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JOELMA IRIS SOUZA DA SILVA, CPF:04753413764 CURSO ON-LINE – PACOTE DE QUESTÕES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SÉRGIO MENDES www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 3 TIPOS DE CRÉDITOS, ORÇAMENTO PÚBLICO E ORÇAMENTO - PROGRAMA Olá amigos! Como é bom estar aqui! Vamos estudar nesta aula, por meio de questões recentes do CESPE, temas importantes do nosso edital. Estudaremos os tipos de créditos orçamentários e concluindo o item orçamento na CF/1988 as vedações constitucionais em matéria orçamentária. Dentro dos itens Orçamento Público e Orçamento Público no Brasil, estudaremos os princípios orçamentários, o histórico, o orçamento impositivo e o autorizativo, as funções clássicas e as espécies de orçamento (incluindo os temas ligados ao orçamento programa). TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 1) (CESPE – Planejamento e Execução Orçamentária– Min. da Saúde – 2008) A lei orçamentária anual (LOA) não pode mais autorizar a abertura de créditos suplementares durante o exercício financeiro de execução do respectivo orçamento, pois a Constituição Federal de 1988 (CF) vedou a abertura de créditos suplementares sem prévia autorização legislativa. As dotações inicialmente aprovadas na LOA podem revelar-se insuficientes para a realização dos programas de trabalho, ou pode ocorrer a necessidade de realização de despesa inicialmente não autorizada. Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de créditos adicionais. Os créditos adicionais são alterações qualitativas e quantitativas realizadas no orçamento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as

Aula 3 afo questões comentadas

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  • 1. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Aula 3 TIPOS DE CRDITOS, ORAMENTO PBLICO E ORAMENTO - PROGRAMA Ol amigos! Como bom estar aqui! Vamos estudar nesta aula, por meio de questes recentes do CESPE, temas importantes do nosso edital. Estudaremos os tipos de crditos oramentrios e concluindo o item oramento na CF/1988 as vedaes constitucionais em matria oramentria. Dentro dos itens Oramento Pblico e Oramento Pblico no Brasil, estudaremos os princpios oramentrios, o histrico, o oramento impositivo e o autorizativo, as funes clssicas e as espcies de oramento (incluindo os temas ligados ao oramento programa). TIPOS DE CRDITOS ORAMENTRIOS 1) (CESPE Planejamento e Execuo Oramentria Min. da Sade 2008) A lei oramentria anual (LOA) no pode mais autorizar a abertura de crditos suplementares durante o exerccio financeiro de execuo do respectivo oramento, pois a Constituio Federal de 1988 (CF) vedou a abertura de crditos suplementares sem prvia autorizao legislativa. As dotaes inicialmente aprovadas na LOA podem revelar-se insuficientes para a realizao dos programas de trabalho, ou pode ocorrer a necessidade de realizao de despesa inicialmente no autorizada. Assim, a LOA poder ser alterada no decorrer de sua execuo por meio de crditos adicionais. Os crditos adicionais so alteraes qualitativas e quantitativas realizadas no oramento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, so crditos adicionais as www.pontodosconcursos.com.br 1
  • 2. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES autorizaes de despesa no computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Oramento. Relembro que, segundo o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditos adicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. O ato que abrir o crdito adicional, que pode ser um decreto, uma medida provisria ou uma lei, de acordo com sua classificao, deve indicar a importncia, a espcie e a classificao da despesa at onde for possvel. Segundo o art. 46 da Lei 4.320/1964: Art. 46. O ato que abrir crdito adicional indicar a importncia, a espcie do mesmo e a classificao da despesa, at onde for possvel. Os crditos adicionais classificam-se em: Suplementares: so os crditos destinados a reforo de dotao oramentria; Especiais: so os crditos destinados a despesas para as quais no haja dotao oramentria especfica; Extraordinrios: so os crditos destinados a despesas urgentes e imprevisveis, como em caso de guerra, comoo intestina ou calamidade pblica. Vamos estudar cada um deles nas prximas questes. CRDITOS SUPLEMENTARES: so os destinados a reforo de dotao oramentria. Os crditos suplementares tero vigncia limitada ao exerccio em que forem autorizados. A LOA poder conter autorizao ao Poder Executivo para abertura de crditos suplementares at determinada importncia ou percentual, sem a necessidade de submisso do crdito ao Poder Legislativo. So autorizados por Lei (podendo ser a prpria LOA ou outra Lei especial), porm so abertos por decreto do Poder Executivo. Na www.pontodosconcursos.com.br 2
  • 3. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Unio, para os casos em que haja necessidade de outra lei especfica, so considerados autorizados e abertos com a sano e publicao da respectiva lei. Logo, a LOA pode autorizar a abertura de crditos suplementares durante o exerccio financeiro de execuo do respectivo oramento at determinada importncia ou percentual, sem a necessidade de submisso do crdito ao Poder Legislativo. A outra forma uma autorizao por meio de lei especial. Resposta: Errada 2) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Suponha que, em decorrncia de uma crise cambial, uma srie de obrigaes do governo federal contratadas em moeda estrangeira tenham ultrapassado em 10% os valores originalmente aprovados no oramento para essa finalidade. Nessa situao, para honrar tais compromissos, somente a abertura de crdito especial poder suprir a dotao oramentria do montante necessrio. CRDITOS ESPECIAIS: so os destinados a despesas para as quais no haja dotao oramentria especfica, devendo ser autorizados por lei. Note que sua abertura depende da existncia de recursos disponveis e de exposio que a justifique. Os crditos especiais no podero ter vigncia alm do exerccio em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, podero viger at o trmino do exerccio financeiro subsequente. So autorizados por lei especial (no pode ser na LOA), porm so abertos por decreto do Poder Executivo. Na Unio, so considerados autorizados e abertos com a sano e publicao da respectiva lei. Segundo o art. 168 da nossa Constituio, os recursos correspondentes s dotaes oramentrias, compreendidos os crditos suplementares e especiais, destinados aos rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio, do Ministrio Pblico e da Defensoria Pblica, ser-lhes-o entregues, em www.pontodosconcursos.com.br 3
  • 4. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES duodcimos, at o dia 20 de cada ms. O artigo ainda ressalta que ser na forma da Lei Complementar, que ainda no foi editada. Nossa questo supe que, em decorrncia de uma crise cambial, uma srie de obrigaes do governo federal contratadas em moeda estrangeira ultrapassou em 10% os valores originalmente aprovados no oramento para essa finalidade. Ou seja, a dotao j existia na LOA, no uma despesa nova. Nessa situao, para honrar tais compromissos, somente a abertura de crdito suplementar poder suprir a dotao oramentria do montante necessrio, j que este o crdito adicional adequado para reforar dotao oramentria j existente. Resposta: Errada 3) (CESPE Analista Administrativo ANTAQ 2009) A LDO estabelece que os crditos adicionais aprovados pelo Congresso Nacional no requerem a edio de decreto para a sua abertura, que se dar automaticamente com a sano e publicao da respectiva lei. Essa questo exige ateno. Em geral, os crditos adicionais aprovados pelo Legislativo so abertos por decreto do Poder Executivo. No entanto, na Unio, segundo dispem as LDOs a cada ano, os crditos suplementares aprovados pelo Congresso Nacional - CN e os crditos especiais (todos especiais passam pelo CN) so considerados autorizados e abertos com a sano e publicao da respectiva lei, logo no requerem a edio de decreto para a sua abertura. Resposta: Certa 4) (CESPE - Analista Judicirio STF - 2008) A CF, ao tratar dos crditos extraordinrios, referiu-se, corretamente, s despesas imprevistas, e no s imprevisveis, pois, no primeiro caso, admite-se que houve erro de previso, enquanto, no segundo, as despesas no podiam mesmo ser previstas. www.pontodosconcursos.com.br 4
