JOELMA IRIS SOUZA DA SILVA, CPF:04753413764 CURSO ON-LINE – PACOTE DE QUESTÕES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 3 TIPOS DE CRÉDITOS, ORÇAMENTO PÚBLICO E ORÇAMENTO - PROGRAMA Olá amigos! Como é bom estar aqui! Vamos estudar nesta aula, por meio de questões recentes do CESPE, temas importantes do nosso edital. Estudaremos os tipos de créditos orçamentários e concluindo o item orçamento na CF/1988 as vedações constitucionais em matéria orçamentária. Dentro dos itens Orçamento Público e Orçamento Público no Brasil, estudaremos os princípios orçamentários, o histórico, o orçamento impositivo e o autorizativo, as funções clássicas e as espécies de orçamento (incluindo os temas ligados ao orçamento programa). TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 1) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008) A lei orçamentária anual (LOA) não pode mais autorizar a abertura de créditos suplementares durante o exercício financeiro de execução do respectivo orçamento, pois a Constituição Federal de 1988 (CF) vedou a abertura de créditos suplementares sem prévia autorização legislativa. As dotações inicialmente aprovadas na LOA podem revelar-se insuficientes para a realização dos programas de trabalho, ou pode ocorrer a necessidade de realização de despesa inicialmente não autorizada. Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de créditos adicionais. Os créditos adicionais são alterações qualitativas e quantitativas realizadas no orçamento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Aula 3 TIPOS
DE CRDITOS, ORAMENTO PBLICO E ORAMENTO - PROGRAMA Ol amigos! Como
bom estar aqui! Vamos estudar nesta aula, por meio de questes
recentes do CESPE, temas importantes do nosso edital. Estudaremos
os tipos de crditos oramentrios e concluindo o item oramento na
CF/1988 as vedaes constitucionais em matria oramentria. Dentro dos
itens Oramento Pblico e Oramento Pblico no Brasil, estudaremos os
princpios oramentrios, o histrico, o oramento impositivo e o
autorizativo, as funes clssicas e as espcies de oramento (incluindo
os temas ligados ao oramento programa). TIPOS DE CRDITOS
ORAMENTRIOS 1) (CESPE Planejamento e Execuo Oramentria Min. da Sade
2008) A lei oramentria anual (LOA) no pode mais autorizar a
abertura de crditos suplementares durante o exerccio financeiro de
execuo do respectivo oramento, pois a Constituio Federal de 1988
(CF) vedou a abertura de crditos suplementares sem prvia autorizao
legislativa. As dotaes inicialmente aprovadas na LOA podem
revelar-se insuficientes para a realizao dos programas de trabalho,
ou pode ocorrer a necessidade de realizao de despesa inicialmente
no autorizada. Assim, a LOA poder ser alterada no decorrer de sua
execuo por meio de crditos adicionais. Os crditos adicionais so
alteraes qualitativas e quantitativas realizadas no oramento.
Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, so crditos adicionais as
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES autorizaes de
despesa no computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de
Oramento. Relembro que, segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos
de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao
oramento anual e aos crditos adicionais sero apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. O ato que
abrir o crdito adicional, que pode ser um decreto, uma medida
provisria ou uma lei, de acordo com sua classificao, deve indicar a
importncia, a espcie e a classificao da despesa at onde for
possvel. Segundo o art. 46 da Lei 4.320/1964: Art. 46. O ato que
abrir crdito adicional indicar a importncia, a espcie do mesmo e a
classificao da despesa, at onde for possvel. Os crditos adicionais
classificam-se em: Suplementares: so os crditos destinados a reforo
de dotao oramentria; Especiais: so os crditos destinados a despesas
para as quais no haja dotao oramentria especfica; Extraordinrios:
so os crditos destinados a despesas urgentes e imprevisveis, como
em caso de guerra, comoo intestina ou calamidade pblica. Vamos
estudar cada um deles nas prximas questes. CRDITOS SUPLEMENTARES:
so os destinados a reforo de dotao oramentria. Os crditos
suplementares tero vigncia limitada ao exerccio em que forem
autorizados. A LOA poder conter autorizao ao Poder Executivo para
abertura de crditos suplementares at determinada importncia ou
percentual, sem a necessidade de submisso do crdito ao Poder
Legislativo. So autorizados por Lei (podendo ser a prpria LOA ou
outra Lei especial), porm so abertos por decreto do Poder
Executivo. Na www.pontodosconcursos.com.br 2
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Unio, para os
casos em que haja necessidade de outra lei especfica, so
considerados autorizados e abertos com a sano e publicao da
respectiva lei. Logo, a LOA pode autorizar a abertura de crditos
suplementares durante o exerccio financeiro de execuo do respectivo
oramento at determinada importncia ou percentual, sem a necessidade
de submisso do crdito ao Poder Legislativo. A outra forma uma
autorizao por meio de lei especial. Resposta: Errada 2) (CESPE
Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Suponha que, em decorrncia
de uma crise cambial, uma srie de obrigaes do governo federal
contratadas em moeda estrangeira tenham ultrapassado em 10% os
valores originalmente aprovados no oramento para essa finalidade.
Nessa situao, para honrar tais compromissos, somente a abertura de
crdito especial poder suprir a dotao oramentria do montante
necessrio. CRDITOS ESPECIAIS: so os destinados a despesas para as
quais no haja dotao oramentria especfica, devendo ser autorizados
por lei. Note que sua abertura depende da existncia de recursos
disponveis e de exposio que a justifique. Os crditos especiais no
podero ter vigncia alm do exerccio em que forem autorizados, salvo
se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses
daquele exerccio, casos em que, reabertos nos limites dos seus
saldos, podero viger at o trmino do exerccio financeiro
subsequente. So autorizados por lei especial (no pode ser na LOA),
porm so abertos por decreto do Poder Executivo. Na Unio, so
considerados autorizados e abertos com a sano e publicao da
respectiva lei. Segundo o art. 168 da nossa Constituio, os recursos
correspondentes s dotaes oramentrias, compreendidos os crditos
suplementares e especiais, destinados aos rgos dos Poderes
Legislativo e Judicirio, do Ministrio Pblico e da Defensoria
Pblica, ser-lhes-o entregues, em www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES duodcimos, at
o dia 20 de cada ms. O artigo ainda ressalta que ser na forma da
Lei Complementar, que ainda no foi editada. Nossa questo supe que,
em decorrncia de uma crise cambial, uma srie de obrigaes do governo
federal contratadas em moeda estrangeira ultrapassou em 10% os
valores originalmente aprovados no oramento para essa finalidade.
Ou seja, a dotao j existia na LOA, no uma despesa nova. Nessa
situao, para honrar tais compromissos, somente a abertura de crdito
suplementar poder suprir a dotao oramentria do montante necessrio,
j que este o crdito adicional adequado para reforar dotao
oramentria j existente. Resposta: Errada 3) (CESPE Analista
Administrativo ANTAQ 2009) A LDO estabelece que os crditos
adicionais aprovados pelo Congresso Nacional no requerem a edio de
decreto para a sua abertura, que se dar automaticamente com a sano
e publicao da respectiva lei. Essa questo exige ateno. Em geral, os
crditos adicionais aprovados pelo Legislativo so abertos por
decreto do Poder Executivo. No entanto, na Unio, segundo dispem as
LDOs a cada ano, os crditos suplementares aprovados pelo Congresso
Nacional - CN e os crditos especiais (todos especiais passam pelo
CN) so considerados autorizados e abertos com a sano e publicao da
respectiva lei, logo no requerem a edio de decreto para a sua
abertura. Resposta: Certa 4) (CESPE - Analista Judicirio STF -
2008) A CF, ao tratar dos crditos extraordinrios, referiu-se,
corretamente, s despesas imprevistas, e no s imprevisveis, pois, no
primeiro caso, admite-se que houve erro de previso, enquanto, no
segundo, as despesas no podiam mesmo ser previstas.
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES CRDITOS
EXTRAORDINRIOS: so os destinados a despesas urgentes e
imprevisveis, tais como em caso de guerra ou calamidade pblica,
conforme o art. 167 da CF/1988. Os crditos extraordinrios podem
reforar dotaes oramentrias (como os suplementares) ou criar novas
dotaes (como os especiais), pois o que os define a
imprevisibilidade e urgncia. Sero abertos por Medida Provisria, no
caso federal e de entes que possuem tal instrumento, e por decreto
do Poder Executivo para os demais entes, dando imediato
conhecimento deles ao Poder Legislativo. Os crditos extraordinrios
no podero ter vigncia alm do exerccio em que forem autorizados,
salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses
daquele exerccio, casos em que, reabertos nos limites dos seus
saldos, podero viger at o trmino do exerccio financeiro
subsequente. Veja o que determina o art. 167 da CF: 3 - A abertura
de crdito extraordinrio somente ser admitida para atender a
despesas imprevisveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
comoo interna ou calamidade pblica, observado o disposto no art.
