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Formato ABNT, para citação desta apostila em trabalhos acadêmicos:
PEREIRA, L. M. A. Mandado de Segurança. Curso de Direito Constitucional. Salvador: Lextra, 2019. Apostila.
Mandado de SegurançaMaterial para acompanhamento de aulas,
Professor Luiz Marcello de Almeida Pereira
Luiz Marcello de Almeida [email protected]
Mandado de Segurança
▹Subsidiariedade
▹Prazo
▹Legitimidade ativa
▹Legitimidade passiva
▹Procedimento
▹Mandado de Segurança Coletivo
▹Generalidades
▹Cabimento
▹Ato impugnado
▹Direito líquido e certo▹ Fato
▹ Direito
▹Lesão ou ameaça
Sumário
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▹Natureza Jurídica▹ Direito fundamental
▹ Garantia de outros direitos
▹ Ação constitucional
▹Finalidade
▹Espécies▹ Repressivo
▹ Preventivo
Generalidades
▹ SÚMULA 266
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
▹ SÚMULA 267
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
▹ SÚMULA 268
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
▹ SÚMULA 269
O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.
▹ SÚMULA 270
Não cabe mandado de segurança para impugnar enquadramento da L. 3.780, de 12.7.60, que envolva exame de prova ou de situação funcional complexa.
▹ SÚMULA 271
Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria.
▹Constituição▹ 5º, LXIX e LXX
▹Legislação▹ Lei 12.016/09 (LMS)
Quadro normativo
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Cabimento, na Constituição e na Lei
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LXXII - conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
Habeas data
Direito privadoDireito público
Relação de direito material
Competência
Direitos
Direitos Direitos
Competência
Direitos
Ilegalidade ou abuso de poder
Direitolíquido e certo
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Ilegalidade ou abuso de poder
Direitolíquido e certo
Relação de direito material
Impetrado
Impetrante
Relação de direito processual
▹Ato ou omissão de autoridade
▹ Omissão pode ser em ato vinculado ou discricionário
▹Vinculado estabelece obrigação precisa
▹ Gera direito
▹Discricionário permite juízo de conveniência e oportunidade
▹ Não gera direito▹ Admite controle pela
finalidade
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Ação ou omissão
Vício do ato
Ilegalidade
Abuso de
poder
Excesso
Desvio
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▹Princípio da legalidade▹ CR, 5º, II
▹ CR, 37, caput
▹Atos de competência vinculada
▹Critério pode ser a Constituição ou ato diverso da lei
▹ Regimento Interno da Casa, no controle de constitucionalidade
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Ilegalidade
▹ Incompetência▹ Formal
▹ Material
▹Ato de decisão fora da "moldura" kelseniana
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Abuso de poder: excesso de poder
▹Atos cometidos dentro do gradiente de discricionariedade
▹Art. 3º do CLP/CF
▹Bem comum e finalidade específica do ato
▹Não é necessário que seja comprovado com exatidão, basta convencer o juiz, que conhece a realidade social
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Abuso de poder: desvio de poder
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▹Atos cometidos dentro do gradiente de discricionariedade
▹Art. 3º do CLP/CF
▹Bem comum e finalidade específica do ato
▹Não é necessário que seja comprovado com exatidão, basta convencer o juiz, que conhece a realidade social
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Abuso de poder: desvio de poder
Vício do ato
Ilegalidade
Ato vinculado
Abuso de
poder
Ato
discricionário
Excesso
Incompetência
Desvio
Finalidade
▹Ato concreto▹ MS repressivo
▹ MS preventivo
▹Ato abstrato▹ Apenas MS preventivo do ato
concreto
▹ Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. [STF, Súmula 266]
▹Em qualquer função da soberania
▹ Legislação
▹ Governo
▹ Administração ou
▹ Jurisdição
Ato
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▹Mesmo que pessoa jurídica seja de direito privado▹ LMS, 1º, § 2º, in fine
▹Exemplos▹ Fonte retentora do tributo (empregador, no caso do IR)▹ Empresa pública, em caso de licitação (STJ, 333)▹ Concessionária, ao exercer alguns serviços públicos
▹Sanção contra servidor▹ Se estatutário, cabe MS▹ Se for celetista, não cabe
▹Ato do servidor, seja ele estatutário ou celetista, se realizado em regime de direito público, é impugnável por MS
Ato em regime de direito público
▹Presidente do colegiado presta as informações▹ Mesmo que seu voto tenha sido vencido
▹Autoridade não é o presidente, é o colegiado(STF, MS 22.284)
Decisão colegiada
▹Ato composto▹ Demanda decisão primária e
outra, secundária e meramente homologatória
▹ Autoridade é quem pratica o ato principal
▹Procedimento▹ Autoridade é quem preside
▹ Ato é do órgão, autoridade apenas informa
▹Ato complexo▹ Demanda conjugação de mais
de uma decisão
▹ Autoridade é o último que interveio
▹ Mesmo que ato impugnado seja de terceiro (como na súmula 627, STF)
▹ Demais órgãos devem ser notificados
▹ Atacável apenas quando acaba, salvo MS preventivo
Ato complexo, composto e procedimento
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“No mandado de segurança contra a nomeação de magistrado da competência do Presidente da República, este é considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em fase anterior do procedimento.”