  • 5. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES CRDITOS EXTRAORDINRIOS: so os destinados a despesas urgentes e imprevisveis, tais como em caso de guerra ou calamidade pblica, conforme o art. 167 da CF/1988. Os crditos extraordinrios podem reforar dotaes oramentrias (como os suplementares) ou criar novas dotaes (como os especiais), pois o que os define a imprevisibilidade e urgncia. Sero abertos por Medida Provisria, no caso federal e de entes que possuem tal instrumento, e por decreto do Poder Executivo para os demais entes, dando imediato conhecimento deles ao Poder Legislativo. Os crditos extraordinrios no podero ter vigncia alm do exerccio em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, podero viger at o trmino do exerccio financeiro subsequente. Veja o que determina o art. 167 da CF: 3 - A abertura de crdito extraordinrio somente ser admitida para atender a despesas imprevisveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoo interna ou calamidade pblica, observado o disposto no art. 62. Assim, a abertura de crdito extraordinrio somente ser admitida para despesas imprevisveis, ou seja, aquelas que realmente no poderiam ter sido previstas porque surgiram em virtude de uma circunstncia nova, por exemplo, uma calamidade pblica. A questo afirma o contrrio, que o constituinte optou pela abertura de crdito extraordinrio para despesas imprevistas, que so aquelas em que houve erro de previso. O termo imprevistas usado na Lei 4320/64 (Inciso III do art. 41). Resposta: Errada. (CESPE Analista Judicirio Administrao - TRE/BA 2010) Acerca dos crditos oramentrios e adicionais, julgue o item que se segue. 5) Considere que a arrecadao efetiva do governo federal, mensalmente, supere as receitas previstas na lei oramentria, indicando que essa seja a tendncia do exerccio financeiro. Nesse caso, correto afirmar que, www.pontodosconcursos.com.br 5
  • 6. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES descontando os crditos extraordinrios, esse excesso de arrecadao poder ser utilizado para abertura de crditos suplementares e especiais. J estudamos as trs espcies do gnero crdito adicional: suplementares, especiais e extraordinrios. Vimos que os crditos suplementares e especiais exigem a indicao da fonte de recursos. J quanto aos crditos extraordinrios, a indicao de fonte permitida, porm no obrigatria. Vamos estudar agora tais fontes. FONTES PARA A ABERTURA DE CRDITOS ADICIONAIS: para a abertura dos crditos suplementares e especiais, necessria a existncia de recursos disponveis para ocorrer a despesa. Ela deve, ainda, ser precedida de exposio justificada. Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para esse fim, desde que no comprometidos: I o supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccio anterior; II os provenientes de excesso de arrecadao; III os resultantes de anulao parcial ou total de dotaes oramentrias ou de crditos adicionais, autorizados em Lei; IV o produto de operaes de crdito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiz-las. Supervit financeiro um conceito estudado na Contabilidade Pblica, que corresponde diferena positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos crditos adicionais transferidos e as operaes de crdito a eles vinculadas. J excesso de arrecadao o saldo positivo das diferenas acumuladas ms a ms entre a arrecadao prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendncia do exerccio. Ressalta-se, ainda, que para o fim de apurar os recursos utilizveis, provenientes de excesso de arrecadao, deduzir-se- a importncia dos crditos extraordinrios abertos no exerccio. www.pontodosconcursos.com.br 6
  • 7. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Logo, se a arrecadao efetiva do governo federal, mensalmente, superar as receitas previstas na lei oramentria, indicando que essa seja a tendncia do exerccio financeiro, teremos excesso de arrecadao. Nesse caso, correto afirmar que, descontando os crditos extraordinrios, esse excesso de arrecadao poder ser utilizado para abertura de crditos suplementares e especiais. Resposta: Certa 6) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) O Congresso Nacional, na apreciao de um veto lei oramentria anual, pode destinar suplementao de dotaes que no tenham sido objeto de veto os recursos que ficarem sem despesas correspondentes. Temos mais uma fonte de recursos para a abertura de crditos adicionais, segundo o 8.o do art. 166 da CF: 8. Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficarem sem despesas correspondentes podero ser utilizados, conforme o caso, mediante crditos especiais ou suplementares, com prvia e especfica autorizao legislativa. Logo, o Congresso Nacional, na apreciao de um veto lei oramentria anual, no poder destinar os recursos que ficarem sem despesas correspondentes suplementao de dotaes que no tenham sido objeto de veto. Ou seja, no se pode vetar a despesa A e transferir diretamente para a despesa B que no foi vetada. Em caso de veto, os recursos podero ser utilizados, conforme o caso, mediante crditos especiais ou suplementares, com prvia e especfica autorizao legislativa. Resposta: Errada 7) (CESPE Analista Administrativo ANAC 2009) A reserva de contingncia, que compreende o volume de recursos destinados ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos, bem como eventos fiscais imprevistos, poder ser utilizada para abertura de crditos adicionais, desde que definida na lei de diretrizes oramentrias. www.pontodosconcursos.com.br 7
  • 8. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Mais uma fonte para a abertura de crditos adicionais. A Portaria Interministerial SOF/STN 163/2001, alterada pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Pblico 2. edio (Portaria Conjunta STN/SOF 2, de 6 de agosto de 2009), define ainda como fonte de recursos para crditos adicionais a reserva de contingncia, que so os destinados ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos: Art. 8. A dotao global denominada Reserva de Contingncia, permitida para a Unio no art. 91 do Decreto-Lei n. 200, de 25 de fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de crditos adicionais e para o atendimento ao disposto no art. 5, inciso III, da Lei Complementar n. 101, de 2000, sob coordenao do rgo responsvel pela sua destinao, bem como a Reserva do Regime Prprio de Previdncia do Servidor RPPS, quando houver, sero identificadas nos oramentos de todas as esferas de Governo pelo cdigo 99.999.9999.xxxx.xxxx, no que se refere s classificaes por funo e subfuno e estrutura programtica, onde o x representa a codificao das aes correspondentes e dos respectivos detalhamentos. Pargrafo nico. As Reservas referidas no caput sero identificadas, quanto natureza da despesa, pelos cdigos 9.9.99.99.99 e 7.7.99.99.99, respectivamente. O referido manual destaca que a reserva do RPPS tambm poder ser utilizada durante o exerccio, caso necessrio, para a abertura de crditos adicionais com o objetivo de atender a compromissos desse Regime. Assim, uma fonte especfica para atender ao RPPS, que no pode ser utilizada em outras situaes. Relembro que a LOA conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido com base na receita corrente lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Poder ser utilizada para abertura de crditos adicionais, desde que definida na lei de diretrizes oramentrias. Resposta: Certa www.pontodosconcursos.com.br 8
  • 9. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES 8) (CESPE Analista Judicirio TST 2008) Os crditos suplementares autorizados na lei oramentria de 2008, no mbito do TST, sero abertos por ato do presidente do STF, dispensada a manifestao do Conselho Nacional de Justia. Usualmente o crdito adicional iniciativa do Executivo. No entanto, a cada ano, mesmo que com pequenas variaes em seu texto, as LDOs prevem situaes em que o crdito adicional pode ser aberto no mbito dos Poderes Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico por atos, respectivamente, dos Presidentes da Cmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de Contas da Unio; dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justia, do Conselho da Justia Federal, do Conselho Superior da Justia do Trabalho, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Justia do Distrito Federal e dos Territrios; e do Procurador-Geral da Repblica e do Presidente do Conselho Nacional do Ministrio Pblico. Nesses casos, so ainda maiores as restries: deve ser aberto pelas autoridades citadas, ser do tipo suplementar, autorizado na respectiva LOA, com indicao de recursos compensatrios (anulao total ou parcial de dotaes) e observar as normas da SOF. Ainda, para esse caso especfico, as LDOs dispem que as aberturas de crditos no mbito do Poder Judicirio devero ser enviadas ao Conselho Nacional de Justia e, no mbito do MPU, ao Conselho Nacional do Ministrio Pblico, com exceo do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de Justia, do Ministrio Pblico Federal e do Conselho Nacional do Ministrio Pblico. Assim, os crditos suplementares autorizados na lei oramentria, no mbito do Tribunal Superior do Trabalho - TST, sero abertos por ato do presidente do prprio TST (j que se trata de um Tribunal Superior), com a manifestao do Conselho Nacional de Justia. www.pontodosconcursos.com.br 9
  • 10. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Os crditos suplementares autorizados na lei oramentria, no mbito do STF, que sero abertos por ato do presidente do STF. Neste caso, seria dispensada a manifestao do Conselho Nacional de Justia. Resposta: Errada. 9) (CESPE - Analista Judicirio Controle Interno - TJDFT - 2008) Suponha-se que um ente pblico necessite da abertura de um crdito especial e que sua situao inclua os seguintes dados. Excesso de arrecadao acumulado no exerccio: . . . . . . . . . . R$ 4.500.000,00 Despesas contingenciadas:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 1.300.000,00 Deficit financeiro do balano patrimonial do exerccio anterior:. R$ 2.400.000,00 Com base nesses dados, correto afirmar que possvel propor a abertura do crdito de at R$ 3.400.000,00. Vamos consolidar as fontes de recursos no quadro abaixo. QUADRO DAS FONTES DE RECURSOS PARA A ABERTURA DE CRDITOS ADICIONAIS Supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccio anterior. Excesso de arrecadao. Anulao total ou parcial de dotaes. Operaes de crditos. Recursos sem despesas correspondentes. Reserva de contingncia. Nota-se que desses trs valores apresentados na questo apenas o excesso de arrecadao fonte para abertura de crditos adicionais: O item despesas contingenciadas no fonte de recursos. Elas se referem s despesas que tiveram limitao de empenho e movimentao financeira aps ser verificado que, ao final de um bimestre, a realizao da receita poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais da LDO. No se confunde com reserva de contingncia, a qual seria uma fonte. www.pontodosconcursos.com.br 10