62. Assim, a abertura de crdito extraordinrio somente ser admitida
para despesas imprevisveis, ou seja, aquelas que realmente no
poderiam ter sido previstas porque surgiram em virtude de uma
circunstncia nova, por exemplo, uma calamidade pblica. A questo
afirma o contrrio, que o constituinte optou pela abertura de crdito
extraordinrio para despesas imprevistas, que so aquelas em que
houve erro de previso. O termo imprevistas usado na Lei 4320/64
(Inciso III do art. 41). Resposta: Errada. (CESPE Analista
Judicirio Administrao - TRE/BA 2010) Acerca dos crditos oramentrios
e adicionais, julgue o item que se segue. 5) Considere que a
arrecadao efetiva do governo federal, mensalmente, supere as
receitas previstas na lei oramentria, indicando que essa seja a
tendncia do exerccio financeiro. Nesse caso, correto afirmar que,
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES descontando
os crditos extraordinrios, esse excesso de arrecadao poder ser
utilizado para abertura de crditos suplementares e especiais. J
estudamos as trs espcies do gnero crdito adicional: suplementares,
especiais e extraordinrios. Vimos que os crditos suplementares e
especiais exigem a indicao da fonte de recursos. J quanto aos
crditos extraordinrios, a indicao de fonte permitida, porm no
obrigatria. Vamos estudar agora tais fontes. FONTES PARA A ABERTURA
DE CRDITOS ADICIONAIS: para a abertura dos crditos suplementares e
especiais, necessria a existncia de recursos disponveis para
ocorrer a despesa. Ela deve, ainda, ser precedida de exposio
justificada. Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se
recursos para esse fim, desde que no comprometidos: I o supervit
financeiro apurado em balano patrimonial do exerccio anterior; II
os provenientes de excesso de arrecadao; III os resultantes de
anulao parcial ou total de dotaes oramentrias ou de crditos
adicionais, autorizados em Lei; IV o produto de operaes de crdito
autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder
executivo realiz-las. Supervit financeiro um conceito estudado na
Contabilidade Pblica, que corresponde diferena positiva entre o
ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os
saldos dos crditos adicionais transferidos e as operaes de crdito a
eles vinculadas. J excesso de arrecadao o saldo positivo das
diferenas acumuladas ms a ms entre a arrecadao prevista e a
realizada, considerando-se, ainda, a tendncia do exerccio.
Ressalta-se, ainda, que para o fim de apurar os recursos
utilizveis, provenientes de excesso de arrecadao, deduzir-se- a
importncia dos crditos extraordinrios abertos no exerccio.
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Logo, se a
arrecadao efetiva do governo federal, mensalmente, superar as
receitas previstas na lei oramentria, indicando que essa seja a
tendncia do exerccio financeiro, teremos excesso de arrecadao.
Nesse caso, correto afirmar que, descontando os crditos
extraordinrios, esse excesso de arrecadao poder ser utilizado para
abertura de crditos suplementares e especiais. Resposta: Certa 6)
(CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) O Congresso Nacional,
na apreciao de um veto lei oramentria anual, pode destinar
suplementao de dotaes que no tenham sido objeto de veto os recursos
que ficarem sem despesas correspondentes. Temos mais uma fonte de
recursos para a abertura de crditos adicionais, segundo o 8.o do
art. 166 da CF: 8. Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda
ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficarem sem despesas
correspondentes podero ser utilizados, conforme o caso, mediante
crditos especiais ou suplementares, com prvia e especfica autorizao
legislativa. Logo, o Congresso Nacional, na apreciao de um veto lei
oramentria anual, no poder destinar os recursos que ficarem sem
despesas correspondentes suplementao de dotaes que no tenham sido
objeto de veto. Ou seja, no se pode vetar a despesa A e transferir
diretamente para a despesa B que no foi vetada. Em caso de veto, os
recursos podero ser utilizados, conforme o caso, mediante crditos
especiais ou suplementares, com prvia e especfica autorizao
legislativa. Resposta: Errada 7) (CESPE Analista Administrativo
ANAC 2009) A reserva de contingncia, que compreende o volume de
recursos destinados ao atendimento de passivos contingentes e
outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, poder ser
utilizada para abertura de crditos adicionais, desde que definida
na lei de diretrizes oramentrias. www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Mais uma
fonte para a abertura de crditos adicionais. A Portaria
Interministerial SOF/STN 163/2001, alterada pelo Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico 2. edio (Portaria Conjunta
STN/SOF 2, de 6 de agosto de 2009), define ainda como fonte de
recursos para crditos adicionais a reserva de contingncia, que so
os destinados ao atendimento de passivos contingentes e outros
riscos e eventos fiscais imprevistos: Art. 8. A dotao global
denominada Reserva de Contingncia, permitida para a Unio no art. 91
do Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das
demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos
para abertura de crditos adicionais e para o atendimento ao
disposto no art. 5, inciso III, da Lei Complementar n. 101, de
2000, sob coordenao do rgo responsvel pela sua destinao, bem como a
Reserva do Regime Prprio de Previdncia do Servidor RPPS, quando
houver, sero identificadas nos oramentos de todas as esferas de
Governo pelo cdigo 99.999.9999.xxxx.xxxx, no que se refere s
classificaes por funo e subfuno e estrutura programtica, onde o x
representa a codificao das aes correspondentes e dos respectivos
detalhamentos. Pargrafo nico. As Reservas referidas no caput sero
identificadas, quanto natureza da despesa, pelos cdigos
9.9.99.99.99 e 7.7.99.99.99, respectivamente. O referido manual
destaca que a reserva do RPPS tambm poder ser utilizada durante o
exerccio, caso necessrio, para a abertura de crditos adicionais com
o objetivo de atender a compromissos desse Regime. Assim, uma fonte
especfica para atender ao RPPS, que no pode ser utilizada em outras
situaes. Relembro que a LOA conter reserva de contingncia, cuja
forma de utilizao e montante, definido com base na receita corrente
lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais
imprevistos. Poder ser utilizada para abertura de crditos
adicionais, desde que definida na lei de diretrizes oramentrias.
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES 8) (CESPE
Analista Judicirio TST 2008) Os crditos suplementares autorizados
na lei oramentria de 2008, no mbito do TST, sero abertos por ato do
presidente do STF, dispensada a manifestao do Conselho Nacional de
Justia. Usualmente o crdito adicional iniciativa do Executivo. No
entanto, a cada ano, mesmo que com pequenas variaes em seu texto,
as LDOs prevem situaes em que o crdito adicional pode ser aberto no
mbito dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico por
atos, respectivamente, dos Presidentes da Cmara dos Deputados, do
Senado Federal e do Tribunal de Contas da Unio; dos Presidentes do
Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justia, do
Conselho da Justia Federal, do Conselho Superior da Justia do
Trabalho, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Justia do
Distrito Federal e dos Territrios; e do Procurador-Geral da
Repblica e do Presidente do Conselho Nacional do Ministrio Pblico.
Nesses casos, so ainda maiores as restries: deve ser aberto pelas
autoridades citadas, ser do tipo suplementar, autorizado na
respectiva LOA, com indicao de recursos compensatrios (anulao total
ou parcial de dotaes) e observar as normas da SOF. Ainda, para esse
caso especfico, as LDOs dispem que as aberturas de crditos no mbito
do Poder Judicirio devero ser enviadas ao Conselho Nacional de
Justia e, no mbito do MPU, ao Conselho Nacional do Ministrio
Pblico, com exceo do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional
de Justia, do Ministrio Pblico Federal e do Conselho Nacional do
Ministrio Pblico. Assim, os crditos suplementares autorizados na
lei oramentria, no mbito do Tribunal Superior do Trabalho - TST,
sero abertos por ato do presidente do prprio TST (j que se trata de
um Tribunal Superior), com a manifestao do Conselho Nacional de
Justia. www.pontodosconcursos.com.br 9
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Os crditos
suplementares autorizados na lei oramentria, no mbito do STF, que
sero abertos por ato do presidente do STF. Neste caso, seria
dispensada a manifestao do Conselho Nacional de Justia. Resposta:
Errada. 9) (CESPE - Analista Judicirio Controle Interno - TJDFT -
2008) Suponha-se que um ente pblico necessite da abertura de um
crdito especial e que sua situao inclua os seguintes dados. Excesso
de arrecadao acumulado no exerccio: . . . . . . . . . . R$
4.500.000,00 Despesas contingenciadas:. . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . R$ 1.300.000,00 Deficit financeiro do
balano patrimonial do exerccio anterior:. R$ 2.400.000,00 Com base
nesses dados, correto afirmar que possvel propor a abertura do
crdito de at R$ 3.400.000,00. Vamos consolidar as fontes de
recursos no quadro abaixo. QUADRO DAS FONTES DE RECURSOS PARA A
ABERTURA DE CRDITOS ADICIONAIS Supervit financeiro apurado em
balano patrimonial do exerccio anterior. Excesso de arrecadao.
