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Vias Metabólicas
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Metabolismo dos Lipídios• Biomoléculas insolúveis em água, e solúveis em solventes orgânicos;
• Dos 60 a 150g de lipídeos ingeridos diariamente, cerca de 90% são
constituídos de triacilgliceróis;
• 10% dos lipídeos da dieta correspondem ao colesterol, ésteres de
colesteril, fosfolipídeos e ácidos graxos livres.
• No intestino delgado, os sais biliares emulsificam as gorduras ingeridas
formando micelas mistas de sais biliares e triacilgliceróis.
2Estrutura do triacilgliceróis. Em vermelho são os ácidos graxos, e em azul é o grupo glicerol.
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Metabolismo dos LipídiosEnquanto realizamos exercícios físicos, vários hormônios como:
• catecolaminas,
• glucagon,
• hormônio do crescimento ,
• corticosteróides, entre outros,
são liberados na corrente sangüínea, e quando chegam aos adipócitos,
provocam lipólise (quebra dos triglicerídios) aumentando as
concentrações sangüíneas de ácidos graxos livres (AGL). Esses AGLs são
levados aos músculos esqueléticos que os utilizam para a síntese de ATP
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Metabolismo dos LipídiosO ácido-graxo, agora dentro da célula
muscular, precisa ser ativado
(incoporação de Acil-CoA) e
transportado para dentro da matriz
mitocondrial, onde será fracionado em
moléculas de dois carbonos (Acetil-
CoA) pelo processo de Beta-
oxidação. Dentro da mitocôndria, as
moléculas de Acetil-CoA são
processadas no ciclo do ácido cítrico
(Ciclo de Krebs) e produzem NADH e
FADH2. Esses últimos são transferidos
para a cadeia de transporte de
elétrons onde o ATP é finalmente
gerado.
A oxidação completa de 1g de glicose
gera aproximadamente 4 Kcal,
enquanto que a mesma quantidade de
ácidos graxos (gordura) gera em torno
de 9 Kcal.
Degradação do Glicerol
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O glicerol não pode ser reaproveitado
pelos adipócitos, porque essas células
não possuem a enzima glicerol
quinase, sendo então liberado na
circulação.
No fígado e outros tecidos, por ação
desta quinase, é convertido a glicerol
3-fosfato, que pode ser transformado
em diidroxiacetona fosfato, um
intermediário da glicólise.
Após ter sido capturado pela célula, o ácido graxo é convertido no derivado CoA pela acil CoA graxa sintetase (tioquinase) no citosol, formando a acil CoA graxa
Há a necessidade de 2 ATPA membrana interna da mitocôndria é impermeável a acil-CoA, mas os grupos acila podem ser introduzidos na matriz mitocondrial, quando ligados à carnitina. Este composto, sintetizado a partir de aminoácidos. É amplamente distribuídos nos tecidos animais e vegetais, sendo especialmente abundante em músculos. Deste modo o grupo acila dos ácidos graxos atinge o interior da mitocôndria onde ocorre a sua oxidação.
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Oxidação de Ácidos Graxos
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Transporte dos Ácidos Graxos
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–Oxidação ou Ciclo de Lynen
• A -oxidação compreende o catabolismo de ácidos graxos saturados, na qual fragmentos de dois carbonos são sucessivamente removidos da extremidade carboxila da acil CoA graxa, produzindo acetil CoA
• Portanto, a -oxidação consiste em um ciclo de 4 reações que resultam no encurtamento da cadeia de ácidos graxos em cada 2 carbonos
• as etapas incluem:
• uma oxidação que produz FADH2,
• uma hidratação,
•uma segunda oxidação que produz NADH e,
• uma clivagem tiolítica que libera uma molécula de acetil CoA
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–Oxidação ou Ciclo de Lynen
As enzimas da Oxidação
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Acil-CoA desidrogenase
Enoil-CoA hidratase
-hidroxiacil-CoA
desidrogenase
Acil-CoA aciltransferase
(tiolase)
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Destino do Acetil - CoA
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Rendimento Energético pela Oxidação de Ácidos GraxosConsiderando por exemplo a oxidação de uma molécula de ácido palmítico(16C) até CO2 e H2O gera:
Do total de ATP formado (131) deve ser descontado o gasto inicial na reação de ativação do ácido graxo, onde há conversão de ATP em AMP + 2Pi e portanto, consumo de duas ligações ricas em energia, o que equivale a um gasto de 2ATP (conversão de 2ATP a 2ADP). O rendimento final da oxidação do ácido palmítico é então, 129 ATP.
Os ácidos graxos com número ímpar de átomos de carbono
constituem uma fração minoritária dos ácidos graxos da
dieta. A -oxidação de um ácido graxo saturado com número
ímpar de átomos de C segue as mesmas etapas de reações
que os ácidos graxos com número par de átomos de C, até os
três carbonos finais (propionil CoA).
Neste caso, entretanto, a última reação inicia-se com um acil
– CoA de cinco carbonos e produz uma molécula de acetil-
CoA e uma de propionil – C0A, em vez de duas de acetil-CoA.
A propionil-CoA origina-se também da degradação de alguns
aminoácidos.
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Oxidação dos ácidos graxos com número ímpar de pares de carbono
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Metabolismo do Propionil - CoA
O propionil CoA é metabolizado
por uma rota de duas etapas:
1º - o propionil CoA é carboxilado,
formando metilmalonil CoA. A
enzima responsável – a propionil
CoA carboxilase,
2º - os carbonos da metilmalonil
CoA são rearranjados, formando
succinil CoA, a qual entra no ciclo
de Krebs. A enzima responsável é a
metilmalonil CoA mutase, que
requer vitamina B12.