STF, 627
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
[Súmula 267.]
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.
[Súmula 268.]
Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria.
[Súmula 271.]
Direitos com efeitos financeiros
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Direito objetivo
Hipótese Deve serDireito objetivo
Fatos
Direito subjetivo
Direito líquido e certo: norma
Direito objetivo
Hipótese Deve serDireito objetivo
Fatos Sujeito Realiza Hipótese
Direito subjetivo
Direito líquido e certo: fatos
Direito objetivo
Hipótese Deve serDireito objetivo
Fatos Sujeito Realiza Hipótese
Direito subjetivo
Direito líquido e certo: subsunção
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Direito objetivo
Hipótese Deve serDireito objetivo
Fatos Sujeito Realiza Hipótese
Direito subjetivo
Sujeito É titular deDireito
subjetivo
Direito líquido e certo
Sujeito é titular de direito subjetivo
Direito líquido e certo
▹Precisamente explicados▹ É o fato que é certo e líquido
▹Documentalmente comprovados
▹ Provas devem acompanhar a inicial
▹ Salvo no caso de posse de documento essencial pela autoridade ou por terceiro (LMS, 6º, §§ 1º e 2º)
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Direito líquido e certo: fatos
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§ 1º No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição.
Lei do Mandado de Segurança, 6º
▹Se na posse de terceiro, alheio à lide
▹Será notificada para exibição do documento original ou cópia autêntica, em 10 dias (LMS, 6º, § 1º)
▹Se na posse da autoridade coatora
▹Notificação única, para informações e documento (LMS, 6º, § 2º)
Documento fora da posse do impetrante
§ 3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.
§ 2º Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação.
Lei do Mandado de Segurança, 6º
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▹Fundamento jurídico do pedido não precisa ser simples
▹STF, Súmula 625:
▹“Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança.”
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Direito líquido e certo: direitos
▹Direito pode ser inexistente▹ Juiz colmatará a lacuna
▹ LINDB, 4º▹ Analogia
▹ Costumes
▹ Princípios
▹Direito pode ser impreciso▹ Juiz concretizará conceitos
jurídicos indeterminados
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Direito líquido e certo: direitos
▹Trata-se de condição especial da ação de MS
▹Da sua ausência decorre denegação processual, por carência de ação
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Direito líquido e certo: direitos
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▹Repressivo
▹Preventivo▹ "justo receio"
▹ Deve haver norma geral prevendo o ato que se teme
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-lapor parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Lesão ou ameaça
▹Habeas corpus: direito de locomoção
▹Habeas data: direito à informação sobre o impetrante
▹Direito-meio e direito-fim:▹ Cabe MS para garantir entrada
do advogado em penitenciária, se o fim é exercer profissão
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
Subsidiariedade
▹Termo inicial pode ser a publicação no Diário Oficial
▹Prazo decadencial
▹Não afetado pelo 219 do novo CPC:
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
▹LMS, art. 23
“Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.”