Anulao total ou parcial de dotaes. Operaes de crditos. Recursos sem
despesas correspondentes. Reserva de contingncia. Nota-se que
desses trs valores apresentados na questo apenas o excesso de
arrecadao fonte para abertura de crditos adicionais: O item
despesas contingenciadas no fonte de recursos. Elas se referem s
despesas que tiveram limitao de empenho e movimentao financeira aps
ser verificado que, ao final de um bimestre, a realizao da receita
poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou
nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais da LDO. No se
confunde com reserva de contingncia, a qual seria uma fonte.
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES O supervit
financeiro do balano patrimonial do exerccio anterior fonte de
recurso, porm o valor do dficit financeiro no deve ser abatido das
outras fontes. Assim, possvel propor a abertura de crdito especial
de at R$ 4.500.000,00 da fonte excesso de arrecadao (e no at R$
3.400.000,00) Resposta: Errada. 10) (CESPE - Analista Judicirio STF
- 2008) Suponha a situao em que, em virtude da criao de um novo
rgo, no havia recursos disponveis. Verificou-se que: havia
insuficincia de arrecadao acumulada, durante o exerccio, de R$
45.000,00; at ento, registrava-se uma economia de despesas de R$
60.000,00; o saldo, no balano financeiro, tinha aumentado em R$
15.000,00 durante o exerccio. Com base nesses dados, correto
concluir que seria possvel abrir um crdito suplementar de R$
30.000,00. Pelo nosso quadro, nota-se que desses trs valores nenhum
deles fonte para abertura de crditos suplementares. O excesso de
arrecadao acumulado no exerccio fonte de recurso, porm o valor da
insuficincia de arrecadao acumulada no deve ser abatido das outras
fontes. A economia da despesa, que ocorre quando a despesa
executada durante o exerccio menor que a despesa fixada na LOA, no
fonte de recursos. O supervit financeiro do balano patrimonial do
exerccio anterior fonte de recurso e no o aumento do saldo do
balano financeiro do exerccio atual. Logo, com base nesses dados,
correto concluir que no seria possvel abrir um crdito suplementar.
Resposta: Errada. www.pontodosconcursos.com.br 11
12. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES VEDAES
CONSTITUCIONAIS EM MATRIA ORAMENTRIA 11) (CESPE Gesto de oramento e
finanas IPEA 2008) vedado ao administrador pblico exceder os
crditos oramentrios ou adicionais, e tal vedao envolve no apenas a
realizao de despesas, mas, tambm, a assuno de obrigaes diretas. A
CF/1988 estabelece diversas vedaes em matria oramentria. Algumas
dessas vedaes ns j vimos nas primeiras aulas. Outras estudaremos
nas prximas. No entanto, vamos consolid-las. Vejamos as seis
primeiras vedaes. So vedados: O incio de programas ou projetos no
includos na lei oramentria anual. A realizao de despesas ou a
assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou
adicionais. A realizao de operaes de crditos que excedam o montante
das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. a regra de
ouro. A vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa,
ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que
se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e
servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino
e para realizao de atividades da administrao tributria, como
determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2., 212 e 37, XXII,
e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de
receita, previstas no art. 165, 8., bem como o disposto no 4. deste
artigo. o princpio da no vinculao de receitas. A abertura de crdito
suplementar ou especial sem prvia autorizao legislativa e sem
indicao dos recursos correspondentes. A transposio, o remanejamento
ou a transferncia de recursos de uma www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES categoria de
programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao
legislativa. o princpio da proibio do estorno. Logo, vedado ao
administrador pblico exceder os crditos oramentrios ou adicionais,
e tal vedao envolve no apenas a realizao de despesas, mas, tambm, a
assuno de obrigaes diretas. Resposta: Certa 12) (CESPE TFCE - TCU
2009) Admite-se a utilizao, mediante autorizao legislativa
especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social
para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e
fundos. Vejamos mais cinco vedaes. So vedados: A concesso ou
utilizao de crditos ilimitados. o princpio da quantificao dos
crditos oramentrios. A utilizao, sem autorizao legislativa
especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social
para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e
fundos, inclusive daqueles que compem os prprios oramentos fiscal,
de investimentos das estatais e da seguridade social. A instituio
de fundos de qualquer natureza, sem prvia autorizao legislativa. A
transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos,
inclusive por antecipao de receita, pelos Governos Federal e
Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento de despesas
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios. A realizao de despesas distintas do
pagamento de benefcios do regime geral de previdncia social com
recursos provenientes das contribuies sociais a seguir: do
empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da
lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do
trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES fsica que lhe
preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio; e do trabalhador e dos
demais segurados da previdncia social. Assim, vedada a utilizao,
sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
dficit de empresas, fundaes e fundos. Logo, admite-se a utilizao,
mediante autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
dficit de empresas, fundaes e fundos. Resposta: Certa. PRINCPIOS
ORAMENTRIOS 13) (CESPE Analista SERPRO 2008) Em atendimento ao
princpio da unidade, a LOA no conter dispositivo estranho previso
da receita e fixao da despesa. Princpios oramentrios so premissas,
linhas norteadoras a serem observadas na concepo e execuo da lei
oramentria. Visam a aumentar a consistncia e estabilidade do
sistema oramentrio. Por isso so as bases nas quais se deve orientar
o processo oramentrio e so impositivos nos oramentos pblicos.
Ateno: um assunto importante para a compreenso geral da matria e
tambm muito cobrado em concursos! Veremos que alguns princpios so
explcitos, por estarem incorporados legislao, principalmente na
Constituio Federal de 1988 (CF/1988) e na Lei 4.320/1964. Outros so
implcitos, porque so definidos apenas pela doutrina, mas tambm so
importantes para fins de elaborao, execuo e controle do oramento
pblico. www.pontodosconcursos.com.br 14
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES PRINCPIO DA
UNIDADE: segundo este princpio, o oramento deve ser uno, isto ,
deve existir apenas um oramento, e no mais que um para cada ente da
federao em cada exerccio financeiro. Objetiva eliminar a existncia
de oramentos paralelos. Est consagrado na Lei 4.320/1964: Art. 2. A
Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma
a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho
do Governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidade e
anualidade. Logo, em atendimento ao princpio da unidade, deve
existir apenas um oramento para cada ente da federao em cada
exerccio financeiro. Veremos nas prximas questes que o princpio da
exclusividade que tem como regra geral que a LOA no conter
dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa.
Resposta: Errada. 14) (CESPE Contador Ministrio dos Esportes -
2008) As despesas seguem, assim como as receitas, o princpio da
universalidade. PRINCPIO DA UNIVERSALIDADE: o oramento deve conter
todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da Unio, seus
fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta. Est
tambm na Lei 4.320/1964: Art. 2. A Lei do Oramento conter a
discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica
econmica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos
os princpios de unidade, universalidade e anualidade. Art. 3. A Lei
de Oramentos compreender todas as receitas, inclusive as de operaes
de crdito autorizadas em lei. Art. 4. A Lei de Oramento compreender
todas as despesas prprias dos rgos do Governo e da administrao
centralizada, ou que, por intermdio deles se devam realizar,
observado o disposto no art. 2.. www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES O 5. do art.
165 se refere Universalidade, quando o constituinte determina a
abrangncia da LOA: 5. A lei oramentria anual compreender: I o
oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e
entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes
institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II o oramento de
investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o
oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos
a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os
fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico. Ateno: o
5. do art. 165 pode se referir tanto ao princpio da Universalidade
como ao princpio da Unidade, pois os oramentos fiscal, de
investimentos e da seguridade social so partes integrantes do todo
e esto compreendidos numa mesma Lei Oramentria. Os examinadores
normalmente tentam confundir os dois princpios nas provas. Cuidado:
para ser compatvel com os dois princpios, o oramento uno deve
conter todas as receitas e despesas do Estado. Um hipottico
oramento uno que no contemplar todas as receitas e despesas estar
de acordo apenas com a Unidade. Se for mais de um oramento contendo
todas as receitas e despesas, eles estaro de acordo apenas com a
Universalidade. Voltando nossa questo, ficou claro que tanto as
despesas como as receitas seguem o princpio da universalidade.
Resposta: Certa. 15) (CESPE ACE TCE/AC 2008) Pelo princpio da
anualidade, a LOA deve dispor das alteraes na legislao tributria,
que influenciaro as estimativas de arrecadao.
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES PRINCPIO DA
ANUALIDADE (OU PERIODICIDADE): o oramento deve ser elaborado e
autorizado para um perodo de um ano, consoante nossa Constituio:
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I o
plano plurianual; II as diretrizes oramentrias; III os oramentos
anuais. conhecido tambm como princpio da periodicidade, numa
abordagem em que o oramento deve ter vigncia limitada a um exerccio
financeiro. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art.
