Sistema Urinário
• É responsável pela filtração dos produtos do metabolismo orgânico.
• Assim como as substâncias-nocivas não degenerativas do sangue, os quais são eliminados na urina.
• O rim filtra grande quantidade de líquidos a partir do plasma sanguíneo.
Constituição do Sistema Urinário
• 1 par de rins: forma a urina.
• 1 par de ureteres: conduzem a urina dos rins à bexiga.
• 1 bexiga urinária: coleta, armazena e libera a urina.
• 1 uretra: conduz urina até orifício externo.
Sistema Urinário
• Funções : • Produção de urina; • Filtração do plasma sanguíneo; • Excreta excessos e resíduos; • Homeostase do organismo; • Filtração do sangue, reabsorção e secreção. • Ajuste do equilíbrio de fluidos: diurese; oliguria; anuria.
Sistema Urinário
• Ajuste o equilíbrio acidobásico.
• Remove íons de hidrogênio e bicarbonato do sangue.
• Produção de hormônios. • Eritropetina/prostaglandinas.
Anatomia Macroscópica
• Topografia: • Abaixo dos músculos sub-lombares;
• São localizados em região dorsoperitoneais;
• Circundados por gordura (proteção);
• Rim direito e + cranial que o esquerdo;
• Acompanha o movimento respiratório;
• Localizam‐se lateralmente à aorta abdominal e à veia cava caudal.
Diferenças entre as espécies
• Multipiramidais • Bovinos;
• Suínos.
• Unipiramidais • Caninos;
• Felinos;
• Eqüinos;
• Ovinos.
Anatomia Macroscópica
• Margens: • cranial
• caudal
• Faces: • lateral
• medial: Hilo
• Superfícies: • dorsal
• ventral
Vascularização
• Altamente vascularizados: • Aorta abdominal;
• Artéria renal;
• Artérias interlobares;
• Artérias arqueadas;
• Artérias interlobulares;
• Arteríolas aferentes;
• Glomérulo.
Drenagem
• Veias interlobulares;
• Veias arqueadas;
• Veias interlobares;
• Veia renal;
• Veia cava caudal.
Considerações Gerais
• Radiografias simples: • LL / VD
• Radiografias contrastadas: • LL / VD • Urografia excretora • Uretrocistografia • CUIDADO!!!!!!
Urografia Excretora
• Técnica Radiográfica: • Animal deve estar bem hidratado;
• Jejum de sólidos de 24 h;
• Limpeza de cólon e reto.
• Radiografias panorâmicas: • LL / VD / Oblíquas
• Tempo: 5’, 15’, 40’ e pós-miccional
• ATENÇÃO !!!!
Urografia Excretora
• O que observar? • Preenchimento, Tamanho, Forma e Posicionamento dos Rins
• Pelve renal
• Função renal (qualitativa)
• Trajeto e Inserção Ureteral
• Bexiga
• Contraste: • Iodados: HypaqueR, UromironR, UrografinaR
• Dose: 2 ml/Kg IV
• Interfere no crescimento bacteriano
• Proteus sp*, E. coli, S. aureus
Uretrocistografia
• Técnica Radiográfica: • Dose: 1,0 ml do contraste / 2,0 ml de solução fisiológica;
• Repleção moderada, pois a distensão pode mascarar alterações discretas da parede;
• Radiografar durante a aplicação dos últimos 2 ou 3 ml de contraste.
Uretrocistografia
• O que observar? • Preenchimento, Tamanho, Forma e Posição
da Bexiga e Uretra;
• Integridade e Aspecto da mucosa da bexiga;
• Formação intraluminal;
• Cálculos radiotransparentes;
• Condição da uretra prostática.
Silhuetas Renais
• Cão: • Rim D: T12 – L2 (+ fixo)
• Rim E: polo cranial na metade do rim D
• 2,5 a 3,5 vezes o corpo vertebral de L2 (VD)
• Gato: • Rim D: L1 – L4
• Rim E: L2 – L5
• Rins mais esféricos e móveis
• 2,4 – 3,0 vezes o corpo vertebral deL2 (VD)
Silhuetas Renais
• Radiografia simples: • Contorno renal;
• Visibilização dos rins: pela presença da gordura peri-renal;
• Animais magros ou com líquido peri-renal – dificuldade de avaliação.
• O que observar?
• Quantidade, Forma, Tamanho e Topografia;
• Função: Ultra-som, Urografia e Cintilografia.
