no mercado em que atua. Com relação às

variáveis que incidem na caracterização de um consórcio que compõe uma rede flexível,

algumas questões podem ser evidenciadas, como sejam as complicações gerenciais, a cultura

empresarial, os níveis de colaboração interempresariais, a força produtiva total, o grau de

especialização dos empreendimentos, o nível de qualidade dos serviços oferecidos, as

necessidades de aportes financeiros, dentre outros (HANSEN, 2004; CASAROTTO FILHO;

PIRES, 1998).

Balestrin e Verschoore (2008) destacam que o conceito de organizações na forma de

rede de cooperação aglomera empreendimentos com comuns objetivos, fortemente inter-

relacionados, estando organizado para desenvolver e manter ganhos em coletividade, sem que

cada integrante da rede perca sua autonomia de gestão. De acordo com Balestrin e Fayard

(2003), há três fatores que corroboram o sucesso das redes e pequenas empresas: as economias

de escala por meio das redes, a condição de bem-estar social proporcionado pela ampliação da

eficiência coletiva de setores industriais regionais e a cooperação e a confiança que existem

com a competição. A viabilidade econômica das redes pode ser elucidada pelo foco na

economia dos custos de transação. De acordo com a Teoria dos Custos de Transação, o proveito

que o mercado abona em termos de economia de escala é reduzido pelos custos crescentes

provenientes de verificar, negociar, redigir e implementar o desempenho adequado das

cláusulas contratuais (custos de transação) (MENDONÇA, 2008).

Schmitz (1997) aponta que os custos de transação podem ser minimizados por meio da

eficiência coletiva adquirida pela colaboração horizontal. As externalidades transacionais que

são externas aos empreendimentos, porém internas ao agrupamento produtivo estão

relacionadas com: vivência de cooperação entre empreendimentos competidores fundamentada

em relações de confiança desenvolvidas, existência de potencialidade de cooperação para

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integrar recursos e aprendizagem, apresentação de eficiência coletiva que diminui os custos de

transação, comparecimento de confiança recíproca entre os integrantes, apresentação de

contratos mais flexíveis, presença e contatos entre empreendimentos formais e informais,

permutas frequentes de conhecimentos e informação entre os participantes locais de forma não

codificada, controle da gestão interna, e, por fim, contribuição da gestão interna de maneira a

facilitar o processo de compras, vendas e marketing em conjunto (LEMOS; SANTOS;

CROCCO, 2003).

2.4.5 Os Condomínios Industriais em Arranjos Produtivos

Conforme Salerno e Dias (1999) os condomínios industriais concebem novas

configurações produtivas exibidas pelo conjunto das plantas das montadoras de veículos

existentes no Brasil. Estes condomínios industriais, apresentam a construção de instalações de

fornecedores de primeiro nível próximo as plantas da montadora, e as vezes no mesmo terreno,

de onde partem as entregas de componentes ou partes no plano just-in-time ou just-in-time

sequenciado.

Os condomínios industriais são configurações onde alguns fornecedores, selecionados

pela montadora, situam suas instalações nos contornos da planta da montadora passando a

abastecer componentes ou subconjuntos completos, uma propriedade basilar do condomínio

industrial é a presença da montadora como gestora de todo o projeto. Logo, a montadora é cada

vez mais explicitamente a conselheira das estratégias de todos os empreendimentos a montante

e, por conseguinte, são as estratégias da montadora que determinam a configuração da rede

industrial da região onde a mesma se abriga. Condomínios industriais formam arranjos

produtivos específicos, seguindo no restante sua estrutura geral centralizada na organização

foco, neste caso as montadoras de veículos automotores (SALERMO; DIAS, 1999).

2.4.6 O Enfoque dos Arranjos Produtivos Locais (APL)

Para Motta (2002) os APL’s podem ser compreendidos como um agrupamento

geográfico de empresas integrantes de uma cadeia produtiva que obtém vantagens competitivas

que não seriam possíveis caso estes empreendimentos estivessem dispersos geograficamente.

A importância do enfoque dos APL’s habita no fato desta interpretação consentir a análise das

vantagens competitivas que estes conjuntos de arranjos podem obter frente a empreendimentos

geograficamente dispersos. Estes tipos de arranjos produtivos devem buscar o estimulo da

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gestão local ao invés da gestão exterior, representada por grandes companhias transnacionais,

como as cadeias globais de valor dirigidas por fabricantes ou compradores, referidos por Gereffi

(2000). Com isso os APL’s conseguem alavancar o desenvolvimento das empresas

participantes.

Como se pode averiguar a partir da interpretação de APL’s proposta por Motta (2002),

à similaridade entre estes tipos de arranjos e os clusters mencionados anteriormente é muito

grande. Desta forma, tem-se que os APL’s constituem casos específicos de clusters, situados

em uma determinada microrregião e com sua ação focada em determinado grupo de produtos e

serviços orientados ao mercado (HANSEN, 2004).

A denominação 'arranjo produtivo local' está conexa aos estudos sobre clusters e

distritos industriais. Para Pannicia (1998), clusters e distritos industriais são formatos da

organização produtiva cujas aparições apresentam caráter histórico, resultante de

entrelaçamento de atmosfera econômico, de meios culturais e de relacionamentos sociais

particulares, exibindo características associadas à história da região sob a qual se desenvolvem.

Ao se estudar ocorrências reais, averígua-se uma variedade de configurações, devido à presença

mais ou menos desenvolvida daquelas variáveis (COSTA; COSTA, 2007).

Conforme apontam Costa e Souto-Maior (2006), arranjos produtivos locais, clusters e

distritos industriais são designações parecidas e as distinções entre elas são originárias das suas

origens teóricas e abordagens sobre a análise do nível de relação entre os integrantes do

agrupamento e vertentes oriundos dele. Para Borin (2006), independente da nomenclatura o que

deve atrair a atenção são os meios estruturantes comuns para o incremento de um arranjo

produtivo. Ainda de acordo com o autor os vários trabalhos realizados em países como Brasil,

Itália, França, México, Estados Unidos, entre outros, para quaisquer que constituam as distintas

denominações utilizadas o nível de especialização ou a intensidade das cooperações

interinstitucionais, puseram em foco a relevância das estruturas sociais que condicionam as

ações econômicas, o importância da história e das tradições locais de colaboração, a autoridade

de instituições fundamentadas em regras, formais ou informais, em valores e em reproduções

que organizam a sociedade humana de trabalho (MATOS; STALLIVIERI; BRITT, 2014).

A expressão arranjo produtivo local (APL) é empregada para representar uma

configuração de organização industrial onde a estrutura é constituída por um agrupamento de

empresas, de um costume geral de médio e pequeno porte, situadas territorialmente e

relacionadas entre si, existindo pouca presença de barreiras à inserção de capital, de

aprendizado técnico ou de outra natureza qualquer, apresentando um produto representativo,

em volta do qual se desenvolvem ações subsidiárias a montante e a jusante, conter uma

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institucionalidade formada por associações empresariais, instituições fornecedoras de serviços

reais, sindicatos, governança local, encontrando ainda normas, valores e cultura que

identificam especificamente o local (COSTA; COSTA, 2007).

De acordo com Cassiolato, Lastres e Maciel (2003) a sigla APL é originalmente

brasileiro, seguido inclusive em periódicos oficiais do governo federal, como estratégia

essencial dentro das políticas de desenvolvimento, tendo sua identificação e prática derivada

das bases teóricas de distritos industriais. Os autores retratam ainda que a formação de arranjos

e sistemas produtivos locais encontra-se comumente relacionados a movimentos históricos de

constituição de identidades e de criação de vínculos territoriais (regionais e locais), partindo de

uma alicerce social, cultural, político e econômica comum. A geração dos arranjos é beneficiado

em ambientes propícios ao intercâmbio, à cooperação e à confiança entre os integrantes

(MATOS; STALLIVIERI; BRITT, 2014).

A interpretação sobre APL’s refere-se ao agrupamento de empreendimentos, que

reunidos geograficamente, especializam-se na produção ou na ampliação de um determinado

produto, seja este primário, secundário ou terciário (BARBOSA, 2004). Já para Sampaio e

Mundim (2004) o APL é composto por uma micro rede básica que tem como papel incubar

outras micro redes, compondo, portanto, conexões produtivas para frente e para trás. Segundo

Tavares, Antoniallil e Santos (2010) é provável identificar alguns elementos convergentes entre

as diversas definições. Os agrupamentos produtivos são comumente definidos a partir de quatro

elementos básicos: agrupamento espacial de empreendimentos que exercem atividades

semelhantes e complementares, agrupamento de instituições locais públicas e/ou privadas que

colaboram com as empresas locais, participação de vínculos Inter organizacionais verticais e

horizontais e consentimento amplo em torno de regras gerais de conduta abalizados por

vínculos sociais e culturais.

Considerando que os APL’s podem proporcionar caracterizações significativas, em

virtude da sua competência dinâmica, Mytelka e Farinelli (2000) decompõem os APL’s em

informais, inovativos e organizados. Os APL’s informais normalmente são compostos por um

grande número de pequenos empreendimentos, com nível baixo de tecnologia, cujos gestores

têm pouca ou nenhuma habilidade e formação gerencial, ajustando, por um lado, uma dinâmica

definida na geração de emprego e, por outro lado, atrapalhando o processo de cooperações

interempresariais. Os APL’s inovativos são fundamentados em áreas nas quais a capacidade

inovativa é a grande saída de seu desempenho, assinalado por alta capacidade gerencial e

adaptativa, treinamento e nível de mão de obra acima da média, conexão estreita ao mercado

externo, além de um alto nível de confiança e cooperação entre os integrantes. Os autores tratam

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ainda sobre os APL’s organizados que são constituídos, normalmente, por pequenos e médios

empreendimentos, onde a competência tecnológica encontra-se em ampliação, a mão de obra

ganha treinamento constante e a competência gerencial tende a se abranger com o passar do

tempo, tendo como sua fundamental característica a capacidade de coordenação entre as

empresas. APL’s informais e os organizados predominam em países periféricos, os APL’s

inovativos são os mais encontrados nos países centrais (MATOS; STALLIVIERI; BRITT,

2014; MYTELKA; FARINELLI, 2000).

O valor de um cluster ou APL está em viabilizar atos que consintam enfrentar e instituir

alternativas para os empreendimentos em face da competição desenfreada que a globalização

do mercado atribuiu aos vários setores da economia. Esses atos levam a ampliação da

produtividade, pois permitem, por meio da conexão de empresas, a obtenção de matéria-prima,

mão de obra, maquinários modernos, tecnologia da informação, serviços e produtos mais

qualitativos e até inovadores (TRISTÃO, 2000).

2.5 COMPETITIVIDADE NAS EMPRESAS E GESTÃO DA CADEIA DE

SUPRIMENTOS

A discussão sobre a Gestão da Cadeia de Suprimentos (GCS) para as MPE’s está

fortemente ligado às altercações entre as pequenas e grandes empresas. Comparando as MPE’s

com as grandes empresas, estas não diferem somente com relação ao seu porte mas também na

maneira como são gerenciadas, apresentando implicações sobre como essas organizações

gerenciam sua cadeia de suprimentos. Vários artigos realizam a distinção entre as MPE’s e as

grandes empresas com relação aos seus pontos fortes e fracos. Randall et al. (2011) ao

realizarem uma revisão da literatura sobre internacionalização das MPE’s destacam o forte

controle do proprietário ou do gerente nas MPE’s, além de destacarem que os recursos

gerenciais, financeiros, humanos, de controle, dentre outros são limitados. Ainda que apontem

que a limitação de recursos seja uma informação que está presente na maioria dos artigos, os

autores declaram que estes podem ser superados por meio de relacionamentos em rede.

Gopal e Thakkar (2012) apontam o papel do proprietário-gerente nas MPE’s, onde a

cultura organizacional é uma representação da atitude dos valores, das crenças e habilidades do

gestor. Grande parte dessas organizações não tem planos estratégicos escritos, somente um

mapa mental que encontra-se na cabeça do gestor na forma de como este gostaria que a sua

empresa estivesse em poucos anos. Por mais que a falta de um plano escrito possa derivar na

falta de estratégia, ele também proporciona flexibilidade para que a organização ajuste sua

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estratégia conforme as alterações no ambiente (MINTZBERG; AHLSTRAND; LAMPEL,

2010). Para Kumar e Nambirajan (2013) a vantagem competitiva das MPE’s encontra-se na

diferenciação, no serviço customizado ao cliente, ao oposto de fatores como preço e custo,

como acontece nas grandes corporações. Outras características como a dependência de poucos

clientes e o número restrito de concorrentes podem contribuir para o avanço dessas

organizações. Porter (2009) relata que a competição é uma das forças mais importantes da

sociedade para aperfeiçoar muitos campos do empreendimento humano, as empresas em todas

as esferas, necessitam competir para gerar valor.

Dangayach e Deshmukh (2001) fazem uma análise SWOT das MPE’s de manufatura.

A seguir são expostas algumas das conclusões a que eles chegaram: Pontos Fortes: as MPE’s

são dotadas de flexibilidade, estas empresas possuem custos de mudança mínimos, fazendo com

que estas absorvam com facilidade novas tecnologias, novos artifícios de produção, etc.; tem

um acelerado processo de tomada de decisão, pois contam com poucos níveis hierárquicos; os

gestores conseguem mais facilmente cooperação dos funcionários, pois mantém contato

diretamente com estes. Pontos Fracos: as MPE’s sofrem com a falta de conhecimento técnico

aprofundado, a falta de recursos impede que as MPE’s procurem melhorias em sua capacitação

tecnológica; falta de recursos financeiros, elas dependem de bancos para obter financiamento,

a falta de reconhecimento, boa imagem corporativa e de marca atrapalha a entrada dessas

organizações no mercado de capitais. Oportunidades: as MPE’s podem ser parceiros chave para

as grandes corporações; podendo participar de cadeias globais. A integração com grandes

instituições ou em cadeias globais podem ser realizadas pelo uso de tecnologias da informação,

os autores despedem que essas tecnologias podem proporcionar a troca eletrônica de

informações. Ameaças: as aquisições e fusões concretizadas pelas grandes organizações podem

afetar fortemente os negócios das MPE’s; políticas governamentais de abertura de mercado

podem ocasionar a ameaçar de sua existência.

Segundo estudo realizado pelo IBGE (2003), as MPE’s possuem os seguintes

predicados: altas taxas de natalidade e mortalidade, baixa intensidade de capital, alta presença

de donos, membros e sócios da família como mão de obra do negócio, em muitas ocasiões a

propriedade da organização e a propriedade privada da família se embaraçam em termos

contábeis, tomada de decisão centralizada, emprego de mão de obra não qualificada ou

semiqualificada, baixa aquisição em inovação tecnológica, maior dificuldade de ingresso ao

financiamento de capital de giro e relação de complementaridade e submissão com as grandes

empresas.

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Naini, Aliahmadi e Eskandari (2011) mencionam diversas características positivas ou

negativas associadas às MPE’s em comparação com as grandes organizações privadas, que são

destacadas na literatura. A respeito das MPE’s os autores relatam que estas não têm aptidão a

aquisição de recursos, capital de produção, entre outros; tem dificuldades de realizar uma

integração vertical verdadeira; são mais vulneráveis no alcance de ativos específicos da

atividade da organização, as MPE’s não conseguem desligar ou liquidar facilmente os ativos

para transformar sua produção de modo a atender as exigências da cadeia; têm custos elevados

de capital e de transação e são mais vulneráveis a custos de contratos, especialmente se estes

incorrem em investimentos fixos; normalmente não têm poder de barganha junto às grandes

organizações; têm reputação baixa no mercado, lidam com a falta de confiança, pois em grande

parte são empresas jovens.

Outro contraste entre as MPE’s e as grandes corporações é o foco no curto prazo e nas

reivindicações do mercado. Cigolini et al. (2014) afirmam que como as MPE’s comumente

sofrem com restrições de recursos financeiros, elas focalizam na maximização de chances de

vendas no curto prazo ao invés de elevar ao máximo o desempenho da cadeia de suprimentos

em um período mais alongado.

No que corresponde a logística, Ballou (2012) dizem que a existência de aliança

logística ocasiona oportunidade de melhora de atendimento ao cliente onde ao mesmo tempo,

reduz custos operacionais, de armazenagem e distribuição. Chen, Preston e Xia (2013) relatam

alguns fatores que podem dificultar a colaboração entre as empresas, sendo: falta de

informação, falta de recursos financeiros ou sua escassez, mão de obra pouco qualificada,

restrições de recursos como máquinas e equipamentos, falta de confiança, restrições de

capacidades das empresas, cultura organizacional, conflito de interesses entre corporações, falta

de visão holística do comércio, tecnologia atrasada e taxa de juros elevadas. Para Campos

(2012) elementos do serviço logístico podem ser decisivos para o nível de satisfação ao cliente.

Uma área respeitável que auxilia as corporações, independentemente de seu porte, é a

logística, um campo de estudo relativamente jovem, confrontando-se com campos tradicionais

como finanças, produção e marketing. A logística trata de todas as ações de movimentação,

informação e armazenagem, tendo como finalidade promover o fluxo do produto desde a

obtenção da matéria-prima até o ponto do consumo final (POZO, 2010). As ações logísticas

têm sido realizadas há muitos anos, onde esta é uma área fascinante e em plena expansão. Ofício

da logística é arranjar produtos ou serviços, no lugar certo, no momento certo e nas condições

desejadas, ao mesmo tempo aprovisionando a maior contribuição à organização (BALLOU,

2012).

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Gerenciar atividades organizacionais separadamente incide em riscos desnecessários

para a empresa, (GUARNIERI; HATAKEYAMA, 2010). Os autores expõem que isto se

justifica ao ponderar que a relação de todas as atividades logísticas e a consequente troca de

informações trata-se de um processo único, objetivando contentamento das necessidades do

cliente final. Pozo (2010) considera a logística satisfatória quando há relação total da

administração de materiais e a completa satisfação de clientes e acionistas na distribuição física

de produtos e serviços é atingida. A finalidade da partilha de informações é aperfeiçoar a

eficiência (BALLOU, 2006), porém um dado impreciso ou distorcido poderá trazer mais

problemas do que benfeitorias a uma organização (MOREIRA, 2011). Pozo (2010) completa

que para o alcance de sucesso no processo logístico, é importante ter um sistema de informação,

conseguindo rapidez na resposta ao consumidor. Ballou (2012) traz a importância em empregar

um computador para armazenagem das informações, tornando os processos em torno do

manuseio de informações mais estruturados.

Ballou (2006) relata que a qualidade da tecnologia não é seguida pela qualidade da

informação, podendo gerar inúmeros problemas operacionais, tais como: informações recebidas

incorretamente ou informações processadas incoerentes ao solicitado pelo cliente. Neste âmbito

surge a GCS, onde esta é uma disciplina emergente e em fase de consolidação segundo

MIGUEL e BRITO (2010), complementando Christopher (2013) retrata a GCS como a gestão

da cadeia do suprimento de forma completa onde matérias-primas, manufatura, montagem e

distribuição ao cliente final estão interligados.

O GCS é uma área que pode ser aplicada a qualquer organização. Porém, muitos fatores

podem tornar-se obstáculos para sua implementação, para Ballou (2006) uma barreira pode ser

qualquer fator que proceda tanto na otimização local das etapas da cadeia de suprimentos, como

no crescimento da distorção e variabilidade de informações na cadeia de suprimentos. O

objetivo básico das é gerar sinergia entre os membros da cadeia produtiva, atingindo

eficazmente o consumidor final por meio da redução de custos (POZO, 2010). Melhorar a

satisfação do comprador final (MIGUEL; BRITO, 2010), para isso faz-se necessário muita

cooperação entre as organizações participantes da cadeia (JABBOUR et al., 2010).

Para Pozo, Tachizawa e Souza (2011) o alvo da GCS é controlar o custo total, avanço

da qualidade, maximização da gama de serviços ao cliente, expandindo se possível os lucros.

A GCS visa parcerias estratégicas, com empenho de beneficiar toda a cadeia, juntando

processos de negócios, clientes e fornecedores e a interação de todas as atividades logísticas

sendo isto uma realidade do mundo organizacional (GUARNIERI; HATAKEYAMA, 2010).

Ainda que exista de forma moderada uma quantidade de literatura acercada implementação da

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GCS nas MPE’s. Katunzi (2011) traz que a GCS é um estudo ainda contemporâneo, e somente

agora que as organizações estão percebendo os benefícios e as barreiras que seguem a

implementação da GCS.

Integrar processos internos e externos das organizações está bem longe de ser

considerada uma tarefa fácil, entretanto quando uma empresa consegue gerenciar e trabalhar

efetivamente bem a GCS, estas conseguem objetivos como: aumento da fatia de mercado e

aumento de vendas, diminuição do nível de inventário, redução dos custos da GCS,

minimização dos tempos de entregas, flexibilidade no atendimento dos componentes solicitados

pelos clientes, maximização das previsões (KATUNZI, 2011). Para implementação da GCS

segundo Glenn Junior et al. (2010) os obstáculos são em muitas vezes complexos de serem

superadas, por motivos associados à aversão à mudança, algumas organizações evidenciam em

seus resultados que os facilitadores à interação têm maior impacto no desempenho do que as

barreiras, sobressaindo alguns facilitadores como: compartilhamento de conhecimentos,

comunicação, metas e objetivos comuns.

A modificação e o compartilhamento de informações entre as pessoas, ainda é

observado como ameaçador, pois muitos temem em perder o emprego (KATUNZI, 2011).

Glenn Junior et al. (2010) coloca que algumas barreiras necessitariam ser enfrentadas para o

sucesso da implementação da GCS, e inclui nesta lista, ausência de confiança, incapacidade de

entender a importância da cadeia de suprimentos, medo da relação por associar a perda de

controle, metas e objetivos desalinhados, dificuldades com sistema de comunicação e a

complexidade sobre a cadeia de suprimentos. Para reforçar Katunzi (2011) cita alguns itens

como eficazes para a integração da cadeia de suprimentos, sendo: colaboração, cooperação,

compartilhamento de informações, confiança, parceria e tecnologia compartilhada. As

distorções de informações e o problema de visualizar o conhecimento ao longo da cadeia é uma

dificuldade comum no processo de integração.

Esta ausência de informações na cadeia de suprimento surge de longo tempo. Katunzi

(2011) em seu artigo apresenta uma pesquisa de 2002 evidenciando esta dificuldade, neste

mesmo artigo ele apresenta que a falta de compartilhamento de conhecimento poderá causara

perda de clientes finais e custos mais elevados. A ausência de compartilhamento de

informações também poderá ocasionar em compras de materiais em quantidades maiores do

que as que serão empregadas, neste caso os espaços para armazenagem necessitarão ser

maiores, conforme Pozo (2010) as despesas com armazenagem e manuseio de produtos, podem

variar entre 10 a 40% das despesas logísticas de uma empresa.

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O conceito de GCS tem sido comumente confundido com o conceito de logística, porém

existe um entendimento entre os gestores das organizações que a GCS abrange um escopo maior

de ações e funções do que a logística. (TAVANA et al., 2013; BALLOU, 2006). Existe uma

obrigação crescente de reorganização dessas relações, onde vai acrescer o potencial de sucesso

das empresas que compreenderem a interdependência entre todos os membros da cadeia, ou

seja, o processo deve ser observado como um único sistema (TRACHT; NIESTEGGE;

SCHUH, 2013).

Alicerçado nos modelos de Bourlakis et al. (2013) e Agrell e Hatami-marbini (2013),

quando cada empresa observa apenas seus limites logísticos, geram-se limites desnecessários

entre as organizações, assim como um rompimento de fluxos de materiais e um concludente

aumento dos custos. A integração da logística externa pode efetuar uma composição dentro de

toda a cadeia de suprimentos, com a finalidade de remover tais limites entre os membros da

cadeia e para que tenha-se um compartilhamento de objetivos comuns entre as empresas chave

integrantes da cadeia. A colaboração é o ponto inicial da conexão de uma cadeia de

suprimentos, mas não pode ser considerada uma condição suficiente, e o potencial de

economias com uma organização na cadeia não deve ser ignorado quanto à permuta de fluxos

de materiais conjuntamente com conhecimentos e outros mecanismos que evitem ruptura entre

os fluxos ao longo da cadeia, por que tal proximidade resulta em melhor gerenciamento das

ações.

A atmosfera e a cultura organizacional potencializam a cooperação devido a uma

abertura de trocas de conhecimentos e políticas de relacionamento além dos alcances

organizacionais para se compartilhar um ambiente de fidelização na cadeia (SHEN et al., 2013).

A abertura do nível de cooperação para colaboração solicita maior confiança entre os membros

da cadeia para que estes planejem o seu futuro em conjunto, delineiem metas de desempenho,

partilhem intenções estratégicas e obtenham os benefícios de rapidez e flexibilidade no

atendimento aos clientes, que afeta o nível de serviço e qualidade dos produtos derivando em

maior percepção de um preço justo ofertado (BOURLAKIS et al., 2013; DISTELHORST;

HAINMUELLER; LOCKE, 2014; GREEN JR.; WHITTEN; INMAN, 2012).

Lambert (2010) relata que uma parceria bem gerida traz benefícios similares àqueles

interesses baseados em integração vertical, sem as dificuldades de controle de capital. Tavana

et al. (2013) explicam que a conexão dos parceiros sem ligação societária pode ser gerenciada

de diferentes maneiras e por isso não há uma obrigação de se praticar a mesma condição de

parceria entre todos os membros de uma cadeia, ainda que a parceria acaba por originar um

maior potencial de implicação em processos e funções cruzadas. A informação para a GCS é o

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combustível que mantém as práticas colaborativas, permitindo, de modo conjunto entre os

membros da cadeia, planejar, mensurar o comportamento da cadeia e aumentar o nível de

confiança entre os membros. Tal informação é realizada por meio de práticas tomadas com

suporte da tecnologia da informação, que é o veículo que possibilita agilidade dessa informação,

ajustamento e tempestividade em uma implantação bem sucedida.

A mensuração dos gastos permite o conhecimento sobre a lucratividade de produtos, de

frações de clientes e maior visão para transações com parceiros na cadeia de suprimentos,

promovendo o estabelecimento de parcerias mais equilibradas. A coordenação de diminuição

de custos entre organizações pode auxiliar a encontrar formas adicionais de reduzir custos

produtivos, aperfeiçoar a eficiência da cadeia e do serviço ao cliente, o que engrandece a

vantagem competitiva da cadeia, com troca de informações entre os membros da cadeia para

identificação de oportunidades de progressos de um ou mais segmentos em uma cadeia,

fortalecendo a relação de longo prazo. (YOUN et al., 2011; LONGINIDIS; GEORGIADIS,

2012).

O ambiente vivenciado atualmente pelas organizações exige a integração de toda cadeia

de suprimentos por meio de sua gestão, que compreende todo o fluxo de modificação do produto

(SANTOS; FORCELLINI, 2012). Wagner, Grosse-Ruyken e Erhun (2012) complementam

alegando que a GCS não deve apenas focalizar processos logísticos, mas sim todos os processos

de interesses relacionados aos requisitos dos clientes finais. AGCS pode ser considerada um

admirável modelo para alcançar vantagens competitivas, tendo como objetivo adicionar valor

na visão dos clientes e demais interessados da cadeia (MELO; ALCÂNTARA, 2011).

2.5.1 Gestão dos Processos na Cadeia de Suprimentos

Na década de 80 a 90 as empresas manufatureiras concentraram esforços na modificação

de gestão departamental para a gestão por processos. No final dos anos 90 apareceu um novo

paradigma segundo o qual os processos de negócios se tornaram os processos da cadeia de

suprimentos e não mais apenas os da organização. A modificação da gestão individual para o

gerenciamento das relações entre os membros da GCS visa a conexão dos processos de negócios

na cadeia de suprimentos, instituindo um sistema de valor (SANTOS; FORCELLINI, 2012).

Diante dessa precisão de integração, Tavana et al. (2013) lembra o modelo de Martins

(2011), que expõe três elementos: os processos de negócios, o gerenciamento dos elementos e

a composição da cadeia de suprimentos.

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2.5.2 Gestão do Relacionamento com os Clientes

Para Ballou (2006), atrelamento entre organizações ajuíza a diferença de poder entre

estas pois uma empresa tem mais ou menos poder, em relação às outras, à medida que domina

os recursos necessários às outras ou diminui sua própria dependência, por meio da autoridade

desses recursos. O poder desempenhado na cadeia de suprimentos sofre transformações ao

longo do tempo, passando este dos produtores para os varejistas, por conta do exercício de

preferência do consumidor, ou o inverso. Os produtores são afetadas por vários riscos de

desabastecimento e rupturas que podem incorrer de várias configurações a serem influenciadas

por diversos fatores. Esses fatores alternam desde uma instabilidade geopolítica em uma área

fornecedora até fatores mais localizados, como as greves nos produtores, contudo, o risco de

desabastecimento está relacionado ao poder exercido por um dos membros da cadeia e,

consequentemente, ao processo de gestão de relacionamento.

2.5.3 Gestão da Demanda na Cadeia de Suprimentos

A gestão da demanda incide em criar um fluxo coordenado da demanda entre os

participantes da cadeia de suprimentos e o cliente final, tendo como meta equilibrar a oferta

comparada à demanda e calcular os estoques de segurança imprescindíveis para o nível de

serviço predefinido (PEREIRA; MELO; ALCÂNTARA, 2010). A eficiência na gestão da

demanda é atingida diretamente pelo fluxo de informações, em que ocasionais interferências

podem causar uma redução do nível de serviço, acompanhante à queda do giro de estoque. O

andamento de informações é um dos elementos que influenciam a gestão da demanda. A

variabilidade dos estoques na cadeia de suprimentos, são frequentemente decorrentes dos

problemas de comunicação, é um dado conhecido como efeito chicote, que obedece às

distorções entre a demanda real e a prevista, que se proliferam à montante da cadeia de

suprimentos, derivado do incremento de garantias no nível de estoque (MELO; ALCÂNTARA,

2011).

Essa consequência resulta em variação da demanda, atrapalhando a gestão de estoques

e o controle e planejamento dos pedidos de compra ao longo da cadeia, interferindo

negativamente nos custos das empresas (TAZELAAR; SNIJDERS, 2012). Low e Chen (2012)

resumem o efeito chicote como o efeito provocado pela expectativa de demanda que não se

analisa na prática, o que deriva na ampliação da demanda no sentido contrário ao sentido do

consumo.

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2.5.4 Gestão do Estoque na Cadeia de Suprimentos

Um olhar estendido sobre a cadeia de suprimentos, que em algumas empresas equivale

ao aproveitamento de ciclo dos produtos e a GCS, consegue também o impacto pós-consumo

dos produtos, comprovadas pelas preocupações em diminuir a quantidade de estoque

(CARVALHO, 2011). A finalidade do gerenciamento de estoques é certificar-se que o produto

esteja disponível no tempo e nas quantidades esperadas. Uma das fundamentais preocupações

de uma empresa manufatureira na atualidade é a diminuição do inventário. Diante desse

panorama, o efeito chicote passa a ser uma questão importante a ser estudado, pois deriva

inteiramente em oscilação dos níveis de estoques, que tendem a se intensificar ao se distanciar

do ponto de consumo da cadeia (LOW; CHEN, 2012). Para a redução dos estoques sem a

diminuição do nível de serviço aos clientes, as organizações varejistas vêm utilizando o sistema

de estoque gerido pelo fornecedor (FOLLMANN; RODRIGUEZ, 2009).

2.6 MODELOS PARA ANÁLISE DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Os modelos para análise da cadeia de suprimentos estão entre os temas de maior

destaque nos dias atuais (BEAMON, 1999; CHAN; QI, 2003; MORGAN, 2004; SAAD e

PATEL, 2006; WONG; WONG, 2007). De tal maneira que, Santana (2004) adverte que o

ambiente organizacional demanda dos líderes constante adequação logística em suas

organizações. Dentre estas adequações, o desenvolvimento de uma análise adequada para suas

cadeias de suprimentos.

Almeida e Giacon (2001) ressalvam a importância dos indicadores na cadeia de

suprimentos sob o aspecto do melhoramento continuado, ou seja, a análise da cadeia possibilita

ao gestor uma checagem entre o desempenho corrente com o desempenho planejado. Barbosa

et al. (2007) advertem algumas vantagens ocasionadas pelo uso de indicadores de desempenho

na cadeia de suprimentos, estas podem ser: melhoramento da eficiência, diminuição de custos

e avanço da competitividade.

Já Chan e Qi (2003) alegam que a medição de desempenho pode promover a

comunicação e a integração entre os integrantes da cadeia, além de adequar um baseamento

para a avaliação da estratégia e subsídio na detecção de oportunidades. Designadamente sobre

a medição de desempenho em cadeias de suprimento, Almeida e Giacon (2001) sugerem um

modelo que admite o monitoramento das ações de melhoria praticadas por meio de: um enfoque

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analítico com o uso de algoritmo, que admite o cálculo do indicador de desempenho e um

enfoque gráfico que emprega o recurso visual, despedindo sobre as regiões de melhoria e as

regiões onde os saldos superaram as metas instituídas.

Da mesma forma que os modelos de análise da cadeia tradicionais focados em medidas

financeiras receberam críticas, os modelos de análise utilizados no contexto da cadeia de

suprimentos são seguidos de alguns problemas. Os modelos de análise de medição na cadeia de

suprimentos carecem de melhorias por quatro questões. A primeira questão está relacionada

com o foco excessivo que é dado aos aspectos de custos financeiros na medição do desempenho

das cadeias. A segunda questão está relacionada ao fato de que muitas análises de medição não

contemplam a cadeia como um sistema complexo, desconsiderando aspectos de composição

entre os integrantes da cadeia. A terceira questão lembra a carência de direcionamento

estratégico dentro das cadeias de suprimentos e a quarta questão relaciona-se com a carência de

considerar os problemas com incertezas provindas do ambiente organizacional (BEAMON,

1999).

Segundo Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001) existem outros obstáculos como a

ausência de uma abordagem balanceada, várias organizações têm compreendido a importância

de utilização de medidas tanto financeiras quanto as não-financeiras. Entretanto, elas têm

fracassado na captação de uma abordagem balanceada que pondere a quantidade e a qualidade

dos indicadores. Além deste obstáculo os autores ressalvam que não existe uma diferença aberta

entre os indicadores estratégicos, operacionais e táticos. Indicadores que são utilizados em

medidas de desempenho influenciam nas deliberações que são realizadas no nível estratégico,

operacional e tático. Necessita-se garantir que cada indicador encontre-se no seu nível

apropriado. Holmberg (2000) assegura que apesar da medição de desempenho ser assinalada

como estratégica, esta não está compreendida de maneira satisfatória, necessitando de um

sistema estruturado.

Beamon (1996) lembra das características necessárias para uma análise da cadeia de

suprimentos eficaz, onde estas englobam a abrangência que deve inserir todos os indicadores

pertinentes, a universalidade que deve permitir a comparação sob diversas condições, a

mensurabilidade que deve garantir que os dados necessários são mensuráveis e a consistência

que precisa garantir que as medidas estejam consistentes com os objetivos da organização.

Bowersox e Closs (2010) alegam que a medição do desempenho na cadeia de

suprimentos é uma necessidade para alocação e monitoramento dos recursos, pois o

agrupamento do lento crescimento econômico adicionado a ampliação da concorrência força as

organizações a concentrarem-se na ampliação dos seus recursos logísticos. Apresenta-se a

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seguir quatro abordagens que representam modelos de análise de desempenho na cadeia de

suprimentos, juntamente com a motivação pelas escolhas das mesmas:

Abordagem Bowersox e Closs (2010): por considerar a necessidade de relação entre as

funções de uma mesma organização, e por ponderar sobre aspectos externos pertinentes

a outras organizações e aos clientes, além de ser considerada uma das abordagens mais

tradicionais sobre o assunto;

Abordagem Beamon (1999): por ser uma das abordagens mais propagadas dentro da

literatura das cadeias de suprimentos, tanto que Aravechia e Pires (2000) aconselham as

suas medidas. Os indicadores aconselhados possuem aspectos gerais pertinentes com três

elementos importantes (resultados, recursos e flexibilidade). Outro questão importante

estar relacionado à análise da flexibilidade, aspecto-chave frente ao ambiente

organizacional instável;

Abordagem Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001): que define os procedimentos que

fazem parte da cadeia de suprimentos, organizando-os dentro dos três principais níveis

gerenciais (estratégico, operacional e tático), além de sugerir uma estrutura delineada de

indicadores de desempenho não-financeiros e financeiros para cada nível gerencial.

