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Vidas Secas, de Graciliano Ramos Profa Elis Lima Escapacherri Diretoria de São Bernardo do Campo 3 as séries do Ensino Médio

[2º fase nodernismo] s.a. vidas secas

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Tecendo Arte

Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Profa Elis Lima Escapacherri

Diretoria de So Bernardo do Campo3as sries do Ensino Mdio

aprendermaisportugues.blogspot.com

[email protected]

Situao de AprendizagemPblico Alvo: 3as sries do Ensino Mdio.

Tempo Previsto: 6 aulas

Objetivo:Entender o romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos; contextextualiza-lo com a 2 fase do modernismo brasileiro (caracterizado como romance de 30), intertextualiza-lo, fazer com que o aluno produza um novo discurso, gerar um outro gnero(Cartum e projeto de texto dissertativo/argumentativo).

Contedo Temtico:Modernismo brasileiro, 2 fase; contextualizao; intertextualizao.produo do gnero cartum e projeto de texto dissertativo/argumentativo.

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Situao de AprendizagemCompetncias: Estabelecer conexes com a escola literria modernista, 2 fase e contextualizar com nossa realidade.

Habilidade: Relacionar informaes sobre concepes artsticas e procedimentos de construo do texto literrio com os contextos de produo e circulao social da arte, para atribuir significados de leituras crticas em diferentes situaes.

Compreender a literatura como sistema social que concretiza valores sociais e humanos atualizveis e permanentes no patrimnio literrio nacional.

Compreender a funo social do gnero em estudo.

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Estratgias: aula interativa (com utilizao do projetor) Apresentar a obra Vidas Secas resumo com a contribuio do alunos.Discusso da mensagem implcita na obra.Apresentar o filme Vidas Secas os melhores momentos, filme remontado pelo professor - compara-lo com a obra. Analise do discurso indireto livre presente na obra.Analise do processo de zoomorfizao e antropomorfizao.Intertextualizar a obra com outras artes (msica, literatura, filme, pintura, foto etc).Sondagem do conhecimento prvio do aluno sobre a palavra Moderno.Contextualizar o conceito de moderno, na filosofia, na histria e na literatura.Apresentar as caractersticas do modernismo 2 fase prosa.Discutir a temtica: denncia social e injustia social.Retomar o hipergnero HQs Histria em quadrinhos, com nfase em cartum, para concluso da situao de aprendizagem.Criar um projeto de texto a partir do cartum.

Recursos: projetor multimdia, livro didtico, caderno do professor, lousa e embasamento terico literatos.

Avaliao: contnua durante a exposio da aula por meio dos questionamentos, participao e, produo do gnero textual cartum. Alm de questes no provo (aplicao de uma nica prova com 50 questes envolvendo todas as disciplinas) e prova bimestral. 5

Roteiro para aplicao da Situao de Aprendizagem6

Orientao de leitura da obra Vidas Secas (no decorrer das aulas).Antes apresentao realizada pelo professor.Observar Foco narrativo, Personagens, Tempo, Ambiente e a mensagem presente na obra.Em seguida, as professoras promoveram subsdios que levassem os alunos a fazer relaes de conhecimento sobre o gnero e antecipao de sentidos a partir de diferentes indcios encontrados durante a leitura da obra.

Durante apresentao do professor.O indivduo e os pontos de vista e valores sociais; a crtica a valores sociais; a palavra e o tempo: texto e contexto social. 7

Depois Discusso oral (durante a exposio e analise da obra, em Sala de Aula).

Concatenao de ideias.Processos interpretativos inferenciais: metfora e metonmia.Processos interpretativos inferenciais: Construo do Ethos (os traos caractersticos de um grupo, do ponto de vista social e cultural, que o diferencia de outros).Construo da textualidade.Recapitulao de conhecimento de linguagem.Aspectos lingusticos especfico para construo do gnero cartum e projeto de texto dissertativo/argumentativo. Estratgia de Escuta.

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Vidas Secas -obra [publicada em 1938].

Vidas Secas Filme [publicado em 1963].

Disponvel em: http://www.youtube.com/watch?v=8BFszT1s5lI;Acesso em: 10 de agosto de 2013.

Tempo: 24min 10s. [Melhores momentos]9x

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1 Passo: Apresentao da obra; Anlise da narrativaObra composta por 13 captulos.