  • 11. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES O supervit financeiro do balano patrimonial do exerccio anterior fonte de recurso, porm o valor do dficit financeiro no deve ser abatido das outras fontes. Assim, possvel propor a abertura de crdito especial de at R$ 4.500.000,00 da fonte excesso de arrecadao (e no at R$ 3.400.000,00) Resposta: Errada. 10) (CESPE - Analista Judicirio STF - 2008) Suponha a situao em que, em virtude da criao de um novo rgo, no havia recursos disponveis. Verificou-se que: havia insuficincia de arrecadao acumulada, durante o exerccio, de R$ 45.000,00; at ento, registrava-se uma economia de despesas de R$ 60.000,00; o saldo, no balano financeiro, tinha aumentado em R$ 15.000,00 durante o exerccio. Com base nesses dados, correto concluir que seria possvel abrir um crdito suplementar de R$ 30.000,00. Pelo nosso quadro, nota-se que desses trs valores nenhum deles fonte para abertura de crditos suplementares. O excesso de arrecadao acumulado no exerccio fonte de recurso, porm o valor da insuficincia de arrecadao acumulada no deve ser abatido das outras fontes. A economia da despesa, que ocorre quando a despesa executada durante o exerccio menor que a despesa fixada na LOA, no fonte de recursos. O supervit financeiro do balano patrimonial do exerccio anterior fonte de recurso e no o aumento do saldo do balano financeiro do exerccio atual. Logo, com base nesses dados, correto concluir que no seria possvel abrir um crdito suplementar. Resposta: Errada. www.pontodosconcursos.com.br 11
  • 12. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES VEDAES CONSTITUCIONAIS EM MATRIA ORAMENTRIA 11) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) vedado ao administrador pblico exceder os crditos oramentrios ou adicionais, e tal vedao envolve no apenas a realizao de despesas, mas, tambm, a assuno de obrigaes diretas. A CF/1988 estabelece diversas vedaes em matria oramentria. Algumas dessas vedaes ns j vimos nas primeiras aulas. Outras estudaremos nas prximas. No entanto, vamos consolid-las. Vejamos as seis primeiras vedaes. So vedados: O incio de programas ou projetos no includos na lei oramentria anual. A realizao de despesas ou a assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou adicionais. A realizao de operaes de crditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta. a regra de ouro. A vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades da administrao tributria, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2., 212 e 37, XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art. 165, 8., bem como o disposto no 4. deste artigo. o princpio da no vinculao de receitas. A abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao legislativa e sem indicao dos recursos correspondentes. A transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma www.pontodosconcursos.com.br 12
  • 13. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa. o princpio da proibio do estorno. Logo, vedado ao administrador pblico exceder os crditos oramentrios ou adicionais, e tal vedao envolve no apenas a realizao de despesas, mas, tambm, a assuno de obrigaes diretas. Resposta: Certa 12) (CESPE TFCE - TCU 2009) Admite-se a utilizao, mediante autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos. Vejamos mais cinco vedaes. So vedados: A concesso ou utilizao de crditos ilimitados. o princpio da quantificao dos crditos oramentrios. A utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos, inclusive daqueles que compem os prprios oramentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social. A instituio de fundos de qualquer natureza, sem prvia autorizao legislativa. A transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos, inclusive por antecipao de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituies financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. A realizao de despesas distintas do pagamento de benefcios do regime geral de previdncia social com recursos provenientes das contribuies sociais a seguir: do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa www.pontodosconcursos.com.br 13
  • 14. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio; e do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social. Assim, vedada a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos. Logo, admite-se a utilizao, mediante autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos. Resposta: Certa. PRINCPIOS ORAMENTRIOS 13) (CESPE Analista SERPRO 2008) Em atendimento ao princpio da unidade, a LOA no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa. Princpios oramentrios so premissas, linhas norteadoras a serem observadas na concepo e execuo da lei oramentria. Visam a aumentar a consistncia e estabilidade do sistema oramentrio. Por isso so as bases nas quais se deve orientar o processo oramentrio e so impositivos nos oramentos pblicos. Ateno: um assunto importante para a compreenso geral da matria e tambm muito cobrado em concursos! Veremos que alguns princpios so explcitos, por estarem incorporados legislao, principalmente na Constituio Federal de 1988 (CF/1988) e na Lei 4.320/1964. Outros so implcitos, porque so definidos apenas pela doutrina, mas tambm so importantes para fins de elaborao, execuo e controle do oramento pblico. www.pontodosconcursos.com.br 14
  • 15. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES PRINCPIO DA UNIDADE: segundo este princpio, o oramento deve ser uno, isto , deve existir apenas um oramento, e no mais que um para cada ente da federao em cada exerccio financeiro. Objetiva eliminar a existncia de oramentos paralelos. Est consagrado na Lei 4.320/1964: Art. 2. A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade. Logo, em atendimento ao princpio da unidade, deve existir apenas um oramento para cada ente da federao em cada exerccio financeiro. Veremos nas prximas questes que o princpio da exclusividade que tem como regra geral que a LOA no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa. Resposta: Errada. 14) (CESPE Contador Ministrio dos Esportes - 2008) As despesas seguem, assim como as receitas, o princpio da universalidade. PRINCPIO DA UNIVERSALIDADE: o oramento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta. Est tambm na Lei 4.320/1964: Art. 2. A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade. Art. 3. A Lei de Oramentos compreender todas as receitas, inclusive as de operaes de crdito autorizadas em lei. Art. 4. A Lei de Oramento compreender todas as despesas prprias dos rgos do Governo e da administrao centralizada, ou que, por intermdio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2.. www.pontodosconcursos.com.br 15
  • 16. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES O 5. do art. 165 se refere Universalidade, quando o constituinte determina a abrangncia da LOA: 5. A lei oramentria anual compreender: I o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico. Ateno: o 5. do art. 165 pode se referir tanto ao princpio da Universalidade como ao princpio da Unidade, pois os oramentos fiscal, de investimentos e da seguridade social so partes integrantes do todo e esto compreendidos numa mesma Lei Oramentria. Os examinadores normalmente tentam confundir os dois princpios nas provas. Cuidado: para ser compatvel com os dois princpios, o oramento uno deve conter todas as receitas e despesas do Estado. Um hipottico oramento uno que no contemplar todas as receitas e despesas estar de acordo apenas com a Unidade. Se for mais de um oramento contendo todas as receitas e despesas, eles estaro de acordo apenas com a Universalidade. Voltando nossa questo, ficou claro que tanto as despesas como as receitas seguem o princpio da universalidade. Resposta: Certa. 15) (CESPE ACE TCE/AC 2008) Pelo princpio da anualidade, a LOA deve dispor das alteraes na legislao tributria, que influenciaro as estimativas de arrecadao. www.pontodosconcursos.com.br 16