Modelo SCOR: Por se tratar de um modelo de referência que tem uma linguagem-

padrão para todas as organizações. Este modelo considera cinco processos principais que

são: planejamento, compra, fabricação, entrega e retorno. O processo referente ao retorno

não é contemplado em outras abordagens, outro motivo é que este é o modelo mais atual

entre os demais, sendo atribuído a este novos indicadores que retratam melhor a realidade

das organizações (SCC, 2002).

2.6.1 Abordagem Bowersox e Closs

Conforme Bowersox e Closs (2010), medir e controlar o desempenho são duas questões

primordiais para que a empresa consiga diferenciar quais são as suas ações rentáveis e, por

conseguinte, instituir vantagem competitiva. Os três principais objetivos de uma abordagem de

medição de uma cadeia de suprimentos incluem monitoramento, controle e direcionamento das

ações logísticas, em que a monitoração segue o histórico do desenvolvimento logístico, com o

intuito de informar os gestores e os clientes. Como padrão, tem-se o grau de serviço e as

despesas logísticos. Já o controle, segundo os autores, confrontam as medidas reais com as

medidas desejadas. Neste episódio, um exemplo característico é a quantidade de avarias no

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transporte. Por fim, direcionamento é utilizado para motivação da equipe por meio de

bonificações adicionais de produtividade.

Uma análise de desempenho na cadeia de suprimentos pode estar centrada entre dois

aspectos: as tarefas, que é fundamentada em tarefas individuais necessárias para conferir e

expedir pedidos, e os processos, que ponderam a satisfação do cliente na cadeia de suprimentos

por completa. Bowersox e Closs (2010) ressaltam que a última é acatada como mais adequada

diante o ambiente atual.

Dentro deste argumento, as mensurações internas, externas e abrangente da cadeia de

suprimentos são tratadas. Na mensuração interna, tem-se uma comparação das ações e dos

processos com metas e/ou ações anteriores. Esta é divindade em 5 categorias que são as de

custos onde são os gastos assumidos para se obter certo objetivo; o de serviços aos clientes que

avaliam a capacidade da organização em atender as demandas dos clientes; as medidas de

produtividade que pautam o resultado com os insumos necessários; a mensuração dos ativos

que irá ponderar os investimentos em instalações e equipamentos; e por último a qualidade que

analisa a eficácia das atividades (BOWERSOX; CLOSS, 2010).

Na mensuração externa, será estimada o ponto de vista do cliente com relação à

organização e também a busca das melhores práticas tendo: a mensuração da percepção do

cliente onde estas medidas podem ser adquiridas por meio de pesquisas patrocinadas pela

organização com o intuito de avaliar o desempenho dos pedidos conforme a ótica dos clientes,

e a outra mensuração externa é a do benchmarking que auxilia na comparação do desempenho

da organização frente a outras organizações. Estas podem ser do mesmo ramo de atividades ou

setores semelhantes, com o intuito de melhorar as práticas empregadas (BOWERSOX; CLOSS,

2010).

No planejamento da mensuração interna e externa, faz-se indispensável desenvolver um

conjunto abrangente e integrado de medidas para serem utilizadas na cadeia de suprimentos,

buscando a satisfação do cliente que mensura a habilidade da organização em satisfazer

totalmente seus anseios. O atendimento perfeito do pedido, a qualidade do produto e o tempo

da entrada do pedido até a concordância do cliente colaboram. As medidas típicas são o envio

do pedido pelo cliente, o frete, os custos base e a mão de obra direta. Os Ativos concentram-se

nos planos de vendas que podem ser motivados com determinado grau. Exemplificando tem-se

a precisão das previsões e a obsolescência dos produtos em estoque (BOWERSOX; CLOSS,

2010).

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2.6.2 Abordagem de Beamon

Em sua avaliação sobre as medidas de desempenho utilizadas na cadeia de suprimentos,

Beamon (1999) ressalta que o uso de uma única medida de desempenho é atrativo, mas é

inadequado devido a sua simplicidade. A inadequação existe devido ao fato do SMD não ser

inclusivo, ignorar as interações presentes na cadeia de suprimentos e aspectos críticos da

estratégia. Portanto, a autora propõe um SMD que envolva três componentes vitais: recurso

(relacionado com custo), resultado (relacionado com receptividade do cliente) e a flexibilidade

(relacionada com a capacidade de mudança), conforme a Figura 1:

Figura 1 – Sistema de Beamon de Medição na Cadeia de Suprimentos

Fonte: Adaptado de Beamon (1999).

Cada elemento está diretamente conectado com os demais, assim uma modificação em

um tipo de indicador irá interferir em todo o sistema. Além de estarem interligados, os

elementos possuem objetivos e propósitos distintos. Menciona-se que análise da cadeia de

suprimentos deve utilizar no pelo menos um indicador de cada elemento respeitando a conexão

com os objetivos estratégicos da empresa. Dentro dos tipos de medida de desempenho tem-se:

o Recurso que é normalmente analisado em termos de quantidade mínima ou um ajuste de

medida de eficiência. A Eficiência mede o emprego de recursos em um sistema para a obtenção

dos objetivos, entre os indicadores característicos, observa-se as solicitações de pessoal, o nível

dos estoques, a utilização de equipamentos, o custo e ouso de energia. Normalmente, os gestores

perseguem uma redução de recursos sem aferir de forma apropriada o seu impacto na

flexibilidade. Vale lembrar que os recursos estão inteiramente relacionados com os resultados

e a flexibilidade. Logo o resultado pode ser espontaneamente expresso de forma quantitativa

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como a quantidade de itens produzidos, o tempo demandado para a produção de um algum item

e o número de entregas no prazo (BEAMON, 1999).

Existem outras medições que são difíceis de serem expressadas numericamente, como

a satisfação dos stakeholders (as partes interessadas) e a qualidade dos produtos. Ainda que os

gestores especifiquem a quantidade desejada de saídas, o seu relacionamento com os recursos

indispensáveis são normalmente ignorados. As medidas de desempenho de resultado

necessitam não só estar sólidas com a estratégia da organização, mas também satisfazer as

necessidades dos clientes. Já a flexibilidade no contexto de análise da cadeia de suprimentos

tem sido raramente tratada, apesar da sua importância para o sucesso da cadeia como um todo

(BEAMON, 1999).

2.6.3 Abordagem Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu

Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001) descrevem que muitas organizações já

constataram as vantagens de se utilizar a análise de medição de desempenho das cadeias de

suprimentos, entretanto existe uma carência no desenvolvimento de um modelo eficaz de

análise. Os autores sugerem um sistema que pondere os indicadores no nível estratégico, tático

e operacional, além da utilização de medidas financeiras e não-financeiras.

Neste modelo são discutidos os quatro processos da cadeia de suprimentos, que lidam

com: o Planejamento que trata do tempo do ciclo do pedido, procurando diminuir o tempo

consumido na entrada do pedido, além de rever o caminho corrido pelo pedido com o intuito

de melhorar o tempo de resposta da cadeia de suprimentos como um todo. O Fornecimento que

trata da parceria entre os integrantes da cadeia, tornando-se cada vez mais corriqueiro. Estes

relacionamentos têm como propriedades principais: visão de longo prazo, esforços conjuntos

na solução de problemas e planejamento. A Produção que tem maior impacto na qualidade, no

custo do produto, na rapidez da entrega, na confiabilidade e na flexibilidade. Alguns questões

no processo de produção necessitam ser considerados para a melhoria do desempenho, como a

diversidade de produtos, a capacidade de uso e a eficácia da programação. A Entrega lida

inteiramente com os clientes. Porém, devido a sua complexidade, o seu diagnóstico e melhoria

são mais complexos de serem realizados (GUNASEKARAN; PATEL; TIRTIROGLU, 2001).

Com a exposição dos quatro processos principais, Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu

(2001) sugerem na Figura 2 uma estrutura de indicadores de desempenho para avaliar cada

processo descrito.

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Figura 2 – Indicadores de Desempenho Sugeridos por Gunasekaran

Fonte: Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001)

Os autores relatam a necessidade de ligação entre a medição na cadeia e a satisfação dos

clientes.

2.6.4 Modelo SCOR

O SCOR é um modelo de referência que foi elaborado pelo Supply Chain Council que

habilita os integrantes a identificar, melhorar e comunicar as melhores práticas da cadeia de

suprimentos entre todos os integrantes participantes da cadeia. O modelo é organizado em cinco

processos diferentes, que são: Planejar, Comprar, Produzir, Entregar e Retornar. Estes

processos são trabalhados dentro de cada participante da cadeia de suprimentos, logo cada

empresa é cliente e fornecedora de seus elos imediatos. O modelo só analisa os processos

primários, não se procurando descrever todos os processos ou atividades que fazem parte de

uma organização. Designadamente, o Planejamento realiza o balanço entre a ação e o

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fornecimento para o desenvolvimento de uma estratégia que localize o melhor fornecimento,

produção, entrega e retorno. Já a aquisição busca os produtos ou serviços para atender a

demanda delineada ou a demanda atual. A produção decompõe os recursos em produto final

para atender os anseios dos clientes. Com relação a entrega, esta municia produtos ou serviços

para atender a demanda, normalmente inclui o gerenciamento do pedido, da distribuição e do

transporte. Por último, o retorno é ligado ao retorno dos produtos, abrangendo o atendimento

pós-entrega. O modelo prevê que os cinco processos devem estar mapeados e detalhados até o

nível das atividades, onde seus indicadores de desempenho são atribuídos a duas categorias: as

relativas aos clientes (contemplando a confiabilidade, a responsabilidade e a flexibilidade) e as

relativas à organização (relacionados aos custos e ativos), o modelo SCOR será melhor

detalhado em um tópico posterior (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

2.6.5 Diagnóstico Sobre as Abordagens de Modelos de Análise de Desempenho na

Cadeia de Suprimentos

O Quadro 1 apresenta um diagnóstico das propostas sugeridas pelos autores.

Quadro 1– Diagnóstico das Abordagens de Modelos de Análise de Desempenho na Cadeia de

Suprimentos

Abordagens Críticas consideradas em cada abordagem

Escopo Abrangência Universalidade Mensurabilidade Consistência

Bowersox e

Closs

Sugerem uma

ponderação

interna, externa e

abrangente da

cadeia de

suprimentos.

Analisa a visão

dos clientes, dos

concorrentes e

dos

funcionários.

A comparação é

feita por meio

de

benchmarking.

Simples de ser

mensurada. Os

autores sugerem

um conjunto de

indicadores para

cada aspecto.

Não é

contemplado.

Beamon Analisa três

elementos- chave:

insumos,

flexibilidade e

resultados.

Não avalia a

visão dos

fornecedores

nem as ações

internas da

organização.

É universal ao

sugerir um

modelo genérico

que pode ser

aproveitado por

diversas

organizações.

Simples de ser

mensurada. O

autor sugere um

conjunto de

indicadores para

cada aspecto-

chave.

Lembra a

necessidade de

orientação

estratégica.

Gunasekara

n, Patel e

Tirtiroglu

Indicadores para

as quatro áreas:

planejamento,

fornecimento,

produção e

entrega.

Compreende a

satisfação do

cliente, mas não

afere os

concorrentes

nem os

funcionários.

É específico

para

organizações

manufatureiras.

Simples de ser

mensurada. O

modelo sugere um

conjunto de

indicadores para

cada processo.

É direcionado

para a

estratégia, até

apresenta

indicadores

característicos

para o nível.

SCOR Indicadores para

as cinco áreas:

planejamento,

compra,

produção, entrega

e retorno.

Abrange na

mensuração a

percepção do

cliente, além das

cinco áreas

principais.

É um modelo de

referência para

ser utilizado em

qualquer cadeia

de suprimentos

Simples de ser

mensurada. O

modelo sugere um

conjunto de

indicadores

típicos.

O alinhamento

estratégico é

destacado na

ação de

planejamento.

Fonte: Adaptado de XAVIER (2008).

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A abordagem de Bowersox e Closs (2010) pondera o ambiente interno da organização

a partir dos indicadores de custo, de produtividade, de ativos, de serviço ao cliente e de

qualidade. No âmbito externo, é analisado a percepção dos clientes e as melhores práticas.

Entretanto, falham ao não ponderar os fornecedores e não advertir sobre a precisão de

alinhamento entre os indicadores utilizados e a estratégia seguida pela organização. Já na

abordagem de Beamon (1999), o ambiente interno não é avaliado. O autor se atem as entradas

(insumos) e as saídas (resultados). Contudo, o processo de transformação não é contemplado.

A flexibilidade é uma questão em destaque, um fato positivo, ponderando a incerteza presente

no ambiente organizacional (XAVIER, 2008; ARAÚJO, 2009).

O modelo SCOR abrange a percepção do cliente em sua mensuração, igualmente como

Bowersox e Closs (2010), além das cinco principais áreas da cadeia de suprimento. Porém, os

competidores e os funcionários não são considerados. O direcionamento estratégico é

contemplado no processo de planejamento, onde a demanda e o suprimento são equilibrados.

Por fim, Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001) abrangem a satisfação do cliente na medição

de desempenho advertindo que todo o esforço demandado na cadeia de suprimentos é para a

sua satisfação. Contudo, falham ao não aferir a visão dos competidores e dos funcionários

(XAVIER, 2008).

Os processos na cadeia de suprimentos são corriqueiros no modelo SCOR e também na

abordagem de Gunasekaran, Patel e Tirtiroglu (2001); a fundamental diferença entre estas duas

abordagens é que, no modelo SCOR, o processo de retorno é considerado. No mais, os métodos

se assemelham, incluindo o planejamento, o fornecimento, a produção e a entrega. A

abordagem de Bowersox e Closs (2010) é a única que alude a medição abrangente da cadeia de

suprimentos em um formato estruturado, não limitando-se a um diagnóstico isolado, além de

advertir sobre a necessidade da integração entre as funções da organização (XAVIER, 2008;

ARAÚJO, 2009).

2.7 MEDIÇÃO DE DESEMPENHO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS (PMS)

O interesse por procedimentos estruturados de medição de performance empresarial

aumentou a partir dos anos 90, especialmente pela insatisfação apresentada pelas organizações

com medições somente em resultados financeiros passados. Tais medições apresentam

resultados atuais que foram estabelecidos por decisões tomadas em momentos passados.

Ocasionais perdas não podem mais ser revertidas, apenas lastimadas. Para que haja mais

escolha de controle de resultados, são imprescindíveis medições intermediárias, que ainda não

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se solidificam como lucro ou prejuízo, mas que possam sugerir a tendência de resultado que a

operação proporciona. As variáveis envolvidas na medição devem ajuizar o entendimento da

organização acerca das metas, dos artifícios e das relações causa-efeito acatadas válidas na

formulação da estratégia (PAPAKIRIAKOPOULOS, PRAMATARI, 2010).

Para Chan et al. (2014), medição de desempenho é o processo no qual se mede a

eficiência e eficácia de uma atuação ou estratégia. Eficácia faz referência ao grau com que

objetivos foram obtidos. Eficiência aludi o modo como o foram. Para Giovanni e Vinzi (2011),

performance é uma informação numérica de resultados de uma operação. Tal informação pode

ser realimentada e confrontada com metas, padrões, resultados anteriores e outros processos,

auxiliando decisões sobre cursos de ações gerenciais.

Um sistema de medição de desempenho pode ser ponderado como um escopo

hierarquizada de variáveis de estado, com métodos específicos de cálculo para cada variável e

sistematizações de tratamento da complexidade presente, especialmente das mútuas influências

que podem nascer entre variáveis. Em medição de desempenho, nem sempre é aceitável

estruturar o objetivo em hierarquias autônomas, pode existir interferências mútuas,

nebulosidades, não-linearidades e sombreamentos entre algumas variáveis, isso depende do

modelo utilizado para essa medição. Para Chan et al. (2014), indicadores de desempenho devem

ser compatibilizados de modo a improvisar parte de um conjunto maior estruturado em

dimensões.

Para Giovanni e Vinzi (2011), antes de estabelecer as medições, deve-se acomodar a

estratégia da operação em questão. Tal assimilação pode ser mais difícil em cadeia de

suprimentos, pois envolve várias organizações com estratégias particulares que devem ser

ajustadas para que se obtenha o objetivo comum. Um problema adicional surge quando uma

organização participa de várias cadeias ao mesmo momento, sendo obrigada a atuar

simultaneamente com mais de uma estratégia, tal como acontece com fornecedores de

montadoras de veículos, com fornecedores de organizações focais da indústria calçadista ou

com produtores de subsistemas para projetistas montadores de maquinários industriais.

A medida de performance (ou desempenho) pode ser descrita como uma informação

entregue sobre o funcionamento da gestão, onde esta avalia a eficácia e a eficiência de um

determinado recurso, processo ou um resultado (GREEN JR. et al., 2013). Medição do

desempenho na cadeia de suprimentos ou PMS é considerada uma área que pode ser conduzida

por meio de diferentes perspectivas. Esses variados aspectos podem proporcionar uma imagem

negativa a decisão sobre o que o PMS significa para o processo de medição de uma cadeia de

suprimentos, desta forma, faz-se necessário um estudo crescente nessa área de atuação,

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aconselhando um aumento das quantidades atuais de medidas de desempenho disponíveis na

literatura.

Ao final da década de 90, a grande maioria das medidas de desempenho sugeridas na

área de gestão da cadeia de suprimentos enfocavam somente o desempenho da logística e a

distribuição em redes (YU et al., 2013). As medidas pertinentes ao custo de estoque ou

relacionadas com prazos de entregas são necessárias, porém, fornecer uma visão limitada

quando o nível da discussão refere-se para configurações mais complexas da cadeia de

suprimentos, pode ser considerado algo insuficiente.

Dependendo das atividades e dos processos envolvidos na cadeia de suprimentos, pode-

se detectar as mais variadas perspectivas sobre medidas de desempenho dentro de sua estrutura.

A maior parte dos estudos pertinentes à medição de desempenho em cadeias de suprimentos

discuti o que é necessário para medir informações valiosas disponíveis dentro da cadeia (LIN;

CHEN; NGUYEN, 2011). Dentro da literatura pouca atenção tem sido dada em estudos de

casos que comportem a validação e extração de conhecimento sobre a prática e uso de um PMS

em um ambiente real.

Alguns desses estudos apontam para a necessidade da adoção de um modelo de medição

de desempenho específico, destacando também questões que se fazem importantes durante o

processo de implementação (PAPAKIRIAKOPOULOS, PRAMATARI, 2010). A utilização de

um sistema tecnológico adequado é necessário para o desenvolvimento de um PMS adequado.

Defende-se que os desafios para a constituição de uma PMS inclui barreiras gerenciais e

tecnológicas que parceiros comerciais da cadeia de suprimentos necessitam superar.

2.7.1 Características e Questões Relacionadas a PMS

Quando um modelo, uma abordagem, um procedimento, um estudo de caso, ou uma

pesquisa é concretizada na área de PMS, geralmente alguma medida de desempenho do sistema

é exibida e analisada (QRUNFLEH; TARAFDAR, 2012) . Normalmente, as pesquisas de

medição de desempenho adotam uma análise de sistemas de medição de desempenho que já

estejam sendo utilizadas, categorizando medidas de desempenho, onde posteriormente

analisam-se as medidas dentro de uma categoria, suas regras de construção e os enquadramentos

pelos quais essas medições podem ser desenvolvidas para diversos tipos de sistemas.

Dentro das características de medição de desempenho pode-se inserir a inclusão de

todos os aspectos pertinentes, a universalidade que permiti a checagem sob diversas condições

de operação, a mensurabilidade onde esta se responsabiliza por mensurar os dados necessários,

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e a consistência que se encarrega de medir os objetivos da organização de forma sólida (YU et

al., 2013). Além de avaliar as medidas apoiando-se na sua eficácia, a aferição é outro processo

importante que é utilizado na avaliação da medição do desempenho. Comparações podem

contribuir na medida em que as mesmas conseguem agir como veículos de identificação de

oportunidades e melhorias.

A categorização da PMS é considerada uma ferramenta de grande utilidade na análise

de sistemas. Um modelo pode ser projetado para melhorar uma característica de um sistema,

podemos pegar como exemplo o tempo. O modelo consegue comparar o prazo de entrega ou

execução da fabricação de um produto, com base na data das alterações e na configuração do

sistema (GREEN JR. et al., 2013). Deste modo, escolhe-se um único tipo de medida, neste caso

o tempo, porém dentro desta categoria, existem diversas medidas específicas que podem ser

utilizadas. Portanto, todas as medidas dentro de uma categoria podem ser analisadas e

comparadas, de modo que a escolha da medida de desempenho dentro de uma categoria pode

ser uma tarefa mais fácil. Ainda que nesta abordagem, a categoria de desempenho já tenha sido

escolhida.

Um dos campos mais difíceis na escolha de medida de desempenho é o de

desenvolvimento de sistemas de medição de desempenho (WU; CHUANG; HSU, 2013). Esta

área envolve métodos pelos quais uma empresa elabora o seu sistema de medição. Questões

importantes devem ser consideradas aqui como: O que medir? Como são integradas as diversas

medidas em um sistema de medição? Quantas vezes deve-se realizar as medições? Como e

quando são reavaliadas as medidas? Ainda que existam todas estas importantes questões, e que

as análises do sistemas de medição já estejam em vigor e prontas para a aplicação, o problema

apresenta-se mais difícil do que parece, pois o objetivo é criar o melhor sistema de medição

possível para a aplicação da cadeia de suprimentos. Tipos diferentes de sistemas exigem

características específicas de medição, e é neste ponto que encontra-se a maior dificuldade para

a criação de uma abordagem geral.

2.7.2 Moldando a PMS

A PMS pode ser considerado um dos componentes centrais da atividade administrativa

com um grau de importância cada vez maior quando se pretende alcançar objetivos estratégicos

organizacionais. Espera-se que os gestores moldem o design de PMS que se adeque melhor as

necessidades de suas organizações, no entanto, existem poucas evidências de pesquisa que

descrevam se isto acontece de fato (YANG et al., 2013). Entretanto, o modelo inverso já ocorre

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com frequência, e muitos gestores estão utilizando modelos de PMS que foram projetados há

10, 20 anos atrás. Mesmo que estes tenham sido moldados de forma correta, não devem ser

utilizados por outras organização. Para a elaboração de PMS que funcione corretamente na

organização, este deve se dar de forma individualizada onde as relações entre as estratégias da

empresa, a cadeia de suprimentos, a cadeia de distribuição, o processo de agregação de valor e

o cliente são fundamentais para o seu funcionamento.

Dentro da elaboração de PMS a estratégia é elaborada conforme as restrições

deliberadas por: padrões operacionais (comparativo ou genérico) que fundam os qualificadores

básicos para competição, as atividades econômicas, o mercado que constituem, perspectivas de

desempenho financeiro, ambientes abertos que determinam os limites de operações aceitáveis

e a habilidade da organização em termos de conhecimentos, recursos, competências e pessoas

(AZEVEDO; CARVALHO; MACHADO, 2011). Independente da escolha da estratégia esta

deve ser conduzida pelas atividades operacionais e metas deliberadas para o PMS. As atividades

cotidianas de uma organização várias vezes tem muitos níveis de medição de desempenho

ocorrendo simultaneamente. Estes outros níveis podem ser focados em problemas transitórios,

projetos especiais ou iniciativas de gestão específicas. A vantagem competitiva pode ocorrer

por meio do melhor aproveitamento dos recursos, utilizando estes de forma mais eficaz do que

os outros competidores.

Desafios identificados para a medição de desempenho podem ser aqueles associados

com a gestão do conhecimento, interações organizacionais, organizações virtuais e

adaptabilidade organizacional (LIN; CHEN; NGUYEN, 2011). Dentro da conjuntura das

interações organizacionais, muito ainda deve ser entendido sobre o papel da medição de

desempenho nas organizações dentro dos sistemas integrados da cadeia de suprimentos.

Atividades de medição de desempenho precisam transformar os aspectos estratégicos de uma

organização em metas competitivas para o mercado, manter os aspectos operacionais da

organização sobre alvos estratégicos, fornecer informações importantes para os aspectos

fundamentais da gestão do conhecimento, dados para o planejamento, controle e

monitoramento dos progressos. Eles devem ainda modificar-se juntamente com alterações do

mercado, permitindo uma gestão proativa.

2.7.3 Viabilidade do Sistema de PMS

A complexidade atual das cadeia de suprimentos na prática é quem acomoda os

problemas advindos do mapeamento da estrutura da cadeia, da gestão de relações de integração

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e da medição do desempenho do sistema como um todo (DISTELHORST; HAINMUELLER;

LOCKE, 2014). No que diz respeito à medição do desempenho, os estudos atuais que são

relevantes para a seleção das medidas de desempenho e design de PMS, dificilmente cobrem o

contexto real da cadeia de suprimentos, ainda que contribuam expressivamente para a melhoria

do desempenho da gestão de negócios.

Um processo sugerido para essa abordagem baseia-se no objetivo de identificar os

integrantes e analisar a estrutura da cadeia de suprimentos. Este enfoque é utilizado para

elaborar a performance baseada em processos de medição em PMS. Este tipo de análise em

PMS obtém muitas vantagens, como apoiar a melhoria contínua e o progresso de comunicação

das metas (CHAN; ZHANG, 2011). Um outro método de seleção com base em um conjunto de

métricas tem sido sugerido, onde este consiste nas extensões holísticas de desempenho de

atividades. Essas extensões abrangem insumos, resultados e diferentes aspectos críticos de

performance da atividade do ponto de vista dos fornecedores e clientes. Este método tem como

finalidade facilitar a identificação aplicando as medidas de desempenho e indicadores que se

referem a um acesso sistemático. Nos ambientes de negócios atuais, muitos são os tipos de

medidas de desempenho, assim como seus métodos de seleção. Existe uma necessidade de um

enfoque adequado para agregação das novas medidas de desempenho existentes, ou na criação

de um sistema global e integrado, com a finalidade de avaliar a cadeia de suprimentos como

um todo. O avanço da maturidade dos métodos de medição de desempenho na gestão da cadeia

de suprimentos, acontece paralelamente ao avanço da maturidade desta gestão, afastando-se de

um nível inicial para um plano avançado comparado ao seu escopo de medição, coleta de

informações, armazenagem de informações, entendimento dos resultados, utilização das

medidas e qualidade do processo de medição (FREDERICO, 2012).

2.8 DIFERENCIAÇÃO ENTRE CADEIAS PRODUTIVAS E CADEIAS DE

SUPRIMENTOS

Considerando-se o conteúdo observado até o momento, ajuíza-se adequado constituir

uma distinção entre as cadeias produtivas e cadeias de suprimentos. Observa-se que as cadeias

produtivas são arranjos mais amplos, abrangendo desde a aquisição inicial da matéria-prima até

o provimento dos produtos acabados ao mercado consumidor final. Logo as cadeias de

suprimentos, compõem partes das cadeias produtivas, compreendendo fundamentalmente os

elos de maior valor agregado, centrados mais próximos ao mercado consumidor final

(HANSEN, 2004; HANSEN ET AL, 2004).

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Cadeias produtivas conglomeram todas as fases do processo de transformação,

abrangendo as várias empresas que atuam em cada etapa, na procura de uma compreensão

abrangente dos distintos tipos de relacionamentos existentes. Já as cadeias de suprimentos

enfocam no negócio (produto e/ou serviço) característico de determinada organização,

desempenhando a coordenação deste negócio, abrangendo um, dois ou mais níveis de

fornecedores e clientes do mesmo e as inter-relações ali envolvidas (HANSEN, 2004;

HANSEN ET AL, 2004).

Hansen (2004) constata que as cadeias produtivas formam arranjos empresariais amplos

e complexos, compreendendo, por muitas vezes, organizações de diversos segmentos

econômicos com estratégias e conexões interempresariais diversas, centrada em um plano

intermediário entre os enfoques da macroeconomia e microeconomia. Para o autor, as cadeias

de suprimentos tem seu foco microeconômico, instituindo uma melhora dos processos de

desverticalização e desfronteirização de grandes corporações, na procura de aumentar suas

aptidões centrais e aprimorar sua competitividade de ação no mercado. Em outro enfoque, as

cadeias produtivas formam campo de análise para institutos de classe e governamentais, ao

passo que as cadeias de suprimentos constituem-se no campo de análise mais voltado a

empresas individuais que comandam os níveis iniciais de fornecedores e clientes (ARAÚJO;

CAMPOS, 2011).

2.9 MODELO REFERENCIAL DE OPERAÇÕES DE CADEIA DE SUPRIMENTOS

(SCOR)

O Modelo Referencial de Operações de cadeia de suprimentos ou Supply Chain

Operations Reference Model (SCOR) foi desenvolvido pela organização Supply Chain Council,

Inc. (SCC), uma empresa global sem fins lucrativos cujo processos, análises e ferramentas de

benchmarking contribuem para que as organizações possam realizar melhorias consideráveis

nos processos da cadeia de suprimentos. SCC criou o modelo de referência do processo SCOR

para avaliar o desempenho das atividades da cadeia de suprimentos. O SCOR fornece uma

estrutura privilegiada que junta processos de negócios, métricas e melhores práticas para

aprimorar a eficácia da gestão da cadeia de suprimentos e atividades relacionadas ao progresso

da cadeia de suprimentos (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012; TATICCHI; PASQUALINO,

2013).

O arcabouço do modelo SCOR inseri todos os elementos de satisfação da demanda,

iniciando pela ordem de demanda (ordem ou previsão) findando com a entrega da demanda de

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forma satisfatória (fatura final e pagamento). Desta forma, segundo Fattahi, Nookabadi e

Kadivar (2013) o SCOR pode contribuir de duas maneiras com a melhor performance e

desempenho da cadeia: na primeira o modelo da cadeia de suprimentos garante uma estrutura

que disponibiliza informações sobre os objetivos do negócios (estratégicas e táticas) e as

operações da cadeia de suprimentos. O plano SCOR associa as características com as ações

inseridas dentro dos processos fundamentais: planejamento, execução e habilitação. Em um

terceiro momento do plano é fornecido dados detalhados com cada elemento do processo

abordado no segundo momento. Entre estes dados detalhados estão inseridos entradas, saídas,

descrições e fluxos fundamentais de elementos do processo, estes são capturados para o plano

do modelo SCOR. As organizações devem implantar práticas específicas de gestão da cadeia

de suprimentos, apoiado em um conjunto de preferências competitivas e condições de negócios

que obtenham um nível de desempenho desejado, não esquecendo de nenhum dos integrantes

pertencentes a cadeia, esta deve estar interligada e coesa com todas as etapas (CHO et al., 2011).

O modelo de referência SCOR foi desenvolvido pelo Supply Chain Council (SCC) com

a auxílio das 70 maiores empresas de manufatura do mundo e está em contínuo

desenvolvimento desde o lançamento da versão 1.0 até a atual, em vigor no ano de 2012, a

versão 11.0. Ele pode ser descrito como o modelo mais próspero de tomada de decisões

estratégicas na cadeia de suprimentos segundo Ainapur, Singh e Vittal (2012). A Figura 3

apresenta o modelo SCOR e seus cinco processos básicos (SUPPLY CHAIN COUNCIL,

2012).

Figura 3 – Os Cinco Processos de Negócios do Modelo SCOR

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL (2012).

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66

O processo de retorno no modelo, proporciona ampliar o mesmo para a área de suporte

ao cliente pós-entrega (apesar de não operar com todas as ações nessa área). A Figura 4

apresenta o modelo arquitetado para suportar a análise da cadeia de suprimentos em vários

níveis (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012; ELGAZZAR et al., 2012).

Figura 4 – Processos Hierárquicos do Modelo SCOR

Níveis Exemplos Definição

I

Ilustração

Descrição

d

Dentro do

escopo do

modelo

SCOR

Tipos de Processos (Escopo) Planejamento,

Suprimento, Produção,

Entrega e Retorno

Nível 1 - define o

escopo e o conteúdo

de uma cadeia de

suprimentos. No nível 1 as metas de

medição de

desempenho da

cadeia de suprimentos estão

definidas.

Categorias de Processos

(Configuração)

Preparar o estoque,

preparar a encomenda,

condução da ordem,

produtos defeituosos, produtos em excesso

Nível 2 - define a

estratégia de

operações. No nível

2 as capacidades de processo para uma

cadeia de

suprimentos estão

definidas. (Preparar o estoque, preparar

a encomenda).

Elementos do Processo (Passos)

Entregas de

programação, receber o

produto, verifique o

produto, a transferência de produto, autorizar o

pagamento

Nível-3 - define a

configuração do

processo individual.

No nível 3 a capacidade de

executar é definida.

No nível 3, o foco é

sobre as etapas de: - Processos

- Entradas e saídas

- Desempenho dos

processos - Práticas

- Recursos de

tecnologia

- Competências do pessoal

F

Fora do

escopo do

modelo

SCOR

Atividades (Implementação)

Indústria, empresa, localização e / ou

tecnologia de passos

específicos

Nível 4 descreve as atividades

realizadas dentro da

cadeia de

suprimentos, as empresas

implementam e

aprimoram as práticas existentes

com o intuito de

alcançar o

desempenho desejado.

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012.

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67

É importante compreender que este modelo apresenta os processos e não funções. O

modelo SCOR focaliza a atividade envolvida, não as pessoas ou os elementos da organização

que realizam as atividades. SCOR é um modelo de referência de processos sua arquitetura

constitui formato como os processos interagem, como se comportam e como estes são

configurados (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

2.9.1 Métricas do Modelo SCOR

As métricas do modelo SCOR são dispostos em uma estrutura hierárquica. O SCOR é

descrito por meio dos níveis 1, 2 e 3 que compreendem as métricas. As afinidades entre estes

níveis é diagnóstica. As métricas do Nível 2 servem como diagnóstico para as métricas do Nível

1. Com isso, observando o desempenho das métricas de Nível 2, pode-se explicar as brechas de

desempenho ou melhorias para as métricas doNível1. Este modelo de análise para desempenho

na cadeia de suprimentos é popularmente conhecido como Decomposição Métrica. Da mesma

maneira as métricas do Nível 3 convêm como diagnóstico para as métricas do Nível 2. O nível

de uma métrica abrange a compilação da própria métrica. Métricas de compilação foram

inseridas a partir do modelo SCOR 9.0, com o intuito de abonar as empresas que adotam

métricas do modelo SCOR sem a obrigação de renomear suas métricas viventes (SUPPLY

CHAIN COUNCIL, 2012).

A compilação inicia-se a partir dos atributos de desempenho que compreendem a

confiabilidade, a capacidade de resposta, a agilidade e a gestão. A métrica inicia-se com um

código de duas letras maiúsculas seguido de um número para indicar o nível, em seguida existe

um identificador da variável um exemplo seria RL.1.1, que corresponde ao Nível 1, onde RL

corresponderia ao atributo e o último 1 corresponde ao identificador da variável. Os números

são atribuídos tendo como base uma ordem alfabética das variáveis, utilizando ainda um

agrupamento lógico. Com o passar dos anos e o aprimoramento dos modelos, aposentou-se

algumas métricas, o que implicou na existem de identificadores métricos não atribuídos. Esta

aposentadoria dos identificadores, é utilizado para garantir a compatibilidade com modelos do

SCOR mais antigos. Nessa pesquisa não serão utilizados as nomenclaturas e identificações do

modelo SCOR, estes foram adaptados para um melhor entendimento (SUPPLY CHAIN

COUNCIL, 2012).

