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Efeitos Colaterais Bucais Decorrentes da Cirurgia Bariátrica AUTORA: Thaís Moraes da Silva ORIENTADORA: Profª Dulce Helena Cabelho Passarelli.

Efeitos colaterais bucais decorrentes da cirurgia bariátrica

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Apresentação TCC UNICID 2009

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Page 1: Efeitos colaterais bucais decorrentes da cirurgia bariátrica

Efeitos Colaterais Bucais

Decorrentes da Cirurgia

Bariátrica

AUTORA: Thaís Moraes da Silva

ORIENTADORA: Profª Dulce Helena Cabelho Passarelli.

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A obesidade mórbida é uma doença que afeta muitos indivíduos. Otratamento mais eficaz nestes casos é a cirurgia bariátrica, que tem porfinalidade diminuir o volume do estômago. A cirurgia bariátrica se divide emtrês técnicas: restritivas, diabsortivas e mistas.

Foram observados em alguns estudos que os pacientes submetidos àcirurgia bariátrica apresentaram manifestações bucais após cinco anos. Asprincipais alterações foram: erosão dentária, xerostomia, hipersensibilidadedentinária, cárie, bruxismo e “ilhas de amálgama”.

A finalidade desse trabalho será discutir os efeitos colaterais bucais que acirurgia bariátrica pode acarretar, auxiliando cirurgiões dentistas adiagnosticar e tratar manifestações bucais possíveis decorrentes dasdesordens alimentares.

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DIETA:

ALVAREZ-LEITE (2004) afirmou que a maioria dos pacientes submetidos aos

procedimentos mal absortivos desenvolvem deficiências.

CORDÁS ET AL. (2004) relataram sobre a compulsão alimentar.

SANTORO (2005) acreditou que a cirurgia bariátrica causa:

•piora no padrão alimentar

•causa má absorção dos nutrientes.

•influência dos nutrientes

SAMPAIO ET AL. (2007) efeitos na cavidade bucal

VALENTINI (2008)

•Intolerância a carne

•Alimentos açucarados devem ser evitados pois causam Síndrome de Dumping

•Acompanhamento nutricional

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ASPECTOS PSICOLÓGICOS

Pré Operatório:

LEITE E PINTO (2001) relatou sobre a falta de cuidado com a saúde bucal

perfil psicológico.

OLIVEIRA ET AL (2004) E FANDIÑO ET AL (2004)

Pós Operatório:

MARSHESINI (2000) Afirmou que o foco terapêutico passa a ser outro

Perda de controle

Medicação

OLIVEIRA ET AL (2004) Adaptação e expectativas

FANDIÑO ET AL (2004) Afirmou que os pacientes sentem perda de autonomia

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1.Doença Periodontal:

SANTORO (2005) Relatou sobre a influência da deficiência na absorção deCálcio e suas consequências na cavidade bucal.

COMPLICAÇÕES BUCAIS

Periodonto inflamado

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2.Bruxismo:

SAMPAIO et al (2007) afirmaram que o estresse, a ansiedade e as mudanças

oclusais pelas quais passa o paciente operado fazem com que eles

desenvolvam o bruxismo.

Bruxismo

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3. Xerostomia:

JARROUGE et al (2000) ; ARANHA (2002)

relataram sobre:

A saliva; Composição; Funções;Etiologia;

SEABRA et al (2004); BUSSADORI e MASUDA

(2005) Afirmaram que os pacientes obesos, pelo uso

de medicação antidepressiva, pela acidez do suco

gástrico e por grandes períodos em jejum

desenvolvem Xerostomia.

SAMPAIO (2007) afirmaram que a má nutrição e a

deficiência vitamínica provocam a diminuição do

fluxo salivar.

Xerostomia:notar a

viscosidade da

saliva

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4. Cárie Dental:

do fluxo salivar- uso de medicação

pós operatória, de cavitações de

superfícies dentais expostas

ARANHA (2002) e SANTORO (2005)afirmaram que para que ocorraremineralização é necessário que hajaCálcio e Fosfato na saliva.

SAMPAIO et al (2007); GUEDES et al (2007)acreditaram que a cárie é causada pelaalta ingestão de carboidratos, diminuiçãodo ph bucal, acidificação da saliva ehigiene bucal ineficiente Cáries em região cervical

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Figura 4: “ilhas de amálgama”

5.Ilhas de amálgama:

CALDEIRA et al (2001) ;SAMPAIO et al (2007)

Imagem cedida pela Profª.Dulce Helena Cabelho Passarelli TMS

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Figura 7: Perimólise, região palatal de

incisivos superioresFigura 6: perimólise com

destruição em dentinaFigura 5: Cavidade bucal

6. Erosão dental:

CALDEIRA (2000) relatou sobre a higiene bucal dos pacientes

operados;

PERGORARO et al (2000) ;LEITE – PINTO (2001) relataram sobre

a influência da regurgitação e vômitos;

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FANDIÑO et al (2004); OLIVEIRA et al (2004); CORDÁS et al (2004) : após a cirurgia

manter o uso de antidepressivos,para controle do emocional dos pacientes.Senão o cuidado

com a saúde bucal fica deficitário.

SANTORO (2005); SAMPAIO et al (2007)

Deficiências de alguns nutrientes (cálcio, fosfato, folato e vitamina C), comprometem a resposta

inflamatória e cicatrização. Manter a dieta balanceada inclusive para que a produção de cálcio

permaneça e com isso não afetará o osso alveolar que sofre com os distúrbios de ansiedade e

depressão.

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JARROUGE et al (2000); ARANHA (2002): concordam que o uso de antidepressivos resulta

em xerostomia e com isso o aparecimento de cáries incipientes e ou até em superfícies cervicais

é evidente.A saliva fica espessada e com viscosidade aumentada o que também aumenta a

quantidade de biofilme.

LEITE e PINTO (2001);ROSSATO et al (2002);CORDÁS et al (2004) e SAMPAIO et al (2007)

concordam também que os pacientes sentem –se ainda obesos ,pois não trataram o perfil

psicológico,porém discordam na quantidade e qualidade da saliva e afirmam que a regurgitação

e a hiperfagia fazem com que o Ph salivar diminua e provoque o aparecimento de

cáries,hipersensibilidade e erosões dentárias.

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LEITE E PINTO (2001), BUSSADORI e MASUDA (2005)

Os pacientes pós-operados sofrem de alterações emocionais e este quadro pode desencadear o

bruxismo, que gera problemas nas articulações têmporo mandibular.

CALDEIRA et al (2000);TRAEBERT e MOREIRA (2001);LEITE e PINTO (2001); BUSSADORI e

MASUDA (2005) e SAMPAIO et al (2007)

O aparecimento de “ilhas de amálgama” é consequência da ação diminuída dos ácidos gástricos

sobre as superfícies de metal, quando comparadas à superfície do dente. E concordam que as

restaurações de amálgama devem ser evitadas ou trocadas, pois o ambiente ácido faz com que

elas deteriorizem.

LIMA e CAMPOS (2005); GUIMARÃES (2007); GUEDES et al (2007)

O CD exerce um papel importante no diagnóstico das doenças associadas às desordens

alimentares, porém seu papel deve estar aliado a outros profissionais da saúde como médico,

psicólogo, nutricionista e psiquiatra, buscando não apenas a manutenção da saúde bucal do

paciente, mas também promovendo saúde no seu sentido mais amplo.

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