  • 17. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES PRINCPIO DA ANUALIDADE (OU PERIODICIDADE): o oramento deve ser elaborado e autorizado para um perodo de um ano, consoante nossa Constituio: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I o plano plurianual; II as diretrizes oramentrias; III os oramentos anuais. conhecido tambm como princpio da periodicidade, numa abordagem em que o oramento deve ter vigncia limitada a um exerccio financeiro. No Brasil, ele coincide com o ano civil, segundo o art. 34 da Lei 4.320/1964: Art. 34. O exerccio financeiro coincidir com o ano civil. Vrios artigos da Constituio remetem anualidade, como o 1. do art. 167: 1. Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. A Lei 4.320/1964 poderia ser alterada, porm no desconfiguraria o princpio da unidade. A anualidade no est relacionada ao ano civil, mas com o exerccio financeiro e o perodo de 12 meses, ou seja, a um perodo limitado de tempo. Os crditos adicionais especiais e extraordinrios autorizados nos ltimos quatro meses do exerccio podem ser reabertos no exerccio seguinte pelos seus saldos, se necessrio, e, neste caso, viger at o trmino desse exerccio financeiro. Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata de excees ao princpio da anualidade. Ateno: Anualidade princpio oramentrio, porm anterioridade no . Em vrias provas exigido que o candidato saiba que o princpio constitucional da anterioridade princpio tributrio e no oramentrio. www.pontodosconcursos.com.br 17
  • 18. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Logo, o princpio tributrio da anterioridade que tem relao direta com as alteraes na legislao tributria. Outro erro: j vimos que a LDO que deve dispor sobre as alteraes na legislao tributria. Segundo o 2.o do art. 165 da CF/1988: 2. A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. Resposta: Errada 16) (CESPE TFCE - TCU 2009) A lei oramentria anual no deve conter dispositivo estranho previso da receita e fixao de despesa, admitindose, contudo, preceito relativo autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. PRINCPIO DA EXCLUSIVIDADE: surgiu para evitar que o Oramento fosse utilizado para aprovao de matrias sem nenhuma pertinncia com o contedo oramentrio, em virtude da celeridade do seu processo. Determina que a lei oramentria no poder conter matria estranha previso das receitas e fixao das despesas. Exceo se d para as autorizaes de crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria (ARO). Por exemplo, o oramento no pode conter matria de direito penal. Possui previso na nossa Constituio, no 8.o do art. 165: 8. A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. www.pontodosconcursos.com.br 18
  • 19. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES E tambm no art. 7.o, I e II, da Lei 4.320/1964: Art. 7. A Lei de Oramento poder conter autorizao ao Executivo para: I Abrir crditos suplementares at determinada importncia obedecidas as disposies do artigo 43; II Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por antecipao da receita, para atender a insuficincias de caixa. O inciso II foi parcialmente prejudicado e deve ter sua leitura combinada com o art. 38 da LRF, por ser mais restritivo. Trataremos de ARO em aula especfica. Em resumo, este princpio significa que: PRINCPIO DA EXCLUSIVIDADE Regra: Lei Oramentria deve conter apenas previso de receitas e fixao de despesas. No entanto, admitem-se autorizaes para: crditos suplementares e apenas este; e operaes de crdito, mesmo que por antecipao de receita. A LRF define operao de crdito como compromisso financeiro assumido em razo de mtuo, abertura de crdito, emisso e aceite de ttulo, aquisio financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e servios, arrendamento mercantil e outras operaes assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. Entenda que a operao de crdito se assemelha a um emprstimo que o ente contrai para aumentar suas receitas e cobrir suas despesas. Por hora, basta guardar que as excees ao princpio da exclusividade so crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por ARO. Logo, segundo o princpio da exclusividade, a lei oramentria anual no deve conter dispositivo estranho previso da receita e fixao de despesa, www.pontodosconcursos.com.br 19
  • 20. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES admitindo-se, contudo, preceito relativo autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. Resposta: Certa. 17) (CESPE Analista Administrativo - ANTAQ 2009) Prevista na lei oramentria anual, a autorizao para abertura de crditos suplementares uma das excees de cumprimento do princpio do oramento bruto. PRINCPIO DO ORAMENTO BRUTO: existem despesas que, ao serem realizadas, geram receitas ao Ente Pblico. Por outro lado, existem receitas que, ao serem arrecadadas, geram despesas. Por exemplo, quando o Governo paga salrios, realiza despesas. No entanto, a partir de determinado valor, comea a incidir sobre a remunerao o Imposto de Renda, que uma receita para o Governo, descontada diretamente pela fonte pagadora. Assim, ao pagar o salrio de um servidor, efetuada uma despesa (salrio) que ao mesmo tempo gera uma receita (Imposto de Renda). O princpio do oramento bruto veda que as despesas ou receitas sejam includas no oramento nos seus montantes lquidos. Tambm est na Lei 4.320/1964: Art. 6. Todas as receitas e despesas constaro da Lei de Oramento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues. 1. As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a transferncia e, como receita, no oramento da que as deva receber. No nosso exemplo, considere uma carreira de alto escalo do Executivo, que tem como subsdio inicial R$ 13.000,00. Subtraindo os descontos de Imposto de Renda e Previdncia Social, o lquido gira em torno de R$ 9.000,00. Na lei oramentria, segundo o princpio do oramento bruto, devero constar todos esses itens, de receitas de despesas, e no somente a despesa lquida da Unio de R$ 9.000,00. www.pontodosconcursos.com.br 20
  • 21. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES No importa se o saldo lquido ser positivo ou negativo, o princpio do oramento bruto impede a incluso apenas dos montantes lquidos e determina a incluso de receitas e despesas pelos seus totais. Repare que a afirmativa da questo no tem relao com o princpio do oramento bruto. Prevista na lei oramentria anual, a autorizao para abertura de crditos suplementares uma das excees de cumprimento do princpio da exclusividade. Resposta: Errada. 18) (CESPE AFCE TCU 2009) A nica hiptese de autorizao para abertura de crditos ilimitados decorre de delegao feita pelo Congresso Nacional ao presidente da Repblica, sob a forma de resoluo, que fixar prazo para essa delegao. PRINCPIO DA QUANTIFICAO DOS CRDITOS ORAMENTRIOS: est consubstanciado no inciso VII do art. 167 da CF/1988, o qual veda a concesso ou utilizao de crditos ilimitados: Art. 167. So vedados: (...) VII a concesso ou utilizao de crditos ilimitados. Assim, no so admitidas dotaes ilimitadas, sem excees. Resposta: Errada. (CESPE Gesto Econmico-Financeira e de Custos - Min. da Sade - 2008) A respeito dos princpios oramentrios, julgue o prximo item. 19) O detalhamento da programao oramentria, em consonncia com o princpio da especializao, deve permitir a discriminao at onde seja necessrio para o controle operacional e contbil e, ao mesmo tempo, suficientemente agregativo para facilitar a formulao e a anlise das polticas pblicas. www.pontodosconcursos.com.br 21
  • 22. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES PRINCPIO DA ESPECIFICAO (OU ESPECIALIZAO OU DISCRIMINAO): determina que as receitas e despesas devam ser discriminadas, demonstrando a origem e a aplicao dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a funo de acompanhamento e controle do gasto pblico, evitando a chamada ao guarda-chuva, que aquela ao genrica, mal especificada, com demasiada flexibilidade. O princpio veda as autorizaes de despesas globais. A Lei 4.320/1964, em seu art. 5.o, cita que: Art. 5. A Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu pargrafo nico. As excees do art. 20 se referem aos programas especiais de trabalho, como os programas de proteo testemunha, que se tivessem especificao detalhada, perderiam sua finalidade. So tambm chamados de investimentos em regime de execuo especial. O 4. do art. 5. da LRF estabelece a vedao de consignao de crdito oramentrio com finalidade imprecisa, exigindo a especificao da despesa. Esse artigo apresenta outra exceo ao nosso princpio, que a reserva de contingncia (art. 5., III, da LRF). A reserva de contingncia tem por finalidade atender, alm da abertura de crditos adicionais, perdas que, embora sejam previsveis, so episdicas, contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituio, com vistas a enfrentar provveis perdas decorrentes de situaes emergenciais. Exemplo: despesas decorrentes de uma calamidade pblica, como uma enchente de grandes propores. Ateno: as excees dos programas especiais de trabalho e reserva de contingncia so quanto dotao global, pois no necessitam de www.pontodosconcursos.com.br 22