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2.9.2 Processos Relacionados ao Modelo SCOR

Os processos relacionados ao SCOR proveem de um conjunto de descrições pré-

definidos relacionado as atividades cotidianas da maioria das empresas, onde estas possam

executar eficazmente as suas cadeias de suprimentos. Os cinco processos relacionados ao

modelo SCOR que compreendem PLANEJAR, ENTREGAR, COMPRAR, PRODUZIR E

RETORNAR são conhecidos e largamente adotados. Pode-se observar os processos descritos

aqui na Figura 3 exposta acima. O modelo SCOR identifica-os no Nível l ao qual indica a

expansão desses processos. O processo dos níveis l e 3 estão situados em atividades mais

detalhadas. Um processo relacionado ao Nível 1 pode abranger diversos processos do Nível 3.

A Figura 4 apresenta os Níveis dentro dos processos no modelo SCOR (SUPPLY CHAIN

COUNCIL, 2012).

Os processos relacionados ao Nível 2 são relacionados a preparação do estoque e a

preparação da encomenda dentro dos 5 processos descritos acima, menos o processo de

devolução. No Nível 3 os processos são passos do método que são executados em uma

determinada ordem, com o intuito de delinear as atividades da cadeia de suprimentos que

englobam as matérias-primas, produção, fornecedores de bens e/ou serviços e lidam com as

devoluções de produtos. As empresas podem delinear descrições de processos de atividades

padrão dentro do Nível3. Os processos referentes ao Nível4 são comumente relacionado à

indústria, localização, produto e/ou alguma tecnologia específica. Grande parte das empresas,

se não todas, necessitam realizar uma tarefa como receber, entregar e/ou validar um pedido

realizado por um determinado cliente. Este é um processo relacionado ao Nível 3(SUPPLY

CHAIN COUNCIL, 2012).

Os processos de Nível4 expõem as etapas como a ordem foi recebida. Cada uma dessas

etapas podem precisar de um nível de descrição única dos processos. Outro cobertura desse

nível condiz como a ordem foi inserido. Sistemas de computadores talvez abastecidos

automaticamente por um determinado procedimento de programação, vendas direto no balcão,

entre outros. O nível em que os processos devem ser descritos depende dos procedimentos

utilizados pela empresa. Para a maioria dos procedimentos de nível 2 diagramas de processo

contribuem para identificar problemas estruturais na cadeia de suprimentos. Esquemas

desenhados sobre os processos de Nível 3 contribuem com a identificação dos pontos de decisão

e processos internos. Os processo de codificação podem diferir através dos níveis. Existem

representações para os processos de Nível 1, Planejamento, Compra, Produção, Entrega e

Retorno. Já os Processos de Nível 2 adiciona-se um número para a maioria como exemplo SD1

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para entregar os produtos estocado. Para os processos de Nível 3 adiciona-se um período

seguido de um número único, como exemplo tem-se sD1.1 que é utilizado em processos de

investigação e citações. Existem exceções para os processos de retorno dentro dos processos de

Nível2 relacionados ao Retorno, onde estes processos necessitam reconhecer a diferença entre

o retorno para si mesmo (advindo do fornecedor) ou a receber um determinado retorno do

cliente. O processos de Nível 3 podem ainda ser relacionados com autorização de defeituoso a

devolução de produtos, entre outros (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

2.9.3 Modelo SCOR - Práticas e Pessoas

As Práticas anteriormente eram conhecidas como "melhores práticas", estas fornecem

um conjunto de práticas da indústria e de empresas famosas por seus valores. A prática é uma

atitude inédita para configurar um processo ou um conjunto de processos. A singularidade pode

estar conexa com a automação do processo, uma tecnologia justaposta no processo,

desenvolturas especiais aplicadas para o processo, um encadeamento único para o desempenho

do processo, ou um procedimento único para distribuir os processos de transação entre

empresas. O modelo SCOR reconhece que distintas qualificações de diferentes práticas podem

existir dentro de qualquer organização como práticas emergentes, melhores práticas, práticas

padrão, práticas em declínio, entre outras. O modelo SCOR adota a qualificação de uma prática

em diversas nomenclaturas propostas pelas organizações e/ou áreas geográficas. Para algumas

empresas pode ser utilizado uma prática padrão, enquanto que a mesma prática pode ser

nomeada uma prática emergente para uma outra empresa. A classificação de práticas no modelo

SCOR foi constituída com base na entrada de profissionais e especialistas de várias indústrias.

Todas as práticas utilizadas no modelo SCOR tem sido mapeadas e desenvolvidas através de

uma ou mais espécies. O modelo SCOR 11.0 reconhece no total 21 classificações. Estas

classificações contribuem na identificação de práticas por área de foco, como exemplo pode-se

ter a gestão de inventário ou a introdução de novos produtos (SUPPLY CHAIN COUNCIL,

2012).

As Pessoas foram introduzidas a partir do modelo SCOR 10.0 e estes fornecem um

padrão para apresentar as habilidades imprescindíveis para executar afazeres e gerenciar os

processos. Comumente essas habilidades são específicas da cadeia de suprimentos.

Determinadas habilidades identificadas podem ser aplicáveis fora do escopo dos processos da

cadeia de suprimentos. Habilidades são definidas por uma descrição padrão e associadas a

aspectos de outras pessoas como aptidões, experiências, treinamentos, nível de competência

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entre outros. No Nível l essas competências não estão descritas na Figura 4 (SUPPLY CHAIN

COUNCIL, 2012).

O modelo SCOR reconhece cinco níveis de competência habitualmente aceitos que são

o de Iniciante 1 que está relacionado as pessoas sem qualquer treinamento e/ou experiência.

Existe o Iniciante 2 que realiza os trabalhos com uma percepção situacional restrita. Existe o

Competente que é aquela pessoa que compreende o trabalho e pode definir as prioridades para

se alcançar os objetivos. Existe o Proficiente que supervisiona todos as exterioridades do

trabalho podendo priorizar algumas ações com base em aparências situacionais. Por último

existe o Especialista que tem uma compreensão intuitiva, estes podem aplicar padrões de

experiência para gerar novas situações. Estes níveis de competência são utilizados como

processos ou práticas de maturidade entre os níveis (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

A especialização da pessoa ou do trabalho é analisado no indivíduo encontrado (pessoa)

e/ou no desejado (especificação de trabalho) de acordo com o nível de competência. A

existência de codificação dentro da seção de Pessoas consiste da união das competências, bem

como, as disposições, experiências e treinamento que definem as envergaduras. Todos as

identificações das pessoas iniciam com uma letra maiúscula seguida da letra T para

treinamentos. Estes são sequenciados por um período e um número de dígitos, como exemplo

pode-se ter HT.0039. Tal número de identificação, por exemplo, o 0039, não indica qualquer

tipo de privilégio, importância ou outro significado. É único e exclusivamente utilizado como

um identificador (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

2.9.4 Alterações do Modelo SCOR 11.0

Alterações na revisão do modelo SCOR 11.0 proveem atualizações para três seções que

são as métricas, processos e práticas de métricas, estas atualizações ocorreram nas métricas de

Custo com relação ao (Custo Total de Servir), substituindo as métricas de relacionadas a custos

que eram expostas anteriormente e que causavam confusão. Modificou-se também os Custo dos

Produtos Vendidos, onde estes foram rebaixados para uma métrica de Nível 2 servindo como

uma análise para o Custo Total de Servir. Foram definidas melhorias para as métricas de Nível2

e 3 com relação a diagnósticos, A habilitação de processos é agora um processo de Nível 1,

Alguns processos do Nível3 não são mais categorizações, estando agora no mesmo nível de

detalhamento do Planejamento, Compra, Entrega, Produção e Retorno. Todas as melhores

práticas devem ser agora classificadas, esclarecendo as descrições a que estão ligadas, processos

e métricas (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

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As alterações nas métricas de custo foram conduzidas com base em preocupações

constantes do Nível1, onde estas métricas eram confusas criando potenciais sobreposições. No

modelo SCOR 10.0 as métricas do Nível 1 eram difíceis de referenciá-las como exemplo tem-

se a interpretação do Custo dos Produtos Vendidos (CPV) que difere por setor, empresa e

provavelmente até mesmo fornecer corrente, isso foi ajustado. Por fim, os profissionais

responsáveis pelas alterações levantaram a bandeira de que a tomada de decisões da cadeia de

suprimentos com base apenas nos Custos dos Produtos Vendidos poderia proporcionar

resultados incertos. O modelo SCOR 11.0 apresenta métricas de custo que sobrevêm sobre o

ponto de consumo ou emprego. As alterações de melhores práticas no modelo SCOR 11.0

reflete a mudança na forma como as empresas estão utilizando estas práticas, a maneira como

estas padronizam (e automatizar) seus processos (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

2.9.5 Alterações nos Processos no Modelo SCOR 11.0

O modelo SCOR é desenvolvido e sustentado pelos esforços voluntários dos integrantes

da Supply Chain Council (SCC). Diferente de outras organizações com vastas equipes técnicas,

o SCC depende dos subsídios dos seus membros para progredir o estado dos conhecimentos na

cadeia de suprimentos, identificando as modificações necessárias do modelo, pesquisando e

validando essas alterações, desenvolvendo um consonância sobre as mudanças propostas. As

versões dos modelos SCOR anteriores a versão 6.0 foram criados em uma estrutura de comissão

que foi focalizada no desenvolvimento de um modelo estável, que poderia ser utilizado por

integrantes experientes da SCC, bem como, por empresas recém-introduzidos no modelo SCOR

(SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

Em 2002, confiante de que o equilíbrio do modelo havia sido comprovado por mais de

cinco anos de experiência de aplicação pelos integrantes da SCC, estes modificaram seu foco

desenvolvendo técnicas de implementações específicas. Atualmente, o processo de

desenvolvimento técnico atualizado é constituído de equipes de projeto compostas por

voluntários da SCC e integrantes de seu Conselho. Estas equipes são grupos curta duração que

se concentram na aplicação sobre os desafios de modelos específicos. Acredita-se que o prazo

normal de uma equipe gire em torno de três a seis meses de duração. O processo de alteração e

arranjo das atividades da equipe do projeto é comandado por um grupo de voluntários eleitos,

amparada por um integrante do projeto SCC (pessoal). Modificações no modelo são iniciadas

por um integrante voluntário ou membros do SCC. O fundamental mecanismo de modificação

do modelo é a equipe do projeto. Essas equipes propõem áreas de investigação, desenvolvendo

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propostas para o aprimoramento dos modelos, publicando os resultados da pesquisa no site do

SCC. Usuários podem adicionar comentários e sugestões às métricas do modelo SCOR, aos

processos, às práticas e às habilidades. Para isso, basta obter mais informações no site:

http://supply-chain.org/online-access (SUPPLY CHAIN COUNCIL, 2012).

2.10 CADEIAS PRODUTIVAS TÊXTEIS

O parâmetro utilizado por Lacerda (2014) para analisar a cadeia produtiva têxtil foi à

variedade de negócios que contemplem as fases desta cadeia produtiva. Quanto mais vasta for

à variedade de negócios, mais competitivo ele se torna. A distribuição segundo Araújo (2006)

pode se dá através de sacoleiros, grandes magazines, varejistas entre outros que adquirem os

produtos. Analisa-se que a composição da cadeia produtiva envolve vários elos de cadeias

produtivas bastante complexas. Conforme Nascimento (2006) os passos que mais se destacam

são os do segmento de fiação e tecelagem, pois são etapas que demandam mais investimento

em capital. Outro item que se sobressai está relacionado ao melhoramento do aparato

tecnológico, que está voltado ao desenvolvimento de novos desenhos e cortes de produtos

(LACERDA, 2014).

Após avaliar a cadeia têxtil de confecções do agreste Pernambucano, Lacerda (2014)

relata que muitos empreendimentos são compradores de outras empresas do setor na região. Na

cidade de Toritama/PE pode-se encontrar desde o fabricante de fios, passando pela produção

de artigos têxteis, atacadistas e varejistas de confecção até a confecção de vestuário. As relações

de terceirização são dominantes dentro da cadeia.

Conforme o estudo de Andrade (2008) todas os empreendimentos formalizados

contratam a produção de outras empresas do local, fortalecendo as organizações da cadeia.

Dentre as etapas do processo que são mais terceirizadas destacam-se as atividades que

envolvem os processos de costura em geral, processos de lavanderia, máquinas e tingimento.

Esses processos tornam-se corrente na medida em que existe o aumento das demandas.

Uma cadeia produtiva têxtil pode ser composta por múltiplos elos, empreendimentos de

vários setores, desde fornecedores de matérias- prima e insumos, embalagens, transformação,

entre outros. O SENAI do estado de São Paulo desenvolveu um estudo sobre algumas cadeias

produtivas têxteis e mapeou estes em um fluxograma, apresentando uma visão geral de algumas

cadeias produtivas (FIESP, 2011). A Figura 5 apresenta um fluxograma com todos os elos da

cadeia produtiva da indústria têxtil, confecção e vestuário.

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Figura 5 – Fluxograma da Cadeia Produtiva do Setor Têxtil e Confecção

Fonte: Adaptado da FIESP (2011)

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Pode-se observar na ilustração anterior a especialização das empresas que constituem a

cadeia produtiva têxtil, onde as organizações desenvolvem internamente poucos passos da

cadeia produtiva, terceirizando uma parte expressiva de suas atividades e,desta forma,

colaborando para o fortalecimento da cadeiatornando esta mais competitiva (FIESP, 2011;

LACERDA, 2014).

2.11 VARIÁVEIS ELENCADAS NA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As variáveis foram elencadas no processo de pesquisa bibliográfica que representam os

arranjos produtivos e as variáveis do modelo SCOR para a medição de performance na cadeia

de suprimentos. Schönsleben (2000) apresenta alguns atributos de desempenho logísticos em

arranjos produtivos. Segundo o autor, esses atributos avaliam o efeito da logística nos escopos

globais da organização. O Quadro 2 apresenta os atributos do desempenho logisticos em

arranjos produtivos, propostos por Schönsleben (2000).

Quadro 2 – Atributos do Desempenho Logístico em Arranjos Produtivos

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Referência

VP1 Taxa de desperdício de

produção Taxa de produção rejeitada

Schonsleben (2000)

VP2 Taxa total de Reclamações Taxa de todas as reclamações (cliente,

equipe e fornecedor)

VP3 Giro do Estoque Giro do estoque dividido pelo estoque

médio

VP4 Giro de trabalho no processo Trabalho médio em processo de

produção

VP5 Disponibilidade de capacidade Capacidade disponível dividida pela

capacidade ideal

VP6 Eficiência dos núcleos de

trabalho

Unidades produzidas atualmente

divididas pelos núcleos de trabalho

VP7 Taxa do custo de gestão Custos da gestão no faturamento bruto

VP8 Nível de entrega Produtos entregues no prazo previsto.

VP9 Tamanho do lote Quantidade média de produtos em um

pedido

VP10 Parcela de aprovisionamento Tempo demandado no

aprovisionamento

VP11 Volume de trabalho Tempos dos processos de trabalho

VP12 Tempo de resposta Tempo decorrido desde a fabricação

até o aprovisionamento

VP13 Nível de polivalência da equipe

Nível de polivalência devido a

funcionários que executam várias

operações dentro do processo

produtivo

VP14 Flexibilidade produtiva Tempo de produção médio reduzido

por um funcionário

Fonte: Elaborado pelo autor

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75

O Quadro 3 apresenta os atributos de arranjos produtivos que incorporam as motivações

envolvidas, sendo elencadas de diversos autores da literatura, referenciados na fundamentação

teórica.

Quadro 3 – Atributos das Motivações Envolvidas em Arranjos Produtivos

Fonte: Elaborado pelo autor

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Referência

VP15 Quantidade de fornecedores na

região

Disponibilidade de fornecedores na região

onde a empresa está situada

Fonseca Neto

(2002)

VP16 Mercados próximos Existência de mercados domésticos e

internacionais

VP17 Recursos naturais Existência de recursos naturais

VP18 Nível de adequação das instalações Nível de adequação das instalações (galpões,

maquinário, transportes, entre outros)

VP19 Informação com fácil acesso Acesso à informação sendo facilitado

VP20 Presença de rede de relações

sociais

Existência de uma rede de relacionamentos

sociais Lemos (2003)

VP21 Existência de cooperação para

recursos e aprendizagem

Existência de cooperação para completar

recursos e aprendizagem

Lemos, Santos

e Crocco

(2003)

VP22

Quantidade de negócios realizados

com empresas informais e/ou

profissionais autônomos

Quantidade de negócios realizados entre a

empresa e empresas informais

VP23 Nível de confiança entre a empresa

e os concorrentes locais

Nível de confiança entre a empresa e os

concorrentes locais (integrantes do arranjo)

VP24 Trocas de conhecimento entre os

integrantes

Trocas de conhecimento entre os integrantes

de forma não codificada

VP25

Nível da administração da empresa

relacionada as facilidades de

compra, venda e produção

Nível da administração da empresa (gestores

e funcionários) relacionada as facilidades de

compra, venda e produção

VP31 Nível de mão-de-obra qualificada

na empresa

Nível de mão-de-obra qualificada dentro da

empresa

Mendonça

(2008)

VP32 Presença de mão-de-obra

especializada dentro da empresa

Presença de mão-de-obra especializada

dentro da empresa

VP33

Presença de associações de classe,

cooperativas e/ou redes de

relacionamento favorecendo a

integração do arranjo

Existência de associações de classe e

comerciais favorecendo a integração da

empresa com seus concorrentes (integrantes

do arranjo)

VP34 Nível de cooperação entre a

empresa e os concorrentes locais

Nível de cooperação entre empresas

competidoras (integrantes do arranjo)

VP35 Eficiência coletiva presente Presença de eficiência coletiva entre os

integrantes

VP37 Nível de objetivos comuns entre a

empresa e os concorrentes locais

Existência de objetivos comuns entre

empresas competidoras (integrantes do

arranjo)

VP38

Nível de importância para empresa

de instituições de apoio ao

crescimento e desenvolvimento

Nível de importância para empresa de

instituições de apoio ao crescimento e

desenvolvimento como SEBRAE, SENAI,

SESI e IFRN

VP39 Instituições para interação entre

integrantes

Presença de instituições que favoreçam a

interação entre os integrantes Storper (1995)

VP40

Presença de políticas e ações

públicas voltadas para

aproximação da empresa as

instituições de ensino e pesquisa

Presença de políticas e ações públicas para

aproximação as instituições de ensino e

pesquisa

Tigre (2006)

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76

O Quadro 4 exibe os atributos que englobam as ações estratégicas envolvidas nos

arranjos produtivos. Abordando a teoria de diversos autores da literatura.

Quadro 4 – Atributos das Ações Estratégias Envolvidas em Arranjos Produtivos

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Referência

VP41

Nível de existência de estrutura

física comum entre a empresa e

os concorrentes locais

Nível de estrutura comum (galpões) entre a empresa

e seus concorrentes (integrantes do arranjo) para

armazenamento e produção de mercadorias

Costa

(2007)

VP42 Reciclagem e aproveitamento de

resíduos Reciclagem e aproveitamento de resíduos

VP43 Extração dos recursos naturais Extrair racionalmente e conscientemente os recursos

naturais

VP44 Ações de responsabilidade social Realização de ações de responsabilidade social

VP45 Reestruturar as linhas de

produção Reestruturar as linhas de produção

VP46 Ações inovativas Existência ao estimulo de ações inovativas

VP47 Equipamentos coletivos Presença de utilização de equipamentos de modo

coletivo

VP48 Elaboração de novos

equipamentos Desenvolver e elaborar novos equipamentos

VP49 Padrão e qualidade das

embalagens dos produtos

Embalagens dos produtos existentes de forma

padronizada com qualidade.

VP50 Criar um programa de marketing Criação de um programa de marketing em conjunto

VP51 Presença de controle de qualidade Presença de controle de controle de qualidade

implementado

VP52 Geração de design competitivo e

moderno para os produtos

Geração de design competitivo e moderno para os

produtos

VP53 Estudos de mercados Criação de estudos de mercados

VP54 Banco de potenciais clientes Criar um banco de potenciais clientes

VP55 Importância da qualidade da

mão-de-obra

Importância da qualidade da mão-de-obra dentro do

arranjo

Matos,

Stallivieri

e Britt

(2014)

VP56 Importância do custo da mão-de-

obra

Importância do custo da mão-de-obra dentro do

arranjo

VP57 Relevância da qualidade dos

equipamentos

Relevância da qualidade dos equipamentos dentro

do arranjo

VP58 Relevância da capacidade de

inserir inovações

Relevância da capacidade de inserir inovações

dentro do arranjo

VP59 Posicionamento no mercado Posicionamento no mercado dentro do arranjo

VP60

Frequência de compras de

matéria-prima e insumos da

empresa em conjunto com outras

do mesmo setor

Frequência de compras de matéria-prima e insumos

realizadas pela empresa em conjunto com outras

empresas junto aos fornecedores.

Schmitz e

Nadvi

(1999)

VP61 Cursos de capacitação e formação

profissional

Existência de cursos de capacitação e formação

profissional

VP62

Nível de cooperação entre a

empresa e os concorrentes locais

na aquisição de serviços

especializados

Nível de cooperação entre a empresa e seus

concorrentes (integrantes do arranjo) na aquisição de

serviços especializados (técnicos, engenheiros, entre

outros)

VP63 Centros tecnológicos de uso

coletivo Existência de centros tecnológicos de uso coletivo

VP64

Nível de importância das

cooperativas de crédito que

atendem a empresa e os

concorrentes

Nível de importância das cooperativas de crédito que

atendem a empresa e os concorrentes disponíveis aos

integrantes do arranjo

Fonte: Elaborado pelo autor.

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77

O Quadro 5 expõe os atributos que compõem os benefícios e aprendizagem em arranjos

produtivos. Contemplando a teoria de diferentes autores da literatura.

Quadro 5 – Atributos de Benefícios e Aprendizagem em Arranjos Produtivos

Fonte: Elaborado pelo autor.

O Quadro 6 apresenta os atributos de externalidades, densidade e cooperação em

arranjos produtivos. Matos, Stallivieri e Britt (2014) apresentam alguns atributos de arranjos

produtivos que abordam as externalidades, densidade e cooperação que possam apresentar

incidencia perante o grupo.

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Referência

VP65 Riscos compartilhados Existência de compartilhamento de riscos

Amato Neto (2000)

VP66 Troca de conhecimento Troca de conhecimento pelo arranjo

VP67 Troca de recursos Troca de recursos pelo arranjo

VP68 Poder de barganha Poder de compra fortalecido pelo arranjo

VP69 Diminuição de custos em

pesquisa Diminuição de custos em pesquisa

VP70 Barreiras aos novos entrantes Implantação de barreiras aos novos

entrantes

Ferreira Junior e

Teixeira (2007)

VP72 Facilidade de acesso à matéria-

prima

Facilidade de acesso à matéria-prima

através do arranjo

Lastres e Cassiolato

(2005)

VP73 Estimulo ao treinamento Estimulo ao treinamento dos integrantes

Matos, Stallivieri e

Britt (2014)

VP74

Incentivo e políticas públicas que

a empresa tem na contratação de

novos funcionários

Incentivo e políticas públicas que

contribuam para contratação de novos

funcionários

VP75

Nível de aprendizagem adquirido

no dia-a-dia da empresa pelos

funcionários

Nível de aprendizagem adquirido pelos

funcionários no dia-a-dia da empresa

VP76

Nível de conhecimento que a

empresa adquire com outros

concorrentes locais

Aprendizagem adquirida com integrantes

similares do arranjos (concorrentes)

VP77

Nível de conhecimento que a

empresa adquire com clientes e

fornecedores

Aprendizagem adquirida com outros

participantes do arranjo (fornecedores e

clientes)

VP78

Nível de conhecimento e

capacitação que a empresa

adquire com instituições de apoio

ao crescimento e

desenvolvimento

Nível de conhecimento e capacitação que

a empresa adquire com instituições de

apoio ao crescimento e desenvolvimento

como SEBRAE, SENAI, SESI e IFRN

VP79 Aprendizagem a partir de

serviços especializados

Aprendizagem a partir de serviços

especializados

VP80 Aprendizagem com demais

agentes

Aprendizagem com demais agentes que

podem a vir compor o arranjo

VP81 Incremento da produtividade dos

integrantes

Incremento da produtividade dos

integrantes do arranjo Tristão (2000)

VP82 Diminuição dos custos de

transação

Diminuição dos custos de transação

dentro do arranjo Zdebski (2011)

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Quadro 6 – Atributos de Externalidades, Densidade e Cooperação em Arranjos Produtivos

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Referência

VP83 Qualidade nas externalidades

da mão-de-obra Mão-de-obra externalizada de qualidade

Matos, Stallivieri e Britt

(2014)

VP84 Custos de externalidades da

mão-de-obra Custos de mão-de-obra externalizadas

VP85 Externalidades para apoio a

produção

Apoio a produção adquirido

externamente

VP86 Maior concentração das

vendas aos clientes

Regiões ou lugares onde concentram-se

a maior parte das vendas da empresa

VP87 Externalidade relacionadas

aos serviços de apoio

Serviços de apoio adquiridos

externamente

VP88 Integração em redes de

produção

Integração e interação junto as redes de

produção

VP89 Cooperação verticalizada Cooperação entre integrantes similares

do arranjo (competidores)

VP90 Cooperação horizontalizada Cooperação entre outros integrantes do

arranjo (fornecedores, clientes)

VP91 Cooperação com instituições

de ciência e tecnologia

Cooperação junto a instituições de

ciência e tecnologia

VP92 Cooperação junto a serviços

especializados

Cooperação junto a serviços

especializados

VP93 Cooperação junto a demais

agentes

Cooperação junto a demais agentes

integrantes do arranjo

Fonte: Elaborado pelo autor

Com relação à medição de performance na cadeia de suprimentos, a pesquisa baseou-se

na investigação das variáveis do modelo SCOR que foram adaptadas de SUPPLY CHAIN

COUNCIL (2012) através da literatura científica. Procurou-se adaptar o instrumento de

pesquisa para ser aplicado aos empresários dos principais setores têxteis da região Seridó/RN.

Os Quadros A, B e C apresentam os atributos referentes a confiabilidade do modelo SCOR.

Com relação ao nível de receptividade do modelo SCOR que foram adaptadas de SUPPLY

CHAIN COUNCIL (2012), estes são exibidos nos Quadros D, E e F. As variáveis pertencentes

ao nível de agilidade do modelo SCOR serão exibidas no Quadro G. As variáveis integrantes

do nível de eficiência do gerenciamento de ativos do modelo SCOR serão expostas nos Quadros

H e I.

Todos os Quadros com as variáveis utilizadas no modelo SCOR que foram adaptadas

de SUPPLY CHAIN COUNCIL (2012), encontram-se no apêndice E. Na etapa que

corresponde a preparação da metodologia, esta lida com o esquema metodológico, tipo de

pesquisa, universo da pesquisa, entrevistas, variáveis analíticas, instrumento de pesquisa, plano

de coleta de dados e tratamento dos dados.

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79

3. METODOLOGIA

3.1 ESQUEMA METODOLÓGICO

Para a obtenção dos objetivos da pesquisa, foram realizados os processos metodológicos

ilustrados na Figura 6.

Figura 6 – Esquema Metodológico

Fonte: Elaborado pelo autor

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O esquema metodológico da figura 6 descreve todas as etapas de criação, execução e

obtenção das análises dos resultados obtidos. Durante a revisão, alcançaram-se as opções mais

adequadas sobre arranjos produtivos e modelo de medição de desempenho na cadeia de

suprimentos, utilizando o modelo SCOR. Com o embasamento teórico sobre o assunto bem

estruturado, definiu-se a realização do estudo que caracterizou os arranjos produtivos das micro

e pequenas empresas têxteis da região Seridó/RN e suas relações com a cadeia de suprimentos.

Após essa definição, uma entrevista estruturada foi utilizada empregando método survey junto

aos gestores têxteis. Com isso, as variáveis analíticas do estudo foram definidas, o que

possibilitou a realização, elaboração e validação do instrumento de pesquisa. Com os dados

coletados junto às empresas, realizou-se um tratamento das informações para a obtenção dos

resultados.

Foram elaborados quatro quadros que expõem as diretrizes norteadoras para a conquista

do alcance dos objetivos específicos. Cada um, desses quadros, apresenta as diretrizes

referentes a cada um dos quatro objetivos específicos, os quais foram necessários para a

obtenção do objetivo geral do estudo. Os quadros encontram-se no apêndice D.

3.2 TIPO DE PESQUISA

O tipo de pesquisa se caracteriza por ser exploratória, adotando o levantamento

bibliográfico e a aplicação de questionário. Para Hair Jr. et al. (2005), a pesquisa exploratória

objetiva municiar/abastecer o pesquisador de um maior conhecimento sobre a questão ou

problema de pesquisa. A presente pesquisa proporcionou maiores esclarecimentos sobre os

arranjos produtivos têxteis da região Seridó/RN e suas relações com a cadeia de suprimentos.

A pesquisa foi alcançada de forma quantitativa, com o objetivo de ratificar as variáveis

identificadas na bibliografia (HAIR JR. et al., 2005; GIL, 1999; MATTAR, 2012).

A presente pesquisa abordou as características do universo dos principais setores têxteis.

O trabalho foi descritivo e de natureza aplicada. Este método serviu para delinear as

características dos sujeitos da pesquisa, aferindo o comportamento dos pesquisados e

analisando as frequências obtidas. A aplicação da técnica quantitativa foi empregada em virtude

da coleta de dados obtida na pesquisa utilizando uma análise estatística. Desse modo, foi

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possível confirmar a incidência das variáveis na investigação, convencionando credibilidade à

análise do trabalho (HAIR JR. et al., 2005; GIL, 1999; MATTAR, 2012).

Existiu ainda a aplicação de uma etapa qualitativa, que foi aplicada em forma de

entrevista. O emprego dessa técnica foi utilizado com o objetivo de buscar nas respostas, as

percepções dos entrevistados sobre arranjos produtivos têxteis e suas relações com a cadeia de

suprimentos. Desse modo, correlacionaram-se as respostas adquiridas nas entrevistas com as

variáveis propostas na bibliográfica (HAIR JR. et al., 2005; GIL, 1999).

Optou-se por uma pesquisa de campo com a aplicação de questionário. A utilização de

uma abordagem de pesquisa quantitativa pode ser ratificada através de uma pesquisa voltada

para dados quantificados através de um instrumento de pesquisa (questionário) (HAIR JR. et

al., 2005).

3.3 UNIVERSO DA PESQUISA

A região Seridó/RN é uma área geográfica e cultural integrante do estado do Rio Grande

do Norte. Seu território é compreendido pelas microrregiões do Seridó Ocidental e Oriental.

Compreendendo uma área de 9.374.063 km² com uma população estimada em 310.067

habitantes, segundo levantamentos do IBGE de 2014, a região também possui predicados

históricos e culturais únicos se conferidas a outras áreas do Rio Grande do Norte. Sendo

bastante procurada pelo turismo gastronômico, por eventos culturais e esportes radicais. A

região apresenta a maior concentração de municípios com índice de desenvolvimento humano

(IDH) elevado ou médio-elevado das regiões Norte e Nordeste do país. Um dos fatores que

contribui para esse elevado IDH da região, pode ser a presença de indústrias têxteis, as quais

possuem um papel significativo para a economia local (SERIDÓ, 2015).

Conforme levantamentos do SENAR-RN (2013) existem na região 90 facções,

responsáveis por mais de 1.800 empregos diretos e indiretos. Dados da Associação Seridoense

de Confecções (ASCONF), apontam que a região do Seridó/RN é o setor do estado com a maior

concentração de facções, responsáveis por movimentar cerca de R$ 2 milhões/mês. A

expectativa é que, com o novo programa do governo - o Pró-Sertão, esses números sejam

expandidos, e 360 novas facções sejam criadas no RN, gerando 20.000 empregos até dezembro

de 2018 (FJA-RN, 2013). Segundo dados do SEBRAE-ASN (2013) e de Leal (2007), a região

Seridó/RN reúne 80 bonelarias que respondem por mais de 1.300 empregos diretos e indiretos,

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82

produzindo em torno de 1,4 milhões de peças/mês (V&C, 2011). Além de facções e bonelarias,

na região seridoense há o funcionamento de 250 tecelagens que geram mais de 2.900 empregos

diretos e indiretos, produzindo cerca de 500 toneladas de produtos têxteis ao mês. Segundo

levantamentos do PEGN (2007), a região Seridó/RN é o maior polo produtivo de panos de

limpar prato da região Nordeste do Brasil, sendo a cidade de Jardim de Piranhas/RN o principal

produtor desse ramo. Essas três categorias totalizam 420 MPE’s têxteis, empregando direta ou

indiretamente mais de 6.000 pessoas. Existem ainda, na região, a área têxtil de pequenas

confecções. Contudo, estas não foram incluídas na pesquisa por não terem uma

representatividade elevada, tanto na força de trabalho quanto na contribuição per capita da

região.

Segundo Hair Jr. et al. (2005), o universo da pesquisa representa a população ou o grupo

total de indivíduos no qual o pesquisador precisa obter informações. Nesta pesquisa, optou-se

por utilizar o universo dos principais setores têxteis de MPE’s localizadas na região Seridó/RN,

englobando facções, bonelarias e tecelagens. Estas empresas situam-se nos municípios de

Jardim de Piranhas, Caicó, São José do Seridó, Jardim do Seridó, Acari, Cruzeta, São Fernando,

Serra Negra do Norte, Currais Novos, Cerro Corá, Parelhas e Ouro Branco. Utilizou-se uma

abordagem censitária que, para Mattar (2012), aumenta o nível de confiança e eleva a precisão

da pesquisa. Buscou-se aplicar o questionário em todos os indivíduos do universo proposto,

procurando absorver a maior quantidade possível de integrantes.

A maior incidência de empresas de tecelagem foi detectada no município de Jardim de

Piranhas/RN, seguido por Caicó/RN e Currais Novos/RN. A cidade de Caicó/RN apresentou a

maior concentração de bonelarias, seguida por Serra Negra do Norte/RN e São José do

Seridó/RN. As facções apresentaram uma maior incidência de fábricas nos municípios de

Jardim do Seridó/RN, São José do Seridó/RN e Acari/RN, seguido por Parelhas/RN,

Cruzeta/RN, Cerro Corá/RN, São Fernando/RN e Ouro Branco/RN.

Durante todo o processo da etapa de coleta, os empresários do setor de tecelagem

colaboraram com um retorno de 238 questionários, com representatividade de 95,2% do

universo. Dentre os 90 empresários faccionistas, obteve-se um retorno de 77 questionários,

representando 85,6% do universo total do grupo. No setor de bonelaria, 58 empresários

contribuíram com a pesquisa, obtendo um percentual de 72,5% de respostas. Obteve-se 373

respondentes nos três setores, com representatividade de 88,8% do universo. O Quadro 7

apresenta dados demográficos dos municípios que sediam as empresas envolvidas neste estudo.

A Figura 7 ilustra o mapa do RN, destacando a região e as cidades que sediam essas empresas.

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83

Quadro 7 – Municípios, Áreas, População e PIB

Município Área

(km²)

População em

2013

PIB (R$ 1.000,00)

em 2013

PIB per

capita em

2013

Caicó 1 228,574 66.246 803.9 milhões 12.136,40

São José do Seridó 174,504 4.488 30.7 milhões 6.280,00

Ouro Branco 253,300 4.860 45.7 milhões 9.398,00

Cruzeta 295,829 8.182 69.4 milhões 8.489,00

Jardim de Piranhas 330,533 14.342 122.2 milhões 8.568,00

Jardim do Seridó 368,643 12.526 97.8 milhões 7.809,00

Cerro Corá 393,569 10 928 81.6 milhões 7.467,00

São Fernando 404,415 3.556 46.3 milhões 13.029,00

Parelhas 513,052 21.288 165.4 milhões 7.772,00

Serra Negra do

Norte 562,395 8.083 40.9 milhões 5.069,00

Acari 608,565 11.355 84.1 milhões 7.406,91

Currais Novos 864,341 44.528 476.8 milhões 10.709,78

Fonte: SERIDÓ 2015.