Silhuetas Renais
• Número: • Agenesia, Atrofia ou Duplicação
• Localização: • Ectopia – tórax, pelve
• Aumento da silhueta: • Nefrite aguda, Hidronefrose, Neoplasias, PIF
• Diminuição da silhueta: • Hipoplasia renal, Nefrite crônica
• Aumento da radiopacidade: • Nefrocalcinose, Cálculos, Neoplasias
Ureteres
• Localização: Espaço retroperitoenal
• Radiografias: • Simples: não são visíveis;
• Contrastada: 2 – 3 mm de diâmetro;
• Alterações: • Número (associada ao número de rins);
• Rupturas;
• Ureter ectópico;
• Megaureter;
• Cálculos Ureterais (obstrução);
• Estenose (pós-cirúrgico).
Vesícula Urinária
• Órgão muscular oco;
• Musculomembranosa;
• Localização e aspecto variam com o grau de repleção;
• Cavidade pélvica: espécies maiores;
• Cavidade abdominal: carnívoros;
• Aspecto piriforme; • Ápice • Corpo • Colo
• Óstio uretral interno
Vesícula Urinária
• Relações dorsais: • Útero e vagina;
• Ducto deferente / cólon descendente;
• Grandes vasos;
• Linfonodos ilíacos.
• Relações ventrais:
• Assoalho abdominal e pélvico;
• Outras relações na dependência de sua repleção.
Vesícula Urinária
• Alterações:
• Na forma:
• Cistite, Divertículos, Persistência ou Resquício do Úraco, Ruptura, Compressão por formação isolada (aumento de volume uterino, prostático, neoplásico).
• Aumento:
• Cálculos, Atonia, Neoplasia
• Diminuição:
• Ureter ectópico, Ruptura, Hérnias
• Falhas de Preenchimento:
• Coágulos, Cálculos, Pólipos, Neoplasias
Vesícula Urinária
• DIVERTÍCULOS: • Localização: ponta ou no meio da bexiga
• Sede de processos infecciosos
• Persistência do Úraco
• Aspectos Radiográficos: • Contrastada pós-miccional: retenção do contraste no divertículo
Vesícula Urinária
• Radiopacos • Oxalato: rugoso, denteado, espiculado, ++++
• Fosfato: redondos, elípticos, piramidais, +++
• Sílica: espiculados, redondos pequenos, +++
• Radiotransparentes • Cistina: liso, pequeno, esférico, oval, ++
• Urato: redondo, elíptico, pequeno, +
ULTRASSONOGRAFIA DO SISTEMA URINÁRIO
Quando pedir???
Sinais Clínicos
• Poliúria;
• Polidipsia;
• Oligúria;
• Sensibilidade;
• Emese;
• Rinomegalia palpável;
• Avaliação laboratorial alterada;
O que o exame pode responder...
• Evidenciar lesões focais: • Cálculos
• Cistos
• Infartos
• Calcificações
• Nódulos / massas
• ≠ lesões sólidas de císticas
• Pielectasia
• Morfologia
• Simetria
Ultrassonografia Renal
• Informações: • Tamanho
• Forma
• Contornos
• Arquitetura interna
• Ecogenicidade
• Localização
• Estruturas adjacentes
Ultrassonografia Renal
• Exame ultrassonográfico:
• Transdutores: 3,5; 5,0 e 7,5 MHz;
• Tricotomia;
• Gel específico;
• Decúbitos; • Lateral direito e esquerdo
• Dorsal
Ultrassonografia Renal
• Cortes ultra‐sonográficos: • Corte longitudinal
• Corte transversal
• Corte coronal
Corte longitudinal
Corte transversal Corte coronal
Rins Normais
• Simétricos;
• Tamanho dentro dos limites da normalidade;
• Contornos regulares;
• Ecogenicidade preservada;
• Definições córtico‐medulares preservadas.
Ecogenicidade • Córtex:
• Hipoecogênica em relação ao baço (RE)
• Hipo a isoecogênica em relação ao fígado(RD)
• Medula: • Hipo a anecogênica
• Pelve: • Hiperecogênica (gordura, tecido fibroso e adventícia vascular)
• Junção córtico‐medular • Linha ecogênica estreita
Mensurações
• Corte longitudinal • Comprimento
• Altura
• Corte transversal • Largura
• Altura
Ecogenicidade
• Comparações: • Extrínsecas: baço, fígado
• Intrínsecas: cortical, medular, pelve
• Aumento: • Animais idosos (não maior que baço)
• Animais obesos
• Animais nefropatas
• Nefrite glomerular ou intersticial
• Diminuição: • Doenças agudas.
Alterações Difusas
• Ecogenicidade:
• Aumentada;
• Diminuída;
• Diminuição da definição córtico‐medular;
• Pielectasia;
• Contornos irregulares;
• Espessamento de cortical.
Diminuição da relação Cortico-Medular
• Inespecífica;
• Associar com outras alterações;
• Normal em filhotes;
• Sem significado clínico em idosos;
• Doenças congênitas.