1 Mudana2 Fabiano3 Cadeia4 SinhVitria5 O menino Mais Velho6 O Menino Mais Novo7 Inverno8 Festa9 Baleia10 Contas11 O soldado Amarelo12 O mundo coberto de penas13 Fuga Qual ser o motivo da FUGA?

Resumo do enredo;Publicado em 1938Contexto histrico: Era VargasRelao com o contexto [-Romance de 30, resgate do realismo do sculo XIX; anlise crtica dos problemas sociais, psicolgicos relacionados a realidade brasileira].Narrador - 3 pessoaTcnica do discurso indireto livre

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1 Mudana 13 Fuga

121 CaptuloNarra as amarguras da famlia sertaneja na caminhada impiedosa pela aridez da caatinga.13 CaptuloOs retirantes partem da fazenda para uma nova busca por condies mais favorveis de vida.O captulo 1 e o 13, devem ser lidos nessa sequncia, pois apresentam uma ligao que fecha um ciclo.

O que une os episdios no livro?Dada a redundncia a maneira como so distribudas,chegam a constituir um verdadeiro substituto de ao e datrama do livro.13A utilizao de vrios motivos recorrente:* a paisagem rida;* a zoomorfizao e antropomorfizao das criaturas;* os pensamentos fragmentados dos personagens e,* os consequentemente problemas de linguagem;* seu Toms da Bolandeira* a cama de varas de Sinha Vitria etc.

Em Vidas secas existem 2 mundos:Fabiano - ZOOMORFIZAO (animalizao)Vaqueiro honesto com grandes dificuldades lingusticas, bruto, selvagem.Ambiguidade, homem ou bicho?Sinha Vitria Sofrida, sonhadora e inteligente [percebe que as contas do patro esto erradas].Cachorra Baleia ANTROPOMORFIZAO ( uma forma de pensamento que atribui caractersticas ou aspectos humanos).Membro da famlia, pensa, sonha e age como gente.Uma angstia apertou-lhe o pequeno corao. p. 90

Papagaio- Vira refeio, no sabia falar. Latia.Menino Mais Velho - Curioso e no tem noo da misria em que vive.

Como no sabia falar direito, o menino balbuciava expresses complicadas, repetia silabas, imitava os berros dos animais, o barulho do vento, o som dos galhos que rangiam na catinga, roando-se. p.59Menino Mais Novo Sofrida, enxerga em seu pai um verdadeiro heri.

Naquele momento Fabiano lhe causava grande admirao. p. 47

Seu Toms da Bolandeira Status econmico de segurana e conforto; significa cultura e a educao que Fabiano jamais poder possui.

- S aparece nas lembranas. muito idolatrado por Fabiano e Sinha Vitria.O Patro de Fabiano - Possui terras e o dinheiro, emprega os trabalhos sob o regime escravo, sem direito a nada.

- Opressor, fazendeiro desonesto que explora seus empregados.O Soldado Amarelo - simboliza o governo [Era Vargas].

- Corrupto, simboliza a represso e autoritarismo da Era Vargas.Seu Incio Dono do bar.

- Coloca gua na cachaa para assim ganhar mais dinheiro.

1 mundo 2 mundo 14

Qual a relao entre os dois mundos? - Todos sofrem com a seca.

- Entre os dois mundos no h um sistema de troca, apenas, um mecanismo de OPRESSO E BLOQUEIO.15 - O bloqueio entre os dois grupos unidirecional, e o mecanismo de opresso funciona de cima para baixo.

Repensando os dois grupos em nveis de hierarquia unilateral.2 Grupo

Pode econmico o fazendeiroPoder civil o prefeitoPoder militar os soldados.Poder religioso o padre e a igreja.

1 GrupoOs sem poder Fabiano, Vitria e os participantes do bumba meu boi.163 GrupoPrisioneiro, jagunos - representa uma ameaa estabilidade.O bando representa um grupo que est fora da hierarquia de poder e uma ameaa sua estabilidade. nesse ponto que o diretor se vale de sua liberdade criativa para transformar, por coerncia ideolgica, um dos elementos do texto original.