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84

Figura 7 – Ilustração do Mapa do RN com Destaque à Região Seridó/RN

Fonte: Elaborado a partir de base cartográfica existente no site do IBGE.

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85

3.4 ENTREVISTAS

Conforme assevera Mattar (2012), o método de entrevistas é útil quando se almeja

encontrar aspectos que não podem ser notados e medidos inteiramente, como pensamentos,

sentimentos, experiências, intenções e condutas passadas por outros. Nesta pesquisa, foi

utilizada a entrevista pessoal realizada individualmente, constituindo um contato direto do

entrevistador com o entrevistado - para a obtenção das informações. O entrevistador efetuou as

perguntas existentes no apêndice A, tomando nota dos retornos dos entrevistados. As entrevistas

foram aplicadas à 30 empresários de MPE’s têxteis da região Seridó/RN. Constituíram 10

entrevistas aos empresários do setor de tecelagem, 10 entrevistas ao setor boneleiro e 10

entrevistas ao setor de facções.

O roteiro das entrevistas, aplicado aos empresários têxteis, abordou diversos temas

ligados aos arranjos produtivos e às cadeias de suprimentos, tratando questões sobre matéria-

prima, ambiente de trabalho, mercado de atuação, produção, suporte e apoio de outras

instituições, bem como assuntos relacionados aos arranjos produtivos. Após os depoimentos

das entrevistas, todas as informações capturadas pelo áudio da gravação foram redigidas na

íntegra.

Foram identificados, dentre as frequências do padrão de respostas dos entrevistados,

questões que seriam compatíveis com as variáveis elencadas na revisão bibliográfica,

reconhecendo novas variáveis que pudessem ser aplicadas. Mesmo com declarações fora do

padrão, foram averiguadas as relevâncias de suas respostas. Conforme aponta Mattar (2012), a

explanação dos dados é subjetiva, uma vez que o pesquisador poderá descobrir por

conveniência algo que permaneça ligado aos próprios pontos de vista sobre o problema (HAIR

JR. et al., 2005).

Partindo da obrigação de conferir e ratificar as variáveis elencadas na literatura, essas

entrevistas realizadas em forma de pesquisa qualitativa, aferiram similaridades com as variáveis

elencadas. Novas variáveis que não foram abordadas na pesquisa bibliográfica surgiram,

contribuindo para o aperfeiçoamento da pesquisa (HAIR JR. et al., 2005).

3.5 VARIÁVEIS ANALÍTICAS

As variáveis analíticas foram selecionadas a partir das variáveis elencadas na revisão

bibliográfica, presentes no Capítulo 2. Também estão inseridas as novas variáveis que se

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86

destacaram no processo de entrevistas. O processo de seleção dessas variáveis seguiu as bases

das seguintes diretrizes:

A eliminação de similaridades existentes dentro das variáveis de pesquisa que

correspondem aos arranjos produtivos (AP). Como exemplo, tem-se: a variável

Aprendizagem adquirida com outros participantes com a variável Troca de

conhecimento pelo arranjo. Observa-se que ambas as variáveis tratam da aprendizagem

adquirida entre os participantes do arranjo.

A eliminação de variáveis comuns aos arranjos produtivos (AP) e ao modelo SCOR.

Como exemplo, tem-se: Giro do Estoque que pertence aos arranjos produtivos e Capital

empatado em estoque de produto acabado do modelo SCOR. Ambas remetem ao capital

em quantidade de estoque disponível após os processos produtivos.

Aglutinação, justaposição ou variáveis específicas. Como exemplo, tem-se:

Cooperação verticalizada, Cooperação horizontalizada, Cooperação com instituições

de ciência e tecnologia, Cooperação junto a serviços especializados, Cooperação junto

a demais agentes.

Universo proposto na pesquisa representado por empresas pertencentes ao grupo das

MPE’s têxteis da região Seridó/RN. Existem variáveis que não se aplicam a este grupo,

por exemplo: Valor do estoque defeituoso disponível para reparo no fornecedor ou

Tempo demandado em testes de produção.

A realização das entrevistas com empresários têxteis da região. Percebeu-se que

algumas variáveis poderiam ser removidas da pesquisa. Surgiram 15 novas variáveis

advindas das necessidades regionais desses grupos, as quais foram inseridas dentro dos

arranjos produtivos.

O Quadro 8 exibe as variáveis de arranjos produtivos que se referem ao abastecimento

e a distribuição. Essas variáveis lidam com a relação de abastecimento entre os fornecedores e

as empresas pertencentes ao arranjo além de fazer uso dos relacionamentos de distribuição

existentes entre as empresas e os clientes. Essas variáveis de abastecimento e distribuição

mantém relação direta com a disponibilidade e dificuldades impostas por fatores externos,

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87

comprometimento da produção, acessibilidade, contribuições e colaborações, importância

sobre divulgação de produtos, concentração de vendas e dificuldades produtivas em períodos

de alta demanda do mercado. As variáveis foram obtidas após análise, utilizando a teoria de

Fonseca Neto (2002), Matos, Stallivieri e Britt (2014) e das oriundas do estudo.

Quadro 8 – Atributos para Caracterização dos Arranjos Produtivos Referentes ao

Abastecimento e Distribuição

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Referência

Q2 Quantidade de

fornecedores na região

Disponibilidade de fornecedores na região onde o

arranjo (grupo de empresas) estão localizadas.

Fonseca Neto

(2002)

Q4

Fornecedores com

acesso via sistema de

informação aos

estoques de matéria-

prima da empresa

Em qual medida o fornecedor tem acesso direto via

sistema ao estoque da empresa.

Variáveis

advindas da

pesquisa Q9

Nível de

comprometimento da

produção por

sazonalidade de

matéria-prima

Nível de comprometimento da produção devido à

baixa oferta de matéria-prima em alguns períodos do

ano

Q30

Nível de dificuldades

impostas pela

localização no envio de

mercadorias para os

clientes

Nível de dificuldades impostas pela localização da

empresa com relação ao envio de mercadorias

produzidas (entrega dos produtos acabados)

Q31 Maior concentração das

vendas aos clientes

Regiões ou lugares onde concentram-se a maior

parte das vendas da empresa

Matos, Stallivieri

e Britt (2014)

Q32

Nível de dificuldades

impostas pela

localização da empresa

relacionado ao

recebimento de matéria-

prima e insumos

Nível de dificuldades impostas pela localização da

empresa com relação ao recebimento de matéria-

prima e insumos (obstáculos pela localização no

recebimento de matéria-prima)

Variáveis

advindas da

pesquisa

Q37

Nível de contribuição

na produção de

fornecedores

participativos e

prestativos

Nível de contribuição na produção do fornecedor

que entra sempre em contato, é participativo e

prestativo

Q47

Nível de importância

dos clientes

distribuidores na

divulgação e

apresentação dos

produto

Quão importante é o cliente distribuidor

(intermediador) na divulgação e apresentação dos

seus produtos frente aos consumidores finais.

Q50

Nível de produção

afetada por período de

alta demanda de vendas

Nível de produção afetada por aumento de vendas

em períodos específicos do ano.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

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88

O Quadro 9 exibe as variáveis de arranjos produtivos referentes à produção em arranjos

produtivos. Essas variáveis lidam com a relação de nível de polivalência da equipe, instalações,

qualificação de mão-de-obra e a produtividade, por exemplo.

Quadro 9 – Atributos para Caracterização dos Arranjos Produtivos Referentes a Produção

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Referência

Q11 Qualidade da matéria-prima

utilizada na produção

Em que nível de qualidade encontra-se a

matéria-prima utilizada no processo

produtivo

Variáveis

advindas da

pesquisa

Q16

Nível de padrão estético e

qualidade das embalagens dos

produtos

Nível de embalagens dos produtos existentes

de forma padronizada e com qualidade

Costa

(2007)

Q22

Carteira com clientes antigos

contribuindo com a

programação da produção

O tempo de relacionamento longo com um

mesmo cliente contribuindo para a

flexibilização na produção e entrega dos

produtos

Variáveis

advindas da

pesquisa

Q23 Nível de polivalência da equipe

Nível de polivalência devido a funcionários

que executam várias operações dentro do

processo produtivo

Schonslebe

n (2000)

Q26

Nível de aprendizagem

adquirido no dia-a-dia da

empresa pelos funcionários

Nível de aprendizagem adquirido pelos

funcionários no dia-a-dia da empresa

Matos,

Stallivieri e

Britt (2014)

Q33 Nível de adequação das

instalações da empresa

Nível de adequação das instalações da

empresa (galpões, maquinário, transportes,

entre outros)

Fonseca

Neto

(2002)

Q36

Nível da administração da

empresa relacionada as

facilidades de compra, venda e

produção

Nível da administração da empresa (gestores

e funcionários) relacionada as facilidades de

compra, venda e produção

Lemos,

Santos e

Crocco

(2003)

Q38 Nível de mão-de-obra

qualificada na empresa

Nível de mão-de-obra qualificada na empresa

dentro da empresa Mendonça

(2008)

Q39 Presença de mão-de-obra

especializada dentro da empresa

Presença de mão-de-obra especializada

dentro da empresa

Q48

Nível de importância das

empresas que prestam serviços

terceirizados

Nível de importância das empresas que

prestam serviços terceirizados durante os

processos produtivos

Variáveis

advindas da

pesquisa

Q51

Nível de absorção de produção

de grande variedade de produtos

em baixas quantidades

Nível de absorção de produção devido à

grande variedade de produtos existentes na

linha de produção em baixas quantidades,

podendo interferir em regulagens específicas

de maquinários, entre outros

Q52

Nível de produtividade com a

continuidade de grandes lotes

com pouca variedade de

produtos

Nível de produtividade com a manutenção de

um mesmo produto na linha de produção por

um determinado tempo, ou com uma maior

quantidade do mesmo

Q53

Nível de interferência de rígida

fiscalização dos órgãos

governamentais nos processos

produtivos da empresa

Até que ponto uma fiscalização rígida dos

órgãos governamentais, atrapalha no dia-a-

dia dos processos de produção.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

O Quadro 10 exibe as variáveis de arranjos produtivos que se referem a aprendizagem

e relacionamento.

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89

Quadro 10 – Atributos de Caracterização dos Arranjos Produtivos Referentes a Aprendizagem

e Relacionamento

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Referência

Q6

Frequência de compras de matéria-

prima e insumos da empresa em

conjunto com outras do mesmo setor

Frequência de compras de matéria-prima e

insumos realizadas por sua empresa em

conjunto com concorrentes

Schmitz e

Nadvi (1999)

Q24

Incentivo e políticas públicas que a

empresa tem na contratação de

novos funcionários

Incentivo e políticas públicas que

contribuam para contratação de novos

funcionários

Matos,

Stallivieri e

Britt (2014)

Q25

Presença de políticas e ações

públicas voltadas para aproximação

da empresa as instituições de ensino

e pesquisa

Presença de políticas e ações públicas para

aproximação as instituições de ensino e

pesquisa

Tigre (2006)

Q27

Nível de conhecimento que a

empresa adquire com outros

concorrentes locais

Aprendizagem adquirida com integrantes

similares do arranjos (concorrentes) Matos,

Stallivieri e

Britt (2014)

Q28

Nível de conhecimento que a

empresa adquire com clientes e

fornecedores

Aprendizagem adquirida com outros

participantes do arranjo (fornecedores e

clientes)

Q29

Nível de conhecimento que a

empresa tem como diferencial

competitivo em relação aos

concorrentes locais

Nível de conhecimento que a empresa tem

como diferencial competitivo com relação

aos concorrentes

Variáveis

advindas da

pesquisa

Q34

Quantidade de negócios realizados

com empresas informais e/ou

profissionais autônomos

Quantidade de negócios realizados entre a

empresa e empresas informais Lemos,

Santos e

Crocco

(2003) Q35 Nível de confiança entre a empresa e

os concorrentes locais

Nível de confiança entre a empresa e os

concorrentes locais (integrantes do arranjo)

Q40

Nível de importância para empresa

de instituições de apoio ao

crescimento e desenvolvimento

Nível de importância para empresa de

instituições de apoio como SEBRAE,

SENAI, SESI e IFRN

Piore e Sabel

(1984)

Q41

Nível de conhecimento e capacitação

que a empresa adquire com

instituições de apoio ao crescimento

e desenvolvimento

Nível de conhecimento e capacitação que a

empresa adquire com instituições de apoio

ao crescimento e desenvolvimento como

SEBRAE, SENAI, SEISI e IFRN

Matos,

Stallivieri e

Britt (2014)

Q42 Nível de cooperação entre a empresa

e os concorrentes locais

Nível de cooperação entre empresas

competidoras (integrantes do arranjo)

Mendonça

(2008)

Q43 Nível de objetivos comuns entre a

empresa e os concorrentes locais

Existência de objetivos comuns entre

empresas competidoras

Piore e Sabel

(1984)

Q44

Presença de associações de classe,

cooperativas e/ou redes de

relacionamento favorecendo a

integração do arranjo

Existência de associações de classe e

comerciais favorecendo a integração da

empresa com seus concorrentes (integrantes

do arranjo)

Mendonça

(2008)

Q45

Nível de existência de estrutura

física comum entre a empresa e os

concorrentes locais

Nível de estrutura comum (galpões) entre a

empresa e seus concorrentes (integrantes do

arranjo) para armazenamento e produção

Costa (2007)

Q46

Nível de cooperação entre a empresa

e os concorrentes locais na aquisição

de serviços especializados

Nível de cooperação entre a empresa e seus

concorrentes (integrantes do arranjo) na

aquisição de serviços especializados

(técnicos, engenheiros, entre outros) Schmitz e

Nadvi (1999)

Q49

Nível de importância das

cooperativas de crédito que atendem

a empresa e os concorrentes

Nível de importância das cooperativas de

crédito que atendem a empresa e os

concorrentes disponíveis aos integrantes

Q54

Acesso a matéria-prima, mão-de-

obra e mercado prejudicado pela

ausência de concorrentes locais

Até que ponto a ausência de parceiros

comerciais (concorrentes) pode atrapalhar

no processo e melhoria de produção

Variáveis

advindas da

pesquisa

Fonte: Elaborado pelo Autor.

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90

O Quadro 11 exibe as variáveis de medição de performance na cadeia de suprimentos

utilizando o modelo SCOR 11.0. As variáveis foram agrupadas conforme os processos de

Confiabilidade, Receptividade, Agilidade e Eficiência do Gerenciamento de Ativos.

Quadro 11 – Atributos Utilizados na Pesquisa para Medição de Performance utilizando o

modelo SCOR 11.0

Atributos Nome das Atributos Descrição dos Atributos Classificação

processos

Q1

Capital empatado em estoque de

mercadorias acabadas (produtos

finalizados em estoque)

Capital empatado em estoque de produção

acabada, disponível para abastecimento aos

clientes

Eficiência do

Gerenciamento

de Ativos

Q3

Capital empatado em estoque de

matéria-prima e insumos para

produção

Capital de estoque de insumos e matéria-

prima disponíveis para produção. Matéria-

prima e insumos para abastecimento

Q5 Quantidade de material reciclado

utilizado na produção

Quantidade de insumos advindos de material

reciclado utilizados nos processos produtivos.

Nível de insumos e matéria-prima reciclados

Q7 Nível de desperdício de matéria-

prima na fabricação dos produtos

Nível de desperdício de matéria-prima

durante a fabricação dos produtos Confiabilidade

Q8

Prazo médio disponibilizado pelos

fornecedores para realização de

pagamentos

O tempo médio disponibilizado pelos

fornecedores para realização de pagamentos

de insumos e matéria-prima Receptividade

Q10

Tempo médio utilizado pelos

fornecedores para entregar

matéria-prima e insumos.

Tempo médio demandado pelo fornecedor

para entrega dos principais insumos e

matéria-prima

Q12

Quantidade de recursos naturais

(água, madeira) utilizados na

produção.

Nível de recursos naturais como água e/ou

madeira utilizados na produção Eficiência do

Gerenciamento

de Ativos Q13

Gastos com a produção exceto

matéria-prima e insumos.

Nível de gastos durante os processos

produtivos exceto os gastos com matéria-

prima e insumos

Q14 Quantidade de pedidos atendidos

corretamente pelos fornecedores

Quantidade de pedidos atendidos

corretamente pelos fornecedores conforme

combinado

Confiabilidade

Q15 Quantidade de pedidos entregues

corretamente aos clientes

Quantidade de pedidos entregues aos clientes

realizados corretamente com tempo,

quantidades, documentação de envio todos

conforme combinado

Q17

Tempo médio de permanência na

empresa dos produtos fabricados

(mercadoria acabada em estoque)

Média de tempo em que os produtos

fabricados permanecem dentro da empresa.

Eficiência do

Gerenciamento

de Ativos

Q18 Tempo médio de produção dos

produtos da empresa

Média de tempo utilizado na fabricação dos

produtos

Agilidade

Q19

Nível de comprometimento da

produção da empresa quando na

ausência de um ou mais

funcionários

Nível de comprometimento da produção

quando a mão-de-obra é reduzida por

ausência de indivíduos da equipe por motivos

pessoais

Q20

Nível do planejamento da

produção da empresa (cronograma

de produção).

Nível de planejamento conforme cronograma

de produção Receptividade

Q21 Tempo médio de entrega dos

produtos da empresa aos clientes

Tempo médio gasto para a entrega dos

produtos aos clientes

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012.

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91

3.6 INSTRUMENTO DE PESQUISA

O instrumento de pesquisa foi constituído em dois Módulos. O Módulo 1 representa a

caracterização das empresas contendo informações como: nome da empresa, força de trabalho

(familiares e funcionários), escolaridade do proprietário, existência de gerentes, faixa etária do

proprietário, média idade equipe, atividade, sexo do proprietário, quantidade de galpões,

quantidade de fornecedores, produção mensal e faturamento bruto anual. Já o Módulo 2 é

composto por um questionário de pesquisa contendo 54 questões que corresponderam à

caracterização dos arranjos produtivos e aos atributos de medição de desempenho da cadeia de

suprimentos, utilizando o modelo SCOR 11.0.

O questionário de pesquisa utilizou uma escala Likert de sete pontos, variando de um a

sete. Cada questão ofereceu sete alternativas de respostas, utilizando diversas escalas para cada

uma das questões. A seguir, temos quatro exemplos de como as questões se apresentaram no

questionário. O instrumento completo encontra-se no Apêndice C.

Questão 1

Indique o capital empatado (dinheiro parado) em estoque de mercadorias finais em relação ao

faturamento mensal de sua empresa (considere somente o estoque de produtos finalizados):

Até 1 mês Até 2

meses

Até 3 meses Até 4

meses

Até 5 meses Até 6

meses

Acima de 6

meses

1 2 3 4 5 6 7

Questão 6

Indique a frequência de compras de matéria-prima e insumos realizadas por sua empresa em

conjunto com outras do mesmo setor junto aos fornecedores. A escala varia de 1 (nunca realiza) a

7 (sempre realiza):

Nunca

realiza

Sempre

realiza

1 2 3 4 5 6 7

Questão 24

Incentivos e políticas públicas que ajudem a sua empresa na contratação de novos funcionários (empresas e/ou instituições que ligam empregados a empregadores, como o IEL):

Não existem

Existem muito

poucos

Existem Poucos

Existem Existem e atuam bem

Existem e atuam muito

bem

Existem e atuam com excelência

1 2 3 4 5 6 7

Questão 25

Você considera a presença de políticas e ações públicas (prefeituras, câmaras de vereadores, órgãos públicos, associações e cooperativas) voltadas para a aproximação de sua empresa às instituições de ensino e pesquisa em um nível:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

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92

Para a validação dos questionários foi implementado um pré-teste, no qual 21

empresários contribuíram para o melhor entendimento deste. Estes participantes foram

distribuídos em 12 empresários do setor de tecelagem, 4 do setor de bonelaria e 5 do setor de

facções. Diversas questões tiveram contribuições advindas do pré-teste, durante o qual

aconteceram alguns ajustes sugeridos pelos próprios empresários. Essas sugestões foram

filtradas e acatadas na medida do possível, contribuindo para uma melhor aplicação e coleta de

informações do instrumento. Como exemplo de contribuição dos entrevistados para um maior

esclarecimento das questões do instrumento de pesquisa, vale salientar as questões 1 e 3 do

questionário. A primeira trata do capital empatado em estoque de mercadorias acabadas e a

terceira refere-se ao capital empatado em matéria-prima e insumos para fabricação dos

produtos. Os empresários contribuíram com a adição do termo “dinheiro parado”, tornando as

questões claras ao entendimento de todos.

3.7 PLANO DE COLETA DE DADOS

O processo de coleta de dados constituiu-se em uma pesquisa de campo, tendo em vista

a obtenção de dados primários que, segundo Mattar (2012), são dados coletados para solucionar

um problema específico de pesquisa. Os gestores de MPE’s têxteis da região Seridó do estado

do Rio Grande do Norte foram pesquisados durante o mês de abril do ano de 2015. Uma equipe

- composta por três pesquisadores, sendo um mestrando de administração e dois graduandos do

curso de administração - foi treinada adequadamente para a aplicação do questionário.

Os gestores das MPE’s têxteis foram abordados em seu ambiente de trabalho.

Constituíram-se válidos somente os questionários com o Módulo 1 e o Módulo 2

completamente preenchidos. O Módulo 2 com indicação de uma única resposta.

3.8 TRATAMENTO DOS DADOS

Com a coleta, os dados foram tabulados e analisados por meio de estatística descritiva

utilizando o software de planilha eletrônica Microsoft Excel 2013, junto as variáveis de arranjos

produtivos e as variáveis de medição de desempenho na cadeia de suprimentos. Identificando,

além das participações das frequências dentro das sete posições propostas, as médias de

importância e a moda para cada uma das variáveis.

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93

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

O presente capítulo tem por desígnio explanar os resultados obtidos, conexos com os

objetivos da pesquisa. Os empresários do setor de tecelagem contribuíram com um retorno de

238 questionários devidamente preenchidos, os faccionistas colaboraram com o retorno de 77

questionários, já os boneleiros colaboraram com 58 respondentes. Para a análise dos resultados

obteve-se 373 respondentes dentro do total de 420 empresas pertencentes ao universo dentro de

todos os setores. Para uma melhor interpretação sobre as análises, optou-se por estruturar o

capítulo nos moldes: 4.1 Caracterização dos Setores, 4.2 Polo de Tecelagem, 4.3 Polo de

Bonelaria, 4.4 Polo de Facção, 4.5 Análise Comparativa dos Setores Têxteis da Região

Seridó/RN.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS SETORES

4.1.1 Participação

A Tabela 1 apresenta a participação dos municípios dentro do setor têxtil. Além de exibir

o total a média e a moda de cada um dos setores, a tabela também contempla todos os

municípios pesquisados.

Tabela 1 – Participação dos Municípios dos Principais Setores Têxteis da Região Seridó/RN

TECELAGENS BONELARIAS FACÇÕES GERAL

Escala Cidades Frq % Frq % Frq % Frq %

1 JARDIM DE PIRANHAS 233 97,90% 0 0,00% 0 0,00% 233 62,47%

2 SÃO JOSÉ DO SERIDÓ 0 0,00% 3 5,17% 14 18,18% 17 4,56%

3 CAICÓ 4 1,68% 37 63,79% 0 0,00% 41 10,99%

4 SÃO FERNANDO 0 0,00% 0 0,00% 4 5,19% 4 1,07%

5 SERRA NEGRA DO NORTE 0 0,00% 18 31,03% 0 0,00% 18 4,83%

6 JARDIM DO SERIDÓ 0 0,00% 0 0,00% 22 28,57% 22 5,90%

7 ACARI 0 0,00% 0 0,00% 11 14,29% 11 2,95%

8 CRUZETA 0 0,00% 0 0,00% 8 10,39% 8 2,14%

9 PARELHAS 0 0,00% 0 0,00% 10 12,99% 10 2,68%

10 OURO BRANCO 0 0,00% 0 0,00% 1 1,30% 1 0,27%

11 CERRO CORÁ 0 0,00% 0 0,00% 7 9,09% 7 1,88%

12 CURRAIS NOVOS 1 0,42% 0 0,00% 0 0,00% 1 0,27%

Média 1,08 3,57 6,42 2,57

Moda 1 3 6 1

Fonte: Pesquisa.

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94

O município de Jardim de Piranhas/RN aparece com a maior participação de fábricas

tanto dentro do setor de tecelagens (97,9%) como no contexto geral (62,47%). A cidade de

Caicó/RN apresenta a maior participação dentre as bonelarias (63,79%) e a cidade de Jardim

do Seridó/RN dentre as facções (28,57%). As modas exibidas convergem para tais constatações.

O setor que apresenta a distribuição mais uniforme é o setor de facções. E, o que apresenta a

maior concentração de empresas em uma única cidade é o de tecelagem.

4.1.2 Força de Trabalho

A Tabela 2 apresenta a força de trabalho dos principais setores têxteis. Expõe o total,

a média e a moda de cada um dos setores, abordando familiares e os não familiares que atuam

dentro da força de trabalho existente nas empresas.

Tabela 2 – Força de Trabalho dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN

SETORES FAMILIARES FUNCIONÁRIOS TOTAL

TECELAGENS

Total 454,00 2505,00 2959,00

Média 1,91 10,53 12,43

Moda 2,00 4,00 7,00

BONELARIAS

Total 97,00 1215,00 1312,00

Média 1,67 20,95 22,62

Moda 1,00 21,00 13,00

FACÇÕES

Total 114,00 2223,00 2337,00

Média 1,48 28,87 30,35

Moda 1,00 30,00 31,00

GERAL

Total 665,00 5943,00 6608,00

Média 1,78 15,93 17,72

Moda 1,00 4,00 8,00

Fonte: Pesquisa.

O setor com a maior concentração de força de trabalho é o de tecelagem, seguido por

facções e bonelarias. Um dado que vale salientar é que mais de 15% da força de trabalho das

tecelagens é composta por membros da família. Facções tem a maior média de pessoas

trabalhando por empresa (30,35), seguida pelas bonelarias (22,62) e por último aparecem as

tecelagens (12,43).

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95

4.1.3 Grau de Instrução

A Tabela 3 exibe informações referentes ao grau de instrução dos empresários têxteis,

apresentando frequências, porcentagens, médias e moda.

Tabela 3 – Grau de Instrução dos Empresários dos Principais Setores Têxteis da Região Seridó/RN

GRAU DE

INTRUÇÃO

TECELAGENS BONELARIAS FACÇÕES

Frq % Frq % Frq %

NENHUM 5 2% 0 0% 0 0%

ENS. BÁSICO 142 59% 27 47% 5 6%

ENS. MÉDIO 85 36% 24 41% 43 56%

SUP. INCOMPLETO 4 2% 2 3% 9 12%

SUP. COMPLETO 2 1% 5 9% 18 23%

PÓS-GRADUAÇÃO 0 0% 0 0% 2 3%

TOTAL 238 100% 58 100% 77 100%

Fonte: Pesquisa.

Os empresários de tecelagens (59%) apresentam maior incidência no ensino básico,

conferindo somente 3% aos empresários do setor de tecelagem que possuem ensino superior

(completo e/ou incompleto). Os boneleiros também apresentam uma maior incidência no ensino

básico (47%). 11% desses possuem ensino superior (Completo e/ou Incompleto). Já a maior

parte dos faccionistas (56%) incidem no ensino médio, com 23% deste grupo no ensino

superior. Somados superior completo, superior incompleto e pós-graduação, os empresários de

facção apresentam 38% de incidência.

4.1.4 Administração por Terceiros

A Tabela 4 apresenta os dados que indicam se as empresas são administradas por

terceiros, com as frequências e porcentagens.

Tabela 4 – Presença de Administração de Terceiros dentro dos Principais Setores Têxteis da

Região Seridó/RN

INCIDÊNCIA TECELAGENS BONELARIAS FACÇÕES

Frq % Frq % Frq %

SIM 34 14% 30 52% 65 84%

NÃO 204 86% 28 48% 12 16%

TOTAL 238 100% 58 100% 77 100%

Fonte: Pesquisa.

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96

A maior parte das tecelagens são administradas pelos próprios empresários (86%). As

bonelarias apresentam resultados mais equilibrados, no qual 52% são administradas pelos

empresários e 48% por administradores terceirizados. Já as facções, são geridas em sua maioria

por administração terceirizada (84%).

4.1.5 Faixa Etária

A Tabela 5 apresenta os dados referentes a faixa etária dos empresários com a

frequência, porcentagem, média e moda para cada um dos setores.

Tabela 5 – Faixa Etária dos Empresários dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN

Escala FAIXA ETÁRIA

TECELAGENS BONELARIAS FACÇÕES

Frq % Frq % Frq %

1 ENTRE 18 E 25 ANOS 5 2% 0 0% 0 0%

2 ENTRE 25 E 35 ANOS 53 22% 11 19% 29 38%

3 ENTRE 35 E 50 ANOS 118 50% 33 57% 43 56%

4 ACIMA DE 50 ANOS 62 26% 14 24% 5 6%

TOTAL 238 100% 58 100% 77 100%

MÉDIA 3,97 3,66 2,95

MODA 3 3 3

Fonte: Pesquisa.

Os três setores apresentam maior incidência de empresários pertencentes à faixa etária

compreendida entre 35 e 50 anos, a média e a moda apontam para essa constatação. Tecelagens

apresentam 2% dos empresários com idade entre 18 e 25 anos, sendo o único setor que apresenta

gestores nessa faixa etária.

Tabela 6 – Faixa Etária Média das Equipes dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN

Escala FAIXA ETÁRIA

TECELAGENS BONELARIAS FACÇÕES

Frq % Frq % Frq %

1 ENTRE 18 E 25 ANOS 9 4% 1 2% 10 13%

2 ENTRE 25 E 35 ANOS 218 92% 57 98% 67 87%

3 ENTRE 35 E 50 ANOS 11 5% 0 0% 0 0%

4 ACIMA DE 50 ANOS 0 0% 0 0% 0 0%

TOTAL 238 100% 58 100% 77 100%

MÉDIA 2,21 2,84 2,83

MODA 2 2 2

Fonte: Pesquisa.

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97

Todos os setores apresentaram uma maior participação na faixa que compreende entre

25 e 35 anos. 13% das facções apresentam trabalhadores na faixa etária compreendida entre

indivíduos com idade entre 18 e 25 anos. Tecelagens apresentam 5% das empresas com equipes

de trabalho que compreendem a faixa etária entre 35 e 50 anos.

4.1.6 Gênero dos Proprietários

A Tabela 7 apresenta informações referentes ao gênero dos empresários, explicitando

as frequências, porcentagens, médias e moda de cada setor.

Tabela 7 – Gênero dos Empresários dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN

Escala SEXO

TECELAGENS BONELARIAS FACÇÕES

Frq % Frq % Frq %

1 MASCULINO 225 95% 56 97% 41 53%

2 FEMININO 13 5% 2 3% 36 47%

TOTAL 238 100% 58 100% 77 100%

MÉDIA 1,05 1,03 1,47

MODA 1,00 1,00 1,00

Fonte: Pesquisa.

Tecelagens e bonelarias apresentam uma predominância de empresários do sexo

masculino. Faccionistas exibem um equilíbrio, apesar de uma leve superioridade no sexo

masculino (53%), com 47% para o sexo feminino.

4.1.7 Estrutura produtiva

A Tabela 8 apresenta a quantidade de galpões por empresa, com média e moda.

Tabela 8 – Galpões dos Principais Setores Têxteis da Região Seridó/RN

SETORES TOTAL MÉDIA MODA

TECELAGENS 378,00 1,59 1

BONELARIAS 95,00 1,64 1

FACÇÕES 77,00 1 1

GERAL 489,00 1,41 1

Fonte: Pesquisa.

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98

O setor com a maior quantidade de galpões é o de tecelagem. As bonelarias detêm a

maior média de galpões por empresa (1,64). Já o setor com a distribuição mais uniforme é o de

facções que possui média e moda 1.

Tabela 9 – Média de Fornecedores por Empresa nos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN

SETORES MÉDIA MODA

TECELAGENS 3,36 3

BONELARIAS 7,64 6

FACÇÕES 1,25 1

ANÁLISE GERAL 4,08 3

Fonte: Pesquisa.

O setor de tecelagem apresentou média e moda equivalentes, com algo em torno de 3

fornecedores por empresa. Facções também exibiram uma média de 1 fornecedor por empresa.

Já as bonelarias, apresentaram uma discrepância entre a média (7,64) e a moda (6). A análise

apurou que algumas empresas do setor boneleiro possuem uma quantidade superior de

fornecedores, elevando sua média. O setor boneleiro também detêm a maior quantidade de

fornecedores por empresa.

Tabela 10 – Produção Mensal dos Principais Setores Têxteis da Região Seridó/RN

SETORES T. PRODUÇÃO MÊS MÉDIA MODA

TECELAGENS (Kg) 2.313.700 9.721,43 5.000

BONELARIAS (Pçs) 1.463.500 25.232,76 20.000

FACÇÕES (Pçs) 743.500 9.655,84 8.000

ANÁLISE GERAL 4.520.700 12.119,84 8.000

Fonte: Pesquisa.

As tecelagens apresentaram a maior produção mensal com 2.313.700 Kg. As Bonelarias

apresentam maior média produtiva 25.232,76 peças/mês por empresa. As Facções exibem uma

produção mensal de 743.500 peças/mês. O motivo pelo qual as tecelagens apresentam uma

média produtiva menor do que o setor boneleiro - mesmo apresentando um total produtivo

maior - pode ser ocasionado pela diferença na quantidade de empresas de cada setor, pois o

número de tecelagens é quatro vezes superior à quantidade de bonelarias.

A Tabela 11 apresenta informações referentes ao faturamento bruto anual de cada

empresa, considerando a frequência, porcentagem, média e moda de cada um dos principais

setores têxteis.

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Tabela 11 – Faturamento Anual por Empresa dos Principais Setores Têxteis da Região

Seridó/RN

Escala FATURAMENTO ANUAL

TECELAGENS BONELARIAS FACÇÕES

Frq % Frq % Frq %

x R$ 1.000,00

1 ATÉ 20 0 0% 0 0% 0 0%

2 DE 20 A 40 1 0% 0 0% 0 0%

3 DE 40 A 80 4 2% 0 0% 0 0%

4 DE 80 A 160 13 5% 4 7% 0 0%

5 DE 160 A 240 60 25% 0 0% 3 4%

6 DE 240 A 360 26 11% 2 3% 39 51%

7 DE 360 A 500 63 26% 12 21% 22 29%

8 DE 500 A 750 18 8% 11 19% 6 8%

9 DE 750 A 1000 25 11% 16 28% 3 4%

10 DE 1000 A 2000 13 5% 9 16% 4 5%

11 DE 2000 A 2900 8 3% 2 3% 0 0%

12 ACIMA DE 2900 7 3% 2 3% 0 0%

TOTAL 238 100% 58 100% 77 100%

MÉDIA 8,79 9,88 7,89

MODA 7 9 6

Fonte: Pesquisa.

As bonelarias apresentam maior incidência na faixa de faturamento anual, em que

abrangem a faixa entre R$ 750.000,00 à R$ 1.000.000,00. As tecelagens apresentaram uma

maior incidência na faixa que compreende entre R$ 360.000,00 à R$ 500.000,00. Mais da

metade das facções (51%) estão na faixa de faturamento anual que compreende valores de R$

240.000,00 à R$ 360.000,00. Um dos fatores que podem influenciar o faturamento de facções,

sendo inferior ao de tecelagens e bonelarias, pode ser o fato desse setor não demandar recursos

para compra de matéria-prima e insumos, diminuindo consideravelmente os volumes

monetários operados.

Em uma análise geral sobre os resultados apresentados, o setor de tecelagem é o que

concentra o maior número de empresas, consequentemente este também possui a maior força

de trabalho, quantidade de galpões e volume de produção mensal. Quanto ao grau de instrução

dos empresários, o setor de tecelagem encontra-se abaixo dos outros arranjos. Em sua maioria

são administradas por homens e possuem pouca participação de administração por terceiros.