  • 23. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES discriminao. No confunda com dotao ilimitada, que aquela sem valores definidos. Exemplo: recursos para o programa de proteo testemunha. Dotao ilimitada seria no definir o valor no oramento ou colocar que se pode gastar o quanto for necessrio. No permitido, sem excees. J dotao global seria colocar dotao limitada, R$ 20 milhes para o programa, porm sem detalhamento. Tambm a regra seria no ser permitido, porm admite excees, como nesse programa, pois com um detalhamento poderia haver risco de morte para as testemunhas. Ateno de novo: no confundir Oramento Bruto com Discriminao. O princpio da discriminao (ou especializao ou especificao) determina que as receitas e despesas devam ser especificadas, demonstrando a origem e a aplicao dos recursos. Tem o objetivo de facilitar a funo de acompanhamento e controle do gasto pblico. J o princpio do oramento bruto impede a incluso apenas dos montantes lquidos e determina a incluso de receitas e despesas pelos seus totais, no importando se o saldo lquido ser positivo ou negativo. Por exemplo, a apurao e a divulgao dos dados da arrecadao lquida, sem a indicao das dedues previamente efetuadas a ttulo de restituies, fere o princpio do oramento bruto. Desta forma, o detalhamento da programao oramentria, em consonncia com o princpio da especializao (ou discriminao ou especificao), deve permitir a discriminao at onde seja necessrio para o controle operacional e contbil. Ao mesmo tempo em que pormenorizado, deve ser suficientemente agregativo para facilitar a formulao e a anlise das polticas pblicas, ou seja, necessria tambm uma composio em classificaes mais abrangentes para que se tenha uma viso geral das polticas pblicas. Resposta: Certa. www.pontodosconcursos.com.br 23
  • 24. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES 20) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Se o Poder Executivo Federal promover a transposio de recursos de uma categoria de programao oramentria para outra, ainda que com autorizao legislativa, incorrer em violao de norma constitucional. PRINCPIO DA PROIBIO DO ESTORNO: determina que o administrador pblico no pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorizao. Quando houver insuficincia ou carncia de recursos, deve o Poder Executivo recorrer abertura de crdito adicional ou solicitar a transposio, remanejamento ou transferncia, o que deve ser feito com autorizao do Poder Legislativo. Veja o dispositivo constitucional: Art. 167. So vedados: (...) VI a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa. Os termos remanejamento, transposio e transferncia so relacionados pela Constituio Federal s situaes de destinao de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro. Foram introduzidos na CF/1988 em substituio expresso estorno de verba, utilizada em constituies anteriores para indicar a mesma proibio. Essa a origem do princpio da proibio do estorno. A doutrina considera que so conceitos que devem ser definidos em lei complementar (ainda no editada), portanto no poderiam ser definidos por lei ordinria ou outro instrumento infralegal. Outros doutrinadores consideram que no h distino entre os termos. Por categoria de programao deve-se entender a funo, a subfuno, o programa, o projeto/atividade/operao especial e as categorias econmicas de despesas. www.pontodosconcursos.com.br 24
  • 25. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Em geral, essa solicitao encaminhada pelos rgos setoriais de oramento para a Secretaria de Oramento Federal (SOF), onde efetuada a anlise do pedido de transposio, remanejamento ou transferncia de categoria de programao para outra ou de um rgo para outro. Logo, o princpio da proibio do estorno veda a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa. Assim, se o Poder Executivo Federal promover a transposio de recursos de uma categoria de programao oramentria para outra, com autorizao legislativa, no incorrer em violao de norma constitucional. Resposta: Errada. 21) (CESPE ACE TCE/AC 2008) De acordo com o princpio do equilbrio, o oramento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, sendo que esse princpio est consagrado na legislao brasileira por meio da Constituio Federal e da Lei n. 4.320/1964. PRINCPIO DO EQUILBRIO ORAMENTRIO: visa assegurar que as despesas autorizadas no sero superiores previso das receitas. A LRF, em seu art. 4.o, I, a, determina que a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) trate do equilbrio entre Receitas e Despesas: Art. 4.o A lei de diretrizes oramentrias atender o disposto no 2.o do art. 165 da Constituio e: I dispor tambm sobre: a) equilbrio entre receitas e despesas. O art. 9. da LRF tambm trata do equilbrio das finanas pblicas. Determina que se verificado, ao final de um bimestre, que a realizao da receita poder no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministrio Pblico promovero, por ato prprio e nos montantes necessrios, nos trinta dias www.pontodosconcursos.com.br 25
  • 26. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES subsequentes, limitao de empenho e movimentao financeira, segundo os critrios fixados pela lei de diretrizes oramentrias. A CF/1988 realista quanto possibilidade de ocorrer dficit oramentrio, caso em que as receitas sejam menores que as despesas. Assim, o princpio do equilbrio no tem hierarquia constitucional. Mas contabilmente o oramento sempre estar equilibrado, pois tal dficit aparece normalmente nas operaes de crdito que, pelo art. 3. da Lei 4.320/1964, tambm devem constar do oramento. Voltando a nossa questo, de acordo com o princpio da universalidade, o oramento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, sendo que esse princpio est consagrado na legislao brasileira por meio da Constituio Federal e da Lei n. 4.320/1964. Resposta: Errada 22) (CESPE Procurador Federal AGU 2010) A vinculao de receita de impostos para a realizao de atividades da administrao tributria no fere o princpio oramentrio da no afetao. PRINCPIO DA NO AFETAO (OU NO VINCULAO) DAS RECEITAS: dispe que nenhuma receita de impostos poder ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos. Est na Constituio Federal, no art. 167, IV: Art. 167. So vedados: (...) IV a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades da administrao tributria, como determinado, www.pontodosconcursos.com.br 26
  • 27. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES respectivamente, pelos arts. 198, 2., 212 e 37, XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art. 165, 8., bem como o disposto no 4. deste artigo. Pretende-se, com isso, evitar que as vinculaes reduzam o grau de liberdade do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas despesas obrigatrias. EXCEES AO PRINCPIO DA NO VINCULAO: Repartio constitucional dos impostos; Destinao de recursos para a Sade; Destinao de recursos para o desenvolvimento do ensino; Destinao de recursos para a atividade de administrao tributria; Prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita; Garantia, contragarantia Unio e pagamento de dbitos para com esta (art. 167, 4.). Importante: caso o recurso seja vinculado, ele deve atender ao objeto de sua vinculao, mesmo que em outro exerccio financeiro. Veja o pargrafo nico do art. 8. da LRF: Pargrafo nico. Os recursos legalmente vinculados finalidade especfica sero utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculao, ainda que em exerccio diverso daquele em que ocorrer o ingresso. Ateno: o princpio veda a vinculao de impostos e no de tributos. Os examinadores gostam desta troca. A Constituio pode vincular outros impostos? Sim, por emenda constitucional podem ser vinculados outros impostos, mas por lei complementar, ordinria ou qualquer dispositivo infraconstitucional, no pode. Apenas os impostos no podem ser vinculados por lei infraconstitucional. Logo, a vinculao de receita de impostos para a realizao de atividades da administrao tributria no fere o princpio oramentrio da no afetao, pois se trata de uma das excees. www.pontodosconcursos.com.br 27
  • 28. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Resposta: Certa 23) (CESPE Analista Administrativo - ANATEL 2009) A incluso do servio da dvida no oramento pblico, na dcada de 80 do sculo passado, compatvel com vrios princpios oramentrios, entre os quais, pelo menos, a universalidade, o equilbrio e a clareza. PRINCPIO DA CLAREZA: o oramento pblico deve ser apresentado em linguagem clara e compreensvel a todas as pessoas que, por fora do ofcio ou interesse, precisam manipul-lo. Dispe que o oramento deve ser expresso de forma clara, ordenada e completa. Embora diga respeito ao carter formal, tem grande importncia para tornar o oramento um instrumento eficiente de governo e administrao. Cabe ressaltar que at a dcada de 1980 o que havia era um convvio simultneo com trs oramentos distintos: o oramento fiscal, o oramento monetrio e o oramento das estatais. No ocorria nenhuma consolidao entre eles. O oramento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O oramento monetrio e o das empresas estatais eram deficitrios, sem controle e, alm do mais, no eram votados. Como o dficit pblico e os subsdios mais importantes estavam no oramento monetrio, o Legislativo encontrava-se, praticamente, alijado das decises mais relevantes em relao poltica fiscal e monetria do Pas. O oramento monetrio era elaborado pelo Banco Central e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. Assim, a incluso do servio da dvida no oramento pblico, na dcada de 80 do sculo passado, compatvel com vrios princpios oramentrios, entre os quais, pelo menos, a universalidade (todas as receitas e despesas no oramento), o equilbrio (despesa fixada no superior receita estimada) e a clareza (expresso de forma clara, coordenada e completa). Resposta: Certa www.pontodosconcursos.com.br 28