Tempo: ATEMPORAL - no h objetos que permitam precisar o tempo cronolgico em que decorre a narrativa, a no ser que os acontecimentos vividos pela famlia se desenrolem entre duas secas.Espao: Serto Nordestino.Ambiente:Um ambiente sem sentimentalismo por viverem em um espao que no lhes oferecida boas condies de vida.Tema:Injustia social.Assunto: Denncia socialMensagem:A seca no est apenas no serto, mas na alma de muitos e na falta de aes dos outros.17

CuriosidadesO livro circulou em territrio estrangeiro durante um bom tempo, sendo primeiramente lanado na Polnia e depois na Argentina, seguida por Repblica Tcheca, Rssia, Itlia, Portugal, Frana, Espanha e em outros. No Brasil, encontra-se em sua centsima sexta edio.Em 1962, ganhou o prmio da Fundao William Faulkner (Estados Unidos) como livro representativo da Literatura Brasileira Contempornea.Tambm conquistou um enorme pblico, tendo vendido at ento mais de um milho e meio de exemplares, enquanto, ocasionalmente, leitura obrigatria em vestibulares da USP, da PUC, da UFBA e da UEPA.O cineasta Nelson Pereira dos Santos realizou uma bem-sucedida verso homnima de Vidas Secas em 1963, reforando aspectos atuais do pas.O romance originalmente se chamaria "O Mundo Coberto de Penas", ttulo do penltimo captulo, em referncias s penas negras dos corvos cobrindo o cho seco. O texto original est grafado assim. Porm o prprio Graciliano Ramos riscou o ttulo original e escreveu mo "Vidas Secas".

O romance tambm teve um nome alternativo, vidas molhadas, por conta da ironia de Ramos.18

2 Passo: Anlise da obra; Intertextualizao; O sonho o alvio das misriasdos que as tm acordados.

(Miguel de Cervantes)

19Mensagem Vidas Secas

A seca no est apenas no serto, mas na alma de muitos e na falta de aes dos outros.

Tcnica do discurso indireto livreTrs tipos de discursosI. Discurso diretoVerbos no presente do indicativo (fica, h).Pontuao caracterstica (travesso, dois pontos).Exemplo:- Onde esto os meus ingressos para o espetculo de patinao? perguntou Pedro.- Estavam aqui ainda neste instante! replicou Maria.

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II. Discurso indiretoVerbos no pretrito imperfeito do indicativo (ficava, havia).Ausncia de pontuao caracterstica.Exemplo:

A me, impaciente, pediu a sua filha que fosse at l. Ela respondeu que estaria j dali a cinco minutos.21

III. Discurso indireto livreO texto escrito em terceira pessoa e o narrador conta a histria, mas as personagens tm voz prpria, de acordo com a necessidade do autor de faz-lo.

Sendo assim uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.22

Importante:Vidas secas Tcnica do discurso indireto Livre

O uso do discurso indireto livre permite aproximar a voz do narrador voz do personagem, dando a impresso de que so um s.

A narrao ganha tom mais subjetivo, e o leitor tem acesso direto aos pensamentos do personagem.23

Exemplo 01 - Cap. 02 Fabiano: - Fabiano voc um homem, exclamou em voz alta.Conteve se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar s. E, pensando bem, ele no era homem: era apenas uma cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presena dos brancos e julgava-se cabra.

Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, algum tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:Voc um bicho, Fabiano. p.18O Narrador interiorizou-se na personagem Fabiano para auxili-la em sua expresso, pois ele tinha dificuldade de comunicao.Fundiram-se duas vozes (a do narrador e a personagem), uma sntese dialtica entre o discurso direto e o indireto).24

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Exemplo 02 - Cap.9 Baleia: ... Uma angstia apertou-lhe o pequeno corao. Precisava vigiar as cabras: quela hora cheiros de suuarana deviam andar pelas ribanceiras, rondar as moitas afastadas. Felizmente os meninos dormiam na esteira, por baixo do carit onde Sinha Vitria guardava o cachimbo. p. 90

Vocabulrio:Suuarana - Puma concolor, tambm conhecido pelos nomes populares suuarana, puma, ona-parda, ona-vermelha, jaguaruna , leo-baio e leo-da-montanha. um mamfero nativo das Amricas.

Prefere habitat com vegetao rasteira densa e reas rochosas adequadas s emboscadas, mas tambm pode viver em reas abertas.25

Exemplo 03 Cap.09 Baleia: Baleia queria dormir. Acordara feliz, num mundo cheio de pres. E lamberia as mos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianas se espojaram com ela, rolariam com ela num ptio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de pres, gordos, enormes. p. 91

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Exemplo 04 Cap.13 FugaS lhe restava jogar-se ao mundo, como negro fugido. p. 117No deve ser entendida como preconceito racial, mas como uma traduo de uma imagem da escravido ainda viva no universo mental do homem nordestino.Traduz a intuio de que a natureza trata a famlia de Fabiano como se fosse escrava, impondo-lhe fugas inevitveis.