Prazo
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▹Se o ato impugnado fixa ou altera remuneração, o prazo não se renova mensalmente
▹ (STJ, Jurisprudência em Teses, 91/17)
▹Termo inicial pode ser a publicação no Diário Oficial
▹ (STJ, Jurisprudência em Teses, 91/17)
▹Pedido de reconsideração, administrativo, não suspende o prazo do MS
▹ STF, Súmula 430
▹ (STJ, Jurisprudência em Teses, 91/17)
Contagem do prazo
Sujeitos de
direito
Individuais
Pessoas
Físicas
Jurídicas
De direito
público
De direito
privadoEntes
despersonalizados
Transindividuais
Coletivos
Difuso
(Sociedade)
Legitimidade ativa:titularidade de direitos individuais
▹Entes despersonalizados▹ Públicos
▹ Chefia do Executivo
▹ Mesa do Legislativo
▹ Fundos financeiros
▹ ...
▹ Privados▹ Espólio
▹ Condomínio
▹ Massa falida
▹ ...
▹Pessoas▹ Físicas
▹ Brasileiros ou estrangeiros
▹ Residentes ou não no país
▹ Jurídicas▹ De direito privado
▹ De direito público
Legitimidade ativa:titular de direito público subjetivo
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▹Membro do MP
▹Parlamentar▹ Direito público subjetivo à participação em processo legislativo
legítimo
▹ Após a aprovação do projeto perdem a legitimidade, posto que já não há processo legislativo do qual participar
▹Magistrados
...
Legitimidade ativa:Inclusive agentes políticos
▹Não pode haver ingresso de novo autor após o despacho da inicial(LMS, 10, § 2º)
▹Habilitação de herdeiros (CC, 1055)
▹ Não pode ocorrer, salvo se caso tem repercussões patrimoniais
"Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança.“
(LMS: 1º, § 3º)
Litisconsórcio ativo
▹LMS, 3º
“Art. 3º O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente.”
Terceiro, titular de direito idêntico
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Cla
ssif
icação
Ana
Bárbara
Carla
Débora
Eliane
Terceiro, titular de direito idêntico
Nom
eação
Ana
Bárbara
Carla
Débora
Eliane
▹C (prejudicada pela inação do titular) notifica judicialmente B (titular)
▹Após os 30 dias de inércia por B, C tem 120 para mover MS (LMS, 3º, parágrafo único)
Terceiro, procedimento
Fato
30
Prazo de B
120
Notificação
Prazo de C
120
▹Parte é a pessoa jurídica!
▹Saída da autoridade (pessoa física), não extingue o feito
▹Substituída, no processo, pelo próximo representante da PJ com a mesma competência
▹Pode haver litisconsórcio, não assistência (LMS, 24)
Legitimidade passiva: parte
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▹Autoridade é quem▹ Ordena
▹ Executa ou
▹ Omite
▹Autoridade não é parte▹ Apenas dá informações
▹ Não haveria ilegitimidade, se incorretamente indicada
▹ Mas a maioria dos juízes extingue o feito, por falta de condição da ação
▹Estipulação legal da definição de autoridade:
“§ 3o Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.”
(LMS, 6º, § 3º)
Legitimidade passiva: autoridade
▹Citação
▹Revelia: presunção relativa de veracidade e legitimidade do arguido na inicial
▹Notificação
▹Ausência ou perda de prazo não tem consequências processuais
▹ Mas pode ter consequências administrativas!
Informações não são contestação
▹Corrige erro da inicial
▹Substitui processualmente o impetrado
▹Avoca o ato
Informações pelosuperior hierárquico
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▹O delegado é autoridade
▹STF, 510
“Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.”
▹Lei 9.784/99, 14, § 3º:
“§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado .”
Competência delegada
▹Atuam em nome próprio, na prestação do serviço (CR, 175, caput)
“Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.”
▹Concessionárias e permissionárias de serviços públicos
Não há delegação
▹Em regra, autoridade federal▹ Sistema do art. 211, CR
▹Nas universidades estaduais, é estadual
▹ Mas é federal, em caso de delegação específica, como as da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 9º, § 3º (9.394/96)
▹Constituição permite atuação privada, mantendo o dever do Estado
▹Não há concessão ou permissão, mas autorização
▹ Jurisprudência considera autoridade a área de Educação, não as outras
Prestadoras de serviços:Seguridade social e educação
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▹Legislação▹ Lei 9.637/98
▹ Lei 9.790/99 (OSCIPs)
▹Não são autoridade, salvo▹ Delegação
▹ Ato em regime público▹ Licitação, etc.