Este é o único setor que apresenta jovens empresários que compreendem a faixa etária entre 18

e 25 anos. Possuem em média 3 fornecedores por empresa, onde estes localizam-se próximos

ao arranjo. Com relação ao faturamento anual, foram os únicos que apresentaram 2% dos

empresários na menor faixa registrada que compreende entre R$ 40.000,00 à R$ 80.000,00

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100

anuais, este setor ainda apresenta 3% de suas empresas em um faturamento que ultrapassa os

R$ 2.900.000,00, sendo este o maior registrado junto as empresas do setor boneleiro.

O setor boneleiro, como o de tecelagem, apresenta uma maior concentração de

empresas em um mesmo município, com mais da metade das indústrias do setor localizadas no

município de Caicó/RN. Mais de 80% dos empresários do setor possuem ensino básico, ou

ensino médio. Este setor apresenta uma distribuição mais equilibrada entre empresários

administrando as empresas com 52% e uma administração por terceiros com 48%. É o setor

dentre os três arranjos que possui a maior proporção de empresários do sexo masculino, sendo

estes 97% do total. Este setor detém a maior média de galpões (1,64) e fornecedores (7,64) por

empresa. Uma maior disponibilidade de espaço físico e fornecedores locais disponíveis, podem

colaborar para o crescimento do arranjo. As bonelarias possuem a maior média produtiva com

produção de 25.232,76 peças/empresa. Esta média apresenta-se superior a do setor de

tecelagem, que detém o maior volume produtivo, devido ao fato da quantidade de tecelagens

serem quatro vezes superior que a de bonelarias. Bonelarias apresentam 28% de suas empresas

em uma faixa de faturamento anual entre R$ 750.000,00 e R$ 1.000.000,00 e 3% destes

ultrapassam a faixa de R$ 2.900.000,00, sendo o arranjo com a maior média de faturamento

anual, comparado aos outros. Um dos fatores que colaboram com esse faturamento, pode ser as

próprias médias produtivas do setor, que são quase três vezes maiores do que as médias

produtivas do setor de tecelagem e facções.

As facções apresentaram uma distribuição mais uniforme entre as cidades. As políticas

de distribuição de peças pelas empresas abastecedoras podem contribuir para essa maior

distribuição. O arranjo apresenta média de 30 trabalhadores por empresa, sendo esta a maior

dentre os setores. O setor de confecção, para o alcance de uma alta produtividade, demanda

muitas máquinas de costura, consequentemente uma quantidade maior de costureiros, podendo

ser esta uma das causas para essa quantidade de trabalhadores. Mais da metade dos empresários

de facções possuem ensino médio, e 38% destes possuem ensino superior

(completo/incompleto). Empresários com um grau maior de instrução podem proporcionar uma

melhor gestão para suas empresas. Mais de 80% das facções tem uma administração

terceirizada. A administração terceirizada sendo executada por profissionais - que possuem o

conhecimento de técnicas adequadas para a área de atuação -pode proporcionar um melhor

aproveitamento produtivo da empresa. Mais de 10% das facções possuem equipes de trabalho

com idade entre 18 e 25 anos. Comparado aos outros grupos, as facções possuem maior

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incidência de empresárias do sexo feminino (47%). Este dado pode ser atribuído a cultura da

costura que, segundo Leite (2004) tem uma predominância feminina.

4.2 POLO DE TECELAGEM

Este polo é representado por indústrias localizadas nas cidades de Jardim de

Piranhas/RN com participação de mais de 95% das empresas deste setor, seguida por Caicó/RN

e Currais Novos/RN. As tabelas com frequência, média e moda sobre arranjos produtivos e

medição de performance deste setor encontram-se no apêndice F.

4.2.1 Cadeia Produtiva das Tecelagens

Durante a fase de entrevistas, descobriram-se variáveis analíticas utilizadas na

caracterização de arranjos produtivos. Foram entrevistados 30 empresários, sendo 10

empresários do setor de tecelagem, que contribuíram para compreensão e caracterização de sua

cadeia produtiva. As entrevistas levantaram informações importantes que relatam a origem da

matéria-prima, o tipo de matéria-prima utilizada para a produção, os principais insumos que

compõem o arranjo, a origem dos fornecedores (localização) e eventuais problemas com o

abastecimento do setor têxtil. Esse setor, ainda apresenta etapas que contemplam a produção do

arranjo, considerando os procedimentos padrões utilizados praticamente por todo o grupo de

empresas. Etapas como recebimento e preparação, produção, acabamento, revisão, conferência

e envio, foram consideradas. Durante os processos produtivos, constatou-se a utilização de

serviços de manutenção, reparos e operações, verificando os produtos e acessórios necessários

e a origem dos fornecedores destes serviços. Dentro desses processos, identificou-se a

existência de serviços terceirizados e que tipo de serviços desta natureza. Indicando suas

localizações e os produtos utilizados na prestação destes serviços.

Relacionado à distribuição das mercadorias junto aos clientes, identificou-se os

principais artigos produzidos dentro do arranjo, qual o tipo dos clientes e se estes são

consumidores finais ou distribuidores. Os eventuais problemas, referentes ao envio de

mercadorias, foram esclarecidos. Informações como o destino e reaproveitamento dos resíduos

foram constatados. A Figura 8 apresenta e ilustra as etapas dos componentes da cadeia

produtiva de tecelagem.

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Figura 8 – Ilustração da Cadeia Produtiva do Setor de Tecelagem

Fonte: Elaborado pelo autor.

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4.3 POLO DE BONELARIA

Este polo é representado por empresas localizadas nas cidades de Caicó/RN, com

participação de mais de 63% das empresas deste setor. Seguida por Serra Negra do Norte/RN

com 31,03% e São José do Seridó/RN com 5,17%.

As tabelas com frequência, média e moda sobre arranjos produtivos e medição de

performance deste setor encontram-se no apêndice G.

4.3.1 Cadeia Produtiva das Bonelarias

Durante a fase de entrevistas, descobriu-se variáveis analíticas utilizadas na

caracterização de arranjos produtivos. Foram entrevistados 30 empresários, sendo 10

empresários do setor de bonelaria - que contribuíram para compreensão e caracterização de sua

cadeia produtiva. As entrevistas levantaram informações importantes que relatam a origem da

matéria-prima, o tipo de matéria-prima utilizada para a produção e os principais insumos que

compõem o arranjo e origem dos fornecedores (localização). Relatando também eventuais

problemas com o abastecimento do arranjo.

Apresentam-se ainda as etapas que contemplam a produção do arranjo, considerando

os procedimentos padrões utilizados praticamente por todo o grupo de empresas desse

segmento. Etapas como recebimento, preparação, produção, acabamento, revisão, conferência

e envio, foram consideradas.

Durante os processos produtivos, constatou-se a utilização de serviços de manutenção,

reparos e operações, verificação dos produtos (acessórios necessários) e a origem dos

fornecedores destes serviços. Dentro dos processos produtivos, identificou-se a existência de

serviços terceirizados, o tipo de serviço desta natureza, a localização destes serviços e - quando

informados - os produtos utilizados na prestação destes serviços.

Relacionado à distribuição das mercadorias junto aos clientes, identificou-se os

principais artigos produzidos dentro do arranjo, o tipo dos clientes e se estes são consumidores

finais, distribuidores ou outros. Eventuais problemas que acontecem com o envio de

mercadorias, também foram esclarecidos. Informações como o destino e reaproveitamento dos

resíduos foram constatados. A Figura 9 apresenta as etapas e componentes da cadeia produtiva

do setor boneleiro.

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Figura 9 – Ilustração da Cadeia Produtiva do Setor Boneleiro

Fonte: Elaborado pelo autor.

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105

4.4 POLO DE FACÇÃO

Este polo apresenta uma distribuição uniforme das empresas frente aos municípios.

Estas empresas estão localizadas nos municípios de Jardim do Seridó/RN com 28,57% de

participação, São José do Seridó/RN com 18,18%, Acari/RN com 14,29%, Parelhas/RN com

12,99%, Cruzeta/RN com 10,39%, Cerro Corá/RN com 9,09%, São Fernando/RN e Ouro

Branco/RN com aproximadamente 7% as duas cidades. As tabelas com frequência, média e

moda sobre arranjos produtivos e medição de performance encontram-se no apêndice H.

4.3.1 Cadeia Produtiva das Facções

Durante a fase de entrevistas, descobriu-se variáveis analíticas utilizadas na

caracterização de arranjos produtivos. Foram entrevistados 30 empresários, sendo 10

empresários do setor faccionista, que contribuíram para compreensão e caracterização de sua

cadeia produtiva. As entrevistas levantaram informações importantes que relatam a origem da

matéria-prima, o tipo de matéria-prima utilizada para a produção, os principais insumos que

compõem o arranjo, a origem dos fornecedores (localização) e os eventuais problemas com o

abastecimento desse arranjo. Apresentam ainda as etapas que contemplam a produção do

arranjo, considerando os procedimentos padrões utilizados praticamente por todo o grupo de

empresas. Etapas como recebimento, preparação, produção, acabamento, revisão, conferência

e envio foram consideradas. Durante os processos produtivos, constatou-se a utilização de

serviços de manutenção, reparos e operações, verificando os produtos e acessórios necessários,

além da origem dos fornecedores destes serviços. Dentro dos processos produtivos, identificou-

se o retorno de peças defeituosas para o reprocesso, em que a empresa abastecedora utiliza um

controle de qualidade interno para avaliar a mercadoria oriunda de suas terceirizadas. Pois se o

produto não estiver dentro de suas especificações pré-estabelecidas, a mercadoria retorna para

facção de origem para eventuais correções.

Relacionado à distribuição das mercadorias junto aos clientes, identificou-se as

principais confecções produzidas dentro do arranjo, o tipo dos clientes - que no caso das facções

são as próprias empresas abastecedoras que ocupam a função de clientes – e seus fornecedores.

Eventuais problemas que acontecem com o envio também foram esclarecidos. Informações

como o destino e o reaproveitamento dos resíduos também foram mencionados. A Figura 10

apresenta as etapas e componentes da cadeia produtiva do setor faccionista.

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Figura 10 – Ilustração da Cadeia Produtiva do Setor de Facções

Fonte: Elaborado pelo autor.

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4.5 ANÁLISE COMPARATIVA DOS SETORES TÊXTEIS DA REGIÃO SERIDÓ/RN

Diante das informações adquiridas, apresenta-se o comparativo sobre os arranjos

produtivos e a medição de desempenho na cadeia de suprimentos, utilizando o modelo SCOR,

junto aos três principais arranjos têxteis da região Seridó/RN.

4.5.1 Comparativo dos Arranjos Produtivos dos Setores

O comparativo dos arranjos produtivos dos setores apresenta a média e a moda de cada

arranjo, comparados por 3 perspectivas: 1 - Abastecimento e Distribuição; 2 – Produção; 3 –

Aprendizagem e Relacionamento.

Abastecimento e Distribuição

No que diz respeito ao Abastecimento e Distribuição, a Tabela 12 apresenta o

comparativo dos arranjos produtivos dos três setores, expondo a média e moda de cada um dos

setores.

Tabela 12 – Análise Comparativa dos Arranjos Produtivos dos Setores Referentes ao

Abastecimento e Distribuição

RELAÇÃO ABASTECIMENTO (FORNECEDORES) - ARRANJO

Setores TECELAGEM BONELARIA FACÇÃO

Variáveis MÉDIA MODA MÉDIA MODA MÉDIA MODA

Q2 - Quantidade de fornecedores na região 5,62 6 4,05 4 2,65 2

Q4 - Fornecedores com acesso via sistema de informação

aos estoques de matéria-prima da empresa 1,26 1 2,00 1 4,68 6

Q9 - Nível de comprometimento da produção por

sazonalidade de matéria-prima 1,47 1 5,28 7 2,21 1

Q32 - Nível de dificuldades impostas pela localização da

empresa relacionado ao recebimento de matéria-prima e

insumos

3,26 4 1,60 1 1,75 1

Q37 - Nível de contribuição na produção de fornecedores

participativos e prestativos 4,55 7 5,83 7 6,34 7

RELAÇÃO ARRANJO - MERCADO (CLIENTES)

Variáveis MÉDIA MODA MÉDIA MODA MÉDIA MODA

Q30 - Nível de dificuldades impostas pela localização no

envio de mercadorias produzidas 3,91 4 1,57 1 1,83 1

Q31 - Maior concentração das vendas aos clientes 5,42 6 5,90 6 6,00 6

Q47 - Nível de importância dos clientes distribuidores na

divulgação e apresentação dos produtos 3,49 4 2,93 1 1,21 1

Q50 - Nível de produção afetada por período de alta

demanda de vendas 5,42 6 4,90 7 4,92 7

Fonte: Pesquisa.

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Os empresários do setor de tecelagem apontam para uma alta quantidade de

fornecedores locais. Um dos fatores que pode contribuir para essa elevada disponibilidade, são

os interesses de fornecedores e distribuidores em abastecer a região que comporta grande

quantidade de empresas têxteis. Os faccionistas indicam a baixa quantidade de fornecedores

locais. Pois esse setor é abastecido por grandes empresas, sendo 95% deste abastecimento

realizado por dois dos maiores confeccionistas de roupas do Brasil. Já os boneleiros,

consideram a quantidade de fornecedores locais em escala normal. Segundo Marshall (1985), a

proximidade de fornecedores de matéria-prima são favoráveis ao desenvolvimento do

aglomerado, ponderando ainda, que uma aglomeração é capaz de atrair outras empresas do

mesmo segmento econômico e de apoio à produção, promovendo ganhos de escala.

O setor faccionista é o único que apresenta uma incidência de uso de um sistema de

informação integrado aos seus fornecedores. Algumas destas empresas abastecedoras utilizam

um sistema de informação que conecta os dados operacionais, como abastecimento e transporte,

para controlar a dinâmica de produção de cada empresa abastecida. O uso desse sistema pode

proporcionar uma melhor performance no abastecimento de matéria-prima, reduzindo

eventuais rupturas.

Um período sazonal de matéria-prima compromete a produção nos arranjos de

tecelagens e facções. Ambos os setores utilizam o algodão na composição de seus produtos que,

em períodos de baixa oferta, compromete o abastecimento. Na contramão desse cenário, o setor

boneleiro não sofre com a sazonalidade. A grande disponibilidade de fornecedores e a utilização

de material sintético na confecção de bonés, pode beneficiar o abastecimento do setor.

Quanto ao recebimento de matéria-prima e insumos, os três arranjos não apresentam

dificuldades relacionadas a sua localização espacial. A alta disponibilidade e proximidade de

fornecedores que abastecem as tecelagens e as bonelarias, além do fornecimento das facções

sendo de total responsabilidade das empresas abastecedoras, podem minimizar as dificuldades

da localização espacial desses arranjos.

Os empresários dos três arranjos comungam da opinião de que um fornecedor

participativo e prestativo, contribui com os processos produtivos da empresa. Conforme

Christopher (2013), fornecedores atuantes contribuem com a eficiência produtiva, melhoram o

abastecimento e minimizam eventuais rupturas dentro dos processos de fabricação.

Na distribuição dos produtos produzidos, bonelarias e facções não apresentam

dificuldades pertinentes a localização espacial de suas empresas. As tecelagens também

apontam que estas dificuldades encontram-se dentro de uma normalidade. Em geral, os três

arranjos não apresentam problemas com a distribuição dos produtos. Na maior parte das

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entregas, o cliente é o responsável pelo transporte das mercadorias adquiridas. No setor

faccionista esse transporte é de total responsabilidade das empresas abastecedoras.

Os empresários dos três arranjos, evidenciam que suas vendas são distribuídas em todo

o território brasileiro, não concentrando-se apenas em uma região geográfica específica. Para

Matos, Stallivieri e Britt (2014), a expansão das vias de comercialização estabelece uma

significativa vantagem para o fortalecimento do arranjo.

Bonelarias e facções apontam que a importância dos clientes distribuidores na

divulgação e apresentação dos produtos é muito baixa. Já para as tecelagens, esses índices de

importância apresentam-se normais.

Para os três arranjos, um período de alta demanda de vendas afeta consideravelmente a

produção. Empresas faccionistas são prejudicadas com a pressão, por maior produtividade,

impostas pelas empresas abastecedoras. A cobrança exercida pelos clientes por uma maior

demanda de mercadorias pode afetar a produção de bonelarias e tecelagens. Nesses períodos os

três arranjos costumam aumentar o quadro de funcionários.

Produção

Na análise comparativa dos arranjos produtivos dos setores referentes a produção, há

os comparativos das ações da equipe de trabalho. Tais ações referem-se a: qualidade da matéria-

prima utilizada na produção, nível de padrão estético e qualidade das embalagens dos produtos,

carteira com clientes antigos contribuindo com a programação da produção, nível de

polivalência da equipe, nível de aprendizagem adquirido no dia-a-dia da empresa pelos

funcionários, nível de adequação das instalações, nível de administração da empresa

relacionada as dificuldades (compra, venda e produção), nível de mão-de-obra qualificada na

empresa, presença de mão-de-obra especializada dentro da empresa, nível de importância das

empresas que prestam serviços terceirizados, nível de absorção de produção de grande

variedade de produtos em baixas quantidades, nível de produtividade com a continuidade de

grandes lotes com pouca variedade de produtos e nível de interferência de rígida fiscalização

dos órgãos governamentais nos processos produtivos da empresa.

A Tabela 13 compara as variáveis de arranjos produtivos dos setores, apresentando

média e moda de cada uma.

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Tabela 13 – Análise Comparativa dos Arranjos Produtivos dos Setores Referentes a

Produção

Escala TECELAGEM BONELARIA FACÇÃO

Variáveis MÉDIA MODA MÉDIA MODA MÉDIA MODA

Q11 - Qualidade da matéria-prima utilizada na

produção 4,79 4 5,86 6 5,86 6

Q16 - Nível de padrão estético e qualidade das

embalagens dos produtos 3,98 4 4,84 4 4,31 4

Q22 - Carteira com clientes antigos contribuindo

com a programação da produção 4,92 5 2,34 1 1,43 1

Q23 - Nível de polivalência da equipe 4,26 4 4,90 5 5,22 6

Q26 - Nível de aprendizagem adquirido no dia-a-

dia da empresa pelos funcionários 3,18 4 4,33 4 5,23 6

Q33 - Nível de adequação das instalações 3,97 4 4,28 4 4,52 4

Q36 - Nível da administração da empresa

relacionada as facilidades de compra, venda e

produção

3,03 2 4,14 4 4,26 4

Q38 - Nível de mão-de-obra qualificada na

empresa 3,32 4 4,31 4 5,71 6

Q39 - Presença de mão-de-obra especializada

dentro da empresa 1,70 1 1,45 1 1,71 1

Q48 - Nível de importância das empresas que

prestam serviços terceirizados 4,24 4 4,97 6 1,47 1

Q51 - Nível de absorção de produção de grande

variedade de produtos em baixas quantidades 3,55 4 3,09 4 4,48 4

Q52 - Nível de produtividade com a continuidade

de grandes lotes com pouca variedade de produtos 6,08 7 6,78 7 6,69 7

Q53 - Nível de interferência de rígida fiscalização

dos órgãos governamentais nos processos

produtivos da empresa

6,53 7 2,52 1 1,47 1

Fonte: Pesquisa.

Facções e bonelarias apontam que a matéria-prima utilizada na produção é de boa

qualidade. Já as tecelagens apontam para uma normalidade na qualidade da matéria-prima.

Tanto os processos produtivos quanto o produto final podem apresentar melhorias, devido a

boa qualidade da matéria-prima. Para Leal (2007), a matéria-prima de má qualidade pode causar

transtornos para empresa.

Os três setores apontam para uma normalidade no padrão estético e na qualidade das

embalagens dos produtos. Para Costa (2007), ações como a padronização estética e a qualidade

das embalagens dos produtos, reforçam a capacidade competitiva, contribuindo com o

desenvolvimento do arranjo.

Segundo os empresários de tecelagem, uma carteira de clientes de longa data pode

contribuir com a programação da produção. O fato das empresas já conhecerem os produtos

solicitados por seus clientes, pode agilizar os processos de fabricação. Faccionistas e boneleiros

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apontam que essa modalidade de clientes não contribuem com seus processos produtivos.

Bonés e roupas estão sempre seguindo tendências de moda, sendo este um dos influenciadores.

Facções apresentam uma alta polivalência em sua equipe de trabalho, e um alto índice

de aprendizagem dos funcionários no dia-a-dia da empresa. Um fator que pode contribuir com

essas ações, é a capacitação adquirida junto a instituições como o SENAI e o SEBRAE. As

bonelarias apresentam uma leve alta na polivalência da equipe, e uma aprendizagem diária em

níveis normais. Tecelagens apontam para uma normalidade em ambos os quesitos. Para Matos,

Stallivieri e Britt (2014) a aprendizagem decorrente da prática das atividades corriqueiras do

dia-a-dia da organização, contribui com a experiência cotidiana da equipe, aprimorando as

demandas de produção.

Os três arranjos apontam para uma normalidade na adequação das instalações,

apresentando-se satisfatória para suas funções. Segundo Ballou (2012), a existência de

instalações adequadas colabora com a redução dos custos de produção.

O arranjo de tecelagem indica uma considerável dificuldade relacionada a facilidades

de compra, venda e produção dentro de suas empresas. A baixa capacitação de funcionários e

gestores dentro do setor, pode influenciar nessas dificuldades. Para os outros arranjos, há uma

normalidade. Conforme Santos e Forcellini (2012) as facilidades de compra, venda e produção,

contribuem com a administração das entradas de matéria-prima e insumos e as saídas de

mercadorias acabadas.

O setor faccionista assinala para uma alta qualificação de mão-de-obra. A capacitação

dos colaboradores, organizada pelas instituições como SENAI e IFRN, podem colaborar com

esse alto nível capacitivo. Bonelarias e tecelagens incidem em níveis normais de qualificação.

Os empresários do setor de tecelagem não investem em capacitação de funcionários. Para

Suzigan et al (2006), a qualificação da equipe de trabalho pode aprimorar o contingente de mão-

de-obra produtiva.

Os três arranjos apontam para uma ausência de mão-de-obra especializada. Os

empresários alegam que estes serviços tem elevado custo para sua implementação. A grande

quantidade destes serviços especializados vem das regiões sul e sudeste, não havendo

disponibilidade nas proximidades. Indo na contramão das afirmativas, Fonseca Neto (2002)

salienta que a disponibilidade de mão-de-obra especializada pode aperfeiçoar os processos

produtivos.

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112

Bonelarias apontam para uma alta importância dos serviços prestados por empresas

terceirizadas. Serviços de dublagem, bordado e costura, contribuem de forma significativa com

os processos produtivos do arranjo. O setor faccionista aponta para uma baixa importância dos

serviços prestados por empresas terceirizadas. As empresas abastecedoras não permitem que

facções estabeleçam vínculos com outros serviços terceirizados, pois esse processo configura

uma quarteirização. Nesse quesito, tecelagens incidem em uma normalidade. Para Lacerda

(2014), as relações com empresas terceirizadas podem contribuir com o crescimento da cadeia.

Os empresários dos três arranjos apontam para uma normalidade na absorção de

produção de pequenos lotes com grande variedade de produtos. Esses lotes podem dificultar os

processos produtivos, na medida em que há a necessidade de ajustar o maquinário e reorganizar

o layout (modo como estão organizados os equipamentos), no entanto, as empresas indicaram

que não existem tais interferências.

Os arranjos evidenciam um aumento considerável na produção quando há a

permanência de grandes lotes com pouca variedade de produtos. A permanência de um mesmo

produto por um longo tempo na linha de produção, pode proporcionar uma aprendizagem e

aperfeiçoamento produtivo.

Os empresários do setor de tecelagem afirmam que uma alta fiscalização por parte dos

órgãos governamentais, dificulta os processos produtivos. Já os faccionistas e boneleiros

afirmam que tais órgãos fiscalizadores não atrapalham a produção. Facções afirmam que essa

fiscalização tem início a partir das empresas abastecedoras, sendo passiveis de penalização com

o corte no abastecimento. As bonelarias afirmam que encontram-se regularizadas e que a visita

de tais órgãos fiscalizadores a suas empresas, não atrapalham a produção.

Aprendizagem e Relacionamento

No campo de arranjos produtivos relacionados à aprendizagem e relacionamento,

observa-se vários fatores ligados às inter-relações dentro do arranjo e conhecimento adquirido

com outros competidores, clientes, fornecedores, instituições de apoio ao crescimento,

incentivo e políticas públicas que contribuam para a absorção de funcionários. A Tabela 14

apresenta os comparativos dos setores exibindo médias e moda para cada um.

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Tabela 14 – Análise Comparativa dos Arranjos Produtivos dos Setores Referentes a

Aprendizagem e Relacionamento

Escala TECELAGEM BONELARIA FACÇÃO

Variáveis MÉDIA MODA MÉDIA MODA MÉDIA MODA

Q6 - Frequência de compras de matéria-prima e

insumos da empresa em conjunto com outras do

mesmo setor

1,18 1 1,60 1 1,17 1

Q24 - Incentivo e políticas públicas que a empresa

tem na contratação de novos funcionários 1,11 1 1,24 1 2,35 1

Q25 - Presença de políticas e ações públicas

voltadas para aproximação da empresa as

instituições de ensino e pesquisa

1,08 1 1,16 1 1,65 1

Q27 - Nível de conhecimento que a empresa

adquire com outros concorrentes locais 2,60 2 3,72 5 4,42 4

Q28 - Nível de conhecimento que a empresa

adquire com clientes e fornecedores 2,84 4 4,36 4 4,91 4

Q29 - Nível de conhecimento que a empresa tem

como diferencial competitivo em relação aos

concorrentes locais

3,87 4 4,14 4 4,94 4

Q34 - Quantidade de negócios realizados com

empresas informais e/ou profissionais autônomos 3,66 3 2,83 1 1,27 1

Q35 - Nível de confiança entre a empresa e os

concorrentes locais 3,28 4 3,74 4 4,88 4

Q40 - Nível de importância para empresa de

instituições de apoio ao crescimento e

desenvolvimento

1,31 1 4,33 4 6,32 7

Q41 - Nível de conhecimento e capacitação que a

empresa adquire com instituições de apoio ao

crescimento e desenvolvimento

1,27 1 3,83 4 4,99 5

Q42 - Nível de cooperação entre a empresa e os

concorrentes locais 2,42 2 4,62 6 4,88 6

Q43 - Nível de objetivos comuns entre a empresa e

os concorrentes locais 2,60 2 4,83 4 5,92 7

Q44 - Presença de associações de classe,

cooperativas e/ou redes de relacionamento

favorecendo a integração do arranjo

1,37 1 3,02 4 3,47 4

Q45 - Nível de existência de estrutura física

comum entre a empresa e os concorrentes locais 1,68 1 1,26 1 1,39 1

Q46 - Nível de cooperação entre a empresa e os

concorrentes locais na aquisição de serviços

especializados

1,73 2 1,24 1 1,47 1

Q49 - Nível de importância das cooperativas de

crédito que atendem a empresa e os concorrentes 1,20 1 2,93 1 4,00 4

Q54 - Acesso a matéria-prima, mão-de-obra e

mercado prejudicado pela ausência de

concorrentes locais

2,19 2 3,21 4 4,81 6

Fonte: Pesquisa.

Os empresários dos três arranjos afirmam não realizarem compras conjuntas de matéria-

prima e insumos. Esse fato pode ser prejudicial para o arranjo, porquanto segundo Costa (2007),

a aquisição de produtos através do arranjo pode alavancar um desenvolvimento produtivo.

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114

Os três setores afirmam que não existem políticas públicas que incentivem as empresas

na contratação de novos funcionários. Os empresários alegam que apesar da importância de

seus arranjos para a economia local, estes não tem o apoio de instituições e órgãos públicos.

Balestrin e Verschoore (2008) admitem que essas políticas e ações de aproximação de

empregados e empregadores, podem colaborar para integração e expansão do arranjo.

Nas bonelarias percebe-se uma ligeira incidência de conhecimento adquirido com outros

concorrentes locais. Nas tecelagens essa aquisição é baixa. Já entre os faccionistas há a

incidência de uma normalidade nesse quesito. Com base nessas assertivas, pode-se mencionar

os autores Balestrin e Fayard (2003), que apontam para uma existência de benefícios advindos

da permuta de conhecimento entre os integrantes do arranjo.

No diferencial competitivo das empresas e no conhecimento adquirido com clientes e

fornecedores, os três arranjos apontam para uma normalidade. Para Guarnieri e Hatakeyama

(2010), os conhecimentos advindos de clientes e fornecedores podem contribuir com a gestão

do arranjo. Segundo Chan e Zhang (2011), o conhecimento como diferencial competitivo

acrescenta valor aos clientes, e a todos os outros integrantes do arranjo.

As tecelagens realizam poucos negócios com empresas informais, o mesmo não ocorre

com os outros arranjos, pois estes não efetuam negócios com o setor informal. Nessa

perspectiva, Lemos (2003) evidencia que os contatos com empresas informais podem facilitar

alguns processos de compras e permutas.

Os três segmentos empresariais incidem em uma normalidade relacionada aos níveis de

confiança entre os concorrentes locais. De acordo com Balestrin e Fayard (2003), a confiança

mútua entre os integrantes do arranjo colabora com o sucesso e crescimento individual de cada

empresa.

Empresários do setor de tecelagem indicam que as instituições de apoio ao crescimento

e desenvolvimento, como SEBRAE e SENAI, não são importantes para o seu arranjo, uma vez

que as empresas não adquirem conhecimento e capacitação junto a essas instituições. A baixa

atuação da associação de classe deste setor, pode contribuir para esse dado. A importância das

instituições de apoio ao crescimento e desenvolvimento e a capacitação adquirida junto a estes,

dentro do setor boneleiro, encontra-se em níveis normais. Já nas facções as instituições de apoio

são agentes fundamentais para o desenvolvimento do arranjo. Com uma associação de classe

atuante, os faccionistas conseguem junto a estas instituições, vários cursos de gestão e

capacitação. Leal (2007) afirma que estas instituições oferecem incentivos e promovem a

sustentabilidade e o desenvolvimento do arranjo.

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Facções e bonelarias apontam para uma alta cooperação entre os concorrentes locais.

Ambos os arranjos possuem associações de classe atuantes. Já as tecelagens apresentam uma

baixa cooperação entre si. Para Mendonça (2008), essa intensa cooperação entre empresas

competidoras pode proporcionar benefícios ao grupo.

O grupo de empresários do ramo de tecelagem salienta que há poucos objetivos em

comum em relação aos outros do mesmo segmento. Nas bonelarias o cenário é de normalidade.

Enquanto que nas facções os mesmos objetivos são compartilhados por todos. Diante disso para

Hansen (2004), os objetivos comuns entre as empresas competidoras é uma das propriedades

basilares para uma formação apropriada do arranjo.

A participação de associações de classe no setor de tecelagens é baixa, enquanto que

nas facções e bonelarias essa participação encontra-se normalizada. Segundo Mendonça (2008)

o agrupamento de empresas competidoras admite um maior desenvolvimento individual.

Os três arranjos apontam para a ausência de uma estrutura física comum ao grupo.

Diante desta situação, vale salientar que o setor de tecelagem possui um galpão construído para

o uso das empresas pertencentes a associação, mas, a ausência de atuação da associação

ocasionou a inoperabilidade do galpão. Sobrepondo-se a essas afirmativas, Mendonça (2008)

revela que uma estrutura física aglomerativa pode proporcionar vantagens ao arranjo.

Os três setores ainda indicam que não existe cooperação entre os concorrentes locais

para a aquisição de serviços especializados. Nesse quesito, Schmitz e Nadvi (1999) afirmam

que cooperações advindas do arranjo podem reforçar sua capacidade competidora com a

captação de serviços especializados.

Tecelagens e bonelarias indicam que as cooperativas de crédito, que atendem a região,

tem uma importância muito baixa para o crescimento dos arranjos. Os empresários de ambos

os setores alegam ter dificuldades para captação de crédito dentro de tais cooperativas. Nesse

sentido as facções apontam para uma normalidade. Segundo Schmitz e Nadvi (1999), a

captação de economias externas pode colaborar com investimentos internos de equipamentos e

infraestrutura.

Os empresários do setor de tecelagem afirmam que se não existissem concorrentes

locais, o acesso tanto de matéria-prima como de mão-de-obra poderiam ser prejudicados. Ao

contrário do cenário anterior, os faccionistas assinalam que com a ausência de outras facções,

suas empresas produziriam mais. Já os boneleiros acreditam que esse fator não mudaria o

panorama atual de produção. Para Marshall (1985), a existência de um arranjo produtivo

consegue atrair outras empresas que atuam no mesmo segmento, proporcionando o crescimento

do arranjo como um todo.

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116

4.5.2 Comparativo de Performance das Cadeias de Suprimento dos Setores

A medição de performance na cadeia de suprimentos utilizando o modelo SCOR 11.0

abordou relações da cadeia referentes a Confiabilidade, Receptividade, Agilidade e Eficiência

do Gerenciamento de Ativos. A Tabela 15 apresenta os comparativos das medições de

performance na cadeia de suprimentos dos três arranjos. As variáveis foram separadas em três

blocos: abastecimento, produção e entrega.

Tabela 15 – Análise Comparativa de Medição de Performance da Cadeia de Suprimentos

dos Setores Utilizando Modelo SCOR

ABASTECIMENTO (FORNECEDORES)

Setores TECELAGEM BONELARIA FACÇÃO

Variáveis MÉDIA MODA MÉDIA MODA MÉDIA MODA

Q3 - Capital empatado em estoque de matéria-

prima e insumos para produção 1,12 1 1,60 1 1,00 1

Q8 - Prazo médio disponibilizado pelos

fornecedores para realização de pagamentos 2,37 2 2,14 2 1,00 1

Q10 - Tempo médio utilizado pelos fornecedores

para entregar matéria-prima e insumos 1,57 1 2,50 2 1,00 1

Q14 - Quantidade de pedidos atendidos

corretamente pelos fornecedores 5,17 6 4,97 4 4,69 4

PRODUÇÃO

Variáveis MÉDIA MODA MÉDIA MODA MÉDIA MODA

Q5 - Quantidade de material reciclado utilizado na

produção 2,41 1 2,98 4 1,58 1

Q7 - Nível de desperdício de matéria-prima na

fabricação dos produtos 4,89 6 4,41 4 5,90 6

Q12 - Quantidade de recursos naturais (água,

madeira) utilizados na produção 3,01 2 2,33 2 2,32 1

Q13 - Gastos com a produção exceto matéria-

prima e insumos 4,84 4 5,95 6 5,58 6

Q18 - Tempo médio de produção dos produtos da

empresa 1,64 1 1,33 1 1,00 1

Q19 - Nível de comprometimento da produção da

empresa quando na ausência de um ou mais

funcionários

4,85 7 4,12 5 5,31 5

Q20 - Nível do planejamento da produção da

empresa (cronograma de produção) 3,42 4 4,88 5 6,35 7

ENTREGA (CLIENTES)

Variáveis MÉDIA MODA MÉDIA MODA MÉDIA MODA

Q1 - Capital empatado em estoque de mercadorias

acabadas (produtos finalizados em estoque) 1,18 1 1,48 1 1,00 1

Q15 - Quantidade de pedidos entregues

corretamente aos clientes 4,53 4 5,33 6 5,06 4

Q17 - Tempo médio de permanência na empresa

dos produtos fabricados (mercadoria acabada em

estoque)

1,84 2 2,24 3 1,00 1

Q21 - Tempo médio de entrega dos produtos da

empresa aos clientes 2,27 2 2,28 2 1,00 1

Fonte: Pesquisa.

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117

No abastecimento de matéria-prima e insumos referente à cadeia de suprimentos. O

capital empatado em estoque de matéria-prima e principais insumos, abastece os três arranjos

por um período de até um mês. Uma constatação que pode influenciar essa afirmativa, pode ser

o fato das empresas pertencerem ao grupo das MPE’s, não disponibilizando de capital para

estocagem de MP por mais de um mês. Reforçando essa ideia, Santos e Forcellini (2012)

afirmam que o gerenciamento da cadeia de suprimentos propõe processos enxutos por meio da

diminuição de capital investido em estoques.