  • 29. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES HISTRICO 24) (CESPE - Analista Judicirio STF - 2008) A adoo do oramento moderno est associada concepo do modelo de Estado que, desde antes do final do sculo XIX, deixa de caracterizar-se por mera postura de neutralidade, prpria do laissez-faire, e passa a ser mais intervencionista, no sentido de corrigir as imperfeies do mercado e promover o desenvolvimento econmico. Historicamente, a Carta Magna, outorgada no incio do Sculo XIII pelo Rei Joo Sem Terra, considerada o embrio do oramento, por meio de seu art. 12: Nenhum tributo ou auxlio ser institudo no Reino seno pelo seu conselho comum, exceto com o fim de resgatar a pessoa do Rei, fazer seu primognito cavaleiro e casar sua filha mais velha uma vez, e os auxlios sero razoveis em seu montante. Veja que esse artigo no trata da despesa pblica, mas aparece como a primeira tentativa formal de controle das finanas do Rei, ou trazendo para a atualidade, do Legislativo sobre o Executivo. E olha que interessante: j nasce com excees! Veja que a ideia permanece a mesma do nosso conceito atual! O oramento elaborado pelo Executivo e aprovado previamente pelo Legislativo, sendo que hoje tambm h excees. Por exemplo, temos os crditos extraordinrios, os quais so destinados a despesas urgentes e imprevisveis, tais como em casos de guerra ou calamidade pblica, e por isso so abertos pelo executivo antes da autorizao do Poder Legislativo. Neste tipo de crdito, a comunicao ao Legislativo deve ser feita imediatamente aps a abertura do crdito. No entanto, apenas por volta de 1822, na Inglaterra, o Oramento Pblico passa a ser considerado um instrumento formalmente acabado. Nessa poca, tem-se o desenvolvimento do liberalismo econmico, o que acarretava em oposio a quaisquer aumentos de carga tributria, necessrios para o www.pontodosconcursos.com.br 29
  • 30. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES crescimento das despesas pblicas. Nesta viso de oramento tradicional, tpica do liberalismo, as finanas pblicas deveriam ser neutras e o equilbrio financeiro impunha-se naturalmente pelo prprio mercado. Para o estudante relacionar com outras matrias, esse posicionamento vem ao encontro do conceito de mo invisvel de Adam Smith, para descrever que numa economia de mercado a interao dos indivduos resulta numa determinada ordem, sem a necessidade de interveno do Estado (laissez-faire). Assim, o aspecto econmico do Oramento tinha posio secundria, privilegiando o aspecto controle. Antes do final do mesmo sculo XIX, percebe-se que o Oramento elaborado com base na neutralidade no mais atendia s necessidades do Estado. Desenvolveu-se a tese de um Oramento moderno, o qual deveria ser um instrumento de administrao. Resposta: Certa 25) (CESPE - Analista Judicirio STF - 2008) Com a Constituio de 1891, que se seguiu Proclamao da Repblica, a elaborao da proposta oramentria passou a ser privativa do Poder Executivo, competncia que foi transferida para o Congresso Nacional somente na Constituio de 1934. Vamos falar agora resumidamente do Oramento em nossas Constituies: A Constituio Imperial de 1824 foi a pioneira nas exigncias para elaborao de oramentos formais. A competncia da proposta era do Executivo e da aprovao do Legislativo (assembleia-geral composta pelos deputados e senadores). Com a Repblica e a Constituio de 1891, a elaborao do oramento tornouse privativa do Congresso Nacional, com iniciativa da Cmara dos Deputados. Na Constituio outorgada de 1934, no governo de Getlio Vargas, o oramento passa a ter destaque, com captulo prprio. Ao Presidente da Repblica cabia a elaborao da proposta oramentria e, ao Legislativo, a votao. Assim, havia participao conjunta dos poderes, j que a Constituio no trazia limitaes ao poder de emendas do Legislativo. www.pontodosconcursos.com.br 30
  • 31. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Na Constituio de 1937, do Estado Novo, o oramento passa a ser elaborado por um departamento administrativo ligado Presidncia e votado pela Cmara e pelo Conselho Federal, o qual contava com membros nomeados pelo Presidente. Na prtica, era elaborado e decretado pelo Executivo. Com a redemocratizao na Constituio de 1946, voltamos elaborao pelo Executivo e votao com a possibilidade de emendas pelo Legislativo. Na Constituio de 1967 do Regime Militar, o Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovao, praticamente sem a possibilidade de emendas. E chegamos nossa Constituio atual de 1988. A competncia para a elaborao do Oramento do Executivo e, ao Legislativo, cabe a votao e a proposio de emendas. Tm-se ainda novidades como a LDO e o PPA. Logo, com a Constituio de 1891, que se seguiu Proclamao da Repblica, a elaborao da proposta oramentria passou a ser privativa do Congresso Nacional, competncia que foi compartilhada com o Poder Executivo somente na Constituio de 1934. Resposta: Errada 26) (CESPE Analista Judicirio Administrao - TRE/BA 2010) No perodo do regime autoritrio (1964-1984), o processo oramentrio brasileiro foi completamente reorganizado com o fortalecimento do Poder Legislativo e a recuperao do oramento fiscal, que expressava a totalidade das receitas e das despesas pblicas. No perodo do regime militar (1964-1984), o Poder Legislativo foi enfraquecido. Na Constituio de 1967, o Executivo elaborava a proposta e cabia ao Legislativo a aprovao, praticamente sem a possibilidade de emendas. Relembro que at a dcada de 1980 o que havia era um convvio simultneo com trs oramentos distintos: o oramento fiscal, o oramento monetrio e o oramento das estatais. No ocorria nenhuma consolidao entre eles. O oramento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo, porm www.pontodosconcursos.com.br 31
  • 32. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES enfraquecido, pois o dficit pblico e os subsdios mais importantes estavam no oramento monetrio. Logo, a LOA no respeitava o princpio da universalidade. Resposta: Errada 27) (CESPE Planejamento e Execuo Oramentria Min. da Sade 2008) Na vigncia da Constituio de 1967, o oramento da Unio no obedecia ao princpio da universalidade. Na vigncia da Constituio de 1967, do regime militar, o oramento da Unio no obedecia ao princpio da universalidade, j que o dficit pblico e os subsdios mais importantes estavam no oramento monetrio, sem consolidao com o Oramento Fiscal. Resposta: Certa ORAMENTO IMPOSITIVO E AUTORIZATIVO 28) (CESPE Gesto Econmico-Financeira e de Custos- Min. da Sade-2008) As superestimativas de receita na proposta oramentria somente so possveis porque a lei oramentria anual tem o carter autorizativo. Os oramentos pblicos podem ainda ser classificados em oramentos de natureza impositiva e de natureza autorizativa: Oramento impositivo: aquele em que, uma vez consignada uma despesa no oramento, ela deve ser necessariamente executada. Nesta viso, o oramento, por se tratar de uma lei, deve ser rigorosamente cumprido. Oramento autorizativo: no existe obrigatoriedade de execuo das despesas consignadas no oramento pblico, j que o Poder Pblico tem a discricionariedade para avaliar a convenincia e oportunidade do que deve ou no ser executado. O STF entende que em nosso pas o oramento no impositivo, mas sim autorizativo. O fato de ser fixada uma despesa na LOA no gera o direito de exigncia de sua realizao www.pontodosconcursos.com.br 32
  • 33. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES por via judicial. O intuito de superestimar a receita da LOA para aumentar tambm a despesa, acomodando interesses polticos, j que pelo princpio do equilbrio, os valores totais de receitas e despesas devem ser iguais. As superestimativas de receita em uma proposta oramentria somente so possveis porque a LOA tem o carter autorizativo, ou seja, no existe obrigatoriedade de execuo das despesas consignadas. Caso a LOA tivesse carter impositivo, todas as despesas deveriam ser necessariamente executadas, logo no seria possvel criar receitas fictcias que no se efetivariam para cobrir as despesas. Resposta: Certa FUNES CLSSICAS DO ORAMENTO 29) (CESPE Consultor do Executivo SEFAZ/ES 2010) A interveno do Estado na economia, justificada pela funo distributiva, tem por objetivo complementar a ao privada, por meio do oramento pblico, com investimentos em infraestrutura e proviso de bens meritrios. O Governo desenvolve funes com objetivos especficos, porm relacionados, utilizando os instrumentos de interveno de que dispe o Estado. A classificao cobrada em concursos a de Richard Musgrave, a qual se tornou clssica. Ele props uma classificao denominada de funes fiscais. Entretanto, considerando o oramento como principal instrumento de ao do Estado na economia, o prprio autor as considera tambm como as prprias funes do Oramento: alocativa, distributiva e estabilizadora. A funo alocativa visa promoo de ajustamentos na alocao de recursos. o Estado oferecendo determinados bens e servios necessrios e desejados pela sociedade, porm que no so providos pela iniciativa privada. O setor pblico pode atuar produzindo diretamente os produtos e servios ou via mecanismos que propiciem condies para que sejam viabilizados pelo www.pontodosconcursos.com.br 33