Displasia Renal
• Doença renal juvenil;
• Formação de néfrons anormais;
• Raças mais acometidas: Lhasa Apso, Shih Tzu, Boxer e Bull Dogs.
Pielectasia
• Definição: dilatação da pelve renal;
• Causas: • Fluidoterapia;
• Diuréticos;
• Pielonefrite.
Hidronefrose
• Obstrução: • Discreta;
• Moderada;
• Severa • EXAMES COMPLEMENTARES!
Doença Aguda x Crônica
• Aguda: • Rinomegalia;
• Contornos regulares;
• Aumento de ecogenicidade de cortical.
• Crônica: • Diminuição de tamanho;
• Contornos irregulares;
• Aumento de ecogenicidade de cortical.
Nefropatias
• Cortical hiperecogênica;
• Contornos irregulares;
• Diminuição da definição córtico‐medular;
• Tamanhos aumentados/diminuídos.
Doença Renal Policística
• Doença autossômica dominante que afeta cães e gatos, com elevada frequência;
• Diagnóstico diferencial de rinomegalia;
• Cistos: cavidades revestidas por epitélio e repletas por conteúdo líquido;
• Podem ser únicos ou múltiplos e afetar um ou ambos os rins.
Doença Renal Policística
• Patogenia desconhecida (hiperplasia do epitélio tubular obstrução intratubular ‐ aumento da pressão proximal à obstrução) ‐ distensão tubular;
• Quando crescem, comprimem o parênquima normal e podem desenvolver insuficiência renal dependendo do grau de comprometimento;
• Os cistos tendem a crescer em tamanho e número;
• Inicialmente, animais sem sinais clínicos.
Ultrassonografia da Vesícula Urinária
• Grau de repleção é importante!!!
• Janela acústica para outros órgãos;
• Repleção suficiente para avaliação apurada da espessura da parede;
• Fácil identificação.
Vesícula Urinária – Técnica do Exame
• Transdutores de 5,0 a 10 MHz;
• Repleção adequada; • Ingestão espontânea de líquido;
• Impedimento da micção a partir de 2 horas antes do exame;
• Sondagem e infusão de solução fisiológica ***
• Diurético injetável (CUIDADO).
Ultrassonografia da Vesícula Urinária
• O quê avaliar?
• Espessura de parede;
• Conteúdo: • Completamente anecogênico;
• Sedimentos;
• Coágulos;
• Cálculos;
• Massas;
• Divertículos;
• Ureteres distais.
Cistites
• Espessamento de parede: • Porção ventral/dorsal;
• Difuso.
• Cistite polipóide: • Massas que se projetam para o lúmen vesical;
• Cistete enfisematosa: • E. coli (diabetes);
• Clostridium;
• Gás: sombra “suja”, parede hiperecogênica.
Cistite Enfisematosa
Coágulos Hematonas
• Coágulos: • Secundários à trauma, infecção e neoplasias;
• Hiperecogênicos, irregulares, sem sombra acústica;
• Podem ser confundidos com massas(CUIDADO);
• Hematomas: • Contusões;
• Massa hipoecogênica e espessamento da parede;
Rupturas
• Conteúdo anecogênico extra‐luminal,adjacente;
• Dosagem de creatinina do líquido;
• Sondagem uretral e infusão de solução fisiológica;
• Falso positivo:
• Descontinuidade da parede devido ao artefato de curva.
Cálculos Vesicais
• Radiopacos ou radiotransparentes;
• Estruturas hiperecogências;
• Sombra acústica: intensidade varia com: • composição do cálculo;
• frequência do transdutor;
• localização do cálculo;
• Sedimento acumulado também faz sombra;
• Calcificação da parede;
• Animal em estação!!!
Neoplasias Vesicais
• Mais comum em cães;
• Tipo mais comum: carcinoma de células transicionais;
• Espessamento focal de parede com massa irregular que se projeta para o lúmen;
• Espessamento difuso.
Ureteres
• Fibromusculares;
• Originam‐se a partir da pelve renal;
• Seguem caudalmente na região sublombar;
• Ureter direito ligeiramente mais longo;
• Abrem‐se na parte dorsal do colo da bexiga, obliquamente;
• Peristaltismo.
Ultrassonografia dos Ureteres
• Ruptura: • Traumas;
• Iatrogênicas;
• Obstrução: cálculos e massas (intrínsecas e extrínsecas – como neoplasias em bexiga, uretra, próstata e útero);
• Ureterocele: dilatações congênitas (se projetam para o lúmen da bexiga.
Uretra
• Cálculos;
• Neoformações;
• Machos: • Uretra prostática;
• Uretra peniana;
• Uretra membranosa;
• Fêmeas: • Menores que os machos;
• Neoplasias;
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