Bonelarias e tecelagens tem um prazo de até dois meses para realização de pagamentos

de MP e insumos junto aos fornecedores. Prazos maiores podem contribuir com um melhor

abastecimento, minimizando o risco de ruptura. As facções que prestam serviços terceirizados

de costura, não contraem despesas com aquisição de MP. Estas empresas recebem os

pagamentos pelos seus serviços, junto as empresas abastecedoras, em um período de até um

mês.

As facções e tecelagens recebem MP e insumos dos fornecedores em um prazo máximo

de até 1 semana. As bonelarias recebem seus produtos em até 15 dias. Um pronto atendimento

do fornecedor referente as entregas, pode contribuir para o abastecimento das empresas do

arranjo, diminuindo eventuais rupturas na produção.

Para a tecelagem, é alta a quantidade de pedidos atendidos corretamente pelos

fornecedores. A alta oferta de fornecedores próximos ao arranjo, pode contribuir com esse

elevado índice. As bonelarias e as facções apontam para uma normalidade. Ballou (2006) indica

que uma reposição adequada do estoque, contribui com o nível de serviços prestados pela

empresa.

Dentro da cadeia produtiva, a quantidade de material reciclado utilizado em tecelagens

e facções é considerado muito baixo. Neste panorama, as bonelarias apontam para uma

normalidade. Segundo Christopher (2013), a reutilização de material contribui com a redução

dos custos de produção e colabora com uma cadeia sustentável.

As tecelagens e as facções indicam um baixo desperdício de MP. No que se refere as

facções, as empresas abastecedoras enviam as peças cortadas juntamente com os insumos (linha

e aviamento) com projeto de montagem, reduzindo o desperdício de material. Já as bonelarias

incidem em índices de normalidade. Para Pozo (2010) a eliminação de desperdícios contribui

com um melhor desempenho da cadeia.

Os três arranjos apontam para uma baixa utilização de recursos naturais como água e

madeira, por exemplo. Alguns empresários do ramo de tecelagem e bonelaria, utilizam poços

artesianos e centrais de reaproveitamento de água. Nessa perspectiva, Christopher (2013)

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ratifica que a utilização consciente de recursos naturais colabora com uma cadeia produtiva

mais sustentável.

Faccionistas e boneleiros assinalam um alto gasto produtivo exceto a MP. As facções

não apresentam despesas com a aquisição de MP e insumos. Com isso, todos os outros gastos

são considerados altos para essas empresas. A mão-de-obra e serviços terceirizados como

dublagem e bordado, representam uma fatia considerável nas despesas das bonelarias. As

tecelagens apontam para uma normalidade quanto a estes gastos. Reforçando essa ideia, Youn

et al (2011) afirmam que a mensuração dos gastos permite o conhecimento sobre a lucratividade

da empresa.

Os três arranjos apontam para um tempo médio de produção de seus produtos de até

uma semana. Esse baixo tempo demandado para a produção pode colaborar com o desempenho

dos arranjos.

Quando um ou mais funcionários se ausentam por motivos pessoais, o rítmo produtivo

é comprometido nas tecelagens. As facções e bonelarias apresentam um leve

comprometimento. As MPE’s não apresentam um quadro de funcionários elevado como as

grandes, a falta de um ou mais integrantes pode interferir na sua produção.

Existe um planejamento produtivo dentro das facções. O sistema integrado junto às

empresas abastecedoras, pode contribuir com esse dado. As bonelarias apresentam um ligeiro

planejamento produtivo. E, as tecelagens apontam para uma normalidade.

Com relação aos processos de entrega aos clientes, o capital empatado em estoque de

mercadorias finalizadas nos três arranjos é de até um mês. Segundo Santos e Forcellini (2012),

o gerenciamento da cadeia de suprimentos propõe processos enxutos por meio da diminuição

de capital investido em estoques.

As tecelagens e as facções apontam para uma normalidade na quantidade de pedidos

entregues aos seus clientes. As bonelarias apontam para uma alta quantidade. Grande parte das

empresas do setor boneleiro, possuem uma área de conferência de mercadorias finalizadas, que

contribuem para essa alta incidência de pedidos entregues corretamente.

O tempo médio de permanência dos produtos fabricados nas tecelagens é de até 15 dias,

nas bonelarias é de até 1 mês e nas facções é de até 1 semana. O tempo médio para realização

da entrega dos produtos para os clientes, nas tecelagens e nas bonelarias é de até 15 dias. Nas

facções esse período é de até 1 semana. O planejamento produtivo e o sistema integrado são

fatores que podem contribuir com a rápida performance de distribuição das facções. Conforme

Christopher (2013), uma menor permanência dos produtos acabados proporciona um melhor

desempenho da cadeia de suprimentos.

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5. CONCLUSÃO

Esse estudo analisou a formação dos principais arranjos produtivos têxteis da região

Seridó/RN e suas relações com a cadeia de suprimentos. Para o alcance do primeiro objetivo

específico que contornava sobre a caracterização dos principais arranjos produtivos têxteis,

estabeleceu-se a população da pesquisa, englobando empresários de tecelagens, bonelarias e

facções. O setor de tecelagem concentra o maior número de empresas, tem a maior força de

trabalho, quantidade de galpões e volume de produção. A grandeza do setor atrai diversas

empresas do mesmo segmento. Esse setor possui em média três fornecedores por empresa, onde

estes se localizam próximos ao arranjo. Essa proximidade pode colaborar com os processos

produtivos. Dentre os três setores é o que apresenta o maior faturamento bruto anual, sendo um

dos mais importantes para economia local.

O setor boneleiro, como o de tecelagem, apresenta uma maior concentração de empresas

em um mesmo município. Este grupo detêm a maior média de galpões e fornecedores por

empresa, uma maior disponibilidade de espaço físico e fornecedores locais disponíveis. O grupo

apresenta a maior média produtiva e faturamento anual mostrando-se superior a do setor de

tecelagem, que detêm o maior volume produtivo. Um dos fatores que colaboram com esse

faturamento, pode ser as próprias médias produtivas do setor que são quase três vezes maiores

do que as de tecelagem e o de facção. O arranjo boneleiro é um dos principais setores da

economia têxtil da região Seridó/RN.

As facções apresentaram uma distribuição de empresas uniforme entre as cidades. As

políticas de distribuição de peças das empresas abastecedoras colaboram com essa

uniformidade. Dentre os três arranjos, esse setor apresenta a maior média de trabalhadores por

empresa. Mais da metade dos empresários de facção possuem ensino médio e mais de um terço

possuem ensino superior (completo/incompleto). Os empresários com um grau maior de

instrução podem proporcionar uma melhor gestão administrativa. A grande maioria das

empresas são administradas por terceiros. Essa terceirização quando executada por

profissionais que entendam da área de atuação, colabora com um melhor aproveitamento

produtivo da empresa. O setor apresenta a maior incidência de empresárias. Este dado pode ser

atribuído a cultura da costura que, segundo Leite (2004) tem uma predominância feminina.

O segundo objetivo específico incidiu em compreender a estrutura e o funcionamento

dos principais arranjos produtivos têxteis da região Seridó/RN. No setor de tecelagem existe

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uma grande disponibilidade de fornecedores locais. Em períodos sazonais de matéria-prima, as

empresas tem suas produções prejudicadas. Os fornecedores prestativos e participativos

contribuem bastante junto aos processos produtivos do setor. As vendas distribuem-se em todo

o território brasileiro, não apresentando concentração em uma única região específicas. O setor

apresenta dificuldades relacionadas a períodos de alta demanda de vendas. A presença de mão-

de-obra especializada é muito precária nesse setor. O vínculo à clientes antigos, colabora com

os processos produtivos das empresas. O setor é o único que aponta uma alta interferência de

órgãos fiscalizadores junto aos seus processos produtivos. O setor não apresenta qualquer tipo

de parceria junto aos outros integrantes do arranjo, havendo ausência de instituições de apoio

ao crescimento como SEBRAE, SENAI e IFRN.

No setor boneleiro o comprometimento da produção por sazonalidade de matéria-prima

é elevado. Os fornecedores prestativos são importantes. As vendas distribuem-se em todo

território brasileiro. A produção do setor é afetada por um período de alta demanda de vendas.

A qualidade da matéria-prima utilizada é considerada alta. Apresenta uma alta polivalência da

equipe de trabalho. Este setor considera alta a importância de empresas que prestam serviços

terceirizados. Relacionado a parcerias dentro do arranjo, o setor reconhece que o conhecimento

adquirido com outros concorrentes locais é elevado. Existe uma elevada cooperação entre a

empresa e os concorrentes locais. O setor aponta para uma normalidade com relação a

contribuição de instituições de apoio ao crescimento.

Nas facções, a quantidade de fornecedores é considerada baixa, pois estas confecções

são abastecidas por grandes empresas. Este setor foi o único que apresentou a utilização de um

sistema de informação que integra fornecedor-empresa, com trocas constantes de informação.

Tal sistema proporciona um total abastecimento das empresas, minimizando os níveis de

ruptura em sua produção. O setor sofre com a sazonalidade de matéria-prima. As vendas são

distribuídas em todo o Brasil. As equipes de trabalho apresentam altos níveis de polivalência e

de aprendizagem no cotidiano da empresa. Os níveis de mão-de-obra qualificada são

considerados altos no setor. As instituições de apoio ao crescimento apresentam-se atuantes no

setor, realizando cursos de gestão e capacitação. Asempresas apresentam alto índice de

cooperação de umas facções com outras. Estas apontam para uma grande incidência de

objetivos comuns.

O terceiro objetivo especifico descreveu as relações das principais cadeias de

suprimentos têxteis da região Seridó/RN. Observou-se na pesquisa que a origem da matéria-

prima e insumos atua de forma diferente dentro de cada um dos setores. Nos setores de

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tecelagem e bonelaria os insumos e matéria-prima são adquiridos através dos próprios

fabricantes ou distribuidores locais. As facções por serem empresas terceirizadas, são

aprovisionadas pelas empresas abastecedoras, estas enviam todos os insumos e matéria-prima

necessários à produção.

Quando necessário, tecelagens e bonelarias se valem da terceirização. Algumas etapas

de seus processos produtivos são realizados por empresas que prestam esses serviços. Para

bonelarias, existem os serviços terceirizados de dublagem, bordado e costura. Para as

tecelagens, existem o alvejamento e/ou tingimento, estamparia e costura. As facções não

contratam serviços terceirizados. Dentro das instalações de cada um dos três setores produtivos,

acontecem os processos de preparação, produção, acabamento, conferência (revisão) e envio.

Os transportes utilizados para o recebimento de matéria-prima e insumos dos setores de

bonelaria e tecelagem são em sua maioria de responsabilidade dos fornecedores. A grande

maioria dos fornecedores desses dois setores se encontram próximos aos arranjos, facilitando a

entrega de seus produtos. Para a distribuição de mercadorias, bonelarias e tecelagens utilizam

transportes alternativos, na maioria das vezes essa responsabilidade é do próprio cliente. Existe

uma baixa incidência de frota própria para entrega de produtos. O transporte no recebimento de

matéria-prima e no transporte dos produtos finalizados no setor faccionista, é de

responsabilidade da própria empresa abastecedora. Estes serviços podem ser realizados por

frota própria ou por empresas específicas contratadas para transporte de mercadorias.

A maioria dos clientes dos setores de bonelaria e tecelagens são os intermediadores,

aqueles que adquirem os produtos para revenda. Estes intermediadores podem ser

distribuidores, lojistas, ambulantes e comerciantes autônomos. Existe a venda direta para o

consumidor final, só que esta tem uma pequena incidência dentro de ambos os setores. Os

principais clientes dos faccionistas são as empresas abastecedoras. Atuam na região dois

grandes confeccionistas de roupas, os quais são responsáveis por mais de 95% do

abastecimento.

O quarto objetivo específico avaliou o desempenho das empresas utilizando medidas do

modelo SCOR para medição de performance na cadeia de suprimentos. A coleta e organização

dos dados levantaram informações sobre cada um dos principais setores têxteis. No setor de

tecelagem com relação ao abastecimento, os fornecedores realizam a entrega de MP e insumos

em até uma semana, estes apresentam uma alta incidência de entrega de pedidos além de

disponibilizar um prazo de até dois meses para realização de pagamentos, contribuindo com a

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cadeia de suprimentos do setor. O capital empatado em estoque de matéria-prima para produção

comporta um abastecimento de até um mês, não apresentando uma alta estocagem. Com relação

a produção, são baixos os índices de utilização de material reciclado, desperdício de matéria-

prima e o uso de recursos naturais. O tempo médio para fabricação dos produtos é de até uma

semana. Quando um ou mais funcionários faltam ao trabalho, a produção fica comprometida.

Com relação a distribuição dos produtos finalizados junto aos clientes, o tempo médio de

permanência dos produtos na empresa e o tempo médio de entrega dos produtos aos clientes é

de até 15 dias, apresentando uma boa performance na distribuição dos produtos.

No setor boneleiro, com relação ao abastecimento de matéria-prima e insumos, os

fornecedores disponibilizam um prazo de até dois meses para realização dos pagamentos de

produtos e necessitam de um período de 15 dias para realizarem seu abastecimento,

apresentando um desempenho satisfatório. O capital empatado em estoque de matéria-prima

para produção admite um provimento de até um mês, não exibindo uma alta estocagem. Com

relação a cadeia produtiva, o setor utiliza poucos recursos naturais em sua produção. Os gastos

com a produção exceto matéria-prima são elevados. O tempo necessário para produção dos

produtos é de até uma semana, apresentando uma excelente performance produtiva da cadeia.

Na ausência de um ou mais integrantes da equipe de trabalho, a produção fica ligeiramente

comprometida. O setor apresenta uma leve incidência de um planejamento produtivo.

Apresenta uma elevada quantidade de pedidos entregues aos clientes, onde estes recebem os

produtos em um período de até 15 dias, proporcionando uma boa performance na cadeia.

Já o setor faccionista, apresenta uma cadeia de suprimentos com a melhor performance

entre os três arranjos. Com relação ao abastecimento de matéria-prima e insumos, as empresas

abastecedoras necessitam de até uma semana para realizarem a entrega dos produtos, estes

realizam os pagamentos junto aos faccionistas em um período de até 1 mês. A estocagem de

matéria-prima para produção admite um provimento de até um mês, apresentando um controle

regular de abastecimento. Relacionado à cadeia produtiva, o desperdício de matéria-prima é

baixo. As facções não apresentam gastos com matéria-prima e insumos, estes são de

responsabilidade das empresas abastecedoras. O tempo médio para produção dos produtos é de

até uma semana, apresentando um ótimo desempenho da cadeia produtiva. O setor apresenta

um leve comprometimento na produção quanto há a ausência de um ou mais funcionários. O

setor apresenta um alto nível de planejamento na produção, este pode ser atribuído aos cursos

de capacitação e gestão adquiridos em instituições como SEBRAE, SENAI e IFRN. Com

relação a distribuição dos produtos aos clientes (empresas abastecedoras), o tempo de

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permanência dos produtos na empresa e o tempo médio para realização das entregas as

empresas abastecedoras é de até 1 semana, apresentando um elevado desempenho.

O objetivo geral desse estudo era analisar a formação dos principais arranjos produtivos

têxteis da região Seridó/RN e suas relações com a cadeia de suprimentos. Com o alcance dos

quatro objetivos específicos, acredita-se que o objetivo geral do trabalho foi preenchido.

Em uma análise geral, pode-se observar comportamentos dos arranjos produtivos mais

atuantes em alguns setores do que em outros. As tecelagem não apresentam de forma direta e

organizada a atuação de um arranjo produtivo. Este setor não realiza compras conjuntas, não

adquire cursos de capacitação e/ou mão-de-obra especializada de forma conjunta, não realiza

trocas de equipamentos e conhecimentos. O setor afirma que se não existissem concorrentes,

suas cadeias de produção poderiam estar comprometidas. Existe na região uma associação de

classe, mas os empresários advertem que a mesma encontra-se inoperante, não contribuindo

para o fortalecimento do arranjo. O setor aponta para a ausência de empresas de apoio ao

crescimento. Embora a cadeia de suprimentos deste arranjo apresente-se bem atuante e com alta

incidência de distribuidores locais, exibindo uma cadeia produtiva com elevada performance.

O setor de bonelaria apresenta uma boa incidência organizacional dentro de seu arranjo

produtivo. Sua associação de classe realiza ações que contribuem com o avanço do arranjo. A

participação de empresas de apoio ao crescimento industrial acontece de forma moderada. Sua

cadeia de abastecimento é bem estruturada, com fácil acesso aos fornecedores, e a distribuição

dos produtos sendo realizada de forma eficiente. Este é o setor com a maior média de

fornecedores por empresa. Apesar dessa boa quantidade, a cadeia de suprimentos do setor

apresentou uma performance inferior aos setores de tecelagem e facção, no entanto, essa ainda

expõe índices de entregas e recebimentos elevados, apresentando um bom desempenho

produtivo em sua cadeia de suprimentos.

O setor de facções foi o que apresentou um arranjo produtivo mais atuante. A associação

de faccionistas aproxima os empresários as empresas de apoio ao crescimento, adquirindo

vários benefícios dessa parceria, fortalecendo o arranjo como um todo. O setor está progredindo

com relação ao seu crescimento na região, com a operacionalização do projeto Pró-Sertão, por

exemplo. Suas cadeias produtivas aparecem como um fator diferenciado, pois comungam de

um sistema de informação que é utilizado em conjunto com as empresas abastecedoras,

facilitando e agilizam os processos produtivos. Boa parte dos empresários relatam que se não

existissem outros parceiros (facções), suas empresas poderiam estar em uma situação mais

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confortável. A cadeia de suprimentos apresenta os melhores resultados relacionados ao

abastecimento e a distribuição. Com isso, seu sistema produtivo é bastante eficiente.

Ao comparar os resultados da pesquisa aos encontrados no estudo de Kieckbusch

(2010), que abordou a cadeia de suprimentos da indústria têxtil e de confecções do médio vale

do Itajaí, os estudos desse autor apontaram para a dificuldade das empresas de apresentarem

forças advindas da visão de um arranjo organizado, e não apenas de suas individualidades. Na

pesquisa o setor de facções aponta que um arranjo organizado e estruturado pode apresentar

forças e colher frutos. Ao conferir os resultados do estudo de Albuquerque (2013) sobre APL’s

de panificação e cerâmica vermelha, estes apresentam um alto nível de objetivos comuns dentro

de seus arranjos produtivos, convergindo com os resultados apresentados pelo setor faccionista

e divergindo dos resultados exibidos no setor de tecelagem.

As fundamentais contribuições da pesquisa podem ser desmembradas em teóricas,

práticas e metodológicas. Quanto ao modelo utilizado para a mensuração do constructo que

considera estudos sobre arranjos produtivos e medição da cadeia de suprimentos (utilizando o

modelo SCOR 11.0) explanou-se a contribuição deste estudo dentro do universo das MPE’s

têxteis da região Seridó/RN. Vale salientar que em todo referencial bibliográfico analisado, não

foi encontrado trabalhos que abordassem arranjos produtivos e suas relações com a cadeia de

suprimentos em uma única pesquisa. O estudo concentrou um grupo de variáveis analíticas que

completaram lacunas específicas, podendo estas serem aproveitadas em outros estudos.

Apesar do esforço científico, algumas limitações devem ser observadas. Após uma

análise detalhada, uma quantidade significativa de variáveis do estudo foram retiradas da

pesquisa por fatores relacionados ao público pesquisado. Para a realização de outras pesquisas

seriam necessárias novas análises dentro das variáveis do estudo. Embora a presente pesquisa

tenha preenchido os requisitos básicos de um procedimento de validação de constructo, as

escalas utilizadas demandam novos estudos para que sua eficácia possa ser aprimorada.

Toda via, para uma afirmação das variáveis descobertas, seria necessário uma pesquisa

utilizando o mesmo padrão e instrumento. A aplicação desse estudo em empresas têxteis de

maior porte, ou empresas de segmentos diversificados (independentemente do seu porte),

poderia confrontar os resultados dessa pesquisa. Dessa forma, recomenda-se a prática de novos

estudos de cunho qualitativo, inseridos na mesma parábola de pesquisa, apresentando algumas

alternativas dentro dessa gama de possibilidades de estudos sobre arranjos produtivos e suas

relações com a cadeia de suprimentos.

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138

APÊNDICES

Apêndice A – Roteiro de Entrevista Aplicado aos Empresários Têxteis da Região

Seridó/RN

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Matrícula: 201317538 Responsável pela Pesquisa: LEANDRO APARECIDO DA SILVA Professor Orientador: PROF. DR. DOMINGOS FERNANDES CAMPOS Período: 2013.2 à 2015.1

INFORMAÇÕES DO ENTREVISTADO

RAZÃO SOCIAL

NOME FANTASIA

ROTEIRO DE ENTREVISTA

MATÉRIA-PRIMA

1) Qual a origem da matéria-prima (Indústria ou Distribuidores)? Como se dá a aquisição?

2) Quais são as principais matérias-primas e insumos?

3) Existem problemas no abastecimento? Explique como acontece no dia a dia.

4) Qual a sua opinião sobre a infraestrutura das rodovias para transporte de mercadorias e

matéria-prima?

5) Existe alguma preocupação com relação à qualidade da matéria-prima adquirida?

6) Existe algum fator na matéria-prima que possa agregar valor ao seu produto em uma eventual

divulgação do mesmo (algodão ecologicamente correto)?

7) Fale um pouco sobre os principais fornecedores: como estes atuam?

AMBIENTE

1) Como funcionam os órgãos de fiscalização que atuam na sua região?

2) Existe a utilização de produtos reciclados em sua produção, tratamento de resíduos, coleta

seletiva, dentre outros? Quais são? Como funcionam?

3) O que acontece com o desperdício da produção?

4) Existe alguma preocupação com o meio ambiente? Qual? Exemplifique.

5) Quais medidas tomadas por sua organização com relação a esses problemas ambientais? Até

que ponto isso afeta a produção?

6) Há alguma legislação específica ou restrições para produção?

MERCADO

1) Quais os principais obstáculos enfrentados por sua empresa para o abastecimento dos seus

produtos no mercado? Existe alguma ação para solucionar esses obstáculos?

2) Como se dá o transporte da mercadoria pronta no pós-venda?

3) Comercializa por mediação de intermediários? Como funciona?

4) Quais os principais destinos no mercado (interno e/ou externo)? Explique melhor.

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139

5) Como se dá o relacionamento com os concorrentes locais?

6) Na sua visão, o que motiva a ascensão de indústrias têxteis no seu ramo de atuação

localizadas na região Seridó/RN?

7) Quais os principais obstáculos enfrentados no transporte da mercadoria?

8) Existe algum projeto para a expansão da capacidade de transporte da mercadoria? Qual?

9) Qual a região (outra localidade) que você considera como maior concorrente na fabricação

dos seus produtos? Por quê?

10) Com relação ao seu cliente, você considera este um consumidor final ou um intermediário do

seu produto? Como se dá o relacionamento?

11) Existe alguma preocupação de como o cliente intermediador trabalha na divulgação e

fornecimento do seu produto para o consumidor final?

PRODUÇÃO

1) Quais os principais produtos? Caso exista, descreva acerca dos produtos secundários (outros

produtos fabricados).

2) Qual a produção mensal da empresa (em kg, peças, litros, outros)?

3) A quantidade de funcionários muda no período de alta produtividade? Em que proporção isso

ocorre, conforme o quadro médio de funcionário (ex: aumenta 20%)?

4) Há aquisição de produção terceirizada? Como se dá esse processo? Quem fornece?

5) Embalagem e empacotamento dos produtos produzidos?

6) Qual o tipo de transporte utilizado? Estes fazem parte da frota própria ou esta é terceirizada?

Como funciona?

7) Qual o período do ano ideal para a produção? Por quê?

8) Quais os principais complicadores na produção?

9) Quais fatores favorecem a produção?

SUPORTE

1) Existe algum órgão envolvido nos processos de soluções de problemas?

2) Qual sua opinião sobre as instituições de apoio como SEBRAE, SENAI e SENAC?

3) Existe alguma participação de universidades e institutos educacionais (como o IFRN)? Como

se dá essa participação?

4) Existe capital disponível no mercado financeiro (bancos) com condições adequadas para a

sua indústria? Como é o acesso?

5) Possui certificação? Quais são?

ARRANJOS PRODUTIVOS

1) Existe alguma cooperativa ou associação de empresas do mesmo setor na região? Como

funciona?

2) O transporte na compra (matéria-prima) e venda (produtos) é compartilhado ou auxiliado

pelos parceiros comerciais (concorrentes)?

3) Você observa alguma vantagem comercial na participação dessas associações e/ou

cooperativas?

4) Quais as ações organizacionais (estratégicas) envolvidas na participação dessas associações

e/ou cooperativas?

5) Quais os benefícios e aprendizagens envolvidos nessas associações e/ou cooperativas?

6) Quais as cooperações entre as empresas participantes existentes nessas associações e/ou

cooperativas?

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Apêndice B – Módulo 1 do Questionário de Pesquisa Aplicado aos Empresários Têxteis

da Região Seridó/RN

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Matrícula: 201317538 Responsável pela Pesquisa: LEANDRO APARECIDO DA SILVA Professor Orientador: PROF. DR. DOMINGOS FERNANDES CAMPOS Período: 2013.2 à 2015.1 Ementa Solicito a sua colaboração para responder este questionário. Todas as respostas serão tratadas de maneira consolidada garantindo o sigilo das informações individuais. O questionário leva em torno de 30 minutos. Agradeço imensamente a sua colaboração. Para qualquer dúvida ou esclarecimento, segue a informação sobre os contatos. Leandro A. da Silva: (84) 9921 9206. Coordenação do Mestrado: (84) 3216-8616.

FICHA CADASTRAL DAS EMPRESAS PESQUISADAS

RAZÃO SOCIAL NOME FANTASIA

CIDADE EQ. DE TRAB. ____ FAMILIARES

____ FUNCIONÁRIOS ESCOLARIDADE DO

PROPRIETÁRIO NENHUM ENSINO BÁSICO ENSINO MÉDIO SUP. INCOMPLETO SUP. COMPLETO PÓS-GRADUAÇÃO

EXISTÊNCIA DE GERENTE(S)

SIM NÃO

FAIXA ETÁRIA DO PROPRIETÁRIO

ENTRE 18 E 25 ANOS ENTRE 25 E 35 ANOS ENTRE 35 E 50 ANOS ACIMA DE 50 ANOS

MÉDIA DE IDADE DA EQUIPE

ENTRE 18 E 25 ANOS ENTRE 25 E 35 ANOS ENTRE 35 E 50 ANOS ACIMA DE 50 ANOS

ATIVIDADE FACÇÃO TECELAGEM BONELARIA

SEXO PROPRIETÁRIO

MASCULINO FEMININO

QNT. GALPÕES (INSTALAÇÕES)

______________________

QNT. FORNECEDORES

______________________ PRODUÇÃO MENSAL (Kg, litros, peças, outros)

______________________

FATURAMENTO BRUTO EM 12

MESES (VEZES R$ 1000,00)

ATÉ 20 DE 20 A 40 DE 40 À 80 DE 80 A 160

DE 160 A 240 DE 240 A 360 DE 360 À 500 DE 500 A 750

DE 750 A 1000 DE 1000 A 2000 DE 2000 À 2900 ACIMA DE 2900

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Apêndice C – Módulo 2 do Questionário de Pesquisa Aplicado aos Empresários Têxteis

da Região Seridó/RN

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Abastecimento e Estoque

Questão 1

Indique o capital empatado (dinheiro parado) em estoque de mercadorias finais em relação ao faturamento mensal de sua empresa (considere somente o estoque de produtos finalizados):

Até 1 mês Até 2 meses

Até 3 meses Até 4 meses

Até 5 meses Até 6 meses

Acima de 6 meses

1 2 3 4 5 6 7

Questão 2

Você considera a quantidade de fornecedores disponíveis em sua região (mesma cidade, cidades vizinhas):

Muito baixa Baixa Ligeiramente baixa

Normal Ligeiramente alta

Alta Muito alta

1 2 3 4 5 6 7

Matéria-Prima Questão 3

Indique o capital empatado (dinheiro parado) em estoque de matéria-prima e insumos em relação ao faturamento mensal de sua empresa:

Até 1 mês Até 2 meses

Até 3 meses

Até 4 meses

Até 5 meses

Até 6 meses

Acima de 6 meses

1 2 3 4 5 6 7

Questão 4

Indique em que medida os seus fornecedores têm acesso às informações do estoque de matérias-primas de sua empresa (em que medida o seu fornecedor gerencia seus estoques):

Não tem acesso

Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 5

A quantidade de material reciclado que sua empresa utiliza na produção é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 6

Indique a frequência de compras de matéria-prima e insumos realizadas por sua empresa em conjunto com outras do mesmo setor, junto aos fornecedores. A escala varia de 1 (nunca realiza) a 7 (sempre realiza):

Nunca realiza

Sempre realiza

1 2 3 4 5 6 7

Questão 7

O desperdício de matéria-prima na fabricação dos seus produtos é:

Muito alto Alto Ligeiramente alto

Normal Ligeiramente baixo

Baixo Muito baixo

1 2 3 4 5 6 7

Questão 8

O prazo médio para pagamento (tempo) dado pelos fornecedores de matéria-prima:

Até 1 mês Até 2 meses

Até 3 meses Até 4 meses

Até 5 meses

Até 6 meses

Acima de 6 meses

1 2 3 4 5 6 7

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142

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Questão 9

Indique o nível de comprometimento da produção da sua empresa pela falta de matéria-prima em alguns períodos do ano. A escala varia de 1 (sempre comprometida) a 7 (nunca comprometida):

Sempre comprometida

Nunca comprometida

1 2 3 4 5 6 7

Questão 10

O tempo médio de entrega da matéria-prima e insumos mais importantes pelo fornecedor é:

Até 1 semana

Até 15 dias Até 1 mês Até 45 dias Até 2 meses Até 3 meses

Acima de 3 meses

1 2 3 4 5 6 7

Questão 11

A qualidade da matéria-prima utilizada na produção é:

Muito ruim Ruim Ligeiramente ruim

Normal Ligeiramente boa

Boa Muito boa

1 2 3 4 5 6 7

Questão 12

A quantidade de recursos naturais (como água, madeira ou outros) utilizada na sua produção é:

Muito baixa Baixa Ligeiramente baixa

Normal Ligeiramente alta

Alta Muito alta

1 2 3 4 5 6 7

Pedidos e Faturamento Questão 13

Os gastos com a produção, exceto matéria-prima (mão de obra, energia, entre outros), são considerados:

Muito baixos

Baixos Ligeiramente baixos

Normais Ligeiramente altos

Altos Muito altos

1 2 3 4 5 6 7

Questão 14

A quantidade de pedidos atendidos corretamente pelo fornecedor é:

Muito baixa Baixa Ligeiramente baixa

Normal Ligeiramente alta

Alta Muito alta

1 2 3 4 5 6 7

Questão 15

A quantidade de pedidos entregues corretamente aos seus clientes (tempo, quantidades, documentação), o chamado pedido perfeito, é:

Muito baixa Baixa Ligeiramente baixa

Normal Ligeiramente alta

Alta Muito alta

1 2 3 4 5 6 7

Questão 16

O padrão (estético) e a qualidade das embalagens de seus produtos são:

Muito baixos

Baixos Ligeiramente baixos

Normais Ligeiramente altos

Altos Muito altos

1 2 3 4 5 6 7

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143

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Tempo Questão 17

O tempo em que os produtos fabricados permanecem dentro da sua empresa (considere somente produtos finalizados; mercadoria acabada em estoque) é:

Até 1 semana

Até 15 dias Até 1 mês Até 45 dias Até 2 meses

Até 3 meses

Acima de 3 meses

1 2 3 4 5 6 7

Questão 18

O tempo de produção dos seus produtos (tempo utilizado na fabricação dos produtos) é:

Até 1 semana

Até 15 dias Até 1 mês Até 45 dias Até 2 meses Até 3 meses

Acima de 3 meses

1 2 3 4 5 6 7

Questão 19

Indique o nível de comprometimento da produção de sua empresa quando falta um ou mais funcionários. A escala varia de 1 (muito baixo) a 7 (muito alto):

Muito baixo Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 20

Indique o nível de planejamento da produção de sua empresa (cronograma de produção). A escala varia de 1 (sem planejamento) a 7 (totalmente planejado):

Sem planejamento

Totalmente planejado

1 2 3 4 5 6 7

Questão 21

O tempo de entrega dos seus produtos aos clientes (tempo médio de entrega dos produtos aos clientes) é:

Até 1 semana

Até 15 dias Até 1 mês Até 45 dias Até 2 meses Até 3 meses

Acima de 3 meses

1 2 3 4 5 6 7

Questão 22

Indique em que medida o fato de ter uma carteira com clientes antigos, de longa data, contribui para a programação da produção de sua empresa. A escala varia de 1 (nada contribui) a 7 (contribui muito):

Nada contribui

Contribui muito

1 2 3 4 5 6 7

Funcionários Questão 23

A polivalência dos seus funcionários (aqueles que executam mais de uma operação no processo de fabricação dentro da empresa) é:

Muito baixa Baixa Ligeiramente baixa

Normal Ligeiramente alta

Alta Muito alta

1 2 3 4 5 6 7

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144

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Questão 24

Incentivos e políticas públicas que ajudem a sua empresa na contratação de novos funcionários (empresas e/ou instituições que ligam empregados a empregadores, como o IEL):

Não existem

Existem muito

poucos

Existem Poucos

Existem Existem e atuam bem

Existem e atuam muito

bem

Existem e atuam com excelência

1 2 3 4 5 6 7

Questão 25

Você considera a presença de políticas e ações públicas (prefeituras, câmaras de vereadores, órgãos públicos, associações e cooperativas) voltadas para a aproximação de sua empresa às instituições de ensino e pesquisa em um nível:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Aprendizagem Questão 26

O nível de aprendizagem adquirido no dia a dia dentro da sua empresa, pelos seus funcionários, é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 27

O nível de conhecimento que sua empresa adquire com outros concorrentes é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 28

O nível de conhecimento que sua empresa adquire com clientes e fornecedores é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 29

O nível de conhecimento que sua empresa tem como diferencial, em relação aos seus concorrentes, é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Localização e Infraestrutura

Questão 30

O nível de dificuldades impostas pela localização de sua empresa, com relação ao envio de suas mercadorias produzidas (obstáculos pela localização na entrega dos produtos), é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 31

Em termos de distância, a maior parte das vendas de sua empresa se concentra:

Em sua cidade

Na região Seridó

No Rio Grande do

Norte

Nos estados que

fazem divisa com

o RN

No Nordeste Brasileiro

No Brasil Em outros países

1 2 3 4 5 6 7

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145

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Questão 32

O nível de dificuldades impostas pela localização de sua empresa com relação ao recebimento de matéria-prima e insumos (obstáculos pela localização no recebimento de matéria prima) é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 33

O nível de adequação de suas instalações (galpões, máquinas, transportes, estrutura física, dentre outros) está:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Relacionamento e arranjos produtivos

Questão 34

A número de negócios realizados entre sua empresa e empresas informais (as consideradas fundo de quintal) e/ou profissionais autônomos é:

Muito pouco Pouco Ligeiramente pouco

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 35

O nível de confiança entre sua empresa e seus concorrentes locais é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 36

O nível da administração de sua empresa (você e seus funcionários), com relação às facilidades de compra, venda e produção é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 37

Indique em que nível um fornecedor que é participativo e prestativo e que sempre entra em contato pode ajudar na sua produção, entre 1 (não ajuda) e 7 (ajuda muito):

Não ajuda Ajuda muito

1 2 3 4 5 6 7

Mão de Obra Questão 38

O nível de mão de obra qualificada em sua empresa é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 39

Qual a presença de mão de obra especializada (engenheiros, técnicos) em sua empresa, entre 1 (muito ausente) e 7 (muito presente):

Muito ausente

Muito presente

1 2 3 4 5 6 7

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146

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Questão 40

Indique o nível de importância que instituições como SEBRAE, SENAI, SESI e IFRN têm para o desenvolvimento de sua empresa. A escala varia de 1 (nenhuma importância) a 7 (muita importância).