ONGs
▹Autoridade é agente ou órgão público franqueador
Franquia (Correios)
▹Advogado, sempre▹ Procurador de autarquia não
precisa juntar procuração (STF, 664)
▹A competência é dada pela autoridade
CPC
“Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juiz a que é dirigida;”
Inicial
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▹Se a União, autarquia ou empresa pública federal forem interessadas (CR, 109, I)
▹Autoridade federal (CR, 109, VIII)
▹Se as consequências patrimoniais do ato forem suportadas pela União (LMS, 2º)
▹ Juntas comerciais (STF, RE 199.793-RS)
▹É competência do juiz federal dizer se a competência é federal ou estadual (STJ, 150)
▹ Intervenção da União em processos: Lei 9.469/97
Competência Federalpara julgar o MS
▹Qualificação completa apenas do impetrante
▹ Impetrado▹ Indicação da autoridade e da
pessoa jurídica (LMS, 6º)
▹ Indicado erroneamente
▹ Principalmente quando a determinação da autoridade é difícil, o juiz pode corrigir
▹ É comum, entretanto, haver a extinção do feito por ilegitimidade da parte
“II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;”
Inicial: partes
▹Prova documental apenas, sem perícia ou prova oral
▹Documentos juntados também na cópia que será enviada na notificação da autoridade
“III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;”
Inicial: causa de pedir
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▹Se documento estiver na posse de autoridade ou órgão▹ Terceiro, alheio à lide
▹ Será notificada para exibição do documento original ou cópia autêntica, em 10 dias (LMS, 6º, § 1º)
▹ Autoridade coatora, há notificação única, para informações e documento (LMS, 6º, § 2º)
Inicial: provas
▹Qualificação completa apenas do impetrante
▹ Impetrado▹ Indicação da autoridade e da
pessoa jurídica (LMS, 6º)
▹ Indicado erroneamente
▹ Principalmente quando a determinação da autoridade é difícil, o juiz pode corrigir
▹ É comum, entretanto, haver a extinção do feito por ilegitimidade da parte
“III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;”
Inicial: partes
▹Ordem judicial para que a autoridade expeça o ato
▹ Neste caso o ato é de atribuição exclusiva da autoridade
▹Realização do ato pelo juiz, em substituição da autoridade
▹ Chamado de "concessão do direito“
“IV - o pedido, com as suas especificações;”
Inicial: pedido
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▹Estimativo, se não houver alcance patrimonial
▹Preciso, se houver
▹Pagam-se custas▹ O 5º, LXXVII (CR) não exclui as custas do MS
▹ A Lei 9.265/96, que regulamentou este dispositivo, tampouco excluiu o MS
▹ Na Justiça Federal, a Lei 9.289/96 não excluiu o MS
▹ STF, 667: “Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.”
Valor da causa
Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de segurança.
STF, Súmula 512
Sem honorários
▹Do indeferimento cabe apelação (LMS, 10)
▹ Com possibilidade de reconsideração, pelo juiz
▹ Apelação pode vir acompanhada de novos documentos, se forem novos ou necessários
▹Agravo para o órgão especial ou o pleno, se em tribunal (LMS 10, § 1º)
▹Emenda, inicialmente
▹ Indeferimento nos seguintes casos (LMS, 10)
▹ Não cabe MS
▹ Ausência de requisitos legais
▹ Extemporaneidade, pelo prazo do MS
Indeferimento da inicial
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▹ Independe da anuência do réu▹ CPC, 267, § 4º, não se aplica
▹Pode ocorrer mesmo após a sentença
Desistência
▹Direito líquido e certo
▹Urgência
▹Força da liminar decorre da CR, portanto lei não pode suspender a possibilidade jurídica de sua concessão(como aconteceu com o Plano Collor).
Requisitos da liminar
▹São inadmissíveis▹ Pedido contraposto
▹ Reconvenção
▹Assinatura da autoridade▹ Procurador pode assinar junto,
mas não substitui a autoridade
▹Matéria de exceções processuais
▹ Não cabem exceções no MS
▹ Devem figurar nas informações
▹ No parecer do MP
▹ Nas alegações da pessoa jurídica
▹Prazo de 10 dias (LMS, 11)
▹Não há revelia▹ LMS não prevê revelia ou crime
de desobediência para a desídia
▹ Mas pode haver responsabilidade administrativa da autoridade relapsa
▹ Não há citação!