34 da Lei 4.320/1964: Art. 34. O exerccio financeiro coincidir com
o ano civil. Vrios artigos da Constituio remetem anualidade, como o
1. do art. 167: 1. Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um
exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano
plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de
responsabilidade. A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porm no
desconfiguraria o princpio da unidade. A anualidade no est
relacionada ao ano civil, mas com o exerccio financeiro e o perodo
de 12 meses, ou seja, a um perodo limitado de tempo. Os crditos
adicionais especiais e extraordinrios autorizados nos ltimos quatro
meses do exerccio podem ser reabertos no exerccio seguinte pelos
seus saldos, se necessrio, e, neste caso, viger at o trmino desse
exerccio financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que
se trata de excees ao princpio da anualidade. Ateno: Anualidade
princpio oramentrio, porm anterioridade no . Em vrias provas
exigido que o candidato saiba que o princpio constitucional da
anterioridade princpio tributrio e no oramentrio.
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18. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Logo, o
princpio tributrio da anterioridade que tem relao direta com as
alteraes na legislao tributria. Outro erro: j vimos que a LDO que
deve dispor sobre as alteraes na legislao tributria. Segundo o 2.o
do art. 165 da CF/1988: 2. A lei de diretrizes oramentrias
compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal,
incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro
subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor
sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de
aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. Resposta:
Errada 16) (CESPE TFCE - TCU 2009) A lei oramentria anual no deve
conter dispositivo estranho previso da receita e fixao de despesa,
admitindose, contudo, preceito relativo autorizao para abertura de
crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que
por antecipao de receita, nos termos da lei. PRINCPIO DA
EXCLUSIVIDADE: surgiu para evitar que o Oramento fosse utilizado
para aprovao de matrias sem nenhuma pertinncia com o contedo
oramentrio, em virtude da celeridade do seu processo. Determina que
a lei oramentria no poder conter matria estranha previso das
receitas e fixao das despesas. Exceo se d para as autorizaes de
crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao
de receita oramentria (ARO). Por exemplo, o oramento no pode conter
matria de direito penal. Possui previso na nossa Constituio, no 8.o
do art. 165: 8. A lei oramentria anual no conter dispositivo
estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na
proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e
contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita,
nos termos da lei. www.pontodosconcursos.com.br 18
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES E tambm no
art. 7.o, I e II, da Lei 4.320/1964: Art. 7. A Lei de Oramento
poder conter autorizao ao Executivo para: I Abrir crditos
suplementares at determinada importncia obedecidas as disposies do
artigo 43; II Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro,
operaes de crdito por antecipao da receita, para atender a
insuficincias de caixa. O inciso II foi parcialmente prejudicado e
deve ter sua leitura combinada com o art. 38 da LRF, por ser mais
restritivo. Trataremos de ARO em aula especfica. Em resumo, este
princpio significa que: PRINCPIO DA EXCLUSIVIDADE Regra: Lei
Oramentria deve conter apenas previso de receitas e fixao de
despesas. No entanto, admitem-se autorizaes para: crditos
suplementares e apenas este; e operaes de crdito, mesmo que por
antecipao de receita. A LRF define operao de crdito como
compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de
crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de
bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
Entenda que a operao de crdito se assemelha a um emprstimo que o
ente contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas.
Por hora, basta guardar que as excees ao princpio da exclusividade
so crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por ARO.
Logo, segundo o princpio da exclusividade, a lei oramentria anual
no deve conter dispositivo estranho previso da receita e fixao de
despesa, www.pontodosconcursos.com.br 19
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES admitindo-se,
contudo, preceito relativo autorizao para abertura de crditos
suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por
antecipao de receita, nos termos da lei. Resposta: Certa. 17)
(CESPE Analista Administrativo - ANTAQ 2009) Prevista na lei
oramentria anual, a autorizao para abertura de crditos
suplementares uma das excees de cumprimento do princpio do oramento
bruto. PRINCPIO DO ORAMENTO BRUTO: existem despesas que, ao serem
realizadas, geram receitas ao Ente Pblico. Por outro lado, existem
receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. Por exemplo,
quando o Governo paga salrios, realiza despesas. No entanto, a
partir de determinado valor, comea a incidir sobre a remunerao o
Imposto de Renda, que uma receita para o Governo, descontada
diretamente pela fonte pagadora. Assim, ao pagar o salrio de um
servidor, efetuada uma despesa (salrio) que ao mesmo tempo gera uma
receita (Imposto de Renda). O princpio do oramento bruto veda que
as despesas ou receitas sejam includas no oramento nos seus
montantes lquidos. Tambm est na Lei 4.320/1964: Art. 6. Todas as
receitas e despesas constaro da Lei de Oramento pelos seus totais,
vedadas quaisquer dedues. 1. As cotas de receitas que uma entidade
pblica deva transferir a outra incluir-se-o, como despesa, no
oramento da entidade obrigada a transferncia e, como receita, no
oramento da que as deva receber. No nosso exemplo, considere uma
carreira de alto escalo do Executivo, que tem como subsdio inicial
R$ 13.000,00. Subtraindo os descontos de Imposto de Renda e
Previdncia Social, o lquido gira em torno de R$ 9.000,00. Na lei
oramentria, segundo o princpio do oramento bruto, devero constar
todos esses itens, de receitas de despesas, e no somente a despesa
lquida da Unio de R$ 9.000,00. www.pontodosconcursos.com.br 20
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES No importa se
o saldo lquido ser positivo ou negativo, o princpio do oramento
bruto impede a incluso apenas dos montantes lquidos e determina a
incluso de receitas e despesas pelos seus totais. Repare que a
afirmativa da questo no tem relao com o princpio do oramento bruto.
Prevista na lei oramentria anual, a autorizao para abertura de
crditos suplementares uma das excees de cumprimento do princpio da
exclusividade. Resposta: Errada. 18) (CESPE AFCE TCU 2009) A nica
hiptese de autorizao para abertura de crditos ilimitados decorre de
delegao feita pelo Congresso Nacional ao presidente da Repblica,
sob a forma de resoluo, que fixar prazo para essa delegao. PRINCPIO
DA QUANTIFICAO DOS CRDITOS ORAMENTRIOS: est consubstanciado no
inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concesso ou
utilizao de crditos ilimitados: Art. 167. So vedados: (...) VII a
concesso ou utilizao de crditos ilimitados. Assim, no so admitidas
dotaes ilimitadas, sem excees. Resposta: Errada. (CESPE Gesto
Econmico-Financeira e de Custos - Min. da Sade - 2008) A respeito
dos princpios oramentrios, julgue o prximo item. 19) O detalhamento
da programao oramentria, em consonncia com o princpio da
especializao, deve permitir a discriminao at onde seja necessrio
para o controle operacional e contbil e, ao mesmo tempo,
suficientemente agregativo para facilitar a formulao e a anlise das
polticas pblicas. www.pontodosconcursos.com.br 21
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES PRINCPIO DA
ESPECIFICAO (OU ESPECIALIZAO OU DISCRIMINAO): determina que as
receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem
e a aplicao dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a funo de
acompanhamento e controle do gasto pblico, evitando a chamada ao
guarda-chuva, que aquela ao genrica, mal especificada, com
demasiada flexibilidade. O princpio veda as autorizaes de despesas
globais. A Lei 4.320/1964, em seu art. 5.o, cita que: Art. 5. A Lei
de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de
terceiros, transferncias ou quaisquer outras, ressalvado o disposto
no artigo 20 e seu pargrafo nico. As excees do art. 20 se referem
aos programas especiais de trabalho, como os programas de proteo
testemunha, que se tivessem especificao detalhada, perderiam sua
finalidade. So tambm chamados de investimentos em regime de execuo
especial. O 4. do art. 5. da LRF estabelece a vedao de consignao de
crdito oramentrio com finalidade imprecisa, exigindo a especificao
da despesa. Esse artigo apresenta outra exceo ao nosso princpio,
que a reserva de contingncia (art. 5., III, da LRF). A reserva de
contingncia tem por finalidade atender, alm da abertura de crditos
adicionais, perdas que, embora sejam previsveis, so episdicas,
contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituio,
com vistas a enfrentar provveis perdas decorrentes de situaes
emergenciais. Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade
pblica, como uma enchente de grandes propores. Ateno: as excees dos
programas especiais de trabalho e reserva de contingncia so quanto
dotao global, pois no necessitam de www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES discriminao.
No confunda com dotao ilimitada, que aquela sem valores definidos.
Exemplo: recursos para o programa de proteo testemunha. Dotao
ilimitada seria no definir o valor no oramento ou colocar que se
pode gastar o quanto for necessrio. No permitido, sem excees. J
dotao global seria colocar dotao limitada, R$ 20 milhes para o
programa, porm sem detalhamento. Tambm a regra seria no ser
permitido, porm admite excees, como nesse programa, pois com um
detalhamento poderia haver risco de morte para as testemunhas.