  • 34. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES setor privado. Tal funo evidenciada quando no setor privado no h a necessria eficincia de infraestrutura econmica ou proviso de bens pblicos e bens meritrios. Investimentos na infraestrutura econmica so fundamentais para o desenvolvimento, porm so necessrios altos valores com retornos demorados que muitas vezes desestimulam a iniciativa do setor privado nessa rea. Quanto aos bens pblicos e meritrios, suas demandas possuem caractersticas peculiares que tornam invivel seu fornecimento pelo sistema de mercado. Bens pblicos so aqueles usufrudos pela populao em geral e de uma forma indivisvel, independentemente de o particular querer ou no usufruir desse bem. J os bens meritrios excluem a parcela da populao que no dispe de recursos para o pagamento. Assim, podem ser explorados pelo setor privado, no entanto podem e devem tambm ser produzidos pelo Estado, em virtude de sua importncia para a sociedade, como a educao e a sade. Logo, a interveno do Estado na economia, justificada pela funo alocativa, tem por objetivo complementar a ao privada, por meio do oramento pblico, com investimentos em infraestrutura e proviso de bens meritrios. Resposta: Errada 30) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) As transferncias, da mesma forma que os tributos, so mecanismos utilizados pelos governos para promoverem ajustes na distribuio de renda de uma populao, com o objetivo de transferirem recursos da iniciativa privada para o setor pblico. A funo distributiva visa promoo de ajustamentos na distribuio de renda. Surge em virtude da necessidade de correes das falhas de mercado, inerentes ao sistema capitalista. Os instrumentos mais usados para o ajustamento so os sistemas de tributos e as transferncias. Cita-se como exemplo de medida distributiva o imposto de renda progressivo, realocando as receitas para programas de alimentao, transporte e moradia populares. Outro exemplo a concesso de subsdios aos bens de consumo popular, www.pontodosconcursos.com.br 34
  • 35. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES financiados por tributos incidentes sobre os bens consumidos pelas classes de rendas mais altas. Os tributos transferem recursos da iniciativa privada para o setor pblico. No entanto, as transferncias so mecanismos utilizados pelos governos para promoverem ajustes na distribuio de renda de uma populao, com o objetivo de transferirem recursos do setor pblico para os mais necessitados do setor privado. Resposta: Errada 31) (CESPE Analista Judicirio TST 2008) A utilizao da poltica oramentria para os propsitos de estabilizao econmica implica promover ajustes no nvel da demanda agregada, expandindo-a ou restringindo-a, e provocando a ocorrncia de dficits ou supervits. A funo estabilizadora visa a manter a estabilidade econmica, diferenciando-se das outras funes por no ter como objetivo a destinao de recursos. O campo de atuao dessa funo principalmente a manuteno de elevado nvel de emprego e a estabilidade nos nveis de preos. Destaca-se ainda a busca do equilbrio no balano de pagamentos e de razovel taxa de crescimento econmico. O mecanismo bsico da estabilizao a atuao sobre a demanda agregada, que representa a quantidade de bens ou servios que a totalidade dos consumidores deseja e est disposta a adquirir por determinado preo e em determinado perodo. Assim, a funo estabilizadora age na demanda agregada de forma a aument-la ou diminu-la. Resposta: Certa 32) (CESPE AFCE - TCU 2008) A teoria de finanas pblicas consagra ao Estado o desempenho de trs funes primordiais: alocativa, distributiva, e estabilizadora. A funo distributiva deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens e servios de consumo coletivo. Como esses bens www.pontodosconcursos.com.br 35
  • 36. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES e servios so indispensveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu oramento para produzi-los e satisfazer sua demanda. Novamente: a funo alocativa visa promoo de ajustamentos na alocao de recursos. o Estado oferecendo determinados bens e servios necessrios e desejados pela sociedade, porm que no so providos pela iniciativa privada. O setor pblico pode atuar produzindo diretamente os produtos e servios ou via mecanismos que propiciem condies para que sejam viabilizados pelo setor privado. Assim, a funo alocativa deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de bens e servios de consumo coletivo. Como esses bens e servios so indispensveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu oramento para produzi-los e satisfazer sua demanda. Resposta: Errada 33) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Aps a Segunda Guerra Mundial, os dficits pblicos excessivamente altos e a crise econmica mundial levaram assinatura do Acordo de Bretton Woods e criao do Banco Mundial e do Fundo Monetrio Internacional (FMI). correto afirmar que, nessas circunstncias, a maior preocupao dos formuladores de polticas pblicas devia ser com a funo alocativa dos governos. Em situaes de crise econmica, a maior preocupao dos formuladores de polticas pblicas deveria ser com a funo estabilizadora dos governos. O campo de atuao dessa funo principalmente a manuteno de elevado nvel de emprego e a estabilidade nos nveis de preos. Destaca-se ainda a busca do equilbrio no balano de pagamentos e de razovel taxa de crescimento econmico. Resposta: Errada www.pontodosconcursos.com.br 36
  • 37. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES ESPCIES DE ORAMENTO 34) (CESPE ACE TCE/TO - 2008) Oramento programa o oramento clssico, confeccionado com base no oramento do ano anterior e acrescido da projeo de inflao. Com o passar do tempo, o conceito, as funes e a tcnica de elaborao do Oramento Pblico foram alterados. Acabaram por evoluir para que pudessem se aprimorar e racionalizar sua utilizao, tornando-se um instrumento da moderna administrao pblica, com uma concepo de oramento como um ato preventivo e autorizativo das despesas que o Estado deve efetuar para atingir objetivos e metas programadas. Essas alteraes foram motivadas por novas teorias e tcnicas que se difundiram ao redor do mundo, sendo chamadas de espcies ou por outros autores tambm de tipos de oramento. ORAMENTO TRADICIONAL OU CLSSICO: a falta de planejamento da ao governamental uma das principais caractersticas do oramento tradicional. Constitui-se num mero instrumento contbil e baseia-se no oramento do exerccio anterior, ou seja, enfatiza atos passados. Demonstra uma despreocupao do gestor pblico com o atendimento das necessidades da populao, pois considera apenas as necessidades financeiras das unidades organizacionais. Assim, nesta espcie de oramento no h preocupao com a realizao dos programas de trabalho do governo, importando-se apenas com as necessidades dos rgos pblicos para realizao das suas tarefas, sem questionamentos sobre objetivos e metas. Predomina o incrementalismo. uma pea meramente contbil financeira , sem nenhuma espcie de planejamento das aes do governo. Portanto, somente um documento de previso de receita e de autorizao de despesas. www.pontodosconcursos.com.br 37
  • 38. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Logo, o oramento clssico o tradicional e este tipo de oramento que adota o incrementalismo, baseando-se no oramento anterior acrescido da inflao projetada. Veremos o oramento-programa nas prximas questes. Resposta: Errada 35) (CESPE Tcnico Administrativo ANTAQ 2009) O oramento de desempenho, tambm identificado como oramento moderno, aquele elaborado com base nos programas de trabalho de governo que sero executados durante o exerccio financeiro. ORAMENTO DE DESEMPENHO OU POR REALIZAES: enfatiza o resultado dos gastos e no apenas o gasto em si. A nfase reside no desempenho organizacional. Caracteriza-se pela apresentao de dois quesitos: o objeto de gasto (secundrio) e um programa de trabalho contendo as aes desenvolvidas. Nessa espcie de oramento, o gestor comea a se preocupar com os benefcios dos diversos gastos e no apenas com seu objeto. Apesar da evoluo em relao ao oramento clssico (tradicional), o oramento de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das aes do governo, ou seja, nesse modelo oramentrio inexiste um instrumento central de planejamento das aes do governo vinculado pea oramentria. Apresenta, assim, uma deficincia, que a desvinculao entre planejamento e oramento. No entanto, o oramento identificado como moderno o oramentoprograma. Resposta: Errada. 36) (CESPE Analista Ambiental- Administrao e Planejamento MMA - 2008) O oramento base-zero caracteriza-se como um modelo do tipo racional, em que as decises so voltadas para a maximizao da eficincia na alocao dos recursos pblicos. Adota-se, como procedimento bsico, o questionamento www.pontodosconcursos.com.br 38