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Vida Maria um curta-metragem em 3D, lanado no ano de 2006, produzido pelo animador grfico Mrcio Ramos, que venceu inmeros festivais nacionais e internacionais no ano de seu lanamento.

Tema: denncia a ausncia de escolarizao e as condies precrias de vida de vrias geraes de mulheres do serto cearense.Disponvel em: http://www.youtube.com/watch?v=zHQqpI_522MAcesso em: 10 de agosto de 2013.

Tempo: 8min 12s.Qual a relao de Vida Maria com Sinh Vitria, personagem presente na obra em Vidas secas? Que caractersticas da 2 gerao modernista podemos encontrar em Vida Maria?Qual a relao da palavra Vida, em Vida Maria com o ttulo da obra Vida secas?28

Poema: Navio Negreiro, de Castro Alves.Em que momento na obra Vidas secas, de Graciliano Ramos, encontramos um link, uma ponte com o poema O navio negreiro, de Castro Alves?Ambas as obras pertencem a escolas literrias diferentes. Quais so as escolas, suas caractersticas e porque os links os unem?

Disponvel em: http://www.youtube.com/watch?v=L8DPeaSw1FcAcesso: 10 de agosto de 2013Tempo: 5min 10s.29

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30ltimo Pau-de-AraraComposio: Venncio/Corumb/J.Guimares A vida aqui s ruimQuando no chove no choMas se chover d de tudoFartura tem de montoTomara que chova logoTomara, meu Deus, tomaraS deixo o meu CaririNo ltimo pau-de-araraS deixo o meu CaririNo ltimo pau-de-araraEnquanto a minha vaquinhaTiver o couro e o ossoE puder com o chocoalhoPendurado no pescooVou ficando por aquiQue Deus do cu me ajudeQuem sai da terra natalEm outro canto no praS deixo o meu CaririNo ltimo pau-de-araraS deixo o meu CaririNo ltimo pau-de-araraEnquanto a minha vaquinhaTiver o couro e o ossoE puder com o chocoalhoPendurado no pescooVou ficando por aqui

Cap. 13 - Fuga ...Por que haveria de ser sempre desgraados, fugindo no mato como bichos? Com certeza existiam no mundo coisas extraordinrias. Podiam viver escondidos, como bichos? Fabiano respondeu que no podiam.- O mundo grande. p. 123Senhor Deus dos desgraados!Dizei-me vs, senhor Deus!Se loucura.... Se verdadeTanto horror perante o cus?! mar, por que no apagasDe teu manto este borro?...Astros! Noites tempestades!Rolai das imensidades!Varrei os mares, tufo! O navio negreiro, de Castro Alves de 1869 quando o poeta tinha 22anos.Anlise Vidas secas X Navio NegreiroV31

Msica: Segue o Seco, de 2007Marisa MonteCompositor: Carlinhos BrownDisponvel em: http://www.vagalume.com.br/marisa-monte/segue-o-seco.html#ixzz2aHQwMHyCAcesso: 10 de agosto de 2013.A boiada secaNa enxurrada secaA trovoada secaNa enxada secaSegue o seco sem secar que ocaminho secosem sacar que o espinho secosem sacar que seco o Ser SolSem sacar que algum espinho seco secarE a gua que sacar ser um tiro secoE secar o seu destino seca chuva vem me dizerSe posso ir l em cima pr derramar voc

chuva preste atenoSe o povo l de cima vive na solidoSe acabar no acostumandoSe acabar parado caladoSe acabar baixinho chorandoSe acabar meio abandonadoPode ser lgrimas de So PedroOu talvez um grande amor chorandoPode ser o desabotado do cuPode ser coco derramado32

Msica: Splica Cearense, de 1963Compositor, Waldeck Artur de Macedo, mais conhecido como Gordurinha.Oh! Deus, perdoe este pobre coitadoQue de joelhos rezou um bocadoPedindo pra chuva cair sem pararOh! Deus, ser que o senhor se zangouE s por isso o sol arretirou