Ateno de novo: no confundir Oramento Bruto com Discriminao. O
princpio da discriminao (ou especializao ou especificao) determina
que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando a
origem e a aplicao dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a funo
de acompanhamento e controle do gasto pblico. J o princpio do
oramento bruto impede a incluso apenas dos montantes lquidos e
determina a incluso de receitas e despesas pelos seus totais, no
importando se o saldo lquido ser positivo ou negativo. Por exemplo,
a apurao e a divulgao dos dados da arrecadao lquida, sem a indicao
das dedues previamente efetuadas a ttulo de restituies, fere o
princpio do oramento bruto. Desta forma, o detalhamento da
programao oramentria, em consonncia com o princpio da especializao
(ou discriminao ou especificao), deve permitir a discriminao at
onde seja necessrio para o controle operacional e contbil. Ao mesmo
tempo em que pormenorizado, deve ser suficientemente agregativo
para facilitar a formulao e a anlise das polticas pblicas, ou seja,
necessria tambm uma composio em classificaes mais abrangentes para
que se tenha uma viso geral das polticas pblicas. Resposta: Certa.
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES 20) (CESPE
Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Se o Poder Executivo Federal
promover a transposio de recursos de uma categoria de programao
oramentria para outra, ainda que com autorizao legislativa,
incorrer em violao de norma constitucional. PRINCPIO DA PROIBIO DO
ESTORNO: determina que o administrador pblico no pode transpor,
remanejar ou transferir recursos sem autorizao. Quando houver
insuficincia ou carncia de recursos, deve o Poder Executivo
recorrer abertura de crdito adicional ou solicitar a transposio,
remanejamento ou transferncia, o que deve ser feito com autorizao
do Poder Legislativo. Veja o dispositivo constitucional: Art. 167.
So vedados: (...) VI a transposio, o remanejamento ou a
transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra
ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa. Os termos
remanejamento, transposio e transferncia so relacionados pela
Constituio Federal s situaes de destinao de recursos de uma
categoria de programao para outra ou de um rgo para outro. Foram
introduzidos na CF/1988 em substituio expresso estorno de verba,
utilizada em constituies anteriores para indicar a mesma proibio.
Essa a origem do princpio da proibio do estorno. A doutrina
considera que so conceitos que devem ser definidos em lei
complementar (ainda no editada), portanto no poderiam ser definidos
por lei ordinria ou outro instrumento infralegal. Outros
doutrinadores consideram que no h distino entre os termos. Por
categoria de programao deve-se entender a funo, a subfuno, o
programa, o projeto/atividade/operao especial e as categorias
econmicas de despesas. www.pontodosconcursos.com.br 24
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Em geral,
essa solicitao encaminhada pelos rgos setoriais de oramento para a
Secretaria de Oramento Federal (SOF), onde efetuada a anlise do
pedido de transposio, remanejamento ou transferncia de categoria de
programao para outra ou de um rgo para outro. Logo, o princpio da
proibio do estorno veda a transposio, o remanejamento ou a
transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra
ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa. Assim, se
o Poder Executivo Federal promover a transposio de recursos de uma
categoria de programao oramentria para outra, com autorizao
legislativa, no incorrer em violao de norma constitucional.
Resposta: Errada. 21) (CESPE ACE TCE/AC 2008) De acordo com o
princpio do equilbrio, o oramento deve conter todas as receitas e
despesas referentes aos poderes da Unio, seus fundos, rgos e
entidades da administrao direta e indireta, sendo que esse princpio
est consagrado na legislao brasileira por meio da Constituio
Federal e da Lei n. 4.320/1964. PRINCPIO DO EQUILBRIO ORAMENTRIO:
visa assegurar que as despesas autorizadas no sero superiores
previso das receitas. A LRF, em seu art. 4.o, I, a, determina que a
Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) trate do equilbrio entre
Receitas e Despesas: Art. 4.o A lei de diretrizes oramentrias
atender o disposto no 2.o do art. 165 da Constituio e: I dispor
tambm sobre: a) equilbrio entre receitas e despesas. O art. 9. da
LRF tambm trata do equilbrio das finanas pblicas. Determina que se
verificado, ao final de um bimestre, que a realizao da receita
poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou
nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o
Ministrio Pblico promovero, por ato prprio e nos montantes
necessrios, nos trinta dias www.pontodosconcursos.com.br 25
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES subsequentes,
limitao de empenho e movimentao financeira, segundo os critrios
fixados pela lei de diretrizes oramentrias. A CF/1988 realista
quanto possibilidade de ocorrer dficit oramentrio, caso em que as
receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princpio do
equilbrio no tem hierarquia constitucional. Mas contabilmente o
oramento sempre estar equilibrado, pois tal dficit aparece
normalmente nas operaes de crdito que, pelo art. 3. da Lei
4.320/1964, tambm devem constar do oramento. Voltando a nossa
questo, de acordo com o princpio da universalidade, o oramento deve
conter todas as receitas e despesas referentes aos poderes da Unio,
seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta,
sendo que esse princpio est consagrado na legislao brasileira por
meio da Constituio Federal e da Lei n. 4.320/1964. Resposta: Errada
22) (CESPE Procurador Federal AGU 2010) A vinculao de receita de
impostos para a realizao de atividades da administrao tributria no
fere o princpio oramentrio da no afetao. PRINCPIO DA NO AFETAO (OU
NO VINCULAO) DAS RECEITAS: dispe que nenhuma receita de impostos
poder ser reservada ou comprometida para atender a certos e
determinados gastos. Est na Constituio Federal, no art. 167, IV:
Art. 167. So vedados: (...) IV a vinculao de receita de impostos a
rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio do produto da
arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a
destinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade, para
manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades
da administrao tributria, como determinado,
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respectivamente, pelos arts. 198, 2., 212 e 37, XXII, e a prestao
de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita,
previstas no art. 165, 8., bem como o disposto no 4. deste artigo.
Pretende-se, com isso, evitar que as vinculaes reduzam o grau de
liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas
tornam essas despesas obrigatrias. EXCEES AO PRINCPIO DA NO
VINCULAO: Repartio constitucional dos impostos; Destinao de
recursos para a Sade; Destinao de recursos para o desenvolvimento
do ensino; Destinao de recursos para a atividade de administrao
tributria; Prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao
de receita; Garantia, contragarantia Unio e pagamento de dbitos
para com esta (art. 167, 4.). Importante: caso o recurso seja
vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculao, mesmo que em
outro exerccio financeiro. Veja o pargrafo nico do art. 8. da LRF:
Pargrafo nico. Os recursos legalmente vinculados finalidade
especfica sero utilizados exclusivamente para atender ao objeto de
sua vinculao, ainda que em exerccio diverso daquele em que ocorrer
o ingresso. Ateno: o princpio veda a vinculao de impostos e no de
tributos. Os examinadores gostam desta troca. A Constituio pode
vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional podem ser
vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinria ou
qualquer dispositivo infraconstitucional, no pode. Apenas os
impostos no podem ser vinculados por lei infraconstitucional. Logo,
a vinculao de receita de impostos para a realizao de atividades da
administrao tributria no fere o princpio oramentrio da no afetao,
pois se trata de uma das excees. www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Resposta:
Certa 23) (CESPE Analista Administrativo - ANATEL 2009) A incluso
do servio da dvida no oramento pblico, na dcada de 80 do sculo
passado, compatvel com vrios princpios oramentrios, entre os quais,
pelo menos, a universalidade, o equilbrio e a clareza. PRINCPIO DA
CLAREZA: o oramento pblico deve ser apresentado em linguagem clara
e compreensvel a todas as pessoas que, por fora do ofcio ou
interesse, precisam manipul-lo. Dispe que o oramento deve ser
expresso de forma clara, ordenada e completa. Embora diga respeito
ao carter formal, tem grande importncia para tornar o oramento um
instrumento eficiente de governo e administrao. Cabe ressaltar que
at a dcada de 1980 o que havia era um convvio simultneo com trs
oramentos distintos: o oramento fiscal, o oramento monetrio e o
oramento das estatais. No ocorria nenhuma consolidao entre eles. O
oramento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo
Legislativo. O oramento monetrio e o das empresas estatais eram
deficitrios, sem controle e, alm do mais, no eram votados. Como o
dficit pblico e os subsdios mais importantes estavam no oramento
monetrio, o Legislativo encontrava-se, praticamente, alijado das
decises mais relevantes em relao poltica fiscal e monetria do Pas.