Nenhuma importância

Muita importância

1 2 3 4 5 6 7

Questão 41

O nível de conhecimento e capacitação que sua empresa (você e sua equipe de trabalho) adquiriu por meio de instituições como SEBRAE, SENAI, SESI e IFRN é:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 42

Indique o nível de cooperação entre sua empresa e suas concorrentes (exemplos: empréstimos de equipamentos, matérias-primas, funcionários, dicas de como produzir, indicação de novos fornecedores e clientes):

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 43

Indique em que nível os objetivos de sua empresa são comuns aos dos concorrentes. A escala varia de 1 (nenhum objetivo comum) a 7 (todos objetivos comuns):

Nenhum objetivo comum

Todos objetivos comuns

1 2 3 4 5 6 7

Questão 44

Indique em que nível a presença de associações de classes, redes e/ou grupos de empresas e cooperativas favorece a integração de sua empresa com seus concorrentes:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 45

Indique em que nível há uma estrutura comum entre sua empresa e seus concorrentes para armazenamento e produção de mercadorias (galpões em comum):

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 46

Indique o nível de cooperação (parceria) entre sua empresa e seus concorrentes na aquisição de serviços especializados, como técnicos, engenheiros e outros profissionais autônomos:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 47

Indique o nível de importância dos distribuidores (clientes intermediários) na divulgação e apresentação dos seus produtos:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

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147

UNIVERSIDADE POTIGUAR Mestrado Profissional em Administração

Questão 48

Indique o nível de importância das empresas que prestam serviços terceirizados, como alvejamento, tingimento, estamparia, dublagem (serviço de bonelaria), costura e corte, dentre outros, para sua empresa:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 49

Indique o nível de importância das cooperativas de crédito que atendem sua empresa e aos seus concorrentes:

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Produção Questão 50

Indique em que nível a sua produção pode ser afetada por um período sazonal de vendas (ex: aumento de vendas no final de ano), entre 1 (não afeta) e 7 (afeta bastante):

Não afeta Afeta bastante

1 2 3 4 5 6 7

Questão 51

Indique o nível que sua empresa tem de absolver uma produção com grande variedade de produtos em baixas quantidades (ex. produz 10 bonés de um tipo, 20 de outro, etc.):

Muito baixo Baixo Ligeiramente baixo

Normal Ligeiramente alto

Alto Muito alto

1 2 3 4 5 6 7

Questão 52

Quando ocorre a produção de grandes lotes com pouca variedade nos produtos, o nível de produtividade de sua empresa:

Não aumenta

Aumenta muito

1 2 3 4 5 6 7

Questão 53

Em que nível uma fiscalização rígida dos órgãos governamentais (IDEMA, IBAMA, Ministério do Trabalho) pode atrapalhar na produção, entre 1 (não atrapalha) e 7 (atrapalha bastante)?

Não atrapalha

Atrapalha bastante

1 2 3 4 5 6 7

Questão 54

Caso não existissem concorrentes (parceiros comerciais) em sua região, o acesso à matéria-prima, mão de obra e mercado poderia ser:

Muito prejudicado

Prejudicado Ligeiramente prejudicado

Normal Um pouco melhor

Melhor Bem melhor

1 2 3 4 5 6 7

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148

Apêndice D – Diretrizes Norteadoras para o Alcance do Objetivo Geral

Quadro – Diretrizes Norteadoras para o Alcance do Primeiro Objetivo Específico

OBJETIVO GERAL: ANALISAR A FORMAÇÃO DOS PRINCIPAIS ARRANJOS PRODUTIVOS TÊXTEIS DA

REGIÃO SERIDÓ/RN E SUAS RELAÇÕES COM A CADEIA DE SUPRIMENTOS.

OBJETIVO

ESPECÍFICO

QUESTÕES O QUÊ PERGUNTAR A QUEM

PERGUNTAR?

FINALIDADE TIPO DE

DADO

a) Caracterizar

os principais

arranjos

produtivos

têxteis da

região

Seridó/RN.

1- Quais as

principais

característi

cas dos

arranjos

produtivos

têxteis da

região?

2- Em que

contexto

econômico

social está

inserida a

região?

3- Qual o

perfil do

setor têxtil

local?

4- Qual o

perfil das

indústrias

que

compõem

o setor

têxtil

local?

Quais os municípios que

compõem o setor têxtil da

região?

(PEGN, 2007)

(V&C, 2011)

(FJA-RN, 2013)

IBGE

Estabelecer a

população da

pesquisa

Primária/

Secundário

Qual a população dos

municípios envolvidos na

indústria têxtil da região?

IBGE e WEB Conhecer o

potencial

Secundário

Qual o PIB dos municípios

envolvidos na indústria

têxtil da região?

Órgãos

Governamentais

IBGE e WEB

Conhecer o

potencial

Secundário

Como estão distribuídas as

indústrias têxteis nas

cidades?

IBGE e WEB Conhecer as

condições de

produtividade

Primário/

Secundário

Qual o porte das indústrias

têxteis?

Indústrias Têxteis

da Região

Identificar o tipo

e a participação

da indústria

Primário

Qual a produção da

indústria dentro do setor

têxtil local?

Indústrias Têxteis

da Região

A participação

na produção

Primário

Qual a quantidade de

funcionários no período de

alta demanda em períodos

normais?

Indústrias Têxteis

da Região

A demanda de

mão-de-obra e a

geração de

emprego e renda

Primário

Participações de

cooperativas e/ou

associações de classe?

Indústrias Têxteis

da Região

IdentificaR a

integração das

indústrias.

Primário

Participações de empresas

de apoio ao crescimento

como SENAI, SEBRAE,

SESC, SENAC e IFRN?

Indústrias Têxteis

da Região

Apoio ao

crescimento do

setor têxtil local

Primário/

Secundário

Fonte: Elaborado pelo Autor.

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149

Quadro – Diretrizes Norteadoras para o Alcance do Segundo Objetivo Específico

OBJETIVO GERAL: ANALISAR A FORMAÇÃO DOS PRINCIPAIS ARRANJOS PRODUTIVOS

TÊXTEIS DA REGIÃO SERIDÓ/RN E SUAS RELAÇÕES COM A CADEIA DE SUPRIMENTOS.

OBJETIVO

ESPECÍFICO

QUESTÕES O QUÊ

PERGUNTA

R

A QUEM

PERGUNTAR?

FINALIDADE TIPO DE

DADO

b) Compreender a

estrutura e o

funcionamento

dos principais

arranjos

produtivos

têxteis da

região

Seridó/RN.

1 Qual o

desempenho

logístico em

arranjos

produtivos?

2 Quais as

motivações

envolvidas em

arranjos

produtivos?

3 Quais as

ações

estratégias

envolvidas em

arranjos

produtivos?

4 Quais os

benefícios e

aprendizagem

envolvidos

em arranjos

produtivos?

5 Quais as

externalidades

, densidade e

cooperação

existentes nos

arranjos

produtivos?

Questões do

instrumento

de pesquisa

que abordam

as variáveis

analíticas dos

arranjos

produtivos

Indústrias

Têxteis da

Região

Conhecer o

funcionamento

dos arranjos

produtivos

Primário

Conhecer a

estrutura dos

arranjos

produtivos

Conhecer o

desempenho

logístico dos

arranjos

produtivos.

Identificar as

motivações

envolvidas

dentro dos

arranjos

produtivos.

Verificar as

ações

estratégicas

envolvidas nos

arranjos

produtivos.

Identificar os

benefícios e

aprendizagens

advindas dos

arranjos

produtivos.

Identificar as

externalidades,

densidades e

cooperação

existentes nos

arranjos

produtivos

Fonte: Elaborado pelo Autor.

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150

Quadro – Diretrizes Norteadoras para o Alcance do Terceiro Objetivo Específico

OBJETIVO GERAL: ANALISAR A FORMAÇÃO DOS PRINCIPAIS ARRANJOS PRODUTIVOS

TÊXTEIS DA REGIÃO SERIDÓ/RN E SUAS RELAÇÕES COM A CADEIA DE SUPRIMENTOS.

OBJETIVO

ESPECÍFICO

QUESTÕES O QUÊ

PERGUNTAR

A QUEM

PERGUNTAR?

FINALIDADE TIPO

DE

DADO

c) Descrever

as relações

das

principais

cadeias de

suprimentos

têxteis da

região

Seridó/RN.

1- Como está

estruturada

as cadeias

de

suprimentos

têxtil da

Região

Seridó/RN?

2- Como

funciona a

cadeia de

suprimentos

têxtil local?

3- Quais as

principais

etapas da

cadeia de

suprimentos

têxtil?

4- Quais os

principais

agentes da

cadeia de

suprimentos

têxtil?

5- Como se

estabelece a

matriz

origem-

destino?

Acesso aos

insumos e

equipamentos?

Indústrias

Têxteis da

Região

Conhecer a

origem.

Primário

Adquiri

produção

terceirizada?

Como se dá

esse processo?

Quem fornece?

Conhecer volume

comercializado

através de

terceiros e/ou

parceiros.

Possui

instalações

adequadas para

produção,

embalagem e

empacotamento

dos produtos

produzidos?

Capacidade

interna de

beneficiamento,

aprovisionamento

e desempenho

interno.

Possui

certificação?

Quais são?

Nível de

qualidade exibida

no mercado.

Qual o tipo de

transporte

utilizado? Estes

fazem parte da

frota própria?

Capacidade de

transporte,

modelo de acordo

utilizado, como

funciona.

Comercializa

por mediação

de

intermediários?

Conhecer a forma

de

comercialização.

Quais os

principais

destinos no

mercado

(interno e/ou

externo)?

Qual o volume

comercializado?

Conhecer a

matriz origem-

destino.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

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151

Quadro – Diretrizes Norteadoras para o Alcance do Quarto Objetivo Específico

OBJETIVO GERAL: ANALISAR A FORMAÇÃO DOS PRINCIPAIS ARRANJOS PRODUTIVOS

TÊXTEIS DA REGIÃO SERIDÓ/RN E SUAS RELAÇÕES COM A CADEIA DE SUPRIMENTOS.

OBJETIVO

ESPECÍFICO

QUESTÕES O QUÊ

PERGUNTAR

A QUEM

PERGUNTAR?

FINALIDADE TIPO

DE

DADO

d) Avaliar o

desempenho

das empresas

pesquisadas

utilizando

medidas do

modelo

SCOR na

gestão da

cadeia de

suprimentos.

1- Qual é a

Confiabilidade

dentro do modelo

SCOR?

2- Qual é a

Receptividade

dentro do modelo

SCOR?

3- Qual é a

Agilidade dentro

do modelo

SCOR?

4- Qual é a

Eficiência do

Gerenciamento

de Ativos dentro

do modelo

SCOR?

Questões do

instrumento de

pesquisa que

abordam as

variáveis

analíticas de

medição de

performance na

cadeia de

suprimentos

utilizando o

modelo SCOR

11.0

Indústrias

Têxteis da

Região

Conhecer a

Confiabilidade

dentro do

modelo SCOR

junto as

classificações

interativas na

cadeia de

suprimentos

Primário

Conhecer a

Receptividade

dentro do

modelo SCOR

junto as

classificações

interativas na

cadeia de

suprimentos

Conhecer a

Agilidade

dentro do

modelo SCOR

junto as cadeia

de suprimentos

Conhecer a

Eficiência do

Gerenciamento

de Ativos

dentro do

modelo SCOR

junto as

classificações

interativas na

cadeia de

suprimentos

Fonte: Elaborado pelo Autor.

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152

Apêndice E – Atributos de Confiabilidade, Receptividade, Agilidade e Eficiência do Gerenciamento de Ativos do Modelo SCOR 11.0

Quadro A – Atributos de Confiabilidade do Modelo SCOR 11.0 Classificação COMPRA e COMPRAR E DEVOLVER

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação

segundo processos

V15 Quantidade de pedidos atendidos corretamente pelos fornecedores Quantidade de pedidos atendidos corretamente pelos fornecedores

conforme combinado.

COMPRAR

V16 Mercadorias recebidas pelo fornecedor livres de defeitos Mercadorias recebidas dos fornecedores livres de defeitos, dentro do total

de mercadorias recebidas

V17 Insumos recebidos dos fornecedores, que atendam a solicitação dos

clientes

Pedidos atendidos pelo fornecedor, para que o atendimento ao cliente

possa ocorrer dentro do prazo solicitado

V18 Pedidos atendidos pelos fornecedores que dispõem de conteúdo correto Pedidos atendidos pelos fornecedores com material e especificações dos

produtos conforme solicitado

V20 Pedidos entregues pelo fornecedor com tempo e documentação corretos Pedidos entregues pelos fornecedores dentro do prazo e com

documentação de embarque corretos.

V21 Pedidos entregues pelos fornecedores livres de defeitos. Pedidos entregues pelos fornecedores livres de defeitos, dentro do total

de pedidos recebidos.

V22 Produtos recebidos dos fornecedores no prazo solicitado. Produtos recebidos pelos fornecedores no prazo solicitado.

V23 Produtos recebidos pelos fornecedores sem erros de transação. Produtos recebidos pelos fornecedores sem erros de transação.

V4 Produtos devolvidos ao fornecedor referente a erros no envio do pedido. Produtos devolvidos aos fornecedor por defeito, excesso ou a falta de

produtos ou divergentes do que foram solicitados no pedido.

COMPRAR e

DEVOLVER

V5 Produtos armazenados para manutenção, revisão e reparos que devem

retornar aos fornecedores.

Produtos armazenados que serão devolvidos aos fornecedores para

manutenção, revisão e reparos.

V25 Atendimento de devolução de produtos realizados pelos fornecedores. Devolução de produtos defeituosos atendidos pelo fornecedor, com

tempo de atendimento correto.

V34 Ocorrências de devolução de produtos aos fornecedores referentes a

excesso dos mesmos em estoque.

Ocorrências de produtos devolvidos aos fornecedores, referente ao

excesso dos mesmos em estoque.

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012.

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153

Quadro B – Atributos de Confiabilidade do Modelo SCOR 11.0 Classificação PRODUZIR e PRODUZIR E ENTREGAR

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação

segundo processos

V40 Fabricação de produtos realizadas no tempo correto. Produtos fabricados no tempo correto, pré-determinado por um

cronograma de produção.

PRODUZIR

V43 Custos de produtos de garantia dentro da empresa. Custos de produtos de garantia incluindo (material, mão de obra,

tempo de reparo, dentre outros).

V44 Erros de processamento de insumos Erros de processamento de insumos, dentro do total de insumos

utilizados para fabricação do produto.

V45 Rendimento dos insumos dentro da fabricação dos produtos Rendimento de matéria-prima na fabricação dos produtos.

V46 Nível de desperdício de matéria-prima na fabricação dos produtos. Nível de desperdício de matéria-prima durante a fabricação dos

produtos.

V26 Documentação de conformidades de produtos corretas. Documentação de conformidade do produto correta e disponível aos

que interessarem.

PRODUZIR E

ENTREGAR

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012.

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154

Quadro C – Atributos de Confiabilidade do Modelo SCOR 11.0 Classificação ENTREGAR, PLANEJAR e PLANEJAR, PRODUZIR E ENTREGAR

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação

segundo processos

V6 Produtos alocados corretamente. Produtos alocados corretamente, dentro do total de produtos

disponíveis para alocação.

ENTREGAR

V8 Pedidos solicitados pelos clientes atendidos de forma correta. Pedidos processados sem problemas ou erros pela empresa.

V27 Quantidade de pedidos entregues corretamente aos clientes

Quantidade de pedidos entregues aos clientes realizados

corretamente com tempo, quantidades, documentação de envio todos

conforme combinado.

V28 Pedidos entregues aos clientes corretamente. Pedidos entregues aos clientes corretamente, conforme quantidades

e especificações de produtos.

V29 Pedidos entregues no local e ao cliente corretamente. Pedidos entregues no local e ao cliente corretamente.

V30 Pedidos entregues aos clientes com as quantidades de produtos sendo

atendidas.

Pedidos entregues aos clientes com as quantidades de produtos

atendidos de forma satisfatória.

V35 Pedidos entregues aos clientes livres de danos Pedidos entregues aos clientes livres de danos de transporte.

V36 Pedidos entregues aos clientes livres de defeitos Pedidos entregues aos clientes livres de defeitos.

V41 Precisão na documentação de expedição do pedido. Precisão de documentação de envio de pedido, atendido de forma

adequada e correta.

V32 Precisão de fabricação de produtos, conforme estimativa de tempo pré-

determinado.

Precisão de fabricação de produtos, conforme estimativa de tempo

de produção.

PLANEJAR

V7 Pedidos recebidos e/ou entregues de forma correta ao destino correto (pedido

perfeito).

Pedidos recebidos e/ou entregues de forma correta ao destino

correto, atendendo o cronograma, com os produtos e a

documentação correta (pedido perfeito).

V31 Pedidos concluídos dentro do prazo de 24h, após seu recebimento. Pedidos concluídos dentro do prazo de 24h, após seu recebimento. PLANEJAR,

PRODUZIR

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012.

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155

Quadro D – Atributos de Receptividade do Modelo SCOR 11.0 Classificação COMPRAR, COMPRAR E DEVOLVER e PRODUZIR

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação segundo

processos

V53 Prazo médio disponibilizado pelos fornecedores para realização de

pagamentos

O tempo médio disponibilizado pelos fornecedores para realização

de pagamentos de insumos e matéria-prima.

COMPRAR

V55 Atrasos de entrega realizados pelo fornecedor em dias Atrasos de entrega realizados pelo fornecedor em dias, comparado

com o total de entregas dos fornecedores.

V78 Tempo médio utilizado pelos fornecedores para entregar matéria-

prima e insumos.

Tempo médio demandado pelo fornecedor para entrega dos

principais insumos e matéria-prima.

V155 Média de tempo negociada com os fornecedores para a entrega de

insumos

Média de tempo acordada entre empresa e fornecedores para a

entrega de insumos.

V157 Tempo médio de devolução associado a terceirização. Tempo médio de devolução associado a terceirização. COMPRAR E

DEVOLVER

V49 Receita bruta disponível para produção. Receita bruta disponível para produção, conforme receita bruta

ideal para produção dos produtos.

PRODUZIR

V66 Média de tempo gasto para produção. Média de tempo demandado na produção.

V91 Tempo de problemas na produção. Tempo de problemas na produção, conforme tempo total de ciclo

de produção.

V131 Tempo demandado em testes de produção. Tempo demandado em testes de produção.

V158 Média de tempo gasto com o protótipo do produto, Média de tempo gasto com o protótipo do produto. Conforme o

tempo total do ciclo de produção.

V165 Média de tempo gasto para coleta e armazenamento adequado de

insumos para produção.

Média de tempo gasto para coleta e armazenamento adequado de

insumos para produção.

V166 Média de tempo gasto na embalagem dos produtos. Média de tempo gasto na embalagem dos produtos.

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012

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156

Quadro E – Atributos de Receptividade do Modelo SCOR 11.0 Classificação ENTREGAR e ENTREGAR E DEVOLVER

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação segundo

processos

V61 Média de tempo gasto no transporte e entrega dos produtos. Média de tempo gasto no transporte e entrega dos produtos feitos

pela empresa.

ENTREGAR

V62 Média de tempo gasto na conferência do pedido. Média de tempo gasto pelo cliente para conferencia do pedido

recebido.

V65 Tempo médio de entrega dos produtos da empresa aos clientes Tempo médio gasto para a entrega dos produtos aos clientes

V89 Quantidade de insumos que estão em estoque quando necessários

para produção.

Quantidade de insumos que estão em estoque quando necessários

para produção. Em proporção de produção.

V90 Média de tempo gasto na geração e emissão de uma fatura ao

cliente.

Média de tempo gasto na geração e emissão de uma fatura ao

cliente.

V93 Média de tempo demandado para carregamento e faturamento do

produto para envio ao cliente.

Média de tempo demandado para carregamento e faturamento do

produto para envio ao cliente.

V123 Média de tempo gasto com a cotação de pedidos realizados pelos

clientes.

Média de tempo gasto com a cotação de pedidos realizados pelos

clientes.

V124 Tempo de permanência de pedidos dos clientes. Tempo de espera do pedido do cliente, referente a atividades e

exigências impostas pelos clientes.

V130 Tempo médio gasto pelo cliente com orçamento de compras. Tempo médio gasto pelo cliente com orçamento de compras.

V145 Média de tempo gasto para entrega de um pedido realizado pelo

cliente, a partir do estoque.

Média de tempo gasto para entrega de um pedido realizado pelo

cliente. A partir da análise do estoque de produtos existentes na

empresa.

V154 Média de tempo gasto por transportadores para entrega de pedidos. Média de tempo gasto por transportadores para entrega de pedidos.

V160 Média de tempo de transição de processos de devolução dos

produtos defeituosos.

Média de tempo gasto na devolução dos produtos defeituosos

(recebimento, conferencia, reparo, entre outros). ENTREGAR E

DEVOLVER V161

Média de tempo de transição de processos de devolução dos

produtos excedentes no pedido

Média de tempo gasto na transição de processos de devolução dos

produtos excedentes no pedido (recebimento, conferencia, entre

outros).

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012

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157

Quadro F – Atributos de Receptividade do Modelo SCOR 11.0 classificação PLANEJAR

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação segundo

processos

V47 Desempenho dos processos de entrega dos produtos. Desempenho dos processos de entrega dos produtos conforme

tempo de produção.

PLANEJAR

V48 Desempenho dos fornecedores na entrega dos insumos. Desempenho dos fornecedores na entrega dos insumos conforme o

tempo de solicitação dos mesmos.

V72 Nível do planejamento da produção da empresa (cronograma de

produção). Nível de planejamento conforme cronograma de produção.

V74 Média de custo anual de estoques de insumos obsoletos. Média de custo anual de estoques de insumos obsoletos. A partir

do custo total de compra de insumos.

V87 Média de tempo gasto para identificar e priorizar as necessidades

da cadeia de suprimentos.

Média de tempo gasto para identificar e priorizar as necessidades

da cadeia de suprimentos.

V103 Tempo demandado no gerenciamento de estoque da cadeia de

suprimentos.

Média de tempo gasto no gerenciamento de estoque da cadeia de

suprimentos.

V104 Média de tempo gasto no gerenciamento de transportes da cadeia

de suprimentos.

Média de tempo gasto no gerenciamento de transportes da cadeia

de suprimentos.

V105 Média de tempo gasto no gerenciamento de instalações e

equipamentos de produção.

Média de tempo gasto no gerenciamento de instalações e

equipamentos de produção.

V112 Média de tempo gasto no gerenciamento de desempenho de

produção.

Média de tempo gasto no gerenciamento de desempenho de

produção.

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012.

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158

Quadro G – Atributos de Agilidade do Modelo SCOR 11.0 Classificação COMPRAR, COMPRAR E DEVOLVER, PRODUZIR, ENTREGAR,

ENTREGAR E DEVOLVER.

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação segundo processos

V171 Insumos adicionais adquiridos em 30 dias. Insumos adicionais adquiridos em 30 dias. Conforme total de

insumos necessários para produção no período.

COMPRAR

V175 Média de tempo necessário para confirmação de

compra de insumos ao fornecedor.

Média de tempo necessário para confirmação de compra de

insumos ao fornecedor.

V177 Quantidade de insumos adquiridos. Quantidade de insumos adquiridos junto ao fornecedor. Conforme

o total de insumos necessários para produção.

V179 Pedidos atendidos corretamente pelo fornecedor. Pedidos atendidos corretamente pelo fornecedor. Dentro do total

solicitado.

V176 Quantidade de ocorrências de devoluções ao

fornecedor.

Quantidade de ocorrências de devoluções ao fornecedor. Conforme

o total de pedidos solicitados aos fornecedores. COMPRAR E DEVOLVER

V168 Comprometimento produtivo por mão-de-obra

reduzida

Nível de comprometimento da produção quando a mão-de-obra é

reduzida por fatores externos. PRODUZIR

V174 Tempo de produção Média de tempo utilizado na fabricação dos produtos

V167 Mão-de-obra utilizada especificamente na

logística.

Mão-de-obra utilizada especificamente na logística. Não inclui

trabalhadores da linha de produção.

ENTREGAR V170 Entregas de pedidos adicionais. Entregas de pedidos adicionais dos fornecedores. Conforme o total

de pedidos solicitados no período.

V173 Pedidos entregues aos clientes. Pedidos entregues aos clientes. Diante o total de pedidos

solicitados por estes.

V169 Devolução de pedidos adicionais atendidos. Devolução de pedidos adicionais atendidos. Diante o total de

devoluções solicitados pelos fornecedores no período.

ENTREGAR E DEVOLVER

V172 Devolução de pedidos atendidos. Devolução de pedidos atendidos. Diante o total de devoluções

solicitadas pelos clientes no período.

V178 Devoluções atendidas corretamente no prazo de 30

dias.

Devoluções atendidas corretamente no prazo de 30 dias.

Compreendendo todos os processos, desde a solicitação de

devolução por parte do cliente até o retorno do produto enviado

pela empresa.

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012.

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159

Quadro H – Atributos de Eficiência do Gerenciamento de Ativos do modelo SCOR 11.0 classificação COMPRAR, COMPRAR E DEVOLVER.

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação segundo

processos

V179 Pedidos entregues pelo fornecedor com a documentação

oportuna e correta.

Pedidos entregues pelo fornecedor com toda a documentação oportuna e

correta.

COMPRAR V181 Recursos naturais utilizados na produção. Quantidade de recursos naturais como água, madeira ou outros,

utilizados na produção.

V190 Capital empatado em estoque de matéria-prima e insumos

para produção.

Capital de estoque de insumos e matéria-prima disponíveis para

produção. Matéria-prima e insumos para abastecimento produtivo.

V185 Tempo médio de permanência na empresa dos produtos

fabricados (mercadoria acabada em estoque) .

Média de tempo em que os produtos fabricados permanecem dentro da

empresa.

COMPRAR E

DEVOLVER

V198 Valor do estoque defeituoso disponível para reparo no

fornecedor.

Valor de estoque defeituoso disponível para reparo no fornecedor.

Dentro do valor total de estoque disponível.

V203 Valor de produtos em transporte para devolução ao

fornecedor.

Valor de produtos em transporte para devolução ao fornecedor. Dentro

do total de estoque excedente na empresa.

V206 Valor do excesso de estoque. Valor do excesso de estoque. Dentro do valor total do estoque.

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012.

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160

Quadro I – Atributos de Eficiência do Gerenciamento de Ativos do modelo SCOR 11.0 classificação PRODUZIR, PRODUZIR E ENTREGAR,

ENTREGAR, COMPRAR ENTREGAR E RETORNAR.

Atributos Nome dos Atributos Descrição dos Atributos Classificação segundo

processos

V182 Materiais de embalagem reutilizáveis no

processo de empacotamento.

Materiais de embalagem reutilizáveis no processo de empacotamento (sucatas de

embalagens que podem ser provenientes de armazenamento inadequado e

transporte). Dentro do total de material de embalagem disponível na produção.

PRODUZIR

V183 Insumos e matéria-prima reutilizados na

produção.

Insumos e matéria-prima reutilizados na produção (sucatas provenientes de erros de

produção).

V184 Quantidade de material reciclado utilizado na

produção.

Quantidade de insumos advindos de material reciclado utilizados nos processos

produtivos. Nível de insumos reciclados utilizados na produção.

V186 Utilização da capacidade de produção da

empresa.

Utilização da capacidade de produção da empresa. Considerando potencial de

produção dos equipamentos, mão de obra, dentre outros.

V188 Insumos emitidos (por peso) para produção

classificados como material perigoso.

Insumos emitidos (por peso) para produção classificados como material perigoso.

Dentro do total de insumos dispostos na produção.

V189 Resíduos gerados na produção (por peso)

classificados como material perigoso.

Resíduos gerados na produção (por peso) classificados como material perigoso.

Dentro do total de resíduos produzidos.

V191 Gastos com a produção exceto matéria-prima e

insumos.

Nível de gastos durante os processos produtivos exceto os gastos com matéria-

prima e insumos.

PRODUZIR E

ENTREGAR

V213 Capital em estoque de produção acabado

disponível para abastecimento aos clientes.

Capital de estoque de produção acabado disponível para abastecimento aos

clientes. Produto final em estoque. ENTREGAR

V197 Valor de estoque defeituoso existente na

empresa (entrada e saída).

Valor de estoque defeituoso existente na empresa (entrada e saída). Conforme

faturamento bruto.

COMPRAR,

ENTREGAR e

RETORNAR

Fonte: Adaptado de SUPPLY CHAIN COUNCIL 11.0, 2012.

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161

Apêndice F – Tabelas com Frequência, Média e Moda das Variáveis sobre Arranjos Produtivos e Medição de Performance das

Tecelagens

Tabela A – Análise Sobre Arranjos Produtivos das Tecelagens Referentes ao Abastecimento e Distribuição

RELAÇÃO ABASTECIMENTO (FORNECEDORES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q2 - Quantidade de fornecedores na região 1 0% 3 1% 2 1% 35 15% 47 20% 100 42% 50 21% 5,62 6

Q32 - Nível de dificuldades impostas pela localização da empresa

relacionado ao recebimento de matéria-prima e insumos 9 4% 65 27% 42 18% 107 45% 8 3% 7 3% 0 0% 3,26 4

Escala NTA AB ALB N ALA AA AMA MÉDIA MODA

Q4 - Fornecedores com acesso via sistema de informação aos estoques de

matéria-prima da empresa 203 85% 23 10%

2 1%

6 3%

4 2%

0 0%

0 0%

1,26 1

Escala SC 2 3 4 5 6 NC MÉDIA MODA

Q9 - Nível de comprometimento da produção por sazonalidade de matéria-

prima 172 72% 48 20% 4 2% 7 3% 3 1% 1 0% 3 1% 1,47 1

Escala NAJ 2 3 4 5 6 AJM MÉDIA MODA

Q37 - Nível de contribuição na produção de fornecedores participativos e

prestativos 15 6% 14 6% 47 20% 43 18% 43 18% 21 9% 55 23% 4,55 7

RELAÇÃO DISTRIBUIÇÃO (CLIENTES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q30 - Nível de dificuldades impostas pela localização no envio de

mercadorias produzidas 5 2% 58 24% 25 11% 81 34% 14 6% 45 19% 10 4% 3,91 4

Q47 - Nível de importância dos clientes distribuidores na divulgação e

apresentação dos produtos 35 15% 24 10% 46 19% 85 36% 24 10% 19 8% 5 2% 3,49 4

Escala C RS RN ERN NB B I MÉDIA MODA

Q31 - Maior concentração das vendas aos clientes 0 0% 2 1% 3 1% 19 8% 83 35% 131 55% 0 0% 5,42 6

Escala NAF 2 3 4 5 6 AFB MÉDIA MODA

Q50 - Nível de produção afetada por período de alta demanda de vendas 1 0% 11 5% 8 3% 28 12% 63 26% 73 31% 54 23% 5,42 6

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; SC=Sempre Comprometida; NC=Nunca Comprometida; NAJ=Não Ajuda; AJM=Ajuda Muito;

C=Mesma Cidade; RS=Região Seridó; RN=Rio Grande do Norte; ERN=Estados Vizinhos do RN; NB=Nordeste Brasileiro; B=Brasil; I=Outros Países; NTA=Não Tem Acesso; AB=Acesso Baixo; ALB=Acesso

Ligeiramente Baixo; ALA=Acesso Ligeiramente Alto; AA=Acesso Alto; AMA=Acesso Muito Alto; NAJ=Não Ajuda; AJM=Ajuda Muito; NAF=Não Afeta; AFB=Afeta Bastante.

Fonte: Pesquisa.

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162

Tabela B – Análise sobre Arranjos Produtivos de Tecelagens Referentes a Produção

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

1 2 3 4 5 6 7

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q16 - Nível de padrão estético e qualidade das embalagens dos produtos 0 0% 20 8% 28 12% 146 61% 32 13% 10 4% 2 1% 3,98 4

Q23 - Nível de polivalência da equipe 11 5% 39 16% 23 10% 83 35% 19 8% 12 5% 51 21% 4,26 4

Q26 - Nível de aprendizagem adquirido no dia-a-dia da empresa pelos

funcionários 9 4% 60 25% 63 26% 93 39% 10 4% 3 1% 0 0% 3,18 4

Q33 - Nível de adequação das instalações 2 1% 12 5% 16 7% 175 74% 28 12% 3 1% 2 1% 3,97 4

Q36 - Nível da administração da empresa relacionada as facilidades de

compra, venda e produção 5 2% 87 37% 61 26% 74 31% 3 1% 8 3% 0 0% 3,03 2

Q38 - Nível de mão-de-obra qualificada na empresa 4 2% 57 24% 56 24% 107 45% 8 3% 5 2% 1 0% 3,32 4

Q48 - Nível de importância das empresas que prestam serviços

terceirizados 17 7% 30 13% 34 14% 70 29% 19 8% 22 9% 46 19% 4,24 4

Q51 - Nível de absorção de produção de grande variedade de produtos

em baixas quantidades 46 19% 6 3% 24 10% 111 47% 36 15% 15 6% 0 0% 3,55 4

Escala MR R LR N LB B MB MÉDIA MODA

Q11 - Qualidade da matéria-prima utilizada na produção 1 0% 9 4% 5 2% 109 46% 26 11% 75 32% 13 5% 4,79 4

Escala NC 2 3 4 5 6 CM MÉDIA MODA

Q22 - Carteira com clientes antigos contribuindo com a programação da

produção 7 3% 11 5% 13 5% 64 27% 67 28% 19 8% 57 24% 4,92 5

Escala MA 2 3 4 5 6 MP MÉDIA MODA

Q39 - Presença de mão-de-obra especializada dentro da empresa 109 46% 99 42% 26 11% 1 0% 3 1% 0 0% 0 0% 1,70 1

Escala NAU 2 3 4 5 6 AUM MÉDIA MODA

Q52 - Nível de produtividade com a continuidade de grandes lotes com

pouca variedade de produtos 2 1% 1 0% 0 0% 50 21% 4 2% 44 18% 137 58% 6,08 7

Escala NAT 2 3 4 5 6 ATB MÉDIA MODA

Q53 - Nível de interferência de rígida fiscalização dos orgãos

governamentais nos processos produtivos da empresa 3 1% 4 2% 1 0% 2 1% 10 4% 45 19% 173 73% 6,53 7

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; MA=Muito Ausente; MP=Muito Presente; NC=Não

Contribui; CM=Contribui Muito; NAU=Não Aumenta; AUM=Aumenta Muito; MR=Muito Ruim; R=Ruim; LR=Ligeiramente Ruim; LB=Ligeiramente Boa; B=Boa; MB=Muito Boa;

NAT=Não Atrapalha; ATB=Atrapalha Bastante

Fonte: Pesquisa.

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163

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; NR=Nunca Realiza; SR=Sempre Realiza; MP=Muito Pouco; P=Pouco; LP=Ligeiramente

Pouco; NOC=Nenhum Objetivo Comum; TOC=Todos Objetivos Comuns; NI=Nenhuma Importância; MI=Muita Importância; NE=Não Existem; EMP=Existem Muito Poucos; EP=Existem Poucos; E=Existem;

EAB=Existem e Atuam Bem; EAM=Existem e Atuam Muito Bem; EAE=Existem e Atuam com Excelência; MPR=Muito Prejudicado; PR=Prejudicado; LPR=Ligeiramente Prejudicado; PM=Pouco Melhor; M=Melhor;

BM=Bem Melhor. Fonte: Pesquisa.

