O QUE PODEMOS APRENDER
COM OUTROS ECOSSISTEMAS
DE INOVAÇÃO
INTRO.
DUÇÃO
Nosso objetivo é apresentar mecanismos de apoio à
inovação mais maduros, buscando elementos que possam
colaborar para o fortalecimento dos mecanismos de
incentivos fiscais à inovação no Brasil.
A seguir apresentaremos os elementos e impactos em 3
países : Brasil, França e Estados Unidos.
Pesquisa Básica (PB)
Pesquisa Aplicada (PA)
Desenvolvimento Experimental (DE)
BRASILLEI DO BEM
Atividades de P&D
Dispêndios enquadráveis
Uso do incentivo
O beneficio só pode ser reivindicado para o ano
em que a atividade foi realizada.
A Lei do Bem foi criada em 2005 e entrou
em vigor em 2006 com objetivo de
conceder incentivos fiscais às empresas
que realizam atividades de PD&I. Pode
gerar uma renúncia de 20,4% a 27,2% dos
dispêndios elegíveis, podendo chegar a
34% para o projeto com patente
concedida no ano.
Empresas de todos os portes podem
utilizar o incentivo, porém os principais
benefícios são restritos às empresas que
apuram pelo Lucro Real.
Incluindo atividades de Tecnologia Industrial
Básica (TIB) e de Serviços de Apoio Técnico (SAT).
Dispêndios
Enquadráveis =
R$ 1 milhão
Exclusão Adicional
6 00 M i l
2 00 M i l
Exclusão Adicional 60%(sem condicionantes)
Exclusão Adicional + 20%* (incremento de pesquisadores)
2 7 2 M i l
Recuperação Fiscal(IR 25% + CSLL 9%)
6 8 M i l
27,2%34%
Tipo de incentivo: Dedução fiscal
Salários + Encargos
Material
Despesas gerais
Custos operacionais
Serviço de terceiros
Serviços técnicos
Patentes
Depreciações
2 04 M i l
* Pode variar de 10% a 20% em razão do incremento de pesquisadores
=Exemplos de despesas gerais:
Viagens, treinamentos técnicos, energia
elétrica, dentre outros.
BRASILIMPACTO NO PAÍS
62Posição no Índice
Global de Inovação
(2020)
R$2,1bi DE INCENTIVOS EM
RENÚNCIA FISCAL ATRAVÉS
DA LEI DO BEM (2017)
1.476EMPRESAS ADERIRAM
A LEI DO BEM (2017)
1,26%INVESTIDOS EM PD&I
EM RELAÇÃO AO PIB
(2017)
R$82bi INVESTIDOS EM PD&I
(2017)
R$ 41 bi investidos pelo governo
R$ 41 bi investidos por empresas
0,63% investidos pelo governo
0,63% investidos por empresas
Fonte: MCTI e GII
FRANÇACRÉDIT IMPÔT RECHERCHE
O Crédito Fiscal para Pesquisa foi criado
em 1986, e é um incentivo fiscal às
atividades de P&D para empresas de
todos os portes e setores. Proporciona
uma redução de 30% das despesas
enquadráveis até €100M e 5% para
despesas acima de €100M.
As empresas podem reivindicar um
crédito fiscal para pesquisa, desde que
incorram em despesas com pesquisa
básica, aplicada ou desenvolvimento
experimental.
Parte das despesas pode ser deduzida do
imposto de renda das empresas.
5 % de despesas enquadráveis acima de € 100 M
30% de despesas enquadráveis até € 100 M
Cálculo
simplificado:
< € 1 00 M
> € 1 00 M
Uma atividade enquadrável deve atender a 5 critérios:
• Para conter um elemento de novidade
• Para conter um elemento criativo
• Para conter um elemento de incerteza
• Para ser sistemático
• Para ser transferível e/ou reproduzível.
Pesquisa Básica (PB)
Pesquisa Aplicada (PA)
Desenvolvimento Experimental (DE)
Atividades de P&D
Dispêndios enquadráveis
Uso do incentivo
Restituição imediata para PMEs, ou após
prolongar os créditos por 3 anos.
Tipo de incentivo: Crédito fiscal
Salários + Encargos
Material
Despesas gerais
Custos operacionais
Serviço de terceiros
Serviços técnicos
Patentes
Depreciações
Despesas gerais:
Aplica-se coeficiente de 43% x total de
Salários+Encargos e coeficiente de 75% x
total das depreciações relacionados às
atividades de P&D.
