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Desenvolver e gerir repositórios de conhecimento
Anabela Mesquita
Objectivos da aula
1. Descrever as características chave de um repositório de conhecimento
2. Desenhar o mapa do conhecimento e ver como este pode ajudar a recordar factos / momentos passados
3. Descrever os processos envolvidos na criação do mapa do conhecimento e traçar as principais características referentes à construção de uma taxonomia do conhecimento
Objectivos da aula (cont.)
4. Discutir os métodos de identificação das fontes de conhecimento
5. Avaliar a qualidade do design do repositório tendo em atenção o interface a disponibilizar ao utilizador
6. Explicar como se pode determinar a qualidade dos repositórios
Objectivos da aula (cont.)
7. Providenciar orientações de como o repositório de conhecimento pode ser mantido eficazmente para assegurar condutas relevantes
8. Desenvolver uma estratégia de arquivo de conhecimento eficaz para a gestão do conhecimento
Introdução
Os repositórios do conhecimento são mecanismos importantes para a gestão de conteúdos de uma forma sistemática e metódica.
Mas o seu valor real emerge apenas quando ele é gerido de forma sistemática, fornecendo um único ponto de acesso a todas as actividades e fontes de conhecimento
Os repositórios são desenhados para optimizar o trabalho dos funcionários, pelo que necessitam de um bom planeamento e gestão
Vamos ver 2 processos Desenvolvimento de um repositório Processo de criação de um mapa do conhecimento que
ajuda na estruturação do conteúdo do repositório
Repositórios de conhecimento
Objectivos: Fazer a ligação entre os utilizadores e o conhecimento
nuclear Constituir um único ponto de entrada para ajudar os
utilizadores a encontrar informação relevante a partir de diversas fontes
Codificar o conhecimento explicito de uma maneira lógica, ajudando à sua posterior identificação e utilização
Permitir que os utilizadores usem as fontes (pessoas, grupos, websites, políticas, etc)
Constituir um veículo que contribua para um novo conhecimento
Providenciar serviços de conhecimento personalizados
Repositórios de conhecimento (cont.)
Os repositórios são compostos por muitas formas diferentes de conhecimento. Pelo menos 4 tipos de conhecimento estão representados:
Factual – terminologia, detalhes específicos e elementos ou práticas organizacionais
Conceptual – teorias, modelos, princípios e generalizações Processual – competências, técnicas e métodos Meta-cognitive – aprender, pensar, resolução de problemas
Podem ser representados de diversas formas. Ex: Conteúdo – como tópicos, projectos, relatórios Metodologias – abordagens de investigação, modelos e
apresentação de dados Desenvolvimento longitudinal – documentos sobre casos
Repositórios de conhecimento (cont.)
Características do repositório do conhecimento
Ligações a fontes organizacionais e externas Fóruns de comunicação Estudos de casos e histórias Tópicos de discussão Canais de distribuição Referência de materiais e fontes Índices e assistência ao utilizador Motores de busca
Desenvolvimento do repositório
Estrutura de conteúdosControlo da qualidade
dos conteúdos
Mapa do conhecimento
Descrição das fontes
Identificação das fontes
Análise da interface
Avaliação e verificação dos conteúdos
Manutenção dos conteúdos
Arquivo dos conteúdos
Repositório do conhecimento
nuclear
Repositórios de conhecimento efectivo (cont.)
Traçar a estrutura dos conteúdos Os repositórios são construídos tendo por base mapas
de conhecimento que guiam os utilizadores para as fontes apropriadas
Objectivo final: poupar o tempo e o esforço dos utilizadores para estes encontrarem o máximo número de fontes apropriadas
O mapa indica uma direcção apontando para onde e quais as fontes a serem identificadas e ilustra de que forma o conhecimento está estruturado no repositório
Mostra os conteúdos intelectuais e organizacionais Permite uma recuperação bem sucedida da
informação (recuperação e precisão)
Repositórios de conhecimento (cont.)
Criar o mapa do conhecimento Integra os conceitos relacional e operacional Funciona como uma ontologia: uma
classificação formal da estrutura organizacional do conhecimento, assegurando que todos os elementos importantes são capturados e aí reflectidos
A ontologia do mapa do conhecimento
Fonte: S. Robertson, ‘A tale of two knowledge sharing systems’, Journal of Knowledge Management, vol. 6, no. 3, 2002, p. 297)
Repositórios de conhecimento (cont.)
Criar um mapa do conhecimento O mapa baseia-se em taxonomias que descrevem as
várias abordagens relacionais e operacionais ao conhecimento da organização
Cada taxonomia fornece uma hierarquia multinível, partindo dos conteúdos gerais para os específicos
Pode permitir a procura por áreas de conhecimento mais amplos ou a partir de aspectos mais específicos, dependendo das necessidades e do campo de conhecimento do utilizador
Amostra de uma hierarquia na taxonomia
Actividades estratégicas
Planeamento organizacionalGestão de Recursos HumanosGestão FinanceiraGestão de ProjectosGestão de relacionamento com os clientes
Registros dos clientesPesquisa de MercadoCampanhasServiço ao cliente
Acordo do serviço ao clienteTreino de cuidados a ter com o clienteDocumento das políticasFeedback do cliente
Manipulação das queixas
Repositórios de conhecimento efectivo (cont.)
Criar um mapa do conhecimento Enciclopédia (Thesaurus) — lista alfabética e
hierárquica das áreas dos conteúdos do conhecimento recorrendo a descritores para descrever o índice Descritores são palavras chave que descrevem o
conteúdo listado no thesaurus e que são incorporados no repositório
Podem incluir definições do conteúdo e fornecer uma explicação sobre a forma como ele é aplicado na organização, bem como as suas interligações com outro conhecimento
Tal base explicativa pode ser uma óptima ajuda, sobretudo para os principiantes
As principais características das enciclopédias do conhecimento
As principais características das enciclopédias do conhecimento
Repositórios de conhecimento (cont.)