▹ A notificação não tem a advertência do CPC, 250, II
▹ Informações devem ser juntadas, mesmo fora do prazo
Informações
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▹Atuação, quando houver interesse público (CPC, 82, III)▹ Não atua em processo extinto de plano (STF, MS 23.51-DF)
▹Prazo▹ 10 dias após despacho das informações (LMS, 12 c/c 7º, I)
▹STJ, 99: “O ministério público tem legitimidade para recorrer no processo em que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte.”
Ministério Público
▹Denega-se MS nos casos previstos no CPC (LMS, 6º, § 5º)
▹Não impede outro MS (LMS, 6º, § 6º)
▹Não impede outra ação, fora do prazo decadencial▹ STF, 304: “Decisão denegatória de mandado de segurança, não
fazendo coisa julgada contra o impetrante, não impede o uso da ação própria.”
▹ LMS, 19
Julgamento sem mérito
▹Nomeação de terceiro para realizar o ato, mormente se ato for material
▹Multa diária▹ Mas quem paga é a
administração, não o administrador
▹Desobediência (330, CP)▹ Para o STF agente público não
comete desobediência(HC 76.888-PI)
▹ Resistência, no MS, é desobediência (LMS, 26)
▹Sem prejuízo das sanções administrativas, crimes de responsabilidade ou improbidade administrativa
Consequências da decisão de mérito
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▹STF, 512: “Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de segurança.”
▹STJ, 105: “Na ação de Mandado de Segurança não se admite condenação em honorários advocatícios.”
▹LMS, art. 25:
“Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé.”
Não cabem honorários advocatícios
▹Apelação▹ Prazo em dobro para a Fazenda Pública (CPC, 188)
▹ Inclusive autarquias e fundações (Lei 9.469/97, art. 10)
▹ Empresas públicas e sociedades de economia mista não
▹Remessa obrigatória▹ Inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista (STF,
RE 220.906-DF)
Recursos
Mandado de Segurança Coletivo
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Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser:
I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica;
II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante.
Cabimento — LMS, 21
Súmula 266
Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.
Descabe para lei em tese
Os princípios básicos que regem o mandado de segurança individual informam e condicionam, no plano jurídico-processual, a utilização dowrit mandamental coletivo. Atos em tese acham-se pré-excluídos do âmbito de atuação e incidência do mandado de segurança, aplicando-se, em consequência, às ações mandamentais de caráter coletivo, a Súmula 266/STF.
[MS 21.615, rel. p/ o ac. min. Celso de Mello, j. 10-2-1994, P, DJ de 13-3-1998.
O mandado de segurança coletivo – que constitui, ao lado do writ individual, mera espécie da ação mandamental instituída pela Constituição de 1934 – destina-se, em sua precípua função jurídico-processual, a viabilizar a tutela jurisdicional de direito líquido e certo não amparável pelos remédios constitucionais do habeas corpus e do habeas data. Simples interesses, que não configurem direitos, não legitimam a válida utilização do mandado de segurança coletivo.
[MS 21.291 AgR-QO, rel. min. Celso de Mello, j. 12-4-1991, P, DJ de 27-10-1995.]
= ADPF 307 MC-REF, rel. min. Dias Toffoli, j. 19-12-2013, P, DJE de 27-3-2014
Exigência de direito
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A ação de mandado de segurança – ainda que se trate do writ coletivo, que se submete às mesmas exigências e aos mesmos princípios básicos inerentes ao mandamusindividual – não admite, em função de sua própria natureza, qualquer dilação probatória. É da essência do processo de mandado de segurança a característica de somente admitir prova literal pré-constituída, ressalvadas as situações excepcionais previstas em lei (...).[MS 21.098, rel. p/ o ac. min. Celso de Mello, j. 20-8-1991, 1ª T, DJ de 27-3-1992.]
Direito líquido e certo
O interesse exigido para a impetração de mandado de segurança coletivo há de ter ligação com o objeto da entidade sindical e, portanto, com o interesse jurídico desta, o que se configura quando em jogo a contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas prevista na Lei 7.689/1988.[RE 157.234, rel. min. Marco Aurélio, j. 12-6-1995, 2ª T, DJ de 22-9-1995.]