FRANÇAIMPACTO NO PAÍS
12Posição no Índice
Global de Inovação
(2020)
€6,4bi DE INCENTIVOS EM
RENÚNCIA FISCAL
ATRAVÉS DO CIR (2017)
20.789EMPRESAS ADERIRAM
AO CIR (2016)
2,2%INVESTIDOS EM PD&I
EM RELAÇÃO AO PIB (2017)
€50bi INVESTIDOS EM PD&I
(2017)
€ 17 bi investidos pelo governo
€ 33 bi investidos por empresas
0,71% investidos pelo governo
1,45% investidos por empresas
Fonte: ABGI França, OCDE e GII
EUAR&D TAX CREDIT (RTC)
14% x
(Atividades elegíveis do ano de crédito -
50% x média de 3 anos anteriores)
A N O 3A N O 2A N O 1
Atividades enquadráveis
Média dos últimos 3 anos Sem crédito de P&D
Base de Crédito de P&D
50%A N O 4
O valor base para cada
ano de crédito é a
metade da média dos
dos dispêndios elegíveis
dos 3 anos fiscais
anteriores. O valor pelo
qual os dispêndios do
ano de crédito excedem
o valor base é
multiplicado por 14%
para determinar o RTC.
O crédito fiscal federal de P&D foi
introduzido em 1981 como um incentivo
de dois anos e se tornou permanente em
2015. Seu objetivo é recompensar
empresas de todos os portes por
aumentarem seus investimentos em P&D
no ano fiscal atual.
A principal especificidade das atividades
de qualificação nos EUA é que elas não
precisam ser “novas para o mundo” ou
melhorar o estado da arte mundial. O teste
de descoberta foi removido e a empresa
precisa melhorar seu know-how e
tecnologias “internos” para se qualificar.
Pesquisa Básica (PB)
Pesquisa Aplicada (PA)
Desenvolvimento Experimental (DE)
Atividades de P&D
Dispêndios enquadráveis
Uso do incentivo
O crédito fiscal se aplica por 1 ano de exercício
anterior e por 20 anos de exercício posterior.
Tipo de incentivo: Crédito fiscal
Salários
Material
Despesas gerais
Custos operacionais
Serviço de terceiros
Serviços técnicos
Patentes
Depreciações
Existem basicamente 2 métodos de cálculo
de RTC, um Regular (Regular Credit) e um
outro Simplificado (ASC Alternative
Simplify Credit) que foi introduzido a partir
de dezembro 2006.
ASC (método simplificado)
EUAIMPACTO NO PAÍS
Fonte: GII e OCDE (números estimados)
3Posição no Índice
Global de Inovação
(2020)
$15bi DE INCENTIVOS EM
RENÚNCIA FISCAL
ATRAVÉS DO RTC (2016)
Número não divulgados
EMPRESAS ADERIRAM
AO RTC
2,8%INVESTIDOS EM PD&I
EM RELAÇÃO AO PIB (2016)
$516bi INVESTIDOS EM PD&I
(2016)
$ 142 bi investidos pelo governo
$ 374 bi investidos por empresas
0,65% investidos pelo governo
2,15% investidos por empresas-
REFLEXÃOCOMPARATIVO
RTC
(Research Tax Credit)
CIR
(Crédit d´Impôt Recherche)Lei do Bem
Ano de criação 1981 1986 2005
Tipo Crédito fiscal Crédito fiscal Dedução fiscal
BenefícioRegular (20% x Base cálculo)
ASC (6 a 14% x Base cálculo)30% até €100M + 5% > €100M 20,4 a 34%
PúblicoMicro, Pequena, Média e Grande
Empresa
Micro, Pequena, Média e Grande
Empresa
Micro, Pequena, Média e Grande
Empresa
Regime Tributário Lucro real (normal ou simplificado) Lucro real (normal ou simplificado)Lucro real (não considera o regime
simples nacional nem presumido)
Prorrogável Sim (20 anos) Sim (3 anos) Não
Restituível Não Sim Não
Atividades de P&D PA, PB e DE PA, PB e DE PA, PB e DE
Dispêndios
Salários, Material, Serviço de
terceiros (limitado a 65%), Serviços
de P&D
Salários e Encargos, Custos
operacionais, Serviço de terceiros,
Serviço P&D, Patentes, Depreciações
e Despesas gerais (aplica coeficiente
de 43% x total de Salários+Encargos
e coeficiente de 75% x total
depreciações)
Salários e Encargos, Material,
Custos operacionais, Serviço de
terceiros, Serviços de P&D (ME,
EPP, ICT, U e II), Patentes, Despesas
gerais
REFLEXÃOO QUE O BRASIL PODE APRENDER?
• O objetivo do conselho europeu é investir 3% do PIB em PD&I, sendo 2%Empresas e 1% pelo governo.
• Se o crédito for maior que imposto ou se a empresa estiver com déficit, o restante será
debitado do imposto a pagar nos 3 anos seguintes e, se aplicável,devolvidos no final do período.