O oramento monetrio era elaborado pelo Banco Central e aprovado
pelo executivo por decreto, sem o Congresso. Assim, a incluso do
servio da dvida no oramento pblico, na dcada de 80 do sculo
passado, compatvel com vrios princpios oramentrios, entre os quais,
pelo menos, a universalidade (todas as receitas e despesas no
oramento), o equilbrio (despesa fixada no superior receita
estimada) e a clareza (expresso de forma clara, coordenada e
completa). Resposta: Certa www.pontodosconcursos.com.br 28
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES HISTRICO 24)
(CESPE - Analista Judicirio STF - 2008) A adoo do oramento moderno
est associada concepo do modelo de Estado que, desde antes do final
do sculo XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de
neutralidade, prpria do laissez-faire, e passa a ser mais
intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeies do mercado e
promover o desenvolvimento econmico. Historicamente, a Carta Magna,
outorgada no incio do Sculo XIII pelo Rei Joo Sem Terra,
considerada o embrio do oramento, por meio de seu art. 12: Nenhum
tributo ou auxlio ser institudo no Reino seno pelo seu conselho
comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu
primognito cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os
auxlios sero razoveis em seu montante. Veja que esse artigo no
trata da despesa pblica, mas aparece como a primeira tentativa
formal de controle das finanas do Rei, ou trazendo para a
atualidade, do Legislativo sobre o Executivo. E olha que
interessante: j nasce com excees! Veja que a ideia permanece a
mesma do nosso conceito atual! O oramento elaborado pelo Executivo
e aprovado previamente pelo Legislativo, sendo que hoje tambm h
excees. Por exemplo, temos os crditos extraordinrios, os quais so
destinados a despesas urgentes e imprevisveis, tais como em casos
de guerra ou calamidade pblica, e por isso so abertos pelo
executivo antes da autorizao do Poder Legislativo. Neste tipo de
crdito, a comunicao ao Legislativo deve ser feita imediatamente aps
a abertura do crdito. No entanto, apenas por volta de 1822, na
Inglaterra, o Oramento Pblico passa a ser considerado um
instrumento formalmente acabado. Nessa poca, tem-se o
desenvolvimento do liberalismo econmico, o que acarretava em oposio
a quaisquer aumentos de carga tributria, necessrios para o
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES crescimento
das despesas pblicas. Nesta viso de oramento tradicional, tpica do
liberalismo, as finanas pblicas deveriam ser neutras e o equilbrio
financeiro impunha-se naturalmente pelo prprio mercado. Para o
estudante relacionar com outras matrias, esse posicionamento vem ao
encontro do conceito de mo invisvel de Adam Smith, para descrever
que numa economia de mercado a interao dos indivduos resulta numa
determinada ordem, sem a necessidade de interveno do Estado
(laissez-faire). Assim, o aspecto econmico do Oramento tinha posio
secundria, privilegiando o aspecto controle. Antes do final do
mesmo sculo XIX, percebe-se que o Oramento elaborado com base na
neutralidade no mais atendia s necessidades do Estado.
Desenvolveu-se a tese de um Oramento moderno, o qual deveria ser um
instrumento de administrao. Resposta: Certa 25) (CESPE - Analista
Judicirio STF - 2008) Com a Constituio de 1891, que se seguiu
Proclamao da Repblica, a elaborao da proposta oramentria passou a
ser privativa do Poder Executivo, competncia que foi transferida
para o Congresso Nacional somente na Constituio de 1934. Vamos
falar agora resumidamente do Oramento em nossas Constituies: A
Constituio Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigncias para
elaborao de oramentos formais. A competncia da proposta era do
Executivo e da aprovao do Legislativo (assembleia-geral composta
pelos deputados e senadores). Com a Repblica e a Constituio de
1891, a elaborao do oramento tornouse privativa do Congresso
Nacional, com iniciativa da Cmara dos Deputados. Na Constituio
outorgada de 1934, no governo de Getlio Vargas, o oramento passa a
ter destaque, com captulo prprio. Ao Presidente da Repblica cabia a
elaborao da proposta oramentria e, ao Legislativo, a votao. Assim,
havia participao conjunta dos poderes, j que a Constituio no trazia
limitaes ao poder de emendas do Legislativo.
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Na Constituio
de 1937, do Estado Novo, o oramento passa a ser elaborado por um
departamento administrativo ligado Presidncia e votado pela Cmara e
pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo
Presidente. Na prtica, era elaborado e decretado pelo Executivo.
Com a redemocratizao na Constituio de 1946, voltamos elaborao pelo
Executivo e votao com a possibilidade de emendas pelo Legislativo.
Na Constituio de 1967 do Regime Militar, o Executivo elaborava a
proposta e cabia ao Legislativo a aprovao, praticamente sem a
possibilidade de emendas. E chegamos nossa Constituio atual de
1988. A competncia para a elaborao do Oramento do Executivo e, ao
Legislativo, cabe a votao e a proposio de emendas. Tm-se ainda
novidades como a LDO e o PPA. Logo, com a Constituio de 1891, que
se seguiu Proclamao da Repblica, a elaborao da proposta oramentria
passou a ser privativa do Congresso Nacional, competncia que foi
compartilhada com o Poder Executivo somente na Constituio de 1934.
Resposta: Errada 26) (CESPE Analista Judicirio Administrao - TRE/BA
2010) No perodo do regime autoritrio (1964-1984), o processo
oramentrio brasileiro foi completamente reorganizado com o
fortalecimento do Poder Legislativo e a recuperao do oramento
fiscal, que expressava a totalidade das receitas e das despesas
pblicas. No perodo do regime militar (1964-1984), o Poder
Legislativo foi enfraquecido. Na Constituio de 1967, o Executivo
elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovao, praticamente
sem a possibilidade de emendas. Relembro que at a dcada de 1980 o
que havia era um convvio simultneo com trs oramentos distintos: o
oramento fiscal, o oramento monetrio e o oramento das estatais. No
ocorria nenhuma consolidao entre eles. O oramento fiscal era sempre
equilibrado e era aprovado pelo Legislativo, porm
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES enfraquecido,
pois o dficit pblico e os subsdios mais importantes estavam no
oramento monetrio. Logo, a LOA no respeitava o princpio da
universalidade. Resposta: Errada 27) (CESPE Planejamento e Execuo
Oramentria Min. da Sade 2008) Na vigncia da Constituio de 1967, o
oramento da Unio no obedecia ao princpio da universalidade. Na
vigncia da Constituio de 1967, do regime militar, o oramento da
Unio no obedecia ao princpio da universalidade, j que o dficit
pblico e os subsdios mais importantes estavam no oramento monetrio,
sem consolidao com o Oramento Fiscal. Resposta: Certa ORAMENTO
IMPOSITIVO E AUTORIZATIVO 28) (CESPE Gesto Econmico-Financeira e de
Custos- Min. da Sade-2008) As superestimativas de receita na
proposta oramentria somente so possveis porque a lei oramentria
anual tem o carter autorizativo. Os oramentos pblicos podem ainda
ser classificados em oramentos de natureza impositiva e de natureza
autorizativa: Oramento impositivo: aquele em que, uma vez
consignada uma despesa no oramento, ela deve ser necessariamente
executada. Nesta viso, o oramento, por se tratar de uma lei, deve
ser rigorosamente cumprido. Oramento autorizativo: no existe
obrigatoriedade de execuo das despesas consignadas no oramento
pblico, j que o Poder Pblico tem a discricionariedade para avaliar
a convenincia e oportunidade do que deve ou no ser executado. O STF
entende que em nosso pas o oramento no impositivo, mas sim
autorizativo. O fato de ser fixada uma despesa na LOA no gera o
direito de exigncia de sua realizao www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES por via
judicial. O intuito de superestimar a receita da LOA para aumentar
tambm a despesa, acomodando interesses polticos, j que pelo
princpio do equilbrio, os valores totais de receitas e despesas
devem ser iguais. As superestimativas de receita em uma proposta
oramentria somente so possveis porque a LOA tem o carter
autorizativo, ou seja, no existe obrigatoriedade de execuo das
despesas consignadas. Caso a LOA tivesse carter impositivo, todas
as despesas deveriam ser necessariamente executadas, logo no seria
possvel criar receitas fictcias que no se efetivariam para cobrir
as despesas. Resposta: Certa FUNES CLSSICAS DO ORAMENTO 29) (CESPE
Consultor do Executivo SEFAZ/ES 2010) A interveno do Estado na
economia, justificada pela funo distributiva, tem por objetivo
complementar a ao privada, por meio do oramento pblico, com
investimentos em infraestrutura e proviso de bens meritrios. O
Governo desenvolve funes com objetivos especficos, porm
relacionados, utilizando os instrumentos de interveno de que dispe
o Estado. A classificao cobrada em concursos a de Richard Musgrave,
a qual se tornou clssica. Ele props uma classificao denominada de
funes fiscais. Entretanto, considerando o oramento como principal
instrumento de ao do Estado na economia, o prprio autor as
considera tambm como as prprias funes do Oramento: alocativa,
distributiva e estabilizadora. A funo alocativa visa promoo de
ajustamentos na alocao de recursos. o Estado oferecendo
determinados bens e servios necessrios e desejados pela sociedade,
porm que no so providos pela iniciativa privada. O setor pblico
pode atuar produzindo diretamente os produtos e servios ou via
mecanismos que propiciem condies para que sejam viabilizados pelo
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES setor
privado. Tal funo evidenciada quando no setor privado no h a
necessria eficincia de infraestrutura econmica ou proviso de bens
pblicos e bens meritrios. Investimentos na infraestrutura econmica
so fundamentais para o desenvolvimento, porm so necessrios altos