O objeto do mandado de segurança coletivo será um direito dos associados, independentemente de guardar vínculo com os fins próprios da entidade impetrante do writ, exigindo-se, entretanto, que o direito esteja compreendido nas atividades exercidas pelos associados, mas não se exigindo que o direito seja peculiar, próprio, da classe.[MS 22.132, rel. min. Carlos Velloso, j. 21-8-1996, P, DJ de 18-10-1996.]
Interesse
Em se tratando de mandado de segurança, é imprescindível a demonstração de que o ato ilegal da autoridade prejudicou direito subjetivo, líquido e certo do impetrante, ou de seus representados, no caso de mandado de segurança coletivo.
[RMS 22.350, rel. min. Sydney Sanches, j. 3-9-1996, 1ª T, DJ de 8-11-1996.]
Exigência do ato ilegal
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Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.
Legitimidade, LMS
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Legitimidade, na Constituição
▹Ministério Público
▹Partido político com representação no Congresso
▹Organização sindical ou entidade de classe
▹Associação legalmente constituída e em funcionamento há 1 ano
Legitimidade ativa
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A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes.
Súmula 629
A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.
Súmula 630
Em se tratando de mandado de segurança coletivo, esta Corte já firmou o entendimento de que, em tal caso, a entidade de classe ou a associação é parte legítima para impetrá-lo, ocorrendo, nesse caso, substituição processual. Na substituição processual, distingue-se o substituto como parte em sentido formal e os substituídos como partes em sentido material, por serem estes, embora não integrando a relação processual, titulares do direito que, em nome próprio, é defendido pelo substituto.[Rcl 1.097 AgR, rel. min. Moreira Alves, j. 2-9-1999, P, DJ de 12-11-1999.]
Legitimidade extraordinária
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O inciso LXX do art. 5º da CF encerra o instituto da substituição processual. As entidades e pessoas jurídicas nele mencionadas atuam, em nome próprio, na defesa de interesses que se irradiam, encontrando-se no patrimônio de pessoas diversas. Descabe a exigência de demonstração do credenciamento.[RMS 21.514, rel. min. Marco Aurélio, j. 27-4-1993, 2ª T, DJ de 18-6-1993.]
Não aplicação, ao mandado de segurança coletivo, da exigência de instrução da petição inicial com a relação nominal dos associados da impetrante e da indicação dos seus respectivos endereços.[RMS 23.769, rel. min. Ellen Gracie, j. 3-4-2002, P, DJ de 30-4-2004.]
= RE 501.953 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 20-3-2012, 1ª T, DJE de 26-4-2012
Legitimidade extraordinária!
Pessoas físicas já impetrantes de mandados de segurança individuais não possuem autorização constitucional para nova impetração "coletiva". Eventual litisconsórcio ativo, instituto da teoria geral do processo, não se confunde com as hipóteses constitucionais do art. 5º, LXX, da CF/1988.[MS 32.832 AgR, rel. min. Rosa Weber, j. 24-2-2015, 1ª T, DJE de 11-3-2015.]
Sem litisconsórcio de legítimos ordinários
Impetrado mandado de segurança coletivo, descabe admitir, como terceiros interessados, os substituídos.[MS 26.794 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 23-5-2013, P, DJE de 1º-8-2013.]
Sem intervenção de terceiros
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De saída, afasto a preliminar de ilegitimidade ativa, suscitada pelo presidente da República. É que a impetrante demonstrou ser associação legalmente constituída há mais de um ano. Sua legitimidade para a impetração de mandado de segurança, portanto, decorre diretamente do Texto Constitucional (inciso LXX do art. 5º), não obstante o silêncio do estatuto da autora quanto à representação judicial de seus associados.[MS 25.347, voto do rel. min. Ayres Britto, j. 17-2-2010, P, DJE de 19-3-2010.]
A legitimidade de sindicato para atuar como substituto processual no mandado de segurança coletivo pressupõe tão somente a existência jurídica, ou seja, o registro no cartório próprio, sendo indiferente estarem ou não os estatutos arquivados e registrados no Ministério do Trabalho.[RE 370.834, rel. min. Marco Aurélio, j. 30-8-2011, 1ª T, DJE de 26-9-2011.]
Sindicato ou associação de classe
Legitimidade do sindicato para a impetração de mandado de segurança coletivo independentemente da comprovação de um ano de constituição e funcionamento.[RE 198.919, rel. min. Ilmar Galvão, j. 15-6-1999, 1ª T, DJ de 24-9-1999.]