Tabela C – Análise sobre Arranjos Produtivos das Tecelagens Referentes a Aprendizagem e Relacionamento

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q25 - Presença de políticas e ações públicas voltadas para aproximação da empresa as instituições de

ensino e pesquisa 223 94% 12 5% 1 0% 2 1% 0 0% 0 0% 0 0% 1,08 1

Q27 - Nível de conhecimento que a empresa adquire com outros concorrentes locais 51 21% 66 28% 61 26% 50 21% 7 3% 3 1% 0 0% 2,60 2

Q28 - Nível de conhecimento que a empresa adquire com clientes e fornecedores 49 21% 47 20% 57 24% 67 28% 15 6% 3 1% 0 0% 2,84 4

Q29 - Nível de conhecimento que a empresa tem como diferencial competitivo em relação aos

concorrentes locais 4 2% 19 8% 38 16% 141 59% 18 8% 15 6% 3 1% 3,87 4

Q34 - Quantidade de negócios realizados com empresas informais e/ou profissionais autônomos 21 9% 48 20% 50 21% 47 20% 25 11% 39 16% 8 3% 3,66 3

Q35 - Nível de confiança entre a empresa e os concorrentes locais 47 20% 20 8% 30 13% 109 46% 25 11% 7 3% 0 0% 3,28 4

Q40 - Nível de importância para empresa de instituições de apoio ao crescimento e desenvolvimento 211 89% 9 4% 2 1% 10 4% 1 0% 3 1% 2 1% 1,31 1

Q41 - Nível de conhecimento e capacitação que a empresa adquire com instituições de apoio ao

crescimento e desenvolvimento 205 86% 21 9% 2 1% 4 2% 3 1% 3 1% 0 0% 1,27 1

Q42 - Nível de cooperação entre a empresa e os concorrentes locais 55 23% 100 42% 20 8% 58 24% 2 1% 3 1% 0 0% 2,42 2

Q43 - Nível de objetivos comuns entre a empresa e os concorrentes locais 63 26% 73 31% 43 18% 34 14% 12 5% 7 3% 6 3% 2,60 2

Q44 - Presença de associações de classe, cooperativas e/ou redes de relacionamento favorecendo a

integração do arranjo 183 77% 37 16% 6 3% 9 4% 3 1% 0 0% 0 0% 1,37 1

Q45 - Nível de existência de estrutura física comum entre a empresa e os concorrentes locais 132 55% 83 35% 6 3% 5 2% 9 4% 3 1% 0 0% 1,68 1

Q46 - Nível de cooperação entre a empresa e os concorrentes locais na aquisição de serviços

especializados 97 41% 124 52% 8 3% 3 1% 6 3% 0 0% 0 0% 1,73 2

Q49 - Nível de importância das cooperativas de crédito que atendem a empresa e os concorrentes 208 87% 21 9% 1 0% 7 3% 1 0% 0 0% 0 0% 1,20 1

Escala MPR PR LPR N PM M BM MÉDIA MODA

Q54 - Acesso a matéria-prima, mão-de-obra e merecado prejudicado pela ausência de concorrentes

locais 69 29% 107 45% 21 9% 34 14% 3 1% 4 2% 0 0% 2,19 2

Escala NR 2 3 4 5 6 SR MÉDIA MODA

Q6 - Frequência de compras de matéria-prima e insumos da empresa em conjunto com outras do

mesmo setor 214 90% 15 6% 4 2% 2 1% 2 1% 0 0% 1 0% 1,18 1

Escala NE EMP EP E EAB EAM EAE MÉDIA MODA

Q24 - Incentivo e políticas públicas que a empresa tem na contratação de novos funcionários 217 91% 17 7% 2 1% 2 1% 0 0% 0 0% 0 0% 1,11 1

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164

Tabela D – Análise da Medição de Performance da Cadeia de Suprimentos das Tecelagens Utilizando o Modelo SCOR (Abastecimento)

ABASTECIMENTO (FORNECEDORES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

1 2 3 4 5 6 7

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q14 - Quantidade de pedidos atendidos corretamente

pelos fornecedores 0 0% 0 0% 25 11% 44 18% 52 22% 99 42% 18 8% 5,17 6

Escala A1M A2M A3M A4M A5M A6M 6MA MÉDIA MODA

Q3 - Capital empatado em estoque de matéria-prima e

insumos para produção 213 89% 22 9% 3 1% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,12 1

Q8 - Prazo médio disponibilizado pelos fornecedores para

realização de pagamentos 13 5% 133 56% 85 36% 6 3% 0 0% 1 0% 0 0% 2,37 2

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q10 - Tempo médio utilizado pelos fornecedores para

entregar matéria-prima e insumos 162 68% 22 9% 50 21% 3 1% 1 0% 0 0% 0 0% 1,57 1

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; A1M=Até 1 Mês; A2M=Até 2 Meses; A3M=Até 3

Meses; A4M=Até 4 Meses; A5M=Até 5 Meses; A6M=Até 6 Meses; 6MA=Acima de 6 Meses; A1S=Até 1 Semana; 15D= Até 15 Dias; 45D=Até 45 Dias; 3MA=Acima de 3

Meses.

Fonte: Pesquisa.

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165

Tabela E – Análise da Medição de Performance da Cadeia de Suprimentos das Tecelagens Utilizando Modelo SCOR (Produção e Entrega)

PRODUÇÃO

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q5 - Quantidade de material reciclado utilizado na produção 134 56% 35 15% 5 2% 14 6% 7 3% 37 16% 6 3% 2,41 1

Q12 - Quantidade de recursos naturais (água, madeira) utilizados na produção 17 7% 130 55% 24 10% 18 8% 7 3% 34 14% 8 3% 3,01 2

Q13 - Gastos com a produção exceto matéria-prima e insumos 0 0% 5 2% 10 4% 81 34% 70 29% 66 28% 6 3% 4,84 4

Q19 - Nível de comprometimento da produção da empresa quando na ausência

de um ou mais funcionários 6 3% 18 8% 26 11% 51 21% 49 21% 30 13% 58 24% 4,85 7

Escala MA A LA N LB B MB MÉDIA MODA

Q7 - Nível de desperdício de matéria-prima na fabricação dos produtos 1 0% 2 1% 42 18% 52 22% 38 16% 87 37% 16 7% 4,89 6

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q18 - Tempo médio de produção dos produtos da empresa 122 51% 80 34% 35 15% 1 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,64 1

Escala SP 2 3 4 5 6 TP MÉDIA MODA

Q20 - Nível do planejamento da produção da empresa (cronograma de produção) 48 20% 1 0% 45 19% 103 43% 31 13% 9 4% 1 0% 3,42 4

ENTREGA (CLIENTES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q15 - Quantidade de pedidos entregues corretamente aos clientes 1 0% 2 1% 29 12% 110 46% 33 14% 59 25% 4 2% 4,53 4

Escala A1M A2M A3M A4M A5M A6M 6MA MÉDIA MODA

Q1 - Capital empatado em estoque de mercadorias acabadas (produtos

finalizados em estoque) 201 84% 32 13% 5 2% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,18 1

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q17 - Tempo médio de permanência na empresa dos produtos fabricados

(mercadoria acabada em estoque) 87 37% 106 45% 41 17% 3 1% 1 0% 0 0% 0 0% 1,84 2

Q21 - Tempo médio de entrega dos produtos da empresa aos clientes 43 18% 112 47% 67 28% 9 4% 6 3% 0 0% 1 0% 2,27 2

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; A1M=Até 1 Mês; A2M=Até 2 Meses; A3M=Até 3 Meses; A4M=Até 4 Meses;

A5M=Até 5 Meses; A6M=Até 6 Meses; 6MA=Acima de 6 Meses; A1S=Até 1 Semana; 15D= Até 15 Dias; 45D=Até 45 Dias; 3MA=Acima de 3 Meses; SP=Sem Planejamento; TP=Totalmente Planejado.

Fonte: Pesquisa.

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166

Apêndice G – Tabelas com Frequência, Média e Moda das Variáveis sobre Arranjos Produtivos e Medição de Performance das Bonelarias

Tabela F – Análise sobre Arranjos Produtivos das Bonelarias Referentes ao Abastecimento e Distribuição

RELAÇÃO ABASTECIMENTO (FORNECEDORES) - ARRANJO

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

1 2 3 4 5 6 7

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q2 - Quantidade de fornecedores na região 1 2% 9 16% 15 26% 15 26% 3 5% 9 16% 6 10% 4,05 4

Q32 - Nível de dificuldades impostas pela localização da empresa relacionado ao

recebimento de matéria-prima e insumos 37 64% 13 22% 2 3% 6 10% 0 0% 0 0% 0 0% 1,60 1

Escala NTA AB ALB N ALA AA AMA MÉDIA MODA

Q4 - Fornecedores com acesso via sistema de informação aos estoques de matéria-prima

da empresa 33 57% 8 14% 2 3% 14 24% 1 2% 0 0% 0 0% 2,00 1

Escala SC 2 3 4 5 6 NC MÉDIA MODA

Q9 - Nível de comprometimento da produção por sazonalidade de matéria-prima 4 7% 5 9% 4 7% 6 10% 5 9% 7 12% 27 47% 5,28 7

Escala NAJ 2 3 4 5 6 AJM MÉDIA MODA

Q37 - Nível de contribuição na produção de fornecedores participativos e prestativos 1 2% 0 0% 0 0% 7 12% 14 24% 13 22% 23 40% 5,83 7

RELAÇÃO DISTRIBUIÇÃO (CLIENTES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q30 - Nível de dificuldades impostas pela localização no envio de mercadorias

produzidas 39 67% 11 19% 2 3% 6 10% 0 0% 0 0% 0 0% 1,57 1

Q47 - Nível de importância dos clientes distribuidores na divulgação e apresentação dos

produtos 23 40% 8 14% 4 7% 5 9% 9 16% 9 16% 0 0% 2,93 1

Escala C RS RN ERN NB B I MÉDIA MODA

Q31 - Maior concentração das vendas aos clientes 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 6 10% 52 90% 0 0% 5,90 6

Escala NAF 2 3 4 5 6 AFB MÉDIA MODA

Q50 - Nível de produção afetada por período de alta demanda de vendas 7 12% 3 5% 2 3% 7 12% 14 24% 8 14% 17 29% 4,90 7

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; SC=Sempre Comprometida; NC=Nunca Comprometida; NAJ=Não Ajuda; AJM=Ajuda

Muito; C=Mesma Cidade; RS=Região Seridó; RN=Rio Grande do Norte; ERN=Estados Vizinhos do RN; NB=Nordeste Brasileiro; B=Brasil; I=Outros Países; NTA=Não Tem Acesso; AB=Acesso Baixo; ALB=Acesso Ligeiramente Baixo; ALA=Acesso Ligeiramente Alto; AA=Acesso Alto; AMA=Acesso Muito Alto; NAJ=Não Ajuda; AJM=Ajuda Muito; NAF=Não Afeta; AFB=Afeta Bastante.

Fonte: Pesquisa.

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167

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; MA=Muito Ausente; MP=Muito Presente; NC=Não Contribui;

CM=Contribui Muito; NAU=Não Aumenta; AUM=Aumenta Muito; MR=Muito Ruim; R=Ruim; LR=Ligeiramente Ruim; LB=Ligeiramente Boa; B=Boa; MB=Muito Boa; NAT=Não Atrapalha;

ATB=Atrapalha Bastante

Fonte: Pesquisa.

Tabela G – Análise sobre Arranjos Produtivos de Bonelarias Referentes a Produção

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

1 2 3 4 5 6 7

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q16 - Nível de padrão estético e qualidade das embalagens dos produtos 0 0% 0 0% 3 5% 24 41% 14 24% 13 22% 4 7% 4,84 4

Q23 - Nível de polivalência da equipe 4 7% 4 7% 0 0% 9 16% 18 31% 15 26% 8 14% 4,90 5

Q26 - Nível de aprendizagem adquirido no dia-a-dia da empresa pelos funcionários 3 5% 3 5% 1 2% 26 45% 16 28% 8 14% 1 2% 4,33 4

Q33 - Nível de adequação das instalações 0 0% 2 3% 0 0% 42 72% 8 14% 6 10% 0 0% 4,28 4

Q36 - Nível da administração da empresa relacionada as facilidades de compra, venda e

produção 0 0% 2 3% 0 0% 46 79% 8 14% 2 3% 0 0% 4,14 4

Q38 - Nível de mão-de-obra qualificada na empresa 0 0% 1 2% 2 3% 40 69% 8 14% 7 12% 0 0% 4,31 4

Q48 - Nível de importância das empresas que prestam serviços terceirizados 0 0% 3 5% 5 9% 12 21% 15 26% 17 29% 6 10% 4,97 6

Q51 - Nível de absorção de produção de grande variedade de produtos em baixas

quantidades 4 7% 14 24% 18 31% 19 33% 1 2% 2 3% 0 0% 3,09 4

Escala MR R LR N LB B MB MÉDIA MODA

Q11 - Qualidade da matéria-prima utilizada na produção 0 0% 1 2% 0 0% 2 3% 10 17% 35 60% 10 17% 5,86 6

Escala NC 2 3 4 5 6 CM MÉDIA MODA

Q22 - Carteira com clientes antigos contribuindo com a programação da produção 29 50% 5 9% 3 5% 19 33% 0 0% 2 3% 0 0% 2,34 1

Escala MA 2 3 4 5 6 MP MÉDIA MODA

Q39 - Presença de mão-de-obra especializada dentro da empresa 41 71% 12 21% 3 5% 1 2% 0 0% 1 2% 0 0% 1,45 1

Escala NAU 2 3 4 5 6 AUM MÉDIA MODA

Q52 - Nível de produtividade com a continuidade de grandes lotes com pouca variedade

de produtos 0 0% 0 0% 0 0% 1 2% 2 3% 6 10% 49 84% 6,78 7

Escala NAT 2 3 4 5 6 ATB MÉDIA MODA

Q53 - Nível de interferência de rígida fiscalização dos orgãos governamentais nos

processos produtivos da empresa 28 48% 9 16% 5 9% 4 7% 6 10% 3 5% 3 5% 2,52 1

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168

Tabela H – Análise sobre Arranjos Produtivos das Bonelarias Referentes a Aprendizagem e Relacionamento

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q25 - Presença de políticas e ações públicas voltadas para aproximação da empresa as instituições de

ensino e pesquisa 49 84% 9 16% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,16 1

Q27 - Nível de conhecimento que a empresa adquire com outros concorrentes locais 9 16% 9 16% 2 3% 12 21% 21 36% 5 9% 0 0% 3,72 5

Q28 - Nível de conhecimento que a empresa adquire com clientes e fornecedores 2 3% 6 10% 1 2% 20 34% 19 33% 9 16% 1 2% 4,36 4

Q29 - Nível de conhecimento que a empresa tem como diferencial competitivo em relação aos

concorrentes locais 0 0% 2 3% 0 0% 47 81% 7 12% 1 2% 1 2% 4,14 4

Q34 - Quantidade de negócios realizados com empresas informais e/ou profissionais autônomos 16 28% 13 22% 9 16% 12 21% 2 3% 5 9% 1 2% 2,83 1

Q35 - Nível de confiança entre a empresa e os concorrentes locais 1 2% 6 10% 3 5% 45 78% 3 5% 0 0% 0 0% 3,74 4

Q40 - Nível de importância para empresa de instituições de apoio ao crescimento e desenvolvimento 11 19% 2 3% 2 3% 14 24% 10 17% 9 16% 10 17% 4,33 4

Q41 - Nível de conhecimento e capacitação que a empresa adquire com instituições de apoio ao

crescimento e desenvolvimento 12 21% 8 14% 3 5% 13 22% 8 14% 5 9% 9 16% 3,83 4

Q42 - Nível de cooperação entre a empresa e os concorrentes locais 2 3% 8 14% 13 22% 5 9% 2 3% 15 26% 13 22% 4,62 6

Q43 - Nível de objetivos comuns entre a empresa e os concorrentes locais 1 2% 0 0% 4 7% 21 36% 14 24% 13 22% 5 9% 4,83 4

Q44 - Presença de associações de classe, cooperativas e/ou redes de relacionamento favorecendo a

integração do arranjo 17 29% 2 3% 3 5% 35 60% 1 2% 0 0% 0 0% 3,02 4

Q45 - Nível de existência de estrutura física comum entre a empresa e os concorrentes locais 43 74% 15 26% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,26 1

Q46 - Nível de cooperação entre a empresa e os concorrentes locais na aquisição de serviços

especializados 44 76% 14 24% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,24 1

Q49 - Nível de importância das cooperativas de crédito que atendem a empresa e os concorrentes 16 28% 16 28% 6 10% 7 12% 2 3% 11 19% 0 0% 2,93 1

Escala MPR PR LPR N PM M BM MÉDIA MODA

Q54 - Acesso a matéria-prima, mão-de-obra e merecado prejudicado pela ausência de concorrentes

locais 4 7% 11 19% 14 24% 28 48% 0 0% 1 2% 0 0% 3,21 4

Escala NR 2 3 4 5 6 SR MÉDIA MODA

Q6 - Frequência de compras de matéria-prima e insumos da empresa em conjunto com outras do

mesmo setor 38 66% 13 22% 5 9% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,60 1

Escala NE EMP EP E EAB EAM EAE MÉDIA MODA

Q24 - Incentivo e políticas públicas que a empresa tem na contratação de novos funcionários 44 76% 14 24% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,24 1

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; NR=Nunca Realiza; SR=Sempre Realiza; NE=Não Existem; EMP=Existem Muito Poucos;

EP=Existem Poucos; E=Existem; EAB=Existem e Atuam Bem; EAM=Existem e Atuam Muito Bem; EAE=Existem e Atuam com Excelência; MPR=Muito Prejudicado; PR=Prejudicado; LPR=Ligeiramente Prejudicado;

PM=Pouco Melhor; M=Melhor; BM=Bem Melhor.

Fonte: Pesquisa.

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169

Tabela I – Análise da Medição de Performance da Cadeia de Suprimentos das Bonelarias Utilizando Modelo SCOR (Abastecimento)

ABASTECIMENTO (FORNECEDORES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

1 2 3 4 5 6 7

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q14 - Quantidade de pedidos atendidos corretamente pelos fornecedores 0 0% 0 0% 0 0% 26 45% 14 24% 12 21% 6 10% 4,97 4

Escala A1M A2M A3M A4M A5M A6M 6MA MÉDIA MODA

Q3 - Capital empatado em estoque de matéria-prima e insumos para produção 29 50% 24 41% 4 7% 1 2% 0 0% 0 0% 0 0% 1,60 1

Q8 - Prazo médio disponibilizado pelos fornecedores para realização de pagamentos 11 19% 33 57% 10 17% 3 5% 1 2% 0 0% 0 0% 2,14 2

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q10 - Tempo médio utilizado pelos fornecedores para entregar matéria-prima e insumos 13 22% 21 36% 12 21% 6 10% 6 10% 0 0% 0 0% 2,50 2

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; A1M=Até 1 Mês; A2M=Até 2 Meses; A3M=Até 3 Meses; A4M=Até 4

Meses; A5M=Até 5 Meses; A6M=Até 6 Meses; 6MA=Acima de 6 Meses; A1S=Até 1 Semana; 15D= Até 15 Dias; 45D=Até 45 Dias; 3MA=Acima de 3 Meses.

Fonte: Pesquisa.

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170

Tabela J – Análise da Medição de Performance da Cadeia de Suprimentos das Bonelarias Utilizando Modelo SCOR (Produção e Entrega)

PRODUÇÃO

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q5 - Quantidade de material reciclado utilizado na produção 7 12% 15 26% 12 21% 22 38% 1 2% 0 0% 1 2% 2,98 4

Q12 - Quantidade de recursos naturais (água, madeira) utilizados na produção 11 19% 31 53% 2 3% 14 24% 0 0% 0 0% 0 0% 2,33 2

Q13 - Gastos com a produção exceto matéria-prima e insumos 0 0% 0 0% 0 0% 3 5% 8 14% 36 62% 11 19% 5,95 6

Q19 - Nível de comprometimento da produção da empresa quando na ausência de um ou

mais funcionários 7 12% 6 10% 9 16% 7 12% 13 22% 12 21% 4 7% 4,12 5

Escala MA A LA N LB B MB MÉDIA MODA

Q7 - Nível de desperdício de matéria-prima na fabricação dos produtos 1 2% 3 5% 5 9% 28 48% 8 14% 9 16% 4 7% 4,41 4

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q18 - Tempo médio de produção dos produtos da empresa 42 72% 13 22% 3 5% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,33 1

Escala SP 2 3 4 5 6 TP MÉDIA MODA

Q20 - Nível do planejamento da produção da empresa (cronograma de produção) 0 0% 3 5% 5 9% 10 17% 22 38% 14 24% 4 7% 4,88 5

ENTREGA (CLIENTES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q15 - Quantidade de pedidos entregues corretamente aos clientes 0 0% 0 0% 2 3% 11 19% 18 31% 20 34% 7 12% 5,33 6

Escala A1M A2M A3M A4M A5M A6M 6MA MÉDIA MODA

Q1 - Capital empatado em estoque de mercadorias acabadas (produtos finalizados em

estoque) 30 52% 28 48% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,48 1

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q17 - Tempo médio de permanência na empresa dos produtos fabricados (mercadoria

acabada em estoque) 17 29% 15 26% 18 31% 6 10% 2 3% 0 0% 0 0% 2,24 3

Q21 - Tempo médio de entrega dos produtos da empresa aos clientes 6 10% 30 52% 22 38% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 2,28 2

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; A1M=Até 1 Mês; A2M=Até 2 Meses; A3M=Até 3 Meses; A4M=Até 4

Meses; A5M=Até 5 Meses; A6M=Até 6 Meses; 6MA=Acima de 6 Meses; A1S=Até 1 Semana; 15D= Até 15 Dias; 45D=Até 45 Dias; 3MA=Acima de 3 Meses; SP=Sem Planejamento;

TP=Totalmente Planejado.

Fonte: Pesquisa.

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171

Apêndice H – Tabelas com Frequência, Média e Moda das Variáveis sobre Arranjos Produtivos e Medição de Performance das Facções

Tabela K – Análise sobre Arranjos Produtivos das Facções Referentes ao Abastecimento e Distribuição

RELAÇÃO ABASTECIMENTO (FORNECEDORES) - ARRANJO

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

1 2 3 4 5 6 7

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q2 - Quantidade de fornecedores na região 10 13% 34 44% 6 8% 27 35% 0 0% 0 0% 0 0% 2,65 2

Q32 - Nível de dificuldades impostas pela localização da empresa relacionado ao

recebimento de matéria-prima e insumos 48 62% 16 21% 2 3% 8 10% 1 1% 2 3% 0 0% 1,75 1

Escala NTA AB ALB N ALA AA AMA MÉDIA MODA

Q4 - Fornecedores com acesso via sistema de informação aos estoques de matéria-prima da

empresa 10 13% 5 6% 3 4% 14 18% 7 9% 26 34% 12 16% 4,68 6

Escala SC 2 3 4 5 6 NC MÉDIA MODA

Q9 - Nível de comprometimento da produção por sazonalidade de matéria-prima 39 51% 12 16% 12 16% 7 9% 3 4% 0 0% 4 5% 2,21 1

Escala NAJ 2 3 4 5 6 AJM MÉDIA MODA

Q37 - Nível de contribuição na produção de fornecedores participativos e prestativos 0 0% 0 0% 0 0% 6 8% 7 9% 19 25% 45 58% 6,34 7

RELAÇÃO ARRANJO - MERCADO (CLIENTES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q30 - Nível de dificuldades impostas pela localização no envio de mercadorias produzidas 50 65% 11 14% 3 4% 10 13% 0 0% 1 1% 2 3% 1,83 1

Q47 - Nível de importância dos clientes distribuidores na divulgação e apresentação dos

produtos 64 83% 10 13% 3 4% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,21 1

Escala C RS RN ERN NB B I MÉDIA MODA

Q31 - Maior concentração das vendas aos clientes 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 77 100% 0 0% 6,00 6

Escala NAF 2 3 4 5 6 AFB MÉDIA MODA

Q50 - Nível de produção afetada por período de alta demanda de vendas 8 10% 3 4% 2 3% 17 22% 14 18% 10 13% 23 30% 4,92 7

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; SC=Sempre Comprometida; NC=Nunca Comprometida; NAJ=Não

Ajuda; AJM=Ajuda Muito; C=Mesma Cidade; RS=Região Seridó; RN=Rio Grande do Norte; ERN=Estados Vizinhos do RN; NB=Nordeste Brasileiro; B=Brasil; I=Outros Países; NTA=Não Tem

Acesso; AB=Acesso Baixo; ALB=Acesso Ligeiramente Baixo; ALA=Acesso Ligeiramente Alto; AA=Acesso Alto; AMA=Acesso Muito Alto; NAJ=Não Ajuda; AJM=Ajuda Muito; NAF=Não

Afeta; AFB=Afeta Bastante.

Fonte: Pesquisa.

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172

Tabela L – Análise sobre Arranjos Produtivos das Facções Referentes a Produção

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

1 2 3 4 5 6 7

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q16 - Nível de padrão estético e qualidade das embalagens dos produtos 0 0% 2 3% 2 3% 59 77% 1 1% 10 13% 3 4% 4,31 4

Q23 - Nível de polivalência da equipe 0 0% 0 0% 1 1% 23 30% 19 25% 26 34% 8 10% 5,22 6

Q26 - Nível de aprendizagem adquirido no dia-a-dia da empresa pelos funcionários 0 0% 0 0% 0 0% 28 36% 11 14% 30 39% 8 10% 5,23 6

Q33 - Nível de adequação das instalações 0 0% 3 4% 5 6% 35 45% 17 22% 17 22% 0 0% 4,52 4

Q36 - Nível da administração da empresa relacionada as facilidades de compra, venda e

produção 4 5% 0 0% 0 0% 53 69% 9 12% 10 13% 1 1% 4,26 4

Q38 - Nível de mão-de-obra qualificada na empresa 0 0% 0 0% 0 0% 5 6% 23 30% 38 49% 11 14% 5,71 6

Q48 - Nível de importância das empresas que prestam serviços terceirizados 58 75% 14 18% 1 1% 0 0% 1 1% 2 3% 1 1% 1,47 1

Q51 - Nível de absorção de produção de grande variedade de produtos em baixas quantidades 2 3% 4 5% 3 4% 34 44% 20 26% 8 10% 6 8% 4,48 4

Escala MR R LR N LB B MB MÉDIA MODA

Q11 - Qualidade da matéria-prima utilizada na produção 0 0% 0 0% 0 0% 11 14% 6 8% 43 56% 17 22% 5,86 6

Escala NC 2 3 4 5 6 CM MÉDIA MODA

Q22 - Carteira com clientes antigos contribuindo com a programação da produção 65 84% 5 6% 3 4% 0 0% 0 0% 2 3% 2 3% 1,43 1

Escala MA 2 3 4 5 6 MP MÉDIA MODA

Q39 - Presença de mão-de-obra especializada dentro da empresa 51 66% 18 23% 1 1% 0 0% 1 1% 5 6% 1 1% 1,71 1

Escala NAU 2 3 4 5 6 AUM MÉDIA MODA

Q52 - Nível de produtividade com a continuidade de grandes lotes com pouca variedade de

produtos

1 1% 0 0% 0 0% 0 0% 6 8% 6 8% 64 83% 6,69 7

Escala NAT 2 3 4 5 6 ATB MÉDIA MODA

Q53 - Nível de interferência de rígida fiscalização dos orgãos governamentais nos processos

produtivos da empresa 61 79% 9 12% 3 4% 0 0% 1 1% 1 1% 2 3% 1,47 1

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; MA=Muito Ausente; MP=Muito Presente; NC=Não Contribui;

CM=Contribui Muito; NAU=Não Aumenta; AUM=Aumenta Muito; MR=Muito Ruim; R=Ruim; LR=Ligeiramente Ruim; LB=Ligeiramente Boa; B=Boa; MB=Muito Boa; NAT=Não Atrapalha;

ATB=Atrapalha Bastante

Fonte: Pesquisa.

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173

Tabela M – Análise sobre Arranjos Produtivos das Facções Referentes a Aprendizagem e Relacionamento

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q25 - Presença de políticas e ações públicas voltadas para aproximação da empresa as instituições de

ensino e pesquisa 47 61% 18 23% 4 5% 8 10% 0 0% 0 0% 0 0% 1,65 1

Q27 - Nível de conhecimento que a empresa adquire com outros concorrentes locais 1 1% 8 10% 2 3% 40 52% 6 8% 13 17% 7 9% 4,42 4

Q28 - Nível de conhecimento que a empresa adquire com clientes e fornecedores 0 0% 5 6% 1 1% 27 35% 13 17% 25 32% 6 8% 4,91 4

Q29 - Nível de conhecimento que a empresa tem como diferencial competitivo em relação aos

concorrentes locais 0 0% 0 0% 0 0% 37 48% 14 18% 20 26% 6 8% 4,94 4

Q34 - Quantidade de negócios realizados com empresas informais e/ou profissionais autônomos 57 74% 19 25% 1 1% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,27 1

Q35 - Nível de confiança entre a empresa e os concorrentes locais 0 0% 1 1% 0 0% 35 45% 15 19% 23 30% 3 4% 4,88 4

Q40 - Nível de importância para empresa de instituições de apoio ao crescimento e desenvolvimento 1 1% 2 3% 0 0% 6 8% 3 4% 12 16% 53 69% 6,32 7

Q41 - Nível de conhecimento e capacitação que a empresa adquire com instituições de apoio ao

crescimento e desenvolvimento 4 5% 2 3% 2 3% 18 23% 23 30% 13 17% 15 19% 4,99 5

Q42 - Nível de cooperação entre a empresa e os concorrentes locais 2 3% 4 5% 4 5% 21 27% 10 13% 32 42% 4 5% 4,88 6

Q43 - Nível de objetivos comuns entre a empresa e os concorrentes locais 0 0% 0 0% 0 0% 15 19% 9 12% 20 26% 33 43% 5,92 7

Q44 - Presença de associações de classe, cooperativas e/ou redes de relacionamento favorecendo a

integração do arranjo 11 14% 5 6% 5 6% 51 66% 3 4% 2 3% 0 0% 3,47 4

Q45 - Nível de existência de estrutura física comum entre a empresa e os concorrentes locais 58 75% 11 14% 5 6% 3 4% 0 0% 0 0% 0 0% 1,39 1

Q46 - Nível de cooperação entre a empresa e os concorrentes locais na aquisição de serviços

especializados 54 70% 15 19% 3 4% 5 6% 0 0% 0 0% 0 0% 1,47 1

Q49 - Nível de importância das cooperativas de crédito que atendem a empresa e os concorrentes 3 4% 9 12% 9 12% 32 42% 13 17% 10 13% 1 1% 4,00 4

Escala MPR PR LPR N PM M BM MÉDIA MODA

Q54 - Acesso a matéria-prima, mão-de-obra e merecado prejudicado pela ausência de concorrentes

locais 2 3% 3 4% 3 4% 25 32% 14 18% 27 35% 3 4% 4,81 6

Escala NR 2 3 4 5 6 SR MÉDIA MODA

Q6 - Frequência de compras de matéria-prima e insumos da empresa em conjunto com outras do

mesmo setor 67 87% 7 9% 3 4% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,17 1

Escala NE EMP EP E EAB EAM EAE MÉDIA MODA

Q24 - Incentivo e políticas públicas que a empresa tem na contratação de novos funcionários 35 45% 10 13% 10 13% 14 18% 8 10% 0 0% 0 0% 2,35 1

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; NR=Nunca Realiza; SR=Sempre Realiza; NE=Não Existem; EMP=Existem Muito Poucos;

EP=Existem Poucos; E=Existem; EAB=Existem e Atuam Bem; EAM=Existem e Atuam Muito Bem; EAE=Existem e Atuam com Excelência; MPR=Muito Prejudicado; PR=Prejudicado; LPR=Ligeiramente Prejudicado;

PM=Pouco Melhor; M=Melhor; BM=Bem Melhor. Fonte: Pesquisa.

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Tabela N – Análise da Medição de Performance da Cadeia de Suprimentos das Facções Utilizando Modelo SCOR (Abastecimento)

ABASTECIMENTO (FORNECEDORES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

1 2 3 4 5 6 7

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q14 - Quantidade de pedidos atendidos corretamente pelos fornecedores 2 3% 6 8% 0 0% 29 38% 14 18% 21 27% 5 6% 4,69 4

Escala A1M A2M A3M A4M A5M A6M 6MA MÉDIA MODA

Q3 - Capital empatado em estoque de matéria-prima e insumos para produção 77 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,00 1

Q8 - Prazo médio disponibilizado pelos fornecedores para realização de pagamentos 77 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,00 1

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q10 - Tempo médio utilizado pelos fornecedores para entregar matéria-prima e insumos 77 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,00 1

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; A1M=Até 1 Mês; A2M=Até 2 Meses; A3M=Até 3 Meses; A4M=Até 4

Meses; A5M=Até 5 Meses; A6M=Até 6 Meses; 6MA=Acima de 6 Meses; A1S=Até 1 Semana; 15D= Até 15 Dias; 45D=Até 45 Dias; 3MA=Acima de 3 Meses. Fonte: Pesquisa.

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175

Tabela O – Análise da Medição de Performance da Cadeia de Suprimentos das Facções Utilizando Modelo SCOR (Produção e Entrega)

PRODUÇÃO

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q5 - Quantidade de material reciclado utilizado na produção 43 56% 27 35% 3 4% 4 5% 0 0% 0 0% 0 0% 1,58 1

Q12 - Quantidade de recursos naturais (água, madeira) utilizados na produção 25 32% 21 27% 12 16% 19 25% 0 0% 0 0% 0 0% 2,32 1

Q13 - Gastos com a produção exceto matéria-prima e insumos 0 0% 0 0% 1 1% 21 27% 9 12% 24 31% 22 29% 5,58 6

Q19 - Nível de comprometimento da produção da empresa quando na ausência de um ou

mais funcionários 0 0% 7 9% 2 3% 7 9% 24 31% 18 23% 19 25% 5,31 5

Escala MA A LA N LB B MB MÉDIA MODA

Q7 - Nível de desperdício de matéria-prima na fabricação dos produtos 1 1% 2 3% 0 0% 8 10% 4 5% 37 48% 25 32% 5,90 6

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q18 - Tempo médio de produção dos produtos da empresa 77 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,00 1

Escala SP 2 3 4 5 6 TP MÉDIA MODA

Q20 - Nível do planejamento da produção da empresa (cronograma de produção) 0 0% 0 0% 0 0% 2 3% 10 13% 24 31% 41 53% 6,35 7

ENTREGA (CLIENTES)

Escala MB B LB N LA A MA MÉDIA MODA

Variáveis Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq % Frq %

Q15 - Quantidade de pedidos entregues corretamente aos clientes 0 0% 0 0% 0 0% 35 45% 9 12% 26 34% 7 9% 5,06 4

Escala A1M A2M A3M A4M A5M A6M 6MA MÉDIA MODA

Q1 - Capital empatado em estoque de mercadorias acabadas (produtos finalizados em

estoque) 77 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,00 1

Escala A1S 15D A1M 45D A2M A3M 3MA MÉDIA MODA

Q17 - Tempo médio de permanência na empresa dos produtos fabricados (mercadoria

acabada em estoque) 77 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,00 1

Q21 - Tempo médio de entrega dos produtos da empresa aos clientes 77 100% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 1,00 1

Notas: MB=Muito Baixo; B=Baixo; LB=Ligeiramente Baixo; N=Normal; LA=Ligeiramente Alto; A=Alto; MA=Muito Alto; A1M=Até 1 Mês; A2M=Até 2 Meses; A3M=Até 3 Meses; A4M=Até 4

Meses; A5M=Até 5 Meses; A6M=Até 6 Meses; 6MA=Acima de 6 Meses; A1S=Até 1 Semana; 15D= Até 15 Dias; 45D=Até 45 Dias; 3MA=Acima de 3 Meses; SP=Sem Planejamento;

TP=Totalmente Planejado.

Fonte: Pesquisa.