valores com retornos demorados que muitas vezes desestimulam a
iniciativa do setor privado nessa rea. Quanto aos bens pblicos e
meritrios, suas demandas possuem caractersticas peculiares que
tornam invivel seu fornecimento pelo sistema de mercado. Bens
pblicos so aqueles usufrudos pela populao em geral e de uma forma
indivisvel, independentemente de o particular querer ou no usufruir
desse bem. J os bens meritrios excluem a parcela da populao que no
dispe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados
pelo setor privado, no entanto podem e devem tambm ser produzidos
pelo Estado, em virtude de sua importncia para a sociedade, como a
educao e a sade. Logo, a interveno do Estado na economia,
justificada pela funo alocativa, tem por objetivo complementar a ao
privada, por meio do oramento pblico, com investimentos em
infraestrutura e proviso de bens meritrios. Resposta: Errada 30)
(CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) As transferncias, da
mesma forma que os tributos, so mecanismos utilizados pelos
governos para promoverem ajustes na distribuio de renda de uma
populao, com o objetivo de transferirem recursos da iniciativa
privada para o setor pblico. A funo distributiva visa promoo de
ajustamentos na distribuio de renda. Surge em virtude da
necessidade de correes das falhas de mercado, inerentes ao sistema
capitalista. Os instrumentos mais usados para o ajustamento so os
sistemas de tributos e as transferncias. Cita-se como exemplo de
medida distributiva o imposto de renda progressivo, realocando as
receitas para programas de alimentao, transporte e moradia
populares. Outro exemplo a concesso de subsdios aos bens de consumo
popular, www.pontodosconcursos.com.br 34
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES financiados
por tributos incidentes sobre os bens consumidos pelas classes de
rendas mais altas. Os tributos transferem recursos da iniciativa
privada para o setor pblico. No entanto, as transferncias so
mecanismos utilizados pelos governos para promoverem ajustes na
distribuio de renda de uma populao, com o objetivo de transferirem
recursos do setor pblico para os mais necessitados do setor
privado. Resposta: Errada 31) (CESPE Analista Judicirio TST 2008) A
utilizao da poltica oramentria para os propsitos de estabilizao
econmica implica promover ajustes no nvel da demanda agregada,
expandindo-a ou restringindo-a, e provocando a ocorrncia de dficits
ou supervits. A funo estabilizadora visa a manter a estabilidade
econmica, diferenciando-se das outras funes por no ter como
objetivo a destinao de recursos. O campo de atuao dessa funo
principalmente a manuteno de elevado nvel de emprego e a
estabilidade nos nveis de preos. Destaca-se ainda a busca do
equilbrio no balano de pagamentos e de razovel taxa de crescimento
econmico. O mecanismo bsico da estabilizao a atuao sobre a demanda
agregada, que representa a quantidade de bens ou servios que a
totalidade dos consumidores deseja e est disposta a adquirir por
determinado preo e em determinado perodo. Assim, a funo
estabilizadora age na demanda agregada de forma a aument-la ou
diminu-la. Resposta: Certa 32) (CESPE AFCE - TCU 2008) A teoria de
finanas pblicas consagra ao Estado o desempenho de trs funes
primordiais: alocativa, distributiva, e estabilizadora. A funo
distributiva deriva da incapacidade do mercado de suprir a
sociedade de bens e servios de consumo coletivo. Como esses bens
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES e servios so
indispensveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de
seu oramento para produzi-los e satisfazer sua demanda. Novamente:
a funo alocativa visa promoo de ajustamentos na alocao de recursos.
o Estado oferecendo determinados bens e servios necessrios e
desejados pela sociedade, porm que no so providos pela iniciativa
privada. O setor pblico pode atuar produzindo diretamente os
produtos e servios ou via mecanismos que propiciem condies para que
sejam viabilizados pelo setor privado. Assim, a funo alocativa
deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens e
servios de consumo coletivo. Como esses bens e servios so
indispensveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de
seu oramento para produzi-los e satisfazer sua demanda. Resposta:
Errada 33) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Aps a
Segunda Guerra Mundial, os dficits pblicos excessivamente altos e a
crise econmica mundial levaram assinatura do Acordo de Bretton
Woods e criao do Banco Mundial e do Fundo Monetrio Internacional
(FMI). correto afirmar que, nessas circunstncias, a maior preocupao
dos formuladores de polticas pblicas devia ser com a funo alocativa
dos governos. Em situaes de crise econmica, a maior preocupao dos
formuladores de polticas pblicas deveria ser com a funo
estabilizadora dos governos. O campo de atuao dessa funo
principalmente a manuteno de elevado nvel de emprego e a
estabilidade nos nveis de preos. Destaca-se ainda a busca do
equilbrio no balano de pagamentos e de razovel taxa de crescimento
econmico. Resposta: Errada www.pontodosconcursos.com.br 36
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES ESPCIES DE
ORAMENTO 34) (CESPE ACE TCE/TO - 2008) Oramento programa o oramento
clssico, confeccionado com base no oramento do ano anterior e
acrescido da projeo de inflao. Com o passar do tempo, o conceito,
as funes e a tcnica de elaborao do Oramento Pblico foram alterados.
Acabaram por evoluir para que pudessem se aprimorar e racionalizar
sua utilizao, tornando-se um instrumento da moderna administrao
pblica, com uma concepo de oramento como um ato preventivo e
autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para atingir
objetivos e metas programadas. Essas alteraes foram motivadas por
novas teorias e tcnicas que se difundiram ao redor do mundo, sendo
chamadas de espcies ou por outros autores tambm de tipos de
oramento. ORAMENTO TRADICIONAL OU CLSSICO: a falta de planejamento
da ao governamental uma das principais caractersticas do oramento
tradicional. Constitui-se num mero instrumento contbil e baseia-se
no oramento do exerccio anterior, ou seja, enfatiza atos passados.
Demonstra uma despreocupao do gestor pblico com o atendimento das
necessidades da populao, pois considera apenas as necessidades
financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espcie de
oramento no h preocupao com a realizao dos programas de trabalho do
governo, importando-se apenas com as necessidades dos rgos pblicos
para realizao das suas tarefas, sem questionamentos sobre objetivos
e metas. Predomina o incrementalismo. uma pea meramente contbil
financeira , sem nenhuma espcie de planejamento das aes do governo.
Portanto, somente um documento de previso de receita e de autorizao
de despesas. www.pontodosconcursos.com.br 37
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Logo, o
oramento clssico o tradicional e este tipo de oramento que adota o
incrementalismo, baseando-se no oramento anterior acrescido da
inflao projetada. Veremos o oramento-programa nas prximas questes.
Resposta: Errada 35) (CESPE Tcnico Administrativo ANTAQ 2009) O
oramento de desempenho, tambm identificado como oramento moderno,
aquele elaborado com base nos programas de trabalho de governo que
sero executados durante o exerccio financeiro. ORAMENTO DE
DESEMPENHO OU POR REALIZAES: enfatiza o resultado dos gastos e no
apenas o gasto em si. A nfase reside no desempenho organizacional.
Caracteriza-se pela apresentao de dois quesitos: o objeto de gasto
(secundrio) e um programa de trabalho contendo as aes
desenvolvidas. Nessa espcie de oramento, o gestor comea a se
preocupar com os benefcios dos diversos gastos e no apenas com seu
objeto. Apesar da evoluo em relao ao oramento clssico
(tradicional), o oramento de desempenho ainda se encontra
desvinculado de um planejamento central das aes do governo, ou
seja, nesse modelo oramentrio inexiste um instrumento central de
planejamento das aes do governo vinculado pea oramentria.
Apresenta, assim, uma deficincia, que a desvinculao entre
planejamento e oramento. No entanto, o oramento identificado como
moderno o oramentoprograma. Resposta: Errada. 36) (CESPE Analista
Ambiental- Administrao e Planejamento MMA - 2008) O oramento
base-zero caracteriza-se como um modelo do tipo racional, em que as
decises so voltadas para a maximizao da eficincia na alocao dos
recursos pblicos. Adota-se, como procedimento bsico, o
questionamento www.pontodosconcursos.com.br 38
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES de todos os
programas em execuo, sua continuidade e possveis alteraes, em
confronto com novos programas pretendidos. ORAMENTO DE BASE ZERO OU
POR ESTRATGIA: consiste basicamente em uma anlise crtica de todos
os recursos solicitados pelos rgos governamentais. Nesse tipo de
abordagem, na fase de elaborao da proposta oramentria, haver um
questionamento acerca das reais necessidades de cada rea, no
havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotao. Alguns
autores consideram que o oramento de base zero uma tcnica do
Oramento-Programa. O processo do oramento de base zero concentra a
ateno na anlise de objetivos e necessidades, o que requer que cada
administrador justifique seu oramento proposto em detalhe e cada
quantia a ser gasta, aumentando a participao dos gerentes de todos
os nveis no planejamento das atividades e na elaborao dos
oramentos. Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e
operaes sejam identificadas e classificadas em ordem de importncia
por meio de uma anlise sistemtica. So confrontados os novos
programas pretendidos com os programas em execuo, sua continuidade
e suas alteraes. Isso faz com que os gerentes de todos os nveis
avaliem melhor a aplicao eficiente das dotaes em suas atividades.