Fazendo cair toda a chuva que hSenhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinhoPedir pra chover, mas chover de mansinhoPra ver se nascia uma planta no choOh! Deus, se eu no rezei direito o Senhor me perdoe,

Eu acho que a culpa foiDesse pobre que nem sabe fazer oraoMeu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de gua

E ter-lhe pedido cheinho de mgoaPro sol inclemente se arretirarDesculpe eu pedir a toda hora pra chegar o invernoDesculpe eu pedir para acabar com o infernoQue sempre queimou o meu CearGravada na voz de: Jackson do Pandeiro e Gordurinha, Lus Gonzaga, Fagner, Elba Ramalho, Falamansa e Rappa,.Disponvel em: http://www.youtube.com/watch?v=l-76V2ego6U; Acesso em: 10 de agosto de 2013Interpretao:Falamansa.33

34Quando olhei a terra ardendoCom a fogueira de So JooEu perguntei a Deus do cu, aiPor que tamanha judiaoEu perguntei a Deus do cu, aiPor que tamanha judiaoQue braseiro, que fornaiaNem um p de prantaoPor falta d'gua perdi meu gadoMorreu de sede meu alazoPor farta d'gua perdi meu gadoMorreu de sede meu alazoInt mesmo a asa brancaBateu asas do sertoEnto eu disse, adeus RosinhaGuarda contigo meu coraoEnto eu disse, adeus RosinhaGuarda contigo meu coraoHoje longe, muitas lguaNuma triste solidoEspero a chuva cair de novoPra mim voltar pro meu sertoEspero a chuva cair de novoPra mim voltar pro meu sertoQuando o verde dos teus ioSe espaiar na prantaoEu te asseguro no chore no, viuQue eu voltarei, viuMeu coraoEu te asseguro no chore no, viuQue eu voltarei, viuMeu coraoAsa BrancaLuiz Gonzaga

Vdeo O poder das palavras: O publicitrio e o cego.Disponvel em: http://www.youtube.com/watch?v=UoDu1jFfFWA.Acesso em: 10 de agosto de 2013.Qual a relao com a mensagem da obra Vidas Secas?Que caractersticas do modernismo brasileiro, 2 fase podemos identificar?Qual a relao do vdeo com o poema Navio negreiro e a msica Segue seco?35

PORTINARI, Cndido. Criana morta. 1944. leo sobre tela, 176 x 190cm

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37Relao entre gneros Msica e ContoMsica Fora de ordem, de Caetano Veloso. Captulo Baleia do livro Vidas Secas, de Graciliano RamosAmbas relatam a:Realidade brasileira.Construo detalhada da mensagem [metalingustica].Crtica [denncia].Desigualdade.Pessoas pobres, mas que mesmo assim lutam cada dia por um mundo melhor, uma vida melhor.Por Caline Arajo Ferreira n3 2A Camile Pergentino Almeida n 04 2A-2014-

38Relao entre gneros Msica e ContoMsica Fora de ordem, de Caetano Veloso. Captulo Baleia do livro Vidas Secas, de Graciliano RamosPodemos encontrar a intertextualidade da realidade brasileira nas duas obras, em forma temtica, pois, ambas abordam de maneiras diferentes a mesma misria e sofrimento de uma classe social mais baixa.

No captulo Baleia, os ltimos suspiros da cachorra, ela sonha com um mundo cheio de comida para si e toda a famlia, isso consequncia da misria e da seca que a famlia sofria.

Na msica Fora de Ordem, a denncia sobre os jovens pobres e sem oportunidade que caem no mundo de violncia e drogas . Consequncias da desigualdade social.Por Caline Arajo Ferreira n3 2A Camile Pergentino Almeida n 04 2A-2014-

39Relao entre gneros Msica e ContoMsica Fora de ordem, de Caetano Veloso. Captulo Baleia do livro Vidas Secas, de Graciliano RamosAmbos falam de algo que est errado, de lugares desordenados, de misria e, principalmente, sacrifcios.

Na msica de Veloso, com um vocabulrio mais apurado, apresenta um mundo perdido e bagunado.

No conto de Ramos, apresenta a vida miservel e sacrifcios que levam moradores da regio nordeste, muito por conta da seca.Por Oscar robson Marques n 25 2A- 2014-

Ento, Por que Vidas secas no vestibular?40

Finalizao da situao de aprendizagem.

Trabalho Cartum41

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CartumTemtica: Denncia Social, Injustia Social

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