Identificar temas estruturais para incluir no mapa do conhecimento
A profundidade e abrangência do mapa vão determinar a sua utilidade. Quanto mais completa, maior o seu valor. No entanto é preciso ter em conta o tempo necessário dispendido no seu desenvolvimento
Conhecimento sustentado pelos indivíduos Boas práticas Experiências passadas Produtos, serviços e processos Peritos de rede Base de dados de clientes Alcance dos recursos intelectuais
Repositórios de conhecimento efectivo (cont.)Gerar títulos de taxonomia Operacional:
Descrição de funções e de posições estratégicas Mapas causais com documentos que descrevem
processos. Análise e classificação de áreas chave, actividades e
resultados Relacional:
Taxonomias profissionais autoritárias, tais como bibliotecas
Outras empresas que já desenvolveram repositórios Fornecedores comerciais que podem contribuir com
conhecimento para discutir e recolher termos usados localmente
Os termos devem ser acessíveis e ter significados para a comunidade
Repositórios de conhecimento (cont.)
Descrição das fontes Aumento da classificação das fontes baseado na
metatags etiquetas usadas para classificar o sistema de acordo com
diversas categorias tais como: autor, data da contribuição, nível de acesso, nomes para contacto, título dos projectos, etc.
Os modelos e a uniformização podem apoiar na classificação dos dados Modelos – cada criador de conhecimento tem à sua
disposição um formato que lhe indica qual a informação a ser registada
Na definição de metatags devem utilizar-se etiquetas muito precisas / concretas pois tal ajuda na recuperação dos dados
Repositórios de conhecimento (cont.)
Análise da interface Acessibilidade apresentada pelo ecrã
A complexidade, os ícones, as cores usadas e o design geral têm que reflectir a melhor forma de exploração
Navegação Facilidade de recuperação e alojamento das
contribuições Sistema de segurança Ferramentas e outras ajudas – permitir o acesso a
outros sites e serviços e permitir que o utilizador desenvolva perfis individuais
Criação de um interface amigável para o repositório de conhecimento
Criação de um interface amigável para o repositório de conhecimento
Desenvolvimento do repositório
Estrutura de conteúdosControlo da qualidade
dos conteúdos
Mapa do conhecimento
Descrição das fontes
Identificação das fontes
Análise da interface
Avaliação e verificação dos conteúdos
Manutenção dos conteúdos
Arquivo dos conteúdos
Repositório do conhecimento
nuclear
Controlo da qualidade do repositório
Principais elementos para o controlo da qualidade do repositório Assegurar o valor e a adequação das fontes de
forma a que os utilizadores se sintam seguros em relação à validade das fontes
Monitorar a relevância e aplicabilidade do repositório
Verificar a credibilidade dos dados Arquivar as fontes que já não são utilizadas,
relevantes ou precisas
Controlo da qualidade do repositório (cont.)
Verificação / avaliação dos conteúdos Vida do conhecimento – descreve durante quanto
tempo uma fonte de conhecimento terá valor Formas de assegurar o controlo da qualidade:
Metatags descrevendo a autoria Sinopse do conteúdo, autoria, sumário, descrição dos
elementos importantes, descrição do tipo de utilizadores que podem achar relevante o conteúdo, descrição da forma como o material está estruturado e organizado
Perfil do contribuinte O seu título, história, qualificações, projectos passados,
publicações, parcerias, patentes, contribuições, áreas do conhecimento
Exactidão de entradas / política editorial
Controlo da qualidade do repositório (cont.)
Verificação / avaliação dos conteúdos Agentes do conhecimento
Regulam o estilo das entradas, monitoram a sua qualidade Utilizadores podem agir como agentes que vetam ou
aprovam as entradas. 2 métodos podem ser utilizados: Filtragem downstream – envolve os utilizadores num
processo de filtragem colaborativa, através da definição de critérios, classificação de objectos de conhecimento e sua etiquetagem. Controlo de qualidade bottom-up que cria um grande sentimento de pertença mas com implicações pois os utilizadores dispendem bastante tempo na gestão do sistema
Filtragem upstream – ocorre quando uma 3ª pessoa intervem na monitorização da qualidade do repositório, verificando e ajustando os registos para manter a sua consistência e qualidade
Controlo da qualidade do repositório (cont.)
Manutenção dos conteúdos O conhecimento é corrente? Mudanças da terminologia, alteração do foco do negócio As áreas do conhecimento que determinaram o
desenvolvimento do repositório podem, gradualmente, ter-se alterado
As pessoas que constituíam fontes de conhecimento específico podem ter deixado a organização ou desempenharem papeis diferentes
A manutenção do repositório necessita de um elevado compromisso de recursos
Taxonomia e monitorização do descritor Manter a exactidão das fontes de informação
Controlo da qualidade do repositório (cont.)
Arquivo dos conteúdos Gestão de arquivos
Processo de determinar a vida do conhecimento de um objecto e desenvolver uma estratégia para a preservação de fontes críticas ou remover items desnecessários
Formas de rever fontes de valor questionável: As fontes podem ser revistas pelos utilizadores, peritos,
painéis de peritos ou auditores Usabilidade Valor percebido Rotulado conforma a importância
Conclusão
Os repositórios do conhecimento são mais eficazes se estiverem estruturados de uma forma sistemática
Estratégias que podem ser consideradas: desenvolvimento de ontologias, enciclopédias, utilização de metatags, forte controlo da qualidade
Os comportamentos correntes e a integridade do sistema necessitam de ser, rigorosamente, preservados e protegidos