Os rgos governamentais devero justificar anualmente, na fase de
elaborao da sua proposta oramentria, a totalidade de seus gastos,
sem utilizar o ano anterior como valor inicial mnimo. Resposta:
Certa. (CESPE Analista Judicirio Administrao - TRE/BA 2010) Um dos
objetivos estratgicos do TRE/BA consiste em aprimorar a comunicao
com o pblico externo. Para tanto, o plano de atuao institucional do
Tribunal estabeleceu como objetivo: Aprimorar a comunicao com o
pblico externo, com linguagem clara e acessvel, disponibilizando,
com transparncia, www.pontodosconcursos.com.br 39
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES informaes
sobre o papel, as aes e as iniciativas do TRE/BA, o andamento
processual, os atos judiciais e administrativos, os dados
oramentrios e de desempenho operacional. Internet: (com adaptaes).
Tendo como referncia o texto acima, julgue os itens seguintes
acerca de planejamento e transparncia de informaes oramentrias. 37)
O oramento-programa permite a alocao de recursos visando consecuo
de objetivos e metas, alm da estrutura do oramento ser direcionada
para os aspectos administrativos e de planejamento, o que vai ao
encontro do planejamento e da gesto estratgica do TRE/BA.
ORAMENTO-PROGRAMA: o programa o instrumento de organizao da atuao
governamental que articula um conjunto de aes que concorrem para a
concretizao de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por
indicadores institudos no plano, visando soluo de um problema ou ao
atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.
Assim, o oramento-programa um instrumento de planejamento da ao do
governo, por meio da identificao dos seus programas de trabalho,
projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a
serem implementados e previso dos custos relacionados. O programa
surgiu como o mdulo comum integrador entre o plano e o oramento. Em
termos de estruturao o plano termina no programa e o oramento comea
no programa, o que confere a esses instrumentos uma integrao desde
a origem. O programa, como mdulo integrador, e as aes, como
instrumentos de realizao dos programas. Essa concepo inicial foi
modificada a partir dos PPAs 2000/2003 e 2004/2007, elaborados com
nvel de detalhamento de ao. Por meio do oramento-programa, tem-se o
estabelecimento de objetivos e a quantificao de metas, com a
consequente formalizao de programas visando ao atingimento das
metas e alcance dos objetivos. Com este modelo passa a existir um
elo entre o planejamento e as funes executivas da organizao. o tipo
de oramento utilizado no Brasil. www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Logo, o
oramento-programa permite a alocao de recursos visando consecuo de
objetivos e metas, alm da estrutura do oramento ser direcionada
para os aspectos administrativos e de planejamento, o que vai ao
encontro do planejamento e da gesto estratgica do TRE/BA. Resposta:
Certa. 38) (CESPE AFCE TCU 2009) Um dos desafios do
oramento-programa a definio dos produtos finais de um programa de
trabalho. Certas atividades tm resultados intangveis e que,
particularmente na administrao pblica, no se prestam medio, em
termos quantitativos. A organizao das aes do Governo sob a forma de
programas visa proporcionar maior racionalidade e eficincia na
administrao pblica e ampliar a visibilidade dos resultados e
benefcios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparncia
na aplicao dos recursos pblicos. Portanto, o oramento-programa
procura levar os decisores pblicos a uma escolha racional, que
maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos pblicos
a programas e projetos de maior necessidade. A definio dos produtos
finais de um programa de trabalho um dos desafios do
oramento-programa, j que algumas atividades tambm adicionam valores
intangveis, em complemento aos fsicos, como uma ao de qualificao do
servidor. O nmero de servidores qualificados um resultado tangvel,
porm a capacidade de inovao, a melhora do processo de trabalho, a
reteno de talentos no servio pblico e a satisfao do cidado atendido
pelo servidor so metas bem mais subjetivas. difcil para os sistemas
contbeis mensurarem esse tipo de valor e, particularmente, na
administrao pblica, h dificuldades para a medio, em termos
quantitativos. Resposta: Certa 39) (CESPE Analista INSS 2008) A
tradicional classificao da despesa pblica por elementos um critrio
embasado no objeto do dispndio. Com a adoo do oramento-programa, a
nfase em sua concepo transferida dos www.pontodosconcursos.com.br
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES meios para os
fins, priorizando-se a classificao funcional e a estrutura
programtica. Ateno: o oramento tradicional quase sempre aparece em
contraponto a outro tipo de oramento, normalmente o
oramento-programa: ORAMENTO TRADICIONAL X ORAMENTO-PROGRAMA
TRADICIONAL PROGRAMA Dissociao entre planejamento e oramento
Integrao entre planejamento e oramento Visa aquisio de meios Visa a
objetivos e metas Consideram-se as necessidades financeiras
Consideram-se as anlises das alternativas das unidades disponveis e
todos os custos nfase nos aspectos contbeis nfase nos aspectos
administrativos e de planejamento Classificao principal por
unidades Classificao principal: funcional- administrativas e
elementos programtica Acompanhamento e aferio de resultados
Utilizao sistemtica de indicadores para praticamente inexistentes
acompanhamento e aferio dos resultados Controle da legalidade e
honestidade do Controle visa a eficincia, eficcia e gestor pblico
efetividade Observando o quadro, vemos que a classificao da despesa
pblica por elementos um critrio embasado no objeto do dispndio,
caracterstico do oramento tradicional. Com a adoo do
oramento-programa, a nfase em sua concepo transferida dos meios
para os fins, priorizando-se a classificao funcional e a estrutura
programtica. Resposta: Certa www.pontodosconcursos.com.br 42
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES 40) (CESPE
Administrador Ministrio da Previdncia Social 2010) Uma das
vantagens apontadas com a adoo do oramento participativo a sua
maior legitimidade, com a substituio do Poder Legislativo pela
participao direta da comunidade nas decises sobre a alocao das
dotaes. ORAMENTO PARTICIPATIVO: o oramento participativo no se ope
ao oramento-programa. Na verdade, trata-se de um instrumento que
busca romper com a viso poltica tradicional e colocar o cidado como
protagonista ativo da gesto pblica. Objetiva a participao real da
populao no processo de elaborao e a alocao dos recursos pblicos de
forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Dessa forma,
democratiza-se a relao Estado e Sociedade. O processo de oramento
participativo tem a necessidade de um contnuo ajuste crtico,
baseado em um princpio de autorregulao, com o intuito de aperfeioar
os seus contedos democrticos e de planejamento, e assegurar a sua
no estagnao. Assim, no possui uma metodologia nica. Alm disso, os
problemas so diferentes de acordo com o tamanho dos municpios,
principais implementadores do processo. Ressalta-se que, apesar de
algumas experincias na esfera estadual, na experincia brasileira o
Oramento Participativo foi concebido e praticado inicialmente como
uma forma de gerir os recursos pblicos municipais. No nosso pas,
destaca-se a experincia da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. No
h perda da participao do Legislativo e nem diretamente de
legitimidade. H um aperfeioamento da etapa que se desenvolveria
apenas no Executivo. No oramento participativo, a comunidade
considerada a parceira do Executivo no processo oramentrio. O que
ocorre que muitas vezes desigualdades socioeconmicas tendem a criar
obstculos participao dos grupos sociais desfavorecidos.
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AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Quando a
deciso est nas mos de poucos, torna-se mais rpida a mudana de direo
ou de opinies. Em um oramento como o participativo, so feitas vrias
reunies em diversas regies para se chegar a uma concluso. Em caso
de necessidade de mudanas, muito trabalhoso efetu-las. Por isso no
oramento participativo considera-se que h uma perda da
flexibilidade. Ocorre uma maior rigidez na programao dos
investimentos, pois se tem uma deciso compartilhada com a
comunidade, ao contrrio da deciso monopolizada pelo Executivo no
processo tradicional. Segundo a LRF, deve ser incentivada a
participao popular e a realizao de audincias pblicas durante os
processos de elaborao das leis oramentrias. No entanto, segundo a
CF/1988, a iniciativa das leis oramentrias privativa do Poder
Executivo. Assim, o Poder Executivo no obrigado a seguir as
sugestes da populao, no entanto deve ouvi-las. Logo, uma das
vantagens apontadas com a adoo do oramento participativo a sua
ma