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Destino do Succinil - CoA
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Oxidação de ácidos graxos
insaturados• A oxidação de ácidos graxos insaturados fornece menos
energia que a oxidação dos ácidos graxos saturados;
• Os insaturados são menos reduzidos, e portanto, menos
equivalentes redutores podem ser produzidos.
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Oxidação de ácidos graxos
insaturados
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Coenzima NAPD+
(a)Forma oxidada da nicotinamida adenina dinucleotídio (NAD+); (b)
Forma oxidada da nicotinamida adenina dinucleotídio fosfato (NADP+).
Ambos se diferem pela presença de um grupo fosfato ligado a ribose.
O NAD+ e NADPH têm papéis metabólicos opostos: a primeira é utilizada
quando o substrato esta sendo oxidado e a segunda quando um
substrato esta sendo reduzido.
(a) (b)
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Metabolismo do Colesterol• O colesterol, além de ser um componente estrutural de
membranas, é precursor dos ácidos biliares, hormônios esteróides
e da vitamina D.
• Está presente em todas as células animais, mas é ausente nos
vegetais.
• A fonte de colesterol pode ser exógena, pelo consumo de
derivados de carne e leite, ou endógena, por síntese a partir do
Acetil CoA. Existe uma correlação direta entre quantidade de
Triglicérides e Colesterol: quanto maior a disponibilidade de
Acetil CoA, maior a síntese de Colesterol.
Estrutura do colesterol.
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Metabolismo do Colesterol
• As moléculas de colesterol obtidos pela dieta são insolúveis no suco
gástrico, sendo os últimos a serem absorvidos. São então
emulsificados pela ação dos sais e ácidos biliares, que os transportam
na forma de micelas, através do intestino. Essas moléculas
atravessam as membranas do intestino e são reorganizadas em uma
lipoproteína.
• O colesterol absorvido pelo organismo se associa a apolipoproteínas
formando as Lipoproteínas plasmáticas;
• LDL – lipoproteína de baixa densidade
• HDL – lipoproteína de alta densidade
• As lipoproteínas funcionam tanto para manter os lipídeos solúveis a
medida que os transportam no plasma, quanto para transportar o
conteúdo lipídico aos tecidos.
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Metabolismo do ColesterolO colesterol absorvido no intestino se associa a apolipoproteínas formando as lipoproteínas plasmáticas. Apolipoproteínas são complexos moleculares de lipídeos e proteínas. Incluem: quilomícron, VLDL, IDL, LDL e HDL.HDL
O LDL transporta colesterol do fígado até os tecidos periféricos, enquanto o HDL captura colesterol dos tecidos e o transporta até o fígado, onde é convertido a ácidos biliares.
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Lipoproteína HDLA HDL é uma lipoproteína produzida e liberada pelo fígado com objetivo de retirar colesterol das células, quando este estiver em excesso, ou mesmo de outras lipoproteínas plasmáticas. Por esta ação de “lixeiro”, a HDL é denominada “Bom Colesterol”.O colesterol que retorna para o fígado, via HDL é, em geral, transformado em sais e ácidos biliares. Estes compostos são utilizados como “detergentes” na emulsificação de gorduras, durante o processo de digestão e absorção de gorduras no intestino.HDL
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Lipoproteína LDL
O fígado produz colesterol e TAG (triacilgliceróis), além de reorganizar
estes compostos, provenientes da dieta . O fígado então libera, para a
corrente sanguínea, uma lipoproteína de densidade muito baixa, VLDL,
que contém 52% de TAG e 22% de colesterol. As células de diferentes
tecidos reconhecem as proteínas na superfície desta lipoproteína e a
VLDL se liga aos tecidos. Por ação de lipases lipoprotéicas ocorre a
quebra dos TAG, e absorção de ácidos graxos e glicerol pelas células. A
VLDL vai perdendo TAG, diminuindo de tamanho e aumentando a
densidade, até formar LDL, que contém 47% de colesterol e 8% de
TAG. A lipoproteína LDL será então endocitada pelas células que
precisarem de colesterol. O excesso de LDL no sangue pode levar a
formação de ateromas por ligação desta lipoproteína às paredes dos
vasos; por isso o LDL é conhecido como “colesterol ruim”.
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Metabolismo do Colesterol• Os ácidos graxos saturados elevam o LDL - colesterol.• Os poliinsaturados (óleos vegetais em geral) reduzem o LDL – colesterol e discretamente o HDL – colesterol.• Os monoinsaturados reduzem o LDL – colesterol sem alterar a fração de HDL – colesterol. Por esta razão os ácidos graxos monoinsaturados são, atualmente os mais recomendados.• Exemplos de ácidos monoinsaturados: azeite de oliva; óleos de soja e canela.• Os ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa do tipo 3, atuam favoravelmente na prevenção de tratamento de diversas doenças como por exemplo as cardiovasculares porque esses ácidos reduzem a fração de LDL e aumentam a fração de HDL.• Os ácidos graxos trans não produzem dobras nas moléculas, que se associam de modo tão compacto quanto os ácidos graxos saturados podendo portanto modificar a viscosidade da membrana.• Os ácidos graxos trans provocam aumento do LDL – colesterol e redução do HDL – colesterol.• Exemplos de ácidos graxos trans: bolos, bolachas tortas, sorvetes e frituras.