As entidades de classe representativas da defesa de seus associados credenciam-se para figurarem no polo ativo da relação processual, legitimando-se para a utilização da via mandamental coletiva, se os seus atos constitutivos revestem-se das formalidades legais (...).[MS 22.451, rel. min. Maurício Corrêa, j. 5-6-1997, P, DJ de 15-8-1997.]
Requisitos formais para sindicato
A legitimação das organizações sindicais, entidades de classe ou associações, para a segurança coletiva, é extraordinária, ocorrendo, em tal caso, substituição processual. CF, art. 5º, LXX. Não se exige, tratando-se de segurança coletiva, a autorização expressa aludida no inciso XXI do art. 5º da Constituição, que contempla hipótese de representação.[RE 193.382, rel. min. Carlos Velloso, j. 28-6-1996, P, DJ de 20-9-1996.]
= RE 437.971 AgR, rel. min. CármenLúcia, j. 24-8-2010, 1ª T, DJE de 24-9-2010
A associação regularmente constituída e em funcionamento pode postular em favor de seus membros ou associados, não carecendo de autorização especial em assembleia geral, bastando a constante do estatuto. Mas como é próprio de toda substituição processual, a legitimação para agir está condicionada à defesa dos direitos ou interesses jurídicos da categoria que representa.[RE 141.733, rel. min. Ilmar Galvão, j. 7-3-1995, 1ª T, DJ de 1º-9-1995.]
Desnecessidade de assembleia
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Na disciplina constitucional do mandado de segurança coletivo, inconfundível com a relativa à ação direta de inconstitucionalidade, não se tem, quanto à legitimação ativa, a exigência de tratar-se de entidade de classe que congregue categoria única. Constatada a abrangência, a ponto de alcançar os titulares do direito substancial em questão, mister é concluir pela configuração de hipótese ensejadora da substituição processual que distingue a espécie de mandado de segurança que é o coletivo.[RMS 21.514, rel. min. Marco Aurélio, j. 27-4-1993, 2ª T, DJ de 18-6-1993.]
Mais de uma categoria
Ao Estado-membro não se outorgou legitimação extraordinária para a defesa, contra ato de autoridade federal no exercício de competência privativa da União, seja para a tutela de interesses difusos de sua população – que é restrito aos enumerados na lei da ação civil pública (Lei 7.347/1985) –, seja para a impetração de mandado de segurança coletivo, que é objeto da enumeração taxativa do art. 5º, LXX, da Constituição. Além de não se poder extrair mediante construção ou raciocínio analógicos, a alegada legitimação extraordinária não se explicaria no caso, porque, na estrutura do federalismo, o Estado-membro não é órgão de gestão, nem de representação dos interesses de sua população, na órbita da competência privativa da União.
[MS 21.059, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 5-9-1990, P, DJ de 19-10-1990.]
Ente federativo não!
Lei 8.437, de 1992, art. 2º: no mandado de segurança coletivo e na ação civil pública, a liminar será concedida, quando cabível, após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 horas.
[Pet 2.066 AgR, rel. min. Carlos Velloso, j. 19-10-2000, P, DJ de 28-2-2003.
Não pode ser inaudita altera parsArt. 22...§ 2o No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas.
Liminar
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▹Autor de ação individual▹ Se desistir dentro de 30 dias
(a contar da ciência do MSC)
▹ É protegido pela coisa julgada do MSC
▹ Se não, não
▹Faz coisa julgada para os substituídos pelo impetrante (22, caput)
▹Não induz litispendência
Coisa julgada no MS coletivo
Possibilidade de execução individual de sentença proferida em processo coletivo. O fato de tratar-se de mandado de segurança coletivo não representa obstáculo para que o interessado, favorecido pela sentença mandamental coletiva, promova, ele próprio, desde que integrante do grupo ou categoria processualmente substituídos pela parte impetrante, a execução individual desse mesmo julgado.[RE 601.914 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 6-3-2012, 2ª T, DJE de 25-2-2013.]
Execução individual
▹GAJARDONI, Fernando da Fonseca; DELLORE, Luiz; ROQUE, Andre Vasconcelos e OLIVEIRA JR., Zulmar Duarte de. Teoria Geral do Processo, in Comentários ao CPC de 2015, p. 690. São Paulo: Método, 2015.
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Referências
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