  • 39. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES de todos os programas em execuo, sua continuidade e possveis alteraes, em confronto com novos programas pretendidos. ORAMENTO DE BASE ZERO OU POR ESTRATGIA: consiste basicamente em uma anlise crtica de todos os recursos solicitados pelos rgos governamentais. Nesse tipo de abordagem, na fase de elaborao da proposta oramentria, haver um questionamento acerca das reais necessidades de cada rea, no havendo compromisso com qualquer montante inicial de dotao. Alguns autores consideram que o oramento de base zero uma tcnica do Oramento-Programa. O processo do oramento de base zero concentra a ateno na anlise de objetivos e necessidades, o que requer que cada administrador justifique seu oramento proposto em detalhe e cada quantia a ser gasta, aumentando a participao dos gerentes de todos os nveis no planejamento das atividades e na elaborao dos oramentos. Esse procedimento requer ainda que todas as atividades e operaes sejam identificadas e classificadas em ordem de importncia por meio de uma anlise sistemtica. So confrontados os novos programas pretendidos com os programas em execuo, sua continuidade e suas alteraes. Isso faz com que os gerentes de todos os nveis avaliem melhor a aplicao eficiente das dotaes em suas atividades. Os rgos governamentais devero justificar anualmente, na fase de elaborao da sua proposta oramentria, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mnimo. Resposta: Certa. (CESPE Analista Judicirio Administrao - TRE/BA 2010) Um dos objetivos estratgicos do TRE/BA consiste em aprimorar a comunicao com o pblico externo. Para tanto, o plano de atuao institucional do Tribunal estabeleceu como objetivo: Aprimorar a comunicao com o pblico externo, com linguagem clara e acessvel, disponibilizando, com transparncia, www.pontodosconcursos.com.br 39
  • 40. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES informaes sobre o papel, as aes e as iniciativas do TRE/BA, o andamento processual, os atos judiciais e administrativos, os dados oramentrios e de desempenho operacional. Internet: (com adaptaes). Tendo como referncia o texto acima, julgue os itens seguintes acerca de planejamento e transparncia de informaes oramentrias. 37) O oramento-programa permite a alocao de recursos visando consecuo de objetivos e metas, alm da estrutura do oramento ser direcionada para os aspectos administrativos e de planejamento, o que vai ao encontro do planejamento e da gesto estratgica do TRE/BA. ORAMENTO-PROGRAMA: o programa o instrumento de organizao da atuao governamental que articula um conjunto de aes que concorrem para a concretizao de um objetivo comum preestabelecido, mensurado por indicadores institudos no plano, visando soluo de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. Assim, o oramento-programa um instrumento de planejamento da ao do governo, por meio da identificao dos seus programas de trabalho, projetos e atividades, com estabelecimento de objetivos e metas a serem implementados e previso dos custos relacionados. O programa surgiu como o mdulo comum integrador entre o plano e o oramento. Em termos de estruturao o plano termina no programa e o oramento comea no programa, o que confere a esses instrumentos uma integrao desde a origem. O programa, como mdulo integrador, e as aes, como instrumentos de realizao dos programas. Essa concepo inicial foi modificada a partir dos PPAs 2000/2003 e 2004/2007, elaborados com nvel de detalhamento de ao. Por meio do oramento-programa, tem-se o estabelecimento de objetivos e a quantificao de metas, com a consequente formalizao de programas visando ao atingimento das metas e alcance dos objetivos. Com este modelo passa a existir um elo entre o planejamento e as funes executivas da organizao. o tipo de oramento utilizado no Brasil. www.pontodosconcursos.com.br 40
  • 41. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Logo, o oramento-programa permite a alocao de recursos visando consecuo de objetivos e metas, alm da estrutura do oramento ser direcionada para os aspectos administrativos e de planejamento, o que vai ao encontro do planejamento e da gesto estratgica do TRE/BA. Resposta: Certa. 38) (CESPE AFCE TCU 2009) Um dos desafios do oramento-programa a definio dos produtos finais de um programa de trabalho. Certas atividades tm resultados intangveis e que, particularmente na administrao pblica, no se prestam medio, em termos quantitativos. A organizao das aes do Governo sob a forma de programas visa proporcionar maior racionalidade e eficincia na administrao pblica e ampliar a visibilidade dos resultados e benefcios gerados para a sociedade, bem como elevar a transparncia na aplicao dos recursos pblicos. Portanto, o oramento-programa procura levar os decisores pblicos a uma escolha racional, que maximize o dinheiro do contribuinte, destinando os recursos pblicos a programas e projetos de maior necessidade. A definio dos produtos finais de um programa de trabalho um dos desafios do oramento-programa, j que algumas atividades tambm adicionam valores intangveis, em complemento aos fsicos, como uma ao de qualificao do servidor. O nmero de servidores qualificados um resultado tangvel, porm a capacidade de inovao, a melhora do processo de trabalho, a reteno de talentos no servio pblico e a satisfao do cidado atendido pelo servidor so metas bem mais subjetivas. difcil para os sistemas contbeis mensurarem esse tipo de valor e, particularmente, na administrao pblica, h dificuldades para a medio, em termos quantitativos. Resposta: Certa 39) (CESPE Analista INSS 2008) A tradicional classificao da despesa pblica por elementos um critrio embasado no objeto do dispndio. Com a adoo do oramento-programa, a nfase em sua concepo transferida dos www.pontodosconcursos.com.br 41
  • 42. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES meios para os fins, priorizando-se a classificao funcional e a estrutura programtica. Ateno: o oramento tradicional quase sempre aparece em contraponto a outro tipo de oramento, normalmente o oramento-programa: ORAMENTO TRADICIONAL X ORAMENTO-PROGRAMA TRADICIONAL PROGRAMA Dissociao entre planejamento e oramento Integrao entre planejamento e oramento Visa aquisio de meios Visa a objetivos e metas Consideram-se as necessidades financeiras Consideram-se as anlises das alternativas das unidades disponveis e todos os custos nfase nos aspectos contbeis nfase nos aspectos administrativos e de planejamento Classificao principal por unidades Classificao principal: funcional- administrativas e elementos programtica Acompanhamento e aferio de resultados Utilizao sistemtica de indicadores para praticamente inexistentes acompanhamento e aferio dos resultados Controle da legalidade e honestidade do Controle visa a eficincia, eficcia e gestor pblico efetividade Observando o quadro, vemos que a classificao da despesa pblica por elementos um critrio embasado no objeto do dispndio, caracterstico do oramento tradicional. Com a adoo do oramento-programa, a nfase em sua concepo transferida dos meios para os fins, priorizando-se a classificao funcional e a estrutura programtica. Resposta: Certa www.pontodosconcursos.com.br 42
  • 43. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES 40) (CESPE Administrador Ministrio da Previdncia Social 2010) Uma das vantagens apontadas com a adoo do oramento participativo a sua maior legitimidade, com a substituio do Poder Legislativo pela participao direta da comunidade nas decises sobre a alocao das dotaes. ORAMENTO PARTICIPATIVO: o oramento participativo no se ope ao oramento-programa. Na verdade, trata-se de um instrumento que busca romper com a viso poltica tradicional e colocar o cidado como protagonista ativo da gesto pblica. Objetiva a participao real da populao no processo de elaborao e a alocao dos recursos pblicos de forma eficiente e eficaz segundo as demandas sociais. Dessa forma, democratiza-se a relao Estado e Sociedade. O processo de oramento participativo tem a necessidade de um contnuo ajuste crtico, baseado em um princpio de autorregulao, com o intuito de aperfeioar os seus contedos democrticos e de planejamento, e assegurar a sua no estagnao. Assim, no possui uma metodologia nica. Alm disso, os problemas so diferentes de acordo com o tamanho dos municpios, principais implementadores do processo. Ressalta-se que, apesar de algumas experincias na esfera estadual, na experincia brasileira o Oramento Participativo foi concebido e praticado inicialmente como uma forma de gerir os recursos pblicos municipais. No nosso pas, destaca-se a experincia da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. No h perda da participao do Legislativo e nem diretamente de legitimidade. H um aperfeioamento da etapa que se desenvolveria apenas no Executivo. No oramento participativo, a comunidade considerada a parceira do Executivo no processo oramentrio. O que ocorre que muitas vezes desigualdades socioeconmicas tendem a criar obstculos participao dos grupos sociais desfavorecidos. www.pontodosconcursos.com.br 43
  • 44. J O E L M A I R I S S O U Z A D A S I L V A , C P F : 0 4 7 5 3 4 1 3 7 6 4 CURSO ON-LINE PACOTE DE QUESTES COMENTADAS P/ MPU AFO - ANALISTA ADMINISTRATIVO PROFESSOR: SRGIO MENDES Quando a deciso est nas mos de poucos, torna-se mais rpida a mudana de direo ou de opinies. Em um oramento como o participativo, so feitas vrias reunies em diversas regies para se chegar a uma concluso. Em caso de necessidade de mudanas, muito trabalhoso efetu-las. Por isso no oramento participativo considera-se que h uma perda da flexibilidade. Ocorre uma maior rigidez na programao dos investimentos, pois se tem uma deciso compartilhada com a comunidade, ao contrrio da deciso monopolizada pelo Executivo no processo tradicional. Segundo a LRF, deve ser incentivada a participao popular e a realizao de audincias pblicas durante os processos de elaborao das leis oramentrias. No entanto, segundo a CF/1988, a iniciativa das leis oramentrias privativa do Poder Executivo. Assim, o Poder Executivo no obrigado a seguir as sugestes da populao, no entanto deve ouvi-las. Logo, uma das vantagens apontadas com a adoo do oramento participativo a sua ma