• O excesso de créditos tributários ainda não cobrados ou reembolsados gera uma dívida do
Estado e a mesma pode ser atribuída como garantia ou descontada a qualquer instituição
crédito.
• As empresas que não podem deduzir o crédito tributário nem obter um reembolso podem
solicitar empréstimos aos bancos com base no crédito tributário da pesquisa.
• Possibilidade de reembolso imediato para empresas com menos de 4 anos.
Rk TOP10 PRODUTOS
1 Combustíveis minerais, óleos
2 Sementes de óleo e oleaginosas
3 Minérios, rejeitos e cinzas
4 Carne
5 Maquinário
6 Ferro e aço
7 Veículos
8 Cereais
9 Material celulósico
10Resíduos das indústrias alimentícias –
preparado de alimentos para animais
US$225bi US$555bi US$1,65tri Rk TOP10 PRODUTOS
1 Maquinário
2 Aeronaves, veículos espaciais
3 Veículos
4Máquinas elétricas, gravadores de som,
reprodutores, televisores
5 Fármacos
6 Plásticos e derivados
7 Perfumaria-cosméticos
8 Bebidas
9Aparatos óticos, fotográficos, medidores
de precisão
10 Combustíveis minerais, óleos minerais
Rk TOP10 PRODUTOS
1 Maquinário
2 Combustíveis minerais, óleos minerais
3Máquinas elétricas, gravadores de som,
reprodutores, televisores
4 Aeronaves, veículos espaciais
5 Veículos
6Aparatos óticos, fotográficos, medidores
de precisão
7 Plásticos e derivados
8 Pérolas, pedras preciosas
9 Fármacos
10 Commodities não especificados
REFLEXÃOEXPORTAÇÕES – TOP10 POR PAÍS EM 2019
Fonte: ITC - International Trade Centre
Fonte: https://exame.com/negocios/as-40-maiores-exportadoras-do-brasil-em-2015/
REFLEXÃO OPORTUNIDADESMAIORES EXPORTADORAS DO BRASIL EM 2015
EMPRESA VALOR EXPORTADO (US$)
1. Vale 11,25 bilhões
2. Petrobras 8,5 bilhões
3. Bunge Alimentos 5,05 bilhões
4. Cargill 4,49 bilhões
5. Embraer 4,07 bilhões
6. JBS 3,88 bilhões
7. ADM do Brasil 3,28 bilhões
8. BRF 3,14 bilhões
9. Braskem 2,68 bilhões
10. Louis Dreyfuss Commodities 2,4 bilhões
Fonte: BBC News - https://www.bbc.com/portuguese/geral-48862658 > acesso em 15/09/20
REFLEXÃOEMPRESAS QUE MAIS INVESTIRAM EM INOVAÇÃO EM 2018 (EM EUROS)
EMPRESA PAÍS DE ORIGEM INVESTIMENTO EM P&D
1. Samsung Coréia do Sul 13,44 bilhões
2. Alphabet EUA 13,39 bilhões
3. Volkswagen Alemanha 13,10 bilhões
4. Microsoft EUA 12,30 bilhões
5. Huawei China 11,30 bilhões
6. Intel EUA 10,90 bilhões
7. Apple EUA 9,70 bilhões
8. Roche Suíça 8,90 bilhões
9. Johnson & Johnson EUA 8,90 bilhões
10. Daimler Alemanha 8,70 bilhões
AUTORES
Denys Cabral é um entusiasta da inovação e mecanismos de apoio à inovação. Atualmente é
responsável pelos incentivos fiscais na América Latina do Groupe PSA e coordenador do Rota
2030 no Cluster Automotivo Sul Fluminense. Formado em Engenharia Mecânica pela URFJ,
possui pós graduação na área de Soldagem, especialização em Gestão Financeira pela FIA
Business School e está cursando o MBA em Gestão Tributária pela USP/Esalq.
Maria Carolina Rocha busca promover o investimento e a inovação de longo prazo nas
empresas. Atualmente é CEO da ABGI Brasil. Atua há mais de 13 anos na Gestão Estratégica
de Recursos para Inovação para grandes empresas inovadoras de diversos setores. Graduada
em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos, com especialização em Direito
Tributário pela mesma faculdade.
https://www.linkedin.com/in/denyscabral/https://www.linkedin.com/in/mariacarolinarocha/
OBRIGADO
t w i t t e r . c o m / a b g i b r a s i l
l i n k e d i n . c o m / c o m p a n y / a b g i - b r a s i l f a c e b o o k . c o m / a b g i b r a s i l
i n s t a g r a m . c o m / a b g i b r a s i l